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Sumário
1. IDENTIFICAÇÃO DA DEPENDÊNCIA .................................................................................. 3
2. OBJETIVO.............................................................................................................................. 3
3. METODOLOGIA UTILIZADA ................................................................................................. 4
4. DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO ................................................................................................. 6
5. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO ..................................................................... 6
6. LEIAUTE ................................................................................................................................ 7
7. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL .................................................................................................... 8
8. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS CADEIRAS E MESAS RECOMENDADAS PARA
ESCRITÓRIO ................................................................................................................................ 8
9. POSTURA ADEQUADA NO USO DO COMPUTADOR ...................................................... 11
10. ORGANIZAÇÃO POR GRUPO SIMILAR DE EXPOSIÇÃO ................................................ 13
11. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS GSE´s ............................................................................... 13
12. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................................ 17
13. RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................ 18
14. PLANO DE AÇÂO ................................................................................................................ 18
15. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 18
ANEXO I ...................................................................................................................................... 19
ANEXO II ..................................................................................................................................... 26
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1. IDENTIFICAÇÃO DA DEPENDÊNCIA
Razão Social: BANCO BRADESCO S.A.
CNPJ nº: 60.746.948/6272-63
Junção/Dependência: 3868/ PAB NORSA REFRIGERANTES
Endereço: Av. Meirim, S/N
CEP: 57084-700
Cidade/Estado: Maceió/AL
Tipo de Atividade principal:
Bancos múltiplos, com carteira comercial.
CNAE: 64.22-1-00
Grau de Risco: 1
Grupo de Risco: C-28
Número de funcionários: 1
2. OBJETIVO
2.1. ANÁLISE DA DEMANDA
Para focarmos a direção a ser seguida na elaboração dessa Análise Ergonômica do Trabalho,
devemos em primeiro lugar analisar a demanda.
A Análise da Demanda é a definição do problema, ou seja, definir corretamente os objetivos da
demanda é delimitar os pontos a serem tratados em um determinado estudo.
A demanda ergonômica é a primeira etapa do processo da Análise Ergonômica do Trabalho
(AET), que tem por objetivo a clara definição do problema a ser analisado a partir de uma
negociação com os diversos atores envolvidos. Ela pode ter diversas origens, como demandas
internas da organização relacionadas com a direção, gerência, trabalhadores e as demandas
externas como demandas sindicais e fiscalização, dentre outras.
Para o Banco Bradesco, a demanda originou-se de uma necessidade de atendimento à
legislação vigente e atendimento a suas normas internas de segurança do trabalho, meio
ambiente e responsabilidade social.
2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
O objetivo desta Análise Ergonômica é avaliar, analisar e propor soluções de melhorias
ergonômicas para os postos de trabalho desta agência, tendo como embasamento a NR - 17
(ERGONOMIA) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aprovados pela portaria 3214 de
08 de junho de 1978. Esta Norma tem por objetivo estabelecer parâmetros que possibilitem a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar conforto, segurança e desempenho eficientes.
4
Em conformidade com a NR – 17 buscou-se identificar as situações de:
Condições Ambientais dos Postos de Trabalho.
Mobiliário e Equipamentos dos Postos de Trabalho;
Exigências Biomecânicas do Trabalho;
Características da Organização do Trabalho;
3. METODOLOGIA UTILIZADA
3.1. Condições Avaliadas
Ergonomia Geométrica:
Conforto Posicional: Antropometria, desenho e projeto: Assentos, mesas, bancadas e
equipamentos. Postura de pés, braços, joelhos, pescoço e coluna vertebral.
Conforto Motor-Operacional: Movimentação musculoesquelética em função de cada
atividade.
Ergonomia Temporal:
Conforto Psicossocial: Jornada de trabalho, períodos de descanso, ritmo de trabalho;
relacionamento profissional e pessoal.
Ergonomia Ambiental:
Conforto Climático: Temperatura, umidade relativa e movimentação de Ar.
Conforto Visual: Níveis de iluminamento.
Conforto Auditivo: Níveis de ruído, perda de concentração e estresse.
3.2. Técnicas de Avaliação das Tarefas e Atividades
A análise da tarefa engloba tudo aquilo que o trabalhador deve realizar, bem como as
condições existentes para esta realização. Nesta fase, a partir das hipóteses previamente
estabelecidas pela análise da demanda, é definida a situação de trabalho a ser analisada, isto
é, delimitado o sistema homem/tarefa a ser abordado. Nesse contexto, atividade é o que o
profissional, efetivamente, realiza para executar a tarefa.
É a análise do comportamento do homem no trabalho. Nesta fase, é realizada a análise dos
comportamentos no trabalho: posturas, ações, gestos, comunicações, direção do olhar,
movimentos, estratégias, modos operativos, condições ambientais e técnicas organizacionais.
O objetivo é avaliar as condições psicofisiológicas das atividades laborais, com o intuito de
fazer recomendações que minimizem as condições de esforços e solicitações, tanto físicas
como psicológicas, que possam levar o profissional às condições de fadiga e estresse, em
função da sua intensidade e/ou repetitividade.
Fadiga, nesse contexto, significa o estado de diminuição reversível da capacidade funcional de
um órgão, de um sistema ou de todo o organismo, provocado por uma sobrecarga na utilização
daquele órgão, sistema ou organismo.
O estado de fadiga por si só, não se constitui numa condição grave. A Fadiga torna-se perigosa
à saúde do indivíduo quando este, no instante em que ela se manifesta, força o organismo
nesta situação, proporcionando sobrecarga.
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Assim, na busca de condições de fadiga, devem ser identificadas situações onde apareçam os
fatores biomecânicos, já citados no item 3 desse laudo.
Desta forma, o estudo ergonômico, dentro do próprio conceito da Segurança do Trabalho,
busca prevenir as condições geradoras de fadiga (sobrecargas física, mental e psíquica), de
forma a ser possível o desenvolvimento das atividades laborais em condições de conforto.
No estudo ergonômico, o estado de conforto significa condições psicofisiológicas de trabalho
que não imponham condições de sobrecargas cumulativas, permitindo a adequada
recuperação do organismo do profissional, de forma a não originar danos à sua saúde.
As técnicas de avaliação empregadas neste trabalho consistem basicamente de:
Coleta e seleção de dados nos locais de trabalho a fim de coletar todas as informações
acerca da realidade existente;
Quantificação (agentes ambientais);
Pesquisa bibliográfica técnica sobre os itens de análise;
Avaliação e análise dos resultados;
Recomendações Técnicas para Adequação Ergonômica
As condições e valores verificados foram comparados com o estabelecido pela Norma
Regulamentadora - NR 17 - "Ergonomia", dispositivo legal vigente, bem como, com outras
fontes técnicas de referência.
3.3. Metodologia de Avaliação Ambiental
Iluminação: As medições dos níveis de iluminamento foram feitas no campo de trabalho onde
se realizava a tarefa visual, utilizando-se um Luxímetro com fotocélula corrigida para a
sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. A medição iniciou-se após
a estabilização do aparelho de medição por um período mínimo de 15 minutos. Os níveis de
iluminamento observados nos locais de trabalho foram comparados com os valores de
iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, Norma Brasileira Registrada no INMETRO, seguindo
os critérios de avaliação da NHT-10-I/E da Fundacentro.
Temperatura Efetiva: Foi utilizado um Anemômetro, seguindo as orientações básicas de
manuseio do fabricante para obtenção da velocidade do ar, comparada com a NR 17, item
17.5.2., letra c. Através de psicrômetro à bateria, reconhecemos a temperatura de bulbo seco e
bulbo úmido. Ao combinar os valores obtidos pela temperatura de bulbo úmido e de bulbo
seco, determinou-se a umidade relativa do ar, esta comparada com a NR 17, item 17.5.2., letra
d, e por fim, a temperatura efetiva, que foi comparada com a NR 17, item 17.5.2., letra b.
Ruído: O Medidor de Nível de Pressão Sonora operando em circuito de compensação "A" e
circuito de resposta "lenta" (slow). O equipamento foi calibrado antes e depois de iniciada a
medição. As leituras foram feitas próximas a zona auditiva dos trabalhadores a uma distância
aproximada de 150 + 50 mm. Foram realizadas em média três leituras por ponto avaliado, após
estabilização do aparelho por pelo menos 5 segundos. Os níveis de ruído verificados foram
comparados aos estabelecidos na NR-17, item 17.5.2., letra a.
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3.4. Instrumentos utilizados nas medições ambientais
a) Temperatura: Termômetro de Globo Digital, marca INSTRUTHERM, modelo TGD-300
(certificado de calibração anexado).
b) Ruído: Decibelímetro Digital, marca ICEL MANAUS, modelo DL-4100 (certificado de
calibração anexado).
c) Iluminamento: Luxímetro, marca INSTRUTHERM, modelo LD–300 (certificado de
calibração anexado).
d) Velocidade do ar: Termo Anemômetro, marca SKILL-TEC, modelo SKTA-800
(certificado de calibração anexado).
4. DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO
O Banco Bradesco é uma das maiores instituições financeiras do Brasil, considerando o total
de ativos, número de agências e clientes. Atende no Brasil e no exterior a diversos perfis de
públicos, pessoa física, empresas de todos os portes e importantes sociedades e instituições
nacionais e internacionais. O banco oferece serviços e produtos que incluem operações de
crédito e captação de depósitos, emissão de cartões de crédito, consórcio, seguros,
arrendamento mercantil, cobrança e processamento de pagamentos, planos de previdência
complementar, gestão de ativos e serviços de intermediação e corretagem de valores
mobiliários.
5. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO
Trata-se de uma construção em alvenaria, destinado à atividade comercial.
As paredes dos ambientes são em alvenarias pintadas e o piso é de concreto, revestido com
cerâmica. O forro é revestido com placas de gesso. A iluminação é feita por luminárias com
lâmpadas alógenas, não havendo entrada de luz natural e a ventilação é feita por um sistema
de ar condicionado central.
Há sanitários para todos os funcionários divididos por sexo, de fácil acesso e copa, ambos em
bom estado de conservação, equipada com bebedouros e máquina de café. Todo o
estabelecimento apresenta bom estado de conservação e é mantido limpo e organizado.
O banco está organizado por setores de atendimento ao cliente e setores de retaguarda, que
servirão de base para o agrupamento de atividades e formação dos grupos similares de
exposição, constantes deste documento.
A seguir é apresentado o leiaute da agência, onde os postos de trabalho estão identificados por
números, para permitir sua fácil identificação.
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7. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Esta Análise Ergonômica tem por finalidade o atendimento dos seguintes dispositivos legais:
Alínea "a", do item 1.7, da NR -1 -"Disposições Gerais";
Inciso I, Art. 157, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;
NR-17 “Ergonomia “- Portaria MTE 3751, de 23/11/90, que regulamenta os artigos 198
e 199, Seção XIV -"Da Prevenção da Fadiga", da CLT.
Norma ABNT NBR 5413 – Iluminação de ambientes de trabalho.
Norma ABNT NBR 13966: 2008 - Móveis para escritório - Mesas - Classificação e
características físicas dimensionais e requisitos e métodos de ensaio.
Norma ABNT NBR 13962: 2006 - Móveis para escritório - Cadeiras - Requisitos e
métodos de ensaio
8. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS CADEIRAS E MESAS RECOMENDADAS
PARA ESCRITÓRIO
8.1. Cadeira
A norma NBR 13962:2006 especifica as características físicas e dimensionais e classifica as
cadeiras para escritório, bem como estabelece os métodos para a determinação da
estabilidade, resistência e durabilidade de cadeiras de escritório, de qualquer material,
excluindo-se longarina e poltronas de auditório e cinema.
Os padrões adotados pela norma baseiam-se em um uso de 8h ao dia por pessoas com peso
até 110kg, com altura entre 1,51m e 1,92m e que é denominada cadeira giratória operacional.
A norma define cadeira operacional, aquela com as seguintes características listadas abaixo:
Regulagem de altura do assento;
Regulagem do apoio lombar;
Base giratória;
Base com pelo menos cinco pontos de apoio, provida de rodízios;
Conformação da superfície do assento um pouco acentuada, e borda frontal
arredondada.
Ela deve ter regulagem da altura do espaldar ou encosto suficiente para que a região lombar
das costas seja devidamente apoiada. O espaldar deve abraçar a região lombar e, portanto,
deve ter no mínimo 41 cm x 26 cm. Ideal 40 cm x 35 cm.
O espaldar deve proporcionar pressão positiva na lombar. (O ideal é o contato permanente da
lombar). Algumas cadeiras possuem curvatura muito acentuada que associada ao contato
permanente não proporcionará conforto. Nas boas cadeiras a regulagem da altura do espaldar
se faz com dispositivos automáticos, móveis, que se movem com a ponta dos dedos.
A regulagem da altura do assento deve ser multe ponto com amortecedor e pistão (a gás ou
mecânico), permitindo que o assento possa variar a sua distância ao solo entre, pelo menos,
37 cm e 47 cm.
9
As espumas devem ser de poliuretano injetado para o assento e espaldar e devem ter garantia
com testes comprovados de sua durabilidade de compressão e controle da densidade ponto a
ponto. Espessuras de 40 mm para o assento, desde que obedeçam às regras acima, são
ideais, pois asseguram boa flexibilidade, compressão e ótimo visual. Devem ser injetadas na
forma final do assento, idem espaldar.
O assento deve ter dimensões de 46cm x 46 cm, sendo admissível 45 cm (largura) x 41 cm
(profundidade).
Os apoios de braços com regulagem de altura devem ter largura e comprimento que
proporcionem conforto. A largura deve ser, na parte maior, no mínimo 80 mm e o comprimento
ideal é 250 mm.
Atentar para o revestimento. O mais recomendado é 100 % poliéster
As bases devem ser injetadas em uma só peça em nylon com fibra de vidro que podem ou não
receber reforço de aço e serem equipadas com 5 pés, com rodízios de boa qualidade.
8.2. Mesa
De acordo com a Norma ABNT NBR 13966 considerou-se como medidas adequadas para
mesas, conforme apresentado na ilustração abaixo:
Tampo com 80cm ou mais de largura quando o formato da mesa for retangular;
Tampo de 60cm a 110cm de profundidade quando o formato de mesa for retangular; e
80cm de profundidade mínima (para acomodar o monitor), para mesas no formato “tipo
delta”.
Espaço de profundidade mínimo sob o tampo para adequação dos joelhos é de 45cm e
para os pés de 57cm.
Espaço de largura mínimo sob o tampo para adequação das pernas é de 60cm ou
mais.
8.3. Áreas de alcance
A área de alcance ótimo sobre a mesa pode ser traçada, girando-se os antebraços em torno
dos cotovelos com os braços caídos normalmente. Estes descreverão um arco com raio de 35
a 45 cm. A parte central, situada em frente ao corpo, fazendo interseção com os dois arcos,
será a área ótima para se usar as duas mãos.
A área de alcance máximo será obtida fazendo-se girar os braços estendidos em tomo do
ombro. Estes descrevem arcos de 55 a 65 cm de raio.
A faixa situada entre a área ótima e aquela de alcance máximo deve ser usada para colocação
de material de uso menos frequentes. Aquelas tarefas de maior frequência e com maiores
exigências de precisão, devem ser executadas dentro da área ótima.
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8.4. Uso de apoio para os pés
De acordo com o mobiliário padrão e estudos realizados pelo Banco BRADESCO é
recomendado o uso de apoio para os pés aos funcionários com estatura abaixo de 1,66m.
Mesa com altura do tampo regulável
Consultando o item antropometria, do software Ergolândia, verifica-se que, uma pessoa com
1,60m, para manter os antebraços paralelos ao piso e com um ângulo de 90° com o braço,
sobre o tampo da mesa com 0,69m (0,74-0,05) de altura, ficará com a palma do pé a 2cm do
piso, distância essa compensada pelo uso de sapatos.
Áreas de alcance ótimo e máximo
na mesa, para o trabalhador
sentado.
0,69
0,02
0,41
11
9. POSTURA ADEQUADA NO USO DO COMPUTADOR
Dores lombares e lesão por esforço repetitivo (LER/DORT) são comuns para pessoas que
trabalham intensamente com o computador. Entretanto, com um pouco de cuidado e o uso
adequado do equipamento, esses males podem ser minorados ou, mesmo, eliminados. Para
isso basta seguir as seguintes regras básicas:
Manter uma postura adequada, com o corpo relaxado e o peso bem distribuído. A digitação
deve ser possível sem necessidade de torcer o pescoço ou dorso ou ter de se curvar para ver a
tela ou o papel de leitura.
O topo da tela não deve estar em um nível superior ao dos olhos do usuário.
As distâncias entre os olhos do usuário e a tela, o papel de leitura e o teclado devem ser,
aproximadamente, iguais. A tela deve ser ajustada de forma a evitar-se reflexos.
Sempre que possível, posicionar o monitor e teclado em frente ao operador.
A altura do teclado deve estar regulada de tal forma que o mesmo esteja um pouco abaixo do
nível dos cotovelos do usuário. O usuário deve poder digitar confortavelmente, com os ombros
relaxados e os antebraços paralelos ao piso.
Salientamos que só pelo fato do profissional permanecer sentado a pressão nos discos
intervertebrais da coluna lombar aumenta em 50% em relação à pressão quando a mesma está
em pé, esses discos são estruturas praticamente desprovidas de nutrição por artérias, um
aumento na sua pressão interna tem como consequência uma redução na nutrição dos discos,
com tendência aumentada a degeneração.
O apoio para as costas, regulado em altura adequada, é de grande importância para a redução
das pressões intradiscais.
O ângulo de 100º até 110º entre o tronco e as coxas é o que melhor atende ao conforto
ergonômico salutar.
É importante considerarmos que mesmo na posição sentada, a postura ideal é a dinâmica, ou
seja, na escolha de assentos devemos sempre optar por aqueles que combinem um perfil
anatômico correto com uma flexibilidade que vai permitir que o indivíduo altere sua posição
sempre que desejar, pois nenhuma posição solicita os mesmos músculos.
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Toda a mudança de posição é acompanhada de um estímulo exercido em determinada
musculatura com um alívio verificado em outra.
As impressoras, quando existentes, devem ser preferencialmente posicionadas nas mesas de
tampo único, liberando a mesa com tampos de alturas ajustáveis para uso exclusivo do
computador.
No caso de o Colaborador ter de consultar duas telas de forma simultânea, ambas devem se
colocadas em distância visual aproximadamente igual e, preferencialmente, em posição frontal
ao Colaborador. Isso facilita a digitação, melhora a postura e evita a fadiga por alteração
constante da distância focal.
Os joelhos devem estar, ligeiramente, acima da altura do quadril, de forma a facilitar a
circulação sanguínea das pernas. Para isso é aconselhado o uso de um apoio para os pés,
quando a altura do funcionário é menor que 1,65m.
O encosto da cadeira deve estar regulado, de forma a suportar a parte inferior da coluna, até
próximo à altura das escápulas.
A coluna do usuário deve permanecer reta, formando um ângulo, aproximado, de 90 graus com
as pernas.
O usuário deve evitar dobrar os pulsos, que devem ser mantidos relaxados, numa posição
neutra, durante a digitação.
Por melhor que sejam as cadeiras utilizadas, as mesmas não devem ser utilizadas de forma
contínua durante as 8 horas da jornada de trabalho, pois a compressão dos tecidos exige
mudanças periódicas de posição. A cada hora de trabalho o usuário deverá levantar-se,
exercitar as suas mãos, pulsos e braços e caminhar um pouco, para ativar a circulação
sanguínea.
Procurar mesclar os serviços de digitação com outros tipos de serviço, evitando a digitação
direta por tempo prolongado. Isso reduz o estresse, evita lesões e aumenta a produtividade.
O usuário deve evitar ficar olhando para a tela do computador por tempo prolongado. Isso
produz cansaço visual.
De vez em quando ele deve desviar os seus olhos para outros objetos, que estejam distantes e
O espaço sob o tampo deve estar desobstruído para o bom posicionamento das pernas do
colaborador.
Conscientizar o profissional sobre a importância de se fazer os ajustes necessários nos
equipamentos às suas características individuais antes de iniciarem suas atividades laborais
(ajustes para cadeira, mesa, distâncias e alturas do monitor e teclados);
Observações sobre manutenção de postura inadequada
Trabalhar com o monitor deslocado para a lateral pode causar dor no pescoço, na região do
trapézio e do músculo esternocleidomastóideo (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER,
1995).
Trabalhar com o monitor de vídeo excessivamente alto costuma causar dor na região do
pescoço (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995).
13
Trabalhar com o monitor de vídeo excessivamente baixo, além da dor na região do pescoço,
costuma causar dor na região dorsal (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995).
Trabalhar com o teclado excessivamente baixo, geralmente causado por mesas ditas "para
computador", que têm uma altura muito baixa e obrigam a pessoa a ficar com o tronco
encurvado para frente e com os braços e antebraços fora da posição correta de trabalho,
ocasionam também extensão do punho, com tendência a compressão do nervo mediano no
túnel do punho (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995).
O uso do mouse com abdução do ombro direito, devido ao comprimento excessivamente
grande do teclado (45 cm) e à impossibilidade de situá-lo exatamente à frente do operador (a
letra A, do teclado, deve ficar alinhada com a mão esquerda), e o uso do mouse longe
do corpo pode ocasionar sobrecarga sobre a musculatura do ombro direito (COUTO,
2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995).
10. ORGANIZAÇÃO POR GRUPO SIMILAR DE EXPOSIÇÃO
10.1. Formação dos Grupos Similares de Exposição - GSE
Sempre que as atividades exercidas pelos empregados se mostraram similares, sob o ponto de
vista ergonômico, eles foram agrupados em um mesmo GSE (grupo similar de exposição), de
acordo com a divisão abaixo:
GSE Setor Postos de Trabalho
(Vide leiaute)
1 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS 01
2 GERÊNCIA DE AGÊNCIA 02
11. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS GSE´s
11.1. GSE 1 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS
Abrange o(s) posto(s) de trabalho 01, de acordo com o leiaute.
11.1.1. Atividades
Divide-se em quatro tipos, a saber: Pré-atendimento da sala de autoatendimento: Atendimento
e orientação a clientes para utilização dos terminais de autoatendimento para operações de
saque, depósitos transferências, consultas e outras, orientação para o correto preenchimento e
preparação de documentos e estimular os clientes a passarem a fazer uso dos outros canais
alternativos (fone-fácil, débito automático e Internet). Pré-atendimento do salão da agência:
Identificação dentre os usuários da agência e clientes, oportunidades de colocação dos
produtos do banco e de abertura de contas, encaminhando o cliente/usuário ao gerente de
expansão e identificação das demandas dos clientes, de modo a estimular a utilização dos
canais alternativos (fone-fácil, autoatendimento, débito automático e Internet). Pré-atendimento
de caixa:
14
Atua em balcão fixo na entrada das baterias de caixa de vanguarda, de modo a auxiliar e
orientar os clientes no cálculo de títulos de cobrança, impostos e outras taxas vencidas (cálculo
de multas) e orientação para o correto preenchimento e preparação de documentos. Pré-
atendimento de porta: Atua na porta do salão principal da agência, de modo a orientar o
público, garantindo que os clientes e usuários sejam direcionados corretamente aos diferentes
setores da agência.
11.1.2. Equipamentos e Máquinas
São utilizados materiais diversos de escritório, como canetas, lápis, papel, telefone,
impressora, etc.
11.1.3. Mobiliário do Setor
Trabalham se movimentando pela agência, sem uso de mobiliário específico.
Demonstrativo Fotográfico
11.1.4. Condições Ambientais
Valores Encontrados na Avaliação
Posto de Trabalho
Iluminação (Lux)
Temperatura Efetiva
(°C)
Umidade Relativa do
Ar (%)
Ruído (dB(A))
Velocidade do Ar (m/s)
1 640 22,1 40 50 < 0,32
Conclusão: Os dados obtidos atendem a NR-17 Ergonomia, item 17.5.2, alíneas a, b, c
e d e o item 17.5.3.3. (adequado)
11.1.5. Biomecânica Ocupacional
Na área de autoatendimento o funcionário permanece em pé o tempo todo, pois sua função é
auxiliar os clientes que acessam as caixas eletrônicas, entretanto é feito revezamento nesta
função, evitando-se que o funcionário permaneça em pé por mais de 2 horas.
Trabalha com o corpo no eixo vertical natural;
Não sustenta cargas pesadas com os membros superiores;
O mobiliário e equipamentos permitem que posturas adequadas sejam assumidas.
15
Não assume posturas forçadas, tais como, abdução ou elevação dos braços acima dos
ombros;
Não realiza esforços de manusear, levantar ou transportar cargas;
Não digita de forma intensiva;
Não executa esforços estáticos durante períodos prolongados de tempo;
É importante considerarmos que nenhuma posição solicita os mesmos músculos, toda a
mudança de posição é acompanhada de um estímulo exercido em determinada
musculatura com um alívio verificado em outra.
11.2. GSE 2 GERÊNCIA DE AGÊNCIA
Abrange o(s) posto(s) de trabalho 02, de acordo com o leiaute.
11.2.1. Atividades
O trabalho de gerência se caracteriza pelo acompanhamento da gestão, pela responsabilidade
da tomada de decisões de alto nível e resolução de problemas. A par dessas atividades há as
operacionais, que incluem o atendimento a clientes, inclusive fazendo visitas externas, venda
de produtos e serviços e prospecção de novos clientes, entre outras.
11.2.2. Equipamentos e Máquinas
Microcomputador com monitor de cristal líquido de fina espessura, com possibilidade de ajuste
da altura e ampla movimentação no plano horizontal e vertical, com movimentação lateral;
teclado independente do monitor, possui pequeno ajuste do ângulo em relação ao tampo da
mesa; teclas são de fácil acionamento. O sistema possui interface de fácil utilização pelo
usuário. (Posto 02)
São utilizados também materiais diversos de escritório, como canetas, lápis, papel, telefone,
impressora, etc.
O equipamento e periféricos atendem a NR-17 Ergonomia, item 17.4.3, alíneas a, b, c e d. Há
11.2.3. Mobiliário do Setor
Mesa com revestimento em material fosco não refletivo, bom espaço para colocação dos
materiais e ferramentas de trabalho, bom espaço para acomodação das pernas e bordas
anteriores arredondadas. (Posto 02)
Cadeira com rodízio, assento com regulagem de altura, regulagem do apoio lombar e
regulagem de altura do antebraço. Revestida de material estofado e bordas arredondadas.
(Posto 02)
Conclusão: O mobiliário atende a Norma ABNT NBR 13966: 2008 - Móveis para
escritório - Mesas - Classificação e características físicas dimensionais e requisitos e
métodos de ensaio, a Norma ABNT NBR 13962: 2006 - Móveis para escritório -
Cadeiras - Requisitos e métodos de ensaio e a NR-17, itens 17.3.2, alíneas a, b e c e
17.3.3, alíneas a, b, c e d.
16
Demonstrativo Fotográfico
11.2.4. Condições Ambientais
Valores Encontrados na Avaliação
Posto de Trabalho
Iluminação (Lux)
Temperatura Efetiva (°C)
Umidade Relativa do
Ar (%)
Ruído (dB(A))
Velocidade do Ar (m/s)
2 505 22,1 40 50 < 0,32
Conclusão: Os dados obtidos atendem a NR-17 Ergonomia, item 17.5.2, alíneas a, b, c
e d e o item 17.5.3.3.
11.2.5. Biomecânica Ocupacional
A atividade deste GSE é executada predominantemente na postura sentada, alternando para a
postura em pé quando realiza deslocamentos para outros setores ou no atendendo de clientes
que perambulam pelo setor.
Trabalha com o corpo no eixo vertical natural;
Não sustenta cargas pesadas com os membros superiores;
Trabalha preponderantemente sentado, mas de quando em quando levanta-se e
movimenta-se para a realização de tarefas administrativas, atendimento de clientes e
serviços externos;
O mobiliário e equipamentos permitem que posturas adequadas sejam assumidas.
Não assume posturas forçadas, tais como, abdução ou elevação dos braços acima dos
ombros;
Não realiza esforços de manusear, levantar ou transportar cargas;
Não digita de forma intensiva;
Não executa esforços estáticos durante períodos prolongados de tempo;
Trabalha com os pés apoiados no piso ou em suporte apropriado, o que evita a
pressão excessiva da parte posterior das coxas contra o assento, resultando na
melhoria da circulação.
É importante considerarmos que nenhuma posição solicita os mesmos músculos, toda a
mudança de posição é acompanhada de um estímulo exercido em determinada musculatura
com um alívio verificado em outra.
17
12. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Normas de Produção:
As normas de produção para execução das tarefas são desenvolvidas conforme demandas e
funcionamento do expediente. As normas são coerentes e possíveis de serem cumpridas, pois
os funcionários estabelecem o seu modo de executar a tarefa.
Modo Operatório:
As atividades realizadas pelos funcionários seguem basicamente o modo prescrito pela
empresa. Os funcionários normalmente estabelecem o “seu modus operandi”, fazendo eles
mesmo a sistemática de trabalho para realizarem suas atividades e atingir os objetivos. Não é
exigida dos funcionários nenhuma forma padrão de execução de serviços, contudo é feito
controle e exigências de qualidade e produtividade como forma de alcançar eficiência e eficácia
no atendimento às demandas de clientes.
Exigência de Tempo:
Não é estabelecido um tempo determinado para execução das tarefas e atividades, contudo,
percebe-se que o funcionário varia a cadência de acordo com a sua percepção da demanda,
de forma a poder cumprir as tarefas do setor durante o período da jornada de trabalho.
Determinação do Conteúdo de Tempo:
A maior parte do tempo é despendida na execução das tarefas rotineiras. O funcionário tem
liberdade para executar pausas para necessidades pessoais e para tomar café. Em postos
onde há constante afluxo de clientes é feita cobertura por algum colega do setor.
Ritmo de Trabalho:
O ritmo de trabalho pode ser balanceado pelo empregado, mesclando atividades de
atendimento ao cliente, que são impostas pela demanda em determinado dia e momento, com
outras atividades inerentes ao cargo, não relacionadas diretamente à demanda de
atendimento. Nos dias e/ou horários de “pico”, as atividades de atendimento ocupam,
praticamente, todo o tempo disponível, com maior intensidade.
Conteúdo das Tarefas:
Há uma variação grande de atividades, dando oportunidade ao empregado de usar a sua
criatividade, de acordo com a demanda apresentada pelo cliente. Isto torna o trabalho mais
estimulante.
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13. RECOMENDAÇÕES
13.1. Recomendações quanto a mobiliários e condições ambientais
GSE Recomendações
1 Não há recomendações específicas.
2 Não há recomendações específicas.
13.2. Recomendações Gerais
Fornecer apoio para os pés para todos os funcionários, com menos que 1,66m de altura
Incentivar os funcionários a consultarem a “Orientação sobre Postura” localizada na Intranet – Bradesco, através do caminho: Dependência/ Recursos Humanos/ Segurança e Saúde Ocupacional/ Orientação sobre Postura.
Avaliação sobre a jornada de trabalho, reiterando as normas internas.
14. PLANO DE AÇÂO
Baseado nas recomendações e sugestões constantes neste documento deve ser estabelecido
um plano de ação para análise e implantação de melhorias.
15. CONCLUSÃO
A agência analisada já apresenta condições ergonômicas que podem ser classificadas como
boas, entretanto elas ainda podem ser melhoradas com a adoção das recomendações
constantes desse laudo, aumentando o conforto para os profissionais que militam na unidade e
reduzindo a probabilidade da aquisição de doenças ocupacionais de origem ergonômica.
Maceió, 13 de junho de 2017.
FERNANDO ANTONIO CAMARGO DE ARRUDA PENTEADO, MSc. Engenheiro Industrial Mecânico e de Segurança do Trabalho Reg. Nacional CONFEA – 260201215-7 CREA 0600376717