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Centro de Raízes e Amidos Tropicais XII SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DE PESQUISAS DO CERAT 26 DE NOVEMBRO DE 2015 ANAIS XII Seminário de Integração de Pesquisa do CERAT 26 de novembro de 2015 ANAIS Botucatu-SP

ANAIS XII seminário - cerat.unesp.br · XII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT 26 de novembro de 2015 ISBN: 978-85-98917-19-1 1 EFEITO DA FOSFATAÇÃO SOBRE AS PROPRIEDADES

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Centro de Raízes e Amidos Tropicais

XII SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DE PESQUISAS DO CERAT

26 DE NOVEMBRO DE 2015

ANAIS

XII Seminário de Integração

de Pesquisa do CERAT

26 de novembro de 2015

ANAIS

Botucatu-SP

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Organização

Profa. Dra. Magali Leonel

Profa. Dra. Célia Maria Landi Franco

Promoção e Realização

CERAT- Centro de Raízes e Amidos Tropicais

Local

Anfiteatro do Centro de Raízes e Amidos Tropicais

Botucatu-SP

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APRESENTAÇÃO

Em 1995 a UNESP após aprovação em seus colegiados criou o Centro de Raízes

e Amidos Tropicais, Centro Interunidades desta Universidade.

Ao longo destes 20 anos de atuação o CERAT cumpriu de forma plena com sua

missão de realizar de forma integrada, atividades de investigação científica

interdisciplinar, de ensino, de extensão universitária e difusão de conhecimentos,

tecnologias e produtos gerados.

Com o decorrer dos anos o CERAT foi construindo sua estrutura física

alicerçada em recursos obtidos a partir de projetos de pesquisa aprovados por

agências de fomento e apoio institucional da UNESP e, assim, conquistando uma

estrutura diferenciada para a realização das atividades pertinentes a um Centro

Interunidades.

A estrutura física do CERAT utilizada para o desenvolvimento de pesquisa,

ensino e extensão tem sido mantida pelo esforço constante de todos aqueles que

participam ou já participaram do CERAT.

Todo este esforço tem sido recompensado, pois, a formação de profissionais

de qualidade que fizeram seus trabalhos no Centro tem sido reconhecida no mercado

de trabalho.

A realização do Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT vem

contribuindo fortemente para o alcance dos objetivos de implantação de pesquisas e

transferência de tecnologias; promoção da construção de uma cultura

empreendedora, e difusão das pesquisas, do CERAT. Além disso, este evento é uma

oportunidade ímpar de integração de docentes, pesquisadores, servidores e alunos

que realizam atividades no Centro.

Assim, mais uma vez a Coordenação Executiva organiza este importante

evento de integração de pesquisas do CERAT.

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PROGRAMAÇÃO

08:00hs as 08:30 hs- Inscrição e entrega de material

08:30 as 08:45 hs– Abertura do Evento

08:45 as 09:15 hs – Palestra: CERAT: 20 anos de história

Profa. Dra. Magali Leonel

Coordenadora Executiva CERAT/UNESP

9:15 as 12:00 hs: - Apresentações de trabalhos de pesquisa

12:00 as 13:30 hs- Intervalo para almoço

13:30 as 15:00 hs- Apresentações de trabalhos de pesquisa

15:00 hs- Lançamento do Livro “Culturas amiláceas: batata-doce, inhame, mandioca e

mandioquinha-salsa”

15:30 hs- Encerramento e coquetel de confraternização

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26 de novembro de 2015

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EFEITO DA FOSFATAÇÃO SOBRE AS PROPRIEDADES DE PASTA DE AMIDO DE

MANDIOCA

Marília S. DEL BEM1, Daiana S. FERNANDES2, Magali LEONEL3

A modificação química do amido pode ser utilizada para melhorar suas propriedades

funcionais e, deste modo, ampliar sua aplicabilidade. Uma modificação química bastante

utilizada para possibilitar o uso de amidos em aplicações específicas é a fosfatação. As

propriedades de pasta dos amidos são parâmetros determinantes de uso em diversos

sistemas. A curva de viscosidade representa o comportamento durante o aquecimento e

permite avaliar as características da pasta formada, devido às modificações estruturais das

moléculas de amido, e de outros componentes e, também, a tendência à retrogradação

durante o resfriamento. Nesta linha, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito das

condições de modificação química por fosfatação nas propriedades de pasta de amido de

mandioca. O amido de mandioca foi modificado pela adição da mistura de fosfato de sódio

monobásico anidro (NaH2PO4) com o fosfato de sódio bibásico anidro (Na2HPO4), em

diferentes quantidades (razão molar do fosfato/razão molar do amido) totalizando sete

doses. O amido nativo e os obtidos após a modificação foram analisados quanto às

propriedades de pasta no viscosímetro Rapid Visco Analyser (RVA). Do gráfico obtido foram

avaliados a viscosidade inicial a frio (25 °C), pico de viscosidade, quebra, viscosidade final e

tendência à retrogradação. Os resultados obtidos mostraram que o amido nativo de

mandioca apresentou baixa viscosidade a frio, alta viscosidade de pico, alta quebra de

viscosidade e baixa tendência à retrogradação. Quanto ao efeito das doses de fosfato

verificou-se aumento na viscosidade inicial e redução no pico de viscosidade, na quebra, na

viscosidade final e na tendência à retrogradação. As propriedades de pasta dos amidos de

mandioca modificados confirmaram a forte influência da introdução do fósforo nas

propriedades reológicas dos amidos fosfatados.

Palavras-chave: modificação química, viscosidade, retrogradação

1 Mestranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Mestranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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MEDIDA DO MÓDULO DE ELASTICIDADE DE FILMES BIODEGRADÁVEIS

Pedro RODRIGUES NETO1, Neusa Maria Pavão BATTAGLINI2, Carlos Alberto Fonzar

PINTÃO3

Os biofilmes são usados em muitas aplicações como nas indústrias alimentícias para

cobertura e embalagem de alimentos. Biofilmes devem ser resistentes à ruptura e abrasão,

para proteger e reforçar a estrutura dos alimentos e, ainda, serem flexíveis, para adaptar-se

a possíveis deformações sem se romper. As propriedades de tração expressam a

resistência do material ao alongamento e ao rompimento quando submetido à tração. Dentre

elas, o módulo de elasticidade que é uma medida da rigidez do material sólido. As soluções

filmogênicas foram preparadas através da dissolução do amido de mandioca (AM),

carboximetilcelulose (CMC) em água e os filmes segundo a técnica de casting. O módulo de

elasticidade foi determinado usando um sistema de medida construído que usa o cálculo da

energia de deformação de uma amostra de seção transversal circular. As amostras dos

filmes foram fixas no sistema e então foi aplicada, lentamente, uma força em sua

extremidade. Igualando a energia de deformação da amostra ao trabalho realizado pela

força externa aplicada (F) em sua extremidade que provocou uma elongação L∆ ,

estabeleceu-se uma relação entre F e L∆ ,cuja constante de proporcionalidade depende do

módulo de elasticidade (E), da área da secção transversal ( A ) e do comprimento da

amostra (L) que está sob tração. Conhecendo-se os valores de A e L e o fator de calibração

do sensor de força, f, calculamos o módulo de elasticidade (E) pela equação . Os

valores do módulo de elasticidade diminuíram como o aumento do teor de amido, sugerindo

a formação de filmes mais elásticos.

Palavras-chave: módulo de elasticidade, filmes biodegradáveis.

1 Aluno de IC- FEB/UNESP, Bauru-SP. E-mail:Pedro- [email protected] 2 Profª. Depto Física -FC/UNESP, Bauru-SP. E-mail:[email protected]

3 Profº. Depto Física- FC/UNESP, Bauru-SP. E-mail:[email protected]

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PRODUTIVIDADE E COZIMENTO DA MANDIOCA EM RESPOSTA A CALAGEM E A

ADUBAÇÃO FOSFATADA

Ben-Hur S. ROSA1, Adalton M. FERNANDES2

O grande desafio na produção de mandioca de mesa é obter raízes tuberosas

longas, uniformes, grossas e de cozimento fácil. Diversos fatores de produção podem

interferir nesse processo, inclusive a nutrição da planta. O3s nutrientes fósforo (P) e o cálcio

(Ca) apesar de terem um efeito positivo sobre o crescimento radicular das culturas, parecem

que também interferem no cozimento das raízes de mandioca. Dessa forma, esta pesquisa

está sendo conduzida com o objetivo de avaliar o efeito da calagem e da adubação

fosfatada na produtividade e cozimento das raízes tuberosas da mandioca de mesa. O

experimento está sendo conduzido em campo, no delineamento experimental de blocos ao

acaso, no esquema de parcela subdividida, com quatro repetições. As parcelas são

representadas pelos níveis de saturação por bases (V%) de 12, 30, 50 e 70%. As

subparcelas são constituídas por três doses de P (0, 80 e 160 kg ha-1 de P2O5). Cada

parcela tem a dimensão de 7 m de largura e 12 m de comprimento. Cada subparcela é

composta por 5 linhas de mandioca de 4 m de comprimento, espaçadas de 1,0 m entre si (5

m de largura). Estão e/ou serão avaliadas as seguintes variáveis: a) teores de Ca, P e V%

do solo antes do plantio; b) diagnose foliar da mandioca; f) produtividade de raízes

tuberosas; g) firmeza da polpa das raízes tuberosas; h) teor de umidade das raízes

tuberosas; i) teor de Ca, P e relação P/Ca nas raízes tuberosas; j) tempo de cozimento das

raízes tuberosas. Os dados obtidos serão submetidos à análise de variância. As médias das

doses de P serão comparadas pelo teste t (DMS) (p ≤ 0,05). Os efeitos dos níveis de

saturação por bases serão avaliados por análise de regressão (p ≤ 0,05). Com os resultados

deste estudo espera-se entender melhor o efeito da calagem e da adubação fosfatada na

produtividade e no cozimento da mandioca de mesa.

Palavras-chave: Manihot esculenta, nutrição mineral, crescimento radicular, tempo de

cozimento.

1Graduando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2 Professor CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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Adubação nitrogenada na batata-doce cultivada após gramínea

Carolina L. da SILVA1, Adalton M. FERNANDES2

O nitrogênio (N) é o segundo nutriente mais absorvido pela cultura da batata-doce.

Apesar da batata-doce ser uma planta considerada rústica, estudos têm demonstrado que

ela absorve quantidades consideráveis de N e responde a adubação nitrogenada. Porém,

mesmo o N sendo um nutriente essencial para a cultura da batata-doce, muitas vezes, esse

nutriente não é incluído nos programas de adubação dessa tuberosa. Além disso, vale

destacar que quando a área a ser cultivada está ocupada com gramíneas a imobilização do

N é maior. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta da batata-doce à adubação

nitrogenada, quando cultivada após gramínea. O experimento foi conduzido no

delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram

representados pelas doses de 0, 50, 100 e 200 kg ha-1 de N. A área foi semeada com

milheto em 05/09/2014. Na fase de florescimento do milheto foi realizado o preparo do solo

e a incorporação da biomassa do milheto. Em seguida, a batata-doce foi plantada no dia

17/01/2015. O N foi aplicado na forma de ureia, sendo metade no plantio e metade em

cobertura aos 46 dias após o plantio (DAP). A colheita foi realizada em 23/06/2015, ou seja,

aos 157 DAP. Determinaram-se: a produtividade total e comercial de raízes. Os dados foram

submetidos à ANOVA e os efeitos das doses de N foram avaliados por regressão (p ≤ 0,05).

Houve aumento na produtividade total e comercial de raízes tuberosas da batata-doce até

as doses estimadas de 158 e 153 kg ha-1 de N, respectivamente. Pode-se concluir que em

cultivo após gramínea a necessidade de aplicação de N para a batata-doce varia entre 150

a 160 kg ha-1.

Palavras-chave: Ipomea batatas, nutrição mineral, nitrogênio.

1 Graduanda em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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NUTRIÇÃO COM FÓSFORO NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE BATATA-DOCE EM

BANDEJA

Everton T. M. ICHIKAWA1, Adalton M. FERNANDES2

A obtenção de mudas de batata-doce (Ipomea batatas (L.) Lam.) com elevada qualidade

nutricional é fundamental para se obter sucesso em seu cultivo. Assim, o objetivo deste trabalho

foi avaliar o efeito do fósforo (P) sobre o crescimento de mudas de batata-doce produzidas em

bandejas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no esquema fatorial 3x4,

utilizando o delineamento de blocos ao acaso, no esquema de parcela subdividida, com 4

repetições. As parcelas foram representadas pelas doses de 0, 150 e 300 mg kg-1 de P aplicadas

ao substrato comercial. As subparcelas corresponderam às épocas de avaliação que foram

realizadas aos 15, 30, 45 e 60 dias após o plantio (DAP). Cada parcela experimental foi

representada por uma bandeja de poliestireno de 72 células (12 fileiras de 6 células) e cada

subparcela foi representada por 4 plantas (4 células) coletadas na área útil de cada parcela. Ao

substrato comercial aplicou-se as doses de P e, em todos os tratamentos, aplicou-se as doses

de 1,0 g kg-1 de N e 0,5 g kg-1 de K2O, sendo as fontes de P, N e K2O, ácido fosfórico em

solução diluída, ureia e cloreto de potássio, respectivamente. O substrato foi colocado nas

bandejas de acordo com os tratamentos, plantando-se na sequência os segmentos de rama da

cultivar Ligeirinha. Os resultados foram submetidos à ANOVA. As médias das doses de P foram

comparadas pelo teste de t (DMS) (p ≤ 0,05) e os efeitos das épocas de avaliação foram

analisados por regressão (p ≤ 0,05). A estabilidade do torrão, o número de raízes e de folhas por

muda e a MS dos segmentos de rama foram afetados somente pela época de avaliação. Todas

essas variáveis aumentaram linearmente com o período de desenvolvimento das mudas. A MS

de folhas foi afetada pela interação dos fatores estudados. Em todas as doses de P houve

aumento na MS de folhas e, nos tratamentos que receberam P, a MS de folhas foi maior

principalmente na última época de avaliação. Conclui-se que a aplicação de P no substrato

comercial tem apenas um pequeno efeito sobre a MS de folhas das plantas desenvolvidas por

maior período de tempo na bandeja.

Palavras-chave: Ipomea batatas, nutrição mineral, integridade de torrões.

Agradecimentos: FAPESP (Proc. n. 2014/25122-4)

1 Graduando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisador CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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PRODUTIVIDADE DA BATATA-DOCE EM RAZÃO DA ADUBAÇÃO VERDE

Marçal S. SENNA1, Adalton M. FERNANDES2

O cultivo de adubos verdes em antecessão a cultura da batata-doce, é uma técnica

de manejo que pode contribuir para aumentar a viabilidade econômica e a sustentabilidade

do sistema de produção dessa tuberosa, por gerar ganhos de produtividade e reduzir a

necessidade de aplicação de N mineral, como tem sido observado para outras culturas de

interesse econômico. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da batata-

doce cultivada em sucessão a diferentes espécies de adubo verde. O experimento foi

implantado na Fazenda Experimental de São Manuel da Faculdade de Ciências

Agronômicas - UNESP. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados

com quatro repetições. Os tratamentos foram representados pelos seguintes cultivos:

milheto, crotalária spectabilis, mucuna preta e pousio. Os adubos verdes foram semeados

em 05/09/2014. Na fase de florescimento pleno foi realizado o preparo do solo e a

incorporação das espécies de adubo verde. Em seguida, realizou-se o plantio da batata-

doce no dia 17/01/2015. No plantio, aplicaram-se 100 kg ha-1 de P2O5 (superfosfato simples)

e 120 kg ha-1 de K2O (Cloreto de potássio). Cada parcela referente aos tratamentos com

adubação verde foi composta por 5 linhas de batata-doce de 4 m de comprimento,

espaçadas de 0,80 m. A colheita foi realizada em 23/06/2015, ou seja, aos 157 DAP. Os

dados obtidos foram submetidos à análise de variância e os tratamentos foram comparados

pelo teste de Tukey (p≤0,05). A produtividade total de raízes da batata-doce nas áreas

cultivadas anteriormente com mucuna-preta e crotalária não diferiu, mas foi maior que nas

outras áreas. Já a produtividade comercial da batata-doce foi maior no cultivo após

crotalária, e menor nos cultivos após milheto e pousio. Pode-se concluir que a adubação

verde com crotalária spectabilis e mucuna-preta aumenta a produtividade da batata-doce,

mas a crotalária é mais eficiente em aumentar a produtividade comercial.

Palavras-chave: Ipomea batatas, gramínea, leguminosa.

1Graduando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2Pesquisador do Centro de Raízes Tropicais - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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FERTILIDADE DO SOLO E INCIDÊNCIA DO “MAL-DO-PANAMÁ” EM BANANEIRA CV.

MAÇÃ ADUBADA COM FÓSFORO

Ana Carolina B. BOLFARINI1, Sarita LEONEL2, Magali LEONEL3, Rafael B. FERREIRA4,

Marcelo de S. SILVA5

A bananeira ‘Maçã’ é um dos principais cultivares plantados no país, seus frutos

apresentam paladar mais delicado e saboroso, sendo os preferidos pela maioria dos

consumidores. Contudo, a alta suscetibilidade à doença “Mal-do-Panamá”, causada pelo

fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense, e a dificuldade da aplicação de medidas efetivas

de controle tem inviabilizado sua produção em quase todas as regiões do Brasil. Como

trata-se de um fungo de solo qualquer interferência nesse ambiente pode contribuir tanto

para o avanço quanto para a regressão da doença. Em função da relação fertilidade do solo

versus “Mal-do-Panamá”, o objetivo do trabalho foi avaliar a incidência da doença e os

atributos físicos e químicos da área de produção da bananeira ‘Maçã’, quando adubada com

doses de fósforo. O experimento foi conduzido em Latossolo Vermelho, no município de São

Manuel-SP. Os tratamentos consistiram de seis doses de fósforo (0, 40, 60, 80, 100 e 120

kg ha-1 de P2O5), distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com seis

repetições. Avaliaram-se os seguintes atributos físicos e químicos do solo: pH, M.O., SB,

CTC, V% e os teores de macro e micronutrientes. A incidência de bananeiras com o “Mal-

do-Panamá” foi determinada mediante observação dos sintomas da doença. A porcentagem

de bananeiras não infestadas com o “Mal-do-Panamá” foi submetida à análise de variância e

regressão polinomial, ao passo que as propriedades do solo foram avaliadas mediante

estatística descritiva. A partir dos resultados obtidos concluiu-se que a porcentagem de

infestação do “Mal-do-Panamá” em bananeiras ‘Maçã’ aumenta de forma quadrática com a

elevação da dose de fósforo aplicada ao solo. As alterações dos atributos físicos e químicos

do solo podem contribuir com o aumento da susceptibilidade das bananeiras à doença.

Palavras-chave: Musa spp., Fusarium oxysporum L., adubação fosfatada.

1 Doutoranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Agronomia/Horticultura FCA Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 4 Mestrando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 5 Mestrando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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EFEITO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA NO COZIMENTO DA MANDIOCA DE MESA

Gabriela HELLMEISTER1, Adalton M. FERNANDES2

O nutriente mais absorvido pela cultura da mandioca é o potássio (K). No entanto,

poucos estudos foram realizados para se avaliar a influencia que esse nutriente exerce

sobre o cozimento das raízes de reserva da cultura da mandioca. Assim, o objetivo deste

trabalho foi avaliar o efeito da adubação potássica sobre as características de cozimento

das raízes tuberosas da mandioca de mesa cultivada em solo arenoso. O experimento foi

implantado na Fazenda Experimental de São Manuel da Faculdade de Ciências

Agronômicas – UNESP, num Latossolo Vermelho distrófico, de textura arenosa e com baixa

disponibilidade de K (≤ 0,7 mmolc dm-3).O delineamento experimental utilizado foi de blocos

casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram representados pela aplicação no

sulco de plantio de quatro doses de K2O (0, 45, 90 e 180 kg ha-1). Cada parcela foi composta

por 5 linhas de 4 m de comprimento, espaçadas de 1,20 m. O plantio ocorreu em outubro de

2014. Como fonte de K foi utilizado o cloreto de potássio. A colheita foi realizada em agosto

de 2015, ou seja, 10 meses após o plantio. Após a colheita realizou-se as análises de

cozimento das raízes tuberosas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância

e os efeitos das doses de K foram avaliados por meio de análise de regressão (p≤0,05). A

adubação potássica aumentou até a dose de 45 kg ha-1 de K2O a porcentagem de água

absorvida pelos toletes de mandioca durante o cozimento, mas nas maiores doses de K a

absorção de água manteve-se inalterada. Apesar do K não ter alterado a textura das raízes

após o cozimento, houve redução linear no tempo de cozimento das raízes com o aumento

da adubação potássica. Conclui-se que a aplicação de K pode reduzir o tempo de cozimento

das raízes de mandioca de mesa.

Palavras-chave: Manihot esculenta, potássio, qualidade culinária

1Graduanda em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2 Pesquisador do Centro de Raízes Tropicais - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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EFEITO DA SONICAÇÃO EM AMIDOS DE ARARUTA E MILHO COM ALTO TEOR DE

AMILOSE PARA A PRODUÇÃO DE AMIDO RESISTENTE

Jéssica C. MATHIAS1, Célia M. L. FRANCO2

O tratamento com ultrassom é um tratamento físico de modificação do amido capaz

de degradar as cadeias de amido em tamanhos moleculares menores através do fenômeno

de cavitação, de modo que as condições experimentais tais como frequência, potência,

temperatura, tempo de tratamento, além de concentração e origem botânica do amido

definem a extensão e influência da alteração molecular. O presente trabalho tem como

objetivo avaliar o efeito de diferentes potências e tempos de sonicação nas propriedades

estruturais de amidos de araruta e milho com alto teor de amilose visando sua utilização

como pré-tratamento para obtenção de amido resistente. Os amidos nativos foram

caracterizados quanto a sua composição química, teor de amilose absoluto, tamanho

molecular dos seus componentes (GPC) e propriedades térmicas (DSC). Suspensões de

amidos (6.5% m/v) foram gelatinizadas por autoclavagem e submetidas a diferentes

tratamentos de ultrassom. O amido de araruta foi testado utilizando uma frequência de 20

KHz e potência de 1500 W por 90 min, enquanto para o amido de milho com alto teor de

amilose utilizou-se uma frequência de 20 KHz, potência de 500 W por 30 min. O amido de

araruta teve 19,5% de amilose e o amido de milho com alto teor de amilose, 50%. Os perfis

de distribuição do tamanho molecular dos componentes dos amidos modificados mostraram

intensa redução dos picos de amilopectina e amilose em ambos os amidos indicando que as

condições empregadas foram drásticas mostrando uma quebra excessiva das cadeias de

amido. Novos testes devem ser realizados visando a menor degradação dos amidos para

sua utilização na obtenção e amido resistente.

Palavras-chave: amido, estrutura, sonicação.

1Mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos - DETA/UNESP, São José do Rio Preto-SP. E-mail:

[email protected] 2Profª Depto. Engenharia e Tecnologia de Alimentos - DETA/UNESP, São José do Rio Preto-SP. E-mail: [email protected]

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XII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

26 de novembro de 2015

ISBN: 978-85-98917-19-1

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PRODUTIVIDADE DA MANDIOCA EM RESPOSTA À ADUBAÇÃO POTÁSSICA EM

SOLO ARENOSO

Bruno GAZOLA1, Adalton M. FERNANDES2.

O potássio (K) é o nutriente absorvido e exportado em maiores quantidades pela

cultura da mandioca. Porém, em solos de textura arenosa o K pode ser perdido mais

facilmente por lixiviação, o que faz com que nesses solos a resposta da mandioca a

aplicação de K possa ser maior. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da

adubação potássica sobre a produtividade total e comercial de raízes tuberosas da

mandioca de mesa cultivada em solo arenoso. O experimento foi implantado na Fazenda

Experimental de São Manuel da Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP, num

Latossolo Vermelho distrófico, de textura arenosa e com baixa disponibilidade de K (≤ 0,7

mmolc dm-3).O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados com quatro

repetições. Os tratamentos foram representados pela aplicação no sulco de plantio de

quatro doses de K2O (0, 45, 90 e 180 kg ha-1). Cada parcela foi composta por 5 linhas de 4m

de comprimento, espaçadas de 1,20 m. O plantio ocorreu em outubro de 2014. Como fonte

de K foi utilizado o cloreto de potássio. A colheita foi realizada em agosto de 2015, ou seja,

10 meses após o plantio. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e os

efeitos das doses de K foram avaliados por meio de análise de regressão (p≤0,05). A

adubação potássica aumentou a produtividade total até a dose estimada de 110 kgha-1 de

K2O, enquanto o aumento na produtividade comercial ocorreu somente até os 90 kg ha-1de

K2O. Doses acima dos 90 kg ha-1 de K2O não alteraram a produtividade comercial. Pode-se

concluir que,em solos arenoso e com baixa disponibilidade de K, a aplicação de doses entre

90 e110 kg ha-1de K2O melhora a produtividade total e comercial da mandioca de mesa.

Palavras-chave: Manihot esculenta, potássio, nutrição mineral

1Mestrando em Agronomia/ Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2Pesquisador do Centro de Raízes Tropicais - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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26 de novembro de 2015

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RESPOSTA DA BATATEIRA CV. MONDIAL A APLICAÇÃO DE REGULADORES

VEGETAIS

Jesion, G.S. NUNES1, Adalton M. FERNANDES2.

A produtividade da batata depende da capacidade da planta sintetizar carboidratos

nas folhas e mobilizá-los para os tubérculos em crescimento. O crescimento foliar excessivo

nos estágios tardios do ciclo da cultura pode afetar negativamente a produtividade de

tubérculos. A utilização de retardantes ou reguladores do crescimento vegetal pode ser uma

alternativa para melhorar a produtividade da cultura, através da redução no porte das

plantas e do aumento na alocação de matéria seca (MS) para os tubérculos em

crescimento. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é avaliar o efeito dos reguladores de

crescimento vegetal cloreto de mepiquat, cloreto de chlormequat, placobutrazol e

proexadiona cálcica no crescimento e produtividade de tubérculos da cultivar de batata

Mondial. O experimento será instalado no delineamento experimental de blocos ao acaso no

esquema fatorial 4x5+1, com quatro repetições. Os tratamentos serão representados por

quatro reguladores vegetais (cloreto de mepiquat, cloreto de chlormequat, paclobutrazol e

proexadiona cálcica), aplicados nas doses de 25, 50, 100, 200 e 400 g ha-1 do i.a., além do

tratamento controle (sem aplicação de regulador vegetal). Serão avaliadas as seguintes

variáveis na fase de enchimento dos tubérculos (70 DAP): a) acúmulo de MS na parte

aérea, tubérculos e na planta inteira; e b) partição de MS para os tubérculos. Antes da

dessecação da cultura será determinado o acúmulo de MS na parte aérea, tubérculos e na

planta inteira. Na colheita final serão avaliados: a) produtividade e classificação dos

tubérculos produzidos; e b) porcentagem de MS dos tubérculos. Os dados obtidos serão

submetidos à ANOVA. As médias referentes aos reguladores de crescimento serão

comparadas pelo teste t (DMS) (P≤0,05), enquanto os efeitos das doses dos reguladores

serão avaliados por análise de regressão (P≤0,05). Espera-se que algum dos reguladores

estudados possa proporcionar resultados positivos sobre a cultura da batata, e que a

aplicação do regulador reduza o crescimento excessivo da parte aérea das plantas,

resultando em maior produtividade e alocação de MS para os tubérculos.

Palavras-chave: Solanum tuberosum, partição de assimilados, inibidores de crescimento,

produtividade de tubérculos. 1Mestrando em Agronomia/Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2Pesquisador do Centro de Raízes Tropicais - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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26 de novembro de 2015

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EFEITO DO TEMPO DE HIDRÓLISE DO AMIDO COM α-AMILASE FÚNGICA

PRECEDENDO A DESRAMIFICAÇÃO E AUTOCLAVAGEM NA FORMAÇÃO DE AMIDO

RESISTENTE TIPO 3 (AR3) DE BATATA

Samara M. BERNARDINO1, Flavia VILLAS-BOAS2, Celia M. L. FRANCO3

Amido resistente tipo 3 (AR3) não sofre ação das enzimas digestivas. É constituído de

amilose e/ou amido desramificado retrogradados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o

efeito do tempo de hidrólise do amido com α-amilase fúngica na obtenção de AR3 a partir de

amidos de duas linhagens de batata. Amidos das linhagens IAC Ibituaçu (IACIB) e IAC

Vitória (IACVI) foram caracterizados quanto ao teor de amilose e distribuição do

comprimento das cadeias ramificadas da amilopectina. Suspensões de amido (6,5%m/v)

foram gelatinizadas, hidrolisadas com α-amilase fúngica por 3, 6 e 9h, desramificadas com

pululanase, autoclavadas a 121°C/30 min, refrigeradas a 4°C/16h e liofilizadas. O teor de AR

foi determinado nos amidos modificados. IACIB e IACVI apresentaram 16,8 e 20,4% de

amilose, respectivamente. Ambos os amidos tiveram alta proporção de cadeias laterais

longas da amilopectina (DP≥37), porém IACIB teve a menor proporção dessas cadeias

(12,85%). Os amidos gelatinizados tiveram baixos teores de AR3 (6,4e 8,4%para IACIB e

IACVI,respectivamente,), enquanto os retrogradados mostraram valores de13,1 e 17,5%. A

desramificação causou aumento nos teores de AR que atingiram27,1 e 25,0 % para IACIB e

IACVI. A ação da α-amilase potencializou a formação de AR3 que atingiu valores de 63,1 e

67,8% para IACIB e IACVI, respectivamente. O tempo de hidrólise não teve influencia nos

valores obtidos indicando que nas condições deste experimento, 3h foi suficiente para

potencializar a formação de AR3. A maior proporção de cadeias longas da amilopectina e o

maior teor de amilose apresentado pela IACVI foram os principais fatores que influenciaram

a formação de maiores quantidades de AR3 para esta linhagem.

Palavras-chave: amido resistente, α-amilase, retrogradação, estrutura

1Graduanda em Engenharia de Alimentos - DETA/UNESP, São José do Rio Preto-SP. E-mail: [email protected]

2Doutoranda em Engenharia de Alimentos - DETA/UNESP, São José do Rio Preto-SP. E-mail: [email protected]

3Profª. Depto. Engenharia e Tecnologia de Alimentos- DETA/UNESP, São José do Rio Preto-SP. E-mail: [email protected]

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NUTRIÇÃO E PRODUTIVIDADE DA BATATEIRA EM RESPOSTA A DOSES DE

POTÁSSIO

Pedro F. F. S. LIMA1, André L. G. JOB2, Jéssyca D. L. MARTINS3, Adalton M.

FERNANDES4, Rogério P. SORATTO5

A batata (Solanum tuberosum L.) está entre os quatros alimentos mais consumidos

no mundo e, com o aumento da população, veio o aumento da necessidade pelo produto.

Com o uso de cultivares de batata mais produtivas, a demanda por nutrientes também

aumentou. Dentre os nutrientes absorvidos pela cultura, destaca-se o potássio (K), que é

extraído em grande quantidade e é de extrema importância para o seu desenvolvimento,

pois quando aplicado na quantidade correta, leva a elevação da produtividade e proporciona

tubérculos de maior qualidade. Muitos produtores realizam a adubação sem recomendação

técnicas e, como K é muito extraído pela batateira, suas baixas doses e manejo inadequado

podem limitar a produtividade, principalmente em áreas com baixos teores disponíveis. O

objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de doses de K na nutrição e produtividade da

cultura da batata, cv. Agata. O experimento foi realizado em casa de vegetação, em vasos

com volume de 35 L de solo. O experimento foi conduzido no delineamento experimental de

blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos pelas

seguintes doses de K (0,0; 0,8; 1,6; 3,2; 6,4 e 12,8 mmolc dm-3). As maiores doses de K

proporcionaram um incremento no teor de K na planta. Os teores dos demais nutrientes nos

órgãos da batateira não foram afetados significativamente pelas doses de K aplicadas. A

adubação potássica incrementou o número de tubérculos por planta, a produtividade de

tubérculos frescos e o acúmulo de matéria seca na planta. A dose de 8,4 mmolc dm-3 de K

no solo foi a que proporcionou a maior produção de matéria seca de tubérculos. Com

exceção do Ca e do Mg, todos os demais nutrientes estudados tiveram seus acúmulos na

planta de batata aumentados pela aplicação de K no solo, até doses estimadas de

aproximadamente 8 mmolc dm-3.

Palavras-chave: Solanum tuberosum, adubação potássica, acúmulo de nutrientes.

1 Graduando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2 Pós-Graduando em Agronomia-Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3 Doutoranda em agronomia-Agricultura FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4 Pesquisador CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5 Professor Adjunto do Dep. Produção e Melhoramento Vegetal - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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DESENVOLVIMENTO INICIAL DE TRÊS CULTIVARES DE BANANEIRA NAS

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DO MUNICÍPIO DE BOTUCATU/SP

Rafael B. FERREIRA1, Fernanda S. ANTONIO2, Ana C. B. BOLFARINI3, Marcelo. S. SILVA4,

Sarita LEONEL5, Magali LEONEL6

Atualmente, a bananicultura conta com um número expressivo de cultivares

comerciais, todavia, ao considerarmos as principais características agronômicas desejadas,

como produtividade, tolerância às doenças e pragas e o porte adequado, poucos genótipos

podem ser recomendados. No estado de São Paulo, segundo maior produtor nacional,

percebe-se a expansão do cultivo desta frutífera para regiões do Planalto Paulista, onde

poucas pesquisas foram realizadas em relação a esta frutífera. Diante disto, é necessário a

realização de estudos que avaliem o potencial agronômico dos novos cultivares afim de

identificar materiais que apresentem desempenho produtivo satisfatório para sua exploração

econômica nesses locais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil biométrico

de três cultivares de bananeira nas condições climáticas do município de Botucatu/SP. A

pesquisa foi desenvolvida na Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Faculdade de

Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista. O delineamento experimental

utilizado foi inteiramente casualizado, com três tratamentos e dez repetições. Os

tratamentos consistiram em três cultivares de bananeira, “BRS-Platina”, “BRS-Conquista” e

“FHIA-18”, onde foram avaliadas as seguintes variáveis: altura da planta mãe e dos perfilhos

e o diâmetro e o número médio de folhas por perfilho. Os dados foram submetidos ao teste

F ao nível de 5% de significância e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Diante dos

resultados obtidos, inferiu-se que o cultivar BRS-Conquista apresentou maior

desenvolvimento inicial das plantas, mostrando-se um material promissor para ser indicado

em cultivos comerciais nas condições climáticas de Botucatu–SP. Todavia, ainda é

necessário avaliar o desempenho produtivo destes genótipos para confirmação dos

resultados preliminares.

Palavras-chave:Musa sp., cultivares, híbridos.

1Mestrando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Graduada em Agronomia FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

3 Doutoranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4 Mestrando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5 Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Agronomia/Horticultura FCA Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

6 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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ACÚMULO DE FÓSFORO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA BATATA EM

RESPOSTA À ADUBAÇÃO FOSFATADA EM SOLOS DE DIFERENTES TEXTURAS

Jéssyca D. L. MARTINS1, Pedro H. M. DIAS2, André L. G. JOB3, Bruno GAZOLLA4, Jesion

G. S. NUNES5, Rogério P. SORATTO6

A batata (Solanum tuberosum L.) é uma importante fonte de alimento no Brasil e no

mundo, além de ser uma cultura com um elevada produtividade por área. A planta de batata

é exigente em adubação e os agricultores utilizam elevadas doses de fertilizantes no solo,

dentre eles, destacam-se os fosfatados. O fósforo (P) também comporta-se de forma distinta

dependendo da textura do solo. Portanto, esta pesquisa teve como objetivos estudar o efeito

de doses de P no acúmulo de P na planta e produtividade da cultura da batata em solo de

diferentes texturas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento

experimental em blocos casualizados e esquema fatorial 4 x 2, com cinco repetições. Foram

aplicadas quatro doses de P (10, 50, 100, 200 mg dm-3 P), em dois tipos de solo (argiloso e

arenoso). Os acúmulos de P nas raízes, tubérculos e acúmulo total de P na planta foram

maiores nas plantas cultivadas em solo arenoso. O acúmulo de P na parte aérea não diferiu

entre os solos; contudo, houve interação do tipo de solo com as doses de P. Nas doses de

50 e 200 mg dm-3 P, as plantas cultivadas em solo arenoso acumularam mais P na parte

área. No solo argiloso, o aumento no acúmulo de P na parte aérea foi linear com o aumento

das doses de P. A produtividade de tubérculos não diferiu entre os tipos de solo,

apresentando valores médios de 455,28 e 441,22 g planta-1, no solo argiloso e arenoso,

respectivamente. No solo argiloso as plantas responderam ao aumento das doses de P,

com crescente aumento na produtividade. No solo arenoso o aumento na produtividade de

tubérculos foi até a dose 50 mg dm-3 P, incrementando em 37%, e decrescendo, com o

aumento do fornecimento de P no solo.

Palavras-chave: Solanum tuberosum, fósforo, solo arenoso, solo argiloso.

1 Pós-Graduando em Agronomia-Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2 Graduando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

3 Pós-Graduando em Agronomia-Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

4 Mestrando em Agronomia/ Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

5 Mestrando em Agronomia/Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

6 Professor Adjunto do Dep. Produção e Melhoramento Vegetal - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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TEOR DE NITROGÊNIO NA FOLHA E PRODUTIVIDADE DA BATATA-DOCE EM

RESPOSTA A ADUBAÇÃO NITROGENADA

Lucas G. CAMPOS1, Adalton M. FERNANDES2.

Estudos recentes têm demonstrando aumentos de produtividade da batata-doce

mediante aplicação de nitrogênio (N). Essa tuberosa chega a extrair 350 kg ha-1 de N e

exportar com a colheita das raízes tuberosas por volta de 129 kg ha-1 de N. Contudo, a

resposta dessa tuberosa a adubação nitrogenada ainda é pouco conhecida. Assim, o

objetivo deste trabalho foi avaliar os teores de N na folha diagnose e a produtividade da

batata-doce em resposta a aplicação de doses crescentes de N. O experimento foi

implantado na Fazenda Experimental de São Manuel da Faculdade de Ciências

Agronômicas – UNESP. A área encontrava-se em pousio e após o preparo do solo, o plantio

da batata-doce foi realizado em 17/01/2015. O delineamento experimental utilizado foi de

blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram representados por quatro

doses de N (0, 50, 100 e 200 kg ha-1). Cada parcela foi composta por 5 linhas de 4 m de

comprimento, espaçadas de 0,80 m. As doses de N estipuladas em cada tratamento foram

aplicadas 50% no plantio e 50% em cobertura, sendo a ureia a fonte de N. A adubação

nitrogenada de cobertura foi realizada aos 46 dias após o plantio (DAP). Aos 60 DAP foram

realizadas amostragens da folha diagnose para determinação do teor de N. A colheita foi

realizada em 23/06/2015, ou seja, aos 157 DAP. Os dados obtidos foram submetidos à

análise de variância e os efeitos das doses de N aplicadas na batata-doce foram avaliados

por meio de análise de regressão (p≤0,05). A adubação nitrogenada aumentou o teor de N

na folha da batata-doce até a dose estimada de 167 kg ha-1 de N, enquanto o aumento na

produtividade comercial ocorreu até os 180 kg ha-1 de N. Pode-se concluir que a aplicação

de doses de N entre 167-180 kg ha-1 de N melhora a nutrição nitrogenada da batata-doce e

sua produtividade de raízes comerciais.

Palavras-chave: Ipomea batatas, diagnose foliar, nitrogênio.

1 Graduando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisador do Centro de Raízes Tropicais - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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NOVAS MATÉRIAS-PRIMAS PARA OBTENÇÃO DE ETANOL: AVALIAÇÃO DA

MANIPUEIRA E FARELO, RESÍDUOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DA MANDIOCA

Ana P. Y. HATA1, Magali LEONEL2

A mandioca é uma planta originária da região amazônica brasileira e é cultivada na

América Tropical a mais de 5.000 anos. Hoje, ela é plantada em mais de 90 países e é base

alimentar de milhões de pessoas e sua produção vem apresentando constante crescimento,

com crescimento médio de 3,6% no período entre 1983 a 2013. Ela é utilizada, em geral,

para três destinos: alimentação humana e animal e, a industrialização. Na industrialização

da mandioca os principais produtos são o amido ou fécula, as farinhas e o polvilho azedo.

No processamento da mandioca para a extração do amido são gerados dois resíduos em

larga escala: a manipueira e o farelo ou bagaço., os quais apresentam composição química

com elevado teor de carboidratos, ou seja, com grande potencial poluidor. Diante do volume

gerado, da composição química e da busca por fontes alternativas de energia, este trabalho

tem por objetivo avaliar a produção de etanol utilizando como matérias-primas a manipueira,

e o farelo de mandioca. Inicialmente, as matérias primas coletadas das indústrias serão

caracterizadas, onde serão analisados: o teor de umidade, amido, fibras, proteína, cinzas,

matéria-graxa, açúcares totais, pH e acidez titulável. Após a caracterização serão realizados

três tratamentos de acordo com o substrato para obtenção do etanol: T1= manipueira, T2=

farelo de mandioca, T3= farelo de mandioca e manipueira. O processo iniciará com uma

hidrólise enzimática do conteúdo de amido obtendo-se o hidrolisado, solução rica em

açúcares. Após uma prévia análise, os hidrolisados obtidos serão submetidos à fermentação

alcoólica sendo adicionados a estes 2% de levedura e o processo transcorrerá na

temperatura de 28ºC. As amostras fermentadas serão centrifugadas para separação do

vinho fermentado e da levedura. O vinho obtido será analisado em HPLC para os teores de

etanol, metanol, glicerol e açúcares residuais. E por final, os resultados obtidos serão

avaliados pela análise de variância e teste de Tukey.

1 Aluna de Iniciação Científica em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:

[email protected] 2 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: mleonel@cerat. unesp.br

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CARACTERIZAÇÃO DO AMIDO E DA FARINHA DE ARARUTA (Maranta arundinacea)

Fernanda R. M. TROMBINI1, Magali LEONEL2

As amiláceas não convencionais são aquelas presentes em determinadas localidades ou

regiões e que exercem grande influencia na alimentação de populações tradicionais. De modo

geral, em algum momento foram largamente consumidas pela população e por mudanças no

comportamento alimentar passaram a ter expressões econômica e social reduzidas, perdendo

espaço e mercados para outras espécies. O resgate e a valorização dessas amiláceas como

matérias-primas para indústrias alimentícias representam ganhos importantes do ponto de vista

cultural, econômico, social e de inovação tecnológica. Nesta linha este trabalho teve por objetivo

avaliar a araruta como matéria-prima para a obtenção de farinha e amido. Procedeu-se a extração

do amido e produção da farinha e estes foram caracterizados quanto aos parâmetros de cor,

índice de absorção (IAA) em água e índice de solubilidade em água (ISA) e a composição

centesimal. Os resultados obtidos mostraram que o amido de araruta para a cor apresentou (L*):

98,68, croma (a*): -0,13, croma (b*): 1,29; e para a farinha obteve-se (L*): 82,20, croma (a*): 1,41,

croma (b*): 16,68. Para o amido, o ISA foi de (3,08) e IAA (2,00) e para a farinha ISA (15,78) e IAA

(3,18). Para a composição centesimal os valores obtidos para a farinha foram (g/100g base

úmida): umidade (6,1), cinzas (2,05), fibras (1,53); proteínas (0,9), açúcares totais (12,69), amido

(77,33), matéria graxa (0,19), acidez titulável (7,10) e pH (6,9) e, para o amido: umidade (12,7),

cinzas (1,97), fibras (1,06); proteínas (1,09), açúcares totais (1,11), amido (80,98), matéria graxa

(0,87), acidez titulável (0,5) e pH (7,0). Os resultados obtidos evidenciam que a farinha de araruta

tem cor clara com leve tom amarelado, consideráveis teores de amido, açúcares totais e cinzas, e

considerável solubilidade em água. Já o amido de araruta é claro, tem baixa absorção e

solubilidade em água, e composição centesimal em acordo com os padrões exigidos para

umidade e amido.

Palavras-chave: Maranta arundinacea, produção, farinha, amido.

1 Doutora em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

2 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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ISBN: 978-85-98917-19-1

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EFEITO DA ADIÇÃO DE FARELO DE MANDIOCA NAS CARACTERÍSTICAS

TECNOLOGICAS DE SORVETE

Daiana S. FERNANDES1, Marília S. DEL BEM2, Magali LEONEL3.

Atualmente tem se observado um aumento no número de consumidores conscientes

que se preocupam em consumir alimentos de qualidade, mais nutritivos e saudáveis. Dentre

esses alimentos, estão os que apresentam fibras em sua composição, comprovadamente

benéficas à saúde. O farelo de mandioca é um resíduo do processamento da mandioca para

a produção de fécula. Este resíduo contém em média 20% de fibras e ainda é inexplorado

pela indústria de alimentos. Assim, este projeto teve por objetivo avaliar a influência da

adição de farelo de mandioca na formulação de sorvete em massa sobre as características

tecnológicas de sorvete sabor baunilha. Antes de ser utilizado, o farelo de mandioca úmido

doado por empresa produtora de fécula de mandioca foi desidratado em estufa, triturado e

peneirado. Foram testadas a inclusão se 5 e 10% de farelo na formulação de sorvete

constituindo três formulações (T1= sem farelo; T2= 5% de farelo; T3= 10% de farelo). O

início do preparo do sorvete consistiu na pesagem e adição dos ingredientes, misturados até

a calda se tornar homogênea. A calda foi pasteurizada e maturada por um período de 12

horas em refrigeração (4°C) e submetida ao batimento e congelamento a -10°C/40 minutos.

A partir do sorvete formulado foram realizadas análises de incorporação de ar (overrun),

teste de derretimento (melting test), textura e cor. Todas as análises foram realizadas em

triplicata. O aumento do teor de farelo de mandioca na formulação promoveu redução

significativa do overrun nos sorvetes e aumentou a resistência dos sorvetes ao derretimento.

A dureza dos sorvetes foi menor com o aumento do teor de farelo, provavelmente devido ao

farelo auxiliar na menor formação de cristais de gelo nos sorvetes. O farelo influenciou em

todos os parâmetros de cor dos sorvetes, aumentando os cromas a*, b* e a tonalidade

cromática h*, reduzindo a luminosidade dos sorvetes. A inclusão de farelo de mandioca na

formulação de sorvete de massa mostrou-se viável, tornando-se uma alternativa para o uso

deste resíduo como co-produto industrial.

Palavras-chave: Resíduo, Amido, Fibras.

1;2Mestrandas em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] ; [email protected] 3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]

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INFLUÊNCIA DO TEOR DE FÓSFORO DISPONÍVEL NO SOLO SOBRE A COMPOSIÇÃO

QUÍMICA DE TUBÉRCULOS DE BATATA

Ezequiel Lopes do Carmo1, Magali Leonel2, Juliana A. Marques Ebúrneo3, Adalton Mazetti

Fernandes1, Rogério Peres Soratto2,4

A batata é uma cultura tradicional cultivada em todo o mundo e vem fazendo parte da

dieta humana por muitos anos devido aos benefícios nutricionais. Devido à falta de matéria

prima de qualidade e quantidades adequadas para a indústria de transformação, as

necessidades do mercado brasileiro têm sido atendida por importações, principalmente de

batatas pré-fritas e congeladas. Assim, informações sobre a interferência das condições de

cultivo sobre a composição nutricional de tubérculos de batata têm obtido grande interesse

Nesta linha o presente trabalho teve como objetivo avaliar a composição química de cinco

cultivares de batata, cultivados em solos com três níveis de disponibilidade de fósforo três.

Os três experimentos foram conduzidos em delineamento em blocos casualizados com

quatro repetições. Todas as batatas foram cultivadas de acordo com o mesmo método. Os

tubérculos de batata provenientes dos três ensaios foram analisados para: umidade, cinzas,

proteína, lipídeos, açúcares totais, fibras, amido e fósforo. Os resultados mostram influência

do cultivar e do tipo de solo (teor de fósforo disponível) sobre a composição química dos

tubérculos. Solos com teores de fósforo mais elevados permitem a produção de tubérculos

com maior teor de matéria seca, menor teor de açúcares totais e concentrações de

carboidrato e proteína mais elevadas, parâmetros importantes de qualidade nutricional e

industrial de batatas.

Palavras-chave: Solanum tuberosum, nutrientes, fertilidade do solo

1 Prof. Doutor, Instituto Federal de Mato Grosso, Campus Campo Novo do Parecis. 2 Pesquisadores, Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP, Botucatu. [email protected], [email protected], [email protected] 3 Ass. Suporte Acadêmico, Centro de Raízes e Amidos Tropicais, UNESP, Botucatu. 4 Prof. Doutor, Depto de Produção Vegetal, FCA/UNESP, Botucatu. [email protected]

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CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E COMPORTAMENTAL DO AMIDO NATIVO DE

MANDIOCA, MANDIOQUINHA SALSA E BATATA DOCE

Thaís Paes Rodrigues dos SANTOS1, Magali LEONEL2, Célia Maria Landi FRANCO3

O amido é o maior componente encontrado em raízes e tubérculos, sendo que

dentro dessas a mandioca e a batata doce circulam entre as principais fontes de amido do

mundo, ao lado do milho, batata e arroz, e a mandioquinha salsa que se apresenta como

fonte potencial de amido nativo. Diante da grande diversidade de características nos amidos

de diferentes fontes botânicas e da importância dessas para a aplicabilidade dos amidos,

este trabalho objetivou realizar a caracterização estrutural e comportamental do amido

nativo de mandioca, mandioquinha salsa e batata doce. O amido nativo de mandioca

apresentou formato bastante irregular com a predominância de grânulos côncavo-convexo,

com diâmetro médio de 13,91µm, o amido de mandioquinha salsa apresentou grânulos com

formato bastante irregular e com diâmetro médio de 15,67 µm e o amido de batata doce

apresentou diâmetro médio dos grânulos de 14,56 µm, com superfície lisa e formatos

irregulares, com predominância de grânulos em formato arredondados. O teor de amilose foi

de 21,78, 18,11 e 22,00%, respectivamente, para mandioca, mandioquinha salsa e batata

doce. A cristalinidade relativa mostrou grande diferença, variando de 18,09 a 35,57 %,

respectivamente para mandioquinha salsa e mandioca. O amido de mandioquinha salsa

apresentou maior pico de viscosidade e menor viscosidade final, com alta tendência a

retrogradação. Em relação a propriedade térmica o amido de batata doce se destaca com

alta temperatura de gelatinização e baixa variação da entalpia. As análises de estrutura

mostraram menor massa molecular de amilopectina para a mandioquinha salsa e menor

proporção de cadeias curtas de amilopectina para o amido de batata doce. As análises

realizadas evidenciam que os amidos analisados apresentam propriedades semelhantes às

reportadas pela literatura e de interesse para aplicabilidades diversas.

Palavras-chave: propriedade de pasta, gelatinização, cristalinidade, amilose, morfologia.

1Doutoranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3Profª. Depto. Engenharia de Alimentos - IBILCE/UNESP, São José do Rio Preto-SP. E-mail: [email protected]

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INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE EXTRUSÃO NAS CARACTERÍSTICAS DE PASTA DO

AMIDO DE BATATA DOCE

Emerson L. GARCIA1; Magali LEONEL2

O processo de extrusão é uma alternativa tecnológica muito utilizada para agregar

valor e proporcionar características interessantes aos produtos de origem amilácea. Durante

o processo de extrusão, o grânulo de amido é progressivamente comprimido e transformado

em um material denso e sólido. Após a extrusão, o amido absorve água rapidamente

formando uma pasta à temperatura ambiente, a qual é formada por macromoléculas

solubilizadas e partículas intumescidas por água, sendo base para a confecção de alimentos

pré-preparados. Nesta linha, este trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento de

pasta do amido de batata-doce antes e após a modificação física por extrusão termoplástica.

O processo foi realizado em extrusor mono rosca com capacidade de 50 kg h-1 e os

parâmetros fixos do processo foram temperaturas na 1ª, 2ª e 3ª zonas de extrusão (25, 45 e

115°C, respectivamente), rotação da rosca (230 rpm) e umidade (20%). A avaliação das

propriedades de pasta foi realizada em um Analisador de Viscosidade Rápida (RVA) e as

características avaliadas foram: viscosidade a frio (VF), pico de viscosidade (PV), quebra de

viscosidade (QV), viscosidade final (VF) e tendência a retrogradação (TR). O amido nativo

apresentou VI de 0(±0,0) RVU; PV de 468,9(±3,4) RVU; QV de 430,0(±3,4) RVU; VF de

196,1(±1,2) RVU e TR de 157,2(±4,2) RVU, evidenciando grânulos intactos, com

considerável pico de viscosidade, com baixa resistência ao calor e agitação, e com

tendência a retrogradação. Após o processo de extrusão o amido de batata doce mostrou VI

de 24,3(±4,0) RVU; PV de 34,1(±2,9) RVU; QV de 13,1(±2,0) RVU; VF de 34,1(±2,9) RVU e

TR de 13,1(±2,0) RVU. As condições em que o amido foi submetido ao extrusor promoveu

perda de cristalinidade e parcial gelatinização dos grânulos permitindo que à temperatura

ambiente ocorresse a permeação de água para o interior do grânulo provocando o

intumescimento e desenvolvimento de viscosidade a frio, característica interessante para o

desenvolvimento de misturas instantâneas.

Palavras-chave: RVA, modificação, viscosidade, extrusão

1 Doutorando CERAT/UNESP, Botucatu – SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]