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Ano I Edição 07 Educação, Cultura e Meio Ambiente JULHO 2008 1985 2008 Educação - Cultura - Cidadania - Meio-Ambiente - Comportamento - 3ª Idade - Saúde 01 - Dia da vacina BCG (Tuberculose) 04 - Aniv. Morte de Monteiro Lobato 06 - Aniv. Nasc. de Dalai Lama 07 - Aniv. de Rodrigues Alves Dia da Cultura e da Ciência 08- Aniv. Nasc. de Procópio Ferreira 09 - Dia da Revolu- ção Constituciona- lista Paulista Aniv. da Morte de Vinícius de Mo- rais 10 - Aniversário de Pindamonhangaba Aniversário de Bananal 11- Aniv. de Nasc. de Sér- gio Buarque de Holanda 14 - Dia da Liberdade de pensamento 17 - Dia da Proteção das Florestas 18 - Aniv. da Coroação de D. Pedro II (1841) Aniv. Morte de Padre António Vieira Aniv. Morte de Bento Gonçalves 23 - Aniv. Morte de Alberto Santos Dumont 26 - Dia dos vovós Aniv. Nasc. de Cassia- no Ricardo 27 - Aniv. de São José dos Campos 29 - Aniv. Nasc. da Prince- sa Isabel 31 - Dia da Libertação dos Povos Indígenas Aniv. Nasc. Inácio de Loyola Brandão

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Ano I Edição 07 Educação, Cultura e Meio Ambiente JULHO 2008

1985

2008

Educação - Cultura - Cidadania - Meio-Ambiente - Comportamento - 3ª Idade - Saúde

01 - Dia da vacina BCG (Tuberculose) 04 - Aniv. Morte de Monteiro Lobato 06 - Aniv. Nasc. de Dalai Lama 07 - Aniv. “ de Rodrigues Alves Dia da Cultura e da Ciência

08- Aniv. Nasc. de Procópio Ferreira 09 - Dia da Revolu-ção Constituciona-lista Paulista Aniv. da Morte

de Vinícius de Mo-rais 10 - Aniversário de Pindamonhangaba Aniversário de Bananal

11- Aniv. de Nasc. de Sér-gio Buarque de Holanda 14 - Dia da Liberdade de pensamento 17 - Dia da Proteção das Florestas

18 - Aniv. da Coroação de D. Pedro II (1841) Aniv. Morte de Padre António Vieira Aniv. Morte de Bento Gonçalves

23 - Aniv. Morte de Alberto Santos Dumont 26 - Dia dos vovós Aniv. Nasc. de Cassia-no Ricardo 27 - Aniv. de São José dos

Campos 29 - Aniv. Nasc. da Prince-sa Isabel 31 - Dia da Libertação dos Povos Indígenas Aniv. Nasc. Inácio de Loyola Brandão

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 2

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A doação do Joãozinho... No parque, Joãozinho pe-de dinheiro a sua mãe para dar a um velhinho. A mãe, sensibi-lizada, dá o dinheiro, mas per-gunta ao filho: - Para qual velhinho você vai

dar o dinheiro, meu anjo ? - Para aquele ali que está gritando: “Olha a pipoca quentinha!!! “.

Por: Francisco Viana Olhe em torno e você verá que os ícones estão caindo. Para-fraseando velho Marx, toda reputação que é sólida está se desmanchando no ar. A experiência da liberdade de imprensa, num país de tradição autoritária está mostrando a verdadeira face de políticos, principalmente políticos, que se fazem pas-sar por cordeiros, gente de bem, mas que na verdade são abu-tres ou aves de rapina a atacar o erário público. Pergunta: O que você faria se de repente o seu nome apare-cesse em meio a uma reportagem exibindo o seio da corrup-ção? Você é uma personagem de prestígio, uma carreira sem nó-doas ou mesmo com alguns percalços. A primeira reação é negar tudo, indignado. A segunda, conseqüência da primeira é processar a mídea. A terceira... é dizer que a reportagem tem muitos furos, montar uma versão para consumo de amigos, correligionários, etc... E, depois, apostar que tudo vai cair no esquecimento. Delete. E pense num gesto nobre ou, no míni-mo inteligente. Reconheça a culpa. Confesse o erro. Acredite. É o melhor caminho. A questão, na essência, e ha-mletiana: ser ou não ser ? Lembre-se dos filmes de júri americano. Há um momento em que o promotor pergunta, por exemplo: você roubou ou não roubou? É sim ou não. Ou, lembre-se dos antigos combates medievais. Uma cidade sitiada procura manter os sitiantes à distância de seus muros. Caso contrário, era inevitável. Seri-am tomadas de assalto e destruídas. No caso das denúncias da mídea, há momentos em que o combate pode ser compara-do ao antigo cerco das cidades. Se a denúncia é objetiva do gênero - recebeu propina, desviou verbas, articulou-se com máfias, etc... é sinal de que os muros estão sendo invadidos. Você procura um advogado de renome. Ele diz: “Negue. Negue tudo. Vamos discutir o assunto na justiça.”. Sim é uma saída. Mas em casos de denúncias de corrupção o público a prestar contas não é só a justiça. O principal público é a sociedade. E o julgamento desta é sumário, implacável. Começa pelos ami-gos, os parceiros, os eleitores, aqueles com que você faz ne-gócios normais, legais. Depois vem a rejeição. O silêncio. To-dos fogem. Todos lhe viram as costas. É como se você não vivesse mais no mundo contemporâneo. O celular não toca. O telefone não toca. O e-mail parece que foi desativado. Você se torna um fantasma. É como se vivesse na Grécia de Péricles e tivesse sido condenado ao ostracismo. É terrível. Com o passar do tempo os processos se acumulam, o ministério público bloqueia seus bens. De repente, você a-corda e descobre que vive num inferno. Que a impunidade é um mito como é um mito a história de que o brasileiro tem me-mória curta, que o brasileiro não sabe votar, que o tempo tudo apaga. Não apaga não. A toda a hora o seu erro será lembrado. Na escola dos seus filhos, no trabalho da sua mulher. A de-núncia não contestada com provas que não possam ser ques-tionadas ou que não suscite uma confissão de erro é como uma mosca. Estará sempre zumbindo ao seu redor. Ou, uma imagem um tanto mais refinada, lembra aqueles sacerdotes que na Roma antiga acompanhavam os generais vitoriosos nos desfiles pelas avenidas a dizer, enquanto eram ovaciona-dos pelas multidões: “Você é mortal, você é mortal, você...”. A mosca , se pudesse falar, diria a mesma coisa: “Você é mor-tal...” Ou, ninguém está acima do bem e do mal. Ninguém no Brasil dos dias atuais, uma vez acusado de cor-rupção, nunca foi a público dizer: Errei. Por que ninguém rea-ge assim? Certamente, porque o erro se banalizou. Passou a fazer parte dos usos e costumes da política. Certamente, por-que se aposta muito mais na absolvição pela justiça do que pela opinião pública. Certamente, porque esqueceu-se de que a reputação é uma soma de imagem com a identidade. E que esta se dissolve quando discurso e prática se revelam disso-nantes. O dado novo é que a liberdade de expressão está exi-gindo dos políticos uma nova postura. Sob o autoritarismo, a sociedade vivia como quem caminha numa avenida à noite onde não se pode ver a paisagem por falta de luz. Hoje, não é mais assim. Seja noite ou seja dia, tudo está ficando claro, bastante claro. Por isso as reputações estão se desmanchan-do no ar. No caso de admissão da culpa, você poderia ter o consolo de ouvir as pessoas dizerem: “Parabéns pela coragem”.

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 3

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Polícia Militar 190 Polícia Federal (12) 3931.0999 Disk-Denúncia 181 Direitos Humanos 100 Corpo de Bombeiros 193 Sabesp 195 Procon 151 Bandeirantes Energia 0800 55 08 00 Poupa Tempo SJC 080077 23633 IPEM 0800 13 05 22 SOS Samaritanos 080077 00641 Contur s.j.c (Turismo) (12) 3921-7543 Prefeitura S.J.C. (12) 3947.8000 Fundação Cultural s.j.c (12) 3924.7300 Hospital Municipal (12) 3901.3400 CTA (12) 3947.5700 IMPE (12) 3945.6034 Conselho tutelar (12) 3921.8705 Delegacia da Inf. e Juv. (12) 3921.2693 Vigilância Sanitária (12) 3913.4898 Delegacia da Mulher (12) 3921.2372 Câmara Municipal (12) 3625.6566 CVV (Centro Valoriz.Vida) (12) 3921.4111 AA (Alcoólicos Anônimos) (12) 3921.3611 NA (Narcóticos Anônimos) (12) 9775.6779 P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL São José dos Campos (12) 3931-7088 Cachoeira Paulista (12) 3101.1966 Roseira (12) 3646.1200 Taubaté (12) 3921.5011 POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL São José dos Campos (12) 3944.4442 Taubaté (12) 3633.3888 Caraguatatuba (12) 3883.1044 POLICIA CIVIL (Plantões) São José dos Campos (12) 3921.2693 Jacareí (12) 3953.2277 Taubaté (12) 3633.4544 Guaratinguetá (12) 3132.6247 Caraguatatuba (12) 3883-5277 DEFESA CIVIL São José dos Campos (12) 3945.9600 Jacareí (12) 3953.3871 Taubaté (12) 3625.5000 Guaratinguetá (12) 3122.2728 Caraguatatuba (12) 3882-6841 AEROPORTOS São José dos Campos (12) 3946.3000 Taubaté (12) 3621.2277 Guaratinguetá (12) 3122.2500 Guarulhos (11) 5095.9195 Vira Copos (Campinas) (19) 3725.5000 RODOVIÁRIAS São José dos Campos (12) 3921.9122 Jacareí (12) 3961.6640 Taubaté (12) 3655.2818 Guaratinguetá (12) 3132.1380 Caraguatatuba (12) 3882.1669 Tietê (São Paulo) (11) 3135.0322 PRONTO-SOCORRO São José dos Campos (12) 3901.3400 Jacareí (12) 3953.2322 Taubaté (12) 3921.6036 Guaratinguetá (12) 3125.3131 Caraguatatuba (12) 3882.1362 DIVERSOS Balsa (S.Sebastião) 0800 704 55 10 DPDC (61) 3429.3636 IDEC (12) 3874.2150 PROTESTE (12) 3906.3800 SITES DE CONSULTA E ACESSO Procon www.procon.gov.br Ministério da Justiça www.mj.gov.br/dpde Tribunal Justiça www.tj.sp.gov.br Justiça Federal www.trf3.gov.br Minist. da Fazenda www.fazenda.gov.br Previd. Social www.previdencia.gov.br Narcóticos Anônimos www.na.org.br MASTERCARD (CEF) 0800 78 44 38 CREDICARD 0800 78 44 11 DINER’S 0800 78 44 44 UNIBANCO (Visa) 0800 11 84 22 BRADESCO (Visa) 0800 56 65 66 OUROCARD 0800 16 11 11 CREDIREAL 0800 12 21 20 AMERICAN EXPRESS 0800 78 50 75 B.F.R.B. (Pers) 0800 11 80 40 FININVEST 0800727 3003

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Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os ho-mens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamo-res da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está associando à sua marca ou ao seu negócio, slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada. Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta imediata ás suas necessidades mercadológicas. Regionalmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes. Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX. Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da socie-dade mundial ao qual a brasileira não é exceção. Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine e incentive estas iniciativas.

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O último dos grandes estadistas, Wins-ton Churchill, gênio de múltiplas face-tas, há de ser perpetuamente lembrado como um dos mais exasperantes vul-tos da História. Acertou no vaticínio de tantas crises que a sua capacidade de previsão do futuro se tornou lendária entre seus compatriotas. Foi, também a voz da consciência Britânica, o tribunal de última instância nos momentos de perigo. Até à hora da morte, permane-ceu irônico e de espírito singularmente jovem; mesmo o seu aspecto pouco se alterou no decurso de muitos anos. Churchill deve ser considerado o mais notável espírito de independência dos tempos modernos. E não se imortali-zou somente como homem de estado, orador, historiador, biógrafo, humoris-tas, correspondente de guerra; estabe-leceu, também, invejáveis recordes como bebedor de brandy, artista, ro-mancista, aviador, jogador de pólo, soldado e proprietário de cavalos de corrida. Que fatores levam um homem a elevar-se de simples posse de talento, ou ta-lentos, à genialidade? Aqueles que melhor conheceram Churchill afirmam que a sua força provinha de uma com-binação de virtude, tais como a energi-a, a inteligência e a memória... e uma ambição como nunca terá havido outra depois de Alexandre da Macedônia. Winston Leonard Spencer Churchill nasceu em 30 de Novembro de 1874, num cenário de majestosa grandeza: O Palácio de Blenheim, então proprieda-de de seu avô, o sétimo duque de Mal-

borough. Sua mãe, norte-americana, era uma senhora de deslumbrante be-leza, espírito ágil e invulgar sentido de humor. “Eu adorava-a”, escrevia Chur-chill, “mas à distância. Encarei-a sem-pre como uma princesa de contos de fada”. Quanto a seu pai, Lorde Randol-ph, era um homem talentoso que fez uma brilhante, embora curta, carreira no Parlamento Britânico. Era Winston Churchill criança e já o seu aspeto não deixava dúvidas quan-to à intensidade do seu fogo interior; baixo, tinha cabelos ruivos e a face polvilhada de sardas, nariz arrebitado e boca de talhe duro, voluntariosa, a-gressiva mesmo. Tinha, ainda, uns o-lhos azuis que se pousavam como um misto de calma e de impaciência quer sobre as crianças como ele, quer sobre os adultos. Os primeiros anos escolares de Chur-chill não apresentam qualquer seme-lhança com os da maioria dos grandes homens. Desde muito cedo se revelou tenaz inimigo dos livros de estudo, e o seu internamento no caríssimo Colégio de Ascot, como medida tendente a

transformá-lo, não foi coroado do me-nor êxito. Era frequentemente enviado, pelos professores, à sala de castigos, onde o diretor do colégio o açoitava. Tinha horror ao latim e, durante todo o tempo que esteve em “Ascot”, recu-sou-se, com inabalável firmeza, a aprendê-lo. (Anos mais tarde. ao dar pela utilidade de se intercalarem, nos discursos políticos, algumas sonoras frases em latim, fincou os cotovelos na secretária (mesa) e, muito à sua manei-ra, decorou um dicionário inteiro de citações latinas). Em 1888, quando o futuro primeiro--ministro ingressou na escola de Har-row, meteram-no na classe dos alunos mais atrasados. “Não era um rapaz fácil de manejar”, diria, mais tarde, um de seus professores. “Claro que toda a gente lhe reconhecia uma inteligência muito acima da média, mas só estuda-va quando queria e para os professo-res que apreciava”.

Dotado de uma superior energia e re-belde à disciplina, sofreu uma série de castigos e provocou a hostilidade de alguns dos próprios colegas, os quais, todavia, guardaram uma profunda im-pressão do “Cabeça de cenoura”, co-mo era conhecido em Harrow.

São do próprio Churchill estas palavras: “Por ter ficado tanto tempo nas classes atrasadas, ganhei uma imensa vantagem sobre os melhores estu-dantes. Enquanto eles

aprendiam latim e grego e outra magní-ficas coisas do gênero, eu aprendia Inglês. Um professor chamado Somer-vell (um homem encantador, a quem muito devo) estava encarregado de ensinar aos rapazes mais estúpidos a matéria entre todos mais desconside-rada - escrever em Inglês. E ele sabia, de fato ensinar. Como repeti três vezes

o terceiro ano, não me faltou tempo para aproveitar as suas aulas. E, assim, comecei a dominar a estrutura es-sencial da fra-se inglesa”. Churchill ficou reprovado du-as vezes con-secutivas no

exame de Admissão à Academia Militar de Sandhurst. Um tal capitão James, que foi seu professor quando da tercei-ra - e, finalmente, bem sucedida - tenta-tiva, teria dito: “É impossível que este rapaz tenha passado por Harrow. Deve ter passado por baixo”. Uma vez na Academia, porém, operou-se em Chur-chill uma transformação radical. A anti-ga teimosia, o caráter resoluto, deno-dado e indomável, nada disso o aban-donou; mas foi perdendo, sim, o hábito de desdenhar de tudo, bem como o que havia de caprichoso no seu feitio (caráter). Pôs-se a trabalhar com empe-nho, assistindo, com seriedade e aten-ção, às aulas e passando longas horas, à noite, agarrado aos livros. Numa classe de cento e cinqüenta alunos, classificou-se em oitavo lugar. Ao deixar Sandhurst, Churchill incor-porou-se no quadro de Hussardos, regimento de escola de cavalaria. Com ele, seguiu para a Índia.

Mais que um esforço, mais que teimosia, o que nos leva a continuar é a necessidade absoluta de ajudar a conscientizar e a disseminar cultura ,tradições e cidadania

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P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 4

O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a cidade www.gazetavaleparaibana.com

Pedras Preciosas “Mitologia - Lendas - Pedras Preciosas”

Muitas religiões e doutrinas, naturalmente perdidas, com o suceder-se das grandes glaciações, que seguem os grandes cataclismos naturais, onde periodicamente a Natureza se recondi-ciona, e onde também os ciclos evoluti-vos, podem ser interrompidos, para se-parar “O trigo do Joio...” e, onde, depois, no inicio, ressurgem as condições de barbarismo, onde a revolução da Ciência se integra com a religião da superstição, o “Ciclo da Irmandade” se abre por certo tempo. Mas, pela obra de “Hanh-a-mar”, a pre-ciosa bagagem cultural ligada às pedras volta sempre, junto aos princípios da doutrina que sempre se restabelece na avaliação de um “Mestre Primordial”, de sua esfera e de sua época.

Há cento e vinte mil anos antes de Cris-to, desaparece a civilização “Atlântida”, por cataclismos naturais.

Há cento e trinta mil anos antes de Cris-to, nasce a civilização “Atlântica” que vem substituir aquela Hiperbórea. Há seiscentos mil anos antes de Cristo inicia-se um outro período de grandes glaciações.

Há quatro milhões de anos antes de cris-to floresce a civilização tecnológica e espiritualmente avançada de “RUL”, na qual “Hanh-a-mar” organiza uma cultura unificada em todo o planeta.

Antes... domina a ignorância e a supers-tição, mas raízes míticas da tradição “SHAN”, onde se constitui o primeiro “Hanh-a-mar” deste planeta. Tem inicio a vida animal e comparecem sobre o pla-neta os míticos “Mestres Primordiais” e, deles, “TAH-AI” recebe o ensino.

Existiu um tempo em que o Mundo era possuído pelos Senhores da Escuridão. A Gran Luz ainda não tinha trazido a Ge-

ma Verde e os homens ainda não conhe-ciam a Gran Mágica para livrarem-se dos Senhores.

Quando os Senhores estavam de bom humor, o homem encontrava a caça, e prosperava. Naqueles dias não fazia frio, porque o Gran Olho Luminoso que esta-va no céu mandava o seu olhar de fogo para aquecer os homens na Terra. Mas quando os Senhores se iravam, não havia lugar na Terra onde o homem pu-desse abrigar-se do frio, e não encontra-va caça para satisfazer a sua fome. As hordas de animais ferozes, destruíam as provisões dos homens que, lutavam, entre si, para conseguir comida.

Naquele tempo vivia “Tah-Ai”. Também ela com seu povo, tinha medo dos Se-nhores, mas a sua curiosidade era mais forte que o temor; de tudo tinha medo e curiosidade. Passava o tempo olhando ao redor e se perguntava: Quem são es-tes Senhores ? Será que existem Senho-res bons ? Perguntava-se se era verdade o que se dizia, que atrás do horizonte acabava o mundo e os que lá se aventuravam, caí-am num escuro abismo, sem fundo e sem fim...

Perguntava-se por que o céu chorava quando o Olho de Fogo ia embora, e por que a água do rio corria sempre sem po-der parar... Além de tudo se impressiona-va cada vez que o Mundo ficava escuro, como se a escuridão encobrisse a sua morada, e, sentia, que através da escuri-dão mil olhos luminosos a fitavam... Quando a Gran Luz desceu à Terra, Tah-Ai pensou que os Senhores bons tinham chegado, mas, cada vez que tentava se aproximar deles, a luz feria seus olhos e tinha que voltar para trás... Ainda muitas luas, deveriam passar antes que Tah-Ai pudesse se aproximar.

Um dia, porém, seu esforço foi premiado; os Imortais se aperceberam dela e fize-ram-na dona de 22 pedras mágicas com as quais ela poderia conhecer a lingua-gem das coisas e do Mundo.

Tah-Ai gostava muito de brincar com as suas pedras... e, daquele dia em diante tornou-se muito hábil em fazer coisas nunca vistas: podia falar com os animais e com as coisas, sabia encontrar ervas da felicidade e trocar as cores do mundo. Daquele dia em diante os poderes de Tah-Ai tornaram-se conhecidos em toda a tribo e ela tornou-se forte e poderosa. Então voltou a visitar os Imortais, para ter aquilo que ainda procurava, e lhes falou: É muito grande o dom que me des-tes. Agora posso brincar e alegrar a mi-nha gente. Posso conhecer o nome das coisas e falar com os seres que são dife-rentes de mim. Mas isto não é o bastan-te. O mundo é governado pelos Senho-res do mal e eu quero vencê-los. Quero ensinar os meus filhos a dominarem o mal do mundo. Ai, o mais velho dos Imortais convidou Tah-Ai a sentar-se à sua frente, no meio da cerca e, falou-lhe assim: Tah-Ai, tu demonstraste fazer bom uso das pedras mágicas, e na riqueza e no poder sou-beste manter-te humilde. Não te perdeste na prosperidade. Por isto, presenteio-te com o Sigilo do Espírito. Assim dizendo, estendeu a mão e disse: Com isto a vida e a morte, o céu e a terra não terão mais segredos para ti. Com isto, poderás vencer o mal e unir-te aos justos e, poderás fazer dono disto a

quem achares digno de recebê-lo. Tah-Ai sentiu a frente queimar abaixo da mão do Imortal e naquele momento viu em volta de si tudo aquilo que antes não via. Quando o velho recolheu a mão, na fren-te de Tah-Ai, brilhava uma grande Gema Verde. Foi assim que Tah-Ai conseguiu ver to-dos os mundos que estavam à sua volta e, seu poder cresceu tanto que foi capaz de comandar ventos, as chuvas e afastar as feras. Enfim, viu os Senhores nos seus verda-deiros aspetos e não teve mais medo deles e, até sentiu piedade deles, e, com a Gema Verde pôde falar com os mortos e, com o seu poder, assegurar a prospe-ridade a toda a sua gente.

Tah-Ai tornou-se a Mestre do Vilarejo e todos se chegaram a ela para aprender a brincar com as pedras mágicas. Revelou aos seus amigos mais atentos o que sa-bia e levou-os também ao Cerco dos I-mortais, que deram, também, a eles, o dom da Gema Verde.

E foi assim que, daqueles dias em diante, os Senhores do mal não tiveram mais a coragem de comparecer às terras deste mundo, porque muito grande tinha-se tornado o poder dos homens.

Conhece-se, principalmente pelo ciclo de Lendas ligadas aos “Cavaleiros da Mesa Redonda” (Távola Redonda). o contexto esotérico da Taça que teria servido Jesus Cristo, na “Última Ceia”, e a José de Arimatéia para colher o sangue do próprio Cristo.

Na realidade, pode-se afirmar que os Cristãos se apropriaram do “Mito do Gra-al”, pois este é infinitamente mais antigo. A “Lenda de Graal” se perde na noite dos tempos imemoriais e, pode ser a interpretação, até do evento da descida à Terra dos misteriosos “Mestres Primordi-ais”.

A representação do Símbolo do Graal pode ser vista sob várias formas: como um livro, contendo mistérios esotéricos da vida e da morte, ou do Atmar: sapiên-cia do tempo. Ou como uma Taça con-tendo todo o conhecimento possível do homem. Mas, acima de tudo, as caracte-rísticas esotéricas de uma pedra: preci-samente a esmeralda.

O Graal, entendido como livro, represen-ta o “Caminho do Iniciado” que realiza uma série de etapas para alcançar o “Conhecimento Total”. Este caminho necessita de indicações preciosas, justa-

mente do Livro Graal, ou seja: O Atmar da cultura Shan.

A “Taça de Graal”, recavada de uma grande pedra esmeralda, é o símbolo maior e mais conhecido para ser ligado a uma epopéia: a do Rei Artur, onde é in-terpretada como a “Copa do Saber”, já que conteve o sangue que doa a imortali-dade. Mas a Copa aparece também em civiliza-ções muito mais antigas e, hoje, desapa-recidas totalmente. Por exemplo: o Culto da Copa de Ouro dos povos do Norte da Europa, os Celtas, típicos e de origem arcaica: ou da Copa que se serviam os “Atlântidas” nos seus cultos religiosos , como refere Plantão no seu “Timeo”; ou a cópia disso, a Copa Eucarística da Mis-sa dos Católicos...

Mas poucos sabem que a Copa, segundo doutrinas bem mais antigas, era entendi-da como o “Universo” contendo estrelas e planetas, e a “Cerca do graal” era con-siderada a “Cerca das Estrelas”, da qual o Sol mera o elemento Mestre. Também poucos sabem que a interpretação mais significativa da “Pedra Graal” ou “Esmeralda” encontrada em muitas das tradições esotéricas é, acima de tudo, aquela que se referee à “Tradição Pri-mordial”, pois a aura desta ordem é ver-de esmeralda, a cor do ensino, que sina-liza o Shamani ou o “Mestre Primordial”. Muitas tradições ligam a pedra ao plane-ta “Vênus”, pondo-o em relação a um corpo celeste que caiu na Terra em épo-cas imemoriais e muitas são as fontes, que sustentam que esta pedra era enor-me e verde. Uma esmeralda é chamada de “Lapis Exilis” ou pedra caída do céu, ou pedra da Luz, ou ainda, simplesmente pedra verde, de onde se recavou a “Taça Graal”.

Segundo os Muçulmanos, a “Caaba” era uma enorme pedra verde que caiu do céu e que se tornou preta, carregando-se de pecados do mundo. A pedra verde é sempre citada nas tradições primitivas, como por exemplo: a pré-colombiana, onde o Gran Sacerdote Quetzalcoatl obti-nha a potência das estrelas, pois tinha como intermediária uma grande esmeral-da mágica. E o esoterismo do mito do Graal, recon-duz sempre a um único ponto, seja como Livro, Copa ou Pedra: ao fato que sem-pre desaparece da Terra onde se inicia, sempre, por parte dos homens, a sua procura...

Quando o homem apareceu na Ter-ra, encontrou-se num Mundo onde a Na-tureza iria lhe reservar muitas surpresas, nas suas descobertas. Entre as grandes descobertas do ho-mem, na antiguidade, podemos citar a dos minerais; acima de tudo, aqueles de estrutura complexa, iguais entre si, o surpreenderam, pois assim como muitas manifestações da Natureza, nada mais eram, como ele próprio, componentes nascidos da mesma experiência, em que uma nuvem cósmica se transformaria gradualmente numa manifestação inte-grada.

A relação do homem-mineral ressalta um aspecto assombroso da experiência hu-mana onde, principalmente, evidencia-se a sutil e profunda ligação que interliga o homem, a gema e o metafísico.

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 5

Senhores Empresários patrocinar cultura é patrocinar desenvolvimento e cidadania. Este País e o seu futuro agradecem 0xx12 - 3902.7629

Comportamento

GESTALT = Gestalt é um termo intraduzí-vel do Alemão, utilizado para abarcar a teoria de percepção visual, baseada na psicologia da forma.

A percepção de que o planeta Terra, com idade de 5 bilhões de anos é um ser vivo, pode ser um instrumento importante para a materialização da rela-ção organismo/meio ambiente da Terapia Gestalt. A teoria Gaia, do cientista Inglês James Lovelock, afirma que “a Vida e a Terra evoluem juntas, excluindo o paradigma da visão científica convencional, onde reina o apartheid entre os vários campos das disciplinas ambientais”. A proposta dessa nova-antiga visão é fazer uma sín-tese das contribuições da geologia, geo-química, biologia evolutiva e climatologi-a, transformando a concepção grega da Terra, enquanto deusa viva, numa teoria fundamentada cientificamente e apoiada em uma nova disciplina, a Geofisiologia. Entretanto, apresentar o planeta Terra como Gaia - Mãe Natureza - de forma compreensível e tentar levantar algumas questões que mostrem a famosa relação organismo-ambiente e as dinâmicas fronteiras de contato é, para um geólogo, uma tarefa difícil e, por não dizer, auda-ciosa. Peris, o pai da Terapia Gestalt, dizia que não é possível analisar um ser humano independentemente do oxigênio que ele respira. Mesmo que suas palavras não devam ser tomadas ao pé da letra, o oxi-gênio, elemento chave para a existência da vida, está presente na atmosfera nu-ma percentagem de 20,8 %. Se sua con-centração estivesse acima desse valor, relâmpagos poderiam transformar o pla-neta numa bola de fogo; valores abaixo acarretariam uma deficiência desse ele-mento para muitas espécies que não sobreviveriam, inclusive a nossa. As algas microscópicas que vivem nos ambientes aquáticos, notadamente nos Oceanos - fitoplancton - são as maiores responsáveis pela regulagem do percen-tual de oxigênio na atmosfera. Elas se beneficiam da “tecnologia” conhecida como fotossíntese, que é a transforma-ção do CO2 em oxigênio livre, na presen-ça da luz solar. É preciso ressaltar que os vegetais são os nossos “órgãos” externos da respira-ção. Eles retiram o CO2 e fornecem o oxigênio, elemento indispensável para a vida animal. Da mesma maneira, sem o reino animal as plantas também morreri-am, pois nós devolvemos à atmosfera CO2, o mais importante alimento das plantas. Todos sabemos da importância da respi-ração e da necessidade de respirar um ar puro, hoje difícil nos grandes aglomera-dos urbanos. Até que ponto o não saber respirar corretamente ou respirar um ar contaminado interfere no equilíbrio

(saúde e psíquico) humano ? Um outro exemplo que demonstra que a Terra funciona como um organismo vivo é a salinidade das águas marinhas. A água do mar é salgada devido à quanti-dade de sais nela dissolvida, que chega-ram e chegam aos oceanos através das erupções vulcânicas e do aporte de á-guas continentais. Se considerarmos os últimos 18 milhões de anos, a quantida-de de sais lançados pelos rios no ambi-ente marinho já seria suficiente para transformar os oceanos em um verdadei-ro mar morto., com teor de salinidade acima de 40%. Entretanto, a quantidade média de sais na água do mar permane-ce, desde origem dos oceanos, em 35%, porque os organismo microscópios que habitam o ecossistema marinho concen-tram excesso de sal, permitindo que e-xista vida. A origem da vida, como diz a ciência, se deu há 3 bilhões de anos, nos oceanos, e nós somos - à luz da teoria da evolução de Darwin - filhos desse grande útero materno. Levando-se em consideração a quantida-de de água que caiu na Terra ao longo de sua história geológica, ela seria suficien-te para tornar o pH de todos os solos ácidos, tornando inviável a presença de vegetação no planeta. Entretanto, as bac-térias e outros microorganismos que vivem nos solos garantem a cobertura vegetal. Os vegetais, por sua vez, interfe-rem sobre o clima. Não fossem os meca-nismos utilizados pelo “fitoplâncton”, “zooplâncton” e pelos microorganismos do solo, não existiria vida no Planeta Terra. Percebendo a Terra como um ser vivo, Peter Russel, em seu livro “ O Despertar da Terra” advoga que nós, seres huma-nos, constituímos as células do planeta. Seria esse o inconsciente coletivo de JUNG, produto do pensamento de 6 bi-lhões de “células” que formam o “cérebro global” da Terra Viva ? Os desequilíbrios do planeta, provoca-dos pela emissão de gases estufa na atmosfera, chuvas ácidas, buraco na camada de ozônio, desmatamentos e extinção de espécies, não sugerem que o ser humano, como célula do cérebro do planeta, esteja naturalmente desequili-brado, precisando religar-se com os prin-cípios da sua evolução biológica? Inserir técnicas que levem o homem ao contato com o ambiente natural não seri-a um instrumento importante na Terapia Gestalt ? Saber que nós somos o plane-ta, materializado, quando estamos em “awareness” com Gaia, é sem dúvida um elemento importante na compreensão da teoria da percepção enfocada pela Ges-talt. Somos parte de Gaia e, como a parte contém o todo e o todo é maior que a soma das partes, a Terra é a totalidade. A mãe natureza está doente. Ela necessita de um olhar sensível e equilibrado para se manter viva. Temos que deixar de nos comportar como um ego encapsulado na pele (“Tudo que estiver dentro de minha pele sou eu, e o que está fora da minha pele não sou eu”). É preciso tornar poro-sas as fronteiras de contato. A Terra é o personagem principal. Nós, seres humanos, que adoecemos Gaia, não deveríamos ser figurantes, como forma de garantir a própria sobre-vivência ? Por: Luis Lira Fonte:Somos todos um

Por: Graziella Marraccini (astróloga) Fonte: Somos todos um Os noticiários de todo o país não param de noticiar a queda e conseqüente morte da menina Isabella que aconteceu em São Paulo há umas poucas semanas atrás. A primeira pergunta que vem à cabeça, ao ouvir tal notícia é: será queda ou assassinato? Á medida que o tempo passa, parece mais evidente que a crian-ça foi realmente jogada pela janela, pro-vavelmente após ter sofrido uma agres-são, já que apresentava ferimentos e até sinais de sufocamento. Mas, me pergun-to, o que leva um ser humano a cometer tamanha monstruosidade ? A primeira coisa que eu fiz, como astróloga, foi dar uma olhada no mapa do céu, e nem pre-cisava fazê-lo realmente, pois eu sabia que, há algumas semanas uma oposição entre os planetas Marte e Plutão, poderia indicar um aumento de violência, e isso a nível mundial. Essa oposição, também chamada de alinhamento, já estava pre-sente desde janeiro e há várias semanas eu havia comentado seus possíveis efei-tos no sentido de fazer explodir nossa raiva interior em atos agressivos. especi-almente no ambiente doméstico. Marte esteve retrogrado e chegou a entrar em Gêmeos, mas agora ele transita em Cân-cer que é o signo que tem analogia com a família, com o ambiente doméstico. Esse aspecto terminou praticamente no final de março, mas então entrou em ce-na Júpiter, também em oposição com Marte. Marte é o regente natural de Áries, e tanto a mãe (Ana Carolina) quanto a filha (Isabella) eram arianas ! Ai, meu Deus, não fiquem apavorados achando que todos os arianos vão sofrer agres-sões desse tipo, pois, provavelmente, no mapa astral dessas duas criaturas havia uma indicação de que elas sofreriam este tipo de agressão neste momento de sua vida. Uma criança que morre antes dos 7 anos encarna praticamente para “dar um recado” a alguém ! São peque-nos anjos que se sacrificam para deixar uma marca especial em sua passagem. Porém, não podemos esquecer que mui-tos atos de violência doméstica não apa-recem na mídia, nem fazem parte das estatísticas. Minha empregada me disse que no sábado à noite (enquanto se noti-ciava a morte de Isabella) um vizinho de casa havia matado a facadas a esposa e os dois filhos ! E esse caso nem foi noti-ciado ! Porém, minha reflexão sobre esses atos

insanos é mais inerente ao fato de que, muitas vezes, não conseguimos conter a raiva e cometemos atos agressivos dos quais certamente nos arrependemos mi-nutos depois ! O ato de agressão não é controlável racionalmente, pois em mui-tos casos ele se manifesta de forma “quente”. A raiva deriva das fúrias, que não são outra coisa senão frustrações guardadas interiormente. Mas, as frustrações são inevitáveis, dirão vocês, então, como controlá-las? A astrologia é capaz de traçar um perfil do caráter do individuo e pode nos infor-mar sobre as propensões ou direciona-mentos de suas ações. Todo o individuo se expressa através das qualidades do Sol, da Lua, de Mercúrio e de Marte no consciente, iniciando a entrada no cam-po inconsciente com as qualidade de Vênus, Júpiter e Saturno, neles incluíndo a memória racial e a familiar. Portanto, concluímos que a energia de Marte pode ser controlada voluntariamente. No en-tanto, existem planetas chamados de “transpessoais” que nos conectam com o carma coletivo. Esses planetas: Urano, Netuno e Plutão, possuem energias difi-cilmente controláveis em nível individual, pois se baseiam na estrutura profunda da psique. Na Árvore da Vida eles for-mam o triângulo superior que nos conec-ta com a consciência cósmica. Podemos concluir então que se deixar-mos nossa raiva explodir de forma “marciana” estaremos canalizando essa energia “quente” de forma visceral, ani-mal e verbal e causaremos algum estra-go, à nossa volta, atacaremos e agredire-mos alguém (mesmo que ele não seja o causador da frustração inicial) ou então causaremos mal a nós mesmos, ainda que sem ter essa intenção. Se esperarmos a frustração esfriar, colo-cando-a na geladeira “saturnina”, ela se tornará ressentimento e poderá encon-trar dificilmente uma forma de se mani-festar, a não ser no caminho indireto: Irá se expressar através de palavras morda-zes, sarcásticas, expressões de frieza, ações indiretas, mas capazes de causar dor e bloquear as novas experiências. Por último, se essa frustração for guar-dada por longo tempo, de forma “plutoniana”, cristalizada e congelada pela criogenia, se tornará ódio, e esse sim é o nosso pior inimigo ! Destrutivo e incontrolável, o ódio explode como uma bomba relógio sua destruição será i-mensurável. Esse tipo de frustração/ódio é também o maior causador de câncer. A meu ver, somente o amor é o verdadei-ro antídoto do ódio, e não é aquele amor possessivo, individual, que visa somente a satisfação do próprio Ego. Estou falan-do do amor universal, aquele que abre nosso coração e nos ajuda a aceitar o outro sem preconceito nem prejulgamen-to. Eu creio que existem duas palavras-chave para superarmos o perigo de so-frer uma explosão de raiva: PERDÃO e AMOR. Com essa duas palavrinhas tra-duzidas em atos e comportamento pode-mos curar o ódio que causa tanto estra-go e tanta dor. Pensem nisso este mês, irradiem Amor à sua volta e sobretudo, não julguem pre-cipitadamente: perdoem para serem per-doados. Graziella Marraccini é astróloga, tarólo-ga, cabalista e estudiosa de ciências o-cultas.

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 6

O Planeta e você “Lixo Espacial”

“Gazeta Valeparaibana” presente em mais de 80 cidades do CONE LESTE PAULISTA , sendo 3.000 exemplares gratuitamente

Não bastasse ao homem sujar e emporcalhar seu habitat, o planeta Terra, com esgotos não tratados, contaminação dos lençóis freáticos, desmatamentos no interior e no litoral, o ar com poluentes, já fomos além do problema do buraco de ozônio, muito além. Agora estamos poluindo o espaço cide-ral... Segundo dados da AEB - Agência Espacial Brasileira, na ONU - Organiza-ção das Nações Unidas, ainda não se atingiu consenso como enfrentar o pro-blema. Escreve na página da AEB, Flávio Henrique Lino, que um vasto LIXÃO ES-PACIAL é no que se transformou a órbita da terra desde que o Sputnik 1 subiu ao espaço no ano de 1957. Diz também que “em meio século de via-gens espaciais, o homem conseguiu transformar o entorno do planeta numa gigantesca área de restos, detritos, des-troços que, eventualmente, obedecem à Lei da Gravidade e caem de volta, deixan-do um rasto de fogo nos céus”. Diz também Henrique Lino que “A Nasa estima em dezenas de milhões a quanti-dade de detritos espaciais variando em tamanho de menos de um centímetro a mais de um metro.”.

Acrescenta ainda que “Atualmente, cerca de 11 mil objetos maiores de dez centí-metros catalogados orbitam a Terra, e sabe-se que há mais de cem mil com ta-manho entre um e dez centímetros. As estimativas para objetos menores do que isso chegam a dezenas de milhões”. Mais, “Os objetos vão batendo uns con-tra os outros e se fragmentando, aumen-tando cada vez mais o numero deles em órbita” explica José Monserrat Filho, vi-ce-presidente, da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial. Diz ainda Flávio Henrique que “De 1999 a 2003, 840 toneladas (oitocentos e quaren-

ta mil quilos) de lixo espacial voltaram à Terra. Segundo ele, as agências espaciais dos EUA e da Rússia monitoram a localização dos objetos maiores, que representam perigo real para as espaçonaves e os

satélites em torno da Terra, pois muitos viajam a uma velocidade de até 40 mil/km hora. Também, segundo a NASA, nos últimos 40 anos, todos os dias um objeto catalo-gado cai na terra. O caso mais famoso de lixo espacial foi o satélite Skylab, de 69 toneladas, cujos destroços caíram - sem qualquer contro-le - no Oceano Índico e na parte ocidental da Austrália, em 11 de Julho de 1979, deixando o mundo numa tensa expectati-va. E, não é para menos, consideremos as probabilidades de um pequeno objeto de um único quilo, a uma velocidade de 40 mil quilômetros horas atingir, por e-xemplo um avião comercial, um arranha céus comercial em horário de expedien-te, ou então residencial, durante a noite. Por enquanto, na sua maioria estão cain-do nos oceanos, vejamos: “A estimativa é de que entre 20 a 35 toneladas de mate-rial resistiram à fricção de entrada e caí-ram no Oceano Pacífico Sul, a Leste da Nova Zelândia - área designada por trata-dos internacionais como “LIXÃO” espaci-al do planeta. O pior é que o mundo ainda não encon-trou nenhuma forma para a solução do problema, o homem sabe sujar e o pior muito e pior ainda, não sabe como lim-par. Pergunta-se? Por que então continu-ar no mesmo caminho ? Porque não pa-rar e repensar o que o ser humano quer de futuro e como quer viver neste plane-ta ? Segundo Lino “A solução para o proble-ma do lixo espacial, no entanto, ainda está tão longe de ocorrer quanto Plutão está do Sol.”

Filipe de Sousa

Como caminhamos e para onde está caminhando a humanidade. Tecnolo-gia, facilidades, evolução... Será que este é o caminho ? Progresso a todo o custo. O imediatismo descontrolado de facilida-des , a busca frenética pelo novo... Será que este caminho nos levará a algum lugar? Tem-se falado muito ultimamente dos congestionamentos nos grandes centros urbanos, especialmente na megametro-pole São Paulo, onde a ,previsão é que no máximo em até 10 anos suas vias não suportarão mais nenhum veiculo automo-tivo. Está superlotada, o transito de veí-culos ficará impossível... Tem-se falado também em crise alimen-tar, o homem não está mais conseguindo plantar e colher aquilo que necessita pa-ra sua alimentação básica... Tem-se falado muito também que o petró-leo vai acabar e que para isso se precisa urgentemente encontrar nova forma alter-nativa para substituí-lo... Mas, não tenho ouvido ninguém falar que é preciso parar e repensar sobre a forma de viver da humanidade; que o caminho que temos vindo a trilhar nestes últimos 50 anos, caminho de destruição, guerras e sangue derramado por petróleo, des-matamento, poluição de nossos rios e nossa águas, emporcalhamento do ar que respiramos, precisa ser revisto. A TERRA não precisa de salvamento, a TERRA como planeta se vira e muito bem sozinha. Como a humanidade vai caminhar para o futuro é uma dúvida que deveria estar presente em todas as mentes. “Como a terra vai enfrentar o futuro é uma certeza; ela vai oferecer seu alimen-to e proteção a outras espécies, novas, que vão crescer e multiplicar.”. Será que o homem ao empreender esta caminhada de desenvolvimento, não teria mordido de novo a Maçã? Filipe de Sousa Dias Marcondes, escreveu em seu blog:

COMIDA NO TANQUE E PETRÓLEO NA MESA

“Abastecer carros e motores em geral com biocombustíveis e alimentar as pes-soas com petróleo poderia ser uma boa solução, se não fosse apenas um delito. A pressão Mundial para a produção de biocombustíveis como alternativa à quei-ma de derivados de petróleo esquentou o debate sobre o uso do solo em todo o planeta. Terras agriculturáveis devem ser usadas para produzir comida ou para abastecer carros? Por outro lado está longe de acontecer o “fim da idade do petróleo”. A cada mês são anunciadas novas descobertas de reservas, uma das maiores, encontrada pela Petrobrás, co-loca o Brasil entre os principais produto-res mundiais. É difícil falar em restringir o uso de um recurso que está tão arraigado na econo-mia global, ao mesmo tempo que existe uma inflação mundial nos preços do ali-mento. O debate global de os a “favor” e os “contra” a propósito da produção dos

biocombustíveis tem alguns equívocos. O primeiro deles é a existência de gran-des áreas no terceiro mundo que poderi-am produzir alimentos, mas não o fazem em função dos subsídios que os países ricos dão à sua própria agricultura. Este subsídio impede que a produção agrícola de países pobres tornem-se realmente um negócio.

Uma conscientização ambiental antes do coletivo começa pelo individual. Cada um de nós deve urgentemente repensar con-ceitos e especialmente sobre que mundo queremos deixar para nossos filhos e netos... O que eles vão respirar, que água eles vão beber, em que rio poderão se

banhar e especial-mente em qual pa-drão de vida os iremos enquadrar. Eles seguirão com toda a certeza nos-so exemplo, nossa forma de viver, nossa atitude para com a natureza, nosso posiciona-mento social...

Assim, está mais do que no tempo de iniciarmos uma nova caminhada, até mesmo, por que não falar uma nova ree-ducação pessoal e individual. Não adianta ver somente no semelhante a culpa por tudo o que nos está afetando, como cidadãos do mundo e até como cidadãos de um país. O serviço social de assistência está su-perlotado, de doentes, o povo está doen-te; as cidades superlotadas de gente, o campo foi abandonado, ocuparam o es-paço do pequeno proprietário as grandes indústrias agropecuárias - era do adubo e do agrotóxico - ; cidades fantasmas, ci-dades de velhos que quando morrerem com eles morrerão também essas peque-nas cidades, vilas e vilarejos, antes agrí-colas. Repensemos sobre isso; pensemos que o homem do campo hoje vive, em sua grande maioria, em situação de penúria alimentar nos grandes centros, residindo em favelas que vão se multiplicando, de igual forma eles se vão multiplicando como seres humanos. Pobres, remediados e ricos sempre exis-tiram e irão continuar existindo no nosso planeta; pensar-se que iremos acabar de alguma forma com a pobreza, é tão so-mente conversa de palanque eleitoral. A verdadeira solução para os problemas sociais é o equilíbrio social. Dar condi-ções ao homem do campo de se estabe-lecer no seu pedaço de terra; não os sem terra, aquele que na realidade tem forma-ção e gosto pelas coisas da terra; que mesmo na cidade ainda soube conservar o seu pedaço de terra, que deixou para trás.

Filipe de Sousa

Tanque de um foguete espacial que caiu no TEXAS - USA

Lixo Espacial que caiu no Estado de Goiás - Brasil - em Março de 2008

LIXO ESPACIAL

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 7

História que faz parte da nossa história “ Liberdade ”

3.000 Exemplares distribuídos gratuitamente para 2.490 Escolas do Cone Leste Paulista acesse: www.gazetavaleparaibana.com

Neste dia 18 de Julho de 2008, faz 311 anos que faleceu na Bahia, uma das mais influ-entes personagens do século XVII em termos de política, onde se destacou pela sua atuação como missionário

em Terras Brasileiras. Homem de fortes convicções, defendeu infatigavelmente os direitos humanos dos povos indíge-nas combatendo a sua exploração e es-cravização. Era chamado por esses po-vos de “Paiaçu” (Grande Padre/ Pai, em tupi). António Vieira, nasceu em Lis-boa (Portugal) a 6 de Fevereiro de 1608, num lar humilde na Ria do Cônego, perto da Igreja da Sé, em Lisboa. O seu pai Cristóvão Vieira Ravasco, serviu a Mari-nha Portuguesa e foi por dois anos escri-vão da inquisição, mudou-separa o Bra-sil em 1609, para assumir cargo de escri-vão, na cidade de Salvador, na capitania da Bahia. Em virtude da pequena idade de seu filho e das dificuldades apresen-tadas pelos meios de transporte, para a mesma, somente em 1614 mandou vir a família para o Brasil. António Vieira esta-va então com seis anos de idade. António Vieira, foi um religioso, escritor e orador, português, da Compa-nhia de Jesus. Um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política, destacando-se como missio-nário em terras brasileiras. Nesta quali-dade, defendeu infatigavelmente os direi-tos humanos dos povos indígenas e sua exploração e escravização. Era por eles chamado de “Paiaçu” (Grande Padre/Pai em tupi). Defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristão-novos (judeus convertidos, perseguidos à épo-ca pela inquisição) e cristão-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes de sua época e a própria inquisição. Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e as universidades frequente-mente exigem sua leitura. Estudou na única escola da Bahia, o Co-légio dos Jesuítas, em Salvador. Consta que não era bom aluno no começo, mas, depois, veio a tornar-se um brilhante exemplo. Veio a se arregimentar na Companhia de Jesus com voto de servi-ço em Maio de 1623. Obteve o mestrado em Artes e foi professor de Humanida-des, ordenando-se sacerdote em 1634. Em 1624, quando da invasão Holandesa de Salvador, refugiou-se no interior, on-de se iniciou sua vocação missionária. Um ano depois tomou os votos de casti-dade, pobreza e obediência, abandonan-do o seviciado. Não partiu para a vida Missionária.

Estudou muito além da Teologia: Lógica, Física, Metafísica, Matemática e Econo-mia. Em n1634, após ter sido professor de retórica em Olinda, foi ordenado e em 1638 já ensinava Teologia. Quando da segunda Invasão Holandesa ao Brasil, no nordeste do Brasil (1630-1654), defendeu que Portugal entregasse a Região aos Países Baixos, pois gasta-va dez vezes mais com a sua manuten-ção e defesa do que o que obtinha em contrapartida, além do fato de que os Países Baixos eram um inimigo militar-mente muito superior na época. Quando eclodiu uma disputa entre Dominicanos (membros da inquisição) e Jesuítas (catequistas), Vieira, defensor dos Ju-deus, caiu em desgraça, enfraquecido pela derrota de sua posição quanto à questão do Nordeste do Brasil. Após a restauração da Independência em 1640, em 1641, iniciou a carreira diplomá-tica pois integrou a missão que foi a Por-tugal prestar obediência ao novo monar-ca. Impondo-se pela vivacidade de espíri-to e como orador, foi nomeado pelo rei pregador régio. Em 1646 foi enviado à Holanda e no ano seguinte à França, com cargos e encargos diplomáticos. Era Embaixador (o pai, antes pobre, foi nomeado pensionista real) para negociar com os Países Baixos a devolução do Nordeste. Caloroso adepto de obter para a coroa a ajuda financeira dos cristão-novos (Judeus convertidos), entrou em conflito com os Dominicanos (Inquisicionistas) mas, viu fundada a “Companhia de Comércio do Brasil”. O Povo de Portugal não gostava de suas pregações em favor dos Judeus. Após alguns anos, conturbados, acabou vol-tando para o Brasil, De 1652 a 1661 foi missionário no Maranhão e no Grão-Pará, sempre defendendo a Liberdade dos povos indígenas. Diz o padre Serafim Leite em “Novas Car-tas Jesuíticas” (Companhia Editora São Paulo, 1940, Página 12) que “António Vieira tem para o Norte do Brasil, de for-mação tardia, só no século XVII, papel idêntico ao dos primeiros Jesuítas no centro e no sul do Brasil”, na “defesa dos Índios e crítica de costumes”> “Manuel da Nóbrega e António Vieira são, efetivamente, os mais altos repre-sentantes, no Brasil, do criticismo colo-nial - viam justo e clamavam!”. Com a morte do rei D. João IV, António Vieira regressou a Lisboa, tornando-se confessor da regente D. Luisa de Gus-mão. Com a morte de D. Afonso VI, Vieira não encontrou mais apoio político nas suas convicções. Viajou pelo Mundo, abraçou a profecia sebástica; foi expulso de Lisboa, dester-rado e encarcerado na cidade do Porto e depois levado para Coimbra onde ficou encarcerado. Em 1667 foi julgado e condenado e termi-nantemente proibido de pregar, mas, seis meses depois, a sentença foi anula-da. Com a regência de D. Pedro, futuro D. Pedro II de Portugal, recuperou o vali-mento. Seguiu para Roma, onde ficou no perío-do entre 1668 a 1675. Regressou a Lisboa seguro de não ser mais importunado. No entanto, isso não ocorreu e passou alguns anos de prova-ções. Em 1681, revolveu voltar de novo para o Brasil e dedicar-se à correção de seus escritos, com a finalidade de editar seus sermões, cuja obra é composta de 16 volumes. Já velho e doente, teve que espalhar cir-culares sobre a sua saúde para poder manter em dia a sua vasta correspondên-cia. Em 1694, já não conseguia escrever

de próprio punho. Em 10 de Junho de 1697 começou a agonia, perdeu a voz, silenciaram-se seus discursos, seus ser-mões. Morre a 17 de Julho desse mesmo ano, com 89 anos na cidade de Salvador, na Bahia (Brasil). Filipe de Sousa

Princesa Imperial nasceu no Pa-ço de São Cristóvão, Rio de Janeiro (Brasil), a 29 de Julho de 1848. Na mesma cidade, em 15 de Outubro de 1864, com apenas 16 anos de idade, con-traiu matrimônio com o Príncipe Gastão de Orléans, Conde d’Eu, primogênito do Duque de Nemours e neto de Luis Filipe, Rei dos Franceses, tendo, do casal nas-cido os Príncipes Dom Pedro de Alcânta-ra, Dom Luís e Dom António. Durante as três viagens do Imperador D. Pedro II ao exterior, foi Regente do Impé-rio, a saber: De 25 de maio de 1871 a 31 de março de 1872 e de 26 de março de 1876 a 25 de setembro de 1877 e de 30 de junho de 1887 a 22 de agosto de 1888. Neste último período de regência da co-roa, a Princesa Isabel, usando das prer-rogativas de Princesa Imperial Regente, sancionou, a 13 de Maio de 1887, a Lei Áurea que extinguiu a ESCRAVATURA no Brasil. Era “Grã-Cruz da Ordem Imperial do Cru-zeiro”, de D. Pedro I, Fundador do Impé-rio do Brasil; da “Rosa de Santiago”; da “Espada de São bento de Assis” e de “Nosso Senhor Jesus Cristo”, reforma-das estas duas últimas no Brasil; tam-bém lhe foram concedidas a “Ordem de Santa Isabel”, de Portugal, a de “Cruz Estrelada”, Áustria, e a das Damas No-bres de Maria Luisa, da Espanha. Com a queda do regime monárquico, em 1889, acompanhou a família real ao exílio, vindo a falecer em 14 de Novem-bro de 1921, no Castelo d’Eu, na França. O seu corpo foi sepultado, conjuntamen-te com o de seu esposo, no Panteão dos Orléans, em Dreux, na França. A 7 de Julho de 1953 os restos mortais da Princesa Isabel e do seu marido o Conde d’Eu foram transladados para o Brasil, tendo ficado no Rio de Janeiro até ao dia 12 de Maio de 1971, quando de-pois foram transladados e sepultados na Catedral de Petrópolis. Neste mês em que são lembrados o Pa-dre António Vieira, que defendeu até ao fim de seus dias a Liberdade dos Povos Indígenas e os direitos humanos; a Prin-cesa Isabel, que contra todos os interes-ses vigentes da época assinou a Lei Áu-rea, abolindo a escravatura no Brasil, se comemora também o dia da Liberdade

dos Povos Indígenas. Mas será que na realidade, no brasil de hoje, os negros (pobres) e os Índios são na realidade respeitados e usam de sua tão propagada liberdade? A partir de hoje, estaremos colocando nesta página tudo o que for do nosso conhecimento, sobre a “Liberdade dos Povos Indígenas”, uma História Real que faz parte da nossa história e dos nossos dias atuais.

Declaração Bananal Nossa Pequena história Essa é a fala tribal ! Palavras do mundo tribal da reserva Bananal. Palavra da vida de mulheres, crianças, anciãos que lu-tam e resistem no cerrado do planalto central. Palavras do espírito dos filhos da terra, palavras sinceras e sensíveis do nosso mundo tribal. Palavras do nos-so coração indígena que traz a nossa vivência com a natureza, os animais e o espírito da mata de cerrado. Daqui desse ponto onde vivemos e lutamos, do San-tuário Sagrado dos Pajés, queremos di-zer o que pensamos, como vemos o mundo e como a terra sagrada nos ocu-pou e nos ocupa ao longo de uma dor que padecemos há 508 anos. Palavras com dignidade daqueles e daquelas que aspiram por justiça e liberdade. Afinal quando iremos sentir a liberdade de um dia feliz? Quem somos ? Estamos num campo de cerrado tribal que nos liga a nossa memória indígena e a nossa espiritualidade ancestral e a de nossos antepassados. O mundo tribal nos ensinou a ter memória e a jamais esquecer o passado de nossos irmãos e irmãs indígenas. A mata, a selva, o cerra-do, a caatinga levam nossa história co-mo os ventos levam os pássaros e as sementes as nossa vidas. Povoamos a Mãe Terra com rostos, línguas e culturas diferentes. Aprendemos a viver nossa diversidade como seres e culturas. Nos-sa Amazônia, nosso Cerrado, nosso Ser-tão, nosso Xingu, nossa floresta tropical fizeram florescer ricas culturas de na-ções e povos tribais, formando um mun-do tribal em continuidade espiritual e respeito com a natureza. Formamos um grande mundo tribal ver-melho, espalhado sobre a terra, ligados pela Amazônia nos espalhamos em vá-rias nações, Tapuya, Tupis, Tupi-Guaranis, Jès, Arawak, Karibe.

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 8

CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA - NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM

Histórias e Lendas “Vale do Paraíba”

Lenda da MULHER DEITADA

A profecia foi cumprida “Quem passar pelo vale do Paraíba, nas imedia-ções de Itatiba, olhando na direção dos Três Picos do Penedo, verá o perfilar de uma mulher deitada. É Jandira, a Índia petrificada, à espera de seu amado Jatyr, que nunca mais voltou”. Há alguns séculos atrás, quando existi-am ainda os Puris ou Purias, uma antiga tribo nômade que vagava pela Cordilhei-ra da Mantiqueira nos cumes da serra de Itatiba, contava-se a respeito do velho cacique Caboaçu, que tinha uma filha, Jandira, que era cobiçada pelos índios da tribo. Porém, somente Jatyr a con-quistou. Já o cacique queria dá-la a Gu-rupema, o mais forte da tribo que deseja-va ser seu sucessor. Gurupema sentiu-se rejeitado por ela e seguiu seus passos até descobrir que ela amava Jatyr. Então, ele revelou o segredo ao cacique que colocou Gurupema em batalha devi-da ou morte com Jatyr. Somente o vencedor teria como prêmio a filha do cacique. Jatyr era exímio atirador e humilhou o rival perante toda a Tribo, atirando-lhe a flecha que atravessa a cada instante a orelha de Gurupema, o qual, envergo-nhado, fugiu pela mata a dentro. Jatyr recebeu sua amada como compa-nheira e foram felizes por muito tempo. Certa época, um índio chegou exausto e espavorido, notificando que os Embola-das se punham a caminho, depois de terem expulsado os Tamoios da Cordi-lheira do Mar. O cacique Caboaçu, ordenou a fuga da Tribo, quando Jatyr interveio dizendo que iria ao encontro dos Emboladas. No caminho, foi atingido, morto por uma flecha traiçoeira, desferida por Gurupe-ma. Gurupema surgiu na Tribo afirmando que os Emboabas se aproximavam guiados se aproximavam guiados por Araribóia e por Jatyr, que os havia traído. O velho Piaga-Pajé, sacerdote, chefe es-piritual dos índios , pronunciou a morte

da índia e a imortalidade de seu corpo, transformado em pedra, com a forma das cordilheiras que cerram o vale.

Filipe de Sousa

Por: José Luiz Pasin Fundados as vilas de São Vicente e do por-to de Santos por Mar-tim Afonso de Souza e Brás Cubas, fortificaram-se os portu-gueses no planalto, fundando a vila de Santo André da Borda do Campo, cujo alcaide-mor e guarda-mor do campo foi João Ramalho, amasiado com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá, senhor das tribos tupiniquins que habitavam os campos de Piratininga. Em 1554, um gru-po de treze Jesuítas, liderados pelo Pa-dre Manoel de Paiva saíram do Colégio de São Vicente, transpuseram a serra de Paranapiacaba e atingindo o planalto, fundaram o colégio de São Paulo dos Campos de Piratininga, no dia 25 de ja-neiro de 1554. Em 1560, o governador geral Mem de Sá, depois de expulsar os franceses da baia da Guanabara, aten-dendo razões de Estado e interesse dos Jesuítas, extinguiu a Vila de Sano André e uniu seus moradores ao colégio de Piratininga, dando origem, â Vila de São Paulo. Isolados no no planalto, os portu-gueses e mamelucos paulistas busca-vam no sertão e nas suas roças de mi-lho, feijão, trigo e algodão a sua econo-mia de subsistência., utilizando a mão de obra indígena para os trabalhos da la-voura, colheita, transporte, construção e defesa. Os tamoios do litoral confedera-dos com as tribos que habitavam as mar-gens do Rio Paraíba, promoveram diver-sos ataques aos sítios e roças dos pau-listas, matando seus moradores, quei-mando lavouras, saqueando as casas e aprisionando mulheres e crianças. Para se defender dos constantes ataques dos índios do Paraíba, a Câmara Municipal de São Paulo, ordenou a construção de mu-ros e baluartes de taipa de pilão e convo-cou João Ramalho para iniciar o “bandeirismo” paulista de apresamento. Embrenhando-se nos sertões do Paraíba, os paulistas atacavam e aprisionavam os índios, levando os sobreviventes como “presa de guerra”, para vendê-los como escravos aos engenhos de cana-de-açúcar do litoral vicentino ou para utilizá-los como mão de obra em seus sítios e engenhocas. O Padre José de Anchieta, em carta escrita do Colégio de São Vi-cente para o Padre Diogo Lainez datada de 16 de abril de 1563, narra com todos os pormenores o violento ataque desfe-chado pelos índios do Paraíba à Vila de

São Paulo e as atas da Câmara Municipal de São Paulo, registram os “termos” de convocação da população para o estado permanente de alerta, conserto dos mu-ros que cercavam a vila e preparativos para a “Guerra do Paraíba”. Os mais anti-gos documentos se referem aos “Tamoios” como os índios que “habitavam as margens do rio Parahyba, e foram os desta região os mais valoro-sos de todo o sertão...” D Ilha de São Sebastião para o norte até ao Litoral de Cabo Frio se estendia o território Tamoi-o, abrangendo no interior a região do Vale do Paraíba do Sul. Anchieta em mais uma carta, faz referên-cia aos “tamoios” ou “tamujas” do Paraí-ba. Durante o seu cativeiro em Ubatuba, onde foram intermediar as pazes com os tamoios confederados, ele assinala a chegada e partida dos Índios do Paraíba. Assim, em carta escrita de São Vicente, no dia 08 de janeiro de 1565, ao Superior Geral Diogo Lainez, narrando a sua via-gem e cativeiro em Ubatuba, diz: “... aonde depois vieram mais de 300 dos tamoios moradores no campo, em um rio, mui nomeado, chamado Paraíba...”. Em outro trecho de sua carta: “... Ao mesmo tempo que eu cheguei eram baixados os Tamujas do Paraí-ba pelas montanhas que tinham a-bertas, por onde solam a vir fazer seus saltos...”. O Padre Simão de Vasconcelos, o cronista dos Jesuítas, também se refere aos índios do Paraíba confe-derados com os tamoios do litoral: “Por mar eram canoas duzentas, por terra eram os arcos que habitavam as ribeiras do rio Paraíba, com pacto que dessem todos sem cessar, até acabar com a capitania e senhorea-rem a Terra...”. Quanto à distribuição etnográfica das tribos que habitavam o Vale do Paraíba, não possuímos elementos para situá-las ou nomeá-las correta-mente. os documentos quinhentistas pesquisados (cartas jesuíticas e atos da Câmara) só se referem aos “tamoyos” e “Tamuyas” do Paraíba ou aos “Cõtraios do Paraíba”, região de passagem e ligação com o Litoral de Paraty e Ubatuba, com São Paulo e com as montanhas do planalto mi-neiro. O Vale do Paraíba foi uma re-gião de migração e encontros de tri-bos e culturas diversas, conforme atestam os mais antigos e recentes achados arqueológicos, em Apareci-da-Guaratinguetá, Piquete-Embaú, Paraitinga-Cunha,Caçapava, São Jo-

sé dos Campos e Jacareí. A presença indígena no Vale do Pa-raíba não se restringe aos achados arqueológicos, mas, se faz presente na toponímia das serras, rios, cida-des, bairros, animais, peixes, árvo-res, aves e frutas; na culinária, no artesanato, nos mitos e crendices, na medicina natural, na linguagem, nos usos e costumes da gente vale-paraibana; como tomar banho no rio, comer içá, queimar a terra para plan-tar, andar descalço, pitar em cachim-bo de barro, assar ou cozinhar ali-mentos em folha de bananeira; estó-rias de bichos e nas casas de pau-a-pique e sapé. Resgatar esses valores e buscar as nossas raízes indígenas, constituí o desafio maior para descrição e a construção de uma possível identi-dade cultural da gente valeparaiba-na.

NOTA: Este é o lema e o fim do pro-jeto EDUCAR “Uma janela para o mundo...” que o Jornal a Gazeta Va-leparaibana pretende lançar no pró-ximo ano letivo, expandindo-o para todas as escolas das cinco regiões que compõem o Cone leste Paulista; Vale do Paraíba Paulista, Litoral Nor-te Paulista, Região Serrana, Região Bragantina e Região do Alto do Tie-tê.

A escola nos dias de hoje, com o afastamento da mãe das famílias pa-ra o trabalho, a Escola se viu perante a expectativa das famílias, de que seria sua obrigação, além de ensinar também educar seus filhos. No en-tanto, uma criança se forma por tra-dições, virtude e valores familiares, itens que nunca podem ser assumi-dos pela Escola e muito menos pe-los professores. A Escola deve usar de todas as suas disponibilidades e possibilidades para ensinar a LÊR mas, cabe à família a obrigação mo-ral e social de ensinar seu filho a SER. Filipe de Sousa

Culinária Típica do Vale

INGREDIENTES: 2 quilos de carne de porco, 300 gramas de toucinho, sem pele, tripa de porco limpa (suficiente), sal a gosto, alho a gosto (6 dentes de alho), 2 colheres de sopa de vinagre, 1 maço de cebolinha verde, 6 folhas de hortelã.

MODO DE PREPARO: Corte a carne de porco e o tocinho em peda-cinhos bem pequenos. Misture o sal com o alho espremido, o vinagre, a cebolinha e a hortelã picadinhos. Deixe descansar por três horas. Depois encha a tripa, amarrando os gomos (tamanhos a gosto), com barbante forte. Em seguida lave as lingüiças com vinagre. DEFUMADAS: Coloque-as em um varal em cima do fogão a lenha e deixe-as descansar por mais ou menos oito dias. FRITAS FRESCAS: Podem ser fritas e guarda-das em uma lata com banha (prática usada

Foto: Chiara Belmonte

INGREDIENTES: 1 quilo de feijão mulatinho, sal a gosto, 4 dentes grandes de alho, cheiro verde a gos-

to, 2 folhas de louro, farinha de man-dioca (porção certa), 1/2 quilo de lingüiça fina de porco ou carne de porco bem picadinha.

MODO DE PREPARO: Cozinhe o feijão, com as folhas de louro, deixando bem mole. Amasse e passe na peneira. Numa panela frite o sal com o alho dei-xando o alho bem torrado e coloque o caldo do feijão, deixe ferver e vá colo-cando a farinha, sempre mexendo para que não empelote, fazendo uma papa meio mole. Frite a lingüiça ou a carne de porco em pedacinhos e decore o prato. Sirva com arroz branco.

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 9

3ª Idade - Envelhecer com alegria, saúde e dignidade

GAZETA ONLINE - Edições disponíveis para DOWNLOAD- Tribuna Popular - Projeto Educar - Correio Escola < www.gazetavaleparaibana.com

Envelhecer nada mais é que um processo natural evolutivo da passagem por este mundo de todo e qualquer ser, vegetal ou animal. Até o sol, nasce e se põe, deslumbrando-nos com a mansidão de seu nascente e a beleza de seu poen-te. Conosco humanos, o processo não é diferente e porque deveria ser? Envelhecer caminha paralelamente ao conhecimento. As experiências vão nos dando conhecimento e sobretudo confi-ança, quando manifestamos nossa opini-ões. A beleza, onde e o que será beleza. Quais os tipos mais importantes de bele-za? Corpo esbelto, corpo musculoso, péla lisa, somente isso... Não beleza é alegria, beleza é sabedoria do bem, bele-za é saber amar, não tão somente gostar.

Poucos dias, não sei talvez semanas, não lembro bem ao certo, afinal tenho 58 anos, velho, quê nada, só esquecido; mas como ia dizendo uns dias ai atrás eu estava perdendo meu tempo vendo tele-visão, quando me deparei com uma en-trevista, da qual eu tirei duas convic-ções. A primeira que o jovem por vezes, na maioria das vezes se acha superior, por sua mocidade e os idosos por seu incon-formismo. Vamos aos fatos: Uma entrevista entre uma atriz que reve-lou estar com mais de 70 anos e uma jovem modelo de mais ou menos 20 a-nos. A atriz, além de talentosa, reconhecida por sua competência mundialmente, mantém uma aparência conservada, não demonstrando de forma alguma a sua idade real. A modelo, por sua vez, preenche todos

os requisitos que definem os padrões de beleza para a sociedade consumista, atual. Por vários momentos a atriz, de forma bem humorada, fez referência à sua con-dição como alguém que envelheceu e já não exibe mais a sedução como arma feminina, colocando-se em franca des-vantagem frente à beleza exuberante da modelo. Num determinado momento do progra-ma, atriz sem esconder um certo tom de desprezo e ressentimento, expressou: “A velhice é indigna...”. Esta frase, com um forte componente negativo a respeito do que é velhice, nos obriga a refletir sobre a forma como foi construída a identidade do idoso em nosso país. Toda a dificuldade, principalmente da mulher em enfrentar essa fase da vida, foi gerada por um padrão cultural de be-leza poderosamente cruel. Até a década de 1970, o Brasil foi consi-derado um País de jovens. Nessa ocasi-ão, as próprias características demográ-ficas da população brasileira foram utili-zadas como ideologia do regime político vigente, para reforçar a idéia discrimina-tória em relação ao velho. Assim, a ima-gem velhice, presente no imaginário das pessoas em geral, foi se impregnando de valores estigmatizados, nos quais foram evidenciados os aspectos negativos do processo de envelhecimento, tendo co-mo parâmetro a imagem do Jovem. Desta forma, a doença, a inatividade, o abandono, as rugas, a flacidez do corpo, a solidão, passaram a ser as principais características para definir, o estar velho. As qualidades opostas a estas citadas foram creditadas à imagem do que é ser jovem. Ocorre que o sentimento de juventude permanece no íntimo das pessoas e as mudanças na aparência, que vão se ope-rando ao longo da vida, passam desper-cebidas para o individuo. É o olhar do outro que dá a exata dimen-são da passagem dos anos, retratado por Simone de Beauvoir na seguinte fra-se: “ O individuo idoso sente-se velho atra-vés do outro, sem ter experimentado sérias mutações; interiormente não ade-re à etiqueta que se cola à ele, não sabe mais quem é” (Beauvoir, 1990, p 358) Evidentemente envelhecer significa ir passando e adquirindo perdas, decorren-tes, principalmente de mudanças na apa-rência física, cabelos embranquecidos, diminuição da acuidade visual e auditiva, a formação de gorduras localizadas, es-pecialmente nas mulheres, são alguns sinais facilmente percebidos e estão as-sociados à idéia de desgaste e enfraque-cimento. Essas mudanças próprias do envelhecer, não são consideradas doen-

ças pelos geriatras e gerontólogos, po-rém interferem na auto estima e no ego do idoso, podendo caso, aceitos, gerar problemas, como depressão, etc... No entanto, envelhecer pode significar e na maioria dos casos, significa, aquisi-ções que somente podem ser obtidas por meio de acúmulo de experiências vividas no decorrer dos anos. O envelhe-cimento, por ser um processo natural e certo do0 ciclo da vida, pode e deve ser atravessado com dignidade e prazer, porque ele expressa a forma como vive-mos as etapas anteriores. É importante entender que as perdas não ocorrem apenas na velhice, mas em to-das as fases, do nascimento ao fim da vida; A nossa sociedade valoriza a juven-tude e reserva à velhice somente o défi-cit; a falta de expectativas faz com que o próprio idoso desista de seus projetos de futuro. Atualmente o conceito de velhice vem passando por transformações, vem ten-do o apoio, inclusive da Constituição Federal. No entanto, embora essas trans-formações venham ocorrendo lentamen-te, o idoso dia após dia vem exigindo e sabendo exigir seus direitos e o respeito e consideração que merece e fez jus. O aumento do numero de idosos, no âm-bito da população em geral, vem trazen-do uma visibilidade social e gerando u-ma nova demanda de preocupações e interesses sociais. Podemos citar, algu-mas iniciativas, tanto do poder público como da sociedade, na formulação de projetos que ajudam na ampliação das relações sociais, dando ao idoso a opor-tunidade de desenvolver, tanto a sociabi-lidade como algumas potencialidades, que lhe dão uma melhor qualidade de vida. A participação do idoso em diferentes atividades, além de fortalecer laços de amizade, fora do contexto familiar, abre a perspectiva de novas e enriquecedoras experiências. Colaboram ainda para a formação de uma nova mentalidade a respeito da velhice que deverá influenci-ar e formas novos conceitos, nas futuras gerações. A prática da dança se aplica como exem-plo de uma atividade importante para propiciar o bem estar do idoso. O movi-mento provocado pelo exercício corporal tem se mostrado bastante eficiente para amenizar e em alguns casos, curar, pro-blemas de saúde; mas, lembramos que todo e qualquer tipo de prática de espor-tes e até mesmo dançar, deve ser acom-panhado por um profissional da área médica, que deverá indicar a intensidade possível para cada esforço. Outras práticas recomendadas são a natação, que em muito facilita os movi-mentos, aliando exercício e leveza; a caminhada que além de fortalecer os

músculos e ativar a circulação também é uma ótima oportunidade de convivência social e sobretudo, aconselhamos a a-mar muito, a não se conformar nunca com a solidão. Amar na nossa idade é muito mas muito mais prazeroso e sadio, que o amor dos jovens atuais, pois lhes falta na realida-de, a experiência de amar.

Por: Eva Aune

Há algumas décadas éramos apenas

jovens cheios de sonhos, coragem e desafios para enfrentar,

e o mundo estava a nossos pés! Mas estamos envelhecendo e ganhando

mais vida. Hoje temos a experiência acumulada

e a sabedoria do viver. Reavaliamos nossos projetos de vida

e o tempo está nos vencendo. Olhamos à frente e vemos a projeção

de nossos pais e avós. Somos o elo de uma corrente

que se renova, inexoravelmente, em nossos filhos em nossos netos, ininterruptamente.

Precisamos reportar-nos ao passado para projetarmos o futuro.

Somos parte de uma cadeia que se multiplica a cada instante.

Vencermos os medos, superarmos obstáculos, aceitar nossos limites

é o objetivo.

Nunca mais a velhice deverá ser sinônimo de solidão,

doença e morte; Mas

motivação, alegria, companheirismo

e afeto,

são as novas escolhas.

Envelhecer com dignidade é nosso desafio, sermos a memória viva,

recordar e transmitir nossas vivências

é um processo saudável de envelhecer.

Esse será nosso legado para as futuras gerações,

a morte ??? será só uma etapa ???

A Saúde na Melhor Idade. Ajude e aconselhe... = Tuberculose = Neste primeiro dia de Julho se lem-bra o milagre da descoberta da cura para um mal que aniquilou milhões de vidas, antes da descoberta da vacina “BCG” e de sua cura. Graças a Deus, hoje já não é uma amea-ça séria e tem cura mas, para isso, deve ser diagnosticada o mais rápido possível e, seu tratamento levado à risca em to-das as suas etapas e tempo estabeleci-do. Para que possamos identificar e co-

nhecer um pouco mais: TUBERCULOSE: Mata atualmente cerca de três milhões de pessoas em todo o mundo. Atualmente cerca de 129 mil con-traem a doença anualmente, somente no Brasil. O QUE É TUBERCULOSE ?: É uma doen-ça infecciosa, transmissível, causada por uma bactéria conhecida como Bacilo de Koch. Ela pode causar lesões em qual-quer parte do organismo humano, mas

tem preferência pelos pulmões. SINTOMAS: Tosse, emagrecimento, dor no peito, suores noturnos, falta de apeti-te, cansaço fácil, febre baixa geralmente ao entardecer. COMO SE TRANSMITE?: Via respiração e os maiores riscos se encontram; pesso-as que convivem com doentes de tuber-culose; condições precárias de higiene e com pouca ventilação; portadores de vírus da AIDS, diabéticos, alcoólatras e

doentes portadores de patologias respi-ratórias crônicas. COMO SABER E O QUE FAZÊR?: Caso sinta ou conheça alguém que apre-sente os sintomas indicados, se dirija a qualquer posto de atendimento disponí-vel em sua cidade. Hoje, tanto os servi-ços Municipais como Estaduais, ofere-cem todas as condições de cura, desde a vacina “BCG”, como medicamentos e acompanhamento médico.

“ Quanto mais velha é a árvore,

melhor a sua sombra e maior a sua proteção “

Renascer, amar; se sentir acolhido,

querido, ouvido, acompanhado. Eu consegui !!! Hoje sou feliz.

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 10

LIVRE PARA SEU ANUNCIO

www.gazetavaleparaibana.com

Datas Especiais “nossa história, nossa identidade...”

Dia mundial da vacina BCG (Cives) contra a tuberculose descoberta no ano de 1921. No Brasil a tubercu-lose ainda é contraí-da por centenas de milhares de pessoas, no entanto, os Governos Municipais e Estaduais oferecem todas as condições de cura e vacinas. No entanto, muitas das pessoas ou não procuram o atendi-mento, que é gratuito ou então abando-nam o tratamento, antes de seu final.

Data comemorativa da Morte de Montei-ro Lobato, notável escritor, empreen-dedor, político e homem de convic-ções firmes e opini-ões fortes. Um dos entusiastas do lema “!O petróleo é nosso...” e da indústria automobilística nacional.

Aniversário de TENZIN GYATSO, “Dalai Lama”, prê-mio Nobel da Paz e líder espiritual Bu-dista e do povo do TIBET, que luta por sua liberdade religi-osa e política, pela manutenção de sua cultura, princípios

filosóficos e estrutura social.

Data lembrada do falecimento de Cas-tro Alves, António Frederico de Castro Alves, nascido em 14 de Março de 1847, na Bahia, Po-eta da Abolição, da República, da Liber-dade e do Amor. Poeta corajoso que coloca em seus

versos toda a versatilidade de seu espíri-to leal e venturoso para com as causas nobres.

- Dia da Cultura e da Ciência Dia comemorativo de nascimento, de Francis-co de Paula Rodrigues Alves, foi Presidente da República do Brasil no ano de 1902, tendo sido considerado o Presi-dente da República Ve-lha que mais se preocu-

pou com seu povo.Cuidou com dedica-ção singular da saúde pública no Brasil e tinha um sonho: Fazer do Rio de Janeiro a “Paris dos trópicos”.

RODRIGUES ALVES, cômico, dramático, trágico, jovem e ve-lho... um artista com-pleto que sabia como ninguém envolver a platéia. Nasceu em 08 de Ju-

lho de 1888 no Rio de Janeiro, onde também veio a falecer em 18 de Ju-nho de 1979. Nome artístico: João Álvaro de Je-sus Quental Ferreira.

Data onde lembro o falecimento de minha querida e amada esposa MAR-TA, meu único amor, com a qual con-vivi, durante quase 30 anos e que foi minha perna, meu braço direito e meu caminho. Saudades.

Morre também, no Rio de Janeiro, Marcus Vi-nícius da Cruz de Melo Moraes, ou simples-mente Vinícius de Mo-raes. Diplomata, Jorna-lista, poeta e composi-tor brasileiro. Poeta

lírico de poesias singelas, ficou co-nhecido como “o Poetinha”. Boêmio inveterado, fumante e apreciador de um bom uísque.

Data comemorativa da eclosão da “Revolução Constitucionalista Pau-lista”, em 9 de Julho de 1932. Para exigir o fim da ditadura do “Governo Provisório” (Getúlio Vargas havia revogado a constituição e governava através de decretos). São Paulo luta-va por uma nova constituição.

Aniversário de nossa querida PINDA-MONHANGABA, a princesa do Norte.

Aniversário de BANANAL, Terra Ide-al, Berço de Amor. Rota dos tropei-ros de nossa história, foi o caminho do ouro e em seus braços acolheu os Barões do Café, foi forte e pode-rosa, chegando a ser avalista do Im-pério em empréstimos feitos junto á corte Inglesa. Hoje exibe orgulhosa sua história.

Dia Internacional de PROTEÇÂO ÁS FLORESTAS. Proteger as florestas é uma obrigação de cada cidadão do mundo. Proteger as florestas é pre-servar o Mundo para nós e para nos-sos filhos e netos. Preservar as flo-restas é cuidar da continuidade dos sistemas e ecossistemas.

Coroação de D. PEDRO II, segundo Imperador do Bra-sil, em 18 de Julho de 1841.

Data em que é lembrado o fale-cimento de Pa-dre António Viei-ra, político, em-baixador, orador e defensor da Liber-dade dos Povos Indígenas. Brilhante defensor dos Direitos Humanos de sua época. Padre Jesuíta Português, que combateu com veemência e competência a inquisição Européia.

Morte de Alberto Santos Dumont, orgulho da avia-ção orgulho do Brasil.

Primeiramente seu Balão Dirigível e depois o XIV Bis levaram ao Mundo o valor do Povo Brasileiro.

Dia dos Vovós. Lembremos, acariciemos esses que foram o nos-so principio, nosso meio de sermos o que somos e o espelho de nosso fim.

CASSIANO RI-CARDO Leite, ilustre JOSEEN-SE, orgulho de São José dos Campos, nasci-do nesta cidade em 26 de Julho de 1895, faleceu no Rio de Ja-neiro aos 14 de Jane i ro de

1974. Jornalista, Poeta e Ensaísta Brasileiro.

Aniversário da cidade de São José dos Campos, a Capital do Vale do Paraíba. A cidade tecnologia.

Nascia no Rio de Janeiro no ano de 1846, Isabel Cris-tina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bra-gança Bourbon e O r l é a n s PRINCESA ISABEL, a Prince-sa Imperial do Brasil, que assi-

nou a Lei Áurea que pôs fim à Escra-vização no Brasil. Faleceu em 14 de Novembro de 1921, em Eu, na Fran-ça, onde estava exilada.

Dia dedicado ao Povo Indígena onde se co-memora a sua Liberta-ção. - Será que temos algo a comemorar?

Estão tirando o Verde de nossa terra...

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O r l é a n s

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 11

CERRADO BRASILEIRO

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ECOSSISTEMA DO SERRADO Minas Gerais, na maior parte de seu território, é revestida pela tipologia vegetal denominada cerrado, que se caracteriza por vegetação não muito densa com árvores de pequeno e mé-dio porte que, de um modo geral, se apresentam com bastante tortuosida-de. São comuns, entretanto, diferen-tes fisionomias neste tipo de vegeta-ção, variando desde o típico cerrado, como acima se mencionou, até o campo, como é encontrado em quase todo o Parque Nacional da Serra da Canastra. Esta vegetação, abriga im-portantes espécies da flora e da fau-na daquela região, algumas delas a-meaçadas de extinção, como é o ca-so do lobo-guará, do veado-campeiro e do pato-mergulhão, dentre outros. Nas últimas décadas a agricultura vem, substituindo o cerrado e assim, desalojando sua fauna, destruindo sua flora e conseqüentemente provo-cando impactos ambientais que ge-ram alguns desequilíbrios. Com sen-tido de proteger a natureza, o Poder Público adota políticas ambientais que levam em conta a busca de a-mostras representativas dos ecossis-temas existentes numa região, possi-bilitando, dessa forma, a conserva-ção integral dos componentes do e-cossistema ali existente. Esta é a principal razão da criação do Parque Nacional da Serra da Canastra. São mais de 70.000ha. destinados a ga-rantir a perpetuidade de espécies da fauna e da flora, importantíssimas para o equilíbrio ambiental.

Em Setembro de 2006, foi noticiado que 70% da área ocupada pela Serra da Canastra havia sido destruída por incêndios, provocados, segundo o Chefe do Parque Joaquim Maia Neto, propositalmente por fazendeiros, de gado leiteiro, que exercem essa ativi-dade dentro dos limites do parque. Na nossa opinião, se é um Parque Nacional e se seu fim é preservar al-

guma coisa não deveria ser permitida a exploração a qualquer titulo ou pre-texto. Precisamos, ao criar qualquer tipo de ação preservacionísta, inves-tir no fator humano, de fiscalização ostensiva. Desta forma, será igual a um lindo hospital, bem equipado tec-nologicamente, sem médicos ou es-pecialistas... O Sistema Biogeográfico dos Cerrados abrange área de uma gran-deza espacial que recobre quase dois milhões de quilômetros quadrados. A área continua dos cerrados inclui praticamente a totalidade do Estado de Goiás e Tocantins, oeste de Minas Gerais e Bahia, leste e sul de Mato Grosso, quase a totalidade do Estado do Mato Grosso do Sul e sul dos Es-tados do Maranhão e Piauí. O que se procura definir com o termo cerrado não é apenas um tipo de ve-getação, mas um conjunto de tipos fisionomicamente distribuídos dentro de um gradiente que temos como li-mites, de um lado o campo limpo e de outro lado o cerradão. Nesse con-texto, podem ser agregadas as linhas de matas e matas galerias, integran-tes decisivas desse ecossistema. Ao estudar a ecologia dos cerrados que uma das características mais im-portantes de sua biocenose é a de-pendência de alguns de seus compo-nentes dos ecossistemas visinhos. Muitos animais têm seu nicho distri-buído entre o subsistema do cerrado propriamente dito e das matas, po-dem, por exemplo, passar grande parte do dia no cerrado e abrigar-se à noite nas matas ou vice-versa. Não se pode levar adiante qualquer estudo sobre os cerrados, se não se tomar em consideração o fogo, ele-mento intimamente associado a esta paisagem. Apesar de sua importância para o entendimento da ecologia des-se ambiente enquanto conjunto bio-geográfico; a ação do fogo nos cerra-dos é inda mal conhecida e geral-mente marcada por questões mais ideológicas do que científicas. O estudo do fogo como agente será mais completo, segundo especialis-tas do “portal brasil”, também se observar a comunidade faunística e os hábitos que certos animais desen-volvem e que estão intimamente as-sociados à sua ação, cuja assimila-ção, sem dúvida, necessita de arran-jos evolutivos caracterizados por tempo relativamente longo. De algu-mas observações constata-se, por exemplo, que a perdiz só faz seu ni-nho em macegas, tufos de gramíneas queimadas no ano anterior. Da visita a várias áreas do cerrado imediata-mente após grande queimada, tem-se considerado que apesar das caracte-rísticas das árvores e arbustos ene-grecidos superficialmente, estes con-tinuam com vida, ostentando ainda entre a casca enegrecida e o tronco, intensa microfauna. Fenômeno seme-lhante acontece com o estrato gramí-neo: poucos dias após a queimada,

mostra sinais de rebrota, que consti-tui elemento fundamental para a con-centração de certas espécies ani-mais. O fogo, portanto, é um elemen-to extremamente comum no cerrado, e de tal forma antigo, que a maioria das plantas parece estar adaptada a ele... (esta é a opinião deste biólogo). - E como fica a fauna ? A diversificação em vários ambientes é que atribui ao Sistema dos Cerra-dos o caráter fundamental da biodi-versidade. O Sistema dos Cerrados também a-presenta uma fauna variada repre-sentada essencialmente por animais de médio e pequeno porte. A distribu-ição dos recursos vegetais, principal-mente os frutos, tem sua maior con-centração nos meses de novembro, dezembro e janeiro. Época que coin-cide com o auge da Estação Chuvo-sa. Essa concentração diminui pro-porcionalmente à medida que se dis-tancia da época chuvosa. Todavia, com exceção de maio, os meses que correspondem à época seca, mesmo em quantidade menor, apresentam certa quantidade de recursos.

Embora possam ser visíveis durante todo o ano, os mamíferos campestres estão mais concentrados nos meses de setembro a janeiro. Esta época coincide com as floradas e rebrota dos pastos afetados pelas queima-das, naturais ou antrópicas do ano anterior, coincide também, principal-mente, a partir de novembro com a época da maturação dos frutos. As espécies, insetívoras também encon-tram, nesta época, farto recurso, pro-porcionado pela revoada e multiplica-ção de certas espécies de insetos. Os carnívoros também estão mais concentrados em setembro, outubro, novembro, dezembro e janeiro, acom-panhando a concentração dos mamí-feros campestres. Os mamíferos ha-bitantes do bioma ribeirinho, podem ser mais visíveis e concentrados nos meses secos, principalmente junho, julho, agosto e setembro. A maior parte das aves do Sistema dos Cerra-

dos, põe seus ovos durante a estação seca mais especi-ficamente em junho, julho e agosto. As

aves campestres estão mais concen-tradas no inicio da estação chuvosa.

O projeto TAMAR é um pro-jeto conservacionistas brasileiro, dedi-cado à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção. Este projeto iniciou-se na década de 1980. Desde então o nome passou a designar o “Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Mari-nhas”, executado pelo IBAMA, através do Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas, órgão governamental, e pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pes-quisa das Tartarugas Marinhas, institu-ição não governamental, de utilidade pública federal.

MISSÃO DO PROJETO TAMAR: O TAMAR surgiu com o objetivo de proteger espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção no Litoral Brasileiro. Com o tempo, po-rém, percebeu-se que os trabalhos não poderiam ficar restritos às tartarugas, pois uma das chaves para o sucesso de sua missão seria o apoio ao desen-volvimento das comunidades costei-ras, de forma a oferecer alternativas econômicas que amenizassem ques-tão social, reduzindo assim a caça das tartarugas-marinhas para sobrevivên-cia. O TAMAR também protege tuba-rões e outras espécies da vida mari-nha. As atividades são organizadas a partir de três linhas de ação: 1-Conservação e pesquisas aplicadas; 2-Educação Ambiental; 3-Desenvolvimento local sustentável, onde a principal ferramenta é a criativi-dade. Desde o inicio, tem sido necessário desenvolver técnicas pioneiras de con-servação e desenvolvimento comunitá-rio, adequadas às realidades de cada uma das regiões trabalhadas. As atividades estão atualmente con-centradas em vinte e uma bases, distri-buídas em mais de mil e cem km de costa. Essas atividades envolvem atualmente cerca de mil e duzentas pessoas, a maioria moradores das comunidades, essenciais para a proteção das tartaru-gas marinhas, pois melhoram as con-dições de seu habitat e reduzem a pressão humana sobre os ecossiste-mas e as espécies.

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 12

O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DE SEUS FILHOS. Por: Ir. Hermes Muitos pais deixaram somente para a escola a missão de educar os filhos. Por questões diversas, a grande maioria dos pais se ausentou do proces-so educativo dos seus filhos. A falta de tempo é a justificativa é a justificativa mais usada entre os adul-tos. As continuas mudanças e descober-tas fazem com que muitas coisas novas sejam associadas ao currículo escolar. Por não terem tempo de acompanhar todas essas mudanças e progressos, muitos adultos se afastam por completo da educação dos filhos. O apoio dos pais no processo de desenvolvimento das crianças é de fun-damental importância. Sempre eles se-rão referência para elas, por isso nada justifica sua ausência total. O bom e-xemplo dos pais também conta de forma considerável nesse processo. A leitura, os comentários de fatos e acontecimen-tos, o ponto de vista dos pais, servem de estimulo e referência para os filhos. A Escola também não consegue caminhar sozinha. O apoio dos pais, sendo presença atenta a tudo o que a-contece, é muito importante até porque, a educação é um todo. Ela é construída a partir do todo, onde a criança está e, não por partes. Ai vem a necessidade e a importância da continuidade e da harmo-nização de todas essas realidades: cri-ança, escola e família. A família e a escola são as bases de referência a partir das quais a criança vai construindo o seu modo de pensar e ver a sociedade. Se eles não conseguem ver uma referência sólida e fundamenta-da em valores e princípios éticos, a edu-cação e a formação da criança também será comprometida e fragilizada.. A Escola não isenta os pais do compromisso diário de ajudar as crian-ças na educação e formação. Uma com-plementa a outra. Enquanto a escola se preocupa e tem seu enfoque na educa-ção científica, a família está fixada nos bons valores e costumes baseados na ética. Uma família bem estruturada é um porto seguro, um ninho aconchegante onde as crianças sentem-se seguras, protegidas e ao mesmo tempo inseridas e motivadas para aprenderem mais e a cultivarem os valores que fazem dela uma pessoa integra. Foi pensando nisso que o “Abrigo João Paulo II” decidiu trabalhar com “pais sociais”. As crianças e ado-lescentes acolhidos têm direito de se sentirem amados e queridos por alguém que seja um referencial para eles. Um referencial norteado por valores cristãos e humanos geradores de uma acolhida promissora, em favor da vida, capaz de transformar os sonhos em realidades e um futuro promissor. Mas eles não estão sozinhos. Contam também com o apoio de voluntários e profissionais que auxili-am no desenvolvimento de uma educa-ção sólida e ética. Ir. Hermes José Novakoski, PSDP

O hábito salutar de juntar as famílias e um determinado horário, onde pais e filhos, especialmente em seus primeiros anos escolares, trocam experi-ências, dúvidas informações, não deveri-a nunca ter sido abandonado, como o foi na família moderna desta época consu-mista. Contar histórias é a mais antiga das artes. Elas são fontes maravilhosas de experiências. São meios de ampliar o horizonte da criança e de aumentar seu conhecimento em relação ao mundo que a cerca. É através do prazer ou emoções que as histórias lhes proporcionam, que o sim-bolismo, implícito nas tramas e persona-gens, vai agir em seu inconsciente. Ali atuando, ajudamos, pouco a pouco, a resolverem conflitos interiores que nor-malmente vivem.

Os significados simbólicos dos contos estão ligados aos eternos dilemas que o homem enfrenta ao longo de seu amadu-recimento emocional, quando se dá a evolução, a passagem do eu para nós. A literatura infantil, então, e principalmente os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua volta. As diferenças que mostram os persona-gens bons e maus, feios e bonitos, po-derosos e fracos, facilita à criança a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou do convívio soci-al. Através deles a criança incorporará valores que desde sempre regem a vida humana. Confrontada com o bom e o belo a crian-

ça é levada a com eles se identificar, por trazerem a si a semente da bondade e da

beleza. Identificando-se com heróis e heroínas, ela é levada a resolver sua própria situação, superando o medo que a inibe e ajudando-a enfrentar os perigos e ameaças que sente à sua volta. Então, porque contar histórias ? 1 - As histórias formam o gosto pela lei-tura - Quando a criança aprende a gostar de ouvir histórias contadas ou lidas, ela adquire o impulso inicial que mais tarde a atrairá para a leitura. 2 - As histórias são um poderoso recur-so de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que pode ser utiliza-do como recurso auxiliar da manutenção da saúde mental do individuo em cresci-mento. 3 - As histórias instruem - Ao enriquecer o vocabulário infantil amplia seu mundo de idéias e conhecimentos, desenvol-vendo a linguagem e o pensamento. 5 - As histórias cultivam a sensibilidade, e isso significa educar o espírito. A lite-ratura e os contos de fadas dirigem a criança para a descoberta de sua identi-dade e comunicação e também sugerem as experiências que são necessárias para desenvolver ainda mais o seu cará-ter. 6 - As histórias facilitam a adaptação da criança ao meio ambiente, pela incorpo-ração de valores sociais e morais que ela capta da vida de seus personagens. 7 - As histórias recreiam, distraem, des-carregam as tensões, aliviam sobrecar-gas emocionais e auxiliam, muitas ve-zes, a resolver conflitos emocionais pró-prios.

Vejamos um exemplo: Por alguma razão, uma criança é repreendida por sua pro-fessora. Não podendo reagir diretamen-te à “agressão”, identificará os “agressores” na pessoa má do conto. A história funcionará assim, como antído-to, na solução de seus problemas infan-tis. Será um fator na procura do equilí-brio emocional. Percebe-se, então, quanto é importante que os pais estejam atentos às reações infantis, perante as histórias contadas, podendo ser de grande ajuda para com-preensão da realidade de seus filhos. “O compromisso do narrador é com a história, enquanto fonte de satisfação das necessidades básicas das crianças” Filipe de Sousa

Educação “ Estado, Escola x Criança & Família”

Contando histórias.... Um exemplo O Abrigo João Paulo II é uma entidade sem fins lucrativos mantida pelo “Instituto Pobres Servos da Divina Provi-dência” e, há mais de 25 anos presta ser-viço social de acolhida e promoção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Enquanto busca uma solução perso-nalizada para caso atendido, proporciona os cuidados básicos de acolhida, carinho, alimentação, higiene, saúde, educação, esporte e lazer, entre outros atendimen-tos que se fizerem necessários ao desen-volvimento da criança como cidadã de direito e de fato. Nossa missão é mostrar ao mundo que “Deus é Pai” através do cultivo da fé e da confiança; instituindo um programa de abrigagem e acolhimento com atendi-mento integral e de ação continuada, em fiel cumprimento do “Estatuto da Criança e do Adolescente”. A proposta “Institucional” do “ Abri-go João Paulo II ” é prestar um serviço social de acolhida e promoção de crian-ças e adolescentes em situação de vulne-rabilidade social, resgatando sua dignida-de, possibilitando a autoconstrução da cidadania e a inserção no mundo do tra-balho. Tudo isso inserido em um ambiente soci-al e familiar provido das condições físicas necessárias para a boa convivência e o sadio crescimento conforme art. 92 do ECA. O abrigo atende diariamente nos oito núcleos 78 crianças e adolescentes, na faixa de 7 aos 18 anos provenientes da cidade de Porto Alegre e encaminhados pelo Juizado da Infância e da Juventude, pelos Conselhos Tutelares e ou pela Cen-tral de Vagas da FASC. O abrigo João Paulo II está estrutu-rado em oitos casas-lares e um Centro Educacional. Em cada casa são acolhidas de oito a dez crianças e adolescentes de ambos os sexos acompanhados de um casal social, que reside no local. O Centro Educacional é um espaço amplo no qual as crianças e adolescentes desenvolvem atividades rurais, agrícolas, pedagógicas e recreativas, acompanha-das por um instrutor, monitor, pai/mãe social ou voluntário. Temos ainda algumas oficinas pedagógi-cas, em funcionamento, a saber: Criação Animal (suínos, bovinos, ovinos e aves); Horticultura (verduras, legumes, hortali-ças, etc.); Informática (alfabetização digi-tal);Marcenaria de artesanato(brinquedos, jogos pedagógicos, etc.); Padaria (preparação de pães, cucas, bolos e bis-coitos). Esta instituição social conta com o apoio financeiro da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, benfeitores Italianos e Franceses e popular. A manutenção financeira provêm em 80% de convênios, 35% de doações e contribuições e 5% da venda de produtos institucionais. Ir. Hermes José Novakoski, PSDP

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Educar Para quê

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 13

O conceito de Escola Total ! Em Outubro de 2007, iniciou-se em Por-tugal uma discussão sobre o tema “Escola Total”. No entanto, lá como aqui, a problemática da Educação, passa inici-almente pela qualidade do ensino e quem tem acesso a ensino de qualidade, limi-tes das Escolas Públicas e por ai vai. Lá se conceitua que “Escola Total” é, Escola do 1º Ciclo (pré-escola) ao Ensino Universitário. Segundo a opinião de uma conceituada e competente professora Lusa, este con-ceito é benéfico para a sociedade, desde que determinados pressupostos que este projeto indica, forem aplicados ao Ensi-

no Público Português; 1º. - Deve-se ter em conta o número de alunos por turma, que segundo o projeto se cifra em 15 anos; 2º. - Os alunos devem respeitar os princí-pios da Instituição e, a administração não pode ser indulgente com a discipli-na; 3º. - Deve sim haver interação entre vá-rias camadas etárias, dentro da ordem e do respeito uns pelos outros. Segundo, essa mesma professora, ela antevê os pontos atrás mencionados como difíceis, pelo fato deste modelo estar aplicado numa escola com princí-pios práticos, sendo um dos princípios orientadores de sua política de recruta-mento docente o fato de terem experiên-cia nas áreas que lecionam (gestão finan-ceira, informática, gestão de recursos humanos...). Outro fator, segundo ela, é a falta de re-gras que se assiste no poder paternal, a principal figura de autoridade, e os com-portamentos assimilados por crianças mais jovens a partir de comportamentos observados de crianças mais velhas. O que é normal para uma criança de 14 anos não o será, para uma criança de 6 anos. Quando se misturam as classes e

sem controle visual, muito se pode assi-milar fora do contexto social e matura-cional. Claro, que tudo é mais fácil numa escola privada onde se pode fazer seleção de candidatos, agora onde isso não é possí-vel torna-se tudo caótico, ou alguém cre-dita que existe mais controle e disciplina no setor privado só porque é privado e custa dinheiro ! ... Segundo essa mesma professora, a Es-cola Total tem que ser acompanhada previamente por uma educação parental para os valores da escola e o que ela representa, bem como a educação cívica dos pais; que não deverão ceder a todos os caprichos dos filhos e ser capaz de dizer não, ao contrário de correr para as Diretorias Escolares, só porque um pro-fessor chamou a atenção de seu filho, que imediatamente correu para casa queixando-se de seu professor. Todos sabemos, segundo ela, que a for-ma Pai/Mãe ser o verdadeiro herói nos dias de hoje, é defender incondicional-mente o seu Filho/Filha, mesmo quando este não tem razão, retirando da escola e do professor a autoridade escolar, e em ultimo caso, a si mesmo, mesmo que não esteja consciente disso. Segundo também a mesma professora a

“Escola Total” é uma utopia se for im-plantada sem mudar mentalidades. ———————————————————

Interessante como os problemas são os mesmos, no ensino público destes dois países irmãos. 1 - Falta de capacitação do corpo docen-te público, aqui, por baixos salários, lá pelo desinteresse; 2 - Falta de autoridade frente à má forma-ção pública e à degeneração do sentido família, agregado a valores cívicos e so-ciais. Fica aqui uma sugestão de debate.

“GUETOS EDUCATIVOS”

Ficaremos gratos de vossas contribui-ções para a evolução deste debate, pois achamos que este é o caminho para ao contrário da crítica solitária, agregarmos valores à discussão, apresentando nossa idéias e nossos pontos de vista. E-mail para envio de conteúdo:

< [email protected] >

Em Outubro de 2007, come-çou uma discussão em Portu-gal, sobre “Escola Total”. To-dos sabemos que aqui, esta-mos com sérias dificuldades p a r a i m p l e m e n t a r a “Fundamental”, mas...

Cidade Educadora Experiências de alguns Municípios Brasileiros mostram na prática co-mo funciona o conceito de cidade educadora, ao transformar espaços urbanos em uma escola a céu aberto. Cada cidade tem sua história, seu folclore, suas carências ambien-tais, suas lendas, suas estórias, porque não então ensinar vivencian-do locais, onde se fazem presentes esses itens fartamente cheios de matéria para uma boa aula. Uma cidade que utiliza todos os seus espaços

para educar. Este é o conceito da cidade educadora, uma escola a céu aberto. A idéia começou a ser discutida na Europa nos anos de 1970 e se tornou realidade no ano de 1990, num Congresso em Bar-celona (Espanha), quando foi redigida a primeira versão da “Carta das Cidades Educadoras”. Desde então, cerca de 300 municípios nos cinco continentes já receberam o título dado pela “Associação das Cida-des Educadoras - Alce” (mais informa-ções em (http://edcities.bcn.es/). No Brasil, são dez: São Paulo, Belo Hori-zonte, Porto Alegre, Cuiabá, Campo No-vo de Parecis (MT), Caxias do Sul (RS), Gravatá (RS), Piracicaba (SP), Santo An-dré (SP) e São Carlos (SP). Os critérios para se tornar uma cidade educadora são amplos e variados, mas é preciso que ela tenha um governo eleito de forma democrática e que o perfeito e

a Câmara Municipal assumam o compro-misso de incentivar projetos na área de Educação. O primeiro passo é assinar um termo de participação. Depois, é fundamental a-presentar as experiências mais bem su-cedidas nos congressos da associação, que são realizados a cada dois anos - o próximo está marcado para este ano em SÃO PAULO. O principio básico é “promover a Educa-ção na diversidade e para a compreen-são, a cooperação e a paz internacional”, lutando contra toda a forma de discrimi-nação. O objetivo é garantir que todos os habi-tantes do local “possam assumir plena-mente as novidades geradas pelo mundo urbano” e, assim, permitir que os pais ajudem seus filhos a crescer e a fazer uso da cidade dentro do espírito do res-peito mútuo. Ao ampliar o acesso efetivo à informa-ção sobre o que acontece no meio urba-no, a cidade educadora acaba por encon-trar, preservar e apresentar sua própria identidade. “Assim sendo ela será consi-derada única”, diz a carta. Porto Alegre foi o primeiro município brasileiro a entrar para essa rede. Seu histórico de trabalho com o orçamento participativo foi o grande impulso para a identificação para a proposta. Jaqueline Moll, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, estuda o conceito das cidades educadoras há duas décadas e diz que essa característica deveria ser comum a todos os lugares. “Cabe ao poder público o papel de indutor das questões educativas”. E o papel do pro-fessor é essencial, “Ele é o principal arti-culador dessas ações, pois a escola é o local ideal para apresentar e discutir as soluções para os problemas locais e essas soluções são sempre coletivas”.

Um saber em cada esquina... Mesmo a mais ranzinza das pessoas sabe que não há nada melhor que um abraço para confortar a dor, melhorara a auto-estima e aquecer os senti-mentos. O ato de abraçar e ser abraçado é comprovadamente uma maneira de demonstrar carinho. Além dos benefícios, também no campo da saúde, os médicos acreditam que o abraço ajuda a retardar o envelhecimento. Segundo o departamento de psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte (EUA), abraçar tem relação com o aumento da qualidade de vida. Du-rante o abraço, o hormônio do estresse (Cortizol) despenca no organismo, o que libera substâncias para proporcionar conforto e alegria. A autora do livro “Terapia do Abraço” (Editora Pensamento), Kathleen Keating, confir-ma a teoria de que a necessidade do contato físico é mais que saudável - é essencial para a saúde. Pessoas que estejam tristes, cabisbaixas, passan-do por situações dolorosas na vida merecem um abraço coletivo. Quem vive sozinho (a) pode ter em um bichinho de estimação o afeto necessário no dia-a-dia. Mas, nada melhor que um abraço apertado, daqueles que da-mos em amigos do peito, a amigos verdadeiros ou quando nos reencontra-mos com entes queridos. Seja qual for o motivo, abrace mais as pessoas e sinta os benefícios desses abraços. Tensões, insônias, sensação de solidão e de medo podem ser amenizadas com a troca de calor entre duas ou mais pessoas. Até a obesidade pode estar relacionada com a falta de abraço. Abrace a causa do abraço, abrace o abraço e não deixe o mal, lhe abraçar. Filipe de Sousa

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JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 14

Livre para anunciar

Mundo Aquático

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GOLFINHO

Os Golfinhos são dóceis mamíferos ma-rinhos, que podem ser observados tanto em águas temperadas, tropicais e sub-tropicais, em todos os Oceanos, sendo que por vezes também podem ser vistos em águas doces, geralmente na foz dos rios que desembocam nos oceanos. Ao todo existem mais ou menos 50 espé-cies de Golfinhos. Sua alimentação consiste em peixes pe-quenos e lulas. São animais bastante ativos e inteligentes, conseguindo dar saltos bem altos e fazer piruetas, numa sinfonia que mistura dança e brincadeira. Costumam também acompanhar as em-barcações, em virtude de ondas magnéti-cas que as mesmas transmitem para a água. TARTARUGA-MARINHA

A Tartaruga-Marinha, surgiu numa época em que os dinossauros ainda habitavam o Planeta Terra, há cerca de 150 milhões de anos. Se por um lado elas não foram dizimadas como seus colegas dinossau-ros e sua espécie se mantém até nosso dias, por outro, todos os seis gêneros e as sete espécies de Tartaruga-Marinha, se encontram ameaçados de extinção. Em UBATUBA, Litoral Norte do Estado de São Paulo, existe um projeto de nome TAMAR, bastante envolvido na preserva-ção destas espécies e tem conseguido resultados muito animadores, no que tange à sua preservação. POLVO

O Polvo é um molusco marinho, que ha-bita as águas tropicais e temperadas de todo o Mundo. Suas características mais marcantes são os oito tentáculos provi-dos de fortes ventosas. Possuem uma cabeça disforme do corpo, enorme, e um corpo mole, sem esqueleto, tanto interno como externo. As espécies mais comuns atingem até 1 metro de comprimento,

mas há outras, como o polvo pigmeu de tamanho muito menor. ESTRELA DO MAR

Este equinoderme pode ser encontrado em praticamente todas as costas Mari-nhas do Mundo, principalmente em prai-as rochosas e nas proximidades de por-tos. Existem mais de 1.800 espécies ca-talogadas; a maioria medindo entre 12 e 14 centímetros. O corpo da Estrela do mar é formado por um disco central, que pode ser liso ou rugoso, de onde saem pontas triangula-res agudas em seu final, que formam uma estrela. TUBARÃO BRANCO

Aqui nós estamos falando no terror dos mares. É conhecido como o mais temido predador dos Oceanos. Com um peso que pode atingir até 2 toneladas e com um comprimento de até 8 metros, este peixe cartilaginoso é capaz de projetar a sua boca para fora da face, aumentando a mordida em até 1 metro e meio. Ele é encontrado em águas temperadas e subtropicais em quase todos os Ocea-nos. BALEIA AZUL

Aqui, perto dela dinossauro é bichinho de estimação. Embora muitos acreditem que o dinos-sauro tenha sido oi maior animal que já passou pela terra, na verdade, este título, pertence à Baleia azul. Ela já nasce com 7 metros de comprimento e 4 toneladas de peso. Quando atinge a idade adulta chega a medir 30 metros e atinge um peso supe-rior a 150 toneladas, o que faz deste ma-mífero, o maior animal do Mundo. Para uma idéia comparativa, o maior di-nossauro catalogado até agora, teve seu peso calculado em apenas 80 toneladas. CORAL & CORAIS

Conhecidos pela beleza e formas de suas colônias, os recifes de corais são uma das maravilhas natu-rais do mundo subaquáti-

co. Além disso, ao seu redor se encon-tram os pontos de maior biodiversidade submarina, dos oceanos. O seu rico e-cossistema, comparado muitas vezes ao das grandes florestas, abriga milhares de espécies de peixes, moluscos e uma infi-nidade de algas e crustáceos. MEDUSA

Não se engane, não é uma flor maravi-lhosa nem um “óvni”. A Medusa, tam-bém conhecida como água viva, é um animal aquático. Temida por seu meca-nismo de defesa, que ao ser tocada ou pisada provoca sérias queimaduras ao agressor. Existem mais de 200 espécies catalogadas e habitam em todos os oce-anos do mundo. Ela costuma aparecer no Litoral do Bra-sil, nas praias, no verão, época em que nos procura para se reproduzirem. Mas, felizmente para nós, até agora, nenhuma das espécies catalogadas na costa brasi-leira, possuem veneno capaz de levar à morte, ao contrário de algumas espécies encontradas na costa Australiana. Esta espécie marinha existe à cerca de 700 milhões de anos. OSTRA

Apreciadas tanto por sua função de pro-dutoras de pérolas, como por sua carne de sabor requintado. As Ostras são Mo-luscos “Bivalves”, ou seja, apresentam um corpo mole, dentro de uma concha rígida, composta de duas partes. A maio-ria das ostras vivem em Oceanos, gruda-das em rochas e em restos de navios naufragados; Medem de sete a dez centí-metros de diâmetro. As pérolas são for-madas por grão de areia que adentra em seu corpo provocando uma irritação. Como defesa a Ostra libera uma substân-cia chamada de “Nácar”, que isola o grão de areia e forma uma superfície lisa e compacta. Assim pela sobreposição des-se antídoto natural, se forma a pérola em um processo que pode demorar vários meses. Você já ouviu falar em pérolas cultiva-das? - O processo é o mesmo só que

induzido pelo homem em Ostras criadas em viveiros. CAVALO-MARINHO

É um dos animais marinhos mais EXÓTI-COS, que habitam os mares e Oceanos de nosso planeta. Além de sua aparência peculiar, outra curiosidade desta espécie é que o MACHO é quem fecunda os ovos de seus filhotes. Por meio de um tubo, as fêmeas colocam os ovos na bolsa ventral dos machos. Ali, durante um período de quatro a oito semanas, os ovos são fe-cundados. Os filhotes saem por meio de um orifício da Bolsa Ventral. Existem cerca de 30 espécies que vivem predomi-nantemente no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo. Medem cerca de 15 centímetros e possuem uma cabeça ova-lisada que lembra a de um cavalo. Outro jeito peculiar deste animal é sua forma de nadar, sempre na vertical. ANÊMONA-DO-MAR

Parece uma flor, de cores vibrantes e maravilhosamente brilhantes. Mas, não é, é um animal invertebrado, que habita as áreas costeiras dos mares e Oceanos Tropicais. Uma coroa de tentáculos co-bre todo o seu corpo. Nos tentáculos localizam-se cápsulas com pequenos tubos enrolados. A Anêmona dispara esses tubinhos que contêm substâncias tóxicas, que paralisam e abatem suas presas ao serem atingidas. Os “Peixes Palhaços”, no entanto, são imunes às substâncias urticantes das Anêmonas. Assim, eles se aproveitam dessa situação para se alojarem entre os seus tentáculos e assim se defenderem de seus predadores. Chegam inclusive a colocar seus ovos na base do corpo das Anêmonas e ai eles se chocam. Em troca, as Anêmonas se alimentam dos restos dos alimentos deixados pelos peixes palhaços. Essa relação em ecologia recebe o nome de “Mutualismo”.

Filipe de Sousa

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Filosofias e religiões “Império Inca - Uma Civilização”

Incas O Império Inca (Tawantinsuyu - em quí-chua) (na realidade “Inca” era apenas o nome do Imperador); foi um estado-nação que existiu na América do Sul por cerca de 1.200 anos, até à invasão dos conquistadores Espanhóis que culminou com a execução do Imperador Atahualpa no ano de 1533. O “Império Inca” incluía regiões desde o extremo norte da América do Sul, como Equador e o sul da Colômbia, todo o Pe-ru e a Bolívia, até o noroeste da Argenti-na e o norte do Chile. A Capital do Império era a atual cidade de “Cuzco”, que no idioma quíchua, sig-nificava “Umbigo do Mundo”. O Império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o “quíchua”. PRECEDENTES: Pesquisas iniciadas em dezembro de 2004 e ainda em curso, já comprovam a existência de uma civilização avançada “Norte Chico” (Norte Pequeno, em Espa-nhol), estabelecida em vários vales ao norte de lima, capital do Peru, que teriam ascendido em cerca de 3.000 a.C. e per-durado por cerca de 1.200 anos até sua queda. Esta cultura já construía pirâmi-des de até 26 metros de altura e grandes complexos cerimoniais. Parece certo que mais de vinte centros populacionais competiam entre si para produzir a arqui-

tetura mais im-pressionante. Existem provas de que a cultura do “Norte Chico” inseria uma religi-ão de culto antro-pomórfico, prati-

cava a agricultura irrigada e o comércio notadamente a troca de algodão planta-do por peixe, com povos das planícies. Por volta do ano 1.800 a.C. este povo deixou a região, possivelmente propa-

gando seus avançados conhecimentos, podendo ser estabelecida alguma rela-ção com o surgimento da cultura posteri-or que se estabeleceu no vale do rio Cas-ma. Posteriormente (cerca de 800 a.C.) surge em Chavin de Huantar o embrião do esta-do teocrático andino; do ano 50 até cerca do ano 700 a civilização mexicana flores-ce, e aproximadamente no ano 1.000 ex-plode a cultura Tiahuanaco. O período da máxima expansão do “Império Inca” ocorre a partir do ano 1.450 quando chegou a cobrir a região andina do Equador ao Centro do Chile, com mais de 3.000 quilômetros de exten-são. RELIGIÃO: Os incas construíram diversos tipos de casas consagradas às suas divindades. Alguns dos mais famosos são o “Templo do Sol” (figura abaixo), em Cusco, o tem-plo Wilkike, o templo Aconcágua (na Montanha mais alta da América do Sul) e um outro”Templo do Sol” situado no Lago Titicaca.

A construção do Templo do Sol, figura acima, em Cusco, nos fascina pela mara-vilhosa forma como todo ele foi erguido com pedras, encaixadas de forma mili-métricamente ajustadas, fazendo com que mantenha até aos dias de hoje suas estruturas absolutamente intactas. Em algumas partes do templo havia incrusta-ções douradas representando espigas de milho, Ihamas e punhados de terra. Por-ções das terras Incas eram dedicadas ao “deus sol” e administradas por sacerdo-tes. Os sumo-sacerdotes eram chamados de “Hullica-Humu”, levavam uma vida reclu-sa e monástica e profetizavam utilizando uma planta por eles considerada sagra-da, de nome “hullica” ou “Vilca”, com a qual preparavam uma “chicha” de propri-edades enteógenas que era bebida na “Festa do Sol”, Inti Raymi. A palavra “Hullica” no idioma “quíchua”, significa algo “santo”, “sagrado”. LUGARES SAGRADOS:

A religião era dualista, constituída de forças do bem e do mal. O bem era repre-sentado por tudo aquilo que era impor-

tante para o homem como a chuva e a luz do Sol; e o mal, por forças negativas, como a seca e a guerra. Os “huacas”, ou lugares sagrados, esta-vam espalhados por todo o território do “Império Inca”. Huacas eram entidades divinas que viviam em objetos naturais como montanhas, rochas e riachos. Lideres espirituais de uma comunidade usavam rezas e ofereciam oferendas pa-ra se comunicar com um “huaca” para pedir conselho ou ajuda. SACRIFÍCIOS: Os “Incas” ofereciam sacrifícios tanto de humanos como de animais nas ocasiões mais importantes, na sua grande maioria, em rituais realizados ao “nascer do sol”. Grandes ocasiões, como nas sucessões imperiais, exigiam grandes sacrifícios que poderiam incluir até 200 (duzentas) crianças. Não raro, as mulheres a serviço dos templos, eram sacrificadas. No en-tanto, na maioria das vezes os sacrifícios humanos eram impostos a grupos recen-temente conquistados ou então derrota-dos em guerra, como tributo à domina-ção. As vítimas sacrificadas para oferta a seus deuses, deveriam ser fisicamente integras, sem marcas ou lesões e prefe-rencialmente jovens e belas. De acordo com uma lenda inca, uma me-nina de dez anos de idade chamada “Tanta Carhua” foi escolhida por seu pai para ser sacrificada ao Imperador Inca. A criança, supostamente perfeita fisica-mente, foi enviada a “Cusco” onde foii recebida com festas e honrarias para homenagear-lhe a coragem e depois foi enterrada viva em uma tumba nas monta-nhas andinas. Esta lenda prescreve que as vítimas sa-crificiais deveriam ser perfeitas, e que havia grande honra em conhecerem e serem escolhidas pelo Imperador, tor-nando-se, depois da morte, espíritos com caráter divino, que passariam a ofi-ciar junto aos sacerdotes. Antes do sa-crifício, os sacerdotes adornavam rica-mente as vítimas e davam a elas uma bebida chamada “Chicha”, que é um fer-mentado de milho, até hoje apreciado nesta região do continente Sul America-no. Os Incas tinham também um calendário de trinta dias, no qual, em cada mês, se faziam cultos e festas, dedicadas à cul-tura, natureza, a saber: Janeiro, Pequena Colheita; Fevereiro, Grande Colheita; Março Ramo de Flores; Abril, Dança do Milho Verde; Maio, Can-ção da Colheita; Junho, Festival do Sol; Julho, Purificação Terrena; Agosto, Sa-crifício de Purificação Geral; Setembro, Festival da Rainha; Outubro, Festival da Água; Novembro, Procissão dos Mortos; Dezembro, Festival Magnífico. COSTUIMES FUNERÁRIOS: Os Incas acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra, ama sua, ama llulla, ama chella Que nu idioma quíchua, quer dizer: não roube, não min-ta e não seja preguiçoso; quando mor-ressem iriam viver ao calor do sol en-quanto os desobedientes passariam os dias eternamente na terra fria. O incas também praticavam o processo de mumificação, especialmente das pes-soas mais proeminentes que falecessem. Junto com as múmias eram enterrados

todos os o b j e t o s de gosto ou de utilidade do morto. De suas sepul tu-ras, acre-ditavam, as mú-m i a s “mallqui” poderiam c o n v e r -sar com a n c e s -trais ou o u t r o s espíritos “huacas” daquela região. As múmias, por vezes eram chamadas a testemunhar fatos importantes e a presi-dir a vários rituais e celebrações. Nor-malmente o defunto era enterrado senta-do. SOCIEDADE: Infância A Infância de uma inca pode parecer severa para os padrões de nossa atual socieda-de mas, se nos aprofundarmos nos mi-tos e crenças deste povo, poderemos verificar que suas regras eram aceitas e praticadas de acordo com o estabelecido socialmente. Ao nascer, os incas lavavam o bebê com água fria e o embrulhavam numa manta e o deitavam em uma cova cavada no chão. Quando a criança atingia um ano de ida-de, se esperava que andasse ou ao me-nos caminhasse sem qualquer ajuda. Aos dois anos de idade, as crianças e-ram submetidas a um ritual, no qual lhe eram cortados os cabelos, ficando assim determinado o fim da infância. Desde então (2 anos de idade), os pais esperavam que os filhos ajudassem em tarefas ao redor da casa. A partir dai as crianças eram severamente castigadas quando se portavam fora das regras. Aos catorze anos os meninos eram vesti-dos com uma tanga, sendo então a partir dessa cerimônia, considerados adultos. Os meninos mais pobres eram submeti-dos a vários testes de resistência e de conhecimento, ao fim dos quais lhe eram atribuídos adornos (brincos) coloridos e armas. As cores dos brincos determinavam o lugar hierárquico que ocupariam na soci-edade. A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO “INCA”: O Império INCA tinha uma organização econômica de caráter próximo ao modo de produção asiático, na qual todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao Imperador, conhecido como o “Inca”. O Inca era divinizado, sendo carregado em liteiras, com grande pompa e estilo. Usa-va roupas, cocares e adornos especiais que demonstravam sua superioridade e poder. Ele reivindicava seu poder dizen-do-se descendente de deuses (origem divina do poder real). Abaixo do Inca havia quatro principais classes de cida-dãos.

Informação, Cultura , Preservação

JULHO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 15

Máscara “INCA” representando o = Deus Sol =

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Tipos de Rios & Usinas hidroelétricas

A maior parte de nossos rios é de planalto e têm grande importância na economia nacional. Em sua gran-de maioria, apresentam grandes quedas d’água, como é o caso das Cataratas do Iguaçu, no Estado do Paraná, que se tornou uma referên-cia para o turismo daquele estado. Também, podem ser fontes de signi-ficativo valor para o desenvolvimen-to nacional, através da produção de energia elétrica, dado que 91 % de toda a energia elétrica produzida no Brasil tem origem nas Usinas Hidro-elétricas. (Assunto este que iremos debater em seguida). São gerados 58 milhões de quilo-watts anuais nas 93 usinas em fun-cionamento mas, o potencial energé-tico de todas as bacias hidrográficas Brasileiras chega a cerca de 260 mi-lhões de quilowatts. No entanto, no item navegabilidade, estes rios, em suas grande maioria, pelos declives do território, as que-das d’água que tanto admiramos e as cachoeiras, dificultam a navega-ção de longos trechos, limitando-se alguns deles ao transporte entre pe-quenas e médias distâncias; dificul-tando o tráfego nacional e interesta-dual pelos nossos rios. Mesmo assim, os trechos navegá-veis das bacias ( = rios) típicas do planalto, são aproveitados com in-tensidade para integrar as economi-as regionais. O melhor exemplo é o do rio São Francisco (O Velho Chi-co) , que nos presenteia com 1.300 quilômetros navegáveis, entre Pira-pora (Minas Gerais) e Juazeiro (Bahia).

Os trechos encachoeiras, de impos-

sível implantação de hidrovias, são aproveitados para a construção de usinas hidroelétricas para a geração de energia; entre outras podemos exemplificar, a Usina de Paulo Afon-so, Sobradinho, Moxotó, Xingó e Três Marias. No mesmo caso dos trechos não navegáveis podemos exemplificar o caso da Bacia do Rio Paraná, bas-tante explorada por hidroelétricas mas, cujo Estado, vem aproveitando os trechos navegáveis como hidrovi-as, para a integração regional e co-mo fonte de escoamento da produ-ção, com significativa economia e eficiência. Citamos entre essas efici-ências, a instalação da hidrovia Tie-tê-Paraná, importante hidrovia de transporte de mercadorias para o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul).

Os Rios de Planície, são usados ba-sicamente para navegação fluvial, pois não apresentam saltos, catara-tas ou cachoeiras em seu percurso. O Rio Amazonas, por exemplo, é na-vegável desde a sua foz, no Oceano Atlântico, até à cidade de IQUITOS, no Peru. O impressionante numero de seus afluentes, mais de 7 mil, per-mite a navegação em mais de 230 mil quilômetros. Com as cheias periódicas, formam-se uma rede de canais e braços de rios, como os igarapés, que são es-treitos cursos d’água. Todos eles se transformam em ver-dadeiras estradas de água. Além de servirem como hidrovias, os rios amazônicos têm também u-

ma fauna marinha, riquíssima, onde podem ser encontradas cerca de 1.400 espécies de peixes, que são a base de alimentação das populações locais, da Região Norte do país. Outra bacia ( = rio) muito utilizada para navegação é a do Rio Paraguai, localizado numa extensa planície, no centro do Continente Sul-Americano. Uma de suas características é a faci-lidade de integrar-se a outras bacias, principalmente à do Paraná, por mei-o dos Rios Prado e Coxim.

Uma “Usina Hidroelétrica” é um complexo arquitetônico, ou seja, um conjunto de obras e de equipamen-tos, construídos com a finalidade de produzir energia elétrica, através do

potencial hidráulico existente em um rio. Tem-se como capacidade hidráu-lica para este fim, o volume de água do curso, cuja vazão é calculada de-forma a poder ser suficientemente

regular, com a finalidade de alimen-tar sistematicamente a barragem. Dentro os países que usam essa for-ma de energia, o Brasil se encontra atualmente, apenas atrás do Canadá e dos Estados Unidos da América do Norte, sendo, portanto, o terceiro maior país do mundo em potencial hidroelétrico. As centrais geram, como todo o em-preendimento energético, alguns tipos de impactos ambientais como o alagamento das áreas vizinhas, aumento no nível dos rios, podendo em alguns casos, mudar até seus cursos naturais e dessa forma preju-dicar, significativamente a fauna e a flora das regiões atingidas. No en-tanto, ainda é a energia mais limpa e econômica ecologicamente e finan-ceiramente falando, se comparada com outras formas de produção de energia, tais como: Energia produzi-das em Centrais Nucleares, Usinas de Carvão ou Óleo Diesel. A Usina Hidroelétrica do Tucurui, por exemplo, constitui-se de uma das maiores obras da engenharia mundial e é a maior usina 100% bra-sileira em potência instalada com seus 8.000 MW, já que a Usina de Itaipu, é binacional ou seja pertence ao Brasil e ao Paraguai.

Um sistema elétrico de energia é constituído por uma rede interligada por l inhas de t ransmissão (transporte), que ligam os pontos produtores (Usinas) aos pontos Con-sumidores (Cidade) e em seguida às residências, comércio e industria. Uma Central Hidroelétrica é uma instalação ligada à rede de transpor-te (transmissão) que injeta uma por-ção de energia solicitada pelas car-gas, ou seja pelo consumo.

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