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Universidade de Alfenas Instituto de Odontologia e Ciências da Saúde Anais do II Fórum Clínico e Científico da Odontologia 23 a 27 de outubro de 2000

Anais do II Fórum Clínico e Científico da Odontologiaunifenas.br/extensao/ForumClinico/IIForumClinico.pdf · O dente 48 classificava-se: classe I, posição B, mesioangulado

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Universidade de Alfenas Instituto de Odontologia e

Ciências da Saúde

Anais do

II Fórum Clínico e

Científico da Odontologia

23 a 27 de outubro de 2000

II Fórum Clínico e Científico da Odontologia – Unifenas

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Reitor Prof. Edson Antônio Velano

Pró-Reitor de Graduação do Campus de Alfenas Prof. Fuad Haddad

Pró-reitoria de Graduação do Campus de Varginha Pró-reitoria de graduação do Campus de Divinópolis

Pró-reitor de Graduação do Campus de São Sebastião do Paraíso, Campo Belo e Poços de Caldas

Prof. Gilberto de Souza Filho Pró-reitoria de Assuntos Acadêmicos

Profa. Daisy Fabris de Almeida Singi Pró-reitor de Pós-graduação e Extensão

Prof. Hudson Carvalho Bianchini Pró-reitor de Pesquisa

Prof. Vinicius Vieira Vignoli Pró-reitor de Administração

Prof. Oswaldo Luiz Mariano Pró-reitor de saúde

Paulo Tadeu Barroso de Salles Diretor do Instituto de Odontologia e Ciências da Saúde

Prof. José Ronaldo Miranda Coordenadores do II Fórum Clínico e Científico da

Odontologia Prof. Vitor Alexandre Marinho

Profa. Renata Ribeiro Bruzadelli da Silveira

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Programação

DIA 23 DE OUTUBRO – SEGUNDA-FEIRA

19:00 hs ABERTURA 19:20 hs Palestra: Iniciação científica – Prof. Ronaldo Célio Mariano (EFOA) 20:00 hs. Título: Isolamento absoluto sobre prótese parcial fixa ou

elementos esplintados Apresentador: Elizabeth Emília dos Santos

20:20 hs. Título: Exodontia de terceiro molar inferior impactado Apresentador: Adriana Cabral Calheiros

20:40 hs. Título: Cirurgia de apicectomia Apresentador: Andressa de Souza Figueiredo

21:00 hs. Título: Cirurgia de dentes supranumerários Apresentador: Ruy C. C. Abdo Filho

21:20 hs. Título: Cirurgia de colagem transoperatória de colagem de botão ortodôntico e tracionamento dental Apresentador: Ruy C. C. Abdo Filho

21:40 hs. Título: Técnicas de pintura de íris em prótese ocular Apresentador: Luiz Antônio Paixão

22:00 hs. Título: Distalização de molares superiores Apresentador: Cristina da Fonseca Madeira

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DIA 24 DE OUTUBRO– TERÇA-FEIRA

19:00 hs. Título: Importância do planejamento cirúrgico-ortodôntico

Para as cirurgias ortognáticas Apresentador: Leonardo Della Lucia Lobo

19:20 hs. Título: Dificuldades encontradas diante da terapia endodôntica

Apresentador: Rommel Parente Cabral 19:40 hs. Título: Lesões refratárias ao tratamento endodôntico convencional

Apresentador: Jamir Antônio Prata Júnior 20:00 hs. Título: Influência das resinas fluidas na microinfiltração de

restaurações com resinas condensáveis Apresentador: Gustavo de Luca Alves

20:20 hs. Título: Restaurações posteriores com resinas condensáveis

Apresentador: Iduilton J. Grabowski Jr. 20:40 hs. Título: Más relações transversais dos arcos dentários

Apresentador: Ana Paula Borges e Ramos 21:00 hs. Título: Título: Displasia Cleidocraniana

Apresentador: Ricardo Silva Juventino 21:20 hs. Título: Estudo da incidência dos aumentos gengivais

medicamentosos em pacientes neuropsiquiátricos Apresentador: Flávio de Paiva Medeiros

21:40 hs. Título: Fratura de mandíbula com enxerto ósseo autógeno de

costela e zetaplastia Apresentador: Jean Neto Cardozo 22:00 hs. Título: Análise radiográfica do tratamento endodôntico em

pacientes da Clínica Integrada da Unifenas Apresentador: Cristiane R. Pereira

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DIA 25 DE OUTUBRO– QUARTA-FEIRA 18:40 hs Título: Agenesia total Apresentador: Marcello Mota Matos 19:00 hs. Título: Apicificação

Apresentador: Daniela Dalli 19:20 hs. Título: Título: Remoção de hiperplasia devido à câmara de sucção

Apresentador: Raquel Binda Pereira 19:40 hs. Título: Avaliação da prevalência de enfermidades bucais nos

pacientes da Clínica Integrada de Odontologia da Universidade de Alfenas em 1999 Apresentador: Daniela Montanari

20:00 hs. Estudo da oclusão normal e classificação das más oclusões Apresentador: Maria Emília Oliveira 20:20 hs. Título: Demanda de pacientes e prevalência de patologias

em pacientes atendidos no Pronto Atendimento da UNIFENAS Apresentador: Daniele Lilian Trindade

20:40 hs. Título: Traumatismo de dentes anteriores

Apresentador: Mônica Lima Lopes 21:00 hs. Título: Regeneração tecidual guiada

Apresentador: Matheus Melo Pithon

21:20 hs. Título: Avaliação da interferência da água ozonizada no mecanismo de adesão resina composta/dente, através da análise da infiltração marginal Apresentador: Matheus Melo Pithon

21:40 hs. Título: Expansão rápida de maxila com auxílio de um

disjuntor Palatal tipo Haas modificado Apresentador: Ruy C. C. Abdo Filho

22:00 hs. Título: Pulpotomia de dentes decíduos com formocresol

diluído a 1/5 Apresentador: Michelle Verola dos Santos

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DIA 26 DE OUTUBRO– QUINTA-FEIRA 19:00 hs. Título: Lesões refratárias: relato de caso clínico

Apresentador: Fábio Moura Leite de Souza 19:20 hs. Título: Paracoccidioidomicose: Relato de caso

Apresentador: Anna Carolina Mendonça Fonseca 19:40 hs. Título: Traumatismo dentário com fratura radicular

Apresentador: David Gonçalves Furtado 20:00 hs. Título: Esclerose de varizes bucais

Apresentador: Fernanda Almeida Carvalho 20:20 hs. Título: Diagnóstico de Leischmaniose cutâneo-mucosa em

área não endêmica Apresentador: Ulisses Mourão Sobrinho

20:40 hs. Título: Restaurações biológicas em Dentística Restauradora

Apresentador: Cristiana Soares Prado 21:00 hs. Título: Carcinoma metastático em ATM

Apresentador: Álvaro Pinho Barroso 21:20 hs. Título: Relação entre fibromialgia e DCM

Apresentador: Daniela Azevedo 21:40 hs. Título: Conhecimento da anatomia interna dos canais

radiculares X acidentes operatórios Apresentador: Daniela Azevedo

22:00 hs. Título: Técnicas de microabrasão: vantagens e desvantagens Apresentador: Adriano Augusto Melo de Mendonça

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DIA 27 DE OUTUBRO– SEXTA-FEIRA 19:00 hs. Remoção de extranumerário e tracionamento de incisivo central Apresentador: Oriana Elara Barelli 19:20 hs. Título: Selamento de molares recém-irrompidos: técnicas alternativas Apresentador: Oriana Elara Barelli 19:40 hs. Título: Restaurações diretas: quando substituí-las

Apresentador: Raquel Binda 20:00 hs. Título: Projeção cervical de esmalte: Análise in vitro

Apresentador: Raquel Binda 20:20 hs. Título: Tratamento de abscesso periodontal

Apresentador: Gabriela Alessandra da Cruz 20:40 hs. Título: Enxerto conjuntivo: uma alternativa estética para

recobrimento radicular Apresentador: Gabriela Alessandra da Cruz

21:00 hs. Título: Paracoccidioidomicose bucal

Apresentador: Álvaro de Pinho Barroso 21:20 hs. Título: Xeroderma pigmentoso: relato de caso clínico

Apresentador: Janaína do Carmo Farias 21:40 hs. Título: 1º molar superior com dois canais na raiz palatina

Apresentador: Carenine Filigrana 22:00 hs. Confecção e ajuste de placa miorelaxante processada por

energia de microondas no laboratório Apresentador: Francisco Henrique Pereira Martins

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Segunda-feira, 23 de outubro de 2000

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Título: Isolamento absoluto sobre prótese parcial fixa ou elementos esplintados. Autores: Elizabeth Emília dos Santos*; Eloá Vieira Resende; Rodrigo Richard da Silveira Instituição: Universidade de Alfenas Todos os materiais restauradores requerem campo isolado, seco e perfeitamente limpo para serem inseridos ou condensados nas cavidades. Portanto o uso do dique de borracha torna-se essencial para atingir a mais alta qualidade do material restaurador, sendo que algumas vezes é preciso realizar o isolamento absoluto em áreas que apresentam elementos unidos devido à presença de prótese fixa ou esplintagem . O objetivo deste trabalho é justamente descrever como podemos executar a técnica de isolamento absoluto onde há presença de prótese parcial fixa.

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Título: Exodontia de terceiro molar inferior impactado. Autores: Adriana Cabral Calheiros*; Andressa de Souza Figueiredo; Fernando Vieira de Souza Instituição: Universidade de Alfenas

Todos os dentes impactados devem ser indicados para extração tão logo o diagnóstico tenha sido feito (PETERSON, 1996).

O dente se torna impactado porque a erupção é dificultada pelos dentes adjacentes, por um denso revestimento ósseo, ou por um excesso de tecido mole. O período ideal para remoção dos terceiros molares impactados é após a formação do primeiro terço radicular e antes da formação do segundo terço (PETERSON, 1996).

Paciente L.M.M., 20 anos, apresentou-se à clínica cirúrgica e depois de feita a anamnese, exames clínico e radiográfico foi diagnosticado que o dente 48 apresentava-se impactado sendo de acordo com a oportunidade e necessidade a sua exodontia.

O dente 48 classificava-se: classe I, posição B, mesioangulado. Após a classificação verificou-se que o elemento 48 seria extraído por via não alveolar com ostectomia (SANTOS PINTO e MARZOLA, 1960).

Após terem sido executados todos os procedimentos pré- cirúrgicos, foi realizada a anestesia ptérigo-mandibular com complementação vestibular do nervo lingual.

Foi feita incisão de Szymoe com o rebatimento de um retalho muco periósteo adequado para otimizar o acesso. Em seguida foi feita a remoção do osso de revestimento. Utilizando-se de uma broca cirúrgica (esférica grande número 8) em alta rotação, removeu-se pequena quantidade óssea na face oclusal e vestibular da mandíbula. Removeu-se o dente com um extrator Seldin angulado esquerdo 1L , com movimentos de sarrilho. Seguiu-se o debridamento mecânico, irrigação com soro fisiológico e fechamento da ferida cirúrgica, reposicionando o retalho bem próximo à posição original e suturando com pontos isolados.

Foi feita a prescrição analgésica não-narcótica, instruindo o paciente quanto ao pós-operatório, para que não houvesse quaisquer complicações.

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Título: Cirurgia de Apicectomia. Autores: Andressa de Sousa Figueiredo*; Adriana Cabral Calheiros; Fernando Vieira de Souza Instituição: Universidade de Alfenas

A apicectomia é um procedimento cirúrgico que objetiva a ressecção do ápice radicular, onde se remove o fator efeito (lesão) e o fator causal (endodôntico).

Atualmente, tem-se observado o emprego de materiais e métodos que propiciam menor possibilidade de fracasso na terapia endodôntica radical, atingindo cerca de 95% de sucesso (LEONARDO, 1973).

Entretanto, apesar dessa elevada porcentagem, inúmeros fatores, sejam iatrogênicos ou não, podem interferir negativamente, impondo fracassos em que, às vezes, o simples retratamento não é satisfatório, necessitando de alternativas cirúrgicas.

Relato de um caso clínico: depois de constatada necessidade e oportunidade cirúrgica na paciente M.G.G., 34 anos, seguiu-se o procedimento cirúrgico propriamente dito do dente 44.

Após a anti-sepsia intra-oral com clorexidina, foram realizadas anestesias ptérigo-mandibular e mentoniana. A incisão de escolha foi a trapezoidal sem atingir a margem gengival (Wassmund), seguindo pelo descolamento do retalho mucoperiósteo.

Na osteotomia foram utilizados instrumentos rotatórios. Este é um tempo cirúrgico de dificuldade, pois devemos localizar o posicionamento do ápice dentário e da extensão da lesão patológica.

A exérese da lesão patológica foi realizada com curetas, cuidando para não deixar estrutura patológica remanescente, seguindo por irrigação com solução fisiológica.

A apicectomia foi realizada com instrumento rotatório em uma angulação de 45º voltada para o vestíbulo bucal, deixando a raiz emergente em tecido ósseo sadio (GREGORY, 1970). Seguiu-se tratando a loja óssea, removendo espículas ósseas decorrentes da osteotomia e, com uma gaze umedecida em soro fisiológico foi realizada limpeza do interior da cavidade.

A cirurgia finalizou-se pela sutura com pontos isolados, seguindo-se a prescrição e instruções pós-operatórias ao paciente.

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Título: Cirurgia de dentes supranumerários – relato de caso clínico. Autores: Ruy César Camargo Abdo Filho*; Veridiana Salles Instituição: Universidade de Alfenas

Interferências ocasionadas no estágio de formação da lâmina dura

dentária são consideradas como um dos fatores etiológicos que podem resultar em alterações no número de dentes, conhecidas como hiperdontia ou dentes supranumerários. Os supranumerários ocorrem em qualquer parte dos maxilares, mas com maior freqüência na região superior anterior (HATTAB, 1994). Eles variam muito em forma e podem assemelhar-se a um dente normal, denominado de eumorfos, o que às vezes pode dificultar seu reconhecimento, ou dismorfos, quando são totalmente diferentes da forma convencional, como um dente rudimentar ou em formato de gota (PRIMOSCH, 1981). A correta localização de um dente supranumerário incluso por radiografias diagnósticas é vital para sua remoção sem danos aos dentes ou estruturas adjacentes. A técnica de Clark é freqüentemente empregada, permitindo a localização vestíbulo-lingual do dente incluso.

O objetivo deste trabalho é relatar a remoção cirúrgica de um supranumerário não irrompido, onde, clinicamente, observou-se a retenção prolongada dos elementos 51 e 52 e ausência do elemento 11. O exame radiográfico evidenciou a localização do dente supranumerário na região palatina, sendo este posteriormente removido. O acompanhamento radiográfico do elemento 11 evidenciou a necessidade de tracionamento ortodôntico e recuperação de espaço, uma vez que o espaço existente não foi suficiente para a total erupção do dente em questão.

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Título: Cirurgia de colagem transoperatória de botão ortodôntico e tracionamento dental – relato de caso clínico. Autores: Ruy César Camargo Abdo Filho*; Veridiana Salles; L.A.Souza Instituição: Universidade de Alfenas – Campus de Alfenas

A presença de dentes supranumerários em região anterior superior pode atrasar ou impedir a erupção do permanente. Se o dente permanente ficar impactado, serão necessárias forças ortodônticas com a finalidade de posiciona-lo corretamente na arcada dental. Como este elemento se encontra incluso, há necessidade de exposição cirúrgica do mesmo para a realização da colagem de um acessório ortodôntico anexado a um fio ortodôntico para que se realize um posterior tracionamento deste elemento. Apesar da colagem transoperatória prolongar a cirurgia, a recuperação pós-operatória é mais rápida e o ortodontista pode iniciar a mecânica mais cedo (PETERSON, 1996).

O objetivo deste trabalho é relatar a técnica de colagem transcirúrgica de acessório ortodôntica e movimentação de tracionamento dental na ortodontia com finalidade de posicionar o elemento corretamente no arco dental.

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Título: Técnicas de Pintura de Íris em Prótese Ocular. Autores: Luiz Antônio Paixão*; Marco Aurélio Fernandes da Silva; René Wechsler Instituição: Universidade de Alfenas

Próteses oculares se fazem necessárias quando da ocorrência de acidentes de tráfego ou de trabalho, ou ainda pela gama de doenças que exigem a enucleação ou a evisceração do bulbo ocular.

A arte e as técnicas de se confeccionar “olhos artificiais” datam de épocas remotas. Ao longo dos anos foram-se somando modificações, devido, principalmente, à diversificação dos materiais empregados, e pela técnica de obtenção da peça protética. Nos tempos atuais a alta incidência de lesados que necessitam de prótese ocular, a alta freqüência de acidentes automobilísticos e acidentes ligados ao âmbito profissional têm exigido melhores e mais eficientes técnicas que devolvam a estética ao paciente.

Tradicionalmente obtém-se a coloração da íris artificial através de pintura manual com tinta guache em papel cartão. Esta técnica requer muita habilidade artística do especialista (ERPF et al, 1945; Miramen, 1946). Outra técnica muito conhecida é a aplicação de tintas automotivas diretamente na superfície posterior da íris acrílica pré-fabricada.

Em nosso trabalho utilizamos um motor de baixa rotação para a pintura da pupila. Prendemos o botão acrílico no motor de baixa rotação acionando-o ao mesmo tempo em que distribuímos a tinta por força centrífuga. Este sistema, quando usado em 25.000 rpm proporciona características da pintura que apresentam resultados otimistas.

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Título: Distalização de molares superiores. Autores: Cristina da Fonseca Madeira*; Heli Melissa Mendes; René Wechsler Instituição: Universidade de Alfenas

A distalização é mais uma opção na mecânica de tratamento ortodôntico

em casos onde há necessidade de distalizar os molares superiores. Geralmente esse tipo de tratamento ocorre em pacientes classe II, e a

distalização dos molares com esse tipo de mecânica não oferece dificuldade quando são corretas a confecção, a adaptação e as ativações.

Dentre muitas pesquisas, surgiu o método idealizado e pesquisado por HILGERS, em 1994, o Pendulum e o Pendex.

Em estudos recentes FIGUEIREDO et al, 1999, demonstraram o uso destes dois aparelhos distalizadores de molas, o Pendulum e o Pendex. O aparelho Pendex difere pela função de expansão dos maxilares, através de parafusos expansores.

Já MARTINS et al, 1996, introduziram algumas modificações que tornaram o aparelho mais eficiente como a extensão do apoio oclusal do primeiro molar para o canino, tornando-se uma ancoragem auxiliar, a utilização de molas de TMA seguidos com fios de aço inoxidável nos tubos dos primeiros molares.

Pesquisas feitas por CARANO et al, em 1997, constataram que o aparelho Distal-Jet além de distalizar os molares pode ser convertido em uma ancoragem de Nance, simplesmente isolando a mola e retirando os “fios âncoras” dos pré-molares.

O Distal-Jet pode ser usado para a correção bilateral ou unilateral da classe II (TESTA et al, 1997).

O objetivo deste trabalho é demonstrar os tipos de aparelhos distalizadores de molares superiores.

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Terça-feira, 24 de outubro de 2000

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Título: A importância do planejamento cirúrgico-ortodôntico para as cirurgias ortognáticas. Autores: Leonardo Della Lucia Lobo*; Adalberto Maciel Pereira; João Pires Camargo Instituição: Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações-MG.

Paciente V.A.B.G., melanoderma, sexo feminino, 21 anos foi encaminhada ao Centro Cirúrgico da Unincor para uma consulta. Constatou-se que a paciente era portadora de uma má oclusão de classe III esquelética, com mordida cruzada total e diastemas generalizados na mandíbula. Foi realizado o planejamento cirúrgico através da cirurgia de modelo e do traçado predectivo, determinou-se que para o sucesso da cirurgia deve-se fazer a retração dos incisivos inferiores com o tratamento ortodôntico, criando um único diastema entre os incisivos centrais inferiores. Após a ortodontia, realizou-se a cirurgia ortognática de ostectomia da região sinfisária da mandíbula, reduzindo o diastema e realizando osteossíntese com mini-placas de titânio. O resultado da cirurgia foi muito satisfatório por que a paciente ficou em classe I esquelética e dentária, sem diastemas e sem a mordida cruzada total, deixando a paciente com a fisiologia e a estética restaurada (COLOMBINI, 1991; GRAZIANI, 1986; ARAÚJO, 1999; SOUZA, 1998).

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Título: dificuldades encontradas diante da terapia endodôntica Autores: Rommel Parenti Cabral*; Adriana Maria Vieira Silveira Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Campus de Alfenas

A terapia endodôntica constitui-se de fases que permitem a realização do tratamento de forma racional e seqüencial a f im de que transcorra de maneira ef iciente, abrangente e segura para o paciente. Paiva e Antoniazzi, 1991 salientam que a seqüência do tratamento endodôntico incorpora um conjunto de intervenções técnicas que preparam a cavidade pulpar com f inalidade de permitir sua obturação. Sendo assim, por razões didáticas, podemos seqüenciar o tratamento endodôntico da seguinte forma: fase de acesso à câmara pulpar e à entrada dos canais radiculares, odontometria, preparo químico mecânico e obturação desses canais radiculares. Entretanto, observamos que a execução das tarefas clínicas para inúmeros alunos, muito embora sejam cumpridas, geralmente esbarram em dif iculdades nos passos operatórios que exigem cuidados no seu desenvolvimento. A endodontia na grande maioria das vezes é a discipl ina que mais preocupa o aluno durante a execução de suas etapas até para aqueles que já a cumpriram. Claro está que existe uma diferença acentuada daquele treinamento pré-clínico, realizado em dentes naturais extraídos montados em manequim e a prática clínica em pacientes. No entanto, apesar das dif iculdades encontradas e dos temores apresentados pelos acadêmicos no decorrer dos tratamentos endodônticos, consegue-se a obtenção de bons resultados nos mesmos relatos de casos clínicos.

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Título: Lesões refratárias ao tratamento endodôntico convencional Autores: Jamir Antônio Prata Júnior*; Daniel Resende Campos; Adriana Maria Vieira Silveira Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Esse trabalho tem como objetivo uma revisão bibliográfica sobre as

lesões refratárias à terapia endodôntica convencional, visando o conhecimento da microbiota endodôntica e a bacteriologia das lesões perirradiculares, propiciando ao profissional uma visão mais aprofundada e ampla no que tange tais infecções.

Essas lesões podem ser causadas por microorganismos que sobreviveram aos procedimentos intracanais de desinfecção ou que vieram infectar o canal radicular durante ou após o tratamento endodôntico, infectando as lesões perirradiculares, mantendo um processo infeccioso, que pode levar ao fracasso da terapia endodôntica convencional, uma vez que os procedimentos endodônticos são restritos ao canal radicular.

Conclui-se então, que a principal causa dessas lesões pode ser a não adoção de técnicas de assepsia durante o tratamento endodôntico, e, embora alguns autores mencionem que o uso de medicamentos intracanais e/ou o uso de antibioticoterapia sistêmica são efetivos diante das lesões refratárias, até o momento apenas a cirurgia perirradicular é efetiva.

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Título: Influência das resinas fluidas na microinfiltração de restaurações com resinas condensáveis. Autores: Gustavo de Luca Alves*; Vitor Alexandre Marinho; Geraldo Magela Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

O objetivo do presente estudo foi avaliar através de revisão de literatura,

a influência das resinas fluidas (flow) na microinfiltração de restaurações posteriores com resinas condensáveis.

Apesar da evolução da formulação original das resinas compostas, a microinfiltração continua sendo um problema observado ao longo dos anos, especificamente, em relação às resinas compostas compactáveis ou condensáveis, propostas basicamente para restaurar cavidades de classe I e II em dentes posteriores. Foi indicada a utilização das resinas compostas fluidas ou “flow” para uso inicial em caixas proximais e base de preparos classe I e II antes da inserção das resinas compostas compactáveis, com o objetivo de reduzir espaços vazios ou falhas marginais, o que teoricamente favorece a adaptação do material restaurador ao preparo cavitário.

A partir deste trabalho é possível concluir que as recém-surgidas resinas compostas compactáveis apresentam-se como uma opção a mais na restauração de dentes posteriores, entretanto, a utilização das resinas fluidas ou “flow” não é capaz de eliminar a microinfiltração marginal.

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Título: Restaurações posteriores com resinas compostas compactáveis. Autores: Iduilton J. Grabowski Junior*; Vitor Alexandre Marinho; Geraldo Magela Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento clínico imediato de restaurações de resinas condensáveis (Fill Magic, Z-250, Alert)

A evolução das resinas compostas continua com as recém-lançadas resinas compostas compactáveis ou condensáveis, como também são conhecidas. Tais resinas são indicadas basicamente para restaurar cavidades de classe I e classe II. Com o propósito de superar as limitações das resinas compostas híbridas, foram lançadas as resinas compactáveis representadas pelas marcas comerciais Alert (Jeneric / Pentron), Fill Magic (Vigodent), Z-250 (3M), dentre outras.

Esses materiais possuem uma resistência média, porém rigidez e radiopacidade altas, além de possuir um desgaste baixo compatível com o do amálgama. Outra vantagem destas resinas, é que apresentam menor contração de polimerização, sendo em torno de 1% a 2% . Já as resinas compostas convencionais apresentam mais de 3% de contração de polimerização.

Baseado na literatura disponível até o momento e na avaliação clínica imediata, consideramos este material bastante similar às resinas compostas convencionais.

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Título: Más relações transversais dos arcos dentários. Autores: Ana Paula Borges e Ramos*; Antônio Carlos de Oliveira Ruellas Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Orientar o diagnóstico das más relações dos arcos dentários, suas implicações e respectivos tratamentos.

A falha dos dois arcos em ocluir normalmente na relação lateral, conhecida como mordida cruzada lateral ou posterior pode ocorrer devido a problemas localizados de posição dentária, de crescimento alveolar ou a uma grande discrepância entre mandíbula e maxila (GRABER, 1996). Pode envolver um ou mais dentes nos segmentos laterais e pode ser unilateral ou bilateral (MOYERS, 1994). A falta de correção da mordida cruzada implica em problemas funcionais (principalmente ATM), periodontais e estéticos. O método terapêutico mais utilizado para correção da atresia maxilar na dentição mista é a expansão ortodôntica por meio de aparelhos que liberam forças transversas. Aparelhos de expansão rápida da maxila são os melhores exemplos de uma expansão real ortopédica porque as mudanças são produzidas primeiramente nas bases ósseas, mais do que pelo movimento dento-alveolar (PROFFIT, 1986).

Foi relatada um caso clínico, concluindo-se que a disfunção oclusal e os sintomas temporomandibulares geralmente acompanham a mordida cruzada. É muito importante tratar este problema precocemente, observando a sua causa (origem esquelética, funcional ou dentária), proporcionando o desenvolvimento e crescimento normais.

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Título: Displasia cleidocraniana – relato de caso clínico Autores: Ricardo Silva Juventino*; Fernando Lopes dos Santos Filho; Hercílio Martelli Júnior Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas; Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas; Universidade de Alfenas – Câmpus de Varginha

Displasia cleidocraniana (DCC) representa uma alteração óssea

autossômica dominante, localizada no cromossomo 6p21, caracterizada por hipoplasia de clavículas, retardo no fechamento das fontanelas, dentes supranumerários, baixa estatura e outras anormalidades esqueléticas (MUNDLOS, 1999; ZHANG et al. 2000). O presente trabalho apresentará um caso clínico de DCC, assim como fará uma revisão de literatura sobre o assunto. Paciente M.G.O., 12 anos de idade, feoderma, gênero masculino, foi encaminhado a Faculdade de Odontologia da Universidade de Alfenas, apresentando como queixa principal "atraso no aparecimento dos dentes permanentes". Ao exame extra-oral verificou-se alargamento da base nasal, com uma ponte nasal aplainada, aparente hipoplasia da maxila e zigomático. Verificou-se ainda uma mobilidade incomum dos ombros, com inclinação marcante para a linha média. Durante exame intra-oral verificou-se a presença maciça de dentes decíduos, com apenas os primeiros molares e incisivos centrais permanentes erupcionados. O paciente apresentou palato estreito, sendo as demais estruturas orais normais. Foram solicitadas avaliações radiográficas para avaliação dental, dos ossos faciais e cranianos, assim como das clavículas, mão e punho e cintura pélvica. Observou-se retenção dos dentes permanentes, presença de suturas cranianas, desvio de septos nasais e hipoplasia de clavículas. Mediante os achados clínico-radiográficos formulou-se como hipótese diagnóstica displasia cleidocraniana. O paciente foi encaminhado para avaliação médica sistêmica, sendo diagnosticado hipertelorismo e sinusite paranasal. Com relação a parte odontológica o paciente encontra-se em proservação e efetivo controle de placa bacteriana, sendo importante salientar que o mesmo apresenta intelecto normal e não apresenta histórico familiar de DCC, sendo provavelmente um caso de mutação espontânea, o que se observa em 40% dos casos desta condição.

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Título: Estudo da incidência dos aumentos gengivais medicamentosos em pacientes neuropsiquiátricos Autores: Flávio de Paiva Medeiros*; Fernando Lopes dos Santos Filho; Hercílio Martelli Júnior Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas; Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas; Universidade de Alfenas – Câmpus Varginha

Aumentos gengivais representam um acúmulo de colágeno e macromoléculas da matriz extracelular. Os aumentos gengivais podem ser inflamatórios; neoplásicos; hereditários; idiopáticos e medicamentosos (TAKASHI et al., 1992). Os aumentos gengivais medicamentosos estão relacionados aos imunossupressores, bloqueadores dos canais de cálcio, anticonvulsivantes, antiinflamatórios e anfetaminas (LOESCHE et al., 1998). As psicoses bem como certos tipos de demência são condições que resultam das funções diminuídas de neurônios que secretam neurotransmissores específicos. Muitas evidências sugerem que as psicoses poderiam ser causadas pela formação diminuída de norepinefrina ou serotonina, ou de ambas, e estes pacientes deprimidos apresentam sintomas de mágoa, infelicidade, desesperança e desvalorização. A esquizofrenia em suas diferentes modalidades tem sido associada a dopamina como uma provável causa desta doença. O objetivo do presente trabalho é apresentar a incidência e a prevalência dos aumentos gengivais medicamentosos em pacientes crônicos de um Serviço de Neuropsiquiatria da cidade de Alfenas – MG. Foram coletados dados de 97 pacientes (64 do sexo masculino e 33 do sexo feminino) portadores de doenças como esquizofrenia, alcoolismo, transtornos depressivos, psicose, deficiência mental, distúrbios de comportamento, entre outros. Foram feitas avaliações clínicas nestes pacientes objetivando detectar os aumentos gengivais, assim como parâmetros de ausência dental, condições de higiene oral e outras alterações bucais . Entre os 97 pacientes avaliados, 79,38% eram crônicos, sendo 55,67% portadores de aumentos gengivais. A discussão dos resultados, bem como as considerações sobre os pacientes serão apresentadas.

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Título: Fratura de mandíbula com enxerto ósseo autógeno de costela e zetaplastia. Autores: Jean Neto Cardozo*; Mário Porto Cerqueira; Ronaldo de Carvalho Instituição: Universidade Estadual de Minas Gerais – Câmpus de Lavras

Paciente C.R.B. vítima de acidente automobilístico deu entrada no hospital do coração em Lavras com hemorragia e estado de choque hipovolêmico, dilacerações na região facial e cervical com grande perda de tecido mole, perda da glândula parótida direita, fratura do corpo da mandíbula do lado direito com perda de tecido ósseo e fraturas dentárias. Como atendimento de emergência foi realizada a hemostasia através de manobras cirúrgicas e transfusão de sangue devido ao quadro de choque hipovolêmico. Em seguida foi realizada a redução da fratura de mandíbula com osteossíntese, suturas por planos e em massa, devido a hemorragia e grande perda de tecido mole. Foi feita a colocação de dois drenos de penrose, um na região facial e outra na região cervical. Após 5 dias do acidente, o paciente apresentou-se com um quadro de infecção que evoluiu rapidamente para osteomielite supurativa onde somente com o uso do grupo quinelônicos foi controlada a infecção (ciprofloxacina 500mg 12/12 hs via oral). Após 45 dias foi realizada a cirurgia para exérese do seqüestro ósseo via oral, referente à osteomielite supurativa, com anestesia local. Devido à grande perda de tecido mole e ósseo foi realizado cirurgia plástica-reparadora que constituiu em zetaplastia na região cervical e enxerto ósseo autógeno de costela no corpo da mandíbula direita com osteossíntese. O paciente ainda necessita da reavaliação, de cirurgias plásticas de tecido mole e proservação do enxerto ósseo.

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Título: Análise radiográfica dos tratamentos endodônticos em pacientes da clínica integrada da Unifenas Autores: Cristiane Ramos Pereira*; Mariana Lívia de Ávila Nunes; Renata Ribeiro Bruzadelli da Silveira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

A avaliação dos resultados na terapêutica endodôntica executada é

parte integrante do plano de tratamento. Assim sendo, constitui proposta desse trabalho analisar radiograficamente as condições dos tratamentos endodônticos de pacientes que compareceram à Clínica Odontológica da Universidade de Alfenas, sob vários aspectos: tipo de material utilizado para a obturação dos canais, qualidade da obturação, qualidade da restauração coronária, tipo de material restaurador coronário e presença ou ausência de reações apicais. Para tanto, foram analisados 288 prontuários de pacientes que procuraram a Clínica Integrada da Unifenas no ano de 1999, contendo todos os prontuários, exames radiográficos de completos, nos quais foram encontrados 276 dentes com tratamento endodôntico (BONETTI et al., 1998; LEITE et al., 1998; MARQUES et al., 1996).

Os resultados demonstram que: 1. dos 276 dentes analisados, 55,8% foram considerados como tendo

tratamento endodôntico inadequado; 2. 35,8% apresentavam área radiolúcida apical sendo radiograficamente

considerados como insucessos; 3. a guta percha foi o material obturador mais utilizado, em 93,1% dos casos; 4. 34% dos dentes receberam pinos metálicos intra-radiculados; 22,4% foram

restaurados com resina; 16,3% com amálgama; 3,6% receberam RMF e 1,8% eram pilares de prótese fixa, somando um total de 235 dentes restaurados. Uma alta porcentagem encontrava-se sem selamento coronário: 15,1%

5. 71,9% das restaurações foram consideradas satisfatórias.

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Quarta-feira, 25 de outubro de 2000

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Título: Agenesia Total Autores: Marcello Mota Matos*; Paula Ferraz Ceglia; Antônio Carlos de Oliveira Ruellas Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Anodontia é a ausência radiograficamente comprovada de um ou mais elementos dentários. Pode ser de dois tipos: total, na qual estão ausentes todos os dentes e parcial, que tem como conseqüência o não desenvolvimento dos germes dentários (FREITAS, 2000).

Segundo Moyers, a ausência total de dentes é denominada anodontia e a formação incompleta da dentição é propriamente denominada oligodontia, sendo que algumas vezes, esta última condição incorretamente chamada “anodontia parcial”.

A anodontia (ausência total de dentes) é um fenômeno raro e quando se produz, esta vinculada com frequência à pacientes portadores de displasia ectodérmica, que abrange todas as estruturas de origem ectodérmica.

Pela ausência dos dentes, os maxilares podem esta alterados devido à falta de fatores estimulantes do crescimento, relativo ao desenvolvimento dos dentes e tecido ósseo correspondentes. Dependendo da época em que a afecção se manifestar tem-se ausência de toda a dentição, ou somente da dentição permanente.

A oligodontia é mais frequênte na dentição permanente, sendo os incisivos laterais e terceiros molares superiores mais afetados, seguidos segundos pre-molares superiores e inferiores. É raro nos caninos e primeiros molares (CASTRO,A.L.,1995).

A maioria dos estudos indicam que a ausência congênita mais freqüente na dentadura permanente, exceto os terceiros molares, é o segundo pré-molar inferior seguido pelo incisivo lateral superior.

Este trabalho tem por objetivo realizar uma revisão na literatura sobre anodontia, abordando aspectos semiológicos e radiográficos com implicações clínicas na Ortodontia.

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Título: Apicificação Autores: Daniela Dalli Berindoague*; Gladsson Teixeira Campos Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

O objetivo desse trabalho é demonstrar a técnica de apicificação e as

possibilidades reabilitadoras pertinentes às conseqüências por envolvimento

de traumatismo dentário .

Os resultados obtidos até determinado momento, estão de acordo com

os respectivos trabalhos pesquisados .

O mecanismo de complementação ou fechamento apical é obscuro.

Todavia, pode-se afirmar que o básico e importante é que todo esse

mecanismo de reparação nos dentes com rizogênese incompleta “funciona”,

desde que não existam microorganismos, toxinas, nem substâncias estranhas

que hostilizem ou perturbem o tecido da região apical ou perirradicular e que o

canal esteja devidamente preenchido com um material obturador .

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Título: Remoção de hiperplasia devido à câmara de sucção – Comparação de duas técnicas. Autores: Raquel Binda Pereira*; Ruy César Camargo Abdo Filho; Marcelo Lucchesi Teixeira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

A utilização de câmara de sucção na confecção de próteses totais para

promover melhora na retenção e estabilidade da peça protética superior, é uma

prática extremamente condenável, porém ainda executada por profissionais

menos criteriosos. A utilização da câmara de sucção em próteses superiores

causa hiperplasia na área de palato duro, o que impede a correta confecção e

adaptação de uma nova peça protética, necessitando, assim, que a hiperplasia

palatina seja removida (KRUGER 1984; MARZOLA 1988). O objetivo do

presente trabalho é apresentar duas técnicas de remoção dessas hiperplasias:

a técnica cirúrgica convencional, por desgaste da área hiperplasias e a técnica

por redução utilizando condicionador tecidual na prótese antiga do paciente e

removendo a hiperplasia de maneira gradual (PETERSON, 1996).

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Título: Avaliação da prevalência de enfermidades bucais nos pacientes da clínica integrada de Odontologia da Universidade de Alfenas no ano de 1999 Autores: Daniela Montanari*; R.A.GARCIA; Letízia Monteiro de Barros Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Atualmente, o principal objetivo da odontologia tem sido a promoção da

saúde bucal e, como conseqüência, temos observado um marcante declínio da prevalência e severidade das doenças cariosas e periodontais, na maioria dos países industrializados e até mesmo em alguns daqueles ditos em desenvolvimento. No entanto o impacto deste declínio ainda não foi suficiente para excluir tais enfermidades da lista de condições mórbidas que mais atingem os seres humanos, e cujo tratamento mobiliza grandes volumes de recursos financeiros. No Brasil, o quadro das doenças bucais ainda é preocupante, pois a população jovem continua ostentando elevados índices de cárie e doença periodontal, o que evolui para uma marcante morbidade e mortalidade dental nas faixas etárias mais elevadas (TAMIETTI et al; 1998; ABOPREV, 1997). Entretanto, para ser possível elaborar medidas preventivas eficazes, é necessário um diagnóstico prévio das doenças prevalentes numa determinada comunidade e a Odontologia Social e Preventiva utiliza vários métodos e índices para este fim (PINTO, 1992). Um dos métodos para o diagnóstico comunitário é o levantamento epidemiológico mediato “a posteriori”, em que os dados são obtidos da análise das fichas clínicas dos pacientes (CHAVES, 1986). Desse modo, o objetivo do presente trabalho foi o de realizar um levantamento dos dados odontológicos dos pacientes atendidos na Clínica Integrada de Odontologia da Unifenas, visando estabelecer o diagnostico do grau de saúde bucal dessa população, a fim de otimizar a prevenção e o tratamento das enfermidades prevalentes. Os resultados parciais mostram que, de 236 prontuários examinados, 67,8% são mulheres; 64,4% procedem de Alfenas e, 64,8% relatam ser da cor branca.

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Título: Estudo da oclusão normal e classificação das más oclusões. Autores: Maria Emília Oliveira*; Rafaela Barbosa de Souza; José Norberto Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

O objetivo deste trabalho é o estudo com um maior aprofundamento e a

demonstração da importância da oclusão normal e classificação das más

oclusões.

Foi feita uma revisão bibliográfica e, por meio dela explicamos a oclusão

normal, as seis chaves da oclusão normal de Andrews, a classificação de

Angle, a classificação de Fisher, classificando assim as más oclusões. Visando

um maior conhecimento na área de Ortodontia, ressaltando a importância de se

ter uma boa oclusão e a necessidade de correção quando existe uma má

oclusão, pois ela influencia na estética, mastigação e fonética.

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Título: Demanda de pacientes e prevalência de patologias ou condições especiais em pacientes odontológicos atendidos no pronto atendimento da Universidade de Alfenas. Autores: Daniele Lilian Trindade*; Julian Miranda Orsi Júnior; Adriana Maria Vieira Silveira Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas O objetivo do presente trabalho refere-se a um levantamento da prevalência de patologias sistêmicas, condições especiais, demanda e necessidades dos pacientes odontológicos atendidos no pronto atendimento das Clínicas Integradas do curso de Odontologia da Universidade de Alfenas. É fundamental que o cirurgião dentista analise o paciente como um todo e não apenas à procura de uma alteração dentária isolada. Portanto, o conhecimento das necessidades e a identificação das alterações sistêmicas do paciente tornam o trabalho do profissional mais completo e humano. Foram analisados em um período de doze meses, 1819 pacientes na Clínica Integrada desta Universidade. Deste total de pacientes, 744 eram do sexo masculino (40,90%) e 1075 do sexo feminino (59,09%). Trinta e três diagnósticos diferentes foram atendidos, sendo a pulpite (26,33%) a condição predominante seguida por necrose e abscesso dento-alveolar (16,60%), cárie (13,13%), raízes residuais (9,07%), doenças periodontais (7,03%), ajustes oclusais (1,15%). Conclui-se então que a procura pelo pronto atendimento foi, na sua maioria, por motivo de dor devido a alterações pulpares. A faixa etária média entre os pacientes foi de 18 a 55 anos. Com relação às patologias sistêmicas ou condições especiais encontradas, a hipertensão arterial (3,51%) foi predominante, acometendo mais o sexo feminino (63,26%) que o masculino (34,69%). No grupo dos pacientes portadores de condições especiais foram incluídas 5 gestantes. Desta forma, é importante disciplinar a coleta dos sinais e sintomas para se chegar a um diagnóstico correto. Assim pode-se dizer que o diagnóstico é o método racional de identificação das alterações orais.

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Título: Traumatismo de dentes anteriores – Relato de caso clínico. Autores: Mônica Lima Lopes*; Stéfano Carvalho Rosa; Veridiana Salles Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Na maioria das vezes o principal fator etiológico do traumatismo de dentes anteriores está relacionado a acidentes onde existe um golpe frontal atingindo principalmente os incisivos superiores, por serem os mais proeminentes da face. A fratura de coroa e raiz pode ser com ou sem envolvimento pulpar, horizontal e/ou vertical (PETERSON, 1996).

O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de fratura coronarioradicular vertical total, no qual houve a necessidade de exodontia pela total impossibilidade de outro tipo de tratamento em decorrência da gravidade do traumatismo e característica da fratura, condenando o elemento dentário. O tratamento reabilitador é temporário em decorrência da idade do paciente.

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Título: Regeneração tecidual guiada – Uso de enxerto ósseo seguido de membrana não-reabsorvível. Autores: Matheus Mello Pithon*; Marcelo Mota Mattos; Rodrigo Adley Silveira da Silva Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas O objetivo deste trabalho foi demonstrar os passos realizados pelo clínico durante um procedimento cirúrgico regenerativo, utilizando enxerto ósseo seguido da colocação de uma membrana não-reabsorvível em um defeito ósseo angular.

Na tentativa de complementar a terapia periodontal podemos lançar mão da terapia regenerativa tecidual guiada, que tem como objetivo a reconstrução dos defeitos causados no aparelho de sustentação do dente. A eliminação do agente etiológico (placa bacteriana) e dos fatores que contribuem para a evolução da doença periodontal podem resultar no controle ativo da doença, porém a proliferação mais rápida do epitélio gengival no sentido apical impede que o tecido conjuntivo alcance a superfície dental e também torna impossível que naquela superfície radicular se forme uma nova camada de cemento, fato imprescindível para que ocorra inserção de novas fibras de Sharpey. Logo, a utilização de membranas biocompatíveis com a finalidade de impedir a migração imediata do epitélio se torna imprescindível para a regeneração do aparelho de inserção.

O caso clínico citado foi realizado no curso de graduação em odontologia da Unifenas em agosto de 1999. A apresentação deste caso clínico inclui o período pré-operatório mostrando uma tomada radiográfica da lesão, o procedimento cirúrgico propriamente dito (acesso cirúrgico, visualização do defeito ósseo, preparação da área lesada, colocação do enxerto ósseo alógeno seguido de membrana não-reabsorvível) e uma tomada radiográfica 12 meses após a cirurgia.

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Título: Avaliação da interferência da água ozonizada no mecanismo de adesão resina composta/dente através da análise da infiltração marginal. Autores: Matheus Melo Pithon*; Mauro Teodoro Rocha Filho: Geraldo Magela Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Este trabalho teve como objetivo a análise através de infiltração marginal

da possível interferência da água ozonizada (oxigênio livre) no processo de união do material resina composta/estrutura dentária.

No processo dE interação adesiva entre material resina composta/estrutura dental, a resistência e durabilidade dessa combinação depende de fatores como propriedades físico-químicas do substrato e adesivo, propriedades estruturais do esmalte e dentina e contaminação durante a preparação da cavidade. Outro fator importante seria a presença de oxigênio, o qual interfere negativamente na polimerização do material resina composta.

A utilização do gás ozônio como microbicida vem sendo incrementada em atividades hospitalares diversas, quando dissolvido em água apresentando uma excelente atividade bactericida, virucida e esporicida devido a suas fortes propriedades oxidantes. Por este motivo, têm-se incorporado o mesmo à água utilizada nos consultórios odontológicos. Entretanto, o não conhecimento da possível interação oxigênio livre e o sistema de união substrato/adesivo dentinário, justifica a presente pesquisa. Foram utilizados 20 dentes humanos molares (permanentes) extraídos com o consentimento dos pacientes, divididos em 02 grupos (A e B) e submetidos à confecção de preparos cavitários classe V. No grupo A foram feitos preparos com pontas diamantadas em alta rotação utilizando água destilada como refrigeração. No grupo B a água ozonizada foi utilizada como refrigeração. Os dentes foram restaurados com resina composta híbrida Z100. Depois de restaurados os dentes foram armazenados em solução de fucsina básica a 0,3% por 72 horas, sendo então seccionados transversalmente no sentido vestíbulo-lingual, sendo então analisados em relação à infiltração marginal. Com relação à infiltração marginal a água ozonizada parece não interferir na adesão entre resina composta/estrutura dental, porém, novos trabalhos necessitam ser realizados.

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Título: Expansão rápida de maxila com auxílio de um disjuntor palatal do tipo Haas modificado – relato de caso clínico. Autores: Ruy César Camargo Abdo Filho*; Stéfano Carvalho Rosa; Veridiana Salles Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

A expansão rápida do arco maxilar é uma técnica de tratamento comumente utilizada que tem se tornado conhecida durante os últimos 25 anos (CHANG; McNAMARA; HERBERGER, 1997).

Devido a vários fatores, como hábitos de sucção de dedo, discrepância entre bases ósseas e tamanho dentário e fissura lábio-palatal, a maxila pode se apresentar atrésica em relação à mandíbula. Após o diagnóstico de atresia maxilar, o próximo passo no tratamento será uma expansão rápida de maxila com um aparelho disjuntor palatal do tipo Haas. Esta terapêutica visa um ganho de espaço no comprimento do arco, prevenindo supostos apinhamentos ou faltas de espaço para erupção dos dentes permanentes. A mecânica ortodôntica é a disjunção da sutura palatina mediana, havendo um movimento de expansão lateral. Esta expansão rápida é conseguida em 07 a 14 dias e com auxilio da mãe ou responsável pela criança, que irá ativar o aparelho diariamente. Após a disjunção da sutura palatina mediana, o espaço criado se fecha com a reposição fisiológica do tecido ósseo (MOYERS, 1991). Uma característica da disjunção da sutura palatina mediana é a presença ou aparecimento de um diastema entre os incisivos centrais superiores, que retornam a justaposição no período de contenção (MOYERS, 1991), a qual pode ser feita com a permanência do próprio aparelho na cavidade bucal do paciente, durante 03 a 04 meses.

O objetivo deste trabalho é relatar a terapêutica de expansão rápida de maxila em uma criança de 05 anos e 06 meses, visando a modificação do arco superior que foi alterado pelo hábito de sucção de polegar com o auxilio de um disjuntor palatal do tipo Haas modificado, conseguindo também um ganho de espaço em região anterior, diminuído pela perda precoce dos incisivos decíduos e uma melhora nas inclinações dos molares.

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Título: Pulpotomia em dentes decíduos com formocresol diluído a 1/5 Autores: Michelle Verola dos Santos*; Stéfano Carvalho Rosa; Veridiana Salles Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Em Odontopediatria a pulpotomia é o procedimento que visa a remoção da polpa coronária tendo como justificativa a contaminação por microorganismos adjacentes a exposição por cárie, permitindo a cicatrização na entrada dos canais radiculares.

Desde de que o formocresol foi recomendado para pulpotomia em dentes decíduos, este foi submetido a várias modificações na sua composição apresentando sucesso clínico acima de 90% dos casos quando este foi diluído a 1/5. De acordo com BUKLEYS é um medicamento altamente bactericida e bacteriostático frente aos microorganismos existentes em polpa contaminada (McDONALD e AVERY, 1991).

O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico sobre a técnica e a eficácia da pulpotomia em dente decíduo com formocresol diluído a 1/5 destacando o sucesso clínico deste procedimento.

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Quinta-feira, 25 de outubro de 2000

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Título: Lesões refratárias – relato de caso clínico Autores: Fábio Moura Leite de Souza*; Edna Maria de Lima; Adriana Maria Vieira Silveira Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Não é incomum verificar que algumas lesões periapicais persistem após o tratamento dos canais radiculares, recebendo a denominação de lesões refratárias. Nessas situações as bactérias localizam-se profundamente nas ramificações do canal principal e são constituídas principalmente por bactérias anaeróbias, que podem sobreviver fora do canal, na superfície do ápice do dente em intimidade com a lesão periapical.

No caso clínico apresentado pelos autores, o paciente de 55 anos, do sexo feminino apresentava como queixa principal supuração constante no dente 11 cujo canal havia sido tratado há mais de 20 anos. Ao exame clínico intra-oral foi comprovada a presença de fístula e mobilidade dentária. No exame radiográfico foi constatada a presença de lesão apical no referido dente e o canal adequadamente obturado. Optou-se em realizar retratamento endodôntico, com trocas seqüentes de pasta medicamentosa à base de Hidróxido de Cálcio, onde não se obteve o desaparecimento da fístula. O canal foi obturado e em seguida, foi realizado procedimento cirúrgico com curetagem apical, conseguindo então resultado satisfatório.

Conclui-se então, que o tratamento para lesões refratárias nem sempre é fácil, sendo de fundamental importância para a terapia endodôntica convencional o emprego de técnicas de assepsia adequadas, pois os microrganismos responsáveis pelas lesões refratárias são na sua grande maioria anaeróbios estritos, e a resolução se dá apenas com cirurgia periapical.

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Título: Paracoccidioidomicose – relato de caso clínico/ Autores: Anna Carolina Mendonça Fonseca*; Sandra Aparecida Marinho Instituição: Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas

Este trabalho teve como objetivo o relato do caso clínico de uma lesão sistêmica com manifestações bucais. O caso clínico relatado é importante para alertar o CD quanto à presença de manifestações bucais de alterações sistêmicas.

A paracoccidioidomicose ou Blastomicose Sul Americana é uma micose sistêmica profunda, cujo agente etiológico é o fungo Paracoccidioides brasiliensis, encontrado no solo e vegetais (SPOSTO et al., 1994). É considerada endêmica, e o centro da endemia, no Brasil, localiza-se nos estados de SP, RJ, MG, PR, SC, GO e RS (BISINELLI et al., 1998).

Paciente do sexo feminino, 21 anos, natural de Muzambinho-MG, profissão faxineira , ex- lavradora, apresentou-se com queixa de lesão na área periodontal e palatal.

As lesões haviam surgido inicialmente na mucosa jugal há um ano, regredindo após um mês. Após 6 meses, as mesmas reapareceram também envolvendo o palato duro e mole. A paciente também relata edema labial pelas manhãs e ardência bucal. À ectoscopia observou-se presença de pápulas eritematosas em terço médio de face. À oroscopia, verificou-se presença de lesão exulcerada, granulomatosa, edemaciada com presença de placas esbranquiçadas, removidas por raspagem, denunciado oportunismo de C. albicans, localizada em palato duro. Observa-se também envolvimento gengival dos dentes posteriores superiores esquerdos. Foi realizada biópsia incisional em região de palato, cujo resultado, foi condizente com paracoccidioidomicose. Foi solicitado ao paciente o exame sorológico de imunodifusão dupla o qual foi positivo. O exame radiográfico de tórax não foi contributório, devido a ausência de alteração digna de nota.

O tratamento foi iniciado com antifúngico sistêmico, fazendo uso de Cetoconazol (Nizoral®) 200 mg, um comprimido ao dia por um ano. As lesões bucais regrediram após um mês de uso da medicação.

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Título: Traumatismo dentário com fratura radicular – relato de caso clínico Autores: David Gonçalves Furtado*; Adriana Maria Vieira Silveira Pereira; Edna Maria de Lima Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

As fraturas radiculares geralmente ocorrem devido a impactos frontais nos dentes anteriores forçando a coroa para a região lingual e a porção mais apical da raiz para a região vestibular. Paciente adulto, 26 anos, sexo feminino, apresentou-se à clínica integrada desta instituição, queixando-se de edema na região ântero-superior com presença freqüente de fístula. Clinicamente o elemento dental em questão apresentava-se com mobilidade grau III e ao exame radiográfico observou-se fratura radicular no terço apical, com o fragmento bastante deslocado do remanescente dental, e uma área radiolúcida circundante extensa. O dente apresentava-se tratado endodonticamente há mais de 10 anos com imagem radiográfica insatisfatória. Como conduta inicial, foi realizada a esplintagem de canino a canino para imobilização do dente, retratamento endodôntico e posteriormente, cirurgia a retalho de espessura total expondo a superfície radicular e o fragmento apical fraturado, o qual foi removido e realizada a curetagem da loja óssea com arredondamento da raiz. A loja óssea foi preenchida com osso humano DFDBA e colocada uma membrana com fins de regeneração tecidual guiada, sendo removida após 90 dias, assim como a esplintagem, época na qual observou-se a presença de tecido ósseo. O presente trabalho tem a proposição de relatar a importância do exame clínico e radiográfico, assim como discutir a terapêutica do caso em questão para um correto diagnóstico e favorável prognóstico.

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Título: Esclerose de varizes bucais. Autores: Fernanda Almeida Carvalho*; Kátia Enídia Coltro; Roseli Teixeira Miranda Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas Paciente J.N.S., 62 anos, leucoderma, do sexo masculino, procedente de Alfenas-MG, foi encaminhado por um profissional à clínica de diagnóstico bucal da Unifenas devido a lesões arroxeadas, no lábio e em mucosa jugal. Na anamnese não foi nos relatado nenhuma alteração. No exame físico de oroscopia observamos que o paciente era desdentado total e em lábio inferior, apresentava uma lesão vermelho - arroxeada de + 3mm de diâmetro. Já em mucosa jugal a lesão também vermelho-arroxeada medindo aproximadamente um centímetro no seu maior diâmetro. As lesões foram positivas para lesões vasculares no exame de diascopia. Ambas as lesões tinham tempo de evolução de 3 anos e eram assintomáticas. O diagnóstico presuntivo foi definido como varizes bucais e optou-se para o tratamento de esclerose das lesões. Foram usados meio-a-meio, ethamolin (Oleato de etanolamina) mais glicose 50%, aplicados na lesão com seringa de insulina. O retorno do paciente foi marcado após 15 dias e foi observada a resolução das lesões. No caso apresentado, a esclerose das lesões foi resolvida com apenas uma aplicação, esta vantagem é percebida quando se usa o ethamolin (Oleato de etanolamina) junto com a glicose que também é um esclerosante (CASTRO, 1996; CHINEN, MARTINS, SANTOS, SOUZA, MARCUCCI, 1996; FOGORAZ, 1996; NEVILLE, et al., 1998; WANG,. OLIVEIRA, CONSOLARO, PEREZ, 1998).

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Título: Diagnóstico de leischmaniose cutâneo-mucosa em área não endêmica. Autores: Ulisses Viana Mourão Sobrinho*; Roseli Teixeira Miranda; Luciano Resende Ferreira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas, Faculdade de Ciências Médicas

Paciente R.J.C., 34 anos, leucoderma, sexo masculino, procedente de Conceição da Aparecida-MG, foi atendido no Pronto Socorro do HUAV-Alfenas, em Setembro de 1999, queixando de lesões ulceradas na região de antebraço e patela, com emagrecimento (3 kg/mês). Ao exame físico foram observadas três lesões ulceradas na pele com três centímetros de diâmetro, com fundo granuloso, bordas enduradas e base infiltrada, e duas lesões com um centímetro de diâmetro de aspecto ulcerado e hiperêmico no palato e cavidade nasal. Foi realizado o exame anatomopatológico obtido de biópsia incisional de uma das lesões patelares, que revelou uma inflamação crônica inespecífica. Quinze dias depois, foi realizada biópsia da lesão do antebraço e pesquisa direta do parasita nas lesões através de “inprint” e citologia esfoliativa. A biópsia foi novamente inconclusiva, porém formas amastigotas de Leishmania sp foram observadas nos exames de pesquisa direta, chegando ao diagnóstico de Leishmaniose Cutâneo-mucosa. Foi então iniciado o tratamento de antimoniato de N-metil glucamina na posologia de 20 mg/kg/dia de SbV aplicado de forma endovenosa. Durante a administração da droga, foram realizados eletrocardiogramas, dosagens séricas de uréia, sódio, creatinina, potássio e transaminases, hemograma completo, glicemia em jejum, os quais apresentaram–se normais. Em Novembro de 1999, o paciente retornou ao ambulatório apresentando regressão clínica das lesões. A Leishmaniose cutâneo-mucosa é uma afecção com comportamento endêmico e tem sua importância epidemiológica alicerçada na incidência e nos diferentes quadros clínicos graves conhecidos (AMATO, et al., 1998; MARSDEN, 1986; MARZOCHI, 1992; OLIVEIRA.,et al., 1995; SAMPAIO et al,1990).

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Título: Restaurações biológicas em dentística restauradora. Autores: Cristiana Soares Prado*; Andreza de Souza; Rodrigo Richard da Silveira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Com o desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas e materiais

restauradores adesivos, a estética vem sendo um fator fundamental na prática

da dentística restauradora moderna, uma vez que este fator é uma constante

exigência por parte dos pacientes que procuram tratamento restaurador. Uma

alternativa viável para as restaurações estéticas indiretas é a colagem de

fragmentos homógenos dentários, também denominada de restauração

biológica. O presente trabalho propõe-se a demonstrar a descrição de um caso

clínico no qual a colagem de fragmento foi realizada, visando o

restabelecimento estético e funcional, através de uma alternativa conservadora

às restaurações indiretas, preservando-se o máximo de estrutura dentária

sadia.

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Título: Carcinoma metástico em ATM – Relato de Caso Clínico. Autores: Álvaro de Pinho Barroso; Luciano Resende Ferreira Autores: Álvaro A. Barroso*; ; Luciano Resende Ferreira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas; Pontifícia Universidade Católica – Câmpus de Poços de Caldas Paciente de 69 anos do sexo feminino, leucoderma foi encaminhada por seu cirurgião dentista para avaliação de dor na ATM direita. A história médica pregressa não foi contributória. O exame físico revelou um abaulamento bem definido na região pré-auricular direita apresentando discreta sensibilidade à palpação. A abertura interincisal máxima foi de 40 mm. Os movimentos excursivos laterais direito apresentaram limitação com crepitação aguda da ATM direita, não tendo sido afetada a função do nervo craniano. À oroscopia não foram observadas alterações relevantes. Nos exames complementares de Raios-X panorâmico e tomografia computadorizada observou-se uma lesão difusa, expansiva radiopaca-radiolúcida envolvendo côndilo direito e ramo ascendente da mandíbula. O exame de Densidade Óssea Corporal Total demonstrou atividade anormal do côndilo mandibular direito, e nenhuma outra anormalidade.

As hipóteses de diagnóstico incluíram as seguintes lesões: osteossarcoma agressivo, osteocondroma, condrossarcoma, osteossarcoma primário ou lesão metastática. Opções adicionais para diagnóstico incluíram punção aspirativa de agulha fina, biópsia incisional ou biópsia excisional com margens. Uma biópsia incisional do côndilo mandibular direito foi realizada e o diagnóstico de osteoblastoma agressivo obtido. Baseado no resultado desta biópsia foi realizada uma condilectomia com reconstrução por enxerto ósseo costocondral.

Em um centro médico o diagnóstico histológico da peça foi revelado como adenocarcinoma enquanto que em outro centro médico como osteossarcoma. Um exame físico completo do paciente não revelou nenhum outro sítio do tumor. Nove meses depois uma punção aspirativa de agulha fina de uma lesão recidivante na região pré-auricular direita revelou presença de células neoplásicas malignas. Nesse período um exame de endoscopia digestiva alta revelou uma lesão no duodeno. O resultado da biópsia desta lesão foi confirmado histologicamente como adenocarcinoma. A paciente veio a falecer um ano depois.

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Título: Relação entre fibromialgia e DCM. Autores: Daniela Azevedo*; André Guilherme Jorge; Marcelo Lucchesi Teixeira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

O presente trabalho de revisão de literatura visa estabelecer uma relação da fibromialgia, que é de âmbito médico, com as desordens craniomandibulares. O estabelecimento desta relação é útil para que os profissionais envolvidos no tratamento das DCM's executem um correto diagnóstico, uma vez que os sinais e sintomas de ambas as patologias podem ser confundidos (PENNACCHIO, 1998).

Tem ainda por função orientar os cirurgiões-dentistas quanto à etiologia e a sintomatologia da fibromialgia que pode estar em íntima relação com a DCM, auxiliando em seu diagnóstico presuntivo.

Com auxílio de uma extensa revisão na literatura, observou-se uma ligação entre esta síndrome, que possui um difícil diagnóstico, e sua semelhança com a DCM, onde ambas são multifatoriais e envolvem músculos faciais. Suas sintomatologias também são semelhantes e, por isso, o diagnóstico pode estar dificultado, além de que estas duas entidades também podem estar interligadas (HEDENBURG, 1999).

Pode-se concluir que as dores orofaciais são de difícil diagnóstico por possuírem uma etiologia multifatorial e, em alguns casos, com alterações causadas por doenças sistêmicas. A presente revisão mostra que a sintomatologia relacionada à fibromialgia se relaciona com a sintomatologia relacionada às DCM's (ASH, 1996).

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Título: Conhecimento da anatomia interna dos canais radiculares X acidentes operatórios – Relato de caso clínico Autores: Daniela Azevedo*; Luiz Antônio Lyon; Adriana Maria Vieira S. Pereira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Este trabalho tem como objetivo elucidar a importância do conhecimento

da anatomia do canais radiculares previamente, tornando-se essencial para a execução do processo de sanificação e modelagem do canal radicular obtendo o sucesso desejado. Enfatizando a importância da abertura coronária para uma melhor visualização, evitando fraturas de instrumentos endodônticos que pode vir a tornar-se um obstáculo para prosseguimento do tratamento ,um risco de insucesso que pode levar à perda do elemento dental (BRAMANTE, 1973). Também pode ocorrer a perfuração radicular, havendo um canal artificial comunicando o canal radicular com os tecidos periapicais (ESTRELA,1991).

Através de relato de caso clinico será demonstrado que o pleno conhecimento da anatomia dental e dos seus condutos radiculares é imprescindível para obtenção de sucesso no tratamento endodôntico, apesar dos recursos limitados, obtidos através das técnicas radiográficas.

Após extrações realizadas em 2 dentes que já tinham passado por tratamento endodôntico foram observados: uma perfuração radicular (criando falso canal) em uma das raízes do dente 14 juntamente com uma fratura de instrumental no interior do canal e uma perfuração no assoalho do dente 16 com uma falsa obturação de um canal na vestibular.

A partir do exposto pode-se concluir que a abertura inadequada da superfície oclusal ou do teto da cavidade impossibilita a iluminação da câmara, dificultando a visualização, podendo induzir ao comprometimento do assoalho. É particularmente importante em dentes posteriores, com grande variação de localização e número de canais, onde apresentam dificuldade na identificação dos seus orifícios de entrada (ROLDI, 1999).

O tratamento endodôntico envolve conhecimento, habilidade e experiência. O profissional deve avaliar cada caso de acordo com sua capacidade técnico-científica. Nos casos onde houver dúvida deve-se consultar um endodontista que considere mais experiente.

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Título: Técnicas de microabrasão – Vantagens e desvantagens. Autores: Adriano Augusto Melo de Mendonça*; Oriana Elara Barelli; Edmêr Silvestre Pereira Júnior Instituição: Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas

O manchamento dentário ou alterações de cor presentes nos quadros de hipoplasia do esmalte, tais como a fluorose dentária, atualmente têm sido tratados, com sucesso, pela técnica de microabrasão do esmalte dentário. Esta modalidade é utilizada depois de adequada anamnese e conscientização do paciente para devolução da estética e diminuição da retenção de placa bacteriana sobre a superfície anteriormente encontrada irregular. Alguns casos clínicos foram executados em pacientes de faixa etária entre 7 a 11 anos, utilizando como material o ácido fosfórico a 37%, ácido clorídrico a 18% e ácido poliacrílco a 25%, cada um deles misturado à pedra pomes de granulação fina e PREMA. Os autores apresentam as vantagens e desvantagens da técnica quanto: à efetividade da técnica , tempo de trabalho, custo do material e segurança do paciente/profissional.

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Título: Remoção de extranumerário e tracionamento de incisivo central. Autores: Oriana Elara Barelli*; Adriano Augusto Melo de Mendonça; Edmêr Silvestre Pereira Júnior Instituição: Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas.

O extranumerário é uma disgenesia dentária do tipo hiperplasiante, ou seja, ocorre um aumento do número de dentes, sendo este termo utilizado quando o dente não se assemelha ao grupo de origem. Em um paciente de 9 anos de idade, do sexo masculino, indicou-se a remoção do extranumerário devido ao atraso na irrupção do incisivo central superior esquerdo. Os exames preliminares foram realizados e elegeu-se o momento para a remoção cirúrgica do elemento em questão, utilizando a técnica mais adequada dentro dos princípios biológicos que regem a integridade tecidual. Após 6 meses da remoção deste elemento, verificou-se através do controle radiográfico, que o dente permanente numerário não realizava seu processo eruptivo, sendo eleita assim, a cirurgia de tracionamento dentário. Também foi realizada uma cirurgia para a colagem de um botão com fio, a fim de levar o incisivo central para a sua posição normal no arco dentário. Após a realização da cirurgia, foi montado um aparato ortodôntico para o tracionamento dentário do dente numerário que lentamente foi posto em posição normal. O êxito no tratamento está diretamente relacionado ao planejamento cirúrgico-ortodôntico adequado e a remoção do extranumerário e posterior tracionamento é uma solução viável e com grande possibilidade de sucesso para dentes que não realizaram sua erupção.

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Título: Selamento de molares recém-irrompidos: técnicas alternativas. Autores: Oriana Elara Barelli*; Adriano Augusto Melo de Mendonça; Edmêr Silvestre Pereira Júnior Instituição: Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas

A cárie de superfície oclusal (fossas e fissuras) representa a maioria da prevalência desta lesão a qual está diretamente relacionada à retenção local de resíduos alimentares, microorganismos patogênicos e à dificuldade de higienização. Dessa forma, os dentes mais afetados são os primeiros molares permanentes, principalmente no período de sua erupção, pois apresentam um esmalte imaturo, de maior susceptibilidade ao ataque dos microorganismos. Sendo assim, diversos estudos têm sido desenvolvidos na tentativa de melhorar as propriedades dos materiais e elaborar técnicas operatórias preventivas. Os autores utilizaram para os casos clínicos, diversos materiais seladores e realizaram avaliações quanto à retenção. Os materiais utilizados foram: Cimento de Ionômero de Vidro Vitrebond e Vitremer (3M), adesivo dentinário Single Bond (3M) associado ao Delton, Fluoroshield (Dentsply). A técnica empregada para todos os materiais constituiu profilaxia profissional com jato de bicarbonato, isolamento relativo, ataque ao esmalte com ácido fosfórico gel a 37% por 20 segundos na superfície a ser selada, lavagem, troca do isolamento relativo, secagem e aplicação do selante. Sugere-se que o Cimento de Ionômero de Vidro aplicado em molares permanentes recém- irrompidos seja uma opção favorável, em casos onde o controle de umidade é crítico.

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Título: Restaurações diretas: quando substituí-las? Autores: Raquel Binda Pereira*; Vanessa Gaspari Madureira Santos; Vítor Alexandre Marinho Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Apesar de estarmos na era da odontologia conservadora, uma avaliação

dos serviços odontológicos atuais mostra uma forte tendência operatória com

grande freqüência de troca de restaurações que “falharam” (ELDERTON,

1998). Na expectativa de se conhecer os critérios utilizados na substituição de

restaurações diretas foi realizado um levantamento bibliográfico e coleta de

dados mediante um questionário. Este formulário foi aplicado aos formandos

em Odontologia da Universidade de Alfenas, no ano de 2000. Dos resultados

obtidos, notou-se que há casos onde as restaurações necessitam realmente

ser substituídas, por exemplo, em presença de cárie secundária (FONTANA,

2000). Em contrapartida, existem situações em que um repolimento evita a

troca da restauração, preservando o elemento dental, minimizando o desgaste

de estruturas sadias e tornando os procedimentos menos dispendiosos (MJÖR,

1993).

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Título: Projeção cervical do esmalte: análise in vitro. Autores: Raquel Binda Pereira*; Mário Sérgio Oliveira Swerts Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

A projeção cervical do esmalte (PCE) é uma anomalia dental que

quando associada a má higiene leva a uma doença periodontal (SWAN &

HURT, 1976; HOU & TSAI, 1987; LIMA & HEBLING, 1994; ROUSSA, 1998).

MÁSTER & HOSKINS (1964) classificaram PCE em 3 graus distintos: PCE

grau I, como discreta extensão da junção amelocementária em direção à furca;

PCE grau II, o esmalte se aproxima da furca porém sem adentrá-la; PCE grau

III, o esmalte projeta-se para o interior da furca. Foi constatado em análise a

284 molares permanentes a incidência e o grau de PCE. 62,32% dos dentes

apresentaram projeção cervical do esmalte em qualquer grau; evidenciando

maior incidência nos primeiros molares inferiores com 69,64%, seguido dos

segundos molares superiores (68,26%), segundos molares inferiores (55,71%)

e primeiros molares superiores com 51,85%. A projeção cervical do esmalte

grau I foi a de maior incidência, com 42,95%; Os molares superiores

mostraram-se pouco acima dos inferiores com 62,65% contra 61,90% de

projeção. A projeção cervical do esmalte deve ser do conhecimento de

profissionais para melhor diagnóstico e tratamento de doenças periodontais.

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Título: Tratamento de abscesso periodontal. Autores: Gabriela Alessandra da Cruz*; Juliana Guerino; Antônio Fernando Martorelli de Lima Instituição: Universidade de Campinas -UNICAMP/FOP

O abscesso periodontal é uma coleção purulenta localizada em cavidade, formada pela desintegração tecidual decorrente de processo inflamatório agudo destrutivo e localizado nos tecidos periodontais. O objetivo desta apresentação é relatar a seqüência de tratamento proposta em dois casos clínicos de abscesso periodontal em paciente adulto jovem. Inicialmente foi realizado o tratamento emergencial para o alívio da dor visando a drenagem da coleção purulenta via sulco gengival. Devido à condição sistêmica debilitante dos pacientes, optou-se pela utilização de antibioticoterapia sistêmica com a associação da amoxicilina com o clavulanato de potássio durante 5 dias. Os pacientes foram orientados para necessidade da realização do controle mecânico e químico da placa bacteriana. Após 48 horas, observou-se melhora significativa do quadro clínico inicial e os pacientes foram encaminhados para o tratamento periodontal de rotina, constituído de instrumentação periodontal acompanhada ou não de acesso cirúrgico. O acompanhamento clínico nos permite afirmar que a seqüência terapêutica proposta é efetiva para o tratamento de abscessos periodontais.

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Título: Enxerto de conjuntivo – uma alternativa estética para recobrimento radicular. Autores: Gabriela Alessandra da Cruz*; Júlio César Joly; Antônio Fernando Martorelli de Lima Instituição: Universidade de Campinas -UNICAMP/FOP

Recessão gengival é definida como a migração apical da margem

gengival livre localizada normalmente na junção cemento-esmalte com exposição da superfície radicular. Dentre os problemas provocados pelas lesões de recessão gengival podemos destacar o comprometimento estético. O objetivo deste relato foi descrever a utilização da técnica de enxerto de conjuntivo para o tratamento de recessões gengivais. Paciente do sexo feminino, 31 anos, procurou atendimento queixando-se de comprometimento estético causado pela exposição de superfícies radiculares nas faces vestibulares dos elementos dentais 23 e 24. Inicialmente foi realizada incisão tipo envelope para a obtenção de retalho de espessura parcial. As superfícies radiculares foram instrumentadas para permitir a criação de um leito adequado para a adaptação. Como região doadora utilizamos a região palatina. O enxerto foi preparado, adaptado ao leito receptor e suturado ao periósteo remanescente com fio degradável. O retalho foi recolocado coronal sobre o enxerto e estabilizado com suturas tipo colchoeiro. No acompanhamento pós-operatório de 3 meses pudemos observar o completo recobrimento das superfícies radiculares e significativo ganho de gengiva inserida, satisfazendo aos objetivos funcionais e estéticos propostos pela utilização da técnica.

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Título: Paracoccidioidomicose bucal Autores: Álvaro de Pinho Barroso*; Roseli Teixeira Miranda; Luciano Resende Ferreira Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Paciente W.M.S., 28 anos, leucoderma, masculino, lavrador, procedente de Alfenas-MG, foi atendido no Pronto Socorro do HUAV-Alfenas, em Março de 2000, queixando de “feridas na boca”. O paciente relatou o aparecimento de lesões ulceradas nas cavidades bucal e nasal há cerca de quatro meses, acompanhado de rouquidão, disfagia, odinofagia e emagrecimento (5 kgs). Teve escarro sanguinolento apenas por duas vezes. Ao exame físico, observaram-se várias lesões ulceradas nos palatos mole e duro, e mucosas jugal, gengival e nasal, com fundo granuloso e bordas não definidas. Foi realizado o exame anatomopatológico obtido de biópsias incisionais das lesões do palato e mucosa jugal que revelaram uma inflamação crônica granulomatosa com presença de macrófagos epitelióides, células gigantes multinucleadas e múltiplos brotos e leveduras de P. brasiliensis. Teste mico-sorológico para Paracoccidioidomicose demonstrou positividade (1/8). O exame radiográfico mostrou pulmões pouco expansivos com infiltrado intersticial bilateral e com presença de pequenos granulomas. Foi então iniciado o tratamento com a associação de sulfametoxazol (SMX) + trimetropin (TMP) com doses de 1 comprimido (820mg- SMX, 180mg- TMP) 12/12 horas durante 6 meses. Nos dois primeiros meses após início do tratamento, observou-se ganho de peso pelo paciente e redução parcial do tamanho das lesões. A paracoccidioidomicose é uma doença caracterizada normalmente por uma patologia pulmonar que eventualmente pode apresentar disseminação para outros órgãos e tecidos, incluindo a mucosa oral. Relatamos um caso clínico de um paciente com paracoccidioidomicose com manifestações bucais bem mais exacerbadas do que as pulmonares (BRUMMER, CASTANEDA, RESTREPO, 1993; PAES DE ALMEIDA et al., 1991; SAN-BLAS et al.,1992; SAN-BLAS, et al., 1993; SPOSTO et al., 1993).

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Título: Xeroderma pigmentoso – relato de caso clínico. Autores: Janaína do Carmo Farias*; Roseli Teixeira Miranda; Sandra Aparecida Marinho Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

O Xeroderma Pigmentoso é uma patologia hereditária autossômica recessiva rara, a qual se caracteriza pela inabilidade das células epiteliais em reparar danos induzidos pela luz UV, podendo ocorrer mutações nessas células, levando ao desenvolvimento do câncer de pele. O prognóstico é reservado, sendo que a maioria dos pacientes morre 30 anos mais cedo que a população normal por malignidade cutânea (NEVILLE,1998).

Paciente V.L.S., 24 anos, masculino, melanoderma, lavrador, natural de Poço Fundo, MG, compareceu à Clinica Odontológica da UNIFENAS em março de 2000 para tratamento odontológico.

À ectoscopia, observaram-se áreas cutâneas sem pigmentação e xerodermia em face e membros superiores. Havia uma cicatriz em região pré-auricular esquerda, e o paciente apresentava também descoloração da íris, com cegueira parcial, além de fotofobia. Na anamnese, verificou-se que lesão ocular era devido a presença de melanoma ocular inoperável. À palpação, verificou-se a presença de linfonodos palpáveis na cadeia submandibular e submentoniana. Na história médica pregressa constatou-se que o paciente já havia sido submetido a cirurgias para retirada de tumores malignos cutâneos, cujo diagnóstico histopatológico de biópsia em linfonodo pré-auricular foi de metástase de melanoma melanótico medular. O paciente fazia uso das medicações: Lacrima-plus colírio e Tobrex pomada para uso tópico ocular.

Em sua história familial, constatou-se que paciente possui 8 irmãos portadores da mesma patologia e casamento consangüíneo entre os pais.

À oroscopia, observou-se queilite actínica e área despapilada, eritematosa e assintomática em ápice lingual. Havia presença de cáries e raízes residuais.

O Cirurgião Dentista deve ficar atento quanto ao aparecimento de lesões bucais e enxergar o paciente como um todo, podendo assim realizar um diagnóstico precoce de patologias e promover a saúde geral do paciente (CASTRO, 1992; MACHADO, 1997; NEVILLE. 1998; PITANGUY, 1992).

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Título: Primeiro molar superior com dois canais na raiz palatina – relato in vivo Autores: Carenine Filagrana*; Erasmo Fábio da Motta e Camanducaia; Adriana Maria Vieira Silveira Pereira. Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

É de suma importância para o sucesso do tratamento endodôntico, o

conhecimento da anatomia da cavidade pulpar de cada dente, pois variações de ordem anatômica dos canais radiculares podem ocorrer. A vista disso, tecnicamente, obtemos a imagem da raiz e conseqüentemente, dos canais por meio de Raios-X. Deste modo nos baseamos na imagem radiográfica da raiz para supormos a forma dos canais. Não se deve menosprezar o fato de a radiologia não ser conclusiva, pois não fornece a dimensão vestíbulo-palatina. Assim sendo é imprescindível conhecer, além da anatomia mais freqüente, as variações quanto ao número, forma, direção e comprimento dos canais radiculares. O presente trabalho ilustra uma variação pouco comum no sistema de canais radiculares do 1º molar superior, onde se encontrou "in vivo" a presença de dois canais na raiz palatina, conforme comprovação clinico-radiográfica e cuja descrição não é freqüentemente encontrada na literatura consultada (BRAMANTE, 2000), talvez por ser algo muito raro e estatisticamente pouco provável de se encontrar. Para boa prática da Endodontia, faz-se necessária a observação acurada do sistema de canais radiculares do elemento dental que se está trabalhando.

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Título: Confecção e ajuste de placa miorelaxante processada por energia de microondas no laboratório. Autores: Francisco Henrique Pereira Martins*; João Marcos Pereira Alves; Carlos Luiz Guedes Victorino Instituição: Universidade de Alfenas – Câmpus de Alfenas

Placas miorelaxantes são aparelhos confeccionados em resina acrílica termo ou autopolimerizável, usados intra-oralmente, adaptados à maxila ou à mandíbula, os quais possuem diferentes desenhos e finalidades dependendo dos objetivos aos quais se propõem (Paiva 1997). Atuam diretamente sobre o sistema neuro-muscular, auxiliando na modificação das informações proprioceptivas oriundas principalmente do periodonto e da Articulação Temporomandibular, sendo sugerido seu uso no tratamento do bruxismo e disfunção muscular e da ATM.

A proposta deste trabalho é apresentar uma técnica de confecção de placa miorelaxante com tempo bastante reduzido no que diz respeito a fase laboratorial, devido à utilização de resina polimerizável por energia de microondas, e ao mesmo tempo fornecendo ao dentista uma placa previamente ajustada no articulador semi-ajustável, diminuindo o tempo de cadeira do paciente (OLIVEIRA, ARCURI, 1995; DAWSON, 1993; OKSON, 1993; BOTTINO, 1994; PAIVA., 1997).