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Ano CLII N o - 63 Brasília - DF, quinta-feira, 2 de abril de 2015 ISSN 1677-7042 EXEMPLAR DE ASSINANTE DA IMPRENSA NACIONAL Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012015040200001 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Sumário . PÁGINA Presidência da República .................................................................... 1 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento .................... 32 Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ................................ 36 Ministério da Cultura ........................................................................ 36 Ministério da Defesa ......................................................................... 42 Ministério da Educação .................................................................... 43 Ministério da Fazenda....................................................................... 47 Ministério da Integração Nacional ................................................... 57 Ministério da Justiça ......................................................................... 58 Ministério da Previdência Social...................................................... 63 Ministério da Saúde .......................................................................... 66 Ministério das Cidades.................................................................... 111 Ministério das Comunicações ......................................................... 111 Ministério das Relações Exteriores ................................................ 118 Ministério de Minas e Energia ....................................................... 120 Ministério do Desenvolvimento Agrário........................................ 129 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ......... 129 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior . 130 Ministério do Esporte...................................................................... 130 Ministério do Meio Ambiente ........................................................ 131 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão........................ 131 Ministério do Trabalho e Emprego ................................................ 132 Ministério do Turismo .................................................................... 140 Ministério dos Transportes ............................................................. 140 Tribunal de Contas da União ......................................................... 142 Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais . 152 Presidência da República . DESPACHOS DA PRESIDENTA DA REPÚBLICA MENSAGEM N o - 84, de 1 o - de abril de 2015. Encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal de informações para instruir o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 332. CASA CIVIL INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DESPACHOS DO DIRETOR-PRESIDENTE Em 1 o - de abril de 2015 Entidade: AR M&K SOLUÇÕES CNPJ: 18.928.698/0001-75 Processo nº: 00100.000081/2015-12 Nos termos do parecer exarado pela Procuradoria Federal Especializada do ITI (fls. 25/28), RECEBO a solicitação de cre- denciamento da Autoridade de Registro AR M&K SOLUÇÕES, ope- racionalmente vinculada à AC VALID BRASIL, com fulcro no item 2.2.3.1.2 do DOC ICP 03, versão 4.7, de 06 de junho de 2014. Encaminhe-se o processo à Diretoria de Auditoria, Fiscalização e Normalização. Publique-se. Em 1° de abril de 2015. Entidade: Autoridade Certificadora MRE, vinculada à AC Raiz Processo nº: 00100.000235/2013-04 Acolhe-se o parecer CGAF/DAFN/ITI 02/2015, apresentado pela Diretoria de Auditoria, Fiscalização e Normalização que ma- nifesta a sua concordância com os termos do Relatório de Auditoria Pré-operacional da AC MRE 002/2015 e DEFIRO o pedido de cre- denciamento da AC MRE, subordinada à AC Raiz, da AR SERPRO e do PSS SERPRO para emissão do certificado do tipo A4, ob- servando o disposto no item 16 do referido Relatório que deverá ser regularizado em até 12 meses. Aprova a versão 1.0 da DPC e da PC A4 da AC MRE. Ficam atribuídos os OID conforme abaixo iden- tificados. OID Documentos 2.16.76.1.1.58 DPC da AC MRE 2.16.76.1.2.4.22 PC A4 da AC MRE RENATO DA SILVEIRA MARTINI SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA RESOLUÇÃO N o - 1, DE 27 MARÇO DE 2015 Dispõe sobre a composição das Comissões Permanentes do Conselho Nacional dos Di- reitos da Pessoa com Deficiência - CO- NADE. O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, no uso das atri- buições que lhe confere o inciso IV do art. 30 do Regimento Interno do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - CONADE, resolve: Art 1° As Comissões Permanentes no biênio 2015-2017 terão as seguintes composições: Comissão de Análise, Elaboração e Acompanhamento de Atos Normativos: Casa Civil da Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Ministério das Relações Exteriores; Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência - AMPID; Federação das Associações de Renais e Transplantados do Brasil - FARBRA; Federação Nacional das APAEs - FENAPAE; Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Comissão de Comunicação Social: Ministério das Cidades; Ministério das Comunicações; Ministério da Cultura; Ministério do Turismo; Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência dos Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade - APABB; Academia Brasileira de Neurologia Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo CNC. Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down. Comissão de Articulação de Conselhos: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Conselho Estadual para Assuntos dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo; Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiên- cia de Fortaleza/CE; Associação Brasileira de Ostomizados - ABRASO Central Única dos Trabalhadores - CUT; Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais; Organização Nacional de Cegos do Brasil - ONCB. Comissão de Políticas Públicas: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Previdência Social; Ministério da Saúde; Associação Brasileira de Autismo - ABRA; Federação Nacional das Associações Pestalozzi - FENAPES- TALOZZI; Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - FENEIS; Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos - ONEDEF. Comissão de Orçamento e Finanças Públicas: Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério do Esporte; Ministério dos Transportes; Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas - ABRC; Conselho Federal de Engenharia e Agronomia; Federação Brasileira de Associações Civis de Portadores de Esclerose Múltipla. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. FLÁVIO HENRIQUE DE SOUZA

Ano CLII N 63 Brasília - DF, quinta-feira, 2 de abril de 2015 · MENSAGEM No-84, de 1o-de abril de ... O N E D E F. Comissão de Orçamento e Finanças Públicas: Ministério da

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Ano CLII No- 63

Braslia - DF, quinta-feira, 2 de abril de 2015

ISSN 1677-7042

EXEMP

LAR DE

ASSIN

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DA IM

PRENS

A NAC

IONAL

Este documento pode ser verificado no endereo eletrnico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo cdigo 00012015040200001

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil.

Sumrio.

PGINAPresidncia da Repblica .................................................................... 1Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento .................... 32Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao ................................ 36Ministrio da Cultura ........................................................................ 36Ministrio da Defesa......................................................................... 42Ministrio da Educao .................................................................... 43Ministrio da Fazenda....................................................................... 47Ministrio da Integrao Nacional ................................................... 57Ministrio da Justia ......................................................................... 58Ministrio da Previdncia Social...................................................... 63Ministrio da Sade .......................................................................... 66Ministrio das Cidades.................................................................... 111Ministrio das Comunicaes......................................................... 111Ministrio das Relaes Exteriores ................................................ 118Ministrio de Minas e Energia....................................................... 120Ministrio do Desenvolvimento Agrrio........................................ 129Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome......... 129Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior . 130Ministrio do Esporte...................................................................... 130Ministrio do Meio Ambiente ........................................................ 131Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto........................ 131Ministrio do Trabalho e Emprego................................................ 132Ministrio do Turismo .................................................................... 140Ministrio dos Transportes ............................................................. 140Tribunal de Contas da Unio ......................................................... 142Entidades de Fiscalizao do Exerccio das Profisses Liberais . 152

Presidncia da Repblica.

DESPACHOS DA PRESIDENTA DA REPBLICA

MENSAGEM

No- 84, de 1o- de abril de 2015. Encaminhamento ao Supremo TribunalFederal de informaes para instruir o julgamento da Arguio deDescumprimento de Preceito Fundamental n 332.

CASA CIVILINSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA

DA INFORMAO

DESPACHOS DO DIRETOR-PRESIDENTEEm 1o- de abril de 2015

Entidade: AR M&K SOLUESCNPJ: 18.928.698/0001-75Processo n: 00100.000081/2015-12

Nos termos do parecer exarado pela Procuradoria FederalEspecializada do ITI (fls. 25/28), RECEBO a solicitao de cre-denciamento da Autoridade de Registro AR M&K SOLUES, ope-racionalmente vinculada AC VALID BRASIL, com fulcro no item

2.2.3.1.2 do DOC ICP 03, verso 4.7, de 06 de junho de 2014.Encaminhe-se o processo Diretoria de Auditoria, Fiscalizao eNormalizao. Publique-se. Em 1 de abril de 2015.

Entidade: Autoridade Certificadora MRE, vinculada AC RaizProcesso n: 00100.000235/2013-04

Acolhe-se o parecer CGAF/DAFN/ITI 02/2015, apresentadopela Diretoria de Auditoria, Fiscalizao e Normalizao que ma-nifesta a sua concordncia com os termos do Relatrio de AuditoriaPr-operacional da AC MRE 002/2015 e DEFIRO o pedido de cre-denciamento da AC MRE, subordinada AC Raiz, da AR SERPROe do PSS SERPRO para emisso do certificado do tipo A4, ob-servando o disposto no item 16 do referido Relatrio que dever serregularizado em at 12 meses. Aprova a verso 1.0 da DPC e da PCA4 da AC MRE. Ficam atribudos os OID conforme abaixo iden-tificados.

OID Documentos2.16.76.1.1.58 DPC da AC MRE2.16.76.1.2.4.22 PC A4 da AC MRE

RENATO DA SILVEIRA MARTINI

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOSSECRETARIA NACIONAL DE PROMOO

DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICINCIACONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS

DA PESSOA COM DEFICINCIA

RESOLUO No- 1, DE 27 MARO DE 2015

Dispe sobre a composio das ComissesPermanentes do Conselho Nacional dos Di-reitos da Pessoa com Deficincia - CO-NADE.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DOSDIREITOS DA PESSOA COM DEFICINCIA, no uso das atri-buies que lhe confere o inciso IV do art. 30 do Regimento Internodo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia -CONADE, resolve:

Art 1 As Comisses Permanentes no binio 2015-2017 teroas seguintes composies:

Comisso de Anlise, Elaborao e Acompanhamento deAtos Normativos:

Casa Civil da Presidncia da Repblica;Ministrio do Trabalho e Emprego;Ministrio da Justia;Ministrio das Relaes Exteriores;Associao Nacional dos Membros do Ministrio Pblico de

Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas comDeficincia - AMPID;Federao das Associaes de Renais e Transplantados do

Brasil - FARBRA;Federao Nacional das APAEs - FENAPAE;Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.

Comisso de Comunicao Social:

Ministrio das Cidades;Ministrio das Comunicaes;Ministrio da Cultura;Ministrio do Turismo;Associao de Pais, Amigos e Pessoas com Deficincia dos

Funcionrios do Banco do Brasil e daComunidade - APABB;Academia Brasileira de NeurologiaConfederao Nacional do Comrcio de Bens, Servios e

Turismo CNC.Federao Brasileira das Associaes de Sndrome de Down.

Comisso de Articulao de Conselhos:

Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica;Secretaria de Polticas para as Mulheres da Presidncia da

Repblica;Conselho Estadual para Assuntos dos Direitos da Pessoa com

Deficincia de So Paulo;Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficin-

cia de Fortaleza/CE;Associao Brasileira de Ostomizados - ABRASOCentral nica dos Trabalhadores - CUT;Confederao Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais;Organizao Nacional de Cegos do Brasil - ONCB.

Comisso de Polticas Pblicas:

Ministrio da Educao;Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome;Ministrio da Previdncia Social;Ministrio da Sade;Associao Brasileira de Autismo - ABRA;Federao Nacional das Associaes Pestalozzi - FENAPES-

TA L O Z Z I ;Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos - FENEIS;Organizao Nacional de Entidades de Deficientes Fsicos -

O N E D E F.

Comisso de Oramento e Finanas Pblicas:

Ministrio da Cincia e Tecnologia;Ministrio do Esporte;Ministrio dos Transportes;Associao Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas - ABRC;Conselho Federal de Engenharia e Agronomia;Federao Brasileira de Associaes Civis de Portadores de

Esclerose Mltipla.

Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

FLVIO HENRIQUE DE SOUZA

N 63, quinta-feira, 2 de abril de 20152 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereo eletrnico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo cdigo 00012015040200002

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COMERCIALIZAO PROIBIDA POR TERCEIROS

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SECRETARIA DE PORTOSAGNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES

A Q U AV I R I O S

RESOLUO No- 4.036, DE 30 DE MARO DE 2015

O DIRETOR-GERAL DA AGNCIA NACIONAL DETRANSPORTES AQUAVIRIOS-ANTAQ, no uso da competnciaque lhe conferida pelo inciso IV, do art. 20, do Regimento Interno, vista dos elementos constantes do processo no 50312.000528/2013-66, considerando o que foi deliberado pela Diretoria Colegiada emsua 380a Reunio Ordinria, realizada 13 de maro de 2015, re-solve:

Art. 1 Aplicar a penalidade de multa pecuniria empresaArcelormittal Tubaro Comercial S.A., CNPJ n 27.251.974/0001-02,no valor de R$ 79.840,24 (setenta e nove mil, oitocentos e quarentareais e vinte e quatro centavos), na forma do art. 78-A, inciso II, daLei n 10.233, de 5 de junho de 2001, pela prtica da infraocapitulada no inciso XXIV do art. 18 da norma aprovada pela Re-soluo n 1.660-ANTAQ, poca em vigor, consubstanciada no fatode deixar de apresentar o alvar de procedncia do Corpo de Bom-beiros atestando a regularidade da instalao porturia, denominada"Terminal de Uso Misto de Praia Mole - TPS".

Art. 2 Fixar o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contarda publicao desta Resoluo, para a apresentao do alvar doCorpo de Bombeiros, do terminal em questo, caso ainda no tenhasido fornecido pelas empresas autorizadas.

Art. 3 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua pu-blicao no Dirio Oficial da Unio.

MRIO POVIA

RESOLUO No- 4.037, DE 30 DE MARO DE 2015

O DIRETOR-GERAL DA AGNCIA NACIONAL DETRANSPORTES AQUAVIRIOS - ANTAQ, no uso da compe-tncia que lhe conferida pelo art. 20, inciso IV, do Regimento In-terno, considerando o que consta do processo n 50300.000359/2015-65 e tendo em vista o que foi deliberado na 381 Reunio Ordinria daDiretoria, realizada em 19 de maro de 2015, resolve:

Art. 1 Reconhecer a possibilidade de aprovar a realizaodos investimentos propostos pelo Terminal Qumico de Aratu S.A. -TEQUIMAR, CNPJ n 14.688.220/0001-64, com a finalidade deconstruir uma nova linha de dutos de 14" (catorze polegadas), ligandoo terminal TEMMAR ao Bero 106, no Porto de Itaqui.

Art. 2 No reconhecer a existncia de desequilbrio contratual faceaos investimentos em comento, uma vez que eventual desequilbrio s po-der ser reconhecido quando da avaliao da totalidade da equao econ-mico-financeira contratual e desde que a Secretaria de Portos da Presidnciada Republica - SEP/PR, no uso da competncia estabelecida no art. 2, incisoV do Decreto n 8.033/2013, referende possibilidade nesse sentido.

Art. 3 Registrar, nos termos da instruo processual cons-tante do processo n 50300.000359/2015-65, que:

a) o Terminal Qumico de Aratu S.A. - TEQUIMAR, CNPJn 14.688.220/0001-64, e o Terminal Martimo do Maranho S.A. -TEMMAR, CNPJ n 04.466.626/0001-49, esto adimplentes com aANTAQ e com a autoridade porturia do Porto do ITAQUI;

b) a linha de 14" (catorze polegadas) no integrava o escopodos investimentos iniciais obrigatrios constantes dos contratos dearrendamento celebrados, nos termos da manifestao expressa da-quela autoridade porturia;

c) a referida tubulao est includa no escopo do Estudo deViabilidade Tcnica, Econmica e Ambiental - EVTEA e do Plano deInvestimentos j apresentados pela empresa em momento anterior.

Art. 4 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua pu-blicao no Dirio Oficial da Unio.

MRIO POVIA

COMPANHIA DOCAS DO PAR

RESOLUO No- 6, DE 17 DE MARO DE 2015

A DIRETORIA EXECUTIVA DA COMPANHIA DO-CAS DO PAR (CDP), no uso de suas atribuies legais; e es-tatutrias, considerando a necessidade de fomentar a movimentaode carga (fertilizantes) no Porto de Santarm, objetivando provercondies atrativas quele Porto, especialmente no que tange ao mer-cado de granis agrcolas; Considerando os termos da Nota Tcnicada GERFIC nos autos do Processo CDP n 3997/2014, de17/12/2014; CONSIDERANDO que a ANTAQ atravs do Ofcio n11/2015 -SRG, de 17 de maro de 2015, em resposta Carta DIRPREn 76/2015, de 29/01/2015 (Processo CDP n 1033/2015, de24/03/2015), no se ops a alterao proposta por esta CDP; CON-SIDERANDO deciso da Diretoria da CDP em reunio realizadanesta data, resolve:

I - Armazenagem.

I.1. Na tabela

2.8 - No caso de granel mineral, exclusivamente para o Portode Santarm, os primeiro e segundo perodos sero 30 dias, mantidos,entretanto, a atual regra e os respectivos valores.

I.2.Nas observaes

e) Aplicar para os Portos de Santarm e Outeiro reduo de50% no valor do subitem "a" do item "1" desta tabela, bem como orespectivo perodo de armazenagem ser de 20 dias ou frao, mantidos,entretanto, a atual regra, o perodo e o valor referente ao subitem "b".

II - As novas regras devem ser inseridas na tabela tarifria vigente.

III - Estudar a aplicabilidade desta Resoluo para os Portosde Belm, Miramar e Vila do Conde.

IV - Revogar a resoluo Direx n 23/2014 e n 33/2014.

V - Determinar que a presente Resoluo seja publicada noDirio Oficial da Unio.

VI - Esta Resoluo entra em vigor a partir da data de sua assinatura.

JORGE ERNESTO SANCHEZ RUIZDiretor-Presidente

MARIA DO SOCORRO PIRAMIDES SOARESDiretora de Gesto Porturia

OLIVIO ANTONIO PALHETA GOMESDiretor Administrativo Financeiro

SECRETARIA DE AVIAO CIVILAGNCIA NACIONAL DE AVIAO CIVIL

DECISO No- 31, DE 1o- DE ABRIL DE 2015

Renova a autorizao operacional de so-ciedade empresria de servio areo pbli-co especializado.

O DIRETOR-PRESIDENTE DA AGNCIA NACIONALDE AVIAO CIVIL - ANAC, no exerccio da prerrogativa de quetrata o art. 6 do Regimento Interno aprovado pela Resoluo n 110,de 15 de setembro de 2009, tendo em vista o disposto no art. 11,inciso III, da Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005, na Lei n7.565, de 19 de dezembro de 1986, e na Portaria n 190/GC-5, de 20de maro de 2001, e considerando o que consta do processo n00058.112779/2014-53, decide, ad referendum da Diretoria:

Art. 1 Renovar, por 5 (cinco) anos, a autorizao opera-cional para explorao de servio areo pblico especializado naatividade aerolevantamento outorgada sociedade empresria AE-ROSAT ENGENHARIA E AEROLEVANTAMENTOS LTDA. - EPP,CNPJ n 82.238.718/0001-85, com sede social em Curitiba (PR).

Art. 2 A explorao do servio autorizado somente poderser realizada por aeronave devidamente homologada.

Art. 3 Esta Deciso entra em vigor na data de sua publicao.

Art. 4 Fica revogada a Deciso n 53, de 1 de abril de2010, publicada no Dirio Oficial da Unio de 5 de abril de 2010,Seo 1, pgina 42.

MARCELO PACHECO DOS GUARANYS

DECISO No- 32, DE 1o- DE ABRIL DE 2015

Estabelece a metodologia de clculo do Fa-tor Q a ser aplicado nos reajustes tarifriosaplicveis ao Contrato de Concesso doAeroporto Internacional de So Gonalo doAmarante - RN (ASGA).

O DIRETOR-PRESIDENTE DA AGNCIA NACIONALDE AVIAO CIVIL - ANAC, no exerccio da prerrogativa de quetrata o art. 6 do Regimento Interno aprovado pela Resoluo n 110,de 15 de setembro de 2009, com as alteraes posteriores, tendo emvista o disposto nos arts. 8, inciso XXV, da Lei n 11.182, de 27 desetembro de 2005, 4, inciso XXVI, e 11, inciso III, do Anexo I aoDecreto n 5.731, de 20 de maro de 2006, tendo em vista o dispostono art. 29, VI da Lei 8.987 de 13 de fevereiro de 1995,

Considerando o estabelecido na Seo II - Da Reviso dosParmetros de Concesso do Captulo VI - Do Equilbrio EconmicoFinanceiro do Contrato de Concesso do Aeroporto Internacional deSo Gonalo do Amarante - RN (ASGA), e

Considerando o que consta do processo n 00058.093611/2014-31,decide, ad referendum da Diretoria:

Estabelecer, nos termos dos Anexos desta Deciso, a me-todologia de clculo do fator Q a ser utilizada nos reajustes tarifriosaplicveis ao Contrato de Concesso do Aeroporto Internacional deSo Gonalo do Amarante - RN (ASGA), concedido por meio doLeilo n 01/2011.

Esta Deciso entra em vigor na data de sua publicao.

O inteiro teor desta Deciso encontra-se publicado no Bo-letim de Pessoal e Servio - BPS desta Agncia (endereo eletrnicowww.anac.gov.br/transparencia/bps.asp) e igualmente disponvel emsua pgina "Legislao" (endereo eletrnico www.anac.gov.br/legis-lacao), na rede mundial de computadores.

MARCELO PACHECO DOS GUARANYS

N 63, quinta-feira, 2 de abril de 2015 3ISSN 1677-7042

EXEMP

LAR DE

ASSIN

ANTE

DA IM

PRENS

A NAC

IONAL

Este documento pode ser verificado no endereo eletrnico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo cdigo 00012015040200003

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil.

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SUPERINTENDNCIA DE PADRES OPERACIONAISGERNCIA DE OPERAES DA AVIAO GERAL

PORTARIA No- 811, DE 1o- DE ABRIL DE 2015

O GERENTE DE OPERAES DA AVIAO GERAL,no uso da atribuio que lhe confere a Portaria n 925, de 10 de maiode 2012, tendo em vista o disposto no Regulamento Brasileiro daAviao Civil n 137 (RBAC n 137) e na Lei n 7.565, de 19 dedezembro de 1986, que dispe sobre o Cdigo Brasileiro de Ae-ronutica, resolve:

Art. 1 Ratificar a emisso do Certificado de Operador Areo(COA) n 2015-03-4IJW-03-00, concedido em 30 de maro de 2015, emfavor de EJ AERO AGRCOLA LTDA., determinada nos termos da de-ciso proferida no processo n. 00066.001694/2015-22, e enviado in-teressada em 30 de maro de 2015 por meio do Ofcio n. 176/2015/GT-PO-SP/GOAG/SPO, com base nas seguintes caractersticas:

I - Endereo: Rua Paran, 400 - Distrito Industrial III - Itpolis / SP;

II - Tipo de Operador: Aeroagrcola;

III - Tipo de Operao: Operaes Aeroagrcolas comerciais;

IV - Regulamentao: RBAC n 137.

Art. 2 Independente do exposto na presente Portaria, asoperaes somente podero iniciar-se e manter-se enquanto os se-guintes documentos estiverem vlidos:

I - Autorizao para Operar SAE, outorgada pela DiretoriaColegiada dessa Agncia publicada no DOU; e

II - Registro de estabelecimento no Ministrio da Agricul-tura, Pecuria e Abastecimento - MAPA.

Art. 3 Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicao.

MARCUS VINICIUS FERNANDES RAMOS

GERNCIA-GERAL DE OPERAESDE TRANSPORTE AREO

GERNCIA TCNICA DE ARTIGOS PERIGOSOS

PORTARIA No- 815, DE 1o- DE ABRIL DE 2015

O GERENTE TCNICO DE ARTIGOS PERIGOSOS, nouso da atribuio que lhe confere o art. 1, inciso IV, da Portaria n3429/SPO, de 27 de dezembro de 2013, tendo em vista o disposto na

Seo 175.29 do Regulamento Brasileiro da Aviao Civil n 175 (RBACn 175) e na Instruo Suplementar n 175-002 (IS n 175-002), e con-siderando o que consta do processo n 00065.151393/2014-78, resolve:

Art. 1 Autorizar, por 5 (cinco) anos, o funcionamento, comoentidade de ensino de Transporte Areo de Artigos Perigosos, daConcepta DG Compliance Ltda., CNPJ n 02.022.273/0001-62, si-tuada na Rua Teresina, 185/187, Mooca, So Paulo-SP, CEP: 03185-010.

Pargrafo nico. As categorias (chaves) homologadas e osinstrutores credenciados para ministrar os cursos de Transporte A-reo de Artigos Perigosos em nome da entidade esto especificadosno respectivo Certificado de Autorizao.

Art. 2 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

BRUNO ATHAYDE CARRARA

SUPERINTENDNCIA DE REGULAOECONMICA E ACOMPANHAMENTO

DE MERCADO

PORTARIAS DE 1o- DE ABRIL DE 2015

O SUPERINTENDENTE DE REGULAO ECON-MICA E ACOMPANHAMENTO DE MERCADO, no uso da atri-buio que lhe confere o art. 39, inciso XXXVII, do RegimentoInterno aprovado pela Resoluo n 110, de 15 de setembro de 2009,com suas alteraes posteriores, tendo em vista o disposto na Portarian 190/GC-5, de 20 de maro de 2001, resolve:

No- 807 - Autorizar, por 12 (doze) meses, o funcionamento jurdico dasociedade empresria ULTRA PILOTS TXI AREO LTDA, novadenominao social da empresa PROPAGAER PUBLICIDADES LT-DA., CNPJ n 33.090.705/0001-04, com sede social no Rio de Janeiro(RJ), como empresa de transporte areo pblico no regular na mo-dalidade txi areo e de servio areo pblico especializado na ati-vidade aeropublicidade. Processo n 00058.085956/2013-31.

No- 808 - Autorizar, por 12 (doze) meses, o funcionamento jurdico dasociedade empresria SARACURA AVIAO AGRCOLA LTDA.,com sede social em Andira (PR), como empresa de servio areopblico especializado na atividade aeroagrcola. Processo n0 0 0 5 8 . 11 8 1 2 0 / 2 0 1 4 - 1 9 .

CONSELHO DE GOVERNOCMARA DE COMRCIO EXTERIOR

RESOLUO No 15, DE 31 DE MARO DE 2015(*)

Aplica direito antidumping definitivo, porum prazo de at 5 (cinco) anos, s im-portaes brasileiras de cido adpico, ori-ginrias da Alemanha, dos EUA, da Fran-a, da Itlia e da China.

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE MINISTRO DACMARA DE COMRCIO EXTERIOR, no uso da atribuio quelhe confere o 3o do art. 5o do Decreto no 4.732, de 10 de junho de2003, e com fundamento no art. 6o da Lei no 9.019, de 30 de marode 1995, no inciso XV do art. 2o do Decreto no 4.732 de 2003, e noinciso I do art. 2o do Decreto no 8.058, de 26 de julho de 2013,

Considerando o que consta dos autos do Processo MDIC/SE-CEX no 52272.003677/2013-26, resolve, ad referendum do Conselho:

Art. 1o Encerrar a investigao com aplicao de direitoantidumping definitivo, por um prazo de at 5 (cinco) anos, s im-portaes brasileiras de cido adpico, comumente classificado noitem 2917.12.10 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM,

SUPERINTENDNCIA DE AERONAVEGABILIDADE

PORTARIA No- 812, DE 1o- DE ABRIL DE 2015

O SUPERINTENDENTE DE AERONAVEGABILIDADE, no uso da atribuio que lhe confere o art. 53, inciso II, do Regimento Interno aprovado pela Resoluo n 110, de 15 de setembro de 2009,resolve:

Art 1 Tornar pblica a emisso dos Certificados Suplementares de Tipo (CST) abaixo relacionados, emitidos nas datas respectivamente indicadas:

N CST Detentordo CST

Descrio Aplicabilidade -Aereonaves

Data

2015S03-12 Aero Seat and Systems, Inc. - USA SR09011RC (Manufacture of an emergency exit window inpassenger door)

Sikorsky modelos S-76A e S-76C. 24.03.2015

2015S03-13 Dassault Aircraft Services - USA ST02973NY (Installation of ADS-B Out system) Dassault modelos Mystere-Falcon 900 e900EX.

24.03.2015

2015S03-14 Gulfstream Aerospace Corporation- USA

ST336CH (Installation of AlliedSignal Avionics Bendix/KingCAS-67A TCAS II)

Gulfstream modelo G-1159A. 24.03.2015

2015S03-15 Gulfstream Aerospace Corporation- USA

ST02225AT-D (Installation of a Universal Avionics SystemsCorp. Terrain Awareness and Warning System)

Gulfstream modelo G-1159A. 24.03.2015

2015S03-16 Gulfstream Aerospace Corporation- USA

ST02414AT-D (Installation of Universal Avionics MFD-640Multi-Function Display)

Gulfstream modelo G-1159A. 24.03.2015

Art. 2 O inteiro teor das aprovaes encontra-se disponvel no stio da ANAC na rede mundial de computadores - endereo www.anac.gov.br/certificacao/PST/index_pst.asp.

Art. 3 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

DINO ISHIKURA

PORTARIA No- 813, DE 1o- DE ABRIL DE 2015

O SUPERINTENDENTE DE AERONAVEGABILIDADE, no uso da atribuio que lhe confere o art. 53, inciso II, do Regimento Interno aprovado pela Resoluo n 110, de 15 de setembro de 2009,resolve:

Art 1 Tornar pblica a emisso do Certificado de Tipo (CT) abaixo relacionado, emitido na data respectivamente indicada:

N CT Detentor do CT Descrio Aplicabilidade Data2015T03 PACIFIC AEROSPACE LTD Emisso de Certificado de Tipo de Aeronave EA-2015T03 - Modelo 750XL 25.03.2015

Art. 2. O inteiro teor do Certificado citado acima encontra-se disponvel no stio da ANAC na rede mundial de computadores, endereo http://www2.anac . g o v. b r / c e r t i f i c a c a o / P r o d u t o s / E s p e c i f i c a c a o . a s p .

Art. 3 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

DINO ISHIKURA

No- 809 - Autorizar, por 12 (doze) meses, o funcionamento jurdico dasociedade empresria TRANSPRESER SERVIO AREO ESPECIA-LIZADO LTDA., nova denominao social da empresa TRANSPRE-SER LTDA., CNPJ n 09.721.159/0001-70, com sede social em Ma-chado (MG), como empresa de servio areo pblico especializado nasatividades de aeropublicidade, aeroreportagem, aeroinspeo, aerofo-tografia e aerocinematografia. Processo n 00058.100653/2014-36.

No- 810 - Autorizar, por 12 (doze) meses, o funcionamento jurdico dasociedade empresria DEFENSA AVIAO AGRCOLA LTDA.,CNPJ n 19.011.864/0001-37, com sede social em So Luiz Gonzaga(RS), como empresa de servio areo pblico especializado na ati-vidade aeroagrcola. Processo n 00058.063952/2013-00.

Estas Portarias entram em vigor na data da publicao.

O inteiro teor das Portarias acima encontra-se disponvel nostio da ANAC na rede mundial de computadores - endereow w w. a n a c . g o v. b r / l e g i s l a c a o .

RICARDO BISINOTTO CATANANT

N 63, quinta-feira, 2 de abril de 20154 ISSN 1677-7042

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COMERCIALIZAO PROIBIDA POR TERCEIROS

1

originrias da Alemanha, dos EUA, da Frana, da Itlia e da China, a ser recolhido sob a forma dealquotas especficas, fixadas em dlares estadunidenses por tonelada, nos montantes a seguir es-pecificados:

Pas de Origem P ro d u t o r / E x p o r t a d o r

D i re i t oAntidumping

Definitivo(US$/t)

Alemanha LANXESS Deutschland GmbH, BASF SE, Radici ChimicaDeutschland GmbH e demais

375,88

EUA Invista S..r.l. 405,92Ascend Performance Materials LLC 405,92Demais 405,92

Frana Rhodia Operations S.A.S. e demais 184,63Itlia Radici Chimica S.P.A., Gamma Chimica S.P.A. e demais 287,24China Shandong Haili Chemical Industry Co., Ltd., Shandong Tian-

xiu Chemical Trading Co., Ltd., Shandong Hualu HengshengChemical Co., Ltd. e demais

321,05

Art. 2o O disposto no art. 1o no se aplica aos steres de cido adpico.

Art. 3o Tornar pblicos os fatos que justificaram a deciso, conforme consta do Anexo.

Art. 4o Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

IVAN RAMALHOMinistro de Estado do Desenvolvimento, Indstria

e Comrcio Exterior, Interino

ANEXO

1 - DA INVESTIGAO

1.1 - Da petio

Em 31 de outubro de 2013, a empresa Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda., doravante de-nominada peticionria ou, simplesmente, Rhodia, protocolou petio de incio de investigao de dumping nasexportaes para o Brasil de cido adpico, usualmente classificado no item 2917.12.10 da NomenclaturaComum do Mercosul - NCM/SH, originrias da Alemanha, dos Estados Unidos da Amrica (EUA), da Frana,da Itlia e da Repblica Popular da China (China), e de dano indstria domstica decorrente de tal prtica.

Em 12 de novembro de 2013, solicitou-se peticionria, com base no 2o do art. 41 do Decretono 8.058, de 26 de julho de 2013, doravante tambm denominado Regulamento Brasileiro, informaescomplementares quelas fornecidas na petio. A peticionria apresentou tais informaes, tempes-tivamente, em 29 de novembro de 2013.

1.2 - Das notificaes aos governos dos pases exportadores

Em 12 de dezembro de 2013, em atendimento ao que determina o art. 47 do RegulamentoBrasileiro, os governos da Alemanha, dos EUA, da Frana, da Itlia e da China e a representao daUnio Europeia, no Brasil, foram notificados da existncia de petio devidamente instruda, com vistasao incio de investigao de dumping de que trata o processo em questo.

1.3 - Do incio da investigao

Considerando o que constava do Parecer DECOM no 56, de 13 de dezembro de 2013, tendo sidoverificada a existncia de indcios suficientes de prtica de dumping nas exportaes de cido adpico daAlemanha, dos EUA, da Frana, da Itlia e da China para o Brasil, e de dano indstria domsticadecorrente de tal prtica, foi recomendado o incio da investigao.

Dessa forma, com base no parecer supramencionado, a investigao foi iniciada por meio daCircular SECEX no 75, de 13 de dezembro de 2013, publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U) de16 de dezembro de 2013.

1.4 - Das notificaes de incio de investigao e da solicitao de informaes s partes

Em atendimento ao que dispe o art. 45 do Decreto no 8.058, de 2013, foram notificados doincio da investigao a peticionria, os produtores/exportadores estrangeiros e os importadores bra-sileiros do produto objeto da investigao - identificados por meio dos dados oficiais de importaofornecidos pela RFB - e os Governos da Alemanha, dos EUA, da Frana, da Itlia e da China e arepresentao da Unio Europeia no Brasil, tendo sido encaminhada cpia da Circular SECEX no 75, de13 de dezembro de 2013.

Considerando o 4o do mencionado art., foi encaminhada cpia do texto completo no con-fidencial da petio que deu origem investigao aos produtores/exportadores e aos governos dospases exportadores.

Tendo em vista o previsto no art. 15 do Regulamento Brasileiro, as partes interessadas tambmforam notificadas de que os Estados Unidos da Amrica seriam utilizados como terceiro pas deeconomia de mercado para a apurao do valor normal da Repblica Popular da China, tendo em vistaque, para fins de procedimentos de defesa comercial, esta no considerada uma economia de mercado.Conforme o 3o do mesmo art., dentro do prazo improrrogvel de 70 (setenta) dias contado da data deincio da investigao, o produtor, o exportador ou o peticionrio poderiam se manifestar a respeito daescolha do terceiro pas e, caso com esta no concordassem, poderiam sugerir terceiro pas alternativo.Ressalte-se que no houve manifestao alguma a respeito de tal escolha.

Conforme disposto no art. 50 do Decreto no 8.058, de 2013, os respectivos questionrios foramenviados aos produtores/exportadores conhecidos e aos importadores conhecidos, com prazo de res-tituio de trinta dias, contado da data de cincia.

Ressalte-se que, no caso da Alemanha, dos EUA e da China, em virtude do expressivo nmerode produtores/exportadores identificados, de tal sorte que se tornaria impraticvel eventual determinaode margem individual de dumping, consoante previso contida no art. 28 do Decreto no 8.058, de 2013,e no art. 6.10 do Acordo Antidumping , selecionaram-se os exportadores responsveis pelo maiorpercentual razoavelmente investigvel do volume de exportaes do produto submetido investigaodessas origens para o Brasil. Concedeu-se, ainda, prazo de 20 dias, contado a partir da expedio danotificao de incio da investigao, para as partes interessadas se manifestarem sobre a mencionadaseleo. A seleo definida no foi objeto de contestao.

Identificaram-se, nessa seleo, os trs maiores produtores/exportadores alemes, responsveispelos maiores volumes exportados da Alemanha ao Brasil no perodo de investigao de dumping, quaissejam, Lanxess Deutschland GmbH, doravante denominada Lanxess, a qual representou [CONFIDEN-CIAL]%, BASF SE e Radici Chimica Deutschland GmbH, doravante denominada Radici (Alemanha),responsveis por [CONFIDENCIAL]%, cada. Essas trs empresas, s quais se enviaram questionrios,foram responsveis pela quase totalidade das exportaes de cido adpico da Alemanha para o Brasil noperodo de investigao de dumping.

Procedeu-se de maneira similar no que tange aos EUA, identificando-se, na seleo, os trsmaiores produtores/exportadores estadunidenses de cido adpico para o Brasil no perodo de inves-tigao de dumping , quais sejam, Ascend Performance Materials LLC, doravante denominada Ascend,a qual representou [CONFIDENCIAL]%, Invista S..r.l, doravante denominada Invista, a qual respondepor [CONFIDENCIAL]%, e Hercules Incorporated, Hercules Plaza, doravante denominada Hercules(EUA), responsvel por [CONFIDENCIAL]%. Tais empresas, s quais foram enviados questionrios,responderam por quase 100% do volume exportado dos EUA para o Brasil no perodo de investigaode dumping.

Conforme ser detalhado no item 1.5.3, cumpre mencionar que a Hercules (EUA) foi excludado rol de produtores/exportadores, uma vez ter comprovado no ser produtora do produto objeto dainvestigao.

No que concerne China, por fim, tambm se identificaram, na seleo, os trs maioresprodutores/exportadores chineses, responsveis pelos maiores volumes exportados da China ao Brasil noperodo de investigao de dumping, quais sejam, Shandong Haili Chemical Industry Co., Ltd., do-ravante denominada Shandong Haili, a qual representou [CONFIDENCIAL]%, Shandong Tianxiu Che-mical Trading Co., Ltd., doravante denominada Shandong Tianxiu, responsvel por [CONFIDEN-CIAL]%, e Shandong Hualu Hengsheng Chemical Co., Ltd., doravante denominada Shandong Hualu, aqual respondeu por [CONFIDENCIAL]%. Dessa forma, as trs empresas, s quais foram enviadosquestionrios, responderam por 97,8% do volume de cido adpico exportado pela China ao Brasil noperodo de investigao de dumping.

No caso da Frana e da Itlia, foram enviados questionrios para todas as empresas iden-tificadas: Nyco S.A. e Rhodia Operations S.A.S., doravante denominada Rhodia (Frana), no caso daFrana; e Radici Chimica S.P.A. e Gamma Chimica S.P.A., no caso da Itlia.

Com relao aos importadores, foram enviados questionrios a todos aqueles identificados combase nos dados detalhados das importaes brasileiras, fornecidos pela Secretaria da Receita Federal doBrasil - RFB.

1.5 - Do recebimento das informaes solicitadas

1.5.1 - Do produtor nacional

A Rhodia apresentou informaes na petio de incio da investigao, as quais foram com-plementadas quando da resposta solicitao de esclarecimentos adicionais ao pleito inicial.

1.5.2 - Dos importadores

As empresas importadoras TQA Indstria e Comrcio Ltda., Reichhold do Brasil Ltda., RudnikComrcio de Produtos Qumicos Ltda. e COIM Brasil Ltda. responderam ao questionrio dentro doprazo inicialmente estipulado, at 29 de janeiro de 2014, tendo protocolado a resposta em, respec-tivamente, 16, 24, 27 e 28 de janeiro de 2014. No entanto, as empresas TQA Indstria e Comrcio Ltda.e Rudnik Comrcio de Produtos Qumicos Ltda. no regularizaram a habilitao de seus representantesrespectivos at 17 de maro de 2014, equivalente ao 91o dia da investigao, conforme determinao do 1o do art. 7o da Portaria SECEX no 2, de 22 de janeiro de 2014, vigente poca. Assim, as respectivasrespostas no foram consideradas nas determinaes.

As empresas a seguir solicitaram a prorrogao do prazo para restituio do questionrio doimportador, tempestivamente e acompanhada de justificativa, segundo o disposto no 1o do art. 50 doDecreto no 8.058, de 2013: Ashland Hercules Produtos Qumicos Ltda., doravante denominada Ashland,Axalta Coating Systems Brasil Ltda., Brazilian Color Indstria de Tintas e Vernizes Ltda., DellyKosmetic Comrcio e Indstria Ltda., Denver Gel Indstria e Comrcio de Produtos Qumicos Ltda.,DuPont do Brasil S.A., Elekeiroz S.A., Epcos do Brasil Ltda., ICL Brasil Ltda., L'ab Analtica eAmbiental Ltda., Plexbond Qumica S.A. e Univar Brasil Ltda.

Protocolaram intempestivamente as respostas ao questionrio do importador as empresas Bra-zilian Color Indstria de Tintas e Vernizes Ltda. e L'ab Analtica e Ambiental Ltda., ambas em 14 defevereiro de 2014, e Epcos do Brasil Ltda., cujo protocolo ocorreu em 25 de fevereiro de 2014. ADuPont do Brasil S.A. e a Plexbond Qumica S.A., por sua vez, no enviaram respostas. As demaisempresas mencionadas responderam dentro do prazo de prorrogao concedido, qual seja, at 13 defevereiro de 2014, e, no caso da Elekeiroz S.A., at 28 de fevereiro de 2014.

No que concerne DuPont do Brasil S.A., cumpre mencionar que, por equvoco, no constouda Circular SECEX no 18, de 14 de abril de 2014, a razo pela qual a empresa no enviou resposta aoquestionrio do importador, motivo esse constante de correspondncia protocolada em 6 de fevereiro de2014. Em 7 de maio de 2014, esclareceu-se que a oportuna retificao seria efetuada e que seriamconsiderados na determinao final da investigao, conforme prescreve o art. 61 do Decreto no 8.058,de 2013.

De fato, em 6 de fevereiro de 2014, a DuPont do Brasil S.A. juntou aos autos do processo ainformao de que, no perodo da investigao, sua unidade de negcios responsvel pela importao decido adpico era a plataforma de tintas automotivas. Informou que a empresa, por meio de ciso parcial,havia transferido, em 2012, a unidade de negcio em meno para a DPC Brasil - Performance CoatingsIndstria e Comrcio de Tintas Automotivas e Industriais Ltda., atualmente denominada Axalta CoatingSystems Brasil Ltda. A esse respeito, a DuPont anexou documentao comprobatria dessa ciso. Combase nisso, a DuPont alegou que os documentos, bem como dados e informaes, pertinentes im-portao de cido adpico no perodo de julho de 2008 a junho de 2013, teriam sido transferidos para aAxalta Coating Systems Brasil Ltda., de modo que a DuPont no teria retido cpias dessa documentao.Por fim, a DuPont esclareceu no dispor das informaes requeridas no contexto do questionrio doimportador para respond-lo. Solicitou, na ocasio, que o questionrio fosse remetido Axalta para queessa empresa, de posse dos documentos pertinentes, respondesse adequadamente aos questionamentos.Isso, a propsito, j havia sido feito quando da abertura da investigao.

As importadoras Multichemie Indstria e Comrcio de Produtos Qumicos Ltda. e OregonLabware Indstria Importao e Exportao de Produtos para Laboratrios Ltda., as quais no so-licitaram extenso do prazo de resposta ao questionrio, apresentaram as informaes em, respec-tivamente, 31 de janeiro de 2014 e 18 de fevereiro de 2014, ou seja, fora do prazo estabelecido.

N 63, quinta-feira, 2 de abril de 2015 5ISSN 1677-7042

EXEMP

LAR DE

ASSIN

ANTE

DA IM

PRENS

A NAC

IONAL

Este documento pode ser verificado no endereo eletrnico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo cdigo 00012015040200005

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil.

1

Atente-se que as empresas cujas respostas ao questionriotenham sido intempestivas foram oportunamente notificadas de que asinformaes apresentadas no seriam anexadas aos autos do processo,e que no seriam, portanto, consideradas para fins das determina-es.

Os demais importadores no solicitaram extenso do prazo,nem apresentaram resposta ao questionrio do importador.

Saliente-se, ainda, que as respostas das empresas Axalta Coa-ting Systems Brasil Ltda. e Denver Gel Indstria e Comrcio deProdutos Qumicos Ltda. foram apresentadas sem a devida habilitaodos representantes por elas indicados. Em 20 de fevereiro de 2014,notificaram-se essas empresas do prazo para regularizao da ha-bilitao de seus representantes, at 17 de maro de 2014, equivalenteao 91o dia da investigao, conforme determinao o 1o do art. 7o daPortaria SECEX no 2, de 22 de janeiro de 2014. As empresas emmeno regularizaram tempestivamente a habilitao de seus res-pectivos representantes legais, de maneira que as respectivas res-postas foram consideradas nas determinaes.

No que tange COIM Brasil Ltda., menciona-se que o con-tedo do arquivo apresentado concernente s importaes de cidoadpico no perodo da investigao foi objeto de pedido de infor-mao complementar. No entanto, essas informaes foram proto-coladas sob a inscrio de confidenciais, sem respectiva verso res-trita. Com isso, por estarem em desacordo com as solicitaes, noforam juntadas aos autos do processo e os dados em meno noforam considerados para fins de determinao final.

Relativamente resposta ao questionrio do importador pro-tocolada pela Axalta Coating Systems Brasil Ltda., encaminhou-se empresa pedido de informao complementar. O prazo para apre-sentao desses esclarecimentos adicionais, no entanto, findou em 12de maio de 2014, ao passo que a resposta somente foi protocolada aos29 de maio de 2014. Assim, notificou-se a empresa de que as in-formaes intempestivas no seriam juntadas aos autos do processonem consideradas para efeitos de determinao final.

1.5.3 - Dos produtores/exportadores

As empresas estadunidenses selecionadas - Ascend Perfor-mance Materials LLC, Invista, e Hercules Incorporated, HerculesPlaza - solicitaram tempestivamente a prorrogao do prazo pararesponder ao questionrio, fornecendo as respectivas justificativas.Porm, apenas a Invista apresentou resposta, em 13 de fevereiro de2014, dentro do prazo estendido, coincidente com esta data.

Ressalta-se que a empresa Ashland, Inc. manifestou-se, pormeio de correspondncia eletrnica de 28 de janeiro de 2014, emnome de sua subsidiria estadunidense Hercules Incorporated, Her-cules Plaza, no sentido de que esta no produzia o produto objeto dainvestigao, tendo apenas exportado para o Brasil, no perodo dainvestigao, cido adpico adquirido no mercado estadunidense pro-duzido [CONFIDENCIAL]. Solicitou, assim: "Tendo em vista que (i)a Hercules no produz cido adpico, (ii) que a empresa no possuiinformaes sobre os custos de produo do produto objeto da in-vestigao e (iii) que a empresa no far jus margem de dumpingindividual, a Hercules solicita ao Departamento de Defesa Comercialque seja excluda do rol de produtores/exportadores selecionados parareceber e responder o questionrio do produtor estrangeiro/expor-tador." (fl. 1.071)Em resposta, informou-se Hercules Incorporated que a empresa foraidentificada como produtora/exportadora do produto objeto da in-vestigao com base nos dados oficiais de importao, disponibi-lizados pela RFB, e que poderia comprovar no ser produtora decido adpico.

Posteriormente, em 6 de maro de 2014, a empresa pro-tocolou resposta esclarecendo possuir, sim, interesse na investigao,a despeito de requerer sua excluso do rol de produtores/exportadoresselecionados para fins de responder ao questionrio. Atestou que osprodutos fabricados pela empresa constavam de seu catlogo ele-trnico, e dentre eles no figurava o cido adpico. Argumentou,ainda, acreditar ter sido equivocadamente includa como produtora decido adpico na base de dados da RFB, em decorrncia de errocometido pela empresa transportadora, quando do preenchimento doConhecimento de Embarque. correspondncia, a empresa anexoudocumentao comprobatria de sua argumentao. Nesse sentido, opedido da empresa foi deferido, tendo sido, portanto, excluda do rolde produtores/exportadores. Cumpre mencionar que, por equvoco,quando da determinao preliminar, a empresa foi mantida nesse rol,fato objeto de retificao.

Os demais produtores/exportadores selecionados no solici-taram extenso do prazo, nem apresentaram resposta ao questionriodo exportador.

Aps a anlise da resposta ao questionrio do produtor/ex-portador, constatou-se a necessidade de solicitar esclarecimentos einformaes complementares Invista. Ressalte-se que as respostas aessas solicitaes de informaes complementares foram protocoladastempestivamente em 11 de abril de 2014.

1.6 - Da deciso final a respeito do terceiro pas de economia demercado

Tendo em vista a ausncia de manifestaes dentro do prazoestipulado pelo 3o do art. 15 do Decreto no 8.058, de 2013, sobre aescolha dos Estados Unidos da Amrica como terceiro pas de eco-

nomia de mercado e tambm a ausncia de manifestaes tempestivase embasadas por elementos de prova de produtores/exportadores chi-neses para eventual reavaliao da conceituao da China como pasno considerado economia de mercado, consoante o disposto no art.16, foi mantida a deciso de considerar os Estados Unidos da Am-rica como o pas substituto para determinao do valor normal daChina.

Isso porque, tendo em conta o 1o do art. 15 do Decreto no8.058, de 2013, considerou-se adequada, quando do incio da in-vestigao, a indicao trazida pela peticionria, a qual estava em-basada por elementos de prova e devidamente justificada (represen-tatividade das exportaes estadunidenses em relao s exportaesda China para o Brasil; apresentao de preo unitrio em basesemelhante ao preo unitrio informado pelas estatsticas brasileiras,o que dispensa a necessidade de proceder a ajustes para tornar ambosos preos comparveis entre si).

Ademais, tendo em vista os Estados Unidos da Amrica, nostermos do 2o do art. 15, serem pas substituto sujeito mesmainvestigao, refora-se a adequabilidade dessa deciso.

1.7 - Das verificaes in loco

1.7.1 - Do produtor nacional

Com base no 3o do art. 52 do Decreto no 8.058, de 2013,realizou-se verificao in loco nas instalaes da Rhodia, no perodode 27 a 31 de janeiro de 2014, com o objetivo de confirmar e obtermaior detalhamento das informaes prestadas pela empresa no cursoda investigao.

Foram cumpridos os procedimentos previstos no roteiro deverificao, encaminhado previamente empresa, tendo sido veri-ficados os dados apresentados na petio, bem como nas informaescomplementares respectivas.

Consideraram-se vlidas as informaes fornecidas pela em-presa ao longo da investigao, depois de realizados os ajustes per-tinentes. Os indicadores da indstria domstica incorporam, pois, osresultados da verificao in loco.

A verso restrita do relatrio de verificao in loco constados autos restritos do processo e os documentos comprobatrios fo-ram recebidos em bases confidenciais.

1.7.2 - Dos produtores/exportadores

Com base no 1o do art. 52 do Decreto no 8.058, de 2013,realizou-se verificao in loco nas instalaes do produtor/exportadorInvista, no perodo de 26 a 30 de maio de 2014, na cidade deVictoria, no Texas (EUA), com o objetivo de confirmar e obter maiordetalhamento das informaes prestadas pela empresa no curso dainvestigao.

Menciona-se que, em conformidade instruo constante do 1o do art. 52 do Decreto no 8.058, de 2013, o governo dos EUA foinotificado, em 25 de abril de 2014, da realizao de verificao inloco na empresa produtora/exportadora.

Foram cumpridos os procedimentos previstos no roteiro deverificao, encaminhado previamente empresa, em 25 de abril de2014, tendo sido verificados os dados apresentados nas respostas aosquestionrios e em suas informaes complementares. Os dados doprodutor/exportador levam em considerao os resultados da veri-ficao in loco.

A verso restrita do relatrio de verificao in loco constados autos restritos do processo e os documentos comprobatrios fo-ram recebidos em bases confidenciais.

Cumpre mencionar que, em 2 de julho de 2014, a empresafoi cientificada das consideraes acerca dos fatos disponveis, tendoem conta os resultados da verificao in loco. A Invista, na ocasio,foi informada que novas explicaes poderiam ter sido protocoladasat o dia 17 de julho de 2014, mas a empresa no se utilizou dessafaculdade.

1.8 - Da determinao preliminar

A despeito de ter havido determinao preliminar positiva dedumping e de dano indstria domstica, tornada pblica no D.O.U.em 14 de abril de 2014, por meio da Circular SECEX no 18, de 11 deabril de 2014, recomendou-se o seguimento da investigao para amelhor avaliao dos demais fatores que poderiam estar causandodano indstria domstica, a fim de possibilitar determinao finalsobre a causalidade.

Com efeito, considerando-se a anlise dos fatores previstosno art. 32 do Decreto no 8.058, de 2013, concluiu-se pela existnciade outros fatores que concorreram com as importaes a preos dedumping para a deteriorao dos indicadores da indstria domstica,mormente a reduo de produo decorrente de fora maior e seuconsequente impacto no grau de ocupao da capacidade produtiva,na produtividade e nos custos da indstria domstica. No restouclaro, contudo, como estes outros fatores poderiam ter influenciadono resultado do negcio de cido adpico da indstria domstica e emsua rentabilidade.

Diante deste cenrio, entendeu-se que a determinao pre-liminar da existncia de nexo de causalidade entre o dano indstriadomstica e as importaes efetuadas a preos de dumping seriaprecoce. Neste sentido, seria benfico ao caso o seguimento da in-vestigao para que as partes interessadas se manifestassem maisespecificamente sobre os efeitos destes outros fatores nos indicadoresda indstria domstica, bem como para execuo de anlise maisminuciosa da simultaneidade temporal entre a ocorrncia dos demaisfatores de dano e a deteriorao dos indicadores da indstria do-mstica.

1.9 - Da audincia

Em conformidade com o disposto no 1o do art. 55 doDecreto no 8.058, de 2013, a produtora/exportadora Invista solicitoutempestivamente, em 16 de abril de 2014, realizao de audinciacom as demais partes interessadas, com o fim de discutir o dano indstria domstica, bem como o nexo de causalidade entre esse danoe o dumping objeto de investigao. No houve apresentao deoutros pedidos de audincia at o dia 16 de maio de 2014, quandofindou o prazo para essa solicitao.

O pedido da empresa foi deferido com base no 2o do art.55 do Decreto no 8.058, de 2013, e sua ocorrncia agendada para odia 18 de junho de 2014.

Em 19 de maio de 2014, em cumprimento ao previsto no 3o do art. 55 do Decreto no 8.058, de 2013, convocaram-se todas aspartes interessadas conhecidas para a audincia, as quais foram in-formadas de que deveriam apresentar suas manifestaes at 6 dejunho de 2014.

A audincia foi realizada, e as partes cientificadas de que asinformaes apresentadas oralmente durante a mesma somente seriamconsideradas caso reproduzidas por escrito e protocoladas at o dia 1ode julho de 2014, em conformidade com o 3o do art. 55 do Decretono 8.058, de 2013. As empresas Ashland, Invista, Lanxess e Rhodiaprotocolaram tempestivamente suas respectivas manifestaes, asquais esto sendo consideradas nos itens pertinentes.

1.10 - Do encerramento da fase probatria

Em conformidade com o disposto no caput do art. 59 doDecreto no 8.058, de 2013, a fase probatria da investigao foiencerrada em 14 de julho de 2014, ou seja, 91 dias aps a publicaoda determinao preliminar.

1.11 - Da divulgao dos fatos essenciais sob julgamento

Em 22 de agosto de 2014, com base no disposto no caput doart. 61 do Decreto no 8.058, de 2013, divulgou-se s partes in-teressadas a Nota Tcnica no 69 contendo os fatos essenciais emanlise e que embasariam a determinao final a que faz referncia oart. 63 do mesmo Decreto.

1.12 - Do encerramento da instruo

De acordo com o estabelecido no pargrafo nico do art. 62do Decreto no 8.058, de 2013, no dia 11 de setembro de 2014 en-cerrou-se o prazo de instruo da investigao em epgrafe. Naqueladata completaram-se os 20 dias aps a divulgao da Nota Tcnica no69, de 22 de agosto de 2014, previstos no caput do referido art., paraque as partes interessadas apresentassem suas manifestaes finais.

No prazo regulamentar, manifestaram-se acerca da referidaNota Tcnica as seguintes partes interessadas: Ashland, Invista, Lan-xess e Rhodia. Os comentrios dessas partes acerca dos fatos es-senciais sob anlise constam aqui, de acordo com cada tema abor-dado.

Deve-se ressaltar que, no decorrer da investigao, as partesinteressadas puderam solicitar, por escrito, vistas de todas as in-formaes no confidenciais constantes do processo, as quais foramprontamente colocadas disposio daquelas que fizeram essa so-licitao, tendo sido dada oportunidade para que defendessem am-plamente seus interesses.

1.13 - Da prorrogao da investigao

Com base na previso constante do art. 72 do Decreto no8.058, de 2013, no dia 25 de setembro de 2014, foi publicada noD.O.U. a Circular SECEX no 57, de 24 de setembro de 2014, queprorrogou por at oito meses, a partir de 16 de outubro de 2014, oprazo para concluso desta investigao, iniciada por intermdio daCircular SECEX no 75, de 13 de dezembro de 2013, publicada noD.O.U. de 16 de dezembro de 2013.

2 - DO PRODUTO E DA SIMILARIDADE

2.1 - Da caracterizao do produto

O cido adpico (cido hexanodiico) um cido dicarbo-xlico saturado e de cadeia normal com frmula molecular C6H10O4. obtido primariamente em suspenso, sendo, para sua comercia-lizao, submetido a processo de secagem que o transforma em pbranco cristalino de altssima pureza - superior 99,8%. No estadoslido, o cido adpico utilizado como produto puro.

N 63, quinta-feira, 2 de abril de 20156 ISSN 1677-7042

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COMERCIALIZAO PROIBIDA POR TERCEIROS

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Conforme apurado no curso da investigao, as matrias-primas utilizadas na produo do cidoadpico so: a) Ciclohexanol: necessrios 750 kg para se produzir uma tonelada de cido adpico; b)Mistura de ciclohexanol e ciclohexanona (olona ou KA oil): necessrios 750 kg para se produzir umatonelada de cido adpico; c) cido Ntrico: necessrios 890 kg para se produzir uma tonelada de cidoadpico. O produto apresenta as seguintes caractersticas principais: Altssima pureza: superior a 99,8%;Densidade do slido: 1,36 g/cm3 (25/4 C); Densidade do lquido: 1,085 g/cm3 (165/4 C); Ponto defulgor (TAG): 191 C (vaso fechado) e 210 C (vaso aberto); Baixa solubilidade em gua: 1,5 g/100g (a20 C). De acordo com as informaes constantes dos autos da investigao, o cido adpico pode serobtido, principalmente, a partir das seguintes rotas de produo distintas: Rota 1: pela oxidao dociclohexanol com o cido ntrico; Rota 2: pela oxidao da olona, ou KA oil, com cido ntrico; Rota3: via bio-base de cido adpico.

H, ainda, a produo de cido adpico a partir do fenol, reao essa com rendimento ti-picamente superior a 97%. Por esse processo, o fenol hidrogenado com utilizao de catalisador denquel. O segundo passo envolve a oxidao do KA oil ou do ciclohexanol, com cido ntrico, ao cidoadpico e subprodutos cidos glutrico e succnico, na presena de catalisadores, tais como sais de cobree vandio.

O relatrio da SRI Consulting, de 2012, descreve as rotas de produo utilizadas em diversasregies do mundo, o que , de forma exemplificativa, sumarizado abaixo:

Matria-prima Utilizada por Produtores de cido AdpicoRegio / Pas Empresa / Localizao da planta Matria-prima

EUA Ascend/Pensacola Ciclohexanol e FenolI n v i s t a / Vi c t o r i a CiclohexanolInvista/Orange Ciclohexanol

CanadInvista/Ontrio Ciclohexanol

Europa OcidentalBASF/Alemanha Ciclohexanol

Radici/Itlia Fenol

ChinaChina Shenma Nilon / Pingdingshan Ciclohexanol-olona

Shandong Haili Chemicals Zibo / Shandong Ciclohexanol

O cido adpico, com o qual se podem obter polisteres lineares, utilizado na produo depoliis-polisteres, usados em vrias aplicaes, o que inclui a preparao de poliuretanos pela reaocom isocianatos. O cido adpico confere ao poliol-polister propriedades fsicas como a flexibilidade,no caso dos poliuretanos para espumas flexveis e elastmeros. Ademais, o produto objeto da in-vestigao, por meio de seu polister, confere ao poliuretano melhoria em propriedades relacionadas resistncia, abraso e estabilidade dimensional.

O cido adpico, pela reao com octanol, , tambm, utilizado na preparao do dioctil adipato(DOA), o qual aumenta a plasticidade ou fluidez de materiais. O DOA, a despeito de ser aplicado,predominantemente, em plsticos, especialmente cloreto de polivinila ou PVC, tambm otimiza aspropriedades de outros materiais, como concreto e cimento.

O cido adpico com aminas, por sua vez, forma poliamidas que, pela reao com epicloridrina,integram a produo de resinas utilizadas para melhorar a resistncia umidade de papis tipo leno, porexemplo. Em resina de papel, o cido adpico melhora as propriedades de tenso do papel, tanto em faseseca como mida, agindo como agente de reticulao das fibras de celulose, para que essas no sequebrem ao serem umedecidas.

Alm disso, o produto parte dos polisteres utilizados na fabricao de tintas de poliuretano.O cido adpico, como parte da tinta poliuretnica, propiciar caractersticas especiais a esta, comoadeso, dureza, brilho, flexibilidade e resistncia abraso ao impacto das intempries, cidos esolventes.

Por fim, o cido adpico matria-prima principal na produo do sal nilon, pela reao comhexametilenodiamina. O sal nilon polimerizado para formao de poliamidas, empregadas em pls-ticos de engenharia, fios txteis e fios industriais.

Ressalta-se que se questionou peticionria se seria vivel a importao de polisteres, ou demisturas, contendo o cido adpico junto a outros compostos, com o fim de se extrair o produto objetoda investigao e, desse modo, escapar aplicao de direito antidumping, caso este viesse a seraplicado em decorrncia da investigao. Nesse sentido, a Rhodia informou acreditar que essa forma deobteno do cido adpico puro seria economicamente invivel.

2.2 - Do produto objeto da investigao

O produto objeto da investigao o cido adpico, comumente classificado no item 2917.12.10da NCM, exportado da Alemanha, dos EUA, da Frana, da Itlia e da China para o Brasil.

A empresa Invista, em sua resposta ao questionrio do produtor/exportador, protocolada em 13de fevereiro de 2014, descreveu o produto por ela fabricado como cido adpico, composto orgnicoslido cristalino e branco, cuja frmula (CH2)4(COOH)2.

A empresa apresentou o fluxograma completo do processo produtivo do cido adpico, obtido apartir [CONFIDENCIAL]. Segundo a Invista S..r.l., [CONFIDENCIAL].

Indicou no haver diferenas entre o cido adpico comercializado no mercado estadunidense eo exportado, e que o produto era comercializado primariamente na forma de flocos [CONFIDENCIAL].Referiu, nesse ponto, que [CONFIDENCIAL] do volume de cido adpico comercializado pela empresa[CONFIDENCIAL]. A Invista informou comercializar seus produtos [CONFIDENCIAL] ou, em algunscasos, [CONFIDENCIAL]. Havia meno, ainda, de que o produto poderia ser combinado com he-xametilenodiamina para produzir o nilon 6,6, plastificantes ou outras formas de poliuretanos.

Ressalte-se que essa descrio semelhante quela apresentada pela peticionria e constante daCircular SECEX no 75, de 2013, referente ao incio da investigao.

De acordo com informaes disponveis nos autos e conforme averiguado na descrio de-talhada das mercadorias contida nos dados detalhados de importao disponibilizados pela RFB, oproduto objeto da investigao possui caractersticas e aplicaes conforme descritas no item 2.1.

2.2.1 - Das manifestaes acerca do produto objeto da investigao

A despeito de no ter apresentado resposta ao questionrio do produtor/exportador, a empresafrancesa Nyco S.A. enviou correspondncia, protocolada em 21 de janeiro de 2014, na qual registrou noter comercializado o produto objeto da investigao, seja no prprio mercado interno, seja no exterior.

A empresa informou que comercializara steres - de fabricao prpria ou de outros fornecedores - noprprio mercado francs ou fora do pas. Esclareceu que a empresa, por meio de sua filial "Nyco-STPC",localizada na Blgica, apenas adquiria o cido adpico, matria-prima empregada no processo de fa-bricao de alguns desses steres. Atestou, por fim, que, no perodo da investigao, realizou exportaopara o Brasil do ster "Nycobase ADT", resultante da reao entre cido adpico e lcool isotridecil,ster esse adquirido pela importadora brasileira Chemlub Produtos Qumicos Ltda.. Ressaltou, ainda, tersido informada pela importadora de erro de classificao do produto em meno no cdigo NCM2917.12.10, em vez de no cdigo NCM 2917.12.20, relativo aos steres de cido adpico. A Nycosolicitou, tambm, nessa ocasio, sua excluso do processo. Documentao comprobatria dos fatos emmeno foi juntada aos autos do processo e deferiu-se a solicitao da empresa referente sua exclusodo rol de produtores/exportadores.

Corroborando essas informaes, a importadora Chemlub Produtos Qumicos Ltda. manifestou-se, em correspondncia protocolada em 22 de janeiro de 2014, informando que no importara nemcomercializara o produto objeto da investigao, tendo em vista no utilizar cido adpico no processoprodutivo de seus produtos. Esclareceu que, como importador de matrias-primas bsicas para fabricaode leos e graxas lubrificantes, adquirira, da empresa francesa Nyco S.A., fabricante de leos bsicospara produo de lubrificantes base de steres, produtos como o ster "Nycobase ADT". Docu-mentao comprobatria dos fatos em meno no foi juntada aos autos do processo por estar de-sacompanhada de traduo para o portugus, conforme prev o Decreto no 13.609, de 21 de outubro de1943.

A Bermas Maracana Indstria e Comrcio de Couro Ltda. argumentou, em 24 de janeiro de2014, que, em 19 de dezembro de 2012, durante, portanto, o perodo de investigao de dano, teriarealizado importao de "Decaltal PIC A", insumo por ela empregado no beneficiamento de couros debovinos para estofados, o qual teria, em sua composio, cerca de 30% de cido adpico. Esclareceu que, poca do desembarao, a importadora incorrera em erro de classificao do produto, em meno aocdigo NCM 2917.12.10, em vez de o cdigo NCM 3809.93.90. Acrescentou que a empresa dedicava-se exclusivamente industrializao de couros para estofados e para a indstria automotiva, de modoque os insumos adquiridos seriam empregados especificamente no beneficiamento desses produtos. Aesse respeito, ratificou-se a informao prestada via anlise dos dados oficiais de importao da RFB.

Por outro lado, a ICL Brasil Ltda., em resposta ao questionrio protocolada em 13 de fevereirode 2014, informou que o cido adpico por ela importado seria de grau alimentcio, produzido pelaAscend Performance Materials LLC, dos EUA, sob o cdigo comercial "10083376 Adipic Acid, Gra-nular, Food". A empresa acrescentou desconhecer o fato de a Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda.ter produo nacional em grau alimentcio.

A Rhodia, em correspondncia protocolada em 26 de maro de 2014, manifestou-se rela-tivamente s questes levantadas pela importadora ICL Brasil Ltda. quando da resposta ao questionriodo importador. De acordo com a peticionria, o grau alimentcio atribudo ao cido adpico consiste emcondio que determinado produto adquire em virtude da certificao do seu processo produtivo ou-torgada por rgo tcnico responsvel, atestando a adequao do produto para o consumo humano. Nessesentido, enfatizou que a certificao corrobora a adequao do cido adpico a determinados requisitosrelativos ao local e ao modo de produo do produto, de modo a garantir um produto final de qualidadee isento de contaminaes. A peticionria informou que, no Brasil, cabe Agncia Nacional deVigilncia Sanitria (ANVISA) a certificao do grau alimentcio do cido adpico no que tange aocumprimento de normas higinico-sanitrias do processo produtivo.

Conforme informaes constantes do site oficial da ANVISA, a legislao brasileira de BoasPrticas de Fabricao abrange um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indstrias dealimentos a fim de garantir a qualidade sanitria e a conformidade dos produtos alimentcios com osregulamentos tcnicos. A legislao sanitria federal regulamenta essas medidas em carter geral,aplicvel a todo o tipo de indstria de alimentos, e especfico, voltadas s indstrias que processamdeterminadas categorias de alimentos. Essa legislao geral inclui a Resoluo - RDC n 275, de 21 deoutubro de 2002, a Portaria SVS/MS n 326, de 30 de julho de 1997, e a Portaria MS n 1.428, de 26de novembro de 1993.

A Rhodia argumentou, tambm, que a empresa interrompeu sua produo de cido adpico emgrau alimentcio no final de 2007 em virtude da no renovao do registro do seu processo produtivo.Segundo ela, essa interrupo "baseou-se principalmente na inviabilidade econmica da manuteno dacertificao do produto, em vista dos baixos preos do produto importado".

No mbito de sua manifestao, a Rhodia traou paralelo entre esses produtos. Informou que ocido adpico grau alimentcio, slido temperatura ambiente, apresenta-se na forma de p brancocristalino, sem odor e no higroscpico, sendo utilizado como acidulante na fabricao de alimentoscomo gelatina em p, sobremesas, pudins e similares; geleias artificiais, balas, caramelos e similares;bebidas com sabor de frutas em p, sorvetes. Esclareceu que o cido adpico produzido pela indstriadomstica, por ela denominado "cido adpico convencional", usualmente utilizado como matria-prima principal na produo do nilon 6.6, alm de integrar a produo de poliois-polisteres.

Acrescentou, ainda, no haver impeditivos para que a Rhodia retome a produo em graualimentcio, por meio de nova certificao da ANVISA, no caso de haver demanda pelo produto. Apeticionria justificou que a relativa facilidade de retomada dessa produo decorre da ausncia dediferenas de ordem tcnica entre o cido adpico produzido pela Rhodia e aquele destinado indstriade alimentos. Nesse ponto, no que concerne s semelhanas entre os produtos em meno, a peticionriamanifestou-se conforme se reproduz a seguir: "Muito embora haja essas diferenas de aplicaes,unicamente em virtude da existncia de certificao do processo produtivo, as caractersticas qumicas efsicas de ambos os produtos so as mesmas. Ambos os produtos so cido dicarboxlico saturado e decadeia normal com frmula molecular C6H10O4. A Rhodia expe abaixo quadro comparativo entre osdois produtos, de acordo com suas caractersticas. Esses dados so apresentados com base nos catlogosdos produtos comercializados pela prpria Rhodia [...]. Alm disso, a ficha do cido adpico graualimentcio apresentada pela ICL Brasil s fls. 1.318 dos autos tambm demonstra as semelhanas entreo cido adpico em grau alimentcio da Rhodia e o adpico importado." (fl. 1.896)

Conforme transcrio, a peticionria apresentou as tabelas seguintes, que expem as carac-tersticas inerentes ao cido adpico dito convencional e ao cido adpico grau alimentcio.

Especificaes do cido Adpico Convencional e do cido Adpico Grau Alimentcio

Caractersticas Unidade cido AdpicoConvencional

cido Adpico GrauAlimentcio

Limites

gua %peso/peso 0,20 0,20 Max 0,20Nitrato mg/kg 3 3 Max 3,00Densidade ptica a 275nm

(filtrado)0,020 0,020 Max 0,02

Ferro mg/kg 0,30 0,3 Max 0,30Peso Molecular g/mol 146,1 146,1 -Cinzas mg/kg 4,0 4,0 Max 4,00

N 63, quinta-feira, 2 de abril de 2015 7ISSN 1677-7042

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Propriedades Fsicas do cido Adpico Convencional e do cido Adpico Grau Alimentcio

Caractersticas Unidade cido AdpicoConvencional

cido Adpico GrauAlimentcio

Ponto de Evaporao C 337,5 330Densidade real g/cm3 1,36 1,36Densidade Lquida g/cm3 1,085 1,085Densidade de Vapor Ar =1 5,04 5,04Presso de Vapor mm Hg 1,5 1,5Solubilidade em gua A 20C/g/100g 1,5 1,5Ponto de Solidificao C 151,5 - 152,5 151,5 - 152,5

Alm disso, a peticionria informou que "tanto a especificao do cido adpico da Ascend, sfls. 1318 dos autos restritos, bem como a especificao constante no Food Chemical Codex (FCC),apresentam faixa de fuso e metais pesados, como o chumbo." Na ocasio, protocolou resultadosanalticos de testes realizados no Centro de Pesquisas de Paulnia, em 17 de maro de 2014, os quais,segundo ela, atestam que o cido adpico fabricado pela Rhodia atualmente atende s especificaesrequeridas pela FCC no que tange concentrao de chumbo - inferior a 2 mg/kg.

No contexto de manifestao protocolada em 4 de agosto de 2014, a peticionria alegou que nohaveria elementos suficientes que embasassem a excluso do cido adpico de grau alimentcio doescopo da investigao. Reiterando os argumentos apresentados em 26 de maro, alegou que o graualimentcio seria atributo que determinado produto adquiriria em virtude da certificao do processoprodutivo outorgada por rgo tcnico responsvel, atestando a adequao do produto para o consumohumano.

Segundo a Rhodia, embora a utilizao do produto convencional seja diversa daquele de graualimentcio, a similaridade em termos de caractersticas qumicas e fsicas seria preservada, havendoapenas o detalhe de o produto food grade ser certificado por rgo competente. No haveria, portanto,alterao significativa alguma do processo produtivo, existindo, to somente, regras pertinentes con-taminao, limpeza e higienizao da indstria, tratamento de pessoal envolvido no processo produtivo,alm de outras regras com vistas a garantir um produto adequado ao consumo humano, isento decontaminaes. Segundo a Rhodia, os edifcios e instalaes fabris, por exemplo, no se alterariamrelativamente estrutura que j produz o cido adpico convencional.

Na ocasio, a empresa reiterou no haver diferenas de ordem tcnica entre o cido adpicoproduzido pela Rhodia e o de grau alimentcio. Enfatizou novamente que a Rhodia j obteve ocertificado para a produo deste produto, mas que, pela falta de demanda do produto, a empresa deixoude requerer a continuidade e renovao de sua certificao. Assim, no haveria empecilho algum paraobteno de nova certificao para produo do grau alimentcio pela Rhodia.

A peticionria solicitou, ento, a reincluso do cido adpico de grau alimentcio no escopo dainvestigao. Acrescentou que no houve, por parte dos importadores, nenhum embasamento tcnico eftico trazido aos autos que pudesse justificar trata-los como produtos distintos. Sobre as diferenas deaplicao, a Rhodia argumentou que: "A despeito da eventual diferena de aplicao, importante frisarque, ainda assim, essa diferena relativa. O cido adpico de grau alimentcio pode, sem qualquerproblema, ser destinado a qualquer outra aplicao, ainda que diversa daquela utilizada pela indstriaalimentcia. Assim, no pode ser excludo, no somente porque a Rhodia pode produzir, mas tambmporque sua excluso ameaa a eficcia de direito eventualmente aplicado. Alis, exatamente essasemelhana tcnica a razo pela qual o produto similar. No h obstculo tcnico que possa impediressa intercambialidade, exatamente pela inexistncia de diferenas tcnicas." (fl. 2.771)

Em manifestao final, protocolada em 11 de setembro de 2014, a Rhodia reiterou sua ar-gumentao no sentido de que no haveria aspecto que viabilizasse a factvel diferenciao entre o cidoadpico tcnico e o de grau alimentcio. Concluiu, ento, pela inexistncia de elementos suficientes queembasassem a excluso do cido adpico de grau alimentcio do escopo da investigao, sobretudoporque sua excluso ameaaria a eficcia de direito eventualmente aplicado.

2.2.2 - Dos comentrios sobre manifestaes acerca do produto objeto da investigao

Em consonncia com o que fora determinado no mbito da Circular SECEX no 18, de 2014, nosentido de que steres de cido adpico esto excludos do escopo do produto sob anlise, e com basenas informaes apresentadas pelo exportador Nyco S.A. e pelos importadores Bermas MaracanaIndstria e Comrcio de Couro Ltda. e Chemlub Produtos Qumicos Ltda., concluiu-se que os disteresdescritos como "Nycobase ADT" e "Decaltal PIC A" no esto includos no escopo da investigao.

No que se refere aos argumentos trazidos aos autos pela importadora ICL Brasil Ltda. e pelaRhodia, decidiu-se pela excluso do escopo da investigao, para fins de determinao preliminar, dosprodutos cujas descries indicavam tratar-se de cido adpico em grau alimentcio - designao "foodgrade".

Quando da determinao preliminar, considerando o fato, declarado pela indstria domstica, deesta ter interrompido sua produo de cido adpico em grau alimentcio desde 2007, atestou-se que seriainjustificvel manter o produto no escopo da investigao. Ademais, a retomada dessa produo, porparte da peticionria, requer que seja pleiteada nova certificao do processo produtivo junto agnciareguladora competente. No foram, pois, identificadas nem mencionadas iniciativas da indstria do-mstica nesse sentido.

A propsito, a tabela abaixo sumariza as quantidades importadas pelo Brasil de cido adpicograu alimentcio e os respectivos preos mdios de importao, calculados pela razo entre o valordessas importaes em base CIF, em dlares estadunidenses, e a quantidade, em toneladas, importada emcada perodo de anlise. Para fins de comparao, apresentam-se, tambm, os preos mdios de im-portao, em base CIF, em dlares estadunidenses, do cido adpico convencional importado, bem comoas diferenas de preo entre os produtos, em termos percentuais.

Importaes de cido adpico grau alimentcio (AAGA)

P Quantidade( n m e ro s -

ndices de t)

Participao no totalimportado (nmeros-

ndices de %)

Preo AAGA( n m e ro s - n d i c e s

de US$ CIF/t)

Preo AA excetoAAGA (nmeros-

ndices de US$CIF/t)

D i f e re n a( n m e ro s -

ndices de %)

1 100 100 100 100 1002 920 400 52 104 463 2140 700 46 11 0 214 2550 300 50 11 9 235 2020 200 71 11 7 63

Observa-se que, de P1 a P5, foram importados [CONFIDENCIAL] t de cido adpico graualimentcio, com preos mdios superiores aos do cido adpico convencional. Para os clculos, uti-lizaram-se dados com todas as casas decimais, de modo que eventuais divergncias inferiores unidadeentre os valores apresentados decorrem de arredondamento, utilizando-se uma ou mais casas deci-mais.

No intuito de se obter informao adicional, para fins de determinao final, acerca do cidoadpico em grau alimentcio, em 21 de maro de 2014, solicitou-se ICL Brasil Ltda. descriodetalhada acerca das diferenas entre esse tipo produto e o cido adpico utilizado nas demais aplicaes,em especial no que tange a matrias-primas, composio qumica, caractersticas fsicas, normas eespecificaes tcnicas, etapas do processo produtivo, grau de substitutibilidade e canais de distribuio.No foi, no entanto, protocolada resposta.

Ressalta-se que, para fins de determinao final, reverteu-se deciso em sede preliminar. Comefeito, considerando-se os argumentos trazidos aos autos pela peticionria, bem como pelas demaispartes interessadas, no que concerne s diferenas e semelhanas entre o cido adpico tcnico e de graualimentcio, no se identificou modo objetivo de se fazer a distino entre os produtos. A propsito, nombito das informaes constantes dos dados brasileiros oficiais de importao, somente se conseguesegregar o produto tcnico do de grau alimentcio mediante anlise das descries preenchidas pelosimportadores, as quais, muitas vezes, so pouco detalhadas ou genricas, incluindo todas as aplicaespossveis do produto. Com relao ao tipo de embalagem em que o produto em grau alimentcio ingressano pas, tambm no se identificou nenhuma peculiaridade que viabilizasse a particularizao do produtocertificado.

2.3 - Da classificao e do tratamento tarifrio

O cido adpico classificado no item NCM/SH 2917.12.10, tendo a alquota do Imposto deImportao do referido item tarifrio sido mantida em 10% de 2008 a 2013, conforme se verificou naTarifa Externa Comum - TEC. Foram identificadas as seguintes preferncias tarifrias:

Preferncias TarifriasPas/Bloco Base Legal Preferncia (%)Mercosul ACE 18 - Mercosul 100A rg e n t i n a APTR 04 - Argentina - Brasil 20Bolvia ACE 36 - Mercosul - Bolvia 100Bolvia APTR 04 - Brasil - Bolvia 48Chile APTR 04 - Chile - Brasil 28Chile ACE 35 - Mercosul - Chile 100Colmbia APTR 04 - Colmbia - Brasil 28Colmbia ACE 59 - Mercosul - Colmbia 100Cuba APTR 04 - Cuba - Brasil 28Equador ACE 59 - Mercosul - Equador 100Equador APTR 04 - Equador - Brasil 40Israel ALC - Mercosul - Israel 50Mxico (2002) ACE 53 - Brasil - Mxico 100Paraguai APTR 04 - Paraguai - Brasil 48Peru APTR 04 - Peru - Brasil 14Peru ACE 58 - Mercosul - Peru 100Uruguai APTR 04 - Uruguai - Brasil 28Ve n e z u e l a ACE 59 - Mercosul - Venezuela 100Ve n e z u e l a APTR 04 - Venezuela - Brasil 28

2.4 - Do produto similar produzido no Brasil

O produto fabricado no Brasil o cido adpico, com caractersticas semelhantes s descritas noitem 2.1 no que tange s matrias-primas empregadas, forma de apresentao, aos usos e aplicaes,bem como s caractersticas principais do produto, em termos de pureza, densidade, ponto de fulgor esolubilidade.

Segundo apurado na investigao, no que se refere s rotas de produo, o produto produzidono Brasil usualmente obtido a partir da oxidao do ciclohexanol, acima designada por "rota 1". Emmenor quantidade, o cido adpico tambm produzido por meio da olona ("rota 2"), a qual importadaocasionalmente da Frana em pequena quantidade, apenas no caso de no haver disponibilidade deciclohexanol.

As etapas apresentadas na tabela a seguir descrevem, em detalhes, o processo produtivo em-pregado pela Rhodia, em Paulnia, no estado de So Paulo, onde se d a produo de cido adpico. Emsequncia, h fluxograma que resume o processo em meno:

Processo Produtivo de cido Adpico da Planta de Paulnia (SP)[CONFIDENCIAL]

luxograma de blocos do processo de produo do cido Adpico de Paulnia (SP)[CONFIDENCIAL]

Consoante informaes constantes dos autos da investigao, no processo produtivo de cidoadpico, h gerao limitada de subproduto denominado dicido. Todo o dicido resultante da produode cido adpico, sempre que dentro das especificaes, consumido cativamente pela Rhodia para aproduo dos seguintes produtos: (i) o Dioro FL20, (ii) Dioro PI e (iii) Dioro PC. Conforme consta doportflio da peticionria, o dioro uma mistura de dicidos alifticos - cidos adpico, glutrico esuccnico - que inclui pequenas quantidades de cido ntrico e metais, em diferentes percentuais.

N 63, quinta-feira, 2 de abril de 20158 ISSN 1677-7042

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COMERCIALIZAO PROIBIDA POR TERCEIROS

1

A propsito, a Rhodia esclarece que os dioros so produzidos fundamentalmente base dedicidos e reaproveitados em algumas aplicaes e segmentos industriais, sendo destinados, princi-palmente, para consumo cativo em outros processos produtivos.

Consta dos autos da investigao que [CONFIDENCIAL].

Os outros dicidos so invariavelmente gerados no mesmo processo produtivo, os quais soremovidos durante o processo de lavagem do cido adpico e no possuem, nessa fase, valor comercial.Em razo disso, esses dicidos so submetidos a diversos processos qumicos, como secagem e adiode outros componentes. Acrescenta que, para cada tonelada de cido adpico produzido h geraolimitada de dicidos, cuja proporo mdia de 4,5% do volume de cido adpico produzido. Aproduo de dicidos , a propsito, inerente produo do cido adpico, sendo a secagem e a adiode outros componentes processos independentes da produo de cido adpico. No que tange aos canaisde distribuio do produto similar fabricado no Brasil, constatou-se haver [CONFIDENCIAL].

2.5 - Da similaridade

O 1o do art. 9o do Decreto no 8.058, de 2013, estabelece lista dos critrios objetivos com basenos quais a similaridade deve ser avaliada. O 2o do mesmo art. estabelece que tais critrios noconstituem lista exaustiva e que nenhum deles, isoladamente ou em conjunto, ser necessariamente capazde fornecer indicao decisiva.

Dessa forma, conforme informaes obtidas na petio, o produto objeto da investigao noapresenta diferena em relao produto similar produzido no Brasil: (i) Em geral so produzidos a partirdas mesmas matrias-primas, quais sejam o ciclohexanol e/ou a olona e o cido ntrico; (ii) Apresentammesma composio qumica, representada pela frmula molecular C6H10O4; (iii) Apresentam as mesmascaractersticas fsicas e qumicas, no que concerne a pureza, densidade, ponto de fulgor, solubilidade emgua, alm de se apresentam na forma de slida (p) ou em suspenso; (iv) No esto, segundo informaa peticionria, sujeitos a normas ou regulamentos tcnicos; (v) So produzidos segundo processo deproduo semelhante, conforme mencionado nas sees precedentes, no item 2; (vi) Tm os mesmosusos e aplicaes, sendo utilizado, entre outros, como matria-prima principal na produo do nilon 6.6;como matria-prima para a produo de poliis-polisteres, usados na produo de resinas para papel;como matrias-primas para a produo de resinas polisteres, poliuretanos para indstria caladista,espuma de poliuretano para colches, poliuretanos para adesivos, laminados sintticos de poliuretano etintas poliuretnicas extensivamente utilizadas na indstria automotiva, construo civil e instalaesindustriais; (vii) Apresentam alto grau de substitutibilidade, visto que se trata de commodity qumica,com concorrncia baseada principalmente no fator preo. No h, pois, razes de ordem tcnica ouoperacional que possam determinar preferncia pelo produto importado.

2.5.1 - Das manifestaes acerca da similaridade

Nas respostas ao questionrio do importador da Ashland Hercules Produtos Qumicos Ltda., daAxalta Coating Systems Brasil Ltda., da COIM Brasil Ltda., da Denver Gel Indstria e Comrcio deProdutos Qumicos Ltda., da Reichhold do Brasil Ltda., da Univar Brasil Ltda. e da Elekeiroz S.A.,menciona-se que no h diferena de qualidade entre o produto importado e o produto produzidolocalmente.

A esse respeito, a Ashland, consoante resposta protocolada em 13 de fevereiro de 2014,acrescentou que "dentre os motivos que determinam a opo pela compra do produto importado esto anecessidade de fornecedor alternativo (no s o produtor domstico); condies de venda, entrega epagamento; e a escassez de oferta do produto no mercado brasileiro" (fl. 1.332). No que tange a esteltimo, a empresa ressaltou que, durante o perodo da investigao, a empresa foi obrigada a desenvolverfontes de abastecimento alternativas, tendo em vista que, em maio de 2012, "o nico produtor domsticode cido adpico foi obrigado a declarar situao de fora maior" (fl. 1.332).

A Axalta Coating Systems Brasil Ltda., por sua vez, cuja resposta foi protocolada em 12 defevereiro de 2014, informou que a escolha entre os produtos nacional e importado baliza-se pelascondies comerciais especficas de cada negociao, e que a compra/importao de ambos os for-necedores, alm de garantir "segunda fonte de fornecimento ativa", evita possveis problemas de de-sabastecimento e mantm a competitividade do preo.

Em resposta protocolada em 28 de janeiro de 2014, a Coim Brasil Ltda. acrescentou que, adespeito de adquirir cido adpico da produtora nacional para fins de destinao ao mercado interno, optapor importar o produto para fins de exportao. A esse respeito, esclareceu que a empresa se beneficiado regime de Drawback Suspenso, o que lhe permite "ser mais competitiva no mercado internacional,sujeito as oscilaes de volume de acordo com a sazonalidade do mercado" (fl. 1.083).

A Denver Gel Indstria e Comrcio de Produtos Qumicos Ltda., a seu turno, na resposta aoquestionrio, atestou que, apesar de ambos os produtos fornecidos pela indstria domstica e peloexportador atenderem s necessidades tcnicas de seu processo produtivo, o cido adpico importadoapresenta custo significativamente menor, motivo pelo qual se opta por sua compra. Ainda na respostaprotocolada em 13 de fevereiro de 2014, esclareceu que, operacionalmente, o produto importado apre-senta a vantagem de ser fornecido em bags de 500 kg, o que facilita o carregamento dessa matria-primano reator.

J a Reichhold do Brasil Ltda., no contexto de sua resposta ao questionrio protocolada em 24de janeiro de 2014, informou que a opo pelo produto nacional ou importado trata-se de questomeramente comercial, que considera, to-somente, preo e prazo de pagamento. No mesmo sentido, aUnivar Brasil Ltda., cuja resposta foi protocolada em 12 de fevereiro de 2014, atestou no haver nenhumcritrio de ordem tcnica, financeira ou operacional que faa distino entre o produto nacional e oproduto importado, de forma a ser o custo o fator determinante da opo pelo produto importado, em vezdo produto fabricado no Brasil.

A importadora Elekeiroz S.A., no mbito de sua resposta ao questionrio do im p o r t a d o r,protocolada tempestivamente em 28 de fevereiro de 2014, informou que ambos os produtos, importadoe nacional, tm a mesma especificao tcnica, de modo que no h motivo dessa ordem que balize aopo por um ou outro. Salientou, contudo, que ambos podem diferir apenas no que tange ao perfilgranulomtrico (tamanho de partculas).

A empresa Delly Kosmetic Comrcio e Indstria Ltda., em resposta ao questionrio protocoladaem 13 de fevereiro de 2014, no se posicionou acerca da similaridade, mencionado apenas que "nopossui fornecedor local".

2.5.2 - Dos comentrios sobre as manifestaes acerca da similaridade

As manifestaes acima explicitadas contriburam para confirmar o entendimento sobre asimilaridade entre o produto objeto da investigao e o produto fabricado pela indstria domstica.Recorda-se que a existncia de um nico produtor nacional e a eventual impossibilidade deste ematender a totalidade do mercado brasileiro no afasta a concluso pela similaridade do produto.

2.6 - Da concluso a respeito da similaridade

O art. 9o do Decreto no 8.058, de 2013, dispe que o termo "produto similar" ser entendidocomo o produto idntico, igual sob todos os aspectos ao produto objeto da investigao ou, na suaausncia, outro produto que, embora no exatamente igual sob todos os aspectos, apresente carac-tersticas muito prximas s do produto objeto da investigao.

Dessa forma, diante das informaes apresentadas e da anlise constante no item 2.5, concluiu-se que o produto produzido no Brasil similar ao produto objeto da investigao, nos termos do art. 9odo Regulamento Brasileiro, de 2013.

3 - DA INDSTRIA DOMSTICA

Para fins da determinao de dano, definiu-se como indstria domstica, nos termos do art. 34do Decreto no 8.058, de 2013, a linha de produo de cido adpico da empresa Rhodia Poliamida eEspecialidades Ltda., a qual responde por 100% da produo nacional de cido adpico, dado esseconfirmado pela ABIQUIM.

4 - DO DUMPING

De acordo com o art. 7o do Decreto no 8.058, de 2013, considera-se prtica de dumping aintroduo de um bem no mercado brasileiro, inclusive sob as modalidades de drawback, a um preode exportao inferior ao valor normal.

4.1 - Do dumping para efeito do incio da investigao

Para fins do incio da investigao, utilizou-se o perodo de julho de 2012 a junho de 2013, comvistas a se verificar a existncia de prtica de dumping nas exportaes para o Brasil de cido adpico,originrias da Alemanha, dos EUA, da Frana, da Itlia e da China.

De acordo com o art. 8o do Decreto no 8.058, de 2013, considera-se "valor normal" o preo doproduto similar, em operaes comerciais normais, destinado ao consumo no mercado interno do pase x p o r t a d o r.

Como indicativo de valor normal, quando do incio da investigao, a peticionria forneceuinformaes provenientes da base de dados de publicao da Tecnon OrbiChem, referncia em termosde anlise de mercado e de cotaes na indstria de produtos qumicos. A partir da publicao, a qualse refere aos mercados dos EUA e da Europa Ocidental, o que inclui Alemanha, Frana e Itlia, obteve-se, pois, os respectivos preos mdios representativos no mercado interno, em dlares estadunidenses portonelada, para o perodo de julho de 2012 a junho de 2013. Com vistas determinao do valor normalda China, os EUA foram indicados pela peticionria como terceiro pas de economia de mercado,conforme mencionado na seo 1.4.

As informaes em meno, fornecidas pela peticionria, para fins de dar incio investigao,esto sumarizadas na tabela seguinte:

Preos dos EUA e da Europa Ocidental para o cido AdpicoEm US$/t

Ms/Ano Tecnon - EUA Tecnon - EuropaMnimo Mximo Mdio Mnimo Mximo Mdio

Julho/2012 1.984 2.050 2.017 1.919 1.980 1.950Agosto/2012 1.984 2.050 2.017 2.000 2.063 2.032Setembro/2012 1.984 2.050 2.017 2.080 2.144 2 . 11 2Outubro/2012 1.984 2.050 2.017 2.073 2.137 2.105Novembro/2012 1.984 2.050 2.017 2.062 2.126 2.094Dezembro/2012 2.094 2.138 2 . 11 6 2 . 11 9 2.185 2.152Janeiro/2013 2.183 2.249 2.216 2.166 2.206 2.186Fevereiro/2013 2.183 2.249 2.216 2.180 2.246 2.213Maro/2013 2.205 2.315 2.260 2.176 2.202 2.189Abril/2013 2.205 2.315 2.260 2.188 2.240 2.214Maio/2013 2.205 2.315 2.260 2.159 2 . 2 11 2.185Junho/2013 2.205 2.315 2.260 2.196 2.248 2.222Mdia P5 (US$/t) 2.139,42 2.137,83Mdia P5 (US$/kg) 2,14 2,14

Os dados referentes ao valor normal correspondem a valores mensais descritos pelos non-incoterms DEL, FD, Fr.Pd e Fr.Eq, os quais, conforme informao da Tecnon OrbiChem, equivalem aoincoterm DDP - delivered duty paid. Em regra, a condio de venda DDP indica a entrega no ponto dedestino determinado pelo comprador. No caso, como essa condio foi utilizada para reportar vendasefetuadas ao mercado interno, o preo engloba as despesas internas - frete e seguro -nos mercadosestadunidense e europeu.

Por sua vez, de acordo com o art. 18 do Decreto no 8.058, de 2013, o preo de exportao, casoo produtor seja o exportador do produto objeto da investigao, o recebido ou a receber pelo produtoexportado ao Brasil, lquido de tributos, descontos ou redues efetivamente concedidos e diretamenterelacionados com as vendas do produto objeto da investigao.

Os dados referentes aos preos de exportao foram, pois, apurados tendo por base os dadosdetalhados das importaes brasileiras, disponibilizados pela RFB, na condio FOB, excluindo-se asimportaes de produtos no abrangidos pelo escopo do pedido. Convm ressaltar que, quando daabertura da investigao, somente foram excludos do escopo os produtos cujas descries permitiramconcluir, claramente, que no se tratava do produto sob anlise, como fosfato de sdio hidrogenado,adipato de diisopropil, ster de cido adpico e cido succnico. Na ocasio, a discusso acerca de cidoadpico em grau alimentcio no havia sido instaurada e este tipo de produto constou do escopo doproduto investigado.

Concluda a depurao, foram apurados o valor total FOB das importaes do produto emquest