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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ECONOMIA ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006 FRANCISCO DE ASSIS MEDEIROS JUNIOR ORIENTADOR: DR. RAIMUNDO CLÁUDIO GOMES MACIEL RIO BRANCO AC, JULHO DE 2010.

ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

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Após o processo de ocupação econômica extremamente prejudicial à região amazônica na década de 70, a Agricultura Familiar tem sido bastante difundida. O modelo familiar de agricultura tem como característica principal a direção e execução do processo produtivo conduzido pelos próprios familiares. Assim, os Pólos Agroflorestais surgem como alternativa de sustentabilidade para a região, [...]

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ECONOMIA

ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

FRANCISCO DE ASSIS MEDEIROS JUNIOR

ORIENTADOR: DR. RAIMUNDO CLÁUDIO GOMES MACIEL

RIO BRANCO – AC, JULHO DE 2010.

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FRANCISCO DE ASSIS MEDEIROS JUNIOR

ANÁLISE ECONÔMICA DO POLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA -

PERÍODO 2005/2006

Monografia apresentada ao Departamento de Economia da Universidade Federal do Acre, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Economia.

ORIENTADOR: Prof. Dr. Raimundo Cláudio Gomes Maciel

RIO BRANCO - ACRE, JULHO DE 2010.

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Aos meus pais, Francisco de Assis Medeiros e Marlene Vitorino da Silva Medeiros, pelo apoio e dedicação que sempre tiveram por mim. Aos meus irmãos por sempre acreditarem em mim. Em especial, o meu irmão Hiran Vitorino da Silva (in memory).

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me acompanhado até aqui e por ter me concedido mais essa

vitória.

Aos meus pais, Sr. Assis Medeiros e Sra. Marlene Vitorino, por todo amor e

dedicação que tiveram ao longo de toda a minha vida.

Aos meus irmãos por sempre estarem ao meu lado em todos os momentos que

precisei.

Ao Departamento de Economia e todo quadro de professores do Curso de

Ciências Econômicas por todo conhecimento adquirido, em particular ao professor

Robinson que acompanhou os primeiros passos do meu projeto de pesquisa.

Ao meu orientador professor Dr. Raimundo Claudio Maciel, pela valiosa

orientação, ensinamentos e conselhos, além ter me proporcionado a oportunidade de

trabalhar com pesquisa, abrindo as portas do Projeto ASPF com parceria do ZEAS.

Aos meus grandes amigos do projeto ASPF/ZEAS, Cláudia, Keyze, Plínio e

Saulo, pela amizade e grandes momentos que passamos juntos dentro e fora de campo.

A toda equipe do Projeto ASPF e ao ZEAS pelos dados e informações

concedidas, as quais foram primordiais para que esse trabalho pudesse ser concluído.

E, por fim, aos colegas de curso, pela amizade e apoio ao longo de nossa

formação.

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RESUMO

Após o processo de ocupação econômica extremamente prejudicial à região amazônica na década de 70, a Agricultura Familiar tem sido bastante difundida. O modelo familiar de agricultura tem como característica principal a direção e execução do processo produtivo conduzido pelos próprios familiares. Assim, os Pólos Agroflorestais surgem como alternativa de sustentabilidade para a região, principalmente ao Estado do Acre, criando condições para que as famílias assentadas possam se manter. O presente projeto objetiva estudar o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, avaliando o desempenho econômico e os benefícios que a implantação do Pólo trouxe as famílias que lá residem, através de um método de pesquisa desenvolvido pelo Projeto de Análise Econômica da Produção Familiar Rural (ASPF) que faz parte do Departamento de Economia da Universidade Federal do Acre (UFAC) com parceria do ZEAS (Zoneamento, Econômico, Ambiental, Social e Cultural) da Prefeitura de Rio Branco – Acre. Dentre os resultados encontrados, é mister citar o baixo índice de capitalização, ocasionado pela carência de tecnologia e técnicas ainda rudimentares no processo produtivo. Outro ponto importante a se destacar é a complementação da renda, através de transferências governamentais e assalariamento fora do lote, que as unidades de produção necessitam para tornarem economicamente viáveis. No entanto, apesar dos problemas encontrados, as famílias estão conseguindo se manter e viver em um nível de vida melhor que os moradores da periferia da cidade.

Palavras-Chave: Agricultura Familiar; Processo Produtivo; Pólos Agroflorestais.

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ABSTRACT

After the process of economic occupation extremely damaging to the Amazon region in the 70's, one of the most debated topics today is the Family Farm. The familiar model of agriculture has as main feature the direction and execution of the production process led by family members themselves. Thus, the Poles are an alternative Agroforestry for sustainability for the region, especially the state of Acre, creating conditions so that families can stay seated. This project aims to study the Pole Agroforestry Helium Pepper, assessing economic performance and the benefits that the deployment of the Pole brought the families that live there, through a research method developed by Project Economic Analysis of Rural Family Production (OSPF) that part of the Department of Economics, Federal University of Acre (UFAC) in partnership with the Zeas (Zoning, Economic, Environmental, Social and Cultural) of the Municipality of Rio Branco - Acre. Among the findings, it is essential to cite the low rate of capital accumulation, caused by the lack of even rudimentary technology and techniques in the production process. Another important point to highlight is the completion of income through government transfers and wage off the lot, the production units need to be economically viable. However, despite the problems encountered, families are managing to stay and live in a better standard of living that residents of the city's outskirts.

Keywords: Family Farming, Production Process; Poles Agroforestry.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, Rio Branco-Ac .............. 26 Figura 2 - Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta – Divisão por Lotes ................................. 27 Figura 3 - Uso da Mangueira ......................................................................................... 37 Figura 4 - Uso da Mangueira ......................................................................................... 37 Figura 5 - Uso da Estufa ................................................................................................ 37 Figura 6 - Uso da Estufa ................................................................................................ 37 Figura 7 - Chácara ......................................................................................................... 41

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Desempenho Econômico mediano por UPF, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil .................................................................................................................... 43 Tabela 2 – Evolução da Geração de Renda Bruta por linha de exploração, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil .................................................................................. 44 Tabela 3 – Evolução do desempenho econômico dos principais produtos, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil .................................................................................. 45

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – máquinas, equipamentos e ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil. ................................................................................................ 35 Gráfico 2 – Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil .................................................................................. 36 Gráfico 3 - Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – benfeitorias, em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil .............................. 36 Gráfico 4 – Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil .................................................................................. 38 Gráfico 5 - Relação entre Renda Bruta Total, Custo Total, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil ................................................................................................. 39 Gráfico 6 - Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil ................................................................................................. 40 Gráfico 7 - Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil ................................................................................................. 42

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12

CAPÍTULO 1 - SÍNTESE DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO NA AMAZÔNIA E NO TERRITÓRIO ACREANO .................................................................................... 14

1.1. A colonização na Amazônia ........................................................................... 14

1.2. Conseqüências do Processo de Colonização na Região Amazônica ............... 15

1.3. A ocupação territorial: o caso do Acre ............................................................ 16

1.4. A chegada do INCRA e os Projetos de Colonização no Estado do Acre ......... 18

1.5. Desenvolvimento Sustentável: Crescimento sem destruição ........................... 18

1.6. Políticas Agrárias no Brasil ............................................................................ 19

1.7. Agricultura Familiar Rural: Conceituação e Caracterização ........................... 21

1.8. Pólos Agroflorestais como alternativa de Desenvolvimento Sustentável ........ 23

CAPÍTULO 2 – MATERIAL E MÉTODOS ................................................................ 26

2.1. Objeto de Estudo ............................................................................................ 26

2.2. Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta ...................................................................................................................... 27

2.3. Dimensionamento da Amostra ........................................................................ 27

2.4. Aplicação dos Questionários ........................................................................... 28

2.5. Pesquisa de Preços .......................................................................................... 28

2.6. Crítica dos Questionários ................................................................................ 28

2.7. Sistematização e análise das informações coletadas ....................................... 29

2.8. Custos de Produção ........................................................................................ 29

2.9. Resultados Econômicos .................................................................................. 30

2.9.1. Resultado Bruto (RB) ................................................................................... 30

2.9.2. Renda Bruta Total (RBT) ............................................................................. 31

2.9.3. Margem bruta familiar (MBF) ..................................................................... 31

2.9.4. Nível de Vida (NV) ...................................................................................... 31

2.9.5. Medidas de eficiência ou relação ................................................................. 32

a) Índice de eficiência econômica – ....................................................................... 32

b) Relação MBF/RB - ............................................................................................ 32

c) Relação MBF/Qh/d - .......................................................................................... 32

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d) Termo de Intercâmbio (TI) - .............................................................................. 32

e) Índice de Trabalho Familiar (ITF): .................................................................... 33

f) Índice de Capitalização (IK): .............................................................................. 33

g) Índice de Assalariamento (IA) ........................................................................... 33

CAPÍTULO 3 – AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO DAS FAMÍLIAS DO PÓLO HÉLIO PIMENTA ...................................................................................... 35

CONCLUSÕES ............................................................................................................ 47

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 49

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INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, um dos assuntos mais debatidos é o Desenvolvimento

Sustentável, o qual possui como definição mais aceita o desenvolvimento capaz de

suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as

necessidades das gerações futuras. A Amazônia tem sido alvo principal desses debates,

tendo em vista possuir uma biodiversidade única e uma das mais ricas do mundo, além

da grande variação de seus recursos naturais.

A exemplo de outros Estados da Amazônia, o Acre na tentativa de incorporar a

sustentabilidade em suas políticas de desenvolvimento, formulou os Sistemas

Agroflorestais como uma alternativa de uso sustentado do ecossistema da região.

Assim, a partir de 1993, a Prefeitura Municipal de Rio Branco, implanta no Estado um

novo modelo de assentamento denominado Pólo Agroflorestal.

Neste sentido, o presente trabalho baseia-se na tentativa de avaliar o Pólo

Agroflorestal Hélio Pimenta, enquanto alternativa de emprego e renda as famílias

assentadas, oriundas da periferia da cidade, em áreas até então improdutivas no

contorno da cidade de Rio Branco, representando uma política de desenvolvimento

sustentável adotada pelo Estado.

O objetivo da pesquisa é de analisar o desempenho econômico das famílias que

vivem no Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta.

Na análise são mensurados os resultados econômicos (medidas de resultados

econômicos e medidas de eficiência ou de relação), a fim de gerar informações sobre a

situação econômica das famílias que vivem no projeto.

O problema a ser solucionado com a pesquisa é:

As famílias do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta estão conseguindo se

reproduzir socialmente a partir dessa nova modalidade de assentamento?

Trabalha-se com a hipótese que as unidades de produção estão conseguindo se

reproduzir socialmente através dessa nova modalidade de assentamento, baseado na

agricultura familiar, onde a gestão é feita pelos proprietários e o trabalho é

fundamentalmente familiar

O presente trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro capítulo trata da

colonização efetuada na Amazônia a partir da década de 70, fazendo um retrospecto

histórico de como agricultura familiar se originou, ou seja, num processo de

expropriação que teve início do ciclo da borracha quando vieram os nordestinos até a

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criação dos projetos de assentamento coordenados pelo INCRA. Além de fazer breves

explanações sobre Desenvolvimento Sustentável e Reforma Agrária.

O segundo capitulo discorre sobre os procedimentos metodológicos, criado pelo

projeto ASPF – Análise Socioeconômica dos Sistemas de Produção Familiar Rural no

Estado do Acre, uma metodologia própria e específica que utiliza medidas e indicadores

de resultado econômico. E por último, no terceiro capítulo, mostra os resultados

obtidos na pesquisa, com a avaliação econômica.

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CAPÍTULO 1 - SÍNTESE DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO NA AMAZÔNIA E NO TERRITÓRIO ACREANO

Durante a década de 70, o nordeste brasileiro encontrava-se como uma região

problema, não somente pelas questões das secas, mas também pelo fato das grandes

tensões sociais oriundas pelas acentuadas concentrações fundiárias. Tal fato levou o

governo do ex-presidente, General Emílio Garrastazu Médici (1969/1974) a usar

colonização como uma alternativa para o problema, haja vista que conforme sua

argumentação alocaria “os homens sem terra do Nordeste nas terras sem homens da

Amazônia”. Sendo assim, a estrutura fundiária do Nordeste não precisaria ser alterada

ao passo que por meio destes fatores o governo tentava solucionar o problema de

escassez de mão-de-obra nas áreas exploradas da Amazônia. (Faria, 1998)

1.1. A colonização na Amazônia

A partir da segunda metade do séc. XIX período de profundas transformações,

as relações entre a ciência e a tecnologia imprimiram um ritmo mais intenso ao

desenvolvimento industrial. Sendo que a relação do papel da ciência, frente a tecnologia

cada vez mais avançada, abre os espaços para a utilização de novos materiais, incluindo,

em conseqüência novas matérias-primas no circuito da produção de mercadorias. A

Amazônia apresentava o maior reservatório mundial de árvores lactíferas, todavia, era

de difícil acesso, foi por isso que sua ocupação ocorreu inicialmente, no baixo curso dos

Rios, mas quando os seringueiros percebiam que a produção dessa área caía, eles

adentravam cada vez mais no interior da floresta. (Mendonça, 2002)

A borracha, porém, apresentou grandes dificuldades na sua utilização, em

virtude de sua própria estrutura química. Somente com os avanços apresentados pela

indústria química, foram superados os problemas que a borracha apresentava, quando

submetida ao calor ou frio, que inviabilizada seu uso para diversos produtos. No

entanto, em 1844, na Inglaterra, registraram a patente do processo de vulcanização, o

qual consiste em um método de moldagem que envolve a operação de dar forma ao

artefato, que facilitaria a ampla utilização da borracha pela indústria. (Mendonça, 2002)

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Segundo Bayma (2003, p. 16),

Durante a segunda metade do Século XIX, a borracha se tornou matéria-prima indispensável à nascente indústria de bens de consumo na Europa e nos Estados Unidos, sob a forma, principalmente, de componentes industriais e pneumáticos. Produzida inicialmente nos arredores de Belém, esta atividade se propagou rapidamente por todo o interior da região amazônica.

Mendonça (2002) aponta o processo de expansão capitalista como fator

determinante as transformações na região amazônica. Segundo o autor, muitos são os

motivos da corrente migratória do Nordeste para a Amazônia, como por exemplo: a

crise da economia algodoeira, o fenômeno das secas, o desemprego estrutural, as ilusões

de enriquecimento rápido a que o “boom” da borracha submetia o nordestino, pela

propaganda e arregimentação realizada por seringalista do Pará e do Amazonas etc.

1.2. Conseqüências do Processo de Colonização na Região Amazônica

Segundo Meireles Filho (1986), o aspecto social da região foi alterado, tendo em

vista o grande êxodo para a região, o qual provocou um grande aumento da população,

principalmente nas cidades, pois os projetos de colonização inadequados para a região

não garantiram a estabilidade do homem no campo, comprometendo as liberdades

individuais da cidadania local, resultando no aumenta da pobreza e da migração campo-

cidade. Tal fato que se agravou cada dia mais em virtude das cidades não comportarem

e não possuírem infra-estrutura apropriada para um aumento populacional e muito

menos um mercado de trabalho suficiente para demandar tanta mão-de-obra.

O desmatamento foi sem dúvida a maior transformação ocorrida na região. Suas

principais causas foram à abertura de estradas, ampliação de pastagens realizadas nas

terras adquiridas pelos sulistas que transformaram os seringais em pastos, acréscimo

populacional, tanto nas áreas rurais como nas áreas urbanas. (Meireles Filho, 1986).

Meireles Filho (1986) fala também sobre a questão fundiária, afirmando que o

governo foi insensato ao abrir novas fronteiras e ao divulgar a idéia de terra para todos

sem antes ter organizado a estrutura fundiária regional, originando assim o interesse na

“terra mercadoria” por parte de capitalistas e introduzindo personagens como grileiros e

posseiros.

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1.3. A ocupação territorial: o caso do Acre

Em 1903, a área que corresponde atualmente ao Estado do Acre, veio a ser

incorporada ao território brasileiro, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, depois

de acontecimentos que abrangeram a frente extrativista mesclada por

nordestinos a serviço de seringalistas brasileiros, pela direção provincial do

Amazonas e o governo boliviano. (Bayma, 2003).

De acordo com Oliveira (1982), o povoamento do Acre aconteceu em virtude da

extração gomífera, dirigida por elementos da rede mercantil que comandou desde o

início tal atividade econômica. Quando o território foi incorporado ao Brasil, a maior

parte dos seringais já estava plenamente constituída em imensos latifúndios geralmente

se estendendo da margem de algum rio importante para o interior da floresta. Os

governantes iniciaram os incentivos e as isenções fiscais e creditícias, para

latifundiários, fazendeiros além de empresários interessados em investir na

agropecuária extensiva. No caso do Acre, a ação fundamental para o início deste

processo, competiu ao governo estadual, que iniciou uma campanha publicitária

no centro-sul do país, visando atrair investidores para o Acre.

Após ocorrer a grande migração de fazendeiros e pessoas destinadas a adquirir

áreas no Acre, processos de transferência das terras, foram desconsiderados da situação

de ocupantes, os habitantes nas áreas comercializadas como os posseiros, seringueiros

ou colonos, remanescentes dos seringais nas áreas transacionadas por ambas as partes.

Este fato tornou-se impossível de ignorar. No caso dos seringais ainda ativos que não

fossem do interesse dos proprietários de terra em dar prosseguimento na exploração da

borracha, as principais formas de forçar a desocupação foram: o corte do abastecimento

aos seringueiros, a proibição de roçados e criações e até mesmo o uso de violência física

por policiais militares. Tais métodos proporcionaram benefícios aos novos proprietários

das terras, que se esquivaram do pagamento de indenizações pelas benfeitorias

realizadas pelos seringueiros em suas devidas colocações. (Bayma, 2003).

Para Mendonça (2002), a interferência do Governo estadual, na implantação de

novas políticas de assistência ao homem do campo, a pecuária prosseguia aumentando,

ocasionando grandes problemas aos seringueiros, os quais foram expulsos pelas

próprias características da pecuária extensiva, que utiliza de desmatamentos para a

formação de pastos.

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Segundo Silva (1982), um dos métodos utilizados foi o desmatamento próximo

da residência do seringueiro, deixando-o sem espaço para o plantio, objetivando

sua expulsão.

De acordo com Bayma (2003, p. 23),

A expulsão das terras e os movimentos itinerantes de população foram os fenômenos mais marcantes nos primeiros momentos da chegada dos “paulistas” ao Estado do Acre. Com as terras sendo gradativamente ocupadas e seringais vendidos e desmembrados, tomou corpo uma profunda confusão entre a população rural acreana, a partir da destruição aparente de seu modo de vida e cultural.

De acordo com o autor, mesmo atrasada, a sociedade e a cultura deixadas dos

antigos seringais estavam em adaptação por parte dos seringueiros e trabalhadores

rurais, que iam concomitantemente com as relações antigas, gerando novas formas,

baseadas em um crescente acesso a meios de subsistência e de produção.

Conforme Bayma (2003), sem estrutura física e recursos provenientes da venda

da borracha produzida, para empregar na pequena produção, responsável pelo sustento

de toda a família iniciou um intenso processo de êxodo rural. As periferias de Rio

Branco e das principais cidades próximas aos grandes seringais foram ocupadas por

seringueiros e produtores rurais, agora mão-de-obra barata.

Duarte (1987, p. 68) sintetiza este êxodo rural da seguinte forma:

No caso do Acre, o que estamos analisando não foi o desenvolvimento de um progresso técnico no campo, na região, nem as circunstâncias favoráveis de transferências para a indústria que provocaram o fluxo. Foi a intensificação de investimento de capital na região, através da pecuária ou da especulação fundiária, que mudou o uso do solo e provocou as expulsões desta população.

A população expulsa de suas colocações e seringais não levaram em conta

questões de propriedade e titulação das terras urbanas, passando a invadir as áreas

periféricas da cidade. Tal processo resulta em uma população migrante marginalizada,

sem assistência legal e qualquer qualificação para as atividades do meio urbano. A única

forma de sobrevivência era proporcionada pela sua própria força-de-trabalho, a única

mercadoria que poderia vender. (Mendonça, 2002).

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1.4. A chegada do INCRA e os Projetos de Colonização no Estado do Acre

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) foi criado em

1970, com o objetivo de realizar a reforma agrária, promover a colonização particular

executar a colonização oficial, assim como desenvolver a zona rural através do

cooperativismo e da eletrificação. (Bayma, 2003).

Em 1977, o INCRA passa a implementar os “Projetos de Assentamentos

Dirigidos” (PAD´S) Pedro Peixoto, Boa Esperança, Humaitá, Quixadá, Santa Luzia e

Projeto Redenção I. O INCRA criou também, em 1982, os “Projetos de Assentamento

Rápidos” (PAR´S) denominados Antimary, Capinarana, Aleluia e Mário Lobão, um

pouco mais tarde criou por influência de um novo momento político, a colonização

dirigiu-se para os “Projetos de Assentamento de Agricultores” (PA´S), criando os PA´s

Figueira, Vista Alegre, São Pedro, Pavão, Carão, Petrolina, São João do Balanceio,

Espinhara, Santo Antônio do Peixoto, Nazaré, Caramurú, Novo Destino e Benfinca.

(Faria, 1998)

O Governo do Estado do Acre passou a defender os interesses tradicionais do

Acre, cumprindo várias ações para o fortalecimento da economia regional,

principalmente da economia rural. O INCRA, ainda sob a orientação do Governo

local, passa a ter uma ação restritiva quanto à transação de terras do Estado,

alertando quanto às escrituras irregulares e buscando garantir o direito dos

posseiros. (Costa Filho, 1995).

1.5. Desenvolvimento Sustentável: Crescimento sem destruição

Conforme Bayma (2003), o desenvolvimento sustentável consiste em gerar um

modelo econômico capaz de criar riquezas e bem estar, enquanto causa a união social e

o bloqueio da destruição da natureza, isto é, utilizar recursos naturais sem comprometer

sua produção, fazer uso da natureza sem devastá-la e ao mesmo tempo melhorar a

qualidade de vida. Esse termo passou a ser utilizado em 1980, por um órgão privado de

pesquisa, a Aliança Mundial para a Natureza (UICN). Após sete anos o conceito

apareceu em um informe realizado pela Ministra Norueguense Gro Harlem Brundtland

para a Organização das Nações Unidas – ONU, no qual dizia que um desenvolvimento

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é duradouro quando responde às necessidades do presente sem colocar em perigo as

capacidades das gerações futuras para fazer o mesmo.

Desta forma, o desenvolvimento sustentável vem de impacto ao modelo

costumeiro de produção e consumo ocidental, que ameaça o equilíbrio do planeta. É

idealizado como aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a

possibilidade de as gerações futuras não atender as suas necessidades. (Bayma, 2003).

Bayma (2003) aborda ainda que para se chegar a um modelo de sustentabilidade

são necessárias algumas condições:

1. Um sistema econômico que gerem excedentes e com bases tecnológicas confiáveis;

2. Um sistema de produção que respeite as bases ecológicas;

3. Um sistema tecnológico que busque novas soluções;

4. Um sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comércio e

financiamento;

5. Um sistema administrativo flexível e capaz de se auto-corrigir.

O conceito de desenvolvimento sustentável apresenta uma série de dificuldades

operacionais que envolvem disputas políticas e ideológicas em torno do que viria a ser

sustentabilidade. Para este autor, são muitas as disparidades regionais, as diferenças dos

sistemas econômicos, socioculturais e ambientais de cada região. O que permite

concluir que não existe um modelo padrão de desenvolvimento sustentável e que o

grande desafio é identificar às particularidades de cada região e buscar as melhores

alternativas quanto às práticas sustentáveis. (Souza, 2008).

Quando o assunto é Desenvolvimento Sustentável, o que se discute é a busca por

um ponto de equilíbrio entre a sustentabilidade ambiental e a condição de vida dos

colonos e moradores da região a ser explorada. A primeira, através de tecnologias que

possibilitem o aumento produtivo das áreas exploradas sem a necessidade de abrir

novas áreas a serem destinadas a exploração de produtos madeireiros, agropecuária e, a

segunda, pela melhoria das condições de vida dos moradores. (Bayma, 2003).

1.6. Políticas Agrárias no Brasil

Segundo Guanziroli (2001), a Reforma Agrária, em meados de 60, era entendida

como mudança da estrutura agrária brasileira, por meio da desocupação dos latifúndios

improdutivos e aquisição de terras produtivas e seu remanejamento às famílias

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trabalhadoras que dispõem de pouca ou nenhuma terra. Porém nos anos 70 e parte dos

anos 80 o debate agrícola seguiu a tese de que a modificação da estrutura agrária

brasileira estava sendo cumprida por meio da modernização das técnicas produtivas,

aumentando a oferta dos produtos agrícolas de forma satisfatória com o nível da

demanda, o que isentaria o país da necessidade de uma Reforma Agrária. Desta forma, o

período militar caracterizou-se por incentivar a modernização da agricultura,

especialmente na região Sul e Sudeste.

Ao longo dos anos vários debates e visões surgiram sobre o assunto. Dentre elas

podem ser citados a Reforma Agrária como a visão do “Novo Mundo Rural” defendida

por Graziano da Silva (1999), que apesar de reconhecer algumas das vantagens da

Reforma, considera muito limitada as possibilidades de criação de empregos agrícolas

por meio de assentamentos. Sugere uma Reforma não essencialmente agrícola, voltada

para atividades rurais como turismo rural e pesque e pague. Outros defendem a visão da

Reforma como uma Política de Assentamento, onde contempla o rural não agrícola, mas

não exclui o fomento às atividades agropecuárias. Nesta visão a Reforma Agrária

continua sendo um instrumento de acesso aos trabalhadores a um bem essencial de

produção, que é a terra. (Guanziroli, 2001).

Guanziroli (2001) ao abordar os possíveis problemas para execução da Reforma

Agrária, argumenta que além do desafio que é estimar o número de famílias que

demandam terra e quem são os demandantes, está o objetivo de determinar a quantidade

de terra que será necessária para fins de Reforma Agrária. Algumas estimativas

apontam que os demandantes de terra em potenciais seriam todas as pessoas sem terra

ocupadas na agricultura, tais como trabalhadores temporários ou permanentes,

arrendatários, ocupantes e desempregados em geral.

Conforme Guanziroli (2001), a partir dos demandantes potenciais (ou seja, o

número mais amplo), efetuou-se uma triagem para detectar o número de famílias que

realmente aspiram à terra. Após estudos sócio-econômicos considerou-se que o total de

famílias, demandantes potenciais por terra, seria a soma de todos os ocupantes,

parceiros e arrendatários, acrescidos de 25% dos assalariados permanentes e

temporários, e uma parcela de proprietários responsáveis por estabelecimentos menores

do que 10 hectares. Após estimar a quantidade aproximada de demandantes de terras

potenciais, calculou-se a necessidade de área para ocupação das famílias demandantes.

A área total necessária para se efetivar a Reforma Agrária no Brasil seria de quase 73

milhões de hectares em 2005. No entanto, ao se admitir uma evolução tecnológica em

Page 21: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

direção ao aumento da produtividade da terra, torna-se possível esta área demandada

decrescer.

Guanziroli (2001), explica ainda que depois de estimado os demandantes de

terra e a área total a ser efetivada a Reforma Agrária cabem agora avaliar se os

assentamentos criados foram capazes de motivar e promover o desenvolvimento

daqueles que lutaram pela terra, e se não, quais foram os principais obstáculos

encontrados pelos beneficiários.

Dentre os resultados encontrados que afetam e determinam os níveis de

desenvolvimento dos assentamentos podem ser citados o Quadro Natural e o Entorno

Socioeconômico como variáveis determinantes. O primeiro não se apresentou como um

fator limitante, pelo contrário, na maioria dos casos, este fator contribuiu para

potencializá-los. Embora alguns assentamentos apresentassem pequenos problemas

relacionados ao quadro natural, estes foram minimizados pela forma como os

agricultores se organizaram. As limitações mais comuns do quadro natural foram o

relevo acidentado, a falta d´agua e a baixa qualidade físico-química dos solos. O Quadro

Natural, portanto, demonstrou-se um dos fatores centrais a determinar o nível de

desenvolvimento dos assentamentos. Em relação ao Entorno Socioeconômico, os

estudos concluíram que todos aqueles de melhor nível de desenvolvimento possuem

uma boa condição de acesso. Outro ponto importante é que os assentamentos inseridos

em um contexto com maior presença da produção familiar, como nos casos de Santa

Catarina, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, têm melhores condições para se

desenvolverem do que aqueles ilhados em meio a grande propriedade e poucas

agroindústrias. (Guanziroli, 2001).

1.7. Agricultura Familiar Rural: Conceituação e Caracterização

Segundo Mendonça (2002), a agricultura familiar possui como característica

principal o trabalho de forma não-assalariado de força-de-trabalho, onde a unidade

produtiva é composta pelos próprios membros da família. O nível de exploração da

unidade familiar depende do tamanho da família, originando assim a super utilização da

força-de-trabalho. O alvo principal é acolher as necessidades de sustento da família,

sendo o excedente comercializado no mercado.

Page 22: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Bayma (2003) define o universo da agricultura familiar através das seguintes

características:

A gestão da unidade produtiva é realizada por pessoas que mantêm entre

si laços de parentesco e casamento;

A maior parte dos trabalhos é realizada por membros da família;

Os meios de produção (embora nem sempre a terra) pertencem à família.

A direção dos trabalhos é exercida pelo produtor;

Não realiza despesas em serviços de empreitada;

Não dispõe de empregos permanentes, podendo dispor de um número

médio de funcionários empregados temporariamente, menor ou igual a

quatro, ou com um empregado permanente e número igual ao

de empregados temporários menor ou igual a três.

Guanziroli (2001, p. 15), afirma que

A expansão e o dinamismo da agricultura familiar basearam-se na garantia do acesso à terra que em cada país assumiu uma forma particular, desde a abertura da fronteira oeste americana aos farmers até a reforma agrária compulsória na Coréia e em Taiwan. Em todos estes países, além de contribuir para dinamizar o crescimento econômico, a agricultura familiar desempenhou um papel estratégico que tem sido relevado em muitas análises: o de garantir uma transição socialmente equilibrada entre uma economia de base rural para uma economia urbana e industrial.

Mendonça (2002), ressalta ainda que a agricultura familiar possui sua autonomia

própria, sendo a mesma identificada pela capacidade de promover a subsistência do

grupo familiar, em dois níveis complementares: a subsistência imediata, isto é, o

atendimento as necessidades do grupo doméstico, e a reprodução da família pelas

gerações subseqüentes. Da conjugação destes dois aspectos resultam suas características

fundamentais a especificidade de seu sistema de produção e a centralização da

constituição do patrimônio familiar.

De acordo com Rego, Costa Filho e Braga (2003, p. 31),

Na delimitação do conceito de agricultura familiar, há um conjunto de trabalhos que procuram estabelecer uma metodologia que caracterize o perfil da agricultura familiar e seus respectivos sistemas de produção. Di Sabato e Guanziroli et al caracterizam o universo familiar pelos estabelecimentos que atendem, simultaneamente, às

Page 23: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

seguintes condições: a) a direção dos trabalhos do estabelecimento era exercida pelo produtor; b) o trabalho familiar era superior ao trabalho contratado.

1.8. Pólos Agroflorestais como alternativa de Desenvolvimento Sustentável

Faria (1998), caracteriza os sistemas agroflorestais como o conjunto de árvores,

arbustos, cultivos agrícolas e criação de animais de pequeno porte em uma única área.

De acordo com o Centro de Trabalhadores da Amazônia – CTA (Cartilhas de

Sistemas Agroflorestais, 1996), os SAF´S são sistemas que envolvem uma combinação

integrada de árvores, arbustos, cultivos agrícolas e criação de animais admitindo através

desta combinação integrada, alcançar uma melhor produtividade, principalmente pelos

pequenos produtores que praticam uma agricultura com pouca modernidade. (Faria,

1998)

Dentre as principais vantagens e desvantagens dos Sistemas Agroflorestais

Andrade (2007, p. 12), citam-se:

Vantagens Biológicas, físicas e ambientais: melhor utilização do espaço; melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo; aumento da matéria orgânica; retenção e conservação de água do solo; aumento da produtividade; controle da erosão do solo; redução de variáveis microclimáticas; diminuição de risco de perdas de produção; tutor ou suporte para plantas trepadeiras; uso adequado do sombreamento.

Vantagens econômicas e sociais: aumento da renda do produtor rural; maior variedade de produtos e/ou serviços; melhoria na alimentação do homem do campo, redução nos custos de implantação; melhoria na alimentação do homem do campo; redução de risco de insucesso; redução das necessidades de capinas; melhoria da distribuição de mão-de-obra.

Desvantagens: aumento na competição entre os componentes vegetais (luz, nutriente, água); potencial para perda de nutrientes; danos mecânicos durante a colheita ou tratos culturais; habitat ou hospedeiros alternativos para pragas; dificuldade no planejamento; requer mão-de-obra diversificada; exige acompanhamento continuo no mercado; investimentos de longo prazo; mudanças nos hábitos tradicionais dos produtores (caso da seringueira); permite baixo nível de mecanização; exige programação para atividades durante o ano todo.

Para Souza, Pinto e Fiúza (2007, p. 07),

Quando os sistemas agroflorestais se associam a outros sistemas de produção, aumentam-se as possibilidades de contribuição com a qualidade de vida do pequeno agricultor, além de realçar a

Page 24: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

sustentabilidade de todos os sistemas. Com isso, os SAF´s surgem como uma boa possibilidade para a sustentabilidade no meio agrícola, pois em seu bojo de ações, conjugam as características produtivas e a conservação dos recursos naturais.

Faria (1998, p. 41) destaca:

O Pólo pode ser considerado como um sistema agroflorestal pelo fato de se utilizar do uso consorciado de essências florestais com cultivos agrícolas e criações de pequenos animais. Porém, é importante observar que por se tratar de uma área em boa parte degradada, a reposição de árvores nativas foi realizada no início dos trabalhos. Dessa forma foram distribuídas aos produtores além das mudas de cultivos agrícolas, mudas de copaíba, cedro, cumaru, cerejeira, jatobá e mogno.

Nas palavras de Souza (2008, p. 08),

Os PAs tinham como principal proposta fixar as populações no meio rural por meio de acesso a terra, à moradia, à geração de trabalho e renda, conjugada com ações de preservação ambiental. Diferentemente dos assentamentos tradicionais, estes PAs deveriam ser localizados próximos aos centros urbanos, possuir uma boa infra-estrutura (eletrificação e telefonia rural e vias de acesso em boas condições durante o ano inteiro) e acesso aos serviços de educação e saúde.

Souza (2008) destaca ainda que desde a primeira experiência iniciada em 1993

até os dias atuais, foram implantados sete pólos agroflorestais no município de Rio

Branco. Destes, cinco são geridos pelo município (Hélio Pimenta; Geraldo Mesquita;

Benfica; Geraldo Fleming; Custódio Freire) e dois pelo Governo do Estado (Wilson

Pinheiro e Dom Moacir).

A SEMAG (Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Rio

Branco) explica que as condições que levaram a prefeitura a criar os pólos dizem

respeito a dois fatores determinantes. O primeiro refere-se a questão de o perfil da

população da periferia de Rio Branco apresentar a existência de inúmeras famílias de

origem rural, as quais não se adaptaram ao cotidiano econômico urbano e o segundo

aborda sobre o desperdício e a má utilização de áreas rurais degradadas, no entorno da

zona urbana. (Faria, 1998).

Sendo assim a prefeitura ao criar os pólos teve a intenção de promover um

encontro dessas famílias de ex-seringueiros com tais áreas então improdutivas nos

Page 25: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

arredores da cidade por meio de uma intervenção do poder público, objetivando

ocasionar um efeito inverso ao êxodo rural, possibilitando assim a volta de família e ex-

seringueiros e ex-agricultores ao campo e a recuperação destas áreas. (Faria, 1998).

Salienta-se ainda que o sistema agroflorestal é uma prática que devolve a

fertilidade ao solo através do acúmulo da decomposição da matéria orgânica como

folhagens e galhos, além da proteção que as árvores exercem contra a erosão, incidência

solar e o impacto das chuvas. Desta forma a opção por um sistema agroflorestal foi

acertada. A SEMAG esclarece ainda que os pólos agroflorestais são formas de

assentamento planejada desde a localização da área a qual deve ser próximo ao mercado

do consumidor, até a potencialidades hídricas e condições de fertilidade do solo. (Faria,

1998).

A previsão de assentados em cada pólo foi em média de 35 famílias, ocupando

um lote de terra com área em média de 6 há. Segundo dados da Secretaria de Estado de

Produção (SEPRO) tiveram prioridade aquelas famílias carentes que os pais estavam

desempregados e eram oriundas da zona rural com alguma experiência no cultivo de

frutas tropicais, criação de pequenos animais e produção de cereais. (Souza, Pinto e

Fiúza, 2008).

Page 26: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

CAPÍTULO 2

2.1.

das famílias que vivem n

Porto Acre Km 20

Acre

37 famílias assentadas.

compreendido entre maio de 2005 a abril de 2006

Figura

Fonte:

CAPÍTULO 2

Objeto de Estudo

O presente trabalho possui como objetivo a análise do desempenho

das famílias que vivem n

Porto Acre Km 20

Acre, com uma área aproximada de 1.384,

37 famílias assentadas.

compreendido entre maio de 2005 a abril de 2006

Figura 1 - Localização do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, Rio Branco

Fonte: ASPF/ZEAS (2008).

CAPÍTULO 2

– MATERIAL E MÉTODOS

Objeto de Estudo

O presente trabalho possui como objetivo a análise do desempenho

das famílias que vivem n

Porto Acre Km 20 – sentido Rio Branco/Porto Acre

, com uma área aproximada de 1.384,

37 famílias assentadas.

A pesquisa foi aplicada levando em consideração o ano agrícola

compreendido entre maio de 2005 a abril de 2006

Localização do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, Rio Branco

ZEAS (2008).

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho possui como objetivo a análise do desempenho

das famílias que vivem no Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, localizado

sentido Rio Branco/Porto Acre

, com uma área aproximada de 1.384,

A pesquisa foi aplicada levando em consideração o ano agrícola

compreendido entre maio de 2005 a abril de 2006

Localização do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, Rio Branco

ZEAS (2008).

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho possui como objetivo a análise do desempenho

o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, localizado

sentido Rio Branco/Porto Acre

, com uma área aproximada de 1.384,742

A pesquisa foi aplicada levando em consideração o ano agrícola

compreendido entre maio de 2005 a abril de 2006

Localização do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, Rio Branco

O presente trabalho possui como objetivo a análise do desempenho

o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, localizado

sentido Rio Branco/Porto Acre no município de Rio Branco

742

ha, criado em 02/12/2002 com cerca de

A pesquisa foi aplicada levando em consideração o ano agrícola

compreendido entre maio de 2005 a abril de 2006. (ZEAS,

Localização do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, Rio Branco

O presente trabalho possui como objetivo a análise do desempenho

o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, localizado

no município de Rio Branco

ha, criado em 02/12/2002 com cerca de

A pesquisa foi aplicada levando em consideração o ano agrícola

ZEAS,

2008 e Franke 2005).

Localização do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, Rio Branco-Ac

O presente trabalho possui como objetivo a análise do desempenho econômico

o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta, localizado na Estrada de

no município de Rio Branco

ha, criado em 02/12/2002 com cerca de

A pesquisa foi aplicada levando em consideração o ano agrícola

2008 e Franke 2005).

econômico

na Estrada de

no município de Rio Branco –

ha, criado em 02/12/2002 com cerca de

A pesquisa foi aplicada levando em consideração o ano agrícola

2008 e Franke 2005).

Page 27: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Fonte:

2.2.

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)

ao Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

(UFAC) com parceira d

ZEAS, da Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre.

2.3.

entrevistadas.

1 Para maiores informações sobre o Projeto ASPF,

Figura

Fonte: ASPF/ZEAS (2008).

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

O presente

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

(UFAC) com parceira d

ZEAS, da Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre.

Dimensionamento da Amostra

O critério utilizado foi um censo, onde

entrevistadas.

Para maiores informações sobre o Projeto ASPF,

Figura 2 - Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

ZEAS (2008).

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

O presente estudo utilizou a metodologia do

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

(UFAC) com parceira d

ZEAS, da Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre.

Dimensionamento da Amostra

O critério utilizado foi um censo, onde

entrevistadas. Destaca-se que o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta possui apenas 35

Para maiores informações sobre o Projeto ASPF,

Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

estudo utilizou a metodologia do

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

(UFAC) com parceira do Zoneamento Econômico Ambiental

ZEAS, da Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre.

Dimensionamento da Amostra

O critério utilizado foi um censo, onde

se que o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta possui apenas 35

Para maiores informações sobre o Projeto ASPF,

Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

estudo utilizou a metodologia do

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

o Zoneamento Econômico Ambiental

ZEAS, da Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre.

Dimensionamento da Amostra

O critério utilizado foi um censo, onde

se que o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta possui apenas 35

Para maiores informações sobre o Projeto ASPF, Visite o site:

Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta – Divisão por Lotes

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

estudo utilizou a metodologia do

Projeto de Análise Socioeconômica

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

o Zoneamento Econômico Ambiental

ZEAS, da Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre.

O critério utilizado foi um censo, onde todas as famílias assentadas foram

se que o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta possui apenas 35

te o site: http://www.ufac.br/projetos/aspf/index.htm

Divisão por Lotes

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

Projeto de Análise Socioeconômica

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

o Zoneamento Econômico Ambiental, Social

todas as famílias assentadas foram

se que o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta possui apenas 35

http://www.ufac.br/projetos/aspf/index.htm

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

Projeto de Análise Socioeconômica

dos Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre (ASPF)1, Projeto vinculado

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

Social

e Cultural

todas as famílias assentadas foram

se que o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta possui apenas 35

http://www.ufac.br/projetos/aspf/index.htm

Metodologia de Avaliação socioeconômica do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

Projeto de Análise Socioeconômica

, Projeto vinculado

Centro de Ciências Jurídicas, Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Acre

e Cultural

todas as famílias assentadas foram

se que o Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta possui apenas 35

http://www.ufac.br/projetos/aspf/index.htm

Page 28: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

lotes, no entanto, em 02 lotes haviam duas famílias assentadas que possuíam unidades

de produção diferente, totalizando assim em 37 famílias avaliadas.

2.4. Aplicação dos Questionários

A aplicação dos questionários ocorreu no mês de Abril/2007, e contou com

ajuda de 05 estagiários estudantes do curso de economia e 01 coordenador de campo

também Economista. Foram aplicados 37 questionários contendo cada questionário 42

páginas e levantamento fotográfico do local e dos produtores (patrimônio, produção,

ramais e etc).

2.5. Pesquisa de Preços

Foram pesquisados os preços das mercadorias que os produtores compram, a

qual ocorreu no mês de Junho/2007, no centro comercial de Rio Branco, onde os

produtores geralmente fazem suas compras. Foram coletados os preços de todos os itens

contidos nos questionários, com o objetivo de atribuir valor monetário às informações

contidas nos questionários.

2.6. Crítica dos Questionários

Com o término das entrevistas, começou o trabalho de críticas aos questionários

preenchidos, cuja finalidade foi de padronizar os termos e códigos dos questionários e

excluir dados absurdos e substituí-los pela média dos questionários aplicados, com

informações mais coerentes.

Page 29: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

2.7. Sistematização e análise das informações coletadas

Depois de criticados os questionários. Teve início no mês de Dezembro/2007 a

digitação dos dados coletados para um programa específico do ASPF, que faz a análise

sócio-econômica. Já no mês de Janeiro/2008, os questionários foram criticados e

digitados novamente para correção dos erros de digitação se houvesse.

2.8. Custos de Produção

Segundo a metodologia utilizada pelo ASPF, “os custos de produção são

representados pelas entradas de bens e serviços econômicos de um sistema de produção,

que compreendem os meios de produção, os meios de consumo, os serviços e a força de

trabalho”. (ASPF, 2008).

Custos totais de produção (CT) Correspondem a todos os encargos ou

sacrifícios econômicos suportados pelo produtor para criar o valor total do produto.

Referidos a um sistema de produção, extrativista, por exemplo, os custos equivalem ao

valor monetário das entradas econômicas do sistema. Os custos totais compreendem a

soma dos custos fixos (CF) e dos custos variáveis (CV). Os primeiros têm a sua

magnitude independente do volume da produção, os segundos variam com o volume da

produção.

Os custos totais de produção (CTs) de um sistema de produção de uma

unidade de produção familiar rural serão determinados pela fórmula:

CV+CF=CTs (1)

Sabendo que:

CFc+CFe=CF (2)

Reescrevendo a equação (1), considerando a equação (2), temos:

CV+CFc+CFe=CTs (3)

Fazendo:

Ce=CV+CFe (4)

Page 30: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Obtêm-se a seguinte equação:

CFc+Ce=CTs (5)

Onde:

CTs = custos totais dos sistemas de produção

CV = custos variáveis

CFe = custos fixos específicos

CFc = custos fixos comuns

Ce = custos específicos

2.9. Resultados Econômicos

De acordo com ASPF (2008), medidas de resultado econômico são índices que,

dados os custos de produção permitem medir o desempenho econômico do sistema de

produção. Desempenho econômico é a diferença entre os valores de saída e os de

entrada, as diversas relações entre valores de saída e de entrada e as flutuações dos

valores de saída do sistema de produção. As principais medidas aqui utilizadas são as

seguintes:

2.9.1. Resultado Bruto (RB)

Entende-se por renda bruta ou resultado bruto o valor da produção destinada ao

mercado.

Qv.ppRB

(6)

sendo:

RB = renda bruta

Qv = quantidade do produto vendida

pp = preço unitário ao produtor

Page 31: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

2.9.2. Renda Bruta Total (RBT)

Somatório da renda Bruta (RB) da produção com a renda oriunda das transferências de renda (bolsa escola, família etc.) e do assalariamento fora da UPF. A RBT é calculada para o conjunto da UPF e dos membros da família.

RBT = RB + RT + RA (7)

sendo,

RB = renda bruta

RT = renda das transferências monetárias

RA = renda de assalariamento fora da UPF

2.9.3. Margem bruta familiar (MBF)

É o resultado líquido específico e próprio para indicar o valor monetário disponível para a subsistência da família, inclusive uma eventual elevação do nível de vida, se o montante for suficiente. Em situações favoráveis, poderá ser suficiente para ressarcir custos fixos, especialmente a exigência mínima de reposição do patrimônio. Cumpridas estas funções, a disponibilidade restante pode ser usada como capital de giro.

Cftf)-(CV-RBMBF

(8)

sendo:

RB = renda bruta

CV = custos variáveis

Cftf = custo real da força de trabalho familiar

2.9.4. Nível de Vida (NV)

É a totalidade do valor apropriado pelo produtor familiar, inclusive valores

imputados, deduzidas as obrigações financeiras com empréstimos. É, portanto, o valor

que determina o padrão de vida da família.

Page 32: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

AACjicc)AC(MBFNV

(9)

sendo:

Cjicc = juros imputados ao capital circulante.

AC = Autoconsumo

AA = Amortização anual

2.9.5. Medidas de eficiência ou relação

a) Índice de eficiência econômica – é a relação que indica a capacidade de a unidade

de produção familiar gerar valor por unidade de custo. É um indicador de

benefício/custo do conjunto da unidade de produção. IEE > 1, a situação é de lucro;

IEE < 1, a situação é de prejuízo; IEE = 1, a situação é de equilíbrio.

b) Relação MBF/RB - é a relação mais apropriada para medir a eficiência econômica

da produção familiar, pois mostra que proporção de valor a unidade de produção tornará

disponível para a família por cada unidade de valor produzido. Uma relação superior a

50% é considerada favorável.

c) Relação MBF/Qh/d - é o índice de remuneração da força de trabalho familiar.

Mostra a quantia de margem bruta gerada por unidade de trabalho familiar (1 h/d = 1

jornada de trabalho). O valor deve ser comparado com o preço de mercado da força de

trabalho. Qh/d = quantidade de força de trabalho utilizada no ciclo produtivo da linha de

exploração ou a quantidade total anual de força de trabalho familiar utilizada pela

unidade de produção.

d) Termo de Intercâmbio (TI) - é a relação entre o valor dos bens de consumo

comprados e o valor total da produção. Indica qual a proporção da renda bruta, em bens

de consumo, precisa ser gasta para gerar o valor total da produção. Essa relação revela,

Page 33: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

aproximadamente, em que medida o excedente produzido pelo pequeno produtor está

sendo apropriado na circulação, isto é, a montante e a jusante do processo de produção.

Vbcc/RB = TI (10)

sendo:

TI = termo de intercâmbio

Vbcc = valor dos bens de consumo comprados

RB = renda bruta total

e) Índice de Trabalho Familiar (ITF): é a participação da força de trabalho familiar no trabalho total. É considerada unidade de produção familiar aquela que apresenta ITF > 50%. É dado pela relação:

Qftf/QfttITF

(11)

Sendo:

ITF = índice de trabalho familiar

Qftf = quantidade anual da força de trabalho familiar empregada no sistema de

produção (h/d)

Qftt = quantidade anual total de força de trabalho empregada no sistema de produção

(h/d)

f) Índice de Capitalização (IK): é a relação que indica a intensidade de capital. Assim, um IK > 1 significa que gasta-se no processo produtivo mais com capital fixo e circulante do que com força de trabalho, familiar ou contratada.

Kc/VfttIK

(12)

Sendo:

IK = índice de capitalização

Kc = capital constante

g) Índice de Assalariamento (IA): é a proporção da força de trabalho familiar que se

assalaria fora da unidade de produção.

Qftf)Qftv(QftvIA

(13)

Page 34: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Sendo:

IA = índice de assalariamento

Qftv = quantidade anual de força de trabalho vendida

Qftf = quantidade anual de força de trabalho empregada no sistema de produção

Page 35: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

CAPÍTULO 3 FAMÍLIAS DO PÓLO HÉLIO PIMENTA

econômico

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

assalariamento e índice de capitalização), faz

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

utilização dos

eficiência econômica.

apresentou um índice de capitalização (IK) de 0,48

gastado mais com força

circulante.

em capital,

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

poderia ser direcionada para outras atividades produtivas.

capitalização tem

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

Terçado

Gráfico ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Fonte:

CAPÍTULO 3 FAMÍLIAS DO PÓLO HÉLIO PIMENTA

Cumpre observar preliminarmente que este capítulo

econômico dos produtores do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta no período

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

assalariamento e índice de capitalização), faz

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

utilização dos dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

eficiência econômica.

Após a aplicação dos questionários

apresentou um índice de capitalização (IK) de 0,48

gastado mais com força

circulante.

Depreende

em capital, isto é

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

poderia ser direcionada para outras atividades produtivas.

capitalização tem

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

Terçado.

Gráfico 1 – Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Fonte: ASPF/ZEAS (2008)

CAPÍTULO 3 – AVALIAÇÃO DO DESEMPEFAMÍLIAS DO PÓLO HÉLIO PIMENTA

Cumpre observar preliminarmente que este capítulo

dos produtores do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta no período

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

assalariamento e índice de capitalização), faz

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

eficiência econômica.

s a aplicação dos questionários

apresentou um índice de capitalização (IK) de 0,48

gastado mais com força

de

Depreende-se então que as atividades produtivas têm sido menos intensivas

isto é, a força de trabalho demandada para as atividades têm

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

poderia ser direcionada para outras atividades produtivas.

capitalização tem a ver com o baixo nível tecnológico e/ou rusticidade do proce

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

ZEAS (2008)

89% 89%

AVALIAÇÃO DO DESEMPEFAMÍLIAS DO PÓLO HÉLIO PIMENTA

Cumpre observar preliminarmente que este capítulo

dos produtores do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta no período

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

assalariamento e índice de capitalização), faz

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

s a aplicação dos questionários

apresentou um índice de capitalização (IK) de 0,48

de

trabalho familiar ou contratada do que com capital fixo ou

se então que as atividades produtivas têm sido menos intensivas

, a força de trabalho demandada para as atividades têm

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

poderia ser direcionada para outras atividades produtivas.

com o baixo nível tecnológico e/ou rusticidade do proce

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

89% 86%

AVALIAÇÃO DO DESEMPE

FAMÍLIAS DO PÓLO HÉLIO PIMENTA

Cumpre observar preliminarmente que este capítulo

dos produtores do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta no período

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

assalariamento e índice de capitalização), faz

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

s a aplicação dos questionários

e tabulação dos dados o Pólo Hélio Pimenta

apresentou um índice de capitalização (IK) de 0,48

trabalho familiar ou contratada do que com capital fixo ou

se então que as atividades produtivas têm sido menos intensivas

, a força de trabalho demandada para as atividades têm

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

poderia ser direcionada para outras atividades produtivas.

com o baixo nível tecnológico e/ou rusticidade do proce

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

59% 57%

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO DAS

Cumpre observar preliminarmente que este capítulo

dos produtores do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta no período

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

assalariamento e índice de capitalização), faz-se, também,

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

e tabulação dos dados o Pólo Hélio Pimenta

apresentou um índice de capitalização (IK) de 0,48, ou seja, as unidades prod

trabalho familiar ou contratada do que com capital fixo ou

se então que as atividades produtivas têm sido menos intensivas

, a força de trabalho demandada para as atividades têm

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

poderia ser direcionada para outras atividades produtivas.

com o baixo nível tecnológico e/ou rusticidade do proce

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

57%

HO ECONÔMICO DAS

Cumpre observar preliminarmente que este capítulo

analisa

dos produtores do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta no período

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

, também,

comentários sobre

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

e tabulação dos dados o Pólo Hélio Pimenta

ou seja, as unidades prod

trabalho familiar ou contratada do que com capital fixo ou

se então que as atividades produtivas têm sido menos intensivas

, a força de trabalho demandada para as atividades têm

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

poderia ser direcionada para outras atividades produtivas.

Esse baixo índice de

com o baixo nível tecnológico e/ou rusticidade do proce

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – máquinas, equipamentos e ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Enxada

Terçado

Alicate

Bomba d'agua

Pulverizador (bomba)

HO ECONÔMICO DAS

analisa

o desempenho

dos produtores do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta no período de maio de

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

comentários sobre

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

e tabulação dos dados o Pólo Hélio Pimenta

ou seja, as unidades produtivas têm

trabalho familiar ou contratada do que com capital fixo ou

se então que as atividades produtivas têm sido menos intensivas

, a força de trabalho demandada para as atividades têm sido maior, o

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

Esse baixo índice de

com o baixo nível tecnológico e/ou rusticidade do proce

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

máquinas, equipamentos e ferramentas em mais da metade das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil.

Enxada

Terçado

Alicate

Bomba d'agua

Pulverizador (bomba)

o desempenho

de maio de

2005 a abril de 2006, apresentando as medidas de resultado definidas na metodologia.

Esta seção inicia com uma análise referente aos indicadores que definem a

produção familiar propriamente dita (índice de trabalho familiar, índice de

comentários sobre a

aquisição de empréstimos bancários. Após isso, é realizada a análise econômica com a

dados da composição da renda, dos custos de produção e das medidas de

e tabulação dos dados o Pólo Hélio Pimenta

utivas têm

trabalho familiar ou contratada do que com capital fixo ou

se então que as atividades produtivas têm sido menos intensivas

sido maior, o

que significa um atraso na produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual

Esse baixo índice de

com o baixo nível tecnológico e/ou rusticidade do processo

produtivo nas UPFs. Confirmados pelos tipos de equipamentos predominantemente

manuais, baixa utilização de insumos, sobretudo os modernos. De acordo com o gráfico

1, os equipamentos mais utilizados na produção ainda continuam sendo a Enxada e o

máquinas, equipamentos e

Bomba d'agua

Pulverizador (bomba)

Page 36: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

a estrut

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

unidades de produção ainda tem gastado mais c

capitais fixos.

Gráfico 2005/2006, Acre

Fonte:

Gráfico das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Fonte:

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

exploração.

técnicas o

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

Obs.:

O baixo nível tecnológico é ratificado pelos gráficos

estrutura do custo total está dividida

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

unidades de produção ainda tem gastado mais c

capitais fixos.

Gráfico 2 – Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-

Fonte: ASPF/ZEAS (2008).

Gráfico 3 - Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Fonte: ASPF/ZEAS (2008).

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

exploração. Durante a pesquisa,

técnicas ou técnicas mais

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

Obs.: CF –

Custo F

O baixo nível tecnológico é ratificado pelos gráficos

ura do custo total está dividida

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

unidades de produção ainda tem gastado mais c

Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta, -Brasil

ZEAS (2008).

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

ZEAS (2008).

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

Durante a pesquisa,

u técnicas mais

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

97%

65%

Fixo; CV –

Custo

O baixo nível tecnológico é ratificado pelos gráficos

ura do custo total está dividida

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

unidades de produção ainda tem gastado mais c

Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta,

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

Durante a pesquisa, foram questionados

u técnicas mais hábeis em relação

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

45%

65% 62%

Custo Variável

O baixo nível tecnológico é ratificado pelos gráficos

ura do custo total está dividida

em 45% de custo variável e 55% de custo fixo.

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

unidades de produção ainda tem gastado mais c

Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta,

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos das UPFs, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

foram questionados

em relação à

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

54%

O baixo nível tecnológico é ratificado pelos gráficos

em 45% de custo variável e 55% de custo fixo.

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

unidades de produção ainda tem gastado mais com mão-de

Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta,

Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – benfeitorias, em mais da metade Brasil

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

foram questionados

alguns produtores sobre novas

produção das hortaliças, como

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

55%

O baixo nível tecnológico é ratificado pelos gráficos 2 e 3. A pesquisa revela que

em 45% de custo variável e 55% de custo fixo.

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

de-obra do que com os próprios

Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta,

benfeitorias, em mais da metade

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

alguns produtores sobre novas

das hortaliças, como

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

Açude

Horta

Cerca

Cacimba de Vertente

A pesquisa revela que

em 45% de custo variável e 55% de custo fixo.

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

obra do que com os próprios

Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta,

benfeitorias, em mais da metade

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

alguns produtores sobre novas

das hortaliças, como o preparo

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

Açude

Horta

Cerca

Cacimba de Vertente

A pesquisa revela que

em 45% de custo variável e 55% de custo fixo.

Vale notar, então, que apesar dos custos fixos apresentarem maior composição na

estrutura dos custos totais, o índice de capitalização foi menor que 1, ou seja, as

obra do que com os próprios

Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Pólo Hélio Pimenta,

benfeitorias, em mais da metade

Outro fator a ser mencionado que agrava o IK, é a falta de conhecimento quando

o assunto são técnicas mais eficientes no processo produtivo das diferentes linhas de

alguns produtores sobre novas

o preparo

da sementeira, do canteiro, das covas, espaçamento das plantas, escolha da variedade a

CF

CV

Cacimba de Vertente

Page 37: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

colheit

conhecimento da maior parte que ainda utilizam de métodos

citados como exemplo a “capina” ainda feita

e a “irrigação” feita com irrigadores ou mangueira.

das hortaliças o uso de

(Universidade Federal de Lavras)

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

excesso de chuvas, é possível ter produção em

além de permitir colheitas mais pre

irrigação é controlada, tem

Fonte: ASPF

Fonte: ASPF

Figura

Figura

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

colheita. Foi questionado

conhecimento da maior parte que ainda utilizam de métodos

citados como exemplo a “capina” ainda feita

e a “irrigação” feita com irrigadores ou mangueira.

Por outro lado

das hortaliças o uso de

(Universidade Federal de Lavras)

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

excesso de chuvas, é possível ter produção em

além de permitir colheitas mais pre

irrigação é controlada, tem

Fonte: ASPF/ZEAS (200

Fonte: ASPF/ZEAS

Figura 4 - Uso da Mangueira

Figura 6 - Uso da Estufa

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

Foi questionado

conhecimento da maior parte que ainda utilizam de métodos

citados como exemplo a “capina” ainda feita

e a “irrigação” feita com irrigadores ou mangueira.

Por outro lado

, constatou

das hortaliças o uso de

(Universidade Federal de Lavras)

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

excesso de chuvas, é possível ter produção em

além de permitir colheitas mais pre

irrigação é controlada, tem

(2008)

(2008)

Uso da Mangueira

Uso da Estufa

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

Foi questionado

ainda sobre o combate a pragas e

conhecimento da maior parte que ainda utilizam de métodos

citados como exemplo a “capina” ainda feita

e a “irrigação” feita com irrigadores ou mangueira.

, constatou-se também que algumas UPFs já utilizam no cultivo

das hortaliças o uso de. Segundo

(Universidade Federal de Lavras)

quando se utiliza hortaliças em ambiente protegido,

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

excesso de chuvas, é possível ter produção em

além de permitir colheitas mais precoces e como não chove no interior das Estufas e a

irrigação é controlada, tem-se menor perda de adubos por lixiviação.

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

ainda sobre o combate a pragas e

conhecimento da maior parte que ainda utilizam de métodos

citados como exemplo a “capina” ainda feita

por muitos com o uso de terçado e enxada

e a “irrigação” feita com irrigadores ou mangueira.

se também que algumas UPFs já utilizam no cultivo

Segundo

o Departamento de Agricultura da UFLA

quando se utiliza hortaliças em ambiente protegido,

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

excesso de chuvas, é possível ter produção em

coces e como não chove no interior das Estufas e a

se menor perda de adubos por lixiviação.

Fonte: ASPF

Figura

Fonte: ASPF

Figura

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

ainda sobre o combate a pragas e

conhecimento da maior parte que ainda utilizam de métodos

por muitos com o uso de terçado e enxada

e a “irrigação” feita com irrigadores ou mangueira.

se também que algumas UPFs já utilizam no cultivo

o Departamento de Agricultura da UFLA

quando se utiliza hortaliças em ambiente protegido,

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

excesso de chuvas, é possível ter produção em

época de melhores preços, entressafra,

coces e como não chove no interior das Estufas e a

se menor perda de adubos por lixiviação.

Fonte: ASPF/ZEAS

Figura 3 - Uso da Mangueira

Fonte: ASPF/ZEAS

Figura 5 - Uso da Estufa

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

ainda sobre o combate a pragas e verificou

conhecimento da maior parte que ainda utilizam de métodos rudimentares.

por muitos com o uso de terçado e enxada

se também que algumas UPFs já utilizam no cultivo

o Departamento de Agricultura da UFLA

quando se utiliza hortaliças em ambiente protegido,

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

de melhores preços, entressafra,

coces e como não chove no interior das Estufas e a

se menor perda de adubos por lixiviação.

/ZEAS

(2008)

Uso da Mangueira

/ZEAS

(2008)

Uso da Estufa

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

verificou-se a falta de

rudimentares.

Podem ser

por muitos com o uso de terçado e enxada

se também que algumas UPFs já utilizam no cultivo

o Departamento de Agricultura da UFLA

quando se utiliza hortaliças em ambiente protegido,

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

de melhores preços, entressafra,

coces e como não chove no interior das Estufas e a

Uso da Mangueira

ser cultivada, preparo e conservação do solo, época de plantio, adubação, irrigação e

a falta de

Podem ser

por muitos com o uso de terçado e enxada

se também que algumas UPFs já utilizam no cultivo

o Departamento de Agricultura da UFLA

quando se utiliza hortaliças em ambiente protegido,

podem ser obtidas boas produtividades o ano inteiro, pois, mesmo, em inverno rigoroso,

de melhores preços, entressafra,

coces e como não chove no interior das Estufas e a

Page 38: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

bancário.

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

a linhas de crédito como

Agrária)

Familiar)

respectivamente.

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

ser beneficiada.

crédito bancário, não significa que o recurso vai ser

capitais e revigoramento produtivo, uma vez que

recursos

tipos de consumo das famílias.

Gráfico 2005/2006, Acre

Fonte:

renda bruta proveniente da atividade produtiva,

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

às suas necessidades de gastos produtivos,

dessa renda com transferências governamentais e assal

produtivas viáveis.

Vale ressaltar

bancário.

O que também influencia o índice de capitalização.

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

a linhas de crédito como

Agrária), PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

Familiar), entre outras,

respectivamente.

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

ser beneficiada.

crédito bancário, não significa que o recurso vai ser

capitais e revigoramento produtivo, uma vez que

recursos foi 100%

tipos de consumo das famílias.

Gráfico 4 – Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-

Fonte: ASPF/ZEAS (2008)

Não obstante,

renda bruta proveniente da atividade produtiva,

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

às suas necessidades de gastos produtivos,

dessa renda com transferências governamentais e assal

produtivas viáveis.

ressaltar

ainda

O que também influencia o índice de capitalização.

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

a linhas de crédito como

PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

, entre outras,

disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil

respectivamente. Uma das possíveis causas

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

ser beneficiada. Salienta-se ainda,

crédito bancário, não significa que o recurso vai ser

capitais e revigoramento produtivo, uma vez que

foi 100%

para uso comum e qu

tipos de consumo das famílias.

Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta, -Brasil

ZEAS (2008)

obstante, verifica

renda bruta proveniente da atividade produtiva,

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

às suas necessidades de gastos produtivos,

dessa renda com transferências governamentais e assal

produtivas viáveis.

97%

ainda que apenas

O que também influencia o índice de capitalização.

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

a linhas de crédito como

PROCERA (Programa de Crédito Especial para a Reforma

PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil

Uma das possíveis causas

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

se ainda, que

crédito bancário, não significa que o recurso vai ser

capitais e revigoramento produtivo, uma vez que

para uso comum e qu

tipos de consumo das famílias.

Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta,

verifica-se no gráfico

renda bruta proveniente da atividade produtiva,

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

às suas necessidades de gastos produtivos,

dessa renda com transferências governamentais e assal

3%

97%

que apenas 3% das UPFs tiveram acesso ao crédito

O que também influencia o índice de capitalização.

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

PROCERA (Programa de Crédito Especial para a Reforma

PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil

Uma das possíveis causas dessa pequena margem de produtores com

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

que mesmo para aquelas UPFs que

crédito bancário, não significa que o recurso vai ser

capitais e revigoramento produtivo, uma vez que

para uso comum e que, em muitos casos, são utilizados para diversos

Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta,

no gráfico 5,

renda bruta proveniente da atividade produtiva,

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

às suas necessidades de gastos produtivos, sendo então

dessa renda com transferências governamentais e assal

3% das UPFs tiveram acesso ao crédito

O que também influencia o índice de capitalização.

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

PROCERA (Programa de Crédito Especial para a Reforma

PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil

dessa pequena margem de produtores com

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

esmo para aquelas UPFs que

crédito bancário, não significa que o recurso vai ser utilizado

capitais e revigoramento produtivo, uma vez que a pesquisa revela

e, em muitos casos, são utilizados para diversos

Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta,

,

que os custos totais são maiores que a

renda bruta proveniente da atividade produtiva, ou seja, as famílias que moram no Pólo

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

sendo então

dessa renda com transferências governamentais e assalariamento para tornar as unidades

3% das UPFs tiveram acesso ao crédito

O que também influencia o índice de capitalização. D

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

PROCERA (Programa de Crédito Especial para a Reforma

PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil

dessa pequena margem de produtores com

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

esmo para aquelas UPFs que

utilizado

para a aquisição de novos

a pesquisa revela

e, em muitos casos, são utilizados para diversos

Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta,

os custos totais são maiores que a

ou seja, as famílias que moram no Pólo

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

sendo então necessário

ariamento para tornar as unidades

UPFs que fizeram empréstimo

UPFS que não fizeramempréstimo

3% das UPFs tiveram acesso ao crédito

Diferente de outras

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

PROCERA (Programa de Crédito Especial para a Reforma

PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil

dessa pequena margem de produtores com

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

esmo para aquelas UPFs que tiveram acesso ao

para a aquisição de novos

a pesquisa revela

que o destino dos

e, em muitos casos, são utilizados para diversos

Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta,

os custos totais são maiores que a

ou seja, as famílias que moram no Pólo

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

a complementação

ariamento para tornar as unidades

UPFs que fizeram empréstimo

UPFS que não fizeramempréstimo

3% das UPFs tiveram acesso ao crédito

iferente de outras

unidades de produção familiar rural nenhuma das famílias entrevistadas tiveram acesso

PROCERA (Programa de Crédito Especial para a Reforma

PRONAF (Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura

disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil

dessa pequena margem de produtores com

acesso ao crédito bancário pode ser a falta de informação ou conhecimento ao se tratar

do custo benefício dos juros do financiamento vs. rentabilidade da linha de exploração a

tiveram acesso ao

para a aquisição de novos

que o destino dos

e, em muitos casos, são utilizados para diversos

Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, Hélio Pimenta,

os custos totais são maiores que a

ou seja, as famílias que moram no Pólo

Hélio Pimenta embolsam um remuneração proveniente do processo produtivo inferior

a complementação

ariamento para tornar as unidades

UPFs que fizeram empréstimo

Page 39: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Gráfico 5 - Relação entre Renda Bruta Total, Custo Total, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil

Fonte: ASPF/ZEAS (2008)

De acordo com o gráfico 6 a pesquisa revela que 48,65% da renda das unidades

produtivas são oriundas destas transferências governamentais (bolsas oferecidas pelo

governo federal, aposentadoria.). Isso demonstra certo grau de dependência destas

transferências de renda, que surgiram para auxiliar a manutenção das famílias de baixa

renda, no entanto, sem a finalidade de criar dependência. Revela ainda que 43,24% da

renda é composta por membros das UPFs trabalhando fora do lote.

Obs.: CT – Custo Total; RT – Renda de Transferências Governamentais; RA – Renda de Assalariamento; RB – Renda Bruta

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

RBT CT

RT

RA

RB

Page 40: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Gráfico Brasil

Fonte:

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

unidades de produçã

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

assentamento como pode ser

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

produção. Ora, uma família que

agricultura tende a

onde a terra seria

meio de produção, mais um modo de vida.

Obs.: RB

Gráfico 6 - Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, AcreBrasil

Fonte: ASPF/ZEAS (2008)

Vale destacar que a pesquisa apresentou

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

unidades de produçã

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

assentamento como pode ser

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

produção. Ora, uma família que

agricultura tende a

onde a terra seria

meio de produção, mais um modo de vida.

Obs.: RB – Renda Bruta; RA

Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

ZEAS (2008)

Vale destacar que a pesquisa apresentou

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

unidades de produção para fora da unidade pode ser a baixa rentabilidade das atividades

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

assentamento como pode ser

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

produção. Ora, uma família que

agricultura tende a não criar seus fi

onde a terra seria

patrimônio de herança para as gerações futuras,

meio de produção, mais um modo de vida.

86,49%

Renda Bruta; RA – Renda de Assalariamento; RT

Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Vale destacar que a pesquisa apresentou

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

o para fora da unidade pode ser a baixa rentabilidade das atividades

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

assentamento como pode ser visto na figura abaixo.

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

produção. Ora, uma família que

não

criar seus fi

patrimônio de herança para as gerações futuras,

meio de produção, mais um modo de vida.

86,49%

43,24%

Renda de Assalariamento; RT

Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Vale destacar que a pesquisa apresentou

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

o para fora da unidade pode ser a baixa rentabilidade das atividades

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

na figura abaixo.

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

não

possui uma renda exclusivamente oriunda da

criar seus filhos com as tradições culturais da vida no campo,

patrimônio de herança para as gerações futuras,

meio de produção, mais um modo de vida.

43,24%48,65%

Renda de Assalariamento; RT – Renda de Transferências Governamentais

Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

Vale destacar que a pesquisa apresentou 48% das famílias entrevistadas

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

o para fora da unidade pode ser a baixa rentabilidade das atividades

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

na figura abaixo.

Destaca

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

possui uma renda exclusivamente oriunda da

as tradições culturais da vida no campo,

patrimônio de herança para as gerações futuras,

48,65%

Renda de Transferências Governamentais

Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

48% das famílias entrevistadas

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

o para fora da unidade pode ser a baixa rentabilidade das atividades

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

Destaca-se ainda

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

possui uma renda exclusivamente oriunda da

as tradições culturais da vida no campo,

patrimônio de herança para as gerações futuras,

e não só

Renda de Transferências Governamentais

Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre

48% das famílias entrevistadas

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

o para fora da unidade pode ser a baixa rentabilidade das atividades

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

se ainda

que este desvio de

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

possui uma renda exclusivamente oriunda da

as tradições culturais da vida no campo,

e não só apenas

Renda de Transferências Governamentais

Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-

48% das famílias entrevistadas com

algum membro exercendo alguma atividade remunerada fora da unidade de produção.

Uma das possíveis causas desse redirecionamento da força de trabalho familiar das

o para fora da unidade pode ser a baixa rentabilidade das atividades

produtivas. E o que ocorre, na maioria das vezes, é a mudança da condição do lote de

unidade produtiva para simples residência, fugindo do objetivo proposto do

este desvio de

foco na atividade agrícola provoca impactos na reprodução social das unidades de

possui uma renda exclusivamente oriunda da

as tradições culturais da vida no campo,

apenas um

RB

RA

RT

Page 41: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Figura

ocupada, ou seja, cerca de

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

melhor gestão da mão

desempenho econômico

24,32% de supe

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

crianças, jovens e idosos além de suas capacidades produtivas.

Fonte: ASPF

Figura 7 - Chácara

Salienta

ocupada, ou seja, cerca de

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

melhor gestão da mão

desempenho econômico

24,32% de supe

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

crianças, jovens e idosos além de suas capacidades produtivas.

Fonte: ASPF/ZEAS

Chácara

Salienta-se, ainda,

ocupada, ou seja, cerca de

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

melhor gestão da mão-de

desempenho econômico

em suas unidades de produção.

24,32% de super-exploração da força de trabalho familiar

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

crianças, jovens e idosos além de suas capacidades produtivas.

/ZEAS

(2008)

se, ainda, 62,81% da mão

ocupada, ou seja, cerca de 37,19%

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

de-obra familiar por partes dos chefes de família trariam

em suas unidades de produção.

exploração da força de trabalho familiar

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

crianças, jovens e idosos além de suas capacidades produtivas.

62,81% da mão-de

37,19%

está ociosa

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

obra familiar por partes dos chefes de família trariam

em suas unidades de produção.

exploração da força de trabalho familiar

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

crianças, jovens e idosos além de suas capacidades produtivas.

de-obra familiar economicamente ativa está

ociosa

(ver gráfico

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

obra familiar por partes dos chefes de família trariam

em suas unidades de produção.

exploração da força de trabalho familiar

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

crianças, jovens e idosos além de suas capacidades produtivas.

obra familiar economicamente ativa está

gráfico 7). O que significa um

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

obra familiar por partes dos chefes de família trariam

em suas unidades de produção. Constata-se também cerca de

exploração da força de trabalho familiar, isto é, jornadas de trabalho

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

crianças, jovens e idosos além de suas capacidades produtivas.

obra familiar economicamente ativa está

O que significa um

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas.

obra familiar por partes dos chefes de família trariam

se também cerca de

jornadas de trabalho

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

obra familiar economicamente ativa está

O que significa um

percentual relativamente alto do índice de desocupação das famílias entrevistadas. Uma

obra familiar por partes dos chefes de família trariam melhor

se também cerca de

jornadas de trabalho

mais longas que as 8 horas habituais, além da utilização da força de trabalho de

Page 42: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Gráfico Acre

Fonte:

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

do lote não

para a periferia d

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

547,10, ou seja, mais de 1,

É importante salientar ai

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

(subsistência) foi em mediana

estabelecido na época.

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

de remu

R$ 52,76 (ver tabela

52,76

compensa mais

condições de vida dessa população.

produtores possui

mercado de trabalho

ObsFamiliar

Gráfico 7 - Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio PimeAcre-Brasil

Fonte: ASPF/ZEAS (2008)

Contudo

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

do lote não compensa

para a periferia d

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

547,10, ou seja, mais de 1,

É importante salientar ai

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

(subsistência) foi em mediana

estabelecido na época.

Destaca

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

de remuneração da força de trabalho familiar (

R$ 52,76 (ver tabela

52,76

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas

compensa mais

condições de vida dessa população.

produtores possui

mercado de trabalho

Obs.: FTFO – Força de amiliar Além da

Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio Pime

ZEAS (2008)

Contudo, apesar de toda dificuldade e necessidade das unidades de produção

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

compensa

os produtores saírem de suas unidades de produção e se mudarem

para a periferia da cidade

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

547,10, ou seja, mais de 1,

É importante salientar ai

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

(subsistência) foi em mediana

estabelecido na época.

Destaca-se ainda

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

neração da força de trabalho familiar (

R$ 52,76 (ver tabela 1). Ou seja, o produtor trabalhando em sua UPF recebe uma diária de R$

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas

compensa mais

continuar morand

condições de vida dessa população.

produtores possui

pouca instrução educacional, o que dificultaria a inserção destes n

mercado de trabalho

atual, o qual

Força de Trabalho lém da Disponibilidade

Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio Pime

, apesar de toda dificuldade e necessidade das unidades de produção

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

os produtores saírem de suas unidades de produção e se mudarem

a cidade, pois de acordo com a tabela 1 o

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

547,10, ou seja, mais de 1,5 salários

É importante salientar ainda que o valor apropriado pelas famílias observado pelo

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

(subsistência) foi em mediana R$ 494,33

se ainda

que vale mais a pena

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

neração da força de trabalho familiar (

1). Ou seja, o produtor trabalhando em sua UPF recebe uma diária de R$

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas

continuar morando no pólo, já que se pode melhorar ainda mais as

condições de vida dessa população.

pouca instrução educacional, o que dificultaria a inserção destes n

atual, o qual se encont

62,81%

rabalho Familiar Ocupada; FTFO+ isponibilidade

Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio Pime

, apesar de toda dificuldade e necessidade das unidades de produção

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

os produtores saírem de suas unidades de produção e se mudarem

, pois de acordo com a tabela 1 o

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

s

mínimo mensal estabelecido na época

que o valor apropriado pelas famílias observado pelo

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

R$ 494,33. Também maior que o salário mínimo

que vale mais a pena

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

neração da força de trabalho familiar (

1). Ou seja, o produtor trabalhando em sua UPF recebe uma diária de R$

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas

o no pólo, já que se pode melhorar ainda mais as

condições de vida dessa população. Além disso,

pouca instrução educacional, o que dificultaria a inserção destes n

se encontra

24,32%

cupada; FTFO+ - Utilização da

Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio Pime

, apesar de toda dificuldade e necessidade das unidades de produção

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

os produtores saírem de suas unidades de produção e se mudarem

, pois de acordo com a tabela 1 o

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

mensal estabelecido na época

que o valor apropriado pelas famílias observado pelo

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

. Também maior que o salário mínimo

que vale mais a pena o trabalhador rural

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

neração da força de trabalho familiar (MBF/Qh/d)

1). Ou seja, o produtor trabalhando em sua UPF recebe uma diária de R$

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas

o no pólo, já que se pode melhorar ainda mais as

Além disso,

verificamos que

pouca instrução educacional, o que dificultaria a inserção destes n

ra

cada vez mais exigente em relação ao

24,32%

Utilização da Força de

Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio Pime

, apesar de toda dificuldade e necessidade das unidades de produção

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

os produtores saírem de suas unidades de produção e se mudarem

, pois de acordo com a tabela 1 o

nível de vida (NV), em

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

mensal estabelecido na época

que o valor apropriado pelas famílias observado pelo

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

. Também maior que o salário mínimo

o trabalhador rural

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

) que apresentou um resultado de

1). Ou seja, o produtor trabalhando em sua UPF recebe uma diária de R$

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas

o no pólo, já que se pode melhorar ainda mais as

verificamos que

pouca instrução educacional, o que dificultaria a inserção destes n

cada vez mais exigente em relação ao

orça de Trabalho

Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006,

, apesar de toda dificuldade e necessidade das unidades de produção

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

os produtores saírem de suas unidades de produção e se mudarem

nível de vida (NV), em

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

mensal estabelecido na época

(R$ 380,00)

que o valor apropriado pelas famílias observado pelo

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

. Também maior que o salário mínimo

o trabalhador rural

investir em sua

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

que apresentou um resultado de

1). Ou seja, o produtor trabalhando em sua UPF recebe uma diária de R$

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas

o no pólo, já que se pode melhorar ainda mais as

verificamos que a maioria dos

pouca instrução educacional, o que dificultaria a inserção destes n

cada vez mais exigente em relação ao

rabalho

nta, 2005/2006,

, apesar de toda dificuldade e necessidade das unidades de produção

de complementar a renda seja por transferências governamentais ou assalariamento fora

os produtores saírem de suas unidades de produção e se mudarem

nível de vida (NV), em

termos monetários, em decorrência de suas atividades produtivas, apresentou R$

(R$ 380,00).

que o valor apropriado pelas famílias observado pelo

resultado apresentado pela MBF para aquisição de bens e serviços no mercado

. Também maior que o salário mínimo

investir em sua

própria unidade de produção do que trabalhar fora do lote. Isso é ratificado pelo índice

que apresentou um resultado de

1). Ou seja, o produtor trabalhando em sua UPF recebe uma diária de R$

enquanto que a diária média estabelecida na região é de apenas R$ 20,00.

Fazendo um comparativo com as famílias que vivem nas periferias urbanas,

o no pólo, já que se pode melhorar ainda mais as

a maioria dos

pouca instrução educacional, o que dificultaria a inserção destes no

cada vez mais exigente em relação ao

FTFO

FTFO+

Page 43: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

perfil que o profissional deve apresentar.

Tabela 1 - Desempenho Econômico mediano por UPF, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil

Indicadores Econômicos Unidade

Valor

RB R$/mês 564,38

MBF R$/mês 494,33

AC R$/mês 39,75

NV R$/mês 547,10

IEE

und.

1,00

MBF/RB

und.

0,94

MBF/Qh/d

R$/dia

52,76

TI

und.

0,87

Obs.: Resultados medianos por UPF.

Fonte: ASPF/ZEAS (2008)

No que tange ao valor do Termo de Intercâmbio a pesquisa revela que 87% da

renda total tem sido destinada a compra de bens de consumo, o que significa que apenas

13% da renda das unidades de produção estão sendo empregadas no processo produtivo

para investir e repor os fatores produtivos.

Com relação à composição da Renda Bruta no Pólo Agroflorestal Hélio

Pimenta, as atividades Hortículas demonstraram maior peso com 70,16%, enquanto que

a Agricultura apresentou 23,21% e as criações somente 6,63% na geração da renda de

acordo com a tabela 2. É válido mencionar que um dos fatores determinantes para as

Hortículas apresentarem maior participação na renda bruta total, seja o acesso a água.

Pois, 97% das UPFs possuem Açude e ainda 54% possuem Cacimba de Vertente

(gráfico 3).

É mister frisar ainda a Cebolinha com 18,52%, a Macaxeira com 5,04% e a

criação de aves/ovos com 3,77% como destaque de vendas de cada uma das atividades

produtivas desempenhadas no Pólo. Não menos importante, é valido mencionar a

distribuição das vendas uniformemente, sem maior concentração em apenas uma linha

de exploração.

Page 44: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

Tabela 2 – Evolução da Geração de Renda Bruta por linha de exploração, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil

Linha de Exploração Geração de Renda Bruta (%)

Pólo Hélio Pimenta

Agricultura 92.078,91 23,21%

MACAXEIRA 20.010,00 5,04%

BANANA 12.995,00 3,28%

CAJU 12.000,00 3,03%

CUPUAÇU 10.362,00 2,61%

OUTROS 36.711,91 9,26%

Criações 26.296,00 6,63%

CRIAÇÃO DE AVES/Ovos 14.962,00 3,77%

CRIAÇÃO DE PEIXES 7.200,00 1,82%

CRIAÇÃO DE BOIS/Leite/Queijo 4.134,00 1,04%

Hortaliças 278.271,00 70,16%

CEBOLINHA 73.460,00 18,52%

ALFACE 42.832,00 10,80%

COENTRO 39.672,00 10,00%

COUVE 26.941,00 6,79%

MAXIXE 20.436,00 5,15%

RÚCULA 17.220,00 4,34%

OUTROS 57.710,00 14,55%

Fonte: ASPF/ZEAS (2008)

Do ponto de vista econômico-financeiro, essa variedade na produção reflete

em ótimos resultados durante todo ano, pois cada linha de exploração possui

características próprias quanto ao ciclo de vida, época preferencial de plantio. Salienta-

se ainda que para o produtor rural cada época do ano é propícia para a colheita de

culturas específicas para assim poder vendê-las. A Alface, por exemplo, pode ser

plantada durante todo o ano, enquanto o melhor período de plantio da Banana

corresponde ao final da época seca, quando as chuvas ainda estão esparsas, já que as

necessidades de água das mudas são menores nos três meses que se seguem o plantio.

De acordo com a tabela 2, apesar das hortículas constituírem a maior margem

de composição da renda bruta das unidades produtivas, a Macaxeira apresenta melhor

desempenho econômico com 15,82 conforme explicita o IEE (Índice de Eficiência

Econômica) na tabela 3. O desempenho econômico da macaxeira pode ser justificado

pela facilidade e baixo custo no cultivo. Segundo a Comissão Executiva do Plano da

Lavoura Cacaueira (CEPLAC), a mandioca tolera as condições de acidez do solo e o

plantio da mandioca é recomendado de maio a outubro, entretanto, desde que haja

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umidade suficiente, a mandioca pode ser plantada em qualquer época do ano, além

disso, são recomendadas no máximo três capinas por ano. Destaca-se ainda a demanda

pela macaxeira, por ser uma das matérias primas principais da gastronomia tradicional

acreana.

Vale frisar ainda, que todos os principais produtos do pólo apresentaram bons

resultados, quanto ao Índice de Eficiência Econômica. Todos foram acima de 1, o que

significa que toda a produção está com situação de lucro, trazendo retorno financeiro ao

produtor.

De forma geral, a situação do pólo encontra-se equilibrada, pois para cada R$

1,00 de custo é gerado em torno de R$ 1,00 de renda (ver tabela 1).

Ainda sobre o índice de remuneração da força de trabalho familiar

(MBF/Qh/d), todos os produtos citados na tabela 3, com exceção da criação de aves,

apresentaram um valor superior ao custo de oportunidade. Considerando que a média de

remuneração no Pólo Hélio Pimenta é de R$ 52,76 (ver tabela 1) e o valor médio da

diária na região de R$ 20,00.

Tabela 3 – Evolução do desempenho econômico dos principais produtos, Pólo Hélio Pimenta, 2005/2006, Acre-Brasil

Linha de Exploração

MBF/Qh/d (R$) MBF/RB

IEE Custo

Unitário (R$)

Preço (R$) Qtde Pict

Macaxeira (S) 417,95

0,97

15,82

0,12

0,40

6100

526,48

Banana 776,02

0,99

2,62

0,75

3,00

250

22,91

Criação de aves 5,41

1,00

1,33

4,07

10,00

103

85,58

Cebolinha 46,34

0,96

1,05

0,24

0,25

7200

7.186,49

Alface 55,10

0,95

1,44

0,35

0,50

3000

1937,58

Coentro 46,41

0,93

1,12

0,45

0,50

2400

2078,79

Couve 55,03

0,92

1,32

0,19

0,25

4800

2982,57

Maxixe 49,59

0,95

1,49

0,26

0,50

2400

1.139,92

Obs.: MBF/Qh/d - Remuneração diária da força de trabalho familiar; MBF - Margem Bruta Familiar; RB - Renda Bruta; IEE - Índice de Eficiência Econômica; S – Solteira; Qtde – Quantidade; Pict – Ponto de Igualação dos Custos Totais

Fonte: ASPF/ZEAS (2008).

De acordo com a tabela 1, outro índice que apresentou ótimo resultado foi o

MBF/RB, o qual indica que mais de 90% da renda bruta gerada é apropriada pelos

produtores para aquisição de bens e serviços no mercado (subsistência), reposição dos

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capitais fixos e, se possível acumulação.

De acordo com ASPF (2008), tais resultados foram possíveis devido o tipo de

produção predominante, ou seja, a horticultura, além das políticas públicas na região,

tais como, a compra antecipada da produção, bem como o programa Fome Zero.

Page 47: ANÁLISE ECONÔMICA DO PÓLO AGROFLORESTAL HÉLIO PIMENTA – PERÍODO 2005/2006

CONCLUSÕES

Desde o começo dos anos 90, vem aumentando cada vez mais os debates e

interesses pela agricultura familiar rural. Interesse este que se materializou em políticas

públicas, como o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura

Familiar) e na criação do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), além do

revigoramento da Reforma Agrária. A formulação dessas políticas vem atendendo as

reivindicações das organizações de trabalhadores rurais e à pressão dos movimentos

sociais organizados, conjugado com a preocupação dos aspectos sociais e ambientas do

processo de desenvolvimento, de acordo com o que vem se denominando a

sustentabilidade do desenvolvimento rural, que busca o equilibro da dimensão

econômica, social e ambiental.

Como alternativa de desenvolvimento sustentável, nos anos 90, surgem os Pólos

Agroflorestais que possuem como característica básica a relação íntima entre trabalho e

gestão, a direção do processo produtivo conduzido pelos proprietários, a ênfase na

diversificação produtiva e na durabilidade dos recursos e na qualidade de vida, a

utilização de trabalho assalariado em caráter complementar e a tomada de decisões

imediatas, ligadas ao alto grau de imprevisibilidade do processo produtivo. Partindo do

princípio que desenvolvimento sustentável caracteriza-se por ser um modelo de

desenvolvimento que busca satisfazer as necessidades presentes sem comprometer as

necessidades futuras, os Pólos Agroflorestais foram criados também com esse objetivo

de preservar o meio ambiente, gerando renda e emprego a uma parcela da população

que estará utilizando os recursos naturais sem comprometer sua produção, buscando

uma melhor qualidade de vida. Assim, o meio rural, sempre visto como fonte de

problemas, cada dia mais tem demonstrado ser portador de soluções, vinculados a

melhoria no padrão e qualidade de vida de muitas famílias. Isso é ratificado pelos

resultados da pesquisa que apontaram a população do Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta

com um nível de vida mais elevado que o da periferia da cidade.

No presente estudo constatou-se um baixo índice de capitalização, ocasionando

um grande dispêndio de mão-de-obra e atraso no processo produtivo, que poderá estar

sendo usada de forma mais eficiente em diversas outras atividades, gerado pelo baixo

nível tecnológico, rusticidade dos equipamentos de produção e de técnicas ainda

bastante rudimentares.

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Como alternativa para tornar o processo produtivo mais dinâmico, propõe-se

cursos sobre as diversas formas de cultivo das mais variadas linhas de exploração,

gestão de trabalho no campo, assim como, palestras sobre as várias linhas de

financiamento bancário voltada para o trabalhador rural. Durante a pesquisa constatou-

se a falta de conhecimento dos produtores quanto o custo benefício dos empréstimos

rurais. Os dados levantados revelaram que apenas 3% das unidades de produção tiveram

acesso ao crédito bancário, e destes, 100% foi para uso comum, ou seja, nenhuma das

UPFs utilizou o recurso para investimento na produção.

Todavia, apesar do pouco conhecimento e escassez de instrumentos e técnicas

avançadas no cultivo das linhas de exploração, de forma geral, o pólo apresentou bons

resultados. Sobre o Índice de Eficiência Econômica (IEE), os principais produtos

explorados no pólo trouxeram lucro ao produtor rural. Ainda sobre o IEE a pesquisa

revelou que as unidades de produção encontram-se em estabilizadas

Verificando a composição da renda bruta e os custos totais, fora observado que

os custos são maiores que a renda bruta proveniente do processo produtivo sendo então

necessário a complementação dessa renda com transferências governamentais e

assalariamento para tornar as unidades produtivas viáveis.

Destaca-se ainda que com todas as dificuldades enfrentadas no campo o Nível de

Vida das famílias do pólo se apresentaram melhores do que aquelas que moram na

periferia da cidade, ou seja, mais de 1,5 salário mínimo mensal estabelecido na época.

Tendo em vista os dados apresentados nesta pesquisa, de forma geral, as famílias

assentadas no Pólo Agroflorestal Hélio Pimenta estão conseguindo se manter através

dessa nova modalidade de assentamento. Através de seus trabalhos nas mais diferentes

linhas de exploração, os moradores do Pólo estão gerando renda para suas subsistências

e pra compra dos materiais necessários para dar continuidade em seus processos

produtivos. No entanto, existem algumas condições – tais como disponibilização de

recursos e assistência técnica – que devem ser vistas com mais atenção pelas

autoridades competentes que tratam das políticas públicas para aquela região, para que

estas venham a ser implantadas de forma coesa a realidade das famílias da região

estudada.

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