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CIDADÃOS E ENTIDADES SE MOBILIZAM PARA TENTAR REVERTER OS GRAVES PROBLEMAS URBANOS QUE ACOMETEM A CIDADE. O RECIFE QUE PRECISAMOS Na Ponta da Língua Apóstrofo Não Indica Plural! É incorreto, embora frequentemente observado, o uso do apóstrofo () para indicar o plural. O erro parece ter se originado do possessivo em inglês que, como se sabe, se grafa com ’s, ex.: Obama’s life (a vida de Obama). É evidente que, afora o aspecto visual, uma coisa nada tem a ver com outra. Portanto, ao pluralizar abreviaturas e siglas, acrescente apenas um s, como nestes exemplos: sécs.; TVs; DVDs; CDs; ONGs; etc. Use apóstrofo somente se quiser suprimir uma vogal: ’spero; caixa-d’água; minh’alma; etc. Uma cidade maltratada, beirando o colapso, com gravíssimos problemas de mobilidade urbana, centro histórico abandonado, calçadas intransitáveis, patrimônio público degradado. Há saída para o Recife? “Sim”, diz o consultor Francisco Cunha, sócio-fundador da TGI Consultoria em Gestão e integrante do Observatório do Recife (ODR). Algumas medidas essenciais para reverter o caos urbano que acomete a cidade foram apresentadas por ele na palestra O Recife que Temos e o Recife que Precisamos, durante a última reunião mensal da Rede Gestão. Arquiteto e urbanista, Francisco conhece profundamente o Recife, não só pela formação profissional, aliada à prática de 25 anos em consultoria empresarial, mas também como caminhante regular, com mais de 2 mil quilômetros andados a pé pelas ruas da cidade. Seu diagnóstico é que o Recife caminha para o colapso, está prestes a perder a sua “alma” e tornar-se igual a qualquer outra cidade ruim, sem personalidade própria. Na palestra, ele apresentou diversos dados que constam de um relatório produzido pelo Observatório do Recife com uma radiografia do quadro atual e sugestões de intervenção para tratar os problemas mais graves. A situação atual, segundo ele, é resultado de uma malsucedida combinação de fatores, como o intenso processo de urbanização das cidades brasileiras e o privilégio à política partidária/eleitoral em detrimento da gestão da cidade no período pós-redemocratização no Brasil, fenômeno particularmente intenso no Recife. “O que vimos foi a falência do planejamento e do controle urbanos no Brasil, com desmantelamento das estruturas de planejamento da RMR, como a Fidem, e da Prefeitura do Recife. Há décadas que, por exemplo, não há concurso para arquiteto ou urbanista na Prefeitura”, disse. À falta de planejamento, soma-se, como agravante, o crescimento acelerado da economia de Pernambuco nos últimos anos, com forte pressão sobre a historicamente frágil infraestrutura do Recife, catalisando o fenômeno de deterioração urbana da cidade. E, ainda, fatores como a explosão da venda de carros no Brasil, com a entrada de mais de 60 mil veículos particulares no Recife por ano. “Com o novo ciclo de crescimento acelerado de Pernambuco, a coisa piorará muito se só pouquíssimo continuar sendo feito como agora”, alertou. Francisco acredita que há saídas possíveis para o problema, embora o quadro seja grave e o desafio, muito exigente. O Recife que Precisamos, segundo ele, passa por cinco medidas essenciais: (1) retomada do controle urbano, (2) restabelecimento imediato do planejamento de longo prazo, (3) enfrentamento do travamento da mobilidade, (4) recuperação do centro da cidade e (5) revitalização do Rio Capibaribe. Para o consultor, retomar o controle urbano eficiente e tempestivo, com a participação efetiva da população, é absolutamente fundamental para o restabelecimento, inclusive, da ordem pública e da autoridade da gestão municipal. “Essa área da administração pública municipal requer uma total reformulação, que inclui, inclusive, tratamento de choque para determinadas questões cruciais.” Uma medida de impacto defendida por ele é a criação da Secretaria das Calçadas para, no prazo de um ano, trazer civilização às calçadas recifenses. Outra ação sugerida é a transformação do centro do Recife em patrimônio da humanidade durante a próxima gestão municipal. Todos os candidatos à Prefeitura estão debatendo as questões apresentadas no relatório produzido pelo Observatório do Recife em encontros promovidos pela CDL-Recife. “Para ser prefeito do Recife hoje é preciso ser apaixonado pela cidade e mobilizar o reapaixonamento do recifense com determinação, foco e ousadia”, defendeu. Outra medida importante, a mobilização da sociedade, também está no foco das entidades. Em setembro, a revista Algomais irá lançar a campanha O Recife Que Precisamos, com o objetivo de ampliar a conscientização e o engajamento da população. A ideia é promover uma ampla discussão nas redes sociais sobre os problemas e soluções para o Recife, coletando assinaturas para o relatório do ODR, que será entregue ao prefeito eleito. “Não podemos assistir passivamente ao que está acontecendo com o Recife”, assinala Francisco. “Quanto mais pessoas engajadas, maior a possibilidade de mudança.” O Profissional em Foco Criação Publicitária Revisão Seja um Agente Modificador A dificuldade de mobilidade urbana nas grandes cidades não é apenas responsabilidade do Poder Público. Você também pode modificar essa situação adotando novos hábitos de locomoção. A carona solidária no trabalho ou na hora de levar os filhos à escola é uma forma de reduzir o fluxo de veículos. Procure saber a rota das pessoas da sua convivência e proponha o rodízio. Há também outras maneiras de melhorar a mobilidade. Quando for a padaria, farmácia ou outros locais perto, vá caminhando ou de bicicleta. Essas pequenas atitudes, além de melhorar o convívio social e a mobilidade urbana, são sustentáveis. E o meio ambiente agradece. Conect@do Brasileiros Seguem Marcas nas Redes Sociais Setenta e dois por cento dos usuários de internet brasileiros afirmam seguir pelo menos uma marca ou produto em suas redes sociais. Essa constatação faz parte da pesquisa Produção e Difusão da Mídia Social Entre Brasileiros, divulgada pela eC Metrics, e que visa mostrar o comportamento e a interação dos internautas com as marcas no Brasil. Entre os principais motivos que levam o consumidor a seguir marcas e produtos, estão: apreciação da marca com outras pessoas (31%), associar-se a uma causa na qual acredita (31%), vontade de aprender mais sobre a empresa (29%) e obter mais informação sobre os produtos de uma marca (29%). O levantamento também constatou que 42% dos entrevistados gostariam de se relacionar com uma marca para encontrar mais informação e conhecimento sobre ela, enquanto 26% esperam ter uma experiência personalizada. Fonte: Palavra da Consultexto (www.consultexto.com.br) Fonte: Administradores.com Fonte: Minuto Ágilis (www.agilis.com.br) COLUNA DA nº 723 Ano 13 COMPETÊNCIAS A SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCO E DE SUAS EMPRESAS. www.redegestao.com.br Domingo, 12.08.2012 “Com o novo ciclo de crescimento acelerado de Pernambuco, a coisa piorará muito se só pouquíssimo continuar sendo feito como agora

Ano 13 nº 723 Domingo, 12.08.2012 O … · 2012-08-10 · Ano 13 nº 723 COMPETÊNCIAS A SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCO E DE SUAS EMPRESAS. Domingo, 12.08.2012 “Com

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CIDADÃOS E ENTIDADES SE MOBILIZAM PARA TENTAR REVERTER OS GRAVES PROBLEMAS URBANOS QUE ACOMETEM A CIDADE.O RECIFE QUE PRECISAMOS

Na Ponta da Língua

Apóstrofo Não Indica Plural!

É incorreto, embora frequentemente observado, o uso do apóstrofo (’) para indicar o plural. O erro parece ter se originado do possessivo em inglês que, como se sabe, se grafa com ’s, ex.: Obama’s life (a vida de Obama). É evidente que, afora o aspecto visual, uma coisa nada tem a ver com outra. Portanto, ao pluralizar abreviaturas e siglas, acrescente apenas um s, como nestes exemplos: sécs.; TVs; DVDs; CDs; ONGs; etc. Use apóstrofo somente se quiser suprimir uma vogal: ’spero; caixa-d’água; minh’alma; etc.

Uma cidade maltratada, beirando o

colapso, com gravíssimos problemas de

mobilidade urbana, centro histórico

abandonado, calçadas intransitáveis,

patrimônio público degradado. Há saída para

o Recife? “Sim”, diz o consultor Francisco

Cunha, sócio-fundador da TGI Consultoria em

Gestão e integrante do Observatório do Recife

(ODR). Algumas medidas essenciais para

reverter o caos urbano que acomete a cidade

foram apresentadas por ele na palestra O

Recife que Temos e o Recife que Precisamos,

durante a última reunião mensal da Rede

Gestão.

Arquiteto e urbanista, Francisco conhece

profundamente o Recife, não só pela

formação profissional, aliada à prática de 25

anos em consultoria empresarial, mas

também como caminhante regular, com mais

de 2 mil quilômetros andados a pé pelas ruas

da cidade. Seu diagnóstico é que o Recife

caminha para o colapso, está prestes a perder

a sua “alma” e tornar-se igual a qualquer

outra cidade ruim, sem personalidade própria.

Na palestra, ele apresentou diversos dados

que constam de um relatório produzido pelo

Observatório do Recife com uma radiografia

do quadro atual e sugestões de intervenção

para tratar os problemas mais graves.

A situação atual, segundo ele, é

resultado de uma malsucedida combinação

de fatores, como o intenso processo de

urbanização das cidades brasileiras e o

privilégio à política partidária/eleitoral em

detrimento da gestão da cidade no período

pós-redemocratização no Brasil, fenômeno

particularmente intenso no Recife. “O que

vimos foi a falência do planejamento e do

controle urbanos no Brasil, com

desmantelamento das estruturas de

planejamento da RMR, como a Fidem, e da

Prefeitura do Recife. Há décadas que, por

exemplo, não há concurso para arquiteto ou

urbanista na Prefeitura”, disse.

À falta de planejamento, soma-se, como

agravante, o crescimento acelerado da

economia de Pernambuco nos últimos anos,

com forte pressão sobre a historicamente

frágil infraestrutura do Recife, catalisando o

fenômeno de deterioração urbana da cidade.

E, ainda, fatores como a explosão da venda

de carros no Brasil, com a entrada de mais de

60 mil veículos particulares no Recife por ano.

“Com o novo ciclo de crescimento acelerado

de Pernambuco, a coisa piorará muito se só

pouquíssimo continuar sendo feito como

agora”, alertou.

Francisco acredita que há saídas

possíveis para o problema, embora o quadro

seja grave e o desafio, muito exigente. O

Recife que Precisamos, segundo ele, passa

por cinco medidas essenciais: (1) retomada

do controle urbano, (2) restabelecimento

imediato do planejamento de longo prazo,

(3) enfrentamento do travamento da

mobilidade, (4) recuperação do centro da

cidade e (5) revitalização do Rio

Capibaribe.

Para o consultor, retomar o controle

urbano eficiente e tempestivo, com a

participação efetiva da população, é

absolutamente fundamental para o

restabelecimento, inclusive, da ordem

pública e da autoridade da gestão municipal.

“Essa área da administração pública municipal

requer uma total reformulação, que inclui,

inclusive, tratamento de choque para

determinadas questões cruciais.” Uma

medida de impacto defendida por ele é a

criação da Secretaria das Calçadas para, no

prazo de um ano, trazer civilização às

calçadas recifenses. Outra ação sugerida é a

transformação do centro do Recife em

patrimônio da humanidade durante a próxima

gestão municipal.

Todos os candidatos à Prefeitura estão

debatendo as questões apresentadas no

relatório produzido pelo Observatório do

Recife em encontros promovidos pela

CDL-Recife. “Para ser prefeito do Recife hoje é

preciso ser apaixonado pela cidade e mobilizar

o reapaixonamento do recifense com

determinação, foco e ousadia”, defendeu.

Outra medida importante, a mobilização

da sociedade, também está no foco das

entidades. Em setembro, a revista Algomais

irá lançar a campanha O Recife Que

Precisamos, com o objetivo de ampliar a

conscientização e o engajamento da

população. A ideia é promover uma ampla

discussão nas redes sociais sobre os

problemas e soluções para o Recife,

coletando assinaturas para o relatório do

ODR, que será entregue ao prefeito eleito.

“Não podemos assistir passivamente ao que

está acontecendo com o Recife”, assinala

Francisco. “Quanto mais pessoas engajadas,

maior a possibilidade de mudança.”

O Profissional em Foco

CriaçãoPublicitária Revisão

Seja um Agente Modificador

A dificuldade de mobilidade urbana nas grandes cidades não é apenas responsabilidade do Poder Público. Você também pode modificar essa situação adotando novos hábitos de locomoção. A carona solidária no trabalho ou na hora de levar os filhos à escola é uma forma de reduzir o fluxo de veículos. Procure saber a rota das pessoas da sua convivência e proponha o rodízio. Há também outras maneiras de melhorar a mobilidade. Quando for a padaria, farmácia ou outros locais perto, vá caminhando ou de bicicleta. Essas pequenas atitudes, além de melhorar o convívio social e a mobilidade urbana, são sustentáveis. E o meio ambiente agradece.

Conect@do

Brasileiros Seguem Marcas nas Redes Sociais

Setenta e dois por cento dos usuários de internet brasileiros afirmam seguir pelo menos uma marca ou produto em suas redes sociais. Essa constatação faz parte da pesquisa Produção e Difusão da Mídia Social Entre Brasileiros, divulgada pela eC Metrics, e que visa mostrar o comportamento e a interação dos internautas com as marcas no Brasil. Entre os principais motivos que levam o consumidor a seguir marcas e produtos, estão: apreciação da marca com outras pessoas (31%), associar-se a uma causa na qual acredita (31%), vontade de aprender mais sobre a empresa (29%) e obter mais informação sobre os produtos de uma marca (29%). O levantamento também constatou que 42% dos entrevistados gostariam de se relacionar com uma marca para encontrar mais informação e conhecimento sobre ela, enquanto 26% esperam ter uma experiência personalizada.

Fonte: Palavra da Consultexto(www.consultexto.com.br)

Fonte: Administradores.com

Fonte: Minuto Ágilis(www.agilis.com.br)

COLUNA DA

nº 723Ano 13

COMPETÊNCIAS A SERVIÇODO DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCOE DE SUAS EMPRESAS.

www.redegestao.com.brDomingo, 12.08.2012

“Com o novo ciclo de

crescimento acelerado de

Pernambuco, a coisa

piorará muito se só

pouquíssimo continuar

sendo feito como agora”