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Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 1

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 · Dr. Abram Berestein SAESP Nota de Correçªo Na edição no 03/2004 da publicação Anestesia em Revista, foi publicado na página

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Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 1

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 3

ÍndiceÍndiceExpedienteExpediente

Editorial 5

Cartas 6

Perguntas e Respostas 8

Entrevista - Roberto Bastos da Serra Freire 24

Artigos

Não devemos ensinar atos médicos a profissionais não-médicos 20

Peixes fora d´água 22

O suporte básico de vida no ambiente hospitalar 23

Divulgação

De médico a paciente. Com a ajuda de colegas 18

Notícias

Secretaria 4

Regionais 11

Parecer Assessoria Jurídica 12

Assessoria Jurídica Orienta 12

Notícias do CET 13

Resolução Normativa no 82, de 29 de setembro de 2004 14

ANS aprimora nomencratura e formatação do Rol de Procedimentos 14

Resoluções CNRM - Resolução no 9, de 5 de agosto de 2004 15

Resolução no 8, de 5 de agosto de 2004 16

A SBA presente no Congresso Argentino de Anestesiologia e no da FASA 17

Jornal da Globo 17

Novos Membros 25

Calendário Científico 26

Site da SBA - www.sba.com.br

Anestesia em revista é umapublicação da Sociedade Brasileira deAnestesiologia Departamento deAnestesiologia da Associação MédicaBrasileira

Rua Professor Alfredo Gomes, 36Botafogo - Rio de Janeiro - RJCEP: 22.251-080Tel.: (21) 2537-8100Fax: (21) 2537-8188

Conselho Editorial:

Pedro Thadeu Galvão ViannaRoberto Bastos da Serra FreireConsuelo Plemont MaiaSergio Luiz do Logar MattosIsmar Lima CavalcantiJoão Aurílio Rodrigues EstrelaJurandir Coan Turazzi

Diretor Responsável:

João Aurílio Rodrigues Estrela

Programação Visual:

Ito Oliveira Lopes - 12516 - DRT/RJWellington Luís Rocha Lopes

Capa e Ilustrações:

Marcelo MarinhoRodrigo MatosMercedes AzevedoJosé Bredariol Jr

Impressão e Acabamento:

MasterGraph

Tiragem:

7.000 exemplares

Distribuição gratuita

IMPORTANTE:

Cadastre seu e-mail na SBAVisite o site da SBA na Internet:[email protected]

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 4

Remessa de Publicações

A Diretoria da SBA, visando agilidade e eficiência na entrega das publicações RevistaBrasileira de Anestesiologia (RBA) e Anestesia em Revista (AR) contratou Empresa espe-cializada para a entrega das mesmas.

Para que possamos acompanhar a eficiência deste trabalho e controle de cláusulascontratuais, necessitamos de comunicação, por escrito, específica, com relação a possí-vel não recebimento. Esclarecemos ainda que o contrato foi firmado a partir da RBA 04/2004 e AR 03/2004.

Contamos com sua colaboração para o controle da qualidade deste serviço.

Acesse nosso Portal para o envio de reclamações:Área Reservada aos Sócios - Reclamações RBA/AR - http://www.sba.com.br

Diretoria

Notícias da SecretariaNotícias da Secretaria

A Secretaria da SBA informa que todas asinscrições para as provas que serão realizadasdurante o 51º CBA já foram confirmadas.

Na época do recebimento da inscrição,enviamos carta de confirmação, anexando reciboe programa da prova.

Recentemente, encaminhamos cartainformando dia, hora e local de realização decada prova.

Disponibilizamos uma área de consulta /confirmação de inscrição no Portal da SBA.

Encaminhamos mensagem eletrônica paratodos os associados que possuem e-mailcadastrados e colocamos aviso no Portal.

Caso tenha encaminhado sua solicitação deinscrição e não tenha recebido nenhumacomunicação, contate a secretaria da SBA emcaráter de urgência, munido de todos oscomprovantes que esta inscrição tenha sidoencaminhada na época.

Aler tamos que não serão aceitasreclamações na semana que antecede o 51ºCBA.

Avise aos seus colegas.

AVISO MUITOIMPORTANTE:

Saiba mais sobre oPortal da SBA

Serviços disponíveis para você que é só-cio da SBA:

� Biblioteca Virtual � dispondo de sua senha deacesso a área restrita, nesta área, você clicaem biblioteca virtual e terá disponível além dedois livros, dois importantes bancos de pes-quisa (Medline e Ovid). No Ovid estão dispo-níveis as onze (11) publicações mundiais maisconceituadas e de interesse ao anestesiolo-gista, com texto completo dos trabalhos pu-blicados. Tudo isto a custo zero para o sócio.Além de nossa RBA com texto na íntegra apartir de 1988. A SBA foi pioneira neste tipode biblioteca. Se você tem dúvida como utili-zar a biblioteca virtual, entre em contato coma SBA, que os nossos funcionários da bibliote-ca lhe orientarão.

� Através do portal é disponibilizado o Cursode Dor on-line; aulas de educação continua-da, com temas sempre interessantes.

� Na área de defesa profissional as informaçõesmais atuais dos movimentos de classe; reso-luções, pareceres e portarias.

� Além de vários links de interesse do aneste-siologista.

EditorialEditorialSociedade Brasileira de Anestesiologia

Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 5

Este é o período do ano com intensas atividades associativas na SociedadeBrasileira de Anestesiologia (SBA). Isto porque em setembro, outubro e novembroconcentra-se a maioria dos eventos, nacionais e internacionais, de nossa especia-lidade. O ano de 2004 não tem sido exceção e reuniões da Anestesiologia e áreasafins tem acontecido em praticamente todas as regiões do país. Para os colegasterem idéia desta afirmativa citamos a ocasião em que proferimos palestra sobreárea de atuação em dor da SBA/ABN (Academia Brasileira de Neurologia) / AMB(Associação Médica Brasileira), a convite da Sociedade Brasileira para o Estudoda Dor (SBED), em Florianópolis pela manhã e ao final do dia estivemos presentena abertura da JORBA, em Salvador. De 1 a 4 de setembro estivemos represen-tando o Brasil nas reuniões da CLASA e da FASA (entidades representativas daAmérica Latina) durante o Congresso Argentino de Anestesiologia, na cidade deTucuman.

Na reunião da CLASA foi discutida a situação socioeconômica da Argentina,Brasil, Paraguai e Uruguai, com particular enfoque para as condições econômicas ede salubridade com as quais lidam os anestesiologistas destes países. No inicio deoutubro houve a oportunidade de participarmos da reunião ampliada da CLASA,por ocasião do Congresso Peruano de Anestesiologia comemorativo do jubileu deouro da Sociedade Peruana de Anestesiologia Analgesia e Reanimação (SPAAR).Em Lima, os países andinos (Chile, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia e Venezuela)apresentam as suas situações socioeconômicas, no que tange à prática daAnestesiologia. Dos eventos resta a impressão que o Brasil tem, de certo modo,interagido com os nossos �hermanos� da América Latina, mas esta relação aindadeixa a desejar, levando-se em consideração a nossa potencialidade. Certamente,a realização das trocas de conhecimento, com ganhos, em sua plenitude, é umtema complexo, para ambas as partes. Um dos desafios na busca do entendimen-to mútuo reside na questão idiomática. Se por um lado falamos línguas diferentes,por outro estas apresentam semelhanças que facilitam o aprendizado das mes-mas.

Atualmente, a novidade do nosso Portal é a apresentação da Revista Brasileirade Anestesiologia �on line�. Ela está sendo apresentada em � full text� e a pesqui-sa por meio das palavras chaves, está muito amigável.

Outra situação vivida por nós, é que estamos em pleno período eleitoral, tam-bém, na Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Pela primeira vez em 56anos de existência da SBA, a Diretoria e o Conselho Fiscal serão eleitos pelo sufrá-gio universal, ou seja, pelo voto postal. Desse modo, conclamamos a todos oscolegas a exercerem o seu direito de voto e isto representa que irão fortalecer anossa Instituição, ao mesmo tempo que estarão dando respaldo aos que vão assu-mir a Diretoria da SBA/2005.

Dr. Pedro Thadeu Galvão ViannaPresidente da SBA/2004

Dentro e fora de Casa

CartasCartasSociedade Brasileira de Anestesiologia

Obituário

Associado Regional

Dr. Paulo da Graça Silva Prazeres SAEMDr. Abram Berestein SAESP

Nota de Correção

Na edição no 03/2004 da publicação Anestesia emRevista, foi publicado na página 20 notícia da fundaçãoda Regional de Roraima - SAERR.Nesta nota foi publicado o nome do Secretário de formaerrado.Neste retificamos o nome do Secretário da SAERR:Dr. José Luiz da Costa Filho

Solicita informações filiação SBA

Sra. Mercedes,Recebi sua msg e agradeço sua atenção vou provi-denciar documentos e enviarei o mais breve possí-vel o pedido de filiação, infelizmente a SociedadePortuguesa de Anestesiologia não tem 1/100 dagrandiosidade da nossa Sociedade e só pra vc teruma ideia estou tendo dificuldades até de encontraro contato da mesma pois nem website há, vejam só!!!!!!!Outro dia fui confrontada com uma indagação queagora lhe ponho caso saiba responder, seria de gran-de ajuda: Temos no Brasil Residencia Médica e/ouCET de Anestesiologia em algum hospital privado?Mto obrigado pela atenção que sempre dedicou-medesde os tempos de ainda interna no Hospital doAndaraí qdo já transitava nos meios de Anes-tesiologia, nunca vou esquecer seu carinho e aten-ção para com os filiados desta casa.bybyDra. Rosemary MartinsSBA responde: Sim. Encaminho para seu conheci-mento, a relação de todos os Centros de Ensino eTreinamento credenciados pela SBA, incluindo o nomedo hospital sede para sua verificação. Com relaçãoaos locais que possuem apenas Residência Médicanão temos como informá-la mas acredito que sim.Talvez a senhora consiga esta informação no site daCNRM - Ministério da Educação.

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 7

Temos boas notícias para o próximo ano!Procurando aproximar mais a

SBA da realidade da maioria dosanestesiologistas e agregar um nú-mero cada vez mais expressivo decolegas, a diretoria implementou di-versas medidas administrativas quejá começaram a mostrar resultados.Assim, na proposta orçamentáriapara o ano de 2005, que enviare-

mos para a apreciação da assem-bléia de representantes, será pos-sível não só manter o mesmo valorda anuidade de 2004, se paga deuma só vez, como inaugurar um sis-tema de parcelamento que vai faci-litar em muito os nossos sócios. Com-plementando este processo, semprevisando deixar abertas as portas

para todos aqueles que quiserementrar, estamos propondo uma re-dução da taxa de readmissão paraapenas R$ 20,00.

Confira abaixo os valores e as for-mas de pagamento propostas deacordo com cada categoria de só-cio.

Mensagem da Tesouraria:

Temos boas notícias para o próximo ano!

1. Valor da anuidade de Aspirante: R$ 210,00 (duzentos e dez reais)

a. Pagamento até 31/03/2005: R$ 200,00 (duzentos reais)b. Pagamento até 30/04/2005: R$ 210,00 (duzentos e dez reais)c. A partir de 01/05/2005: R$ 210,00 (duzentos e dez reais) + taxa de readmissão vigente, R$ 10,00

(dez reais)d. Parcelamento em 4 vezes para ME à partir do 2º ano

vencº 31/03/05 R$55,00vencº 30/04/05 R$55,00vencº 31/05/05 R$55,00vencº 30/06/05 R$55,00

2.Valor da anuidade de Ativo, Adjunto e CET: R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais)

a. Pagamento até: 31/03/2005 R$ 400,00 (quatrocentos reais)b. Pagamento até: 30/04/2005 R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais)c. A partir de 01/05/2005: R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais) + taxa de readmissão vigente, R$

20,00 (vinte reais)d. Parcelamento em 4 vezes

Vencº 31/03/05 R$110,00Vencº 30/04/05 R$110,00Vencº 31/05/05 R$110,00Vencº 30/06/05 R$110,00

3. Valor da anuidade de Estrangeiro: US$ 170,00 (cento e setenta dólares)

4 . Valor da Taxa de Readmissão para médico em especialização de segundo e terceiroano R$ 10,00 ( dez reais).

5. Valor da Taxa de Readmissão para membros ativos e adjuntos inadimplentes do anoem curso R$ 20,00 (vinte reais).

6. Valor da Taxa de Readmissão para ativos e adjuntos inadimplentes há mais de umano R$ 20,00 (vinte reais).

OBS.: Os descontos previstos acima, caso aprovados, só serão aplicados para os membros quites com aanuidade de 2004 (SBA e Regional).

Perguntas e RespostasPerguntas e RespostasSociedade Brasileira de Anestesiologia

tratos a serem estabelecidos entre o Saúde Bradesco eMédicos referenciados, seja Pessoa Física ou PessoaJuídica�.02. Preliminarmente, tem-se que, com o adventoda Resolução Normativa nº 71, de 17 de março docorrente ano, a AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SU-PLEMENTAR � ANS efetivamente determinou que,em 180 (cento e oitenta) dias �As operadoras de pla-nos privados de assistência à saúde e as seguradorasespecializadas em saúde deverão ajustar as condiçõesde prestação de serviços com profissionais de saúde emconsultórios ou com as pessoas jurídicas, mediante ins-trumentos jurídicos a serem firmados nos termos e con-dições estabelecidos por esta Resolução Normativa�(art. 1º da mencionada Res. ANS-71).03. Outrossim, foi exatamente em razão desta nor-ma administrativa que, uma vez instados por estaSBA, elaboramos duas minutas de Contrato (con-tendo todos os requisitos exigidos na Res. ANS-71),hás hipóteses de contratação com pessoas físicas epessoas jurídicas - tudo conforme objeto de nossacorrespondência/Parecer SBA-003/2004.04. Portanto, temos como premissa básica que, atéo mês de Setembro próximo vindouro, as empresaoperadoras de planos privados de assistência à saú-de bem como as seguradoras de saúde deverão ter,já elaborados e assinados, Contratos nos padrõesfixados pela Resolução ANS/71.05. Paradoxalmente, contudo, a apontada Resolu-ção ANS-71 não traz previsão de penalidades a se-rem impostas àquelas empresas operadoras e/ouseguradoras de saúde que não entabularem os con-tratos conforme determinado, e no prazo elencado.06. Outrossim, a mesma Resolução ANS-71 não traz(como, aliás, nem poderia) como vai dar-se as nego-ciações entre as partes envolvidas � e que depen-derão de negociação entre as partes.07. Assim, tem-se que as pessoas físicas (MédicosAnestesiologistas) ou Jurídicas (em sua maioria, asCooperativas de Anestesia) estarão � ou até mesmojá encontram-se � em negociações para elaboraçãodas contratações.08. Já a preocupação desta SBA diz respeito àvaloração dos honorários anestésicos, em face daimposição da BRADESCO SAÚDE em desrespeitar aaplicação da CBHPM relativamente aos serviçosmédicos de anestesiologia.09. Neste diapasão, as próprias considerações inici-ais lançadas na própria Consulta já conferem basejurídica para um debate judicial acerca do tratamentodispensado pela BRADESCO SAÚDE.10. Inicialmente, aponta-se o ferimento ao princípioda isonomia, na medida em que, se em face de algu-mas (ou todas as demais) categorias/especialidadesmédicas o BRADESCO SAÚDE aplica a CBHPM, porque não feze-lo em face dos Anestesiologistas?11. Corrobora a tese o fato da CBHPM ter sido ela-borada por orgão de classe, definindo-a como valor

Ação contra planos de saúde

Pergunta

Tendo em vista a tomada de decisão unilateral daBradesco Saúde em reformar sua tabela de honorários eserviços;Tendo em vista que a Resolução Normativa da AgênciaNacional de Saúde Suplementar(ANS) nº 71 de 2004obriga a todas as operadoras de serviço de saúde suple-mentar a assinarem contratos com os prestadores mé-dicos até setembro deste ano e que as minutas de con-tratos enviadas pelo Saúde Bradesco não contemplama CBHPM, data e índice para reajuste;Tendo em vista nesta reformulação haver diminuição donúmero de CRS dos portes anestésicos, importando emdiferenciação de reajuste em relação às demais catego-rias médicas, com real prejuízo aos anestesiologistasbrasileiros;Tendo em vista comunicado do Bradesco Saúde de 27de maio de 2004 onde afirma ter adotado princípios dehierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizadade Procedimentos Médicos (CBHPM);Tendo em vista não ter havido a adoção destes princípi-os na tabela da anestesiologia, pois que a grande maio-ria, senão todos, os procedimentos anestésicos não ti-veram variação em seu porte;Tendo em vista o comunicado de 27 de maio de 2004afirmar que houve um aumento médio dos honoráriosmédicos clínicos e cirúrgico no valor de 26,5%, sendoque para a anestesiologia este aumento não chega emsua prevalência a 5%;Tendo em vista que a Resolução do Conselho Federal deMedicina nº 1673 de 2003, estabelece a CBHPM comovalor referencial ético mínimo para remuneração dosprocedimentos médicos no território nacional.Solicitamos ao nobre doutor examinar, com a máximaurgência, a possibilidade de ser impetrada ação na es-fera federal obrigando ao Saúde Bradesco a adoção daClassificação Brasileira Hierarquizada de Procedimen-tos Médicos para remuneração dos procedimentos anes-tésicos em todo o território nacional, bem como estipulardata fixa e índice de reajuste para todos os contratos aserem estabelecidos entre o Saúde Bradesco e Médicosreferenciados, seja Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.

SBA responde:

1. Por intermédio da Consulta supra epigrafada, estaSBA, após declinar algumas considerações, indaga

sobre �... a possibilidade de ser impetrada ação naesfera federal obrigando ao Saúde Bradesco a ado-

ção da Classificação Brasileira Hierarquizada deProcedimentos Médicos para remuneração dos

procedimentos anestésicos em todo o territó-rio nacional, com como estipular data fixa

e índice de reajuste para todos os con-

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 9

mínimo, a fim de afastar o aviltamen-to profissional � nisto inseridos concei-tos de ética médica, conforme já ex-posto em vários de nossos anterioresPareceres.12. Isto posto, indaga-se se a SBApode, em nome próprio, litigar emjuízo, em interesse de seus Associa-dos.13. A resposta é positiva.14. A questão apontada trata-se deum interesse transindividual, caracte-rizado por um interesse coletivo, quesegundo o artigo 81, II, do Código deDefesa do Consumidor (Lei Federal nº8.078/90, traduzem-se por �interes-ses transindividuais de naturezaindivisível de que seja titular um grupo,categoria ou classe de pessoas ligadasentre si ou com a parte contrária por umarelação de base�.15. Apesar de um interesse indivisível,o grupo ou categoria inerente a este éperfeitamente identificável, sendo quea associação que o represente pode-rá substituí-lo (instituição da substi-tuição processual) para figurar no póloativo da demanda judicial.16. Tal prerrogativa encontra-se es-tampada no artigo 82, IV do aponta-do CDC, que estendeu a cognição daLei Federal nº 4.717/65, referente àAção Popular.17. Ressalta-se que com o advento daLei Consumerista (CDC) a cognição ehipóteses de abrangências tanto daLei da Ação Popular (Lei nº 4.717/65)quanto da Lei da Ação Civil Pública (Leinº 7.347/85) foram estendidas em suaincidência e hipóteses de cabimento.18. Quanto ao procedimento proces-sual a ser adotado seria,aprioristicamente, o da Ação Popular,por este ser o adequado para tratarde interesses coletivos; para interes-ses difusos, os quais não é identificávelo grupo ou categoria, o procedimentoadotado é o da Ação Civil Pública; con-tudo tal procedimento é adotado paraquestões envolvendo meio-ambiente,ordem urbanística, consumidor e ou-tros.19. Ressalta-se que a decisão proferi-da na Ação Popular tem efeito ergaomnes, ou seja, seu efeito estenderá atodos os associados, mesmo para osassociados que promoveram suas res-pectivas ações particulares e desdeque as mesmas estejam suspensas,até o prazo de 30 (trinta) dias do co-nhecimento daquela Ação Popular,conforme artigo 104, do Código deDefesa do Consumidor.20. De outra sorte, em caso inverso,

ou seja, caso esta Ação Popular sejajulgada improcedente, tal decisão nãoprejudicará a promoção individual,pelos próprios Associados, de suasrespectivas ações particulares.21. Isto é, improcedente a demandada associação, o Associado ainda po-derá promover demanda individual,em seu próprio nome e com o mesmoobjeto da ação coletiva.22. Em apertada síntese, tem-se quea SBA detém legitimidade ativa parapromover Ação Popular contra a SAÚ-DE BRADESCO, visando albergar osinteresses de seus associados (interes-se transidividual).23. A competência para apreciação detal demanda seria uma Vara Cível � enão Vara Federal, conforme sugeridona Consulta.24. Os detalhes de demanda, suaabrangência, chances de resultado,custos e outros, deverá ser objeto demaior detalhamento � mormente emrazão de sua preponderante etranscendental importância para aclasse.É o Parecer, SMJ.Mauricio Sagboni Montanha TeixeiraOAB/PR 13.147 � Assessor Jurídico

Ficha de Anestesia

Pergunta

Tenho certeza de que na confecção daficha de anestesia, o anestesiologista sótem que escrever, (com relação aos me-dicamentos) as drogas relacionadas aoarsenal terapeutico específico.Ocorre que os Convênios, inclusive aUnimed, aqui em Rio Branco, glosamas contas médicas quando os anes-tesiologistas não põem na sua ficha osantibióticos usados durante o ato cirúr-gico.Se nós formos de acordo com essa nor-ma, teremos que colocar, também, osdrenos, as telas, os fios e etc.Eu gostaria de saber se há alguma nor-ma da SBA relacionado a confecção daficha em questão, para, deposse da nor-ma, enviar aos convênios carta referin-do-se as nossas diretrizes.

SBA responde:

1 - Os antibióticos utilizados na pre-venção ou no tratamento de um paci-ente fazem parte do processo tera-pêutico ao qual este paciente estásendo submetido.2 - Estes medicamentos têm um horá-

rio adequado para a sua administra-ção, para a obtenção de um melhoríndice terapêutico.3 - Os estabelecimentos de saúde sãoobrigados por lei (Portaria MS 2616/98) a constituírem uma Comissão deControle de Infecção Hospitalar (CCIH),que atuam como responsáveis na ela-boração de protocolos e vigilância so-bre a administração, registro e con-trole da eficácia destes medicamentose procedimentos envolvidos.4 - Um paciente cirúrgico, o objeto des-ta consulta, pode passar de minutosa horas sob os cuidados do aneste-siologista. Durante este período podeocorrer à necessidade de administra-ção dos antibióticos, quer seja de suadose inicial ou da dose para dar conti-nuidade a um tratamento já iniciado.5 - Os protocolos da CCIH orientamcom relação à escolha da droga, dose,regime de administração. Considera-ções específicas sobre o paciente de-vem ser discutidas com a equipe en-volvida no tratamento e CCIH, se ne-cessário.

Recomendamos:1 - Que protocolos sobre a adminis-tração de antibióticos sejam discuti-dos com a CCIH do estabelecimento,legalmente responsável.2 - Quando sob os cuidados do anes-tesiologista, que a administração dosantibióticos seja registrada na Ficha ouBoletim de Anestesia, que é o docu-mento de registro dos atos e interven-ções do anestesiologista.3 - A leitura da bibliografia em anexo,que discute sobre o tema consideran-do aspectos desde a escolha, doses ecompetência de quem deve determi-nar.Este é o nosso parecerDr. Antonio Roberto CarrarettoDr. Manoel Rodrigues Medeiros NetoDr. Oscar César Pires

Bibliografia Recomendada:

1 - Matuschka PR, Cheadle WG, BurkeJD, Garrison RN: A new standard ofcare: Administration of preoperativeantibiotics in the operating room. AmSurg 1997; 63: 500-3.2 - Cheng EY, Nimphius N, Hennen CR:Antibiotic therapy and theanesthesiologist. J Clin Anesth 1995;7: 425-39.3 - Cheng EY, Nimphius N, Hennen CR:Training in antibiotic administration.Anesth Analg 1992; 74: 619-20.4 - Warters RD, Szmuk P, Pivalizza EG,

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 10

Gebhard R, Ezri T: Preoperativeantibiotic prophylaxis: The role of theanesthesiologist. Anesthesiology2003; 99:515-65 - Portaria nº 2616, de 12 de maiode 1998: Controle de Infecção Hospi-talar, publicação: D.O.U. - Diário Ofici-al da União; Poder Executivo, de 13de maio de 1998.

Analgesia Via CPD

Pergunta

Estamos desenvolvendo um serviço de doraguda no nosso hospital, e para adminis-trar as soluções analgésicas de horário, aexemplo de outros serviços renomados(como a da Escola Paulista de MedicinaUNIFESP), capacitamos alguns enfermei-ros-padrão para a administração de solu-ções analgésicas via cateter peridural.Entretanto, recentemente tivemos umatrito com o enfermeiro chefe da UTI,quem proibiu estes enfermeiros-padrão deadministrar as soluções alegando ser issoum ato exclusivamente médico. Suspen-demos a prescrição temporariamente epassamos, nós mesmos a fazer a admi-nistração das soluções.Entendemos que a inserção e fixaçãocorreta do cateter peridural, seu adequa-do funcionamento, prescrição da alan-gesia e manipulação da solução cabe anós, anestesiologistas bem como a res-ponsabilidade de uma possível compli-cação deste procedimento. Não cabe aenfermeiros-padrão que administram assoluções a culpa por quaisquer compli-cações. A eles, cabe a função da admi-nistração de horário, conforme prescriçãomédica. A linha de raciocínio deles, casofosse seguida desta forma, não os habili-taria a administrar nenhuma outra me-dicação seja ela por via venosa ou oral,pois qualquer medicação pode causar um�efeito adverso�, e quando isto ocorre,responde pela complicação o médico quea prescreveu, e não o enfermeiro que aadministrou.Desta forma, gostariamos de ter umpronunciamente da SBA quanto a estaquestão, pois isso colocaria um pontofinal em nossas especulações eteriamos um parecer na nossa socie-dade superior.

SBA responde:

Quando da administração de drogasno neuro-eixo, especificamente no es-paço peridural, há necessidade deverificação do correto posicionamentodo cateter a cada administração. En-tendemos ser este um ato exclusiva-mente médico, não podendo ser dele-gado ao corpo de enfermagem.

Dr. Jurandir Coan TurazziDir.Dept.Def.Profissional da SBA

Ventilador em obesos mórbidos

Pergunta

Sou médico anestesiologista há mais oumenos 04 anos, com curso de pós-gra-duação em anestesia pela UniversidadeFederal de Mato Grosso.Ainda não sou sócio desta conceituadainstituição, mas estou tomando as devi-das providências para que possa me as-sociar o mais breve possível.Atualmente estou trabalhando no interi-or do Estado de Mato Grosso, cidade deJuína, com aproximadamente quarentamil habitantes, onde contamos com ser-viço de Neurocirurgia, UTI, cirurgia porvideolaparoscopia, Tomografia etc.Os colegas cirurgiões fizeram cursospara cirurgia de obesidade mórbida,e estão querendo iniciar este serviçoaqui.Neste serviço só contamos com carrinhode anestesia com fole de 1000ML, comoa previsão é de operar pacientes com ele-vado peso corporal, isto é acima de100(cem) Kg., este carrinho de anestesiacom fole de 1000ML tem condições deser usado ou devemos providenciar umoutro carrinho de anestesia com fole ca-pacidade maior, isto é 1500ML ou2000ML?

SBA responde:

Não foi fornecido o modelo do ventila-dor questionado para que possamos

conhecer algumas características téc-nicas além do volume máximo. Partin-do-se do princípio que seja um venti-lador com fole de 1000 mL, com ca-pacidade de gerar pressão de aproxi-madamente 60 a 70 cm H2O (interna-mente), podemos considerar:1- Geralmente o volume máximo nãoé o único fator limitante de um venti-lador para anestesia em pacientes obe-sos mórbidos.2- Com o aumento do IMC tambémtemos um aumento proporcional daresistência e uma diminuição da com-placência.3- A presença de diferentes modosventilatórios, a capacidade de fluxo ea presença de PEEP podem determi-nar melhores condições ventilatóriaspara este grupo de pacientes. Depen-dendo destas características um ven-tilador um fole de 1000 mL pode sersuficiente para ventilar pacientes compeso aproximado de 150 kg.4- Pacientes com IMC > 60 podem ne-cessitar de ventiladores �especiais� �com melhores características técnicas.5- A presença de doença pulmonarpode requerer o uso de ventiladoresadequados a este grupo de pacientes.6- Alguns circuitos ventilatórios pro-movem um fluxo de acoplamento, du-rante a fase inspiratória, que aumen-ta o volume corrente, somando-se aovolume do fole. De modo contrário, acompressibilidade dos gases no siste-ma, principalmente com pressões maiselevadas, reduz o volume administra-do pelo ventilador.Na esperança de termos contribuídopara a consulta, colocamo-nos ao Vos-so dispor para esclarecimentos adici-onais necessários.Este é o nosso parecer

Dr. Antonio Roberto CarrarettoDr.Monoel Rodrigues Medeiros NetoDr. Oscar César PiresMembros CNTSA-SBA 2004

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 11

Presidentes de Regionais se reúnemPresidentes de Regionais se reúnem

RegionaisRegionaisSociedade Brasileira de Anestesiologia

Informamos que a 40º Jo-sulbra/2005 será realizada na Ci-dade de Gramado/RS, no HotelSerrano, de 21 a 24 de abril de2005, sob a organização de nos-sa Regional.

40o Josulbra 2005Estamos trabalhando para que

seja um evento de grande cunhocientífico e associativo, e tão logotenhamos dados mais precisos lheenviaremos.

Solicitamos a divulgação deste

Em todas jornadas regionais, a diretoria da SBA reune-se com presidentes de regionais para discussão de assun-tos economicos, cientificos e administrativos. Como podemos observar há interesse e participação de todos.

evento em seus veículos de infor-mação.

Sem mais para o momento, re-novamos protestos de estima econsideração.

Cordialmente,Dr. Fernando Squeff NoraPresidente da SARGS

Nós da SAETO-To (Sociedadede Anestesiologia do Estado doTocantins) gostariamos de para-benizar todo o empenho da SBA,em especial na pessoa do Dr.Jurandir Coan Turazzi,diretor doDepartamento de Defesa Profis-sional da SBA pelo brilhante tra-

balho que vem tendo frente àsnegociações para implanta-

ção da nova tabela.Nós daSAETO-TO temos acompa-

nhado e participado detodo este processo e

graças à este tra-balho já conse-

O Tocantins e a CBHPMguimos implantá-la de maneiraplena em vários convenios e osque não quiseram fechar conoscoforam descredenciados e estamostrabalhando com o sistema de re-embolso até que eles negociemconosco.Temos tido em nosso Es-tado a grata surpresa de colegasde outras especialidades, queantes nos chamavam de mafiososagora tem nos procurado paraterem orientação quanto à im-plantação da nova tabela e tam-bém sobre cooperativismo quehoje está sendo visto como amelhor maneira de se reunir as

especialidades médicas tendocom isto maior coesão,facilidadepara se trabalhar e maior poderde barganha junto às entidades.É importante que todos os cole-gas atentem para o apoio quetemos recebido, para o momen-to e para a dimensão do que estáacontecendo para que possamosunir forças para mudar para me-lhor a realidade do médico e emespecial, do anestesiologista bra-sileiro.

Dr. Antenor de Muzio Gripp.Presidente da SAETO-TO

NotíciasNotíciasSociedade Brasileira de Anestesiologia

Parecer sobre publicações

01. Por intermédio de Consulta a SBA, invocando aResolução nº 1701/2003 do Conselho Federalde Medicina - CFM, indaga �se existem conflitosentre a referida Resolução e a propaganda veicula-da nos impressos, publicações e Site da SBA�.

02. Preliminarmente, verifica-se que a referida Re-solução do CFM estabelece critérios norteadoresda propaganda admissível na seara médica,conceituando os anúncios de divulgação de as-suntos médicos, limitando o sensacionalismo eas proibições referentes à matéria.

03. Analisando as publicações que nos foram enca-minhadas, bem como aquelas outras de nossoconhecimento, verificou-se que a SBA não se uti-liza de qualquer propaganda que viesse a con-trariar os dispositivos insertos na apontadaResolução CFM nº 1.701/2003.

04. Ao contrário, os textos publicados pela SBA emsuas revistas e nos seu site veiculam informa-ções e artigos de caráter acadêmico, que nãopodem ser tidos como �propaganda�.

05. Outrossim, as propagandas/anúncios (veicula-dos certamente de forma a viabilizar financei-ramente a publicação) também inserem-se nocontexto da apontada Resolução

06. Outrossim, o artigo 8º da Resolução nº 1.701/2003 estabelece que �o médico pode, usandoqualquer meio de divulgação leiga, prestar infor-mações, dar entrevistas e publicar artigos versan-do sobre assuntos médicos de fins estritamenteeducativos�.

07. Sendo assim, verifica-se que, desde que sejaevitada a autopromoção e o sensacionalismo,não há impedimento ao Médico em publicar seusartigos ou conceder entrevistas, desde que res-te preservado o decoro profissional.

08. Interessante inovação é tratada no artigo 7º daResolução em tela, a qual, buscando protegeros interesses da classe médica, estabeleceu emseu artigo 7º que: �Caso o médico não concordecom o teor das declarações a si atribuídas em ma-

téria jornalística, as quais firam os ditames destaResolução, deve encaminhar ofício retificador ao ór-gão de imprensa que a divulgou e ao Conselho Re-gional de Medicina sem prejuízo de futuras apura-ções de responsabilidade�.

09. Referido dispositivo tem o intuito de impedir queo Médico, ao ser questionado pelo seu respec-tivo CRM, impute a responsabilidade que lhefoi atribuída aos meios de informação ou atémesmo aos jornalistas.

10. Assim, somente nos casos em que o Médico uti-lizar-se do �ofício retificador� é que serão apu-radas as responsabilidades da publicação e/oujornalista em face das publicações contestadas.

11. Ou seja, quando o Médico, mesmo tendo obser-vado algo de incorreto, exagerado, sensaciona-lista ou congênere, na matéria publicada, dei-xar de utilizar-se do �ofício retificador�, preva-lecerá sua responsabilidade técnica, não lhesendo, aprioristicamente, lícito atribuí-la a ou-trem.

12. Dessa forma, incumbe à SBA velar pela autenti-cidade das informações publicadas, bem comoter o cuidado de, ao atribuí-las a determinadoMédico, obedecer ao conteúdo do artigo 2º daResolução nº 1.701/2003, fazendo constar onome do profissional, a sua especialidade ouárea de atuação e a sua inscrição no ConselhoRegional de Medicina.

13. Recomenda-se ainda que, no caso de surgimentode qualquer dúvida de ordem técnica naveiculação de matéria, seja previamente con-sultado o autor do mesmo (Médico), fazendo-oresponsabilizar-se pelo conteúdo da mesma, ouainda, caso a dúvida seja de ordem ética, sejaconsultada a Comissão de Divulgação de Assun-tos Médicos (CODAME), que emitirá parecertécnico acerca do caso concreto.

É o Parecer, SMJ.Mauricio Sagboni Montanha TeixeiraOAB/PR 13.147 � Assessor Jurídico

Parecer Assessoria Jurídica

Assessoria Jurídica Orienta01. Por intermédio da Consulta supra epigrafada,

esta SBA solicita orientação jurídica relativamen-te à indagação do Anestesiologista JULIO VA-LENTE GALVÃO, no tocante a �esclarecimentosacerca da insalubridade do trabalho de médico-anestesista junto ao INSS�.

02. Preliminarmente, cumpre frisar que a ques-tão abordada relativa à insalubridade no

trabalho exercido por médico-anestesistarequer análise de profissional devida-

mente qualificado, como, por exem-

plo, Médico ou Engenheiro do Trabalho.03. É este referido profissional que estará capacita-

do para averiguar as condições de trabalho domédico-anestesista, tais como local de trabalhoe atividades efetivamente exercidas pelo mes-mo.

04. Outrossim, a simples qualificação como médicoanestesista não é suficiente para o apontamen-to acerca da existência e do grau de insalubri-dade. Neste sentido, o entendimento juris-prudencial:

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 13

Notícias do CETNotícias do CET

�120094594 � RECURSO ORDI-NÁRIO DO SINDICATO-RECLA-MANTE � PRELIMINARMENTE �A realização de perícia atravésde médico do trabalho ou en-genheiro do trabalho é impres-cindível, nos termos do art. 195da CLT, incumbindo ao juizdeterminá-la de ofício, indepen-dentemente de provocação daparte. Nulidade da sentençaque se declara de ofício, deter-minando-se a reabertura da ins-trução para que seja realizadaa perícia para verificação da in-salubridade ou periculosidadecom relação aos substituídosque não tiveram suas condiçõesde trabalho analisadas.�(TRT 4ª R. � RO 00007-2000-

131-04-00-4 � 8ª T. � Rel. JuizCarlos Alberto Robinson � J.09.10.2003) JCLT.195

05. Neste diapasão, o artigo 195 daCLT determina que:

�Art. 195. A caracterização e aclassificação da insalubridade eda periculosidade, segundo asnormas do Ministério do Traba-lho, far-se-ão através de períciaa cargo de Médico do Trabalhoou Engenheiro do Trabalho,registrados no Ministério do Tra-balho.�(sublinhados nossos)

06. Caso essa Sociedade já tenha al-gum laudo de PCMSO (Programade Controle Médico de Saúde Ocu-

Residência MédicaAos colegas da SBA, gos-

taria que o nosso edital paraconcurso para residência mé-dica 2005 em Anestesiologiafosse divulgado no site daSBA. Estou mandando o en-dereço da nossa página parapublicação se possível.

http://www.carp.com.br

As provas serão dias 26e 27 de novembro para 6 va-gas.

obrigadoDr. Nociti

pacional) ou PPRA (Programa dePrevenção de Riscos Ambientais)elaborado por especialista, cons-tando inclusive as descrições dasatividades, poderá este ser envi-ado para este Escritório para ve-rificação.

07. São estas as considerações quenos cumpriam na oportunidade,tendo em vista a exigüidade dasinformações que deram suporte àConsulta, que restou então limita-da à tentativa de resposta à inda-gação formulada.

É o Parecer, SMJ.

Mauricio Sagboni Montanha TeixeiraOAB/PR 13.147 � Assessor Jurídico

Residência Médica em Terapia Antálgica e Cuidados Paliativos (Dor crônica e aguda)Departamento de Anestesiologia Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp

Faculdade de Medicina:A Faculdade de Medicina da UNESP em Botucatu possui o cursode graduação mais concorrido do país. Dispõe de um Hospitalcom 360 leitos, um dos mais bem equipados do interior doestado.

RESIDÊNCIA MÉDICA � ME 4Programa aprovado e autorizado pelo Conselho Nacional deResidência MédicaCredenciada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia(SBA) e Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) -(IASP Brazilian Chapter)Centro Multidisciplinar de tratamento de dorContemplado com Bolsa da FUNDAPPré-requisito: Residência completa (3 anos) emAnestesiologiaDuração de 1 ano - Início em 01 de fevereiroNúmero de vagas: 04

Exame de Admissão*:- prova escrita específica- entrevista- exame de curriculum

* convocação através de editalInformações: Sr. Orlando Sauer - Faculdade de MedicinaBotucatu - Seção de Aprimoramento - CEP 18618-970Botucatu - SP - Fone: (0 XX 14) 3811.6024

RESIDÊNCIA MÉDICA � ME4 emárea de atuação

Transferência de ResponsabilidadeVenho por meio desta solicitar a transferência de Responsabilidade do CET-SBA da Santa

Casa de Misericórdia de Curitiba (CET 9108) Novo responsavel - Dr. Pedro Paula TanakaQuero agradecer o valioso apoio que recebi da Comissão de Ensino e Treinamento

durante estes três anos como Responsável pelo C.E.T. Estendo este agradecimento aosdemais colega, membros e funcionários da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

Contando com sua atenção e compreensão, coloco-me à disposição para qualqueresclarecimento.

Atenciosamente,Drª Maria Célia Barbosa Fabrício de Melo

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 14

Estabelece o Rol de Procedimen-tos que constitui a referênciabásica para cobertura assistencial nosplanos privados de assistência a saú-de, contratados a partir de 01 de ja-neiro de 1999. A Diretoria Colegiadada Agência Nacional de SaúdeSuplementar-ANS, tendo em vista odisposto no inciso III, do art. 4, da Leinº 9.961, de 28 de janeiro de 2000,e no § 4º ,do art. 10, da Lei nº 9.656,de 3 de junho de 1998, no uso da com-petência que lhe é conferida pelo incisoII, do art.10, da Lei nº 9.961 de 2000,e considerando a necessidade de ade-quação e aprimoramento da nomen-clatura e formatação empregadas noRol de Procedimentos instituído pelO

Resolução de Diretoria Colegiada- RDC nº 67, de 7 de maio de 2001que constitui referência básica paracobertura assistencial nos planos pri-vados de assistência a saúde contra-

tados a partir de 1º de janeiro de1999, em reunião realizada em 28de setembro de 2004 , adotou a se-guinte Resolução Normativa, e eu Di-retor-Presidente determino a sua pu-blicação: Art. 1º Fica estabelecido oRol de Procedimentos que constitui areferência básica para cober turaassistencial nos planos privados deassistência a saúde, contratados apartir de 01 de janeiro de 1999, naforma do Anexo I desta ResoluçãoNormativa. Art. 2º Fica estabelecidoo Rol de Procedimentos de Alta Com-plexidade, compreendendo uma se-leção extraída do Rol de Procedimen-tos, que pode ser objeto de cobertu-ra parcial temporária nos casos deDLP, conforme o disposto na Resolu-ção CONSU n.º2/98, na forma do Ane-xo I desta Resolução Normativa.

Art. 3º Fica estabelecida a classifi-cação do Rol de Procedimentos de

acordo com a segmentação contrata-da: Ambulatorial, Hospitalar com Obs-tetrícia e Hospitalar sem Obstetrícia,que deverá ser utilizada como referên-cia de cobertura para todos os con-tratos firmados a partir de 1º dejaneiro de 1999, na forma do Anexo Idesta Resolução Normativa.

Art. 4º Ficam revogadas as Reso-luções de Diretoria Colegiada -RDC nº 67, RDC nº 68 e RDC n.º 81de 2001.

Parágrafo Único: O Anexo I destaResolução estará disponível para con-sulta e cópia na página da internetwww.ans.gov.br.

Art. 5º Esta Resolução Normativaentra em vigor na data de sua publi-cação.

Fausto Pereira dos SantosDiretor-Presidente

Resolução Normativa No 82,de 29 de setembro de 2004

Circular Virtual - Defesa ProfissionalPrezados Colegas,

Enviamos cópia de notícia publicadano site da ANS, a qual esclarece ametodologia aplicada para apublicação do novo rol.Pedimos atenção aos parágrafos emnegrito. Em nosso entendimento,ainda não foi contemplada na íntegraa CBHPM.Atenciosamente,Diretoria da SBA.

A ANS - Agência Nacional de Saú-de Suplementar - aprimorou a no-menclatura e a forma de apresenta-ção do Rol de Procedimentos, queconstitui a referência para a cober-tura assistencial mínima obrigatóriaaos usuários dos planos de saúdecontratados a partir de 1º de janei-ro de 1999.

Agora, para cada tipo de planode saúde contratado, seja Ambu-latorial, Hospitalar ou Hospitalar comObstetrícia, o Rol mostra os proce-dimentos que as operadoras têm de

ANS aprimora nomenclatura e formatação do Rol de Procedimentosgarantir aos usuários de seus pla-nos de saúde, listando estes proce-dimentos em ordem alfabética, oque facilita o manuseio.

De forma simplificada, o Rol rela-ciona separadamente aqueles Pro-cedimentos de Alta Complexidadeque podem ser objeto de coberturaparcial temporária nos casos de do-enças ou lesões preexistentes, res-peitando o que está disposto na Re-solução CONSU nº 02/98.

Publicada hoje no Diário Oficial daUnião, a Resolução Normativa (RN) nº82/04 da ANS que reedita o Rol deProcedimentos, ao unificar nomencla-turas de procedimentos, atende a so-licitação de prestadores de serviçose entidades profissionais de diferen-tes especialidades de saúde.

A ANS optou por promover,neste primeiro momento, a ade-quação da nomenclatura de pro-cedimentos e a formatação sim-plificada. Posteriormente, após odesenvolvimento de uma meto-dologia que obtenha o consensodos diversos atores componen-

tes do setor, é que será feita umarevisão do rol, com incorporaçãoou exclusão de procedimentos.

Este trabalho não resultou emredução nem em ampliação da co-bertura assistencial. Apenas foramretirados títulos em duplicata e re-alizadas várias adequações lógicas.

Por exemplo: no Rol de Procedi-mentos anterior, estavam listadas:cesariana, histerectomia e cesaria-na com histerectomia e, no atual, hácesariana e histerectomia, já que éóbvio que, ao garantir ambas, o Rolde Procedimentos atual está garan-tindo também a opção de cesarianacom histerectomia.

O novo Rol de Procedimentos jáestá disponível para consulta e có-pia no portal da Agência na Internet:http://www.ans.gov.br.

Resolução Normativa nº 82/04Sebastião MartinsAssessor de Imprensa da ANSTels. 21-2105-0034/33 ou9801-4441

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 15

Dispõe sobre a avaliação dosProgramas de Residência Médica.

O Presidente da Comissão Na-cional de Residência Médica, no usodas atribuições que lhe conferem oDecreto 80.281, de 05/09/1977 e aLei 6.932, de 07/07/1981, conside-rando que a Residência Médica é umamodalidade de ensino pós- graduado,criada e regulamentada por Lei Fede-ral, com o objetivo de treinar médi-cos em serviço, sob supervisão apro-priada, de modo a atender as neces-sidades do país no que se refere àformação de profissionais qualificadosdentro da área médica; considerandoque esta modalidade de ensino deveser regularmente avaliada por meio deinstrumentos apropriados no sentidode adequar e aprimorar o conteúdoeducacional e assistencial dos progra-mas, utilizando-se qualificadores quepermitam o máximo de fidedignidadee o mínimo de injunções externas àprópria avaliação, resolve:

Art. 1º. Os Programas de Residên-cia Médica serão avaliados, no máxi-mo, a cada cinco anos, com vistas àrenovação de seus credenciamentos

Art. 2º. Estas avaliações qüin-qüenais contemplarão a análise dasdimensões de infra-estrutura, projetopedagógico, corpo docente, corpo dis-cente e contribuição ao desenvolvi-mento do sistema local de saúde.

Parágrafo único. As avaliações deque trata o caput deste artigo serãoaplicadas após dois anos no caso deprimeiro credenciamento.

Art. 3º. Os Pedidos de Cre-denciamento de Programas - PCPserão submetidos à avaliação para finsde credenciamento provisório, consi-derando-se as dimensões de infra-es-trutura, projeto pedagógico e corpodocente.

Resoluções CNRM

Parágrafo único. As avaliaçõesprevistas nos artigos supra-citadosserão realizadas in locco, por comis-são visitadora, utilizando-se dos ins-trumentos de avaliação aprovadospela Comissão Nacional ResidênciaMédica - CNRM.

Art. 4º. A Comissão Estadual deResidência Médica - CEREM - fará adesignação da comissão de avaliaçãoque será constituída por, no mínimo,um dos seus membros; um membroda especialidade a ser avaliada, in-dicado pela Associação Médica Bra-sileira - AMB e um representante dogestor público local de saúde, indi-cado pela Secretaria Estadual daSaúde.

§1º Em caso de eventual im-pedimento de algum representante,a instituição correspondente deve-rá comunicar em tempo hábil àCEREM, à qual caberá indicar o su-plente.

§ 2º Os membros da comissãode avaliação deverão ser médicosregistrados no CRM, com experiênciaem ensino médico.

§ 3º Em caso de representantedo gestor público de saúde, este de-verá estar vinculado, na gestão públi-ca, à área a ser avaliada.

Art. 5º. Os critérios e indicado-res de avaliação são os determinadospela CNRM.

Parágrafo único. A ponderaçãodos pontos a serem avaliados deverárespeitar a seguinte distribuição:

Conteúdo do Programa e infra-estrutura - 40% (quarenta por cento)

Corpo docente - 30% (trinta porcento)

Residentes/desempenho - 30%(trinta por cento)

Art 6º. O resultado final da ava-liação será classificado em:

I - Com índice de desempenhomaior que 50% (cinqüenta por cen-to), o curso será recredenciado por05 (cinco) anos;

II - Com índice de desempenhovariável entre 25% (vinte e cinco porcento) e 50% (cinqüenta por cento),o programa será submetido à diligên-cia e deverá ser reavaliado em até 02(dois) anos;

III - Com índice de desempenhomenor que 25% (vinte e cinco porcento), o programa será descreden-ciado;

IV - Nova solicitação somentepoderá ser feita após um ano, a con-tar da data do descredenciamento;

Parágrafo único. Para os casosde pontuação inferior a 25% (vin-te e cinco por cento) dos pontospossíveis, em qualquer dos trêsitens avaliados a que se refere oartigo 5º desta Resolução, o Pro-grama de Residência Médica serácolocado em diligência e reavaliadoem até 2 (dois) anos, mesmo quena avaliação global alcance pontu-ação superior a 50% (cinqüentapor cento).

Art. 7. Esta Resolução entra emvigor na data de sua publicação, revo-gando-se a Resolução CNRM Nº 06/2004, publicada no DOU de 11 de ju-nho de 2004, Seção I e demais dispo-sições em contrário.

Nelson Maculan Filho

RESOLUÇÃO Nº 9, DE 5 DE AGOSTO DE 2004

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 16

RESOLUÇÃO Nº 8, DE 5 DE AGOSTO DE 2004Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Obs-tetrícia e Ginecologia e Medicina Pre-ventiva e Social, com peso mínimo de50 % (cinqüenta por cento).

Art. 3º A segunda fase, opcional,a critério da Instituição, será consti-tuída de prova prática com peso de40 % (quarenta por cento) a 50 %(cinqüenta por cento) da nota total.

§ 1º O exame prático será reali-zado em ambientes sucessivos e igual-mente aplicado a todos os candidatosselecionados na primeira fase, envol-vendo Clínica Médica, Cirurgia Geral,Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia eMedicina Preventiva e Social.

§ 2º Serão selecionados para asegunda fase os candidatos classifi-cados na primeira fase, em númeromínimo correspondente a duas vezeso número de vagas disponíveis emcada programa, podendo cada insti-tuição, a seu critério, ampliar essaproporção.

§ 3º Em caso de não haver can-didatos em número maior que o do-bro do número de vagas do progra-ma, todos que obtiverem rendimentona primeira fase serão indicados paraa segunda fase.

§ 4º A prova prática deverá serdocumentada por meios gráficos e/oueletrônicos.

Art. 4º A critério da Instituição,

10 % (dez por cento) da nota totalpoderá destinar-se à análise e à ar-güição do currículo.

Art. 5º. Para as especialidadescom pré-requisito o processo seleti-vo basear-se-á exclusivamente no pro-grama da(s) especialidade (s) pré-requisito (s).

Art. 6º. Para os anos adicionaiso processo seletivo basear-se-á exclu-sivamente no programa da (s) espe-cialidade (s) correspondente (s).

Art 7º. A nota de cada candida-to representará o somatório da pon-tuação obtida nas fases adotadas noprocesso seletivo.

Art. 8º . O exame prático poderáser acompanhado por vadores exter-nos à instituição, indicados pela Comis-são Estadual de Residência Médica.

Art. 9º. Os critérios de avalia-ção dos exames e demais dispositi-vos desta resolução a serem utiliza-dos pela instituição deverão constarexplicitamente do edital do processode seleção.

Art. 10. Esta Resolução entra emvigor na data de sua publicação, re-vogando-se a Resolução CNRM Nº003/2004, publicada no DOU de 14de maio de 2004, Seção I e demaisdisposições em contrário.

NELSON MACULAN

Dispõe sobre o processo de se-leção pública dos candidatos aos Pro-gramas de Residência Médica

O Presidente da Comissão Na-cional de Residência Médica, no usodas atribuições que lhe conferem oDecreto 80.281, de 05/09/1977 e aLei 6.932, de 07/07/1981, e consi-derando que:

- Há necessidade de atualizar oscritérios de avaliação do processo sele-tivo para ingresso nos Programas de Re-sidência Médica, especialmente a intro-dução de mecanismos de seleção quecontemplem aspectos referentes à aqui-sição de habilidades necessárias aodesenvolvimento de atividades essen-ciais para uma boa formação médica,

- A resolução que fixou o percentualmínimo de 90% (noventa por cento) dequestões objetivas em prova escritapara seleção de candidatos aos progra-mas de residência médica teve comofinalidade reduzir o componente subje-tivo desse processo;

- A prova escrita se restringe ex-clusivamente ao componente cogni-tivo da formação;

- A avaliação das habilidades ecomportamentos constitui elementoessencial à seleção do candidato;

- O conhecimento do perfil do can-didato constitui elemento fundamentalà especialidade pretendida e ao pró-prio desenvolvimento institucional doprograma de formação, resolve:

Art. 1º Os candidatos à admis-são em Programas de ResidênciaMédica deverão se submeter a pro-cesso de seleção pública que poderáser realizado em duas fases, a escri-ta e a prática .

Art. 2º A primeira fase será obri-gatória e consistirá de exame escri-to, objetivo, com igual número de ques-tões nas especialidades de Clínica

Diretor Cientifico da SBA Dr. Ismar LimaCavalcanti foi nomeado pela ANVISA

�Gerente de Risco� da ANVISA no âmbitoda SBA. Ele analisará todos os casos

denunciados à SBA e será o responsáveldireto para o devido encaminhamento

do processo.

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 17

Caros companheiros,

Encaminho manifestação feita ao Jornal da Globo, a respei-to da matéria sobre a Lei do Ato Médico.Cordialmente,José Abelardo Garcia de Meneses

Sra. Ana Paula Padrão

Lamentável que a imparcialidade, apanágio do bom jor-nalismo, não tenha sido respeitada por V. Sa. na reporta-gem sobre a lei que pretende regulamentar o Ato Médico.

Antes de qualquer outro comentário cabe a pergunta:ao apresentar algum agravo à saúde a quem a senhorarecorre? Por óbvio sei, e todos que assistiram à matériasabem, qual será a sua resposta. Nesse sentido cabe es-clarecer que o PL 25/2002 não pretende excluir da assis-tência à saúde os outros profissionais da área, mas apenase tão somente estabelecer os limites impostos pelas leisque os demais profissionais dispõem e que algumas lide-ranças teimam em orientar aos seus pares a não respeitá-los.

A parcialidade da reportagem faltou inclusive com averdade. Uma leitura imparcial do Projeto de Lei revelaráque não há a mínima possibilidade de querelas com oscirurgiões-dentistas, haja vista o disposto no seu artigo5º, bem como na Resolução nº 1.536, de 11 de novembrode 1998, do Conselho Federal de Medicina, editada epublicada após ampla discussão e entendimentos com oConselho Federal de Ondontologia.

Para cada ponto tratado pela editoria do Jornal da Glo-bo, assim como, para cada pronunciamento dos entrevis-

Jornal da Globotados podem ser feitos contrapontos. Necessário se fazapenas que seja dado o direito amplo de manifestação.

Em respeito ao saudável jornalismo, aquele que infor-ma, sugiro que seja possível uma outra matéria, desta fei-ta apenas esclarecedora, deixando a defesa para cada re-presentante das referidas profissões.

Atenciosamente,

José Abelardo Garcia de MenesesMédico (CRM-Ba 6616)

Diretoria da SBA aprova a

realização do X Forum Latino-

Americano de ressucitação e

emergencias Cardiovasculares

durante o 52o Congresso

Brasileiro de Anestesiologia em

Goiânia - 2005

A SBA presenteno CongressoArgentino deAnestesiologia eno da FASA

Estivemos, entre os dias 1 a 4 de setembro de 2004,em Tucuman, cidade situada no norte da Argentina, comodelegado, representando o Brasil, durante o CongressoArgentino de Anestesiologia e o Congresso da FASA. NaAssembléia da FASA, ficou decidido que La Paz, Bolíviasediará o IX Congresso em 2006 e o Brasil o X Congres-so da FASA em 2008. Neste mesmo Congresso partici-

pamos de reunião da CLASA (Confederação Latino Ame-ricana de Sociedades de Anestesiologia). Nestes even-tos mantivemos proveitoso e cordial diálogo com líderesda Anestesiologia da Argentina, Bolívia, Paraguai, Perue Uruguai. Desse modo a SBA ocupou o espaço que lhecabe entre as Sociedades de Anestesiologia da Américado Sul.

Pedro Thadeu Galvão Vianna, presidente da SBA falando sobre recursos humanos emAnestesiologia no Brasil, ao lado da presidente da FASA, Dra. Perla Weissbrod (Argen-tina) e o secretário da FASA Dr. Jorge Ferro (Argentina)

DivulgaçãoDivulgaçãoSociedade Brasileira de Anestesiologia

Profissionais dependentes e com distúrbios ga-nham um programa nacional de recuperação

Acostumada a tratar de problemas alheios, a clas-se médica resolveu fazer a lição de casa. No iníciodo ano que vem, o Conselho Federal de Medicina(CFM) vai colocar em prática um plano de ação es-pecial para cuidar de médicos usuários de álcool edrogas e com distúrbios psiquiátricos.

Batizado de Programa de Atenção à Saúde eQualidade de Vida do Médico, ele contará com psi-quiatras que dedicarão parte do tempo só para aten-der colegas com problemas.

�Começaremos pelas capitais da região Sudes-te, mas a idéia é estendermos o serviço para todasas capitais do País�, conta Rubens dos Santos, se-cretário-geral do CFM e coordenador do programanacional. �A meta do CFM é estar mais perto domédico que precisa de ajuda.�

O trabalho não será voluntário, mas os profissio-nais receberão a orientação de dar descontos ou atéatender gratuitamente quando o colega não puderpagar o tratamento.

O projeto foi inspirado em um trabalho paulistaque faz sucesso entre a classe médica desde 2002.É a Rede Estadual de Apoio a Médicos Dependen-tes Químicos, criada pela Unidade de Pesquisa emÁlcool e Drogas (Uniad), do Departamento de Psi-quiatria da Universidade Federal de São Paulo(Unifesp), em conjunto com o Conselho Regional deMedicina de São Paulo (Cremesp).

Desde que começou, em maio de 2002, o pro-grama local já atendeu 156 médicos usuários desubstâncias químicas ou com problemas psiquiátri-cos. Desses, 80% usavam drogas ou álcool e osdemais tinham transtornos psíquicos.

O campeão do primeiro grupo é o álcool. Em se-gundo, empataram os tranqüilizantes e as substân-cias à base de ópio, como a morfina (ver quadro aolado). Entre os problemas psiquiátricos mais comunsestão a depressão, os transtornos de personalida-de (dificuldades de relacionamento) e o bipolar (ins-tabilidade afetiva, alternância entre euforia e depres-são). Os médicos J.A.R e W.R, que não quiseram seidentificar, deram seus depoimentos sobre como se

tornaram dependentes.Nenhum caso até hoje foi levado ao Cremesp,

mesmo com o fato de o projeto ter apoio finan-ceiro da instituição. �Pensamos na possibili-

dade uma só vez�, diz Hamer Alves, umdos coordenadores da Rede Estadual.

O caso foi o de um médico e dono de

hospital em São Paulo. Viciado em dolantina (da fa-mília da morfina), ele tentou o suicídio uma vez.�Cogitamos bloquear a licença médica dele para queparasse de se auto-receitar�, lembra Hamer. �Mas,antes, alertamos a família sobre a possibilidade edeu certo. Ele acabou seguindo bem o tratamento.�

Sucesso - De acordo com o grupo do Uniad, 1 emcada 15 médicos tem problemas com álcool ou dro-gas. No entanto, eles respondem muito bem aos tra-tamentos: 70% a 80% dos profissionais têm suces-so. O índice é três vezes maior em relação à médiada população.

Uma das explicações é o fato de terem consciên-cia dos riscos das substâncias no organismo. De for-ma contraditória, no entanto, essa lucidez é capazde fazer com que eles corram mais riscos do quequalquer outro profissional. �O médico que usa subs-tâncias químicas pensa que tem o controle delas e,com isso, acha que pode abusar�, conta Hamer.

Ao contrário do que se imagina, não é a facilida-de de acesso a determinadas drogas que incentivaa dependência. �O stress é um dos motivos maiscitados como justificativa para o uso�, conta Hamer.Em 2002, o CFM divulgou a mais completa pesqui-sa já feita no País com o perfil do médico brasileiro.Entre os dados que mais impressionam estão o fatode 54,5% trabalharem de 12 a 24 horas seguidaspor semana em regime de plantão e de que 54,2%têm de dois a três empregos.

Assim como vai ocorrer no programa nacional apartir de 2005, o estadual conta com um serviçode atendimento 24 horas. �Depois de um contatotelefônico (pelos números 5575-1708 e 5576-4341), o paciente é encaminhado a um dos 25 psi-quiatras e especialistas em dependência espalha-dos pelo Estado�, explica Ronaldo Laranjeira, coor-denador do projeto e também consultor do progra-ma do CFM.

�Cocaína é a droga oficial dos médicos, você sa-bia, né?�

Pediatra conta que uso de drogas começou nafaculdade e se intensificou após a formatura

Tive contato com bebida alcoólica desde o pri-meiro dia de faculdade. Fez parte do trote tomarum porre. O álcool rolava solto mesmo nas festas.Todo santo dia tinha uma comemoração. Só as da-tas que antecediam as provas se salvavam. Mas erafácil achar festinhas de outras classes.

Elas eram maravilhosas, todo mundo tinha dinhei-ro. Minha faculdade era particular e isso significa quemesmo os que moravam em república moravam bem,

De médico a paciente.Com a ajuda dos colegas

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 19

com conforto e posses paracomprar as melhores bebi-das.

Mas não era só álcoolque circulava nas baladas.Havia muita cocaína.

Cocaína é a droga ofi-cial dos médicos, você sa-bia, né? Já o LSD era paraa �diretoria�, mais difícil deser encontrado.

Nunca vi ninguém usarnenhum tipo de droga nafaculdade. Em compensa-ção, fora de lá, todos usa-vam, inclusive os profes-sores. Cheirei com muitosdeles.

Até então, apesar da vida movi-mentada, minha vida continuava bem,meus estudos corriam muito bem tam-bém. O problema começou quando meformei. Não conseguia parar de beberà noite. Ao mesmo tempo, ganhei res-ponsabilidades, casei, tive uma filha.Foi quando, de repente, comecei a fal-tar no trabalho.

Não por causa da cocaína, ela nun-ca me pegou em cheio. Não conseguiair trabalhar por causa da bebida. Noauge, cheguei a beber mais de umagarrafa de uísque de uma só vez. Per-di muitos trabalhos por conta disso eo nível dos meus empregos foi pioran-do cada vez mais.

Por sorte, tempos depois, encon-trei de novo um ótimo emprego e de-cidi que iria dar um jeito nessa histó-ria. Isso foi há um ano e três meses. Avolta por cima coincidiu com o fato deter visto o trabalho da Unifesp em umjornalzinho da classe. Eu mesmo liguei.

Na época, resolvi abrir o jogo comminha chefe e ela me apoiou totalmen-te.

Como parte do tratamento, fiqueiseis meses sem freqüentar eventossociais.

Até estádio de futebol era proibi-do. Hoje, só saio com minha mulher.

Foi ela, aliás, a pessoa que mais so-freu com tudo isso. Meu tratamentonão terminou, mas sou outra pessoa.Tenho agora uma vida normal.

Depoimento do pediatra W.R., de36 anos

�Passei a me automedicar para pa-rar de me drogar�

Consumidor de álcool e maconha,anestesiologista teve blecaute duran-te plantão

Desde os 15 anos tive contato comálcool, mas era uma coisa normal. Du-rante a faculdade, na Paraíba, idem.Passei a usar maconha. Mas o negóciocomeçou a apertar quando fui cursaro sexto ano em Brasília. Lá, o ambien-te era diferente, muita gente com di-nheiro. Fumava e bebia mais que onormal.

Depois, fui para o Exército, ondefiquei dois anos servindo como médi-co. Ali abusei mais ainda da maconhae da bebida. Não lembro quanto exa-tamente consumia, mas sei que saí delá com fama de pinguço. Brasília é umacidade pequena, todo mundo se co-nhece e decidi ir embora de lá.

Fui para São Paulo estudar anes-tesiologia. Consegui entrar em umgrande hospital da cidade. Dez anosdepois, era titular da cadeira. Mas omeu consumo de álcool com maconha

aumentava. Apesar de ter fei-to algumas barberagens,como errar a veia do pacien-te por conta das substâncias,nunca me droguei durante otrabalho. Fazia isso à noite.Usava como justificativa o re-laxamento, mas, na verdade,era meu corpo que precisavadaquilo.

Trabalhava muito. Algu-mas vezes, 73 horas seguidas.

Em 1991, passei a meautomedicar para parar deme drogar. No início, tomeitranqüilizantes. Depois,anfetaminas. Na época não

me dava conta de que um dos peri-gos na profissão é ter acesso aos re-médios.

Há quatro anos tive um blecaute.Apaguei total. Só lembro que tinha idopara mais um plantão e não sei comovoltei de lá. Simplesmente, acordei 24horas depois, em casa.

Ainda não havia chegado o fim.Pensei em me suicidar depois disso.Olhei para a janela, ia me jogar. Masolhei para o berço do meu filho e de-sisti.

Ali foi o ponto final. Procurei o dou-tor Ronaldo Laranjeira e me livrei detudo. Hoje estou do outro lado. Aca-bei estudando psiquiatria e tenho umconsultório, onde atendo 40 pacien-tes, alguns deles médicos.

Depoimento do anestesiologistaJ.A.R., de 53 anos

Folha de S.Paulo12/09/2004Fonte: (Assessoria de Imprensa do

Conselho Federal de Medicina)

A nossa SBA foi uma das especialida-des pioneiras na questão da droga-dição. Através da Comissão de Saú-de Ocupacional participou de váriosfóruns sobre o assunto, inclusive noplenário do CFM. O trabalho conti-nua.

�Passei ame automedicar

para pararde me drogar�

�Passei ame automedicar

para pararde me drogar�

SBA voltaao

Ministérioda Saúde

A diretoria da Sociedade Brasileira de Anes-tesiologia agendou para o dia 19 de outubro, novaaudiência com o Dr. Jorge Solla, Secretário deAtenção a Saúde, responsável pelo geren-ciamento do sistema SUS. Serão discutidas ecobradas as propostas que foram apresentadaspela SBA, na audiência anterior, visando melho-res condições de trabalho e remuneração peloSUS aos anestesiologistas brasileiros.

SBA voltaao

Ministérioda Saúde

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 20

ArtigoArtigo

Atenção ao Ato MédicoNão devemos ensinar atos médicos

a profissionais não-médicos

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Roberto Luiz d�Avila*

*Médico cardiologista, ex-Presidente do ConselhoRegional de Medicina do Estado de Santa Catarina,

conselheiro-Corregedor do Conselho Federal de Medicina,professor Adjunto da Universidade Federal de Santa

Catarina e Mestre em Neurociências eComportamento e ex-Diretor de Educação Cooperativista

da UNIMED-Florianópolis.

A Resolução CFM Nº 1.718/2004, publicada noD.O.U. de 03.05.04, seção 1, p. 125, tem comoementa: �É vedado o ensino de atos médicos priva-tivos, sob qualquer forma de transmissão de conhe-cimentos, a profissionais não-médicos, inclusive àque-les pertinentes ao suporte avançado de vida, excetoo atendimento de emergência a distância, até quesejam alcançados os recursos ideais�.

Tal entendimento baseou-se na própria evolu-ção da medicina que, nas últimasdécadas, tem trazido vári-os conflitos na esfera dacompetência médica tantono trabalho em equipemultiprofissional como nadelegação de tarefas e cui-dados frente aos pacien-tes.

A realidade demon-stra-nos que os médi-cos se mobilizam dian-te de novos conheci-mentos e métodos nosentido de aprendê-lose dominá-los, quando en-tão repassam, a tercei-ros, a delegação da realização de parte ou de todoo procedimento, dependendo do grau de comple-xidade apresentado. No entanto, tem-se verificadoque tal delegação nem sempre ocorre de formaconsensual entre os médicos, gerando conflitos comoutros profissionais e, mesmo, dentro da própriacategoria médica, especialmente, nos programas desaúde pública.

É oportuno ressaltar que todo órgão públicode atendimento médico, deve obrigatoriamente

estruturar-se em equipe de saúde com treina-mento específico, chefiada por médico res-

ponsável por todos os atos nele pratica-dos, endossando quaisquer danos que

possam ser causados aos bene-

ficiários, na sua realização. É um princípio de res-ponsabilidade civil. Por isso, ensinado e confiado oato médico a terceiros, o médico chefe da equipeou do serviço responderá por culpa in eligendo porpermitir que um preposto exerça sua função. E estepreposto que executa o ato médico incorrerá emexercício ilegal da medicina, implicando co-respon-sabilidade sobre a instituição ou a pessoa que per-mitiu a execução de tais atos.

A circunstância de executar o ato sob super-visão de médico em nada mo-

difica a situação, por incursono art. 38º do Código de Éti-ca Médica (Acumpliciar-secom os que exercem ilegal-

mente a medicina), bem comono art. 30 do mesmo Código

(Delegar a outros profissio-nais atos ou atribuições ex-clusivos da profissão mé-dica).

Portanto, somentecomo integrante de equi-

pe de saúde, o enfermei-ro ou outro profissional da

área de saúde pode pres-crever medicamentos, e estes têm que ser os esta-belecidos em programa de saúde pública e em roti-na aprovada por instituição de saúde, que por suavez tem obrigatoriamente de ser chefiada por mé-dico, conforme entendimento do que determina oDecreto No 20.931/32.

A rotina aprovada pela instituição de saúde,deve ser feita por médicos, pois é quem pode esta-

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 21

belecer quais medicamentos e comopodem ser ministrados, a quem com-pete diagnóstico, programação tera-pêutica e supervisão da equipe desaúde.

O que deve ficar absolutamenteclaro é que nenhum programa de saú-de pública pode ser referendado emsua implantação quando desrespeitaato privativo dos médicos e coloca emrisco a assistência à saúde da popu-lação envolvida.

Todo ato médico só pode serexecutado por médicos legalmentehabilitados para o exercício da pro-fissão. Entretanto, devemos lem-brar que existem situações especi-ais (emergência) ou na ausência demédico no local, variáveis se inter-põem entre o interesse profissionale o interesse da coletividade.

A Resolução CFM nº 1.627/2001, que define o Ato Médico, emseu § 2º permite que as atividadesde prevenção primária e terciária po-dem ser compartilhadas com outrosprofissionais da área de saúde, den-tro dos limites impostos pela legisla-ção pertinente.

Vários exemplos podem ser ci-tados. Na Ortopedia sabemos que odiagnóstico de fratura e a indicaçãoda imobilização correta são atos pri-vativos dos médicos e que as imobili-zações especiais ou de risco, taiscomo as realizadas em pacientesanestesiados, as confeccionadas empós-operatório imediato, as aplicadasem pacientes com lesões neurológi-cas, vasculares ou extensa da pele,as que visem correção em crianças,as que necessitem mesa ortopédicapara sua confecção, as que incluem

três ou mais articulações e as que sesigam à redução ou manipulação se-rão procedidas, necessariamente,com a participação direta do médico.Na Cardiologia, Medicina Intensiva eanestesiologia o Parecer CFM n° 26/2003, aprovado em sessão plenáriade 9/5/2003, estabeleceu que aentubação orotraqueal e a desfi-brilação cardíaca manual são proce-dimentos médicos. O mesmo enten-dimento deve ser mantido para a pun-ção intra-óssea, tal sua dificuldadetécnica e complicações, consideran-do-se, ainda, ser procedimento alta-mente invasivo.

Além disso, em respeito a todoum trabalho desenvolvido em prol davalorização do ato médico, somenteos médicos sejam preparados paraatendimento em Suporte Avançado deVida (quer em cardiologia e/ou pedia-tria), onde os atos médicos são obri-gatoriamente realizados.

Em relação à Oftalmologia, dian-te da complexidade fisiopatológica doolho, a atuação do médico oftalmolo-gista é indispensável para orientar opaciente com segurança, sem com-prometer ou agravar seus problemasvisuais, seja na prescrição de óculosou em qualquer outra etapa dos cui-dados com a saúde ocular. Um exa-me rudimentar, realizado por profissi-onal não oftalmologista (optometrista),devido à insuficiência de conhecimen-tos e de meios semiológicos, não di-agnosticará muitas doenças ocularese sistêmicas, com prejuízo da saúdee do bem-estar do cidadão.

Portanto, devemos valorizar otrabalho de cada profissional, esti-mulando o respeito mútuo e a soma

de esforços em benefício da saúdeindividual ou coletiva, mas não per-mitindo que, nesta interação, atosprivativos de uma profissão sejamexercidos por membros de uma ou-tra.

O que não podemos esquecer éque os atos de diagnóstico e trata-mento devem ser realizados por mé-dicos, não podendo outros profissio-nais serem treinados pelos médicospara este objetivo.

O Parecer CFM nº 26/2003 écristalino quando afirma que os cur-sos que ensinam atos médicos sópodem ter como alunos médicos e/ouestudantes de Medicina. O ParecerCFM nº 03/2004 é taxativo quandopreconiza que os atos de diagnósticoe indicação terapêutica devem ser re-alizados exclusivamente por médicos,não podendo os demais profissionaisser treinados pelos médicos para esteobjetivo. Além disso, o disposto noart. 3º da Resolução CFM nº 1.627/2001 é imperativo quando determinaque o ensino dos procedimentos mé-dicos privativos inclui-se entre os atosmédicos e devem ser exercidos uni-camente por médico.

Finalizando, entendo que estácontida na Resolução CFM 1.718/2004, de maneira expressa, a proibi-ção de ministração de cursos e trei-namentos de matérias que exigem for-mação médica, devendo haver sepa-ração dos profissionais das respecti-vas áreas da Saúde nos Simpósios,Jornadas e Congressos, nas pales-tras, cursos ou qualquer outra ativi-dades, onde houver o ensino de ma-téria médica, que devem ficar restri-tas somente aos médicos.

Tendo em vista a atual necessidade de redução decustos, a Diretoria eleita para o ano de 2005 será apre-sentada na festa de encerramento do 51o CBA emCuritiba. A posse desta Diretoria será comemorada comum jantar de adesão, em janeiro, após a reunião comos Presidentes de Comissões Permanentes e com aEditora Chefe da Revista Brasileira de Anestesiologia,

Posse da Diretoria 2005

em data a ser confirmada. Os interessados em compa-recer ao jantar devem entrar em contato com a Secre-taria da SBA no tel. (21) 2537-8100 até o dia 20 dedezembro de 2004.

Dr. Sérgio LogarDiretor Tesoureiro

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 22

vel dentro de um charuto de aço e plás-tico que faz ruídos intergaláticos paraum exame de ressonância magnética?Ou a senhora que sofre de claus-trofobia? Ou ainda enfiar um tubo go-ela abaixo de uma menina de seis anosque não cresce e os endocrinologistasdesconfiam de uma relação entre seutubo digestivo e o desenvolvimentoanormal? Sobrou para quem? Nós, osanestesistas, essa categoria de médi-cos que sempre trabalhou no anoni-mato dos centros cirúrgicos e que ago-ra tem que sair do seu templo paratrabalhar em ambientes por vezes in-salubres (raios X, campos magnéticos),apertados e escuros (salas de endos-copias), localizações esdrúxulas parafacilidade médica (pisos de centroscomerciais), irregulares (desobedecemresoluções do Conselho Federal deMedicina) e mal equipados do pontode vista da boa prá-tica anestésica. Sim,ainda falta mencio-nar às clínicas de ci-rurgias ambulato-riais, cirurgias esté-ticas, oftalmológicas,a lista é infindável.

Peixes fora d�á-gua é o que somos,nesses ambientesdescritos acima. Oproblema não estano fato de a anes-tesia ser administrada fora de um cen-tro cirúrgico. O problema reside nascondições ruins, algumas vezes ab-surdamente precárias para a realiza-ção segura de atos anestésicos. Atosque envolvem uso de bloqueadoresneuromusculares muitas vezes, uso deanestésicos locais em doses elevadas,instrumentação da via aérea, inala-tórios. Quantas vezes exigimos, de for-ma acertada, em nossos centros cirúr-gicos, equipamentos de monitori-zação, máquinas de anestesia, enfimitens de segurança, imprescindíveis aboa prática anestésica, mas somoscapazes de relegar tudo a um segun-do plano naquela salinha do quinto an-

dar do �shopping center�? Outras ve-zes em surtos de coleguismo solidáriopodemos nos dispor a �quebrar umgalho� do colega radiologista que pre-cisa realizar uma �uretrocistogra-fiazinha� num menininho de tres anos,�no raio X � onde, dependendo do lu-gar, até fonte de oxigênio inexiste. Elá vão os bravos anestesistas, comsensação de peixe fora d�água, cum-prir sua nobre missão. Há os que serecusam e só aceitam trabalhar emambientes que mesmo fora do centrocirúrgico, reúnam as condições ideaispara um ato anestésico, ou sedação,seguros. Há os que investem do pró-prio bolso em equipamentos e mate-rial.

O ato anestésico esta mais seguro.Entretanto a segurança aumentou gra-ças aos novos equipamentos demonitoração, a diminuição da toxi-

cidade dos fárma-cos, o encur ta-mento de suameia-vida de eli-minação, as técni-cas de administra-ção contexto-sen-sitiva. Alguns ta-bus foram derru-bados, manda-seo paciente maiscedo para casa,quase semprecom a dor sob con-

trole e caminhando com as própriaspernas. Às vezes em rasgos de insen-satez dirigindo o próprio automóvel.

Várias resoluções do Conselho Fe-deral de Medicina (www.cfm.com.br)regulamentam o funcionamento e aabertura de locais onde poderão ser(e como deverão ser) realizados atosanestésicos-cirúrgicos. Valerá a pena,por alguns trocados a mais, o custoque resultará de eventual processo pormá-prática? A acusação será de negli-gência e imprudência. As provas se-rão contundentes após rápida visto-ria do local. Os honorários advocatíciospara a defesa elevados (em algunscasos inicia-se a conversa na casa dos

Mario J da Conceição,TSA

Prof. Técnicas Cirúrgicas eAnestésicasFundação Universidade Regional deBlumenau-SCHospital Infantil Joana de Gusmão-Fpolis-SC

Peixes respiram oxigênio como deresto todos os vertebrados, ne-nhuma novidade. O que os dife-rencia é o modo peculiar como

Peixes fora d�água

extraem o oxigênio do meio no qualestão imersos. Fato peculiar para nósimersos em meio aéreo. Talvez umpeixe alfabetizado pudesse escreverque nós temos uma maneira estranhade obter oxigênio do meio ondeestamos imersos e convenhamos, mui-to mais complicada e prenhe de pro-blemas. Como somos os seres que mis-teriosamente aprenderam a raciocinar,inventar e modificar, nós conseguimosainda encontrar meios interessantesde tornar mais dura à extração desseoxigênio, através de nossos cigarros,poluições e outras fumaças. Nós erra-mos, e o fazemos com prazer, arguindosempre com boa explicação para nos-sos erros. Peixe fora da água é peixemorto que o digam os pescadores.Anestesiologistas fora dos centros ci-rúrgicos podem sentir-se assim, ain-da que desnecessário seja.

A anestesia fora dos centros cirúr-gicos é uma realidade dos últimosanos, na medida em que os meios dediagnóstico foram se sofisticando. En-tretanto a tecnologia prove equipa-mentos que se por um lado ganhamacurácia e poder de investigação, poroutro esbajam complexidade, exigin-do espaços e ambientes adequa-dos.Eles precisam também de paci-entes imóveis e cooperativos: para queas imagens sejam nítidas, o equipa-mento não sofra danos e a paciênciade técnicos e colegas permaneça ines-gotável. Todos esses fatos, e mais al-guns outros, resultam na boa qualida-de dos exames e por consequência nodiagnóstico preciso. Como fazer umgarotinho de cinco anos deitar-se imó-

�O problema residenas condições ruins,

algumas vezesabsurdamenteprecárias para a

realização segura deatos anestésicos.�

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 23

U$ 3.000,00). À parte que perde aação, além das setenças (cadeia e in-denizações) fica condenada a pagar ascustas ( honorários advocatícios e ta-xas judiciais, arbitradas pelo juiz emuma porcentagem ( nunca inferior a10%) do valor total da ação. Sim,deve-se mencionar a carreira arruina-da e a vida voltada num inferno queperdurará até a sentença final, sejaela qual for. Mesmo que o problematenha ocorrido em hospital adminis-trado pelo poder público, carente crô-nico de verbas e vítima do descasocom a saúde pública, a situação seráexatamente a mesma. Ou alguém ain-da pensa na �sensibilidade� da justi-ça em relação ao colega que foi �que-brar um galho para ajudar um po-brezinho�?

As custas judiciais podem ficarmais em conta, se o colega solicitarum advogado dativo: aqueles de gra-

ça, para os carentes. Antes porémlembre-se: advogados dativos empe-nhadíssimos com seus clientes só emfilmes estrelados por John Travolta eJulia Roberts. Todavia, quando vocêfizer essa solicitação, o juiz vai torcero nariz e solicitará sua declaração deimposto de renda. Com base nela vaidespachar que sua solicitação é im-procedente.

Muitos colegas se queixam que fi-caram sós após a tragédia. Os cirur-giões, os radiologistas, os endos-copistas e os dentistas sempre decli-nam de alguma suposta culpa. Essaqueixa é ingênua e demonstra ape-nas o despreparo. O acidente costu-ma ocorrer antes mesmo de iniciadaà cirurgia ou no meio dela. Realmen-te os cirurgiões pouco tem de culpa:eles propuseram o procedimento,quem o aceitou e viabilizou foi oanestesiologista.

Anestesistas deveriam recusar-sea trabalhar em situações e lugares nosquais se descumpre as exigências téc-nicas e legais para o ato anestésico-cirúrgico proposto. Clínicas e hospitaistem (por exigência legal) um respon-sável técnico que solidariamente res-ponde pelos problemas técnicos en-volvendo a instituição. Ele deve sernotificado por escrito das condiçõesirregulares e/ou inaceitáveis com có-pia para o CRM da região. Quem defi-nirá isso é o próprio profissional daanestesia (legalmente amparado emresolução do CFM). No entanto, aoaceitar trabalhar sob condições irre-gulares, assumirá a partir dessemomento, sozinho, toda a responsa-bilidade.

Apenas para lembrar: peixes forad�água morrem. Eles só se dão bemno fundo azul do mar ou próximo doleito tranqüilo dos rios.

A genialidade de Peter Safarao organizar os procedimentos queconfiguram o protocolo do SuporteBásico de Vida (SBV �BLS�) contri-buiu para que o atendimento aoscasos de parada cardíaca (PC) sejacorretamente executado mesmopor leigos e, até, em qualquer am-biente. Os dois procedimentos ini-ciais, representados pela permi-abilização das vias aéreas (A) e res-piração boca-a-boca (B) são funda-mentais para que a o coração ejetesangue oxigenado, ao se realizar acompressão pulmonar externa (C).Se assim não fosse, o coraçãoejetaria, apenas sangue venoso. Em-bora a concentração do oxigenio noar expirado pela respiração boca-a-boca seja do aproximadamente16%, ela tem se mostrado eficien-te para manter a oxigenação cere-bral e do miocárdio, por até 20 a30 minutos, minimizando o risco daanoxia e, conseqüentemente, damorte cerebral e da encefálica, de-correntes da PC; favorece, tam-bém, a possibilidade de reversão dataquicardia ventricular sem pulso ou

da fibrilização ventricular, pois o su-cesso da desfibrilização (D) depen-de da oxigenação do miocárdio e dapresteza de sua execução, razão desua inclusão como procedimento doSBV. Por isto, o desfibrilizador ex-terno automático (DEA) é o equipa-mento preferencialmente indicado,inclusive pela facilidade de seu ma-nuseio.

Entretanto, se a adoção doprotocolo do SBV favorece a pos-sibilidade de a ressucitação cárdio-pulmonar-cerebral recuperar as ati-vidades cadíacas e cerebral, mai-or certeza desse resultado podeser esperado se o atendimento àPC for realizado em ambiente hos-pitalar ou em qualquer outro daárea da saúde. Isto porque aí de-vem estar disponíveis para usoimediato de uma equipe treinada,os �corrienhos de parada� guarne-cidos com material para obtençãode via aérea definitiva (A),ventilição pumonar com oxigênio(B), drogas e soluções hidratantesque intregam com a massagemtorácica externa o item C, o DEA e

o marca-passo. Nestas condiçõesestrará criada a possibilidade deserem realizados procedimentosque, embora invasivos e rotuladoscomo Suporte Avançado, são tam-bém básicos. Mas, em decorrên-cia de eventual dificuldade em ob-ter uma via aérea definitiva pelaintubação traqueal, assim compro-metendo a ventilação pulmonar, ficaindicada a cricotireoidostomia ou atraqueostomia, conforme o proto-colo do programa Suporte Avança-do de Vida no Trauma (AdvancedeTrauma Life Support �ATLS�). O quenão pode ocorrer é a perda de tem-po ou vacilação quanto a estas con-dutas, pois caso contrário, toda aperspectiva de uma evolução clíni-ca favorável estará seriamentecomprometida e, por melhor quevenham a ser os cuidados subse-qüentes, a lesão irreversível da ati-vidade cerebral lembrará, parasempre, a importância do adequa-do inicial da PC.

*TSA, Instrutor dos cursos deBLS e ATLS

O suporte básico de vida no ambiente hospitalarFernando Bueno Pereira Leitão

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 24

EntrevistaEntrevistaSociedade Brasileira de Anestesiologia

Quais suas propostas para a SBA?

Antes de mais nada é preciso di-zer que a SBA vai muito bem obri-gado. O que na realidade no mo-mento mais precisamos é crescero nosso quadro de associados.Não especificamente pelo aumen-to da receita que sempre é bemvinda, mas principalmente paratermos dentro da Sociedade umnúmero mais real daqueles quepraticam a anestesia em nossopaís. As vantagens disso são inú-meras, já que colegas fora do nos-so convívio são presas fáceis daganância dos gestores da saúde,tanto privada, quanto pública.Além dessa, podemos citar que opadrão da anestesia e aí leia-sesegurança, aumentaria em muito.Isto só para citar duas.Necessário se faz nesse momentotambém diferençar o que é conti-nuidade e o que é continuísmo.Não acreditamos que qualquergestão de um ano possa operarmilagres. Por isso pretendemosseguir o projeto começado nasgestões anteriores, com pequenascorreções na rota próprias dascontingências de momento. Assimé que a educação continuada seráintensificada, já que a re-certifi-cação do título de especialista écerta e independente disso é ne-cessário que aproveitemos dos

recursos que dispomos para le-var ao maior número de só-

cios o que há de atual emnossa especialidade.

No aspecto econômicocontinuaremos nossa

luta na coordena-

candidato à presidência da SBA é formado em Medicina pela Universidade Federaldo Pará em 1977, tendo feito residência em anestesiologia no CET do Hospital

Pedro Ernesto, sob a chefia do Dr. Alfredo Portella.Desde 1980 exerce a especialidade na cidade de Curitiba, tendo ocupado os cargos

de Diretor Secretário, Científico, Vice Presidente e Presidente da SociedadeParanaense de Anestesiologia, além de exercer as funções de Diretor Secretário da

Cooperativa Paranaense dos Anestesiologistas e Conselheiro do CRM-PR.

Roberto Bastos da Serra Freire,

ção e apoio da implantação daClassificação Brasileira Hierar-quizada de Procedimentos Médi-cos, mas principalmente nos de-dicaremos com mais afinco naquestão da remuneração dos pro-cedimentos do SUS, dos quais mui-tos dos nossos colegas dependempara sua subsistência.Procuraremos fazer um trabalhojunto aos CET, para que possamospassar aos médicos em especiali-zação melhores conhecimentos domercado de trabalho e a relaçãoética nesse meio. Acreditamosque se esses colegas saíremcom uma visão um poucomais abrangente, mui-tos dos problemasque temos tido pos-

sam ser evitados no futuro.Enfim o espaço é pequeno, mas aidéia é de tornar a SBA cada vezmais aberta, cada vez mais do as-sociado, seguir o bom trabalho da-queles que me antecederam.

Quem são seus companheiros dechapa? Faça comentários sobreeles.

Em primeiro lugar, o Vice Presi-dente, Dr. Aurílio Estrela da Re-gional da Paraíba, colega que

Anestesia em revista - setembro/outubro, 2004 - 25

Novos MembrosNovos Membros

este ano atuou como Diretor Admi-nistrativo, e em gestões anteriores,como Diretor de Defesa Profissional,tem amplo conhecimento da vida epolítica associativa e no mínimo medá a tranqüilidade que um vice deverdade deve dar. Apoio constantee substituição nas horas necessáriassem quebra de ritmo do processo.Não tenho dúvidas quanto a sua atu-ação e espero vê-lo presidente em2006.Dr. Ismar Cavalcanti, Diretor Científi-co, dispensa apresentações, com lar-ga experiência científica e associativaé pessoa de um dinamismo ímpar ecomo exemplo citamos os dois anosem que esteve a frente do Departa-mento e os inúmeros frutos colhidos.Tenho certeza que 2005 não será di-ferente e só teremos a lucrar.Dr. Luiz Bomfim do Rio de Janeiro, vol-ta à Sociedade onde já exerceu alémde cargos em Comissões e Comitês, ode Diretor Tesoureiro. Agora assumea Secretaria Geral, que com sua capa-cidade de organização e trabalho qui-eto como bom mineiro que é, estareimuito tranqüilo.Na Defesa Profissional contarei com ocolega joinvilense, Jurandir Turazzi,que pelo trabalho incansável a frentedo Departamento nesses dois anos epela sua disposição tenho certeza queainda tem muito fôlego para mais umano. Quando se pensa em sua área deatuação que se resolveu uma questão,

surgem mais duas e assim ele vai des-bravando o terreno e resolvendo acontento.Na tesouraria continuaremos a contarcom o Dr. Sérgio Logar, sempre muitopreocupado com nossas contas e sem-pre procurando (e achando) uma for-ma de economizar, fazendo de nossaprevisão orçamentária um bom acer-to. Porto Seguro.Finalmente o Dr. Luiz Vane, que diga-se de passagem já ocupou o cargo deDiretor Administrativo nos anos de1994 e 1995, retorna agora nestaárea onde tem vasta experiência etenho certeza que a escolha foi extre-mamente feliz.Pretendo que a gestão seja democrá-tica e participativa e todos com suascapacidades individuais em muito con-tribuirão para o ganho coletivo.

Qual a sua visão da SBA no contexto in-ternacional? A SBA deve fortalecer suapolítica de valorização internacional?

A SBA em número de associados é asegunda Sociedade do mundo, fican-do atrás da americana. Já tivemos umPresidente da World Federation, Dr.Carlos Parsloe e hoje temos um VicePresidente, Dr. José Roberto Nociti eum Membro no Comitê Executivo, Dr.Gastão Durval Neto. O Congresso Mun-dial em Paris teve uma maciça emarcante presença brasileira. A posi-ção da SBA já é destaque. É preciso

mantê-la e digo mais precisamos cres-cer.Mas acima de tudo precisamos ex-pandir em direção aos nossos vizinhossul americanos e centro americanos.O Brasil trocar experiências e ocuparo lugar que merece nesse cenário. Econdições sem dúvida alguma temospara tanto. Necessário apenas é tra-çar a política certa e para tal bastaacionar a Comissão de Assuntos Inter-nacionais que com toda certeza estápronta para esta missão.

Os recursos tecnológicos que dispomos(vídeo-conferência, portal, etc.) poderi-am contribuir para a diminuição dos even-tos científicos, diminuindo a sobrecargade patrocínio dos laboratórios farmacêu-ticos e fábricas de equipamentos e atua-lizando o sócio da mesma maneira?

Essa é uma questão complexa que comcerteza não teremos tempo para dis-cutir aqui. Aliás até acho que está nahora de fazermos um fórum para commais substrato rediscutirmos essamatéria, já que em passado recente ofoi, sem grandes avanços. Na realida-de no momento o que vale ou pelo me-nos deve prevalecer é o bom senso.Da nossa par te continuaremos aprestigiar os eventos oficiais e investi-remos cada vez mais no acesso ele-trônico para atingir um maior númeropossível de associados com a recicla-gem necessária.

ADJUNTO

NOME ESTADOAna Maria Gomes Duarte __________________________________RJAna Paola Morais Arruda __________________________________ PEDaisy Mara de Oliveira Valério _____________________________ MGElaine Marques Garcia Vidolin _____________________________ PRInês Maria Quirino Tavares Ferreira _________________________ PEJosé Ailton Oliveira da Silva _______________________________ PEJosué Rios Velarde _______________________________________ SPLuiz Carlos dos Santos Abreu_______________________________RJPatricia Medeiros Monteiro ________________________________ SERaul Bernardo Fonseca Moreira ____________________________ MGUziel Vicente Barbosa ____________________________________ MTWylliam Franco Villas Boas ________________________________ MG

ASPIRANTE

NOME ESTADOAna Claudia Aragão Delage ________________________________ SPAna Paula Chaves Guimarães ______________________________ SP

Fúlvio Alberto dos Santos _________________________________ SPLuciana Nunes Magalhães de Oliveira_______________________ DFMarcos Arthur Sousa de Avelar ____________________________ SPRomulo Varão Aguiar Melo _________________________________ PEWaldomiro Esperidião Júnior ______________________________ SP

ATIVO

NOME ESTADOArquimedes Luiz Spironelo ________________________________ RSFabiano Barbosa de Azeredo _______________________________RJGustavo Rodrigues Costa Lages ____________________________ MGJanaína Sarmento Lacerda ________________________________ MGLeonardo Vianna Salomão __________________________________RJLuiz Carlos Felício Júnior __________________________________ SPLuiz Gustavo de Menezes Rodrigues ________________________ SPMarcelo da Silva Muttes ___________________________________ RSRiegel de Brito Porto _____________________________________ MGRodrigo Domingues Dias Rosa ______________________________RJRony Queiroz Chermont ____________________________________RJTárcio Silva Borborema ____________________________________RJUbirajara de Oliveira Júnior ________________________________ SP

Calendário CientíficoCalendário Científico

OUTUBRO06 A 10 - BODAS DE ORO DE LA SOCIEDAD PERUANA DE ANESTESIOLOGIA E XX CONGRESO INTERNACIO-NAL DE ANESTESIOLOGIA  - TEMA:   CIENCIA  MEDICAPOR  LA  DEFENSA  DE  LA VIDA Y EL ALIVIO DELDOLOR

15 A 17 DE OUTUBRO � 39ª JOPA � JORNADA PAULISTADE ANESTESIOLOGIA - THE ROYAL PALM PLAZA HOTELRESORT - CAMPINAS / SP

23 A 27 � ASA ANNUAL MEETING � LAS VEGAS � USA �Contact: [email protected]

NOVEMBRO12 E 13 � CURSO SAVA � 51º CBA

13 A 17 � 51º CONGRESSO BRASILEIRO DEANESTESIOLOGIACURITIBA � PR

24 A 27 - XVII �CONGRESO VENEZOELANO DEANESTESIOLOGIA � PTO LA CRUZ � HOTEL MAREMARES� WWW.SVA.ORG.VE

2005FEVEREIRO24 - 27 - 6th SOUTH ASIAN CONGRESS OFANAESTHESIOLOGISTS, SRI LANKA, CONTACT: DR.SIRANI HAPUARACHCHI �E-MAIL: [email protected]://www.srilanka-anaesthesia.com/announcement1.htm

MARÇO17 A 19 � XXIX JONNA � JORNADA NORTE NORDESTEDE ANESTESIOLOGIALOCAL A SER CONFIRMADORECIFE / PE

26th COLOMBIAN CONGRESS OF ANAESTHESIOLOGY.,BOGOTA, COLOMBIA, CONTACT: DR. OSCAR PINZONRODRIGUEZE-MAIL: [email protected] ou [email protected]

ABRIL21 A 24 - 40ª JORNADA SULBRASILEIRA DEANESTESIOLOGIA - JOSULBRAHOTEL SERRANO - GRAMADO / RS

MAIO21 A 25 - 3RD PAN AFRICAN CONGRESS OFANAESTHESIA-INTENSIVE CARE-EMERGENCYMEDICINE AND PAIN MANAGEMENTTUNIShttp://www.aaac2005.com/

27 A 31 � EUROANESTHESIA 2005 � VIENNA - AUSTRIAEMAIL: [email protected] - INTERNET: http://www.euroanesthesia.org

JUNHO01 A 05 � XVII CONGRESO DE LA SOCIEDAD ESPANOLADE ANESTESIOLOGIA, REANIMACION Y TERAPEUTICADEL DOLOR, PALMA DE MAJORCA, ISLES BALEARES,CONTACT: [email protected]

23 A 25 � JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO SUDESTEBRASILEIRO - CURSO SAVA DIA 22 E 23 � RIO DEJANEIRO / RJ

AGOSTO25 A 27 - LOCAL A SER CONFIRMADO

CUIABÁ/ MT

OUTUBRO3 A 8 � XXVIII � CONGRESO LATINOAMERICANO DEANESTESIOLOGIA - XXIII ASAMBLEA GENERAL CLASA -V CONGRESO NACIONAL SHARD � TEGUCIGALPA,HONDURAS CA - CONTACT: DRA. XENIA J PINEDA M [email protected]

22 A 26 � AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTSANNUAL MEETING (ASA), NEW ORLEANS, USA, CONTACT:[email protected]

NOVEMBRO12 A 16 - 52º CONGRESSO BRASILEIRO DEANESTESIOLOGIA - GOIÂNIA � GOGOIÂNIA/GO

2006MARÇO09 A 12 - XXX JONNA E O IV ALAGIPE - JORNADA NORTEE NORDESTE DE ANESTESIOLOGIA E O ENCONTRODOS ANESTESIOLOGISTAS DOS ESTADOS DE ALAGOASE SERGIPE E O SIMPÓSIO DE DOR DA SBA - CENTRODE CONVENÇÕES - MACEIÓ / AL.

53º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIARIO DE JANEIRO / RJ

200754º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIANATAL / RN

2008XIV CONGRESSO MUNDIAL DE ANESTESIOLOGIA �DURBAN/AFRICA DO SUL

55º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIASÃO PAULO / SP

14TH WORLD CONGRESS OF ANAESTHESIOLOGISTS -DURBAN � SOUTH AFRICA � Contact: [email protected]

200956º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIASALVADOR / BA

201057º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAGRAMADO / RS

201158º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAFORTALEZA / CE

2012MARÇO25 A 3115º CONGRESO MUNDIAL DE ANESTESIOLOGIA (WCA)BUENOS AIRES/ARGENTINA

59º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAA DEFINIR

201360º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAARACAJU / SE

Sociedade Brasileira de Anestesiologia