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1 Algomais Saúde MAI/JUN/JUL/2016 Ano 2 | nº 08 | Mai/Jun/Jul R$ 10,00 Porque é tão difícil emagrecer?

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1Algomais Saúde • Mai/Jun/Jul/2016

Ano 2 | nº 08 | Mai/Jun/Jul

R$ 10,00

Porque é tão difícilemagrecer?

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EDITORIAL

Expediente

De bem com a balança

As estatísticas assustam. Segundo Ministério da Saúde quase 50% dos brasileiros estão com sobrepeso ou obesos. Esta é uma realidade percep-tível aos nossos olhos. Basta olhar para os lados e ver a quantidade de pessoas de qualquer classe social que estão “brigando com a balança”. Ou basta olharmos no espelho. Afinal, estamos todos envolvidos nessa engrenagem da sociedade contemporânea que reduz o nosso tempo, nos seduz com o fast food pela sua praticidade e nos deixa sedentários.

Mas não se trata de uma fatalidade. Mesmo na correria do dia a dia podemos priorizar as refeições saudáveis e tirar um tempinho pra ma-lhar. E nada de culpas se você é obeso e não consegue emagrecer. Estudos mostram que o próprio organismo pode sabotar e dificultar a conquista do peso ideal. Veja na nossa matéria de capa as revelações surpreenden-tes dessas pesquisas e a maneira mais adequada para tratar a obesidade, que hoje é classificada como uma doença.

Assustam também as estatísticas da chikungunya em Pernambuco. São 30 novos casos por dia! A dor nas articulações é o principal sintoma e muitas pessoas acometidas pela infecção não sabem como aliviá-la. Por isso, trazemos uma matéria com recomendações de especialistas reno-mados sobre o melhor tratamento para cada uma das fases da doença.

E como estamos no inverno - estação em que a chuva nos impede de curtir a praia - é o momento ideal para cuidar da pele. Muitos tratamen-tos dermatológicos requerem a não exposição ao sol, então é um bom momento de dar um trato no visual. Conheça as técnicas para rejuve-nescimento, depilação definitiva e - a novidade! - um laser que trata a incontinência urinária no consultório dermatológico.

Você vai conhecer também o que são os cuidados paliativos, serviço que vem se ampliando na rede hospitalar do Recife. Mais do que focar na doença, os profissionais de saúde dessa área buscam dar conforto e apoio ao paciente e seus familiares.

Saúde e boa leitura!!

Diretoria executivaSérgio Moury Fernandesricardo de almeidaLuciano Moura Francisco cunha

reDaçãoFone: (81) 3327.3944/4348Fax: (81) [email protected]

eDitora-geraLcláudia Santos

reportagenSrafael DantasYago gouveia

eDitoria De arterivaldo neto

FotograFiaDiego nóbrega

[email protected]: (81) 3126.8161

pubLiciDaDeengenho de Mídia comunicação Ltda.Fone/Fax: (81) [email protected]

uma publicação da SMF- tgi eDitora av. Domingos Ferreira, 890, sala 805 boa viagem | 51110-050 | recife/pe - Fone: (81) 3126.8181

os artigos publicados são de inteira e única responsabilidade de seus respectivos autores, não refletindo obrigatoriamente a opinião da revista.

SUMÁRIO

Capa. Apesar de difícil, é possí-vel emagrecer. Página 08

Chikungunya. Veja como se livrar das dores da doença que virou epidemia. Página 14

Beleza. Aproveite o inverno para tratar a pele. Página 22

Para ouvir. Implante coclear é a solução para surdez severa Página 28

Bem-estar. Serviços de cui-dados paliativos crescem no Recife. Página 32

EDIÇÃO 8

Cláudia Santos - Editora [email protected]

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7Algomais Saúde • Fev/Mar/Abr/2016

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8 Algomais Saúde • Mai/Jun/Jul/2016

CAPA

A árdua batalha contra o pesopesquisas revelam porque emagrecer é tão complicado para os obesos

Cláudia Santos

Quem enfrenta a batalha contra a balança sabe que não é fácil ter a felicidade de ver seus ponteiros em direção à perda de peso. Se você é um desses guerreiros, não perca as esperanças. Pesquisado-res têm se debruçado sobre essa dificuldade de emagrecer e chega-ram a resultados surpreendentes que podem ajudá-lo nessa luta.

Estudos indicam que alimentos processados (industrializados e com aditivos artificiais) são tão viciantes quanto uma droga. Entendeu porque é tão complicado resistir à batata frita ou ao refrigerante? “São substân-cias que levam à ansiedade e à compulsão de comer mais desses produtos”, explica a nutricionista do Hospital das Clínicas da UFPE Jerluce Ferraz. A irresistível vontade de comer doces também tem explicação. O açúcar, se-gundo o endocrinologista Ney Cavalcanti, aumenta no cérebro o nível de serotonina, substância que tem ação tranquilizadora. "Isso explica porque algumas pessoas sentem a necessidade de comer alimentos adocicados, quando submetidas a estresses”, esclarece o médico

Nos anos 90 foram feitos estudos que lançaram por terra a con-cepção que basta o obeso ter força de vontade para emagrecer.

Nessa época descobriu-se o hormônio leptina, responsável por enviar ao cérebro a sensação de saciedade quando estamos

comendo. Ele, portanto, nos ajuda a reduzir a ingestão de ali-mentos. Mas pesquisadores surpreenderam-se ao descobrir o que parecia uma contradição: obesos possuem grande concentração de leptina. Acontece, porém, que neles o hormônio da saciedade é pouco sensível a sua atuação". “Também se constatou que ao emagrecer o obeso reduz a quantidade de leptina”, acrescenta Cavalcanti.

A ghrelina é outra descoberta importante. Trata-se de um hormônio produzido pelo estômago que esti-mula o apetite. O curioso é que nas pessoas obesas a concentração hormonal da ghrelina é baixa, porém quando elas perdem peso, ocorre uma elevação. Com essas descobertas ficou fácil entender porque ocorre

o efeito sanfona. “Quando o obeso emagrece fica com

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menos concentração de leptina (portan-to demora a se sentir saciado e por isso come mais). Além disso, tem o apetite aumentado, porque o nível de ghrelina se eleva. Daí vem a dificuldade de manter o peso", diz Cavalcanti. “Ou seja, quando o gordo emagrece ele não vira um magro. Ele é ‘um gordo emagrecido’ propenso a voltar engordar”, distingue o médico.

A obesidade provoca, ainda, altera-ções que prejudicam o funcionamento de outro hormônio, o GLP1, também respon-sável pela saciedade. “Ele é produzido no fim do intestino delgado e é estimulado pela quantidade de comida que chega a essa região”, esclarece Cavalcanti. “Como o intestino dos obesos é maior, o alimento demora mais de fazer esse percurso pre-judicando a ação do GLP1”, acrescenta.

Outra surpresa foi levantada em es-tudos apresentados no último Congresso Americano de Endocrinologia que recha-çaram a ideia de que fracionar refeições ao longo do dia emagrece durante. "Pes-quisa compararam 2 refeições ao dia com 6 vezes, houve uma maior perda de peso e melhora metabólica no grupo de 2 refei-ções/dia" diz o endocrinologista Luiz Griz, professor adjunto da UPE. "Isso porque com o jejum prolongado há um aumento do GLP-1 (hormônio que diminui o apeti-te) e redução da ghrelina (hormônio que aumenta o apetite)" conclui.

Por todas essas questões a obesidade é considerada uma doença multifatorial e das mais perigosas porque aumenta as chances de desenvolver outras patologias como: hipertensão, doença cardiovascu-lar, níveis de colesterol e triglicerídeos elevados, diabetes, artrite e até câncer. Obesos também são acometidos por in-flamações em todo o corpo. “Excesso de gordura produz substâncias pró-inflama-tórias indesejáveis para a saúde”, alerta Jerluce, que também é nutricionista das clínicas Santevie e Coenzima.

Se obesidade é uma doença, para tratá-la deve-se consultar um médico, no caso um endocrinologista. Abordagens mais recentes incluem consultas com nu-tricionistas e psicólogos. De antemão, é bom saber existem duas causas: a heran-ça genética e o estilo de vida. Como não é possível interferir no DNA, pode-se mo-dular com correção de hábitos errados

Tratamento | Luiz Griz tem indicado medicamentos para seus pacientes

METABOLISMO| Cavalcanti: Efeito sanfona é causado por alteraçoes hormonais

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adquiridos na vida contemporânea,como alimentar-se com comida industrializada (pobres em vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos) e o sedentarismo provoca-do pelas facilidades tecnológicas como o automóvel, o celular, o computador.

Razões emocionais, segundo Caval-canti, embora não causem a obesidade, podem ser um agravante. Que o diga a psicóloga Iana Araújo. Ela participa da equipe que atende pacientes a serem sub-metidos à cirurgia bariátrica (de redução de estômago) no HC. “Há pessoas que ti-veram perdas marcantes, como a morte de um parente, e aliviam o sofrimento na comida”, exemplifica Iana. Outro agra-vante é a ansiedade. “Estudos mostram que só pelo fato de estar ansioso, o indi-víduo pode engordar. Isso foi comprova-do em pesquisas feitas após a Primeira e Segunda Guerras, quando as pessoas fo-ram submetidas a uma grande carga de estresse”, embasa a psicóloga.

Ser gordo também afeta o estado emocional em razão das dificuldades e dos preconceitos enfrentados. “A ansie-dade e a depressão estão presentes pelo isolamento social e pelas limitações: é difícil para um obeso amarrar os sapa-

tos, cruzar as pernas, passar na catraca, muitos não vão a eventos porque não en-contram roupa que caiba”, detalha Iana.

SAIBA COMO tRAtAR Segundo dados do Ministério da Saúde, quase 50% dos brasileiros estão com so-brepeso ou obesos. “Obesidade é uma epi-demia mundial provocada por um padrão que que veio junto com a industrialização e o surgimento da alimentação processa-da”, analisa Jerluce. Por isso, quem quer emagrecer deve eliminar esses produtos da lista de supermercado, além de seguir um plano alimentar com comida natural e fazer exercícios físicos.

Mas nem todo obeso chega ao peso ideal com essas medidas, em razão das dificuldades já mencionadas relacionadas ao funcionamento dos hormônios. Menos de 10% deles conseguem emagrecer com a mudança de hábitos. Nesses casos, uma das alternativas é o tratamento com me-dicamentos. “São medicações que foram aprovadas pela agência norte-americana FDA (Food and Drug Administration) tendo como critério reduzir acima de 5% do peso em pelo menos três meses. Nesse patamar o medicamento já oferece bene-

fícios como melhora do nível de glicose e redução da pressão arterial”, explica Griz.

O tratamento medicamentoso é as-sociado à dieta e atividade física e está indicado para pessoa com IMC (índice de massa corpórea – veja quadro na pá-gina 12) acima de 27 com presença de doenças(comorbidades). Ou então com IMC acima de 30. Segundo Griz, essas dro-gas são efetivas na maioria dos pacientes.

Cavalcanti, entretanto, ressalta que os medicamentos estão longe de ter a eficácia desejada, embora reconheça que existem muitos casos em que são indica-dos. Mas ressalva que às vezes são usados de maneira permanente, já que, como vimos, muitos obesos que emagrecem tendem a voltar a engordar.

Outro recurso é a cirurgia bariátrica, indicada para os que têm IMC igual ou su-perior a 35 com comorbidades, ou acima de 40. Segundo Cavalcanti, 80% dos operados não retomam o peso. Além de emagrecer, a cirurgia melhora o quadro de diabetes (porque estimula o pâncreas a liberar insu-lina) e até a depressão na maior parte dos pacientes. “A sensação de estar em forma, traz felicidade e eles ficam mais confiantes e com autoestima elevada”, constata Iana.

Criança gordinha vira adulto obeso

A epidemia da obesidade atingiu também a infância. Virou rotina nos consultórios pediátricos crianças com doenças causadas pelo aumento de peso e que até então só acometiam adultos, como diabetes tipo 2, hiper-tensão, gordura no fígado. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009, realizada pelo IBGE, demonstra a diminuição nos níveis de desnutrição e aumento do número de crianças e adolescentes com excesso de peso nos últimos 35 anos no Brasil. Na região Nordeste, a pesquisa revelou que 28,15% de brasileiros entre 5 e 9 anos e 16,6% entre 10 e 19 anos estão obesos ou com sobrepeso.

O que é um perigo porque são al-tas as chances dessa garotada “brigar com a balança” também na fase adul-ta. Vários estudos mostram que uma criança gordinha tem risco maior de permanecer com problemas de obesi-dade quando adulta. “É como se o seu corpo passasse a ser programado para produzir células de gordura em gran-de quantidade e, mesmo que entre SAUDÁVEL| Eduarda com a ajuda da mãe, Socorro, mudou a dieta e emagreceu

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na fase de crescimento, terá dificulda-de para emagrecer”, explica Taciana Schuler, endocrinologista pediátrica.

O problema começa ainda quando se é um feto na barriga da mãe. Uma gestante obesa, que come em dema-sia tem grandes chances de ter bebês acima do peso, que terão essa progra-mação metabólica desencadeadora da obesidade. Assim como ocorre com gente grande, o estilo de vida é o principal vilão da criançada. Afinal, décadas atrás, os pequenos brincavam na rua, não comiam muito produtos processados, nem ficavam horas dian-te das telas da tv, de computador ou celular. As mães não trabalhavam fora de casa e tinham tempo para fazer as refeições.

Os tempos mudaram e o gosto das crianças por alimentos também. Na verdade, nosso paladar é formado até os 2 anos de idade. Portanto, se a garo-tada não está acostumada a comer fru-tas, legumes e verduras desde pequena dificilmente vai achar esses alimentos gostosos quando crescer.

As escolas têm sua parcela de res-ponsabilidade. “Nas cantinas dos colé-gios particulares não há muita preocu-pação com alimentação de qualidade, alguns chegam até ter uma lanchonete de fast food”, espanta-se Taciana. “Nas escolas públicas o problema é que a merenda é como se fosse um almoço. Essa ideia surgiu quando havia mui-tos estudantes desnutridos, mas hoje a situação mudou”, alerta a médica. “Por isso, os alunos que já almoçaram em casa vão para a escola e almoçam novamente com muito carboidrato, pouca vitamina e proteína”, critica a endocrinologista, que defende a cria-ção de políticas públicas para orientar os colégios.

Instituições de ensino também pe-cam por não darem o devido valor à educação física. “Muitas vezes é apenas uma aula por semana e muitas dão uma parte teórica e muito pouco prática. Os estudantes ficam sedentários, não se es-timula a consciência da necessidade de se exercitar”, adverte Taciana.

DiferençasTratar a obesidade na infância tem suas particularidades. Como estão em crescimento, as crianças não podem ser submetidas a dietas rígidas. Elas

também possuem um metabolismo mais acelerado que ajudam no proces-so de emagrecimento. Até o momento não há medicações de uso pediátrico para a obesidade, porque é difícil tes-tar o efeito dos remédios nas crianças. A cirurgia bariátrica é realizada so-mente a partir de 16 anos.

Por isso dieta e exercícios físicos são o arsenal terapêutico utilizado. E para que dê resultado é imprescindível a colaboração dos pais. “Muitos deles também têm alimentação pouco sau-dável e acabam transferindo o exem-plo para os filhos. É importante que passem a se alimentar bem para que as crianças os imitem”, recomenda a endocrinologista.

Os adolescentes são um caso à par-te. Como estão em fase de afirmação e de se distinguirem da imagem dos pais podem colocar obstáculos para fazer dieta. “Nesse caso, a alternativa é apelar para a vaidade para conseguir conven-cê-los”, aconselha Taciana. Eduarda Araújo, de 12 anos, é uma das pacientes da médica que já sente os efeitos do tra-

tamento na sua vaidade. “Ela é muito moça e de repente ficou com 26 quilos a mais do ideal para seu peso e altura. Não encontrava roupas bonitas para se vestir”, conta a mãe, Socorro.

Com dieta e atividade física, Eduar-da já perdeu sete quilos em sete meses. “Antes ela só usava short e camiseta, agora já comprou saia, está toda feliz, se arruma”, comemora Socorro. Para con-quistar essa felicidade, mãe e filha tive-ram que fazer algumas mudanças. “Eu gostava de doces e ela também. Deixei de comprar biscoito, leite condensado”, conta Socorro. O fast food foi substituí-do por sanduíche de pão integral com queijo e suco, o lanche da escola ela leva de casa, e passou a ter o hábito de tomar o café da manhã.

“No início foi difícil porque eu não estava acostumada a comer esses ali-mentos, mas depois de uma semana não estranhei mais”, revela Eduarda, que também passou a malhar. “Eu já fazia natação, agora faço também sapa-teado duas vezes por semana. É muito legal”, comemora.

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14 Algomais Saúde • Mai/Jun/Jul/2016

Dor da chikungunya tem tratamentoem meio à epidemia que acomete o estado, médicos elaboram protocolo que orienta como aliviar o sintoma nas diversas fases da doença

EPIDEMIA

Combater a dor. Esse é o princi-pal desejo dos pacientes com suspeita de chikungunya que chegam diariamente aos ser-

viços de urgência ou aos consultórios. Os analgésicos mais receitados pelos médicos, como dipirona ou parace-tamol, na maioria dos casos, passam longe de aliviar o desconforto. Como a doença tornou-se um grave problema na saúde pública – até o início de maio havia quase 17 mil casos suspeitos e 371 confirmados – e alcança parcela significativa da população, surge nes-te momento uma série de indicações populares do que fazer para amenizar os sintomas. Cada um dá um pitaco. Entre os médicos, no entanto, foi de-senvolvido um protocolo para orientar esse tratamento.

Apesar do sofrimento que os pa-cientes passam nos primeiros dias da chikungunya, na sua fase inicial, há algumas restrições para o uso de medi-camentos. “Não são recomendados os anti-inflamatórios nessa primeira etapa, pois caso esse paciente tenha dengue, e não a febre chikungunya, o uso des-ses medicamentos poderá desencadear uma reação hemorrágica. Os sintomas dessas duas doenças são bem semelhan-tes”, alerta o infectologista do Hospital Esperança, Moacir Jucá. Essa fase aguda dura de dois dias até duas semana.

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15Algomais Saúde • Mai/Jun/Jul/2016

Dor da chikungunya tem tratamento Enquanto as dores da dengue são

consideradas leves e os sintomas da zika são classificados como de leves a moderados, a gravidade das sensações provenientes da febre chikungunya estariam entre moderadas e intensas, segundo os especialistas. Uma caracte-rística que acomete os pacientes desse quadro mais agravado é que a maioria segue para a fase subaguda da doença.

“Cerca de 80% dos pacientes en-tram nessa fase, em que há uma pio-ra das dores articulares, em geral nas mesmas regiões já acometidas no pri-meiro momento, apesar de não haver mais febre. Os pacientes que conti-nuam por mais de três meses entram numa fase classificada como crônica da doença”, diz Moacir Jucá. De acor-do com informações do Ministério da Saúde, os sintomas dessa última fase podem durar até três anos.

A partir da fase subaguda e da fase crônica – já com um diagnóstico e um quadro clínico mais preciso da doen-ça – são iniciados tratamentos com o uso de anti-inflamatórios esteroides ou não esteroides (estes últimos são conhecidos como corticoides). Aos pacientes que chegam à última fase é necessário acompanhamento de um reumatologista. Recentemente foi de-senvolvido pela Secretaria de Saúde do Recife o protocolo "Manejo de Dor na Chikungunya", que designa qual o tipo de tratamento a partir da escala de dor do paciente, que é medida de 0 a 10.

De acordo com a especialista em reumatologia e tutora de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Zelina Barbosa, que integrou a equipe de elaboração do protocolo, o nível da sensação dolorosa é medido durante as consultas médicas a partir de entrevistas com o paciente. “Identi-ficamos algumas pessoas com graus 9 ou até 10. São casos mais intensos, que precisam de um acompanhamento

ORIENTAÇÃO | Jucá informa que 80% dos pacientes entram na fase subaguda em que há piora das dores sem febre. Renata (abaixo) alerta para o perigo da automedicação com corticoide

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de um especialista, pois pode haver a necessidade inclusive de usar derivados de morfina no tratamento”, afirma.

Para as crianças, que também são vítimas frequentes da doença, o pro-tocolo de tratamento é semelhante ao dos adultos, apenas considerando a ressalva das medicações que não são recomendadas para a fase infantil. “O quadro clínico dos pequenos é bem semelhante ao do adulto. Muitas ma-nifestações cutâneas, além das dores nas articulares são muito presentes nas crianças. O tratamento também é muito parecido, respeitando drogas que têm restrições na infância. Busca-mos os analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides que são indicados para a idade”, ressalva Zelina.

Com o desenvolver da doença al-guns pacientes correm o risco de per-der massa muscular ou até chegar a quadros de incapacidade funcional, de acordo com a médica. Nesses casos é possível fazer indicações de tratamen-tos alternativos com fisioterapia e até acupuntura. As indicações alimentares que têm sido propagadas pelas redes so-ciais, como o uso de sucos com inhame, não têm comprovação científica na lite-ratura médica.

RISCOS De acordo com a reumatologista do Real Instituto de Oncologia do Hospital Português e do Imip, Renata Menezes, os pacientes com maior risco de entrar na fase crônica, com comprometimen-to das articulações são as pessoas aci-ma de 45 anos, portadoras de doenças articulares preexistentes. "O sintoma mais comum nessa fase é o acometi-mento articular persistente e seme-lhante à artrite reumatóide. Nessa fase podem ainda estar presentes a fadiga, rigidez matinal, artrite, tenossinovite e sintomas neurológicos", declara.

Ela alerta que muitos pacientes es-tão se automedicando com corticóides, o que nem sempre é aconselhado, de-vido os riscos e contraindicações, além da volta dos sintomas após a suspen-são da medicação (efeito rebote), que deve acontecer de forma moderada. Na fase crônica da artrite por chikun-gunya deve-se considerar, além dos corticóides, a possibilidade de uso de drogas usadas no tratamento da artrite reumatóide. (R.D.)

Mais pacientes procuram a fisioterapia

Com o alastramento da epidemia no Estado, as clínicas fisioterápicas já passam a ter um fluxo maior de pes-soas com chikungunya em busca de tratamento. De acordo com a professo-ra da UFPE Maria das Graças Paiva, os pacientes têm procurado cada vez mais cedo a Clínica Escola de Fisioterapia da universidade. “Normalmente temos recebido pacientes adultos, idosos e jo-vens que foram cometidos pela doença com queixa de dor articular e fraqueza muscular, mas que se estende pelos membros. Não há ainda esclarecimen-tos sobre as sequelas da chikungunya, mas há indicações que a sua evolução pode comprometer algumas articula-ções”, afirma.

As regiões mais atingidas são nas mãos, joelhos, ombros, cotovelos, pu-nho e tornozelos. “As principais quei-xas dos pacientes que têm procurado o tratamento fisioterápico são edema na mão e nos dedos, impossibilitando--os de fecharem as mãos. Muitos recla-mam até de dificuldades de levantar pela manhã, fraqueza e até fibrilação nas perdas”, informa a professora.

Ela lembra que a princípio apenas pacientes na fase crônica procuravam esse tipo de tratamento, mas ultima-mente mesmo aqueles que ainda estão na fase subaguda já estão nos consul-tórios fisioterápicos. “Essa antecipação facilita muito a vida desses pacientes. Quando mais tempo você adia o trata-mento, mais lenta será essa recupera-ção”, alerta Maria das Graças.

A aposentada Fátima Lopes, 71 anos, foi acometida pela chikungunya no mês de fevereiro. Como as dores não passaram e se tornavam mais intensas, sob orientação médica ela procurou a fisioterapia. “Estou em tratamento fi-sioterápico desde março. Os remédios não davam conta das dores, principal-mente no braço e joelho. O desconforto aliviou bastante e já consigo fazer al-guns movimentos que não estava mais conseguindo, como levantar o braço”, afirma. Fátima encerrará o tratamento neste mês, quando completará 10 ses-sões. A fisioterapeuta Natácia Carlos, da Unityclin Fisioterapia e Pilates, foi a res-ponsável pelo tratamento com a apo-sentada. (R.D.)

Alívio | Fátima melhorou após sessões com a fisioterapeuta NatáciaDi

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MITO OU VERDADE?

Mito. Tomar água com açúcar para acalmar os nervos é crendice popular. Na verdade, o açúcar é metabolizado pelo organismo e se transforma em frutose e glicose, duas importantes fontes de energia, mas que não possuem nenhum poder tranquilizante. “A pessoa fica mais calma mesmo pelo poder da sugestão, efeito psíquico ou place-bo, mas um simples copo de água teria o mesmo resultado”, explica o diretor médico do Hospital Esperança Olinda, o clínico Marcos Reis. Apesar da combinação água com açúcar ter esse efeito popular de acalmar, a  prática não deve ser in-centivada, principalmente quando oferecida a desconhecidos. “A ingestão de água com açúcar pode fazer muito mal em caso de pessoas diabé-ticas, hiperglicêmicas, que possuem alta taxa de açúcar no sangue”, alerta Reis.

Água com açúcar acalma?

Pelo de animal causa alergia?Verdade. O pelo do animal pode desencadear alergia em algumas pessoas, mas, além disso, a alergia pode ser causada por ácaro presente nesse pelo. A alergia ao pelo do cão e do gato se evidencia através de urticárias de contato, asma e rinite, segundo a nfectologista do Hospital Jayme da Fonte, Andrezza de

Vasconcelos. “Se há comprovação de alergia ao pelo, deve-se tomar cuidados específicos, evitando que o animal suba

na cama da criança, e, até mesmo, evitar que ele en-tre no quarto dela”, orienta a médica. Já se a criança

for alérgica ao ácaro, por exemplo, o cuidado será evitar que o pelo do animal armazene os ácaros, através de escovação frequente além de banhos e tosas.  Não há evidências que animais de pelo curto provoquem  menos alergia que os de pelo longo. Apesar disso, estudos comprovaram que crianças com predisposição a ter alguma aler-gia podem diminuir a incidência de doenças alérgicas  em  contato com animais de estima-

ção ainda quando bebês. “Dessa forma, ao contrário do que se imaginava, o conví-vio com animais de estimação, como o cachorro, parece ser positivo para uma criança alérgica, por desenvolver esta-bilidade emocional e estimular o orga-nismo a se defender de outras alergias”, informa Andrezza.

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Agora, ao realizar os seus exames de Tomografia e Ressonância em uma de nossas clínicas, você tem acesso on-line aos resultados. O Grupo José Rocha de Sá atua na área de diagnóstico por imagem há mais de 45 anos, sempre investindo nas melhores tecnologias para garantir mais conforto e qualidade para você.

HORÁRIO DE ATENDIMENTO: DE SEGUNDA A SEXTA DAS 07h ÀS 19h SÁBADOS DAS 07h ÀS 12h

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O poder dos termogênicos

NUTRIÇÃO

uma boa dica para quem quer emagrecer é incluir esses alimentos na dieta porque eles aceleram o metabolismo e ajudam a queimar calorias

Para quem quer ema-grecer, uma dica preciosa é incluir alimentos ter-

mogênicos na dieta. Eles podem ajudar na queima de calorias. Ao ingeri-los, o orga-nismo gasta mais energia porque eles não são facilmente digeridos, con-sequentemente, há um gasto calórico maior.

Os termogênicos estimulam o me-tabolismo a trabalhar em um ritmo acelerado. "Os termogênicos provocam maior consumo energético para realizar a digestão. Esses alimentos são capazes de aumentar o ritmo metabólico, favo-recendo o processo de emagrecimento", explica a nutricionista Stella Bezerra. Apesar dos benefícios proporcionados, eles também apresentam contra-indi-

Yago Gouveia

Canela - Em pó, pode ser salpicada sobre frutas e incluída em vitaminas.

Pimenta vermelha - Ali-mento rico em capsaicina, ela aumenta cerca de 20% a atividade metabólica se ingerida na quantidade de 3g por dia. Pode ser adicionada em saladas e pratos quentes como tem-pero. Deve ser usada com moderação à noite para evitar problemas durante o sono.

Óleo de coco virgem - Pesqui-sadores da Universidade de Co-lumbia e do Centro de Pesquisa sobre Obesidade de Nova York, ambos nos Estados Unidos, descobriram que os triglice-rideos de cadeia média (TCM), presentes no óleo de coco, ativam hormônios como a cole-cistoquinina, ligada à sensação de saciedade. Ele pode ser misturado em iogurtes, sucos e vitaminas. Na versão extravir-gem, pode ser utilizado como tempero de saladas.

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cações. Por ter uma influência direta no ritmo do metabolismo do corpo, é essencial a realização de exames e uma consulta a um profissional da área. "O uso de alimentos termogênicos deve ser feito com cautela por pessoas que pos-suam algum tipo de patologia, porque podem provocar o aumento da pressão arterial e apresentar sobrecarga cardía-ca, principalmente com a utilização de termogênicos industrializados, com do-sagens elevadas de substâncias estimu-lantes", completa.

Além da alimentação, um outro pi-lar para a melhora na saúde e o emagre-cimento são as atividades físicas. Uma dieta equilibrada, com a inclusão de ali-mentos termogênicos e a realização de esportes é a saída para quem deseja per-der peso. A utilização dos termogênicos antes dos exercícios, aliás, pode aumen-tar o processo de emagrecimento. "As

refeições podem ser realizadas ao longo do dia de diversas manei-ras, mas o uso antes de atividades

físicas potencializam o aumen-to do metabolismo, e estimu-

lam a redução do percentual de gordura", afirma Stella. "O consumo não deve ser

feito no período noturno, pois são estimulantes e podem prejudicar o sono", explica a nutricionista Gabriela Tabo-

sa. Cada termogênico, aliás tem uma maneira de ser consumido.

"O chá verde, por exemplo, deve ser bebido entre as refeições, para não

interferir na biodisponibilidade (ab-sorção pelo organismo) de nutrientes originários das grandes refeições", com-pleta a nutricionista Gabriela Tabosa.

Conhecidos por "encurtarem" o caminho do emagrecimento, os suple-mentos termogênicos ganharam diver-sos adeptos nos últimos anos. Contudo, Stella alerta para os produtos que supe-ram as dosagens necessárias e não pos-suem liberação da Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa) . "Existem diversos produtos no mercado intitula-dos como termogênicos. É importante saber a procedência do produto e com-posição. Para conseguir atingir os ob-jetivos no processo de emagrecimento ou redução do percentual de gordura se faz necessário ter uma alimentação equilibrada e adequada de forma indi-vidualizada", adverte.

Água gelada - Para a surpresa de muitos, até a água gelada pode ajudar no processo de perda de peso. A temperatura corporal é de cerca de 36°C, já a água gelada gira em torno de 4°C. Quando é ingerida, o corpo trabalha imediamente para aquecê-la. O esforço do corpo faz com que ele consu-ma mais energia, consequen-temente, há uma perda de calorias maior. Estima-se que dois litros de água gelada por dia fazem o corpo queimar cerca de 100 calorias. Por-tanto, não existe um horário definido para a ingestão.

Cafeína - Geralmente, uma xícara de café forte possui cerca de 80 a 120 mg de cafeína. Nessa quantidade, os benefícios já podem ser extraídos. É importante lembrar que a bebida deve ser ingerida sem açúcar ou carboidratos. Caso contrário, os efeitos podem ser cortados em até 90%.

Gengibre - Pode-se ralar a raiz crua e incluir em todo tipo de receitas. Outra opção bem conhecida é a aliança com os sucos de abacaxi e maçã, por exemplo.

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Hora de tratar a peleDERMATOLOGIA

o inverno, quando chove no recife, é ideal para fazer tratamentos dermatológicos que requerem a não exposição ao sol. conheça alguns deles e a novidade que trata a incontinência urinária e recupera o prazer sexual

Peeling – Procedimento que faz a descamação na pele, que se renova, deixando-a mais lisa e clara. Pode ser

feito a partir de métodos químicos ou físicos. Na primeira moda-

lidade são usados ácidos. O peeling pode ser superfi-

cial, médio ou profundo, a depender do tipo de

agressão realizada na pele para renovação das células. Quanto mais essa agressão consegue atingir a parte mais profunda (derme), maior será a produção de colá-geno, substância que dá firmeza à pele. No

uso dos ácidos, essa gradação é obtida a par-

tir do tipo de substância usada e de sua concentra-ção. “Nas peles mais more-

nas ou bronzeadas evita--se os mais agressivos”, ressalva Lígia Pessoa de Melo, dermatologista, preceptora do Hospital Octávio de Freitas

O peeling superfi-cial clareia o tom

da pele e melhora as rugas mais finas. O mé-dio atenua as rugas superficiais e médias,

remove alguns tipos de manchas e es-timula o colágeno. Há ainda o peeling para acnes e cravos.

Realizado com ácido fenol, o pee-ling profundo é indicado para enve-lhecimento severo, cicatrizes e acnes profundas. Mas seu uso vem sendo restrito porque promove uma grande ferida e requer a sedação do paciente, o qual também precisa usar medica-mento antiviral, pois corre o risco de adquirir herpes. Por isso, especialistas têm preferido outras técnicas, que pro-porcionam o mesmo resultado.

Existe ainda o pelling de cristal, que renova a pele. “Utiliza-se uma máquina que libera cristais de alumínio, fazendo atrito e retirando as células mortas”, explica a dermatologista Thereza Pa-checo.

Laser - Existem vários tipos de la-sers para obter diferentes resultados: peeling, rejuvenescimento, depilação definitiva, retirada de manchas entre outros. Uma das inovações é o laser de CO2, que age buscando a água da pele causando uma queimadura, por meio da vaporização dessa água. Ele estimu-la a produção de colágeno, melhorando a firmeza da pele e as rugas. Aparelhos mais modernos de CO2 fracionado têm a vantagem de não serem ablativos, isto é, não causam queimadura. Usado no tratamento para rejuvenescimento, ci-catrizes (incluindo de acne) estrias ou flacidez.“É uma das vedetes dos consul-tórios dermatológicos”, ressalta Lígia.

Novidade ainda mais recente, o la-ser Fotona, une dois tipos de laser num mesmo aparelho: o Erbium-Yag e o Nd-

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-Yag 1064. Juntos, eles permitem uma variedade de usos que vão desde o trata-mento para rejuvenescimento, flacidez, estrias, olheiras, rosácea, acne,  telan-giectasias (vasos muito finos), varizes e  depilação definitiva (incluindo pelos finos e claros, menos os brancos). Uma das vantagens oferecidas pelo aparelho é poder ser aplicado em peles morenas e negras.

O Fotona 4D também realiza uma espécie de mini-lifting, ao ser aplicado externamente e dentro da boca.  “Há um estímulo do colágeno de dentro e de fora para dentro, proporcionando uma sustentação maior das bochechas, melhorando o aspecto conhecido como buldogue”, explica a dermatologista Beatriz Almeida. “É o único laser capaz de ter essa utilização, que é realizada sem que o paciente sinta dor.”

Outro benefício do Fotona  é seu uso na região na vulva e canal vaginal para tratamento da incontinência urinária e sensação de alargamento, ressecamento e atrofia vaginal que acometem as mu-lheres com o passar dos anos. "Mesmo sem partos vaginais, o relaxamento va-ginal pode ser observado pela perda do tônus dessa musculatura. A menopausa piora esses sintomas, havendo diminui-ção progressiva do colágeno e elastina. A síndrome do relaxamento faz com que a mulher apresente perda de urina com o mínimo esforço ou espontaneamente e tenha dificuldades nas relações sexuais, minimizando o prazer para ela e para o parceiro, causando grande desconforto", explica Beatriz.

O Fotona, segundo a médica, conse-gue recuperar a elasticidade, espessura e a umidade da vagina, estimulando a produção de colágeno, melhorando a incontinência urinária, além de per-mitir à mulher obter relações sexuais mais satisfatórias. "Promove também clareamento e melhora na textura e flacidez de toda a vulva e períneo", diz Beatriz. O tratamento é indolor, sem cortes e sem sangramento. "Não é pre-ciso o afastamento das suas atividades rotineiras,  apenas abstinência sexual durante cinco a sete dias após a aplica-ção do laser”, acrescenta a médica.

IPCA - A indução percutânea de co-lágeno (IPCA) é um procedimento reali-zado com um aparelho chamado roller, um rolo que possui pequenas e múlti-plas agulhas. Elas fazem ferimentos mi-

núsculos na pele que ao se recompor, produz colágeno.“É muito usado em manchas e cicatrizes”, salienta Lígia. Mais recentemente vem sendo utiliza-da a técnica de RFPM (radiofrequência pulsada percutânea de multiagulha). São aparelhos que associam essas pe-quenas agulhas a ondas de radiofre-quência e ultrassom.

A indicação de todos esses trata-mentos depende do efeito desejado, do perfil do paciente e do volume de re-cursos que se está disposto a investir. Pode-se até fazer uma associação de técnicas. O importante é que seja reali-zado por um dermatologista, profissio-nal mais preparado para executar esses procedimentos.

Para realizar o IPCA, RPM e o laser de CO2 o paciente é anestesiado com cre-mes ou com anestesia local. O Laser Fo-tona utiliza cremes anestésicos tópicos.

Novidades no diagnósticoDermatologistas lançam mão da tecno-logia para detectar as imperfeições da pele de seus pacientes e decidir o melhor tratamento. Uma das novidades é o Vi-sia,  aparelho que fotografa e faz um ma-

peamento minucioso mostrando lesões que não se podem ver a olho nu. “Ele faz uma análise das manchas, rugas, textura e poros e realiza uma avaliação de como a pessoa está em relação à sua idade”, detalha Thereza Pacheco. As fo-tos podem ser armazenadas, permitindo que médico e paciente acompanhem a evolução do tratamento.

A foto também é um recurso usa-do pelo Vectra, um software acoplado a   uma câmara fotográfica, que faz um mapeamento do rosto e pescoço. “Eu fo-tografo o paciente e a sua imagem é mos-trada no computador em três dimensões. A ferramenta permite ao dermatologista mostrar ao paciente sua imagem numa rotação de até 180 graus em todos os sen-tidos e ainda revelar como está a simetria entre os lados esquerdo e direto do rosto. Todo o relevo e contorno da face, as man-chas, os vasos, os sulcos e as depressões, são mostrados", explica Beatriz Almeida. "Pode-se também demonstrar ao pacien-te como seriam as modificações após um procedimento", acrescenta. Assim como o Visia, o paciente pode acompanhar como a pele ficou antes e depois do tra-tamento.

Tecnologia | Beatriz: software permite mapeamento do rosto e pescoço

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GOSTOSO & SAUDÁVEL*Sylvia Lobo é nutricionista da prodieta. www.prodieta.com.br (81) 3241-5961

Após o verão, em que a regra é proteger a pele do sol rigo-roso e manter dietas para se sair bem na praia, o inverno para muitos aparece como um momento de relaxar na atenção ao corpo. Entretanto, assim como qualquer estação do ano, esse período exige cuidados específicos para manter a pele tratada e não perder a boa forma – ou para quem não atingiu o verão passado a forma desejada, antecipar a dieta, exercício físico e tratamentos estéticos para garanti-la no próximo.

Um dos focos do problema está na alimentação, já que nes-se período é comum as pessoas dizerem que a fome aumenta. Mas por que isso acontece? Quando a estação proporciona bai-xas temperaturas, o organismo acelera o metabolismo e gasta mais energia para produzir calor e aquecer o nosso corpo. Por isso, a necessidade calórica aumenta para manter a tempera-tura corporal, e consequentemente, as pessoas acabam consu-mindo mais do que em outras épocas do ano.

Se a ingestão de calorias for maior que seu gasto, pode haver aumento indesejado do peso ou até problemas como aumento das taxas de glicose, colesterol e triglicerídeos e ou-tras taxas indesejáveis. A dica é aproveitar o clima frio para

consumir sopas magras e estar atento ao consumo de bebida alcoólica, que costuma aumentar no período. Também se deve procurar resistir à tentação de reduzir a atividade física por conta do frio. 

Outro problema característico desse período é o resseca-mento da pele. São diversos os fatores que proporcionam isso. Uma das causas principais do ressecamento para o qual as pessoas não atentam é que, com o frio, sente-se menos sede e, por isso, bebem menos água. Andar sempre com uma garrafi-nha de água seria uma dica ou até mesmo estipular horários e lembretes para o momento de hidratação. No mínimo deve-se ingerir 2 litros de líquidos por dia

Desse modo, não há desculpa para esperar chegar perto do verão para começar a cuidar do corpo. Afinal, os cuidados du-rante todo o ano são fundamentais para a saúde e bem-estar. A prática regular de exercícios físicos e uma alimentação equili-brada através de uma reeducação alimentar personalizada, rica em frutas, verduras, legumes, fibras, proteínas e carboidratos é fundamental para que os resultados sejam duradouros e contí-nuos, independente da estação do ano.

Inverno também é tempo de cuidar do corpo

Refogue o tempero verde com azeite, cebola, caldo de galinha, repolho, leite desnatado e 2,5 xícaras de água; e deixe que cozinhem por 15 mi-nutos. Em seguida retire uma porção de repolho e passe no liquidificador. Volte para a panela o que foi triturado, misture e deixe cozinhar por mais 5 minutos.Porção: 1 pessoaCalorias: 84

SOPA DE REPOLhO

Tempero verde: a gostoCaldo de galinha sem glúten light: ¼ de tableteAzeite: 1 colher de cháLeite desnatado: 1 colher de sopaRepolho picado: 3 colheres de sopaCebola ralada: 1 unidade média

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ALÉM DO CONSULTÓRIO

Entre o peladeiro e o viajanteFutebol e turismo são as paixões de oscar coutinho, que há 53 anos costuma jogar pelada com um grupo de amigos e já conheceu boa parte da europa

Quando não está nos consultó-rios, o médico Oscar Coutinho, 77 anos, se orgulha por duas atividades que lhe são bem rotineiras: o futebol e o turis-

mo. Pelos gramados, suas peladas com os amigos já atravessam mais de meio sécu-lo. Os roteiros pelo mundo, com as malas debaixo do braço, já o fizeram atravessar as fronteiras de quase toda a Europa e já lhe deram expertise para escrever o livro Viajar é ótimo (publicado pela Cepe), que já está na segunda edição.

Os peladeiros que formam seu grupo de futebol começaram a jogar juntos no ano de 1963. “Neste mês de maio comple-tamos 53 anos da pelada com os amigos, que nunca foi interrompida. Desconheço outra que seja tão antiga”, comenta com humor o médico, que joga de ala direita. A base do time foi formada com estudan-tes de medicina, mas atualmente outros amigos, profissionais liberais em geral, são convocados para o campo. Hoje as partidas do seu time acontecem semanal-mente no Clube Alemão, mas a arena que foi o palco da maioria dos jogos foi o cam-po no Hospital Barão de Lucena, onde o doutor com coração rubro-negro atuou pelos gramados por 35 anos.

Sua paixão mais conhecida, o tu-rismo, começou através das leituras. E, como na sua infância a maioria dos li-vros eram europeus, a curiosidade pela França, seu destino favorito, foi bastante aguçada. Outro gatilho pelo seu interesse por ganhar o mundo foram seus profes-

sores de história e geografia no antigo Co-légio Oswaldo Cruz. “Sempre viajo com amigos e procuro destinos que oferecem beleza, charme, cultura, história e boa co-mida”, revela seus interesses.

Ao montar seus roteiros, outra prefe-rência é por lugarejos e cidades pequenas no interior europeu. Nessas férias de 2016 ele atravessa as fronteiras da Itália, Eslovê-nia, Áustria, República Checa e Alemanha. “Visito mais os vilarejos, gosto desses des-tinos menores e mais descontraídos”, diz. Das inúmeras cidades por onde passou, a que ganhou a distinção de lugar favorito foi Annecy, nos Alpes Franceses.

Unindo a paixão pelo futebol ao de conhecer novos destinos, ele já passou tam-

bém por alguns dos estádios mais famosos do mundo, como o Camp Nou, do Barcelo-na, o Santiago Bernabéu, do Real Madrid, e a Allianz Arena, do Bayern de Munique. Apesar das andanças pelos grandes palcos do futebol mundial, ele nunca assistiu a uma grande partida em território estran-geiro. Pelo Brasil, seus recantos favoritos são a Serra Gaúcha, o Estado de São Paulo e a região de Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Diferente de muitos profissionais que gostam de aliar sua atividade com o turismo, Coutinho afirma que quando está viajando está de férias. Os conhecimentos médicos que vêm de outros centros do mundo che-gam a ele pelas revistas especializadas e pela internet. “Quando viajo quero é lazer”!

ROtEIRO| EM SUAS VIAGENS, O CLíNICO CONHECEU DIVERSOS ESTÁDIOS FAMOSOS

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SURDEZ

introduzido por meio de cirurgia, o implante coclear possibilita que crianças e adultos com perda auditiva profunda possam recuperar a audição

O implante coclear é um recurso da medicina que tem permiti-do a pessoas com problemas graves de audição ter a felici-

dade de voltar a ouvir. Trata-se de um dispositivo que não amplia o som como os aparelhos para a surdez convencio-nais, mas substitui as células auditivas danificadas, estimulando diretamente o nervo responsável pela audição.

Ele é implantado por meio de uma cirurgia. Possui uma porção externa, acoplada logo atrás da orelha, e uma porção interna, que é colocada dentro da orelha do paciente. Segundo a otorri-nolaringologista Patrícia Santos do Hos-pital Agamenon Magalhães, sua indica-ção abrange diversos critérios, mas em linhas gerais pode ser usado por pessoas com perda auditiva severa a profunda, com problemas de audição bilateral (nas duas orelhas) e que não conseguem ter resultados satisfatórios com os apare-lhos auditivos convencionais.

"Em bebês, o diagnóstico é feito du-rane o teste da orelhinha", informa a mé-dica. O exame consiste na colocação de uma espécie de fone acoplado na orelha da criança que emite sons de fraca inten-sidade e recolhe as respostas dadas pelo bebê. Se ela der negativa, já é possível a colocação do aparelho.

Segundo Patrícia, a intenção é rea-lizar cirurgias em crianças que ainda não falam para que sejam estimuladas desde cedo. "Nosso intuito é fazer o im-plante coclear até os 2 anos de idade.

Assim, a criança vai falar tudo no fu-turo. É como ela não tivesse nenhum problema de audição. Se for mais tar-de, a dificuldade é bem maior", afirma.

Apesar de ter passado da idade ideal para realizar o procedimento, Lucas Coe-lho Diniz, de 4 anos, já colhe os frutos da cirurgia. O pequeno fez a intervenção em fevereiro, mas, de acordo com mãe Rosia-ne Coelho, a melhora já é visível. "Apesar do pouco tempo de cirurgia, ele já nos en-tende e também já conseguimos entender o que ele quer. A principal melhora foi na convivência com todos., porque é bem com-plicado viver com alguém, mas não saber o que ele quer e ele também não saber o que estamos falando ou sentindo", diz.

Recurso para voltar a ouvir

Mas não são só as crianças as con-templadas com o implante. Adultos e idosos também podem se beneficiar. Foi o caso de Enoque Martiniano da Silva, de 47 anos. "Eu ouvia normal, mas, aos poucos, comecei a perder a audição, até o momento que percebi que eu não es-tava escutando bem. Fui ao hospital, os médicos me examinaram e viram que eu tinha algo chamado de 'perca em rampa'. Perdi cerca de 67% da capacida-de auditiva", conta Enoque. "Estou usan-do o implante coclear desde o início de 2015. Eu usava o aparelho auditivo desde 2010, mas ele não resolveu o problema. O implante, por outro lado, melhorou muito minha dificuldade", completa.

VIDA NOVA| Enoque perdeu 67% da capacidade auditiva e voltou a escutar

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Entretanto, para quem pensa que o retorno da audição é instantâneo, Enoque faz uma ressalva. "Ele funcio-na, mas quando saí da sala de cirurgia pensava que já estaria ouvindo tudo, mas não ouvi nada. Porque requer um tempo até colocar o aparelho, fazer alguns ajustes e exames também. A partir do momento que o aparelho é li-gado, a audição retorna 100%", afirma.

Enoque conta que a interação com as pessoas, após a cirurgia, melho-rou. Apesar de já utilizar aparelho há mais de um ano, a adaptação ainda não está concluída. "Existem diversos locais que eu desligo o aparelho, por-que o barulho incomoda mais a quem não escuta. Quem tem audição vai se acostumando com o barulho desde o momento do nascimento. Eu não sou assim", comenta. "Tenho me acostuma-do novamente com os sons desde o iní-cio de 2015. Preciso desligar o aparelho para dormir, então cada amanhecer é um novo aprendizado", explica. "Toda vez que ligo o aparelho vem uma ex-plosão de sons. Minutos depois, acabo entrando no ritmo normal, aí já não incomoda tanto", relata. OPERAÇÃO | Patrícia: aparelho estimula nervo responsável pela audição

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Consultório especializado em diagnóstico e tratamento de doenças do cabelo

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OLhAR INTERIOR

A física quântica explica a inter-conexão que existe entre to-dos os elementos da natureza, desde as plantas, os animais,

os micro-organismos,  as pessoas e os acontecimentos.  Não há “separativida-de”, portanto, influenciamos e somos influenciados pelo ambiente.  Essa  in-terconexão também ocorre entre o inte-rior e o exterior. O que se passa dentro de nós: as crenças, os pensamentos, as sensações, os sentimentos revelam-se no nosso corpo e afetam o modo de fun-cionar ou de estar no mundo.

A saúde dentro da perspectiva quântica considera os aspectos: físico, emocional, mental e espiritual, funcio-nando de modo integrado.  Dessa for-ma, há uma inter-relação entre saúde e doença, em que uma se transforma na outra. O organismo busca sempre o equilíbrio homeostático e este é uma forma de manutenção da saúde.  Mas, faz parte do viver, o adoecer.

A relação da saúde e doença compa-ra-se à flor que se transforma em adubo e ao adubo que se transforma em flor. O processo de adoecimento acontece por diversas causas: terreno biológico, ati-tude mental, estilo de vida, má alimen-tação,   ingestão de bebida  alcoólica, sedentarismo, baixa imunidade, exces-so de  estresse, entre outras, além    das epidemias e viroses advindas da rela-ção com o ambiente. Manter uma qua-lidade de vida é essencial para viver de modo saudável.  Ouvir os sinais advin-dos do corpo, fazer pausas meditativas e contemplativas da natureza ajudam na manutenção da saúde.

Mas, mesmo assim, em algum mo-mento, a doença surgirá e nos fará en-trar em contato com nossa fragilidade, enquanto seres humanos. Dependendo da gravidade da doença, a experiência será mais forte ou mais amena. Nessas ocasiões, é preciso aceitar e se entregar aos cuidados médicos, familiares, ali-

mentares, medicamentoso, mantendo a autonomia, através da escuta do pró-prio corpo, confiando na intuição, sen-do um coparticipante na direção tera-pêutica. Mesmo estando frágil, muitas escolhas deverão ser feitas, que podem ser esclarecidas numa roda de conversa entre profissionais da saúde e pacien-te, como também, pode haver troca de ideias com as pessoas de confiança.

A doença pode ser entendida como uma linguagem, como uma forma de expressão do próprio ser. Pode consti-tuir uma oportunidade de revisão so-bre o estilo de vida da pessoa, sobre a relação consigo mesmo, o nível de rea-lização  no trabalho, o contato com as emoções, a convivência cotidiana, além da dimensão espiritual. 

Dentro dessa visão, a pessoa enfer-ma pode fazer da experiência um mo-mento de aprendizagem sobre as várias questões da vida, inclusive sobre a mor-te. Muitas pessoas, depois de serem aco-metidas por uma doença, ressignificam a vida. 

O contato com a fragilidade, a de-pendência dos cuidados do outro, a possibilidade da morte fazem com que

a pessoa se dê conta da impermanência da vida, o que fá-la despertar para viver cada vez mais o aqui e agora, buscando o verdadeiro sentido da vida.

Dentre esses questionamentos pode surgir algo sobre o mistério da mor-te, como a pessoa lida com este tema, incluindo os medos e a preparação da própria morte. A existência dela nos ensina a importância de não deixarmos pendências, o que significa dissolver-mos as mágoas, praticarmos a gratidão, desapegarmos do aspecto material e desenvolvermos a espiritualidade que nos  ancora  na passagem da doença para a saúde, e um dia do viver para o morrer.

iNFORMAÇÕES

LibertaS rua rodrigues Sete, 158 - casa amarela. contato: (81) 3441-7462 | 3268-3311 | 3268-3596 | 9721-2021www.libertas.com.br facebook.com/libertas twitter.com/libertas_brasil

Flor e adubo

* grace Wanderley b. correia psicoterapeuta do Libertas

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BEM-ESTAR

cuidados paliativos são cada vez mais adotados por hospitais do recife. a abordagem visa confortar paciente com doença que pode causar a morte

Quando o foco é mais a que a doença

Cuidados Paliativos é a assistência oferecida quando o indivíduo possui uma doença grave que ameace a continuidade da vida.

A proposta desse serviço que se consoli-dou nos hospitais recifenses há alguns anos, aliás, não é voltado apenas para o paciente, mas também para sua família. A origem vem de Pallíum, palavra latina que significa manto. A proposta é a pro-teção contra a dor e promoção da quali-dade de vida.

No dia em que equipe da Algomais chegou à Casa dos Cuidados Paliativos do Instituto Materno Infantil Prof. Fer-nando Figueira (Imip), Maria do Carmo da Conceição, 46 anos, estava deixando o hospital. Com uma doença pulmonar grave e tratando-se com quimioterapia, ela chegara 8 dias antes com muito so-frimento. Dores, cansaço, dificuldade de respiração. Após medicações para controlar os desconfortos e o cuidado da equipe de saúde, ela retornava para casa com o marido e dois filhos. “Estou voltan-do ótima. Voltando para lutar até o dia que Deus quiser”, declarou.

O leque de pessoas que, como Maria do Carmo, são atendidas por esse trata-mento é bem amplo. “Segundo a OMS, MELhORA. CaNSada E Com doRES, maRia do CaRmo FiCou "ótima" aPóS tRatamENto

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todos os pacientes com qualquer doença avançada ou potencialmente fatal mere-cem receber cuidados paliativos desde seu diagnóstico. São pessoas que vão se beneficiar para sua qualidade de vida e prevenir o sofrimento”, afirma a coorde-nadora do Serviço de Cuidados Paliativos do Imip, Mirella Rebello.

Essa área tendo sido estigmatizada, associada a pacientes sem possibilidade de sobreviver. O que não é verdade. Mi-rella traz o exemplo da leucemia na in-fância, que tem 80% de chance de cura. Mas como há 20% de mortalidade, os pa-cientes e suas famílias recebem atenção desse serviço. Ela defende que familiares de crianças com microcefalia também deveriam receber essa atenção. Mesmo sem ter risco de morte, elas têm uma roti-na de terapias intensa e uma dificuldade de desenvolvimento.

Receber cuidados paliativos não sig-nifica suspender os demais tratamentos. Mas oferecer bem-estar ao paciente, um fator que, inclusive, fortalece-o para en-frentar sua doença. O primeiro dos pila-res que compõem esse tratamento é a co-municação. Independente do estado do paciente, os médicos são treinados para se comunicar de forma a não criar trau-mas. "Há situações nas quais a maneira como o médico informa o diagnóstico pode matar o paciente. Ele leva um im-pacto que não esquece mais", declara.

Os demais pilares são o controle dos sintomas, os cuidados de fim de vida e, no caso das pessoas que vão à óbito, a assistência ao luto para a família. "Há pa-cientes que estão com dor, mas a dor é do medo de morrer. E há os que têm feridas físicas e também feridas sociais e emocio-nais. Temos que abranger tudo para cui-dar", destaca Mirella. Nesse contexto, o respeito às crenças e práticas espirituais do paciente é levado em conta.

Nos últimos anos houve uma estrutu-ração dessa abordagem em Pernambuco. Há 6 anos, o Imip era o primeiro a organi-zar um setor de cuidados paliativos. Nes-sa trajetória ampliaram-se os serviços e foram criadas duas residências médicas: uma em cuidados paliativos e outra mul-tiprofissional, que também passa pelo se-tor. Foi estruturado ainda um mestrado na especialidade.

O Hospital do Câncer, o Hospital Os-valdo Cruz e alguns dos grandes centros médicos particulares já oferecem esses serviços. O Conselho Regional de Medi-

cina de Pernambuco (Cremepe) montou inclusive uma câmara temática especí-fica sobre cuidados paliativos e que tem representação em todos os conselhos dentro das áreas da saúde. O crescimen-to da especialidade tem atraído novos profissionais. Bruna França, Rebeca Bar-bosa e Livia Interaminense são algumas residentes que acompanharam a chega-da de Maria do Carmo. “A proposta dos cuidados paliativos é de focar na vida

do paciente e não na doença. Individua-lizar o tratamento para as necessidades dele, enxergando a pessoa dentro do seu contexto”, destaca Rebeca. Lívia está na terceira residência e por atuar em UTI tem dado atenção especial aos cuidados paliativos. “O Brasil ainda é classificado como um dos piores países do mundo para se morrer. É uma área que tende a crescer e os hospitais precisam ter esse serviço”, afirma.

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34 Algomais Saúde • Mai/Jun/Jul/2016

O QUE hÁ DE NOVO SOBRE...

Sobre gripe ...A gripe é uma doença aguda que

acomete as vias respiratórias e ocorre quando organismo é infectado pelo vírus influenza.

A gripe H1N1, ou influenza A, é provoca-da pelo vírus H1N1, sendo resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que in-fectaram porcos simultaneamente.

É importante saber que resfriado e gripe são doenças diferentes. Resfriados são causados por rinovírus ou corona-vírus, e, têm apresentação clínica mais amena. A gripe pode ocorrer em surtos ao longo do ano, sendo mais frequente no inverno ou em períodos mais frios. No Brasil, a temporada de gripe ocorre geralmente entre abril e outubro.

Alguns tipos do vírus influenza po-dem provocar a doença, como o H1N1 (epidemia de gripe suína em 2009) ou o da gripe aviária (H5N1), por exemplo. Em condições habituais, porém, a maioria das infecções é causada pelos vírus da in-fluenza A e B. Como a incidência maior de casos se dá no período mais frio do ano, o quadro recebe o nome de gripe sazonal.

Acredita-se que a transmissão do ví-rus da gripe suína tipo A (H1N1) ocorra da mesma maneira pela qual se transmite a influenza sazonal, transmitida pelo vírus da influenza que se disseminam de pes-soa para pessoa especialmente através de tosse ou espirros dos indivíduos infecta-dos. Algumas vezes, o contágio ocorre ao pegar objetos que estão contaminados e depois tocando a boca ou o nariz. Pessoas infectadas pelo vírus influenza podem infectar outras a partir do primeiro dia antes do desenvolvimento dos sintomas e até sete dias ou mais depois de adoe-cer, ou seja: pode-se transmitir o vírus para outra pessoa antes de saber que está doente ou depois de adoecer.

Os sintomas da gripe H1N1 são se-melhantes aos da gripe comum, surgem de forma repentina e com maior inten-

*Sylvia Lemos Hinrichsen é médica infectologista e professora universitária.

sidade, podendo iniciar com febre alta (superior a 38ºC), forte dor de cabeça e dificuldade para respirar, além de tos-se, garganta inflamada, dores no corpo, calafrios e fadiga. Algumas pessoas re-latam diarreia e vômitos. Existem casos graves da doença (pneumonia e falência respiratória) com mortes, sendo im-portante se estar atento que influenza sazonal, pode causar piora clínica em pessoas portadoras de doenças crônicas já existentes.

A gripe pode ser tratada com medi-camentos antivirais que atuam sobre os vírus, mas eles só funcionam se forem ad-ministrados nas primeiras 48 horas a con-

tar do início dos sintomas. Cabe ao médico decidir quem pode se beneficiar com sua indicação. Antibióticos não devem ser usa-dos, pois, não são para tratar a gripe, sendo prescritos somente nos casos de infecções bacterianas associadas, que podem advir como complicação do quadro viral.

A medida mais importante para evitar a transmissão do vírus é a higie-nização das mãos, além de manter vida saudável, através de práticas de ativida-de física, controle do estresse, ingestão de líquidos e de alimentos nutritivos, assim como evitar contato próximo com pessoas doentes. A vacina contra a gripe usada em campanha nacional é a mesma da campanha de 2015, compos-ta pelos vírus A/C Califórnia, A/South Austrália (H3N2) e B (Puket), que tem o objetivo de proteger a população contra

infecções mais comuns no inverno. O Ministério da Saúde do Brasil esta-

beleceu como prioridades para vacina-ção: adultos e crianças a partir dos seis meses com doença pulmonar ou cardio-vascular crônicas e graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito insulino--dependente, cirrose hepática e hemo-globinopatias; adultos e crianças com seis meses ou mais, imunocomprometi-dos ou HIV-positivos; pacientes submeti-dos a transplantes; profissionais de saú-de e familiares que estejam em contato com os pacientes mencionados anterior-mente e, pessoas de 60 anos e mais, por ocasião das campanhas anuais.

São contraindicações da vacina o relato de qualquer hipersensibilidade aos compo-nentes de uma vacina - como as proteínas do ovo - além da reação anafilática após to-mar uma das doses. Doenças febris agudas também contraindicam a aplicação ime-diata da vacina. Quando a vacina for com bactéria atenuada ou vírus vivo se tornam contraindicações as seguintes condições: imunodeficiência congênita ou adquirida, câncer e tratamento com corticoides com mais de 2 mg por kg ao dia para crianças e 20 mg por kg ao dia para adultos. Gestantes podem ser vacinadas.

Entre os efeitos adversos possíveis: dor local, de pequena intensidade, com duração de até dois dias. Febre, mal-estar e mialgias (dor muscular) são mais fre-quentes em pessoas que não tiveram ex-posição anterior aos antígenos da vacina. Começam seis a 12 horas após a vacinação e podem persistir durante um ou dois dias. As vacinas constituídas por vírus fracio-nados ou por subunidades causam menos reação do que as de vírus inteiros. Reações anafiláticas são raras, geralmente em con-sequência da proteína residual do ovo. A vacinação deve ser repetida anualmente, porque ela muda de acordo com as alte-rações sofridas pelos vírus. Geralmente, a pessoa demora duas semanas para desen-volver os anticorpos adequados.

Algumas vezes, o contágio ocorre ao

pegar objetos que estão contaminados e depois

tocando a boca ou o nariz