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Anatomia e Fisiologia Respiratória Monitora de Fisioterapia Respiratória Caroline Duarte Gonçalves Silva Estácio FIC 2013.1

Anatomia e Fisiologia Respiratória

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Page 1: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Anatomia e Fisiologia

Respiratória

Monitora de Fisioterapia Respiratória

Caroline Duarte Gonçalves Silva

Estácio FIC

2013.1

Page 2: Anatomia e Fisiologia Respiratória
Page 3: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Tórax O arcabouço torácico tem sua forma diretamente relacionada às estruturas ósseas, com o objetivo de proteger os órgãos vitais localizados no seu interior.

Os principais órgãos situados no interior do tórax são o coração e os pulmões.

Page 4: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Movimentos das Costelas

Page 5: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Músculos da Respiração

Page 6: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Diafragma

Principal músculo da

inspiração.

O nervo frênico é o

responsável por sua

inervação e tem suas

raízes de origem em C3,

C4 E C5.

55% fibra tipo 1 e 45% fibra

tipo 2, o que resulta mais

capacidade de

resistência à fadiga,

sendo as fibras do tipo 1

(contração lenta, alta

capacidade oxidativa e

baixa capacidade

glicolítica).

Page 7: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Biomecânica Pulmonar

Page 8: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Vias Aéreas

Vias Aéreas Superiores Vias Aéreas Inferiores

Page 9: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Vias Aéreas

Vias Aéreas Superiores

Têm como principal objetivo a adequação do ar (aquecimento,

umidificação e filtração), além de

funções como fonação, abertura e fechamento de vias aéreas e digestivas.

O nariz ainda possui função olfatória.

Vias Aéreas Inferiores

Conduz o ar até os alvéolos para que ocorra

a HEMATOSE.

As paredes da traqueia e das VA de grande calibre

são constituídas por epitélio

pseudoestradificado ciliado com presença de

células caliciformes.

A traqueia e os brônquios são revestidos por musculatura lisa.

Page 10: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Árvore Brônquica

Page 11: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Traqueia

A carina é o último

anel cartilaginoso da

traqueia e , neste

ponto, ela divide-se

em duas partes:

brônquios fonte

direito e esquerdo.

Anatomicamente, o

brônquio fonte direito

é, geralmente, mais ,

verticalizado que o

esquerdo.

Page 12: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Pulmões

Os pulmões são órgãos elásticos, isto é, podem entrar em colapso caso

não haja uma força externa aplicada. Os

responsáveis diretamente por esta força são os músculos

da respiração e a pressão intrapleural.

Pulmão direito: 3 lobos.

Pulmão esquerdo: 2 lobos e língula.

Page 13: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Interstício Pulmonar

Aurélio: Anat. E Histol.

Pequeno intervalo,

espaço ou fenda em um

tecido ou estrutura.

É o tecido de sustentação

pulmonar que é

constituído basicamente

por tecido conjuntivo,

dividem-se em quatro

partes: (1) compartimento

axial, (2) espaços

interlobares,(3)espaços

sublobares e (4) paredes

alveolares.

Page 14: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Pleura

O principal

objetivo da

pleura é manter

uma pressão

subatmosférica

entre seus

folhetos que, por

suas vez, impede

o colapso

pulmonar ao final

da expiração

forçada.

Page 15: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Alvéolos

Pneumócitos tipo 1 Células que não se dividem e formam uma superfície que

recobre os alvéolos,

permitindo uma difusão gasosa

rápida.

Pneumócitos tipo 2

A principal função é a secreção de

surfactante além de mecanismos de defesa, resposta

inflamatória e reparação alveolar.

Obs: A

membrana alvéolo capilar é formada por:

membrana basal, células endoteliais e

pneumócitos tipo1.

Page 16: Anatomia e Fisiologia Respiratória

As Comunicações Intra-Acinares

Os alvéolos comunicam-se uns com os

outros através dos Poros de Kohn, que nada mais são do que pequenos

buracos nas paredes entre dois alvéolos contíguos; geralmente, uma célula cúbica, conhecida como Pneumócito II

ou célula alveolar secundária, faz parte da abertura de um poro de Kohn. Os

Canais de Lambert, de diâmetro em torno de 50 mm, permitem a comunicação entre ductos alveolares e

entre alvéolos e ductos alveolares. Essas comunicações (poros de Kohn, canais

de Lambert) permitem ventilação colateral entre posições adjacentes de tecido pulmonar, exceto aonde estão

separados por um septo. Os Canais de Martin comunicação entre bronquíolos.

Canais de Martin

Canais de Lambert

Poros de Kohn

Page 17: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Tensão Superficial e

Surfactante

Page 18: Anatomia e Fisiologia Respiratória

SDRA

Page 19: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Ciclo Pulmonar

(ventilação, difusão e perfusão)

Ciclo Sanguíneo

(Débito Cardíaco)

Ciclo Tecidual

(Krebs)

Ciclo Sanguíneo

(Débito Cardíaco)

Inter-relação entre os ciclos

Page 20: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Ventilação

Fisiologicamente este

mecanismo é

realizado de forma

involuntária por toda

vida de um indivíduo,

entretanto, a

ventilação pode, por

vezes, ser realizada

de forma voluntária.

Page 21: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Reguladores da Respiração

Grupo respiratório

dorsal - responsáveis

pela inspiração

Grupo respiratório

ventral - responsáveis

pela expiração.

Centro

pneumotáxico –

responsável pelo

padrão e controle da

frequência

respiratória.

Receptores irritantes.

Receptores “J”

localizados no

pulmão.

Edema cerebral.

Anestesia.

Dor e temperatura.

Baroreceptores

arteriais.

Page 22: Anatomia e Fisiologia Respiratória

• Respiração basal

• eupnéia Vc e frequência respiratória normais

• apnéia interrupção ao final da expiração

• apneuse interrupção ao final da inspiração

• dispnéia sensação subjetiva de dificuldade de respirar

• taquipnéia ↑ freq. resp

• bradipnéia ↓ freq. Resp

• hiperpnéia ↑ Vc

• hipopnéia ↓ Vc

• hiperventilação ↑ Vc e freq. resp

• hipoventilação ↓ Vc e freq. resp

• tentativas de adaptar padrões respiratórios a diferentes atividades

Ventilação - Padrões

Page 23: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Volumes e Capacidades

Pulmonares

Page 24: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Volumes e Capacidades

Pulmonares - Diagnóstico

capacidade vital forçada =

FVC

o máximo de ar expirado

após

uma inspiração máxima,

o mais rápido possível

FEV1 vol expirado em 1 s

↑ R ao fluxo de ar dificuldade de

expiração rápida FEV1 e FVC diminuídos

FEV1 mais diminuído que FVC

R ao fluxo de ar normal movimentos respiratórios

prejudicados FVC e FEV1 diminuídos

FVC mais diminuído que FEV1

Page 25: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Volumes e Capacidades

Pulmonares - Diagnóstico

Doenças Obstrutivas

• dificuldade na

expiração • asma ↓ luz via aérea

• enfisema destruição de:

tecido elástico, tecido pulmonar mole, não

há recuo na

expiração

Doenças Restritivas

• dificuldade na inspiração

• dificuldade em aumentar

o volume da caixa torácica

• tecido pulmonar duro

• fibrose

• debilidade muscular

• deformidade postural

• ↑ P abdominal

• obesidade

• (causa pulmonar

ou extrapulmonar)

Page 26: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Volumes e Capacidades

Pulmonares - Diagnóstico

Patologias Restritivas

Ex: Atalectasia, Derrame Pleural,

Pneumotórax e Fibrose

Pulmonar.

Técnicas Manuais E

Mecânicas de Inspiração

Patologias Obstrutivas

Ex: Asma

(Broncoconstrição),

Enfisema

Pulmonar(Distensibilida

de Pulmonar), Bronquite Crônica

(Inflamação Alveolar).

Técnicas Manuais E

Mecânicas de Expiração

Page 27: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Causas:

Interior da luz: Resistência ao fluxo por secreção

ou corpo estranho. Ex: Atelectasia.

Na Parede da VA: Contração da musculatura

lisa do brônquio, hipertrofiadas glândulas

mucosas, inflamação ou edema da parede .Ex:

Asma

Na parede externa da VA: Destruição do

parênquima pulmonar causando perda de

tração radial ou contração extrínseca. Ex:

enfisema e tumor.

Distúrbios Obstrutivos

Page 28: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Distúrbios Restritivos

Causas:

Doenças do Parênquima

Pulmonar

(Fibrose pulmonar, Sarcoidose,

Doenças do colágeno,

Pneumonite por

hipersensibilidade)

Doenças do Pleura

(Pleura, Derrame Pleural,

Empiema Pleural, Espessamento

Pleural)

Doenças da Parede Torácica

(Cifose, Escoliose, Espondilite

Anquilosante, Obesidade

Mórbida)

Doenças Neuromusculares

(Poliomielite, Síndrome De

Guillain-barré, Esclerose Lateral

Amiotrófica, Miastenia Gravis,

Distrofias Musculares.)

Page 29: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Volumes e Capacidades

Pulmonares - Diagnóstico

Patologias Restritivas Patologias Obstrutivas X

Page 30: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Espaço Morto

Espaço Morto

Anatômico: Área de

condução.

Espaço Morto

Fisiológico: Área de

condução +Álvéolos

ventilados, mas não

perfundidos.

150ml

150ml

150ml

150ml 150ml

150ml

150ml

150ml

Vc 450ml

vol nas vias aéreas

da respiração

anterior

Ar alveolar

Espaço Morto Anatômico Zona Condutora

Page 31: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Diferenças de Ventilação

Ventilação varia <

ápice e > na base.

Efeito da gravidade.

Obesidade Mórbida

gera um colapso de

unidades alveolares,

prejudicando a

ventilação

pulmonar.

Page 32: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Difusão

Page 33: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Perfusão

pulmão recebe todo o débito cardíaco

artéria pulmonar (sangue venoso) se ramifica em

artérias cada

vez menores que

acompanham as vias

aéreas em direção à zona

respiratória - rede capilar pulmonar até alvéolos

troca gasosa - HEMATOSE

artéria pulmonar VD VE

AE AD

artéria

sistêmica

capilares pulmonares capilares

sangue venoso

veias pulmonares sangue arterial

Page 34: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Perfusão

• desigual devido ao efeito

da gravidade

• indivíduo deitado – fluxo de

sangue uniforme

• indivíduo de pé impede uma

adequada perfusão

Fluxo

sanguíneo

Médio

Pressões

Mínimo

Máximo

Palv > Pa > Pv

Pa > Palv > Pv

Pa > Pv > Palv

Fluxo sanguíneo

≠ Pa / Pv

no pulmão há Palv

Page 35: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Saturação de O2 no Sangue

Os valores de SaO2 arterial normais são considerados entre 94±4, em indivíduos com ou sem

patologia pulmonar, já que valores inferiores a 90%

condizem com uma PO2 menor que 60 mmHg, e os valores fisiológicos normais da SaO2 estão em torno de 97-98%. É importante enfatizar que a

curva de dissociação do O2 em pH entre 7,35 e 7,45, representa

o sangue em condições normais, e a alteração deste representa o desvio da curva

para direita ou esquerda.

Desvio para direita: aumento da temperatura(febre), aumento da concentração de CO2(efeito Bohr), aumento de H+ ( íons de

hidrogênio), reduzindo, desta forma, o pH sanguíneo, ou seja, uma acidose e pelo aumento da DPG9 2,3( difosfoglicerato).

Desvio para esquerda: redução da temperatura,diminuição da concentração de CO2, diminuição de H+ ( íons de hidrogênio),

aumentando, desta forma, o pH sanguíneo, ou seja, uma alcalose e pela redução da DPG9 2,3( difosfoglicerato).

Page 36: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Desequilíbrio das[O2] e de

[CO2] no sangue arterial

Hipercapnia

A hipoxemia é

caracterizada pela

redução da pressão

parcial de O2 no sangue

arterial (PaO2). PaO2

normal, de acordo com a

curvatura de dissociação

do O2 , é de 80 a 100

mmHg, podendo variar

coma idade e a

patologia.

Hipoxemia

A hipercapnia é

caracterizada pelo

aumento da pressão

parcial de CO2 no sangue

arterial. A PaCO2 normal,

de acordo com a curva

de dissociação pode

variar entre 35 a 45

mmHg, podendo variar

com a patologia.

Page 37: Anatomia e Fisiologia Respiratória

(V/Q)

Relação melhor nas

bases pulmonares.

O desequilíbrio da

relação V/Q leva

sempre a hipoxemia.

Efeito Shunt – há

perfusão.

Efeito Espaço Morto –

há ventilação.

Page 38: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Ciclo Sanguíneo

Pequena Circulação

Grande Circulação

Page 39: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Frequência Cardíaca

Fisiologicamente, a

frequência cardíaca é

de, aproximadamente, 80

batimentos por

minuto(bpm).

Taquicardia= FC de 100

bpm.

Baquicardia= FC abaixo

de 60 bpm.

Fatores que influenciam a FC:

Fatores neuro-hormonais.

Ritmo da condução

elétrica cardíaca.

Page 40: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Ciclo Tecidual

Biomecânica

Ventilatória

Durante a ventilação em repouso, ele move-

se, em média, cerca de 1 cm, porém

durante uma inspiração profunda ou

expiração profunda, ele pode mover-se cerca de 10cm, o

principal músculo é o diafragma.

Page 41: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Pressões durante a

Ventilação Pressão da superfície

corporal (Psc) –

pressão sobre o tórax – igual a zero ou

760mmHg por convenção.

Pressão na boca com as vias aéreas abertas

(Pao) – 760mmHg ou

zero – porém ao

aplicar VM ou VNI, a

pressão na boca será

maior que zero.

Pressão Pleural (Ppl) – menor que zero –

pressão interpleural é menor que a Patm.

Pressão Alveolar (Palv) é a interalveolar e

sofre alterações no ciclo.

Pressão nas VA (Pva) –

no interior da VA de acordo com a sua

localização na extensão e no ciclo.

Page 42: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Gradientes de Pressão

Pressão Transtorácica

Pw = Ppl – Psc

Necessária para

expansão e retração

da caixa torácica e dos

pulmões

simultaneamente.

Pressão

Transpulmonar

Pp = Palv – Ppl

Responsável pelo direto

pela manutenção de

um volume de ar nos

alvéolos.

Page 43: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Gradientes de Pressão

Pressão Transmural

Pt = Pva – Ppl

Mantém as VA abertas

durante toda a

mecânica ventilatória.

Pressão

Transrespiratória

Prs = Palv – Pao

Patm = Pao = Psc

Palv ≠ Patm

Page 44: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Gradientes Pressóricos

x

Ventilação Pulmonar

Page 45: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Pressão Alveolar

Page 46: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Pressão

Page 47: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Fluxo Aéreo

Page 48: Anatomia e Fisiologia Respiratória

P = (V/C) + (R x F)

P(pressão)= pressão gerada pelos músculos ventilatórios.

V(volume)= volume de ar mobilizado para os pulmões.

C(complacência)= capacidade de expansão da caixa

torácica e pulmões.

R(resistência)= resistência ao fluxo aéreo.

F(fluxo)= variação de volume por unidade de tempo.

Propriedades Elásticas

do Pulmão

Page 49: Anatomia e Fisiologia Respiratória

C = (v2-v1)/(p2-p1)

Em repouso:

V2= VC +CFR

V1= CRF

P2= Pressão Inspiratória Máxima

P1= PEEP fisiológica+ Auto-PEEP

Complacência Pulmonar

Page 50: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Comportamento

Elástico

Pulmonar

A disposição

geométrica das fibras

elásticas e das fibras

colágenas, presentes

nos alvéolos e VA

pulmonares, são

diretamente

responsáveis pelo

comportamento

elástico pulmonar.

Resistência do

Sistema Respiratório

VA

Caixa torácica

Resistência tecidual

Page 51: Anatomia e Fisiologia Respiratória

Bruno Presto e Luciana Presto. Fisiologia respiratória.