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Título Superior em Anestesiologia Prova Escrita 1ª Edição, 2000

Anestesio Questoes-Titulo Superior Em Anestesiologia

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  • Ttulo Superior em Anestesiologia

    Prova Escrita

    1 Edio, 2000

  • Ficha Catalogrfica

    Tanaka, Pedro PauloTtulo Superior em Anestesiologia: Prova Escrita / Organizado por Pedro Paulo Tanaka,Maria Aparecida de Almeida Tanaka. Curitiba: Posigraf, 2000.1. Anestesiologia exames questes.I. Tanaka, Maria Aparecida de Almeida, II. Ttulo.

    NLM WO/218.2

    ISBN 85-901368-1-7

  • Pedro Paulo Tanaka

    Maria Aparecida de Almeida Tanaka

    Ttulo Superior em Anestesiologia

    Prova Escrita

    Curitiba, 2000

  • Ttulo Superior em AnestesiologiaProva Escrita

    1 Edio, 2000

    Capa: Ceclia Namie YojoPreparo de originais: Sociedade Paranaense de AnestesiologiaEditorao eletrnica: Medidtica Informtica Ltda ME

    Reservados todos os direitos de publicao em lngua portuguesa :Sociedade Paranaense de Anestesiologia

    Rua Manoel Santos Barreto, 10Fone (0xx41) 254-7473 Fax (0xx41) 254-7484CEP 80530-250 - Curitiba, PR, Brasil

    IMPRESSO NO BRASILPRINTED IN BRAZIL

    ISBN 85-901368-1-7

  • Ttulo Superior em Anestesiologia

    Prova Escrita

    1 Edio, 2000

    Diretoria da Sociedade Paranaense de AnestesiologiaBinio 1999 2000

    Presidente: Dr. Roberto Bastos da Serra FreireVice-Presidente: Dr. Rohnelt Machado de Oliveira1 Secretrio: Dr. Pedro Paulo Tanaka2 Secretria: Dra. Maria Aparecida de Almeida Tanaka1 Tesoureiro: Dr. Cludio Jos Caminada Miranda2 Tesoureiro: Dr. Walmir Wilson PajewskiDiretor Cientfico: Dr. Ricardo Marinho TeixeiraVice-Diretora Cientfica: Dra. Denise Rossi

    Agradecimento ao Dr. Antonio Leite Oliva Filho pelo estmulo ao projeto e pelo apoio.

    Agradecemos as nossas secretrias Cristina Aparecida Pinto e Simara Aparecida Derios pelo empenhoneste trabalho.

    A Sociedade Paranaense de Anestesiologia agradece a Sociedade Brasileira de Anestesiologia por autori-zar a reproduo das questes da prova do TSA, com seus respectivos comentrios.

    Sociedade Brasileira

    de Anestesiologia

  • PREFCIO

    As dificuldades crescentes no exerccio de nossa especialidade tm nos priva-do cada vez mais do tempo necessrio atualizao e busca da titulao,que, certamente, so objetivos de todos, mas que nos tempos atuais estcada vez mais distante de ser alcanado. Por outro lado, o aprimoramento tc-nico-cientfico do anestesiologista continua sendo um dos principais objetivosde toda Regional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Cientes destaresponsabilidade, a SPA oferece este trabalho que pretende atingir no s osque se preparam para prestar os exames do Ttulo Superior em Anestesiolo-gia, mas tambm aos que pretendem reciclar seus conhecimentos.

    Parabenizo os demais colegas de Diretoria pelo entendimento da importnciadesta contribuio e empenho na sua consecuo, dentre os quais devo des-tacar os Drs. Pedro Paulo Tanaka e Maria Aparecida Tanaka, respectivamenteSecretrio e 2 Secretria, que foram os artfices e organizadores de toda aempreitada.

    Sou consciente de que uma Sociedade s forte se seus componentes e suaadministrao o forem. preciso que ns, anestesiologistas, mantenhamos odestaque que temos alcanado no cenrio mdico nacional pela firmeza nabusca de nossos objetivos, particularmente o slido embasamento cientficodo exerccio profissional. A expectativa da Diretoria da SPA estar contribuin-do, com esta obra, para a consolidao daqueles princpios.

    Desejamos um bom aproveitamento.

    Dr. Roberto Bastos da Serra FreirePresidente

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia

  • PREFCIO DOSORGANIZADORES

    A cada ano que passa a aprovao na prova escrita do Ttulo Superior emAnestesiologia se torna uma tarefa mais difcil. Basta revermos os ndices deaprovao dos ltimos anos (1995 = 19%; 1996 = 19%; 1999 = em torno de15%). A importncia do TSA foi bem destacada pelo Dr. James Manica emsua anlise retrospectiva e destaca como objetivos do ttulo: reconhecer a ele-vada qualificao profissional daquele anestesiologista, distinguindo-o comuma titulao diferenciada, e permitir acesso de colegas de comprovado nveltcnico-cientfico aos cargos de instrutoria em Centros de Ensino e Treina-mento, Comisses Cientficas e Diretoria da SBA.O Estado do Paran em 1995 apresentava 280 scios ativos sendo que des-tes apenas 48 eram portadores do TSA (17%). Hoje somos 335 scios ativos,enquanto somente 15% detm o ttulo. A Sociedade Paranaense de Anestesio-logia, visando um aprimoramento cientfico de seus associados, vem traba-lhando desde a sua posse em um projeto para contemplar todos aqueles queaspiram aprovao nesta prova. Este projeto agora coroado com o lana-mento deste livro contendo todas as provas escritas do TSA, desde a sua cria-o em 1983 (referendada pela Assemblia de Representantes reunida emCuritiba no ano de 1982) at o ltimo ano. As questes apresentam seus res-pectivos comentrios e referncias colocadas de uma maneira didtica para oleitor. A obra foi dividida em 42 captulos de acordo com programa terico doTSA. Em cada captulo as questes foram expostas seguindo a mesma linhaapresentada na prova, ou seja, um bloco de questes tipo simples, seguido dequestes tipo mltipla escolha e por fim tipo grficos. As questes foram apre-sentadas em ordem cronolgica. Assim podemos saber o percentual relativoque cada ponto representa no contexto global da prova. Grande parte das re-ferncias foram atualizadas, favorecendo esta difcil deciso de escolher qual a melhor bibliografia para estudar.No se trata de uma idia nova, visto que obras semelhantes j foram apre-sentadas quando o TSA era ainda TEA, mas sim de um livro de apoio que visasuplementar e auxiliar o anestesiologista paranaense candidato ao ttulo. Aosprofissionais que desejam manter-se atualizados o livro uma excelente fontede consulta, trazendo aspectos relevantes e atuais de nossa especialidade.Gostaramos de externar nossos agradecimentos a atual diretoria da SBA, quesensibilizada com nossas preocupaes cedeu os direitos para a publicaodas provas. Agradecemos tambm a confiana depositada pela diretoria daSPA, neste projeto que sabemos ser dispendioso no s em termos de cus-tos, mas que trar benefcios direto aos nossos associados.

    Pedro Paulo TanakaMaria Aparecida de Almeida Tanaka

  • ORIENTAESAO LEITOR

    As questes foram assim divididas em:

    QUESTES TIPO S

    INSTRUES - Cada questo tem cinco respostas sugeridas. Selecione a quemelhor se enquadra em cada caso.

    QUESTES DO TIPO M

    INSTRUES - Cada questo tem uma ou vrias respostas corretas.

    A) Se apenas 1, 2, 3 so corretas;B) Se apenas 1 e 3 so corretas;C) Se apenas 2 e 4 so corretas;D) Se apenas 4 correta;E) Se todas so corretas.

    QUESTO DO TIPO G

    INSTRUES - A questo do tipo G constituda de grficos ou figuras. Corre-lacione os nmeros 1, 2, 3, 4 e 5 s letras a, b, c, d e e.

    Lembramos que em virtude de abrangermos todas as provas do TSA desde 1983, algumasquestes requerem uma anlise mais profunda do leitor em funo da nossa especialidade,e da medicina em geral, apresentar uma evoluo contnua no processo da aquisio denovos conhecimentos.

  • SUMRIOPONTO 1 -

    TICA, RISCO PROFISSIONAL E MEDICINA LEGAL ...................................1

    PONTO 2 -

    METODOLOGIA CIENTFICA.................................................................7

    PONTO 3

    SISTEMA NERVOSO ...........................................................................12

    PONTO 4

    SISTEMA RESPIRATRIO.....................................................................30

    PONTO 5

    SISTEMA CARDIOCIRCULATRIO........................................................58

    PONTO 6

    SISTEMA URINRIO ...........................................................................84

    PONTO 7

    SISTEMA DIGESTIVO ..........................................................................95

    PONTO 8

    METABOLISMO................................................................................105

    PONTO 9 -

    SISTEMA ENDCRINO E SUBSTNCIAS MODULADORAS.....................125

    PONTO 10 -

    FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO ..........................................130

    PONTO 11 -

    FARMACOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR..............................137

    PONTO 12 -

    FARMACOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATRIO....................................160

    PONTO 13 -

    REPOSIO E TRANSFUSO.............................................................164

    PONTO 14 -

    PREPARO PR ANESTSICO...............................................................178

    PONTO 15 -

    ANESTESIA VENOSA........................................................................190

    PONTO 16 -

    FSICA E ANESTESIA.........................................................................216

    PONTO 17 -

    FARMACOCINTICA E FARMACODINMICA DA ANESTESIAINALATRIA ...................................................................................229

  • PONTO 18 -

    ANESTESIA INALATRIA...................................................................244

    PONTO 19 -

    FARMACOLOGIA DOS ANESTSICOS LOCAIS.....................................260

    PONTO 20 -

    BLOQUEIOS SUBARACNIDEO E PERIDURAL .....................................279

    PONTO 21 -

    BLOQUEIOS PERIFRICOS.................................................................301

    PONTO 22 -

    ANESTESIA E SISTEMA ENDCRINO..................................................314

    PONTO 23 -

    HIPOTERMIA E HIPOTENSO ARTERIAL INDUZIDA..............................325

    PONTO 24 -

    TRANSMISSO E BLOQUEIO NEUROMUSCULAR ................................333

    PONTO 25 -

    ANESTESIA EM OBSTETRCIA E GINECOLOGIA....................................352

    PONTO 26 -

    ANESTESIA PARA CIRURGIA ABDOMINAL ..........................................372

    PONTO 27 -

    ANESTESIA EM PEDIATRIA.................................................................381

    PONTO 28 -

    ANESTESIA PARA NEUROCIRURGIA...................................................406

    PONTO 29 -

    ANESTESIA PARA UROLOGIA............................................................421

    PONTO 30 -

    ANESTESIA PARA OFTALMOLOGIA, OTORRINOLARINGOLOGIA ,CIRURGIA PLSTICA E CIRURGIA BUCO MAXILO FACIAL......................428

    PONTO 31 -

    ANESTESIA AMBULATORIAL E PARA PROCEDIMENTOSDIAGNSTICOS..............................................................................440

  • PONTO 32 -

    ANESTESIA PARA CIRURGIA TORCICA..............................................447

    PONTO 33 -

    ANESTESIA E SISTEMA CARDIOVASCULAR..........................................458

    PONTO 34 -

    ANESTESIA EM URGNCIAS..............................................................475

    PONTO 35 -

    ANESTESIA EM GERIATRIA ................................................................488

    PONTO 36 -

    RECUPERAO ANESTSICA ............................................................498

    PONTO 37 -

    COMPLICAES EM ANESTESIA........................................................508

    PONTO 38 -

    CHOQUE........................................................................................525

    PONTO 39 -

    PARADA CARDACA E REANIMAO.................................................534

    PONTO 40 -

    MONITORIZAO E TERAPIA INTENSIVA...........................................553

    PONTO 41 -

    VENTILAO ARTIFICIAL..................................................................567

    PONTO 42 -

    DOR...............................................................................................579

  • No passado, nas publicaes das provas do TSA, aps cada comentrio era afixado o nome do membro daComisso do TSA, autor da questo. Mais recentemente, por deciso da C-TSA, a apresentao da auto-ria individual das questes foi abandonada, critrio aqui adotado. No entanto, nesta oportunidade, os orga-nizadores desta compilao rendem sua homenagem aos verdadeiros autores das questes e comentriosaqui publicados:

    MEMBROS DA COMISSO DO TTULO SUPERIOR EM ANESTESIOLOGIADA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

    1983: Luiz Fernando de Oliveira, Antonio Leite Oliva Filho, Carmem Narvaes Bello, Jaime Pinto de ArajoNeto, Miriam Martelete e Irimar de Paula Posso.

    1984: Antonio Leite Oliva Filho, Jaime Pinto de Arajo Neto, Miriam Martelete, Irimar de Paula Posso, PedroThadeu G. Vianna e Newton S. C. Leme.

    1985: Carlos Alberto da Silva Jr, Jaime Pinto de Arajo Neto, Luiz Marciano Cangiani, Miriam Martelete,Newton S. C. Leme e Pedro Thadeu G. Vianna.

    1986: Newton S. C. Leme, Pedro Thadeu G. Vianna, Luiz Marciano Cangiani, Carlos Alberto da Silva Jr,Luiz Fernando Saubermann e Celso Homero S. Oliveira.

    1987: Luiz Marciano Cangiani, Carlos Alberto da Silva Jnior, Luiz Fernando Saubermann, Celso HomeroS. Oliveira, Antonio Argolo Sampaio Filho e Tailur A. Grando.

    1988: Luiz Fernando Saubermann, Tailur A. Grando, Celso Homero S. Oliveira, Antonio Argolo SampaioFilho, Luiz Fernando A. Vanetti e Francisco Eduardo S. Fagundes.

    1989: Tailur A. Grando, Luiz Fernando A. Vanetti, Francisco Eduardo S. Fagundes, Antonio Argolo Sam-paio Filho, Mrio Jos da Conceio e Jos Reinaldo C. Braz.

    1990: Francisco Eduardo S. Fagundes, Luiz Fernando A. Vanetti, Jos Reinaldo C. Braz, Mrio Jos daConceio, Gasto F. Duval Neto e Luciano Garrido.

    1991: Jos Reinaldo C. Braz, Mrio Jos da Conceio, Gasto F. Duval Neto, Luciano Garrido, Gilda M.Labrunie e Jos Carlos A. Carvalho.

    1992: Gasto Fernandes Duval Neto, Luciano Santos Garrido, Gilda Moraes Labrunie, Jos Carlos AlmeidaCarvalho, Joo Abro e Manoel Luiz Moreira de Sousa.

    1993: Jos Carlos Almeida Carvalho, Gilda Moraes Labrunie, Manoel Luiz Moreira de Sousa, Joo Abro,Teresa Cristina R. B. Coelho e Onofre Alves Neto.

    1994: Joo Abro, Manoel Luiz Moreira de Sousa, Teresa Cristina R. B. Coelho, Onofre Alves Neto, Judy-mara Lauzi Gozzani e Ismar Lima Cavalcanti.

    1995: Onofre Alves Neto, Teresa Cristina R. B. Coelho, Judymara Lauzi Gozzani, Ismar Lima Cavalcanti,Jos Otvio C. Auler Jnior e James Toniolo Manica.

    1996: Judymara Lauzi Gozzani, Ismar Lima Cavalcanti, Jos Otvio C. Auler Jnior, James Toniolo Manica,Walter Luiz Manhes e Miriam Nbrega R. Pereira.

    1997: James Toniolo Manica, Jos Otvio C. Auler Jnior, Miriam Nbrega R. Pereira, Pedro Paulo Vanzillo-ta, Deoclcio Tonelli e Esa Barbosa Magalhes Filho.

    1998: Pedro Paulo Vanzillota, Deoclcio Tonelli, David Ferez, Esa Barbosa Magalhes Filho, Miriam N-brega R. Pereira e Srgio D. Belzarena.

    1999: Pedro Paulo Vanzillota, Deoclcio Tonelli, Srgio D. Belzarena, David Ferez, Carlos Alberto de SouzaMartins e Edsio Pereira.

  • TICA, RISCO PROFISSIONAL E MEDICINALEGAL

    QUESTES TIPO S

    01.S.01. O Servio de Anestesia do Hospital A procurado por um pesquisador cl-nico, que solicita autorizao para obter amostras de 1 ml de liquor, a serem retira-das de pacientes que forem submetidos raquianestesia para procedimentocirrgico. O material seria utilizado em uma pesquisa laboratorial na unidade de ne-urologia. Pode-se afirmar que: (1999)

    A) correto atender ao pedido desde que a raquianestesia esteja indicada paraa cirurgia;

    B) o pedido somente ser atendido aps a prvia autorizao pelo diretor clnicodo hospital;

    C) a coleta do material no fere o respeito dignidade do paciente;D) as normas ticas definidas para pesquisa clnica no estaro sendo

    obedecidas;E) a autorizao pela Comisso de tica dispensvel para esse estudo.

    01.S.02. Em uma interveno cirrgica, ao verificar que havia apenas residentes decirurgia, o anestesista deveria tomar a seguinte atitude: (1996)

    A) suspender a operao;B) realizar a anestesia normalmente;C) solicitar a presena do diretor clnico;D) aguardar o cirurgio responsvel;E) solicitar a presena de outro anestesista.

    01.S.03. Paciente foi anestesiado com midazolam, fentanil, N2O e toxiferine, paragastrectomia subtotal. Ao abrir a cavidade abdominal diagnosticou-se tumorinvasivo inopervel; feitos bipsia e fechamento da inciso. Tempo cirrgico: 20minutos. Descurarizado, extubado e encaminhado a enfermaria ainda sonolento,respondendo aos estmulos. Meia hora aps, no leito, apresentou depressorespiratria diagnosticada pelos familiares. O anestesista pode ser acusado de:(1993)

    A) impercia;B) iatrogenia;C) negligncia;D) crime doloso;E) imprudncia.

    01.S.04. As provas sorolgicas antgeno/anticorpo positivas para hepatite so umachado casual relativamente freqente em anestesiologia, em casos de hepatite dotipo: (1991)

    A) A;B) no A no B;C) B;D) crnica recurrente;E) crnica txica.

    01.S.05. Causa mais freqente de morte relacionada anestesia: (1989)A) hepatite por halotano;B) aspirao do contedo gstrico;C) hipertermia maligna;D) hipoxemia;E) embolia pulmonar.

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 1

    PONTO 01

    1.1- O Anestesiologista e asirradiaes.

    1.2 - Inalao crnica deanestsicos. Repercusses

    sistmicas. Mtodos de evitara poluio das salas de

    operaes.1.3 - Doenas contagiosas:

    Risco para o Anestesiologistae para o paciente. Profilaxia.

    1.4 - Teratognese poranestsicos.

    1.5 - O cdigo de tica doAnestesiologista.

    1.6.1 - Estruturao eFinalidade;

    1.6.2 - Diretoria, Conselhos eDepartamentos;

    1.6.3 - A Assemblia deRepresentantes.

    1.7 - Responsabilidades legaldo Anestesiologista: impercia,

    negligncia, imprudncia eomisso.

    1.8 - Responsabilidade legaldo Anestesiologista como

    Reanimador: impercia,negligncia, imprudncia e

    omisso.

  • 01.S.06. O abandono de um paciente deprimido no ps-operatrio imediato exemplo de: (1987)

    A) negligncia;B) impercia;C) imprudncia;D) crime doloso;E) iatrogenia.

    01.S.07. Vrios aparelhos eltricos ligados ao mesmo paciente: (1987)A) no causam danos se a corrente estiver entre 100 e 300 mA;B) jamais devem funcionar todos ao mesmo tempo;C) devem ter pontos terra diferentes;D) devem ter o mesmo ponto terra;E) nunca interfere com marcapasso cardaco.

    01.S.08. A eleio da Diretoria da SBA obedece a sistema: (1986)A) de voto unitrio de seus membros;B) de eleio direta;C) de voto ponderado;D) oligrquico;E) de voto representativo.

    01.S.09. O anestesiologista, ao realizar bloqueio subaracnideo, trocou ampola delidocana 5% e injetou galamina. O paciente desenvolveu convulses clnicas etnicas incoercveis, vindo a falecer 24 h aps. O mdico pode ser acusadojudicialmente de: (1985)

    A) omisso;B) imprudncia;C) negligncia;D) descuido;E) impercia.

    01.S.10. dever dos membros ativos da Sociedade Brasileira de Anestesiologia:(1984)

    A) receber as publicaes da Sociedade;B) votar e ser votado;C) receber o Ttulo Superior em Anestesiologia;D) pagar as anuidades dentro do prazo previsto;E) apresentar indicaes, requerimentos, sugestes, e representaes.

    01.S.11. O anestesiologista quando comparado com outros especialistas sofremaior incidncia das patologia seguintes: (1983)

    A) cefalia, lcera gastroduodenal e sonolncia;B) varizes, gastroenterocolite e precordialgia;C) conjuntivite, artrite e otite;D) febre, tuberculose e hepatite;E) trombolismo, pneumonia e cegueira.

    QUESTES DO TIPO M

    01.M.01. No comparecer ao planto no horrio previsto, ou abandon-lo, sem apresena de substituto, implica em: (1997)

    1 - infrao tica;2 - falta administrativa;3 - atitude imprudente;4 - crime inafianvel.

    01.M.02. Medidas recomendadas na profilaxia da infeco pelo vrus HIV: (1994)1 - usar luvas para intubao traqueal;2 - no reencapar agulhas descartveis;3 - usar hipoclorito de sdio a 1% na limpeza de ambientes;4 - estancar rapidamente sangramento por ferimento acidental.

    TICA, RISCO PROFISSIONAL E MEDICINA LEGAL

    2 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

  • 01.M.03. O anestesiologista no prestar seus servios profissionais a outras equi-pes cirrgicas, com as quais no trabalha habitualmente, salvo: (1989)

    1 - a pedido do anestesiologista da equipe solicitante;2 - no impedimento do anestesiologista da equipe solicitante;3 - em caso de indubitvel urgncia;4 - o faa sem cobrar honorrios.

    01.M.04. Numa cirurgia eletiva, o cirurgio insiste em um agente ou mtodo particu-lar de anestesia e o anestesiologista discorda frontalmente, mas incapaz de mu-dar a opinio do colega. Conduta mais aceitvel do anestesiologista: (1988)

    1 - aceita a opinio do cirurgio embora discorde;2 - realiza o ato anestsico e anota a polmica na papeleta;3 - realiza a anestesia sob protesto, perante testemunhas;4 - declina do caso.

    01.M.05. tico estabelecer honorrios de anestesiologia levando-se em conta o(s)elemento(s) abaixo: (1983)

    1 - condio econmica do paciente;2 - notoriedade do anestesiologista;3 - complexidade do atendimento;4 - proporcionalidade aos demais integrantes da equipe cirrgica.

    TICA, RISCO PROFISSIONAL E MEDICINA LEGAL

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 3

  • RESPOSTAS DAS QUESTES

    01.S.01 - Resposta: DComentrio - A tica na pesquisa clinica est regulamentada por cdigo internacio-nal (Declarao de Helsinque) e, no Brasil, atravs do Cdigo de tica Mdica edas resolues do Conselho Nacional de Sade (CNS). A situao aqui relatada in-fringe o Cdigo de tica Mdica (Cap. XII) e as resolues do CNS. O consenti-mento informado e a aprovao pela Comisso de tica so indispensveis paraessa coleta de material, alm de existir risco de complicaes maior que o mnimo,com possvel desconforto para o paciente e sem benefcio previsvel.Referncias:Cdigo de tica Mdica. Conselho Federal de Medicina. Resoluo 1246/88, Captulo XII.Ministrio da Sade. Conselho Nacional de Sade. Resolues 196/96 e 251/97.Declarao de Helsinque. 1964 e suas verses posteriores 1975, 1983 e 1989.

    01.S.02 - Resposta: BComentrio - A Residncia Mdica modalidade consagrada profissionalizaoem Medicina e os programas de residncia so aplicados em numerosas institui-es e em diversos pases; no Brasil foi regulamentado pelo decreto n. 80/281, de05.09.77. A atividade do mdico residente no constitui violao do Cdigo Brasilei-ro de Deontologia Mdica. A negativa do anestesista implica em infringncia ao arti-go 36 do Cdigo Brasileiro de Deontologia Mdica.Referncias:Amaral JLG - Atribuies do Residente, em: Anais do Conselho Regional de Medicina doEstado de So Paulo, 1988; 43.Conselho Regional da Medicina do Estado do Rio de Janeiro: Cdigo de tica Mdica -Legislao dos Conselhos de Medicina, 1988;10.

    01.S.03 - Resposta: CComentrio - O crime doloso quando o anestesista quis o resultado ou assumiu orisco de produzi-lo (omisso de socorro). culposo quando a vontade do anestesis-ta era fazer um ato lcito, anestesia, porm, a despeito da inteno, falta com ocuidado necessrio, dando causa ao resultado por imprudncia, impercia ou negli-gncia. Imprudncia quando atua com afoiteza, sem todos os cuidados, por exem-plo, sem as condies tcnicas indispensveis. Impercia quando o mdico no temhabilitao tcnica para o procedimento. Negligncia quando atua com displicncia,no tomando todas as cautelas exigveis, como neste caso em que envia o pacien-te, ainda em recuperao, para longe de seus cuidados.Referncias:Ribeiro JB - Aspectos mdico-legais da anestesiologia. Rev Bras Anestesiol, 1991; 41: 69-77.Bortolon LA - Aspectos mdico-legais em anestesia, em Manica J - Anestesiologia. Princpios eTcnicas. Porto Alegre, Artes Mdicas, 1992; 508-512.

    01.S.04 - Resposta: CComentrio - A hepatite B tem sido diagnosticada atravs de provas sorolgicas peloaparecimento de antgenos de superfcie, de anticorpos de superfcie ou de anticor-pos nucleares. O desenvolvimento de provas sorolgicas positivas para hepatite B,de maneira frustra, em anestesiologistas, um fato relativamente freqente.Referncias:Arnold W P - Environmental Safety Including Chemical Dependence, em Anesthesia, Miller RD,New York, Churchill Livingstone, 1990: 2407-2420.Moyes DG - Uncommon Diseases and Anesthesia, em General Anesthesia, Nunn JF, UttingJE, Brown Jr BR, London, Butterworths, 1989: 760-769.

    01.S.05 - Resposta: DComentrio - Das causas de morte citadas, a mais freqente a hipoxemia. A hi-poxemia pode ser causada por vrios fatores, sendo os mais importantes a depres-so respiratria no detectada no ps-operatrio e as falhas inadvertidas em proveruma ventilao adequada como: intubao esofgica no reconhecida, desconexodo ventilador, dificuldade em ventilar o paciente aps a induo da anestesia, con-centrao inadequada de oxignio inspirado e troca dos gases. As outras causasde morte citadas so muito mais raras.Referncias:Keenan RL - Anesthetic Disasters: Causes, Incidence, Preventability. In ASA - AnnualRefresher Course Lectures, San Francisco, 1988:242-4.Tinker JH, Roberts S L-Anesthetic Risks. In Miller RD-Anesthesia 2 Ed, New York, ChurchillLivingstone, 1986:364-5.

    01.S.06 - Resposta: AComentrio - A negligncia o resultado do descuido, da falta de ateno, do desleixoe da incria. Parece que as vezes imbrica-se com a imprudncia, entretanto umamodalidade de falta mdica bem distinta. A negligncia passiva, como no caso des-crito; a imprudncia, como a impercia, ativa, j que o mdico as produz diretamente.Referncias:Guimares Filho DF - Negligncia, Imprudncia e Impercia. Rev Bras Anestesiol, 1985;35:491-493.

    TICA, RISCO PROFISSIONAL E MEDICINA LEGAL

    4 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

    NOTA DOS EDITORES

    01.S.01. A SociedadeParanaense de Anestesiologia

    pode disponibilizar cpia daResoluo 196/96 do CNS.E-mail: [email protected]

    01.S.03. Bortolon LA;Martins-Costa JH - Aspectos

    mdico-legais em anestesia, emManica J - Anestesiologia.

    Princpios e Tcnicas. PortoAlegre, Artes Mdicas, 1997;

    827-835.

    01.S.04. Arnold WP -Environmental Safety Including

    Chemical Dependence, emAnesthesia, Miller RD, New York,

    Churchill Livingstone, 2000:2701-2718.

    01.S.05. Fleisher LA Risk ofAnesthesia, em Anesthesia, Miller

    RD, New York, ChurchillLivingstone, 2000: 795-823.

  • 01.S.07 - Resposta: DComentrio - A problemtica dos acidentes envolvendo aparelhos eletroeletrnicosque estejam conectados a um paciente deve-se basicamente ao aterramento inefici-ente ou inadequado. Um ponto terra eficiente pode e deve ser usado para vriosaparelhos, garantindo no s uma descarga correta, mas a eliminao da chance decriar-se resistncia com terras mais ou menos eficientes entre si. As partes metlicasdesses aparelhos apresentam capacidade condutiva enquanto seu isolamento (caixa,controles, fios, etc.) no perfeito. H portanto lugar para que sejam formadas cor-rentes de fuga entre chassi e circuito eltrico, criando a possibilidade de descarga empessoas a eles ligadas. Um ponto terra eficiente elimina a hiptese do paciente servircomo terminal de descargas. Contudo, se h mais de um aparelho (com existnciade mais de um ponto terra) poder ser induzida, a depender da maior ou menor efi-cincia dessa ou daquela terra, uma diferena de potencial e ocorrncia de micro-choques, por vezes fatais. importante notar que num doente em uso de cateterintravascular, correntes de 80 a 100 ampres, de pequena intensidade portanto, pode-ro causar fibrilao ventricular, especialmente se o paciente fica sobre uma superfciemetlica no aterrada, se o ponto terra est distante, ou ainda se no suficiente. Asqueimaduras com os bisturis ou eletrocautrios no so infreqentes, em que placascom aterramentos praticamente inexistentes, distais ou ineficazes geram dissabores epreocupaes equipe cirrgica e especialmente ao anestesiologista.Referncias:Tschirren B - Acidentes na Anestesia Geral, 2 Ed, Colina Editora, 1986:128.Neufeld GR - Queimaduras Y Eletrocucin, in: complicaciones en anestesia, Salvat, 1986;680-690.Stanley PE - Instrument Safety, in: Mosbys comprehensive review of critical care, secondedition. Mosby Company, 1981:800-814.

    01.S.08 - Resposta: EComentrio - A Diretoria da SBA eleita anualmente pela Assemblia de Repre-sentantes reunida durante a realizao dos Congressos Brasileiros de Anestesiolo-gia. Os representantes so eleitos pelo quadro associativo de cada Regional daSBA, obedecendo-se a uma tabela de proporcionalidade. Esta proporcionalidade importante para se manter um equilbrio de foras polticas e estimular Regionaiscom menor nmero de associados. Este sistema eleitoral portanto representativoe proporcional.Referncia:Estatuto da SBA, Anurio da SBA. 1985, 17, item 5.1.

    01.S.09 - Resposta: CComentrio: Art. 15 Diz-se o crime (...) : II culposo, quando o agente deu causaou resultado por imprudncia, negligncia ou impercia Neste caso clnico o anestesis-ta cometeu crime culposo por negligncia pois ele tinha obrigao de observar comateno o que estava injetando no espao subdural. No cometeu ato de imprudnciaporque o mdico estava usando uma tcnica amplamente conhecida e segura; tam-bm, no cabe impercia porque alm de mdico um especialista habilitado.Referncia:1) Cdigo Penal Brasileiro. 2) Frana GV - Responsabilidade legal do Anestesiologista. R.Mdica, 1979; 8: 46-50.

    01.S.10 - Resposta: DComentrios - O artigo 3.8 dos Estatutos da Sociedade Brasileira de Anestesiologiaprev os deveres dos membros da Sociedade, entre os quais destaca-se o3.8.2 - Pagar as anuidades dentro do prazo previsto neste Estatuto. As demais al-ternativas da questo constituem direitos dos membros da Sociedade previstos noartigo 3.6 do mesmo Estatuto.Referncia:Anurio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, fascculo primeiro, 1984:12.

    01.S.11 - Resposta: AComentrio - Trabalhos bem conduzidos tm demonstrado que o anestesiologistaest sujeito a riscos ocupacionais da exposio crnica s perdas de anestsicosque escapam para o interior da sala de cirurgia, bem como devido ao estresse dotipo de trabalho desenvolvido, geralmente cuidando de doentes em condies limi-tes. No ltimo lustro, a Confederao Latino-Americana das Sociedades de Aneste-siologia (CLASA) ocupou-se exaustivamente dos riscos profissionais a que se achaexposto o anestesiologista por militar, diariamente, em salas cirrgicas. Os aneste-siologistas quando comparados com o mdicos no expostos s mesmas condi-es de trabalho, apresentam as seguintes patologias: infeces cutneas eoftlmicas, cefalia, nuseas, sonolncia, anorexia e enjos devidos a contamina-o ambiental; lcera gastroduodenal e precordialgia devidos s situaes de es-tresse; hepatite, infarto do miocrdio e anormalidades congnitas em filhos demulheres anestesistas tambm parecem predominar nesta atividade profissional.Referncias:Venturini A e cols - Risco Profissional do Anestesiologista de Buenos Aires - Investigao eestudo comparativo com grupo controle, Rev Bras Anestesiol, 1982,32:270Collins V J - Princpios de Anestesiologia, Guanabara Koogan, 2 Ed, 1978:584

    TICA, RISCO PROFISSIONAL E MEDICINA LEGAL

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 5

    NOTA DOS EDITORES

    01.S.07. Liu L - Electrical Safety inthe Operating Room, em

    Anesthesia, Miller RD, New York,Churchill Livingstone, 2000:

    2691-2700.

    01.S.08. Estatutos, Regimento eRegulamento SBA 2000.

    hppt//: www.sba.com.br

    01.S.10. Estatutos, Regimento eRegulamento SBA 2000.hppt//: www.sba.com.br

  • 01.M.01 - Resposta: AComentrio - O mdico que, sem justa causa, deixa de apresentar-se no local deplanto no horrio preestabelecido, ou o abandona sem a presena de um substitu-to, comete no s falta administrativa como infringe ao artigo 37 do Cdigo de ticaMdica. Dada a possibilidade de um dano vir a ser causado a algum paciente, asua ausncia caracteriza uma atitude imprudente.Referncias:Frana GV - Responsabilidade Profissional, em: Comentrios ao Cdigo de tica Mdica. Riode Janeiro, Guanabara Koogan , 1994; 38-39.Frana GV - Cdigo Brasileiro de tica Mdica - em: Direito Mdico. Fundo BYK, So Paulo,1994; 492.

    01.M.02 - Resposta: AComentrio - As precaues contra infeco pelo HIV tm sido divulgadas em di-versas publicaes. Como pontos principais em relao atividade do anestesiolo-gista, destacam-se: - no reencapar agulhas - no passar agulhas de um indivduopara outro - objetos cortantes e perfurantes devem ser descartados em locais pr-prios, com paredes rgidas, para evitar acidentes na remoo - se ocorre alguma le-so, estimular o sangramento e lavar em seguida com gua e sabo - se oanestesiologista for portador de leso na pele (dermatites, eczemas, etc.) deve pro-teger-se com roupas impermeveis - usar luvas para puno venosa, colocao eremoo de tubos traqueais e cnulas orofarngeas - para puno de artrias, almdas luvas, usar avental e culos - luvas e aventais plsticos devem estar junto aomaterial de reanimao.Referncias:Searle JF - Aids, Hepatitis B and the anaesthetist, em Nimmo WS & Smith G - Anaesthesia.Oxford, Blackwell Scientific Publications, 1989; 975-980.Gerberding JL - Recommended infection control policies with human immunodeficiency virusinfection. New Engl Med J, 1986; 315: 1562-1564.

    01.M.03 - Resposta: AComentrio - No cdigo de tica Profissional e Econmica do Anestesiologista pode-mos verificar: item 2.6 - O Anestesiologista no prestar seus servios profissionais aoutras equipes cirrgicas, com as quais no trabalha habitualmente, salvo: 2.6.1 - Apedido do Anestesiologista da equipe solicitante, em caso de urgncia ou impedimentodeste ou aps esclarecido, pelo colega interessado, desse impedimento. 2.6.2. - Emcaso de indubitvel urgncia. 2.7. - A alegao de que os servios a serem prestadoso sero a ttulo gratuito no escusa para o Anestesiologista atender o paciente a seratendido por outro especialista e, bem assim, o fato de no receber esta remuneraopelo seu trabalho, no caso.Referncia:Cdigo de tica Profissional e Econmica do Anestesiologista. Anurio da SBA, 1986:35 e 36.

    01.M.04 - Resposta: DComentrio - O item 1 da Resoluo 851/78 do CFM reza: Antes da realizao dequalquer anestesia indispensvel conhecer todos as pormenores das condiesgerais do paciente a ser submetido mesma, cabendo ao anestesiologista decidirda convenincia ou no da prtica de tal ato no paciente, de modo soberano e in-transfervel. O item 4 completa: Todas as conseqncias decorrentes do ato anes-tsico so de responsabilidade direta e pessoal do mdico anestesiologista,inclusive o fornecimento de atestado de bito em caso de xito letal decorrente deanestesia.Referncia:Resoluo Conselho Federal de Medicina 851/78

    01.M.05 - Resposta: EComentrio - 7.2 - O Anestesiologista conduzir-se- com moderao na fixao deseus honorrios no devendo faz-lo arbitrariamente, mas segundo a jurisprudnciae a doutrina atendendo os seguintes elementos:7.2.1 - Costume do lugar;7.2.2 - Condies em que o servio foi prestado (hora, local, distncia, meio de trans-porte etc.);7.2.3 - Trabalho e tempo dispendidos;7.2.4 - Quantidade de servio prestado e complexidade do caso;7.2.5 - Situao econmica do paciente;7.2.6 - Notoriedade do anestesiologista;7.2.7- Honorrios cobrados pelos demais integrantes da mesma equipe cirrgica.Referncia:Anurio 1983 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Captulo III, Documentosde Consulta Cdigo de tica Profissional e Econmica do Anestesiologista, 1980:30-3.

    TICA, RISCO PROFISSIONAL E MEDICINA LEGAL

    6 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

    NOTA DOS EDITORES

    01.M.02. A Sociedade Americanade Anestesiologia lanou

    publicao sobre Controle deInfeco em Anestesiologia.

    Brodsky JB Injury to theAnesthesiologist, em Anesthesia &

    Perioperative Complications,Benumof JL, Saidman LJ, St. Luis,

    Mosby, 1999: 626-650.

    01.M.03. Estatutos, Regimento eRegulamento SBA 2000.

    hppt//: www.sba.com.br

    01.M.04. A Sociedade deAnestesiologia do Estado de So

    Paulo publicou um livro comtodas as resolues importantes

    para o anestesiologista (CFM,Cdigo de tica Mdica).

    E-mail:[email protected] site da SBA as resolues

    tambm esto publicadas.hppt//: www.sba.com.br

  • METODOLOGIA CIENTFICA

    QUESTES TIPO S

    02.S.01. O grau de disperso de uma amostra em torno da mdia : (1999)A) desvio mdio;B) desvio padro;C) erro padro;D) varincia;E) coeficiente de variao.

    02.S.02. Em um estudo envolvendo 175 anestesiologistas, a mdia das medidas decolesterol plasmtico foi de 186 mg.dl-1 Esta amostra apresenta uma distribuionormal, com uma varincia de 36 mg.dl-1 Pode-se dizer que 95% destesanestesiologistas tero as medidas de colesterol, em mg.dl-1, no intervalo de: (1998)

    A) 150 - 222B) 168 - 204C) 174 - 198D) 180 - 192E) 186 - 192

    02.S.03. Durante um estudo clnico, observou-se a durao do efeito de doisanestsicos (A e B) numa populao de 400 pacientes. Sobre o estudo e seusresultados, pode-se afirmar que: (1997)

    A) o teste do Qui-Quadrado deve ser empregado para comparar os resultadosobtidos;

    B) considerando p

  • 02.S.06. O desvio padro: (1991)A) permite calcular o valor mximo da amostra;B) permite calcular o valor mnimo da amostra;C) igual ao quadrado da varincia;D) avalia o grau de disperso da curva de distribuio;E) no deve ser utilizado para dados com distribuio normal.

    02.S.07. Estudando o tempo de recuperao anestsica em dois grupos depacientes induzidos com duas drogas distintas, um autor observou diferena de20% nas mdias de cada grupo que estatisticamente significativamente peloteste t de Student (p < 0,05). Qual a melhor interpretao? (1990)

    A) probabilidade de 80% das drogas terem apresentado recuperaesdiferentes;

    B) resultados conflitantes; amostras provavelmente no aleatrias;C) probabilidade maior de 95% das drogas terem apresentados recuperaes

    diferentes;D) resultados conflitantes; teste inadequado para o caso;E) probabilidade maior que 5% de tratar-se de erro amostral.

    02.S.08. A maioria dos dados biolgicos obedece a uma distribuio conhecidacomo: (1995)

    A) histograma;B) normal;C) moda;D) mdia;E) mediana.

    02.S.09. Classifica-se estado fsico ASA como grandeza: (1993)A) escalar;B) paramtrica;C) linear;D) vetorial;E) no paramtrica.

    02.S.10. Em um estudo envolvendo 175 anestesiologistas, a mdia das medidasde colesterol plasmtico foi de 186 mg.dl. Esta amostra apresenta uma distribuionormal, com uma varincia de 36 mg.dl Pode-se dizer que 95% destes anestesio-logistas tero as medidas de colesterol, em mg.dl, no intervalo de: (1998)

    A) 150 - 222;B) 168 - 204;C) 174 - 198;D) 180 - 192;E) 186 - 192.

    QUESTO DO TIPO G

    02.G.01 - Na curva de distribuio normal de Gauss representada abaixo, correla-cione: (1996)

    1 - Mdia;2 - Limite de confiana de 68%;3 - Limite de confiana de 95%;4 - Limite de confiana de 99%;5 - Desvio padro.

    METODOLOGIA CIENTFICA

    8 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

  • RESPOSTAS DAS QUESTES

    02.S.01 - Resposta: BComentrio - Desvio mdio a soma dos valores absolutos dos desvios da mdiadividida pelo nmero de valores. O desvio padro a raiz quadrada da varincia,expressa o grau de disperso de uma amostra em torno uma mdia. O erro padro obtido dividindo-se o desvio padro pela raiz quadrada do tamanho da amostra. Avarincia obtida dividindo-se a soma dos quadrados pelo tamanho da amostra. Asomatria dos quadrados a soma das diferenas dos valores em relao mdia,elevadas ao quadrado. Coeficiente de variao a relao entre desvio padro emdia.Referncias:Cremonesi E - Metodologia da Pesquisa Cientfica, em: Ortenzi AV, Tardelli MA -Anestesiologia SAESP, So Paulo, Atheneu, 1996;28.Oliva Filho AL - Elementos de Estatstica. Rev Bras Anestesiol, 1990 40:119-132.

    02.S.02 - Resposta: CComentrio - A varincia definida como o quadrado do desvio padro, portanto avarincia de 36 mg.dl-1 implica um desvio padro de 6 mg.dl-1. Como a amostra re-ferida apresenta uma distribuio normal e, nesta circunstncia, 95% dos valoresestaro no intervalo da mdia e 2 desvios padro, pode-se concluir que os valo-res sero de 186 (mdia) 2 x 6 (desvio padro) = 174 a 198 mg.dl-1.Referncias:Pace NL - Projeto de Pesquisa e Estatistica, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK - Tratadode Anestesiologia Clinica. So Paulo, Manole, 1993:70-72.Cremonesi E - Metodologia da Pesquisa Cientifica, em: Ortenzi AV, Tardelli MA -Anestesiologia SAESP. So Paulo, Atheneu, 1996:25-29.

    02.S.03 - Resposta: DComentrio - Dados paramtricos (escala de medidas com intervalos constantes:dbito cardaco, durao do efeito de um medicamento, temperatura, presso arte-rial) devem ser comparados por exemplo com o teste t de Student. O teste do QuiQuadrado utilizado para comparao de atributos no paramtricos (estado fsico,sobrevida, ndice de Apgar). Uma grande amostragem distribui-se preferencialmen-te em torno de um valor central e em menor nmero nas extremidades (Curva deDistribuio Normal ou de Gauss - formato em sino). Nessa distribuio, o intervaloentre 3 desvios-padro abaixo e acima da mdia engloba 99% dos valores. A pro-babilidade mxima de erro para que diferenas entre resultados obtidos correspon-dam realmente caractersticas ou comportamentos distintos entre as amostrasdeve ser estabelecida antes do estudo, aceitando-se em geral, por conveno, o n-vel de 5% (p

  • 02.S.06 - Resposta: DComentrio - O desvio padro definido como a raiz quadrada da varincia. Calcu-la-se a distncia entre cada elemento da amostra e a mdia, e eleva-se ao quadra-do (para se obter um nmero positivo, uma vez que as diferenas sero nmerospositivos ou negativos, dependendo do elemento estar direita ou esquerda damdia). A somatria de todos esses quadrados, dividido pelo nmero de elementosda amostra menos um, nos d a varincia. A raiz quadrada da varincia o desviopadro. O desvio padro, portanto, diferente da varincia, volta a apresentar asmesmas unidades de medida da varivel. O desvio padro expressa o grau de dis-perso de uma amostra em torno da mdia; no permite, entretanto, ser somado ousubtrado da mdia, calcular o valor mximo e valor mnimo da amostra.Referncias:Oliva Filho A L - Elementos de Estatstica. Rev Bras Anestesiol, 1990; 40: 119-132.Pace NL - Research Design and Statistics, em Clinical Anesthesia, Barash PG, Cullen BF,Stoelting RK, Philadelphia, Lippincott, 1989: 45-68.

    02.S.07 - Resposta: CComentrio - Determinado parmetro de uma amostra populacional pode ser traduzidoem uma mdia dos indivduos e esta comparada com as de outras amostras. A dife-rena entre essas mdias, quando existir, pode ser avaliada pelo teste t de Student.Este teste aplicvel quando os dados obtidos na investigao so intervalares ouproporcionais, isto , quando o parmetro estudado pode ser diretamente medido emuma escala de intervalos iguais, como no caso em questo (tempo de recuperao). Oteste t ajuda a determinar, do ponto de vista estatstico, se as diferenas encontradasnas mdias so frutos de erros amostrais (sem significado) ou se podem ser reais, isto, traduzem caractersticas ou efeitos realmente distintos entre as amostras, sugerindoque elas no faam parte da mesma populao com respeito ao aspecto estudado.Quando se informa que a diferena observada entre as mdias significativa do pontode vista estatstico, significa que a chance desta diferena se dever meramente a des-vios populacionais (extremos da curva de Gauss) muito pequena e que estamos pro-vavelmente diante de caractersticas ou comportamentos realmente distintos entre asamostras. A probabilidade mxima de erro para que se permita tal afirmao deve serestabelecida antes do estudo, aceitando-se em geral por conveno o nvel de 5%. Anotao p

  • 02.G.01 - Resposta: 1-D, 2-C, 3-E, 4-A, 5-BComentrio - Normalmente uma populao se distribui em torno de um valor cen-tral, com valores menores nas extremidades. Se uma amostra da populao forgrande, a curva ter a forma de um sino. Essa distribuio considerada normal, re-cebe a denominao de curva de Gauss. O desvio padro (DP) a raiz quadradada varincia. muito utilizado porque a varincia tem um valor muito grande e no representativa da populao. O desvio padro reflete a variao de uma amostrarepresentativa da populao. A variao pequena, isto , os valores de cadaamostra esto ao redor de um DP acima ou abaixo da mdia; isto quer dizer que68% dos valores esto localizados em 1 DP, 95% dos valores esto localizados em2 DP e 99% dos mesmos esto localizados em 3 DP acima ou abaixo da mdia.Referncias:Cremonesi E - Metodologia Cientfica, em: Gozzani JL, Rebuglio R - SAESP TSA Curso deAtualizao e Reciclagem. So Paulo, Atheneu, 1991; 1-13.Oliva Fo AL - Elementos de Estatstica. Rev Bras. Anestesiol, 1990;40: 119-132.

    METODOLOGIA CIENTFICA

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 11

    NOTA DOS EDITORES

    02.G.01. Cremonesi E- Metologiade Pesquisa Cientfica, em:

    Ortenzi AV, Tardelli MA -Anestesiologia SAESP. So

    Paulo, Atheneu, 1996: 25-29.

  • ANATOMIA, FISIOLOGIA EFISIOPATOLOGIA DOSISTEMA NERVOSO

    QUESTES TIPO S

    03.S.01. Paciente do sexo feminino, 40 anos, foi admitida para reduo cruenta defratura do fmur. Na visita pr-anestsica, foi constatado ser portadora da coriade Huntington (demncia progressiva e coreoatetose). Devem ser evitadas asseguintes drogas: (1998)

    A) morfina e propofol;B) isoflurano e halotano;C) xido nitroso e sevoflurano;D) tiopental e succinilcolina;E) fenotiazinas e butirofenonas.

    03.S.02. A estimativa da presso de perfuso cerebral dada por: (1996)A) presso venosa central;B) presso de enchimento capilar;C) presso artica;D) presso liqurica;E) presso arterial mdia menos presso intracraniana.

    03.S.03. Os nervos cranianos originados dos neurnios pr-ganglionares dosistema nervoso parassimptico so: (1995)

    A) III, VII, IX, X;B) I, III, VIII, X;C) II, IV, V, VI;D) I, III, IV, IX;E) III, V, VI, X.

    03.S.04. Em pacientes com problemas neurolgicos costuma-se pesquisar o sinalde Babinsky. Quando presente, este sinal indica leso de: (1994)

    A) sistema extra-piramidal;B) sistema piramidal;C) sistema tlamo-cortical difuso;D) feixe espino-talmico;E) feixe espino-reticular.

    03.S.05. O fluxo sangneo cerebral: (1993)A) varia inversamente com a PaCO2;B) aumenta se a PaO2 > 100 mmHg;C) auto-regulvel se a PAM < 50 ou > 150 mmHg;D) diminui com a hipertermia (37 - 42 C);E) aumenta com a anemia.

    03.S.06. Na membrana de um neurnio em repouso: (1993)A) a maioria dos canais de sdio est aberta;B) a maioria dos canais de potssio est fechada;C) a condutncia ao potssio menor que ao sdio;D) o potencial de repouso reflete o potencial de equilbrio do potssio;E) a concentrao extracelular de potssio maior que a intracelular.

    12 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

    PONTO 03

    3.1 - Membrana celular: estruturae funo. Bioeletrognese,potenciais de membrana. A

    sinopse: estrutura,neurotransmissores. Potencial

    ps-sinptico. Inibio pr eps-sinptica. Funo sinptica;

    3.2 - Anatomofisiologia doSistema Nervoso: estrutura geral,

    receptores, nervos, efetores.Nveis funcionais: medular,enceflico inferior, cortical.Plexos: cervical, branquial,

    lombar e sacral. Gngliosautonmicos. O comportamento

    emocional, a ansiedade. O sono.A viglia. A memria. O tono

    muscular. Sistemasextrapiramidal e piramidal. Oreflexo miottico e o sistema

    motor gama. O EEG;3.2.1 - A circulao cerebral.

    Auto-regulao. O liquorproduo, circulao e

    reabsoro. Pressointracraniana: mecanismos de

    controle;3.3 - Sistema Nervoso Autnomo:

    organizao e funo. SistemaNervoso Simptico e

    Parassimptico: estrutura,diferenas, funes receptores,

    neurotransmissores. Fisiologia dognglio autonmico;

    3.4 - Sistema Nervoso -Fisiopatologia: leso neuronal e

    degenerao Waleriana.Distrbios extrapiramidais e

    piramidais. Comas. Cefalias;3.4.1 - Traumatismo craniano e

    raquimedular;3.4.2 - Processos vasculares

    intracranianos;3.4.3 - Distrbios

    neuropsiquitricos: da memria,neuroses, psicoses, dependncia

    drogas;3.4.4 - Neuropatias e Miopatias

    Perifricas: polineuropatias;3.4.5 - Doenas infecciosas do

    SN: encefalites, mielites,meningites.

  • 03.S.07. O sistema colinrgico cranial se origina nos seguintes pares cranianos:(1992)

    A) II, IX, X e XI;B) II, IV, VII e VIII;C) III, VII, IX e XI;D) III, V, IX e X;E) III, VII, IX e X.

    03.S.08. Quanto circulao cerebral: (1992)A) as cartidas externas formam o polgono de Willis;B) a artria oftlmica ramo da cartida externa;C) a cartida interna divide-se em cerebrais posterior e mdia;D) as artrias vertebrais formam a artria basilar;E) o polgono de Willis tem relao anatmica estreita com o corpo caloso.

    03.S.09. Sinal de Babinski positivo significa leso do(a): (1991)A) trato extrapiramidal;B) crtex cerebral;C) trato piramidal;D) sistema lmbico;E) formao reticular.

    03.S.10. Os corpos celulares dos neurnios pr-ganglionares no sistema nervososimptico localizam-se na: (1990)

    A) substncia branca ntero-posterior da medula torcica T5 a T8;B) substncia branca ntero-lateral da medula torcica de T3 a T5;C) substncia cinzenta ntero-lateral da medula de T1 a T5;D) substncia cinzenta ntero-posterior da medula de L1 a L5;E) substncia gelatinosa ntero-lateral da medula de T12 a L2.

    03.S.11. Quanto ao sistema extra-piramidal: (1989)A) existe apenas em adultos;B) o cerebelo componente importante;C) sua leso ocasiona paralisia;D) responde pelos movimentos voluntrios;E) origina-se apenas no crtex cerebral.

    03.S.12. O aumento da atividade simptica causa: (1989)A) miose;B) salivao;C) sudorese;D) broncoconstrio;E) relaxamento do esfncter anal.

    03.S.13. A raiz motora do trigmeo inerva: (1988)A) msculo oblquo superior do olho;B) raiz da lngua e orofaringe;C) msculos mmicos;D) msculos mastigadores;E) bulbo olfatrio.

    03.S.14. Bloqueia a captao da noradrenalina pelas terminaes nervosasps-ganglionares: (1988)

    A) cocana;B) tetracana;C) lidocana;D) bupivacana;E) procana.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 13

  • 03.S.15. Mais potente peptdeo opiide produzido pela hipfise: (1987)A) endorfina;B) endorfina;C) endorfina;D) metionina - Encefalina;E) leucina - Encefalina.

    03.S.16. Nmero mnimo de ndulos de Ranvier, que devem ser bloqueados paracompleto efeito anestsico: (1987)

    A) 2;B) 5;C) 3;D) 10;E) 6.

    03.S.17. Os corpos carotdeos enviam impulsos medula atravs do nervo: (1987)A) glossofarngeo;B) vago;C) trigmio;D) espinhal;E) facial.

    03.S.18. As encefalinas: (1987)A) diminuem o limiar da dor;B) inibem a liberao de pitressina;C) tm vida mdia mais curta do que a endorfina;D) existem somente na substncia cinzenta periaquedutal;E) so liberadas pela neurohipfise.

    03.S.19. Nveis de presso arterial mdia que mantm constante o fluxo sangneocerebral em valores normais de PaCO2: (1987)

    A) 70 a 220 mmHg;B) 50 a 150 mmHg;C) 40 a 120 mmHg;D) 70 a 180 mmHg;E) 50 a 180 mmHg.

    03.S.20. Os receptores 1 adrenrgicos so : (1986)A) estimulados pelo propranolol;B) estimulados pela dobutamina;C) bloqueados pela clorpromazina;D) bloqueados pela fentolamina;E) encontrados nos bronquolos.

    03.S.21. Em condies de hipercapnia a perfuso sangnea cerebral apresentacorrelao linear positiva com a: (1986)

    A) PaO2 arterial;B) presso venosa central;C) presso arterial;D) resistncia vascular sistmica;E) freqncia cardaca.

    03.S.22. O trmino da ao do neurotransmissor adrenrgico no receptor dependeda: (1986)

    A) biotransformao oxidativa;B) excreo pelos rins;C) biotransformao no citoplasma pela monoaminoxidase;D) reabsoro pela terminao nervosa;E) conjugao com o cido glicurnico.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    14 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

  • 03.S.23. O Eletroencefalograma em paciente hipotenso, severamente hipxico,apresenta: (1986)

    A) nenhuma atividade;B) aumento da freqncia e diminuio da amplitude das ondas;C) traado normal;D) diminuio da freqncia e aumento da amplitude das ondas;E) alternncia de ritmos lento e rpido.

    03.S.24. A modulao e integrao modular dos impulsos sensitivos ocorre na(s):(1985)

    A) Lmina I;B) Lminas II e III;C) Lmina IV;D) Lminas V e VI;E) Lmina VII.

    03.S.25. Transmissor da maioria das sinapses neuroefetoras do sistema nervosoautnomo simptico: (1985)

    A) acetilcolina;B) serotonina;C) noradrenalina;D) dopamina;E) adrenalina.

    03.S.26. Origem cranial do sistema nervoso autnomo parassimptico: (1985)A) mesencfalo e bulbo;B) ponte e cerebelo;C) diencfalo e hipotlamo;D) hipotlamo e mesencfalo;E) ponte e diencfalo.

    03.S.27. Depleta o depsito intragranular de noradrenalina: (1984)A) trimetafan;B) clorpromazina;C) reserpina;D) imipramina;E) fenoxibenzamina.

    03.S.28. Pertencem ao sistema lmbico as estruturas: (1984)A) ncleo denteado e ncleo emboliforme;B) lobo floconodular e amgdalas;C) hipocampo e amgdalas;D) tlamo e ncleo fastigial;E) substncia nigra e lemnisco medial.

    03.S.29. Qual dos agrupamentos seguintes entre estrutura e funo est correto:(1983)

    A) hipotlamo - reflexo de estiramento;B) hipotlamo - transmisso de informaes sensoriais especficas;C) giro ps-central - sensibilidade especfica;D) sistema lmbico - emoes;E) lobo temporal - viso.

    03.S.30. Assinale qual a correlao verdadeira: (1983)A) 4 par craniano - nervo trigmeo;B) 1 par craniano - nervo ptico;C) 6 par craniano - nervo glossofarngeo;D) 10 par craniano - nervo vago;E) 12 par craniano - nervo acstico.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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  • 03.S.31. Responsvel pela modulao inibitria segmentar da dor: (1983)A) funculo dorso-lateral;B) crtex frontal;C) feixe espino-talmico;D) regio periaquedutal;E) substncia gelatinosa.

    QUESTES DO TIPO M

    03.M.01. Substncia(s) neurotransmissora(s): (1986)1. acetilcolina;2. cido gama-aminobutrico;3. serotonina;4. encefalina;

    03.M.02. Em relao formao reticular, correto afirmar que: (1998)1. Localiza-se no tronco enceflico;2. Mantm conexo com a medula espinhal, o tlamo, o crtex e o cerebelo;3. Controla a funo do neurnio motor gama inferior e o tnus muscular;4. Ativa estruturas corticais e subcorticais.

    03.M.03. A(s) substncia(s) neurotransmissora(s) central(is) (so): (1995)1. cido gama-aminobutrico;2. acetilcolina;3. dopamina;4. 5-hidroxitriptamina.

    03.M.04. O fluxo sangneo cerebral: (1992)1. Altera-se 4% para cada 1 mmHg de alterao na PaCO2;2. Altera-se pouco com PaCO2 abaixo de 25 mmHg;3. Varia regionalmente em resposta atividade metablica celular;4. Tem valor de 5 ml/100g/min.

    03.M.05. Fluxo sangneo cerebral: (1990)1. cerca de 50 ml/100g/min;2. quatro vezes maior na substncia branca que na cinzenta;3. mantido constante com PAM entre 70 e 150 mmHg;4. No sofre influncia da hipercarbia.

    03.M.06. Altera(m) a barreira hemato-enceflica: (1989)1. pH;2. PaCO2;3. glicemia;4. presso osmtica.

    03.M.07. Caracterstica(s) do potencial de repouso: (1988)1. negativo;2. Reduz-se com a elevao do potssio extracelular;3. Aumenta com a elevao da condutncia ao potssio;4. No pode ser calculado matematicamente.

    03.M.08. Conduz(em) fibra(s) do sistema nervoso parassimptico: (1988)1. Nervo oculomotor;2. Nervo facial;3. Nervo glossofarngeo;4. Nervo tico.

    03.M.09. Grupo(s) mais propenso(s) a desenvolver(em) distrbios extrapiramidaiscom neurolpticos: (1988)

    1. Fumantes;2. Adultos jovens;3. Gestantes;4. Crianas.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    16 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

  • 03.M.10. Receptores opiceos esto presentes no: (1986)1. Sistema lmbico;2. Tlamo estriado;3. Hipotlamo;4. Mesencfalo e medula espinhal.

    03.M.11. A presso intracraniana varia com a: (1987)1. Respirao;2. Freqncia cardaca;3. Postura;4. Resistncia vascular pulmonar.

    03.M.12. Causa(s) de bradicardia durante cirurgia intracraniana: (1987)1. Estimulao direta do vago;2. Traes e rotaes do tronco cerebral;3. Manipulao do hipotlamo;4. Dor.

    03.M.13. No sistema nervoso autnomo: (1987)1. Os nervos ps-ganglionares so amielinizados;2. Impulsos eferentes terminam em msculo cardaco, liso ou glndula;3. comum a sinapse de uma fibra pr-ganglionar com vrias ps-ganglionares;4. Os nervos formam plexos perifricos.

    03.M.14. O sistema nervoso autnomo conduz impulsos nervosos para: (1985)1. Glndulas;2. Msculo cardaco;3. Msculos lisos;4. Msculos esquelticos.

    03.M.15. Aumenta(m) a presso intracraniana: (1985)1. Halotano;2. Quetamina;3. Enflurano;4. Tiopental sdico.

    03.M.16. O Sistema espinotalmico transmite impulso(s): (1984)1. Nxicos (nocivos);2. Fsicos;3. Trmicos;4. Cinestsicos.

    03.M.17. Reduz(em) a perfuso cerebral: (1984)1. Hiperxia;2. Quetamina;3. Hipotermia;4. ter.

    03.M.18. Dinstingue-se o sistema simptico do parassimptico: (1983)1. Pela origem dos neurnios pr-ganglionares;2. Pela posio dos gnglios vegetativos;3. Pelos neurotransmissores perifricos;4. Pelos neurotransmissores nos gnglios.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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  • QUESTES DO TIPO G

    03.G.01. Correlacione as regies anatmicas do sistema nervoso central,assinaladas no grfico como a, b, c, d, e e, a suas respectivas nomenclaturas,numeradas de 1 a 5: (1998)

    1 - Bulbo2 - Ponte3 - Mesencfalo4 - Diencfalo5 - Telencfalo

    A) 1e - 2d - 3a - 4c - 5bB) 1d - 2e - 3a - 4c - 5bC) 1c - 2b - 3e - 4a - 5dD) 1d - 2a - 3b - 4e - 5cE) 1b - 2e - 3c - 4a - 5d

    03.G.02. Em relao ao fluxo sangneo cerebral, correlacione as variveis nogrfico: (1995)

    1 - Hipxia;2 - Hipercarbia;3 - Hipertenso;4 - Hipotenso;5 - Hipocarbia.

    03.G.03. Vascularizao da medula espinhal: (1992)

    1 - Artria espinhal anterior2 - Artria espinhal posterior3 - Artria medular4 - Artria central5 - Artria radicular anterior

    03.G.04. As reas cerebrais assinaladas correspondem a: (1988)

    1 - reas somestsicas;2 - rea visual;3 - Parte do sistema lmbico;4 - rea 4 (Brodman);5 - rea 6 (Brodman) -

    extrapiramidal;

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    18 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

    b

    c

    ae

    d

    A

    B

    C D E

    A B C

    D

    E

  • 03.G.05. Esquema de sinapse gabargica: (1987)

    1 - Receptorbenzodiazepnico;

    2 - Receptor do GABA;3 - Gabamodulina;4 - Canal de cloro;5 - Mitocndria;

    03.G.06. Sntese da noradrenalina (Nor): (1986)

    1 - Tirosina2 - Dopamina3 - Dopa4 - Tirosina hidroxilase5 - Dopamina betaoxidase

    03.G.07. Identifique, no esquema abaixo, as diversas estruturas: (1985)

    A) Ventrculos ( )B) Formens de Monroe ( )C) 3 ventrculo ( )D) 4 ventrculo ( )E) Canal medular ( )

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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  • RESPOSTAS DAS QUESTES

    03.S.01 - Resposta: DComentrio - A coria de Huntington uma doena gentica, transmitida por geneautossmico dominante, que apresenta atrofia acentuada do ncleo caudado e, emmenor grau, do putmen e do globo plido. J foi relatado retardo na recuperaoanestsica, espasmo tnico generalizado e contratura mandibular com tiopental.Ocorre aumento do tempo de ao da succilcolina por diminuio da atividade dapseudocolinesterase. Morfina, propofol e os anestsicos inalatrios tm sido empre-gados sem relatos de intercorrncias ou complicaes. As fenotiazinas e butirofeno-nas ajudam a controlar os movimentos coreiformes.Referncias:Martz DG, Schreibman DL, Matiasko MJ - Neurologic Diseases, em: Benumof JL - Anesthesia& Uncommon Diseases, 4th Ed,WB Saunders, 1997;3-37.Stoelting RK, Dierdorf SF - Anesthesia and Co-Existing Diseases, 3rd Ed, New York, ChurchillLivingstone, 1993:181-250.

    03.S.02 - Resposta: EComentrio - A presso de perfuso cerebral (PPC) determinada pela presso ar-terial mdia (PAM) menos a presso intracraniana (PIC). Nos casos da elevao daPIC ser maior do que a PAM, a PPC reduzida. A presso venosa central, a pres-so de enchimento capilar, a presso artica e a presso liqurica, por si s, noso determinantes da presso de perfuso cerebral . O fluxo sangneo dependerda relao entre a presso de perfuso cerebral e a resistncia vascular cerebral.Referncias:Bendo AA - Anesthetic Management of the Head Injured Patients, em: Barash PG - RefresherCourses in Anesthesiology. Philadelphia, Lippincott,1994; 27-38Bendo AA, Kass IS, Hartung J, et al - Neurophysiology and Neuroanesthesia, em: Barash PG,Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia. Philadelphia, Lippincott,1992; 871-918

    03.S.03 - Resposta: AComentrio - As fibras parassimpticas pr-ganglionares para o olho originam-seno ncleo de Edinger Westphal do terceiro par craniano (III), situado no mesencfa-lo e que na rbita fazem sinapse no gnglio ciliar. A partir do ncleo do nervo facial(VII) originam-se as fibras que formam a corda do tmpano, que aps sinapses dis-tribuem-se para as glndulas salivares e lacrimais. O ncleo do nervo glossofarn-geo (IX) inerva o gnglio ptico e a glndula partida. As fibras do nervo vago (X)inervam o corao, sistema respiratrio, rins, fgado e trato gastrintestinal, com ex-ceo do clon.Referncias:Merin GR - Farmacologia do Sistema Nervoso Autnomo, em: Miller RD - Tratado deAnestesia. So Paulo, Manole, 1989; 967-1003.Fernandes F - Sistema Nervoso Autnomo, em: Gozzani JL e Rebuglio R - SAESP - Curso deAtualizao e Reciclagem. So Paulo, Atheneu,1991; 23-35.

    03.S.04 - Resposta: BComentrio - Quando se aplica um estmulo ttil firme planta do p de pacientes neu-ropatas obtendo-se como resposta o sinal de Babinsky, diagnostica-se leso piramidal.Isto no ocorre quando a leso localiza-se apenas no sistema extrapiramidal.Referncias:Stoelting RK - Autonomic Nervous System em: Stoelting RK - Pharmacology and Physiology inAnesthetic Practice. Philadelphia, Lippincott, 1991; 643-653.Kirsch JR; Diringer MN - Evaluation of Patient with Neurologic Disease, em: Rogers MC, TinkerJH, Covino BG et al - Principles and Practice of Anesthesiology. St. Louis, Mosby Year Book,1993; 243-265.

    03.S.05 - Resposta: EComentrio - O fluxo sangneo cerebral (FSC) sofre influncia de mltiplos fatores.Varia diretamente com a PaCO2. Variaes da PaO2 de 60 a mais de 300 mmHgtm pouca influncia, porm valores menores que 60 mmHg aumentam rapidamen-te o FSC. A hipertermia aumenta o metabolismo e o FSC, se a temperatura variaentre 37-42C. A poliglobulia diminui, e a anemia aumenta o FSC. A auto-regulaodo FSC est presente nos indivduos normotensos, se a presso arterial mdia estentre 50 e 150 mmHg.Referncias:Drummond JC - Cerebral physiology, em Miller RD - Anesthesia, New York, ChurchillLivingstone, 1990; 621-658.Bendo AA, Hartung J, Kass IS, Cotrell JE - Neurophysiology and neuroanesthesia, em BarashPG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, Philadelphia, JB Lippincott Co., 1992;871-918.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    20 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

  • 03.S.06 - Resposta: DComentrio - O potencial de repouso de uma clula dado pela relao entre aconcentrao intra e extracelular de potssio e regido pela equao de Nernst.Este valor calculado aproximadamente -90 mV, mas a maioria dos neurnios tempotencial de repouso prximo de -70 mV. Isto acontece porque tanto o on potssiocomo o sdio contribuem para o potencial de repouso. Como a condutncia ao po-tssio muito maior que a condutncia ao sdio, o potencial de repouso est muitomais prximo do potencial de equilbrio do potssio. Durante o repouso de um neu-rnio, a maioria dos canais de sdio est fechada, enquanto que a maioria dos ca-nais de potssio est aberta. Embora a permeabilidade ao potssio exista, aconcentrao de potssio intracelular de 150 mM, enquanto que a extracelular de 5 mM, e isto se deve fundamentalmente atrao de cargas negativas que omantm no intracelular.Referncias:Bendo AA, Hartung J, Kass IS, Cotrell JE - Neurophysiology and neuroanesthesia, em BarashPG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, Philadelphia, JB Lippincott Co, 1992;871-918.Strichartz GR, Covino BG - Local anesthetics, em Miller RD - Anesthesia, New York, ChurchillLivingstone, 1990; 437-470.

    03.S.07 - Resposta: EComentrio - Os nervos do sistema nervoso parassimptico deixam o sistema ner-voso central atravs dos pares cranianos III, VII, IX e X e das pores sacrais damedula espinhal. Cerca de 75% de todas as fibras parassimpticas esto nos ner-vos vagos passando para a regio torcica e abdominal do corpo.Referncias:Duval Neto GF - Sistema Colinrgico e Anestesia. Rev Bras Anestesiol, 1991; 41 (5): 297-310.Merin RG - Autonomic Nervous System Pharmacology, em: Miller RD - Anesthesia. 3rd. Ed,New York, Churchill-Livingstone, 1990; 1: 967-1003.

    03.S.08 - Resposta: DComentrio - O encfalo irrigado por dois sistemas: o sistema carotdeo interno eo sistema vrtebro-basilar (as artrias vertebrais se unem formando a artria basi-lar), estes sistemas terminam formando as artrias cerebrais anteriores, mdias eposteriores, que juntamente com as artrias comunicantes anterior e posterior for-mam o polgono de Willis, localizado na base do crebro circundando o quiasmaptico e o tuber cinreo.Referncias:Lake CL - Cardiovascular Anatomy and Physiology, em: Clinical Anesthesia. Barash PG,Cullen BF, Stoelting RK. Philadelphia, JB Lippincott, 1989; 949-951.Machado A - Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro, Livraria Atheneu, 1998; 69.

    03.S.09 - Resposta: CComentrio - O sinal de Babinski positivo, caracterizado por extenso do hlux eabertura em forma de leque dos demais dedos, em resposta a um forte estmulo t-til aplicado na poro plantar do p, significa leso do trato piramidal.Referncias:Stoelting RK - Pharmacology and Physiology in Anesthetic Practice, Philadelphia, J B LippincottCo., 1987: 583-586, 593- 594.

    03.S.10 - Resposta: CComentrio - Os neurnios pr-ganglionares do sistema nervoso autnomo simpti-co tm seus corpos celulares localizados na substncia cinzenta ntero-lateral damedula espinhal de T1 a L3. Os axnios pr-ganglionares seguem pelas razes ner-vosas anteriores at o gnglio simptico e fazem sinapse com os neurnios gangli-onares posteriores.Referncias:Merin RG - Pharmacology of the autonomic nervous system, em Miller RD, Anesthesia, vol 2,New York, Churchill Livingstone, 1986:945-982.Foex P - The heart and the autonomic nervous system, em Nimmo W e Smith G - Anesthesia,Vol. 1, Oxford, Blackwell - Scientific Publications, 1989:115-161.

    03.S.11 - Resposta: BComentrio - O sistema extrapiramidal, mais antigo filogeneticamente do que o pira-midal, mais complicado do que este ltimo. Suas leses no ocasionam paralisi-as, ao contrrio do sistema piramidal que responde pelos movimentos voluntrios ecuja leso resulta em paralisia. O sistema extrapiramidal responsvel pela postu-ral, tnus e movimentos automticos, tendo no cerebelo o principal elo de coorde-nao e no crtex cerebelar, alm do cerebral, uma de suas origens.Referncias:Machado ABM, Neuronatomia Funcional, 1 Ed, Rio de Janeiro, Livraria Atheneu, 1983:254-55.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 21

    NOTA DOS EDITORES

    03.S.06. Bendo AA; Kass IS;Hartung J; Cotrell JE - Anesthesiafor Neurosurgery, em Barash PG,Cullen BF, Stoelting RK - Clinical

    Anesthesia (Third Edition).Philadelphia, Lippincott-Raven

    Anesthesia Library on CD-ROMVersion 2.0, 1997.

    Strichartz GR, Berde CB - Localanesthetics, em Miller RD -

    Anesthesia, New York, ChurchillLivingstone, 2000; 491-522.

    03.S.07. Moss J; Renz CL - TheAutonomic Nervous System, em

    Anesthesia, Miller RD, New York,Churchill Livingstone, 2000:

    523-577.

    03.S.08. Lake CL - CardiovascularAnatomy and Physiology, em:

    Clinical Anesthesia (Third Edition).Philadelphia, Lippincott-Raven

    Anesthesia Library on CD-ROMVersion 2.0, 1997.

    03.S.09. Stoelting RK - AutonomicNervous System em: Stoelting RK- Pharmacology and Physiology inAnesthetic Practice. Philadelphia,

    Lippincott, 1999; 591-618.

    03.S.10. Moss J; Renz CL - TheAutonomic Nervous System, em

    Anesthesia, Miller RD, New York,Churchill Livingstone, 2000:

    523-577.

  • 03.S.12 - Resposta: CComentrio - O dimetro pupilar depende do balano entre a atividade simptica eparassimptica. O aumento da atividade simptica tende dilatao pupilar en-quanto o estmulo parassimptico leva a miose. As vias areas possuem msculoliso que tem inervao simptica e parassimptica. A maior atividade simptica cau-sa broncodilatao. O sistema parassimptico tem importante papel na defecao,causando contrao do reto e relaxamento do esfncter anal interno. As glndulassudorparas so inervadas somente pelo sistema simptico. O sistema parassimp-tico estimula a produo de saliva, suco gstrico e pancretico, aumentando a mo-tricidade do sistema digestivo e relaxando os esfncteres.Referncias:Miller RD - Anesthesia, NewYork, Churchill Livingstone, 1986:950.Green JH - Basic Clinical Physiology, New York, Oxford University Press, 1975:117-19.

    03.S.13 - Resposta: DComentrio - O trigmeo um nervo misto com o componente sensitivo destacadopelo seu comprimento. A raiz sensitiva forma-se a partir do gnglio trigeminal (ougnglio de Gasser), localizado no cavo trigeminal. Os prolongamentos sensitivossubdividem-se em trs ramos: oftlmico, maxilar e mandibular. Estes ramos soresponsveis pela sensibilidade somtica geral de grande parte da cabea, condu-zindo impulsos estereoceptivos (temperatura, dor, presso e tato) e proprioceptivosque se originam em receptores localizados nos msculos mastigadores e na articu-lao tmporo-mandibular, dirigindo-se aos msculos mastigadores (temporal, mas-ster, pterigideos lateral e medial, milohiideo e o ventre anterior do digstrico).Referncias:Machado ABM - Neuroanatomia funcional, 1 Ed, Livraria Atheneu, Rio de Janeiro, 1983: 95-103.

    03.S.14 - Resposta: AComentrio - A cocana um ster do cido benzico. Potencializa a respostaadrenrgica dos rgos inervados pelo sistema nervoso simptico porque bloqueiaa captao das catecolaminas nas terminaes adrenrgicas. A cocana produz va-soconstrio. Os demais anestsicos locais no tm a capacidade de alterar a cap-tao da noradrenalina, de produzir sensibilizao s catecolaminas e de promovervasoconstrio.Referncias:Gilman AG, Goodman LS, Rall RW, Murad F - The Pharmacology Basis of Therapeutics, 7aEd, MacMillan Pub Co., New York, 1985: 309.

    03.S.15 - Resposta: BComentrio - As encefalinas so pentapeptdeos que diferem no quinto resduoaminocido sendo que o R de sua frmula geral a metionina ou a leucina. Assimtemos a metionina-encefalina e a leucina-encefalina. Posteriormente observou-seque a metionina-encefalina tinha uma seqncia de aminocidos idntica dosaminocidos 61-65 de um hormnio hipofisrio, a beta-lipotrofina (LPH). Foi notadoque a poro terminal completa da beta-LPH tinha atividade opiide potente e hoje conhecida como endorfina. Ao contrrio das encefalinas que tm ampla distribu-io, a endorfina aparece num nico sistema, que inclui a hipfise anterior, tlamomdio e o tronco cerebral central. Ela apresenta uma meia-vida maior que as ence-falinas e constitui-se no mais potente peptdeo opiide produzido pela hipfise.Referncias:Bond MR - Dor: Natureza, Anlise e Tratamento, 2 Ed, Colina Editora 1986: 46.Luca M - Peptdeos Endgenos e Analgesia. Rev Bras Anest, 1982; 32:2: 111-116.

    03.S.16 - Resposta: CComentrio - A bainha de mielina atua como isolante. A conduo saltatria em fi-bras mielinizadas depende do fluxo inico e das trocas nos ndulos de Ranvier. Aregio dos ndulos contm protena ligada a mucopolissacardeos carboxilados queso ricos em stios eletrostticos. Estas regies so receptoras de ctions e cargascatinicas de drogas como os anestsicos locais. Para o completo efeito anestsico necessrio bloquear trs ndulos de Ranvier adjacentes.Referncias:Bromage PR - Epidural analgesia. WB Saunders Company, Philadelphia, 1978; 43.

    03.S.17 - Resposta: AComentrio - Os quimiorreceptores articos e carotdeos localizam-se no arco daaorta e na bifurcao da cartida primitiva. Respondem rapidamente s variaesde CO2, O2 e pH arteriais enviando aos centros medulares os impulsos via nervosdo seio carotdeo e glossofarngeo. Os corpos carotdeos so quase exclusivamen-te responsveis pelas modificaes na ventilao, utilizando as vias para a condu-o dos impulsos medula (centros medulares) produzindo variaes tanto dovolume corrente como da freqncia respiratria.Referncias:Selkurt EE - Fisiologia, 5 Ed, Guanabara Koogan, 1986:383-386.Chusid J - Neuroanatomia, Guanabara Koogan, 1972:78-105.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    22 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

    NOTA DOS EDITORES

    03.S.12. Moss J; Renz CL - TheAutonomic Nervous System, em

    Anesthesia, Miller RD,New York, Churchill Livingstone,

    2000: 523-577.

    03.S.14. Gilman AG, Goodman LS- The Pharmacological Basis of

    Therapeutics, 9a ed., McGraw-Hill,New York, 1996:199-248.

  • 03.S.18 - Resposta: CComentrio - As encefalinas esto distribudas em altas concentraes no corpoestriado, na substncia cinzenta periaquedutal do tronco cerebral e no corno dorsalda medula. Em baixas concentraes elas tambm so encontradas na crtex. Asencefalinas apresentam uma meia-vida muito curta, bem menor do que a meia-vidada endorfina.Referncias:Bond MR - Dor: Natureza, Anlise e Tratamento, 2 Ed, Colina Editora, 1986:46.

    03.S.19 - Resposta: BComentrio: A auto-regulao cerebral a capacidade intrnseca da circulao ce-rebral em alterar sua resistncia e manter o fluxo sangneo cerebral constante.Esta auto-regulao ocorre entre 50 a 150 mmHg de presso arterial mdia e comvalores normais de PaCO2. A auto-regulao cerebral pode ser alterada por doen-as cerebrais, anestsicos volteis, drogas vasodilatadoras e outras.Referncias:Miller RD - Anesthesia. Churchill Livingstone. New York, 1986;1258.

    03.S.20 - Resposta: BComentrio - Os receptores adrenrgicos so designados por , 1 e 2 de acordocom suas respostas droga agonista ou antagonista. As drogas adrenrgicasagem competitivamente atravs da ocupao destes receptores e so classificadasde acordo com a afinidade pelo receptor. A dobutamina, das drogas relacionadasacima, a que tem ao mais especifca pelos receptores beta 1, estimulandos-os.Referncias:Stoelting RK - The sympathetic nervous system: function and clinical pharmacology, ASA RC inAnesthesiology, 1977; 5:191-202

    03.S.21 - Resposta: CComentrio - A resistncia vascular cerebral regulada prioritariamente pelo PCO2arterial e secundariamente pelo PO2 arterial, sendo dependente de presso articamdia e da presso venosa central. Em condies de PaCO2 elevado (hipercapnia)ocorre vasodilatao cerebral tornando-se a perfuso cerebral inteiramente depen-dente do gradiente de presso entre os sistemas sangneos eferente (arterial) eeferente (venoso) cerebrais. Assim, nestas condies, a perfuso cerebral aumentana proporo em que a presso arterial se eleva, enquanto aumenta na proporoem que a presso venosa diminui. Em termos estatsticos, h correlao positivaentre a perfuso cerebral e a presso arterial e correlao negativa com a pressovenosa nestas circunstncias.Referncias:Drebes D - Anestesia em Neuroradiologia e neurocirurgia, Rev Bras Anestesiol, 1981; 31:6:463-480.

    03.S.22 - Resposta: DComentrio - O trmino da ao do neurotransmissor adrenrgico no seu receptordepende quase que totalmente da reabsoro pela terminao nervosa no nvel dafenda sinptica havendo uma recaptao da noradrenalina (Nor) neste local. Umapequena quantidade de Nor inativa no citoplasma pela monoaminoxidase (MAO),mas a maioria reabsorvida e fica nas vesculas de estocagem para ser reusada.Esta reabsoro mais a biossntese mantm uma grande quantidade de Nor de re-serva e explica a difcil possibilidade de haver depleo total deste neurohormnio.Referncias:Stoelting RK - The sympathetic nervous system: function and clinical pharmacology. ASA R Cin Anesthesiology, 1977; 5:191-202.

    03.S.23 - Resposta: AComentrio - A acidose do tecido cerebral comea quando h perda de 40% do Flu-xo Sangneo Cerebral. Em ratos anestesiados, fluxos abaixo de 15 ml/100 g/min oEEG apresenta-se isoeltrico. Outros dados limtrofes: PaO2 25-30, PPC < 20 mmHg.Referncias:Miller RD - Anesthesia, 1 Ed, Churchill-Livingstone Inc, NY. 1981; 815-816.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 23

    NOTA DOS EDITORES

    03.S.19. Moss J; Renz CL - TheAutonomic Nervous System, em

    Anesthesia, Miller RD, New York,Churchill Livingstone, 2000:

    523-577.

    03.S.20. Stoelting RK - AutonomicNervous System em: Stoelting RK- Pharmacology and Physiology inAnesthetic Practice. Philadelphia,

    Lippincott, 1999; 591-618.

    03.S.22. Stoelting RK - AutonomicNervous System em: Stoelting RK- Pharmacology and Physiology inAnesthetic Practice. Philadelphia,

    Lippincott, 1999; 591-618.

    03.S.23. Moss J; Renz CL - TheAutonomic Nervous System, em

    Anesthesia, Miller RD, New York,Churchill Livingstone, 2000:

    523-577.

  • 03.S.24 - Resposta: BComentrio - A integrao dos impulsos sensitivos e motores tem lugar na substn-cia cinzenta da medula, a qual encontra-se arranjada em camadas que so estrutu-ral e funcionalmente distintas. A clssica descrio de Rexed sobre a organizaocitoarquitetnica da medula espinhal do gato universalmente adotada como basedescritiva da arquitetura celular da substncia cinzenta. Segundo ela, abaixo dasclulas pstero-marginais da lmina I encontram-se duas camadas de clulas me-nores das lminas II e III. A lmina II era conhecida antigamente como a substnciagelatinosa de Rolando. As lminas II e III parecem estar relacionadas com a modu-lao e integrao dos impulsos aferentes.Referncias:Bromage PR - Epidural analgesia. Philadelphia, Saunders, 1978; 46.

    03.S.25 - Resposta: CComentrio - As fibras nervosas do sistema nervoso autnomo (SNA) que secretamaceticolina so chamadas de colinrgicas e as que secretam noradrenalina, adre-nrgicas. Os neurnios pr-ganglionares do parassimptico e do simptico so coli-nrgicos, assim como todos os neurnios ps-ganglionares do parassimptico. Amaioria dos neurnios ps-ganglionares que fazem as sinapses neuroefetoras dosimptico adrenrgica, cujo neuro- transmissor a noradrenalina. Somente algu-mas fibras simpticas, para alguns vasos sangneos e para as glndulas sudorpa-ras, so colinrgicas.Referncias:Guyton AC - Tratado de fisiologia mdica. 6 Ed, Rio de Janeiro, Interamericana, 1984;617.

    03.S.26 - Resposta: AComentrio - O sistema nervoso autnomo dividido em simptico e parassimptico.O simptico tem origem toracolombar, cujas clulas esto situadas principalmente nascolunas intermdio-laterais da medula. O parassimptico tem origem crnio-sacral sen-do que as regies de origem cranial so o mesencfalo e o bulbo. A poro mesence-flica consiste de fibras originadas no ncleo de Edinger-Westphal do terceiro nervocraniano (oculomotor). A poro bulbar compreende os componentes do stimo (fa-cial), nono (glossofarngeo) e dcimo (vago) nervos cranianos.Referncias:Goodman e Gilman - As bases farmacolgicas da teraputica, 6 Ed, Rio de Janeiro,Guanabara Koogan, 1983; 52.

    03.S.27 - Resposta: CComentrio - No nervo terminal a noradrenalina pode estar localizada tanto nos de-psitos mveis citoplasmticos quanto nos depsitos intragranulares. Dos depsitoscitoplasmticos, a noradrenalina pode ir para os depsitos intragranulares (depsitode reserva) pelo mecanismo de transporte ativo. A reserpina age bloqueando estetransporte ativo, ocasionando depleo dos depsitos intragranulares de noradre-nalina.Referncias:Goodman e Gilman. The pharmacological basis of Therapeutics, 5 Ed, MacMillan, New York,1975:425

    03.S.28 - Resposta: CComentrio - As estruturas anatmicas do sistema lmbico constituem um complexointerligado de elementos enceflicos basais. Em meio a todas estas estruturas, en-contra-se o hipotlamo, considerado por muitos anatomistas uma estrutura isoladado restante do sistema lmbico; porm do ponto de vista fisiolgico um dos ele-mentos centrais deste sistema. Ao seu redor existem mltiplas estruturas subcorti-cais como: rea pr-ptica, epitlamo, ncleos anteriores do tlamo, hipocampo eamgdalas. O ncleo dentado, emboliforme, fastigial e o lobo floconodular so estru-turas cerebelares relacionadas motricidade e equilbrio; a substncia nigra umdos ncleos associados formao reticular e relacionado motricidade. O tlamoe lemnisco medial esto relacionados sensibilidade.Referncias:Guyton AC - Tratado de Fisiologia Mdica Interamericana. 5 Ed,1977: 670Houssay B - Fisiologia Humana. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 5 Ed, 1984:707

    03.S.29 - Resposta: DComentrio - O sistema lmbico constitudo por estruturas filogeneticamente anti-gas como a amgdala, o hipocampo, o frnix, a formao reticular e o hipotlamo.Est envolvido na integrao do comportamento emocional. Participa dessa integra-o tambm o crtex pr-frontal que, embora anatomicamente no faa parte dosistema lmbico, funcionalmente a ele est integrado.Referncias:Schmidt - Neurofisiologia. Ed, USP, 1979:302

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    24 Sociedade Paranaense de Anestesiologia

    NOTA DOS EDITORES

    03.S.25. Guyton AC, Textbook ofMedical Physiology, 9th Ed,

    Philadelphia, WB SaundersCompany, 1996, 769-779.

    03.S.26. Gilman AG, Goodman LS- The Pharmacological Basis of

    Therapeutics, 9a Ed, McGraw-Hill,New York, 1996:199-248.

    03.S.27. Gilman AG, Goodman LS- The Pharmacological Basis of

    Therapeutics, 9a Ed, McGraw-Hill,New York, 1996:199-248.

    03.S.28. Guyton AC, Textbook ofMedical Physiology, 9th Ed,Philadelphia, WB Saunders

    Company, 1996, 749-760.

  • 03.S.30 - Resposta: DComentrio - O nervo vago ou 10 par emerge do tronco cerebral e um nervo mis-to, sensorial-vegetativo.Referncias:Machado A - Neuroanatomia Funcional, 1979:96 - 103

    03.S.31 - Resposta: EComentrio - A experincia dolorosa modulada em nvel perifrico, segmentar(medular) e central. Em nvel perifrico, a modulao qumica pelas Prostaglandi-nas regula o limiar dos nociceptores. Em nvel segmentar, a modulao inibitria exercida pelas clulas da substncia gelatinosa (Gate control ou comporta).Estas so ativadas tanto pelo prprio sinal doloroso quanto pelo estmulo ttil e tr-mico, e por impulsos eferentes provenientes do tronco cerebral. A modulao inibi-tria central controlada por neurnios da substncia cinzenta do tegumento(PAQ).Referncias:Cremonesi E, As bases neurofisiolgicas da anestesia. Rev Bras Anestesiol, 1980,30:103-12

    03.M.01 - Resposta: EComentrio - Existem atualmente cerca de 30 substncias identificadas como neu-rotransmissores. Alm dos citados acima, podemos incluir entre outros: adrenalina,noradrenalina, dopamina, glicina, alfa e endorfinas, sub. P, etc.Referncias:Guyton A C - Fisiologia humana e mecanismos das doenas, 3 Ed, Ed Interamericana, RJ,1984; 301.

    03.M.02 - Resposta: EComentrio - A formao ou substncia reticular uma estrutura neural ampla quese localiza no tronco enceflico (mesencfalo, ponte e bulbo). Forma uma redecomplexa de neurnios. Mantm conexes inferiores com a medula e o bulbo (for-mao reticular descendente) e superiores com o tlamo, crtex cerebral e cerebelo(formao reticular ascendente). Tem mltiplas funes, entre elas, modular o tnusmuscular de forma involuntria atravs do neurnio motor gama inferior. Ativa estru-turas corticais e subcorticais, o que determina os estados de conscincia e tem fun-es consideradas vegetativas, como reflexos de respirao, de deglutio, desuco e vasomotor.Referncias:Douglas CR -Tratado de Fisiologia Aplicada s Cincias da Sade. So Paulo, Robe Editorial,1994:267-289.Machado A - Neuroanatomia Funcional, 20 Ed, So Paulo, Atheneu, 1993;195-203.

    03.M.03 - Resposta: EComentrio - Neurotransmissores so substncias que devem estar presentes nasterminaes pr-sinpticas, na sinapse e dentro dos neurnios que originam estasterminaes. Outras propriedades fundamentais incluem a sua liberao pelo nervopr-sinptico concomitante com a atividade nervosa e a produo de efeitos idnti-cos aos da estimulao nervosa em clulas alvo. Obedecendo a esta conceituao,todas as substncias acima so consideradas neurotransmissores centrais.Referncias:Bloom EF - Transmisso Neuro-Humoral e o Sistema Nervoso Central, em: Goodman-Gilman -As Bases Farmacolgicas da Teraputica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1990;161-177.Oliveira LF - Sistema Nervoso Central: Farmacologia, em: Gozzani JL e Rebuglio R - SAESPCurso de Atualizao e Reciclagem. So Paulo, Atheneu, 1991;14-35.

    03.M.04 - Resposta: EComentrio - O FSC altera-se por volta de 4% para cada 1 mmHg de alterao daPaCO2 entre 25 e 100 mmHg. Abaixo de 25 mmHg a diminuio insignificante epodem aparecer sinais de isquemia cerebral. O FSC mdio de 50 ml/100g/min evaria regionalmente na dependncia das necessidades metablicas celulares.Referncias:Miller RA - Anesthesia for Neurosurgery, em Clinical Anesthesia Procedures of theMassachusetts General Hospital, Firestone LL, Boston, Little-Brown Co, 1988; 364.Mizumoto N - Anestesia em Neurocirurgia, em Curso de Atualizao e Reciclagem 1991SAESP-TSA. Gozzani JL & Rebuglio R, Atheneu, So Paulo, 1991; 394.

    ANATOMIA, FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

    Sociedade Paranaense de Anestesiologia 25

    NOTA DOS EDITORES

    03.M.01. Guyton AC, Textbook ofMedical Physiology, 9th Ed,

    Philadelphia, WB SaundersCompany, 1996, 565-582.

    03.M.03. Blomm FE - Neurotrans-mission and the Central Nervous

    System, em: Gilman AG,Goodman LS - The

    Pharmacological Basis ofTherapeutics, 9a Ed, McGraw-Hill,

    New York, 1996:267-294.Fernandes F; Figueiredo HG -

    Anatomia, Fisiologia eFarmacologia do Sistema

    Nervoso, em: Ortenzi AV, TardelliMA - Anestesiologia SAESP. So

    Paulo, Atheneu, 1996: 37-59.

    03.M.04. Mizumoto N - Anestesiapara Neurocirurgia - Bases, em:

    Ortenzi AV, Tardelli MA -Anestesiologia SAESP. So

    Paulo, Atheneu, 1996: 533-550.

  • 03.M.05 - Resposta: BComentrio - O fluxo sangneo cerebral em indivduos normais de cerca de 50ml.100g-1.min-1; quatro vezes maior na substncia cinzenta que na branca; possuium mecanismo intrnseco que o mantm constante entre 50 e 150 mmHg de pres-so arterial mdia; e a hipercarbia, do mesmo modo que a hipoxemia, e leses ce-rebrais deterioram a auto- regulao.Referncias:Cremonesi E - Anestesia para Neurocirurgia. Em Temas de Anestesiologia, 1 Ed, So Paulo,Sarvier, 1987:333-351.Nocite JR - Fisiopatologia e Controle da Presso Intracraniana, Rev Bras Anest, 1989:39:375-380.

    03.M.06 - Resposta: EComentrio - A barreira hmato-enceflica (ou hemo-enceflica) representada poruma srie de dispositivos que dificultam a passagem de substncias do sanguepara o tecido nervoso. Os capilares do SNC respondem de forma diversa passa-gem de substncias, constituindo-se num empecilho chegada de txicos, frma-cos ou produtos da degradao do metabolismo aos neurnios. Como essaproteo no ilimitada, certas variveis fisiolgicas, tais como pH, presso osmti-ca, glicemia, temperatura e PaCO2, quando alteradas, podem possibilitar a passa-gem de substncias antes somente acessveis ao SNC de forma seletiva. Essemecanismo protetor existente em todos os vertebrados e melhora a seletividadecom a maturidade do sistema nervoso. Porm, em algumas reas especficas doencfalo bastante dbil ou mesmo inexistente, como no corpo pineal, na reapostrema, na neurohipfise e nos plexos corides.Referncias:Machado AM - Neuroanatomia Funcional, 1 Ed, Rio de Janeiro, Livraria Atheneu, 1983:73-9.Chusid JG - Neuroanatomia Correlativa & Neuroanatomia Funcional, 14 Ed, Rio de Janeiro,Guanabara-Koogan, 1972:230-40.

    03.M.07 - Resposta: AComentrio - Chama-se potencial de repouso o potencial eltrico de equilbrio, pro-porcional ao gradiente de K+ atravs da membrana. O gradiente, por sua vez, de-pende no s das concentraes intra e extracelular do K+ , mas da permeabilidadede membrana ao on. O potencial responde s variaes da condutncia ao K+ ,elevando-se medida em que a permeabilidade ao on se eleva. possvel calcu-lar-se matematicamente o potencial de repouso empregando-se a equao deNernst, que obtm valores em torno de 90 a 92 mV.Referncias:Oliveira LF - Neurofisiologia para o Anestesiologista. Rev Bras Anest, 1980; 30(1): 23-31.

    03.M.08 - Resposta: AComentrio - Cerca de 75% de todas as fibras nervosas parassimpticas esto nosnervos vagos. No entanto, outros nervos cranianos tambm conduzem fibras paras-simpticas. Entre eles temos: 1 - Oculo-motor (III par) - conduz fibras parassimpti-cas para o msculo esfncter da pupila e msculos ciliares do olho; 2 - Facial (VIIpar) - conduz fibras parassimpticas para as glndulas lacrimais e nasais; 3 - Glos-sofarngeo (IX par) - conduz fibras parassimpticas pare a glndula partida; 4 - Jo nervo ptico (II par) no conduz fibras parassimpticas.Referncias:Gilman AG, Goodman LS - As Bases Farmacolgicas da Teraputica, 7 Ed, GuanabaraKoogan, Rio de Janeiro, 1987:44.Guyton AC - Tratado da Fisiologia Mdica, 6 Ed, Interamericana, Rio da Janeiro, 1984:616.

    03.M.09 - Resposta: DComentrio - As crianas podem ter o sistema extrapiramidal liberado mediante ad-ministraes de neurolpticos (movimentos involuntrios), provavelmente por imatu-ridade nervosa. Apresentam catatonia, tremores, agitao, sensao de queda,hipertonia muscular, movimentos oculares incoordenados e irritabilidade. Deve-sepois