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PROJETO PERNAMBUCO RURAL SUSTENTÁVEL
AVALIAÇÃO SOCIAL E AMBIENTAL E MARCO DE GESTÃO
AMBIENTAL E SOCIAL – MGAS
Recife
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Tabela 1 - Valores e Fontes dos Recursos do PRS 10 Figura 2: Gráfico 1 - Taxa de analfabetismo Por Unidade da Federação
15
Figura 3: Quadro 1 - Tipo de abastecimento de água por localização e renda Pernambuco, 2009.
17
Figura 4: Quadro 2 - Número de municípios do semi-árido brasileiro
22
Figura 5: Mapa de Distribuição Espacial das Áreas em Pernambuco
22
Figura 6: Mapa de Bacias Hidrográficas de Pernambuco 23 Figura 7: Quadro 3 - Potencialidades hídricas das principais bacias hidrográficas de Pernambuco
24
Figura 8: Mapa dos Biomas Brasileiros 25 Figura 9: Tabela 2 - Unidades de Conservação Estaduais de Pernambuco.
27
Figura 10: Tabela 3 - Unidades de Conservação Federais em Pernambuco.
30
Figura 11: Tabela 4 - Políticas Estaduais Ambientais Aplicáveis ao PRS.
37
Figura 12: Arranjo Institucional Federal, Estadual e Municipal. 38 Figura 13: Quadro 4 - Políticas de Salvaguardas Aplicáveis ao PRS
40
Figura 14: Quadro 5 - Tipo de subprojeto potencialmente financiável pelo PRS
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SIGLAS E ACRÔNIMOS AA Avaliação Ambiental ADA Ato Declaratório Ambiental AIA Avaliação de Impacto Ambiental AIE Áreas de Declarado Interesse Ecológico ASD Áreas Susceptíveis à Desertificação APA Área de Proteção Ambiental BIRD Banco Internacional para a Reconstrução
e Desenvolvimento
CEMA Conferências Estaduais de Meio Ambiente
CIPOMA Companhia de Policiamento do Meio Ambiente
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente CPRH Agência Estadual de Meio Ambiente DMA Delegacia de Meio Ambiente EIA Estudo de Impacto Ambiental EPI Equipamentos de Proteção Individual FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente FUNDARPE Fundação do Patrimônio Histórico e
Artístico de Pernambuco IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade IPCC Painel Intergovernamental sobre
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Mudanças Climáticas ITR Imposto de Propriedade Territorial Rural LP Licença Prévia LI Licença de Instalação LO Licença de Operação MMA Ministério do Meio Ambiente ONG Organização Não Governamental OP Política Operacional OPF PGA
Organizações de Produtores Familiares Plano de Gestão Ambiental
PRS Pernambuco Rural Sustentável PRORURAL Programa de Desenvolvimento Rural
Sustentável de Pernambuco RIMA Relatório de Impacto sobre o Meio
Ambiente RMR Região Metropolitana do Recife RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural SARA SECTMA
Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
SEDAR Secretaria de Desenvolvimento e Articulação Regional
SFA Servidão Florestal ou Ambiental SNUC Sistema Nacional de Unidades de
Conservação
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RESUMO EXECUTIVO
O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Unidade Técnica
do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável de Pernambuco
(ProRural), coordenado pela Secretaria Executiva de Tecnologia Rural
e Programas Especiais da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária
do Estado (SARA), implementará o Projeto Pernambuco Rural
Sustentável (PRS), a ser financiado pelo Acordo de Empréstimo entre
o Governo do Estado e o Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD).
A estratégia para o desenvolvimento sustentável adotada pelo Estado
de Pernambuco contempla ações estruturadoras para garantir a
integração econômica dos arranjos produtivos legais, revitalizando
atividades tradicionais, investimento na infraestrutura, identificando
novas vocações e estimulando o empreendedorismo, visando à
interiorização do desenvolvimento.
Com o propósito de fortalecer as cadeias produtivas e a atuação da
agricultura familiar, o Estado vem facilitando a estruturação de redes
de integração produtiva. O PRS, alinhado à estratégia governamental
se insere nas ações de apoio aos produtores familiares com as
seguintes linhas de atuação: fortalecer as organizações sociais,
interiorização do desenvolvimento e inclusão socioeconômica,
fortalecimento dos arranjos produtivos locais e ampliação do acesso à
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água e esgotamento sanitário.
Entre os componentes estratégicos do PRS estão a abordagem
territorial, o associativismo, a inovação de cadeias produtivas, a
equidade, escritórios regionalizados e qualificação dos subprojetos. E
o arranjo institucional do PRS envolverá Organizações de Produtores
de Base Familiar (OPFs), Conselhos Municipais de Desenvolvimento
Rural (CMDRs), Fóruns Territoriais, Unidades Gestoras Territoriais
(UGTs), Unidade Técnica ProRural (UNITEC/ ProRural), Secretaria
de Agricultura e Reforma Agrária (SARA) e parceiros.
As políticas de salvaguardas ambientais e sociais exigidas pelo BIRD
serão contempladas pelo Marco de Gestão Ambiental e Social, além
do Marco de Povos Indígenas e Marco de Reassentamento
Involuntário. Os quais terão papel importantíssimo para o PRS.
O presente documento apresenta o panorama ambiental de
Pernambuco com destaque para a caracterização da região semiárida,
a potencialidade hídrica do Estado e localiza as unidades de
conservação federais e estaduais, objetivando identificar os limites
para implementação de subprojetos.
Trata, ainda, da legislação ambiental e das salvaguardas ambientais
aplicáveis ao PRS e que serão consideradas nas etapas de implantação
dos subprojetos.
Ressalta-se que o marco indígena será registrado em documento
específico e independente, ainda que complementar ao presente Marco
de Gestão.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ..............................................................................9 1 O PROJETO PERNAMBUCO RURAL SUSTENTÁVEL
(PRS)..............................................................................................10 1.1 Elementos Estratégicos do PRS ............................................... 12 1.2 Componentes do PRS .............................................................. 14 1.3 Arranjos Institucionais do PRS ................................................ 16 1.4 Arranjo Institucional para a Gestão Ambiental......................... 18
2 CONTEXTO SOCIAL DO PRS .....................................................19 2.1 Educação.................................................................................. 19 2.2 Esgotamento Sanitário ............................................................. 21 2.3 Abastecimento de Água ........................................................... 21 2.4 Eletrificação Rural ................................................................... 25 2.5 Agricultura familiar.................................................................. 25 2.6 Políticas públicas para a agricultura familiar............................ 27 2.7 Povos Indígenas ....................................................................... 28 2.8 Comunidades Quilombolas ...................................................... 29
3 CONTEXTO AMBIENTAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO............................................................................30 3.1 Biomas e Unidades de Conservação ........................................ 35
3.1.1 Unidades de Conservação .................................................. 37 3.1.2 Reserva da Biosfera da Mata Atlântica............................... 46
4 MARCO LEGAL: AMBIENTAL E SOCIAL................................46 4.1 Licenciamento Ambiental ........................................................ 47 4.2 Recursos Hídricos .................................................................... 49 4.3 Áreas Protegidas ...................................................................... 51 4.4 Manejo de Pragas Agrícolas..................................................... 53 4.5 Patrimônio Natural e Cultural .................................................. 54 4.6 Educação Ambiental ................................................................ 56 4.7 Legislação Estadual ................................................................. 57 4.8 Licenciamento ambiental ......................................................... 60
5 SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL................................62 5.1 Avaliação Ambiental ................................................................ 63
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5.2 Habitats naturais ...................................................................... 63 5.3 Florestas................................................................................... 64 5.4 Controle de Pragas e Parasitas ................................................. 65 5.5 Povos Indígenas ....................................................................... 67 5.6 Reassentamento Involuntário ................................................... 67 5.7 Patrimônio Cultural Físico ....................................................... 68 5.8 Segurança de Barragens ........................................................... 68 5.9 Águas internacionais................................................................ 68 5.10 Áreas de litígio....................................................................... 68
6 DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS DO PRS ....................................69 6.1 Fluxo de Subprojetos ............................................................... 69 6.2 Subprojetos com Enfoque Ambiental....................................... 73 6.3 Monitoramento e Avaliação ..................................................... 73
7 POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS A SUBPROJETOS E MEDIDAS PREVENTIVAS E/OU MITIGADORAS............................................................................74 7.1 Subprojetos e atividades não elegíveis ................................... 101
8 CONSULTA PÚBLICA...............................................................102 BIBLIOGRAFIA .............................................................................105 ANEXO A .......................................................................................108 ANEXO B .......................................................................................111
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APRESENTAÇÃO
Este Marco de Gestão Ambiental e Social (MGAS), datado de
Maio de 2011, tem como objetivo apresentar diretrizes e estratégias
ambientais relacionadas ao PRS. E será consolidado através da
incorporação de procedimentos e instrumentos de atuação no Manual
de Operações.
As diretrizes previstas neste MGAS deverão ser adotadas como
uma das etapas do Escopo da Avaliação Ambiental e atualizadas de
acordo com os avanços anuais do PRS, em virtude das demandas das
comunidades.
As questões ambientais precisam estar em harmonia com o
desenvolvimento global, porém com um olhar local, e para isso é
necessário que pesquisadores, dirigentes, produtores e consumidores
sejam envolvidos em trabalhos de sensibilização e proteção ambiental,
podendo, assim, permear a sociedade ao estabelecer a ideia de
desenvolvimento sustentável de maneira social, econômica e
ambiental. Para o desenvolvimento deste Marco foram consideradas as
sugestões identificadas através de consultas públicas realizadas no
período de abril a junho de 2010, durante os 08 Encontros Regionais
dos 180 Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural1.
Ressalta-se que o Marco dos Povos Indígenas será registrado em
documento específico e independente, ainda que complementar ao 1Arquivo da Supervisão de Articulação Local/ Unitec/ProRural
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presente Marco de Gestão.
Este documento está disponível em sua versão eletrônica no site
da SARA: www.sara.pe.gov.br e do ProRural:
www.prorural.pe.gov.br
1 O PROJETO PERNAMBUCO RURAL SUSTENTÁVEL (PRS)
O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Unidade
Técnica do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável de
Pernambuco (ProRural), coordenado pela Secretaria Executiva de
Tecnologia Rural e Programas Especiais da Secretaria de Agricultura e
Reforma Agrária do Estado (SARA), implementará o Projeto
Pernambuco Rural Sustentável (PRS), a ser financiado pelo Acordo de
Empréstimo entre o Governo do Estado e o Banco Internacional de
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).
Objetivo de Desenvolvimento do PRS: O projeto proposto visa
dar suporte ao Marco de Gestão de Resultados no território do
Mutuário (Todos por Pernambuco) através: (i) da promoção de
iniciativas de negócios rurais, e (ii) ampliação do acesso à saneamento
rural e outras infraestruturas complementares.
Os Beneficiários: Os beneficiários do PRS serão os Produtores
Rurais de Base Familiar2, formalmente constituídas (OPFs). Para
promover Empreendimentos Associativos (Componente 1), se estima
2 Produtores de atividades agrícolas e não agrícolas.
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a implantação de 300 subprojetos, contemplando cerca de 10.500
produtores familiares. Para as ações de Infraestrutura Básica
(Componente 2), estima-se aproximadamente 400 subprojetos,
beneficiando em torno de 25.000 (vinte cinco mil) famílias rurais.
Financiamento: O PRS tem um custo total estimado em US$
135,25 milhões. Desse total, prevê-se: (a) um empréstimo do Banco
Mundial no valor de US$100,0 milhões; (b) uma contrapartida do
Estado de Pernambuco no valor de US$ 24,45 milhões; e (c)
contrapartidas financeiras dos demais parceiros (instituições
financeiras, OPFs, Ministérios, iniciativa privada). A tabela 1 (a
seguir) apresenta o detalhe de custos por fonte e componente.
Figura 1: Tabela 1 - Valores e Fontes dos Recursos do PRS
Fonte
(US$ milhões)
Discriminação
Valor
(US$
mil)
(%) do
custo
total Banco
Mundial
Gover
no do
Estado
OPFs
Componente 1:
Empreendimentos
Associativos
63,000 47 48,0 9,0 6,0
Componente 2:
Infraestrutura 49,500 36 37,5 7,2 4,8
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Rural Básica
Componente 3:
Gestão do Projeto 22,750 17 14,5 8,25 -
TOTAL 135,25 100 100 24,45 10,8
% 100 74 18 8
Nota: *Valores indicativos: não incluem todos os outros parceiros
financeiros a serem identificados durante a implementação do PRS.
1.1 Elementos Estratégicos do PRS
Abordagem Territorial: O planejamento participativo nos
territórios, nos CMDRs, nas redes das cadeias produtivas, fundamenta
as ações previstas no PRS, dinamiza e articula os vários programas
federais (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e outros),
estaduais (Terra Pronta, Seguro Safra, Irrigação Comunitária,
Pernambuco Terra Legal e outros), e iniciativas do setor privado e das
Organizações Não Governamentais, todos visando a inclusão sócio-
econômica dos produtores rurais.
Associativismo: O produtor familiar, atuando isoladamente,
dificilmente consegue a sua inserção efetiva no mercado. O esforço
coletivo pelas OPFs pode melhorar as negociações nos mercados
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dominados por intermediários. A sequência de projetos de redução da
pobreza rural, financiados com recursos do BIRD, facilitou a
formação de mais de 5.000 associações comunitárias, nas quais a
agricultura familiar prevalece.
Inovação: (a) promove a adoção de práticas ambientalmente
sustentáveis, recuperação de nascentes e ações integradas com o uso
de tecnologias para a convivência com o semiárido, a mitigação dos
efeitos da desertificação e das mudanças climáticas, e a minimização
dos riscos associados aos desastres naturais; e (b) proporciona, na
cadeia produtiva, “inteligência comercial” e reduz o risco individual
ao socializá-lo entre os demais atores da cadeia.
Educação contextualizada: Os produtores familiares e outros
segmentos da população (jovens, quilombolas, indígenas) precisam de
oportunidades de aprendizagem que considerem a realidade em que
estão inseridos, aliando a produção do conhecimento com a prática, no
intuito de fomentar “uma cultura empreendedora”, buscando a
inserção no mercado competitivo.
Equidade: O PRS promoverá opções de inserção no mercado
tipo “ganha-ganha” para os participantes das cadeias produtivas,
aprimorando os APLs.
Escritórios regionalizados: Implantação de mais quatro Unidades
Gestoras Territoriais (UGTs) com o objetivo de ampliar a
descentralização e facilitar o acesso dos beneficiários ao PRS,
contemplando um escritório com equipe multiprofissional por Região
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de Desenvolvimento, distribuídos nas seguintes regiões: Mata Norte
(Nazaré da Mata); Sertão de Itaparica (Petrolândia); Sertão do Pajeú
(Afogados da Ingazeira); e Sertão do Araripe (Ouricuri). Atualmente,
existem 08 UGTs, localizadas nos municípios de Petrolina, Salgueiro,
Arcoverde, Garanhuns, Limoeiro, Palmares e Região Metropolitana.
Qualificação técnica: Na elaboração dos planos territoriais e os
seus investimentos respectivos deverá se buscar alternativas que os
qualifiquem e minimizem os riscos do seu insucesso, a exemplo de:
contratação de empresas especializadas por meio de processo seletivo.
1.2 Componentes do PRS
Componente 1: Empreendimentos Associativos – são iniciativas
voltadas para melhorar a produtividade e a competitividade dos
produtores familiares. As demandas dessas ações serão apresentadas
pelas OPFs, as quais poderão, quando necessário, solicitar assessoria
técnica, gerencial e comercial financiada pelo Projeto. As ações desse
componente poderão envolver mais de uma OPF. As ações produtivas
terão dois enfoques, conforme o nível de gestão demonstrado pelas
OPFs.
i. Para as OPFs com capacidade produtiva identificada, o PRS dará
prioridade às cadeias produtivas priorizadas pelo Estado de
Pernambuco, as quais são: (a) Caprinovinocultura; (b)
Apicultura; (c) Bovinocultura de Leite; (d) Fruticultura; (e)
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Aquacultura; (f) Artesanato; e (g) Confecção/ têxtil. Não
obstante, outras cadeias produtivas que demonstrem uma
demanda de mercado, poderão ser propostas pelas organizações
de produtores.
ii. Nos casos de OPFs que queiram iniciar um empreendimento ou
cuja produtividade, ainda, não permita uma inserção competitiva
no mercado, o PRS poderá, inclusive, apoiar a incubação de
empreendimentos e de ações complementares de outros
parceiros, a exemplo do apoio à produção agroecológica, com
vistas à adoção de práticas voltadas para melhorias na
produtividade e gestão dessas OPFs.
Componente 2: Infraestrutura Rural Básica – São ações voltadas
para: (i) redução da vulnerabilidade social, cultural e ambiental do
público rural; e (ii) para fins produtivos e competitivos no contexto
das cadeias produtivas, complementar aos empreendimentos
associativos do Componente 1. Os investimentos em infraestrutura
básica relacionam-se às seguintes dimensões:
• Saneamento Rural: implantação de sistemas de abastecimento de
água, de caráter estratégico, (incluindo cisternas) e esgotamento
sanitário (incluindo fossas sépticas), na busca do alcance da
universalização desses acessos no âmbito rural, e também o
suprimento para os usos inerentes às atividades econômicas
(irrigação, piscicultura, indústria etc).
• Logística de Apoio: voltada para, entre outros benefícios, reduzir
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e/ou eliminar os gargalos de trafegabilidade nas cadeias
produtivas, por exemplo, passagem molhada, pequenas pontes,
reforma de estradas vicinais.
• Gestão: ações de capacitação e assessoria voltadas ao
fortalecimento da gestão dos sistemas de saneamento rural,
considerando: (i) a participação comunitária; (ii) a promoção de
parcerias; e (iii) melhorias na operação e manutenção com vistas
à sustentabilidade.
Componente 3: Gestão do PRS – são ações para o gerenciamento e
implementação do Pernambuco Rural Sustentável pelo ProRural que
inclui as Unidades Gestoras Territoriais UGTs: (i) capacitação e
assessoria técnica (Consultorias, Estudos, Plano de Capacitação); (ii) a
administração do PRS e expansão das UGTs (Plano de Aquisições e
Plano de Comunicação); e (iii) Supervisão, Monitoramento e
Avaliação, incluindo a atualização do Sistema de Gestão do ProRural
(ou seja, o MIS).
1.3 Arranjos Institucionais do PRS
Organizações de Produtores Rurais de Base Familiar (OPFs) –
respondem prioritariamente pela execução e/ou acompanhamento dos
investimentos a serem financiados pelo PRS.
Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDRs) –
articulam, negociam, priorizam e integram as ações a serem
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financiadas no PRS e realizam o controle social das políticas públicas.
Fóruns Territoriais - negociam e priorizam as propostas no
âmbito territorial. Os representantes das OPFs, CMDRs, redes de
cadeias produtivas, as prefeituras e demais órgãos do Estado
apresentarão, nos respectivos fóruns, propostas que deverão estar em
consonância com os Planos Territoriais, incluindo cadeias produtivas.
Unidades Gestoras Territoriais (UGT) – são formadas por
equipes multiprofissionais, vinculadas ao ProRural com o papel de:
articular, mobilizar, analisar as propostas com enfoque social,
ambiental e técnico, acompanhar e assessorar as OPFs, inclusive, na
implementação dos subprojetos, os CMDRs, fóruns e demais
parceiros.
ProRural – programa coordenado pela Secretaria Executiva de
Tecnologia Rural e Programas Especiais (SETRUP) da SARA,
gerencia e executa políticas públicas para o meio rural, entre elas o
PRS; celebra convênios e repassa recursos para as OPFs; planeja,
supervisiona e monitora as ações e os investimentos do PRS.
Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA) – planeja,
promove e executa a política agrícola do Estado de Pernambuco,
através das suas Secretarias Executivas e demais órgãos.
Parceiros – são instituições governamentais, não
governamentais, financeiras, de ensino e pesquisa, consórcios
municipais, empresas privadas, mobilizados em torno do processo de
articulação territorial das políticas de desenvolvimento rural
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sustentável, partindo do princípio da interação entre governo, o setor
privado e a sociedade civil.
Capacitação e Assistência Técnica (Plano de Capacitação) - visa
elevar o nível técnico dos participantes do PRS para torná-los mais
competitivos, através do acesso a novos conhecimentos, tecnologias e
metodologias diversificadas, com foco na melhoria das cadeias
produtivas. O Plano de Capacitação realizará atividades específicas
para o Componente 1 (Empreendimentos Associativos) e o
Componente 2 (Infraestrutura Básica) através da: (a) construção e/ou
fortalecimento de parcerias no âmbito governamental e não
governamental; (b) metodologia participativa; (c) promoção de
intercâmbios; (d) transversalidade de algumas abordagens; e (e)
fortalecimento de rede de cooperação e inovação com participação
governamental e não governamental. Especial atenção será dada à
formação dos povos indígenas, comunidades quilombolas, jovens e
mulheres.
1.4 Arranjo Institucional para a Gestão Ambiental
O arranjo institucional para a gestão ambiental será o mesmo
arranjo do PRS. A responsabilidade pelas avaliações ambientais e
sociais dos subprojetos a serem financiados no âmbito do PRS será da
equipe da Supervisão de Análise da Gerência de Operações da Unitec/
ProRural, que inclui um especialista em meio ambiente, técnicos
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sociais e técnicos de campo das UGTs.
As OPFs e os CMDRs serão capacitados em relação às diretrizes
ambientais do PRS que deverão ser observadas no momento da
priorização das propostas de subprojetos.
2 CONTEXTO SOCIAL DO PRS
Em 2010, de acordo com o Censo do IBGE, a população
pernambucana total era de 8.541.250 habitantes, sendo que a
população rural chegava a 1.746.164 habitantes (20,4%). O PRS tem
como principal público os agricultores familiares organizados de
forma associativa.
A seguir, são apresentados alguns aspectos relacionados às
condições de vida da população pernambucana, principalmente
aqueles que poderão ser objeto de intervenção do PRS.
2.1 Educação
Em Pernambuco, a proporção de analfabetos na faixa etária de
15 anos ou mais diminuiu de 21%, em 2004, para 18%, em 2009.
Apesar do avanço, encontra-se entre os dez Estados com maior índice
de analfabetos, como demonstra o gráfico a seguir:
Figura 2: Gráfico 1 - Taxa de analfabetismo Por Unidade da Federação
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Conforme PNAD de 2009, em Pernambuco, a população
analfabeta do sexo feminino representa 54,8% do total de analfabetos
de 15 anos e a população analfabeta do sexo masculino representa
45,2% do total da população analfabeta de 15 anos e mais. Em
números absolutos os analfabetos masculinos atingem
aproximadamente 571.000, enquanto a população feminina atinge o
total de 693.000. Nas áreas rurais, a população total de 15 anos e mais
analfabeta é de aproximadamente 464.000 pessoas, sendo 253.000 do
sexo masculino e 211.000 do sexo feminino. Outros aspectos que
merecem destaque e interferem no bem-estar social são: (i) acesso ao
esgotamento sanitário, (ii) água, (iii) energia e (iv) distribuição de
renda.
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2.2 Esgotamento Sanitário
Em relação ao esgotamento sanitário, principalmente o rural,3 “a
falta de soluções adequadas para a coleta e o baixo índice de
tratamento dos esgotos domésticos são os principais responsáveis pela
poluição dos recursos hídricos no Brasil [...]”.4 Essa ausência
representa uma ameaça tanto à saúde da população, principalmente
das crianças, devido a doenças de veiculação hídrica, quanto à
qualidade dos recursos naturais e do meio ambiente.
Na área rural, a maioria da população possui condições
inadequadas, a proporção é de 23% dos moradores atendidos com
saneamento adequado. Em Pernambuco, o sistema de esgotamento
sanitário contempla apenas 21 municípios do total de 185,
representando 11% do Estado. De acordo com dados de 2008, 59% da
população urbana e, apenas 6% da população rural eram atendidas
pelo sistema de esgotamento sanitário, sendo que as áreas urbanas são
providas de rede geral ou fossa séptica, enquanto a área rural o
sistema mais utilizado é o de fossa séptica.
2.3 Abastecimento de Água
A exemplo do que acontece no caso do saneamento, também
3 As informações sobre saneamento foram coletadas no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -
PNUD. www.pnud.org.br 4 Relatório Nacional de Acompanhamento dos objetivos de Desenvolvimento do Milênio apud PNUD.
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identificam-se as dificuldades de acesso a água de qualidade. Em
2007, 91% dos moradores em cidades brasileiras possuíam água
canalizada de rede geral. Porém, existem desigualdades regionais e
sociais.
O tipo de abastecimento de água, segundo a situação do
domicílio e as classes de rendimento mensal domiciliar, revela que a
área rural pernambucana encontra-se em desvantagem em comparação
com a área urbana, assim como o rendimento torna-se uma variável na
disparidade quanto ao acesso à água com canalização interna,
conforme quadro a seguir:
Figura 3: Quadro 1 - Tipo de abastecimento de água por localização e
renda Pernambuco, 2009
Situação do
domicílio / Classes de rendimento
mensal domiciliar
Total (Mil unidades)
Com canalizaçã
o intern
a (Mil unidades)
Com canalização intern
a - rede geral (Mil unidades)
Com canalização
interna - outra forma (Mil
unidades)
Sem canalização
interna (Mil
unidades)
Sem canalização
interna - rede geral (Mil
unidades)
Sem canaliza
ção interna -
outra forma (Mil
unidades)
URBANA / Total 2.039 1.933 1.820 113 106 32 74 Até 1 salário mínimo 429 382 365 17 48 14 34 Mais de 1 a 2 salário mínimos 621 582 559 23 39 13 25
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Mais de 2 a 3 salários mínimos 346 335 316 18 11 3 8 Mais de 3 a 5 salários mínimos 289 285 271 14 4 1 3 Mais de 5 a 10 salários mínimos 169 167 156 12 1 - 1 Mais de 10 a 20 salários mínimos 69 69 56 13 - - - Mais de 20 salários mínimos 30 30 23 7 - - - Sem rendimento 33 31 29 2 2 - 2 Sem declaração 53 51 45 7 1 - 1 RURAL / Total 532 237 122 115 296 19 277 Até 1 salário mínimo 205 80 43 36 126 6 120 Mais de 1 a 2 salário mínimos 169 83 49 34 85 7 79 Mais de 2 a 3 salários mínimos 77 38 14 23 39 1 39 Mais de 3 41 16 7 9 25 2 23
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a 5 salários mínimos Mais de 5 a 10 salários mínimos 11 9 4 5 2 - 2 Mais de 10 a 20 salários mínimos 1 1 - 1 - - - Sem rendimento 6 3 3 - 3 - 3 Sem declaração 23 7 1 6 15 3 12 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Nota: 1 - A categoria Sem rendimento inclui as pessoas de referência
que receberam somente em benefícios.
2 - Os dados foram ponderados pelo peso definido pela Contagem
da População de 2007.
O armazenamento e o reaproveitamento da água de chuva podem
contribuir na disponibilidade hídrica para as famílias das áreas rurais
do semiárido nordestino. A estratégia é considerada de baixo custo e
assegura o abastecimento para o consumo humano durante o período
de estiagem. “As cisternas certamente cumprem um papel muito
importante no semi-árido brasileiro, garantindo um mínimo de água
potável para beber e cozinhar, às famílias que antes dependiam de
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fontes de água não seguras, e muitas vezes distantes do domicílio”.5
O acesso à água permite melhorar as condições básicas de
higiene e saúde, reduz os índices de mortalidade infantil ocasionadas
pelas doenças infecto-contagiosas e parasitárias e proporciona às
pessoas tempo para que desenvolvam atividades produtivas.
Outro fator importante que o acesso à água promove é a
igualdade nas relações de gênero, pois normalmente são as mulheres
as responsáveis pelo fornecimento de água à família. A atividade de
buscar água, muitas vezes em longas distâncias, impede a mulher de
dedicar-se a outras atividades (lazer, estudos, serviços remunerados).6
2.4 Eletrificação Rural
Quanto ao fornecimento de energia elétrica na área rural, 99% da
população rural possui eletrificação, de acordo com informações do
Programa “Luz para Todos”.
2.5 Agricultura familiar7
A participação da agricultura familiar em Pernambuco alcança
em média 70% do PIB rural, com aproximadamente 276.000
estabelecimentos que ocupam cerca de três milhões de hectares. A 5 Raquel Tsukada apud Frederico Rosas. Cisternas podem ajudar a atingir objetivos do milênio. Disponível em:
<www.pnud.org.br>. 6 Marcelo Osakabe. Acesso a água alivia carga de trabalho das mulheres. Disponível em: <www.pnud.org.br>. 7 O Conceito de Agricultura familiar utilizado neste Projeto é o que se refere na Lei nº 11.326, de 24 de julho de
2006.
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movimentação anual da agricultura familiar no Estado gira em torno
de R$ 2,0 bilhões, com 7,8 milhões de pessoas ocupadas, das quais
menos de 1% tem qualificação profissional. Aproximadamente
127.000 agricultores familiares de Pernambuco (46%) possuem outra
renda além das atividades agrícolas e cerca de 63.000 (23%) recebem
renda através de programas de assistência pública, embora a
agricultura familiar ainda seja responsável pela maioria das ocupações
se comparada com outros vínculos ocupacionais. Em Pernambuco, o
número de imóveis rurais ocupados por agricultores familiares sem o
título da terra atinge o índice médio de 60%, conforme dados do
ITERPE (Instituto de Terra de Pernambuco).
No que se refere à produção da agricultura familiar em
Pernambuco, destacam-se como mais representativas: arroz em casca,
feijão, mandioca, milho em grão, café, bovino de leite, caprino, aves e
suínos. Embora prevaleçam esses cultivos tradicionais, o Governo do
Estado através do ProRural vem financiando novas atividades, tais
como: apicultura, piscicultura, hortaliças e fruticultura.
Com o propósito de fortalecer as cadeias produtivas e a atuação
da agricultura familiar, o Estado vem facilitando a estruturação de
redes de integração produtiva. A atuação do Estado para fortalecer os
arranjos produtivos locais encontra-se na instalação de redes, centros
tecnológicos e assistência técnica, no intuito de incentivar a
agricultura familiar em ações produtivas e no seu acesso a insumos. O
Pernambuco Rural Sustentável, alinhado à estratégia governamental,
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se insere nas ações de apoio aos produtores familiares. Podendo assim
fortalecer algumas ameaças que tornam a agricultura familiar
pernambucana menos competitiva. Eles precisam vencer as condições
climáticas adversas e variabilidade (degradação ambiental,
desertificação, comprometimento das nascentes), escassez dos
recursos hídricos para consumo humano e para produção, certificados
de qualidade dos produtos, baixo acesso ao mercado e dificuldade de
acesso ao financiamento, entre outras ameaças, atreladas também
fraquezas como a baixa escolaridade, o pouco conhecimento do
mercado, dificuldades em atender as exigências sanitárias e
ambientais e baixa tecnologia.
2.6 Políticas públicas para a agricultura familiar
Identifica-se mais de 30 (trinta) programas e projetos com a
finalidade de apoiar a produção de base familiar no Estado de
Pernambuco. Para efeito de análise destacam-se:
a) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF): linhas de financiamentos para inversões fixas e
circulantes através de agentes financeiros, como: o Banco do Brasil
(BB) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para possibilitar a
agricultura familiar se tornar mais competitiva.
b) Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): tem como
objetivo a comercialização, com preço justo, de significativa parcela
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dos produtos oriundos da agricultura familiar, através das compras
governamentais, possibilitando a geração de renda e ganhos sociais.
c) Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): A
“Lei n° 11.947/2009 determina a utilização de, no mínimo, 30% dos
recursos repassados pelo FNDE para alimentação escolar, na compra
de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural
ou de suas organizações, priorizando os assentamentos de reforma
agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades
quilombolas (de acordo com o Artigo 14)” 8.
2.7 Povos Indígenas
No Estado de Pernambuco, existem 11 etnias com o total
aproximado de 35.176 mil indígenas, ocupando um território de,
aproximadamente, 179.263 hectares (considerando os territórios em
processo de identificação e homologação), localizados em 16
municípios, distribuídas em 6 Regiões de Desenvolvimento. Os povos
indígenas vivem, em geral, da agricultura de base familiar e, em
menor escala, do extrativismo e do artesanato.
As principais dificuldades enfrentadas por esses povos indígenas
estão relacionadas à escassez de água, existência de posseiros nos
Territórios, entrave no processo de demarcação das terras; técnicas
agrícolas desapropriadas ao cultivo, causando desgaste do solo;
8 De acordo com: http://www.mda.gov.br/portal/saf/programas/alimentacaoescolar.
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dificuldade de acesso ao crédito; dificuldade de compra de sementes e
insumos; uso de defensivos e insumos agrícolas causando salinização
do solo; insuficiente assistência técnica; carência de infraestrutura;
precariedade na logística para beneficiamento e comercialização da
produção agrícola, criando espaços para atravessadores; localização de
algumas etnias na região denominada“ polígono da maconha”; e
êxodo dos jovens;e baixa escolaridade. Para maiores detalhes,
consultar o Marco dos Povos Indígenas9, documento específico e
complementar ao presente Marco.
2.8 Comunidades Quilombolas
Há em Pernambuco aproximadamente 120 comunidades
quilombolas, das quais 101 são certificadas pela Fundação Palmares.
A Região Nordeste, ocupa o 3º lugar com maior número de
comunidades quilombolas e o 5º lugar no Brasil10. Do total de terras
quilombolas reconhecidas no país, 8% estão em Pernambuco. Apenas
duas comunidades quilombolas possuem titulação definitiva das
terras. No que se refere à Educação, em 2007 havia 8.695 matrículas
em um total de 46 escolas, com 337 docentes.
Da mesma forma que os povos indígenas, os quilombolas
apresentam carência de infraestrutura, dificuldade de acesso à água, 9 Ver o documento Marco dos Povos Indígenas/Unitec/ProRural/2011 10 http://www.palmares.gov.br
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baixa escolaridade, vivem, em geral, da agricultura de base familiar e
da criação de pequenos animais. O ProRural, atualmente, atende 50
comunidades quilombolas, com recursos provenientes do Acordo de
Doação do Japan Social Developement Fund, através de
financiamento de subprojetos, promoção de capacitação para o
fortalecimento da gestão das associações e construção de centros de
multiuso com equipamentos de informática, com vistas à inclusão
digital.
Através do Programa Brasil Quilombola, com recursos da
FUNASA/PAC o ProRural atenderá 1.197 famílias quilombolas, com
subprojetos para a melhoria das condições sanitárias e de
abastecimento d'água, por meio de sistemas simplificados e de
construção de cisternas.
3 CONTEXTO AMBIENTAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Em Pernambuco, 122 municípios estão localizados na região do
semiárido, os quais se encontram na abrangência do PRS, o que
corresponde a uma área territorial de 86.710 km2 , representando 88,20
% da superfície do estado.
O semiárido é caracterizado pela deficiência e/ou irregularidade
de chuvas, fazendo com que a evaporação seja superior à precipitação,
sendo comum a ocorrência de secas periódicas. O quadro a seguir
retrata a delimitação do semiárido nordestino.
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Figura 4: Quadro 2 - Número de municípios do semi-árido brasileiro
Dessa forma, em relação ao clima, mais de 80% do território do
estado encontra-se em climas do tipo semi-árido e subúmido seco, o
que torna o território mais vulnerável às variabilidades e mudanças
climáticas, bem como aos processos de desertificação. No mapa 1
pode-se identificar a distribuição das áreas em Pernambuco.
Figura 5: Mapa de Distribuição Espacial das Áreas em
Pernambuco
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Fonte: Mapa das Regiões de Desenvolvimento (RDs) de Pernambuco,
adaptado por Felipe Aguiar.
Quanto à disponibilidade hídrica, devem ser considerados dois
aspectos: a escassez econômica ou política, que ocorre devido à falta
de investimento ou de políticas públicas e é caracterizada por pouca
infraestrutura e distribuição desigual de água; e a escassez física, que
ocorre quando os recursos hídricos não conseguem atender à demanda
da população. As regiões áridas e semiáridas são aquelas mais
associadas à escassez física de água.
O déficit hídrico em Pernambuco deve-se principalmente aos
seguintes fatores:
a) elevado potencial de perda de água por evapotranspiração11, que
chega a 2.500 mm ao ano;
b) ausência de rios perenes que garantam a qualidade e quantidade de
11 Evapotranspiração é a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração.
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água suficiente para a subsistência da população local;
c) baixo nível de aproveitamento das águas das chuvas, e a evaporação
nos grandes açudes que, acumulando água em amplos e espaçosos
reservatórios, formam grandes espelhos de fácil e rápida evaporação.
O mapa 2 apresenta a divisão hidrográfica do Estado,
verificando-se que as grandes bacias hidrográficas de Pernambuco
dividem-se principalmente em dois grupos: as que escoam para o Rio
São Francisco (que representam mais de 70% da área do Estado:
Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó e Ipanema) e as
que escoam para o Oceano Atlântico (Goiana, Capibaribe, Ipojuca,
Sirinhaém, Una e Mundaú).
Figura 6: Mapa de Bacias Hidrográficas de Pernambuco
Fonte: SRH-PE, 2008.
As bacias hidrográficas localizadas no Sertão e no Agreste
apresentam os valores mais baixos de vazões médias anuais, refletindo
os baixos índices pluviométricos da região e a irregularidade do
regime de chuvas, que ocasionam a intermitência dos cursos d'água.
Enquanto, nas bacias que escoam para o litoral verificam-se os
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maiores valores de potencialidades hídricas, conforme quadro a
seguir:
Figura 7: Quadro 3 - Potencialidades hídricas das principais bacias
hidrográficas de
Pernambuco
Em decorrência da diversidade de ambientes, dos processos
econômicos, sociais e históricos o semiárido nordestino possui
diversas configurações, onde estão presentes desde os sistemas de
agricultura itinerante, associados aos cultivos alimentícios básicos e a
exploração pastoril e madeireira, aos sistemas empresariais altamente
tecnificados e articulados aos mercados. Essa realidade provoca a
necessidade de estratégias diferenciadas de uso da água e do solo,
incentivando as práticas florestais, silvopastoris e agroflorestais.
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Na convivência com o semi-árido parte-se do princípio que é
possível viver bem e com qualidade de vida mesmo diante das
adversidades, basta que se desenvolvam culturas de convivência
adequadas ao ambiente natural.
3.1 Biomas e Unidades de Conservação
Segundo Hassler (2005), o Brasil é o detentor da maior
diversidade biológica do planeta, contando com, pelo menos, 10 a
20% do número total de espécies mundiais, distribuídas em sete
biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Zona Costeira e Marinha, Campus
Sulinos, Caatinga, Cerrado e Pantanal.
O Estado de Pernambuco possui três biomas importantes: a
Caatinga, a Mata Atlântica e a Zona Costeira e Marítima (LEAL et al.,
2005), conforme Mapa 3. A Caatinga se encontra no ranking dos
ecossistemas mais degradados do Brasil, apesar de ser constituído por
um mosaico de arbustos espinhosos e de florestas sazonalmente secas,
com mais de 2.000 espécies de plantas, peixes, répteis, anfíbios, aves e
mamíferos, com endemismo que varia entre 7% e 57%. Em
decorrência do uso inadequado do solo, responsável por sérios danos
ambientais, tem sido registrado um aceleramento da desertificação
que, em 2005, ameaçava 15% da região e, consequentemente, sua
biodiversidade: 28 espécies se encontram, nacional ou globalmente,
ameaçadas de extinção.
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A Mata Atlântica, que também se encontra bastante devastada,
ainda abriga mais de 8.000 espécies de plantas vasculares, anfíbios,
répteis, aves e mamíferos (TABARELLI et al., 2005). Sua
importância, entretanto, vai além da rica biodiversidade, abrangendo a
proteção dos solos, de mananciais de água potável e da exuberância
paisagística. Segundo Tabarelli et al. (2005), este bioma encontra-se
muito fragmentado e as ameaças a ele ainda persistem, com a contínua
expansão das fronteiras agrícolas, áreas residenciais, assentamentos,
extrativismo (corte de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de
produtos vegetais) e invasão por espécies exóticas, além da caça a
animais silvestres.
A Zona Costeira e Marítima, com os seus diversos ecossistemas
associados – mangues, restingas, praias, costões, recifes de corais,
dentre outros – também abriga inúmeras espécies da flora e da fauna
brasileira. Sua degradação advém da crescente exploração dos
recursos marinhos sem o devido cuidado, assim como da especulação
imobiliária, do incremento turístico e da urbanização desordenada, que
podem acarretar o rompimento do equilíbrio ecológico, com
consequente prejuízo para a qualidade de vida (FREITAS, 2004).
Figura 8: Mapa dos Biomas Brasileiros
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3.1.1 Unidades de Conservação
A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (BRASIL, 2000),
regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição
Federal, e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza (SNUC), constituído pelo conjunto das Unidades de
Conservação Federais, Estaduais e Municipais. Este sistema
estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão de
Unidades de Conservação, que compreendem, conforme a referida
Lei: Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção.
No Estado de Pernambuco predominam as Reservas Ecológicas;
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Reservas Particulares do Patrimônio Natural; Áreas de Proteção
Ambiental e Reservas Biológicas. Convém ressaltar que cada uma
destas Unidades tem objetivos específicos (MEDEIROS, 2006).
Foram criadas 66 Unidades de Conservação Estaduais.
O IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), autarquias vinculadas ao Ministério do
Meio Ambiente, são os órgãos executores, em caráter supletivo, dos
órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC,
subsidiar as propostas de criação e administrar as Unidades de
Conservação Federais, Estaduais e Municipais, nas respectivas esferas
de atuação (art. 6º, III, da Lei nº 9.985, de 18/07/2000, conforme
redação dada pelo art. 7º da Lei nº 11.516/2007). A gestão das
Unidades de Conservação em Pernambuco é de competência da
Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de
Pernambuco, autarquia vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia
e Meio Ambiente de Pernambuco.
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Figura 9: Tabela 2 - Unidades de Conservação Estaduais de
Pernambuco.
Unidades de Conservação
Estaduais
Município Ecossistemas Diplomas legais
UNIDADE DE USO SUSTENTÁVEL ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (4) APA de Guadalupe
Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros
Mata Atlântica, Mangue, Restinga, e Ambientes Marinhos
Decreto N° 19.635/97
APA de Santa Cruz
Goiana, Itamaracá, Itapissuma
Mata Atlântica, Mangue e Restinga
Decreto N° 32.488/08
APA de Sirinhaém
Ipojuca, Sirinhaém, Rio Formoso
Mata Atlântica, Mangue e Restinga
Decreto N° 21.229/98
APA Arquipélago de Fernando de Noronha
Distrito de Fernando de Noronha
Mata Atlântica insular, Mangue oceânico e Ambientes Marinhos
Decreto N° 13.553/89
RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMONIO NATURAL (9) RPPN Bicho Homem
Catende Mata Atlântica Portaria CPRH/SECTMA N° 007/2006
RPPN Engenho Contestado Maraial
Maraial Mata Atlântica Portaria CPRH/SECTMA N° 002/2008
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RPPN Engenho Santa Rita
Água Preta Mata Atlântica Portaria CPRH/SECTMA N° 071/2006
RPPN Fazenda Tabatinga
Goiana Mata Atlântica e Mangue
Portaria CPRH/SECTMA N° 093/1997
RPPN Jussaral Catende Mata Atlântica Portaria CPRH/SECTMA N° 008/2006
RPPN Laje Bonita
Quipapá Mata Atlântica Portaria CPRH/SECTMA N° 002/2006
RPPN Pedra do Cachorro
São Caetano Caatinga Portaria CPRH/SECTMA N° 088/2001
RPPN Bituri Brejo da Madre de Deus
Mata Atlântica Portaria CPRH/SECTMA N° 025/1999
RPPN Karawa-tá
Gravatá Caatinga Portaria CPRH/SECTMA N° 001/2009
APAs ESTUARINAS (13) APA Estuarina do Canal de Santa Cruz
Itamaracá, Itapissuma Igarassu, Goiana
Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina Goiana Mangue Lei N° 9.931/86
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do Rio Goiana e Megaó APA Estuarina do Rio Itapessoca
Goiana Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina do Rio Jaguaribe
Itamaracá Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina do Rio Timbó
Itamaracá, Itapissuma Igarassu, Goiana
Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina do Rio Paratibe
Paulista, Olinda Mangue Lei N° 9.931/86
Continuação Figura 9: Tabela 2 - Unidades de Conservação Estaduais
de Pernambuco.
Unidades de Conservação
Estaduais
Município Ecossistemas Diplomas legais
APA Estuarina do Rio Beberibe
Olinda , Recife Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina do Rio Capibaribe
Recife Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina dos Rios Jaboatão e Pirapama
Cabo, Jaboatão Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina dos Rios Sirinhaém e Maracaipe
Ipojuca, Sirinhaém
Mangue Lei N° 9.931/86
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APA Estuarina do Rio Formoso
Sirinhaém, Rio Formoso
Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina do Rio Carro Quebrado
Barreiros Mangue Lei N° 9.931/86
APA Estuarina do Rio Una
Barreiros, São José da Coroa Grande
Mangue Lei N° 9.931/86
UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL ESTAÇÃO ECOLÓGICA (1) Estação Ecológica Caetés
Paulista Mata Atlântica Lei N° 11.622/98
PARQUE ESTADUAL (1) Parque Estadual Dois Irmãos
Recife Mata Atlântica Lei N° 11.622/98
REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE (6) RVS Mata de Santa Cruz
Paulista Mata Atlântica Lei N° 13.539/08
RVS Mata do Amparo
Recife Mata Atlântica Lei N° 13.539/08
RVS Mata do Engenho São João
Itamaracá Mata Atlântica Lei N° 13.539/08
RVS Mata de Jaguaribe
Itamaracá Mata Atlântica Lei N° 13.539/08
RVS Mata Engenho Macaxeira
Itamaracá Mata Atlântica Lei N° 13.539/08
RVS Mata Lanço dos Cações
Itamaracá Mata Atlântica Lei N° 13.539/08
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RESERVAS ECOLÓGICAS (32) RE de Contra Açude
Cabo Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
Reserva Ecológica Mara do Urucu
Cabo, Escada, Vitória
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Serra do Cotovelo
Cabo, Moreno Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE da Usina São José
Igarassu Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE de Caraúna Moreno Mata Atlântica Lei N° 9.989/87 RE de Dois Unidos
Recife Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
Continuação Figura 9: Tabela 2 - Unidades de Conservação Estaduais
de Pernambuco.
Unidades de Conservação
Estaduais
Município Ecossistemas Diplomas legais
RE de Duas Lagoas
Cabo Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE de Jaguarana Paulista Mata Atlântica Lei N° 9.989/87 RE de Jangadinha
Jaboatão dos Guararapes
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE de Manassu Jaboatão dos Guararapes
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
Reserva Ecológica Mata de Miritiba
Abreu e Lima Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE de Mussaiba Jaboatão dos Guararapes
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
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RE Mata de São Bento
Abreu e Lima Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Camaçari
Cabo Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Cumaru
Cabo, Moreno Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Curado
Recife Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Engenho Moreninho
Moreno Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Uchóa
Recife Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Salgadinho
Jaboatão dos Guararapes
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Janga
Paulista Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Jardim Botânico
Recife Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Outeiro do Pedro
São Lourenço da Mata
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Passarinho
Olinda Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Quizanga
São Lourenço da Mata
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do São João da Várze
Recife Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Sistema Gurjaú
Cabo, Jaboatão dos Guararapes
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
Reserva Ecológica Mata
São Lourenço da Mata
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
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Tapacurá RE Mata do Eng° Tapacurá
São Lourenço da Mata
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Toro
São Lourenço da Mata
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata Camucim
São Lourenço da Mata
Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Zumbi
Cabo Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
RE Mata do Bom Jardim
Cabo Mata Atlântica Lei N° 9.989/87
Figura 10: Tabela 3 - Unidades de Conservação Federais em
Pernambuco.
Unidades de Conservação
Federais
Município Ecorregião Diplomas legais
RESEX Açaú-Goiana
Goiana Manguezal Decreto Federal s/n 01.10.2007
Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais
Tamandaré Costeiro e mata atlântica
Decreto Federal s/n 1977
Parque Nacional do Catimbau
Buíque, Ibimirim e Tupanatinga
Raso da Catarina
Decreto Federal s/n 13.12.02
Reserva Biológica de Serra Negra
Floresta, Inajá e Tacaratu
Raso da Catarina
Decreto Federal 87.591 de 20.09.82
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FLONA Negreiros
Serrita Depressão Sertaneja Setentrional
Decreto Federal s/n 11.10.06
APA Chapada do Araripe
Araripina, Trindade, Ouricuri, Ipubi, Exu, Santa Cruz, Bodocó, Cedro
Complexo Ibiapaba
Decreto Federal s/n 04.08.97
http://www.cnip.org.br/uc_arquivos/PE_estados.html
3.1.2 Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
A Reserva da Biosfera é um instrumento de conservação que
privilegia o uso sustentável dos recursos naturais nas áreas assim
protegidas. Em Pernambuco abarca uma grande parte dos municípios
do litoral, alcançando os limites com os Estados de Alagoas, ao sul, e
da Paraíba, ao norte, adentrando para a região da zona da mata norte e
sul. Detalhes sobre os limites no estado de Pernambuco são descritos
no caderno n° 12 da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
4 MARCO LEGAL: AMBIENTAL E SOCIAL
Em agosto de 2013 foi realizada a atualização e revisão do
Marco de Gestão Ambiental e Social (MGAS) do Pernambuco Rural
Sustentável (PRS) quanto: a legislação ambiental atual; ao
licenciamento ambiental para as atividades produtivas e de infra-
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estrutura; aos riscos ambientais e medidas mitigadoras. O MGAS foi
elaborado no período de 2010/2011. A reforma da Lei Florestal
Brasileira aprovada pelo Congresso Nacional, em 2012, instituiu o
‘Novo Código Florestal’ e criou o Cadastro Ambiental Rural (CAR),
de caráter obrigatório para todos imóveis rurais no País e com a
finalidade de regularização ambiental dos mesmos. Diante desta nova
legislação e da perspectiva produtiva dos subprojetos financiáveis pelo
PRS, foram revisados os principais itens que envolvem a análise
socioambiental.
4.1 Licenciamento Ambiental
Empreendimentos e atividades utilizadores de recursos
ambientais considerados efetivos ou potencialmente poluidores ou
daqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, devem estar de posse de: a) Licença Prévia (LP); b)
Licença de Instalação (LI), c) Licença de Operação (LO) considerando
as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis
ao caso.
É possível ter procedimentos simplificados para o licenciamento
de empreendimentos de pequeno porte e capacidade poluidora,
conforme referências legais e resoluções CONAMA, das quais se
destacam a Lei nº 6.938-81, com alterações da Lei nº 7.804-89 e as
resoluções nº 237-97 e nº 385-06.
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Com a atualização e revisão do MGAS, as seguintes legislações
pertinentes ao licenciamento ambiental de projetos produtivos foram
inseridas:
LEGISLAÇÃO FEDERAL RESOLUÇÃO CONAMA nº 458, de 16 de julho de 2013. Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de projetos de Assentamentos de Reforma Agrária, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA nº 413, de 26 de junho de 2009. Dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA nº 385, de 27 de dezembro de 2006. Estabelece procedimentos a serem adotados para o licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental. RESOLUÇÃO CONAMA nº 346, de 16 de agosto de 2004. Disciplina a utilização das abelhas silvestres nativas, bem como a implantação de meliponários. RESOLUÇÃO CONAMA nº 284, de 30 de agosto de 2001. Dispõe sobre o licenciamento de empreendimentos de irrigação. RESOLUÇÃO nº 237, de 19/12/1997. Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. RESOLUÇÃO CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1988. Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de saneamento.
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LEGISLAÇÃO ESTADUAL LEI nº 14.249, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010. Alterada pela Lei nº 14.549, de 21 de dezembro de 2011. Dispõe sobre licenciamento ambiental, infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, e dá outras providências.
4.2 Recursos Hídricos
A Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) é a responsável pela
gestão das bacias hidrográficas nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de
janeiro de 1997, e da Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000.
A água é considerada um recurso natural limitado e dotado de
valor econômico cujo uso está sujeito à autorização através de outorga
e cobrança, conforme a lei nº 9.477-97 e respectivas regulamentações.
Dessa forma faz-se necessária autorização de outorga de direito
de uso da água ou concessão para a utilização de determinado volume
de água proveniente de recursos hídricos superficiais e subterrâneos
assim como para execução de obras a eles análoga, sem que alterem o
seu regime, qualidade e quantidade.
Para ser considerada água de boa qualidade, a água dos corpos
d’água deve apresentar menos de mil coliformes fecais e menos de
dez microorganismos patogênicos por litro (os causadores de
verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite,
leptospirose, poliomielite etc.). Sendo assim, deve-se evitar sua
contaminação por resíduos, sejam agrícolas (de natureza química ou
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orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da
erosão.
Na área rural, essa contaminação se processa, entre outras, por
resíduos do uso de agrotóxicos que provêm de prática de uso intensivo
nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para
os rios através das chuvas.
Outro problema são os resíduos gerados pelas cidades,
agroindústrias e atividades agrícolas. Esses podem ser sólidos ou
líquidos, com grande potencial de poluição. Os resíduos sólidos e
líquidos gerados pelos municípios são carreados para os rios com a
ajuda das chuvas. Resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos
que, em pequena quantidade, serão mais facilmente controlados do
que os inorgânicos. No processo de tratamento dos resíduos também é
produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa
novamente de tratamento e controle.
A poluição das águas inclui a poluição térmica, que é a descarga
de efluentes a altas temperaturas; poluição física, que é a descarga de
material em suspensão; poluição biológica, que é a descarga de
bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer
por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização e que portando
deve-se aplicar a legislação pertinente.
Com a atualização e revisão do MGAS, as seguintes legislações
pertinentes às questões dos recursos hídricos foram inseridas:
LEGISLAÇÃO FEDERAL
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DECRETO nº 4.613, de 11 de março de 2003. Regulamenta o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Regulamenta a Lei Federal nº 9.433/97 que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, e regulamenta a Lei Federal nº 9.984 de 17 de julho de 2000 que dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas. LEGISLAÇÃO ESTADUAL LEI nº 11.426, de 17 de janeiro de 1997. Regulamentada através do Decreto nº 20.269, de 24 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a Política e o Plano Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outras providências. LEI nº 11.427, de 17 de Janeiro de 1997. Dispõe sobre a conservação e a proteção das águas subterrâneas no Estado de Pernambuco e dá outras providências.
4.3 Áreas Protegidas
São consideradas áreas protegidas, porções de terra e/ou de mar,
relacionadas à proteção e manutenção da biodiversidade e de seus
recursos naturais e culturais, regidas por legislação específica ou
outros meios. Algumas áreas recebem proteção devido as suas
características naturais relevantes, visando entre outras atribuições à
conservação in situ da diversidade biológica dos países, baseada em
sua localização geográfica, como o caso das áreas de preservação
permanente e reserva legal, definidas pelo Código Florestal e
delimitadas para a conservação dos recursos hídricos, entre outras
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finalidades. A definição encontra-se na Constituição Federal, art. 225,
§ 1°, Inciso III.
Um dos instrumentos legais existentes no Brasil é o Ato
Declaratório Ambiental (ADA), instrumento de contribuição à
preservação ambiental, pelo qual o proprietário rural é beneficiado
com redução tributária de até 100% do Imposto de Propriedade
Territorial Rural (ITR) por ter implementado ações de preservação
ambiental em suas terras. O benefício de dedução sobre o imposto da
propriedade é extensivo às: Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN), Áreas de Declarado Interesse Ecológico (AIE) e Servidão
Florestal ou Ambiental (ASFA) presentes nas propriedades declaradas.
O ADA também beneficia áreas de florestas nativas e alagadas para a
construção de reservatórios.
Com a atualização e revisão do MGAS, as seguintes legislações
pertinentes às áreas protegidas ambientalmente foram inseridas:
LEI nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. DECRETO nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras providências.
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LEI Nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Instrução Normativa n° 007, de 29 de dezembro de 2006. Disciplina os procedimentos da CPRH referentes à aprovação da localização da Reserva Legal em propriedades e posses rurais; à autorização para supressão de vegetação e intervenção em Áreas de Preservação Permanente e à autorização para o desenvolvimento das atividades florestais no Estado de Pernambuco.
4.4 Manejo de Pragas Agrícolas
O Brasil com a promulgação da Lei nº 7.802, em 11 de julho de
1989, regulamentada pelos Decretos n° 98.816/90 e nº 4.074, de 04 de
janeiro de 2002, alinha-se às exigências de qualidade para produtos
agrícolas no âmbito nacional e internacional.
A Portaria Normativa IBAMA n° 84, de 15 de outubro de 1996,
art. 3° classifica os agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade
ambiental baseando-se nos parâmetros bioacumulação, persistência,
transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico,
teratogênico, carcinogênico, obedecendo à graduação: Classe I -
Produto Altamente Perigoso; Classe II - Produto Muito Perigoso;
Classe III - Produto Perigoso; Classe IV - Produto Pouco Perigoso.
Com a atualização e revisão do MGAS, as seguintes legislações
pertinentes ao manejo de pragas agrícolas foram inseridas:
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LEI ESTADUAL nº 12.753 de 21 de Janeiro de 2005. Dispõe sobre o comércio, o transporte, o armazenamento, o uso e aplicação, o destino final dos resíduos e embalagens vazias, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como o monitoramento de seus resíduos em produtos vegetais, e dá outras providências.
4.5 Patrimônio Natural e Cultural
A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que
o poder público, com a cooperação da comunidade, deve promover e
proteger o "patrimônio cultural brasileiro". Dispõe ainda que esse
patrimônio é constituído pelos bens materiais e imateriais que formam
o patrimônio cultural brasileiro são, portanto, os modos específicos de
criar e fazer (as descobertas e os processos genuínos na ciência, nas
artes e na tecnologia); as construções referenciais e exemplares da
tradição brasileira, incluindo bens imóveis (igrejas, casas, praças,
conjuntos urbanos) e bens móveis (obras de arte ou artesanato); as
criações imateriais como a literatura e a música; as expressões e os
modos de viver, como a linguagem e os costumes; os locais dotados
de expressivo valor para a história, a arqueologia, a paleontologia e a
ciência em geral, assim como as paisagens e as áreas de proteção
ecológica da fauna e da flora.
Nas atribuições contidas na Constituição Federal art. 215 e 216
determina a proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro. Para
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estabelecer as normas práticas necessárias a essa proteção, existe uma
legislação ordinária federal, cujo embasamento é o Decreto-Lei nº 25,
de 30 de novembro de 1937. No Decreto nº 3.551/2000, sobre o
registro de bens culturais de natureza imaterial, nas normas sobre a
entrada e saída de obras de arte do país, e no Decreto nº 5.040, que
aprova a estrutura regimental do Instituto, entre outros. Além da
legislação nacional específica, a preservação de bens culturais é ainda
orientada por cartas, declarações e tratados nacionais e internacionais,
além de outros instrumentos legais, tais como as legislações que
tratam de questões ambientais, de arqueologia e de turismo cultural.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, desde o
ano de sua criação, baseia-se em legislação específica para a gestão
dos bens culturais nacionais tombados, representativos de diversos
segmentos da cultura brasileira.
A Constituição do Estado de Pernambuco, refletindo a intenção
expressa na Constituição Federal, estabelece no artigo 197, parágrafo
4: "Ficam sob a organização, guarda e gestão dos governos estadual e
municipal (...) a proteção especial de obras, edifícios e locais de valor
histórico ou artístico, os monumentos, paisagens naturais e jazidas
arqueológicas". Para definir os procedimentos necessários ao
tombamento de bens culturais, no âmbito estadual, vigora a lei nº
6.239, de 18 de setembro de 1979.
A lei nº 7.970/1979 que instituiu o tombamento de bens culturais
em Pernambuco, prescreve que "as restrições à livre disposição, uso e
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gozo dos bens tombados, bem como as sanções ao seu desrespeito, são
as estabelecidas na legislação federal, cabendo à FUNDARPE
providenciar a sua aplicação, em cada caso".
A FUNDARPE oferece assessoramento às prefeituras
interessadas em organizar a preservação dos bens culturais situados
em seus territórios, seja quanto à ordenação jurídica, ou no aspecto
técnico.
4.6 Educação Ambiental
A lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a Educação
Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental,
trazendo no seu artigo 1°:
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
Os princípios que subsidiam um processo de educação
ambiental, o respeito à diversidade, o exercício da cidadania ativa, a
horizontalidade nas tomadas de decisão, o trabalho em rede, a
formação de parcerias, a co-responsabilidade e cooperação, entre
outros, precisam ser internalizados para que possam permear as
atitudes cotidianas de todos que nele estão envolvidos.
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Todo processo de mudança estimulada encontra resistências. Em
algumas comunidades mais, em outras menos. A dimensão e a
profundidade da resistência dos atores envolvidos acabam por
determinar o tempo necessário para que as mudanças almejadas
aconteçam.
4.7 Legislação Estadual
A gestão estadual do meio ambiente é orientada pelas Políticas
Estaduais Ambientais e operada pelo seu arranjo institucional, se pauta
em um conjunto de diretrizes traduzidas no seu Plano Estratégico
Ambiental, harmonizadas com a Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA).
A PNMA tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental necessária à vida, além de
assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, visando
reduzir os impactos negativos da ação antrópica.
As Políticas Ambientais tiveram suas primeiras versões
elaboradas e coordenadas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Meio Ambiente, juntamente com a articulação, mobilização, consulta
e participação dos governos Federal, Estadual e Municipal, da
sociedade civil organizada e do setor empresarial.
Figura 11: Tabela 4 - Políticas Estaduais Ambientais Aplicáveis ao
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PRS.
LEI ESTADUAL APLICÁVEL AO PROJETO
RELEVÂNCIA PARA O PROJETO
Política Estadual Florestal (lei Estadual n° 11.206/1995 e lei Estadual 13.787/2009).
Preservação e conservação da biodiversidade
Nova Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei n° 14.236/2010)
O incentivo, a conscientização e a motivação ás práticas de redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos, bem como a destinação final ambientalmente adequada.
Política Estadual de Gerenciamento Costeiro (Lei n° 14. 258/2010)
Mitigação das ações privadas e dos investimentos públicos que possam favorecer a erosão costeira.
Política Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (Lei n°14.091/2010)
A preservação, conservação e recuperação da biodiversidade, da biodiversidade agrícola e do equilíbrio ecológico do semiárido pernambucano.
Política Estadual de Enfrentamento às Mudanças Climáticas (Lei n°14.090/2010)
A mitigação das ações humanas que possam favorecer a aceleração das mudanças no clima.
O arranjo institucional do Estado está em consonância com a
União e Municípios, conforme figura:
Figura 12: Arranjo Institucional Federal, Estadual e Municipal
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O PRS seguirá a legislação e os procedimentos estabelecidos,
quando da análise, implementação e conclusão dos subprojetos.
POLÍTICAS AMBIENTAIS APLICÁVEIS AO PRS
Com a atualização e revisão do MGAS, as seguintes legislações
pertinentes às questões ambientais de projetos produtivos foram
inseridas:
FEDERAL LEI nº 12.854, DE 26 DE AGOSTO DE 2013. Fomenta e incentiva ações que promovam a recuperação florestal e a implantação de sistemas agroflorestais em áreas rurais desapropriadas e em áreas degradadas, nos casos que especifica. RESOLUÇÃO CONAMA nº 238, de 22 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a aprovação da Política Nacional de Controle da Desertificação.
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ESTADUAL LEI n° 1295, 18 de março de 2013. Institui a Política Estadual de Convivência com o Semiárido. LEI nº 14.091, de 17 de junho de 2010. Institui a Política Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, e dá outras providências. LEI nº 14.090, de 17 de Junho de 2010. Institui a Política Estadual de Enfrentamento às Mudanças Climáticas de Pernambuco, e dá outras providências. LEI nº 14. 236, de 13 de dezembro de 2010. Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos, e dá outras providências. 4.8 Licenciamento ambiental
Tipos de subprojetos Tipo de licenciamento Órgão de
licenciador / emissor
Agroindústria de pequeno porte (até
250m2)
LPI e LO (abatedouros e processamento de pescados)
ou LIO (demais agroindústrias de pequeno
porte)
CPRH
Sistema de esgotamento sanitário
LP, LI, LO CPRH
Estação de esgoto sanitário
LP, LI, LO CPRH
Banheiros LP, LI, LO CPRH Piscicultura
convencional (viveiro Licença simplificada CPRH
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escavado até 5ha) Piscicultura em tanque rede (em água doce até
140 ha)
Licença simplificada CPRH
Piscicultura marinha (tanques redes) até
5000m3
Licença simplificada CPRH
Produção de alevinos LP, LI, LO CPRH Sistemas de irrigação LP, LI, LO e outorga do uso
da água CPRH
Avicultura LP, LI, LO CPRH Barragens e diques até
50.000 m3 e 1.000.000m3 (no semi-árido)
Dispensa de licença CPRH
Poços localizados no semiárido e no cristalino
Dispensa de licença CPRH
Exploração de águas subterrâneas com vazão
acima de 5m3/hora
LP, LI, LO CPRH
Captação e tratamento de águas superficiais com vazão acima de 18m3
LP, LI, LO CPRH
Sistemas de distribuição de águas com vazão
acima de 18m3
LP, LI, LO CPRH
Trilhas ecológicas LP, LI, LO CPRH Aprovação de Projeto de Manejo Florestal Sustentável
Licença simplificada CPRH
Viveiro Florestal Licença simplificada Uso de fogo controlado LP, LI, LO CPRH Captura, coleta e transporte de fauna silvestre
LP, LI, LO CPRH
Caso o tipo de atividade especifica de algum subprojeto proposto
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não esteja listado acima os técnicos devem consultar a Unidade
ambiental e social da GETEC para verificar a necessidade e tipo de
licenciamento.
5 SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL
O BIRD adota Políticas de Salvaguardas Sociais e Ambientais na
identificação, preparação e implementação de programas e projetos.
As dez salvaguardas são apresentadas e discriminadas quanto a sua
aplicabilidade ou não para o PRS, conforme quadro 04.
Figura 13: Quadro 4 - Políticas de Salvaguardas Aplicáveis ao PRS
Políticas de Salvaguardas acionadas pelo Projeto SIM NÃO
Avaliação Ambiental (OP/BP 4.01) X
Habitats Naturais (OP/BP 4.04) X
Florestas (OP/BP 4.36) X
Controle de Pragas e Parasitas (OP/BP 4.09) X
Povos Indígenas (OP/BP 4.10) X
Reassentamento Involuntário (OP/BP 4.12) X
Patrimônio Cultural Físico (OP/BP 4.11) X
Construção de Barragens (OP/BP 4.37) X
Projetos em Águas Internacionais (OP/BP 4.60) X
Projetos em Áreas Disputadas (OP/BP 4.50) X
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5.1 Avaliação Ambiental
Esta política será aplicada uma vez que o projeto execute
atividades que afetem direta ou indiretamente os ambientes naturais e
terá relação direta com as comunidades locais.
A avaliação ambiental (AA) do PRS objetiva: a) auxiliar a
integridade e sustentabilidade social e ambiental de projetos de
investimento; b) apoiar a integração de aspectos ambientais e sociais
dos projetos ao processo decisório.
A avaliação ambiental examina os potenciais riscos ambientais,
avalia alternativas e identifica maneiras de melhorar a seleção,
localização, planejamento, concepção e execução dos subprojetos,
através de medidas para evitar, minimizar, compensar e mitigar os
impactos adversos. Sempre que possível, são preferidas as medidas
preventivas às mitigadoras ou compensatórias. O mutuário será
responsável pela execução da AA.
O PRS foi classificado pelo BlRD como Categoria B, isto é, a
maioria dos subprojetos a serem financiados não tem impacto
significativo ou tem reduzida capacidade de impacto negativo sobre o
ambiente natural.
5.2 Habitats naturais
Esta política aplica-se ao presente projeto uma vez que apresenta
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potencial relação com áreas naturais, tanto em potencial impacto
positivo quanto em impacto negativo restrito e controlado.
Subprojetos que causem degradação substancial dos habitats
naturais essenciais, críticas ou protegidas pelo sistema nacional e
estadual de unidades de conservação não serão elegíveis pelo PRS.
Ao considerar o apoio a um subprojeto o PRS privilegiará
aqueles que não causem impactos negativos no ambiente natural. Nos
subprojetos onde impactos potencialmente adversos sobre o habitat
natural sejam inevitáveis, deve-se prever implementação de medidas
apropriadas de prevenção e mitigação.
5.3 Florestas
Esta política aplica-se ao presente projeto uma vez que congrega
todos os tipos de florestas naturais e manejo florestal, de forma a: a)
reconhecer o potencial das florestas para reduzir a pobreza de maneira
sustentável; b) integrar efetivamente as florestas ao desenvolvimento
econômico sustentável; c) proteger os serviços ambientais vitais locais
e globais das florestas e o seu valor.
Dessa forma, ao se definir subprojetos recomenda-se que os
mesmos visem reduzir a pobreza e o desmatamento; propiciar o
reflorestamento, proteção às florestas e o desenvolvimento
econômico.
Não serão financiados subprojetos: a) que ocasione uma
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significativa degradação de áreas florestais críticas ou de habitats
naturais críticos associados; b) que infrinjam acordos internacionais
relacionados ao meio ambiente; c) plantações que impliquem na
conversão ou degradação de habitats naturais críticos, incluindo áreas
adjacentes, a montante e a jusante.
Serão elegíveis de financiamento, manejo florestal realizado por
pequenos proprietários de terras, comunidades locais que participem
de manejo florestal comunitário ou entidades que tenham estabelecido
acordos de manejo florestal conjunto, legalmente autorizados pelos
órgãos de gestão ambiental e alicerçados em um plano de ação de
implementação.
Considerar o Manejo Florestal como ferramenta para o uso
sustentável e conservação da Caatinga.
5.4 Controle de Pragas e Parasitas
No âmbito do Componente 1 deste Projeto, os executores dos
subprojetos realizarão atividades produtivas e/ou de recuperação de
áreas degradadas. Nesse caso, é possível que seja necessário o uso de
pesticidas para a plantação de mudas, cuja sobrevivência, ameaçada
por formigas, exige medidas especiais de proteção. Neste caso, a
substância ativa do pesticida que poderá ser utilizado deve estar de
acordo com a legislação vigente, e seu uso deve ser restrito e bem
orientado.
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Em outros casos onde o uso de pesticidas ou herbicidas se
mostrar justificável, uma análise dos potenciais impactos negativos
decorrentes de seu uso deve ser exigida, junto com uma análise dos
riscos do manejo ou armazenamento inapropriado de suas
embalagens. Um plano para a eliminação apropriada de embalagens
dessas substâncias químicas deve ser desenvolvido, de acordo com a
legislação específica vigente.
A análise de risco e o plano de eliminação devem ser
apresentados ao BIRD. Em qualquer situação, a utilização de medidas
de baixo impacto ambiental para o Manejo Integrado de Pragas (MIP)
deve ser incentivada, de forma a minimizar custos e quaisquer
impactos não desejáveis decorrentes do uso de produtos químicos.
O Projeto deve incluir medidas que estejam de acordo com a Lei
7.802/89 para reduzir tais riscos. O uso de pesticidas e herbicidas,
quando necessário e aprovado, será limitado ao produto menos tóxico
classificado como Classe IV pelo Decreto 98.816/90, comparável aos
produtos “U” na classificação da Organização Mundial de Saúde. Se
produtos da Classe “U” não estiverem disponíveis, a Unidade de
Gestão do projeto poderá autorizar o uso de produtos dentro de classe
restritiva adequada.
Uma análise posterior deve ser realizada para cada caso de uso
de pesticida. Ela deve identificar impactos ambientais provenientes de
seu uso e os resultados ambientais das atividades de recuperação. O
sistema de monitoramento e avaliação a ser instituído deve ser
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desenhado de forma a armazenar todos esses elementos: justificativa,
análise de risco, plano de eliminação e impactos ambientais do uso do
pesticida.
Considerar o Manejo Ecológico de Pragas e Doenças como
medida preventiva aos impactos ambientais negativos pelo uso de
agrotóxicos.
5.5 Povos Indígenas
Esta política encontra-se detalhada no Marco dos Povos
Indígenas12 e se aplica ao presente projeto uma vez que poderá atender
as 11(onze) Etnias no Estado, de forma que: a) beneficiem-se de
consulta livre, prévia e informada, além da participação nos conselhos
e fóruns; b) respeite-se a sua dignidade, direitos humanos e identidade
cultural no processo de desenvolvimento e que não sofram efeitos
adversos; c) recebam benefícios econômicos e sociais culturalmente
compatíveis.
5.6 Reassentamento Involuntário
Esta política encontra-se detalhada no Marco de Reassentamento
Involuntário13, documento apresentado de forma independente, e se
aplica ao presente projeto. 12 Ver Marco dos Povos Indígenas -Unitec/ProRural - 2011 13 Ver Marco de Reassentamento Involuntário – Unitec/ProRural - 2011
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5.7 Patrimônio Cultural Físico
Esta política não foi acionada, uma vez que não são previstos
danos de qualquer tipo ao patrimônio cultural físico. Ressalta-se que o
projeto será executado em acordo com a legislação nacional e estadual
referente à proteção do patrimônio cultural, Histórico Cultural e
Natural.
5.8 Segurança de Barragens
Esta política não é aplicável. Conforme o Componente 2 do PRS
que financiará ações de Infraestrutura Básica, não serão contemplados
subprojetos de construção de barragens.
5.9 Águas internacionais
Esta política não é aplicável ao PRS.
5.10 Áreas de litígio
Esta política não é aplicável ao PRS.
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6 DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS DO PRS
Os aspectos ambientais que compõem a legislação estadual e as
salvaguardas sociais e ambientais do BIRD serão considerados em
todas as etapas de implantação dos subprojetos14: i) discussão e
priorização; ii) visita prévia; iii) elaboração; iv) análise, v)
monitoramento, obedecendo as normas e os critérios estabelecidos e
vi) encerramento.
6.1 Fluxo de Subprojetos
Na fase de discussão e priorização dos subprojetos demandados
pela comunidade, é imprescindível orientar as OPFs sobre os aspectos
ambientais a serem observados, utilizando a educação ambiental como
ferramenta de transversalidade, a fim de que os subprojetos se tornem
elegíveis. Como aspectos a serem observados destacam-se:
a) Licenciamento ambiental, quando aplicável. Nos casos onde o
licenciamento não for aplicável, serão registradas as razões de
dispensa de licenciamento.
b) Recursos Hídricos: outorga, uso racional, (re)aproveitamento,
qualidade da água e poluentes.
c) Resíduos sólidos e líquidos: coleta e destinação adequada,
saneamento ambiental, lixões e aterro sanitário. 14 Considera-se como subprojeto as atividades financiadas de caráter produtivo e/ou qualquer outra atividade de
intervenção direta gerada pelo Projeto (obras de infra-estrutura, obras de construção civil, etc).
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Na visita prévia, os técnicos das UGTs irão a campo e
realizarão levantamento preliminar de viabilidade: social (legitimidade
por parte da comunidade); ambiental (identificação da situação
ambiental encontrada); técnica/econômica (parâmetros/especificidades
técnicas, acesso à comercialização, disponibilidade de matéria prima,
mão de obra, infraestrutura e disponibilidade de água). Essas
orientações estarão contidas no Manual de Operações.
Durante a visita prévia utilizar a Ficha de Análise
Socioambiental (Anexo 25 do Manual de Operações do PRS) para
dar o parecer final sobre a elaboração ou não do subprojeto. No caso
de subprojetos que potencialmente possam gerar impactos negativos
ambientais ou sociais deverá ser feita uma AA especifica como
condição de financiamento.
Todos os subprojetos deverão obter licenciamento ambiental
e/ou comprovação de isenção de licenciamento. Tais informações
deverão ser registradas no histórico do subprojeto. Os licenciamentos
ambientais exigidos pelo estado e/ou federação são obrigatórios aos
subprojetos.
Na fase de elaboração, as orientações serão direcionadas aos
elaboradores dos subprojetos:
a) Consultar os Parâmetros Técnicos Mínimos de Elaboração
dos Subprojetos, constantes no Manual de Operações;
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b) Propor utilização racional dos recursos naturais;
c) Relacionar possíveis impactos positivos e negativos;
d) Propor medidas preventivas, mitigadoras e valorativas;
e) Apresentar o protocolo das licenças ambientais requeridas;
f) Atender as especificações sanitárias e ambientais, quando
necessário;
g) Propor correta destinação dos resíduos gerados pelos
subprojetos, quando necessário;
h) Consultar os Parâmetros Técnicos GERAIS quanto aos
Aspectos Ambientais para Elaboração dos Subprojetos
(Anexo B deste documento).
Os elaboradores deverão orientar as OPFs com relação à
obrigatoriedade das demais licenças, quando aplicável.
Na fase de análise, que ocorrerá no setor de análise da
Unitec/ProRural, os subprojetos serão avaliados de acordo com os
parâmetros e especificidades, atendendo a legislação em vigor .
No monitoramento da implantação e conclusão dos
subprojetos deverão ser observados o cumprimento das legislações
aplicáveis e salvaguardas ambientais.
O detalhamento de cada uma dessas fases será apresentado no
Manual de Operações do PRS.
No Anexo 11 do Manual de Operações do PRS encontra-se o
fluxograma de implementação dos subprojetos do PRS com destaque
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para a gestão ambiental, onde o símbolo “◄” representa o
procedimento de gestão ambiental aplicável.
Em cada encontro regional para a apresentação do PRS, o
MGAS também será apresentado para os participantes, onde serão
explicadas as exigências ambientais (as salvaguardas) para os
subprojetos.
Dentro do fluxograma na fase 1 de preparação encontra-se o
símbolo “◄” com o nº 1 inserido, representando a ficha de análise
ambiental que será aplicada na visita prévia, onde teremos as
salvaguardas acionadas ou não.
O símbolo “◄” com o nº 2 inserido representa o MGAS e MOP
que estão disponíveis para consulta. A elaboração dos subprojetos
deverá estar de acordo com as exigências das salvaguardas acionadas.
O símbolo “◄” com o nº 3 e o símbolo “◄” com o nº 4 inserido
representam as fases onde os técnicos responsáveis deverão analisar se
a proposta de subprojeto cumpre as exigências das salvaguardas,
confirmando assim, se a proposta é viável ou não no aspecto
ambiental.
O símbolo “◄” com o nº 5 e o símbolo “◄” com o nº 6 inserido
representam o monitoramento das exigências descritas nos
subprojetos, seguido do parecer final na conclusão. É importante
ressaltar que qualquer pendência ou impacto ambiental dos
subprojetos deve ser monitorada, com registros no sistema Aroeira
através dos Laudos de Supervisão, até sua resolução ou mitigação
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satisfatória.
No que se refere ao licenciamento ambiental, esse será exigido
de acordo com a natureza de cada subprojeto. O tipo de licença
encontra-se especificada no Manual de Operações do PRS. O
licenciamento é concedido pelo órgão estadual – Agência Estadual de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos – CPRH. O elaborador do
subprojeto deverá dar entrada na CPRH para obter a licença. Para a
aprovação do subprojeto pelo ProRural é exigido o protocolo de
solicitação da licença.
6.2 Subprojetos com Enfoque Ambiental
O PRS incentivará subprojetos que adotem práticas
ambientalmente sustentáveis, tais como: recuperação de áreas
degradadas; uso sustentável de recursos naturais e adoção de
tecnologias para a convivência com o semiárido, combate à
desertificação e mitigação dos efeitos da seca e das mudanças
climáticas.
6.3 Monitoramento e Avaliação
Durante o monitoramento e avaliação do PRS, os aspectos
ambientais deverão ser considerados:
1 Avaliação de Desempenho Físico do PRS – deverão abordar as
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questões de políticas de salvaguardas ambientais e sociais;
2 Na Avaliação de Meio Termo do PRS deverá ser feita análise
das políticas de salvaguardas, a revisão do Marco Gestão Ambiental e
Social, do Marco dos Povos Indígenas e do Marco de Reassentamento
Involuntário.
3 A Avaliação final do PRS deverá ser feita mediante análise das
políticas de Salvaguardas, do Marco Gestão Ambiental e Social, do
Marco dos Povos Indígenas e do Marco de Reassentamento
Involuntário.
7 POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS A
SUBPROJETOS E MEDIDAS PREVENTIVAS E/OU
MITIGADORAS
A Lei Federal nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, que dispõe
sobre a Política Agrícola, em seu Capítulo VI, da Proteção ao Meio
Ambiente e da Conservação dos Recursos Naturais, através do artigo
19 inciso II, diz que o Poder Público deverá disciplinar e fiscalizar o
uso racional do solo e da água, da fauna e da flora. Nesse propósito as
entidades governamentais de financiamento ou gestoras de incentivos
deverão condicionar a concessão de qualquer benefício à
comprovação do licenciamento ambiental devendo avaliar as
implicações decorrentes da implantação de qualquer empreendimento
visando minimizar os impactos negativos do negócio com relação ao
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meio ambiente. Assim sendo, é fundamental que a propriedade
agrícola tenha seu pedido de financiamento condicionado à adoção de
práticas conservacionistas de proteção dos recursos naturais.
Outras legislações agrícolas correlacionadas: DECRETO Nº 7.794, de 20 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PNAPO. DECRETO Nº 6.323, de 27 de dezembro de 2007. Regulamenta a Lei no10.831 de 2003, que dispõem sobre a agricultura orgânica. LEI No 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõem sobre a agricultura orgânica e dá outras providências. LEI Nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010. Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária - PRONATER, altera a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências.
O quadro abaixo apresenta o tipo de subprojeto potencialmente
financiável pelo PRS, seus impactos e as respectivas medidas
preventivas e mitigadoras a serem adotadas. Note-se que outros tipos
de subprojetos poderão ser acrescidos nesta listagem, em resposta a
demanda das OPFs. Nestes casos a análise de potencial impacto,
medidas preventivas e mitigadoras serão definidas quando da vistoria
prévia ao subprojeto.
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Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
TEMA: PRODUÇÃO VEGETAL – horticultura, fruticultura, produção de grãos e tubérculos etc. Nível de Impacto: Médio/Alto. Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
1. Redução da diversidade de espécies da fauna e da flora.
1. Conservação dos elementos típicos da paisagem, com a conservação dos principais ecossistemas, considerando a necessidade de manutenção da Reserva Legal, das Áreas de Preservação Permanente e das Reservas Ecológicas, em especial das matas ciliares, conservando
1. Integração de árvores e arbustos na agricultura (Agrossilvicultura. Por exemplo: Sistemas Agroflorestais - SAF’s).
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assim a biodiversidade local.
2. Contaminação dos solos, ar, água, fauna e flora por agrotóxicos. • Contaminação do agricultor devido à utilização de agrotóxicos.
2. Utilização de variedades resistentes, prevenção através da nutrição vegetal equilibrada por meio de adubação orgânica para equilibrar e diversificar a vida do solo e aumentar a resistência vegetal. Tratos culturais como rotação e consórcio de culturas, manejo ecológico de pragas e doenças de plantas, evitando ao máximo a utilização de agrotóxicos e a conseqüente ação danosa desses. Quando não for possível evitar o uso de químicos agrícolas, orientar o produtor sobre as classes de produtos com toxicidade mais baixa que sejam adequadas à necessidade, quantidade e frequência adequadas de uso, carência, etc.
2. Escolha da cultura adequada ao ecossistema da propriedade. • A utilização de práticas de cultivo de acordo com as características naturais do lugar.
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• Campanhas educativas para a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), quando da aplicação de agrotóxicos, assim como sobre o armazenamento e descarte adequados das embalagens dos produtos químicos.
Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
Riscos Ambientais Medidas Preventivas
Medidas Mitigadoras
3. Erosão, compactação, redução da fertilidade dos solos, com salinização e desertificação de áreas.
3. Cobertura do solo para mantê-lo protegido das intempéries, podendo ser cobertura vegetal de plantas cultivadas (cobertura viva), ou mortas (cobertura
3. Reflorestamento das terras mais pobres e declivosas, com espécies nativas. • A adubação orgânica para a conservação e incremento dos níveis
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morta); • A redução da utilização de máquinas pesadas,diminuindo a pressão exercida sobre o solo, buscando utilizar máquinas e tratores mais leves e menores. • Utilização da prática do plantio direto. • A formação de faixas de proteção contra a erosão, utilizando a prática de curvas em nível e terraços, especialmente em áreas inclinadas. • Os cultivos integrados, com a utilização de diversas culturas (rotação e consórcio de culturas) e pousio. • Análise físico-química do solo, para possíveis correções. Orientação sobre o tipo de irrigação adequado ao tipo de cultivo e solo.
de matéria orgânica no solo. • Tratamento correto do solo, assegurando sua estrutura física, seus processos químicos e biológicos e sua fertilidade.
4. Impactos dos efeitos da estiagem prolongada sobre a
4. Planejamento e organização da unidade de produção;
4. Escolha da cultura adequada ao ecossistema da
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produção. • A seleção de variedades de sementes resistentes às adversidades locais. • Adoção de práticas adequadas à convivência com o semi-árido. • Melhoria da resistência das plantas, por meio da nutrição correta e balanceada, utilizando preferencialmente adubos orgânicos. • Adoção de práticas adequadas às especificidades locais, conforme a Política Estadual de Convivência com o Semiárido.
propriedade. • A utilização de práticas de cultivo de acordo com as características naturais do lugar.
5. Poluição do ar por fumaça e material particulado, devido às queimadas.
5. Não utilização da prática de queimadas, especialmente em grandes dimensões; havendo necessidade de utilizar tal prática, buscar orientação e autorização da Autoridade Ambiental competente.
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Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
TEMA: PRODUÇÃO ANIMAL – bovinocultura, caprinovinocultura. Nível de impacto: Médio/ Alto Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
1. Eliminação e/ou redução da fauna e flora nativas, como conseqüência do desmatamento de áreas para o cultivo de pastagens.
1. Evitar o desmatamento e as queimadas. Quando estritamente necessário, deve-se buscar o pertinente licenciamento junto à Autoridade Ambiental competente.
1. Conservar a biodiversidade das unidades produtivas, planejando e implementando estratégias de manejo de áreas para o pastoreio, buscando reduzir os impactos negativos sobre a fauna e a flora silvestre, estabelecendo refúgios compensatórios para a fauna.
2. Riscos de contaminação do ar, das águas e dos solos no sistema de confinamento.
2. Localização adequada dos estábulos, especialmente com a adoção de distâncias adequadas de assentamentos humanos e corpos d’água.
2. Adoção de medidas de armazenamento, tratamento, utilização e disposição adequada dos resíduos líquidos e sólidos gerados com a concentração de excrementos.
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• Adoção de medidas de higiene como a desinfecção.
3. Deterioração da fertilidade e das características físicas do solo devido à eliminação da vegetação pelo super-pastoreio e à compactação do solo pelo pisoteio intensivo. • Redução na capacidade de infiltração da água no solo devido à compactação. • Impactos sobre a regeneração natural por pastoreio extensivo sem cercamento.
3. Restringir o acesso dos animais às áreas instáveis como, por exemplo, encostas. • Limitar o número de animais por área. • Controlar a duração do pastoreio. • Incentivar a rotação pasto/cultivo. • Cercar os pastos e adotar práticas de rotação de pastos e/ou complementação alimentar com forragem.
3. Executar rotação de pastos. • Mesclar espécies de plantas para otimizar o uso da vegetação. • Implementar o replantio e a produção de forragem. • Adotar medidas de controle da erosão.
4. Contaminação dos animais e alimentos, devido ao uso inadequado de produtos veterinários para o tratamento de enfermidades e hormônios indutores de crescimento. • Contaminação das áreas e dos animais, devido ao uso inadequado de
4. Evitar o uso de insumos que possam contaminar as áreas de pastoreio, assim como produtos veterinários, tais como antibióticos e hormônios que possam deixar resíduos químicos nos animais, devendo, sempre quando utilizados,
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agrotóxicos e fertilizantes para o manejo de pasto.
respeitar a legislação e as normas técnicas pertinentes, assim os produtos devem ser ministrados por profissionais habilitados (veterinários).
5. Utilização inadequada da água, para a dessedentação dos animais, especialmente em áreas secas.
5. Implementar políticas de administração dos recursos hídricos de forma a garantir o suprimento de água para as necessidades das unidades produtivas nos períodos secos.
5. Cultivo de espécies suculentas resistentes a seca (p.ex: Palma forrageira) para alimentação, com objetivo de diminuir a quantidade de água fornecida para os animais.
6. Degradação da vegetação e do solo próximo às fontes de água.
6. Instalar em locais estratégicos as fontes de água e sal.
Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
TEMA: PRODUÇÃO ANIMAL – aqüicultura Nível de impacto: Médio/ Alto Riscos Ambientais Medidas Preventivas Medidas Mitigadoras 1. Degradação da flora e da fauna na área de construção dos tanques. • Construção de viveiros em locais
1. Não financiar a construção de tanques em áreas de interesse do ponto de vista ambiental, tais como: várzeas, manguezais e
1. Recompor áreas desmatadas/degradadas indevidamente.
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inadequados, do ponto de vista ambiental. • Destruição e ocupação das áreas costeiras alagáveis, principalmente manguezais.
áreas de remanescentes florestais primários, observando a legislação pertinente. Orientar sobre a localização adequada das estruturas.
2. Alteração do fluxo da água, sendo que em locais com poucos recursos hídricos, pode-se diminuir a quantidade de água para outros fins, gerando conflitos de uso.
2. Localizar os tanques de modo que não interrompam os usos tradicionais da água a jusante e montante dos mesmos; • Requerer a outorga do uso d’água para controlar o seu uso, de acordo com as vazões permitidas, evitando conflitos futuros entre produtores e vizinhos, que utilizam a mesma bacia hidrográfica.
2. Buscar os usos múltiplos para as águas dos tanques, tais como a agricultura irrigada;
3. Lançamento de efluentes poluentes provenientes dos viveiros que deteriorem a qualidade dos ecossistemas aquáticos naturais. • Contaminação do meio ambiente com produtos químicos e drogas usadas no
3. Evitar lançamentos de efluentes sem a remoção de poluentes.
3• Manejo adequado do arraçoamento.
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manejo dos cultivos. 4. Riscos de processos de competição e até destruição de espécies nativas, pela introdução de espécies exóticas e patógenos associados.
4. Evitar o uso de espécies exóticas na aquicultura, exceto quando conhecida a biologia da espécie e esta não demonstre riscos para o ecossistema natural. • Observar a legislação específica que orienta sobre a introdução de espécies exóticas. • Utilizar tanques e equipamentos adequados para evitar ao máximo que os animais cativos escapem para o ambiente natural.
5. Sobrecarga de nutrientes por incremento do nível de carbono, nitrogênio e fósforo.
5. Determinação da capacidade de suporte, avaliando a influência da localização dos tanques-rede no ecossistema. • Preparar plano de contingência para secas prolongadas, prevendo a redução da quantidade de animais de acordo com o volume de água disponível, de forma a
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não afetar outros usos da água.
6. Modificação do ambiente socioeconômico regional.
6. Implementar condições para a participação comunitária nos processos decisórios, quando da implantação de projetos de aqüicultura com sustentabilidade.
Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
TEMA: PRODUÇÃO ANIMAL – Apicultura Nível de impacto: Baixo/ Médio Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
1. Competição por alimentos (néctar e pólen) entre a espécie exótica Apis mellifera e as espécies nativas de abelhas.
1. Fomento à Meliponicultura. (criação e manejo de abelhas nativas sem ferrão - ASF). • Capacitação dos produtores/as para o manejo e conservação das espécies nativas. • Considerar a capacidade de suporte do pasto apícola na instalação dos apiários/ meliponários.
1. Instalação de meliponários com abelhas nativas da região em que serão colocadas as colméias. • Formação de pasto apícola com espécies arbóreas nativas.
2. Polinização das 2. Fomento à 2. Instalação de
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espécies da flora arbórea nativa (Mata Atlântica, Brejos de Altitude e Caatinga) não realizada eficientemente.
Meliponicultura. (criação e manejo de abelhas nativas sem ferrão - ASF). • Capacitação dos produtores/as para o manejo e conservação das espécies nativas.
meliponários com abelhas nativas da região em que serão colocadas as colméias. • Formação de pasto apícola com espécies arbóreas nativas.
TEMA: SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO Nível de dano: Médio/ Alto Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
1. Erosão dos solos. 1. Projetar corretamente os sistemas de drenos, evitando gradientes muito excessivos, nivelando o terreno, quando necessário, para reduzir os riscos de erosão; • Projetar adequadamente a lâmina de irrigação a ser aplicada.
1. • A adubação orgânica (p.ex: adubação verde) para recuperação e incremento dos níveis de matéria orgânica no solo. • Tratamento correto do solo, assegurando sua estrutura física, seus processos químicos e biológicos e sua fertilidade. • A formação de faixas de proteção contra a erosão, utilizando a prática de curvas em nível e terraços, especialmente em áreas inclinadas.
2. Saturação e salinização dos solos.
2. Regular a aplicação da água, evitando a irrigação excessiva,
2. Aplicar lâmina de lixiviação, quando necessária;
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utilizando técnicas de maior controle da quantidade de água (gotejamento, micro-aspersão); • Implantar sistema de monitoramento da lâmina de irrigação, controlando especialmente os balanços de sais na zona radicular; • Instalar e manter sistema adequado de drenagem.
3. Lixiviação dos nutrientes dos solos.
3. Evitar a perda de nutrientes do solo, especialmente o nitrogênio e o fósforo, aplicando corretamente os adubos no solo e mediante o uso de práticas agrícolas adequadas. • Evitar irrigações excessivas. • Incentivar a manutenção de cobertura morta para proteger o solo.
Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
Riscos Ambientais Medidas Preventivas
Medidas Mitigadoras
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4. Deterioração da qualidade da água do rio a jusante do projeto de irrigação e contaminação da água do lençol freático.
4. Melhorar o manejo da água, das práticas agrícolas e controlar os insumos aplicados, especialmente os agrotóxicos e fertilizantes químicos.
5. Redução das vazões dos rios a jusante do projeto de irrigação, afetando os usuários situados abaixo da área irrigada.
5. Reduzir a retirada de água do manancial utilizado, buscando manter níveis adequados de vazão para os demais usuários; • Implementar sistema de controle de distribuição da água entre os usuários, buscando uma distribuição equitativa e controlada, limitando sua utilização aos níveis de recarga; • Respeitar a faixa de vegetação ciliar, como forma de prevenir o assoreamento dos mananciais; • Evitar irrigações excessivas com desperdício de água.
5. Implantar programas de recuperação de matas ciliares e de controle da qualidade da água utilizada nos sistemas de irrigação.
6. Alteração ou destruição do habitat
6. Localizar os projetos de forma que
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da fauna ou obstrução do seu movimento.
se evite a intervenção sobre áreas frágeis do ponto de vista ambiental, prevendo corredores para a movimentação da fauna.
7. Alteração ou perda da vegetação marginal aos cursos e fontes d'água e redução da qualidade destas águas.
7. Implantar programas de recuperação de matas ciliares e de controle da qualidade da água utilizada nos sistemas de irrigação.
8. Maior incidência de doenças transmitidas ou relacionadas com a água.
8. Implementar medidas de prevenção e controle de doenças transportadas ou relacionadas com a água, evitando águas estanques ou lentas, usando canais revestidos, tratando as águas de baixa qualidade antes de usá-las e controlando as fontes de contaminação.
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Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
TEMA: MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA Nível de impacto: Médio/ Alto Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
1. Modificação da estrutura do solo e a redução de sua capacidade produtiva provocado pelo emprego de máquinas pesadas e o excesso de operações mecanizadas. • Redução do volume de poros do solo e a conseqüente capacidade de absorção e acumulação de água. Em campo molhado pode-se produzir a compactação do solo, enquanto em campo seco, de acordo com a porção de argila, pode-se formar torrões ou a pulverização do solo
1. Redução da utilização de máquinas pesadas, diminuindo a pressão exercida sobre o solo, buscando utilizar máquinas e tratores mais leves e menores, providos de pneus pequenos.
1. Cultivos integrados e pousio. • Não revolvimento do solo. Utilização de coberturas do solo (cobertura viva e cobertura morta). • Plantio direto.
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em finas partículas. 2. Exposição dos operadores, não raro despreparados e desinformados, a riscos de acidentes devido a utilização de equipamentos, combustíveis, lubrificantes de motores e demais produtos agrícolas. • Acidentes com agrotóxicos, ocasionando a contaminação do aplicador.
2. Realizar as práticas de mecanização agrícola com os cuidados necessários e com o conhecimento adequado por parte do agricultor. • Campanhas educativas para a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), quando da aplicação de agrotóxicos. • Treinamento dos operadores para o uso correto dos equipamentos e produtos utilizados.
3. A contaminação e degradação ambiental dos recursos hídricos pela lavagem de máquinas e demais equipamentos nos cursos d’água.
3. Não realizar a lavagem próximo aos cursos d’água de forma a evitar a sua contaminação e degradação.
TEMA: AGROINDÚSTRIA – unidades de beneficiamento de: mel, frutas, hortaliças, raízes e tubérculos; abatedouros; cozinhas artesanais, lacticínios. Nível de impacto: Médio/ Alto Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
1. Alteração com 1. Localizar a unidade
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perda de perfil do solo e da flora, com modificação dos recursos naturais, culturais e sítios arqueológicos. • Alteração da drenagem superficial durante a implantação e operação do projeto.
distante de áreas que não favoreçam a percolação da água no solo e outros habitats frágeis e ecologicamente importantes, com a finalidade de reduzir e/ou concentrar os efeitos ambientais potenciais sobre o meio ambiente. • A vazão dos cursos d’água e/ou do manancial subterrâneo deve ser suficiente para abastecer a unidade e diluir os efluentes tratados (manancial superficial), sem comprometer os demais usos do manancial.
Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X
Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras. Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
2. Contaminação das águas pela descarga de efluentes, e pela disposição inadequada dos resíduos sólidos. • Lançamento dos
2. Controlar a qualidade dos efluentes, especialmente da temperatura, pH, níveis de óleos e graxas, sólidos totais
2. Procurar formas alternativas de reciclagem ou reutilização dos resíduos sólidos, nos processos ou por outras unidades
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efluentes deve obedecer aos critérios legais estabelecidos em regulamentos (CONAMA – 020/86) e diretrizes do organismo ambiental.
dissolvidos e suspensos, DBO e DQO. • No caso de tratamento por meio da reciclagem/ fertirrigação, verificar as condições de absorção/ capacidade do solo. • Para o tratamento dos resíduos sólidos deve-se considerar: a capacidade do local em suportar o destino final, a existência de depósito nas proximidades (privados) ou de aterros sanitários públicos.
(agrícolas, industriais) na região.
3. Contaminação do ar por partículas suspensas e a geração de incômodos pelos gases e odores indesejáveis • Vazamentos eventuais de solventes e materiais ácidos e alcalinos potencialmente perigosos.
3. Deve-se procurar locais altos em comparação à topografia dominante, de menor possibilidade de ocorrência de inversão térmica e que não se posicionem em direção favorável aos ventos predominantes às áreas habitadas. • Manutenção de condições adequadas
3. Reduzir as emissões com a adequação do processo às características das matérias-primas utilizadas e instalação de equipamentos de controle de emissões atmosféricas.
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de armazenamento e eliminação de dejetos, com a previsão de equipamentos de prevenção quanto a acidentes (vazamentos).
4. Saúde e segurança dos trabalhadores, sujeitos a ruídos, poeira, manejo de materiais, efluentes e resíduos sólidos.
4. Instalação de equipamentos individuais e coletivos de prevenção e proteção a acidentes. • Utilização de EPIs.
4. Provisão de programa de segurança e saúde ocupacional, com detalhamento de todas as fases dos processos e suas relações com a ocorrência de acidentes e prejuízos à saúde dos trabalhadores.
TEMA: CONSTRUÇÃO CIVIL Nível de impacto: Médio/ Alto Riscos Ambientais Medidas
Preventivas Medidas Mitigadoras
1. Alteração no fluxo das águas, provocada pelos serviços de drenagem do terreno. • Degradação da flora e da fauna em função da remoção da vegetação natural do local de implantação da obra.
1. Manejar as águas superficiais (pluviais) considerando: minimização das áreas impermeáveis; implantar áreas de infiltração, manter espaços livres com vegetação; utilizar vegetação para estabilizar taludes e facilitar a infiltração
1. Promover a reposição da vegetação, mediante o plantio de árvores no terreno ou na região. . Onde necessário e possível, fazer enrocamento nas saídas de drenagem para reduzir a velocidade da água.
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de água; implantar retentor de água para retardar o lançamento nas galerias de águas pluviais.
Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X
Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras. Riscos Ambientais Medidas Preventivas Medidas
Mitigadoras 2. Degradação dos horizontes do solo, geração de poeira, erosão e sedimentação.
2. Implantar medidas de controle durante os serviços de terraplenagem, com proteção às águas superficiais, umedecimento das vias de circulação interna e se for necessário implantar lagoa para sedimentação e remoção de sólidos suspensos antes do lançamento nas águas pluviais.
3. Danos à população pela geração de ruídos provocados por máquinas e equipamentos.
3. Implementar medidas de controle – horários específicos para funcionamento de equipamentos e máquinas ruidosas (bate-estaca, retroescavadeira, caminhões etc.) e medidas de isolamento de equipamentos (compressores, geradores de energia etc).
4. Degradação da 4. Estabelecer medidas de
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qualidade ambiental pelo aumento da geração de resíduos sólidos e de esgoto.
acondicionamento adequado dos resíduos sólidos para a coleta e tratamento em unidade do Município (aterro, unidade de processamento) e adequar-se às exigências do sistema de coleta e tratamento de esgoto disponível ou implantar unidade de tratamento local. • Estabelecer sistema de remoção periódica de entulho, com destinação final em local adequado e licenciado.
5. Contaminação do solo e lençol freático pela construção de fossas.
5. Definir a localização adequada das fossas sépticas com relação a poços, cisternas e corpos d’água.
TEMA: ABASTECIMENTO D’ÁGUA Nível de impacto: Médio/ Alto Riscos Ambientais Medidas Preventivas Medidas
Mitigadoras 1. Modificação dos cursos d’água (barramento). • Remoção da vegetação. • Assoreamento dos cursos d’água. • Alteração da fauna e da flora aquática e • Alteração do nível
1. Análise e avaliação do uso atual das águas superficiais em toda a área dos mananciais. • Implantar sistema de medição e controle da qualidade e quantidade da água, permitindo a vigilância da contaminação e do
1. Implantar programas de proteção ambiental dos mananciais, mediante a recuperação e manutenção das matas ciliares, conservação dos
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do lençol freático. assoreamento dos corpos d’água. •. Assegurar a inclusão de descarga de fundo no projeto de barragens, para evitar o assoreamento do reservatório e reduzir o impacto no ciclo de nutrientes a jusante. • Analisar a possibilidade de utilizar barragens subterrâneas para reduzir o impacto sobre o fluxo natural das águas.
solos e do planejamento territorial.
2. Riscos de danos à saúde pública por consumo de água contaminada, por falha no sistema de tratamento e/ou vazamento/infiltração na rede.
2. Realizar controle sanitário em pontos estratégicos e críticos da rede. • Implantar sistema de medição e controle da qualidade da água.
2. Realizar tratamento de descontaminação e instalação de Estação de Tratamento de Água (ETA).
Continuação Figura 14: Quadro 5 - Tipos de Subprojetos do PRS X Riscos Ambientais X Medida Preventivas e Mitigadoras.
Riscos Ambientais Medidas Preventivas Medidas Mitigadoras
3. Desperdício de água por falhas no sistema de distribuição.
3. Implantar programas de prevenção do desperdício e reutilização da água. • Implantar um sistema
3. Monitoramento e manutenção constante no sistema de distribuição.
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de controle social, com um canal de comunicação através do qual a população possa alertar sobre vazamentos na rede de distribuição.
4. Contaminação do solo e de águas superficiais e subterrâneas, pela disposição inadequada do lodo e águas residuárias do sistema de tratamento (limpeza de filtros e decantadores).
4. Implantar tecnologia adequada para reuso das águas de lavagem (residuárias). • Implantar sistema de disposição adequada do lodo do sistema de tratamento.
4. Construção de tanques de rejeito.
5. Riscos de acidentes ambientais e de trabalho provocados por vazamentos de produtos químicos, em especial o cloro.
5. Implantação de medidas de segurança na unidade de armazenamento, no laboratório e na unidade de tratamento. • Implantação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). • Fornecer treinamento aos operadores do sistema e manuais de operação com medidas preventivas.
5. Utilização de EPIs.
6. Riscos de acidentes por falha no sistema de
6. Realizar monitoramento constante na rede de
6. Fiscalização e manutenção constante nas redes de adução e
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bombeamento, adução ou reservação.
distribuição e corpo da barragem. Implantação de sistema de alerta e comunicação entre as unidades.
distribuição e no barramento.
7. Riscos de contaminação nos poços tubulares
7. Fiscalização por profissionais qualificados do processo construtivo da perfuração dos poços indicando formas de evitar contaminação do lençol freático.
7. Educação Ambiental da comunidade a fim de evitar contaminação pós construção.
8. Riscos de contaminação nos poços amazonas (cacimba).
8. Fiscalização por profissionais qualificados do processo construtivo da perfuração dos poços indicando formas de evitar contaminação do lençol freático.
8. Realizar tratamento de descontaminação e instalação de Estação de Tratamento de Água (ETA). Implantar tecnologia adequada para reuso das águas residuárias. • Educação Ambiental da comunidade a fim de evitar contaminação pós construção.
9. Escassez de água por exploração excessiva de mananciais.
9. Avaliação prévia do impacto cumulativo da construção de poços e/ou aumento do volume de água removido do lençol ou manancial pelo sistema de adução/tratamento. Consulta prévia aos
• Definir fontes de captação alternativas para reduzir impacto sobre mananciais sobre-explorados. • Planejar a combinação de diferentes formas de disponibilizar água
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órgãos ambientais e de outorga para auxiliar na definição da capacidade máxima (segura) de fontes de captação, considerando os usos existentes e planejados cumulativamente.
para consumo, com estruturas de captação e reservação de água da chuva em complementação a redes de abastecimento.
7.1 Subprojetos e atividades não elegíveis
Considerando as salvaguardas ambientais do BIRD, são
definidos os tipos/categorias de subprojetos não elegíveis para fins do
PRS, a saber:
• Atividades vinculadas à produção de fumo;
• Atividades vinculadas à produção de bebidas alcoólicas;
• Subprojetos em Parques Estaduais e /ou Nacionais e/ou em áreas
de interesse ambiental;
• Subprojetos que afetem patrimônio cultural físico;
• Subprojeto que gerem desmatamento em áreas naturais críticas e
/ou protegidas pela legislação federal e estadual;
• Barragem ou açude com altura maior que 20 m;
• Barragem ou açude cujo espelho d´água tenha superfície
superior a 100 ha;
• Sistema individual de irrigação com área superior a 20 ha;
• Desmatamento de área superior a 50 ha de caatinga e vegetação
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nativa;
8 CONSULTA PÚBLICA
Quanto à Consulta Pública destacam-se as propostas
apresentadas nos Encontros Regionais dos CMDRs para o PRS.
Foram realizados 08 Encontros no período de abril a junho de 2010
com a participação dos 180 CMDRs, conforme relatórios que constam
nos arquivos da Supervisão de Articulação Local do ProRural.
• Estimular ações que gerem consciência ambiental (educação,
preservação e conservação).
• Informar e capacitar os CMDRs sobre a forma de captação de
recursos para projetos de preservação ambiental.
• Priorizar os projetos de combate à desertificação e de
preservação ambiental.
• Considerar as questões ambientais, desde a aprovação dos
projetos.
• Incentivar o reflorestamento, aproveitando as plantas nativas.
• Promover feiras e eventos que contemplem a agricultura
orgânica, meio ambiente.
• Estimular a aplicação da política ambiental.
• Realizar capacitações de manejos produtivos de cunho
agroecológico.
• Realizar capacitações no combate à utilização de agrotóxico
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no entorno dos mananciais.
• Aprofundar a discussão da agroecologia: técnicos, estudantes,
sociedade e o próprio governo.
• Educação ambiental para revitalização das matas ciliares e
aproveitamento do potencial hídrico da região.
• Projetos produtivos com o aproveitamento da mata atlântica.
• Criar condições favoráveis para implementar projetos de
compensação em áreas degradadas.
• Valorizar a cultura do meio rural e das comunidades
tradicionais.
Em 05 de novembro de 2010 foi realizada uma reunião sobre o
PRS com o foco no Plano de Gestão Ambiental, aos membros do
Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA e convidados. A
reunião ocorreu na reitoria da Universidade de Pernambuco, na cidade
de Recife/ PE.
Em 21 de março de 2011 foi apresentado o MGAS e o Marco de
Reassentamento Involuntário para as instituições que atuam na área de
meio ambiente, potenciais parceiros do ProRural no PRS. Dentre as
instituições convidadas estiveram presentes representantes da CPRH,
Asa Brasil, Sabiá Chapada e IPA/ SARA.
Para os participantes o encontro foi importante e oportuno, pois
proporcionou uma visão desse projeto inovador e de como será tratada
a questão ambiental. Os participantes demonstraram interesse em
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contribuir como parceiros do PRS, podendo dessa forma melhorar a
gestão e sustentabilidade das OPFs.
Em 28 de março de 2011 foi apresentado o Marco dos Povos
Indígenas, Marco de Reassentamento Involuntário e novamente o
MGAS. Foram convidados representantes dos Povos Indígenas e
instituições governamentais e não governamentais que atuam junto a
esses povos. Os encontros foram realizados na sede do ProRural.
Os relatórios e lista de presença dos participantes encontram-se
disponíveis no arquivo da Unitec/ ProRural.
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Regional. Serviços de Capacitação em Gestão Ambiental. Relatório
Técnico da Seminários de Gestão Ambiental: UTRs Garanhuns e
Limoeiro. Sociedade Nordestina de Ecologia. 2010.
_____________ , Secretaria de Desenvolvimento e Articulação
Regional. Serviços de Capacitação em Gestão Ambiental. Relatório
Técnico Visita às Tipologias de Subprojetos nas UTRS de Garanhuns
e Limoeiro. da Sociedade Nordestina de Ecologia. 2010.
_____________ ,Secretaria de Desenvolvimento e Articulação
Regional. Serviços de Capacitação em Gestão Ambiental. Relatório
Técnico da Oficina de Sensibilização em Gestão Ambiental.
Sociedade Nordestina de Ecologia. 2010.
PNATER
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
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ANEXO A
Arranjo Institucional Estadual – Meio Ambiente
Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA, Órgão
Superior, instituído através da Lei nº 10.560, de 10 de janeiro de 1991
e disciplinado pela Lei nº 11.021, de 03 de janeiro de 1994,
reformuladas pelas Leis nº 11.721, de 01 de janeiro de 1999 e nº
11.734, de 30 de dezembro de1999, órgão colegiado, consultivo e
deliberativo e de composição paritária, formado por representantes de
entidades governamentais e da sociedade civil organizada, tendo por
competência definir os sistemas, as políticas e os planos de proteção
do meio ambiente e dos recursos ambientais; estabelecer padrões e
critérios relativos ao controle e à manutenção da qualidade ambiental,
visando ao uso sustentável dos recursos naturais; deliberar sobre a
aplicação dos recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente –
FEMA, de acordo com o artigo 79 do Decreto nº 21.698, de 08 de
setembro de 1999.
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS, criada
em 15 de março de 2010 para ampliar a atenção e alcance na solução
dos problemas ambientais. Antes a tarefa de cuidar das políticas
estaduais de meio ambiente era dividida pela Secretaria de Ciência e
Tecnologia e Meio Ambiente. A Semas tem como principal tarefa a
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implementação das políticas públicas ambientais do Estado de
Pernambuco, instituídas em lei no final de 2010. As políticas estaduais
setorizadas são um marco no trato das questões ambientais em
Pernambuco. São elas: política estadual de enfrentamento às
mudanças climáticas, política estadual de gerenciamento costeiro,
política estadual de resíduos sólidos e política estadual florestal.
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH, Órgão Executor,
instituída pela Lei Complementar nº 049, de 31 de janeiro de 2003,
integrante do Sistema Estadual do Meio Ambiente, por meio da
execução da Política Estadual do Meio Ambiente, exercendo a função
de órgão ambiental estadual, com poder de polícia administrativa e
atuação no controle da poluição urbano-industrial e rural, na proteção
do uso do solo e dos recursos florestais.
Companhia de Policiamento do Meio Ambiente – CIPOMA
(Companhia Vasconcelos Sobrinho), Órgão Seccional, vinculado à
Polícia Militar de Pernambuco, tem por objetivo exercer o
policiamento ostensivo para proteger o patrimônio ambiental do
Estado e assegurar a execução da política ambiental visando a
sustentabilidade dos recursos naturais.
Delegacia do Meio Ambiente – DMA - Órgão da Policia judiciária, é
vinculada a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, instituída
para o atendimento às denúncias e apurações de crimes contra o meio
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Conferências Estaduais de Meio Ambiente - CEMA a cada dois
anos, devendo ser precedidas de Conferências Municipais. O mesmo
instrumento aponta como um dos objetivos das Conferências “firmar-
se como instância de deliberação e orientação para o estabelecimento
de políticas públicas estaduais de meio ambiente”. Decreto no 31.508,
de 14 de março de 2008.
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ANEXO B
PARÂMETROS TÉCNICOS GERAIS QUANTO AOS
ASPECTOS AMBIENTAIS PARA ELABORAÇÃO DE
SUBPROJETOS PRODUTIVOS DO PRS
Os sistemas de produção vegetal e animal dos subprojetos produtivos
do PRS devem buscar:
a) a manutenção e/ou recuperação das áreas de preservação
permanente, assim como as áreas de Reserva Legal.
b) a proteção, a conservação e o uso racional dos recursos naturais,
de forma a manter a capacidade do ecossistema de fornecer
serviços ambientais (polinizadores, água, fertilidade do solo,
equilíbrio do clima, etc).
c) a diversificação do sistema e a interação da produção animal e
vegetal.
d) a irrigação e a aplicação de insumos devem ser realizadas de
forma a evitar desperdícios e poluição da água de superfície ou
do lençol freático, assim como evitar processos de salinização.
e) a utilização de insumos que, em seu processo de obtenção,
utilização e armazenamento, não comprometam a estabilidade
do habitat natural e do agroecossistema, não representando
ameaça ao meio ambiente e à saúde humana e animal.
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f) a adoção de manejo de pragas e doenças que:
a) respeite o desenvolvimento natural das plantas;
b) respeite a sustentabilidade ambiental;
c) respeite a saúde humana e animal, inclusive em sua fase de
armazenamento; e
d) privilegie métodos culturais, físicos e biológicos;
g) as instalações de armazenagem e manipulação de esterco,
incluindo as áreas de compostagem, deverão ser projetadas,
implantadas e operadas de maneira a prevenir a contaminação
das águas subterrâneas e superficiais.
h) a reciclagem de matéria orgânica como base para a manutenção
da fertilidade do solo e a nutrição das plantas;
i) a manutenção da atividade biológica do solo, o equilíbrio de
nutrientes e a qualidade da água;
j) nas atividades de pós-colheita, deve-se instalar sistemas que
permitam o uso e a reciclagem da água e dos resíduos, evitando
o desperdício e a contaminação química e biológica do
ambiente.
k) o manejo do solo deverá priorizar as práticas conservacionistas,
tais como: plantio em nível e adubação orgânica, assim como a
adubação verde, a manutenção da cobertura viva do solo, os
consórcios, a rotação de culturas e a capina seletiva, além de
evitar a compactação do solo pelo uso de equipamentos
inadequados ao tipo de solo ou relevo.
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l) o manejo dos animais deverá priorizar as práticas de bem-estar
animal.
m) quando o sub-projeto incluir o manejo de espécies exóticas
(animal e/ou vegetal), considerar o impacto sobre as espécies
nativas.