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COORDENAÇÃO DE INFORMAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ZOOSSANITÁRIA DEPARTAMENTO DE SAÚDE ANIMAL 24 de maio de 2017 Análise dos Informes Epidemiológicos Mensais e SivCont Março 2017

Análise dos Informes Epidemiológicos Mensais e SivCont · Trata-se do resultado da análise dos dados dos Informes Epidemiológicos Mensais referentes ao mês de março ... - AIE,

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COORDENAÇÃO DE INFORMAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA

COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ZOOSSANITÁRIA

DEPARTAMENTO DE SAÚDE ANIMAL

24 de maio de 2017

Análise dos Informes

Epidemiológicos Mensais e SivCont

Março 2017

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Análise dos Informes Epidemiológicos

Mensais e SivCont

Março 2017

1. Introdução

O Sistema Nacional de Informação Zoossanitária - SIZ é a base das informações epidemiológicas no

país. Os Informes Epidemiológicos Mensais estão entre os principais elementos do SIZ, e representam

o registro consolidado mensal dos dados referentes a focos confirmados de doenças animais listadas

na Instrução Normativa MAPA nº 50/2013 e que devem ser comunicadas mensalmente ao

Departamento de Saúde Animal – DSA, pelos Serviços Veterinários Estaduais – SVEs e

Superintendências Federais da Agricultura -SFAs, conforme fluxo definido no Manual do SIZ.

Os dados registrados pelos SVEs e SFAs, após a validação pelo DSA, são utilizados para caracterização

do perfil zoossanitário e análises de risco e para compor os informes que o Brasil apresenta

semestralmente à Organização Mundial de Saúde Animal - OIE, disponíveis para consulta na página

eletrônica da OIE1, e na página do Sistema de Informação em Saúde Animal no site do MAPA.

Dados ausentes ou inconsistentes nos Informes impedem a correta caracterização da distribuição e

frequência de doenças, prejudicam a avaliação da situação sanitária e a proposição de medidas de

vigilância, prevenção e controle. Os responsáveis pelos Informes Epidemiológicos Mensais devem

orientar as fontes de informação e aprimorar a forma de captação, consolidação, conferência e envio

dos dados, seguindo orientações dos respectivos instrutivos disponíveis na comunidade SIZ da CATIR2.

Os Informes Epidemiológicos Mensais devem ser enviados à Coordenação de Informação e

Epidemiologia – CIEP, a cada mês, até o último dia do mês subsequente, após verificação e validação

dos dados, feita tanto pelos responsáveis pelos programas sanitários oficiais (PNSA, PNSS, PNSE,

PNCRH, PNCEBT, PNEFA), como pelos pontos focais de informação e epidemiologia, em ambos os

níveis (estadual e federal). Tal procedimento, visa garantir a padronização, representatividade e

confiabilidade dos dados, além de permitir a avaliação do atendimento às orientações previstas nas

respectivas normas de vigilância dessas doenças.

Este documento tem por objetivo promover retorno aos integrantes do SIZ, de forma contínua e

oportuna, a partir de análises descritivas e espaciais não complexas, da cobertura de informações de

ocorrências sanitárias registradas no país, cruzamento de bancos de dados do SIZ e crítica às falhas de

informação, permitindo assim, uma avaliação voltada para o aprimoramento da qualidade do Sistema

Nacional de Informação Zoossanitária e da vigilância em saúde animal.

1 http://www.oie.int/wahis_2/public/wahid.php/Countryinformation/countryhome

http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/sistema-informacao-saude-animal 2 http://catir.agricultura.gov.br/

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Trata-se do resultado da análise dos dados dos Informes Epidemiológicos Mensais referentes ao mês

de março (Ficha Epidemiológica Mensal - FEPI, Aves, Brucelose, Tuberculose, Anemia Infecciosa Equina

- AIE, Mormo, Raiva), disponíveis na CIEP em 15/05/2017, além dos registros realizados no SivCont,

nas semanas epidemiológicas (09 a 12) de março de 2017.

Lembramos que este documento é de uso interno do SVO, para avaliação e gestão dos responsáveis

pelo SIZ e programas sanitários, pois como os dados são parciais e sujeitos a alterações, não devem

ser disponibilizados para terceiros nem utilizados para caracterização de ocorrências de doenças no

país antes de sua consolidação e validação final, realizada semestralmente pela CIEP/CGPZ/DSA.

2. Definições

Deve-se considerar as seguintes definições dos dados analisados nesse relatório:

Casos (confirmados): animais doentes ou infectados no mês da confirmação final do caso por critério

clínico-epidemiológico ou por resultado laboratorial, dependendo da definição de caso de cada

doença.

Foco: é uma unidade epidemiológica na qual foi confirmado pelo menos um caso da doença ou

infecção, independentemente da espécie ou das ações aplicadas pelo SVO.

Focos novos: focos confirmados no mês de referência do informe.

Focos antigos: focos remanescentes, confirmados em mês(es) anterior(es) e ainda não encerrados,

que permanecem ativos e foram registrados desde o Informe do mês imediatamente anterior.

Susceptíveis: animais, de cada espécie, existentes no foco no momento do início da suspeita. Em se

tratando de animais silvestres, não se conhecendo a população total, o número de susceptíveis pode

ser considerado igual ao número de casos confirmados.

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3. Avaliação da regularidade de envio dos Informes Epidemiológicos de e

cobertura da Informação mensal

A situação de envio dos Informes Epidemiológicos, referentes a março de 2017, cujo prazo se

encerrou em 31 de abril, pode ser visualizada na Figura 1.

Figura 1. Cobertura da informação mensal e avaliação da regularidade de envio dos Informes

Epidemiológicos de Fevereiro/2017 pelas Unidades Federativas -UFs.

Ressalta-se a importância do envio dos Informes mensais pelo respectivo ponto focal de

epidemiologia na SFA dentro dos prazos preconizados no manual SIZ. O não envio do informe acarreta

em transtornos dentro do fluxo do SIZ, além de impedir que os dados desses estados entrem na análise

mensal global, prejudicando a análise nacional. Nesse mês, os dados dos estados de Rondônia, Pará e

Pernambuco não foram analisados, por não terem sido enviados à CIEP.

Até a data da análise (15/05/2017), os dados enviados pelos estados do Ceará, Goiás, Mato Grosso do

Sul e Rio de Janeiro apresentavam inconsistências, informadas para os pontos focais por e-mail, e até

o momento ainda não haviam sido corrigidas, conforme demonstrado na Tabela 1.

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Tabela 1 – Inconsistências detectadas na CIEP e informadas por e-mail aos pontos focais.

UF Aba com

erros Tipo de erro Descrição do Erro

Data da constatação

do erro

Data de envio de e-mail

solicitando CORREÇÃO

CE MORMO Planilha fora do

padrão A aba de Mormo foi apagada. 27/04/2017 27/04/2017

CE TUB Planilha fora do

padrão A aba de Tuberculose foi apagada. 27/04/2017 27/04/2017

CE RAIVA Planilha fora do

padrão A aba de Raiva foi apagada. 27/04/2017 27/04/2017

GO AIE Inconsistência

de dado

Os municípios de Guarani de Goiás e Buritinópolis apresentam focos antigos

não informados no mês de fevereiro. Os municípios de Itaguaru, Nova Crixás e Minaçu apresentam novos focos igual

ao mês anterior.

02/05/2017 02/05/2017

GO AIE Inconsistência

de dado Registro de animais susceptíveis, porém

sem o registro de novos focos. 02/05/2017 02/05/2017

MS - Inconsistência

de dado

Enviado diretamente pelo SVE. A SFA deve realizar a conferência previamente

ao envio à CIEP 02/05/2017 02/05/2017

RJ FEPI Inconsistência

de dado Falta o preenchimento obrigatório das

doenças qualitativas. 02/05/2017 02/05/2017

RJ Controles Sem registro das datas de

envio

Falta o preenchimento da data de envio de Brucelose e Tuberculose.

02/05/2017 02/05/2017

Cada UF encaminha à CIEP o Informe Epidemiológico Mensal contendo informações mensais relativas

às doenças contidas nos sete informes específicos (FEPI, Aves_ocorr_vac, Mormo_ocorr, AIE_ocorr,

Brucelose_ocorr, Tuberculose_ocorr e Raiva_ocorr). Como a grande maioria dessas doenças é

endêmica no Brasil e de distribuição nacional, espera-se que mensalmente as UFs consigam captar e

registrar novas informações em todos, ou quase todos os informes. Lembramos que para o sucesso

dessas atividades é necessária uma rede de informação zoossanitária implementada e bem

estruturada. Na Tabela 2 é apresentada a situação de cada Informe Epidemiológico enviado, segundo

a presença de registros, por estado, no mês de março de 2017.

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Tabela 2 - Situação de cada Informe epidemiológico mensal, quanto ao registro de novas informações

no mês de março de 2017, por UF. (Com = com registro de novas informações; Sem = sem registro de novas informações).

UF/Informe FEPI Aves Mormo AIE Brucelose Tuberculose Raiva

AC Sem Sem Sem Com Sem Sem Sem

AL Com Sem Com Com Sem Com Sem

AM Com Sem Sem Com Sem Sem Sem

AP Sem Sem Sem Com Sem Sem Sem

BA Com Sem Sem Com Sem Sem Com

CE Sem Sem Sem Com Com Sem Sem

DF Com Sem Sem Sem Com Sem Sem

ES Sem Com Sem Com Com Com Com

GO Sem Sem Com Com Com Com Com

MA Com Sem Com Com Com Sem Com

MG Sem Com Sem Com Com Com Com

MS Sem Com Com Com Sem Sem Sem

MT Sem Com Com Com Sem Sem Com

PA Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PB Sem Sem Com Com Com Sem Sem

PE Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PI Sem Sem Com Com Sem Sem Com

PR Com Com Sem Com Com Com Com

RJ Sem Sem Sem Com Com Com Com

RN Sem Sem Com Com Sem Sem Sem

RO Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

RR Sem Sem Sem Com Com Sem Sem

RS Com Com Com Com Com Com Com

SC Com Com Com Com Com Com Sem

SE Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem

SP Com Sem Sem Com Sem Sem Com

TO Sem Sem Com Com Com Com Sem

Os estados da região Sul foram os que captaram e registraram informações no maior número de

informes, conforme demonstrado na Tabela 2. Um fato preocupante é que grande parte dos estados

não registrou novas informações na FEPI, ocorrência em Aves, Tuberculose e Raiva.

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4. Ficha Epidemiológica Mensal

A Ficha Epidemiológica Mensal se refere ao consolidado mensal de dados de 40 doenças de notificação

obrigatória ao SVO, pertencentes às categorias 2,3 e 4 da IN nº50 de 2013.

Há 11 doenças da Categoria 4 que requerem somente notificação de (presença /ausência) ao SVO com

registro mensal na FEPI, sem a necessidade de informar dados quantitativos. São doenças presentes e

distribuídas na maior parte do país e que não estão sob controle de programa sanitário oficial. A

maioria dos estados informou a ausência de registros de doenças endêmicas no Brasil, como BVD, IBR,

Babesiose, Influenza Equina, etc. Além das notificações diretas ao SVO, o registro da presença dessas

doenças deve se basear em informação de fontes diversas, como a informação recebida de médicos

veterinários privados, além de publicações e pesquisas científicas. Para essas doenças, a critério do

veterinário oficial, podem ser considerados diagnósticos presuntivos, utilizando outras evidências

como presença de sintomatologia clínica compatível, achados de necropsia, achados de inspeção post-

mortem ao abate, vínculo com outros focos, epidemiologia da doença, etc. A informação pode ser

validada pelo MV Oficial, a partir de evidências de sua ocorrência e da confiabilidade da informação,

com ou sem diagnóstico laboratorial, com base no conhecimento da situação epidemiológica da sua

área de abrangência.

Há outras 12 doenças da Categoria 4 da IN 50/2013, de notificação mensal ao SVO dos casos

confirmados, que requerem registro mensal na FEPI dos dados quantitativos - trata-se de doenças

presentes no país, sem controle oficial, com distribuição limitada a certas zonas, frequência esporádica

ou subnotificadas, com alguma importância comercial e sanitária ou impacto em saúde pública. A

situação dessas doenças, no mês de março, pode ser visualizada nas Tabelas 3 e 4.

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Tabela 3 – Quantidade de novos focos das doenças da FEPI, no mês de março de 2017, por UF.

UF Acarapisose das abelhas

melíferas

Artrite encefalite

caprina/CAE

Cisticercose suína

Epididimite ovina

(Brucella ovis)

Hidatidose Influenza

dos suínos

AC 0 0 0 0 0 0

AL 0 0 0 0 0 0

AM 0 0 0 0 0 0

AP 0 0 0 0 0 0

BA 0 0 0 0 0 0

CE 0 0 0 0 0 0

DF 0 0 0 0 0 0

ES 0 0 0 0 0 0

GO 0 0 0 0 0 0

MA 0 0 0 0 0 0

MG 0 0 0 0 0 0

MS 0 0 0 0 0 0

MT 0 0 0 0 0 0

PA Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado

PB 0 0 0 0 0 0

PE Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado

PI 0 0 0 0 0 0

PR 0 0 0 0 0 4

RJ 0 0 0 0 0 0

RN 0 0 0 0 0 0

RO Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado

RR 0 0 0 0 0 0

RS* 0 0 0 0 5.107 6

SC 0 0 0 0 0 13

SE 0 0 0 0 0 0

SP 0 0 0 0 0 0

TO 0 0 0 0 0 0

Total 0 0 0 0 5.107 23

*Relativo ao número de casos encontrados em abatedouros sob inspeção estadual e/ou municipal.

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Tabela 4 – Quantidade de novos focos das doenças da FEPI, no mês de março de 2017, por UF.

UF Leucose

enzoótica bovina

Melioidose Paratuberculose Babesiose equina Salmonelose

por S. abortus ovis

Tripanosomose (T.vivax)

AC 0 0 0 0 0 0

AL 0 0 0 0 0 0

AM 0 0 0 0 0 0

AP 0 0 0 0 0 0

BA 0 0 0 0 0 0

CE 0 0 0 0 0 0

DF 0 0 0 1 0 0

ES 0 0 0 0 0 0

GO 0 0 0 0 0 0

MA 0 0 0 0 0 0

MG 0 0 0 0 0 0

MS 0 0 0 0 0 0

MT 0 0 0 0 0 0

PA Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado

PB 0 0 0 0 0 0

PE Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado

PI 0 0 0 0 0 0

PR 3 0 0 2 0 1

RJ 0 0 0 0 0 0

RN 0 0 0 0 0 0

RO Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado

RR 0 0 0 0 0 0

RS* 0 0 0 0 0 0

SC 0 0 0 0 0 0

SE 0 0 0 0 0 0

SP 0 0 0 27 0 0

TO 0 0 0 0 0 0

Total 3 0 0 30 0 1

Percebe-se pelos dados apresentados nas Tabelas 3 e 4, que em todas as UFs há poucos registros de

novos focos da maioria das doenças listadas, sinalizando para a necessidade de se criar estratégias

para ampliar a rede de captação de informações zoossanitárias das doenças de notificação obrigatória.

Os dados de ocorrência de Hidatidose devem ser buscados junto aos estabelecimentos de abate

estadual e municipal e informados mensalmente na FEPI. Cabe aos pontos focais em epidemiologia

estabelecer um canal frequente de comunicação com o setor de inspeção estadual e aos médicos

veterinários oficiais nas UVLs buscar as informações nos abatedouros municipais da área de

abrangência da UVL. Os achados de abate em estabelecimentos com SIF são captados diretamente

pela CIEP.

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As demais doenças da FEPI pertencem às Categorias 2 e 3 da IN 50/2013 (Tabela 5) e são de notificação

imediata ao SVO dos casos suspeitos/confirmados, que requerem confirmação laboratorial em pelo

menos um foco. Devem ter seus dados quantitativos registrados na FEPI do mês correspondente à

confirmação laboratorial, além da informação detalhada nos Formulários de Investigação, que devem

ser enviados ao [email protected], e registrados no SivCont, quando se tratar de

doenças-alvo das síndromes hemorrágica, nervosa, vesicular e respiratória-nervosa das aves.

Tabela 5 – Total de focos de doenças das categorias 2 e 3 e respectivos registros em janeiro de 2017.

Doença FEPI NOTIFICA SIVCONT

ABORTO ENZOÓTICO DAS OVELHAS (Chlamydophila abortus) 0 0

AGALAXIA CONTAGIOSA (Mycoplasma agalactiae) 0 0

ANTRAZ /CARBÚNCULO HEMÁTICO/ BACTERIANO (Bacillus antracis) 0 0

BRUCELOSE SUÍNA (Brucella suis) 0 0

DOENÇA DE AUJESZKY 0 0

ENCEFALOMIELITE EQUINA DO LESTE 0 0 0

ENCEFALOMIELITE EQUINA DO OESTE 0 0 0

ESTOMATITE VESICULAR 1 1 1

*Maranhão 1 1 1

FEBRE Q 0 0

MAEDIVISNA 0 0

LÍNGUA AZUL 1 1

*Amazonas 1 1

LOQUE AMERICANA/ CRIA PÚTRIDA AMERICANA 0 0

LOQUE EUROPÉIA/CRIA PÚTRIDA EUROPÉIA 0 0

MIXOMATOSE 0 0

SCRAPIE 0 0 0

SURRA (Trypanosoma evansi) 0 0

TRIQUINELOSE (Trichinella spiralis) 0 0 Obs.:

O estado de Alagoas encaminhou um Form-in de investigação de Encefalomielite Equina, além de

registrar o foco na FEPI do mês de março. Entretanto, o foco não foi confirmado pelo PNSE, por não

apresentar identificação do agente ou sorologia pareada compatível. O registro na FEPI só deve ocorrer

após a confirmação pela Coordenação do programa nacional, que realiza as conferências e verifica se

a ocorrência enquadra-se na definição de caso estabelecida pelo programa.

Os estados do Maranhão e Amazonas registraram novos focos de Estomatite Vesicular (3 casos) e

Língua Azul (16 casos; 14 mortos e 2 destruídos), respectivamente.

Não é doença alvo do SivCont

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5. Informe Epidemiológico Mensal d e Sanidade Avícola - Ocorrência

O Informe Epidemiológico Mensal de Sanidade Avícola consolida os dados de focos confirmados de

doenças de aves, conforme definições de caso do PNSA. São incluídas doenças presentes no país, que

não configuram um evento excepcional e cuja comunicação à OIE é realizada semestralmente. A Figura

2 demonstra que além dos estados do Sul, apenas MS, MG e MT tiveram registro de novos focos de

doenças das aves no período analisado.

Figura 2. Unidades federativas que tiveram registro de novos focos no Informe Epidemiológico mensal

de sanidade avícola - ocorrência, em março de 2017.

De acordo com os dados enviados, e que podem ser visualizados na Tabela 6, não há mais nenhum

foco de Laringotraqueíte Infecciosa aberto nos estados de MG, MT e SP. Além disso, após quase um

ano sem nenhuma notificação, houve o registro da ocorrência de novos focos de Pulorose (S. pullorum)

no Brasil, no estado de Minas Gerais.

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Tabela 6 - Dados do informe mensal de sanidade avícola-ocorrência no mês de março de 2017, por UF.

Doença / UFNovos

Focos

Focos

Antigos Casos Suscetíveis Mortos Destruídos Abatidos

Prop. com

vacinação

em foco

Prop. com

vacinação

preventiva

MG 0 0 0 0 0 0 0 0 1

SC 0 0 0 0 0 0 0 0 1

SP 0 0 0 0 0 0 0 0 4

AM 0 0 0 0 0 0 0 0 4

CE 0 0 0 0 0 0 0 0 1

ES 0 0 0 0 0 0 0 0 7

MG 0 0 0 0 0 0 0 0 5

PR 1 0 40000 40000 6100 100 33800 0 6

RJ 0 0 0 0 0 0 0 0 1

RN 0 0 0 0 0 0 0 0 1

RR 0 0 0 0 0 0 0 0 1

RS 2 0 49482 49482 300 0 49107 0 1

SE 0 0 0 0 0 0 0 0 1

SP 0 0 0 0 0 0 0 0 4

TO 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 0 3 0 0 0 0 0 0 0

MS 1 0 492 42629 492 0 0 0 0

PR 5 8 170398 170398 2024 0 33202 0 0

SC 1 6 28411 28411 0 0 0 0 0

ES 0 0 0 0 0 0 0 0 12

GO 0 0 0 0 0 0 0 0 9

MS 0 0 0 0 0 0 0 0 5

MT 1 0 4888 97772 0 0 97772 0 0

PB 0 0 0 0 0 0 0 0 1

PR 1 0 9762 9762 30 0 0 0 0

RS 2 0 32000 32000 0 0 0 0 17

SC 0 0 0 0 0 0 0 0 18

SP 0 0 0 0 0 0 0 0 24

AM 0 0 0 0 0 0 0 0 7

CE 0 0 0 0 0 0 0 0 1

ES 0 0 0 0 0 0 0 0 44

MA 0 0 0 0 0 0 0 0 43

MG 0 0 0 0 0 0 0 0 6

MS 0 0 0 0 0 0 0 0 14

MT 0 0 0 0 0 0 0 0 1

PR 2 0 6076 6076 1821 12 0 0 11

RR 0 0 0 0 0 0 0 0 4

RS 12 0 110646 110646 14450 0 92186 0 5

SC 1 0 243 18195 243 0 17952 0 1

SE 0 0 0 0 0 0 0 0 1

TO 0 0 0 0 0 0 0 0 482

MG 2 0 161850 161850 0 0 154770 0 0

MS 1 0 1 13551 0 0 0 0 0

PR 2 0 20502 20502 0 0 0 0 0

SC 1 0 20200 20200 0 0 0 0 12

SALMONELOSE (S. Typhimurium)

LARINGOTRAQUEÍTE INFECCIOSA AVIÁRIA

MICOPLASMOSE (M. gallisepticum)

MICOPLASMOSE (M. synoviae)

SALMONELOSE (S. Enteritidis)

SALMONELOSE (S. Gallinarum) (Tifo aviário )

SALMONELOSE (S. Pullorum) (Pulorose)

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6. Informe Epidemiológico Mensal de Mormo – Ocorrência

Este Informe Epidemiológico se refere aos dados consolidados de focos confirmados de Mormo a partir

de diagnóstico positivo conclusivo definitivo (conforme legislação vigente do PNSE), no respectivo mês

e na respectiva UF, em equídeos (equino, asinino ou muar) de origem na respectiva UF. No mês de

março houve 3 novos focos de mormo conforme pode ser visualizado na Figura 3.

Figura 3. Registros de novos focos de Mormo no informe epidemiológico, em março de 2017, por UF.

No mês de março havia 57 focos de mormo ainda em aberto no Brasil, sendo que os estados de Mato

Grosso e Rio Grande do Sul detinham a maior quantidade de focos antigos (16 cada um), conforme

pode ser visualizado na Tabela 7.

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Tabela 7 – Dados das ocorrências de MORMO, no mês de março de 2017, por UF

UF Novos focos

Focos antigos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos

AL* 1 0 3 12 0 0

GO* 1 2 4 2 0 0

MA 0 2 0 0 0 0

MS* 0 3 0 0 0 0

MT 0 16 0 0 0 0

PA Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PB* 0 3 0 0 0 0

PE Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PI 0 1 0 0 0 1

RN* 1 1 2 4 0 2

RO Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

RS* 0 16 5 19 1 5

SC* 0 1 0 0 0 0

TO 0 12 1 0 0 2

Total 3 57 15 37 1 10

* UFs que implantaram o controle individual das ocorrências (por ID de ocorrência) no Informe mensal.

Destaca-se em amarelo na Tabela 7 a informação de susceptíveis em focos antigos do Rio Grande do

Sul. A informação deve ser verificada de forma a atender a definição de Susceptíveis do instrutivo de

preenchimento do Informe Mormo_ocorr : “Número de animais existentes no (s) novo (s) foco (s) no

momento do aparecimento do primeiro caso, incluídos os que morreram pela doença.”

O controle individual dos focos no Informe Mormo_ocorr é uma forma de facilitar o controle das

informações de novos casos, mortos e destruídos. Assim sendo, a CIEP aconselha que os estados que

ainda não tenham adotado esse procedimento o façam nos próximos informes, preenchendo a coluna

“ID da ocorrência” com a identificação de cada foco novo e/ou antigo.

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7. Informe Epidemiológico Mensal de AIE – Ocorrência

Este Informe Epidemiológico se refere aos dados consolidados de focos confirmados de AIE a partir de

diagnóstico positivo conclusivo definitivo (conforme legislação vigente do PNSE), no respectivo mês e

na respectiva UF, em equídeos (equino, asinino ou muar) de origem na respectiva UF. No mês de março

houve 198 novos focos da doença, distribuídos em 24 estados (Figura 4).

Figura 4. Registros de novos focos de AIE no informe epidemiológico, em março de 2017, por UF.

Sergipe e Distrito Federal não tiveram nenhum registro de foco de AIE, novo ou antigo, durante o mês

de março, conforme pode ser verificado na Tabela 8. O mesmo já havia sido observado em Sergipe,

no mês de fevereiro.

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Tabela 8 – Dados dos focos registrados de AIE, por UF, no mês de março de 2017.

UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos Abatidos

AC 1 67 1 2 0 12 0

AL 7 68 7 7 0 0 2

AM* 2 10 3 4 0 4 0

AP 0 29 0 0 0 0 0

BA 11 1.797 40 40 0 34 0

CE 44 3.156 44 70 0 0 29

DF 0 0 0 0 0 0 0

ES* 1 9 2 7 0 0 0

GO 5 13 20 156 1 1 0

MA 31 703 45 79 0 0 0

MG 9 224 15 147 0 6 0

MS* 6 42 17 76 1 22 0

MT 30 886 42 210 0 3 0

PA Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PB* 3 16 3 5 0 0 0

PE Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

PI 16 198 16 59 0 3 0

PR 2 11 3 15 0 3 0

RJ 5 128 13 74 0 0 12

RN 1 5 1 1 0 2 0

RO Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado Não enviado

RR 11 161 11 39 0 0 0

RS* 0 20 0 0 1 8 0

SC 2 6 3 6 0 2 0

SE 0 0 0 0 0 0 0

SP 3 0 8 165 0 0 2

TO 8 186 10 73 0 7 0

Total 198 7.735 304 1.235 3 107 45

* UF que implantaram o controle individual das ocorrências (por ID de ocorrência) no Informe mensal.

Destacado em amarelo na Tabela 8, o número de animais abatidos em focos de AIE, no estado do RJ.

Apesar de ser possível, é importante realizar a conferência para verificar se esse número se trata de

abate em frigorífico ou destruição dos animais na propriedade (se for esse o caso, deve ser inserido na

coluna destruídos).

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8. Informe Epidemiológico Mensal de Brucelose – Ocorrência

Este Informe Epidemiológico se refere ao consolidado de focos confirmados de Brucelose, a partir de

diagnóstico positivo conclusivo/definitivo (conforme legislação vigente do PNCEBT). No mês de março

houve 60 novos focos da doença, com distribuição conforme pode ser visualizado na Figura 5.

Figura 5. Registros de novos focos de Brucelose no informe epidemiológico, em março de 2017, por

UF.

Os dados relacionados as UFs que registraram focos (novos ou antigos) no mês de março de 2017

podem ser visualizados na Tabela 9.

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Tabela 9 – Dados de focos de Brucelose registrados no mês de março de 2017, por UF.

UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Suscetíveis Mortos Destruídos Abatidos

CE 1 0 1 59 0 0 1

DF 2 0 9 140 0 0 1

ES 1 0 7 126 0 0 7

GO 2 0 3 134 0 3 0

MA 3 0 3 3 0 3 0

MG 0 1 0 0 0 2 0

PB 0 1 0 0 0 0 0

PR 43 10 95 4.948 0 26 30

RJ 0 1 1 0 0 0 1

RR 2 5 4 331 0 0 0

RS 1 1 16 570 0 0 16

SC 5 7 129 250 0 1 126

TO 0 5 0 0 0 0 0

Total 60 31 268 6.561 0 35 182

Paraíba e Tocantins registraram focos antigos de Brucelose, apesar de não haver nenhuma outra

ocorrência nesses focos (caso, morto, destruído); nesse caso, e para essa doença, não seria necessária

a manutenção do foco antigo.

É importante ainda que o estado do PR confirme se o elevado número de animais susceptíveis se refere

apenas aos novos focos (43) que foram registrados no mês.

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9. Informe Epidemiológico Mensal de Tuberculose

Este Informe Epidemiológico se refere ao consolidado de focos confirmados de Tuberculose, a partir

de diagnóstico positivo conclusivo/definitivo (conforme legislação vigente do PNCEBT). No mês de

março houve 58 novos focos da doença registrados, conforme pode ser visualizado na Figura 6.

Figura 6. Registros de novos focos no Informe Epidemiológico de Tuberculose, em março de 2017, por

UF.

Os dados das UFs que registraram focos (novos ou antigos) no mês de março de 2017 podem ser

visualizados na Tabela 10.

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Tabela 10 – Dados das UF com registro de Tuberculose no mês de março de 2017, por UF.

UF Novos Focos

Focos Antigos

Casos Suscetíveis Mortos Destruídos Abatidos

AL 1 0 2 200 0 0 0

ES 1 0 3 45 0 0 0

GO 2 0 29 1.324 4 0 25

MG 3 1 4 274 0 5 1

PR 51 14 127 1.896 0 46 44

RJ 0 1 7 0 0 0 7

RS 15 6 48 2.291 0 1 30

SC 7 8 44 487 0 1 24

TO 0 32 0 0 0 0 0

Total Geral

80 62 264 6.517 4 53 131

Como no Informe Epidemiológico de Brucelose, só devem ser registrados os números de focos antigos

de tuberculose quando houver registro de um novo caso, óbito, abate ou destruição, no mesmo foco,

no mês de referência do informe. O estado do Tocantins deve retificar a informação (manutenção de

32 focos antigos sem evento – caso, morte, destruição - no mês de referência) conforme a orientação

do instrutivo.

Todas as inconsistências detectadas nessa análise devem ser ajustadas pelos responsáveis nos estados

e um novo Informe Epidemiológico deve ser enviado, com as retificações (todas as abas devem ser

reenviadas, com seus dados originais preenchidos).

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10. Informe Epidemiológico Mensal de Raiva

Este Informe Epidemiológico se refere ao consolidado de focos confirmados de Raiva, a partir de

diagnóstico positivo conclusivo/definitivo (conforme legislação vigente do PNCRH). No mês de março

foram registrados 65 novos focos de Raiva, distribuídos conforme pode ser visualizado na Figura 7.

Figura 7. Registros de novos focos de Raiva no informe epidemiológico, em março de 2017, por UF.

Os dados registrados no informe mensal das UFs em março de 2017, assim como a comparação dos

focos confirmados de Raiva no mês de março registrados no SivCont (56), podem ser observados na

Tabela 11. Para o sistema de informação é muito importante que os dados das duas formas de registro

(Informe e SivCont) sejam compatíveis.

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Tabela 11 – Dados das UF com registro de Raiva herbívora no mês de março de 2017, por UF

UF Novos Focos

Casos Susceptíveis Mortos Destruídos SivCont

BA 12 12 357 0 0 Registrados 10 focos

CE 0 0 0 0 0 Registrado 1 foco

ES 2 3 29 2 0 Registrados

GO 1 1 1 1 0 Registrado

MA 1 4 146 3 1 Não registrado

MG 9 9 2.069 9 0 Registrados 7 focos

MS 3 6 876 0 0 Registrado

MT 9 13 13.183 13 0 Registrados 5 focos

PA Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Não Enviado Registrados 3 focos

PI 1 1 75 1 0 Registrado

PR 11 11 271 11 0 Registrados

RJ 1 1 461 1 0 Registrado

RS 2 2 35 2 0 Registrados

SP 13 13 1.363 13 0 Registrados 6 focos

TO 0 0 0 0 0 Registrados 3 focos

Total Geral

65 76 18.866 56 1 56

Percebe-se, pelos dados da Tabela 11, que o registro dos focos de Raiva nos dois sistemas possui

diferenças que podem ser analisadas, especificamente, por cada UF. Lembrar que deverá ser

considerada apenas a população da propriedade afetada e não de todo o município ou área de entorno

do foco e, ainda, em caso de foco em fauna silvestre o número de susceptíveis registrado deve ser

igual ou maior que o número de casos (quando não houver conhecimento do número total de

susceptíveis, que é o mais comum, registrar o número igual ao de casos).

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11. Registro das informações de doenças sindrômicas no SivCont

As investigações de doenças animais das síndromes hemorrágica de suíno, nervosa, vesicular e

respiratória-nervosa de aves devem ser rotineiramente registradas e atualizadas no SivCont pelos

SVEs. Os pontos focais em epidemiologia nas SFAs podem e devem acompanhar e analisar os registros

nesse sistema. A Figura 8 mostra a distribuição das investigações epidemiológicas no Brasil, por tipo

de síndrome.

Figura 8. Distribuição das investigações sindrômicas no Brasil, em março de 2017.

A distribuição espacial das ocorrências registradas no SivCont, de acordo com a data da primeira

investigação do SVO na propriedade, mostra a concentração de investigações registradas nas Regiões

Sul e Sudeste do país, principalmente para suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves

(SRNA). Investigações de SRNA foram ausentes nos outros estados da Região Norte e Nordeste, que

também apresentaram muito pouco registro de investigação das outras síndromes.

Os dados alertam para possível subnotificação e falha na detecção de suspeitas de doenças sob

vigilância pelo SVO. Recomenda-se que os Estados realizem uma avaliação em um período de tempo

maior, a fim de observar se esse fato (baixa notificação) é reflexo de um mês atípico ou ocorre de

forma constante durante o ano.

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A cobertura do sistema de informação sindrômica é avaliada semanalmente, conforme pode ser

observado na Tabela 12. Aqueles estados que possuem uma cobertura média semanal abaixo de 70%

devem buscar ampliar a capilaridade do sistema de informação, aumentando a vigilância em áreas

descobertas (estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Paraíba, e Rio Grande do Norte).

Tabela 12- Cobertura semanal da Informação Sindrômica, por UF, em março de 2017.

Estados Semana

09 Semana

10 Semana

11 Semana

12 Média

AC 0 0 100 100 50%

AL 100 100 100 100 100%

AM 0 100 100 100 75%

AP 78 56 89 44 67%

BA 100 100 100 100 100%

CE 98 95 100 100 98%

DF 100 100 100 100 100%

ES 100 100 97 97 99%

GO 90 91 89 78 87%

MA 100 100 100 100 100%

MG 100 100 100 100 100%

MS 100 100 100 100 100%

MT 78 57 91 81 77%

PA 81 73 60 75 72%

PB 70 63 67 70 68%

PE 100 93 100 100 98%

PI 100 100 100 100 100%

PR 84 82 93 94 88%

RJ 100 100 100 100 100%

RN 83 75 83 58 75%

RO 100 100 100 100 100%

RR 100 100 100 100 100%

RS 83 80 89 88 85%

SC 100 100 100 100 100%

SE 100 100 100 100 100%

SP 78 73 73 80 76%

TO 100 95 95 88 95%

Média 86% 86% 94% 91% 89%

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Os dados das investigações sindrômicas registrados no SivCont em março de 2017, estão

demonstrados na Tabela 13. Das 348 investigações realizadas, 53% (185) foram relacionadas a

Síndrome Nervosa e Respiratória de Aves, sendo todas elas descartadas na primeira visita (sem

colheita).

Tabela 13. Síntese dos eventos epidemiológicos registrados no SivCont, por síndrome, UF e realização

de diagnóstico laboratorial, referentes ao mês de março de 2017.

Hemorrágica do Suíno Nervosa Respiratório ou

Nervoso em Aves Vesicular Total

UF Sem

Colheita Com Colheita

Sem Colheita

Com Colheita

Sem Colheita

Com Colheita

Sem Colheita

Com Colheita

Acre 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Alagoas 0 0 0 1 0 0 2 0 3

Amapá 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Amazonas 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bahia 0 0 0 10 0 0 0 1 11

Ceará 0 0 0 1 0 0 0 0 1

Distrito Federal 0 0 2 1 0 0 0 0 3

Espírito Santo 0 0 1 5 1 0 0 0 7

Goiás 0 0 0 3 5 0 0 0 8

Maranhão 0 0 0 1 0 0 0 1 2

Mato Grosso 0 0 1 12 3 0 0 2 18

Mato Grosso do Sul 0 2 0 6 10 0 0 0 18

Minas Gerais 1 0 0 8 16 0 1 3 29

Paraíba 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pará 1 0 5 6 0 0 6 0 18

Paraná 1 0 0 22 64 0 0 0 87

Pernambuco 0 0 4 7 1 0 0 0 12

Piauí 0 0 0 1 0 0 0 0 1

Rio de Janeiro 0 0 0 1 0 0 0 0 1

Rio Grande do Norte

0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rio Grande do Sul 7 0 0 5 16 0 0 1 29

Rondônia 0 3 1 6 0 0 0 0 10

Roraima 0 0 0 0 0 0 0 3 3

Santa Catarina 4 0 1 0 69 0 0 0 74

São Paulo 0 0 0 9 0 0 0 0 9

Sergipe 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tocantins 0 0 0 3 0 0 1 0 4

Total 14 5 15 108 185 0 10 11 348

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Na Tabela 13, verifica-se que as Síndromes Hemorrágica dos Suínos (SH) e a Vesicular (SV) têm menor

número de suspeitas registradas. A Síndrome Nervosa (SN) é a que teve maior número de investigações

concluídas com apoio laboratorial. Já a Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRNA), demandou

grande esforço do SVO nas investigações, porém todos os eventos foram descartados sem apoio

laboratorial para sua conclusão.

As doenças sindrômicas são baseadas na detecção de sinais clínicos compatíveis com as doenças alvo,

o que requer a manutenção de treinamento e conhecimento dos médicos veterinários oficiais para

interpretação das informações obtidas nas investigações das notificações e para aplicação correta das

definições de caso. Assim, é esperado que os casos prováveis sejam todos submetidos a diagnóstico

laboratorial para confirmação ou exclusão.

Por este motivo, considera-se importante que os programas de vigilância das síndromes específicas,

revisem as definições de caso suspeito, provável e confirmado que devem ser seguidas para

desenvolvimento e conclusão das investigações. É fundamental avaliar se os critérios de suspeita e

caso provável de cada síndrome são adequados para garantir a eficiência do sistema de vigilância, se

os mesmos estão sendo atendidos pelo SVE ao realizar a investigação e se o motivo de

exclusão/descarte de casos por critérios clínicos atende às definições em vigor.

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12. Considerações finais

Em 2017 foram implantados novos modelos para a consolidação dos dados dos Informes

Epidemiológicos Mensais, que visaram padronizar o registro para as doenças da base de dados do

Sistema de Informação Zoossanitária-SIZ, e permitem maior controle e verificação de inconsistência

dos dados.

As deficiências observadas têm várias causas, como erros de preenchimento, falta de verificação, falta

de comunicação interna entre os responsáveis pelo preenchimento dos Informes e os responsáveis

pelos respectivos programas de vigilância da doença, falta de orientação, treinamento e conhecimento

dos instrutivos de preenchimento e respectivas definições sobre os dados, além de falta de crítica da

representatividade dos dados registrados.

Verifica-se que é necessário aumentar a captação de outras fontes de informação, principalmente para

doenças que estão fora da cobertura de vigilância dos programas sanitários oficiais, padronizar o fluxo

interno de informação nos SVEs e estabelecer procedimentos de verificação e análise dos dados, além

de garantir a regularidade do envio do Informes Mensais e notificações imediatas, conforme os prazos

e procedimentos definidos no Manual do SIZ.

Recomendamos aos pontos focais em epidemiologia e gestores nacionais e estaduais (SVE e SFA’s) dos

programas de vigilância em saúde animal que avaliem os dados apresentados nos relatórios mensais

e busquem o esclarecimento para as falhas e deficiências apontadas, visando obter soluções para

aprimorar a qualidade e eficiência do sistema de vigilância e o registro de informações zoossanitárias.

A partir de maio de 2017 iniciamos em quatro estados a implantação de um piloto do Sisbravet, sistema

que irá registrar e gerenciar todas as investigações das doenças dos animais de forma individualizada,

dando uma maior capacidade de consolidação e análise dos dados zoossanitários.

Ainda no primeiro semestre a CIEP estará disponibilizando ao público interno e externo, instrumentos

de consulta rápida aos dados zoossanitários (QlikView, uma ferramenta de análise de dados utilizada

pelo MAPA) diretamente no seu sítio na internet (www.agricultura.gov.br/epidemiologia ) a fim de dar

uma maior transparência e retorno da informação aos participantes e usuários do SIZ.

A busca continua da melhoria do registro, consolidação e análise dos dados é um dos eixos do SIZ, no

qual a participação de forma efetiva de todas as SFAs e SVEs é crucial para o alcance desse objetivo.

Em especial, dos médicos veterinários das unidades veterinárias locais, os quais devem ter

conhecimento das definições e conceitos descritos nos instrutivos de preenchimento dos informes, a

fim de captar, registrar e enviar os dados zoossanitários de forma oportuna e padronizada.