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Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC
como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA, NAS PROPRIEDADES FÍSICO – MECÂNICAS, DA ADIÇÃO DE ADITIVOS HIDROFUGANTES EM
ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
Karen Laisla Casagrande do Nascimento (1), Elaine Guglielmi Pavei Antunes (2)
UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense
[email protected] (1), [email protected] (2)
RESUMO
O sistema de argamassa tem a função de proteger e regularizar superfícies, além de servir como base para outros revestimentos. O sistema de revestimento argamassado pode apresentar algumas manifestações patológicas, dentre elas, a infiltração. A água é um dos principais geradores de patologias, de forma direta ou indireta, em quaisquer de seus estados físicos. A porosidade exerce um papel importante no transporte de água nas argamassas. Uma das maneiras de se impermeabilizar argamassas pode ser a inserção de aditivos de ação hidrofugante nas misturas. Os aditivos hidrofugantes têm a função de reduzir a taxa de penetração de água por absorção capilar, porém não previnem a penetração de água. O aditivo analisado trata-se de um composto químico da linha dos Silano e Siloxanos (ASS), entre outros aditivos. O presente trabalho visa analisar a inserção de distintas proporções de aditivos com função de impermeabilização em argamassa para revestimento. O traço unitário utilizado é de 1:6 (cimento e areia, em massa) e posteriormente traços com a adição de cal e dos aditivos. As propriedades físicas e mecânicas da argamassa foram analisadas através de ensaios de resistência à tração na flexão, resistência à compressão, módulo de elasticidade e absorção de água por capilaridade, além da análise microestrutural através da microscopia eletrônica de varredura. Os resultados dos ensaios demonstraram que as argamassas produzidas com o aditivo ASS no geral foram semelhantes as produzidas sem o aditivo, além disso, tratando-se do ensaio de absorção de água por capilaridade, teve um resultado similar aos traços sem a incorporação do aditivo.
Palavras-Chave: Aditivo impermeabilizante. Argamassa de revestimento. Aditivo
Hidrofugante. Aditivo para argamassas.
1. INTRODUÇÃO
O sistema de revestimento argamassado (SRA) tem a função de proteger e regularizar
superfícies, além de servir como base para outros revestimentos. Segundo a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR (Norma Brasileira) 15575:2013, os
elementos de vedação vertical dos edifícios habitacionais devem proporcionar a
estanqueidade, estabilidade, durabilidade, entre outros fatores de segurança e
economia. A ABNT NBR 13529:2013 define a argamassa para revestimento como
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“uma mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água,
contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e
endurecimento”.
O SRA pode apresentar algumas manifestações patológicas, dentre elas, a infiltração,
tendo em vista que fica bastante exposto as intempéries. As infiltrações não só
prejudicam a vida útil e o desempenho da edificação, como trazem riscos à saúde e a
vida das pessoas que usufruem da mesma (BARROS e RIBEIRO, 2010). A água é
um dos principais geradores de patologias, de forma direta ou indireta, em quaisquer
de seus estados físicos. Pode ser vista como um agente de degradação ou como um
meio para a instalação de outros agentes (QUERUZ, 2007).
A presença de umidade favorece o transporte de agentes agressivos para o interior
dos revestimentos argamassados, Thomaz (2013, p. 177) enfatiza que:
As condições de saúde e higiene nas habitações podem ser comprometidas por uma série de fatores, sendo a umidade fonte potencial de doenças respiratórias, formação de fungos e outros. Além disso, a durabilidade da construção está diretamente associada à estanqueidade à água de seus elementos.
Segundo Rato (2006), durante o processo de endurecimento da mistura
argamassada, uma complexa rede de poros é formada. Ela é resultante de um
conjunto de ações adotadas na fabricação e cura, além das condições de aplicação e
das características dos substratos que recebem esses materiais.
A porosidade exerce um papel importante no transporte de água nas argamassas. A
absorção e movimentação da água nos poros podem ser experimentalmente
avaliados por meio de indicadores do fenômeno de capilaridade (RAMOS et al., 2017).
Pode-se definir aditivo como um produto indispensável à composição e finalidade do
concreto ou argamassa a ser produzida, que colocado na elaboração dos mesmos
imediatamente antes ou durante sua produção, em quantidades pequenas e bem
homogeneizado, faz aparecer ou reforça certas características, o que em outras
palavras significa dizer que introduz qualidades e evita os defeitos, porém não garante
que não acarrete outras falhas (BAUER et al., 2015).
Os procedimentos de impermeabilização são classificados de acordo com o seu
comportamento e forma de aplicação. Uma das maneiras de se impermeabilizar
argamassas pode ser a inserção de aditivos de ação hidrofugante nas misturas.
(NAKAMURA, 2006).
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Segundo Casali (2006, p. 2):
Os aditivos hidrofugantes têm a função de reduzir a taxa de penetração de água por absorção capilar, porém não previnem a penetração de água. Com o uso desses aditivos não se deve ter a expectativa de obter-se um efetivo sistema de barreira de umidade no concreto ou na argamassa. Esses aditivos são usados para tornar o concreto ou a argamassa hidrófoba e, consequentemente, capaz de repelir água que não está sob pressão hidrostática. Assim, esses concretos e argamassas permitem a entrada e saída de vapor de água.
O aditivo analisado trata-se de um composto químico da linha dos silano e siloxanos,
que será denominado neste trabalho pela sigla ASS, entre outros aditivos.
O objetivo deste trabalho é analisar a influência da inserção de distintos percentuais
do aditivo ASS nas propriedades físicas e mecânicas em argamassa de revestimento
e compará-lo com traços sem cal, com cal e com outro aditivo composto de resina
natural (ARN) de Pinus Eliotti. Para tal, verifica-se a influência destas adições na
resistência à tração na flexão, na resistência à compressão, no módulo de elasticidade
e na absorção de água por capilaridade, além da análise microestrutural realizada
através da microscopia eletrônica de varredura (MEV).
2. MATERIAIS E METODOS
A metodologia deste trabalho segue algumas etapas principais, a primeira etapa
consiste na especificação e caracterização dos materiais a serem utilizados, sendo
eles: o cimento, a areia, a cal hidratada, a água, o ASS e o ARN. A Tabela 1 apresenta
a nomenclatura adotada nas misturas.
Tabela 1: Nomenclatura adotada
COMPOSIÇÃO DAS MISTURAS SIGLA
Cimento, areia e água TSC
Cimento, areia, cal e água TCC
Cimento, areia, cal, aditivo ASS 33,5% abaixo do T – REF e água TASS1
Cimento, areia, cal, aditivo ASS e água TREF
Cimento, areia, cal, aditivo ASS 33,5% acima do T – REF e água TASS3
Cimento, areia, aditivo ARN e água TARN Fonte: Da Autora, 2017
O fluxograma da Figura 1 a seguir demonstra as etapas do desenvolvimento do
trabalho.
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Figura 1: Fluxograma das etapas do trabalho
Fonte: Da Autora, 2017
O percentual de aditivo utilizado no TREF e no TARN seguem as especificações dos
respectivos fabricantes.
A segunda etapa refere-se à definição do traço e consistência da argamassa. Para tal
determinou-se a relação a/c (água/cimento) para todos os traços. Na sequência
definiu-se os percentuais dos aditivos para o TASS1 e para o TASS3, sendo que
deveriam, respectivamente, ser inferior e superior ao percentual especificado pelo
fabricante. Após, foram realizados os ensaios de resistências à tração na flexão e à
compressão, módulo de elasticidade, absorção de água por capilaridade e
microscopia eletrônica de varredura (MEV). E, por fim, foram realizadas as análises
dos resultados e, essas, com o auxílio da análise estatística, análise de variância
(ANOVA) e pelo teste de comparação de médias (Teste de Tukey). Já, outros
possíveis resultados, foram interpretados de forma comparativa ou qualitativa.
2.1 ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
O cimento adotado nas misturas foi o cimento Portland CPIV – 32, que possui massa
específica de 2.770 kg/m³ e fornece uma resistência de 32 Mpa aos 28 dias, conforme
especificação do fabricante. A norma de ensaio do cimento segundo a ABNT é a NBR
7215:1996 – Determinação da Resistência a Compressão. Este cimento é bastante
indicado para utilização em obras que podem ser executas em ambientes agressivos
como esgotos, fundações e água marinha.
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A areia utilizada no preparo da argamassa é de origem natural e sua caracterização
da granulometria foi realizada de acordo com a ABNT NBR NM 248:2003 e os
resultados podem ser observados na Tabela 2.
Tabela 2: Composição granulométrica da areia lavada média
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DO AGREGADO MIÚDO
Abertura das Peneiras (mm)
Massa retida (gr)
Massa Retida (%)
Massa Retida Acumulada (%)
4,8 0,0 0,0 0,0
2,4 0,7 0,1 0,1
1,2 36,0 7,2 7,3
0,6 210,9 42,2 49,6
0,3 156,9 31,4 81
0,15 86,7 17,3 98,3
0,075 0,0 0,0 98,3
Fundo 8,4 1,7 100,0
Total 499,55
Módulo de Finura - 2,36
Dimensão Máxima - 2,40 mm
Massa Específica – 2.650 Kg/m³ Fonte: Laboratório de materiais do Iparque – UNESC, 2017
A cal é constituída basicamente de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio,
carbonato de cálcio e óxido de cálcio. Possui uma densidade de 2.340 Kg/m³, cor
branca e seu aspecto físico é sólido. Algumas das suas finalidades na mistura é
aumentar a trabalhabilidade, incorporação de ar, obter maior plasticidade, entre
outros.
A água utilizada segue as diretrizes da ABNT NBR 15900:2009, para amassamento
do concreto.
2.1.1 Aditivos
O aditivo ASS é fabricado na região sul de Santa Catarina e possui como principal
função, conforme prescrição do fabricante, conferir maior impermeabilização das
argamassas. É composto por uma base química de silanos e siloxanos, sendo que o
primeiro trata-se de um hidro-repelente de pequena estrutura molecular, enquanto o
segundo um hidro-repelente incolor. Ambos possuem uma estrutura molecular
relativamente grande, no entanto em relação aos silanos, os siloxanos adentram
eficientemente nos substratos e estabelecem uma condição de hidro repelência
(MEDEIROS et al, 2006). O fabricante recomenda para a preparação da argamassa
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a utilização de cal na mistura. Algumas características físicas e químicas do ativo ASS
são apresentadas na Tabela 3.
Tabela 3: Características técnicas do ASS Aspecto físico Líquido
Cor Incolor
Solubilidade Insolúvel em água
Composição Básica
Polímero concentrado, composto de silanos, siloxanos e outros
Fonte: Do Fabricante, 2017
O aditivo ARN, conforme especificações repassadas pelo fabricante, trata-se de um
aditivo que tem a capacidade de impermeabilizar a argamassa e, ainda, aumentar a
sua plasticidade devido a formação de microscópicas bolhas de ar em seu interior,
sem comprometer a resistência. É composto basicamente de resina natural de Pinus
Eliotti e não é necessário a utilização de cal na sua mistura.
2.2 METODOLOGIA
2.2.1 Argamassa
O traço da argamassa padrão a ser utilizado no estudo foi o de 1:6 (cimento e areia).
Definiu-se este traço, por este ser um traço usual em revestimento argamassado,
conforme Barros (2010), Cincotto et al (2005) e Nakamura (2006). A argamassa foi
produzida de acordo com a ABNT NBR 16541:2016. A relação a/c foi definida a partir
do índice de consistência 260 ± 5mm de acordo com a ABNT NBR 13276:2016. As
misturas foram realizadas em argamassadeira para melhor homogeneização dos
componentes e o teste de consistência pelo método Flow Table. Com a realização do
ensaio Flow Table, obteve-se a relação a/c para cada traço.
A Tabela 4 apresenta os traços unitários com suas respectivas relações de a/c
(água/cimento) e a/a (água/aglomerante).
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Tabela 4: Quantitativo de materiais
Traço
Cimento Portland CPIV- 32
(kg)
Cal Hidratada
(kg)
Areia Média (kg)
Relação a/c
Relação a/a
Aditivo (gr)
TSC 1,00 0,00 6,00 0,82 0,82 0,00
TCC 1,00 1,00 6,00 1,15 0,58 0,00
TASS1 1,00 1,00 6,00 1,12 0,56 1,33
TREF 1,00 1,00 6,00 1,10 0,55 2,00
TASS3 1,00 1,00 6,00 1,09 0,54 2,67
TARN 1,00 0,00 6,00 0,61 0,61 9,60 Fonte: Da Autora, 2017
Em seguida foram moldados 60 corpos de prova, destes, 36 prismáticos para a
realização dos ensaios de resistência à tração na flexão, resistência à compressão, e
absorção de água por capilaridade. Os outros 24 corpos de prova foram cilíndricos e
foram moldados para os ensaios do módulo de elasticidade e microscopia eletrônica
de varredura.
A cura dos corpos de prova foi em temperatura ambiente de laboratório e perdurou
por 28 dias, posteriormente efetuaram-se os ensaios.
2.2.2 Determinação das Resistências à Tração na Flexão e à Compressão
Os ensaios de resistências à tração na flexão e a compressão foram realizados de
acordo com a ABNT NBR 13279:2005. Estes ensaios consistem na moldagem de 3
corpos de prova prismáticos com dimensão de 4 cm x 4 cm x 16 cm. As faces dos
pratos de carga e do corpo de prova devem ser limpas antes de serem colocados em
posição de ensaio. O ajuste da distância entre os pratos de compressão visa facilitar
a introdução e o alinhamento do corpo de prova entre os mesmos, além de fixar o
corpo de prova na máquina.
Para a resistência de tração na flexão o dispositivo deve aplicar uma carga continua
de 50 ± 10 N/s, e para a resistência à compressão esta carga deve ser de 500 ± 50
N/s. A carga deve ser aplicada continuamente, sem choque, até que os corpos de
prova se rompam.
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2.2.3 Determinação do Módulo de Elasticidade
O ensaio do módulo de elasticidade foi realizado de acordo com a ABNT NBR
8522:2017, que se trata de um ensaio para concreto, portanto, fez-se necessárias
algumas adaptações para argamassa no que se refere ao tamanho dos corpos de
prova. Foram aplicados ciclos de carregamento de acordo com a carga de ruptura dos
mesmos. Os corpos de prova deverão medir 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura.
O módulo de elasticidade é determinado conforme Equação 01.
𝐸𝑐𝑖 = 𝛥𝜎
𝛥𝜀 10−3 =
𝜎𝑏− 𝜎𝑎
𝜀𝑏− 𝜀𝑎 10−3 [Eq. 01]
Onde:
𝜎𝑏 é a tensão maior, em megapascals (𝜎𝑏 = 0,3fc);
𝜎𝑎 é a tensão básica, em megapascals (𝜎𝑎 = 0,5 MPa);
𝜀𝑏 é a deformação específica média dos corpos de prova ensaiados sob a tensão
maior;
𝜀𝑎 é a deformação específica média dos corpos de prova ensaiados sob a tensão
básica.
2.2.4 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
O microscópio eletrônico de varredura ZEISS, modelo EVO MA 10, é capaz de
produzir imagens de alta resolução da superfície da amostra. As amostras foram
retiradas dos corpos de prova cilíndricos executados para esta análise. O objetivo de
visualizar microscopicamente as amostras é verificar a porosidade das argamassas
dos distintos traços.
2.2.5 Ensaio de absorção de água por capilaridade
A ABNT NBR 15259:2005 determina para este ensaio a utilização de 3 corpos de
prova prismáticos possuindo dimensões de 4 cm x 4 cm x 16 cm. Após a cura, os
corpos de prova foram pesados para determinação da sua massa inicial (𝑚0) em
gramas, e em seguida foram colocados com a face quadrada sobre a lamina d’água
para que caso haja a percolação de água por capilaridade sejam novamente pesados
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os corpos de prova e obtenha-se a diferença. A absorção calculada é expressa em
gr/cm². A equação para esse cálculo é a razão da variação de massa pela área da
seção transversal do corpo em contato com a água, conforme a Equação 02.
𝐴𝑡 = 𝑚𝑡− 𝑚0
16 [Eq.02]
Onde:
𝐴𝑡 é a absorção de água por capilaridade, para cada tempo, em gr/cm²;
𝑚𝑡 é a massa do corpo de prova em cada tempo, em gramas;
𝑚0 é a massa inicial do corpo de prova, em gramas;
𝑡 corresponde aos tempos, em minutos;
16 é a área do corpo de prova, em cm².
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 PROPRIEDADE NO ESTADO FRESCO DA ARGAMASSA
3.1.1 Índice de Consistência
Conforme os resultados obtidos pelo ensaio de índice de consistência, observa-se que
todas as misturas em relação ao aditivo ARN necessitaram de um acréscimo na
relação a/c para manter-se a consistência especificada pela ABNT NBR 13276:2016.
A relação a/c foi realizada para cada traço e o TARN teve a relação a/c de 0,61, sendo
a mais baixa entre as misturas, enquanto o TCC teve sua relação a/c de 1,15, sendo
este o maior valor. A Tabela 5 demonstra as médias obtidas do espalhamento que
deve ser de 260 ± 5mm.
Tabela 5: Espalhamento do índice de consistência Traço Flow Table (mm) Relação a/c
TSC 262,33 ± 1,53 0,82
TCC 257,67 ± 4,16 1,15
TASS1 258,00 ± 1,00 1,12
TREF 260,33 ± 2,08 1,10
TASS3 257,00 ± 3,61 1,09
TARN 260,00 ± 2,00 0,61 Fonte: Da Autora, 2017
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De acordo com Silva e Campiteli (2006), a relação a/c na mistura da argamassa é de
fundamental importância para a determinação da sua resistência final, o que também
influencia, juntamente com o grau de adensamento, o volume de vazios que a mistura
terá.
Os dois traços, TSC e TARN, que requereram menor quantidade de água são os
traços que possuem menores quantidades de massa de materiais secos, ou seja, são
os traços ao qual não existe cal na composição. Portanto, existe uma menor
quantidade de grãos a serem “lubrificados” pela água para obter-se a trabalhabilidade
especificada. Além do que, a cal, componente presente nos outros traços, trata-se de
um pó fino e, como sabe-se, quanto mais fino, maior a superfície específica e, por
conseguinte, maior necessidade de água.
Outro ponto a ser mencionado é que o aditivo ARN, conforme repassado pelo
fabricante, trata-se de um aditivo impermeabilizante com características plastificantes.
Logo, o aditivo ARN, realmente se mostrou plastificante, tendo em vista que dentre os
dois traços, TSC e TARN, com mesma quantidade de materiais secos, o traço com
inserção do ARN requereu menor quantidade de água para uma plasticidade dentro
das especificações.
3.2 PROPRIEDADES NO ESTADO ENDURECIDO DA ARGAMASSA
Para todos os ensaios mecânicos e físicos realizou-se um estudo dos resultados
através da análise ANOVA. Esta analise se trata de uma técnica estatística que
permite avaliar afirmações sobre as médias obtidas dos resultados, e verifica se existe
uma diferença significativa entre elas. Caso o fator "F" apresente um resultado maior
que o fator "F Crítico", considera-se semelhança entre os resultados, e neste caso o
"valor-P" confirma quando o seu índice for menor que os 5% de erro sugerido. Para o
caso de o fator "F" ser menor que o fator "F Crítico", considera-se não semelhança
entre os resultados, e neste caso o "valor-P" confirma quando o seu índice for maior
que os 5% de erro sugerido. Como a análise da ANOVA demonstra apenas a
semelhança ou não semelhança dos grupos, faz-se necessário para os resultados de
não semelhança a realização do Teste Tukey que verifica quais grupos são diferentes.
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3.2.1 Resistências à Tração na Flexão e à Compressão
Os valores obtidos nos ensaios de resistência à tração na flexão e resistência à
compressão são apresentados na Tabela 6.
Tabela 6: Resistências à tração na flexão e à compressão
Traço Tração na Flexão (Mpa) Compressão (MPa)
TSC 3,23 ± 0,20 10,34 ± 0,27
TCC 2,68 ± 0,15 10,37 ± 0,50
TASS1 3,78 ± 0,35 8,17 ± 0,61
TREF 4,16 ± 1,12 10,11 ± 0,86
TASS3 3,39 ± 0,15 10,08 ± 1,41
TARN 3,12 ± 0,27 7,88 ± 0,31 Fonte: Da Autora, 2017
De acordo com a ANOVA os resultados do ensaio de resistência à compressão podem
ser considerados com 95% de confiança, diferentes entre si. Portanto, foi necessário
realizar o teste de Tukey para verificar-se quais traços são diferentes entre si.
Conforme analisado no teste de Tukey, pode-se concluir que os traços TSC, TCC,
TREF e TASS3 são considerados iguais para a resistência à compressão, enquanto
os traços TASS1 e TARN são diferentes, ou seja, foram influenciados pela inserção
dos distintos aditivos. Um fator que interfere diretamente na resistência é a relação
a/c, conforme Metha e Monteiro (2006), quanto maior a relação a/c, menor a
resistência do material cimentício. No entanto, conforme foi visualizado no item 3.1.1,
o traço TARN, foi o que apresentou menor relação a/c (0,61) e, contrariando o
esperado, apresentou menor resistência. Acredita-se que essa diminuição ocorreu
devido a quantidade de vazios ocasionadas pelas microbolhas de ar que se formaram
no interior do compósito. Segundo o fabricante do ARN, essas microbolhas de ar,
formam-se com o intuito de melhorar a plasticidade da argamassa e, assim, diminuir
a necessidade de água, fato que realmente ocorreu. No entanto, pressupõe-se que
devido ao grande número de bolhas desenvolvidas, houve um decréscimo da
resistência. A Figura 2 apresenta os valores obtidos no ensaio de resistência à
compressão.
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Figura 2 – Resistência à Compressão
Fonte: Da Autora, 2017
Presume-se que a menor resistência à compressão do traço TASS1, em relação aos
outros traços com incorporação do ASS, deve-se à relação a/c, pois foi o traço que
necessitou de maior quantidade de água. A mesma explicação, relação a/c, pode ser
mencionada como responsável da menor resistência do TASS1, quando comparada
com o TSC. O traço TSC possui uma relação a/c (0,82) menor que o TASS1 (1,12) e,
portanto, pode ser o motivo da menor resistência do segundo perante o primeiro. A
Figura 3 apresenta os resultados de tração na flexão.
Figura 3: Resistência à Tração na Flexão
Fonte: Da Autora, 2017
Conforme ANOVA, os resultados para o ensaio de resistência à tração na flexão
demonstraram que não existe diferença estatística entre os traços, ou seja, as
T - Sem Cal T - Com Cal T - ASS1 T - REF T - ASS3 T - ARN
Compressão (MPa) 10,34 10,37 8,17 10,11 10,08 7,88
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00R
esis
tên
cia
a C
om
pre
ssão
(M
Pa)
Traços
T - SemCal
T - ComCal
T - ASS1 T - REF T - ASS3 T - ARN
Tração na Flexão (Mpa) 3,23 2,68 3,78 4,16 3,39 3,12
0,000,501,001,502,002,503,003,504,004,505,00
Res
istê
nci
a a
Traç
ão n
a Fl
exão
(M
Pa)
Traços
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incorporações, ou não, dos aditivos impermeabilizantes não influenciou nesta
resistência.
3.2.2 Módulo de Elasticidade
De acordo com a ANOVA, os resultados do módulo de elasticidade podem ser
considerados, com 95% de confiança, diferentes entre si. Portanto, foi necessário
realizar o teste de Tukey para verificar-se quais traços são diferentes entre si.
Novamente, o traço ARN, mostrou-se diferente perante os demais, com um módulo
de elasticidade superior.
Existem alguns fatores que, segundo Santos et al. (2006) afetam diretamente o
módulo de elasticidade, na argamassa a relação direta entre resistência e módulo de
elasticidade advém do fato de que ambos são afetados pela porosidade das fases
constituintes, porém não no mesmo grau. A porosidade do agregado determina a sua
rigidez, que por sua vez, controla a capacidade do agregado de restringir a
deformação. Agregados densos possuem um módulo de elasticidade alto.
Admitindo-se uma variação no fator água/cimento e mantendo a consistência
constante, ocorrerá variação no teor de agregados, logo quanto menor a relação
água/cimento maior será o módulo de elasticidade. Foi o que ocorreu com o traço
TARN, que teve a menor relação a/c, com isso seus poros são microscópicos e
incomunicáveis, porosidade fechada, e em decorrência, obteve um módulo de
elasticidade maior que os outros traços.
Observa-se uma diminuição do módulo de elasticidade nos traços que usaram o
aditivo ASS, a explicação para tal fato pode ser a relação a/c. Segundo Helene e Neto
(2002), o aumento do teor de agregados tem seu efeito positivo prejudicado pelo
aumento do fator a/c para manter um abatimento constante, o que resultará uma pasta
de cimento mais fraca, diminuindo o módulo. Essa relação do módulo de elasticidade
é expressa na Figura 4.
Figura 4: Módulo de Elasticidade
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Fonte: Da Autora, 2017
3.2.3 Absorção de água por capilaridade
Os resultados da ANOVA confirmam que para a absorção de água por capilaridade
os traços obtiveram resultados de não semelhança. Após esta análise, verificou-se
através do teste de Tukey quais os traços podem ser considerados diferentes entre si.
Com base nos resultados pode-se afirmar que o TARN é o traço que se diferencia dos
demais e, neste caso, positivamente pois apresentou menor absorção por
capilaridade. Os valores para os testes de absorção de água, nos tempos de 10 e 90
minutos, comprovam o melhor desempenho para o traço TARN. A Tabela 7 apresenta
os valores obtidos em todos os traços no ensaio para os tempos de 10 e 90 minutos.
Tabela 7: Absorção de água por capilaridade
Traço At (10min) At (90min)
TSC 0,27 ± 0,03 0,61 ± 0,05
TCC 0,27 ± 0,06 0,58 ± 0,11
TASS1 0,21± 0,04 0,52 ± 0,09
TREF 0,20 ± 0,02 0,47 ± 0,05
TASS3 0,21 ± 0,01 0,48 ± 0,04
TARN 0,06 ± 0,01 0,11 ± 0,02 Fonte: Da Autora, 2017
O TARN teve a menor absorção tal fato, presume-se, devido ao ARN formar
microbolhas de ar na argamassa, no entanto, microbolhas que não se comunicam
entre si. Segundo, Rato (2006) existem dois tipos de porosidade, uma é a porosidade
aberta, onde os poros comunicam-se entre si, formando uma rede contínua, o que
facilita a absorção de fluídos, e outra, é a porosidade fechada, onde os poros estão
T - Sem Cal T - Com Cal T - ASS1 T - REF T - ASS3 T - ARN
Mod. Elast. (GPa) 19,73 15,88 15,92 15,50 16,41 23,78
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
Mó
du
lo d
e El
asti
cid
ade
(GP
a)
Traços
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isolados no interior da estrutura, o que dificulta o transporte de fluídos no interior da
estrutura.
Ainda, conforme o mesmo autor, o valor da porosidade de uma argamassa depende
da quantidade e da dimensão dos poros, entretanto, argamassas com mesma
porosidade não implicam em comportamentos iguais, pois se as dimensões dos poros
são distintas, logo a estrutura interna do material não pode ser caracterizada pela
porosidade do mesmo. A Figura 5 apresenta os valores obtidos no ensaio de
absorção de água por capilaridade.
Figura 5: Absorção de água por capilaridade
Fonte: Da Autora, 2017
Com base na análise ANOVA e no teste Tukey pode-se concluir que a inserção do
aditivo ASS nas argamassas não proporcionou diferença significativa em relação aos
traços TSC e TCC no quesito absorção de água. Portanto, o aditivo ASS não se
mostrou eficaz quanto a sua absorção.
3.2.4 Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)
As imagens obtidas pelo MEV podem ser observadas na Figura 6. As ampliações, em
torno de 1000 vezes, possibilitam melhor análise dos poros. Pode-se observar pelas
imagens que o TARN, conforme já citado, tem sua estrutura interna composta por
microbolhas de ar, no entanto, são microbolhas que não se comunicam e, portanto,
caracterizam uma porosidade fechada. Tal fato, foi refletido nos ensaios de absorção
de água por capilaridade e resistência à compressão, pois, mesmo possuindo
T - Sem Cal T - Com Cal T - ASS1 T - REF T - ASS3 T - ARN
At (10 min) 0,27 0,27 0,21 0,20 0,21 0,06
At (90 min) 0,61 0,58 0,52 0,47 0,48 0,11
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
Ab
sorç
ão d
e Á
gua
po
r C
apila
rid
ade
(gr/
cm²)
Traços
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determinados número de vazios, microbolhas de ar, obteve-se menor absorção. E,
devido ao grande número de vazios, por menores que estes poros sejam, eles
ocasionaram uma diminuição da resistência à compressão da argamassa.
Figura 6: Imagens obtidas no MEV TSC TREF
TCC TASS3
TASS1 TARN
Fonte: Da Autora, 2017
Como a analise microscópica foi realizada na superfície da amostra, pode-se indicar
pelos resultados de absorção de água por capilaridade que os traços contendo o
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aditivo ASS e os traços com e sem a cal, possuem a porosidade aberta, com
ramificação no seu interior.
4. CONCLUSÕES
A adição do aditivo ASS nas argamassas no estado fresco alterou a relação
água/cimento que deve ser adicionada a mistura. Este ponto se torna importante, pois
esta relação está diretamente ligada a resistência da argamassa e consequentemente
a qualidade e durabilidade do revestimento argamassado.
Pode-se concluir que os traços TSC, TCC, TREF e TASS3 são considerados iguais
para a resistência a compressão, enquanto os traços TASS1 e TARN são diferentes,
ou seja, foram influenciados pela inserção dos distintos aditivos. Neste caso, tiveram
sua resistência à compressão minimizada em relação aos demais traços.
Os resultados para o ensaio de resistência à tração na flexão demonstraram que não
existe diferença estatística entre os traços, ou seja, as incorporações, ou não, dos
aditivos impermeabilizantes não influenciou nesta resistência. O traço ARN, mostrou-
se superior perante os demais, em relação ao módulo de elasticidade.
O ensaio de absorção de água por capilaridade que é o ponto principal do estudo,
mostrou que o aditivo ARN foi melhor neste quesito da argamassa, sendo este
233,33% aos 10 minutos e 327,27% aos 90 minutos mais eficaz que o TREF. Tal
informação se confirmou nas imagens do MEV, onde se visualiza uma série de
pequenas microbolhas de ar na amostra ARN.
5. PROPOSTAS PARA FUTURAS PESQUISAS
Manter a mesma relação a/c para todas as amostras;
Comparar outros aditivos;
Utilizar um traço mais forte, como 1:3 (cimento e areia, em massa).
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