Amy Car Michael

5/14/2018 Amy Car Michael - slidepdf.com

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AMY CARMICHAEL - “AMMA” a mãe da India

PARTE 1- A Infância –

Cena 1- Amy pede a Deus...

Cenário- Um quarto com uma cama e um espelho

Personagens- Amy/Giovanna e Catherine/Cecy, a mãe, Narrador/ Victor Penalva

_Amy levanta-se e corre para o espelho- Olha seus olhos no reflexo (Surpresa edesapontada)

Oh! Não! Eles continuam castanhos! Senhor, por que? Por que o Senhor não me ouve?

Por que o Senhor não me atende? Por que só eu? O Senhor fez toda a minha famíliacom lindos olhos azuis e me fez com estes olhos castanhos tão sem graça? Por favor,Senhor faça meus olhos ficarem azuis! ( Começa a chorar alto)

_Mãe- ( Do lado de fora e assustada)-Amy! Filha! O que foi, que aconteceu?

_Entra- Abraça Amy- Querida, você está chorando, ...Conte para sua mãe o seuproblema, vamos!

_Amy- Há muito tempo venho pedindo para Deus mudar a cor dos meus olhos. Todosvocês têm lindos olhos azuis e só eu tenho olhos castanhos sem graça...Por que Deus não

me ouve? A Bíblia não diz que crendo receberemos tudo o que pedirmos?

_Mãe- (Senta-se na cama e põe Amy no colo) – Amy, eu não sei dizer porque só vocêtem olhos escuros na nossa família, mas sei com certeza que Deus teve um propósitoespecial para você. Ele ouviu e respondeu sua oração, filha...

_Amy (Cortando) Mas, mãe, meus olhos continuam castanhos!

_Mãe - Sim, filha, Ele respondeu NÃO. Não também é resposta. No futuro,... Maistarde, ele revelará para você o porque do Não, e você entenderá e ficará grata a ele. Asduas saem pelo fundo.

_Narrador- Amy Carmichael nasceu na Irlanda do Norte em 16 de dezembro de 1867.Filha de pais crentes devotos, presbiterianos. David e Catherine Carmichael. Amy era amais velha de 7 irmãos, 3 meninas e 4 meninos. Amy se tornou uma menina rebelde emuito curiosa.



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Cena 2 – O culto doméstico

Cenário- Sala de estar - Um ratinho de feltro comprado em pet shop- Uma Bíblia antiga

Personagens- David/Vitor Penalva, Catherine, Amy e mais 2 meninas e 3 meninos.

_(Sala vazia)- Entram David e Catherine , ele com uma Bíblia

_Catherine- Crianças, venham fazer o culto doméstico, e jantar. Já escureceu e logoserá hora de ir para a cama!

_(Vozes de crianças lá fora) – Já estamos indo, mamãe!

_(Entram 6 crianças) - Sara, Ester, Daniel, Laura,Tomás, Bruno

_David- (Entrando na sala e olhando) Onde está Amy? Por que ela não entrou?

_Ester- Não sabemos, papai, ela foi para fora do jardim e depois não a vimos mais.

_Catherine- (Assustada) Fora!? Já está escuro! Que menina! Que ela está fazendo láfora com este frio?

_(Vai até a “porta”)- Amy ! ...(pausa) Amy ! Venha já para dentro!

_Amy- Já vou mãe! (Pausa) Amy entra desconfiada, disfarçando...Segurando a gola do

casaco- Senta-se.

David-(Ralhando)- Você está outra vez atrasada, como sempre é a última a atender aqualquer chamado de sua mãe e nunca está presente na hora do nosso culto doméstico.Não quero mais ouvir sua mãe gritar seu nome outra vez, ouviu? Não seja rebelde!

_Amy- Sim, pai, desculpe- (Continua segurando a gola do casaco,como se estivesseabotoando)

_David- Vamos ler um Salmo... O Salmo 50. (Começa a ler) Fala o poderoso, o SenhorDeus e chama a terra....(Ouve-se um guincho)

_(Catherine percorre a sala com os olhos para ver de onde vem o som).

_David- (Continua)...Desde o levante até o poente...Amy –(Tenta segurar o ratinho, masele dá outro guincho, escapa e sai correndo pela sala)



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Os meninos riem escondidos- As meninas assustadas; È um rato! É um rato! Pulam emcima das cadeiras e depois as três correm para fora.

_Após um pequeno alvoroço... (Os pais saem aborrecidos, cada um segurando um braçode Amy,, - Vamos conversar muito sério com você, menina, você não tem respeito com aPalavra nem temor a Deus! Você precisa se arrepender!

Narrador- As aventuras de Amy não pararam por aí...Certa vez movida por estranhacuriosidade....

Cena 3- Amy quase morre de curiosidade...literalmente

Cenário- (Exterior de casa...um jardim)

Objetos- Um galho de árvore aparecendo num canto como se fosse vindo de uma árvoredo quintal vizinho, com umas vagens penduradas.

Personagens- Amy e irmãos, mãe, Anne /Jade –

Amy e os irmãos estão brincando no jardim.

Daniel- Ontem, quando eu estava voltando da casa do nosso professor, eu encontrei umgrupo de pessoas chorando e levando um morto para o cemitério. Fiquei com muitomedo. Atravessei a rua e saí correndo. Cheguei em casa sem fôlego... Com o cabelo empé! Nunca senti tanto medo na minha vida!

Ester-(Assustada, com olhos arregalados). É mesmo mano, dá muito medo...Acho queeu nem conseguiria chegar em casa, eu desmaiaria na rua mesmo!

Amy- Imagine, vocês são medrosos! Vocês nunca ouviram o pastor dizer que morrer ébom? ...Eu não tenho medo...Quando eu vejo um morto, fico pensando...Como serámorrer...Tenho uma curiosidade tão grande! ...Como será que a gente sente...

Laura- A gente tem que esperar até ficar velhinha para morrer e saber como é.

Amy- (Entusiasmada)- Manos tenho idéia...E se a gente morresse agora só para

experimentar...Só para saber como é...!

Amy- (Levanta-se, vai até a árvore, traz umas vagens) – Os vizinhos dizem que se agente comer estas vagens pode morrer...Vamos comer só um pedacinho...Só para sabercomo é morrer...(Dá um pedaço para cada um dos irmãos)

Tomás- Amy, não sei não...



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Amy- Deixa de ser medroso, é só um pedacinho! Vamos comer e depois a gentedeita...para ver o que acontece...(Cada um come um pedaço e se deita)

(Passa alguns minutos)Todos começam a passar mal: Huhm...Ai... minha barriga está doendo...Estou tonto...aique dor...tenho ânsia...(Etc) Pioram e começam a chorar e a gritar...

Catherine- Crianças, o que está acontecendo aí, que gritaria é esta...(Percebendo que é asituação é séria, corre para as crianças) –Vocês estão muito doentes, (Pondo a mão natesta delas), estão febris...(Assustada) Que aconteceu...(Pegando uma vagem do chão) – Meu Senhor! Vocês estão envenenados...Quem deu isto para vocês...que loucura...quevocês fizeram! (Chama alguém) – Anne, socorro, venha me ajudar!

Anne- (Vendo as vagens) –Que horror Catherine! Esta planta é venenosa! Vamos fazê-los por para fora, quem sabe ainda podemos salvá-los!

As duas mulheres levam as crianças para dentro – (Todos saem de cena)

Narrador- Após uns dias na cama com muita dor de barriga e febre, todos sesalvaram...e ...quanto à Amy, aprendeu a lição...Como diz o ditado hoje...”A curiosidademata ...e no caso dela....quase mata a gata.”

Cena 4 – O céu repreende Amy

Cenário- Rua- Uma fonte ou chafariz-

Objetos- Um saco cheio de penas – umas pedras

Personagens- Amy, algumas crianças, uma velha senhora.

Amy vem vindo com algumas crianças- Ela fica para trás chutando umas pedras.

_Isabella-(Irritada) Vamos, Amy, a gente quer chegar logo em casa, está muito frio narua!

-Bruno Michel- (Sério para Amy) Você não prestou atenção no Pastor em nenhummomento, esteve o tempo todo distraída olhando para fora.

_Amy – (Rindo, vitoriosa) Então você não prestou atenção também, porque estava otempo todo prestando atenção em mim!(Risos)

_Todos- É mesmo! É mesmo! Olha o santinho!



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-Bruno Michel- (Sai andando aborrecido)

_Uma velha senhora vem se aproximando-/Lina- Está vestida de trapos – treme de frio

– traz um saco grande nas costas _Amy-(Curiosa)- Que será que aquela velha tem naquele saco? Vamos ver?

_Crianças- Como? Que vamos fazer?

_Isabella- A gente vai chegar e perguntar pra ela ...(Com voz de deboche) Madame, porfavor, queira nos dizer o que a senhora traz nesta linda bagagem? (Risos)

-Bruno Michel-(Imitando voz de velha) Crianças mal educadas, isto não é da conta devocês, vão para suas casas...(Risos)

_Amy- Já sei ! A gente dá um encontrão nela, ela cai no chão, a gente toma o saco e vê oque tem dentro, larga e sai correndo.

_Todos- Legal! É assim que se fala! Vamos nessa!

- Todos correm em direção da mulher, tentam tomar-lhe o saco, mas ela resiste.O sacorasga e um monte de penas voa para todo lado e cobre as crianças e a mulher.-

As crianças correm e saem de cena.-Amy permanece.

_Mulher- (Quase chorando tentando recolher algumas penas) Eu ganhei estas penaspara fazer uma coberta para me aquecer. (Sai triste, segurando o saco vazio e rasgado)

_Amy – (Fica envergonhada, vai andando devagar, pensando...Senta-se à beira de umafonte) Foi horrível o que eu fiz...(De repente ouve uma voz)

-Voz- Lê 1 Coríntios 3: 12 a 14

_Amy –(Procurando , assustada ,de onde vem a voz) Quem está aí? – (Mas só ouviu omurmúrio da água). Tenho certeza de que ouvi uma voz...Não foi o vento...(Faz umgesto intrigado e sai).



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PARTE 2 – Inicia sua missão.

Narrador- Amy deixou as coisas de menina. Na adolescência dedicou-se a evangelizar e

a ensinar as “Shawlies”, meninas pobres de sua cidade, no hall do templo da IgrejaPresbiteriana da rua Rosemary em Belfast, Irlanda, sua terra natal, aos domingos.Eram assim apelidadas porque eram muito pobres e não podiam comprar chapéus parafrequentar os cultos, e usavam constantemente um xale barato. Shawl em inglêssignifica xale. Este trabalho cresceu muito, chegou a ter entre 300 e 500 participantes.

Em 1887, então com 19 anos Amy foi assistir a uma conferência missionária emKeswick, cujo preletor era o famoso missionário Hudson Taylor, e lá Deus a chamoupara ser missionária. Amy foi para o Japão, mas permaneceu lá apenas 15 meses ,devido ao clima muito frio, e ela sofria desde menina de neuralgia, uma doença dosnervos que causa muita dor por todo o corpo. Em 1895, Amy foi comissionada para

trabalhar na Índia, devido o clima quente daquele país. Ela foi para Dohnavur, cidadede Tamil Nadu, no sul da India.

Cena 1- Preena foje

Cenário 1 - Um templo pagão representado por algumas colunas, incenso em algunslugares e um deus indiano qualquer.

Personagens- Preena/ Ester- e algumas meninas-/Sara, Laura,Um vigia raivoso/FelipeGrigoli

Vigia traz uma por uma as meninas, amarradas.

Sara, Ester, Laura- (Desesperadas) Eu não quero viver no templo, eu quero ir paraminha casa! Socorro!

Vigia- (Indiferente) Não adianta gritar por socorro, ninguém se atreveria a socorrervocês, o sacerdote empregou muito dinheiro em vocês! Vocês valem uma fortuna! (Ficaem pé vigiando e ameaçando)

Preena/Ester - Aproveita um “descuido” do vigia e foge.

Cena 2 –Preena busca refugio

Personagens- Amy e algumas mulheres/Elita, Jade, Isabella, e meninos: Bruno Michel, eDaniel

Trajes-Roupas tipo indiano.

-Amy-(Com uma Bíblia na mão simula estar pregando).



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-Preena-(Chega correndo, abraça e se agarra em Amy)- Por favor, leve-me com asenhora, eu fugi do templo e não quero voltar para lá. Todas as meninas que estão lá,foram vendidas e dedicadas aos deuses por seus pais, ou foram raptadas, para servir

como escravas dos homens que vão adorar os deuses, e dos sacerdotes.Amy- Fique tranqüila, sente-se, e espere, logo iremos para casa.

Preena senta-se no chão junto às meninas, que a confortam.

Cena 3 Vigia descobre a fuga de Preena

(Ameaçador e raivoso) Onde está a menina? Quem a ajudou fugir? Todas vocês vão sercastigadas! (Dá umas chicotadas nas meninas)

Meninas – (Assustadas, mas corajosas) Nós não vimos quando ela fugiu, estávamoscansadas e dormimos , ela aproveitou e fugiu!

Vigia- (Faz gesto ameaçador) Vou sair para procurá-la...Ai de vocês se tentarem moversequer um pé daqui. (Ameaça e sai).

Narrador- A partir deste dia Amy iniciou sua verdadeira Missão: salvar meninas queeram forçadas a viver nos templos pagãos como escravas sexuais dos sacerdotes, etambém criar muitas meninas que lhe eram entregue pelos pais. Algumas vezes ela“comprava “as meninas, mas quando os sacerdotes não queriam vender ela “raptava asmeninas”.Em 1901 ela fundou a Dohnavur Fellowship, destinada a salvar, proteger,

evangelizar, e educar meninas cujo triste destino era viver no templo e satisfazer oapetite sexual dos sacerdotes. Ela chegou a recolher mais de 100 meninas, dando-lhesuma vida digna, e o mais importante, levando-as aos pés de Cristo.

Cena 4 – Amy rapta Kohila

Personagens- Amy, e uma companheira missionária/Isabella.

_Amy-(Para Isabella) Precisamos salvar mais uma menininha que foi vendida para otemplo. Descobri que ela tem apenas 5 anos e se chama Kohila/Sara, e já está sendoabusada pelo guarda do templo. Como alguém pode ser tão cruel, tão bestial, tão

inescrupuloso!!!!

Isabella- Concordo com você, mas como vamos tirá-la de lá? Cada dia eles colocammais guardas no templo. E também sendo estrangeiras nunca poderemos entrar notemplo, e se a gente tentar, seremos presas e mortas.



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Amy –(Pensando) Ah! Eu tenho um plano.(Olha para ver se não ninguém por perto)-Vamos nos vestir como as mulheres indianas...Entramos no templo e fazemos de contaque vamos meditar...

_Isabella- Você se esqueceu que é irlandesa? Como vai esconder sua pele branca? Nãode esqueça de que as autoridades estão de olho em nós. Você sabe, eles sempredesconfiam de estrageiros, principalmente de mulheres.

-Amy-(Rindo, marota) Eu já tenho um plano para isto também, minha caraamiga...Vamos pintar o rosto, braços e mãos com borra de café, ai, nos tornaremosgenuínas indianas! Você verá!

_Isabella – ( Rindo) Só você mesmo, Amy para pensar numa coisa desta, então temosque fazer muito café pra juntarmos muuuuita borra! (Pensando) E como vamos fazer

com o cheiro de café em nós?-Amy – Não tem problema, o cheiro do café vai se misturar com o de incenso. Aliás, nãovamos usar borra, não temos tempo, vamo usar pó mesmo!

_Amy e a companheira (Vestem um sari, pintam o rosto, braços e mãos com pó de cafée saem).

Cena 5-Templo

Personagens- Amy, Isabella, Um guarda , Kohila/Ester,uma menina de 5 anos

_Amy e Isabella –(Entram no templo- Fazem de conta que vão“adorar”- Procuram amenina

Descobrem onde ela está- (Menina está num canto amarrada) O guarda a vê as duasmulheres, mas não se incomoda com sua presença.

_Amy –(Olha para um lado, olha para o outro, faz sinal para a menina ficar bem quietae esperar)

_O guarda- ( Boceja) Estou com muito sono, vou lá fora tomar ar fresco e volto- (Para a

menina)- Você não se atreva a pensar em sair daqui. Você será morta! (Faz um gesto decortar a garganta) –Sai

_(Isabella fica vigiando enquanto Amy corre para a menina, corta as cordas, pega-a nocolo, veste uma roupa por cima da que ela está, e saem rapidamente do templo.

_Amy –(Para Kohila) Você vai ficar alguns dias escondida, eu arranjei um lugar secretopara você ficar- (Kohila ri e saem) Sara e Laura estão no fundo do templo.



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-Sara e Laura – Conseguem se soltar, e correm atrás de Amy e Isabella, se agarramnelas, e falam quase chorando: Por favor não nos deixe lá, leve-nós também! (Todassaem e entram na sala da missão)

Cena 6 – O guarda procura Kohila

Personagens- Amy, Guarda, Isabella e meninas.

_Guarda- (Bate na porta)

Isabella para as meninas- Escondam-se, rápido! E não façam barulho! (Senta-se e pegaum livro, as meninas se escondem embaixo da mesa)

Amy- Sim senhor,o que o senhor deseja?

_Guarda- Sumiram algumas meninas que estavam sob minha guarda e como eu vi asmadames adorando lá, eu vim humildemente perguntar se por ventura as senhoras nãoperceberam alguém suspeito, ou notaram alguma atitude estranha ...Muitas meninastêm fugido ultimamente, e o sacerdote está ameaçando me prender ...E se elas nãoaparecerem eu posso ser morto.

_Amy-(Dissimulando)- Sinto muito, senhor, mas eu fiz a minha adoração e saí logo. Nãovi ninguém suspeito, nada que me chamasse atenção. Espero que o senhor a encontre!Se eu souber de alguma novidade, vou contar par o senhor...

Guarda- Agradeço muito, senhora. Desculpe o incômodo. (Faz uma mesura e sai).

Cena 7 – Amy entende o NÂO de Deus

Cenário- Uma cama , um xale, óculos,um espelho, alguns livros, partituras,

Personagens- Amy aparecendo mais velha e Isabella um pouco mais velha.

Amy entra ajudada por Isabella, reclina-se na cama.

Isabella – Ajeita as cobertas – Vou fazer um chá para você.

Amy- Faz quase vinte anos que você cuida de mim...

Isabella- (Cortando a fala dela) Faz mais de quarenta que você tem sido minhacompanheira, encorajadora, mestra...(Sai)

_Amy ( Radiante de felicidade)- Graças te dou, Senhor por nos ajudar a salvar tantasmeninas durante todos estes anos. Graças porque muitas delas já cresceram e hoje nos



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ajudam na instituição que fundamos. Umas são enfermeiras, outras são professoras...( Senta-se com esforço numa cadeira, olha-se no espelho alguns segundos, e lembra-sedo episódio de quando era criança).

Olha no reflexo dos olhos – Abre e fecha os olhos várias vezes – e grita, emocionada:

SENHOR! DEUS! Agora eu entendi porque o Senhor me deu olhos castanhos! Se meusolhos fossem azuis como eu desejava, eu teria sido presa, até morta, quando muitasvezes precisei entrar nos templos. Eu pude disfarçar a pele clara, mas os olhos ... Muitoobrigada pelos meus olhos castanhos, sem os quais nunca teria conseguido. Muitoobrigada pelo seu santo propósito para a minha vida! (Fica alguns segundos admirandoseus olhos).

Senta-se na cama, pega uns livros e umas partituras e escreve algum tempo, em seguida,

apaga o lampião e deita-se. (Após alguns instantes, FECHA a CORTINA.Narrador (Após um tempo) - Amy Carmichael foi apelidada carinhosamente pelos seuscompanheiros de “Raptora de Crianças”. Mais tarde ela chegou a ser presa, quandodescobriram que ela raptou Kohila e outras crianças, mas foi liberta logo depois. Amynunca voltou à Irlanda, tornou-se indiana. Trabalhou cinquenta e seis nos na India.Nunca se casou, mas deixou muitos filhos e filhas que a chamavam “AMMA”, mãe.Além da Dohnavur Fellowship, Amy fundou um hospital. As enfermeiras e asfuncionárias foram meninas que cresceram na Fellowship. Uma delas era a Kohila,aquela menininha raptada do templo. Ainda hoje existem mulheres que foram salvas ecriadas e vivem na Instituição.

Em 1947, o governo indiano proibiu dedicar meninas para os templos, tornando ilegalaquela prática horrível.

Amy -foi uma escritora prolixa e musicista talentosa. Deixou 35 livros, compôs muitasmúsicas e cânticos. Passou seus últimos anos de vida acamada, devido uma queda, masestava sempre cercada pelas crianças que vinham ouvir histórias, pelos amigos ecompanheiros de trabalho.

Dentre suas citações podemos destacar duas. “Alguém pode dar sem amar, masninguém pode amar sem dar”- “A vida missionária é simplesmente uma chance para

morrer”Amy faleceu em 18 de janeiro de 1951, com ditosos quase 84 anos. Ela não querianenhum nome em sua sepultura, mas as crianças que ela cuidava fizeram uma estátuade um passarinho (tordo) e o colocaram em cima de uma lápide com a inscrição:“AMMA” que significa mãe em tamil, uma das linguas da India.

FIM-Abril/2011 – Lina Machado





Roteiro para o desenvolvimento das cenas:Parte 1- Cena 1: (Quarto de Amy) (Abre-se a cortina) – Amy já está deitada na cama“dormindo”. Conta-se até 5, ela se levanta, corre até o espelho inicia sua fala. Choraalto.Catherine entra pela entrada do fundo da copinha. As duas saem pelo fundo.(Fecha cortina).

Narrador lê na frente com microfone?Cena 2 – Crianças, menos Amy, entram pela porta exterior da copinha e ficambrincando sentadas em um banco. Abre-se a cortina e aparece a sala vazia. Catherinevem da entrada interior da copinha, vem até a boca de cena e chama as crianças. As seiscrianças entram. Amy vem vindo devagar da porta de entrada da quadra. Mãe chama.Amy entra na sala com o ratinho escondido . Pai dá bronca. Amy continua segurando oratinho. Pai começa a ler o Salmo. O ratinho guincha. Mãe procura com os olhos.Paitenta ler o salmo.Rato escapa . Meninas gritam, sobem nas cadeiras e mininos riem.Paissaem bronqueando Amy. (Fecha cortina.)NarradorCena 3 – Cenário exterior. Crianças conversando sentadas no banco do jardim. Amy

levanta-se vai até o galho, pega uma “vajem” destribui um pedacinho para cadacriança. Após falas as sete crianças comem e se deitam. (Conta-se até 10) Criançascomeçam a passar mal. Começam a chorar. (Abre cortina, aparece a sala da família.)Mãe sai correndo para socorrer crianças, chama Anne. Descobrem que crianças estãoenvenenadas. Levam para a sala e depois saem pelo fundo.NarradorCena 4 – Exterior – Um caminho – “Os sete irmãos”, Isabella e Bruno entram pelaporta da quadra

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