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INFORMAÇÃO A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO - www.jornalentreposto.com.br ANO 21 - Nº 236 - 2020 - R$ 14,90 VENDAS DA FRUTA VÊM CRESCENDO ANUALMENTE NA CEASA DE SÃO PAULO BRASIL É UM DOS MAIORES PRODUTORES E CONSUMIDORES CEAGESP MARACUJÁ

ANO 21 - Nº 236 - 2020 - R$ 14,90 MARACUJÁ · 2020. 5. 28. · informaÇÃo a serviÇo do agronegÓcio - ano 21 - nº 236 - 2020 - r$ 14,90 vendas da fruta vÊm crescendo anualmente

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INFORMAÇÃO A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO - www.jornalentreposto.com.br

ANO

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Nº 2

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VENDAS DA FRUTA VÊM CRESCENDO ANUALMENTE NA CEASA DE SÃO PAULO

BRASIL É UM DOS MAIORES PRODUTORES E CONSUMIDORES

CEAGESP

MARACUJÁ

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REDES SOCIAIS DO GRUPO DE MÍDIA ENTREPOSTO

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ANO 21 - N º 237CIRCULAÇÃO: 48.467(IMPRESSOS+DIGITAL) AUDIÊNCIA: 13.228 USUÁRIOS/MÊS

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva Diretor Executivo: José Felipe G. de Jesus

Diretor Comercial: Alexandre Neves Jornalismo: Guilherme Araujo

Periodicidade: Mensal Redação: Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed ll - loja 14A - CEP 053 14-000

Tel.: 11 3831.4875 E-mail: [email protected]

Publicidade: [email protected]

Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de

inteira responsabilidade de quem os subscrevem.

REDE E-TEC DO SENAR INICIA AULAS VIRTUAIS EM TODO O ESTADO

DICAS PARA VIVER BEM ESSA QUARENTENA

IVECO TRAZ AO MERCADO TODALINHA COMPLETA

PRODUTIVIDADE CRESCE MAIS DE 20% NOS PORTOS DO PARANÁ

ALIMENTOS COMPRADOS PELA CONAB SÃO DOADAS

AGROFY LANÇARÁ SERVIÇO DE FEIRAS VIRTUAIS PARA O AGRONEGÓCIO

índice2 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

PAÍS É UM DOS MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS DE OVOS

CEAGESP MANTÉM FORTE NAS VENDAS NO SETOR GRANJEIRO

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WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 3estudos

REDE E-TEC DO SENAR/SC INICIA AULAS VIRTUAIS EM TODO O ESTADO

A rede de formação técnica e-Tec do Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-ral de Santa Catarina (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), iniciou neste mês aulas 100% online para as turmas do curso Técnico em Agronegócio nos 12 polos de ensino no Estado.

A opção pelo formato totalmente digital é uma alternativa momentânea para manter o andamento das aulas du-rante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com a coordenadora do curso do Senar/SC, Katia Zanela, os 387 alunos das 12 turmas estão recebendo conteúdo digital, acessando vídeoaulas e contando com apoio técnico dos tuto-res pelos aplicativos Microsoft Teans e WhatsApp.

O curso de dois anos, que segue mo-dalidade à distância, já prevê 80% das aulas online e 20% presencial, e ampliou o ensino virtual neste período de qua-rentena no Estado.

"Os alunos estão tendo aulas online em todas as disciplinas. Além da parte que já cumprem no ambiente virtual de aprendizagem, também estão tendo as-sistência remota pelos tutores, algo que até então era somente presencial.

Para quem não consegue acompa-

nhar ao vivo, as aulas também ficam gravadas. É uma iniciativa encontrada pelo Senar no Estado para não prejudi-car a aprendizagem no período", explica Kátia.

A secretária do polo de Fraiburgo, Gi-sele Luize Kramer, afirma que a medida agradou instrutores e alunos no meio oeste.

"É prudente esse reforço para que os alunos não sejam prejudicados pela pandemia. A aceitação foi excelente, to-dos gostaram muito da didática usada, da interação com os professores e do material usado. Ficaram entusiasma-dos", conta.

Larissa Mazzola faz parte da turma de 30 alunos do polo no município e diz que a metodologia de ensino está sendo fundamental e diferenciada na aprendizagem. Ela trabalha durante o dia e estuda à noite, utilizando os dois aplicativos.

"As aulas online são extremamente necessárias neste momento para escla-recer o conteúdo do curso e para que se possa dar continuidade a ele. É um momento de muitas adaptações para alunos e professores e estamos apren-dendo juntos".

Em Seara, no oeste, o novo formato também foi bem aceito.

É na cidade de Santo Antônio de Posse, interior de São Paulo, que está localizada a estação experimental da Agristar, onde hoje são triados aproximadamente 1.500 materiais genéticos por ano.

Uma nova área, com cerca de 240 mil metros quadrados, acaba de ser anexada à matriz e possibilitará maior rotatividade de culturas e ainda o implemento de mais triagens anuais.

A meta é que, em 2020, só nesta esta-ção sejam feitas em torno de 150 triagens, além de mais cerca de 100 ensaios nas outras unidades, localizadas estrategica-mente nas regiões produtoras de Mossoró (RN), Guimarânia (MG) e Ituporanga (SC).

A área vem sendo preparada desde julho de 2019 sob a orientação do coor-denador da estação experimental, Everton Ichikawa e, atualmente, o solo já está apto a ser utilizado para o plantio dos ensaios.

Os grupos de culturas testados na ma-triz pela equipe de especialistas da Agristar são: tomate e pimentão, cucurbitáceas, bulbos e raízes, brássicas e folhosas, cintu-rão verde e a linha industrial.

As variedades testadas são oriundas de diversos programas de melhoramento da Agristar e de empresas parceiras. Por meio da sua equipe de Desenvolvimento de Pro-dutos são selecionados os melhores mate-riais para cada região e época de cultivo.

EMBRAPA APLICA PESQUISA SOBRE HÁBITOS DE CONSUMO DE HORTALIÇAS DURANTE A PANDEMIA

A Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) está realizando uma pesquisa online, em parceria com o Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort), para averi-guar o comportamento do consumidor de hortaliças diante do contexto de iso-lamento social em razão da pandemia da Covid-19.

De acordo com Warley Nascimen-to, chefe-geral da Embrapa Hortaliças e coordenador da pesquisa, a ideia teve como ponto de partida algumas consta-tações sobre a influência da pandemia

na comercialização e no consumo de hortaliças. "Acreditamos que esse con-texto influenciou fortemente o merca-do de hortaliças em diferentes regiões do País, uma vez que as restrições de-correntes dessa crise afetaram tanto a distribuição quanto a comercialização dos produtos olerícolas. A menor circu-lação das pessoas nas ruas também tem influenciado negativamente a venda e, consequentemente, o consumo das hortaliças durante esse período", regis-tra Nascimento em artigo sobre o tema.

NOVA ÁREA DE PESQUISA AMPLIARÁ DESENVOLVIMENTO DE VARIEDADES DE FLVS

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4 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

CONAB APONTA PRODUTOS HORTIGRANJEIROS AFETADOS PELO EFEITO CORONAVÍRUS

A lface, tomate e me-lancia foram alguns dos produtos encon-trados nas principais Centrais de abasteci-

mento pelo País que tiveram os pre-ços reduzidos em abril, em meio às medidas de restrição devido à pande-mia de COVID-19 e à sazonalidade da oferta.

A conclusão é do 5º Boletim do Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no dia 21 de maio.

Segundo o estudo realizado, o to-mate chegou a ter queda de preços de 29,60% na Central de Abasteci-mento (Ceasa) do Rio de Janeiro e de 23,10% na central de Belo Horizonte.

Já a alface, afetada sobretudo por estes tempos da pandemia do coro-navírus e do clima frio que inibe as compras em algumas localidades, apresentou menor volume para co-mercialização e redução de preços.

As maiores baixas ocorreram na central de Vitória (29%), mas tam-bém em Belo Horizonte (25,84%) e na Ceagesp, São Paulo (3,03%).

Por outro lado, os preços da ba-tata e da cebola apresentaram-se em alta, inclusive bastante significativas.

Para a batata, a continuidade do declínio da safra das águas quase em seu final e a presença ainda insigni-ficante da nova safra fizeram a me-nor oferta pressionar os preços para cima.

Estes movimentos foram unâni-mes nos mercados analisados, regis-trando altas entre 2,34% na Ceasa-Minas – Belo Horizonte e 33,18% na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro.

No caso da cebola, os incremen-tos de preços foram ainda maiores.

Os percentuais de alta ficaram en-tre 26,75% na Ceasa/GO – Goiânia e 80,20% na Ceagesp – São Paulo.

O abastecimento concentrado na

produção do Sul do país, em declí-nio em abril, e o atraso na saída da produção nordestina, em função das chuvas na região, pressionaram as cotações no sentido de aumento.

No caso das frutas, a melancia foi a que teve maior redução percentu-al de preços, chegando a ser vendida na central de Goiânia com queda de 33,18%.

A redução de preços ocorreu em virtude da fraca demanda resultante de chuvas em alguns centros consu-midores e frio em outros, fatores que reduzem o consumo dessa fruta.

A banana nanica e a prata tiveram menor produção em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, grandes pro-dutores nacionais.

Mesmo com a menor oferta, a re-dução na demanda, em decorrência das medidas de isolamento social (fechamento de escolas, bares, res-taurantes e menor fluxo em feiras) fizeram com que os preços ficassem estáveis ou reduzissem.

Dentre os mercados atacadis-tas que apresentaram diminuições nos preços dessa fruta, estão a cen-tral mineira (16,60%) e a de Goiânia (7,05%).

Mercado

O volume de exportação de fru-tas acumulado no país, até abril, foi 4,61% menor em relação ao mesmo período de 2019, e o valor comercia-lizado em dólares diminuiu 13,44%, o que pode ser uma sinalização dos efeitos da pandemia do novo corona-vírus (COVID-19) no mundo.

Destaque para o crescimento, mesmo nesse cenário, do volume das exportações de maçãs, limões e limas, banana e abacate.

O melão, principal fruta brasileira exportada, continuou a apresentar queda nas remessas ao exterior.

QUEDA DOS PREÇOS DAS ALFACES NAS PRINCIPAIS CEASAS DO PAÍS

O movimento de preços da alface, em abril, foi, principalmente, de queda, exceção para a Ceagesp/SP - São Paulo, Ceasa/RJ - Rio de Janeiro e Ceasa/CE - Fortaleza, cujos aumentos nas cotações foram de 3,03%, 2,07% e 11,54%, pela ordem.

Na Ceasa/PR - Curitiba houve esta-bilidade de preços. As quedas variaram entre 5,31% na Ceasa/GO - Goiânia e 45,96% Ceasa/PE - Recife.

O volume de alface comercializado na maioria dos mercados analisados

diminuiu, ainda que os preços tenham sofrido quedas significativas.

O clima fresco é favorável ao cultivo e tende a aumentar a oferta, mas provo-ca natural queda no consumo.

Soma-se a isso o fato de que o mer-cado das folhosas é um dos que está sendo mais prejudicado pelas medidas de isolamento social, em decorrência do fechamento das unidades de educação, interrupção ou alteração na dinâmica de funcionamento das feiras livres, dentre outros citados no boletim anterior.

Em relação aos preços da banana hou-ve queda na CeasaMinas - Belo Horizonte (16,6%), Ceasa/ES - Vitória (3,06%), Ceasa/GO - Goiânia (7,05%) e Ceasa/DF - Brasília (3,58%). Altas ocorreram na Ceagesp - São Paulo (4,05%), Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (5,61%), Ceasa/PR - Curitiba (5,38%), Cea-sa/PE - Recife (3,7%) e Ceasa/ES - Fortaleza (5,91%). Já a quantidade comercializada caiu em seis Ceasas, nos seguintes percentu-ais: CeasaMinas - Belo Horizonte (11,19%),

Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (1,19%), Ceasa/PR - Curitiba (9,38%), Ceasa/GO - Goiânia (2%), Ceasa/PE - Recife (13,02%) e Ceasa/CE - For-taleza (3,7%).

O isolamento social foi crucial para o ocorrido, e resultou na paralisação das esco-las, restrição do funcionamento de restau-rantes e menor fluxo nas feiras livres, sen-do que a distribuição praticamente foi feita para o varejo através de mercados locais e hipermercados.

COVID-19: ISOLAMENTO SOCIAL AFETA COMERCIALIZAÇÃO DAS BANANAS

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WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 5centrais de abastecimentoSAFRA PREJUDICADA: EXCESSO DE CHUVAS AFETA PRODUÇÃO DE CENOURADISPARA PREÇOS DAS BATATAS

PELO SEGUNDO MÊS CONSECUTIVO

O movimento de preços da batata foi de alta pelo segundo mês consecutivo, variando de 2,34% na CeasaMinas - Belo Horizonte a 33,18% na Ceasa/RJ - Rio de Janeiro. Percentuais elevados também foram registrados na Ceasa/PR - Curitiba (25,94%), na Ceasa/PE - Recife (25,80%), na Ceasa/ES - Vitória (22,22%) e na Cea-gesp - São Paulo (19,02%).

Um pouco acima dos 10%, ficaram as variações de preços na Ceasa/GO - Goi-ânia (11,76%) e na Ceasa/CE - Fortaleza (11,55%).

O comportamento de alta do preço da batata em abril foi verificado durante todo o mês, mesmo com a alteração na dinâmi-ca de funcionamento dos estabelecimen-tos de alimentação e menor demanda de programas sociais, como o Programa Na-cional de Alimentação Escolar (PNAE).

A trajetória de alta para os preços da batata era prevista e se deu, principal-mente, pela queda no ritmo de produção da safra das águas e a presença, ainda in-significante, da batata da safra da seca nos mercados.

Os preços da cenoura continuaram a tra-jetória ascendente, iniciada em janeiro. Na Ceasa/DF - Brasília a alta foi de 15,93%, na Ceasa/CE - Fortaleza de 15,52%, na Ceasa/PR - Curitiba de 6,32%, na Ceasa /ES - Vitória de 5,84% e na Ceagesp - São Paulo de 2,15%.

A maior queda foi registrada na Ceasa/GO - Goiânia (11,62%), seguida da Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (3,51%) e da CeasaMinas - Belo Horizonte (2,68%). Na Ceasa/PE - Re-cife o preço ficou estável (baixa de apenas 0,27%).

Os preços da cenoura vem em ascenção

desde janeiro, revertendo uma trajetória de queda no final de 2019, quando as cotações tiveram os mais baixos níveis dos últuimos anos. Sobretudo da região de São Gotardo/MG, principal abastecedora do mercado na-cional, provocada pelo excesso de chuvas em janeiro e fevereiro.

Este cenário traduziu-se em elevação dos preços no primeiro qudrimestre do ano, apesar da diminuição da demanda provoca-da pela alteração no funcionamento de es-tabelecimentos de alimentação, suspensão das aulas e menor fluxo nas feiras livres.

Os preços de tomate apresentaram quedas na maior parte dos mercados estudados.

Em seis deles as cotações tiveram redução, sendo a maior delas na Ce-asa/RJ - Rio de Janeiro (29,60%), se-guida da CeasaMinas - Belo Horizon-te (23,10%) e da Ceasa/ES - Vitória (17,57%).

Menores baixas de preços foram registradas nos atacados que abas-

tecem as cidades de São Paulo/SP (11,35%), Brasília/DF (6,56%), Recife/PE (2,87%) e Fortaleza/CE (1,63%).

Essas reduções nas cotações ocor-reram em abril, depois de um período constante de alta, desde janeiro deste ano, na maioria dos mercados.

Com a finalização da safra de verão em abril, o mercado será abastecido em maio, integralmente, pela safra de inverno.

No que diz respeito à laranja ocorreu queda de preços na CeasaMinas - Belo Horizonte (4,05%), Ceasa/ES - Vitória (1,53%), Ceasa/PR - Curitiba (9,66%) e Ceasa/PE - Recife (3,3%).

Em relação à oferta, ocorreu que-da em todos os entrepostos ataca-distas, à exceção da Ceasa/GO (alta de 2,7%), a saber: CeasaMinas - Belo Horizonte (29,25%), Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (12,97%), Ceasa/ES - Vitória

(5,24%), Ceasa/PR - Curitiba (24,1%), Ceasa/DF - Brasília (23,19%), Ceasa/PE - Recife (15,26%) e Ceasa/CE - Fortaleza (31,19%).

Em março houve alta das cotações na maioria dos entrepostos atacadis-tas e o aumento da oferta das laranjas precoces da nova safra, abril já marcou inversão dessa tendência com queda da comercialização e queda de preços em vários mercados.

QUEDA NO PREÇO DA LARANJA NOS ENTREPOSTOS ATACADISTAS DO PAÍS

TOMATE COM PREÇOS MAIS EM CONTA NAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO

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6 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

Com o objetivo de aten-der quem tem interesse em comprar sementes de frutas e hortaliças de forma mais fácil e ágil usando a internet, a Semi-nis - braço de Hortaliças, frutas e legumes da Bayer - criou um e-commerce da marca. A loja online comercializa mais de 35 variedades, entre elas, abobri-nha, alface, brócolis, melancia, melão, pepino, entre outras.

No site é possível encontrar todo o portfólio da empresa com lançamentos e novas tec-nologias para enxertos.

O e-commerce funciona

em formato de marketplace e conta com o apoio de 15 canais parceiros de todos os Estados do país e atende todas as regi-ões do Brasil.

Além da alface Regina 2000, que é uma variedade com fo-lhas espessas, tipo lisa e de coloração verde clara, os pro-dutores podem encontrar tam-bém na loja virtual sementes de cebola, couve-flor, melan-cia, pimentão, tomate, entre outros.

O agricultor de hortaliças de Nova Floresta, na Paraíba, Stênio Dantas, compra semen-

tes de brócolis e pimentão (que estão entre as variedades mais vendidas pelo site) pelo e-com-merce da Seminis há oito me-ses.

"O site é fácil e descom-plicado. A grande vantagem é ter acesso a produtos com um preço justo e na palma da mão. Nem toda a revenda aqui da minha região tem as varie-dades. Quando não encontro o que preciso em revendedoras eu sei que a loja virtual não vai deixar faltar. Isso diminui meus riscos e consequentemente prejuízos", diz o agricultor.

QUEDA NAS VENDAS DO SETOR GRANJEIRO NA CEAGESP NOS

ANOS DE 2019/2018 Na maior Cen-tral de abas-tecimento da América Lati-na, a Ceagesp,

o setor granjeiro é fundamen-tal para as vendas de produ-

ALIMENTOS COMPRADOS PELA CONAB SÃO DOADAS

Mais de 2 mil toneladas de alimentos cultivados por agricultores familiares de São Paulo começam a ser entre-gues, a partir deste mês, para instituições socioassistenciais no atendimento de aproxima-damente 244 mil pessoas em situação de risco alimentar no estado.

O produtos foram adquiri-dos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade de Compra com Doação Simultânea.

O investimento na operação somou cerca de R$ 5 milhões, repassados à Companhia pelo Ministério da Cidadania, na assinatura de 60 projetos com associações e cooperativas de agricultura familiar, aprovados em 2019.

Ao todo, são 674 pequenos agricultores, assentados da reforma agrária e quilombo-las que obtiveram a garantia de compra do governo fede-ral para produzir, ao longo de 2020, frutas, legumes e verdu-ras convencionais e orgânicas, que serão destinadas à doação.

TECNOLOGIA NO CAMPO: SEMENTES ESTÃO AGORA A UM CLIQUE DE DISTÂNCIA

tos. De acordo com o balanço realizado pela SEDES – Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp, em 2019, as ven-das de ovos ocuparam a quarta posição do setor diversos, fi-cando atrás de batata, cebola e alho, respectivamente.

As principais variedades en-contradas, facilmente, no En-treposto são: Branco (90,3%) Vermelho (8,6%) e Codorna (1,1%).

Em quantidade, foram mo-vimentadas aproximadamente 13,6 mil toneladas. Isso repre-sentou financeiramente, cerca de 43 milhões de reais.

Uma queda percentual, em toneladas, em relação ao ano anterior, já que em 2018, a Cea-sa de São Paulo obteve mais de 14,6 mil t.

Já em 2017, a quantidade foi um pouco menor, já que foram contabilizadas mais de 12,8 mil t de ovos vendidos.

A cidade de Bastos que é conhecida como a capital dos ovos é uma das principais for-

necedoras para as empresas atacadista da Ceagesp.

Além dos municípios do Es-tado de São Paulo, cidades de Minas Gerais e Espírito Santo também fornecem os produtos granjeiros ao Entreposto paulis-tano.

O estado de São Paulo é o maior produtor de ovos do Bra-sil, tem 30,9% da produção bra-sileira, que pode alimentar mais de 60 milhões de pessoas por ano, levando em conta que o consumo per capto de ovos no País é de 212 ovos por ano.As vendas de ovos de galinha no varejo dispararam com as me-didas de isolamento para evitar o avanço do novo cornavírus no Brasil.

“Acompanhamos o cresci-mento sazonal, que é de apro-ximadamente 25% neste perí-odo. É um bom momento para destacarmos aos consumidores os benefícios deste alimento”, afirma Gilson Katayama, Dire-tor Comercial da Katayama Ali-mentos.

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WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 7campo

PARA ESPECIALISTAS, PIB PODE TER QUEDA DE 10% EM 2020

AGRICULTOR PODE FAZER CONSULTA ONLINE DO PROGRAMA GARANTIA-SAFRA

Não existe estimativa de crescimento do PIB brasileiro neste ano. Por conta do coronavírus e seu impacto de recessão econômica, órgãos econômicos acredi-tam que o país encerrará o ano negati-vamente.

O melhor cenário é nulo, em 0%, en-quanto o pior cenário é de queda de até -10%. Para o Ministério da Economia, a queda será de -4,7%. É o que aponta le-vantamento realizado pelo Yubb, maior buscador de investimentos do país.

“A consultoria global UBS foi a que apontou a pior estimativa. Para eles, existe uma possibilidade de recuperação rápida da atividade econômica à medida que o distanciamento social for sendo

flexibilizado, e apontaram três possíveis cenários que o país deverá vivenciar”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb. “Nos cenários 1 e 2, que são mais otimistas, UBS pensa que encer-raremos 2020 com o PIB entre -5,5% a -7,7%. Entretanto, no cenário 3, o PIB atingirá -10,1%”

Em posicionamento mais otimista, o banco Credit Suisse acredita que o cres-cimento do PIB será de 0%, isso porque o desempenho da atividade econômica no Brasil durante o primeiro trimestre de 2020 não foi tão afetado pelos impactos do coronavírus, já que o país foi um dos últimos a apresentar a propagação da doença.

Desde o início da pande-mia do novo coronavírus no Brasil, a comerciali-zação de produtos pro-venientes da apicultura

vem apresentando crescimento no Nor-te de Minas, especialmente o mel de aroeira. Típico dessa região, ele é consi-derado um alimento com propriedades que fortalecem o sistema imunológico.

Os destaques nas vendas são o pró-polis verde, com acréscimo em torno de 300%, e o mel de aroeira, com pou-co mais de 30%, gerando aumento de renda para aproximadamente 1.500 famílias de pequenos produtores rurais organizados em 25 associações comuni-tárias e numa cooperativa regional com sede no município de Bocaiuva, todas apoiadas pela Companhia de Desenvol-vimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Para o superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, Marco Câ-mara, esses resultados obtidos pela api-cultura mineira são uma mostra de que a Companhia está cumprindo sua mis-são de proporcionar o desenvolvimento sustentável na região.

“Mesmo diante da instabilidade eco-nômica, em função da paralisação de di-versos setores produtivos causada pela pandemia, acredito no sucesso da api-cultura. Vamos continuar apoiando essa atividade”, afirma o dirigente.

Propriedades medicinais

O mel de aroeira do Norte de Minas é um produto com características medi-cinais diferenciadas, comprovadas por pesquisas científicas. Possui ação anti-bacteriana, inclusive em relação à Heli-cobacter pylori, causadora de gastrite, além de ação anti-inflamatória.

“Esse mel tem, como princípio ativo,

os compostos fenólicos. Esses compos-tos estão presentes em quantidades elevadas, o que lhe confere proprieda-des antimicrobianas. Deve ser usado para fortalecer o sistema imunológico, ajudando, assim, na prevenção ao Co-vid-19”, acrescenta pesquisadora Esther Bastos, da Fundação Ezequiel Dias (Fu-ned), que fez os estudos de caracteriza-ção do mel de aroeira.

A descoberta dessas propriedades pela pesquisadora vem impulsionando a apicultura regional, uma vez que o mel de aroeira tem maior valor comercial que os méis de florada comum.

Antes, ele não possuía boa aceitação no mercado, em função de sua colora-ção escura, mas as descobertas científi-cas reverteram essa situação.

Aos 73 anos de idade, tocando so-zinho o próprio apiário com mais de 60 caixas de produção de mel e própolis verde, o apicultor Roberto Rodrigues Soares tem mais de três décadas de ex-periência na atividade apícola e muitos cursos de capacitação na área.

Ele afirma que, na vivência diária da produção e no contato direto com o consumidor, já ouviu, várias vezes, casos em que o mel de aroeira foi considerado um “santo remédio” para doenças respi-ratórias e de intestino.

“Agora, acredito que está ajudando a amenizar os efeitos do novo coronaví-rus”, aposta Roberto Soares.

Grande parte da produção apícola do Norte de Minas é processada no entre-posto de mel construído pela Codevasf em Bocaiuva.

O local possui capacidade de proces-sar 250 toneladas de mel fracionado por ano e apresenta inspeção sanitária fe-deral, inclusive para exportação, repre-sentando uma das poucas estruturas no estado com essa certificação.

COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DA APICULTURA CRESCE EM MINAS GERAIS

Agricultores familiares beneficiários do Garantia-Safra podem consultar da-dos das inscrições do programa de for-ma online, serviço disponibilizado pela Secretaria de Política Agrícola, do Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa).

O agricultor poderá obter informa-ções referentes ao cadastro, pagamento, bloqueios do benefício pelo Sistema de

Gerenciamento do Garantia-Safra.O benefício é pago por meio de car-

tões eletrônicos (Cartão Cidadão ou Car-tão Bolsa Família) disponibilizados pela Caixa Econômica Federal.

O agricultor que já tem Cartão Cida-dão deverá verificar se o número do NIS do seu cartão é o mesmo número do NIS apresentado no cadastro para que o pa-gamento seja disponibilizado.

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CONHEÇA OS TUBÉRCULOS, VERDURAS E LEGUMES QUE ESTÃO NA ÉPOCA

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo desenvolve, por meio da Coordenadoria de Desenvolvi-mento dos Agronegócios (Codea-gro), um trabalho de incentivo ao consumo de alimentos da época, os quais estão mais maduros, nu-tritivos e apresentam um melhor custo-benefício.

Saiba quais são os tubérculos, verduras e legumes que estão na época:

Batata-doce: possui um car-boidrato complexo de baixo ín-

dice glicêmico, o que significa que sua absorção é mais lenta, ou seja, não eleva rapidamente os níveis de glicose no sangue. Dessa forma, fornece uma ener-gia prolongada ao organismo, o que é bastante vantajoso, prin-cipalmente para praticantes de atividades físicas. Rica em fibras, ela também é fonte de ferro e po-tássio, além de conter vitaminas E, C e A.

Cará e inhame: são tubércu-los que, além de serem uma ex-celente fonte de energia, contêm

proteínas e são ricos em fibras e minerais, como fósforo e potás-sio. Destacam-se ainda por apre-sentar vitaminas do complexo B. Alguns estudos apontam que o inhame é um alimento com di-versas propriedades funcionais, podendo agir como antioxidante, anti-inflamatório, regulador hor-monal e estimulante do sistema imunológico.

Mandioca: é uma excelente fonte de carboidratos, rica em amido, tornando-se assim um alimento altamente energético,

ETSP SEGUE PROVENDO O ABASTECIMENTO PARA A GRANDE SP

Volume Comer-cializado: O Entreposto Ter-minal de São Paulo – ESTP

continua operando normal-mente e provendo o abasteci-mento de hortifrutícolas para a grande São Paulo, interior e outros estados.

O ETSP movimentou 241.849 toneladas de FLV e pescados em abril.

Este volume represen-ta uma retração de 6,2% em relação à média do primei-ro trimestre de 2020, que foi 257.741 toneladas.

Em relação a abril de 2019, quando foram negociadas

267.601 toneladas, a queda no volume de entrada foi de 9,6%.

O primeiro gráfico ilustra a comercialização no primeiro quadrimestre.

Cabe ressaltar que, no final de março, quando foram imple-mentadas as principais ações restritivas pelo Governo do es-tado de São Paulo em razão do avanço da COVID-19, houve an-

tecipação da oferta de produ-tos pelo receio do fechamento do mercado.

Outro fator que deve ser le-vado em conta quando analisa-mos os números da comerciali-zação, é que o mês de abril teve dois feriados e menor número de dias úteis em relação a janei-ro e março.

Portanto, mesmo com as

restrições impostas a bares, restaurantes, escolas, compa-nhias aéreas, distribuidores, entre outros, o abastecimento segue regular no maior entre-posto da América Latina, geran-do empregos e renda para toda a cadeia de produção e comer-cialização.

Com exceção do setor de pescados, que registrou eleva-

ção do volume comercializado em razão da demanda aque-cida pela Semana Santa, os demais setores apresentaram retração.

O segundo gráfico ilustra as variações do volume comercia-lizado, por setor, comparando abril ante a média do primeiro trimestre de 2020.

Preços: Não há alterações em relação aos preços pratica-dos.

O índice CEAGESP fechou o mês de abril com queda de 1,43%. Verduras e legumes re-gistraram as maiores reduções de preços.

No ano, o indicador acumu-la baixa de 3,37% e, nos últimos 12 meses, recuou 12,15%.

O mês de maio tem como principais características as temperaturas mais amenas e pouca incidência de chuvas nas regiões produtoras, que favo-recerem à produção agrícola. Assim, a tendência de preços satisfatórios aos consumidores vem se confirmando e deve permanecer nas próximas co-mercializações.

minerais como ferro, fósforo e cálcio e em vitamina A, além de apresentar algumas vitaminas do complexo B e uma grande quanti-dade de fibras, que são responsá-veis por melhorar o trânsito intes-tinal. Dessa forma, seu consumo é bastante recomendado para idosos.

Repolho: é bastante utilizado em saladas, refogados e assados. É rico em vitaminas no complexo B, vitaminas A e C, que auxiliam na saúde da visão e do sistema imune, respectivamente, além de ser fonte abundante de fibras, que ajudam no bom funciona-mento intestinal.

Abóbora: é rica em betacaro-teno, um precursor da vitamina A, importante antioxidante, que tem como função neutralizar ra-dicais livres, prevenir doenças cardíacas e reforçar o sistema imunológico. Além disso, suas se-mentes são boas fontes de fibras; proteínas; vitaminas do complexo B; magnésio, que regula as con-trações musculares; e ômega 3 e 9, ácidos graxos monoinsatura-dos, que ajudam a controlar os níveis de colesterol no sangue e previnem doenças cardiovascu-lares.

Chuchu: é rico em água, aju-da na reposição de líquidos cor-porais, além de conter minerais como cálcio, que favorece a saú-de dos ossos e dentes, e ferro, que atua no combate à anemia ferropriva.

contendo ainda razoáveis quanti-dades de vitaminas do complexo B, cálcio, magnésio e fósforo. É um alimento muito reconhecido no Brasil por representar sua cul-tura, principalmente no Nordeste, e é usada como farinha, polvilho e tapioca, além de marcar presença em algumas preparações como baião de dois.

Mandioquinha: é um alimen-to fonte de energia, por conter carboidratos. Apresenta alto teor de vitaminas do complexo B e vi-tamina C, o que auxilia no forta-lecimento do sistema imune. Na culinária, tem grande versatilida-de, podendo ser assada ou cozida e, ainda, utilizada em prepara-ções como bolos, pães, caldos, entre outros.

Alface: é cultivada no mundo inteiro e apresenta diversas va-riedades de folhas, cores, formas e texturas. É uma das verduras mais consumidas devido à suavi-dade no sabor. Entre as varieda-des mais comuns, encontram-se a alface- -crespa e a alface-ame-ricana. Dentre os nutrientes mais abundantes neste vegetal, encon-tram-se o potássio, cálcio, fósforo e vitaminas do complexo B.

Chicória: rica em antioxidan-tes, que combatem o envelheci-mento precoce, a chicória ainda é rica em vitamina K e minerais como o zinco, que auxiliam no sis-tema imune.

Espinafre: é uma verdura de cor verde-escura, muito rica em

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WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 9agroBRASIL ALCANÇA ABERTURA DE 60 MERCADOS PARA AGROPECUÁRIOS

POLÍMERO BIODEGRADÁVEL CONTRIBUI PARA MELHOR SOLO

Entre as culturas produzidas no cam-po, as que precisam de cuidados es-peciais e maior atenção por parte dos produtores são as frutas e hortaliças. As variedades são mais sensíveis e suscetí-veis às intempéries e por isso são mais perecíveis.

Um dos aliados para ajudar manter a qualidade os produtos é o manejo nutri-cional. Ele é fundamental para explorar o potencial genético da planta.

Além do cuidado especial com a nu-trição das culturas, em algumas situa-ções é necessário que o produtor faça o manejo antiestresse. “As principais situações que podem levar a esse qua-dro são a falta de nutrientes, a falta ou excesso de água, uso de algum tipo de defensivo de forma errada ou em dose errada, o calor excessivo, ou uma am-plitude térmica elevada”, diz Tiago Dias Troccoli, Técnico Agrícola e RTV da Uby-fol, multinacional brasileira que desen-volve fertilizantes especiais.

Ainda segundo ele, a principal forma de identificar se uma planta está estres-sada é visualmente. “Geralmente elas ficam com as folhas anormais, encarqui-lhadas, com coloração mais amarelada, desenvolvimento de entrenó anormal, abortamento de flores e frutos”, desta-ca Troccoli.

O manejo antiestresse, nem sempre se faz necessário, pois só deve ser rea-lizado em situação pontual. De acordo com Allyson Moura, engenheiro agrôno-mo, especialista em nutrição de plantas e também RTV da Ubyfol, mesmo fa-zendo o manejo nutricional adequado, pode existir algum tipo de estresse nas plantas, seja ele causado por fator bióti-co ou abiótico.

O estresse biótico pode ser causado pelo ataque de fungos de solo afetando o sistema radicular da planta. Já o es-tresse abiótico ocorre em situações de excesso de chuva em um curto espaço de tempo.

Em muitos países, os agricultores usam os filmes mulching de polieti-leno (PE) para aumentar a produti-vidade do tomate controlando ervas daninhas, a temperatura do solo e o uso dos recursos hídricos.

Entretanto, os finos filmes mul-ching de PE devem ser retirados do solo depois da colheita. Como nor-malmente é impossível recolher to-talmente, os resíduos acabam se

acumulando no solo, pois não podem ser biodegradados pelos microrga-nismos.

Já, os filmes feitos com o políme-ro biodegradável da BASF, ecovio® M 2351, podem ser deixados no solo depois da colheita, eliminando a ne-cessidade da trabalhosa remoção e reciclagem. Assim, economizam tra-balho, custos e oferecem enorme ga-nho em sustentabilidade.

O Brasil alcançou a mar-ca de 60 mercados externos abertos para produtos agropecuá-rios desde janeiro de

2019. O mais recente é a exportação de lácteos para a Tailândia, conforme anunciou no dia 22 de maio, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante webinar sobre oportunidades e perspectivas para o setor agropecuário durante a pandemia do coronavírus, promovido pelo Institu-to de Engenharia.

Entre outros produtos para exporta-ção estão castanha de baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha do Brasil para Arábia Saudita e material genético aví-cola para diversos países.

“O Ministério da Agricultura, na área internacional, optou pela abertura de mais mercados, mas também pela diver-sificação de produtos”, ressalta a minis-tra, destacando que a pauta exportado-ra não deve ficar concentrada somente em soja, milho, carnes e cana-de-açúcar.

As exportações do agronegócio atin-giram valor recorde em abril, ultrapas-sando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões no mês.

O recorde anterior das vendas exter-nas neste mês ocorreu em abril de 2013, quando as exportações somaram US$ 9,65 bilhões. O valor no mês passado (US$ 10,22 bilhões) foi 25% superior em comparação a abril de 2019 (US$ 8,18 bilhões).

O recorde foi obtido em função, principalmente, do aumento dos em-barques da soja em grão, que cresceram

73,4%, com 16,3 milhões de toneladas. A China foi o principal importador do produto, com a compra de 11,79 mi-lhões de toneladas ou 72,3% da quanti-dade total exportada.

A ministra enfatiza que a priorida-de é sempre garantir o abastecimento de alimentos e demais produtos agro-pecuários no mercado interno. Desta forma, destaca, que a expansão das ex-portações não será feita sem privilegiar a demanda interna do Brasil. “Estamos acompanhando o que colhemos, o que vendemos. Esse monitoramento é fun-damental para a segurança alimentar do Brasil e também o cumprimento dos nossos acordos comerciais”, diz.

Segundo Tereza Cristina, não há risco de falta de alimento no mercado brasi-leiro.

Após a pandemia do novo corona-vírus, a ministra prevê que os países deverão se tornar mais protecionistas, fechando seus mercados para produtos estrangeiros. Para continuar a expansão no mercado internacional, o Brasil, se-gundo Tereza Cristina, deverá avançar nas áreas de sanidade vegetal e animal e rastreabilidade para manter a confian-ça dos importadores, além das partes encontrarem o equilíbrio.

“Brasil já produz de maneira abun-dante e com muita qualidade. Temos que anexar mais estados brasileiros nes-sa excelência”, afirma, citando trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Mapa com produtores rurais do semiárido.

Outro ponto a ser superado, confor-me a ministra, é a logística de transpor-te, sendo necessário buscar vias para tornar o escoamento da produção agrí-cola mais barata e efetiva.

MANEJO NUTRICIONAL E ANTIESTRESSE FLVS AJUDAM A REDUZIR PERDAS

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VOLKSWAGEN CAMINHÕES FAZ PARCERIA COM APLICATIVO MOBILE

Mantendo o compromisso de unir for-ças com a rede de concessionários para atender aos clientes que estão na linha de frente do transporte de cargas e passagei-ros, a Volkswagen Caminhões e Ônibus, com o apoio da Associação dos Concessio-nários Volkswagen Caminhões (ACAV), faz parceria com o aplicativo TruckHelp.

TruckHelp é uma plataforma desenvol-vida para auxiliar caminhoneiros e frotistas na compra de peças, serviços e atendimen-tos emergenciais em todo território na-cional, que nesse momento de pandemia, inclui desde locais para distribuição de ál-cool em gel, até locais abertos para alimen-tação, e ações de apoio ao caminhoneiro.

Sendo assim, os clientes poderão, atra-vés do aplicativo, localizar o concessionário

mais próximo, fazer sua consulta on-line ou solicitar a ajuda.

“Sabemos que o transporte de cargas e passageiros são essenciais neste momento, e a parceria com a TruckHelp vem para se somar a todo trabalho que está sendo rea-lizado pela VWCO para ajudar nossos clien-tes que estão rodando por todo Brasil”, comenta Antonio Cammarosano Filho, di-retor de Serviços e Pós-Vendas da Volkswa-gen Caminhões e Ônibus.

Alguns concessionários Volkswagen já estão cadastrados e no decorrer da sema-na 100% da rede estará conectada ao Tru-ckHelp, e assim, nossos clientes passam a contar com mais um canal de atendimento para garantir que os serviços essenciais não parem nesse momento.

A Mercedes-Benz é mais uma que pre-cisou acelerar os processos de negociação e vendas on-line para não perder clientes no cenário de fechamento do comércio causado pela pandemia de coronavírus.

Em apenas três semanas, em conjunto com concessionários e a startup Mobiau-to , a empresa desenvolveu o Showroom Mercedes-Benz Star Online, onde é pos-sível comprar caminhões, ônibus e vans Sprinter novos e usados, incluindo finan-ciamentos e consórcio do Banco Merce-des-Benz, além de reservar peças e agen-dar serviços na rede.

Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões e ôni-bus da Mercedes-Benz do Brasil, conta que a chegada da pandemia e suas con-

sequências fez a equipe pensar em como atender melhor o que ele chama de “novo cliente 4.0, mais digital e conectado, que procura por um processo de decisão de compra mais rápido e eficiente”.

O executivo informa que esta será a primeira loja virtual centralizada de veícu-los comerciais do País.

“O Showroom Mercedes-Benz Star Online vai facilitar muito a vida de quem está trabalhando em home office agora, mas no futuro essa também será uma ferramenta muito eficaz de negociação. Sabemos que temos clientes mais tradi-cionais que preferem ir à concessionária, mas avaliamos que essa disrupção traz vantagens que ele vai aprender a gostar”, diz Roberto Leoncini.

IVECO TRAZ AO MERCADO TODALINHA COMPLETA

A IVECO fez do Brasil, em 1997, a base da sua pre-sença na América do Sul. Em Sete Lagoas (MG) são desenvolvidos, pro-

duzidos e testados veículos comerciais, veículos para o transporte de passagei-ros e veículos de defesa.

O planejamento para tornar a mon-tadora um dos principais players no seg-mento em que atua, na América do Sul, incluiu um ciclo de investimentos para o desenvolvimento de produtos como o Hi-Road, em 2018, a nova linha Tec-tor, em 2019, e o Novo IVECO Daily em 2020.

A Daily, linha de veículos leves, con-ta com versões chassi cabine e furgão. Os veículos médios, tem como destaque os Tectors 9, 11 e 15 toneladas. Nos se-mipesados, estão posicionados os mo-delos Tector de 17 a 31 toneladas, e no segmento de pesados, o Hi-Road 4x2 e

6x2, e Hi-Way 6x2, e 6x4. Em 2020, a marca deu um passo para

o futuro com o lançamento do Novo IVE-CO Daily, que inaugura um patamar de design, segurança e tecnologia. A nova linha Daily estreia no mercado brasileiro para revolucionar o segmento e manter o posicionamento de 'referência' em sua categoria, proporcionando uma nova experiência para o usuário. Os modelos aliam robustez, versatilidade e o melhor custo operacional do mercado.

"O objetivo da marca com o Novo IVECO Daily, que vai de 3,5 a 7 tonela-das, é oferecer ao mercado um veículo diferenciado, o único com força e ro-bustez de caminhão, com a agilidade e performance de um automóvel", afirma Thiago Carlucci, diretor de Marketing da IVECO para a América Latina.

Seguindo o design dos produtos fa-bricados pela IVECO no mundo, o mode-lo se destaca pela modernidade da cabi-ne, projetada com foco na aerodinâmica

e na economia de custos do cliente, já que tem o para-choque tripartido que permite a troca parcial da peça em caso de pequenas colisões.

A IVECO foi a campo para entender a rotina dos motoristas que dirigem cami-nhões médios e semipesados para apre-sentar, em 2019, a nova linha Tector, que vai de 9 a 30 toneladas. Os modelos foram projetados para garantir a melhor experiência a bordo, com destaque para as versões 9 e 11 toneladas.

10 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

TECNOLOGIA: MERCEDES-BENZ LANÇA SALA VIRTUAL DE NEGÓCIOS

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A necessidade de entregar 2 mil cami-nhões encomendados antes da quaren-tena levou a Scania a retomar a produção no fim de abril. A decisão exigiu uma sé-rie de medidas adicionais de prevenção à Covid-19 na fábrica de São Bernardo do Campo, até mesmo criar um segundo turno para diminuir a concentração de pessoas na linha de montagem.

“Ao contrário de outras montadoras,

a Scania não trabalha com estoques e todos esses 2 mil caminhões já estavam de fato vendidos. Cerca de 40% serão utilizados no transporte de grãos, mas há também para mineração, transporte de combustíveis e os frigorificados, já que aumentou muito o transporte de carne e aves por causa da China na fase pré--pandemia”, afirma o diretor comercial da Scania, Sílvio Munhoz.

A fábrica da DAF Caminhões reto-mou às atividades da produção de for-ma gradativa no dia 4 de maio.

Sendo que o pessoal da área admi-nistrativa está alternando home office e atividades no prédio da empresa.

Para possibilitar a retomada da pro-dução, a DAF intensificou iniciativas voltadas à higiene.

Foram instalados pontos com álcool gel 70% em diversos locais da fábrica.

Além disso, a desinfecção de áreas comuns passou a ser feita de maneira mais intensa.

A empresa também distribuiu más-caras reutilizáveis de tecido aos funcio-nários. E entregou kits de higiene pes-

soal. Na chegada à fábrica, todos são submetidos a aferição de temperatura corporal. Em caso de febre ou suspeita, o colaborador é encaminhado à área médica.

Diretor comercial da DAF, Luis Gam-bim diz que nenhum funcionário foi desligado.

A empresa também não implemen-tou redução nos salários. “Como a es-trutura é pequena, isso não foi neces-sário”, afirma.

Vale lembrar que o Grupo Paccar, dono da DAF, registrou faturamento de US$ 4,3 bilhões em 2019. Esse va-lor equivale a mais de R$ 25 bilhões na conversão direta.

CONSÓRCIO VOLVO ENTREGA MAIS CAMINHÕES DA PROMOÇÃO "PEGANDO A ESTRADA"

Dois transportadores que adquiri-ram cotas do Consórcio Volvo na últi-ma Fenatran foram contemplados na promoção "Pegando a Estrada com o Consórcio" e receberam como prêmio um Volvo FH 460cv 6x2 e um Volvo VM 270cv 6x2.

"Nos sentimos com o dever cum-prido a cada entrega de caminhões aos nossos clientes. Há 27 anos o Con-sórcio Volvo apoia os transportadores, sejam autônomos, pequenos, médios ou grandes, a comprar um caminhão novo da marca. Com o consórcio, eles podem renovar e ampliar suas frotas. Além disso, ao participarem da 'Cam-panha Pegando a Estrada', têm a opor-tunidade de conquistar um prêmio como este, demonstrando nossa par-ceria de sucesso", afirma Edsel Guidi, presidente interino da Volvo Financial Services Brasil.

Benefícios

Localizada na cidade de Ibirama, Santa Catarina, a Comercial Daclande foi a premiada com o caminhão Volvo FH 460 6x2.

O veículo foi entregue pela Dicave, concessionária da marca no Estado.

Atuando no mercado de pavimen-tação asfáltica e britagem, a empresa catarinense usa o consórcio como uma oportunidade de renovação da frota.

"Os custos do consórcio são meno-res que financiamentos, os prazos de pagamento são longos e também há benefícios fiscais", diz Marco Adriano Grabowski, diretor da empresa.

Já a ganhadora do VM 270 6x2 é a empresa Nilton Cesar Sanchez Trans-

portes, localizada na cidade de Barri-nha, interior de São Paulo.

Com mais de 26 anos de atuação, opera no mercado de transporte gra-neleiro, tendo cinco caminhões Volvo FH 540cv 6x4.

A entrega feita pela concessioná-ria Lapônia consolida a parceria que o empresário Nilton Cesar Sanchez tem com o Consórcio Volvo há vários anos.

"Gosto do consórcio principalmen-te porque posso dar um lance e pegar o bem a qualquer momento e os pra-zos de pagamento também são atrati-vos", explica Sanchez.

"Além do Consórcio Volvo apoiar o crescimento dos negócios, ele é um produto que oferece muitas vantagens e benefícios para um planejamento seguro e de confiança", diz Emerson Moroz, gerente do Consórcio Volvo.

Ainda neste mês, a Volvo irá lançar a sexta edição da promoção "Pegando a Estrada com o Consórcio". São vários prêmios e muitas novidades para os clientes que adquirirem uma cota do consórcio em 2020.

Tradicional no mercado

O Consórcio Volvo já teve mais de 30 mil cotas contempladas, ajudando a expandir a frota de milhares de em-presários brasileiros.

Com um forte compromisso com o cliente, o Consórcio Volvo proporcio-na oportunidades tanto aos empresá-rios já consolidados, como aos novos transportadores, com uma das meno-res taxas de administração do merca-do e planos de até 100 meses.

WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 11transportesSCANIA TEM 2 MIL CAMINHÕES ENCOMENDADOS ANTES DA QUARENTENA

FÁBRICA DA DAF CAMINHÕES RETOMAM AS ATIVIDADES COM TODA PRECAUÇÃO

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O maracujá é da espé-cie nativa da Améri-ca do Sul, especial-mente do Brasil, é uma frutífera que

apresenta grande potencial de comercia-lização destinado principalmente, para o mercado in natura, tanto interno como também para exportação, devido às suas

boas características de tamanho, co-

loração externa, aroma e qualidades gustativas.

O Brasil é o maior produtor mundial e o maior consumidor de maracujá.

De acordo com os últimos dados dis-poníveis da Embrapa, em 2018, o País produziu 602.651 toneladas, em uma área total de 50.837 hectares. Sendo que a exportação do suco da fruta se destina a países como a Holanda, os Estados Uni-

GUILHERME ARAUJO

VENDAS DA FRUTA NA CEASA DE SÃO PAULO CRESCE ANUALMENTE

BRASILO MAIOR PRODUTOR E CONSUMIDOR DE MARACUJÁ

12 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

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WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 13especial

dos, Porto Rico, Japão e a Alemanha.A fruta é uma excelente alternati-

va para geração de emprego e renda no campo e na cidade. A demanda comercial por frutos in natura e produtos processa-dos é crescente no País.

Segundo o IBGE, a produção nacional é destinada à industrialização, o que cor-responde a 40%. Sendo que quase a tota-lidade da produção brasileira é da varie-dade amarelo ou azedo, que tem melhor aproveitamento industrial, destino de boa parte da fruta para fabricação, princi-palmente, de suco.

“Nos últimos anos, a Embrapa e seus parceiros têm gerado importantes solu-ções tecnológicas para o cultivo do mara-cujá ajustando os sistemas de produção e desenvolvendo novas cultivares gene-ticamente melhoradas. O grande desafio é fazer com que estas tecnologias sejam

utilizadas de forma prática, benefician-do toda a cadeia produtiva do maracujá. Nesse contexto, foi elaborado este livro com 500 perguntas e 500 respostas para dar suporte às importantes e necessárias ações de transferência de tecnologia e também para que os leitores possam co-nhecer um pouco mais sobre o maracujá, uma fruta de grande importância econô-mica, social e cultural vinda da biodiversi-dade essencialmente brasileira”, explica o pesquisador da Embrapa Cerrados Fábio Faleiro, um dos autores e idealizadores da publicação.

O Nordeste é a principal região produ-tora. Isso porque, segundo a ESALQ/USP, o maracujazeiro, cultura de clima quente e úmido se desenvolve bem nas regiões tropicais e subtropicais.

A planta deve ser cultivada em tempe-raturas entre 18 ºC e 35 ºC. Temperaturas

baixas retardam o crescimento da planta e reduzem a produção. Além disso, tem-peraturas muito elevadas ou muito baixas afetam o vingamento dos frutos.

O estado da Bahia fica em primeiro lugar na produção anual da fruta com a marca de 297.328 t. Acompanhado de Ceará (93.079 t); Espírito Santo (37.728 t) e Minas Gerais (37.340 ). Apesar da quan-tidade colhida no Distrito Federal ainda ser pequena se comparada a outros esta-dos em decorrência da pequena área de produção, o rendimento médio do fruto chega a ser quase o triplo da média na-cional, isto é, tem-se a maior colheita de frutos por área do país

São 34,6 toneladas por hectare no DF em comparação à média de 13,9 ton./hec. ao longo de todo o Brasil. A quanti-dade supera em mais da metade da pro-dução de Santa Catarina.

Um dos trunfos da maior produção de maracujás no DF é também o uso da estu-fa nas plantações do fruto. Quem come-çou com a técnica inusitada foi o produtor e técnico em agropecuária da Emater-DF.

Na estufa, a produção anual é mais que o dobro da produtividade nacional e o triplo do que se produz ao ar livre.

Em 2018, Santa Catarina foi o tercei-ro maior produtor de maracujá no Brasil (PAM/IBGE), o fruto catarinense é consi-derado um dos melhores do Brasil repre-sentando mais de 50% do volume da fruta comercializado na Ceagesp.

Os principais municípios produtores são: Sombrio, Araranguá, São João do Sul e Santa Rosa do Sul.

O Estado de São Paulo, no mesmo pe-ríodo, produziu mais de 30 mil toneladas da fruta, o que o coloca na quarta colo-cação. Tendo o município de Mariápolis como o maior produtor paulista, algo em torno de 800 toneladas por ano.

“No período de 2000 a 2015, obser-vou-se uma queda de 145% na produção paulista de maracujá, que resultou no de-sabastecimento estadual. Atualmente, os produtores não estão mais conseguindo atender à demanda da CEAGESP (Com-panhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que está adquirindo frutas de outros estados, principalmente Bahia e Santa Catarina”, diz a pesquisadora do IAC, Laura Maria Molina Melett.

O manejo do vírus que causa o endu-recimento dos frutos do maracujazeiro, que já dizimou muitos pomares paulistas, baianos, mineiros, paraenses, goianos e fluminenses foi tema da reunião técnica realizada pelo Instituto Agronômico (IAC), em Campinas.

O vírus causador do endurecimento dos frutos é transmitido por pulgões e tem difícil controle, devido à sua rápida disseminação.

A doença prejudica o crescimento dos frutos, que ficam deformados e endure-cidos, perdendo o valor comercial. Além desses prejuízos, a virose reduz significati-vamente a produtividade do pomar, com-prometendo a viabilidade econômica.

A dificuldade de controle da virose está associada à agressividade do vírus e também aos pulgões, que são os vetores

da doença. Eles são bastante eficientes na conta-

minação das plantas e estão amplamente distribuídos em todas as regiões produ-toras. Além disso, possuem um grande número de plantas hospedeiras, onde se alojam e se multiplicam em larga escala.

Um estudo realizado na Universida-de Federal do Rio de Janeiro mostra que a casca do maracujá evita os picos de in-sulina (especialmente perigosos para os diabéticos), combate o mau colesterol e ainda ajuda a emagrecer.

Nas sementes, por sua vez, pode ser encontrado um óleo com boa quantidade de ácidos graxos, muito apropriado para uso na cozinha e até em cosméticos, gra-ças à ação emoliente e antioxidante. E as folhas do maracujazeiro também ofere-cem benefícios semelhantes.

Nelas fica a maior parte dos ativos por trás da conhecida ação tranquilizante.

"Há perda de vitamina durante o con-gelamento e ao longo do tempo de arma-zenamento, mas bater a polpa para fazer suco não produz uma perda tão significa-tiva. A degradação das vitaminas depen-de dos fatores inerentes à própria fruta e às condições de conservação", esclarece a nutricionista Renata Guirau.

O maracujá apresenta ação sedativa e calmante, analgésica, refrescante, que reduz a pressão sanguínea, tônica para o coração, relaxante para os vasos sanguí-neos, que diminui os espasmos, antioxi-dante e propriedades diuréticas.

“O maracujá sempre teve a fama de calmante, com o tempo descobriu-se que ele tem o poder de baixar as taxas de açú-car no sangue, o que é ótimo para quem tem diabetes. Mas aos poucos, a farinha feita com a casca do maracujá também se revelou um excelente bloqueador de gordura.

Ou seja, impede que o organismo ab-sorva parte desse nutriente presente nos alimentos. Consequentemente, faz a pes-soa perder peso”, explica a nutricionista Rosanita Garcia.

Na Ceagesp, a fruta está entre os 20 produtos mais comercializados no Entre-posto paulistano.

A tabela de sazonalidade da Ceasa de São Paulo, mostra que no mês de agosto, a fruta possui uma produção forte.

De acordo com o balanço realizado pela Companhia de abastecimento, so-mente, em 2019 foram vendidos mais de 60 mil toneladas de maracujás.

Isso representou financeiramente, algo em torno de 215 milhões de reais. Números bem próximos obtidos no ano anterior, porém um pouco menor, cerca de 58 mil t.

Já em 2017, 55 mil t comercializadas, sendo que em 2016, o maracujá teve uma movimentação de mais de 47 mil tonela-das. Ou seja, a cada ano, as vendas da fru-ta só aumentam consideravelmente.

As principais variedades encontradas na Ceasa da capital, a Ceagesp, são: aze-do (99%) e doce (1%).Tendo as principais cidades fornecedoras de maracujá azedo são: Dom Basílio- BA (28,3%) e Livramen-to do Brumado- BA (20,7%).

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14 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

DICAS PARA VIVER BEM ESSA QUARENTENA

Maisa Medeiros, nutricionista CRN 3-61463

Aproveite esse período para me-lhorar sua alimentação, aumentando o consumo de vegetais, como as frutas, verduras e legumes.

Esses alimentos são ricos em vitami-nas e minerais que garantem o bom fun-cionamento do organismo e auxiliam na manutenção do sistema imunológico, muito importante durante essa fase.

Também é um momento para dar preferência a esses alimentos e deixar de lado os industrializados.

Se alimentar vai além do ato de co-

mer, por isso uma dica importante é aproveitar esse momento para desco-brir novas habilidades culinárias, testar novas receitas e incluir toda a família nesse processo, assim você alimenta também o lado social e do prazer de co-mer.

Esse período pode ser uma ótima oportunidade de se conhecer melhor, descobrir os sinais do seu corpo para saber diferenciar a fome da vontade de comer que vem com o tédio e outras emoções, principalmente agora.

Não é segredo que a manutenção de uma alimentação saudável e equilibrada é fator essencial para a manu-

tenção de boa condição de saúde, para a ampliação da imunidade e para a pre-venção de inúmeras doenças.

O mesmo raciocínio, que vale para o câncer, a diabetes, a obesidade, e para diversas doenças cardiovasculares, ape-nas para citar algumas, também se apli-ca ao novo coronavírus, ou Covid-19.

Um estudo publicado recentemente pelo EAT-Lancet, liderado cientistas dos campos da saúde, nutrição, agricultura e meio ambiente, destaca a importân-cia das nozes e castanhas para a amplia-ção da imunidade, destacando-os como substâncias fundamentais para a manu-tenção da saúde.

E esses benefícios devem ser consi-derados pela população em geral espe-cialmente agora, no contexto da pande-mia provocada pelo Covid-19.

Ricos em Zinco e proteínas vegetais, as castanhas e as nozes auxiliam no de-senvolvimento e na diferenciação das células do sistema imunológico e anti-corpos, desempenhando um papel fun-damental para que o organismo possa

COVID-19: CASTANHAS E NOZES AJUDAM NA IMUNIDADE

Em meio aos crescentes casos de Co-vid-19, muitos estão seguindo a risca o isolamento social como medida para evi-tar a propagação do vírus, mas será que a saúde alimentar de afetados e não afeta-dos tem sido adequada?

A nutricionista, Luana Farias, falou da importância da educação alimentar nesse período em que adultos, crianças e ado-lescentes estão sob forte pressão dado ao isolamento e as restrições sociais.

“Os responsáveis pela casa precisam se atentar na hora de ir ao mercado. Pre-

cisa mesmo dessa quantidade grande de industrializados? Que tal escolher um delivery de alimentos frescos para evitar sair muitas vezes de casa? Os alimentos que não são saudáveis estão disponíveis o tempo inteiro para as crianças da casa? Então essas são algumas perguntas que precisamos nos fazer para termos uma conscientização maior em relação à saúde da nossa família. Criar uma rotina é es-sencial para adequação dos horários, em todos os sentidos”, comentou a nutricio-nista.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DURANTE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

se proteger de diversas doenças, man-tendo-se ou sendo menos agredido por organismos estranhos e prejudiciais.

De acordo com o estudo do EAT--Lancet, elaborada com vistas a sugerir caminhos para que os Objetivos de De-senvolvimento Sustentável da ONU fos-sem possíveis, é necessário estimular a

redução em mais de 50% de alimentos não saudáveis - incluindo carne verme-lha, adoçantes artificiais e grãos refina-dos -e ampliando em mais que o dobro o consumo de alimentos saudáveis - a exemplo de nozes, castanhas, frutas, ve-getais e legumes, o que exigirá mudan-ças dos padrões atuais de produção de

alimentos.Além de favorecer a saúde da po-

pulação mundial num momento muito delicado, a ampliação do consumo de nozes e castanhas favorece um setor im-portante do agronegócio brasileiro, de um segmento extremamente represen-tativo para a geração e recuperação da economia.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, em 2017 o setor representou mais de 44% do PIB brasileiro.

O Brasil tem, capacidade e potencial para se tornar um dos principais produ-tores do mundo de nozes e castanhas, uma cultura relevante, distribuidora de rendas, bastante versátil e representati-va de benefícios à saúde e ao meio am-biente.

Estimular o consumo de castanhas e nozes é fator crucial para a manutenção da saúde física e econômica não apenas da nação brasileira, mas de todo o mun-do.

Autor

José Eduardo Mendes de Camargo, é presidente da Associação Brasileira de Nozes e Castanhas (ABNC) e diretor do Departamento de Agronegócios da Fe-deração das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

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WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 15saúdeCOMO FICA A VITAMINA D, EM PERÍODO DE QUARENTENA?

Em meio à quarentena ocasionada pela pandemia do coronavírus, surge mais uma preocupação em relação à saúde. Passando tanto tempo dentro de casa, como vamos nos expor ao sol e manter as concentrações adequadas de vitamina D no sangue?

Apesar de ser a mais famosa fonte deste nutriente, o sol não é a única forma de obter vitamina, conforme explicou a especialista em Nutrição, Fernanda Tavei-

ra. “Nem todo mundo possui uma varan-

da ou um quintal para tomar sol durante esse período. Porém, isso não precisa ser motivo para preocupação. Podemos al-cançar a recomendação diária de vitamina D por meio da alimentação”, disse.

As frutas, verduras e legumes também fornecem vitamina D. Além do pescado, que principalmente com o salmão é rico em nutrientes

Em meio à pandemia e seus impactos, o Dia Nacional da Indústria (25/05) em 2020 traz ainda mais significado para o setor, com um cenário

de adequação de perspectivas e muitas adaptações.

Dados do IBGE, divulgados, no dia 14 de maio, mostram que a produção indus-trial teve retração de 9,1% no país em março, em comparação com o mês ante-rior. Foi a primeira vez em oito anos que o levantamento registrou queda em todos

os 15 locais pesquisados. O mais próximo disso só havia aconte-

cido durante a greve dos caminhoneiros em 2018, quando foi registrada retração em 14 dos 15 locais. No Paraná, a queda foi de 4,9%.

E nos setores essenciais foram muitas mudanças de processos para continuar em atividade.

A produção alimentícia é um exemplo que precisou adequar sua logística para seguir atendendo às demandas do mer-cado.

Para Neandro Gimenez Debeuz, ge-rente de Supply Chain da Alegra, o equilí-brio na produção ocorreu devido ao redi-recionamento das vendas.

“A pandemia causou uma retração de cerca de 30% no mercado nacional, por isso, parte deste volume foi redirecio-nado para o mercado internacional, que apresentou um aumento de demanda. Na Alegra, 20% da produção foi realoca-da para a exportação”, conta.

Um dos reflexos da continuidade das atividades essenciais foi a necessidade

SETOR ALIMENTÍCIO MANTÉM RITMO DE PRODUÇÃO MESMO COM PANDEMIA

Nesse período de isolamento social, não é possível tomar o sol como era fei-to antes e isso é muito importante, já que os raios solares têm vitamina D.

Outro detalhe importante é com a quantidade adequada de exposição a luz solar, também faz muito bem à pele.

O ômega 3 contribui para a manu-

tenção dos lipídios da pele e previne, também, a acne.

Além disso, combate processos infla-matórios, ele chega a estimular a produ-ção de elastina.

Ele é encontrado, principalmente, em peixes como sardinha e salmão, também na LinhaÇA

ALIMENTOS RICOS EM ÔMEGA 3 DEIXAM A PELE MAIS BONITA

de realizar contratações nesses setores. “Com a manutenção da produção e

também a urgência de incluirmos novos procedimentos de segurança e cuidados na fábrica, contratamos 52 colaborado-res em regime de trabalho temporário, além de uma equipe de oito profissionais para coleta de temperatura e ainda ter-ceiros para limpeza e desinfecção da in-dústria”, explica o especialista em gestão de pessoas da Castrolanda, Ray Charlys Torres.

Além disso, a empresa aderiu ao mo-vimento #NãoDemita, que garantiu a permanência de mais de 1.500 colabora-dores em seus postos de trabalho.

Para manter o ritmo com segurança, a Alegra também fez a implementação de novos processos de higiene e cuida-dos com os colaboradores como instala-ção de uma cabine de nebulização para desinfecção dos funcionários, verificação da temperatura de todos diariamente, adoção de tapetes sanitizantes de cal-çados na entrada e saída da indústria, aumento do número de ônibus para o deslocamento, retirada de bandejas dos refeitórios, distribuição de kits individu-ais de talheres e entrega de frascos indi-viduais de álcool gel 70%.

Além disso, foram suspensas as reuni-ões presenciais, visitas aos fornecedores, implementado o sistema de trabalho re-moto para todos setores indiretos e feita a liberação dos colaboradores que estão no grupo de risco para o isolamento so-cial.

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Os portos paranaenses movimentaram mais produtos em menos tempo, nos primeiros quatro meses do ano.

O volume carregado por hora cresceu 20% e a produtividade média passou de 546 para 655 toneladas por hora.

O tempo que os navios levam para encostar no cais, operar e desatracar caiu 4% – de 2,15 dias para 2 dias, em média.

Com a agilidade, os portos de Para-naguá e Antonina conseguem receber mais embarcações e mantêm o ritmo acelerado no embarque e desembarque de produtos.

“Em 2020, tivemos aumento de 15% na movimentação de cargas. Mesmo com a pandemia do coronavírus, con-seguimos atender esta demanda cres-cente sem filas, com muita eficiência”, destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Ele explica que os índices operacio-nais são importantes para o mercado e demonstram aos usuários de todo

o mundo que os custos para operação pelos terminais paranaenses são vanta-josos.

Nos berços do Corredor de Exporta-ção do Porto de Paranaguá, por exem-plo, a média diária de carregamento de grãos passou de 60 mil para 85 mil tone-ladas/dia.

Entre os fatores que explicam o cres-cimento estão os investimentos em in-fraestrutura.

“A manutenção das profundidades nos acessos e berços, com as obras de dragagem, diminui o tempo de espera de maré para a movimentação dos na-vios, principalmente para as exporta-ções dos graneis e para a movimenta-ção dos contêineres”, explica o diretor de Operações da empresa pública, Luiz Teixeira.

Outro ponto favorável foi o tem-po seco, que permite o embarque dos granéis sólidos e o desembarque de fer-tilizante.

“Mesmo com a Covid-19, o Porto de Paranaguá segue batendo recordes de movimentação”, reforça.

SANTOS BRASIL MOVIMENTA CERCA DE 265 MIL CONTÊINERES

PRODUTIVIDADE CRESCE MAIS DE 20% NOS PORTOS DO PARANÁ

O s efeitos da pande-mia do novo Coro-navírus (Covid -19) na economia global tiveram um impacto

limitado no desempenho operacional da Santos Brasil no primeiro trimestre de 2020, considerando a movimenta-ção de contêineres dos terminais, a armazenagem no Tecon Santos e nos CLIAs (terminais alfandegados), bem como as atividades da Santos Brasil Logística e do Terminal de Veículos (TEV).

O volume consolidado dos três ter-minais de contêineres da Companhia – Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) – apresentou alta de 4,1% no período em relação ao 1T19, so-mando 265.321 contêineres.

Nas operações de longo curso, que representaram 70,2% do total movi-mentado, os volumes de contêineres

de importação apresentaram cresci-mento de 13,2% e os de exportação queda de 13,0% em relação ao 1T19.

As operações de cabotagem cres-ceram 14,0% e representaram 29,8% do volume total movimentado; e as operações de transbordo tiveram au-mento de 6,5% no trimestre, repre-sentando 35,9% do volume total mo-vimentado.

No Tecon Santos, a movimentação cresceu 7,0% em relação ao 1T19, so-mando 233.779 contêineres no 1T20. Com o volume movimentado no tri-mestre, o Tecon Santos apresentou, em base anualizada, utilização de 75% de sua capacidade e obteve 36,9% de market share no Porto de Santos.

O Tecon Imbituba movimentou 10.211 contêineres no 1T20, 19,3%

abaixo do volume do 1T19. A queda é explicada pela redução na movimen-tação de contêineres de longo curso, que ainda contava com o serviço asi-ático ASAS em janeiro de 2019, des-continuado no fim do mês, e também pela queda no volume de cabotagem.

No Tecon Vila do Conde, o volume de contêineres movimentados caiu 10,2% no 1T20 para 21.331 unidades. Essa queda teve como principal res-ponsável uma acentuada redução na movimentação de contêineres vazios em janeiro e fevereiro.

Em março, já houve retomada no reposicionamento de contêineres va-zios em Vila do Conde, antecipando--se aos embarques previstos para os próximos meses.

A Santos Brasil Logística apresen-tou queda de 8,7% no volume de con-têineres armazenados em relação ao mesmo período do ano passado.

Entretanto, parte da queda do vo-lume de armazenagem do CLIA San-tos foi compensada pela migração de clientes dos serviços de navegação que operavam na Libra Santos para serviços que escalam o Tecon Santos, o que elevou a armazenagem de pátio do terminal.

No segmento de Transporte Rodo-viário, a SBLog fechou contrato com dois novos clientes, que deverão in-crementar o volume transportado nos próximos meses.

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AGRONEGÓCIO RESPONDE POR 70% DAS EXPORTAÇÕES CATARINENSES

O agronegócio segue como o carro-chefe das exportações ca-tarinenses em 2020. De janeiro a abril, o

estado faturou US$2,64 bilhões com os embarques internacionais e 70% desse total teve origem no agronegó-cio, principalmente nos produtos de origem animal.

Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa virtual na noite, no dia 20 de maio, pelo governador

Carlos Moisés, ao lado do secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural em exercí-cio, Ricardo Miotto.

Carlos Moisés destacou que o Go-verno do Estado não parou durante a pandemia e que continua a dar supor-te ao setor produtivo catarinense:

"Em momentos como esse, a atua-ção do Estado é ainda mais importan-te. Precisamos estar presentes para dar o suporte que a sociedade ne-cessita. Os números das exportações

demonstram a força do nosso agrone-gócio, que permanece como um setor essencial para a nossa economia".

O secretário Miotto salientou a importância de se ter um ambiente favorável para o desenvolvimento do agronegócio. Segundo ele, Santa Ca-tarina conseguirá superar os desafios impostos pelo novo coronavírus.

"Apesar de toda dificuldade que estamos enfrentando devido à pan-demia de Covid-19, o agronegócio se-gue com números muito positivos. A

Secretaria da Agricultura e o Governo do Estado tem trabalhado na criação de um ambiente favorável para que o agro se desenvolva. E o resultado que conseguimos verificar é que 70% do total exportado pelo estado nos primeiros quatro meses deste ano provém do agronegócio. Um número bastante expressivo e que devemos enaltecer, além de agradecer o traba-lho feito pelos produtores e agricul-tores familiares de Santa Catarina", destacou.

A Coopercitrus realizou, entre os dias 15 e 30 de abril, a Campanha Mais Oportunidades, oferecendo condições

especiais em preços, financiamentos e modalidades de negociação para os co-operados adquirirem insumos, defensi-vos, sementes, fertilizantes, máquinas e implementos para a produção agrope-cuária.

Com atendimento individualizado e negociações virtuais, a campanha atin-giu faturamento de R$740 milhões.

Zelando pela segurança e saúde de todos, as vendas e negociações foram feitas por atendimento com horário marcado com os consultores nas unida-des de negócios Coopercitrus e também por meios digitais, através do CRM. No total, 11.154 pedidos foram feitos total-mente remotos.

Um dos destaques da campanha foi a Intercooperação em parceria com a Credicitrus, que proporcionou taxas atrativas aos cooperados.

Um dos cooperados a aprovar as ofertas foi Gustavo Florêncio Gregorini, produtor de cana-de-açúcar, grãos, se-ringueira e gado no estado de São Pau-lo.

Ele relata que costuma antecipar a compra dos insumos para manter a

COOPERCITRUS MAIS OPORTUNIDADES FATURA MILHÕES

qualidade de suas produções, mas, esse ano estava apreensivo por causa das os-cilações de mercado devido à pandemia.

Ao saber das condições especiais da campanha, ele resolveu aproveitar e saiu satisfeito.

“Realmente consegui uma excelente negociação, a garantia de entrega e o armazenamento na minha propriedade para quando eu precisar dos produtos.

Foi um acerto”, enfatiza Gregorini.Nesse momento de incertezas no

mercado, a Coopercitrus reafirma seu compromisso de estar ao lado de seus cooperados, ofertando produtos e ser-viços com preços, prazos e financiamen-tos diferenciados, para anteciparem suas compras e garantirem que o país continue totalmente abastecido com produções de alta qualidade.

“Ao longo do tempo investimos mui-to em tecnologia, agricultura de preci-são, tecnologias digitais e serviços com inovações de grande impacto, que nos deram grande capacidade de compre-ender demandas de cooperados e ofe-recer soluções integradas através da plataforma digital – Campo Digital, e de uma extensa base de dados acessa-da por mais de 400 colaboradores, que tem como principal atribuição atender o cooperado.

Quando lançamos a Campanha Coo-percitrus Mais Oportunidade, trabalha-mos de maneira muito segura e respon-sável podendo, dessa forma, e com as ferramentas que dispomos, oferecer as melhores condições com a efetividade para atender essa cadeia de produtos tão importante que é o agronegócio”, avalia o CEO da Coopercitrus, Fernando Deggobi.

Sobre a Coopercitrus.

A Coopercitrus – Cooperativa de Pro-dutores Rurais, fundada em 1976 em Bebedouro, SP, é hoje a maior coopera-tiva paulista e uma das maiores do Brasil no fornecimento de insumos, máquinas, implementos e assistência para a agro-pecuária.

Com aproximadamente 36 mil asso-ciados, com unidades de negócios em mais de 60 municípios, nos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

economia

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18 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

Desde que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil, dezenas de feiras do agronegócio tiveram de adiar suas

atividades, impactando fortemente o setor.

Por isso, para tentar amenizar os impactos, a Agrofy, primeiro marke-tplace do agronegócio brasileiro, ofe-recerá feiras virtuais para empresas e produtores.

“Nossa proposta é trazer para den-tro da plataforma todas as opções, vantagens e funcionalidades das feiras de agronegócio, de modo que as em-presas possam oferecer seus produtos e serviços e os produtores consigam encontrar boas opções de negócios”, explica Rafael Sant’Anna, country ma-nager da Agrofy no Brasil.

“Além de evitarmos os riscos de contágio, podemos ampliar a área de atuação, permitindo que mais pessoas

possam participar”, completa.Através desse sistema, as feiras de

agronegócio brasileiro poderão levar para dentro do marketplace todo o conteúdo que seria exposto no evento físico, agregando, ainda o seu nome e a marca da exposição.

Para deixar a experiência ainda mais eficiente, as feiras virtuais da Agrofy contariam com outros recursos tecno-lógicos, como tours virtuais, chats de dúvidas e até realidade aumentada.

AGROFY LANÇARÁ SERVIÇO DE FEIRAS VIRTUAIS PARA O AGRONEGÓCIO

EM MEIO À CRISE, EMPRESA DE DRONES VÊ SEU FATURAMENTO CRESCER EM MAIS DE 70%

Em um mercado aquecido, todo o agronegócio brasi-leiro viu empreendedores e agricultores recorrerem à tecnologia como uma aliada

na produção e inovação para o setor.Com processos cada vez mais sofis-

ticados e aperfeiçoados, os drones são uma das tecnologias que têm conquista-do fazendeiros e dominado os céus dos campos.

À exemplo disto, a ARPAC – startup especializada em serviços agrícolas – vem registrando a cada mês saldos po-sitivos de crescimento, ainda que neste cenário de isolamento urbano frente ao avanço do coronavírus no Brasil.

Mesmo agora antes do fechamento do mês de abril, a startup já registrou crescimento de praticamente 220% em hectares sobrevoados, em comparação com o mesmo período em 2019, chegan-do a um total de 2.002,09 ha.

“Nossa proposta é não interromper essa parte tão importante do agrone-gócio brasileiro, que movimenta mi-lhões, contribui fortemente para o PIB e é fundamental para produtores e em-presas”, destaca Sant’Anna.

Para viabilizar as feiras, não será necessário ser cliente da Agrofy, sendo possível realizar eventos por períodos de tempo definidos, exatamente como as feiras físicas.

Sobre a Agrofy

A Agrofy foi fundada em 2015, na Argentina, por Maximiliano Landrein e Alejandro Larosa, sendo o primeiro marketplace para o agronegócio na América Latina, na qual é a maior pla-taforma do digital voltada ao setor.

Em outubro de 2018, a empresa veio para o Brasil, sendo a pioneira na área, com o propósito de se consolidar no mais importante parque mundial do agronegócio, oferecendo em sua pla-taforma todos os produtos da cadeia produtiva, como sementes, insumos, equipamentos, serviços e até mesmo crédito rural.

Em 2019, a Agrofy iniciou seu pro-cesso de consolidação no País, expan-dindo seus serviços para outras nações da América Latina e México, além de estar mirando o mercado europeu.

Além disso, até o final do mês a star-tup prevê faturar 71,13% a mais que em abril de 2019.

“Mesmo em meio à pandemia, o agronegócio não parou e o setor não tem sido afetado diretamente”, comenta Edu-ardo Goerl, CEO e fundador da ARPAC. “Este crescimento é uma resposta de to-dos os investimentos que realizamos an-teriormente em marketing e operações, somado ao contexto de crescimento de todo o setor, no Brasil”, completa.

Mesmo em meio à crise e desacele-ração da economia em decorrência do coronavírus, os agricultores têm optado por drones pulverizadores por conta da

economia gerada pela catação em gran-des áreas e acessibilidade em áreas de relevo acidentado além de também ter uma aplicação mais assertiva.

“Quando estamos em campo, é ne-cessário apenas o drone, os equipa-mentos para operação e o condutor da aeronave, o que tranquiliza os clientes, amplia a assertividade da aplicação e assim como grande parte das atividades agrícolas, evita aglomerações desneces-sárias”, comenta Eduardo Goerl.

De acordo com os dados de projeção da empresa este ano, os meses seguintes, como maio, devem seguir o crescimento constante.

De acordo com as projeções da em-presa, tomando por base o fluxo e as demandas e contratos já aprovados, a expectativa é de aumento de 56,6% em áreas sobrevoadas, comparando com o mês de abril.

Com isso, a empresa segue com seu plano de expansão para 2020. “Até o final do ano pretendemos aumentar a nossa frota operacional em números de hubs e drones e investir em novas contratações”, explica Eduardo.

Atualmente a ARPAC atua nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, mas prevê ampliar seu campo de atuação para no-vas praças operacionais.

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WWW.JORNALENTREPOSTO.COM.BR | 2020 I ENTREPOSTO 19agro

dios em lavouras. Este é o terceiro ano do projeto, que conta ainda com a parce-ria do Sindicato Rural de Rio Verde. Pelo sistema da Aerotex, os produtores que aderem ao programa pagam a prontidão dos pilotos e do profissional de apoio em solo.

E, quem acionar o serviço, paga as horas voadas dos aviões.

Além disso, metade do arrecadado

com a campanha a cada ano é direcio-nada para entidades filantrópicas de Rio Verde.

A temporada de incêndios na região vai basicamente de julho a setembro, justamente na entressafra para as em-presas de aviação agrícola. Daí a iniciati-va de se criar um serviço de prontidão.

O serviço conta com cinco aviões e, só no ano passado, foram realizados

mais de 1 mil lançamentos de água con-tra chamas. O que totalizou 220 horas voadas em 140 acionamentos para com-bate a incêndios.

O resultado foi também na distribui-ção de R$ 130 mil entre entidades sociais – Associação Beneficente Auta de Souza (Abas), Escola Dunga de Ensino Especial, Associação Beneficente André Luiz/Abal (Lar dos Vovôs), Patrulha Rural e outras.

“Sem aumentar a produtivida-de não há como ser sustentável no agronegócio”, afirmou Décio Gaz-zoni, membro-fundador do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), che-fe-geral da área de soja em Londrina da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e diretor--técnico da unidade de Brasília, du-rante webinar promovido pelo CESB

na semana passada. A cada 1% de aumento no nível

de produtividade de soja no Brasil, significa 1% a menos de desmata-mentos e emissão de gases poluen-tes na atmosfera, afirma o pesqui-sador.

Segundo dados compilados pelo engenheiro agrônomo Ricardo Ario-li, membro-efetivo do CESB e produ-

tor rural, com base em informações da Companhia Nacional do Abas-tecimento (Conab) e do CESB, os níveis brasileiros de produtividade aumentam em 4,5% ao ano, desde 1960.

“Tivemos um ganho de produtivi-dade de 38,6 quilos de soja por hec-tare ao ano. Se não fosse por isso, nem estaríamos produzindo soja

“SEM AUMENTAR A PRODUTIVIDADE NÃO HÁ COMO SER SUSTENTÁVEL NO AGRONEGÓCIO”, AFIRMAM PESQUISADORES DO CESB

AEROAGRÍCOLA DE GOIÁS TREINA PARA A TEMPORADA DE INCÊNDIOS 2020

Em maio, deste ano, foi o treinamento teórico para os 15 pilotos que atuarão este ano nos plantões de com-bate a incêndios da Brigada

Aérea da Aerotex, em Goiás, a partir de julho.

A movimentação foi na dia 13 de maio, na sede da empresa.

Durante cerca de seis horas, os pro-fissionais repassaram os conhecimentos em navegação, meteorologia e fraseolo-gia na comunicação via rádio, além de segurança operacional, boas práticas na Brigada Aérea e eficiência no combate.

A programação ainda prevê duas ho-ras de treinamento prático para os pilo-tos, o que deve ocorrer quando se inicia-rem os plantões.

A Brigada atende produtores rurais no sudoeste goiano, em casos de incên-

por aqui”, declara.Arioli revela que em 1991 a pro-

dução de soja foi de 19 milhões de toneladas, passando para 122 mi-lhões na safra 2018/2019. “Em 1990, o Brasil virou gente grande em soja no mundo”, afirma.

Ele destaca os ganhos de produ-tividade alcançados nesse período, influenciados por pesquisas e ações efetivas do setor da oleaginosa, como o Desafio de Máxima Produ-tividade promovido pelo CESB des-de 2009, que ajudaram para que os produtores se tornassem mais efi-cientes e também mais sustentáveis.

Em 1991, o índice de produtivi-dade era de 2.015 kg de soja por hectare, número que passou para 3.313 kg/ha em 2019.

Dessa forma, foi possível ter uma economia de área utilizada para plantação de soja na ordem de 23,8 milhões de hectares.

Gazzoni destaca que a demanda por soja no mundo poderá chegar a 800 milhões de toneladas em 2050. Porém, vai depender da produtivi-dade o tamanho da área que será necessária para atender o mercado.

“A área de soja pode aumentar entre 22% e 56%, de acordo com a produtividade”, destaca.

Por isso, ele chama a atenção pe-las boas práticas agrícolas, que per-mitem uma expansão na produção, mas sem a necessidade de desmatar novas áreas.

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20 ENTREPOSTO | 2020 | www.jornalentreposto.com.br

VOTORANTIM CIMENTOS APRESENTA VITER, NOVA MARCA DA SUA UNIDADE DE NEGÓCIOS DE INSUMOS AGRÍCOLAS

AGRO SUSTENTÁVEL PODE SER UMA IMPORTANTE ALIADO

Dados da FAO (Organização das Na-ções Unidas para Agricultura e Alimen-tação) indicam que um terço dos solos do mundo está degradado. Isso significa que perderam, em algum grau de in-tensidade, sua capacidade de gerar ser-viços ecossistêmicos, como regulação hidrológica, sequestro de carbono ou retenção de nutrientes para a produção de alimentos.

Para evitar que esse quadro se in-tensifique, a agricultura tem um papel fundamental. Por meio de técnicas sus-tentáveis de plantio é possível aumentar a qualidade do solo, permitindo que ele continue sendo uma importante fon-te de serviços naturais que beneficiam toda a sociedade.

Conheça algumas:

1) Plantio Direto

O plantio direto é o cultivo de plan-tas agrícolas sob os restos vegetais do cultivo anterior, evitando assim o revol-vimento do solo. Essa prática reduz os efeitos erosivos, visto que a camada de resíduos vegetais atua como um escudo contra a água e o vento.

André Ferreti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Gru-po Boticário de Proteção à Natureza e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), ex-plica que o plantio direto é uma prática fundamental para se evitar a perda do solo por meio da chuva. “Essa camada de resíduos vegetais protege o solo da gota de chuva, que quando bate direto

no solo, além de facilitar a erosão, com-pacta-o de tal forma que ele vai per-dendo a capacidade de deixar a água se infiltrar”.

2) Rotação de Culturas

“É uma técnica tão antiga quanto a própria agricultura, mas que foi deixa-da de lado nos últimos anos por ques-

tões econômicas e de políticas agrícolas”, observa o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Rocha, membro da Rede de Espe-cialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor da Universidade Esta-dual de Ponta Grossa (PR).

A rotação de culturas é a alternância entre o que é plantado numa mesma área, evitando o desgaste nutricional do solo e seu desequilíbrio químico e bioló-gico. Pode-se por exemplo plantar soja numa safra e depois alternar para o plan-tio de milho, escapando assim da prática da monocultura, prejudicial a vida e à conservação do solo.

3) Integração Lavoura-Pecuária-Flo-resta

Assim como a técnica anterior, a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) também é uma forma de rotação de cul-tura, só que mais complexa. Nela, o agri-cultor alterna entre o plantio da lavoura, o plantio de pastagem para o gado e com-bina essas duas culturas com o plantio de árvores, como o eucalipto ou espécies nativas. “Isso minimiza os impactos nega-tivos e maximiza os potenciais benéficos, pois são três formas de plantio distintas que atuam em frentes diferentes na con-servação do solo”, explica o especialista da RECN.

dade de uma lavoura e esse é o nosso foco”, afirma o gerente geral de Viter, Laercio Solla.

Viter: seu solo pode maisSem o cuidado constante com o solo, o

potencial produtivo não acontece. Daí surgiu o propósito da Viter: despertar e perpetuar o potencial máximo do solo. Seus produtos têm origem garantida, corrigem a acidez do solo, promovem a liberação de nutrientes em profundidade, proporcionam maior ae-ração e favorecem o desenvolvimento das raízes.

Viter também disponibiliza assistência técnica para análise e entendimento do solo, tanto na aplicação quanto na compreensão das tendências. Os produtos da nova marca atuam em todas as camadas do solo, com três linhas de corretivos e nutrientes:

• Optmix, partindo dos seus produtos principais é o lançamento de Viter, otimiza o potencial produtivo do solo em uma única aplicação com Cálcio, Magnésio e Enxofre, proporcionando praticidade e eficiência.

• Calcário Itaú é referência em alta pu-reza, eficiência e economia para renovar o potencial produtivo do solo.

• Cal fértil acelera a renovação do solo, com imediata disponibilidade de alto teor de Cálcio e Magnésio. Possui alto teor de nu-trientes e pode ser aplicado no pré-plantio, pós-plantio e cobertura.

Investimentos e presença nacional

A Votorantim Cimentos é líder na co-mercialização de calcário agrícola no Brasil e a única empresa com presença nacional. A produção de insumos agrícolas da com-panhia está distribuída em dez fábricas no Brasil.

Empresa amplia seu portfólio de produtos com o lançamen-to da linha Optmix, mix calcá-rio e gesso que renova o po-tencial produtivo do solo até

as camadas mais profundasA Votorantim Cimentos apresenta ao

mercado Viter, nova marca da sua unidade de negócios de insumos agrícolas.

A nova identidade reforça a estratégia da companhia de ampliar a sua atuação no agronegócio, aproximando-se ainda mais do produtor rural brasileiro.

Trabalhando com o já consolidado Cal-cário Agrícola, a empresa vem investindo mais fortemente no mercado agro desde 2016.

Atualmente, a Votorantim Cimentos é líder na comercialização de calcário agríco-la no Brasil e a única empresa com presen-ça nacional.

O plano da unidade de negócios Viter é aumentar o seu portfólio de soluções agrí-colas e se firmar como o melhor parceiro do agricultor, seguindo com a oferta de produtos de qualidade e assistência técni-

ca.Junto com a apresentação da nova

marca, a empresa também anuncia o lan-çamento da nova linha Optmix, mix calcá-rio e gesso que renova o potencial produti-vo do solo até as camadas mais profundas, em uma única aplicação.

“Viter significa mais vida e vigor para a terra, pois acreditamos que o solo do nos-so cliente pode mais. Nosso propósito é perpetuar o potencial máximo do solo do agricultor, garantindo a sustentabilidade da produção. O solo é a base da boa produtivi-

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O QUE O VALE DO SILÍCIO PODE ENSINAR PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO?

F amoso por ser o maior polo de inovação do mun-do, o Vale do Silício é o celeiro de empresas de peso ao redor do mundo,

como Apple, a gigante Google e o Fa-cebook, maior grupo de redes sociais do mundo.

Contudo, vale reforçar que o pen-samento disruptivo é propagado para além dessas companhias e das re-nomadas universidades Stanford e Berkeley, se estendendo para a men-talidade dos moradores, estudantes e profissionais da região, que possuem sede de conhecimento e buscando sempre surpreender com novidades tecnológicas.

É justamente por conta dessa abundância de capital cultural e eco-nômico, cercado por universidades de grande relevância no cenário mun-dial, instituições como a NASA, uma vasta rede de empresas que investem em tecnologia e inovação, e por uma população com espírito empreende-dor e até mesmo rebelde, que a re-gião é conhecida por ser o berço de grandes inovações.

Por conta dessa mentalidade dis-ruptiva, as startups do Vale do Silício contam com o apoio de investidores de capital de risco, ainda que 97% tendem a fracassar, de acordo com pesquisas realizadas pela própria Universidade de Stanford.

Contudo, o mercado de Venture Capital tem o apetite necessário para apostar em tecnologias inovadoras, com propósitos bem definidos e com alto potencial de escala, podendo re-volucionar mercados e a forma de se

fazer negócios ao redor do mundo.Esse ecossistema solidificado de

inovação passou a ser desenvolvido em meados de 1920, quando surgi-ram os primeiros investimentos em pesquisas realizadas por alunos de Stanford. E uma das principais lições decorrente do ecossistema da inova-ção é de que o empreendedor não pode ter medo de falhar.

Por isso, o jargão mais conhecido na região é o "erre, mas erre rápido", pois é dessa forma que o empreen-dedor consegue aprender com as respostas do mercado à sua solução e realizar as alterações necessárias e, até mesmo, "pivotar" a sua startup.

E foi por conta da minha rápida - e intensa - passagem pela Universidade de Stanford, que percebi o quanto es-sas características comportamentais, que fazem com que o Vale do Silício seja único, são enriquecedoras para a minha área de atuação: o agrone-gócio.

Hoje, o Brasil já conta com cer-ca de 70% de seu território nacional ocupado por agtechs (startups volta-das ao agribusiness), de acordo com levantamentos recentes da Associa-ção Brasileira de Startups - a Abstar-tups.

Contudo, o Centro-oeste brasilei-ro, o qual sua principal economia é proveniente do agronegócio, sendo considerado um mercado de referên-cia internacional, ainda está engati-nhando no processo de digitalização do setor.

E é nesse momento que temos que nos espelhar na mentalidade disruptiva de nossos colegas norte-a-

mericanos e refletir: "o que podemos fazer para acelerar esse processo?". E o que percebo é que, em alguns ca-sos, não faltam propostas inovado-ras, mas sim uma certa resistência e dificuldade operacional em migrar do analógico para o tecnológico.

Por isso, é importante estar atento e entender o que aqueles que estão pensando "fora da caixa" podem pro-porcionar para o seu negócio.

Aqui, posso enumerar diversos exemplos, como softwares de gestão hídrica, sistemas de inteligência ar-tificial e uso de drones para monito-ramento de lavouras e aplicações de insumos.

Vale reforçar, também, que os be-nefícios de se investir em uma agri-cultura mais moderna vão além de tornar o manejo agrícola mais asser-tivo e com produtos mais competiti-vos para o mercado.

Esses recursos também vêm para tornar o modelo de negócio mais sus-tentável, uma vez que é possível ge-rar uma economia maior de recursos naturais, com o manejo correto dos insumos gerando menos impactos ao meio ambiente.

Assim, ao "transportarmos" o comportamento do Vale do Silício para a nossa realidade, só temos a ganhar em diversos aspectos, como agilidade, eficiência, recursos, no-toriedade, inovação e qualidade de vida. Aposte nessa ideia!

*Nathália Secco é fundadora e CEO da Orchestra Innovation Center, novo polo de inovação de Rio Verde, em Goiás

A IMPORTÂNCIA DA CADEIA DO FRIO NO MERCADO FLORICULTOR

Associada a percepção de valor do produto está o seu tempo de prateleira, visto que di-ficilmente alguém irá

adquirir uma flor que já está murchan-do. Algumas espécies de flores chegam a durar cerca de 11 dias a mais quando armazenadas em ambientes secos com temperaturas entre 0º e 5º. Isto ocorre, pois nestas temperaturas o processo de respiração da flor se reduz significativa-mente postergando seu declínio.

Onze dias é um tempo bastante lon-go para este tipo de produto e esta dife-rença pode significar a sua comercializa-ção ou não.

Assim, novamente, tecnologias de rastreamento e monitoramento das condições ambientais dos produtos aliados a uma gestão eficiente da cadeia como um todo representam importante condições para o sucesso de negócios nesta área.

Também estão sendo desenvolvidos modelos de simulação que procuram estimar com maior precisão a variação da qualidade das flores em função da temperatura a que são submetidas.

A partir destes modelos é possível quantificar o retorno dos investimentos que porventura sejam realizados na ras-treabilidade da cadeia.

Desta forma, investimentos em equi-pamentos de rastreabilidade e na capa-citação das pessoas envolvidas, apesar de aparentarem ser uma elevação de custos em um primeiro momento, po-dem significar um aumento expressivo no valor percebido pelo produto e re-presentarem um fator preponderante para o sucesso de negócios neste setor.

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