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Anais III Seminário REM-Goiás - Museus e Memória Escolar

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Apresentação

A Rede de Educadores em Museus de Goiás é um coletivo de interessados em educação formal e

não-formal que surgiu no ano de 2010 com a finalidade de mapear as ações educativas realizadas nas

instituições culturais, estimular a criação de serviços educativos, integrar diferentes instituições

culturais e museais, promover a relação entre cursos de formação (graduação e pós-graduação) entre

outros.

Uma das ações da REM Goiás é a realização do seminário anual com o objetivo de promover 

debates e reflexões sobre a educação museal. O seminário deste ano está direcionado à necessidade

de preservar a memória escolar e de despertar o interesse e promover a participação de professores,

gestores, servidores e alunos na criação de museus escolares.

Coordenação REM Goiás:

Aluane de Sá – Coordenadora Geral

Cristina Musmano – Suplente

Daniela Barra – Secretária Geral

Hitalo Montefusco – Coordenador de Comunicação

Rosaura Vargas – Coordenadora de Articulação e Estudos

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Folder de divulgação do III Seminário da REM Goiás

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Material de divulgação do III Seminário da REM Goiás

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Índice de Trabalhos

Trabalho Autor(es)

Além dos arrebaldes: A educação patrimonialcomo atividade complementar em uma escola

 pública da rede municipal do Rio de Janeiro,localizada no Bairro de Santa Cruz, periferia daZona Oeste da cidade.

Sinvaldo do Nascimento Souza

A historicidade dos museus modernos: decoleções privadas a patrimônio educacional

 público.Eduardo Henrique Barbosa de Vasconcelos

À imagem da memória: recordação escolar emfotografia.

Genilda da Silva Alexandria

Memória e educação escolar: a importância da preservação dos documentos-fonte. Caso daFaculdade de Educação – UFG.

Daniela Barra Soares

Museu silencioso: a LIBRAS como forma deacessibilidade da pessoa surda dentro do museu.

Iara Ribeiro Regiani

Os museus e o ensino de paleontologia egeologia na educação básica. Josiane Kunzler 

 Novena de São Sebastião: a fé e a festa,elementos importantes na união dos agentessociais.

Patrícia Marcelina Loures

A pedagogia da imagem e a (re)construção damemória escolar por educadores em formaçãono museu da imagem e do som de campinas.

Juliana Maria de Siqueira

Quem foi Joaquim Edson de Camargo? Umareflexão acerca da história da nossa escola.

Amaury Barbosa de AmorimMonique de Jesus Vieira Coelho dos SantosPriscila de Macedo Pereira e Souza

Rede de Educadores em Museus de Goiás:impressões de um estudante de Museologia.

Elizabeth Martins Sandoval Silva

Veneza Goiás: memórias da congada. Patrícia Marcelina Loures

Comissão Científica:

Aluane de Sá – Coordenadora Geral da Rede de Educadores em Museus de Goiás;

Ivanilda Aparecida Junqueira – Professora do curso de graduação em Museologia da FCS/UFG;

 Nôemia Fonseca – Diretora do Museu Pedro Ludovico Teixeira;

Simone Rosa – Servidora na Secretaria de Estado da Cultura de Goiás;

Vânia Estevam – Professora do curso de graduação em Museologia da FCS/UFG;

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ALÉM DOS ARRABALDES: A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL COMO

ATIVIDADE COMPLEMENTAR EM UMA ESCOLA PÚBLICA DA REDEMUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, LOCALIZADA NO BAIRRO DESANTA CRUZ, PERIFERIA DA ZONA OESTE DA CIDADE.

Sinvaldo do Nascimento Souza

Resumo: Localizada em terras da antiga Fazenda Real e Imperial de Santa Cruz, a Escola Municipal10.19.047, da rede pública municipal do Rio de Janeiro, recebe anualmente matrículas de cerca de1.000 (um mil) alunos distribuídos em turmas do 6º ao 9º ano, quase todos provenientes dosconjuntos habitacionais que foram instalados no bairro a partir do final da década de 1960,encerrando a fase agrícola daquela que foi considerada uma espécie de “celeiro do Distrito Federal”.

São crianças e adolescentes que, em geral, desconhecem a História do bairro e o patrimônioambiental, histórico, artístico e arquitetônico ainda preservado à custa de muitas reivindicaçõescomunitárias, mesmo diante da industrialização da região e descontrolado crescimento urbano.Como professor de História e também na condição de museólogo, passei a desenvolver trabalhos deEducação Patrimonial acreditando na possibilidade de contribuir para ampliar o conhecimento sobrea importância de se preservar os bens patrimoniais, como a Ponte dos Jesuítas, monumentohidráulico do século XVIII, tombado pelo IPHAN, a Fonte Wallace, do século XIX e os antigosmarcos da Fazenda Imperial de Santa Cruz, entre outros. “Além dos Arrabaldes”, porque é asimbolização daquela que é a atual periferia da Zona Oeste da Cidade, estendi o trabalho de visitaçãoa outros bairros do município, tornando mais alargado o campo de atuação, proporcionando aosalunos de um bairro distante do centro político, econômico e cultural, contato mais próximo com

outras realidades históricas, paisagísticas, urbanas e arquitetônicas. Todas as atividades de visitaçãoe educação patrimonial estão inseridas no Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Joaquimda Silva Gomes e contam com o apoio da direção, participação dos professores de todas asdisciplinas e parceria da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, da SME Rio, que fornece ônibus

  para transporte e também colabora mandando confeccionar camisetas, medalhas, certificados etroféus que são entregues aos alunos e turmas que se destacam nas exposições, concursos internos,apresentação de trabalhos que são realizados após determinadas fases e culminâncias das atividades,sempre acreditando que “só há um meio eficaz de assegurar a defesa do patrimônio de arte e dehistória do país: é a educação popular”, como dizia Rodrigo de Melo Franco de Andrade.

Palavras-chave: Educação Patrimonial. História local. E.M.Joaquim da Silva Gomes. Santa Cruz.

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A HISTORICIDADE DOS MUSEUS MODERNOS: DE COLEÇÕES

PRIVADAS A PATRIMÔNIO EDUCACIONAL PÚBLICOEduardo Henrique Barbosa de Vasconcelos

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir o aspecto histórico daconstituição dos Museus. Ao mencionarmos a palavra Museu, usualmente remetemos e associamoseste à antiguidade clássica, pois foi no século III a.C., na cidade de Alexandria, que PtolomeuFilodelfo fundou aquele que é considerado primeiro museu. Todavia, a denominação ecaracterização dos Museus modernos advêm do período posterior, isto é, no chamado Renascimento,que se apropriou de antigas características dos Museus da antiguidade, como o principio de coletar ede guardar os objetos e acrescentou principalmente a instância da exibição voltada para todos

aqueles que demonstrassem interesse e vontade em ver e observar as coleções. Neste sentido, ascoleções particulares, em sua maioria de cunho nobiliárquico, aspecto de suma importância para adiferenciação social dos seus possuidores/mantenedores ou para os visitantes previamenteautorizados a vê-las, passaram aos poucos e gradativamente a serem abertas aqueles que tinhaminteresse ou vontade em ver, admirar e conhecer esses “tesouros”. No século XVIII, e ao logo do seutranscorrer, o mundo ocidental presenciou o que foi denominado de “Era das revoluções” e umconjunto de novas alterações e implicações políticas, econômicas e sociais. Os eflúvios dastransformações não passaram desapercebidamente nas diversas salas museais. Assim, as coleções, osacervos das casas reais passam do domínio da Monarquia, isto é, do rei para a República ou domíniodo povo. Contudo, foi indubitavelmente no século XIX, o século de consolidação do Estado-Nação,também lembrado como século da História, que prédios, acervos, fundos e funcionários forammobilizados para re-significar objetos “herdados” em uma trama explicativa politicamente orientadado passado, arcaico, atrasado, desigual ao presente da época, desenvolvido, igualitário ecosmopolita. Dito de outra forma, o passado passou a ser patrimônio de todos, fonte legitimadorasdas identidades nacionais que afirmavam uma origem comum e um mesmo processo para umamultiplicidade de grupos sociais que tinham nos museus espaço de aprendizado, mais fácil e rápido,das historias nacionais e da pedagogia republicana que nutria o intuito de conformar e legitimar o

 poder político dos grupos dirigentes. Em maior ou menor escala esse quadro também se fez presentena realidade americana que, como ex- colônias da Europa passaram a valorizar e enaltecer osaspectos próprios da sua realidade, ou seja, a natureza, como elemento diferenciador e alternativo aolongo e vasto processo histórico europeu. Tem-se então a explicação para o grande número de

museus de história natural em países como o Brasil, frente ao pequeno número de museus históricosao longo do século XIX e na primeira metade do século XX.

Palavras-chave: História. Coleções. Museu.

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À IMAGEM DA MEMÓRIA: RECORDAÇÃO ESCOLAR EM FOTOGRAFIA

Genilda da Silva Alexandria

Resumo: O presente trabalho parte das possíveis narrativas de vivências e experiências estudantisque se desprendem de um registro comumente reconhecido: a fotografia feita quando daalfabetização do aluno. Olhando para essas imagens, é possível ver o olhar submetido da pessoafotografada, frente ao fotógrafo e ao ambiente escolar que lhe transcendem à uma representação, àuma imagem. Considera-se que as representações estejam imbricadas de processos sociais, culturais,de significação e por poéticas que dizem mais do que enunciam num primeiro momento. Sentidosnão aparentes também são impressos no papel fotográfico e deixam rastros de significados, derelações de poder, de hegemonia social fazendo/formando parte da visualidade do cotidiano da

escola. É a partir dessas conjecturas e de cinco imagens tomadas para estudo, que vislumbramos a proposta de olhar criticamente para os processos de construção da memória no universo escolar coma possibilidade de compor uma dimensão pedagógica reflexiva, que considere as forças detransformação histórica e as relações que se estabelecem entre a vida social e o artefato cultural. Paraencontrar esse caminho desfiliatório, buscamos os sentidos da ampliação do entendimento de culturacom subsídio nos estudos da cultura visual que, segundo Hernández (2007)1, promove ainterpretação crítica da imagem, entendendo que pela visualidade significados são criados,compartilhados e postos em diálogo, significados estes imersos em subjetividade, modos de ser, dever e de ser visto. A cultura visual desponta como um campo de estudo transdisciplinar, capaz de

 proporcionar deslocamentos de concepções tradicionalistas e estagnadas para a consideração dosaspectos do cotidiano. Um fenômeno cultural só pode ser compreendido de forma consistente se for 

integrado a um corpus de significados comuns e incorporado ao seu processo interpretativocotidiano. Aproximar-se de tais imagens trata-se, no mínimo, de um exercício de reaprender,revisitar, refazer percursos, procurando trazer ao debate as narrativas constituídas em torno do

  patrimônio escolar e reapresentá-las sob a égide de uma aproximação maior com a memóriadaqueles que, mesmo inconscientemente, ou de forma indireta, integram este mesmo universo

  patrimonial – os seus sujeitos. Sob essa perspectiva espera-se pensar numa educação estética,artística e patrimonial que possa propiciar à novas gerações a possibilidade de construir junto com osoutros saberes da educação escolar a consciência e a experiência da formação de identidadesculturais.

Palavras-chave: Cultura visual. Memória. Educação. Patrimônio.

1 HERNÁNDEZ, Fernando. Catadores da cultura visual. Porto Alegre: Mediação, 2007.

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MEMÓRIA E EDUCAÇÃO ESCOLAR: A IMPORTÂNCIA DA

PRESERVAÇÃO DOS DOCUMENTOS-FONTE. CASO DA FACULDADE DEEDUCAÇÃO - UFG.

Daniela Barra Soares

Resumo: Discute o processo de organização e preservação documental do arquivo da Faculdade deEducação da Universidade Federal de Goiás. No sentido de revelar por meio das práticas deconstrução da memória documental o reconhecimento de uma imagem do passado, o foco é refletir eapresentar como que o ato de arquivar, classificar e organizar se relaciona diretamente com a ideiade injunção social. Nesse sentido a institucionalidade da lembrança dialoga com a proposta deamparo ao projeto “Cinquenta anos do Curso de Pedagogia (1963-2013) e quarenta e cinco anos da

Faculdade de Educação (1968-2013)”, iniciativa de professores da Faculdade de Educação ecoordenado pela Professora Dra. Diane Valdez. Para dar auxílio ao projeto, foi firmada uma parceriaentre o Centro de Informação Documentação e Arquivo da UFG – CIDARQ e a Faculdade deEducação. O projeto tem como objetivo analisar documentos presentes no arquivo da Faculdade deEducação, Faculdade de Ciências e Letras e unidades antecessoras que fazem referência à memória ehistória das mesmas. Os documentos estavam armazenados no arquivo da Faculdade, aos cuidadosdo Núcleo de Estudos, Pesquisas e Documentação Educação Sociedade e Cultura - NEDESC, e semos procedimentos de conservação adequados. O depósito onde os documentos estavam armazenadoscontava com armários e estantes de madeira e de aço. O ambiente tinha pouca ventilação, bastanteumidade, presença de insetos e roedores. Documentos como dossiês de alunos, diários de classe,

 planos de aula, relatórios de atividades, projetos pedagógicos de curso, fotografias e demais registros

acadêmicos são exemplos dos mais variados tipos documentais que compõem o acervo. Estes etantos outros tornarão possível a escrita da história da Faculdade. Parte do arquivo da Faculdade deEducação foi enviada às dependências do CIDARQ para tratamento. O depósito conta com estruturae ambientes que ajudam a manter os documentos conservados e conta também com uma equipetreinada para o devido tratamento dos documentos. Após passarem pelas etapas de classificação,definição da destinação final (eliminação ou guarda permanente), conservação, descrição edigitalização, os documentos serão disponibilizados como fonte de pesquisa em catálogo on-line noCIDARQ por meio da utilização do software livre ICA-ATOM. Pretendemos expor as etapas desse

  processo de recuperação documental assim como as dificuldades encontradas até o momento.Levando em consideração a prática de descarte que caracteriza a sociedade contemporânea,esperamos ressaltar a importância de preservar fontes documentais e fazer desse processo um

costume rotineiro. É essencial que percebamos documentos como portadores de informação e queestes recebam tratamento apropriado que garanta maior durabilidade. Preservados, os documentos daFaculdade de Educação irão permitir que profissionais e alunos de áreas afins possam desenvolver estudos embasados neste material recém tratado.

Palavras-chave: Memória Institucional. Preservação. Faculdade de Educação - UFG.

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MUSEU SILENCIOSO: A LIBRAS COMO FORMA DE ACESSIBILIDADE

DA PESSOA SURDA DENTRO DO MUSEU.Iara Ribeiro Regiani

Resumo: Pretende-se apresentar um artigo acadêmico que discute as possibilidades de realização daigualdade social através de uma percepção específica, a implementação e inclusão da LínguaBrasileira de Sinais (LIBRAS) dentro dos museus como forma de acessibilidade e comunicabilidadede um sujeito com limitações auditivas. O objetivo deste, entender a LIBRAS como um instrumentoimprescindível na relação entre a instituição museu, objeto-exposto e a pessoa surda.Compreendendo desta forma que dentro dos espaços museais quase não existe produções ou projetosque possam abarcar este tipo de visitante ou público, muitas vezes quase que imperceptível aos olhos

do museu este freqüentador é ignorado ou compreendido como inexistente. Frente a essa problemática, os museus de Goiânia se tornam indiferente às discussões produzidas pela sociedade,especificamente na comunidade escolar, o museu que pensa elaborar projetos de acessibilidadesdeve compreender e se espelhar nos dilemas e nas soluções de várias instituições como as de ensino,ONG’s e grupos de ajuda e de convivência que já estão em curso e desta forma abrangendo não sóeste tipo de público, mas alargando a forma de acessibilidade. Por princípio a singularidade dosmuseus, em que de forma alguma deve estar complemente sujeito as instituições que trabalham comsurdos, é ser receptível as realidades que estas enfrentam. Desta forma as experiências desses setores

 podem construir uma parceria com vistas a facilitar o acesso à cultura percebendo o museu comodinamizador da cultura para surdo. Hoje não se pode mais negar o direito, aos surdos de serem parteintegrante e participativa de nossa sociedade e de suas manifestações culturais. Sendo o museu uma

 parte importante para proporcionar essas vivencia tanto para surdos e quanto para ouvintes. Mascada vez mais vemos uma falta de estudo sobre o público surdo e de profissionais de LIBRAS(intérpretes ou especialistas) dentro dos museus, e talvez estes sejam um dos grandes desafios daacessibilidade de surdos dentro dos museus. Quando o museu trabalha em assumir uma posturafrente diversidade social para buscar diminuir as barreiras que impedem um determinado grupo defreqüentar o espaço seu próprio conceito altera-se, passa a ser um espaço democrático, mesmo nosilêncio de quem abstrai o mundo por outras percepções. Ao permitir que o museu seja um espaçodemocrático que respeita e propicia a diversidade com o único intuito de produzir e propagar acultura em uma forma ampla, através de novas práticas, cria-se o espaço da verdadeira natureza dacomunicação, a ação da inclusão. Só desta forma e que o silêncio pode ser rompido. A linguagem setorna não mais uma barreira, mas uma nova forma de perceber o museu.

Palavras-chave: Acessibilidade. LIBRAS. Museu.

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OS MUSEUS E O ENSINO DE PALEONTOLOGIA E GEOLOGIA NA

EDUCAÇÃO BÁSICAJosiane Kunzler 

Resumo: Através da guarda de acervo, pesquisa e exposições, os museus desempenham um papelimportante no ensino de Ciências e Biologia. As exposições são hoje consideradas elementofundamental na relação museu x sociedade, principalmente na vertente educacional, constituindo ummeio de educação não-formal. As crianças e os adolescentes, apesar de demonstrarem interesse por assuntos científicos, apresentam muitas dificuldades no seu aprendizado, especialmente em áreascomo a Paleontologia e a Geologia. Esses problemas podem ser causados por diversos fatores, entreeles a falta de observação direta, de experimentação e de vivência que, infelizmente, não pode ser 

suprida pela maioria das instituições de educação formal (escolas). No caso da Paleontologia e daGeologia, a situação se agrava. A compreensão acerca da magnitude do tempo geológico, dadinâmica interna e externa da Terra e do processo evolutivo dos seres vivos ainda é restrita a poucoseducadores. Os conteúdos dessas disciplinas são disponibilizados aos professores e aos alunosatravés de livros didáticos normalmente desatualizados, de modo extremamente resumido eincorreto, pois não contam com a revisão de um especialista. É nesse ponto que os museus podemser de grande valia, desenvolvendo uma linguagem diferenciada que, através das exposições, auxiliaos estudantes na absorção dos temas científicos, até então distantes de suas realidades. O uso derecursos multimídias, reconstituições em 3D, dioramas, painéis e atividades interativas vem sendoaprimorado nos museus de Ciências, a fim de atrair a atenção dos visitantes de forma lúdica, e assimtransmitir as informações de modo eficaz. Em Goiânia, dentre os museus de Ciências, somente o

Memorial do Cerrado, projeto do Instituto do Trópico Subumido, da Pontifícia UniversidadeCatólica de Goiás, dedica uma seção à Paleontologia e à Geologia. São amostras de rochas, fósseis eminerais dispostas em uma sequência geocronológica (do Pré-Cambriano ao Cenozoico), que narrama evolução dos seres vivos e da Terra através de painéis informativos, esquemas, reconstituiçõesambientais em 3D e painéis, entre outros. Dentre as amostras de rochas, destacam-se os granitos ecalcários do Pré-cambriano. Nos exemplares fósseis, a presença de troncos petrificados do Permianode Tocantins, da ictiofauna da Chapada do Araripe, dos icnofósseis de Caiapônia (Bacia do Paraná),e da megafauna pleistocênica de Goiás, coletada em Jaupaci, desperta a atenção dos visitantes. Noentanto, foi observada no museu a apresentação de algumas informações equivocadas,

  principalmente nos painéis, além da falta de treinamento dos monitores acerca dos temas geo- paleontológicos. Portanto, a atualização destes conteúdos e uma nova capacitação dos monitores

devem ser realizadas o mais breve possível, para que a educação não-formal de Paleontologia eGeologia seja exercida efetivamente por este museu, além de estimular a inclusão deste tópico emoutros museus de Ciências.

Palavras-chave: Museus. Educação. Paleontologia. Geologia.

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NOVENA DE SÃO SEBASTIÃO: A FÉ E A FESTA, ELEMENTOS

IMPORTANTES NA UNIÃO DOS AGENTES SOCIAISPatrícia Marcelina Loures

Resumo: Ao realizar o trabalho de inventariar as manifestações da cultura popular de Nova VenezaGoiás, encontramos a novena de São Sebastião que acontece na residência de D.F. na Vila Mutirãodesde 1976. Foi realizada uma promessa pela cura de seu filho com vinte e cinco dias de nascido.Este ritual vai bem mais além do que simplesmente cumprir uma promessa. Esta novena funcionacomo elemento unificador de uma comunidade que tem em afinidade não só a fé e crenças emdeterminados santos, mas também agrega os agentes sociais partícipes das dificuldades e lutas do diaa dia frente ao enfrentamento das mesmas. Há também o sentimento nítido de solidariedade explícitono grupo e por fim a festa que se torna uma celebração, momento esperado pelos parentes, amigos e

 principalmente as crianças que aguardam sempre ansiosas como os adultos “ o doce ” no final doritual. Décimo dia dedicado a festa e fechamento de um ciclo anual que demonstra o dever cumprido, ou melhor “mais um ano de promessa cumprida” já que a mesma fora feita em momentode aflição “ se o Sr. São Sebastião salvar meu filho, vou fazer uma novena enquanto vida eu tiver”,novena esta que promove uma visita de nove dias numa determinada residência para rezar o terço,visitação à imagem de São Sebastião, café aos visitantes e o leilão para arrecadar os fundos para oúltimo dia, nove dias intensivos de rezas e cânticos que aos poucos vão sendo apreendidos pelascrianças, pois os de mais idade já sabem de cor. O apego com os santos em momentos dedificuldades da vida pelo que foi relatado na observação deste ritual é advindo da tradição familiar que assim se constituiu em momentos de “labuta” no dia a dia de trabalho e busca de sustento para

os seus em meio ao enfrentamento das dificuldades e problemas de difícil resolução. Assim a partir de alguns autores como Brandão, Pessoa, Burke dentre outros este ritual não é somente umamanifestação da religiosidade ou catolicismo popular. À medida que se institui na comunidade e éaceito pelo grupo, este passa a difundir “saberes” que são ensinados e apreendidos pelos agentessociais que o compõem, constituindo assim elementos importantes da cultura popular, a exemplodeste ritual que já se tornou parte do calendário festivo religioso popular da comunidade em que faz

 parte, portanto o consideramos uma manifestação da cultura popular.

Palavras-chave: Fé. Festa. Cultura popular. Saberes.

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A PEDAGOGIA DA IMAGEM E A (RE)CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA

ESCOLAR POR EDUCADORES EM FORMAÇÃO NO MUSEU DA IMAGEME DO SOM DE CAMPINAS

Juliana Maria de Siqueira

Resumo: A presente comunicação consiste no relato da experiência educativa desenvolvida noMuseu da Imagem e do Som de Campinas (MIS), que tem contribuído para a (re)descoberta,valorização, documentação, preservação e comunicação da memória escolar das instituições deensino do município. Desde a implementação do programa de educação museal denominado“Pedagogia da Imagem”, em 2003, o museu tem formado sistematicamente professoras e monitorasde escolas públicas (além de educadores populares, da saúde, assistência social, pontos de cultura e

ONGs) para a apropriação das linguagens e tecnologias audiovisuais, bem como dos saberestipicamente museais. Tal formação se dá em um contexto não simplesmente técnico, mas, sobretudo,cultural, onde os conhecimentos compartilhados são ferramentas para a reconstrução das memóriasdas comunidades e para a reelaboração de suas identidades. Estas, por sua vez, tornam-se fontes paraa constituição de acervos, para a produção de fotografias, documentários e desenhos animados e paraa realização de ações culturais, como exposições, exibições, debates e rodas de contação de histórias,num processo dialógico e emancipador cujos protagonistas são os próprios sujeitos-educandos. A

 partir do campo de pesquisa-ação colaborativa denominado Educomunicação, o programa Pedagogiada Imagem estruturou-se com os objetivos de promover a apropriação crítica e dialógica doaudiovisual em suas dimensões material e imaterial, e de difundir uma “cultura de acervo” nasinstituições, alimentando a relação museu-escola-comunidade ou museu-instituições educativas-

sociedade civil. Assim, numa perspectiva sociomuseológica, o MIS Campinas se assume comoagente de desenvolvimento, na medida em que suas ações valorizam e fortalecem a construção dacidadania participativa. Ao longo de nove anos de formação continuada, a temática da memóriaescolar emergiu com força crescente nos trabalhos dos(as) educadores(as), demonstrando não apenaso desejo coletivo e a necessidade social de revelar a história de lutas e participação popular pelaconquista da educação pública brasileira, como também a existência nas escolas de um vasto eameaçado conjunto documental em imagens e sons à espera de organização, conservação, pesquisa ecomunicação. Buscando enfrentar esses desafios, a equipe da Pedagogia da Imagem se vale de umarranjo transdisciplinar complexo para promover o aprendizado de metodologias como a história oralem audiovisual, técnicas de entrevista, produção e edição de documentários em vídeo, fundamentosde conservação e organização de acervos fotográficos e audiovisuais, montagem de exposições, entreoutras. O resultado desse esforço é a constituição de um circuito colaborativo formado pelas escolas,as comunidades e o museu. Ao fomentar a produção e fruição cultural com base na memória e nasidentidades populares, o MIS amplia e democratiza seu acervo e sua programação. Formando

 públicos que são, de fato, co-criadores do museu, compartilhamos a cultura da preservação e davalorização da memória – elemento essencial para a referenciação dos sujeitos na sociedadecontemporânea da informação.

Palavras-chave: Memória escolar. Educação museal. Educomunicação. Audiovisual. Participação social.

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QUEM FOI JOAQUIM EDSON DE CAMARGO? UMA REFLEXÃO ACERCA

DA HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLAAmaury Barbosa de Amorim

Monique de Jesus Vieira Coelho dos Santos

Priscila de Macedo Pereira e Souza

Resumo: O trabalho "Quem foi Joaquim Edson de Camargo? Uma reflexão acerca da história danossa escola" esta relacionado com o Estagio Supervisionado I, do curso de Artes VisuaisLicenciatura da FAV-UFG. Foi através desta disciplina que tivemos o primeiro contato com aescola. Nossa proposta de trabalho teve o objetivo de compreender e analisar o espaço escolar, o

surgimento deste espaço, e a importância deste para a contribuição do ensino; enfatizamos assim ahistoricidade da escola, e a repercussão desta no processo de ensino nos dias atuais. Assim em nossa pesquisa buscamos solucionar alguns questionamentos tais como: quando surgiu esta instituição deensino, qual o motivo para a criação desta, onde foi criada a escola inicialmente, de onde nasceu onome da escola, e o porquê desse nome. A importância está em repensar este espaço, analisandohistoricamente a contribuição da sociedade na formação deste ambiente de ensino, assim como acontribuição da escola na formação das pessoas que moram na proximidade desta. A nossa proposta

 buscou estimular o contato dos alunos com o ambiente educacional assim como o meio em que estaescola esta inserida, mostramos como esta foi criada, onde foi criada inicialmente, porque foi criadaneste local, a importância da sociedade na criação deste espaço, destacamos parte da historia paraque eles pudessem analisar e a partir daí, estimular um olhar crítico sobre um ponto relevante do

cotidiano deles e a relação com a historicidade do ambiente escolar. A partir de visitações aosMuseus MIS, Antropológico da UFG e Zoroastro Artiaga, procuramos levar os alunos a entenderemcomo funciona o trabalho de levantamento de dados, pesquisa, fotografia, registro, dentre outros, e

 buscamos a partir de algumas informações, levantar a história da escola e apresentá-la a comunidadeescolar e local. Inquietamo-nos com a falta de informação da maioria na escola com relação àhistória da mesma e conseguimos em apenas um semestre levantar essa historia através deentrevistas com moradores da região, alguns de outros estados, que se mudaram posteriormente aconstrução e inauguração oficial da escola em 1968. A escola apoiou a ideia e conseguimos, enfim,construir um projeto de reflexão acerca da história da escola estadual Joaquim Edson de Camargo,em 2009.

Palavras-chave: Pesquisa. Memória. Educação. Museus. Arte Contemporânea.

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REDE DE EDUCADORES EM MUSEUS DE GOIÁS: IMPRESSÕES DE UMESTUDANTE DE MUSEOLOGIA

Elizabeth Martins Sandoval Silva

Resumo: Nossa comunicação irá apresentar uma reflexão sobre o que a Rede de Educadores emMuseus de Goiás tem proporcionado aos alunos de Museologia da Universidade Federal de Goiás,aos estudantes de outras instituições e membros da Rede de Educadores em Museus de Goiás. ARede de Educadores em Museus de Goiás (REM-Goiás) nos proporciona conhecimento eaprendizagem na divulgação dos museus e do patrimônio de Goiás. Através dessa participação

  podemos ter momentos de interação com outros estudantes, professores, pesquisadores e

 profissionais de diversas áreas na realização de experiências concretas em organização e participaçãoem eventos científicos. A REM-Goiás oferece uma visão abrangente da função educativa dosmuseus, que é disseminada, também, através de seminários, e possibilita promover a participaçãodas escolas com os museus, incentivando os alunos a conhecerem e incluir em seus passeios asvisitas aos Museus. A interatividade proposta pela rede enriquece o saber tanto dos alunos dasescolas públicas e privadas, dos estudantes das instituições de ensino superior e dos membros quecompõem a Rede de Educadores em Museus de Goiás. A REM-Goiás propõe a propagação doconhecimento sobre os museus estimulando a curiosidade e o interesse da sociedade em conhecer e

 preservar o patrimônio cultural e histórico de cada região. Despertar nas pessoas o anseio deconhecer e preservar sua cultura, porque só conhecendo-o bem é que se tem interesse em preservar.Com a criação da REM-Goiás os laços da cultura regional com a população são estreitados atravésda divulgação em seminários e outros meios de comunicação, inclusive a internet. E durante essagestão a REM-Goiás dinamizou muitas ações. Esperamos com essa apresentação, divulgar o trabalhorealizado pela Rede de Educadores em Museus de Goiás e incentivar os alunos de Museologia e deoutras áreas do conhecimento a, cada vez mais, valorizar o que nossa cultura tem a oferecer. É um

 privilégio poder fazer parte dessa rede, que nos possibilita vislumbrar as diversas nuances dessemundo maravilhoso que é o museu.

Palavras-chave: Educação. Escola. Museu. Museologia. REM-Goiás.

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VENEZA GOIÁS: MEMÓRIAS DA CONGADA

Patrícia Marcelina Loures

Resumo: Ao realizar o levantamento das manifestações da cultura popular da cidade de NovaVeneza Goiás e após realizar uma entrevista com um folião de Santos Reis, encontramos umaimportante tradição que foi rememorada pelo mesmo junto aos familiares o que constitui em nossoentendimento como parte importante da tradição cultural de um determinado grupo social dalocalidade. Trata-se da Congada hoje extinta, mas não na memória. De acordo com Halbwachs amemória coletiva é uma corrente de pensamento contínuo que retém do passado o que ainda estávivo ou é capaz de viver na consciência do grupo. Com o auxílio de Burke podemos melhor compreender os elementos rememorados como manifestações da cultura popular. Pudemos perceber 

também que ao se extinguir um ritual, os seus membros ou descendentes buscam agregar-se a outro,ou outros rituais existentes. Neste caso, os descendentes do grupo que realizavam a Congada hojeestão agrupados nas folias existentes no município, folia de Reis e folia de São Sebastião sem termosaqui a pretensão de afirmar que estejam agrupados somente nestes rituais. Não podemos dizer queseja neste caso um ritual substituto, mas uma forma que os agentes encontraram de participar ativamente de grupos que partilham as mesmas crenças e valores. A memória da congada nos

 permite evidenciar detalhes de agrupamentos humanos que buscavam dias melhores e se instalaram por necessidade numa determinada área geográfica trazendo consigo não só a força de trabalho,como também sua cultura, sua fé e sua forma de festejar coletivamente. E demonstra também os

  processos de transformação da sociedade e as saídas encontradas pelos seus agentes. Assim amemória coletiva guarda com detalhes resquícios valiosos presentes ainda na vida do grupo mesmo

quando suas práticas sofreram alguma transformação. Temos ainda questionamentos. O que leva ogrupo a deixar “morrer” uma tradição? Como se comporta o grupo frente a um ritual extinto? O queleva um grupo de agentes sociais mesmo quando incentivados por outrem a “reconstruir, resgatar uma tradição extinta” não o fazem? Questões estas importantes, pois a princípio dá-nos a entender que são os agentes sociais pertencentes a determinado grupo e ninguém mais, é que definem quando“prosseguir”, porque fazer, onde e como devem persistir com um determinado ritual.

Palavras-chave: Memória. Congada. Cultura popular.