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ANO 12 – Nº 2213 – SÃO PAULO, 01 A 07 DE MAIO DE 2009 – R$ 2,00 www.jornalnippak.com.br Lupi protesta contra medida japonesa que incentiva volta de dekasseguis O Ministério do Trabalho e Emprego (MPE) protestou formalmente nesta quarta-fei- ra (27) contra as medidas anunciadas pelo governo ja- ponês que financiam o retor- no de trabalhadores brasilei- ros do Japão, mas exigem a contrapartida de que os de- kasseguis não voltem ao país. O Japão oferece US$ 3 mil para que os brasileiros desem- pregados retornem ao Brasil. No entanto, proíbe os traba- lhadores de reingressar no país, por um período ainda não estipulado pelo governo japonês, com o visto de tra- balho. O ministro Carlos Lupi encaminhou uma carta formal ao Ministério do Trabalho ja- ponês, por meio da Embaixa- da do Japão, protestando contra a medida e pedindo sua revogação. De acordo com Lupi, a medida é injusta com os trabalhadores brasi- leiros. ––—–——–––—––––––—––––––––——––—–| pág 05 Quem adquiriu os convites mas não puderam compare- cer ao Jantar Beneficente de Lançamento da segunda edi- ção do livro “O Nikkei no Brasil”, revista e ampliada, podem retirar seus exempla- res na Rua Dr. Thirso Mar- tins, 100, cjs. 608-610, Vila Mariana (estação Santa Cruz do metrô). O coordenador da obra, Kiyoshi Harada, in- forma que algumas dezenas de exemplares ainda estão à venda no mesmo local e na Associação do Centenário. “Nikkei no Brasil” pode ser adquirido na ACCIJB –––—–––––––––––| pág 07 O Museu de Arte de Lon- drina apresenta uma expo- sição itinerante de pinturas feitas por crianças de Nishi- nomiya, no Japão, cidade co-irmã de Londrina. No total, são 24 trabalhos que divulgam a expressão artís- tica de crianças de escolas públicas da cidade japone- sa. Também foram enviados a Nishinomiya 24 trabalhos de crianças de 5 a 12 anos de escolas públicas estadu- ais e municipais de Londri- na. Londrina expõe pinturas de crianças japonesas –––—–––––––––––| pág 08 A exposição Caligrafia é um tributo da Choque Cultural a todas as letras de todas as línguas impressas, manuscri- tas, desenhadas, pintadas, esculpidas, fotografadas, clássicas, modernas, con- temporâneas, populares, eruditas ou experimentais. A exposição tem início em São Paulo em 2 de maio – com evento de abertura das 16h às 19h, aberto ao público – e segue até 27 de junho, reunindo cerca de 40 artis- tas do mundo todo. Jun Matsui participa de Coletiva em SP –––—–––––––––––| pág 09 ––—–——–––—––––––—––––––––——––—–| pág 06 4ª edição do Nikkey Matsuri recebe 30 mil visitantes O 4º Festival Nikkey Matsu- ri, que se encerrou neste do- mingo, 26, recebeu 30 mil vi- sitantes no Clube Escola Jar- dim São Paulo (zona norte). Foi o maior público do festi- val desde a sua criação, em 2006, afirmam os seus orga- nizadores. O resultado foi muito comemorado, pois o atual cenário econômico não se mostra favorável à realiza- ção de grandes eventos. Mas, com criatividade e ousadia, a equipe de comunicação e de divulgação, com as participa- ções diretas dos principais di- rigentes, superou-se e obte- ve espaço significativo em to- das as mídias. DIVULGAÇÃO JORNAL NIPPAK ––—–——–––—–––––—––––––––—–——–––—–––––—–––—–––—–––––—––––––––——–—–| págs 2, 4 e 5 BUNKYO – O clima ainda é de ressaca pós-eleições, mas situação e oposição já come- çam planejar o futuro. O pre- sidente eleito, Kihatiro Kita, ainda busca uma fórmula para dividir seu tempo entre seu trabalho, a família e a nova ati- vidade. “Combinamos previ- amente que não poderia es- tar presente no Bunkyo de segunda a segunda”, disse Kihatiro Kita em entrevista ao Jornal Nippak. Já o candi- dato derrotado da oposição, Akio Ogawa, parece ter re- cuperado o fôlego após a eleição do último dia 25. “O ––—–—––—–——–––—––––––—–—–––—–––––––—––––––––——––—–| pág 11 Juniores de Mogi das Cruzes conquistam título do Circuito Paulista Depois de 28 jogos (incluin- do a final) – a competição teve início no dia 4 de abril – a categoria júnior de Mogi das Cruzes conquistou a primeira edição do Circuito Paulista de Beisebol. Na grande decisão, disputada no último dia 26, a equipe comandada pelo téc- nico Fábio Kobayashi derro- tou o Gecebs por 4 a 1. ––—–——–––—––––––—––––––––——––—–| pág 07 “Imagens do Centenário” é lançado em São Paulo O Nikkey Shimbun e o Jor- nal Nippak, ambos editados pela Editora Jornalística União Nikkei Ltda lançaram no dia 23 de abril no Museu Históri- co da Imigração Japonesa no Brasil (nono andar do Edifício Bunkyo), o livro “Imagens do Centenário”. A publicação aborda um panorama dos prin- cipais acontecimentos que marcaram as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil realizadas em todo o país. O livro conta com o patrocínio da Fundação Kunito Miysaka, do Banco Real, e da Federação do Co- mércio do Estado de São Pau- lo (Fecomercio). JORNAL NIPPAK O Pavilhão Japonês reali- za, neste feriado prolonga- do, o 4º Festival dos Me- ninos (Kodomo no Hi), do dia 1º até o dia 3 de maio, das 10 às 17h30. Trata-se de uma série de eventos para comemorar o Dia dos Meninos, que no Japão é festejado todo dia 5 de maio, com feriado nacional e com diversos rituais. Para o 4º Festival dos Meninos foi programada a exposi- ção de Shô (caligrafia ar- tística) com obras do mes- tre japonês Ryuseki Mori- moto, complementada por outra com brinquedos tra- dicionais japoneses. –––—––––––––| pág 12 Pavilhão Japonês comemora o Dia dos Meninos no Ibirapuera DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Lula precisou de quatro elei- ções para chegar lá”, afirmou Ogawa, acrescentando que “a oposição voltará daqui a dois sim, mas mais unida e organizada que antes”.

ANO 12 – Nº 2213 – SÃO PAULO, 01 A 07 DE MAIO DE 2009 – …cer ao Jantar Beneficente de Lançamento da segunda edi-ção do livro “O Nikkei no Brasil”, revista e ampliada,

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Page 1: ANO 12 – Nº 2213 – SÃO PAULO, 01 A 07 DE MAIO DE 2009 – …cer ao Jantar Beneficente de Lançamento da segunda edi-ção do livro “O Nikkei no Brasil”, revista e ampliada,

ANO 12 – Nº 2213 – SÃO PAULO, 01 A 07 DE MAIO DE 2009 – R$ 2,00www.jornalnippak.com.br

Lupi protesta contra medida japonesaque incentiva volta de dekasseguisO Ministério do Trabalho eEmprego (MPE) protestouformalmente nesta quarta-fei-ra (27) contra as medidasanunciadas pelo governo ja-ponês que financiam o retor-no de trabalhadores brasilei-ros do Japão, mas exigem acontrapartida de que os de-kasseguis não voltem ao país.O Japão oferece US$ 3 milpara que os brasileiros desem-pregados retornem ao Brasil.No entanto, proíbe os traba-

lhadores de reingressar nopaís, por um período aindanão estipulado pelo governojaponês, com o visto de tra-balho. O ministro Carlos Lupiencaminhou uma carta formalao Ministério do Trabalho ja-ponês, por meio da Embaixa-da do Japão, protestandocontra a medida e pedindosua revogação. De acordocom Lupi, a medida é injustacom os trabalhadores brasi-leiros.

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Quem adquiriu os convitesmas não puderam compare-cer ao Jantar Beneficente deLançamento da segunda edi-ção do livro “O Nikkei noBrasil”, revista e ampliada,podem retirar seus exempla-res na Rua Dr. Thirso Mar-tins, 100, cjs. 608-610, VilaMariana (estação Santa Cruzdo metrô). O coordenadorda obra, Kiyoshi Harada, in-forma que algumas dezenasde exemplares ainda estão àvenda no mesmo local e naAssociação do Centenário.

“Nikkei no Brasil”pode ser adquiridona ACCIJB

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O Museu de Arte de Lon-drina apresenta uma expo-sição itinerante de pinturasfeitas por crianças de Nishi-nomiya, no Japão, cidadeco-irmã de Londrina. Nototal, são 24 trabalhos quedivulgam a expressão artís-tica de crianças de escolaspúblicas da cidade japone-sa. Também foram enviadosa Nishinomiya 24 trabalhosde crianças de 5 a 12 anosde escolas públicas estadu-ais e municipais de Londri-na.

Londrina expõepinturas decrianças japonesas

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A exposição Caligrafia é umtributo da Choque Culturala todas as letras de todas aslínguas impressas, manuscri-tas, desenhadas, pintadas,esculpidas, fotografadas,clássicas, modernas, con-temporâneas, populares,eruditas ou experimentais. Aexposição tem início em SãoPaulo em 2 de maio – comevento de abertura das 16hàs 19h, aberto ao público –e segue até 27 de junho,reunindo cerca de 40 artis-tas do mundo todo.

Jun Matsuiparticipa deColetiva em SP

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4ª edição do Nikkey Matsurirecebe 30 mil visitantes

O 4º Festival Nikkey Matsu-ri, que se encerrou neste do-mingo, 26, recebeu 30 mil vi-sitantes no Clube Escola Jar-dim São Paulo (zona norte).Foi o maior público do festi-val desde a sua criação, em2006, afirmam os seus orga-nizadores. O resultado foimuito comemorado, pois o

atual cenário econômico nãose mostra favorável à realiza-ção de grandes eventos. Mas,com criatividade e ousadia, aequipe de comunicação e dedivulgação, com as participa-ções diretas dos principais di-rigentes, superou-se e obte-ve espaço significativo em to-das as mídias.

DIVULGAÇÃO

JORNAL NIPPAK

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BUNKYO – O clima ainda éde ressaca pós-eleições, massituação e oposição já come-çam planejar o futuro. O pre-sidente eleito, Kihatiro Kita,ainda busca uma fórmula para

dividir seu tempo entre seutrabalho, a família e a nova ati-vidade. “Combinamos previ-amente que não poderia es-tar presente no Bunkyo desegunda a segunda”, disse

Kihatiro Kita em entrevista aoJornal Nippak. Já o candi-dato derrotado da oposição,Akio Ogawa, parece ter re-cuperado o fôlego após aeleição do último dia 25. “O

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Juniores de Mogi das Cruzes conquistam título do Circuito PaulistaDepois de 28 jogos (incluin-do a final) – a competiçãoteve início no dia 4 de abril –a categoria júnior de Mogi dasCruzes conquistou a primeiraedição do Circuito Paulista deBeisebol. Na grande decisão,disputada no último dia 26, aequipe comandada pelo téc-nico Fábio Kobayashi derro-tou o Gecebs por 4 a 1.

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“Imagens do Centenário” élançado em São Paulo

O Nikkey Shimbun e o Jor-nal Nippak, ambos editadospela Editora Jornalística UniãoNikkei Ltda lançaram no dia23 de abril no Museu Históri-co da Imigração Japonesa noBrasil (nono andar do EdifícioBunkyo), o livro “Imagens doCentenário”. A publicaçãoaborda um panorama dos prin-

cipais acontecimentos quemarcaram as comemoraçõesdo Centenário da ImigraçãoJaponesa no Brasil realizadasem todo o país. O livro contacom o patrocínio da FundaçãoKunito Miysaka, do BancoReal, e da Federação do Co-mércio do Estado de São Pau-lo (Fecomercio).

JORNAL NIPPAK

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O Pavilhão Japonês reali-za, neste feriado prolonga-do, o 4º Festival dos Me-ninos (Kodomo no Hi), dodia 1º até o dia 3 de maio,das 10 às 17h30. Trata-sede uma série de eventospara comemorar o Dia dosMeninos, que no Japão éfestejado todo dia 5 demaio, com feriado nacionale com diversos rituais. Parao 4º Festival dos Meninosfoi programada a exposi-ção de Shô (caligrafia ar-tística) com obras do mes-tre japonês Ryuseki Mori-moto, complementada poroutra com brinquedos tra-dicionais japoneses.–––—––––––––| pág 12

Pavilhão Japonêscomemora o Diados Meninos noIbirapuera

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Lula precisou de quatro elei-ções para chegar lá”, afirmouOgawa, acrescentando que“a oposição voltará daqui adois sim, mas mais unida eorganizada que antes”.

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 01 de maio de 2009

CENTENÁRIO – Em cerimônia realizada no último dia23, no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil(nono andar do Edifício Bunkyo), a Editora JornalísticaUnião Nikkei lançou o tão aguardado livro “Imagens doCentenário”. Ás vésperas da eleição que definiria a novadiretoria do Bunkyo, o evento contou com representantesdas duas chapas que disputariam o comando da entidade,além de representantes e lideranças da comunidade. Ocônsul Kazuaki Obe e a consulesa Eiko Obe, o vereadorUshitaro Kamia, o cantor Joe Hirata e o artista plásticoYugo Mabe foram alguns dos presentes. Em tom de des-pedida, o presidente do Bunkyo, Kokei Uehara fez umdiscurso bastante emocionado. Leia mais na página 7

CONEXÃO: ARQUITETU-RA &DESIGN – Aconteceu

Apresentadora Rita Kohl e a estilista Erika IkeziliO arquiteto Naoki Otake, o diretor de arte e cultura da FJSP JoTakahashi e o diretor do programa João Cardia

Apresentadora Rita Kohl e a estilista Fernanda Yamamoto

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no último dia 7, as gravações doprograma da Fundação Japão

SP ‘Conexão: Arquitetura &Design’, em São Paulo. Com

previsão de estréia em maio natv a cabo JBNTV (canal 142 da

Sky), o programa discutirá o pro-cesso criativo de projetar um

espaço arquitetônico ou pensarno design de um produto.

ELEIÇÃO NO BUNKYO – Em Reunião Ordinária do Con-selho Deliberativo realizada no último dia 25, no Salão Nobre doBunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assis-tência Social), a chapa da situação, “Integração e Progresso”,encabeçada por Kihatiro Kita, foi eleita para comandar a Dire-toria Executiva da entidade. Pela primeira vez, os 106 conse-lheiros (100 eleitos mais 6 natos) votaram, sendo 24 por procu-ração. Leia mais sobre as eleições no Bunkyo nas pagi-nas 3 e 4 desta edição.

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul Takaki

Diretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Afonso José de Sousa

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,00

[email protected]

www.jornalnippak.com.br

4º NIKKEY MATSURI – Cerca de 30 mil pessoas (estimati-vas dos organizadores) prestigiaram a 4ª edição do NikkeyMatsuri, realizado nos dias 25 e 26, no Clube Escola Jardim SãoPaulo (Zona Norte de São Paulo). O evento contou com apre-sentações de danças típicas, performances dos principais gru-pos de tambores e intérpretes japoneses além de oficinas dearte (origami, kirigame, ioiô profissional) e muitos pratos típicosda culinária japonesa (yakissoba, temaki, harumaki, tempurá) ebrasileira. O deputado federal William Woo (PSDB-SP) mar-cou presença. Leia mais na página 6

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São Paulo, 01 de maio de 2009 JORNAL NIPPAK 3

BUNKYO/ELEIÇÕES

Kihatiro Kita prega continuidade do trabalho;oposição critica vitória do “conservadorismo”

Oclima ainda é de res-saca pós-eleição, massituação e oposição já

começam a planejar o futuro.A Reunião Ordinária do Con-selho Deliberativo que elegeua nova Diretoria Executiva doBunkyo (Sociedade Brasileirade Cultura Japonesa e de As-sistência Social) mostrou“amadurecimento” dos associ-ados e membros da ComissãoEleitoral. O interesse pôde sercomprovado em números: to-dos os 106 conselheiros (100eleitos mais 6 natos) votaram,sendo 82 pessoalmente e 24por procuração, fato inédito nahistória da entidade.

No final, as urnas aponta-ram a vitória do candidato dachapa da situação “Integraçãoe Progresso”, Kihatiro Kita,que obteve 54 votos. Ele seráo 11º presidente do Bunkyo.No site da entidade, seuantecessor, Kokei Uehara, jáconsta no rol dos “ex-presiden-tes”.

A chapa da oposição,“Change Bunkyo”, com AkioOgawa à frente, teve 48 vo-tos. Quatro conselheiros vota-ram em branco. A situaçãovenceu também a disputa pelaDiretoria do Conselho Delibe-rativo. O grupo comandadopor Tuyoci Ohara recebeu 54votos contra 46 da chapa lide-rada pelo ex-deputado estadualHatiro Shimomoto. Foram 4votos em branco e 2 nulos.

Emoção – Bastante emocio-nado, Kihatiro Kita afirmouque a diferença de votos – 6 –valorizou sua vitória. “Sabiaque seria uma disputa acirra-da, mas sempre acreditei na vi-tória, mesmo após o debate daúltima quarta-feira (22, even-to promovido pelo JornalNippak, Nikkey Shimbun eSão Paulo Shimbun no SalãoNobre do Bunkyo), em que mesenti prejudicado”, disse ele.Em seu discurso de agradeci-mento, Kita antecipou que pre-tende dar continuidade ao tra-balho iniciado há 6 anos porseu antecessor. “Eu e minhaequipe assumimos o compro-misso de prosseguirmos o tra-balho iniciado pelo professorKokei Uehara”, destacou Kita,confirmando sua intenção re-velada de criar “mais duas outrês” Comissões, entre elas aComissão Bunkyo Rural, lan-çada no Jornal Nippak e quelhe rendeu ibope.

Vitória do conservadorismo– Para o candidato derrotadoda oposição, Akio Ogawa, “fi-cou claro que foi uma vitóriado conservadorismo”. “Aspessoas querem mudança,mas, ao mesmo tempo que sequeixam, tem medo de experi-mentar o novo”, disse Ogawa,ainda frustrado com o resulta-do, afirmando que “3 ou 4 vo-tos migraram para o outro

N Ú M E R O S F I N A I S

Eleição para a Diretoria do Conselho Deliberativo

Chapa “Integração e Progresso” ............................ 54 votosChapa “Change Bunkyo” ....................................... 46 votosVotos em branco .......................................................4 votosVotos nulos ................................................................2 votos

Eleição para a Diretoria Executiva

Chapa “Integração e Progresso” ............................ 54 votosChapa “Change Bunkyo” ....................................... 48 votosVotos em branco .......................................................4 votos

CHAPA VITORIOSA:“INTEGRAÇÃO E PROGRESSO”

Representante da chapa: Kihatiro Kita

Presidente: Kihatiro Kita1º Vice-presidente: Jorge Yamashita2º Vice-presidente: Sadao Kayano3º Vice-presidente: Tomio Katsuragawa4º Vice-presidente: Harumi Arashiro Goya5º Vice-presidente: Marcelo Shiraishi6º Vice-presidente: Madoka Hayashi7º Vice-presidente: Jorge Yuuji ShimaoSecretário Geral: Anacleto Seitetsu HanashiroTesoureiro Geral: Gerson Kunii

DIRIGENTES DO CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Tuyoci OharaPrimeiro Vice-presidente: Masato NinomiyaSegundo Vice-presidente: Mitsuo NishimeTerceiro Vice-presidente: Emília TanakaPrimeiro Secretário: André Tatsuhiko KorosueSegundo Secretário: Décio Issamu NakagawaTerceiro Secretário: Lídia Keiko Ogassavara Shimizu

CONSELHO FISCALEfetivosLuis Shoji AoyamaTadayosi WadaTradbras Imp. Exp. Ltda. (William Carlos Ishiy)SuplentesFumio HasunumaKoitiro HamaValter Takeo Sasaki

TODOS OS EX-PRESIDENTES DO BUNKYOKiyoshi Yamamoto - 1º Presidente - de 12/1955 até 07/1963

Kumaki Nakao - 2º Presidente - de 08/1963 até 02/1965

Kunito Miyasaka - 3º Presidente - de 03/1965 até 03/1971

Sangoro Nobumitsu - 4º Presidente - de 04/1091 até 03/1975

Guenitiro Nakazawa - 5º Presidente - de 04/1975 até 03/1979

Shiniti Aiba - 6º Presidente - de 04/1979 até 02/1983

Masuichi Omi - 7º Presidente - de 03/1983 até 03/1991

Atushi Yamauchi - 8º Presidente - de 04/1991 até 03/1999

Hideo Iwasaki - 9º Presidente - de 4/1999 até 03/2003

Kokei Uehara - 10º Presidente - de 04/2003 até 03/2009

diretoria foi eleita tendo comobase o relatório de renovaçãodo Bunkyo, que é transformá-lo numa entidade realmenterepresentativa da comunidadenipo-brasileira”, comentouWatanabe, que aproveitou paracriticar a chapa adversária.

“Fizeram uma confusãoquando falaram em eleiçãodireta. O Bunkyo não é umaentidade de associados, masuma entidade que defende osinteresses de uma comunida-de. Tanto que foram criadascomissões específicas comoo Isec [Instituto de Solidari-edade Educacional e Cultu-ral] com o objetivo de audara readaptação dos filhos dedekasseguis ao ensino brasi-leiro”, explicou Watanabe,lembrando também que a “In-tegração e Progresso” foi aúnica chapa que “realmenterepresentada por associa-ções de outros Estados”.“Não é crítica, mas uma cha-pa que se diz representativanão pode ter somente repre-sentantes de kaikans de umEstado, no caso, São Paulo.Essa diferença foi importan-te e mostrou uma diferençade visão de quem efetiva-mente quer a integração”,cutucou Watanabe, que re-velou ao Jornal Nippak tersido indicado para assumir oConselho Consultivo do de-partamento de Pesquisa doConselho Nacional de Justi-ça, cujo presidente é o minis-tro Gilmar Mendes.

Fase boa – Para Watanabe, oBunkyo está vivendo uma “faseboa”. “Está se criando a con-cepção de que o Bunkyo não ésó uma entidade de bairro esim nacional. Nas comemora-ções do Centenário deu paraperceber esse tipo de consci-ência e isso vai se frmar cadavez mais. É preciso trabalharno sentido de reforçar a liga-

JORNAL NIPPAK

Kita discursa diante de sua equipe: “Assumimos o compromisso de continuarmos o trabalho”

lado”. “É algo que pode acon-tecer numa eleição”, admitiuOgawa, que agradeceu os con-selheiros que votaram na cha-pa “Change Bunkyo”. “Pelomenos conseguimos quebraresse tabu de que a oposiçãonão se unia. O importante foimostrar que existe um descon-tentamento. Agora vamosacompanhar de perto o traba-lho nos próximos dois anos”,disse, conformado, garantindoque “se for convidado paracooperar com a chapa vitorio-sa posso, até pensar”. “Mastem um todo poderoso lá quecertamente dirá não”, comen-tou Ogawa, ainda no calor daeleição.

Na segunda-feira, trêsdias após a eleição, em suavisita de agradecimento à re-dação, Akio foi enfático: “OChange Bunkyo não foi cria-do para almejar cargos. So-mos um grupo representativoe queremos ser ouvidos paraatender os interesses de umacomunidade que todos nósaprendemos a gostar”, afir-mou, acrescentando que asprincipais lideranças da opo-sição decidiram, em reunião,reafirmar o compromisso derenovar o quadro de conse-

lheiros daqui a dois anos,quando serão eleitos 50 novosmembros. “Daqui a dois anosvamos voltar. Chegamos aconclusão que o Bunkyo me-rece a nossa persistência”,avisa Ogawa, antecipandoque também já está definidoque encabeçará a chapa.

“O Lula precisou de quatroeleições para chegar lá”, com-para Ogawa, afirmando que asarestas entre os integrantes do“Change Bunkyo”, reunidos àsvésperas da eleição, foram de-vidamente aparadas. “Vamosvoltar mais unidos e organiza-dos e conscientes que teremosuma grande responsabilidade”,sentenciou, acrescentando que“enquanto isso, vamos fazervaler nosso papel de conselhei-ro e lutar para que nem o Ko-kushikan nem o Museu Histó-rico da Imigração Japonesa noBrasil sejam privatizados, comoestá sendo ventilado dentro daprópria situação”.

Confusão – Quem comemo-rou o resultado foi o ex-presi-dente do Conselho Deliberati-vo, Kazuo Watanabe. “O Kitaé uma pessoa batalhadora emostrou serviço durante suapassagem na Kibô-No-Iê. Essa

ção do Bunkyo com associa-ções e entidades de outros Es-tados, e o Bunkyonet será mui-to importante”, frisou Watana-be, afirmando que “não estavapor trás das decisões como mui-tos falavam”. “Para se ter umaideia, nunca participei de umareunião da diretoria”, afirmou.

Kokei Uehara, que fez seuúltimo discurso como presiden-te do Bunkyo – deixa o cargoapós três mandatos, preferiucontemporizar. “Nas duas cha-pas têm gente muito boa, masé claro que torci para que mi-nha equipe ganhasse porquedesta forma poderá dar conti-nuidade ao trabalho iniciado háseis anos. Fico feliz com a vi-tória porque são pessoas idô-neas, que trabalham para obem do Bunkyo”, disse Ueha-

ra em entrevista ao JornalNippak, acrescentando que aparticipação de jovens e mu-lheres deve aumentar de for-ma gradativa.

Indagado pelo JornalNippak se já está sentindosaudade, Uehara disse quesim. “Cumpri minha missão decidadão de origem nipônica.Foram seis anos de aprendiza-do em que tentei devolver umpouco do muito que recebi. Acomunidade mostrou que nãoé desunida como muitosacham”, afirmou.

Nesta terça-feira (5), opresidente eleito, KihatiroKita, estará em Brasília paraparticipar de um almoço ofe-recido pelo embaixador KenShimanouchi.

(Aldo Shiguti)

O 42º Encontro dos Desco-brimentos Brasil “ Portugal- Ja-pão-Itália-Espanha” foi come-morado em sessão solene reali-zada no último dia 24, no plená-rio Juscelino Kubitschek da As-sembleia Legislativa do Estadode São Paulo. Solicitada e pre-sidida pelo deputado JoãoCaramez (PSDB), a solenidadecontou com a participação doidealizador e coordenador do en-contro, Nelson Faria de Olivei-ra, e do ex-ministro e atual se-cretário especial dos DireitosHumanos da prefeitura de SãoPaulo, José Gregori.

“Esse evento, realizado nasede do Poder Legislativo, evi-

42º ENCONTRO DOS DESCOBRIMENTOS

Comunidade nipo-brasileira prestigia sessão solene na Assembleia Legislativaesclareceu que o movimentonasceu em Lisboa com o ob-jetivo de promover a confra-ternização entre as comunida-des e era composto inicialmen-te apenas por Portugal e Bra-sil. Depois, membros de outrasculturas foram se agregando aele. “Só vamos resolver nos-sos problemas na medida emque houver a preocupaçãocom o bem comum. Nossacorrente é a corrente do bem”,disse Oliveira.

Estiveram presentes ao en-contro, além de membros dasdiversas comunidades, o repre-sentante da Casa Imperial doBrasil, d. Gustavo Cintra do

Prado, o cônsul do setor políti-co do Japão, ToshinoriMatsuhiro, e o vice-cônsul daItália, Marco Leone. Ao finalda solenidade, o deputado JoãoCaramez entregou diplomas aautoridades de destaque dospaíses homenageados.

Representaram o Japão osgrupos Shinkyo Daiko e Dan-ça Kassa Odori, da Associa-ção Totori Kenjin do Brasil. AItália foi representada pelo gru-po La Bell”Italia; a Espanha,pelo Dança das Ilhas Canáriasdo Centro Canárias do Brasil;Portugal, pelo ator Tony Cor-reia; e o Brasil, pela cantoraPatrícia România.

dencia a intenção da Assem-bleia de contribuir para a inser-ção das comunidades de diver-sas origens na vida política donosso país”, declarou Caramez.“Nossos encontros têm gerado

vínculos, parcerias e ampliadohorizontes, além de resgatar ahistória de nossos imigrantes ede seus descendentes. Vamoshomenagear alguns dos mem-bros dessas comunidades para

mostrar nosso agradecimentopelo que herdamos de sua cul-tura. Minha crença é que ape-nas a união entre os povos con-duzirá à paz.”

Nelson Faria de Oliveira

Sessão solene foi realizada na Assembleia Legislativa e contou com a participaçaõ da comunidade

DIVULGAÇÃO

O candidato derrotado, Akio Ogawa: “O Lula levou quatro eleições”

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 01 de maio de 2009

ENTREVISTA: KIHATIRO KITA

“Se fizer uma boa gestão, o segundo mandatoserá uma consequência”, afirma Kihatiro Kita

Às vésperas de comple-tar 65 anos (nasceu em8 de maio de 1944, na

cidade paulista de Mirandópo-lis), Kihatiro Kita está prestesa enfrentar seu maior desafio:comandar o Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social)aquela que é considerada aprincipal entidade representa-tiva da comunidade nikkei. Fi-lho de imigrantes japoneses e“caipira assumido”, Kita de-sempenhou funções em vári-as entidades nikkeis, como aAssociação Cultural e Espor-tiva Saúde, a Sociedade Bene-ficente Casa da Esperança“Kibô-no-Iê” e a AssociaçãoBrasileira de Ex-Bolsistas“Gaimushô-Kenshusei”, alémdo próprio Bunkyo.

Formado em Direito, Kitaafirma que não está preocupa-do com o status que o cargopode sugerir. “Não tenho vai-dade de me relacionar com oalto escalão. Meu primeiroobjetivo é fazer com que oBunkyo cumpra o seu papel,que é o de preservar e divul-gar a cultura japonesa”, expli-ca Kita, que já pensa em umsegundo mandato. “Tenho queestar preparado para mostraro meu trabalho. A eleição seráuma espécie de julgamento eo segundo mandato, uma con-seqüência”, destaca Kita.Nada mal, para quem relutouem lançar sua candidatura.Confira trechos da entrevistaconcedida por Kihatiro Kita aoJornal Nippak

(Por Aldo Shiguti)

Jornal Nippak: Qual a suaavaliação dos seis anos demandato do professor KokeiUehara?Kihatiro Kita: Melhor seriaimpossível. Em 2002 a Comis-são Provisória dos Estudos deRenovação chegou ao consen-so geral, entre as pessoas ou-vidas, de que o Bunkyo é, eprecisa ser uma entidade cen-tral representativa da comuni-dade nipo-brasileira.

As diretrizes básicas da Di-retoria presidida pelo profes-sor Kokei Uehara, iniciada em2003/2005, foi a primeira ges-tão da nova etapa da históriado Bunkyo, de 2005/2007 foi afase da transição e a última de2007/2009 foi a que norteou oscaminhos a serem seguidaspelos futuros dirigentes, umgrande passo para atingir osobjetivos do Bunkyo.

Jornal Nippak: Na sua opi-nião, quais as ideias da di-retoria anterior que devemter continuidade e as quedevem ser revistas?Kihatiro Kita: Prefiro não me

para me dedicar à família

Jornal Nippak: Em entrevis-ta ao Jornal Nippak, a opo-sição disse que sua eleiçãorepresenta uma vitória doconservadorismo. O Sr. con-corda com essa afirmação? Kihatiro Kita: É lamentávelum comentário nesse sentido,aliás um desserviço que refle-te bem as intenções de quemas faz. Nesta eleição não hou-ve vencedor ou perdedor, hou-ve sim uma grande vitoriosa,que é a comunidade nipo-bra-sileira, e de todos os segmen-tos que buscam o progresso denossa comunidade, bem comonotadamente naquelas áreascoincidentes com os objetivosdo Bunkyo, nos encontros lo-cais, regionais e internacionais,jamais de interesses particula-res. Nós somos somente asferramentas eleitas pela mai-oria, que acredita que temosum melhor preparo e experi-ência para a consecução dostrabalhos.

Jornal Nippak: É possíveldar continuidade ao traba-lho iniciado pelo professorKokei Uehara e, ao mesmotempo, promover inovações,sejam elas administrativasou organizacionais?Kihatiro Kita: Obviamenteque sim, senão estaríamos sen-do contraditórios, afinal o nomede nossa chapa é “integraçãoe progresso”, temos o maiorinteresse em darmos continui-dade aquilo que vemos que estádando certo, e teremos claroainda mais interesse em promo-ver inovações que sejam posi-tivas, visando o aperfeiçoamen-to do nosso Bunkyo, desde queefetuados com muita prudênciae responsabilidade.

Jornal Nippak: Quais as pri-meiras medidas que preten-de adotar como presidentedo Bunkyo?Kihatiro Kita: Prefiro aindanão ficar comentando, poisestamos muito no início dos tra-balhos e poderia transparecerque eu queira me promover, esou totalmente contrário a umapostura dessa.

Jornal Nippak: No debatepromovido pelo JornalNippak/Nikkey Shimbun eSão Paulo Shimbun às vés-peras da eleição, o sr. optouem falar em português. A di-ficuldade com o idioma ja-ponês pode ser um obstácu-lo? Kihatiro Kita: A minha falaem português não foi opção,foi o que tínhamos acertadocom os organizadores do de-bate, sendo combinado queseriam em dois blocos: uma emlíngua portuguesa e outra emlíngua japonesa. A composiçãoda mesa seria de três pessoasrepresentando cada chapa. Aproposta foi aceita e indica-mos, a minha pessoa, o Sr. Jor-ge Yamashita e Sr. SadaoKayano. Eu falaria em portu-guês e o Sr. Jorge em japonêspois possui o domínio da línguae o Sr. Kayano intercederiacomo “bilíngüe”. Tanto é ver-dade que a mesa estava pre-parada com três cadeiras paracada lado. Entretanto, fomossurpreendidos que as regrashaviam sido alteradas minutosantes do início, com eliminaçãodo debate em língua portugue-sa e fazendo em somente emlíngua japonesa.

Quanto a dificuldade como idioma japonês, digo que nãotenho o domínio, a fluência,porém, falo, entendo e escre-vo no idioma japonês de for-ma mediana, o que tenhocomo uma grande meta é meaperfeiçoar nesta questãocom urgência. E não vejo queisso seja um obstáculo, seriase fosse o contrário, se eu ti-vesse dificuldade na línguaportuguesa.

Jornal Nippak: O ConselhoDeliberativo deve exercertanta influência em sua ad-ministração como exerceuna administração anterior?Na sua opinião como deveser o relacionamento com oConselho Deliberativo?Kihatiro Kita: O Conselho

Deliberativo, tem a sua com-petência estatutária, inclusivedeliberar sobre casos relevan-tes que estejam omissos noEstatuto. A Diretoria está ci-ente e consciente que todas asdeliberações tomadas peloConselho, serão acatadas ecumpridas.

Fomos eleitos pela maioriados conselheiros deliberativos,da qual fazemos parte, assimo nosso relacionamento é eserá das melhores.

Jornal Nippak: O sr. preten-de convidar a oposiçãopara conversar ou aprovei-tar idéias da chapa derrota-da? Kihatiro Kita: As portas es-tarão abertas e serão bem vin-das para todos sem restrição,e quaisquer sugestões e críti-cas desde que construtivas eem prol do Bunkyo. Quanto aoaproveitamento das supostasidéias da outra chapa, que nãotivemos a oportunidade de co-nhecer com maiores detalhes,estão, como todas as outrasboas sugestões, de portas aber-tas.

Jornal Nippak: Dizem quepara vencer o adversário épreciso conhecer sua estra-tégia... O sr. não teve nem cu-riosidade de ler o manifestodivulgado pela chapaChange Bunkyo?Kihatiro Kita: Não tive opor-tunidade de entrar em detalhes.Sei que eles querem mudan-ça, mas não falam de que for-ma. Isso é muito vago.

Jornal Nippak: Qual a men-sagem que gostaria deixarpara os associados e para acomunidade em geral? Kihatiro Kita: A mensagemque queremos deixar a todosos leitores, associados, dirigen-tes das associações, e paracomunidade em geral, é que anossa grande vontade, com-promisso, missão, esforço e adedicação com muito trabalho,estão altamente voltadas paraa preservação e difusão devalores e tradições da culturajaponesa no Brasil, fazendocom que a comunidade nipo-brasileira, juntamente com asoutras comunidades, venhamcontribuir para a formação e oaperfeiçoamento da culturabrasileira e elevando cada vezmais a qualidade de vida dopovo brasileiro.

JORNAL NIPPAK

O ex-presidente Kokei Uehara cumprimenta seu sucesso, Kihatiro Kita após a eleição no Bunkyo

posicionar ainda, pois a nossaequipe de trabalho não estácomposta, e somente após issotomaremos as nossas posições.

Jornal Nippak: Como as-sim?Kihatiro Kita: Já defini a Di-retoria Executiva, mas faltamdefinir ainda outros diretores eas Comissões.

Jornal Nippak: E quandovocês farão a primeira reu-nião?Kihatiro Kita: Estava marca-da para essa terça-feira (5),mas nesse dia tenho um almo-ço oferecido pelo embaixadorKen Shimanouchi, em sua re-sidência, em Brasília. [O en-

contro deve contar aindacom a presença de deputa-dos e outras autoridades].

Jornal Nippak: Com que fre-qüência o sr pretende estarno presente no Bunkyo?Kihatiro Kita: Vou ter quedividir meu tempo [atualmenteele dá expediente na NK As-sessoria Contábil e Fiscal]. Fi-cou combinado previamenteque não iria poder estar noBunkyo de segunda a segun-da. Preciso, primeiro, conver-sar com meus vices para queeles preencham a lacuna quan-do eu estiver ausente e que merepresentem em eventos quenão possa ir. Gostaria tambémde ter os fins de semana livre

Kita deposita seu voto na urna: “Nuna duvidei da vitória”

Com a equipe de trabalho: vices terão que preencher a lacuna

DEKASSEGUIS

Luiz Carlos Gondim pede auxílio para brasileiros no Japão

O deputado Luiz CarlosGondim (PPS) pediu ao gover-no federal que determine aoMinistério das Relações Exte-riores uma análise, com urgên-cia, sobre a possibilidade deprestar auxílio para o regressoao Brasil dos dekasseguis,nome que se dá aos descen-dentes de japoneses que emi-gram ao Japão em busca detrabalho.

O deputado Gondim refe-

re-se em sua moção apresen-tada, no dia 28/4, aos descen-dentes japoneses que, a partirda década de 1980, em virtu-de da difícil situação econômi-ca do país, com seus váriosplanos econômicos, hiperinfla-ção, baixos salários e poucoemprego, deixaram o Brasil embusca de melhores oportunida-des no Japão.

O encolhimento da econo-mia japonesa frente à crise eco-

nômica gerou efeitos diretos nacomunidade dekassegui, esti-mada em 315 mil brasileiros noJapão, a terceira população es-trangeira naquele país, segun-do dados da Associação Brasi-leira de Dekasseguis (ABD).

Entre 70% e 80% da forçade trabalho dos brasileiros noJapão é terceirizada e essessão os primeiros a ser corta-dos, conforme informou aABD. Segundo dados do Mi-

nistério do Trabalho, existemno Japão cerca de 170 mil bra-sileiros com contratos de tra-balho temporários ou terceiri-zados. São esses trabalhado-res as principais vítimas docorte nas empresas afetadaspela crise financeira mundial.“Esses dekasseguis são cida-dãos brasileiros que não podemter sua dignidade aviltada nemserem impedidos de retornarao Brasil”, explicou Gondim.

BUNKYO/CÉLIA OI

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DEKASSEGUIS 1

Lupi aprova ações propostas peloConselho Nacional de Imigração

*ÂNGELO ISHI

Nota do autor: Antes detudo, devo esclarecer queeste texto foi escrito original-mente em japonês, pensan-do nos leitores da página emjaponês do Nikkey Shim-bun. Por isso, certos trechospodem soar estranhos ou atésem nexo para quem está len-do a tradução para o portu-guês. O artigo foi escrito emforma de resposta a um arti-culista que, ao defender adifusão da “tradicional cul-tura japonesa” no Brasil,usou a expressão “ugoo noshuu” (“bando de corvos”)para se referir aos “dekas-seguis”.

A essa altura, quem morano Brasil pode estar achandoque a comunidade brasileira noJapão está à beira do colapso.Tudo graças à maciça (e mui-tas vezes exagerada) cobertu-ra sobre as desgraças enfren-tadas pelos brasileiros. Tantoa Rede Globo como as outrasmídias eletrônicas e impressasvem insistindo na tecla das fa-mílias que ficaram sem teto eoutras histórias que associamos brasileiros no Japão a umaimagem de “pobres coitados”.Diante disso, é até compreen-sível que Susumu Miyao, au-tor da coluna anterior destaseção, tenha ficado, como elediz, “crítico” em relação aos“dekasseguis” (eu, particular-mente, tenho procurado evitareste vocábulo; prefiro a ex-pressão “brasileiros no Ja-pão”). Talvez influenciado pelonoticiário, o autor usou a ex-pressão japonesa “bando decorvos” para se referir à faltade organização dos “dekasse-guis”.

Vale lembrar que esse no-ticiário tendencioso sobre osbrasileiros no Japão não é umfenômeno novo. O próprioMiyao diz que sua opinião ne-gativa sobre os “dekasseguis”se cristalizou com as informa-ções sobre “aumento da delin-quência juvenil e outras ques-tões que fizeram os dekasse-guis se transformarem numproblema social no Japão”.Entretanto, há algo nesse dis-curso dele que não me conven-ce. Um dos pontos questioná-veis é que ele atribui esses pro-blemas sociais dos dekasseguisao fato de que faltariam neles“as boas qualidades da tradi-cional cultura japonesa”. Eledá a entender que a culpa dosproblemas enfrentados pelosdekasseguis é deles próprios.Mas pensemos com calma: seos dekasseguis se tornaramum “problema” para a socie-dade japonesa, será que osgovernos do Brasil e do Japãoe as empresas que contrata-ram (e demitiram) essas pes-soas não têm nenhuma culpano cartório?

Mais do que isso, em quenobre “cultura tradicional japo-nesa” se inspiraram aquelasrecrutadoras, empreiteiras eagências de viagem da Liber-dade, Belém e outros locaisquando resolveram encherseus cofres com o lucrativonegócio do envio de 300 mil“nikkeis” para o Japão? Enten-do a tentação de se ignorar aexistência desses explorado-res, mas devo lembrar o leitorde que eles também são frutoda mesma comunidade nikkeique Miyao tanto enaltece.

Com o risco de ser mal in-terpretado, eu diria que o su-cesso econômico da comuni-dade nikkei, do qual tanto sefalou ao longo do ano do Cen-tenário da Imigração, foi man-tido em parte graças aos 300mil que foram trabalhar no Ja-pão. E não me refiro somenteàs tão conhecidas remessasque os “dekasseguis” enviaramdurante esses anos todos. Pelofato de terem migrado para oJapão, os chamados “nikkeisfracassados”, ou seja, aqueles

que enfrentavam problemasfinanceiros, se tornaram “invi-síveis” perante a sociedadebrasileira. Isso ajudou a impri-mir credibilidade ao discurso,repetido à exaustão durante oano do Centenário, de que osnipo-brasileiros são uma “co-munidade bem sucedida”.

Quero chamar a atençãopara o fato de que, durante ascomemorações do Centenáriono Sambódromo, não houvenenhuma homenagem especí-fica para os grandes ausentesdessas comemorações: os bra-sileiros que vivem no Japão,cujo número é tão grande queseria suficiente para lotar oSambódromo por dez vezes!Será que esses “dekasseguis”,que deveriam merecer o maiorrespeito por estarem batalhan-do do outro lado do planeta,continuam ainda hoje sendo os“primos pobres” que o nikkeibem sucedido prefere escon-der dos olhos da sociedade bra-sileira?

Obviamente, embora o meutexto seja uma resposta ao ar-tigo de Miyao, não é nenhumacrítica pessoal a ele. Tambémdevo admitir que, embora eume orgulhe de ter sido o pri-meiro pesquisador a acompa-nhar (com carinho) passo-a-passo o desenvolvimento dacomunidade brasileira no Ja-pão desde 1990, ainda assimnão me considero autorizado afalar em nome de uma comu-nidade tão numerosa, superiora 300 mil. Por que, então, jus-tamente eu fui convidado pelaRedação a escrever este arti-go? Imagino que seja porque,infelizmente, quase não se en-contra entre os brasileiros noJapão alguém capaz de deci-frar os artigos escritos em ja-ponês e, além de tudo, escre-ver um artigo que exige o co-nhecimento do “nihongo” for-mal. Isso em si já revela umadas grandes deficiências des-sa comunidade: a absoluta fal-ta de bilingues.

Há, entretanto, algumasnotícias animadoras. Por con-ta da crise econômica, não sãopoucos aqueles que acordarampara a necessidade de apren-der a sério o japonês. Tambémestá avançando a passos lar-gos a organização da comuni-dade brasileira no Japão. Emfevereiro deste ano, foi lança-do o embrião da “NetworkNacional dos Brasileiros noJapão”. Também faço parte dadiretoria inicial, como conse-lheiro. Aliás, o sucesso da“Expo Business” realizadaanualmente em Nagoya, paraficar em apenas um exemplo,prova que não é de hoje que acomunidade brasileira no Ja-pão vem se organizando.

Nas épocas remotas emque foi criada a expressão ja-ponesa “bando de corvos”, oscorvos eram considerados pou-co inteligentes, mas hoje emdia já se sabe que eles têm omaior nível intelectual entre asaves, além de uma grande ca-pacidade de se comunicar en-tre si. Será que os “dekasse-guis”, que foram comparadosa um “bando de corvos”, con-seguirão dar provas de todo oseu potencial? Para mim, queoptei por morar definitivamen-te no Japão, esta é uma preo-cupação que transcende a cu-riosidade acadêmica.

*Professor Associado da Fa-culdade de Sociologia daUniversidade Musashi emTóquio. Paulistano, gra-duou-se em Jornalismo naUSP e foi ao Japão em 1990como bolsista do Ministérioda Educação japonês. Apósconcluir a pós-graduaçãona Universidade de Tóquio,vem atuando como jornalis-ta, palestrante e pesquisadorde Estudos Migratórios. Au-tor do livro “Burajiriru oshiru tame no 55 shoo”(“Para conhecer o Brasil em55 capítulos”).

DEBATES

Os brasileiros no Japão sãomesmo “um bando de corvos”?

OMinistério do Trabalhoe Emprego (MPE)protestou formalmente

nesta quarta-feira (27) contraas medidas anunciadas pelo go-verno japonês que financiam oretorno de trabalhadores brasi-leiros do Japão, mas exigem acontrapartida de que os dekas-seguis não voltem ao país.

O Japão oferece US$ 3 milpara que os brasileiros desem-pregados retornem ao Brasil.No entanto, proíbe os trabalha-dores de reingressar no país,por um período ainda não esti-pulado pelo governo japonês,com o visto de trabalho.

O ministro Carlos Lupi en-caminhou uma carta formal aoMinistério do Trabalho japonês,por meio da Embaixada do Ja-pão, protestando contra a me-dida e pedindo sua revogação.De acordo com Lupi, a medi-da é injusta com os trabalha-dores brasileiros e não condizcom a histórica relação entreos dois países.

“Acontece uma crise (...)e a primeira coisa que se faz écriar um mecanismo, dentrooutras muitas medidas corre-tas, que diz que para você vol-tar para seu país o Japão dá apassagem, mas você só volta-rá o dia que o Japão achar con-veniente. Ou seja, nós só ser-vimos para construir? Para dar

AGÊNCIA RADIOBRÁS

nossa mão-de-obra? Na horaque aperta o calo, nós somosos primeiros a ouvir: pode vol-tar para casa”, afirmou o mi-nistro em entrevista à Agên-cia Brasil.

O ministro espera que ogoverno japonês reverta amedida. De acordo com Lupi,essa seria a decisão necessá-ria para que o problema sejasuperado. “Você nunca viu oBrasil ter uma atitude dessetipo. Ou seja, fazer uma espé-cie de vinculação na necessi-dade, o sujeito está desempre-gado, então toma uma passa-gem para você voltar para seupaís. Mas você não pode vol-tar mais”, afirmou.

Ações – Também no dia 27,Carlos Lupi aprovou uma sé-rie de ações propostas peloConselho Nacional de Imigra-ção para auxiliar os brasilei-ros em dificuldade no Japão.Entre elas, a regulamentaçãodas agências que levam ostrabalhadores brasileiros aoJapão; a criação de uma co-missão bilateral Brasil/Japão,para tratar especificamentede questões relacionadas aotrabalho de brasileiros no Ja-pão; e a implantação da Casado Trabalhador Brasileiro nopaís oriental.Também foram acolhidas peloMinistério as propostas de sa-que, no Japão, do Fundo de Ga-

CIDADES/MARÍLIA

7ª edição do Japan Fest recebemais de 60 mil visitantes

Organizado pelo NikkeyClube de Marília nos dias 17,18 e 19 de abril, a 7ª edição doJapão Fest recebeu mais de 60mil visitantes. O vice-presiden-te da Assembleia Legislativado Estado de São Paulo, de-putado Vinícius Camarinha(PSB), prestigiou a cerimôniade abertura. Camarinha cum-primentou os organizadores eainda entregou uma placa emhomenagem ao empresárioYoshimi Shimabukuro pelos

serviços prestados à comuni-dade nikkei.

“O Japan Fest já tomou di-mensão estadual com a parti-cipação de outros municípios.A festa faz parte do calendá-rio de eventos do governo es-tadual, gera empregos, promo-ve a tradição japonesa, atraigrande público e incrementa aeconomia de Marília. Cumpri-mento os organizadores e opúblico por essa grandiosa fes-ta”, concluiu o deputado.

O deputado Vinícius Camarinha com os organizadores da festa

DIVULGAÇÃO

A Comissão de Constituiçãoe Justiça e de Cidadania (CCJ)aprovou, no último dia 23 deabril, o Projeto de Lei 2448/07,do deputado Walter Ihoshi(DEM-SP), que denomina“Ponte Comendador HiroshiSumida” a ponte sobre o rioRibeira de Iguape, na BR-116,na cidade de Registro (SP).

A proposta, aprovada emcaráter conclusivo, segue parao Senado.

Hiroshi Sumida foi um imi-grante japonês, vereador emRegistro - e é considerado umdos responsáveis pela duplica-ção da rodovia Régis Bitten-court (BR-116), conhecida

como “Rodovia da Morte”.Sumida morreu em 1993 e,

dois anos antes, havia sido con-decorado pelo Imperador doJapão Akihito com a “Ordemdo Tesouro Sagrado - 5º Grau”pelos trabalhos realizados parao intercâmbio cultural entreBrasil e Japão.

Para o deputado Ihoshi, éuma imensa alegria poder pres-tar esta homenagem a Sumi-da. “Ele foi um grande homem,e merece este reconhecimen-to. Estou muito contente coma aprovação do texto na Câ-mara. Agora, acompanharei elutarei pelo trâmite do texto noSenado”, salientou.

CIDADES/REGISTRO

Câmara dá nome de imigrantejaponês a ponte em Registro

MISS NIKKEI RS – Próximo a Porto Alegre (RS), emuma reserva ecológica de São Sebatião do Caí, foi realizadono dia 26 de abril almoço com a presença das candidatas ao23º Concurso Miss Nikkei do Rio Grande do Sul. Familiarese amigos também compareceram para prestigiar o evento eapreciar um delicioso “kare” como “gorran” feito pelas se-nhoras do Fujinkai. Com o grande sucesso da edição do Cen-tenário em 2008 e o Miss Nikkei 2009, o evento prometemuitas novidades com algumas atrações como desfile dequimono e longo das candidatas. Shows do grupo MinatoDaiko, Tambores do Oriente, Grupo Soran Bushi do Seinekaie cantores convidados. O concurso será no dia 6 de junho,Clube Farrapos.

DIVULGAÇÃO

O ministro Carlos Lupi: “Nós só servimos para construir?”

Gripe suína: Japãoendurece

regras para concessãode visto a mexicanos

O Ministério de NegóciosEstrangeiros do Japão anunciounesta quinta-feira (28) que vaiendurecer as regras para a con-cessão de vistos a mexicanos. Amedida representa uma tentati-va de se prevenir contra a pro-pagação do vírus da gripe suínano país. As informações são daagência portuguesa Lusa.

O governo país pedirá à Em-baixada do Japão no México quesuspenda temporariamente osistema de isenção de visto eque reforce os procedimentos decontrole. Os cidadãos japone-ses também foram orientados aevitar viagens ao México e aoutros países onde há casos depessoas infectadas pela doen-ça. Medidas preventivas comolavar as mãos e evitar multidõesfazem parte da lista de recomen-dações feitas à população.

Até o momento, nenhumcaso de gripe suína foi confir-mado no Japão, mas a capital,Tóquio, reforçou o controle depassageiros vindos de outrospaíses. Eles passam por uma es-pécie de scanner térmico quepermite detectar pessoas em es-tado febril – um dos principaissintomas da doença.

Na quarta (27), o ministro daSaúde japonês, Yoichi Masuzoe,assegurou que o país dará prio-ridade ao desenvolvimento deuma vacina contra a gripe suína,mas admitiu que o processopode demorar até sete meses.

rantia por Tempo de Serviço(FGTS) e da realização de umaparceira com a Caixa Econô-mica Federal para possibilitar ouso naquele país da linha gra-tuita de atendimento do banco.Foi acertada ainda a criação depontos de atendimento, no Bra-sil, para auxílio aos brasileirosque retornam do Japão e bus-cam a recolocação profissional.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério do Trabalho,Saúde e Bem Estar do Japãoautorizou a liberação de em-préstimos de até 1.860.000 ie-nes para trabalhadores tem-porários desempregados paraserem pagos dentro de dezanos, a juros de 3% ao ano,como medida de emergência.

O Ministério do Trabalho tam-bém está liberando apartamen-tos do sistema Koyo SokushinJutaku e isentando do deposi-to de 2 mêses e da exigênciade fiador. A notícia foi publi-cada no jornal Yomiuri. Asagências públicas de empre-go Hello Work ficarão encar-

DEKASSEGUIS 2

Japão aprova financiamento paratrabalhadores temporários desempregados

regadas de intermediar osempréstimos com os bancos.Maiores esclarecimentos po-derão ser obtidos nos HelloWork instalados e todo o ar-quipélago. As informaçõesoficiais podem ser acessadasdiretamento no site do Minis-tério do Trabalho.

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CULTURA

4ª edição do Nikkey Matsurirecebe mais de 30 mil visitantes

O Instituto de Arte e Cerâ-mica (Iace) da FundaçãoMokiti Okada está lançando ocurso “Arte Cerâmica e SeuProcesso Criativo”, que tem oobjetivo de estimular os parti-cipantes a liberarem o sensocriativo e trabalharem o desen-volvimento individual, aliandoas técnicas de cerâmica como processo de confecção deuma peça.

Constituído em quatro aulas,com início previsto para o dia 7de maio, o curso proporcionaráaos alunos vivenciarem às se-guintes etapas: primeiras técni-cas de manuseio da argila, pro-dução de uma peça, lixamentoe acabamento, pintura e con-templação da mesma.

“Este curso é uma oportu-nidade para as pessoas conhe-cerem os benefícios que a ce-

CERÂMICA

Instituto de Cerâmica da Fundação Mokiti Okada lança curso“A arte Cerâmica e seu processo criativo”

Objetivo é estimular os participantes a liberarem o senso criativo

DIVULGAÇÃO

reunirá peças de cerâmica,tear, mosaicos e jóias confec-cionados por alunos e convi-dados do Iace.

Durante a Feirarte, o Iacedisponibilizará ao seu públicoa oportunidade de participar deuma aula experimental de ce-râmica, na qual os participan-tes podem manusear a argilae conhecer sobre a técnica.

A atividade acontecerá nasede do Iace, de segunda asexta-feira das 10h às 20h eaos sábados das 10h às 14h. Aaula é gratuita e precisa seragendada com antecedência.

Serviço – O Iace fica na ruaFrei Euzébio da Soledade, 84 -Vila Mariana - São Paulo.Mais informações pelo telefo-ne (11) 5573-8099 ou pelo e-mail [email protected].

râmica proporciona, principal-mente quanto à questão de di-minuir o estresse do dia-a-dia”,declara o coordenador geraldo Iace, José Vieira Filho.

As aulas serão realizadasàs quintas-feiras, a partir das19h, na sede do Iace.

Feirarte – O Instituto de Artee Cerâmica também promove-rá no mês de maio, de 4 a 30,a 2ª edição da Feirarte, eventoque tem o objetivo de estimu-lar a divulgação da arte e acontemplação das diferentestécnicas artesanais. O evento

O4º Festival Nikkey Ma-tsuri, que se encerrouneste domingo, 26, re-

cebeu 30 mil visitantes no Clu-be Escola Jardim São Paulo,rua Viri, 425, na zona Norte deSão Paulo. Foi o maior públicodo festival desde a sua cria-ção, em 2006, afirmam os seusorganizadores. O resultado foimuito comemorado, pois o atu-al cenário econômico não semostra favorável à realizaçãode grandes eventos. Mas, comcriatividade e ousadia, a equi-pe de comunicação e de divul-gação, com as participaçõesdiretas dos principais dirigen-tes, superou-se e obteve espa-ço significativo em todas asmídias (rádios, jornais, sites eTVs), inclusive na TV Minu-to, nos monitores dos trens doMetrô.

Desde o início deste ano, acoordenadoria de comunica-ção e imprensa do NikkeyMatsuri vem desenvolvendoações como exposições foto-gráficas do evento (com tra-balhos de Fran Rojas), apre-sentações de danças e taikôs,desfile de samurais em espa-ços públicos como na avenidaPaulista e estações do Metrô.

O objetivo do Nikkey Ma-tsuri é direto: é um festival decultura japonesa que visa inte-grar todas as culturas comapresentações de arte, dança,música e teatro. É também umfestival das famílias e da soli-dariedade, pois conta com aparticipação de quatro entida-des assistenciais da comuni-dade nipo-brasileira (Yassura-gui Home, Kibô no Iê, Ikoi noSono e Kodomo no Sono) e dogrupo Soho.

Todos os anos, o grupo pro-move, no espaço do NikkeyMatsuri, o “Soho Solidário”,quando uma numerosa equipede profissionais faz cortes etratamento de cabelo a preçospopulares. A renda dessa ati-vidade é integralmente desti-nada a uma entidade assisten-cial indicada pela organizaçãoe outra, indicada pelo ClubeEscola Jardim São Paulo. Nes-

te ano, a arrecadação do SohoSolidário será dividida entre aYassurague Home e o EspaçoVida, entidade da zona Norteda Capital.

Gastronomia – Neste ano, asensação na área gastronômi-ca foi o temaki, que teve gran-de procura pelo pessoal jovemnão descendente de japoneses.Além do temaki, outras iguari-as como o yakissoba, haruma-ki, tempurá, dorayaki, udon,okinawa sobá e delicias brasi-leiras como espetinhos de ca-marão, carne, pastel, sanduí-ches de pernil e “buraco quen-te”, especialidade da União

Cultural Guarulhense, tambémforam muito procuradas.

A seção de doces esteverecheada de guloseimas japo-nesas e brasileiras como sucosnaturais, açaí e sorvetes. Mui-tos puderam experimentar osorvete de tempurá, que atraiua atenção de muitos curiosos.

No Festival Nikkey Matsu-ri, o item alimentação tem im-portância muito grande para asentidades participantes, pois eleexige muito trabalho de todosos integrantes. Da escolha docardápio (que é acertada pormeio de uma eleição préviaentre as entidades organizado-ras) à elaboração dos pratos,

passando pela montagem dainfraestrutura das cozinhas, tudoé feito de forma a valorizar otrabalho em equipe.

A cozinha, geralmente, étocada pelo fujinkai (departa-mento das senhoras); ainfrestrutura fica aos cuidadosdos homens e dos seinens (de-partamentos dos jovens). Umexemplo desse trabalho emequipe pode ser constatado naestande do Anhanguera NikkeiClube que participou pela pri-meira vez do evento. Após oencerramento, a diretoria doclube fez um agradecimentoespecial a todos os participan-tes.

O Nikkey Matsuri é orga-nizado pelas seguintes entida-des nikkeis: ACET – Associa-ção Cultural e EsportivaTucuruvi, ACEOSM – Asso-ciação Cultural e EsportivaOkinawa Santa Maria,ACENBI – Associação Cul-tural e Esportiva Nipo-brasilei-ra Imirim, Associação Cultu-ral e Esportiva Nipo-brasileiraVila Nova Cachoeirinha, As-sociação Cultural e EsportivaCampo Limpo, UCEG –União Cultural e EsportivaGuarulhense e ANC – Anhan-guera Nikkei Clube.Público compareceu em bom número para prestigiar o evento

Organizadores e convidados durante cerimônia de abertura do 4º Nikkey Matsuri: sucesso

DIVULGAÇÃO

Encerra dia 30 de maio oprazo de inscrições para bol-sas de estudo de cursos téc-nicos previstos para o ano de2009, no Senac São Paulo. APolítica de Concessão de Bol-sas de Estudos oferece va-gas nas áreas de administra-ção e negócios, comunicaçãoe artes, design, gastronomia,

hotelaria, tecnologia, meioambiente, moda, saúde, bem-estar, turismo e educação.Para concorrer, os interessa-dos precisam ter renda fami-liar de, no máximo, um salá-rio mínimo e meio (conside-rando-se o salário mínimo na-cional) por pessoa (R$697,50).

SENAC

Inscrições para cursos técnicos prosseguem até 30 de maioDeve-se somar a essa ren-

da salários, pensões, aposen-tadorias, rendimentos infor-mais, recebimento de alugu-éis ou qualquer outra forma deobtenção de renda, divididopela quantidade de pessoas dafamília. Também é necessá-rio ser egresso ou estudantematriculado em cursos da

Educação Básica. Para se ins-crever e obter mais informa-ções sobre turmas, unidadesparticipantes e todos os pré-requisitos necessários bastaacessar o portal da instituição( w w w . s p . s e n a c . b r /bolsasdeestudo) e clicar emPolítica Senac de Concessãode Bolsas de Estudo.

As culturas dos povosindígenas de Taiwan

ÁSIA

DIVULGAÇÃO

(PARTE 3 – FINAL)

Os Amis, os Pinuyumayane os Kavalan vivem na parteleste de Taiwan.

Amis – Chegando a aproxi-madamente 155 mil pessoas,com a maioria residindo nosvales orientais e áreas cos-teiras, os Amis constituem omaior grupo dos povos indí-genas de Taiwan. O povoAmis tem um sistema matri-linear de herança, passam suacultura para frente em salasde aulas tribais e têm uma hi-erarquia com base na idade,na qual os chefes tribais têmsignificativa autoridade e res-ponsabilidade. Os tradicionaismétodos de produção inclu-em a agricultura, a caça e apesca costeira. Os festivaisde colheita Ilisin realizadosem julho e agosto com mui-tas danças e músicas são bas-tante conhecidos no exterior.O povo Amis se subdivide ge-ograficamente em Nanshih,Gangkou, Siouguluan, Malane Hengchun em grupos comdiferenças de língua, costu-mes e vestimentas.

Pinuyumayan – Os 9.000membros do grupo Pinuyu-mayan podem ser subdividi-dos em Jihihben e Nanwangcom base nas leves diferen-ças de língua e cultura. A ha-bilidade tanto no combateadquirida com rígidos treina-mentos nas escolas tradicio-nais e como na condução derelacionamentos com gover-nantes significava que, porlongo tempo, os Pinuyuma-yan controlaram as relaçõescom os grupos vizinhos Amise Paiwan.

Importantes rituais Pinu-yumayan: a cerimônia dosmacacos dos homens (paradesenvolver a coragem), acerimônia anual, a cerimôniado mar e a cerimônia da ca-pina das mulheres. Apesar daconsiderável penetração dereligiões ocidentais e Hanchinesas em áreas tribais, aalta sacerdotisa da tribo ain-da é responsável pela previ-são de bons ou maus aconte-cimentos, e por combinarseus poderes para realizaruma cerimônia no final doperíodo de luto.

Kavalan – Os Kavalan játotalizam 900 pessoas. Origi-nalmente vivendo na PlanícieYilan, eles se mudaram parao sul, nas áreas de Hualien eTaitung depois da migraçãoHan chinesa. Por muito tem-po eles foram consideradosum dos grupos pingpu (aborí-genes das planícies), os quaisforam assimilados pelos Hanchineses em uma época an-

terior. Entretanto, as suascaracterísticas tradicionaisainda podem ser encontradasem sua língua, mitos, rituais eartes. Por causa de sua pro-ximidade com os Amis, oscostumes tradicionais dosKavalan não deixaram de serinfluenciados.

Yami – O grupo étnico Yami,o qual vive em Lanyu (Ilhadas Orquídeas) na costa les-te de Taiwan atualmente temuma população de 2.700 pes-soas e apresenta uma cultu-ra de ilha oceânica bem dife-rente daquelas de grupos in-dígenas que vivem em Tai-wan. Por exemplo, eles nãoproduzem álcool ou praticama caçada de cabeças, o taroé seu alimento básico e suacultura é centralizada na pes-ca nos peixes-voadores, osquais migram anualmente naságuas da costa leste de Tai-wan. As características dis-tintas da cultura Yami inclu-em a adoração do anito (es-píritos ancestrais), as cerimô-nias para atrair os peixes-vo-adores, as casas semi-subter-râneas, os barcos de pescade fina escultura, a crençaem espíritos malignos e a dan-ça para balançar os cabelos,bem como um relacionamentocultural e genético com oshabitantes das Ilhas Batanes,nas Filipinas.

As culturas aborígenesem Taiwan têm acompanha-do o passo dos grandes acon-tecimentos sociais. Atravésde contatos e intercâmbios,as culturas tribais e os estilosde vida dos povos indígenastêm absorvido fatores exter-nos e têm sido misturadas gra-dualmente àquelas de outrosgrupos étnicos em Taiwan. Asaída de mais de 130 mil pes-soas indígenas de seus laresoriginais e dirigindo-se paracidades tem trazido novos de-safios para as culturas aborí-gines. A sociedade de Taiwané formada pelos povos Hanchinês e austronésio que, ape-sar de suas diferenças cultu-rais, conseguem trabalhar jun-tos e fazer suas respectivascontribuições para a socieda-de. A conscientização dospovos indígenas sobre a im-portância das culturas tradi-cionais e suas ações pararevitalizá-las e passá-las paraa geração seguinte, bemcomo o respeito do governopelo pluralismo cultural e odesejo de abrir espaço parao seu desenvolvimento, criamas condições para que as he-ranças indígenas possam sermantidas em Taiwan.

Fonte: Divisão de Informações:Escritório Econômico e Cultu-ral de Taipei

As culturas aborígenes em Taiwan têm acompanhado o passodos grandes acontecimentos sociais

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São Paulo, 01 de maio de 2009 JORNAL NIPPAK 7

LITERATURA 1

“Imagens do Centenário” é umdocumento para futuras gerações

LITERATURA 2

Veja como adquirir seu exemplar de o “Nikkei no Brasil”Quem adquiriu os convites

mas não puderam comparecerao Jantar Beneficente de Lan-çamento da segunda edição dolivro “O Nikkei no Brasil”, re-vista e ampliada, podem reti-rar seus exemplares na RuaDr. Thirso Martins, 100, cjs.608-610, Vila Mariana (Esta-ção Santa Cruz do Metrô) comda. Vera ou da. Jeniffer, fone5574-1040, contra-entrega dosrespectivos convites adquiri-dos. O coordenador da obra,Kiyoshi Harada, informa quealgumas dezenas de exempla-res ainda estão à venda nomesmo local e na Associação

do Centenário (tel.: 3208-1755)ao preço unitário de R$ 80,00.

“Aproveito a ocasião paraagradecer a adesão de cente-

nas de pessoas ao evento rea-lizado no dia 2 de abril, no Cír-culo Militar, em São Paulo”,observa Harada, lembrandoque o lançamento foi um su-cesso. “Nosso objetivo foi ple-namente alcançado em termospolítico-sociais com a presen-ça, pela primeira vez nos acon-tecimentos da espécie, de re-presentantes de todas as ca-tegorias profissionais (políticos,empresários, militares das For-ças Armadas e da Polícia Mi-litar, integrantes da Magistra-tura e do Ministério Público,artistas plásticos, esportistas,advogados, médicos, engenhei-

ros, odontólogos, representan-tes da Polícia Civil e da Polí-cia Federal, Procuradores daFazenda Nacional, da Fazen-da Estadual e da FazendaMunicipal, músicos, professo-res universitários e cultores doIkebana e do Oshibana”, co-memora Harada, acrescentan-do que o evento também obte-ve êxito financeiro resultandona apuração do lucro líquido deR$ 69.660,00, que foram re-passados a quatro entidadesassistenciais: Ikoi-no-Sono,Kibô-no-Iê, Kodomo-no-Sonoe Yassuragui Home, conformepublicado no Jornal Nippak.

REPRODUÇÃO

Capa da segunda edição

Canto do

Bacuri

MARI SATAKE

É assim. Pequenos sinaischegam. O despertador quevocê não escuta. O materialpara entregar ao cliente quevocê se esquece de pegar. Aspequenas distrações no trân-sito que fazem você chegaratrasada aos compromissos.Vários sinais, um atrás do ou-tro. E você nem se dá conta.Continua na sua jornadainsana. O pior de tudo é queage irracionalmente achandoque está atenta, que tudo estácerto. Justifica dizendo quecontratempos existem aosmontes, nesta cidade maluca.A causa está sempre ali, forade você. Muitas vezes, fica-mos nesta jornada insana pordias, meses, anos. Para man-ter a engrenagem, pequenosreparos, uma pausa aqui, ou-tra ali. Mas a cabeça e o cor-po, sempre a mil. Sem des-canso, sem tréguas. O corposofrendo. E você se endure-cendo até se arrebentar.

Até o dia em que o des-pertador ao seu lado é apenasuma caixa acústica irritante evocê nada pode fazer. Seusbraços não têm forças paraalcançá-lo. O corpo pesa, seucorpo é uma massa inerte.Sua cabeça parece ser umaimensa bexiga que ao menortoque, porá todos os miolospara fora. Você nada supor-ta. A voz da criança que techama. O cheiro do café quevocê costumava apreciar.Tudo é insuportavelmente ir-ritante. Você só quer ficar só.Mas ficar só é insuportavel-mente angustiante. Tudo dói.Não há solução para nada.Fim de linha. Fim de carreira.Carreira que nunca existiu.Pequenos trabalhos para jus-tificar a pouca grana do finaldo mês. Uma vida. Uma exis-tência. Chamar isto de exis-tência. Isto não é vida, não éexistência.

Você quer apagar. Nãoquer mais saber de ser esteengodo. Mas apagar é tão di-fícil. As horas passam. O cor-po, a cabeça, cada vez doen-do mais, a respiração ofegan-te. Tudo é tão difícil. Vocêquer se abandonar neste es-tado de prostração e se aca-bar de vez. Mas não conse-gue se acabar. O telefonecomeça a tocar. Não. Não tedão o direito de ficar rendida,jogada na cama como um tra-po velho. Vencida, se levan-ta. Veste uma roupa qualquere sai em busca das drogas.As lícitas. Elas justificam aprostração. Se você consumi-las, te darão o direito de des-cansar por algumas horas oudias. Quanto maior a dosa-gem, supostamente maior se-

A peste

ria o prazo para descanso docorpo vencido. Mas não. Comas super drogas a sua recu-peração deve ser breve. Pra-zo longo para isso não existe.Tudo deve ser muito rápido.

Você se rende a elas. Ascontas vão chegar e terãoque ser pagas. Aos poucos, ador começa a ganhar outraforma. A cabeça já não late-ja tanto, respirar torna-semais fácil. O corpo ainda élento. O pensamento aindaestá descoordenado, masvocê já não pensa em acabarcom tudo. A criança já podese aproximar. De manhã, ocheiro do café te convida asair da cama. Aos poucos,você volta a perceber apassarada nas árvores lá defora, as vozes das criançasindo para a escola. A sua ca-beça ainda está estranha, oseu peito parece meio aper-tado. Você ainda sente certoestranhamento no peito, naalma e sabe que precisa semexer. Amanhã é um novodia. Há a agenda a cumprir,os compromissos a seremhonrados. Dormirá por estanoite para amanhã recome-çar tudo novamente. Confor-mada, já faz planos para o diaseguinte.

O retorno à engrenagem,tudo é difícil no começo. Masvocê volta ao trabalho. As ho-ras passam, as obrigações sãoretomadas e você acha queestá feliz por estar superan-do a malvada da bactéria oudo vírus, seja lá o que foi quequase te arrasou. Finda o dia.Anoitece. É preciso voltar aolar. A noite é escura, no céua lua nova que cresce dese-nhando um C deitado. Não hátempo para contemplar o céu.Agora são as obrigações nolar que te esperam. O percur-so de volta para casa é lon-go. Toda atenção é pouca.Enfim, lar, doce lar. Arruma-ções aqui e ali, ajustes, acer-tos. Antes do banho noturno,mais um pequeno objeto a serguardado no armário alto.

Crash! A cadeira escorre-ga no piso liso e escorrega-dio. Você tenta se salvar. Ocorpo cai ereto, mas o pé!Ah! O pé, este não teve jei-to. Dobrou-se e plaft contrao assento da cadeira dura depau ferro. A dor é lancinante.Nada a fazer, senão correrem busca do auxílio médico.Correr como com este péquebrado? É preciso pensare pedir ajuda. Como é difícilpedir socorro. Diagnósticoinicial. Fratura óssea. Pé imo-bilizado, sem poder apoiá-lopor sete dias iniciais. E de-pois? O que virá?

[email protected]

ONikkey Shimbun e oJornal Nippak, amboseditados pela Editora

Jornalística União Nikkei Ltdalançaram no dia 23 de abril noMuseu Histórico da ImigraçãoJaponesa no Brasil (nono an-dar do Edifício Bunkyo), o li-vro “Imagens do Centenário”.A publicação aborda um pano-rama dos principais aconteci-mentos que marcaram as co-memorações do Centenário daImigração Japonesa no Brasilrealizadas em todo o país. Olivro conta com o patrocínio daFundação Kunito Miysaka, doBanco Real, e da Federaçãodo Comércio do Estado de SãoPaulo (Fecomercio).

A cerimônia de lançamentodestacou os imigrantes japone-ses que participaram dos even-tos comemorativos ao Cente-nário, realizados em 2008, e queforam registrados nas imagensinseridas no livro. As imagensprocuraram captar as emoções,o calor humano e a paixãotransmitidas pelos nikkeis queparticiparam das festividades.O livro não é só de lembran-ças, mas trata do momento his-tórico vivenciado pela comuni-dade nikkei na atualidade, esempre lembrando aqueles queinfluenciaram na construção doBrasil desde 1908.

O evento que contou com apresença de aproximadamente350 autoridades e personalida-des da comunidade nikkei foiaberto pelo presidente do Jor-nal Nikkey Shimbun, RaulTakaki, que discursou em por-tuguês e japonês. Na ocasiãoele enfatizou o trabalho e a ini-ciativa das redações portugue-sa e japonesa para preparar olivro de “memórias”, imagense recordações. “Espero que osleitores possam ler e passar paraos amigos e parentes do Japãocomo foi o Centenário”, desta-cou ao agradecer as equipesque produziram a publicação.

Em um discurso inflamadoo ex-presidente do Bunkyo,Kokei Uehara, lembrou oseventos especiais, inéditos e sig-nificativos de abrangência re-gional, nacional e internacional,além das inúmeras manifesta-ções explícitas de reconheci-mento da atuação construtivados imigrantes japoneses. “Cer-

tamente os momentos jamais seapagarão da nossa memória ecada lembrança será motivo deorgulho e satisfação. Portantoimbuído do sentimento de feli-cidade e quem viveu o dia-a-dia de cada um dos fatos, saú-do com muita alegria o lança-mento do livro ‘Imagens doCentenário’. Esta publicaçãoserá um dos documentos queiremos guardar como uma pre-ciosa recordação e se tornaráem um poderoso aliado capazde manter as grandes realiza-ções do Centenário”, ressaltouele ao desejar que o livro setransforme em um concorridobest seller.

Emocionado Kokei Ueha-ra espera que a publicação sejaum dos documentos importan-tes para futuras gerações e queseja útil para os próximos 100anos para comemorar os 200anos da imigração japonesa.“Esse livro é o fruto do traba-lho dos velhos imigrantes quea maioria está no céu e que nosdeixaram dois grandes legados:a dedicação na agriculturapara melhorar o hábito alimen-tar do país, e apesar das difi-culdades a dedicação na edu-cação da família. Na missãodeste livro com muito orgulhoestamos comemorando os 101anos da imigração, primeirogrande passo para o futuro”,destacou ele ao cumprimentara equipe dos jornais.

Gerações futuras – O côn-sul-geral em São PauloKazuaki Obe frisou a visita dopríncipe herdeiro Naruhito e deautoridades japonesas no Bra-sil como um dos fatos impor-tantes das comemorações de2008. “Fico muito feliz em par-ticipar do lançamento, pois de-sejo sinceramente que a comu-nidade nipo-brasileira cresçacada vez mais”, salientou.

Para o cantor Joe Hirata olivro significará um registro im-portante para as gerações fu-turas, porque não será agoraque realmente será sentido ovalor da publicação. “A impor-tância nós temos consciência,mas o valor virá com as gera-ções que vão ler e ver as ima-gens do livro e falar do Cente-nário que teve uma mobilizaçãoonde a comunidade mostrou asua força a nível nacional e in-ternacional. Acredito que issopode até inspirar para as próxi-mas festividades para as pes-soas verem que há cem anosteve essa festividade a nívelBrasil/Japão, realizada por seusantepassados, mostrando esselaço para que as pessoas, ne-tos e bisnetos sempre lembremda luta e da grande festa doCentenário”, assegurou.

O Superintendente Execu-tivo do Banco Real, OrídioShimizu, discursou em japonês,assim como o editor-chefe doNikkey Shimbun, Masayuki

Fukasawa, que reconheceu tersido surpreendido ao notar opoder da comunidade nikkei. Acerimônia de lançamento dolivro foi encerrada com o tra-dicional kanpai (brinde), feitopelo presidente da Federaçãodas Associações de Provínci-as do Japão no Brasil(Kenren), Akeo Yogui.

Venda — O livro “Imagens doCentenário” mostra as princi-pais festividades alusivas quemarcaram a data em todo o ter-ritório brasileiro em seis capí-tulos com textos explicativosem português e japonês, 176páginas e mais de 600 imagenscoloridas. A edição impressaem papel couché e capa duratem cinco mil exemplares. Ocusto por exemplar é de R$80,00 para não assinantes; R$60,00 para assinantes do Jor-nal Nippak; e R$ 30,00 paraassinantes do Nikkey Shimbun.A publicação está à venda nosseguintes locais: Nikkey Shim-bun - (11) 3208-3977 - Rua daGlória, 332 - Liberdade; Bun-kyo - (11) 3208-1755 - Rua SãoJoaquim, 381 - Liberdade; Li-vraria SOL - (11) 3208-6588;Livraria Fonomag - (11) 3104-3399; Livraria Takano - (11)3209-3313; e Casa Ono - (11)3813-6522. Outras informa-ções pelo telefone: (11) 3208-3977.

(Afonso José de Sousa)

Equipe do Nikkey Shimbun com o redator Masayuki Fuksawa: registro precioso do Centenário

JORNAL NIPPAK

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8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 01 de maio de 2009

LONDRINA

Centro Cultural expõe pinturas decrianças japonesas de Nishinomiya

ORQUÍDEAS

Orquidário prepara exposiçãoespecial para o Dia das Mães

De 8 a 17 de maio, o Or-quidário Morumby estará rea-lizando uma exposição especi-al para o Dia das Mães. Noorquidário, filhos, mães e a fa-mília toda vão poder apreciargratuitamente milhares de or-quídeas floridas, como cattlei-as, vandas, phalaenopsis,cymbidiuns, entre outrasameaçadas de extinção.

Para proporcionar um pas-seio inesquecível, a apresenta-ção de música ao vivo vaidescontrair o espaço, que tem

uma decoração envolvente eagradável e conta com um am-plo salão onde estarão as flo-res expostas e também orquí-deas floridas à venda a partirde R$ 10,00.

No local há também umcafé, que oferece diversas op-ções de bebidas e alimentosinspirados nas orquídeas. Estainspiração também está pre-sente no empório que contacom uma linha de banho ricaem óleos e extratos vegetais earomas exclusivos.

Durante a exposição, nacompra de uma orquídea, oorquidário homenageia asmães oferecendo uma esfoli-ação das mãos, feita com osprodutos da linha empório. OOrquidário Morumby, que atuano segmento há 26 anos, pos-sui também serviços como cur-sos de cultivo, enfermaria ehotel para as orquídeas.

EXPOSIÇÃO DE ORQUÍDEASDO ORQUIDÁRIO MORUMBYONDE: AV. PROF. VICENTE RAO, 1513,BROOKLIN PAULISTA - SPQUANDO: DE 8 A 17 DE MAIO. DE TERÇA

A SÁBADO, DAS 9H ÀS 20H. AOS

DOMINGOS, DAS 9H ÀS 18H.INFORMAÇÕES PELOS TELEFONES:11/5041-2391 OU 7864-5836ENTRADA FRANCA

Visitantes poderão apreciar gratuitamente milhares de plantas

DIVULGAÇÃO

O Museu de Arte de Lon-drina inaugurou no último dia27 uma exposição itinerante depinturas feitas por crianças deNishinomiya, no Japão, cidadeco-irmã de Londrina. A mos-tra é itinerante e será expostaaté o dia 8 de maio no CentroCultural da Região Norte. Nototal, são 24 trabalhos que di-vulgam a expressão artística decrianças de escolas públicas dacidade japonesa.

Também foram enviados aNishinomiya 24 trabalhos decrianças de 5 a 12 anos de es-colas públicas estaduais e mu-nicipais de Londrina. Os tra-balhos são frutos de projetosdesenvolvidos pelas escolas noMuseu de Arte. “Todos os anostemos a missão de trabalharcom as crianças e enviar de25 a 30 desenhos para Nishi-nomiya para serem expostoslá. Temos uma comissão queescolhe os melhores para se-

Mostra reúne 24 trabalhos que divulgam expressões artísticas

DIVULGAÇÃO

turas é livre e os trabalhos fo-ram desenvolvidos no ano pas-sado. Após a exposição, as pin-turas das crianças japonesasficarão à disposição do museupara registro.

Serviço – O Centro Culturalda Região Norte fica na ave-nida Saul Elkind, nº 790. Apóso dia 8 de maio a exposiçãosegue para a Biblioteca Muni-cipal de Londrina, na avenidaRio de Janeiro, nº 413, e ficalá entre os dias 18 e 29 demaio. Depois, as obras serãoexpostas na Biblioteca Ramalda Vila Nova, de 1º a 12 dejunho, na rua Purus, s/n (regiãocentral). Por último, as pintu-ras seguem para o ColégioEstadual Vicente Rijo, que ficana avenida Juscelino Ku-bitschek, nº 2.372, esquinacom avenida Higienópolis. Lá,ela fica entre 18 e 30 de outu-bro.

rem enviados”, destacou a di-retora do museu, Sandra Joia.

A parceria com a cidadejaponesa de Nishinomiya vem,desde o início da década de1980, quando as duas cidadestornaram-se co-irmãs. Deacordo com a diretora, o obje-

tivo da exposição é estimularas crianças para que visitem omuseu, produzam arte e co-nheçam a cultura de outrospovos. “Com este intercâmbio,mostramos os laços que temoscom o Japão”, afirmou Sandra.Segundo ela, o tema das pin-

O Kumon possui um mé-todo de ensinamento eficaz etem atraido muita atenção emvários países, principalmenteno Brasil. Por acreditar nestemétodo, a professora Marle-ne Massako Hirama (51), di-retora do Kumon de São Ber-nardo, em Campinas (SP), es-teve no Japão, como convida-da especial, no final do anopassado, para participar deum mega evento comemora-tivo. Trata-se do Encontro

Mundial de Orientadores e dafesta dos 50 anos do Kumonmundial.

O encontro foi realizado nomaior estádio coberto do Ja-pão, o Tokyo Dome. No en-contro, Marlene proferiu pa-lestra, em japonês, sendo tra-duzida simultaneamente parasete idiomas.

O tema foi “A Busca In-cansável do Potencial dos Alu-nos”. A orientadora foi home-nageada com um ramalhete

ENSINO

Professora de Campinas faz palestra no Japão sobre Método Kumon

Morio e Marlene MassakoMitsutake Hirama

DIVULGAÇÃO

de flores, simbolizando todo oseu trabalho educativo econstrutivo para o bem dahumanidade e por ter contri-buído para o crescimento doKumon na América do Sul.

Logo após, participou deum Fórum de debates no qualparticiparam mil e seiscentoseducadores, 300 facilitadorese 300 intérpretes.

No Encontro, participa-ram 16 mil orientadores vin-dos de todas as partes do

mundo A estrutura foi mon-tada para que todos ficassemsatisfeitos, segundoMarlene.”Foi um excelenteaprendizado para mim no quese refere à organização”, dis-se. E completou: “Nada saiuerrado, foi um mega evento,uma organização impecável,com prazos e horários cum-pridos pontualmente dentrodo programa”.

(Célia Kataoka, especialpara o Jornal Nippak)

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São Paulo, 01 de maio de 2009 JORNAL NIPPAK 9

CALIGRAFIA

Jun Matsui participa de Coletivana Galeria Choque Cultural

A Editora Paninilança este mês oD.Gray-Man, umdos títulos maisaguardados do ano.Mangá shonen deação, fantasia, dra-ma e humor,D.Gray-Man, deKatsura Hoshino,chega ao Brasilcom periodicidademensal, em forma-to tankobon (enca-dernado com cercade 200 páginas),com tradução dire-ta do japonês, or-dem de leitura ori-ental e onomatopéi-as originais. Atual-mente, a série pos-sui 17 volumes, eainda está em anda-mento no Japão.

A história ocor-re em um século 19fictício, repleto de elementosgóticos e sobrenaturais, AllenWalker combate os akumas –criaturas feitas de máquina,alma humana e tragédia –, etestemunha o sofrimento e odesespero das pessoas afeta-das pela perda de entes queri-dos, que acabam tomando de-

cisões infelizes sob influênciado Conde do Milênio, o fabri-cante de akumas.

Desafiando Deus e crian-do um exército dessas criatu-ras, o Conde é uma figura maisantiga que o Grande Dilúviocitado na Bíblia e planeja umnovo evento apocalíptico con-

ANIME E MANGÁ

Panini lança D. Gray-Man, de Katsura Hoshino

Capa do mangá D.Gray-Man

DIVULGAÇÃO

tra a humanidade. Ele apare-ce para aqueles que sentem opeso da tragédia, inconsoláveiscom a perda recente de al-guém muito próximo e amado,se aproveita da dor e deses-pero alheios e faz uma ofertatentadora: a ressurreição dapessoa morta por meio da in-corporação da alma em umesqueleto mecânico. Mas esseaparente ato de bondade logose revela uma terrível armadi-lha.

A alma retorna ao mesmotempo triste e enfurecida porter se tornado escrava do Con-de, e é forçada por ele a ma-tar e vestir a pele da pessoaque desejou sua volta, para ain-da ter que disseminar a mortesob suas ordens. Assim sãofabricadas as máquinas deguerra conhecidas comoakumas, que se camuflam en-tre as pessoas e as matam paraque possam evoluir, se tornan-do mais fortes.

A Ordem Negra foi funda-da pelo Vaticano para comba-ter as ações do Conde do Mi-lênio. Essa organização é en-carregada de coletar as“innocence”, substâncias po-derosas que geram as armasanti-akuma, atualmente espa-lhadas pelo mundo todo. Alémdisso, também recrutaexorcistas, pessoas compatí-veis com essas armas. Comoum exorcista portando umaarma anti-akuma e impulsiona-do por uma tragédia pessoalque o fez conhecer a dor dasvítimas do Conde, AllenWalker corre o mundo paradestruir os akumas e libertarsuas almas, em uma trajetóriarecheada de dramas, encontrose a descoberta da esperançaem meio às perdas.

Obra de Daniel One, destaque da mostra

Aexposição Caligrafia éum tributo da ChoqueCultural a todas as le-

tras de todas as línguas impres-sas, manuscritas, desenhadas,pintadas, esculpidas, fotografa-das, clássicas, modernas, con-temporâneas, populares, erudi-tas ou experimentais. A expo-sição tem início em 2 de maio– com evento de abertura das16h às 19h, aberto ao público– e segue até 27 de junho, reu-nindo cerca de 40 artistas domundo todo.

A mostra conta com obrasde artistas internacionais,como é o caso de Jun Matsui,tatuador nacional conhecidopelos desenhos pretos e tatua-gem precisa. Fez fama emTóquio e chegou a tatuarchefões da Yakuza. Matsui éum dos primeiros tatuadoresque só traça seus próprios de-senhos, e apenas em preto. Em2006, lançou o livro bilíngüejaponês-português Hari (agu-lha). Hoje, Jun também dese-nha jóias e foi em uma delasque se inspirou para fazer odesenho que vai apresentar naCaligrafia.

Para citar outros nomesdesta exposição, Atsuo, do Ja-pão, que trabalha em uma fá-brica de manequins e mesclaresina, glitter e tinta fluores-cente, merece nota. ChazBojorquez, americano de 60anos que é um dos mais anti-gos grafiteiros em atividade.Ele, praticamente, inventou umtipo de letra muito usado emgangs, o “Cholo”, ícone de todacultura underground de LosAngeles desde a década de 60.

O curador e sócio-proprie-tário, Eduardo Saretta optoupor uma seleção de artistasconhecidos pela sua ligaçãocom a caligrafia, convidando

(São Paulo) - Casper (Osaka)- Chaz Bojorquez (Los Ange-les) - Chivitz (São Paulo) -Claudio Gil (Rio de Janeiro) -DanielONE (São Paulo) -David Samuel (Londres) -Dise (Osaka) - Dimitry Oskes(Moscou) - Dionr (São Paulo)- Does (São Paulo) - Eine(Londres) - Eltono (Madrid) -Fefe Talavera (Madrid) - IvanSzazi (São Paulo) - Jorge Gal-vão (Curitiba)- Jun Matsui(São Paulo) - KR (Nova York)- L’Atlas (Paris) - Loomit(Munich) - Luca Barcellona(Milão) - Magoo Felix (SãoPaulo) - Mariana Martins (SãoPaulo) – Marcone (São Pau-lo) - Nove (São Paulo) - NunoValério (Barcelona) - Onio(Brasília) - Pedro Inoue (SãoPaulo) - Pifo (Osaka) -Pingarilho (São Paulo) - Pjota(São Paulo) - Point (Praga) -Presto (São Paulo) - Remed(Madrid) - Retna (Los Ange-les) - Ripo (Barcelona) –Rubens Matuck (São Paulo) -Saber (Los Angeles) - StephanDoitschinoff (São Paulo) -Tony de Marco (São Paulo) -Trampo (Porto Alegre) -Tristan Eaton (Nova York) -Zezão (São Paulo) - Zosen(Barcelona).

CALIGRAFIAQUANDO: DE 2 DE MAIO A 27 DE

JUNHO. DE TERÇA A SÁBADO, DAS 12 ÀS

19H

ONDE: GALERIA CHOQUE CULTURAL

(RUA JOÃO MOURA, 997, PINHEIROS,SÃO PAULO)TELEFONE: (11) 3061-4051WWW.CHOQUECULTURAL.COM.BR

[email protected]

ENTRADA FRANCA

Mostra reúne trabalhos de cerca de 40 artistas do mundo todo

REPRODUÇÃO

representantes do mundo todopara formar um time surpre-endente de talentos de váriasidades, estilos e propostas es-téticas. Uma das salas da ex-posição, inclusive, abrigaráuma instalação caligráfica comvários artistas convidados queirão escrever por todas as pa-redes.

“A letra é um assunto quedesperta o nosso interesse e

que está intimamen-te ligado à históriada galeria”, contaBaixo Ribeiro, só-cio-proprietário daChoque Cultural. Acaligrafia está noDNA da arte urba-na, da tatuagem, dailustração, dos qua-drinhos e do designgráfico, todos ambi-entes conhecidospelos artistas repre-sentados pela gale-ria.

A edição dasobras da exposiçãoCaligrafia privile-giou a diversidadede suportes, pro-

cessos criativos e técnicas. Aprogramação conta com pin-turas em diferentes formatos,desenhos, gravuras, fotografi-as, instalações, intervençõesurbanas e tatuagem.

Artistas convidados: AndreaBranco (São Paulo) - Atsuo(Kyoto) - Billy Argel (São Pau-lo) - Binho (São Paulo) - BruceBishop (Los Angeles) - Buia

Os membros da ComissãoAdministrativa e os voluntári-os da Casa de ReabilitaçãoSocial em Santos (KoseiHome), realiza no dia 7 de ju-nho a sua tradicional FestaJunina com o objetivo de le-vantar fundos para a manuten-ção de suas atividades assis-tenciais. Durante o evento opúblico participante poderáassistir a apresentações dedanças folclóricas, karaokê,Taiko de São Vicente Kyowacomposto por cerca de 20 in-tegrantes, e do coral formadopelos idosos da entidade.

Os visitantes também pode-rão saborear pratos da culiná-ria japonesa com uma contri-buição mínima de R$ 25,00 porpessoa. Segundo o gerente

EM JUNHO

Casa e Reabilitação Social deSantos promove festa junina

Saito Shinichi a expectativa éque de 400 a 450 pessoasprestigiem o evento. A entida-de abriga 52 internos com ida-de média de 83.5 procedentesde Diadema, São Bernardo doCampo, São Paulo e Mato Gros-so, e é mantida pela Beneficên-cia Nipo-Brasileira de São Pau-lo. Seu diretor-presidente, éIgnácio Tadayoshi Moriguchi eo presidente é Hiroshi Endo.

FESTA JUNINA DA CASA EREABILITAÇÃO SOCIAL DESANTOSQUANTO: DIA 7 DE JUNHO

HORÁRIO: 12H ÀS 16HONDE: AV CAMPOS SALLES, 60 – VILA

NOVA – SANTOS – SÃO PAULO

INFORMAÇÕES: (13) 3232-9615 OU

(13) 3234-4614

A Assistência Social DomJosé Gaspar (Ikoi-no-Sono)promove no dia 3 de maio emsua sede em Guarulhos a 11ªedição do Concurso de Kara-okê Beneficente - Kayo-Saicom renda revertida para aentidade Ikoi-no-Sono. Oevento que acontecerá no pa-vilhão comunitário “ChibataMiyakoshi” está sendo orga-nizado pelo professor AkihisaKitagawa e seu grupo de co-laboradores e voluntários.

Na ocasião várias barracasvão servir alimentos da culiná-ria japonesa como obentôs,pastel, sorvete, e os visitantestambém poderão adquirir CDse DVDs. De acordo com opresidente Reimei Yoshioka aprevisão é que cerca de 350pessoas procedentes da capi-tal, Mogi das Cruzes, e Cam-

pinas, prestigiem o karaokê.Para facilitar o desloca-

mento e o transporte dos par-ticipantes, dois ônibus gratui-tos serão colocados a disposi-ção com saída da Praça daLiberdade, às 7h e às 8h30. Osinteressados devem fazer ainscrição no Ikoi-no-Sono, naRua São Joaquim, 381 - 4º an-dar, sala 42 - Liberdade - SãoPaulo ou pelo telefone (11)3208-7248.

11º CONCURSO DE KARAOKÊBENEFICENTEQUANDO: 3 DE MAIO

HORÁRIO: DAS 8H ÀS 17HONDE: RUA JARDIM DE REPOUSO, 881 –ÁGUA CHATA – GUARULHOS – SÃO PAULO

INFORMAÇÕES: IKOI-NO-SONO (RUA SÃO

JOAQUIM, 381 - 4º ANDAR, SALA 42 -LIBERDADE - SÃO PAULO) 3208-7248 OU

INSTITUTO NAK DO BRASIL 2963-2538

KARAOKÊ

Ikoi-no-Sono realiza o 11ºKayo-Sai Beneficente

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 01 de maio de 2009

w w w. p r o d u t o s o r i e n t a i s . c o m . b r

JUDÔ

Competição no Vale do Ribeirahomenageia Danielli Yuri

TRIATLO

Mariana Ohata vence segundaetapa do Troféu Brasil

O paulista Fábio Carvalhoe a brasiliense Mariana Ohatavenceram a segunda etapa doTroféu Brasil de Triathlon, re-alizada no dia 26, na CidadeUniversitária de São Paulo(Zona Oeste de São Paulo).Carvalho (Mérida/Mizuno/PowerBar/BR Esportes), atu-al bicampeão do circuito, com-pletou os 1,5 km de natação,40 km de ciclismo e 10 km decorrida com o tempo de1h58min45seg, com 28 segun-dos de vantagem para o segun-do colocado, o paranaenseJuraci Moreira (Clube Social/Speedo), que marcou1h59min13seg.

No feminino, Mariana (ECPinheiros/Cali Triathlon), que

não competia no Troféu Brasildesde 2005, fez o tempo de2h16min33seg, cerca de3min30seg à frente da vice, apaulista Vanessa Gianinni(Isma/Mizuno/SLMandic/Proauto), 2h20min4seg. Já ostriatletas Carla Moreno eMarcus Fernandes, vencedo-res da primeira etapa, em mar-ço, em Santos, não terminarama etapa da USP. Carla aban-donou no início do ciclismo,enquanto Fernandes foi pena-lizado na mesma modalidade.

A triatleta Mariana Ohata não competia no Troféu Brasil desde 2005

DIVULGAÇÃO

SAMURAI

Evento com mestres japoneseshomenageia samurais

A Confederação Brasileirade Kobudô e o Instituto Nitenrealizaram no último dia 24, nasdependências da AssociaçãoHokkaido de Cultura e Assis-tência, evento para celebrar oDia do Samurai. A homenagemaos samurais modernos fazparte do calendário oficial dacidade de São Paulo graças àaprovação do projeto de lei doentão vereador William Woo –atualmente deputado federalpelo PSDB paulista – pelaCâmara Municipal em 2005. A

solenidade contou com a pre-sença de autoridades políticase mestres samurais, entre eles,o sensei Jorge Kishikawa (fun-dador do Niten e presidente daConfederação) e os mestresjaponeses Kinji Baba e YukioOuchi, além do deputadoWilliam Woo.

O dia 24 de abril foi esco-lhido para o “Dia do Samurai”por ser o aniversário do SenseiJorge Kishikawa que é consi-derado a maior autoridade emcultura samurai no Brasil.

Mestre Kinji Baba, deputado William Woo e Jorge Kishikawa

DIVULGAÇÃO

AArju (Associação Re-gistrense de Judô) e a14ª Delegacia Regional

de Judô do Vale do Ribeira re-alizaram no dia 21 de abril, noGinásio de Esportes MárioCovas, em Registro, o Cam-peonato de Judô do Vale doRibeira e o 1º Festival de Judô“Nobuo Ogawa”. O evento,que contou com o apoio daPrefeitura Municipal de Regis-tro, reuniu cerca de 250 atle-tas entre 5 a 16 anos de idadedas equipes de Registro,Iguape, Jacupiranga, Pari-quera-Açu, Ilha Comprida,Cananéia e Miracatu.

A cerimônia de aberturacontou com a presença da pre-feitura de Registro, SandraKennedy Viana; Mauro Sakai,diretor da 14ª Delegacia Regi-onal de Judô do Vale do Ribei-ra; Neusa Kobori, presidenteda Arju; Issao Takiute, presi-dente do Bunkyo de Registro;Sandro Yamada e Satoru Sas-saki, representantes do RBBCe Benedito Honório RibeiroFilho, presidente da CâmaraMunicipal de Registro, entreoutras autoridades.

O professor de judô NobuoOgawa (falecido) nasceu naprovíncia de Kanagawa e veioao Brasil com 13 anos de ida-de, juntamente com a família,onde se estabeleceram na fa-zenda de propriedade do Sr.Sugano. Dedicou-se ao desen-volvimento de judô por váriosanos, sendo um dos fundado-res da Arju.

Em 2001 recebeu o títulode cidadão registrense. No dia12 de fevereiro de 2004 rece-beu do presidente da Federa-ção Paulista de Judô, faixa de9º dan de Kodokan do Japão.Na mesma ocasião, recebeu oCertificado de homenagem daentão ministra das RelaçõesExteriores do Japão, JunkoKawaguchi. Neste 1º Festivalde Judô “Nobuo Ogawa”, es-tiveram presentes a viúva,Toshiko Ogawa e sua família.

Danielli Yuri – A competiçãotambém serviu para homena-

gear a judoca Danielli YuriBarbosa, que representou oBrasil nas Olimpíadas de Pe-quim. No mês passado, elarecebeu o 54º Prêmio Paulistade Esportes, concedido peloJornal Nippak/Nikkey Shim-bun. Danielli Yuri conquistouuma medalha de prata indivi-dual na categoria médio (até63kg) e ouro por equipe femi-nino no Campeonato Pan-Americano de Judô realizadoem março, em Buenos Aires,na Argentina.

A atleta foi homenageadapela Câmara Municipal deRegistro, Arju, RBBC e Bun-kyo recebendo os certificadosde Honra ao Mérito e lem-branças.

Danielli Yuri nasceu em Re-gistro, filha de Edson Barbosae Dirce Nakazawa Barbosa.Seu pai é dono da academiade judô em Hamamatsu, naProvíncia de Shizuoka. Dani-elli praticou este esporte des-de pequena com incentivo damãe. Além de judô praticounatação e atletismo. Quandotinha 7 e 8 anos de idade parti-

cipou no Campeonato de Atle-tismo Mirim “Troféu GenzoHara” realizado no Estádio deIbirapuera em São Paulo.

Após terminar a 6ª série,Danielli foi para Japão e estu-dou no Ginásio Tenri e Colé-gio Tenri Ringyou. Lá, pratica-va judô e participava no cam-peonato estadual, onde con-quistou projeção.

Danielli retornou ao Brasilhá cerca de 3 anos e atual-mente pertence à AssociaçãoDesportiva de São Caetano.“Estou emocionada em rece-ber homenagens de muitasentidades na presença de umgrande público. Quero agrade-cer a todos por este gesto ca-rinhoso dedicado a mim. Meuspais, que moram no Japão, fo-ram assistir as minhas lutas naOlimpíadas de Pequim. Sentimuita responsabilidade e estepeso não me deixou lutar coma tranqüilidade de sempre, masvaleu a experiência. Estoumuito contente ao ver tantascrianças e jovens praticandojudô neste campeonato”, dis-se, acrescentando que “não

posso imaginar minha vida semo judô”.

“Parece-me que nasci emcima do tatami. Através do judôaprendemos disciplina, ter res-ponsabilidade, respeitar os ou-tros, etc. Os esportes em geralfortalecem o espírito de enfren-tar a dificuldade na vida e evi-tam que os jovens entrem nomau caminho. Os esportes sãomuito importantes na nossavida, principalmente para os jo-vens. Mesmo que não consigamedalhas não devem desistir econtinuar praticando judô ououtros esportes”, afirmou Da-nielli, explicando que seu gran-de desafio é participar na Olim-píada de Londres. “Devo mepreparar desde agora. Antes,participavam nas Olimpíadas,atletas que se classificaram atéo 5º lugar no campeonato mun-dial e agora, até o 14º lugar noranking mundial. Tentarei estaclassificação pensando na tor-cida registrense”, contou ajudoca, que foi cercada pelosjovens que queriam tirar foto aoseu lado e um autógrafo daregistrense famosa.

A judoca Danielli Yuri, homenageada durante a competição, e a prefeita de Registro Sandra Kennedy

KUNIEI KANEKO

Vice-líder do CampeonatoJaponês de Super GT, o brasi-leiro João Paulo de Oliveira eseu companheiro Seiji Ara(JAP), da Nissan, querem re-aver a liderança do certame,que perderam por apenas doispontos na última corrida para

a dupla da Lexus, RichardLyons (IRL)/Yuji Tachikawa(JAP). “Queremos ficar emprimeiro, mas sabemos que porconta do regulamento, estecampeonato vai ser muito com-petitivo. Muitas duplas devemvencer e o título vai ser defini-do somente na última etapa”,afirma o piloto da Nissan. Aterceira etapa da principalcompetição de carros esporti-vos do oriente acontece na pró-xima segunda-feira (04/05), noautódromo de Fuji.

Vencedor da abertura datemporada em Okayama, JoãoPaulo carrega para esta provaum peso extra de 46 kg em seucarro, justamente em virtudede seu bom resultado. Pelasnormas da Super GT, os pilo-tos que acumularem boas co-locações ganharão lastro até asexta das nove etapas da tem-porada, dando chances para oscompetidores que estiveremmais atrás na pontuação dacompetição. “Por conta disso,acredito que se eu estiver en-tre os primeiros até o segundoterço do campeonato, tereicondições de brigar pelo títu-lo”, conta. Além dos 46 kg , obrasileiro carrega mais 30 kgem seu GT-R , como forma de“punição” pelo bom desempe-nho do carro da Nissan.

A corrida terá 400km deduração e vai ser uma verda-deira prova de resistência atodos os competidores. “A pro-va é um pouco mais longa doque o normal, então tudo podeacontecer. Vamos seguir comnossa estratégia e vamos pro-curar terminar a corrida namelhor colocação possível.Neste momento, todos os pon-tos são muito importantes”,garante JP, como ele é conhe-cido no Japão.

AUTOMOBILISMO

João Paulo quer retomarliderança da Super GT

DIVULGAÇÃO

O piloto brasileiro é vice-líder da Super GT no Japão

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São Paulo, 01 de maio de 2009 JORNAL NIPPAK 11

BEISEBOL

Circuito Paulista define seu primeirocampeão: Deu Mogi na Júnior

O presidente da Butterfly, que volta a patrocinar o Mundial

MARCOS YAMADA

Desde Manchester 1997a Butterfly não patrocinavaum Campeonato Mundialadulto. Ou seja, a maior em-presa de materiais de tênis demesa ficou fora do cenáriomundial adulto por 12 anosdevido ao forte investimentodas companhias chinesas.

A volta mereceu uma co-memoração, já que o custopara tal é muito alto, daí o in-vestimento em marketing sevoltou para o futuro, ou seja,apoiar os eventos juvenis.Desde 2003, no 1º Campeo-nato Mundial do Chile, ela éa patrocinadora oficial e tam-bém de todas as etapas doCircuito Mundial Jr.;passou aapoiar os atletas com umabolsa “Butterfly Scholarship”e agora os atletas de 11 e 12anos no mundo. Portanto, ja-mais deixou de ajudar o es-porte, mas decidiu desviar oseu capital em mais tecnolo-gia, criando o Centro de Pes-quisa e Desenvolvimento, umprédio com engenheiros e es-pecialistas na área de produ-tos (no passado contrataramum funcionário ex-Nasa) enovamente saindo na frentedas outras marcas, assimcomo o fez com seu Centro

Butterfly volta a patrocinar um Mundial

de Treinamento (dohjo), já quenenhuma outra tem estes doisinvestimentos.

Este novo grupo levou 8anos para descobrir a fórmulada Tenergy, para revolucionar omercado mundial, já que sua fá-brica trabalha 24 horas e 7 diaspor semana para atender os pe-didos e entregar após 4 mesespara seus pontos de venda.

Parece mentira, mas nostand de vendas aqui não ha-verá a Tenergy para quem qui-ser comprá-la. Quem vive naEuropa pode certificar esta in-formação: a maioria dos atle-tas de ponta querem este pro-

duto devido sua qualidade epor ser a mais uniforme.

Pode parecer propagan-da, mas trata-se de um fatoinédito que entrará para a his-tória, uma borracha vendidaaqui no Japão por 65 dólares,não tem pronta entrega e aprevisão é de normalizaçãodaqui a 2 anos...

A festa reuniu muitas per-sonalidades, desde KongLinghui, Zhang Yinning, YooNan Kyu, Hyun Jung Hwa,Guo Yue, até medalhistasolímpicos como MichaelMaze, Primorac e muitos ou-tros.. (Marcos Yamada)

TÊNIS DE MESA

50º Campeonato MundialIndividual e Duplas

A Copa do Mundo tem va-lor, a Olimpíada muita reper-cussão, porém, o CampeonatoMundial, que acontece até odia 5 d emaio (terça-feira), nacidade de Yokohama (Japão),é onde se encontra o nível maisalto dos atletas, conseqüente-mente, da modalidade, pois, aquantidade de atletas por paísé muito maior. A delegação daChina com 66 membros de-monstra este fato com 28 atle-tas e 38 delegados. O Japão éa segunda maior com 21 atle-tas e 31 delegados, este limitese deve ao fato de terem atle-tas bem ranqueados no mun-do, o que dá este direito. Aspartidas serão disputadas en-tre os dias 28 deste mês e 5 demaio, na cidade de Yokohama.

O disparate é a equipe daRússia, que traz 10 atletas e28 delegados, ou seja, 2,8 diri-gentes por atleta, tornando-sea campeã neste coeficiente.

É a sexta vez que o Japãoorganiza um CampeonatoMundial:

O primeiro, em Tóquio, em1956, o Japão conseguiu o pri-meiro título individual femini-no em sua história com TomieOkawa, já que este seria oquarto título masculino; tam-bém marcou a era de ouroquando o Japão era a força dotênis de mesa mundial, a qualdenominamos de “GeraçãoPós-2ª Guerra”.

O segundo, em Nagoya, em1971, ficou marcado pela his-tória do “Ping Pong Diplo-macy”, satirizado no filme“Forest Gump”, com TomHanks, quando, através de umincidente em que um atletanorte-americano subiu por en-gano no ônibus da delegaçãochinesa (os EUA e a Chinanão mantinham relações diplo-máticas), e o tricampeão Mun-dial Chuang Tse Tung ao finalda jornada, presenteou o atle-ta com uma toalha, daí os“paparazis” aproveitaram e ti-

raram inúmeras fotos que cir-cularam o mundo todo, resul-tando no encontro de Nixon eMao, realizando os jogos daamizade entre as duas nações,ida e volta.

Marcou também o retornoda China Nacionalista nosmundiais e a ausência da Chi-na Formosa (Taiwan agoraTaipei), devido aos problemasdiplomáticos separatistas,quando uma China participa-va, a outra não ia.

O terceiro, em Tóquio, em1983, foi o último suspiro paratentar resgatar as medalhas noesporte, já que o último ouroem equipes fora em 1971 nofeminino e dois títulos isoladoscom Mitsuru Kohno em 1977,e 1979 com Seiji Ono, dai nun-ca mais conseguiram um ourosequer, com a nova geração“video game”. Para quem do-minou o esporte durante anos,seria como o Brasil ficar semum título no futebol durante 30anos (1979 a 2009).

Destaque para o Brasil,que foi campeão da 3ª Divisão(Ricardo, Aristides, Acácioe Kano) e em 1985, emGothemburg, na Suécia, jogouna 2ª Divisão.

O quarto, na cidade de Chi-ba, em 1991, foi marcado pelotítulo das Coréias unidas.Coréia do Sul e a do Norte,representando uma única ban-deira, com o mapa da somageográfica dos dois países,conseguiram um fato inédito:vencer a equipe da China que-brado assim seqüência queseria de 17 campeonatos con-secutivos.

Hoje eles tem todos os títu-los de 1975 a 1989, depois de1993 a 2008, com uma lacunaem 1991 da Coréia Unida.

O quinto Mundial, na cida-de de Osaka, em 2001, o des-taque foi a primeira competi-ção com a bola de 40mm e oúltimo com 21 pontos. A regradecretara o fim dos atletas de-fensivos tipo “kato”, neste re-gulamento, salvo no mundialseguinte com a introdução dos11 pontos.

Este ano, o diferencial estásendo a primeira competiçãosem a cola rápida, que foi bani-da na última Olimpíada, em2008 (Beijing), e a candidaturapara Tóquio sediar a Olimpía-da de 2016, já que é uma dasfavoritas, segundo especialistas.

É a 14ª vez que a Ásia or-ganiza um mundial, a primeirafoi em 1952, na Índia, na 19ªedição do evento, que antesfora realizado somente na Eu-ropa. Destaque para a equipejaponesa que participou pelaprimeira vez num mundial elevou 4 medalhas de ouro, das7 em disputa, introduzindo asesponjas na modalidade com oatleta Hiroji Sato que acabouse tornando campeão Mundialusando esta novidade.

Ressalto também que a Ín-dia, sem tanta tradição no es-porte, organizou o Mundial 4vezes, o Japão 6, a China 3 e aCoréia do Norte 1. Curiosamen-te, a Coréia do Sul, que é muitoforte na modalidade , porém,fraca na organização, jamaisrealizou um Mundial, tanto quese alguém participou de um cir-cuito mundial lá, sabe a quali-dade deles neste tema; somen-te há poucos anos começarama realizar etapas do Pro Tour.

*Marcos Yamada

A equipe feminina com Mariany Nonaka, Ligia Silva e Jéssica Yamada

MARCOS YAMADA

GATEBOL

Lins celebra Bodas de Prata ehomenageia fundadores

Com a presença de 31 equi-pes de 16 cidades da região deLins (SP), inclusive da Capitale Três Lagoas, foi instituído, nodia 26, o Torneio José Nozi-moto, na quadra que levará seunome a partir dessa data, umdos fundadores e principal in-centivador desse esporte, fa-lecido em 14 de abril do anopassado. Foram homenagea-das também dois fundadoresremanescentes:a sacerdotisaTijo Okayama e HakuShirakawa.

Estiveram presentes o pre-feito de Lins, engenheiro Wal-

demar Sândoli Casadei e es-posa, o secretário de Esportes,Cultura, Lazer e Turismo, pro-fessor Akio Matsuura, o coor-denador de Comunicação So-cial, Nilton César Nunes, dire-tores da Abcel e representan-tes de entidades ligadas aogatebol. Os troféus foram pa-trocinados pela Semclatur.

A classificação foi o se-guinte: Série Ouro: 1º lugar:Promissão; 2º: São Paulo; 3º:Guararapes e 4º: Lins.

Série Prata: 1º lugar:Birigui; 2º: Guaraçaí; 3º:Getulina e 4º: São Paulo.

Competição reuniu 31 equipes de 16 cidades em Lins

DIVULGAÇÃO

Equipe Campeã - Estandarte Transitório: MogiEquipe Campeã - Troféu Definitivo: MogiEquipe Vice-Campeã: GecebsEquipe Com Melhor Batting: Gecebs (Avg = .374)Equipe Com Melhor Pitching: Gecebs (Era = 2,44)Colaboradores Destaque (2): Francisco Gentil/Eiki Uehara(ambos da Associação de Árbitros)Troféu Comprometimento: Sonoe Hanada (anotadora doGecebs)

PREMIAÇÃO INDIVIDUALMelhor Rebatedor: Henrique Kuroki (Cooper - Avg = .583)2º Melhor Rebatedor: Leonardo Onodera (Gecebs - Avg =.545)3º Melhor Rebatedor: Leandro Takahashi (Gecebs - Avg =.533)Melhor Empurrador de Carreiras: Tyago Vieira (Gecebs -14 Pontos)2º Melhor Empurrador de Carreiras: Henrique Kuroki(Cooper - 13 Pontos)3º Melhor Empurrador de Carreiras: Heidi Hidaka (Giants/Anc - 12 Pontos)

Rei do Quadrangular: Tyago Vieira (Gecebs - 2 Home Runs)2º Rei do Quadrangular: Felipe Mizukosi (Giants/Anc - 1Home Run)Melhor Arremessador Por Era: Kleber Niwa (Mogi - Era =1,37)Melhor Arremessador Geral: Leopoldo Sebastiany (Mogi)Rei dos Strike Outs: Aurelio Nakao (Cooper - 19 Strike Outs)Melhor Receptor: Felipe Niwa (Mogi)Melhor Defensor Interno: Rafael Shinozaki (Mogi)Melhor Defensor Externo: Adrian Huff (Gecebs)Melhor Jogador do Circuito: Felipe Harano (Mogi)Técnico Campeão: Fabio Kobayashi (Mogi)

DESTAQUES POR EQUIPEAtibaia: Henrique Mitsugui; Cooper: Vitor Gomes Martins;Gecebs: Vinicius Sewaybricker; Giants/Anc: Anderson Basí-lio; Guarulhos: Fernando Minagawa; Mogi: Caio Irie; NikkeiCuritiba: Anderson Yamakawa

CLASSIFICAÇÃO FINAL1) Mogi; 2) Gecebs; 3) Cooper; 4) Giants/Anc; 5) Atibaia; 6)Nikkei Curitiba; 7) Guarulhos

P R E M I A Ç Ã O

Depois de 28 jogos (in-cluindo a final) – acompetição teve início

no dia 4 de abril – a categoriajúnior de Mogi das Cruzes con-quistou a primeira edição doCircuito Paulista de Beisebol.Na grande decisão, disputadano último dia 26, a equipe co-mandada pelo técnico FábioKobayashi derrotou o Gecebspor 4 a 1. Felipe Harano, deMogi, foi eleito o Melhor Jo-gador do Circuito.

Para chegar à final, a equi-pe mogina fez uma campanhairregular. Na primeira rodada,contabilizou uma vitória contraGuarulhos (14 a 4) e uma der-rota (6 a 7 para o Cooper). Naseqüência, venceu Atibaia por7 a 2 e acumulou sua segundaderrota diante do Giants/Anhanguera (6 a 11). Na quintarodada, mais uma vitória, 10 a0 contra o Nikkei de Curitiba,e uma nova derrota, 0 a 11 parao Gecebs. Nas semifinais, pas-sou por Atibaia (10 a 0) e peloCooper (14 a 3).

Já a vice-campeã sofreuapenas uma derrota na fase declassificação. A equipe doGecebs estreou na competiçãocom uma vitória diante deAtibaia (15 a 7). A única der-rota aconteceu no segundojogo, diante do Cooper (0 a 1).Depois, venceu o Giants (8 a1) e Mogi (11 a 0). Nas semi-finais, passou novamente pelo

Giants (13 a 3) e pelo Nikkeide Curitiba 7 a 3).

Bis – Segundo Renato Tiba,um dos idealizadores do Cir-cuito Paulista, o balanço destaprimeira edição do CircuitoPaulista foi “positivo”. “Tantoque já estamos estudando arealização de uma próximaedição, seja ela ainda no se-

gundo semestre deste ano ouem 2010”, antecipa.

A fórmula, conta, foi apro-vada. “Não só na visão dosorganizadores mas tambémpara jogadores e clubes parti-cipantes”, disse, lembrandoque o tornio foi disputado porsete equipes: Atibaia, Cooper-cotia, Gecebs, Giants/Anhan-guera, Guarulhos, Mogi eNikkei Curitiba.

A meta, explica, era preen-cher uma lacuna deixada nocalendário oficial. “Acho queconseguimos atingir esse ob-jetivo inicial, que era motivaros jogadores oferecendo umbom volume de jogos”, desta-cou Tiba, acrescentando que acompetição foi inspirada naMajor League e apresentouinovações com a realização doAll Star Games.

(Aldo Shiguti)

O árbitro Francisco Gentil com os capitães de Mogi e Gecebs

DIVULGAÇÃO

Felipe Harano, de Mogi, eleito oMelhor Jogador do Circuito

Equipe de Mogi das Cruzes conquistou o primeiro título na categoria júnior do Circuito Paulista

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12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 01 de maio de 2009

CULTURA

Pavilhão Japonês comemora oDia dos Meninos no Ibirapuera

OPavilhão Japonês rea-liza, neste feriado pro-longado, o 4º Festival

dos Meninos (Kodomo no Hi),do dia 1º até o dia 3 de maio,das 10 às 17h30. Trata-se deuma série de eventos para co-memorar o Dia dos Meninos,que no Japão é festejado tododia 5 de maio, com feriado na-cional (desde 1948) e com di-versos rituais.

Para o 4º Festival dos Me-ninos foi programada a expo-sição de Shô (caligrafia artís-tica) com obras do mestre ja-ponês Ryuseki Morimoto, com-plementada por outra combrinquedos tradicionais japone-ses. A exposição será abertano dia 1º de maio e prossegui-rá até o dia 17.

Ryuseki Morimoto, nascidoem Osaka, em 1940, é um des-ses mestres do shodô, de famainternacional, fundador, em 1978,da escola de caligrafia HokushinShodô (Art of CaligrafyHokushin). Ele também é res-ponsável pela Association ofModern Calligraphy (Associa-ção de Caligrafia Moderna).

Autodenominado de “mis-sionário da caligrafia”, RyusekiMorimoto, tem exibido seustrabalhos e feito demonstraçãodessa arte no mundo todo, in-cluindo inúmeras localidadesdo Japão. Ganhador do presti-gioso prêmio “Nitten” do Ja-pão, o mestre mantém profun-das relações com o Brasil.

Em sua primeira vinda aopaís, em 1987, esteve na cida-de de São Paulo, ocasião emexpôs suas obras no MASP(Museu de Arte de São Pau-lo) e fez demonstrações no

po de taiko Ryukyu Koku Ma-tsuri Daiko.

O grupo Ryukyu Koku Ma-tsuri Daiko foi fundado em 1982,em Okinawa, com o objetivo depreservar e difundir a culturalocal através de manifestaçõesartísticas usando o Eisa (dançastípicas dessa ilha) como referên-cia em suas coreografias. Masnão se limitou apenas às músi-cas tradicionais, incluindo, emsuas apresentações, ritmos con-temporâneos e variados. Atual-mente, esse grupo possui 12 fili-ais em Okinawa, 25 no Japão e7 em outros países: EstadosUnidos (Los Angeles e Havaí),Brasil, Argentina, Peru, Bolíviae México.

A filial do Brasil, desde 1998sob a regência do mestreNaohide Urasaki, possui cer-ca de 500 membros espalha-dos nas suas subfiliais: quatrona cidade de São Paulo (VilaCarrão, Liberdade, Casa Ver-de e Ipiranga) e em Guarulhos/SP, Campinas/SP, CampoGrande/MS, Brasília/DF eCuritiba/PR.

O mestre Naohide Urasakinasceu na cidade de Naha,capital da província de Okina-wa em 20 de março de 1930.Começou a aprender um esti-lo de teatro okinawano aindajovem. Aos 27 anos, mudou-se para a Bolívia, onde traba-lhou com plantações de arroz,e aos 31 anos, mais precisa-mente em 1961, mudou-se parao Brasil onde vive até hoje.

Oficinas – Durante os trêsdias, os visitantes também te-rão a oportunidade para expe-rimentar os happi (espécie de

Pavilhão Japonês. Nessa opor-tunidade, Morimoto foi conde-corado com a Medalha Grã-Cruz do governo brasileiro.

No ano passado, em come-moração o Centenário da Imi-gração Japonesa, o mestreRyuseki Morimoto, no mês deoutubro, participou da exposi-ção “Mestres do Sho” realiza-do no MASP. Em sua estadaem São Paulo, fez demonstra-ção e palestra na Universida-de de São Paulo, na Associa-ção de Shodô Aikokai do Bra-sil e na Associação Centro

Social Ibaraki do Brasil.Na ocasião em que esteve

no Brasil, o mestre Morimotodoou uma série de obras de suaautoria para a filial brasileira desua escola Hokushin Shodô.Parte dessa coleção estará sen-do exposta no Pavilhão Japonês,cuja mostra abrirá no dia 1º, pros-seguindo até o dia 17 de maio.

Taikô – Também serão ofe-recidas oficinas de shodô (arteda caligrafia) e de origami. Nodomingo, por volta das 14h,haverá apresentação do gru-

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Evento acontece de 1º a 3 de maio no Parque do Ibirapuera

Público poderá conferir exposição de brinquedos japoneses

quimonos de menor compri-mento) no “Cantinho doHappi”.

Também durante todo oevento, uma equipe de moni-tores estará encarregada deorientar e coordenar as ofici-nas e demonstrações, graçasà colaboração da Comissão deJovens do Bunkyo, JETAABrasil (Associação Brasileirade Ex-Participantes do JetProgramme), Asebex (Associ-ação dos Ex-Bolsistas do Ja-pão no Brasil) e JCI - CâmaraJúnior Brasil-Japão.

O evento conta com a cola-

boração do Consulado Geral doJapão em São Paulo e da As-sociação Fukuoka do Brasil.

4º FESTIVAL DOS MENINOS –KODOMO NO HIDATA E HORÁRIO: DIAS 1º, 2 E 3 DE MAIO

DE 2009, DAS 10H ÀS 17H30LOCAL: PAVILHÃO JAPONÊS

AVENIDA PEDRO ÁLVARES CABRAL, S/Nº– PARQUE DO IBIRAPUERA (PORTÃO 10)VILA MARIANA – SÃO PAULO – SPINGRESSOS: R$ 3,00 (INTEIRA)R$ 2,00 (ESTUDANTES COM CARTEIRINHA

E CRIANÇAS COM 4 A 12 ANOS)ENTRADA GRATUITA PARA MENORES DE 5ANOS E MAIORES DE 65 ANOS

MISS NIKKEY2009 – Estão abertasas inscrições para a 7ªedição do ConcursoMiss Festival do Japão,que elegerá a nipo-bra-sileira mais bonita doPaís no 12º Festival doJapão. O concursoacontece no dia 18 dejunho. A vencedora re-ceberá 2 títulos: MissNikkei 2009 e MissFestival 2009. Para seinscrever é necessárioter ascendência japo-nesa, idade entre 15 e30 anos, preencher aficha de inscrição nosite www.missnikkey.com.br.Como os concursos regionaisjá estão sendo realizados, é

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aconselhável se inscrever oquanto antes para não perdero prazo local.