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Anais da XII Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental

Anais da XII Jornada de Iniciação Científica da Embrapa …ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/145025/1/XII-Jornada … · compostagem foram: i) capim verde (cv); ii)

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Anais da XII Jornada de Iniciação Científica da

Embrapa Amazônia Ocidental

Anais da XII Jornadade Iniciação Científica da

Embrapa Amazônia Ocidental

Anais da XII Jornadade Iniciação Científica da

Embrapa Amazônia Ocidental

Adauto Maurício TavaresCristiaini KanoCristiane Krug

Jony Koji Dairiki Editores Técnicos

EmbrapaBrasília, DF

2016

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Amazônia OcidentalMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Amazônia OcidentalRodovia AM-010, Km 29, Estrada Manaus/ItacoatiaraManaus, AM69010-970Caixa Postal 319Fone: (92) 3303-7800Fax: (92) 3303-7820www.embrapa.brwww.embrapa.br/fale-conosco/sac

Unidade responsável pelo conteúdo e edição:Embrapa Amazônia Ocidental

Comitê de Publicações da UnidadePresidente: Celso Paulo de AzevedoSecretária: Gleise Maria Teles de OliveiraMembros: Maria Augusta Abtibol Brito de Sousa, Maria Perpétua Beleza Pereira e Ricardo Lopes.

Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental (12. : 2015 : Manaus, AM).Anais da XII Jornada de Uniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental / Adauto

Maurício Tavares ... [et al.], editores técnicos. - Brasília, DF : Embrapa, 2016.

Modo de acesso:<http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/141094/1/XII-Jornada-IC.pdf>.Título da página da Web (acesso em 14 mar. 2016).ISBN 978-85-7035-577-5

1. Iniciação científica. 2. Comunicação científica. 3. Pesquisa. I. Tavares, Adauto Maurício. II. Kano, Cristiaini. III. Krug, Cristiane. IV. Dairiki, Jony Koji. V. Título. VI. Embrapa Amazônia Ocidental.

CDD 630.72

© Embrapa 2016

Todos os direitos reservados.A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).Embrapa Amazônia Ocidental.

Comitê Interno de Bolsistas e EstagiáriosPresidente: Jony Koji Dairiki Membros: Adauto Maurício Tavares, Cristiaini Kano, Cristiane Krug e Edsandra Campos Chagas

Revisão de texto: Maria Perpétua Beleza PereiraNormalização bibliográfica: Maria Augusta Abtibol Brito de Sousa

Editoração eletrônica: Gleise Maria Teles de OliveiraCapa: Gleise Maria Teles de Oliveira

1ª ediçãoOn-line (2016)

Editores Técnicos

Adauto Maurício TavaresEngenheiro-agrônomo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Cristiaini KanoEngenheira-agrônoma, doutora em Horticultura, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Cristiane KrugBióloga, doutora em Entomologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Jony Koji DairikiEngenheiro-agrônomo, doutor em Ciência Animal e Pastagens, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Apresentação

Os resumos publicados no presente documento são oriundos dos esforços de estudantes de graduação vinculados às instituições de ensino superior do Estado do Amazonas e fomentados pelo Programa Institucio-nal de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Programa de Apoio à Iniciação Científica do Amazonas (Paic) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), com a orientação de pes-quisadores e analistas da Embrapa Amazônia Ocidental.

Os trabalhos apresentados na XII Jornada de Ini-ciação Científica, realizada nos dias 29 e 30 de julho de 2015, resultaram em 40 resumos multidisciplinares e são parte do processo de treinamento que o Comitê Inter-no de Bolsistas e Estagiários da Unidade (Cibe) promove aos seus bolsistas no intuito de incentivá-los, desde o início da vida acadêmica, a publicar os resultados das pesquisas em que estão engajados.

Agradecemos a colaboração dos orientadores, dos revisores e do corpo editorial que compõem os Anais da XII Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental. Concomitantemente parabenizamos os bolsis-tas, em especial, pelo convívio harmonioso, pela dedicação e colaboração. Desejamos sucesso e que a experiência ad-quirida na Embrapa Amazônia Ocidental contribua de for-ma significativa na vida profissional de cada um deles.

Luiz Marcelo Brum RossiChefe-Geral da embrapa Amazônia Ocidental

Sumário

Agricultura Familiar

Adubação Orgânica no PDS Nova Esperança, Iranduba, AM: Uso para a Recuperação do Solo..........................17José Nestor de Paula Lourenço; Luciana Batista Gomes

Análise da Rede de Comercialização da Castanha-do-Brasil no Estado do Amazonas a partir de Uma Abordagem Socioeconômica: Um Estudo de Caso dos Municípios de Lábrea e Beruri.....................................................................19Tassiana Maylla Fontoura da Silva; Lindomar de Jesus de Sousa Silva

Composição de Renda entre os Agricultores Familiares Produtores de Mandioca no Assentamento Panelão, Careiro, AM...........................................................................21Flaviana Augusto da Costa; Lindomar de Jesus de Sousa Silva

Identificação e Análise Socioeconômica dos Sistemas de Produção de Citros no Estado do Amazonas..........................23Maurilio Costa Correia; José Olenilson Costa Pinheiro

Espacialização e Mapeamento da Produção de Citros no Município de Rio Preto da Eva, AM....................................25Mônica Cortêz Pinto; Gilvan Coimbra Martins

Biotecnologia/Biologia Molecular

Estudos Preliminares para o Cultivo In Vitro de Sacha-Inchi...27Amanda da Rocha Gomes; Arthur Antunes de Souza Cardoso; Maria Teresa

Gomes Lopes; Francisco Célio Maia Chaves; Regina Caetano Quisen

Protocolo para Obtenção de Protoplastos de Fusarium decemcellulare Visando à Transformação Genética...........29Clara Victória Souza de Oliveira; Joelma dos Santos Fernandes; Gilvan

Ferreira da Silva

Seleção de Fungos Endofíticos Isolados do Guaranazeiro com Potencial para o Controle Biológico de Fusarium decemcellulare.....................................................................31Ana Lucília Araújo da Silva; Luadir Gasparotto; Gilvan Ferreira da Silva

Entomologia/Fitopatologia

Atividade Biológica do Óleo Essencial de Piper hispidum e Piper hispidinervum..................................................................33Caroline Coelho Ferreira; Maria Geralda de Souza; Francisco Célio Maia

Chaves; Flávia Batista Gomes; André Luiz Borborema da Cunha; Marcelo

Roseo de Oliveira

Avaliação do Óleo Essencial de Piper marginatum sobre Moniliophthora perniciosa, Causador da Vassoura-de-Bruxa no Cupuaçuzeiro.......................................................................35Alessandro Junio Campelo Feitosa; Maria Geralda de Souza; Olívia

Cordeiro Almeida; Aparecida das Graças Claret de Souza; Marcelo Roseo

de Oliveira; Francisco Célio Maia Chaves

Emergência Preliminar de Curculionídeos de Inflorescências Masculinas de Dendê, Caiaué e Híbridos Recorrentes........37Matheus Montefusco Oliveira; Elias Soares Figueiredo; Flávia Batista

Gomes; Cristiane Krug

Monitoramento Preliminar de Psilídeos em Plantios Florestais Experimentais e na Vegetação Nativa no Amazonas..........39Elias Soares de Figueiredo; Dalva Luiz de Queiroz; Daniel Burckhardt;

Flávia Batista Gomes; Cristiane Krug

Partenogênese Telítoca Facultativa em Pseudophilothrips adisi zur Strassen (Thysanoptera: Phlaeothripidae)......................41Jonhata Diniz Benaion; Adauto Maurício Tavares

Fitotecnia

Avaliação Econômica do Sistema de Produção de Mudas de Seringueira (Hevea brasiliensis) com Copas Enxertadas Resistentes ao Mal-das-Folhas................................................43Núbia de Souza Leão; José Olenilson Costa Pinheiro

Períodos de Secagem de Folhas de Lippia alba no Teor de Óleo Essencial...............................................................................45Ronielly Hádna da Silva Nunes; Amanda Rocha da Silva; Cristiaini Kano;

Francisco Célio Maia Chaves; Edsandra Campos Chagas

Qualidade Fisiológica de Sementes de Piper marginatum Jacq. em Funçao da Época de Colheita............................................47Ana Keity Amorim de Oliveira; Francisco Célio Maia Chaves; André Luiz

Borborema da Cunha

Superação de Dormência de Sementes de Piper marginatum Jacq...........................................................................49Lorena Patrícia Figueira Rodrigues; Francisco Célio Maia Chaves; André

Luiz Borborema da Cunha

Uso do Biofertilizante na Produção de Feijão-de-Metro em Condições de Terra Firme no Estado do Amazonas............51Amanda Rocha da Silva; Ronielly Hádna da Silva Nunes; Cristiaini Kano;

Marinice Oliveira Cardoso

Floresta/Agrofloresta

Análise de Vizinhança para Detecção da Diversidade Vegetal no Entorno de Castanheiras no Amazonas........................53Afonso Santos de Souza; Kátia Emídio da Silva

Áreas de Coleta e/ou Produção de Sementes Legalizadas e Viveiros Florestais Registrados na Amazônia Ocidental.....................55Rânery Ferreira de Souza; Kátia Emídio da Silva; Larissa Aragão de Souza

Avaliação Preliminar da Produção de Jacareúba (Calophyllum brasiliense cambess.) em Plantio Ex Situ no Amazonas.................................................................................57Paulo Vinícius da Silva Santos; Cintia Rodrigues de Souza

Comportamento de Sementes de Cumaru (Dipteryx odorata/Fabaceae) Submetidas à Dessecação.....................................59Daniel Cid Vieira Prestes; Lucinda Carneiro Garcia; Silas Garcia Aquino de

Sousa

Estoque e Dinâmica de Carbono em Floresta Manejada Comercialmente no Amazonas...............................................61Jair Guimarães de Sousa Filho; Cintia Rodrigues de Souza

Influência dos Fatores Edáficos e Nutricionais na Produção de Frutos de Castanha-do-Brasil na Amazônia Central................63Luana Addache Pantoja Garcia; Roberval Monteiro Bezerra de Lima

Pré-Germinação de Sementes de Tucumã do Amazonas (Astrocaryum aculeatum Meyer) Submetidas a Diferentes Ambientes de Secagem...........................................................65Rafaella dos Santos Barreto; Silas Garcia Aquino de Sousa; Lucinda

Carneiro Garcia

Sistematização de Informações sobre Mudas de Espécies Florestais no Bioma Amazônia Utilizando a Técnica Data Mining..............................................................................67Rayssa Gomes Vasconcelos; Roberval Monteiro Bezerra de Lima

Manejo do Solo/Nutrição de Plantas

Desenvolvimento de Software para Auxiliar Ações de Transferência de Tecnologia do Agronegócio de Citros no Amazonas......................................................................69Francisco dos Anjos Tavares; Marcos Filipe Alves Salame

Produção de Matéria Seca, Crescimento Radicular e Absorção de Cálcio, Fósforo e Alumínio em Mudas de Palma de Óleo em Latossolo Amarelo da Amazônia.................................71Cliciane Muniz Nunes; Ariadny Santos Almeida; Danuza Lima dos Santos;

Maria do Rosário Lobato Rodrigues

Resposta de Mudas de Dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.) à Aplicação de Doses Crescentes de Alumínio em Latossolo Amarelo da Amazônia..............................................................73Danuza Lima dos Santos; Ariadny Santos Almeida; Cliciane Muniz Nunes;

Maria do Rosário Lobato Rodrigues

Rizobactérias Produtoras de Ácido Indolacético e seu Efeito na Germinação de Milho...............................................................75Hosana Silva de Almeida; Aleksander Westphal Muniz

Sistema de Interpretação de Informações do Solo para Tomada de Decisão Estratégica na Produção de Mandioca no Amazonas..........................................................................77Rodrigo da Silva do Nascimento; Marcos Filipe Alves Salame

Melhoramento Genético

Caracterização de Novas Cultivares de Copa de Seringueira Resistentes ao Mal-das-Folhas................................................79Bruna Albuquerque da Silva; Everton Rabelo Cordeiro

Piscicultura

Análise de Genes Responsáveis pela Formação Gonadal do Tambaqui (Colossoma macropomum)....................................81Diego Ernesto Auzier Félix; Claudia Majolo; Fernanda Almeida O´Sullivan

Atividade Antibacteriana do Óleo Essencial de Espécies de Lippia no Controle de Aeromonas hydrophila Isolados de Tambaqui (Colossoma macropomum)....................................83Danielle Cardoso Ferreira; Cláudia Majolo; Edsandra Campos Chagas;

Francisco Célio Maia Chaves

Clonagem e Análise de Expressão de Candidatos a Genes de Referência em Tambaqui (Colossoma macropomum)...........85Áquila Rodrigues do Nascimento; Fernanda Almeida O´Sullivan; Gilvan

Ferreira da Silva

Eficácia da Folha da Bananeira (Musa sp.) no Controle de Monogenea, Parasita de Tambaqui (Colossoma macropomum)..........................................................................87Driele Botelho Garcia; Cheila de Lima Boijink; Jony Koji Dairiki

Folhas de Sacha-Inchi na Nutrição de Juvenis de Tambaqui.....89Júlio de Lima Maeda; Isabela Miranda Litaiff; Francisco Célio Maia Chaves;

Jony Koji Dairiki

Indução Anestésica com Óleo Essencial de Lippia alba e Respostas Fisiológicas ao Estresse de Manuseio em Tambaqui (Colossoma macropomum)....................................91Erix dos Santos Batista; Franmir Rodrigues Brandão; Cláudia Majolo;

Edsandra Campos Chagas; Francisco Célio Maia Chaves

Respostas Fisiológicas do Tambaqui (Colossoma macropomum) Alimentado com Rações Contendo Farinha de Folha de Bananeira (Musa sp.)................................................................93Jailson de Sousa Garcia; Cheila de Lima Boijink; Jony Koji Dairiki

Sementes de Sacha-Inchi na Nutrição de Juvenis de Tambaqui..............................................................................95Isabela Miranda Litaiff; Júlio de Lima Maeda; Francisco Célio Maia Chaves;

Jony Koji Dairiki

Agricultura Familiar

Adubação Orgânica no PDS Nova Esperança, Iranduba, AM: Uso para a

Recuperação do Solo

José Nestor de Paula Lourenço1

Luciana Batista Gomes2

Agricultores usam insumos orgânicos em suas propriedades para compostagem. Foram identificados qualitativamente os componentes utilizados e quantitativamente os nutrientes, nas diferentes pilhas de composto, por meio de um Estudo de Caso com as ferramentas: a) entrevistas abertas e questionários; b) levantamento dos materiais; c) coleta de amostras do composto formado para a análise química dos nutrientes em laboratório. Foi amostrada uma pilha em cada uma das seis propriedades. Os componentes das pilhas de compostagem foram: i) capim verde (cv); ii) folhas de bananeira (fb); iii) folhas de Acacia mangium (fam); iv) folhas de abacaxizeiro (fax); v) chorume (ch); vi) folhas de ingá (fi); vii) palha de milho (pm); viii) folhas de palmeira

1Engenheiro-agrônomo, mestre em Zoologia, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 2Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

18Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

(fp); ix) folhas de abacateiro (fa); x) galhos e troncos secos (gts); xi) terra queimada (tq); xii) esterco de galinha (eg); xiii) folhas de jatobá (fj); xiv) esterco suíno (es); xv) folhas de urucum (fu); xvi) restos de mandioca (rm); xvii) mix de folhas (mf); xviii) fosfato de rocha (FR); xix) pseudocaule de bananeira (pb); xx) folhas de coqueiro (fc); xxi) folhas de urucu (fu); xxii) terra preta (tp). Esses componentes foram distribuídos nas propriedades da seguinte forma: 1) cv, ch, fb, pb, fam, fax, fi, fr; 2) cv, ch, fb, pb, fax, pm, fi, fr; 3) cv, ch, fb, pb, fam, fax, esc, fc, fr; 4) cv, ch, fb, pb, fi, eg, fc, fa, fr; 5) cv, ch, fb, pb, fi, eg, mf, fc, fr; 6) cv, ch, fam, es, eg, fu, fr. A análise química do composto variou devido aos diferentes materiais: 1) nitrogênio 8,03 g kg-1; fósforo 892 g kg-1; potássio 1.020 g kg-1; e cálcio 3,67 cmolc/dm3; 2) nitrogênio 17,47 g kg-1; fósforo 446 g kg-1; potássio 1.020 g kg-1; e cálcio 4,74 cmolc/dm3; 3) nitrogênio 9,05 g kg-1; fósforo 368 g kg-1; potássio 310 g kg-1; e cálcio 3,30 cmolc/dm3; 4) nitrogênio 18,16 g kg-1; fósforo 174 g kg-1; potássio 230 g kg-1; e cálcio 4,12 cmolc/dm3; 5) nitrogênio 12,53 g kg-1; fósforo 836 g kg-1; potássio 880 g kg-1; e cálcio 4,76 cmolc/dm3; e 6) nitrogênio 3,52 g kg-1; fósforo 177 g kg-1; potássio 150 g kg-1; e cálcio g kg-1. Apesar da variação da concentração de nutrientes em cada pilha de composto, devido aos materiais utilizados, obtiveram-se concentrações necessárias e eficazes para o uso na recuperação do solo.

Termos para indexação: composto, leguminosas, nutrientes.

Análise da Rede de Comercialização da Castanha-do-Brasil no Estado do

Amazonas a partir de Uma Abordagem Socioeconômica: Um Estudo de Caso

dos Municípios de Lábrea e Beruri

Tassiana Maylla Fontoura da Silva¹

Lindomar de Jesus de Sousa Silva²

A castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) é um pro-duto agroextrativista com forte potencial de geração de ren-da para as comunidades amazônicas. A coleta e o benefi-ciamento das amêndoas constituem importante atividade econômica nos municípios de Lábrea e Beruri, no Estado do Amazonas, formando uma complexa rede socioeconô-mica, composta por extrativistas, atravessadores, compra-dores, empresas e entidades civis e estatais. O presente tra-balho teve como objetivo analisar tal dinâmica a partir da perspectiva de rede. Essa análise foi realizada com o uso do software Ucinet/NetDraw, alimentado com dados obti-dos de entrevistas com os principais atores sociais que atu-am na coleta, intermediação e comercialização da castanha. Pela análise da rede pode se observar o destino da produ-

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Sociólogo, doutor em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

20Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

ção, o papel de cada ator social e as relações que se esta-belecem nos municípios pesquisados. Beruri é o principal produtor no Amazonas, com produção de 1.350 t, e Lábrea é o sétimo, com 785 t (IBGE, 2014)3. Notou-se que, nos dois municípios, há forte presença dos atravessadores, que in-termedeiam a produção para os estados do Pará (Mutram) e Amazonas (CIEX) e a Bolívia (ACIE). Essa rede de atraves-sadores beneficia-se da carência econômica, da distância e da ausência de infraestrutura nas comunidades coleto-ras. Em Lábrea, com a existência de cooperativa e de usi-na, conseguiu-se organizar 20% da produção, garantindo a autonomia dos extrativistas filiados e indígenas de comer-cializar diretamente com os mercados consumidores (Rio de Janeiro, Fortaleza, Curitiba), além do acesso ao mercado institucional. Em Beruri, a falta de organização articulada e o predomínio dos atravessadores fazem com que a usina não exerça papel estratégico no município. Consequente-mente, a totalidade da produção fica nas mãos dos atraves-sadores, que fazem o controle inclusive da comercialização. Portanto, o potencial de Lábrea está na articulação e den-sidade de sua rede, fragilizada pela ausência de políticas que permitam a superação de entraves logísticos e econô-micos existentes. O desenvolvimento do extrativismo, por sua vez, está diretamente relacionado ao fortalecimento da organização das comunidades beneficiadas e à superação da dependência dos atravessadores.

Termos para indexação: castanha-do-brasil, extrativismo, rede social.

3 IBGE. Banco de dados. Disponível em:<http://www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 15 jun. 2014.

Composição de Renda entre os Agricultores Familiares Produtores

de Mandioca no Assentamento Panelão, Careiro, AM

Flaviana Augusto da Costa¹

Lindomar de Jesus de Sousa Silva²

O acesso a tecnologias pressupõe condições mínimas para investimentos dos agricultores, principalmente em um contexto marcado pela dificuldade de acesso a crédito e assistência técnica. A presente pesquisa teve como objetivo identificar a composição de renda dos assentados do Projeto de Assentamento Panelão, em Careiro, AM, e traçar um perfil dos demandantes e beneficiários das tecnologias geradas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Desta forma, busca identificar a existência de potencial para realizar investimentos em tecnologias agrícolas na unidade de produção e no conjunto do assentamento. Adotou-se a metodologia exploratória, com entrevista a 20% dos produtores de mandioca do assentamento, que, segundo o Instituto de

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Sociólogo, doutor em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

22Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), são 125. Constatou-se que as rendas não agrícolas, como a aposentadoria e o Bolsa Família, estão presentes em 77% dos estabelecimentos rurais. Esses estabelecimentos possuem as maiores áreas plantadas, a maior diversificação produtiva, como plantio de mandioca e banana, e coleta de produtos como cupuaçu, açaí e pupunha, além de serem os que mais contratam trabalhadores diaristas. Os 23% dos assentados que não possuem rendas não agrícolas se dedicam basicamente ao plantio de mandioca e trabalham como diaristas em outras propriedades. A pesquisa concluiu que os assentados do Projeto Panelão possuem baixa capacidade de autoinvestimento, pouca disponibilidade de mão de obra familiar, crescimento do número de idosos, bem como predominância de assentados do sexo masculino. Portanto, entre os assentados, não há condições de destinação de parte das rendas familiares para o autoinvestimento, e sim dificuldade e, muitas vezes, medo de acessar o crédito agrícola em razão da ausência de informação e acompanhamento técnico, além da burocratização. Não existem, portanto, as condições necessárias para o acesso às tecnologias agrícolas que ampliem a produção, a produtividade e que consequentemente levem ao desenvolvimento agrícola sem uma efetiva ação estatal.

Termos para indexação: agricultura familiar, mandioca, Careiro Castanho, renda.

Identificação e Análise Socioeconômica dos Sistemas de Produção de Citros no

Estado do Amazonas

Maurilio Costa Correia1

José Olenilson Costa Pinheiro2

Considerando a fragilidade da cadeia produtiva de citros no Estado do Amazonas, este estudo buscou identificar e analisar socioeconomicamente os sistemas de produção, especificamente laranja, em comunidades dos municípios líderes no ranking de produção de laranjas (ALMUDI; PINHEIRO, 2015)3, a saber: Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Iranduba e Manaus, de forma a prospectar demandas tecnológicas na citricultura dessas localidades. A pesquisa foi desenvolvida visando traçar o perfil dos produtores e também identificar aqueles que apresentam maior potencial produtivo, bem como enxergar os que apresentam dificuldades em sua produção.

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Economista, mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3ALMUDI, T.; PINHEIRO, J. O. C. Dados estatísticos da produção agropecuária e florestal do Estado do Amazonas: ano 2013. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 103 p.

24Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

Para a obtenção dos dados, produziu-se questionário com questões socioeconômicas e do sistema de produção, o qual foi aplicado em entrevistas diretas a 50 produtores rurais, com perguntas fechadas e abertas. Os dados coletados foram armazenados e tabulados em planilhas eletrônicas, de forma a viabilizar a análise e sistematização dos dados. A partir da análise dos dados obtidos, foi possível traçar o perfil dos produtores dos cinco municípios. O produtor de laranja, no Amazonas, em sua maioria, é do sexo masculino com média de idade de 54 anos. O sistema de produção que ele utiliza é de pouca tecnologia, isto é, várias etapas do processo de produção não são mecanizadas, e sim manuais, desde a preparação da área, dos tratos culturais à colheita, sendo que a maior parte dos tratos culturais é realizada por mão de obra familiar. A renda familiar é composta de atividades agrícolas, Bolsa Família e outras, a média mensal de renda é de 3 a 6 salários mínimos por família. Os dados também revelam que o produtor de citros, no Estado do Amazonas, apresenta perfil de sistema de produção pouco tecnificado, comparado a outras regiões do Brasil. Porém, o nível de interesse para produção da cultura é elevado. Paradoxalmente, uma das dificuldades em potencializar a produção é a carência de assistência técnica. De acordo com os entrevistados, a atuação do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), responsável pela assistência técnica, é praticamente inexistente.

Termos para indexação: citricultura, socioeconomia, renda familiar.

Espacialização e Mapeamento da Produção de Citros no Município de Rio Preto da Eva, AM

Mônica Cortêz Pinto1

Gilvan Coimbra Martins2

O espaço rural na Amazônia vem passando por mudanças em termos de ordenamento territorial e produtividade, buscando-se alternativas para o interior do Estado do Amazonas. A cultura de citros torna-se promissora com a crescente demanda do mercado local. Neste contexto, a presente pesquisa tem por objetivo mapear e espacializar a produção de citros no Município de Rio Preto da Eva, AM, que mais tem se destacado na produção, com a espacialização dos atributos geográficos de acordo com a localização das propriedades, quantidade da produção em toneladas e concentração da área plantada, sistematizadas em banco de dados, além de informações adicionais referentes à produção, como as principais dificuldades para

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, mestre em Ciência do Solo, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

26Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

o desenvolvimento da atividade no município. Desta forma, a pesquisa baseou-se no levantamento dos dados estatísticos sobre a produção de citros e dos dados cartográficos da área de estudo e uso das imagens disponibilizadas pelo Google Earth e imagens RapidEye adquiridas na página do Ministério do Meio Ambiente; na coleta de pontos, com o receptor GPS, nas propriedades rurais; e aplicação de questionários com os produtores. Posteriormente os dados levantados foram compilados em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG), com auxílio dos programas Trackmaker e Excel. Dos resultados obtidos tem-se a criação do banco de dados georreferenciado. Todas as propriedades de citros visitadas possuem coordenadas associadas aos questionários aplicados aos produtores; o banco de dados elaborado possui informações sobre produção, localização e dificuldades na produção de citros. Com base nos dados adquiridos junto aos produtores, pode-se identificar a quantidade e concentração de área plantada no ano de 2014 e quantidade da produção em toneladas para esse período, aproximadamente 10 t/ha plantado, com 3.680 t de frutos produzidos no mesmo ano. A elaboração do mapa de espacialização da produção de citros indica que nos ramais mais afastados da sede da cidade está a maior concentração da produção. Pelo uso das geotecnologias e coletas de dados em campo pode-se identificar a localização das propriedades, a elaboração de banco de dados com informações relevantes à produção e o perfil do produtor do município e suas dificuldades, as propriedades que mais produziram no ano de 2014 e sua espacialização.

Termos para indexação: citricultura, produtividade, alternativa.

A Plukenetia volubilis L., conhecida como sacha--inchi, é uma espécie amazônica que apresenta propriedades nutracêuticas de grande potencial para as indústrias farmacêutica e estética. Com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de técnicas de propagação in vitro, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de métodos de desinfestação e calogênese em explantes dessa espécie. Para tal, segmentos de hipocótilo de plântulas

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, mestre em Agricultura no Trópico Úmido, estudante em desenvolvimento de tese, bolsista da Capes, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM.3Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas), professora da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM.3Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 4Engenheira florestal, doutora em Agronomia (Produção Vegetal), pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Biotecnologia/Biologia Molecular

Estudos Preliminares para o Cultivo In Vitro de Sacha-Inchi

Amanda da Rocha Gomes1

Arthur Antunes de Souza Cardoso2

Maria Teresa Gomes Lopes3

Francisco Célio Maia Chaves4

Regina Caetano Quisen5

28Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

germinadas in vitro foram inoculados em meio com metade da concentração de sais e vitaminas de Murashige e Skoog, sendo os tratamentos compostos pela suplementação com os antibióticos casugamicina e cefotaxima a 200 mg L-1 e 400 mg L-1 (isolados e combinados). Esse ensaio preliminar demostrou que nenhum dos tratamentos foi eficiente no controle da contaminação, com perdas elevadas de explantes (52% a 100%). Em razão desse resultado optou--se pela otimização do meio com a suplementação dos antibióticos gentamicina, rifampicina e cloranfenicol (100 mg L-1 e 200 mg L-1). Ao final de 15 dias de cultura, observou-se que o cloranfenicol foi superior aos demais antibióticos, proporcionando a descontaminação de 88% e 92% de explantes. No ensaio de indução à calogênese, os explantes foram inoculados em meio WPM suplementado com cloranfenicol (150 mg L-1) e auxina 2,4–D (0,45 µM; 2,3 µM) isolada ou combinada com o BAP (0,04 µM). Após 30 dias observou-se a formação de pequenos calos friáveis em 43,0% e 62,5% dos explantes nos tratamentos 2,4-D (2,3 µM) isolado ou associado ao BAP, respectivamente. No meio com 2,4-D (0,45 µM), somente 7% dos explantes apresentaram calos, e quando combinado com BAP, 6,3%. Os resultados permitiram concluir que o cloranfenicol, na concentração entre 100 mg L-1 e 200 mg L-1, é eficaz no controle bacteriano de segmentos de hipocótilo, e a auxina 2,4-D, a 2,3 µM na presença/ausência de BAP induz satisfatoriamente a formação de calos nesses explantes.

Termos para indexação: Plukenetia volubilis, desinfestação, calogênese.

O guaranazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis Mart. Duck) é uma cultura de grande importância econômica para o Brasil e para os estados do Amazonas e da Bahia, a qual vem sendo acometida pelo superbrotamento, doença causada pelo fungo Fusarium decemcelullare Brick, que prejudica considerável parte da produção. Na biologia molecular, a utilização de ferramentas para o estudo desse patógeno é essencial para melhor entendimento da doença, por exemplo, a utilização de genes repórteres por meio de transformação genética. Muitos protocolos sugerem a utilização de protoplastos pela facilidade que o vetor

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Biotecnólogo, mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais da Amazônia, bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM.3Biólogo, doutor em Microbiologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Protocolo para Obtenção de Protoplastos de Fusarium decemcellulare Visando à

Transformação Genética

Clara Victória Souza de Oliveira1

Joelma dos Santos Fernandes2

Gilvan Ferreira da Silva3

30Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

tem de ser inserido na célula hospedeira. Portanto, neste trabalho, objetivou-se definir as condições necessárias para a obtenção de protoplastos de F. decemcelullare. Os procedimentos utilizados seguiram o Protocolo de Visser e colaboradores (2004)4 para Fusarium oxysporum f. sp. cubense com algumas modificações, que foram fundamentais para o êxito deste trabalho. Em vez da utilização do mix de enzimas sugerido, usou-se apenas Lysing enzyme (Sigma-Aldrich) com teste de concentração que variou de 100 mg/mL a 150 mg/mL, bem como teste da quantidade de micélio utilizada (0,3 g – 4 g) e o tempo de incubação para a ação da enzima (2 horas – 4 horas). Determinou-se um período suficiente de até 3 horas para a obtenção de protoplastos, assim como o uso de até 1 g de micélio do fungo F. decemcellulare para 150 mg/mL de L. enzyme.

Termos para indexação: protoplasto, Fusarium decemcellulare, superbrotamento.

4VISSER, M.; GORDON, T. R.; WINGFIELD, B. D.; WINGFIELD, M. J.; VILJOEN, A. Transformation of fusarium oxysporum f. sp. cubense , causal agent of fusarium wilt of banana, with the green fluorescent protein (gfp) gene. Australasian plant pathology, Clayton, v. 33, n. 1, p. 69-75, Fev. 2004. Disponível em: <www.publish.csiro.au/journals/app>. Acesso em: 14 jun. 2016.

Seleção de Fungos Endofíticos Isolados do Guaranazeiro com Potencial para o Controle

Biológico de Fusarium decemcellulare

Ana Lucília Araújo da Silva1

Luadir Gasparotto2

Gilvan Ferreira da Silva3

O guaranazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis) é cul-tivado na maioria dos estados da região Norte, destacando--se o Amazonas, e nos estados de Mato Grosso e da Bahia, o principal produtor. No Amazonas, entre as doenças que afetam o guaranazeiro, o superbrotamento (Fusarium de-cemcellulare) é uma das mais importantes. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi selecionar fungos endofíticos do guaranazeiro com potencial para controlar o F. decemcellu-lare. Oito isolados de fungos endofíticos foram obtidos de raízes, folhas e gemas vegetativas de guaranazeiros com superbrotamento. Os isolados foram identificados morfo-logicamente, e os que apresentaram as maiores taxas de

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, doutora em Agronomia (Fitopatologia), pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Biólogo, doutor em Microbiologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

32Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

crescimento individual foram selecionados como poten-ciais antagonistas. Selecionaram-se dois isolados do gêne-ro Trichoderma e um de Curvularia. Para avaliar o potencial antagônico, utilizou-se o teste de cultura pareada em meio BDA. Os três isolados de F. decemcellulare utilizados no teste de pareamento, obtidos de guaranazeiros com super-brotamento, pertencem à coleção de fungos do Laboratório de Biologia Molecular da Embrapa Amazônia Ocidental. No teste de pareamento, na lateral de cada placa de Petri de 90 mm de diâmetro contendo BDA, depositou-se um disco do meio de cultura com 6 mm de diâmetro contendo micélio do patógeno e, após 72 horas, a uma distância de 3 cm, foi colocado um disco do meio de cultura com 6 mm de diâmetro contendo micélio de um isolado endofítico. Fo-ram realizadas três repetições para cada isolado endofítico selecionado. As placas foram incubadas a 25 ºC, durante cinco dias. Todos os isolados endofíticos avaliados inibiram o crescimento dos três isolados de F. decemcellulare, sendo que os de Trichoderma se destacaram. Finalmente, foram estudadas as interações entre as hifas dos isolados selecio-nados com as hifas de F. decemcellulare, observando-se o enrolamento e a formação de ganchos. Em todas as inte-rações, confirmou-se o potencial antagônico dos isolados endofíticos para o controle biológico do F. decemcellulare.

Termos para indexação: Paullinia cupana var. sorbilis, Trichoderma spp., Curvularia sp., antagonismo, cultura pareada.

Piper hispidum e Piper hispidinervum são duas es-pécies arbustivas pertencentes à família Piperaceae. Essas são plantas aromáticas, e há, na literatura, relatos da ativi-dade antimicrobiana dos seus óleos essenciais (OEs). Sen-do assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a com-posição química dos OEs de ambas as espécies, bem como avaliar suas atividades biológicas. Os OEs foram extraídos em aparelho tipo Clevenger por meio do processo de hidro-

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira florestal, doutora em Fitopatologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 4Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia (Entomologia), analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 5Engenheiro-agrônomo, mestre em Agronomia Tropical, estudante em desenvolvimento de tese, bolsista da Capes, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM.1Biólogo, doutor em Biotecnologia, analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Entomologia/Fitopatologia

Atividade Biológica do Óleo Essencial de Piper hispidum e Piper hispidinervum

Caroline Coelho Ferreira¹

Maria Geralda de Souza2

Francisco Célio Maia Chaves3

Flávia Batista Gomes4

André Luiz Borborema da Cunha5

Marcelo Roseo de Oliveira6

34Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

destilação. Após a extração, os óleos foram avaliados em ensaios com o fungo Ceratocystis sp. e com as bactérias Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebisiella sp. e Hafnia alvei. Para a atividade inseticida, utilizou-se o inseto Plutella xylostella e para avaliar a atividade fungicida dos óleos essenciais utilizou-se uma variação da técnica de dis-co difusão. Na avaliação da atividade bactericida dos óleos, foram utilizadas três técnicas: disco difusão, incorporação do óleo essencial ao meio de cultura e a diluição em caldo. O método escolhido para ensaio de avaliação do potencial inseticida foi o da ingestão. O fungo Ceratocystis sp. apre-sentou resistência às concentrações de óleo essencial utili-zadas, inviabilizando a continuação dos estudos com am-bas as plantas. O ensaio bactericida demostrou que apenas o OE de P. hispidum possui atividade, revelando que algum componente de sua composição química possui atividade antimicrobiana sobre todas as bactérias utilizadas neste trabalho. Sendo assim, as concentrações mínimas inibitó-rias (CIMs) obtidas foram de 33 mg/mL, 28 mg/mL, 7 mg/mL e 32 mg/mL para E. coli, P. aeruginosas, H. alvei e Klebisiella sp., respectivamente. Nos experimentos com P. xylostella, a faixa de resposta para óleo essencial de P. hispidum foi de 8,0 mg/mL – 16,0 mg/mL. Já para o óleo essencial de P. his-pidinervum foi de 0,5 – 2,0 mg/mL. Os OEs de P. hispidum e P. hispidinervum apresentaram significativa atividade in-seticida, no entanto apenas o óleo de P. hispidum apresen-tou atividade antimicrobiana. Diante de tais resultados se faz necessário dar continuidade aos experimentos para que sejam isolados os componentes dos OEs responsáveis por essas atividades.

Termos para indexação: atividade antimicrobiana, atividade inseticida.

O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é um dos frutos com potencial econômico na região Amazônica, e um dos principais problemas que vêm diminuindo a produção no Amazonas é a vassoura-de-bruxa, causada por Moniliophythora perniciosa, reduzindo em até 60% a produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do óleo essencial de Piper marginatum na inibição do crescimento micelial e na germinação de esporos do

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira florestal, doutora em Fitopatologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Bióloga, mestre em Ciências Agrárias, pesquisadora do Centro de Pesquisas do Cacau, Ilhéus, BA. 4Engenheira-agrônoma, doutora em Fitotecnia (Produção Vegetal), pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.5Biólogo, doutor em Biotecnologia, analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 6Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Avaliação do Óleo Essencial de Piper marginatum sobre Moniliophthora

perniciosa, Causador da Vassoura-de--Bruxa no Cupuaçuzeiro

Alessandro Junio Campelo Feitosa¹

Maria Geralda de Souza2

Olívia Cordeiro Almeida3

Aparecida das Graças Claret de Souza4

Marcelo Roseo de Oliveira5

Francisco Célio Maia Chaves6

36Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

fungo in vitro. Foi utilizado o método de disco difusão, para inibição do crescimento do micélio. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com cinco repetições e oito tratamentos, em que: T1= 0; T2=025 µL/mL, T3=0,50 µL/mL, T4=0,75 µL/mL, T5=1 µL/mL, T6=25% (v\v), T7=50%(v/v) e T8=75%(v/v). O óleo foi diluído em água e dimetilsulfóxido (DMSO) de modo a obter as concentrações finais de 0,25, 0,50, 0,75 e 1 µL/mL, ou percentuais de 10%, 25%, 50% e 75%(v/v) do óleo. Para avaliação do crescimento do micélio, discos de papel de filtro foram posicionados em quatro pontos equidistantes na placa. Cada disco recebeu 10 µL/mL do óleo nas concentrações acima mencionadas, e o disco de micélio foi colocado no centro da placa. As placas foram acondicionadas em B.O.D. a 25 ºC, e diariamente foi medido o crescimento do micélio com auxílio de um paquímetro. Para o teste de germinação de esporos 5 mL de alíquota do óleo solubilizada em DMSO foram incorporados ao meio batata, dextrose e ágar (BDA) fundente, de modo a se obter a concentração desejada, e, após solidificação, foi depositada no centro da placa uma gota de 50 µL/mL de suspensão de 106 esporos/mL e espalhada com a alça de Drigalsky. Após 24 horas foi avaliado o percentual de germinação dos esporos. Os resultados obtidos demonstraram que o óleo de P. marginatum apresentou efeito inibitório de 100% apenas nas diluições de 25%, 50% e 75% (v/v). Quanto à germinação de esporos não houve efeito inibitório, apresentando germinação acima de 98% em todas as concentrações utilizadas.

Termos para indexação: controle alternativo, cupuaçu, vassoura-de-bruxa.

O dendezeiro (Elaeis guineensis) apresenta a maior produtividade por área cultivada, entre as palmeiras oleaginosas. O caiaué (Elaeis oleifera), apesar de baixo potencial produtivo, apresenta resistência à anomalia conhecida como amarelecimento-fatal (AF). O híbrido interespecífico, resultante do cruzamento entre o caiaué e o dendê, apresenta resistência ao AF, porém possui baixa produção de pólen, demandando a polinização assistida. Plantas do gênero Elaeis são alógamas e têm na família Curculionidae importantes polinizadores. As espécies Elaeidobius kamerunikus e Elaeidobius subvittatus são os

Emergência Preliminar de Curculionídeos de Inflorescências Masculinas de

Dendê, Caiaué e Híbridos Recorrentes

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia (Entomologia), analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 4Bióloga, doutora em Entomologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Matheus Montefusco Oliveira1

Elias Soares Figueiredo2

Flávia Batista Gomes3

Cristiane Krug4

38Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

polinizadores efetivos do dendê. O objetivo deste trabalho foi acompanhar a emergência dos curculionídeos, potenciais polinizadores, que se desenvolveram nas inflorescências masculinas. Foram realizadas quatro coletas no período de agosto de 2014 a maio de 2015, sendo acompanhadas 70 inflorescências de seis diferentes genótipos de palmeiras (dendê, caiaué e híbridos interespecíficos, entre eles: HIE BRS Manicoré, RC1 dendê, RC1 caiaué, RC2 dendê), no Campo Experimental do Rio Urubu (Ceru), no Município de Rio Preto da Eva, AM. A partir do período de pós-antese, três inflorescências de cada genótipo foram isoladas para o acompanhamento durante 35 dias. Foram identificadas seis espécies de curculionídeos, no total de 83.219 insetos triados e quantificados, sendo E. kamerunicus a mais abundante, com 60.527 insetos, ocorrendo principalmente em dendê, no qual representou 99% dos indivíduos. Também ocorreu em abundância em RC2 dendê, genótipo que apresentou a maior quantidade de insetos entre os híbridos. Dentre as espécies identificadas em caiaué, a espécie Couturierius carinifrons, com total de 3.955 indivíduos, apresentou maior ocorrência, representando 56%, seguida da Grasidius hybridus, com total de 4.099 equivalente a 44% dos indivíduos desse genótipo. A segunda espécie mais abundante, com 14.575, foi E. subvittatus, com ocorrência em todos os genótipos avaliados.

Termos para indexação: Elaeis, polinizadores, curculionídeos.

Psilídeos são insetos diminutos, de hábito sugador, com preferência por brotações e folhas novas, podendo causar danos às plantas hospedeiras. A melhor forma de se conhecer a dinâmica populacional desses insetos é por monitoramento. Este trabalho teve como objetivo monitorar e identificar a biodiversidade de espécies de Psylloidea em plantios florestais experimentais e na vegetação nativa no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus, AM. O monitoramento

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira florestal, doutora em Ciências Biológicas (Entomologia), pesquisadora da Embrapa floresta, Colombo, PR.3Zoólogo, curador do Naturhistorisches Museum Basel, Biowissenschaften, Basel, Suíça.4Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia (Entomologia), analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 5Bióloga, doutora em Entomologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Monitoramento Preliminar de Psilídeos em Plantios Florestais Experimentais e

na Vegetação Nativa no AmazonasElias Soares de Figueiredo1

Dalva Luiz de Queiroz2

Daniel Burckhardt3

Flávia Batista Gomes4

Cristiane Krug5

40Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

foi realizado com armadilhas adesivas e por meio de coleta ativa nos seguintes cultivos: Goupia glabra, Hymenolobium petraeum, Hymenaea courbaril, Bertholletia excelsa, Jacaranda copaia, Virola sebifera, Dipteryx odorata, Acacia mangium, Parkia multijuga, Schefflera morototoni, Sclerolobium paniculatum, Carapa guianensis, Ocotea sp., Cordia goeldiana, Cedrelinga catenaeformis, e em dez pontos na vegetação nativa. No monitoramento com armadilhas adesivas, realizado entre agosto e dezembro de 2014, foram capturados 141 psilídeos em agosto, 59 em setembro, 77 em outubro, 71 em novembro e 15 em dezembro. Entre janeiro e junho de 2015 foram realizadas seis coletas ativas nos cultivos e na vegetação nativa com 38 psilídeos capturados em janeiro, 12 em fevereiro, 11 em março, 7 em abril, 13 em maio e 26 em junho. S. paniculatum apresentou 162 insetos amostrados; H. courbaril, 60; D. odorata, 27; V. sebifera, 24; P. multijuga, 20; C. catenaeformis, 13; B. excelsa, 10; J. copaia, 9; G. glabra, 8; S. morototoni, 7; H. petraeum, 8; C. guianensis, 4; C. goeldiana, 4; Ocotea sp., 4; A. mangium, 3.

Termos para indexação: insetos-praga, biodiversidade, Amazônia.

O tripes-do-guaranazeiro (Pseudophilothrips adisi) é a única espécie de artrópode que causa danos econômicos ao guaranazeiro no Estado do Amazonas. Thysanoptera são haplodiploides, característica que considera a partenogênese como evento reprodutivo. Estudos do comportamento reprodutivo de P. adisi são importantes para se compreender a influência da reprodução partenogenética telítoca facultativa sobre sua dinâmica populacional. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a reprodução por telitoquia por meio da observação dos parâmetros biológicos do ciclo de vida. Espécimes imaturos foram coletados de plantas de guaranazeiro e criados em câmara climatizada a 25 °C±1 °C, 80%±10% de UR e 12 horas de fotofase. Adultos emergidos foram sexados, e fêmeas que ovipositaram sem a presença

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Partenogênese Telítoca Facultativa em Pseudophilothrips adisi zur Strassen

(Thysanoptera: Phlaeothripidae)Jonhata Diniz Benaion1

Adauto Maurício Tavares2

42Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

de machos foram consideradas partenogenéticas e criadas sob as mesmas condições que os imaturos. Essas foram consideradas maternais de reprodução partenogenética para a geração F1 e apresentaram tamanho corporal médio de 2,94 mm ± 0,09 mm (n = 50), parâmetro com muito pequena variação (0,68%), o que confirma a origem de reprodução não assexuada. A longevidade da fase adulta das fêmeas foi de 15,48 ± 3,5 dias (n = 50). Os parâmetros biológicos da progênie F1 de P. adisi, originada por partenogênese telítoca, foram expressos por: período médio de pré-oviposição de 8,93 ± 1,36 dias (n = 30; IC0,05); período embrionário médio de 6,7 ± 3,9 dias (n = 103); número de ovos/fêmea de 4,40 ± 1,77 (n = 30; IC0,05); viabilidade média dos ovos de 66,7% (n = 103) e duração do estádio imaturo de 25,06 ± 1,24 (n = 33; IC0,05). Quanto à estimativa de duração do ciclo de vida de P. adisi, este é considerado longo, 52,07 ± 2,67 (IC0,05) (n = 7), se comparado à ontogênese estudada em outros thysanópteros, que em sua maioria consideram esse período variando entre 13 e 20 dias.

Termos para indexação: biologia, reprodução, tripes.

De acordo com informações estatísticas (ALMUDI; PINHEIRO, 2015)3, a produção de borracha, no Estado do Amazonas, é oriunda do extrativismo, o que sugere alto risco de deslocamento na mata, para extração do látex, e baixa produtividade. Nesse contexto, o cultivo da seringueira (Hevea brasiliensis) tricomposta representa uma etapa fundamental na substituição de produção, uma vez que a média de produção por árvore de seringueira tricomposta é de 3 kg de látex. Em espaçamento 8,0 m x 2,5 m é possível plantar 500 mudas de seringueira/ha, ou seja, é possível produzir 1,5 t de látex ao ano, sendo que, no extrativismo, a produtividade média estimada é de 0,4 t. Diante do exposto,

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Economista, mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3ALMUDI, T.; PINHEIRO, J. O. C. Dados estatísticos da produção agropecuária e florestal do Estado do Amazonas: ano 2013. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 103 p.

Fitotecnia

Avaliação Econômica do Sistema de Produção de Mudas de Seringueira (Hevea brasiliensis)

com Copas Enxertadas Resistentesao Mal-das-Folhas

Núbia de Souza Leão¹

José Olenilson Costa Pinheiro²

44Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

o objetivo deste trabalho foi avaliar o custo unitário da produção de mudas de seringueira tricomposta, como possibilidade de diversificação de cultura e geração de renda entre os agricultores. Para a obtenção dos dados da produção de mudas de seringueira, produzidas no viveiro localizado na Unidade da Embrapa Amazônia Ocidental, foram adotadas as condições de observação em campo e planilhas para controle dos custos: quantidade de materiais/equipamentos, mão de obra, operação mecanizada e operações manuais, desde a sementeira até o arranquio das mudas e a enxertia de painel. A análise do resultado do custo unitário de mudas de seringueira tricomposta deu-se no acompanhamento de diversos coeficientes técnicos de produção agregados à produção de mudas, incluindo o total de sementes adquiridas, custo total de produção de mudas e custo médio unitário de mudas de seringueira tricompostas resistentes ao mal-das-folhas. A fase que apresentou elevado custo foi a de enxertia, devido à necessidade de mão de obra qualificada. Diante dos dados obtidos, conclui-se que o custo unitário de mudas de seringueira resistentes ao mal-das-folhas ficou em torno de R$ 7,00, o que permite ao produtor estabelecer um preço de mudas a partir desse custo unitário.

Termos para indexação: custo de produção, seringueiras tricompostas, coeficientes técnicos.

A composição química dos óleos essenciais pode ser influenciada por vários fatores. Dentre estes destacam-se a idade e o estádio de desenvolvimento da planta, a luminosi-dade, a temperatura, a pluviosidade, a nutrição da planta, a localização geográfica, a época e o horário de colheita e os procedimentos realizados após a colheita, como o método da secagem e de armazenamento, nos quais, em diversas espécies, se observaram efeitos no teor e na composição dos óleos essenciais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do período de secagem de folhas de Lippia alba

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira-agrônoma, doutora em Horticultura , pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 4Engenheira de pesca, doutora em Aquicultura, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Períodos de Secagem de Folhas de Lippia alba no Teor de Óleo Essencial

Ronielly Hádna da Silva Nunes1

Amanda Rocha da Silva1

Cristiaini Kano2

Francisco Célio Maia Chaves3

Edsandra Campos Chagas4

46Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

no teor de óleo essencial. O experimento foi conduzido no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus, AM, onde os ramos foram coletados e posterior-mente separados das folhas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com cinco repetições e cinco tratamentos (0, 2, 4, 6 e 8 dias de secagem). Cada parcela constituiu-se de 200 g de folhas frescas espalhadas em camada de 4 cm de altura, 40 cm de comprimento e 36 cm de largura, em uma bancada localizada à sombra, em galpão aberto, revestida com sombrite para permitir venti-lação natural. A cada dois dias (do zero ao oitavo dia), parte das amostras de folhas foi recolhida para avaliação do teor de umidade (após secagem em estufa de circulação forçada de ar a 65 °C) e do teor de óleo essencial pelo processo de hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger. Os dados ob-tidos foram submetidos à análise de variância e regressão. O teor de óleo essencial e de umidade ajustou-se ao mode-lo quadrático, com o máximo teor de óleo obtido aos oito dias após a secagem e o mínimo teor de umidade obtido aos cinco dias após a secagem. Conclui-se que a época de secagem influenciou o teor de óleo essencial e de umidade nas folhas de L. alba.

Termos para indexação: planta medicinal, pós-colheita, erva-cidreira.

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 3Engenheiro-agrônomo, mestre em Agronomia Tropical, estudante em desenvolvimento de tese, bolsista da Capes, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM.

Qualidade Fisiológica de Sementes de Piper marginatum Jacq. em Funçao da

Época de Colheita Ana Keity Amorim de Oliveira¹

Francisco Célio Maia Chaves²

André Luiz Borborema da Cunha³

A escolha da época de colheita adequada é um dos fatores que afetam a qualidade fisiológica das sementes, pois estas devem ser colhidas na máxima maturação fisiológica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica e germinação de sementes de Piper marginatum Jacq. em função da época de colheita. O experimento foi conduzido no Setor de Plantas Medicinais e Hortaliças da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM, situada a 03º 06’ 23,04” S e 60º 01’ 35,14” W. Foram observados dados agroclimatológicos referentes a temperatura (ºC), umidade relativa (%), precipitação pluviométrica (mm) e brilho solar, dos meses de coleta das espigas de P. marginatum.

48Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repetições e quatro tratamentos, representados pelas épocas de colheita (setembro/2014, novembro/2014, janeiro/2015 e março/2015). Foram coletadas dez espigas de população natural de cada tratamento, avaliando-se tamanho da espiga, número total de sementes, número de sementes pretas (viáveis) e vermelhas (não viáveis). Após esse processo, as espigas foram beneficiadas, e as seguintes características foram avaliadas: massa de mil sementes, teste de germinação, índice de velocidade de germinação (IVG), teste de emergência e o índice de velocidade de emergência (IVE). Para a análise estatística realizou-se análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade. O maior percentual de germinação (63%), de emergência (26,8%) e massa de mil sementes (0 ,021g) ocorreu no mês de novembro de 2014. O IVG teve o maior valor no mês de janeiro de 2015 (1,34), porém não diferiu estatisticamente do mês de novembro de 2014, que obteve valor de 1,24. O IVE foi maior no mês de março de 2015 (0,96). Nessa mesma data, ocorreu o maior número médio de sementes por espiga (917). Conclui-se que, dentro das épocas avaliadas, o mês de novembro mostrou-se mais adequado para a colheita de sementes de P. marginatum, com ocorrência, também nesse mês, de maior brilho solar.

Termos para indexação: Piperaceae, vigor de sementes, plantas medicinais.

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 3Engenheiro-agrônomo, mestre em Agronomia Tropical, estudante em desenvolvimento de tese, bolsista da Capes, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM.

Superação de Dormência de Sementes de Piper marginatum Jacq.

Lorena Patrícia Figueira Rodrigues¹

Francisco Célio Maia Chaves²

André Luiz Borborema da Cunha³

Piper marginatum é uma espécie medicinal, com importância na produção de óleo essencial. Essa espécie possui baixo percentual germinativo, fator pelo qual ocorre a necessidade de técnicas que promovam a quebra de dormência das sementes. O objetivo foi avaliar o uso do ácido giberélico (GA3) e diferentes temperaturas sobre a germinação de sementes. Espigas maduras foram coletadas de populações naturais. Após a coleta e beneficiamento, as sementes foram submetidas à embebição de GA3 por 2 horas nas concentrações de 0, 500, 1.000, 2.000 e 4.000 mg L-1. A semeadura foi realizada em placas de Petri sobre duas folhas de papel para germinação. A incubação foi

50Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

realizada em câmaras de germinação nas temperaturas 30 °C e 34 °C (12 horas de luz). Foram avaliados o teste de germinação (%), o número de plântulas normais e o índice de velocidade de germinação (IVG). O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado em fatorial 5 x 2 com quatro repetições de 50 sementes. Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão a 5% de probabilidade. Os resultados para germinação, IVG e número de plantas normais foram 24,5%, 0,9% e 12%, respectivamente, na combinação 30 ºC + 0 mg L-1 GA3 (testemunha). Na temperatura de 30 ºC, obteve-se comportamento linear em relação às doses estudadas. A dose de 4.000 mg L-1 de GA3 obteve 35,7% de germinação, maior percentual obtido no experimento. Enquanto na combinação 34 ºC, o comportamento foi quadrático, o máximo de germinação ficou estimado no valor de 14,5% na dose de 2.050 mg L-1, valor inferior à testemunha. No número de plântulas normais, os resultados também mostraram comportamento linear na combinação 30 ºC e nas diferentes doses de GA3. Na temperatura de 34 ºC, independentemente da dose, não houve desenvolvimento de plântulas normais. Os maiores IVGs foram obtidos na combinação de 30 ºC, que variou entre 0,90 e 1,29. A temperatura de 30 ºC mostrou-se mais adequada para a germinação de semente de P. marginatum, quando combinada com a dose de 4.000 mg L-1. O crescimento linear, nessa combinação, demonstra que doses maiores podem favorecer o aumento da germinação.

Termos para indexação: Piperaceae, germinação, vigor de sementes, giberelina (GA3).

Uso do Biofertilizante na Produção de Feijão--de-Metro em Condições de Terra Firme no

Estado do AmazonasAmanda Rocha da Silva1

Ronielly Hádna da Silva Nunes1

Cristiaini Kano2

Marinice Oliveira Cardoso3

O feijão-de-metro, pertencente à família Fabaceae, é uma hortaliça-fruto expressivamente cultivada na região Norte do Brasil e constitui excelente fonte de proteínas. O biofertilizante é um adubo orgânico líquido produzido em meio aeróbico ou anaeróbico a partir de uma mistura de materiais orgânicos, minerais e água, podendo ser utilizado como fonte de nutrientes e no controle de doenças. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de doses de biofertilizante na produção de feijão-de-metro. O experimento foi conduzido no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus, AM, no período de 18/8 (semeadura) a 28/11/2014 (última colheita) em

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira-agrônoma, doutora em Horticultura, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

52Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

delineamento de blocos casualizados com quatro repetições e cinco tratamentos (T1 = 0%; T2 = 5%; T3 = 10%; T4 = 15% e T5 = 30% do biofertilizante). A aplicação do biofertilizante, no solo, foi realizada semanalmente, totalizando dez aplicações. O espaçamento utilizado no experimento foi de 0,5 m x 1,0 m, com cada parcela composta por 24 plantas. O tutoramento das plantas foi na vertical com auxílio de fitilho, e, em cada colheita, os frutos comerciais e não comerciais foram contados e pesados. A avaliação da altura das plantas foi realizada em duas épocas do ciclo (16 e 29 dias após a semeadura). Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão. A produção total, produção de frutos comerciais e o número total de frutos ajustaram-se ao modelo quadrático, com as maiores médias obtidas na dose de 30%. Não houve diferença estatística para o número e produção de frutos não comerciais e altura das plantas nas duas épocas avaliadas. Conclui-se que a produção de feijão-de-metro obtida no experimento foi satisfatória e que houve resposta positiva com a utilização do biofertilizante.

Termos para indexação: Vigna unguiculata spp. sesquipedalis, agricultura familiar, hortaliça.

A castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.) é uma árvore símbolo da Amazônia, pois, além de ser um dos produtos vegetais mais extraídos na região Norte, é fonte de renda para boa parte da população que vive exclusivamente do sistema extrativista. Objetivou-se, por meio desta pesquisa, ampliar o conhecimento das relações bióticas dos ambientes naturais de ocorrência de castanheiras nativas no Amazonas. Em um castanhal em Maués, AM, foi implantada uma parcela permanente de 300 m x 300 m (9 ha) de onde foram selecionadas nove castanheiras adultas, de acordo com a produção de sementes (alta, média e baixa). Foi realizado o levantamento botânico no entorno do indivíduo focal (castanheira), em um raio de 15 m. Assim, foram identificados, na composição florística, 271 indivíduos,

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira florestal, doutora em Ciência Florestal, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Floresta/Agrofloresta

Análise de Vizinhança para Detecção da Diversidade Vegetal no Entorno de

Castanheiras no AmazonasAfonso Santos de Souza1

Kátia Emídio da Silva2

54Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

distribuídos em 85 espécies arbóreas, destacando-se: Eschweilera coriacea (28 indivíduos), Pouteria sp. (23), Maquira guianensis (15), Protium puncticulatum (14) e Licania heteromorpha (14). Das 26 famílias botânicas identificadas, destacam-se as famílias Lecythidaceae (46 espécies), Sapotaceae (36), Fabaceae (30), Moraceae (27) e Chrysobalanaceae (16). O castanhal estudado apresenta, em sua composição florística, características bastante diversificadas, já que tanto o número de indivíduos quanto o número de famílias mostraram grande variação. As espécies vizinhas às castanheiras não mostraram padrão de agrupamento, segundo o critério de produção, uma vez que a similaridade entre as parcelas foi baixa e aleatória. Estudos de longo prazo e utilizando outros critérios devem ser utilizados, visando avaliar se existe um padrão de associação entre a vegetação vizinha às castanheiras e sua influência na produção de frutos.

Termos para indexação: Bertholletia excelsa, riqueza de espécies, recursos florestais não madeireiros.

Áreas de Coleta e/ou Produção de Sementes Legalizadas e Viveiros Florestais Registrados

na Amazônia Ocidental

Rânery Ferreira de Souza1

Kátia Emídio da Silva2

Larissa Aragão de Souza3

O presente trabalho objetivou identificar a disponibilidade de sementes e mudas de espécies florestais para viabilizar ações de recomposição das áreas previstas no novo Código Florestal, Lei nº 12.651/20124. Assim, levantamentos foram feitos na internet e junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Superintendência de Manaus, para obter informações dos estados da Amazônia Ocidental (AM, AC, RO e RR)

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira florestal, doutora em Ciência Florestal, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 3Bolsista e projeto, Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.4BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12651compilado.htm>. Acesso em: 15 jan. 2016.

56Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

sobre as áreas de coleta/produção de sementes e de viveiros legalizados. Para Roraima não foram identificadas informações sobre espécies florestais; os dados obtidos para Rondônia apresentaram inconsistências que precisam ser resolvidas junto ao Mapa; e o Acre ainda não dispõe de informações digitais no sistema. Para o Amazonas, encontram-se registrados, no Mapa, 66 áreas de coleta de sementes de espécie florestal, 19 viveiros para produção de mudas e 10 viveiros para produção de sementes de espécies florestais. Maués, Manaus e Rio Preto da Eva são os municípios com o maior número de produtores de mudas. Em relação ao número de espécies florestais utilizadas para produção de mudas, somente foram identificados os municípios de Apuí, Manaus e Autazes, em ordem decrescente de número de espécies. Quanto ao número de espécies utilizadas para produção de sementes, Rio Preto da Eva apresentou o maior número, seguido por Manaus. Conclui-se que há um número reduzido de municípios cadastrados, no Mapa, como produtores de mudas e/ou sementes nos estados da Amazônia. Os estudos devem ser aprofundados, em especial no AC e RR, onde existem poucas informações disponíveis, e ações de incentivo ao cadastramento no Mapa devem ser realizadas pelos órgãos competentes.

Termos para indexação: Renasem, código florestal, adequação ambiental.

Avaliação Preliminar da Produção de Jacareúba (Calophyllum brasiliense cambess.) em

Plantio Ex Situ no Amazonas

Paulo Vinícius da Silva Santos1

Cintia Rodrigues de Souza2

Este trabalho objetivou contribuir com a ampliação do conhecimento sobre a espécie jacareúba (Calophyllum brasiliense Cambess.). O trabalho foi realizado na área do Projeto Trópico Úmido (PTU), localizada no Campo Experi-mental da Embrapa Amazônia Ocidental, Km 30 da Rodovia AM-010, onde há um plantio ex situ com aproximadamente 40 anos de idade, implantado no espaçamento de 4 m x 4 m, em cinco linhas de plantio. O plantio inicial possuía 80 jacareúbas, mas, em decorrência da mortalidade, atual-mente possui 50. A partir dessas 50 árvores, foi realizado o acompanhamento fenológico quinzenal, utilizando binócu-lo e planilha de campo. As árvores tiveram suas posições geográficas obtidas por meio de GPS. Foram medidos a al-tura total e o diâmetro à altura do peito (DAP). Para a avalia-

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira florestal, doutora em Ciências de Florestas Tropicais, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

58Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

ção da produção, adotou-se o critério de contagem das se-mentes dispersadas na projeção das copas e que tivessem no mínimo 20 frutos. Até a primeira quinzena de dezembro de 2014, os frutos ainda não haviam começado a ser dis-persos. Em fevereiro de 2015, realizou-se a contagem dos frutos sob a copa das árvores, com a quantificação de 18 árvores, a partir do padrão utilizado de no mínimo 20 fru-tos dispersados por árvore. A produção variou de 28 a 450 frutos. Os frutos coletados foram levados para o laborató-rio para beneficiamento e pesagem das sementes. Depois desse procedimento, realizou-se o teste de umidade, cujos resultados variaram entre 37,83% e 77,92% de umidade. Os valores de DAP variaram de 12,22 cm a 32,91 cm e a altura total das plantas variou entre 14 m e 25 m. Os resultados indicam que as árvores do plantio de jacareúba têm com-portamento silvicultural diferenciado, com grande variação nos valores de produção, DAP e altura.

Termos para indexação: fenologia, espécies florestais, Amazônia.

Comportamento de Sementes de Cumaru (Dipteryx odorata/Fabaceae)

Submetidas à Dessecação

Daniel Cid Vieira Prestes1

Lucinda Carneiro Garcia2

Silas Garcia Aquino de Sousa2

O cumaru (Dipteryx odorata) é uma espécie florestal amazônica, com madeira de lei e sementes que produzem cumarina, uma essência aromática fixadora de perfume, usada pela indústria de cosméticos, com demanda no mercado internacional. O presente estudo objetivou avaliar o comportamento de sementes de cumaru quanto à sensibilidade à dessecação. As sementes recém-coletadas apresentaram teor de água inicial de 52,3%. Foram, então, submetidas à dessecação em câmara de secagem com ventilação forçada, a 35 ºC, em diferentes períodos de secagem: tempo zero/testemunha; 24 horas; 48 horas; 72 horas; 96 horas e 120 horas. O grau de umidade das sementes por tratamento foi obtido pelo método de estufa a 105 ºC ± 3 ºC. Após cada tratamento, as sementes foram semeadas

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, doutor em Engenharia Florestal, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

60Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

em bandejas com o substrato areia, lavada, autoclavada e umedecida com água destilada, acondicionadas em germinador à temperatura constante de 30 ºC, na ausência de luz. Foram avaliados os seguintes parâmetros: percentagem total de germinação, índice de velocidade de germinação (IVG) e período germinativo. Usou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições de 20 sementes por tratamento. Os dados foram analisados estatisticamente, e as médias, comparadas pelo teste de Tuckey a 5% de significância. O ensaio foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes da Embrapa Amazônia Ocidental. A germinação das sementes de cumaru, no tempo zero de secagem, teve início no 4º dia e término no 11º dia, totalizando 92,5%; enquanto, após 120 horas de estresse hídrico, com teor de água de 19,3% ocorreu um retardamento na germinação, iniciando no 7º dia e encerrando no 17º dia, com redução significativa na germinação, resultando em 47,5% de sementes germinadas. Para o IVG, o resultado foi semelhante à viabilidade, em que inicialmente obteve-se 0,30 e, após a dessecação de 120 horas, foi reduzido para 0,17. Com esses resultados, pode-se afirmar que a secagem exerceu influência sobre a viabilidade e o vigor das sementes da espécie. Conclui-se que as sementes de cumaru apresentam comportamento de semente recalcitrante.

Termos para indexação: sementes florestais, estresse hídrico, desidratação, longevidade.

As florestas podem ser fontes de carbono para a atmosfera, por meio de desmatamentos e queimadas, ou sumidouros, por meio do crescimento do povoamento (com técnicas de manejo florestal sustentável e a conservação da floresta). O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de uma floresta manejada comercialmente no Amazonas em relação à dinâmica de carbono. O trabalho foi desenvolvido na empresa Mil Madeiras Preciosas Ltda., em Itacoatiara, AM. Foram utilizados dados oriundos de inventários florestais e mensurados todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito (DAP) igual ou superior a 15 cm, em 14 parcelas permanentes de 1 ha cada, nos anos de 1996 (inventário pré-exploração), 1998, 2001 e 2014. A exploração de madeira, seguindo as diretrizes do

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheira florestal, doutora em Ciências de Florestas Tropicais, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Estoque e Dinâmica de Carbono em Floresta Manejada Comercialmente no Amazonas

Jair Guimarães de Sousa Filho¹

Cintia Rodrigues de Souza²

62Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

manejo florestal sustentável, foi realizada em 1997. Nas 14 parcelas permanentes avaliadas, foram identificados 4.189, 3.561, 3.468 e 4.419 indivíduos e 166, 159, 159 e 184 espécies, nos anos de 1996, 1998, 2001 e 2014, respectivamente. Isso demonstra que, após a exploração, o número de indivíduos foi reduzido, porém, na última avaliação, a floresta recuperou-se em número de indivíduos e espécies. As taxas anuais médias de recrutamento foram de 0,80%, 1,31% e 3,36%; as taxas de mortalidade foram 9,67%, 2,10% e 1,28% ao ano, respectivamente, para os períodos de 1996-1998, 1998-2001 e 2001-2014. Nota-se que, entre 1996 e 1998, a mortalidade foi muito maior que o recrutamento, devido às causas naturais e aos danos provocados pela exploração. Nos intervalos seguintes, as taxas de recrutamento apresentaram recuperação frente à mortalidade. O estoque de carbono estimado antes da exploração foi de 165,87 Mg/ha. Após a exploração (1, 4 e 18 anos após), a floresta apresentou os seguintes estoques: 138,29, 135,87 e 158,04 Mg/ha, respectivamente. Conclui-se que, 17 anos após a exploração, a floresta mostrou que vem se recuperando, mas ainda não atingiu o estoque de carbono alocado na vegetação antes do manejo florestal aplicado.

Termos para indexação: estoque de carbono, manejo, Amazonas.

Este estudo foi conduzido na Fazenda Aruanã, Rodovia AM-010, no Município de Itacoatiara, AM. Investigaram-se as respostas de produção e a caracterização morfométrica de cinco clones de Bertholletia excelsa, denominados Aruanã, 609, 606, Manoel Pedro e Santa Fé, em condição de plantios homogêneos. Foram coletadas amostras de dez árvores em cada clone. Da produção total das dez árvores foram coletados 25 frutos. Nos frutos e nas amêndoas foram avaliadas as variáveis de produção (peso, volume, contagem). Na caracterização morfométrica das árvores, o clone Aruanã obteve o melhor resultado para altura total e altura de inserção da copa (22,25 ± 2,15 m; 5,37 ± 3,09 m, respectivamente). O clone Manoel Pedro teve melhor resultado para comprimento da copa e diâmetro à

Influência dos Fatores Edáficos e Nutricionais na Produção de Frutos de Castanha-do-

-Brasil na Amazônia Central

Luana Addache Pantoja Garcia1

Roberval Monteiro Bezerra de Lima2

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/ Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro florestal, doutor em Engenharia Florestal, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

64Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

altura do peito (DAP) (18,20 ± 3,96 m e 83,55 ± 9,59 cm, respectivamente). Entre as variáveis de produção dos frutos e das castanhas em relação à produção total por árvore: peso (41,41 kg ± 20,92 kg), volume (41,02 cm3 ± 22,05 cm3), peso úmido (28,97 kg ± 15,02 kg) e seco (11,90 kg ± 6,03 kg) das cascas, número de castanhas (1.398,00 ± 761), peso das castanhas (11,79 ± 6,07 kg), peso unitário das castanhas com cascas (0,80 ± 0,37 kg) e sem cascas (0,35 ± 0,19 kg) e número total de ouriços (80,00 ± 44,91), o clone Manoel Pedro apresentou as maiores médias seguido do clone Aruanã. Conclui-se que o clone Manoel Pedro apresentou maior produção em número de frutos e castanhas, além de maiores médias em relação a comprimento, proporção de copa e DAP. Constatou-se que existe variabilidade entre e dentro de cada clone.

Termos para indexação: Bertholletia excelsa, produção, clones.

Pré-Germinação de Sementes de Tucumã do Amazonas (Astrocaryum aculeatum

Meyer) Submetidas a Diferentes Ambientes de Secagem

Rafaella dos Santos Barreto1

Silas Garcia Aquino de Sousa2

Lucinda Carneiro Garcia2

O tucumã do Amazonas é uma palmeira de gran-de importância socioeconômica na Amazônia, devido ao uso múltiplo dos componentes da planta, principalmente a polpa, utilizada na culinária regional. O presente trabalho objetivou avaliar a influência de diferentes ambientes de secagem, para a remoção do endocarpo (pirênio), na pré--germinação das sementes de tucumã. As sementes foram coletadas na região metropolitana de Manaus, AM, e clas-sificadas em três categorias (pequena, média e grande), de acordo com a massa (g) e o diâmetro (cm). Em seguida, foram submetidas à secagem, em ambiente natural (ban-cada de laboratório) por 20 dias, câmara de secagem com ventilação forçada, a 38 ºC, por nove dias e tratamento pré--germinativo sob areia e queima controlada, com lenha da

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, doutor em Engenharia Florestal, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

66Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

capoeira. Após os tratamentos pré-germinativos, as semen-tes foram submersas em água, à temperatura ambiente, durante 10 dias, em seguida foram conduzidas ao viveiro, acondicionadas em tubetes, usando o substrato areia. As sementes submetidas à queima controlada não foram sub-mersas em água, foram levadas diretamente ao viveiro, após dois dias do tratamento. O delineamento experimen-tal foi inteiramente casualizado, com quatro repetições e 30 sementes, por categoria (tamanho da semente), totalizando 360 sementes. O ensaio foi conduzido no viveiro de mudas da Embrapa Amazônia Ocidental. A pré-germinação das sementes foi acompanhada a cada dois dias, pelo período de 90 dias. A secagem em câmara de ventilação forçada proporcionou a pré-germinação de 74,16% das sementes pequenas, 70,83% de sementes médias e 70% de semen-tes grandes. A queima controlada, por sua vez, promoveu a pré-germinação de 70% das sementes pequenas, 69,17% nas médias e 73,33% das grandes. Sementes pequenas, médias e grandes que secaram em ambiente natural apre-sentaram pré-germinação de 67,50%; 50,83% e 45,83%, res-pectivamente. Conclui-se que os tratamentos de secagem em câmara de ventilação forçada e queima controlada pro-porcionaram pré-germinação de sementes de tucumã aci-ma de 69%.

Termos para indexação: Amazônia, palmeira, viveiro.

Sistematização de Informações sobre Mudas de Espécies Florestais no Bioma Amazônia

Utilizando a Técnica Data Mining

Rayssa Gomes Vasconcelos1

Roberval Monteiro Bezerra de Lima2

Em virtude da promulgação do Código Florestal Brasileiro, é crescente a necessidade de adequação ambiental das propriedades rurais. Uma das informações essenciais para a recomposição florestal são as técnicas para produção de mudas. Este trabalho objetivou realizar a sistematização e análise das informações disponíveis na literatura sobre técnicas de produção de mudas de seis espécies florestais nativas e exóticas no Bioma Amazônia. Empregou-se o método de “mineração de dados”, com os registros realizados em banco de dados gerado no programa Access@. As espécies contempladas foram: Tachigali vulgaris, Bertholletia excelsa, Schizolobium parahyba var. amazonicum, Tectona grandis, Himenaea courbaril e Calophyllum brasiliensis. Foram analisados 60 registros do

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/ Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro florestal, doutor em Engenharia Florestal, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

68Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

banco de dados e consultados 174 autores, em média 29 por espécie. A análise exploratória dos dados considerou as três principais variáveis que influenciam o processo de produção de mudas: tratamento pré-germinativo, tamanho do recipiente e tipo de substrato, revelando os seguintes padrões: T. vulgaris – imersão em água quente como tratamento pré-germinativo, saco de polietileno (SP) de 24 cm x 28 cm e substrato composto de solo argiloso, areia e matéria orgânica curtida; B. excelsa – imersão em água e retirada do tegumento, SP de 17 cm x 27 cm, terra vegetal, areia e esterco bovino; S. parahyba var. amazonicum – imersão em água quente ou escarificação mecânica, SP de 15 cm x 27 cm, terra preta, areia e esterco bovino; T. grandis – imersão em água e exposição ao calor, tubete de 120 cm3, substrato comercial (25%) e esterco bovino; H. courbaril – escarificação mecânica seguida de imersão em água, SP de 17 cm x 22 cm, solo, areia e esterco bovino; C. brasiliensis – escarificação mecânica, SP de 15 cm x 30 cm, terra de subsolo e composto orgânico. A produção de mudas com qualidade superior, na Amazônia, ainda é uma necessidade do setor florestal, sendo que os parâmetros ideais ainda não estão completamente definidos para a maioria das espécies.

Termos para indexação: reflorestamento, mineração de dados, código florestal.

O Amazonas tem imensa extensão territorial e, por isso, sérias deficiências de logística e infraestrutura, dificultando inúmeras atividades e consequentemente limitando a produtividade no interior do estado. Além da dificuldade de logística com os insumos necessários e com os produtos gerados, muitos agricultores não conseguem ter acesso facilitado aos especialistas da área agrícola e acabam tomando decisões sem levar em consideração recomendações e boas práticas já definidas, culminando em prejuízos. De forma a auxiliar ações de transferência de tecnologia, no Estado do Amazonas, foi desenvolvido um aplicativo para dispositivos móveis com o sistema operacional Google Android, cujo propósito é ajudar na nutrição do solo, de forma a obter melhor produtividade

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro da computação, mestre em Ciência da Computação, analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Manejo do Solo/Nutrição de Plantas

Desenvolvimento de Software para Auxiliar Ações de Transferência de Tecnologia do

Agronegócio de Citros no AmazonasFrancisco dos Anjos Tavares1

Marcos Filipe Alves Salame2

70Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

e fornecer dicas e ferramentas necessárias para um bom plantio de citros. Para a efetivação do trabalho foram realizadas diversas entrevistas com especialistas da área da agricultura para o processo de engenharia de requisitos e foi utilizada uma base de dados fornecida pelo Laboratório de Análise de Solos e Plantas da Embrapa Amazônia Ocidental para os testes e ajustes. No processo de desenvolvimento do aplicativo foram utilizadas as seguintes tecnologias: Java Development Kit 7, Android Software Development Kit, Eclipse Luna e plugin Android Development Tools. O aplicativo desenvolvido gera recomendações da necessidade de calcário e de sua aplicação em área total e em cova, recomendações de boas práticas de extração de amostragem de solo, frequência da amostragem, espaçamentos, escolha da área do plantio e conversor de unidades métricas. O público-alvo do aplicativo são agricultores, técnicos e pesquisadores. Trata-se de mais uma ação para auxiliar a transferência de tecnologia no Estado do Amazonas.

Termos para indexação: aplicativo, citros, calagem, nutrição, solo.

Produção de Matéria Seca, Crescimento Radicular e Absorção de Cálcio, Fósforo e

Alumínio em Mudas de Palma de Óleo em Latossolo Amarelo da Amazônia

Cliciane Muniz Nunes1

Ariadny Santos Almeida1

Danuza Lima dos Santos2

Maria do Rosário Lobato Rodrigues3

A ocorrência de toxicidade de alumínio (Al) em plantas cultivadas é frequente em muitos solos brasileiros, geralmente associada aos solos lixiviados, com baixa fertilidade e elevada acidez. Para prever o efeito do Al na disponibilidade e absorção dos nutrientes em mudas de palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.), foi instalado experimento em casa de vegetação na Embrapa Amazônia Ocidental, utilizando o híbrido Tenera BRS C-2501, melhorado pela Embrapa. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial com três fatores: três níveis de alumínio (AlCl3), sendo T1= 1,60; T2=3,20; T3= 6,40 cmolc dm-3; dois de fósforo e dois de cálcio (presença e ausência);

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/ Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas), pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

72Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

com três repetições. Pela análise de variância, para os teores dos nutrientes nas diferentes partes da planta, predominou o efeito significativo do Al e do P (p<0,05). O Al afetou os teores do P, K, Ca, Mg, B, Cu e Mn nas folhas; K, Fe, Mn e Zn no caule/estipe; N, S, B e Al na raiz. As médias das variáveis biométricas foram comparadas estatisticamente usando Tukey (P=0,05). Verificou-se que o Al e o P influenciaram significativamente a produção de biomassa seca das folhas e do estipe, enquanto a biomassa da raiz foi influenciada pelos três fatores (Al, P e Ca). A aplicação do tratamento com a maior dose de Al (T3=6,40 cmolc dm-3) reduziu significativamente a produção de biomassa da folha, do estipe e da raiz, comparativamente com as doses menores (T1 e T2). A produção de biomassa foi maior na presença do P, para todas as doses de Al aplicadas. De modo geral, nas condições deste estudo, a produção de biomassa seca da raiz (MSR) foi maior que a produção da folha (MSF) e do estipe (MSC). Conclui-se, dentro das limitações do estudo, que mudas de dendezeiro possuem tolerância a até determinadas concentrações de alumínio no solo.

Termos para indexação: Elaeis guineensis, nutrição mineral, dendezeiro.

As condições de baixa fertilidade dos solos da Amazônia indicam a necessidade de se estudar elementos como o alumínio (Al), que podem interferir no processo de absorção e uso dos nutrientes pelas plantas, como já observado para diversas culturas. A pesquisa foi realizada em condições de casa de vegetação, na Embrapa Amazônia Ocidental, utilizando o dendezeiro ou palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.), híbrido intraespecífico BRS C-2501, melhorado pela Embrapa. O objetivo foi avaliar o efeito do Al no crescimento e na concentração de nutrientes em plantas de dendê, submetidas a quatro tratamentos com cloreto de alumínio: T1=0,00 (testemunha), T2=0,40,

Resposta de Mudas de Dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.) à Aplicação de Doses

Crescentes de Alumínio em Latossolo Amarelo da Amazônia

Danuza Lima dos Santos1

Ariadny Santos Almeida2

Cliciane Muniz Nunes2

Maria do Rosário Lobato Rodrigues3

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/ Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas), pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

74Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

T3=0,80 e T4=1,60 cmolc dm-3, instalados em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, em vasos contendo 2 kg de Latossolo Amarelo, após incubação com calcário dolomítico, visando a uma saturação por base de 50%. Foi observada diferença significativa na composição química do tecido vegetal do dendezeiro, pelo teste Tukey (P=0,05), para o teor de Ca, B e Mn nas folhas; de K e Mn na matéria seca do estipe; e de K, Ca, Mg e Fe na raiz. Os parâmetros biométricos, avaliados aos oito meses de cultivo do dendezeiro, não diferiram em função das doses crescentes de Al. No entanto, comparativamente ao tratamento sem aplicação de Al (T1=testemunha), a aplicação dos níveis iniciais de Al (T2 e T3) promoveu incrementos na produção de biomassa seca nas diferentes partes da planta, e a produção de biomassa total foi menor no tratamento que recebeu o maior nível de Al (T4). Nas condições deste estudo, a produção de matéria seca da raiz (MSR) foi maior que a da folha (MSF) e do caule (MSC), sendo a média geral da repartição da biomassa seca, em porcentagem, entre os diferentes órgãos da planta de 29,72% para as folhas, 30,78% para o caule e 39,6% para a raiz. Esses resultados indicam que as raízes do dendezeiro são adaptadas às condições de solos ácidos e/ou álicos.

Termos para indexação: nutrição mineral, biomassa seca, crescimento.

Rizobactérias Produtoras de Ácido Indolacético e seu Efeito na

Germinação de Milho

Hosana Silva de Almeida¹

Aleksander Westphal Muniz2

Rizobactérias são microrganismos benéficos que promovem o crescimento vegetal por associação ou sim-biose. Essa promoção de crescimento pode ocorrer por meio da produção de reguladores de crescimento, como o ácido indolacético (AIA). O objetivo deste trabalho foi isolar e selecionar rizobactérias do solo de Terra Preta de Índio e avaliar seu efeito na germinação de milho. As bactérias fo-ram isoladas utilizando meio B de King. Em seguida, foram selecionados os isolados com maior produção de AIA uti-lizando avaliação colorimétrica (535 nm). Os isolados com maior produção de AIA foram inoculados (1 mL de meio B de King líquido com bactérias em crescimento exponen-cial) em sementes de milho (Zea mays) para avaliação da germinação. Foram obtidos sete isolados: BR0114; BR0214;

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro-agrônomo, doutor em Microbiologia Agrícola e do Ambiente, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

76Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

BR0314; BR0414; BR0514; BR0614; e BR0714. A maior pro-dução de AIA foi obtida pelos isolados BR0114 e BR0314, com 28,84 e 29,34 mg AIA L h, respectivamente. Os efeitos da inoculação dos isolados BR0114 e BR0314 não foram sig-nificativos sobre a germinação de milho. Conclui-se que os isolados BR0114 e BR0314 produzem mais AIA que os de-mais isolados. E, ainda, que esses isolados não apresentam efeitos sobre a germinação de milho.

Termos para indexação: auxina, promoção de crescimento de plantas, Pseudomonas.

Sistema de Interpretação de Informações do Solo para Tomada de Decisão Estratégica na

Produção de Mandioca no Amazonas

Rodrigo da Silva do Nascimento1

Marcos Filipe Alves Salame2

O consumo de mandioca no Amazonas é alto, mas, apesar dos esforços para aumentar a produção, o estado não ficou nem entre os seis primeiros do País no quesito produtividade de mandioca no ano de 2013. Existem vários fatores impeditivos, e um deles se refere ao baixo nível de fertilidade encontrado nos solos amazonenses. Sem manejo adequado, a degradação do solo e a sustentabilidade na produção agrícola e pecuária ocorrem em poucos anos, levando ao abandono da terra. A análise química do solo é o processo mais indicado e utilizado para determinar o estado nutricional da área a ser plantada; no entanto, muitos agricultores negligenciam essa parte, o que acarreta baixos índices de produtividade e rentabilidade. A partir desse cenário e após várias entrevistas com especialistas

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Engenheiro da computação, mestre em Ciência da Computação, analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

78Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

da área, foi desenvolvido um aplicativo para smartphone com sistema operacional Google Android para agricultores e técnicos especialistas, com o objetivo de interpretar a análise química do solo, sistematizar o processo e recomendar o balanço nutricional do solo para produção de mandioca por meio de técnicas de aprendizado de máquina. O aplicativo foi codificado utilizando a linguagem de programação Java versão 1.7.0_75, ambiente de desenvolvimento Eclipse Luna Service Release 2 na versão 4.4.2, o plugin Android Development Tools na versão 23.0.6, a ferramenta de modelagem Astah Community 6.9.0, para facilitar e organizar os requisitos coletados, e o Android Virtual Devices para simulação e testes de compatibilidade com as Applications Programmings Interfaces (APIs) 4.0.1 (Ice Cream Sandwich) até a versão 4.4 (KitKat) da plataforma Google Android. Foram realizados testes com dados reais fornecidos pelo Laboratório de Análise de Solos e Plantas. A utilização de recursos tecnológicos contribui diretamente para otimização de processos e aumento da produtividade, e o aplicativo simplifica a tomada de decisão com apenas alguns cliques.

Termos para indexação: análise química, aplicativo, Android, smartphone.

A seringueira (Hevea brasiliensis), espécie arbórea da qual se extrai o látex para fabricação de borracha, apre-senta, em sua morfologia, folhas compostas e flores peque-nas reunidas em amplas panículas. Na Amazônia, a explo-ração da planta é realizada quase que exclusivamente pelo sistema extrativista, surgindo, assim, a preocupação com sua conservação e manutenção. O presente trabalho teve por objetivo proceder à caracterização de cinco novas culti-vares de copa de seringueira resistentes ao mal-das-folhas para registro e proteção junto ao Ministério da Agricultu-ra Pecuária de Abastecimento (Mapa) no período de 2014 a 2015. Como características diferenciadoras dessas novas cultivares foram selecionados: o diâmetro à altura do peito (DAP), a perda foliar e o tamanho da copa. O experimento

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2 Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Fitotecnia), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Melhoramento Genético

Caracterização de Novas Cultivares de Copa de Seringueira Resistentes ao Mal-das-Folhas

Bruna Albuquerque da Silva1

Everton Rabelo Cordeiro²

80Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

foi instalado em abril de 1999, no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Ocidental localizado na Rodovia AM-010 Km 29, em Manaus, AM, em blocos ao acaso com seis plantas por parcela e três repetições, para avaliação morfo-lógica da emissão de fluxo foliar. Nos dias 16 e 17/1/2014, foram instaladas cinco armadilhas em cada bloco do expe-rimento, medindo 2,0 m x 3,0 m entre as plantas 5 e 6. Abai-xo de cada copa, as folhas foram colhidas e quantificadas isoladamente, por cultivar, nos intervalos quinzenais. No mês de junho foi realizada a medição das copas no sentido leste – oeste e norte – sul com fita métrica; a mensuração do DAP foi realizada mensalmente com o uso da fita métrica. Foi constatado o período de abril a maio como o de maior perda foliar, caracterizando, assim, o período de troca para as cinco cultivares, destacando-se, dentre elas, a C06, que obteve a maior perda foliar. Quanto ao tamanho da copa, a cultivar C06 destacou-se apresentando a maior média, leste – oeste 8,7 m e norte – sul 6,2 m. Quanto ao DAP, a cultivar que obteve maior destaque foi a C45 apresentando média de 86,09 cm.

Termos para indexação: Hevea brasiliensis, caracterização morfológica, fenologia.

Em muitas espécies de teleósteos existe o dimorfismo sexual, seja no tamanho, seja no início da puberdade, seja na aparência ou em outras características. Em se tratando de espécies de valor comercial, como o tambaqui (Colossoma macropomum), a exploração dessas diferenças é economicamente vantajosa. Como as fêmeas da espécie são mais pesadas que os machos ao abate, a produção de lotes monossexo femininos (pelo tratamento dos alevinos com estrógenos exógenos, induzindo à formação de ovários em todos os peixes) aumentaria a produção/área. Entretanto, para que a ação desses hormônios seja eficaz, é necessário conhecer o tamanho

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Química, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos, analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Médica-veterinária, doutora em Biologia Celular, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Piscicultura

Análise de Genes Responsáveis pela Formação Gonadal do Tambaqui

(Colossoma macropomum)Diego Ernesto Auzier Félix1

Claudia Majolo²

Fernanda Almeida O´Sullivan³

82Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

em que ocorre a diferenciação sexual da espécie, tanto morfológica quanto geneticamente, uma vez que, se o hormônio for ministrado depois da diferenciação sexual, o tratamento não apresentará eficácia. Esse tamanho específico não é conhecido no tambaqui. O presente trabalho buscou identificar o comprimento do peixe em que genes indutores da formação de ovários e testículos iniciam sua expressão no tambaqui. Para isso, foram coletadas amostras de vísceras abdominais de larvas, pós-larvas e alevinos de tambaqui (entre 13 mm e 40 mm), das quais foi extraído o RNA total para síntese de cDNA. Com base em estudos com outros peixes, foram escolhidos três genes masculinizantes e dois feminilizantes, para desenho de primers de PCR quantitativa (qPCR). No teste de eficiência, realizado com a diluição seriada de um pool de cDNA de ovários e testículos, somente dois genes, P450 (aromatase) – feminizante e SOX-9 – masculinizante, apresentaram resultados satisfatórios. Uma vez realizada a qPCR com cDNAs dos alevinos (30 mm a 40 mm), utilizando o pool de pós-larvas como controle inicial, observou-se um padrão aparente de expressão diferencial desses genes em alevinos de 30 mm a 37 mm. Embora um número maior de amostras seja necessário, inclusive de tamanhos inferiores a 30 mm, o presente estudo indica fortemente que a diferenciação sexual genética do tambaqui ocorre antes dos 30 mm.

Termos para indexação:gônadas, monossexo, diferenciação sexual.

Atividade Antibacteriana do Óleo Essencial de Espécies de Lippia no Controle de

Aeromonas hydrophila Isolados de Tambaqui (Colossoma macropomum)

Danielle Cardoso Ferreira1

Cláudia Majolo2

Edsandra Campos Chagas3

Francisco Célio Maia Chaves4

Aeromonas hydrophila destaca-se como agente etiológico envolvido em bacterioses na piscicultura, sendo a aplicação de compostos naturais com atividade biológica uma alternativa para o controle dessas enfermidades, substituindo o uso de antibióticos. Espécies do gênero Lippia, popularmente utilizadas para o tratamento de diversas afecções e estudos farmacológicos, têm sua ação antimicrobiana atribuída aos compostos presentes em seu óleo essencial (OE). Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antibacteriana do OE de

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Química, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos, analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheira de pesca, doutora em Aquicultura, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.4Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

84Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

Lippia alba, Lippia origanoides e Lippia sidoides cultivadas nas condições de Manaus, AM, frente a isolados da bactéria A. hydrophila, avaliando também a suscetibilidade do isolado frente ao mesmo OE. Para isso, os OEs foram obtidos por hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger. Posteriormente a atividade antibacteriana de cada OE foi avaliada frente a 16 diferentes isolados da bactéria A. hydrophila obtidos de tambaqui cultivado no Município de Rio Preto da Eva, nos anos 2014 e 2015, determinando a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) desses óleos, por meio da técnica de microdiluição em caldo, em triplicata. Todos os óleos testados demonstraram atividades bacteriostática e bactericida contra A. hydrophila. No entanto, na comparação da diferença de atividade, os óleos de L. origanoides e L. sidoides demonstraram superioridade de atividade bacteriostática e bactericida frente à L. alba, porém sem diferença significativa entre eles. A CIM e a CBM para L. alba foi de 6.042 e 8.255 µg/mL, para L. origanoides, de 521 e 526 µg/mL e para L. sidoides, de 388 e 396 µg/mL, respectivamente. Quando avaliados frente ao mesmo OE, os isolados de A. hydrophila não apresentaram diferença significativa de suscetibilidade. A partir dos resultados obtidos, evidencia-se a expressiva atividade antibacteriana dos OEs das diferentes espécies de Lippia, principalmente as espécies L. sidoides e L. origanoides, avaliadas neste estudo.

Termos para indexação: Lippia alba, Lippia origanoides, Lippia sidoides, piscicultura.

Clonagem e Análise de Expressão de Candidatos a Genes de Referência

em Tambaqui (Colossoma macropomum)

Áquila Rodrigues do Nascimento1

Fernanda Almeida O´Sullivan2

Gilvan Ferreira da Silva3

O cultivo de tambaqui (Colossoma macropomum) tem aumentado significativamente no Brasil, sendo a principal espécie cultivada pela piscicultura nativa brasileira. O aumento contínuo do consumo de tambaqui tem estimulado estudos em diversas áreas, inclusive na genética. Neste trabalho, os genes 18S, β-actina, gapdh e ef1α do tambaqui foram clonados e sequenciados, visando à obtenção e validação de genes de referência, candidatos aos estudos genômicos e de fisiologia na espécie. A clonagem e sequenciamento possibilitaram o desenho de primers específicos para qPCR, e cada ensaio foi validado com cinco diluições seriadas (em triplicata) de um pool

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Médica-veterinária, doutora em Biologia Celular, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Biólogo, doutor em Microbiologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

86Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

de cDNA de oito diferentes órgãos (brânquias, cérebro, fígado, intestino, coração, músculo, ovário e testículo) de três peixes. A eficiência (E) dos ensaios de PCR quantitativa (qPCR) foi de 96,9%, 99,4% e 101,6% para 18S, β-actina e gapdh, respectivamente, mostrando a especificidade e confiabilidade dos ensaios. Para ef1α a E não foi satisfatória (113,8%), portanto esse gene não foi validado neste estudo. Para validação dos genes de referência nos diferentes tecidos, foi realizado qPCR (SybrGreen) com cDNA dos órgãos de seis peixes. A curva de dissociação mostrou apenas um pico para esses genes, indicando que apenas o produto esperado foi amplificado. Para as análises, o algorítimo Normfinder, que analisa variações intra e intergrupos de genes, foi utilizado. Os níveis de transcrição foram diferentes nos oito órgãos. O gene 18S foi o que apresentou níveis de expressão mais elevados dentre os três genes, enquanto que β-actina e gapdh apresentaram média semelhante. Normfinder apontou ainda o β-actina como o gene com menor variação em todos os órgãos estudados com exceção do músculo, que teve gapdh com menor variação. A análise de intergrupos demostrou que para os oito órgãos é possível fazer o uso combinado de β-actina e gapdh como genes de referência em análise de expressão gênica.

Termos para indexação: qPCR, normalizador, expressão gênica, Normfinder.

O aumento da produção de peixes decorrente do desenvolvimento de novas tecnologias de produção resultou no aparecimento de muitas enfermidades. Para controle dos parasitos, os produtores têm feito uso de produtos químicos, e estes têm ocasionado problemas de resistência dos parasitos ao princípio ativo, além de alta toxicidade para o peixe e algumas vezes para o consumidor. Portanto, produtos naturais têm sido recomendados como alternativa para o controle de doenças parasitárias. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da folha da bananeira (Musa sp.) no controle de monogeneas, parasitas de tambaqui (Colossoma macropomum). Os peixes foram

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bióloga, doutora em Ciências Fisiológicas, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3 Engenheiro-agrônomo, doutor em Ciência Animal e Pastagens, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Eficácia da Folha da Bananeira (Musa sp.) no Controle de Monogenea,

Parasita de Tambaqui (Colossoma macropomum)

Driele Botelho Garcia1

Cheila de Lima Boijink2

Jony Koji Dairiki3

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tratados por 45 dias, estocados em 12 tanques-redes (n = 15), com aeração constante. Foram testados quatro tratamentos com níveis crescentes de inclusão de farinha de folha de bananeira em substituição ao milho (T1 = 0, T2 = 33, T3 = 66 e T4 = 100%) com três repetições para cada tratamento. A ração foi oferecida até a saciedade aparente. Após o período experimental, os animais foram sacrificados, por secção da medula, para retirada das brânquias, que foram fixadas em formol (5%) para posterior contagem de monogeneas, com auxílio de microscópio estereoscópico. Após a contagem dos parasitos, os dados foram submetidos à ANOVA, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Na análise dos dados não houve diferença estatística significativa, porém observou-se tendência à redução na carga de monogenea. A inclusão de 33% de folha de bananeira reduziu a carga parasitária em 11,6%, com 66% reduziu 16% e com 100% reduziu 21,4%. Esses dados demonstram que existe um potencial para utilização da folha de bananeira na alimentação para peixes e no controle de monogenea.

Termos para indexação: parasitos, fitoterápicos, piscicultura.

Folhas de Sacha-Inchi na Nutrição de Juvenis de Tambaqui

Júlio de Lima Maeda1

Isabela Miranda Litaiff²

Francisco Célio Maia Chaves3

Jony Koji Dairiki4

A sacha-inchi (Plukenetia volubilis) é cultivada na Amazônia Peruana, e suas folhas apresentam características interessantes, como adequado nível proteico e, na fração lipídica, ácidos graxos polinsaturados ômega 3 e 6. Pode ser um excelente ingrediente não convencional e sustentável na nutrição de peixes onívoros. O tambaqui (Colossoma macropomum) é a principal espécie de peixe nativa criada em âmbito nacional. É um caracídeo onívoro que aproveita alimentos de origem vegetal. Segundo alguns autores, tambaquis provenientes da piscicultura possuem baixa qualidade de ácidos graxos altamente insaturados (HUFA)

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 4Engenheiro-agrônomo, doutor em Ciência Animal e Pastagens, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

90Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

na musculatura e na gordura peritoneal se comparados aos peixes da natureza. Dessa forma, surge a real necessidade de se utilizar alimentos de melhor qualidade na nutrição da espécie. O objetivo desta pesquisa foi avaliar níveis de inclusão das folhas de sacha-inchi na nutrição de juvenis de tambaqui. O experimento foi conduzido na Embrapa Amazônia Ocidental em Manaus, AM, durante 69 dias. O delineamento estatístico utilizado foi o aleatorizado com quatro repetições. As unidades experimentais foram constituídas por lotes de 20 juvenis (0,53 g ± 0,02 g e 3,67 cm ± 0,28 cm) seguidos dos níveis de inclusão da folha de sacha-inchi (0%, 10%, 20%, 30%, 40% e 50%), que foram avaliados para determinar o nível máximo de inclusão. Os animais foram alimentados com dietas isonitrogenadas e isoenergéticas em duas refeições diárias com rações peletizadas. Os parâmetros de qualidade de água foram monitorados (pH 6,26 ± 0,17; temperatura 28,67 °C ± 1,16 °C; e oxigênio dissolvido 6,22 ± 0,72 mg L-1). Foram avaliados os parâmetros de desempenho produtivo e as relações corporais. Houve diferença significativa entre os tratamentos. A inclusão de 10% de folhas de sacha-inchi se mostrou mais adequada, foi similar ao tratamento controle e não propiciou perda de desempenho produtivo e prejuízo das relações corporais para a espécie.

Termos para indexação: Colossoma macropomum, desempenho produtivo, Plukenetia volubilis.

Indução Anestésica com Óleo Essencial de Lippia alba e Respostas Fisiológicas ao Estresse de Manuseio em Tambaqui

(Colossoma macropomum)

Erix dos Santos Batista1

Franmir Rodrigues Brandão2

Cláudia Majolo3

Edsandra Campos Chagas4

Francisco Célio Maia Chaves5

O presente estudo avaliou a atividade anestésica do óleo essencial de Lippia alba em tambaqui (Colossoma macropomum) e as respostas fisiológicas de estresse decorrentes da anestesia e do manuseio para biometria. Para isso, o óleo essencial de L. alba foi extraído e analisado quanto à composição química por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Posteriormente, a atividade anestésica do óleo essencial foi avaliada em dois ensaios. No primeiro ensaio foi avaliada a indução e

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bolsista DTI/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Química, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos, analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.4Engenheira de pesca, doutora em Aquicultura, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.5Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

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recuperação anestésica dos tambaquis com emprego de cinco concentrações do óleo essencial de L. alba (20 mg/L, 50 mg/L, 100 mg/L, 200 mg/L e 300 mg/L). No segundo ensaio foram avaliadas as respostas fisiológicas de estresse decorrentes da anestesia (0 mg/L, 50 mg/L e 100 mg/L) e manuseio para biometria, mediante análise de indicadores bioquímicos e hematológicos. Os compostos majoritários identificados no óleo essencial de L. alba foram o geranial (25,4%) e o neral (16,6%), perfazendo um teor de citral nesse óleo de 42% (geranial + neral), sendo atribuído ao citral a atividade sedativa desse óleo. Em tambaquis foi observada a ação sedativa e anestésica do óleo essencial de L. alba, sendo recomendadas as concentrações de 200 mg/L - 300 mg/L para indução anestésica rápida (<4 minutos), enquanto 100 mg/L promove a indução anestésica de tambaquis em tempo inferior a 10 minutos. Aumento dos níveis de glicose, lactato e amônia plasmática de tambaquis imediatamente após anestesia e manuseio para biometria foi registrado em todos os tratamentos, com retorno aos níveis basais em 24 horas. Portanto, o óleo essencial de L. alba apresenta efeito anestésico para o tambaqui, mas seu emprego nas concentrações de 50 mg/L e 100 mg/L por 10 minutos não promove redução das respostas fisiológicas de estresse decorrente do procedimento de anestesia e manuseio para biometria.

Termos para indexação: anestesia, fisiologia, piscicultura.

Respostas Fisiológicas do Tambaqui (Colossoma macropomum) Alimentado

com Rações Contendo Farinha de Folha de Bananeira (Musa sp.)

Jailson de Sousa Garcia¹

Cheila de Lima Boijink²

Jony Koji Dairiki2

O resíduo de bananeira tem sido utilizado experimentalmente como anti-helmíntico e como fonte de alimento, podendo ser uma alternativa na alimentação para peixes, principalmente para espécies como o tambaqui (Colossoma macropomum), que apresenta hábito onívoro e aceita ração artificial. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da farinha de folha de bananeira (Musa sp.) na alimentação de tambaqui sobre os parâmetros hematológicos, as respostas metabólicas e o desempenho zootécnico. Para isso, foram feitas as rações com a inclusão da farinha de folha de bananeira em substituição ao milho (Zea mays) nas proporções 0% (T1), 33% (T2), 66% (T3) e

1Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bióloga, doutora em Ciências Fisiológicas, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheiro-agrônomo, doutor em Ciência Animal e Pastagens, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

94Anais da XI Jornada de Iniciação Científica daEmbrapa Amazônia Ocidental

100% (T4). Animais com peso médio de 13,68 g ± 0,17 g e comprimento médio de 7,84 cm ± 0,65 cm foram divididos em 12 gaiolas de 1 m³ na densidade de 15 peixes/gaiola, com três repetições, montadas no setor de piscicultura da Embrapa Amazônia Ocidental. As rações foram fornecidas duas vezes ao dia até a saciedade aparente. Os parâmetros de qualidade da água permaneceram adequados ao equilíbrio orgânico dos peixes, e não foi observada mortalidade de peixes durante o período experimental. Os valores de hematócrito, hemoglobina, número de células vermelhas (RBC), volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) não apresentaram diferença significativa com os tratamentos utilizados. Os valores de amônia do plasma apresentaram elevações em resposta ao manuseio imposto aos peixes em T3 (66% de folha de bananeira). Não houve diferença significativa para as variáveis de desempenho (ganho de peso e conversão alimentar). A substituição do milho pela farinha de folha de bananeira na dieta do tambaqui não interfere no desempenho, com ocorrência de alterações somente no índice de relação lipossomática e consumo alimentar nos tratamentos T3 e T4. Portanto, conclui-se que a farinha de folha de bananeira pode ser utilizada em substituição de até 66% nas rações para tambaqui sem alterar as respostas fisiológicas e o desempenho do animal.

Termos para indexação: piscicultura, nutrição de peixes, parâmetros hematológicos.

O tambaqui (Colossoma macropomum) é a principal espécie de peixe nativa criada em âmbito nacional. É um caracídeo com hábito alimentar onívoro que aproveita de forma eficiente alimentos de origem vegetal. A sacha-inchi (Plukenetia volubilis) é uma planta cultivada na Amazônia Peruana e Brasileira. As sementes de sacha-inchi apresentam características interessantes, como adequado nível proteico (24% a 29%), vitaminas A e E e, principalmente, ácidos graxos poli-insaturados, predominantemente o ácido linolênico (ômega 3) com 45% em sua composição. O presente trabalho avaliou a influência do uso da semente de

1Bolsista de Iniciação Científica, Pibic/CNPq/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.2Bolsista de Iniciação Científica, Paic/Fapeam/Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.3Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia (Horticultura), pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM. 4Engenheiro-agrônomo, doutor em Ciência Animal e Pastagens, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM.

Sementes de Sacha-Inchi na Nutrição de Juvenis de Tambaqui

Isabela Miranda Litaiff1

Júlio de Lima Maeda2

Francisco Célio Maia Chaves3

Jony Koji Dairiki4

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sacha-inchi sobre o desempenho zootécnico e as relações corporais de juvenis de tambaqui. O ensaio foi conduzido em delineamento estatístico inteiramente aleatorizado (r=4). As unidades experimentais foram constituídas por lotes de 20 juvenis (peso médio inicial de 0,61 g ± 0,02 g) alojados em caixas d’água de polietileno 310 L. Níveis de inclusão (0%, 10%, 20%, 30%, 40% e 50%) de sementes de sacha-inchi foram testados para determinação do nível máximo de inclusão e aceitação do produto. Os animais foram alimentados por 68 dias com rações isonitrogenadas (30% PB) e isoenergéticas (3.894,00 Kcal kg-1) em duas refeições diárias até a saciedade aparente. Temperatura, oxigênio e pH da água mantiveram-se constantes e adequados ao longo do experimento. No final do período experimental foram avaliadas as relações corporais e de desempenho zootécnico e confeccionadas regressões polinomiais para determinação do nível ótimo de inclusão. Houve aceitação das rações experimentais e diferença significativa entre os tratamentos. Peixes alimentados com a ração isenta da sacha-inchi apresentaram desempenho zootécnico superior aos demais tratamentos. Tambaquis alimentados com 10% da semente de sacha-inchi apresentaram menor porcentagem na relação lipossomática e melhor conversão alimentar similar ao tratamento controle (0% de inclusão).

Termos para indexação: ácidos graxos, Colossoma macropomum, desempenho produtivo, Plukenetia volubilis.

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