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phunghanh
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II
CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA
CELSO SUCKOW DA FONSECA CEFET/RJ
ANLISES TERMO MECNICAS DE NANO
COMPSITOS POLIMRICOS REFORADOS COM
PARTCULAS DE DIXIDO DE TITNIO
Mbela Mabaya
Rio de Janeiro
Novembro de 2015
III
CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA
CELSO SUCKOW DA FONSECA CEFET/RJ
ANLISES TERMO MECNICAS DE NANO
COMPSITOS POLIMRICOS REFORADOS COM
PARTCULAS DE DIXIDO DE TITNIO
Mbela Mabaya
Projeto de Graduao apresentado em cumprimento
s normas do Departamento de Educao Superior,
Como parte dos requisitos necessrios obteno do
Ttulo de Bacharel em Engenharia Mecnica.
Prof. Orientadora: Juliana Primo Baslio de Souza
Rio de Janeiro
Novembro de 2015
IV
FICHA CATALOGRFICA
(BIBLIOTECA)
V
DEDICATRIA
Dedico este projeto, primeiramente a Deus, por me dar foras e permitir a
concepo deste trabalho. E tambm aqueles que nunca hesitaram em realizar
grandes esforos para que conseguisse chegar a este momento, meus pais,
familiares, minha esposa e amigos.
VI
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por permitir a minha existncia
e evoluo como ser humano.
A toda a minha famlia, meus pais Jean Philibert Mabaya e Elise Kulenduka.
A minha querida professora Ktia Maria de Paula Lopes, por todo apoio,
carinho e palavras de incentivo.
A minha esposa Patrcia Figueiredo Santos pela pacincia, carinho, ajuda e
incentivo incondicionais em todos os momentos dessa jornada.
Ao muito querido amigo e professor lvaro Lus Martins de Almeida Nogueira
por acreditar em mim, mesmo quando nem eu acreditava mais.
A minha orientadora Juliana Primo Baslio de Souza pela pacincia, apoio e
suporte nos momentos mais difceis desse trabalho.
A todos os professores pela oportunidade de aprender, pelo carinho, pelos
conselhos e amizades.
VII
RESUMO
Este trabalho visa a caracterizao das propriedades termo mecnicas do material
compsito produzido pela disperso de nano compsitos de dixido de titnio em
uma matriz constituda de resina epxi. As propriedades termomecnicas de nano
compsitos polimricos esto associadas com a qualidade de adeso entre a matriz
e as nano partculas. A adeso est relacionada com a natureza dos materiais e a
superfcie disponvel para as interaes qumicas ou mecnicas, e eletrostticas
entre estes materiais. Este fenmeno se apresenta como grande potencial no
desenvolvimento de novos materiais com propriedades trmicas e mecnicas
capazes de atender diferentes necessidades. Alm disso, o desempenho mecnico
dos nano compsitos foi examinado para vrios contedos de TiO2 nano
particulados, para mostrar que o material preparado por disperso, mostra um perfil
de melhores propriedades. Neste trabalho foi observado o comportamento
termomecnico do compsito produzido em comparao com a resina epxi pura.
Para tal foram realizadas anlise de calorimetria diferencial de varredura (DSC),
anlise mecnica dinmica (DMA) e termogravimtrica (TGA) para determinar a
qualidade da adeso e como o material se comporta em elevadas temperaturas.
Palavras chave: Anlises termomecnicas, Nano compsito de dixido de titnio,
compsitos, polmeros reforados com partculas
VIII
ABSTRACT
This work is aim at the characterization of the thermo mechanical properties of the
composite material produced by dispersing titanium dioxide nano composites in a
matrix made of epoxy resin. The thermo mechanical properties of nano polymer
composites are associated with the quality of adhesion between the matrix and the
nanoparticles. The adhesion is related to the nature of the materials and the surface
area available for chemical or mechanical interactions and electrostatic between
these materials. This phenomenon presents as great potential in developing new
materials with thermal and mechanical properties able to attend different needs.
Furthermore, the mechanical performance of nano composites were examined for
various nanoparticles of TiO2 content to show that the material prepared by
dispersing mode shows a better properties profile. In this study, we observed the
thermo mechanical behavior of the composite produced in comparison with the pure
epoxy resin. This analysis were performed with differential scanning calorimetry
(DSC), dynamic mechanical analysis (DMA) and thermogravimetry (TGA) to
determine the quality of adhesion and the material behaves at elevated
temperatures.
Key words: Thermo mechanical analysis, titanium dioxide nano composite,
composite, reinforced polymers with particles.
IX
RESUME
Cette tude vise caractriser les proprits thermomcaniques du matriel
compos produites par dispersion de nano compos de dioxyde de titane dans une
matrice forme par rsine poxy. Les proprits thermomcaniques de nano
composs polymriques sont associes la qualit de l'adhrence entre la matrice
et les nano particules. L'adhsion est lie la nature des matriaux et de l'aire de
surface disponible pour des interactions chimiques ou mcaniques et
lectrostatiques entre ces matriaux. Ce phnomne se prsente comme un grand
potentiel dans le dveloppement de nouveaux matriaux avec les proprits
thermiques et mcaniques capables de rpondre aux diffrents besoins. En outre, la
performance mcanique des particules de nano composs a t examine pour
diffrents contenus de nano particules de 2, pour montrer que le matriel prpar
par dispersion, exibe un profil de meilleures proprits. Dans cette tude, on a
observ le comportement thermomcanique du produit compos en comparaison
avec la rsine poxy pure. Pour cette analyse, ont t effectus: calorimtrie
diffrentielle balayage (DSC), l'analyse mcanique dynamique (DMA) et
thermogravimtrie (TGA) pour determiner la qualit de l'adhrence et comme se
comporte un materiel des tempratures leves.
Mots-cls: Analyse thermomcanique, nanocomposs de dioxyde de titane, les
matriaux composs, les polymres renforcs de particules
X
Sumrio
LISTAS DE FIGURAS...XI
LISTAS DE TABELASXII
1INTRODUO ...................................................................................................................... 1
1.1MOTIVAO E JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 2
1.2OBJETIVO ............................................................................................................................... 2
1.3METODOLOGIA E TRABALHO REALIZADO ............................................................................. 3
1.4ORGANIZAO DO TRABALHO .............................................................................................. 5
2 REVISO BIBLIOGRFICA .......................................................................................... 6
2.1NANO COMPSITOS DE DIOXIDO DE TITNIO..8
2.2COMPSITOS..11
2.3POLMEROS REFORADOS COM PARTCULAS.13
2.4ANLISES TRMICAS.15
2.4.4TEMPERATURA DE TRANSIO VTREA E TEMPERATURA DE ESTABILIDADE TRMICA23
3 MTODO EXPERIMENTAL......29
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS29
3.2 MTODO DE FABRICAO DE COMPSITOS..30
3.3 TCNICA DE CARACTERIZAO E ENSAIOS REALIZADOS.30
3.3.1 ENSAIO DE TGA..31
3.3.2 ENSAIO DE DMA...32
4 RESULTADOS E DISCUSSO..33
4.1 RESULTADOS DE TGA33
4.2 RESULTADOS DE DMA...35
5 CONCLUSO...38
6 REFERNCIAS BIBILIOGRFICAS.39
7 APNDICE45
XI
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.3 Diagrama de bloco de um sistema trmico diferencial moderno 4
Figura 2.a Representao das formas Anatsio, Rutilo e Broquita de 2 6
Figura 2.b Estrutura qumica de uma Resina Epxi Diglicidil ter de Bisfenol A[18] 7
Figura 2.1.1 Produo de 2 no Brasil (valores em toneladas) 10
Figura 2.1.2 Estratgias de nano-compsitos [9] 11
Figura 2.2 Processamento e caracterizao de polmeros e seus compsitos [15] 12
Figura 2.3 Utilizao do polmero de acordo com a temperatura [22-23] 14
Figura 2.4.2.1 Representao esquemtica do funcionamento da tcnica DTA[10] 18
Figura 2.4.2.2 Curavas esquemticas de aquecimento[25-28] 19
Figura 2.4.2.3 Exemplo de uma curva de DSC. [30] 20
Figura 2.4.3.1 Variao da tenso e deformao com tempo para uma amostra[35] 22
Figura 2.4.3.2 Evoluo dos mdulos em funo de temperatura, num teste DMA. [3] 23
Figura 2.4.4 Curvas obtidas numa anlise DMA, indicando as diferentes formas de Tg. [46] 25
Figura 2.4.5.1 Dependncia do valor do mdulo em funo de temperatura[16]. 27
Figura 2.4.5.2 Mdulo de Young versus temperatura [17] 28
Figura 3.3.1 Desenho detalhado de um instrumento de termogravimtrica[1] 31
Figura 3.3.2 (a) Dimenses (em mm) das amostras utilizadas em mtodos DMA 32
Figura 3.3.2. (b) Tipos de carregamentos que se encontram no aparelho de DMA[3] 32
Figura 4.1: Curvas Termogravimtricas [11] 35
Figura 4.2. (a) Curvas de Mdulo de Young medidas na anlise de DMA 36
Figura 4.2. (b) Curvas de Temperatura de transio medidas na anlise de DMA 36
XII
LISTA DE TABELAS
Tabela 2 Polimorfos de 2 [18] 7
Tabela 2.4 Classificao das tcnicas termo analticas [18-21]. 16
Tabela 3.1 Propriedades de Resinas Epxi 29
Tabela 4.1 Resultados de TGA de nano-compsitos / ER com 2 33
Tabela 4.2 Resultados de DMA de nano-compsitos / ER com 2 37
1
1 INTRODUO
Nano compsitos so materiais no qual um dos constituintes possui dimenses
manomtricas. Dependendo do autor e do campo de aplicao, essas dimenses podem ser
consideradas na ordem de 1 a 20 nm ou de 1 a 100 nm [1]. A disperso de nano partculas
melhoram as interaes em escala molecular devido a sua maior rea superficial que
proporciona o aumento nas foras de van der Waals e consequentemente nas foras de
adeso entre a matriz e o reforo, influenciando nos parmetros fsicos em escala que no
pode ser alcanada utilizando mtodos convencionais de preenchimento [2-3].
Nano compsitos polimricos compostos por uma matriz orgnica e nano partculas
inorgnicas fazem uma unio til das funcionalidades de polmeros, como baixo peso e
moldabilidade, com as boas propriedades mecnicas, trmicas e eltricas de nano
partculas [4]. Desta forma, nano compsitos tem a vantagem de se adaptar as propriedades
do polmero de acordo com a sua aplicao pela adio de nano partculas corretas. Tem se
verificado nos ltimos anos a crescente utilizao de materiais nano compsitos polimricos
em diversos setores industriais. Pode se considerar que essa nova classe de material tem
se demostrado promissora [4-6]. Resinas Epxi so rotineiramente utilizadas como
adesivos, revestimentos e como materiais para envasamento. As resinas epxi possuem
uma variedade de aplicaes das quais podemos: citar a utilizao em componentes de
aeronaves militares, construo civil, produo de instrumentos musicais, aplicaes na
indstria automotiva, etc. [6-7].
Resinas Epxi so uma das mais importantes classes de polmeros termoestveis
usados para aplicaes estruturais ou como adesivos, pois mostram alta fora de adeso e
mdulo, fcil processamento, boa resistncia qumica e trmica. Entretanto, em muitas
aplicaes, sua baixa resistncia fratura a sua maior deficincia. Aps a cura, os
sistemas epxi apresentam pequena contrao, em mdia na ordem de 2%. Este
comportamento indica que para formar o sistema curado necessrio um baixo grau de
rearranjo molecular. Quanto estabilidade qumica, o epxi um dos termorrgidos mais
inertes e possui boa estabilidade dimensional em servio [8]. As resinas epxi so
compostos orgnicos, mais precisamente polmeros que se formam a partir da reao ter
cclico com o bisfenol. Elas so tambm denominados de polisteres por serem derivados
de um ter, podem ser encontradas na forma lquida e incolor, so solveis em lcool, ter e
2
benzeno. Em razo da estrutura rgida, as colas e cimentos do tipo epxi so usadas para
fabricar skates, tacos de golfe, raquetes de tnis, e at em asas e fuselagem de avies[8,9].
A resina epxi possui uma funo muito importante nestes casos: manter as fibras unidas
[10].
1.1 Objetivo
Este trabalho tem como objetivo a fabricao do compsito de resina epxi por
incorporao de nano compsito de 2 em percentuais (em massa) variados. Em seguida
sero analisadas as propriedades termomecnicas deste compsito para verificar se houve
alguma melhoria em comparao com a resina epxi pura com as diferentes quantidades de
nano compsitos adicionados. A energia trmica, a morfologia e as propriedades visco
elsticas do nano compsito e a resina pura sero medidas com TGA (Thermogravimetry
Analysis), DMTA (Dynamic Mechanical Thermic Analysis) e Instron. Os nano partculas so
dispersas uniformemente por todo o volume da resina. A infuso de nano partculas melhora
as propriedades trmicas, mecnicas e visco elsticas da resina epxi.
Nano compsitos de dixido de titnio so muito utilizados pelas suas elevadas
propriedades mecnicas, eltricas, trmicas e isolantes. Os polisteres aromticos tambm
chamados de polisteres termoplsticos apresentam caractersticas como alta resistncia
trmica, resistncia mecnica, fcil processamento e excelente moldabilidade, tornando-se
de grande importncia econmica no mercado de plsticos [15,16,17].
1.2 Motivao e Justificativa
Conforme mencionado anteriormente, a incorporao de nano partculas na resina
epxi tem se mostrado um meio promissor para melhorar as propriedades do material. O
desenvolvimento desta nova classe de material pode levar a uma nova forma de aplicao
das resinas epoxdicas ou at mesmo as aplicaes em novas reas. Dentro deste contexto
a motivao para este estudo provm da possibilidade de se conseguir melhorias
significativas nas propriedades da resina epxi. O estudo quantitativo de transformao de
estado slido em vrios tipos de materiais, por meio de DSC (Diferente Scanning Calometry)
e DMTA (Dynamics Mechanical Thermic Analysis) tem sido rotineiramente discutido.
3
Enquanto, DSC, elucida a cintica de degradao do polmero e as etapas de
decomposio, DMTA fornece um sistema de teste sensvel para a determinao rpida das
propriedades termomecnicas, como uma funo da frequncia, da temperatura ou tempo.
Por razes econmicas, um curto tempo de disperso tambm de interesse.
Neste projeto pretende-se estudar o comportamento termomecnico de novos
materiais, em particular, os nano compsitos, por apresentar um comportamento complexo e
por sua promissora aplicabilidade. Por isso, o estudo de novos modelos matemticos que
possam prever o comportamento de tais materiais se torna algo muito relevante. E
consequentemente, para melhor modelagem e uma boa caracterizao dos materiais, faz-se
necessrio identificao de parmetros mecnicos presentes nas equaes constitutivas e
a corroborao desses novos modelos por meio de experimentos. Neste contexto, espera-
se contribuir de forma relevante tanto no mbito acadmico/cientifico quanto no tecnolgico.
De maneira geral, sero estudadas e desenvolvidas aplicaes que produzam impacto em
termos de gerao de tecnologia, tanto para aprimoramento acadmico quanto para
possvel desenvolvimento industrial.
As possibilidades para melhorar as propriedades mecnicas ou trmicas, o
desenvolvimento de um novo material, por nano partculas, tm encontrados aplicaes na
academia e na indstria. Foram realizados vrios experimentos e estudos tericos sobre
micro e nano compsitos e suas propriedades mecnicas. Entretanto, existem poucos
estudos sobre as propriedades termomecnicas destes materiais. Vrios trabalhos relatam
uma melhoria nas propriedades de polmeros mais eficazes mediante a utilizao de nano
partculas em comparao com micropartculas [12-15].
1.3 Metodologia e Trabalho realizado
As anlises apresentadas neste projeto foram utilizadas basicamente todos os
equipamentos de anlise trmica praticamente idnticos. Todos aparelhos so constitudos
de um forno no qual a amostra aquecida ou resfriada a uma taxa controlada e atmosfera
apropriada. As mudanas da propriedade medida monitorada pelo transdutor, que envia o
sinal ao amplificador, o qual amplificado e transferido para a unidade controladora, que
alm de receber os dados, os transfere para o computador. O computador, ento registra e
4
interpreta os sinais gerando grficos de anlise trmica realizada com base na bibliografia
do projeto [18]. A figura 1.3 abaixo mostra o esquema de equipamento para anlise trmica.
Figura 1.3 Diagrama de bloco de um sistema trmico diferencial [8]
5
1.4 Organizao do Trabalho
Os captulos deste texto, so descritos abaixo.
Captulo 1 Introduo: So apresentados os principais objetivos e motivao do
trabalho;
Captulo 2 Reviso Bibliogrfica: realizada uma reviso abordando os
materiais e as tcnicas a serem utilizados;
Captulo 3 - Experimental: So apresentados os materiais utilizados, a metodologia
de fabricao do compsito, os equipamentos e tcnicas de caracterizao utilizados;
Captulo 4 - Resultados e Discusso: Apresentao dos resultados dos testes e
discusso dos resultados obtidos;
Captulo 5 Concluso: Contm as concluses e sugestes de propostas para
trabalhos futuros;
6
2 REVISO BIBLIOGRFICA
Neste captulo ser apresentada uma breve sntese bibliogrfica sobre o estudo das
caractersticas de estruturas de anlises termomecnicas de nano-compsitos polimricos
reforados com partculas de 2. Este estudo se concentra nos trabalhos relacionados
anlise do comportamento mecnico do compsito usando uma combinao de uma matriz
de polmero e partculas de tamanho manomtrico. Veja a seguir, figura 2.a mostra as
distribuies das formas polimrficas de 2.
Figura 2.a Representao das formas Anatsio, rutilo e broquita do 2 [13]
O 2 um xido que a presso e temperatura ambiente tm trs polimrficas
diferentes: Anatsio, rutilo e broquita. Dentre as trs principiais fases, o rutilo e Anatsio so
os de maior interesse no ponto de vista tecnolgico. A fase Anatsio tem em sua
caracterstica uma atividade fotocataltica, enquanto o rutilo termodinamicamente estvel
s temperaturas inferiores a 600 C. Quando comparadas s estruturas cristalinas, elas
constituem de um tomo de titnio ligado a seis tomos de oxignio (2). A diferena entre
estas fases que, a fase rutilo, cada octadrico est em contato com 10 vizinhos,
partilhando arestas com 2 e vrtices com os outros 8, enquanto a fase anatsio cada
octadrico est em contato com 8 vizinhos e partilhando arestas com 4 e vrtices com os
outros 4 [18-19]. Na tabela 2, apresenta as 3 principais fases cristalinas, respectivas sem
parmetros de rede.
7
Tabela 2. Polimorfos de 2 [ 14]
FASES SISTEMAS CRISTALOGRFICOS
ANATSIO TETRAGONAL
RUTILO TETRAGONAL
BROQUITA ROMBODRICO
Atualmente, tem sido usado nano partculas de dixido de Titnio (2), cujas suas
propriedades so influenciadas pela estrutura cristalina do mineral (Figura2.b). Quando so
aplicadas em polmeros, tem comportamento diferenciado, tais como a alta foto atividade,
boa estabilidade trmica e tambm baixo custo, quando comparados com os mais materiais
[18,19,20]. O 2 pode gerar radicais livres que podem degradar alguns polmeros. A forma
anatsio a mais propcia para que isso ocorra, por exercer um grande poder de oxidao
[21-23]. Materiais nano estruturados de 2 vm sendo muito estudados para uma melhora
nas propriedades; dentre eles destacam-se: nano partculas esfricas[24], nano tubos [24-
25], nano folhas[26], nano fibras [26-27] e nano discos [27]. J descrito na literatura que,
quando esses materiais so aplicados, melhora o desempenho mecnico, melhora o
comportamento dieltrico e melhora as propriedades trmicas e pticas. [28].
Na maioria dos casos, o termo resina epxi refere-se ao diglicidil ter de bisfenol-A
(DGEBA) devido ao fato de que a maior parte do mercado das resinas epxi esto baseadas
em DGEBA ou compostos contendo DGEBA. Por este motivo o DGEBA passou a ser
praticamente um sinnimo para resina epxi. Como est ilustrado na figura 2.b abaixo.
Figura 2.b Estrutura qumica de uma resina epxi diglicidil ter de bisfenol A[18]
8
A relao molar epiclorohidrina/bisfenol A pode variar de 10:1 at 1, 2:1, produzindo
desde resinas lquidas at resinas slidas na forma de oligmeros ou pr-polmeros. A
estrutura consiste de grupos epxi terminais e uma unidade de repetio no meio. Como as
unidades de repetio (n), que podem ser incorporadas molcula, variam, influenciam nas
propriedades da resina [28-29]. As resinas epxi comerciais do tipo DGEBA so na
realidade misturas de oligmeros, e as unidades de repetio (n) podem variar de 0 a 25,
podendo ser obtidas resinas lquidas de baixa viscosidade ( ), at resinas slida (n
1.). Anlises de cromatografia lquida de alto desempenho (HPLC) mostram que para uma
resina epxi com massa molar aproximada de 300, as fraes de oligmero
correspondentes aos componentes com unidade de repetio de n = 0, n = 1 e n = 2
representam cerca de 83,2%, 10% e 1% do peso molecular total respectivamente, para um
valor mdio de n = 0,15 [29].
Polmero termo endurecido (termo fixo ou termorrgido) aquele que fluido apenas
uma vez com aquecimento. Aps sofrerem o processo de cura, que uma reao qumica
irreversvel que transforma as propriedades fsicas da resina pela ao de um catalizador
(e/ou aquecimento) e um agente de cura, ocorre a formao de ligaes cruzadas e o
polmero se torna rgido, infusvel e insolvel. As ligaes cruzadas esto presentes em
quantidade considervel nos polmeros termorrgidos. So ligaes covalentes que se
formam entre duas cadeias polimricas constituindo uma rede tridimensional. Para romper a
ligao cruzada necessrio fornecer um nvel to alto de energia que quebraria tambm a
cadeia polimrica [29-30].
2.1 Nano Compsitos de
O dixido de titnio (2) um dos compostos mais estudados na cincia dos
materiais, possui baixo custo e propriedades nicas, como a no-toxicidade, estabilidade
qumica, resistncia a corroso, propriedades eltricas, compatibilidade com vrios
materiais, alta atividade fotocataltica, alto ndice de refrao e capacidade de absorver
radiao ultravioleta [30]. Devido s suas excelentes propriedades, as nano partculas de
2 tm sido utilizadas para preparar revestimentos antibacterianos, anticorrosivo, em
produtos de cuidados da pele e da nano medicina, em embalagens para alimentos, para a
proteo UV, etc.
9
O avano tecnolgico ocorrido nas duas ltimas dcadas permitiu melhorias no
manuseio e sntese de materiais em escala manomtrica resultando em um crescimento nas
pesquisas relacionadas a nanocincia e nanotecnologia. Hoje em dia, os nano materiais
esto disponveis em uma grande variedade de formas, das quais podemos citar as formas
simtricas de esferas e poliedros, tubos cilndricos e fibras, aleatrias e de poros regulares
em slidos. Os nano compsitos polimricos tm sido amplamente estudados nos ltimos
anos, principalmente devido a sua grande importncia cientfico-tecnolgica.
Estes materiais apresentam propriedades nicas, resultantes da combinao de seus
componentes, como a boa flexibilidade e moldabilidade dos polmeros, associadas
elevada dureza e estabilidade trmica dos materiais inorgnicos. Os primeiros nano
compsitos com dixido de Titnio foram estudado por Blumstein, em 1961 [31]. Porm,
somente aps dois grandes estudos estes materiais atraram a ateno de pesquisadores
no mundo. Primeiramente um grupo da Toyota realizou a disperso de partculas
manomtricas de argila em poliamida-6 e, com quantidades de carga muito pequenas,
obtiveram grandes melhorias nas propriedades mecnicas e trmicas [31-32]. Outro estudo
de grande importncia na disseminao dos nano compsitos foi o realizado por Vaia et al.
[32], que mostrou ser possvel obter nano compsitos atravs de intercalao no polmero,
mtodo que dispensa o uso de solventes orgnicos e simplifica a produo de nano
compsitos polimricos.
Vantagem dos nano compsitos em relao aos compsitos convencionais a baixa
concentrao de cargas [32-33]. Para que compsitos convencionais possuam propriedades
semelhantes a nano compsitos, em mdia ,10% de carga, necessria a adio at 50%
de carga. Alm de cargas em menor quantidade, os nano compsitos polimricos
apresentam propriedades mais atraentes em relao aos compsitos convencionais [33] e
aos polimricos puros, como:
Melhores propriedades mecnicas;
Aumento da estabilidade trmica;
Baixa permeabilidade a gases, gua e hidrocarbonetos;
Elevada resistncia qumica.
10
A produo de 2 no Brasil, em 2007, foi por volta de 90.000 toneladas ano (Figura
2.1.1), sendo que 55% so para consumo nacional e o restante exportado pela Dupont
(Mxico e Estados Unidos). Fonte: Dos Santos, 2010.
Figura 2.1.1 Produo de 2 no Brasil (valores em toneladas)
Fonte: Dos Santos 2010
Os nano compsitos podem ser obtidos por trs diferentes processos, sendo eles
mistura no estado fundido ou Melt blending, em soluo e em polimerizao in situ. Na
mistura no estado fundido ou melt blending, os materiais so misturados mecanicamente por
extruso em temperaturas elevadas, sendo este mtodo mais utilizado [34]. No processo em
soluo, a matriz (polmero) dissolvida em solventes e aps adicionado carga/reforo. E
no processo de polimerizao in situ, a formao do nano compsito do tipo polister
aromtico feita pela adio dos reagentes (plios e policidos) em uma reao de poli
11
condensao, onde a carga/reforo adicionada desde o incio [34-35]. Como ilustrado na
figura 2.1.2 abaixo.
Figura 2.1.2 Estratgias de sntese de nano compsitos [9]
2.2 Compsitos
Os compsitos particulados promovem um aumento na rigidez e resistncia com
reduo de preo, mas so menos eficientes se comparados com os compsitos fibrosos
[35]. Ao se utilizar partculas em escala manomtrica obtm-se melhores resultados do que
usando partculas convencionais, isso se deve ao fato das nano partculas preencherem de
forma mais efetiva os espaos na matriz [35-36].
Devido a sua elevada rea superficial as nano partculas promovem o aumento das
foras de van der Waals e das interaes fsicas, incrementando assim as foras de adeso
entre a matriz e o reforo. Como a resina epxi possui uma elevada estabilidade trmica,
mas no possui uma boa resistncia mecnica devido ao elevado valor de densidade de
12
ligaes cruzadas que possui e isso faz com que o material seja frgil apresentando uma
baixa resistncia a fratura e a propagao de trincas. Estudo mais recente comprovam que
a incorporao de nano partculas na matriz polimrica melhora o desempenho mecnico
com um baixo peso de reforo utilizado em relao aos materiais convencionais.
Os materiais compsitos possuem uma matriz, que geralmente feita de um material
polimrico podendo tambm ser de metal ou cermica, e um reforo que normalmente
composto por partculas ou fibras. Na maioria dos casos, o reforo mais duro, rgido e
resistente que a matriz, e tem dimenses muito reduzidas. Em sua maioria, os materiais
compsitos so fabricados a partir de dois elementos: um material base, chamado matriz, e
um reforo ou carga disperso no primeiro. A matriz tambm conhecida como fase
contnua, enquanto o reforo, fase dispersa. Tais materiais so separados por uma
interface, mas ainda assim possuem uma grande capacidade da adeso [37].
Em geral, o propsito da matriz proteger o reforo do ambiente externo, evitando
que o material disperso entre em contato com meios cidos ou corrosivos, manter o reforo
em seu lugar e transferir a tenso para o reforo. A rigidez e resistncia vm do reforo, o
qual pode ser formado por fibras ou partculas. Tipicamente, quanto maior a quantidade de
reforo, maior a rigidez e a resistncia do compsito obtido. Ao se utilizar partculas, a fase
dispersa pode ser chamada de carga. Os compsitos mais utilizados possuem matrizes
polimricas e reforos fibrosos [37-38]. Como mostra na figura2.2 abaixo.
Figura 2.2 Processamento e caracterizao de polmeros e seus compsitos [15]
13
2.3 Polmeros reforados com partculas
Compsito reforado por disperso de partculas (partculas pequenas), neste caso
as partculas dificultam a deformao da matriz, atuando nos mecanismos que levam a
deformao da matriz. Portanto, as propriedades dos compsitos dependero dos materiais
constituintes, das suas quantidades relativas e da geometria da fase dispersa. Muitos
desses materiais so compostos por apenas duas fases; uma chamada de matriz, que
contnua e envolve a outra fase, chamada frequentemente de fase dispersa [38].
Em outros contextos, exigncias especficas das condies de utilizao podem
requer a adio, estrutura do compsito, de outros materiais nomeados como aditivos.
Eles constituem a terceira fase que geralmente encontrada neste tipo de material. A fase
dispersa normalmente definida como o reforo que fica embebido e protegido pela matriz,
embora aditivos e cargas incorporadas na matriz do compsito tambm sejam considerados
dentro desta definio de fase. Ao ser classificados, a distino entre os diferentes grupos
de materiais compsitos, no referente geometria da fase dispersa pode ser apresentada
segundo a Figura 2.3. Nesse contexto se define segundo a geometria da fase dispersa, o
seu tamanho, distribuio e orientao.
Em termos de desempenho mecnico e considerando geometria da fase dispersa,
os materiais compsitos fibrosos apresentam boas propriedades. Uma ou mais fases,
normalmente sob a forma de fibras, reforam mecanicamente a fase na qual esto dispersas
e que chamada de matriz. Considerando um reforo fibroso, o compsito poder ser to
eficiente que apenas ele poder ser utilizado em certas aplicaes especiais onde os
demais materiais de engenharia no podero ser utilizados. J no que se refere fase
matriz, os compsitos polimricos possuem ampla aplicao nas mais diversas reas da
engenharia. So designados muitas vezes pelo nome genrico de plstico reforado
(reinforced plastics) e podem ser considerados como os compsitos mais empregados
atualmente.
A pesquisa de materiais estruturais com desempenhos mecnicos superiores aos
tradicionais, que possuam baixas densidades e boa capacidade de resistir s agresses do
meio ambiente, uma combinao incomum de propriedades exigidas em aplicaes
especficas, e a importncia relativa dos materiais compsitos como materiais de
engenharia, tendem a aumentar e tornar-se equivalente a das demais classes de materiais
[38-39]. Com excelentes propriedades mecnicas e um timo desempenho em meios
14
agressivos, eles oferecem grandes vantagens sobre os materiais convencionais como a
madeira, o ao e o concreto. Alm disso, suas propriedades especficas por unidade de
peso tm motivado a expanso desses materiais nas mais diversas esferas.
Polmeros e compsitos tm sido usados para renovar estruturas na engenharia civil,
que se encontram expostas a complexas condies no meio ambiente de servio sob a
combinao de tenses, tempo, umidade, radiao, qumica e gases ambientais. A
expectativa de durabilidade no desempenho destes materiais de quinze anos ou mais [39].
Consequentemente a caracterizao dos materiais compsitos a chave para o
crescimento de seu emprego. A compreenso dos mecanismos de degradao, destes
materiais, alm da estimativa da preservao das propriedades ao longo de sua vida til,
so essenciais para sua utilizao e otimizao. Veja a seguir, como mostra na figura 2.3
abaixo.
Figura 2.3 utilizao do polmero de acordo com a temperatura [22-23]
15
2.4 Anlise Trmica
De uma forma geral, podemos considerar que a anlise trmica abrange todos os
mtodos que medem uma dada propriedade do material que dependente da temperatura.
Essa alterao da propriedade pode ser medida variando-se a temperatura (realizando
aquecimento ou resfriamento da amostra) ou como uma funo do tempo a uma
temperatura constante [39-40]. importante conhecer o comportamento termomecnico do
material a ser utilizado, pois desta forma, pode-se aperfeioar o modo de armazenamento,
moldagem, processamento, transporte, conservao e aplicao do material, evitando
efeitos indesejveis como a decomposio ou utilizao do material no limite da sua
resistncia destrutiva. A anlise trmica definida pela Confederao Internacional de
Anlise Trmica e Calorimetria (ICTAC) como o estudo da relao entre a propriedade da
amostra e sua temperatura quando a amostra aquecida ou resfriada de forma controlada.
Os mtodos trmicos so tcnicas de multicomponentes e incluem
termogravimtrica, anlise diferencial trmica e calometria diferencial de varredura. Esses
mtodos so de grande utilidade para o controle da qualidade e aplicaes de pesquisa
sobre produtos industriais como polmeros, farmacuticos, metais e ligas. Dentre as tcnicas
difundidas e utilizadas so: termogravimtrica, termo gravimetria Derivada (TG, DTG),
Anlise Trmica Diferencial (DTA), Calorimetria Exploratria Diferencial (DSC), Deteco de
gs desprendido (EGA), Anlise termomecnica (TMA), etc. Estas tcnicas permitem obter
informaes com respeito : variao de massa, estabilidade trmica, gua livre e gua
ligada, pureza, ponto de fuso, ponto de ebulio, calores de transio, calores especficos,
diagramas de fase, cintica da reao, estudos de catalisadores, transies vtreas, etc.
Exemplos dos tipos de tcnicas de anlise trmica utilizadas e suas aplicaes a numerosas
reas de pesquisa foram publicados por Wendlandt [40] e Lyptay [41]. As tcnicas mais
amplamente difundidas e utilizadas so TGA e DTA seguida de DSC e TMA. O campo da
Anlise Trmica tem crescido muito e seu crescimento pode ser avaliado pelo nmero de
publicaes que aparecem na literatura. Dentre os efeitos trmicos sobre os materiais
podemos citar os fenmenos de fuso, sublimao, transio vtrea, volatilizao, catlise
heterognea, reaes de adio, oxidao, reduo, decomposio e combusto [41-42]. As
tcnicas de anlise trmica mais empregadas e suas respectivas propriedades fsicas
correspondentes esto listadas na Tabela 2.4.
16
Tabela 2.4. Classificao das Tcnicas Termoanalticas [18-21].
PROPRIEDADES TCNICAS SMBOLOS USUAIS
Massa Termogravimtrica TG
Temperatura Anlise Trmica Diferencial
DTA
Entalpia CalorimetriaExploratriaDiferencial DSC
Dimenses Anlise Termo Mecnica TMA
Prop. Mecnicas Anlise Dinmico Mecnica DMA
2.4.1 Anlise Termogravimtrica (TGA) e termo gravimetria derivativa (DTG)
A anlise termogravimtrica uma tcnica de anlise instrumental que mede a
variao de massa da amostra em relao a temperatura e/ou tempo enquanto submetido
a uma programao controlada [41]. Esta tcnica possibilita conhecer o intervalo de
temperatura em que a amostra adquire uma composio qumica fixa e a temperatura em
que se decompe o andamento das reaes de desidratao, oxidao, combusto,
decomposio etc. Neste sentido, desde o incio do sculo passado, inmeros
pesquisadores se empenharam na laboriosa construo, ponto a ponto das curvas de perda
de massa em funo da temperatura, aquecendo as amostras at uma dada temperatura e
a seguir, aps o resfriamento, pesando-as em balanas analticas.
DTG uma tcnica que fornece a primeira derivada da curva do TG, em funo do
tempo ou da temperatura. Nesta tcnica, as perdas de massa observadas nas curvas do TG
so substitudas por picos [41-42]. Na termo gravimetria derivada (DTG), a derivada da
variao de massa em relao ao tempo (dm/dt) registrada em funo da temperatura ou
tempo. Portanto neste mtodo so obtidas curvas que correspondem derivada primeira da
curva TG e nos quais os degraus so substitudos por picos que delimitam reas
proporcionais s alteraes de massa sofridas pela amostra.
Esta tcnica foi sugerida por W. L. de Keyser [43]. Vale ressaltar que a curva DTG
no contm mais informao que a curva do TG, apenas apresenta os dados de forma
visualmente mais acessvel [43-44]. Porque existem decaimentos na curva do TG que so
17
imperceptveis, ento calculando a primeira derivada do TG, e plotando a DTG, torna-se
possvel identific-las. As curvas DTG indicam com exatido, as temperaturas
correspondentes ao incio e ao instante em que a velocidade de reao mxima. Os picos
agudos permitem distinguir claramente uma sucesso de reaes que muitas vezes no
podem ser claramente distinguidas nas curvas TG. As reas dos picos correspondem
exatamente perda ou ganho de massa e podem ser utilizadas em determinaes
quantitativas, etc.
2.4.2 Anlise Trmica Diferencial (DTA) e Calometria Exploratria Diferencial (DSC)
O mtodo diferencial de temperatura, no qual a temperatura da amostra
comparada a uma amostra inerte de referncia, foi concebido por um metalurgista Ingls,
Roberts-Austin (1889). Esta tcnica eliminava os efeitos da taxa de aquecimento e outros
distrbios externos que poderiam mudar a temperatura da amostra. Ele tambm suprime a
alta temperatura de ambos os materiais, possibilitando a captao e ampliao de sinais
menores [43].
DTA a tcnica na qual a diferena de temperatura entre uma substncia e um
material de referncia medida em funo da temperatura enquanto a substncia e o
material de referncia so submetidos a uma programao controlada de temperatura. Esta
tcnica pode ser descrita tomando como base a anlise de um programa de aquecimento. A
tcnica fundamental, hoje utilizada em DTA pode ser assim resumida:
Em um forno aquecido eletricamente coloca-se um suporte ou bloco dotado de duas
cavidades (cmaras, clulas) idnticas e simtricas. Em cada uma destas cavidades,
coloca-se a juno de um termopar; a amostra colocada em uma das cmaras, e na outra
colocada substncia inerte, cuja capacidade trmica seja semelhante a da amostra.
Tanto a amostra como o material de referncia so aquecidos linearmente, e a diferena de
temperatura entre ambos T = (Tr Ta), registrado em funo da temperatura do forno ou
do tempo. Muitos trabalhos j foram publicados sobre a interpretao terica das curvas
DTA. Todas estas teorias procuram demonstrar que as reas delimitadas pelos picos so
proporcionais ao calor de reao por unidade de massa de substncias ativas presente na
amostra, que pode se apresentar pura, diluda com material inerte ou sob forma complexa. A
figura 2.4.2.1 abaixo mostra o funcionamento de uma tcnica de DTA.
18
Figura 2.4.2.1 Representao esquemtica do funcionamento da tcnica DTA. [10]
Nestes estudos foram aplicadas as equaes convencionais de transferncia de
calor levando-se em conta importantes parmetros experimentais relacionados com a
natureza da amostra, natureza e geometria do suporte que a contm e com o prprio
instrumento utilizado. O termo Calorimetria Exploratria Diferencial (DSC) tem tornado uma
fonte de confuso em Anlise trmica. Essa confuso compreensvel por que existem
vrios tipos de instrumentos inteiramente diferentes que usam o mesmo nome. Na DSC com
compensao de potncia a amostra e o material de referncia so mantidas
isotermicamente pelo uso de aquecedores individuais [44], aparentemente foram os
primeiros a usar o termo Differential Scanning Calorimetry (DSC) para descrever a tcnica
instrumental desenvolvido em 1963, pela Perkin Elmer Corporation. Nessa tcnica a
amostra e o material de referncia, ambos so mantidos isotermicamente pela aplicao de
energia eltrica quando eles so aquecidos ou resfriados a uma razo linear.
A amostra colocada no equipamento e aquecida a uma velocidade de
aquecimento uniforme. A temperatura da amostra monitorada por meio de um termopar e
comparada com a temperatura da referncia inerte, a qual est submetida ao mesmo
programa de aquecimento. A referncia pode ser alumina em p, ou simplesmente uma
19
cpsula vazia. medida que processe o aquecimento a uma velocidade constante, a
temperatura da amostra (Ta) e da referncia (Tr) iro se manter iguais at que ocorra
alguma alterao fsica ou qumica na amostra. Se a variao for exotrmica, a amostra ir
libertar calor e Ta ser maior que Tr por um curto perodo de tempo. No caso da variao
ser endotrmica, Ta ser temporariamente menor que Tr. A diferena de temperatura num
dado instante (T) dada pela temperatura da amostra (Ta) subtrada da temperatura da
referncia (Tr):
T = Ta Tr ( Eq. II.4)
Caso no ocorra um fenmeno fsico ou qumico, observa-se uma reta paralela ao
eixo do tempo ou temperatura. Um processo exotrmico representado por um pico voltado
para cima, Figura 2.4.2.2 (a); enquanto um processo endotrmico representado por um
pico voltado para baixo Figura 2.4.2.2 (b).
Figura 2.4.2.2 Curva esquemtica de aquecimento quando ocorre processo
exotrmico (a), quando ocorre processo endotrmico (b) e quando ocorre uma variao na
capacidade calorfica, para um sistema trmico diferencial (c). [25-28]
Neste caso, T nunca ser realmente igual a zero, e uma variao na capacidade
calorfica causar o deslocamento na linha-base, como mostrado na Figura 2.4.2.2 (c). O
exemplo mais conhecido e importante, no caso de amostras polimricas, o associado com
a .
20
Figura 2.4.2.3 Exemplo de uma curva DSC [30]
As curvas de DSC apresentam uma forma semelhante s obtidas por DTA. A Figura
2.4.2.3 mostra a representao esquemtica de uma curva DSC. A orientao dos picos
depende da conveno usada. Normalmente, no DSC de compensao de potncia os
eventos endotrmicos tm um pico voltado para cima, e os exotrmicos um pico voltado
para baixo. Como o DSC permite determinaes quantitativas, a rea dos picos est
relacionada com a energia envolvida no processo. Para tal, utilizam-se padres para
calibrao do equipamento. Estes padres apresentam variao de entalpia conhecida,
normalmente de fuso, e a rea do pico deste processo comparada com a rea do
processo apresentado pela amostra.
21
2.4.3. Anlise Dinmico-Mecnica (DMA)
Consiste na avaliao dos mdulos de perda ou armazenamento, elstico, de
compresso ou de cisalhamento em funo da temperatura quando a amostra submetida
a um programa de temperatura [44-45]. O equipamento constitudo de um forno dentro do
qual esto cabeotes mveis que podem ser cambiados para diferentes tipos de anlise, a
depender das propriedades de cada amostra a ser analisada. Em materiais polimricos,
alm da temperatura de transio vtrea, pode-se avaliar o comportamento mecnico em
funo da temperatura. especialmente utilizado para monitoramento das propriedades
mecnicas como resistncia mecnica, queda do mdulo, tenso de ruptura etc. [45] em
materiais que sejam submetidos a variaes de temperatura quando da sua aplicao.
A tcnica DMA tem sido utilizada na caracterizao de nano compsitos, ela consiste
na medio de dois diferentes mdulos dinmicos definidos como mdulo de Young de
armazenamento e mdulo de Young de perda. O mdulo de Young de armazenamento est
relacionado com a energia elasticamente armazenada, ou seja, com a capacidade do
material em armazenar energia mecnica (Elstica) e o mdulo de Young de perda a
quantidade de energia perdida (dissipada) pelo material em funo da temperatura
(Viscosa). [45-46]
A anlise dinmico-mecnica consiste, de modo geral, em se aplicar uma tenso ou
deformao mecnica oscilatria, normalmente senoidal, de baixa amplitude a um slido ou
lquido viscoso, medindo-se a deformao sofrida por este ou a tenso resultante. O
comportamento mecnico ou dinmico-mecnico de um material ser governado por sua
viscoelasticidade, que ser funo do tipo de ensaio e de solicitao aplicados. Dependendo
da resposta ao estmulo mecnico, o material pode ser classificado como elstico, viscoso e
visco elstico[46]. Como tal, para um material visco elstico a resposta dinmica a uma
tenso oscilatria composta por uma componente viscosa, que dissipa energia devido ao
movimento relativo das molculas, e uma componente elstica, que armazena energia at a
remoo da tenso. A deformao resultante da tenso aplicada tambm oscilatria com a
mesma frequncia, mas defasada de um determinado valor, que depende das componentes
das respostas viscosa e elstica. Como mostra a figura abaixo uma tenso ou deformao
oscilatria na anlise de DMA para uma amostra sujeita a um sinal sinusoidal.
22
Figura 2.4.3.1 Variao da tenso ou da deformao com o tempo para uma amostra sujeita a
um sinal sinusoidal. [35]
As componentes elstica e viscosa so relacionadas pela expresso
E*= E + iE (Eq. II.5)
Onde E* designado por mdulo complexo (trao, corte, ou flexo, etc.), E o
mdulo da componente em fase, ou seja, da componente elstica (tambm designado por
mdulo de armazenamento) e E o mdulo da componente defasada, ou seja da
componente viscosa (tambm designado por mdulo de perda). E* encontra-se relacionado
com as duas componentes atravs das expresses
E = E* cos (Eq.
II.6)
E = E*sen (Eq.
II.7)
A partir das equaes (Eq. II.6) e (Eq. II.7) resulta
tan= E /E (Eq.
II.8)
A tangente do ngulo de fase, que se designa por fator de damping ou tangente de
perda, corresponde quantidade de energia mecnica dissipada sob a forma de energia
calorfica durante a fase de carga e descarga do ciclo. A geralmente obtida para o ponto
onde ocorre a inflexo na curva E, ou para o pico da curva E ou ainda para o pico da curva
tan (Figura 2.4.3.2). As s obtidas a partir de E e E so muito prximas. No entanto, o
valor de tan mximo a uma temperatura ligeiramente superior de E, pois tan= E /E.
23
Como ilustra na figura2.4.3.2 abaixo as regies de evoluo dos mdulos de Young em
funo da temperatura.
Figura 2.4.3.2 Evoluo de E, E e tan, em funo da temperatura, num teste DMA [3].
2.4.4 Temperatura de Transio Vtrea (Tg) e Temperatura de Estabilidade Trmica (Tsb)
Todos os polmeros amorfos e semicristalinos em temperaturas suficientemente
baixas so rgidos, duros e quebradios como um vidro. Ao realizar o aquecimento, a uma
certa faixa de temperatura os polmeros tornam-se mais fluidos, menos rgidos,
determinando a chamada faixa de transio vtrea [46-47]. Este equipamento
significativamente mais preciso que a Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC) para
avaliao de temperaturas de transio vtrea e, por isso, utilizado para avaliar
compatibilidade entre misturas polimricas e transies de grupos laterais ou extremidades
de cadeias que so transies que envolvem uma quantidade de energia menor que a
transio vtrea e no so detectadas pela tcnica de DSC. Assim, Anlise Mecnico -
Dinmica (DMA) e espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR)
sero realizados estudos a seguir, permitir uma compreenso das interaes moleculares
24
fundamentais para estudar nano compsitos e o comportamento mecnico macromolecular
destes materiais.
Em termos experimentais, esta a temperatura de aquecimento do material a partir
da qual este se torna um lquido viscoso e escoa. , por isso, essencial conhecer a
temperatura de transio vtrea quando se pretende selecionar um polmero amorfo para
uma determinada aplicao. Existem formas de aumentar a de um polmero, as quais
podem passar pela introduo de anis aromticos ou cclicos, [48] pela presena de grupos
polares ou pelo aumento do peso molecular. Em sentido contrrio, a adio de plastificantes
pode reduzir a temperatura de transio vtrea.
Em geral, a temperatura de transio vtrea () est relacionada regio de
transio vtrea para uma ampla variedade de polmeros termoplsticos e termorrgidos[49].
Nos ltimos anos, a tcnica de DMTA tambm tem despertado o interesse para a
caracterizao de pr-impregnados e compsitos estruturais de matrizes polimricas
aplicadas no setor aeronutico. Uma das vantagens desta tcnica a possibilidade de
determinao da diretamente em pequenas barras ou vigas do material a ser analisado.
A tcnica de DMTA apresenta sensibilidade de aproximadamente trs ordens de
grandeza superior de uma tcnica de anlise trmica convencional como, por exemplo,
DSC, TMA, etc. Esta caracterstica particularmente interessante para a determinao de
em compsitos, pois devido aos vrios componentes presentes neste tipo de material
torna-se difcil ou imprecisa a determinao da sua utilizando-se, por exemplo, a tcnica
de calorimetria exploratria diferencial (DSC). Vrios estudos sobre a estabilidade trmica
e/ou oxidativa e sobre o comportamento cintico de polmeros tambm tm sido realizados,
essencialmente de polmeros fundidos e essenciais. Esses estudos tm sido realizados por
termogravimtrica (TG), Anlise Trmica Diferencial (DTA) e Calorimetria Exploratria
Diferencial (DSC).
A estabilidade trmica um parmetro de grande importncia que deve ser tido em
conta na seleo de polmeros, quer a aplicao seja a construo, uma pea tcnica que
vai ser submetida a temperaturas elevadas. Os mecanismos que explicam as referidas
alteraes so vrios e importante conhec-los ao ponto de se poder prever as mudanas
de estrutura e de caractersticas em funo do tempo e da temperatura. O conhecimento
dos mecanismos da degradao trmica ajudam a desenvolver materiais com melhor
estabilidade trmica. Isto particularmente importante para aplicaes na rea da
25
engenharia e da construo aeroespacial. A temperatura de estabilidade trmica (Tsb), que
definida como a temperatura onde se inicia a perda de massa.
A termogravimtrica pode ser usada simplesmente para determinar a temperatura de
decomposio de diversos polmeros. Ou ainda, para realizar estudos especficos como por
exemplo, estabilidade trmica de polmeros fundidos. A estabilidade trmica est ligada
flexibilidade da cadeia da seguinte forma: medida que a temperatura aumenta, as
molculas adquirem energia suficiente para romper as ligaes intermoleculares. Quanto
mais flexveis forem as cadeias do polmero, mais facilmente adquiriro mobilidade
translacional, iniciando o deslizamento de uma sobre outras.
O limite para degradao trmica situa-se no ponto em que as vibraes dos
segmentos adquirem tal amplitude que rompem as ligaes Inter atmicas. Cadeias mais
rgidas resistiro a essas vibraes mais fortes e ser preciso de uma temperatura mais alta
para que ocorra degradao trmica. Uma propriedade que tem sido amplamente utilizada
para prever a modificao das propriedades mecnicas destes materiais como uma funo
de temperatura a temperatura de transio vtrea (), um pseudo transio de segunda
ordem que constitui um elevado parmetro interessante de materiais amorfos e
semicristalinos[49-50]. A transio vtrea base de temperatura o aparecimento de
movimento molecular coordenada representa a cadeia polimrica. Na regio de temperatura
de transio vtrea (), o polmero amolece, o mdulo de elasticidade cai trs ordens de
magnitude e o polmero torna-se semelhante a borracha [50]. A () geralmente a primeira
propriedade de nano compsito de ser determinado porque d uma primeira ideia sobre a
temperatura mxima que este novo material pode suportar.
Figura 2.4.4 Curvas obtidas numa anlise de DMA, indicando as diferentes formas de se
determinar o valor da Tg (figura adaptada da referncia[46]
26
Na prtica, segundo GIOLITO [51], a pode ser calculada de diversas formas, como
mostra a Figura 2.5.1. Pode ser calculada como sendo a temperatura onde se inicia a
inflexo em E, normalmente chamada de temperatura de onset (1); como o ponto onde
ocorre a inflexo em E, conhecida como mid-point (2); e mesmo como a temperatura
onde termina essa inflexo, ou seja, o end-point (3), podendo tambm ser calculada como
a temperatura onde ocorre o pico de tan (4) ou o pico na curva do mdulo de perda (5). A
temperatura de transio vtrea pode ser calculada ainda como sendo a temperatura de
incio da inflexo da curva do comprimento (L) da amostra (6) ou seu ponto de inflexo (7).
2.4.5 Mdulo de Elasticidade de Compsitos
O mdulo de Young tem origem na energia de ligao entre os tomos do material e
divide os materiais em aproximadamente duas grandes classes: os flexveis e os rgidos; um
material com um elevado valor do mdulo de Young um material rgido. As borrachas,
polmeros e espumas esto entre os materiais de menor mdulo de elasticidade, enquanto
que os materiais cermicos esto no outro extremo e constituem os materiais mais rgidos
conhecidos [50-51]. Considerando-se que tanto a matriz como reforo esto sujeitos a
mesma deformao que o material compsito, o mdulo de Young (elasticidade) do
compsito pode ser descrito como sendo uma funo de mdulo de elasticidade de cada um
de seus constituintes e suas respectivas fraes volumtricas [51].
Os mdulos elsticos (Mdulo de Young, mdulo de cisalhamento e razo de
Poisson) e o amortecimento de compsitos podem ser caracterizados com preciso com o
equipamento de ensaio no destrutivo, tanto em temperatura ambiente quanto em funo da
temperatura e/ou do tempo de cura. O conhecimento dos valores exatos destas
propriedades fundamental para a otimizao do emprego do material e tambm para a
confiabilidade de simulaes via elementos finitos. As caracterizaes dos mdulos
elsticos e do amortecimento tambm so empregadas na engenharia de novas variaes
destes materiais. Os reforos fibrosos so usados para melhorar a rigidez e a resistncia
mecnica da matriz, alm de conferir estabilidade dimensional e bom desempenho a
temperaturas elevadas [52].
O mdulo de Young uma informao muito relevante. Ele representa a rigidez de
um material, ou seja, sua resistncia deformao elstica. Com o uso de materiais
compsitos busca-se um valor intermedirio entre o mdulo da carga (mximo possvel) e o
27
da matriz. Por exemplo, o comportamento de um compsito utilizando fibras como carga,
observa-se que o mdulo de compsito est entre o da fibras e da matriz, outro fator
importante que aps a fratura das fibras o mdulo da matriz se torna superior ao do
compsito [52-53]. Modelos numricos e analticos so ferramentas essenciais para o
estudo das propriedades dos compsitos. Os modelos mais conhecidos para o mdulo de
elasticidade so os de Vogt (ou seja, elstico) e os de Reuss (ou seja, viscoso), baseados
na regra das misturas. Pal. [53] estudou a aplicao desses modelos em materiais nano
compsitos e verificou uma baixa adaptao dos dados ao modelo, propondo quatro novos
modelos empricos para a aproximao desses dados. Recentemente, o estudo de nano
compsitos est tendo bons resultados com a simulao atmica. Atravs da dinmica
molecular, a interao de cada tomo levada em conta para o clculo das propriedades do
compsito. Atravs desse mtodo, muitos sistemas esto sendo mais bem entendidos.
Entretanto, tal abordagem apresenta uma limitao computacional quanto ao nmero de
tomos que podem ser simulados[54]. A deformao funo do tempo e da temperatura,
portanto o mdulo de Young ser dependente do tempo e da temperatura. Nas figuras
2.4.5.1 e 2.4.5.2 abaixo demostram o comportamento do Mdulo de Young em relao a
mudana de temperatura para um polmero amorfo linear.
Figura 2.4.5.1- Dependncia do valor do mdulo em funo da temperatura [16].
28
Figura 2.4.5.2: Mdulo de Young versus temperatura [17]
A adio de nano partculas em um polmero amorfo leva a uma modificao na
temperatura de transio vtrea e como resultado esperado deste efeito haver alterao no
comportamento mecnico do material compsito. Na figura acima observa-se que o Mdulo
de Young pode variar em fator de 1000 (MPa) quando a temperatura muda. O motivo para
essa enorme alterao pode ser explicado pela influncia das ligaes cruzadas ou pela
cristalizao. Considerando-se que tanto a matriz como o reforo esto sujeitos a mesma
deformao que o material compsito, o mdulo de elasticidade do compsito pode ser
descrito como sendo uma funo do mdulo de elasticidade de cada um de seus
constituintes e suas respectivas fraes volumtricas. Esse modelo uma predio que
pode ser considerada como sendo quase correta apesar de no levar em considerao a
presena de vazios e o efeito da interface pois o modelo considera uma interface perfeita
entre a matriz e o reforo [53-54].
29
3. MTODO EXPERIMENTAL
3.1 Materiais utilizados
Neste estudo, foram determinadas as s do adesivo M109, utilizando as tcnicas
DMA e TGA. Pretendemos tambm verificar se a temperatura de cura influenciava a do
adesivo. Assim, foram realizadas anlises com amostras de adesivo obtidas para diferentes
temperaturas de cura (cura temperatura ambiente e a cura a 70C). Os compsitos
estudados possuem a mesma base, o DGEBA Diglicidil-ter de Bisfenol A, uma resina
epoxdica, produto da reao de sinterizao bisfenol A com epicloridrina em presena de
um catalisador bsico.
Diglicidil ter de Bisfenol A, modificado com diluente reativo fabricado pela empresa
brasileira Epoxyfiber. As propriedades da resina e de nano compsitos so apresentadas na
Tabela 3.1 abaixo.
Tabela 3.1. Propriedades da Resina Epxi [7] e Propriedades de nano partculas de TiO2
PROPRIEDADESDERESINAEPXI PROPRIEDADES DE NANO COMPSITOS
Viscosidade a 25C, (cP)
12000 13000
Morfologia
Esfrica
Densidade, (kg/m3)
1160
Densidade, (kg/m3)
3900
Temperatura de distoro ao calor
(C)
50
Tamanho da partcula
12
30
3.2 Mtodo de fabricao de compsitos
As amostras foram fabricadas usando o polmero puro e adicionado de diferentes
quantidades de nano partculas (1%, 2 %, 3%, 4% e 5% em peso) com a resina lquida. As
amostras foram curadas a temperatura ambiente durante 24 horas, para posterior
desmoldagem das amostras. Matriz de polmero e dixido de Titnio de nano partculas
foram utilizadas separadamente como enchimentos para compor os materiais nano
compsitos utilizados neste estudo. As fontes de componentes de materiais compsitos so
descritos como se segue:
O primeiro polmero empregado foi M109 (fornecida por Epoxyfiber), uma resina
epxi com base no ter de diglicidil de bisfenol A. A resina foi polimerizada por adio de um
endurecedor de amina aliftica numa poro de 25% em peso. Endurecedor FD 131.
As amostras foram fabricadas usando o polmero puro e adicionado de diferentes
quantidades de nano partculas com a resina lquida. As fraes do volume de nano
partculas foram calculadas com base em dados de densidades fornecidas pelos
fabricantes.
As nano partculas foram previamente secas 120C durante 24 horas antes da
resina lquida ser adicionada. Aps a mistura, o endurecedor foi adicionado e as misturas
resultantes foram homogeneizadas manualmente e vertidas para os moldes. As amostras
foram curadas a temperatura ambiente durante 24 horas. A desmoldagem das amostras
ocorreu aps as primeiras 24 horas, e manteve-se as amostras em um processo de ps-
cura temperatura ambiente durante 7 dias. Aps esse perodo, as amostras foram
preparadas para anlise de TGA e DMA.
3.3 Tcnica de caracterizao e ensaios realizados
Aps a etapa de fabricao do compsito de resina epxi com nano partculas de
dixido de titnio, foram realizados os ensaios trmicos para anlise do material.
31
3.3.1 Ensaio de (TGA)
As anlises por termo gravimetria (TGA) foram realizadas em um equipamento da
marca Tarsus da NETZSCH, modelo TG 209 F3, no Laboratrio de Compsitos e
Adesivos LADES-CEFET/RJ, no intervalo da temperatura ambiente (26C 2) at 500C,
com taxa de aquecimento de 5C/min e massa da amostra de acordo com as normas de
ensaio termogravimtrico em aproximadamente de 5g. O gs de arraste utilizado foi
nitrognio puro com fluxo de 50ml/min. A anlise termogravimtrica normalmente aplicada
em materiais compsitos para estudar a estabilidade trmica e a degradao destes
materiais. Esta tcnica tambm pode ser usada para observar o envelhecimento e o
contedo de gua em polmeros. A temperatura de estabilidade em nano compsitos
definida como a temperatura no incio da perda de massa. [54]
Ao utilizar a tcnica termogravimtrica o peso da amostra registrado continuamente
com aumento da temperatura. A volatilizao, desidratao, oxidao e outras reaes
qumicas podem ser facilmente registradas por esta tcnica. O ponto desfavorvel deste
mtodo que simples transies no so registradas quando no ocorre alterao de peso
da amostra [55]
.
Figura 3.3.1 - Desenho detalhado de um instrumento de termo gravimetria [1]
32
3.3.2 Ensaio de (DMA)
As anlises trmicas dinmico-mecnicas foram realizadas no equipamento de DMA
NETZSCH 242 D do Laboratrio de Reatores, Cintica e Catlise RECAT-UFF.O
equipamento foi operado no modo flexo em trs pontos, a uma frequncia de 1Hz, taxa de
aquecimento de 5C/min, intervalo de temperatura de 0 a 180C e dimenses aproximadas
das amostras de 45 x 10 x 4mm. Foram registrados grficos de mdulo de armazenamento
(E), mdulo de perda (E) de tangente de perda (Tan ) em funo da temperatura como
visto na pgina anterior (pgina 23, figura 2.4.3.2), comportamento de cada grfico e a figura
3.3.2 (a) a seguir mostra as dimenses precisas de amostra usada durante o ensaio de
anlise de DMA.
Figura 3.3.2 (a) Dimenses (em mm) das amostras utilizadas no mtodo DMA. [3]
O efeito de nano partculas em resinas epxi e de polister sobre as propriedades
mecnicas dinmicas e a temperatura de transio vtrea do nano compsito e cada matriz
puro foram observados por um analisador de DMA. Como ilustra a figura 3.3.2(b)abaixo.
Figura 3.3.2 (b) Tipo de carregamentos que se podem encontrar em aparelhos de DMA [3].
33
4 RESULTADOS E DISCUSSO
Termo gravimetria e ensaios dinmico-mecnicos em uma vasta gama de
temperaturas foram realizados para observar as mudanas estruturais, fsicas e mecnicas
dos polmeros e dos nano compsitos. A temperatura de transio vtrea medida por TGA
mostrou que, com o aumento de nano partculas de carregamento, a dos nano
compsitos aumenta linearmente at que a mais elevada observada para 2% de 2 em
volume. Aps este ponto, ele comea a diminuir, com valores ainda mais elevados do que o
medido por epxi puro.
A est relacionada com as regies amorfas dos polmeros e, em nvel molecular,
pode ser interpretado em termos de viabilidade de movimento molecular, sendo resultado do
rearranjo em larga escala dos segmentos de cadeias polimricas. Portanto, no nvel
molecular, abaixo da as cadeias polimricas no possuem energia interna suficiente para
se deslocarem uma em relao s outras. Com o aumento da temperatura, o espao que
no ocupado pelas molculas do polmero, chamado de volume livre, torna-se maior. Tal
fato possibilita o movimento molecular, ocasionando mudanas nas propriedades do
polmero, que ocorre na .
4.1 Resultados de TGA
Esta observao uma consequncia do efeito de restrio no movimento
segmentar causada pelas nano partculas e sua interao com a matriz. A tabela 4.1 fornece
a temperatura de estabilidade trmica e informaes a respeito da massa residual de
ensaios de TGA para cada percentual de nano compsito de 2adicionado.
Tab.4.1 Resultados de TGA dos nano compsitos/ Resina Epxi com nano compsitos de
2
Fraes volumtricas ( % )
Resina Epxi pura
Ponto 1%
De 2
Ponto 2%
De 2
Ponto 3%
De 2
Ponto 4%
De 2
Ponto 5%
De 2
Tsb (C)
338,1
336,3
339,0
335,7
325,4
333,8
Massa Residual (%) 25,0 20,06 35,6 10,5 36,6 25,9 Desvio Padro 26,16 13,7 29,53 26,36 12,47 15,31
34
Por meio da anlise termogravimtrica foi determinada a temperatura de estabilidade
trmica (Tsb), que definida como a temperatura onde se inicia a perda de massa. Desta
forma, visando uma garantia na confiabilidade dos dados obtidos eliminando assim
possveis perturbaes do meio que possam ter ocorrido durante o ensaio ou at mesmo
para identificar se a parte da amostra no sofreu alguma falha durante o processo de cura
no momento da fabricao dos moldes. As curvas referentes aos ensaios de TGA e DMA
geradas pelos equipamentos esto disponveis no Apndice. Na Figura 4.1 so
apresentadas as curvas obtidas na anlise termogravimtrica realizada para a resina epxi
pura, assim como para os diferentes percentuais de nano compsitos de 2 .
Com a ideia de facilitar anlise e interpretao das informaes geradas, alguns dados
foram removidos da curva da figura e foram inseridos na Tabela 4.1. A curva original com
todas as informaes necessrias se encontra no Apndice.
A adio de nano partculas de 2 no apresentou variaes significativas na
temperatura de estabilidade trmica do polmero (permanecendo em torno de 338C) para a
maioria das amostras analisadas, durante o processo para que uma boa qualidade das
foras de adeso entre as cadeias polimricas e as nano partculas de 2 sejam bem
definidas. Analisando as informaes da Tabela 4.1 observou-se que a amostra que contm
2% de nano compsitos de 2 apresentou a maior temperatura (339C) de estabilidade
trmica em comparao com as demais amostras. Vale ressaltar tambm que a amostra
constituda por 2% de nano partculas de 2 apresentou tambm o valor percentual de
massa residual de 35,6%, o valor que est prximo ao valor de 36,6% que foi obtido na
amostra contendo 4% de nano compsitos de 2, essa amostra apresentou o maior
percentual de massa residual. Alm disso, a diminuio da estabilidade trmica do material
esperado devido baixa qualidade de foras de adeso, que responsvel para retardar
a degradao da cadeia de polmero. O alto valor da massa residual uma consequncia
da adio de nano partculas, uma vez que 2 no apresentou temperatura de
degradao sob a faixa de temperatura estudada.
35
Figura 4.1: Curvas Termogravimtricas [11]
4.2Resultados de DMA
Analisando os clculos feitos por cada amostra, constatou-se que a frao de
volume de 2% apresentou o melhor resultado para este nano compsito. Deste modo, o
efeito da frao em volume de nano partculas parece ser uma consequncia da nano
partcula da aglomerao. As interaes fsico-qumicas diminuem do sistema nano-
enchimento / polmero. As interaes interfaciais entre epxi e diminuio de dixido de
titnio com as foras de van der Waals atraem as nano partculas. Concluindo, a anlise
dinmico mecnica mostrou que a nano partcula de 2 aumentou a temperatura de
degradao inicial em aproximadamente 70C. Embora a resina epxi e 2 apresentarem
pequenas foras de ligao, a interao entre as cadeias de polmero e de nano partculas
de dixido de titnio tambm contribuem para o elevado valor de massa residual para os
nano compsitos, como pode ser visto na figura 4.2. (a). Por este motivo pode se pressupor
36
que ocorrer o decrscimo da temperatura de transio vtrea para adies maiores que 5%
de nano compsitos de 2.
Na Figura 4.2(b) so apresentadas as curvas de mdulo de armazenamento E
mensuradas por anlise de DMA para as amostras produzidas, das quais foram aferidas a
relao de dependncia do mdulo de elasticidade de armazenamento com a temperatura.
Figura 4.2. (a) Curvas de Temperatura de transio medidas por anlise de DMA
Figura 4.2. (b) Curvas de Mdulo darmazenamento medido por anlise de DMA
37
Na tabela 4.2 So apresentados o mdulo de Young e a temperatura de transio vtrea
Frao Volum.
( %)
(C)
Desv.Pad
(MPa)
Desv.Pad
Resina Pura 52 3,1 1627,3 181,4
1% de 47,3 1,8 1564,7 278,1
2% de 46,1 1,3 1743,3 290,5
3% de 43,6 2,0 1640,9 182,5
4% de 43,2 2,0 1477,9 183,7
5% de 34,9 4,2 762,2 529,5
Observou-se que um valor mximo de (52C) ocorreu na amostra contendo
0% de nano compsitos de 2, ou seja, a resina epxi pura sem adio de nenhum nano
compsitos de 2. Entretanto, a composio de 2% de nano compsitos de 2
apresentou o maior valor de mdulo de elasticidade de armazenamento mdio, porm com
uma leve reduo do mdulo de Young para algumas maiores adies de carga. Na tabela
4.2 os valores mais baixos de mdulo de elasticidade e de temperatura de transio vtrea
mdios foram obtidos para o percentual de 5% de adio de nano compsitos de 2. O
baixo desempenho, no caso de (34,9C) pode estar associado ao fato da adio
nesta proporo enfraquecer as interaes entre as cadeias polimricas de forma a
ocasionar uma falha na adeso entre os nano compsitos e a resina. J para o
(762,2MPa) o resultado obtido estaria relacionado ao fenmeno de aglomerao dos nano
compsitos. Vale ressaltar que para confirmar essas hipteses seria necessrio utilizar um
microscpio eletrnico de varredura.
38
5 CONCLUSO
Diversos estudos experimentais e tericos sobre as propriedades mecnicas micro e
nano compsitos foram realizadas, mas tem havido poucos estudos sobre as propriedades
termomecnicas destes materiais. O estudo da influncia de nano partculas nas
propriedades termomecnicas de nano compsitos foi o objetivo deste trabalho.
De acordo com o presente trabalho, foi possvel observar que as amostras
analisadas apresentaram excelentes resultados, com baixo percentual de nano compsitos
de 2.
De todas as composies analisadas os resultados obtidos para a adio de 2% de
nano compsitos de 2 foi a que apresentou a melhor performance, pois forneceu um
aumento significativo no mdulo de elasticidade sem comprometer as propriedades trmicas
da resina epxi, ou seja, foi a composio que demonstrou a melhor fora de adeso.
PROPOSTA DE TRABALHOS FUTUROS
Todo projeto no perfeito, sempre existe uma falha. Assim dito, eu limitei
por aqui com esses resultados obtidos por meio de experimentos. Peo com muita
humildade aos leitores, quem gostaria de aprofundar sobre esse assunto sejam
bem-vindos (a).
39
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45
7 APNDICE.
Anlise Termogravimtrica
Resina Epxi Pura
46
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (1%)
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (2%)
47
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (3%)
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (4%)
48
Epxi + Nano compsitos de TiO2 (5%)
Dados mltiplos
49
Anlise Dinmico-Mecnica (DMA)
Resina Epxi Pura
50
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (1%)
51
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (2%)
52
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (3%)
53
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (4%)
54
Resina Epxi + Nano compsitos de TiO2 (5%)