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Ano XX - n° 35 - Setembro 2006

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índiceDescobrir o sonho que está no coração.Ir. AMEstaún

página 2

Carta a meus irmãos. Ir. Seán Sammon

página 5

Ano vocacional. E agora?Ir. Théoneste Kalisa

página 10

Vale a pena continuar o sonho!Ir. Ernesto Sánchez

página 14

PROVÍNCIAS DA ÁFRICA

África AustralÁfrica Centro-LesteMadagascarNigériaÁfrica do Oeste (Distrito) página 21

PROVÍNCIAS DA AMÉRICA DO NORTE E CENTRAL

América CentralCanadáEstados Unidos da AméricaMéxico CentralMéxico Ocidental página 33

Ano XX - n° 35 - Setembro 2006

Diretor:Ir. AMEstaún

Comissão de Publicações: Irmãos Emili Turú, Onorino Rota, Luizda Rosa e AMEstaún.

Colaboradores:Irmãos Seán Sammon, Théoneste Kalisa, Ernesto Sáncheze outros irmãos.

Coordenação dos tradutores: Irmão Gilles Beauregard

Tradutores:Espanhol: Irmão Carlos Martín Hinojar.Francês: Irmão Gilles Beauregard. Inglês: Irmãos Ross Murrin, Francisco Castellanos e Douglas Welsh.Português: Irmão Manoel Soares.

Fotografia:AMEstaún, Maurice Berquet, Arquivos da Casa geral.

Registro e Estatísticas:Erika Gamberale.

Diagrama e fotolitos:TIPOCROM, s.r.l.Via A. Meucci 28, 00012 Guidonia,Roma (Itália)

Redação e Administração: Piazzale Marcellino Champagnat, 2. C.P. 10250 - 00144 ROMATel. (39) 06 54 51 71Fax (39) 06 54 517 217E-mail: [email protected]: www.champagnat.org

Edita:Instituto dos Irmãos Maristas. Casa Geral - Roma.

Imprime:C.S.C. GRAFICA, s.r.l.Via A. Meucci 28, 00012 Guidonia,Roma (Itália)

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PROVÍNCIAS DO AMÉRICA DO SUL

Brasil Centro – NorteBrasil Centro – SulCruzeiro do SulParaguai (Distrito)NorandinaSanta Maria dos AndesAmazônia (Distrito)Rio Grande do Sul página 45

PROVÍNCIAS DA ASIA

ChinaFilipinasCoréia (Distrito)Sri Lanka e Paquistão

página 63

PROVÍNCIAS DA EUROPA

CompostelaEuropa Centro-OesteIbéricaL’HermitageMediterrânea página 73

PROVÍNCIAS DA OCEANIA

MelbourneNova ZelândiaSidneyMelanésia (Distrito)

página 89

Níveis de atuação página 98

Poster Ano Vocacional Marista página 100

Explicação da Logomarca página 102

Estatística do Instituto página 103

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Descobriro sonho que estáno coração

E D I T O R I A L Ir. AMEstaún

O Conselho geral, emsuas sessões plenáriasde junho de 2003,

decidiu a realização de umAno vocacional marista emtodo o Instituto, com oobjetivo de fortalecer ocompromisso de todos os seusmembros com a missão quehoje está mais viva do quenunca. Essa iniciativa foi uma

grande proposta à liberdade decada um para recriar o futuro.Aprofundar a reflexão do temada missão implica sempre seadentrar nos compromissos devida que pede o seguimentodo Senhor. Muitos homens emulheres se consagram aoseguimento total de Cristo emantêm firme o rumo. Esse foio sonho que incendiou a

estrela do ideal. E hoje podemfazer o convite: “Venham evejam!” Essa proposta nãopromove ações que vitalizem apastoral vocacional, masconvida a participar em umavida comprometida com amissão. É um convite a entrarno mistério, na comunhão e namissão.O Ano vocacional marista foiuma proposta de comunhãomundial, eclesial, com amissão do Instituto: AnunciarJesus Cristo, torná-loconhecido e amado. Pararealizar essa missão o Paienviou seu Filho e agora enviacada um dos irmãos. Participardessa missão é colaborar comuma bela história. Agrandiosidade do projeto exigeque ninguém fique de fora e,portanto, temos que convidar,animar, propor e fazer-secompanheiro de caminho.Entretanto, mantêm suaatualidade aquelas imagensutilizadas pelo Vaticano IIpara definir a Igreja: vinha,arado, campo... imagenstomadas da linguagemcamponesa que fazem contínuareferência à vida, ao cuidado,ao cultivo, ao semear, à poda,

2 • FMS Mensagem 35

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arar, adubar,expurgar... E também à umacontínua atenção ao dono docampo, ao cultivador, aovinhateiro, ao guardião quefez uma cerca e uma torre devigia em torno da vinha.Hoje, ao falar da vocação, dosonho que Deus guarda nocoração para cada um de nós,usa-se uma linguagem

semelhante àquelado Concílio na qualse utilizam verbosmuito expressivos queanunciam processos de cultivovocacional: semear, suscitar,acolher, acompanhar, formar,educar, discernir. O Ano vocacional maristaserviu também para

reapresentar atodo o Instituto os princípiossempre válidos de umapedagogia e uma pastoralvocacional: suscitar ointeresse pela pergunta:“Mestre, onde moras?”. Acolheras incipientes respostas e osprimeiros atrativos para ajudá-los a crescer. “E foram comEle”. Acompanhar as respostasdos principiantes durante ocaminho vai se transformandoem resposta com a própriaresposta vocacional dandotestemunho de fidelidade. “Os chamou para permanecercom Ele”. E formar a pessoados novos vocacionados paraque possam colaborar namissão com eficiência. “Sereis minhas testemunhas”.O esforço para suscitarvocações, acolhê-las emnossas comunidades ou nosespaços institucionais ondehaja melhores condições para

acompanhá-las e ajudá-las em seu processo eformá-las para a

missão

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à qual foram chamadas, pode ser vinculado demaneira estreita com a“pedagogia da presença”. Elaestá expressa em muitos

documentos, onde se define aidentidade institucional como

uma das características distintivasdo irmão marista. Para uma sociedade

secularizada se propõe o mesmo processo quando se fala defomentar uma “cultura da vocação”. O irmão Séan propôs dedicar 20% do tempo durante o Anovocacional marista a promover as propostas e os chamadosvocacionais. Para muitos irmãos, sem dúvida, foi uma meta e umindicador da generosidade pessoal. O desafio está em manteruma presença de autenticidade diante dos jovens. A pedagogiada presença ou a presença que se faz pedagogia éfundamentalmente uma pedagogia da opção vocacional, daentrega generosa que não põe limites ao espaço e ao tempo. Apedagogia da presença não é uma pedagogia para os momentosde aula ou de pátio, senão uma pedagogia em que a vida se dá.É uma vida que se faz pedagogia, testemunho, questionamentocontínuo e proposta. Por isso essa oportunidade não foi um anopara a aplicação e realização de uma tarefa, senão a tarefa davida que se faz mais intensa durante um ano para colocar emdestaque nosso testemunho.O espaço de um ano é suficientemente amplo para que oInstituto possa se submeter a um processo de planejamento eavaliação de uma responsabilidade que é co-natural com suamissão. Esse período, chamado Ano vocacional marista,organizado para um âmbito de alcance mundial, suscitou umatorrente de vida e de empenho que merecem o esforço de que sedeixe documentado. FMS Mensagem 35 deseja reunir a memóriahistórica dessa graça do Senhor para o Instituto, e servir de referência para o horizonte abertoque temos adiante.

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Ir. AMEstaúneditorial

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Agora nos toca avaliar to-do o trabalho que foi rea-lizado. Isso não somentenos permitirá nos benefi-ciarmos do trabalho quefoi realizado ao longo deum ano, mas também nosindicará o que necessita-mos para planejar os pas-sos seguintes que deve-mos dar no empenho co-

mum para promover as vocações no Instituto. Porém, existe umacoisa da qual podemos estar bem seguros: durante o ano vocacio-nal, as Províncias, os irmãos e os leigos maristas se uniram numesforço extraordinário para animar e convidar os jovens a fazer davida religiosa seu próprio projeto de vida.Portanto, uma palavra de agradecimento desde o início a todos osque contribuíram a semear o que logo deu os seus frutos. Houveaqueles que decidiram simplesmente aumentar seu tempo dedica-do aos jovens, outros organizaram fins de semana vocacionais, es-creveram artigos, desenharam cartazes, e acompanharam os jo-vens que se mostravam interessados em conhecer mais sobre nos-so estilo de vida. Todos afirmaram que intensificaram suas ora-

Queridos irmãos e mem-bros da Família Maris-

ta em geral: No dia 15 deagosto de 2005 tivemos oencerramento de um anoque se destacou por um em-penho especial na promo-ção das vocações através detodo o Instituto, particu-larmente as vocações à vidamarista. Quando planejamosessa iniciativa eram dois osobjetivos que tínhamos emmente: primeiro, restabele-cer entre nós a “cultura davocação” e, segundo, en-contrar meios efetivos paraidentificar e alimentar osapelos à vida religiosa hoje.

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Cartaa meusirmãos

Superior geralIr. Seán Sammon

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ções nessa intenção, pedindoao Senhor que nos abençoas-se com boas vocações. Obri-gado a todos e a cada um.Obrigado especialmente aosirmãos Théoneste Kalisa,Conselheiro geral, e ErnestoSánchez Barba, diretor doSecretariado das vocações.Eles planejaram e coordena-ram o ano a partir da Admi-nistração geral. Sem a gene-rosa contribuição deles épossível que os elementos

mais importantes da campan-ha não tivessem visto a luzdo dia. A eles igualmente,obrigado!

“Êxito”Ao terminar o ano vocacionaloficialmente alguns me per-guntavam: “foi um êxito esteano?” E eu sempre respondiasem duvidar: sim, acrescen-tando em seguida: porém foi

somente o primeiro passodos nossos esforços para re-vitalizar este importante tra-balho e convertê-lo em umaresponsabilidade de todos. Mais recentemente me fize-ram uma outra pergunta:“Daremos continuidade aoque foi feito?” E respondia acada vez: Sem dúvida!Ao fazer uma breve reflexãosobre o ano vocacional, tam-bém tenho que admitir que aparticipação não foi unifor-me em todo o Instituto. As-sim como os membros de al-gumas Unidades administra-tivas aderiram com entusias-mo ao espírito e ao trabalhodesse projeto, outros semantiveram bastante distan-te da iniciativa. Em alguns casos foi percebi-do não somente a falta deatividade nessa área das vo-cações, como também umafalta de apoio para os poucosque se comprometeram comela. Essas atitudes consti-tuem uma séria ameaça paraa futura viabilidade e vitali-dade dessas Províncias ouDistritos. Assim não poderá havercontinuidade quando quise-rem encontrar e formar a fu-tura geração de irmãos. Des-de agora lhes asseguro que

Superior geralIr. Seán Sammon

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serão dados todos os passosnecessários para remediar es-sa situação.

ObstáculosOs acontecimentos vividosdurante esse ano nos mostra-ram que hoje temos diantede nós muitos obstáculos napastoral vocacional. Porexemplo, como lhes disse nacarta convocatória ao anovocacional, em muitas partesdo mundo estamos nos tor-nando invisíveis. Deixamosde lado os conhecidos sinaisexternos do passado e aindatemos que identificar os no-vos sinais e nos colocarmosde acordo com eles. Por ou-tro lado, ao mesmo tempoem que diminuía o númerode irmãos, muitos se refugia-

vam dentro dos escritóriosdos colégios, afastando-sedos jovens, ao invés de estarentre eles. Os membros do XXCapítulo Geral nos animarama sair dos escritórios e dasfunções administrativas emantermos um contato maisdireto com a juventude.

Alguns se recusaram aconvidar os jovens a pensarse o nosso modo de vida po-deria ser uma meta para eles.Preocupava-nos que nos to-massem por uns intrometi-dos, ou tínhamos medo deque nos dissessem simples-mente: “Não”. Porém, se fa-lhamos em convidar os jo-vens, eles tiveram a impres-são de que nem os queremosnem necessitamos deles.Sempre que encontrarmos umobstáculo na promoção voca-cional, temos de buscar tam-

bém uma solução ao invés delevantar as mãos em sinal dederrota.Quando foi iniciado o ano de-dicado à promoção vocacio-nal para nosso estilo de vida,eu lhes dizia que estamosbuscando candidatos para amissão, e não para a sobrevi-vência. Portanto, se acredita-mos que a Palavra de Deusainda continua viva para serproclamada às crianças e jo-vens desfavore-cidos, não po-

demos fa-zer outra

coisa

senão nosunirmos nesse empenho.Nas páginasque se se-guem vocêspoderão lerrelatórios emensagens so-bre os aspectosespecíficos doano vocacional.Verão de manei-ra mais clara oplano geral comsuas diferentesatividades, as-sim comoquaissão

Carta a meus irmãos

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os projetos que terão conti-nuidade. Um resultado con-creto dos esforços desse anofoi a recente decisão tomadapelo Conselho geral de esta-belecer o Secretariado das vo-cações por um período de trêsanos. Pedi ao irmão ErnestoSánchez Barba que o assumis-se, coisa que ele aceitou ge-nerosamente. Durante ospróximos meses ele entraráem contato com os responsá-veis dessa importante área denossa vida para que juntosgarantam que o trabalho vo-cacional constitua uma priori-dade em todas as regiões,Províncias e Distritos.Tendo terminado o ano depromoção vocacional, ficouevidente que o compromissode muitas pessoas foi deter-minante

para o seu sucesso. Esses 12meses produziram frutos e nosrecordaram, ainda uma vez,que com a graça de Deus ecom o nosso duro trabalho ve-remos de novo jovens abra-çando o nosso modo de viver.Precisamos continuamentenos lembrar, portanto, que ca-da um de nós tem um papelimportante na promoção vo-cacional, independente daidade, temperamento e tem-

po que temos a nossadisposição.

Um planosimples

Para terminar, deixem-me quelhes sugira um curto planocom três pontos que pode-mos utilizar para incremen-tar nosso compromisso coma pastoral vocacional.Rezar: rezem cada dia, re-

zem para que Deuscontinue chamandojovens generosos pa-

ra nossa vida marista, indican-do o nome daqueles que vocêimagina ou sabe que pode tervocação religiosa. A oração é ofundamento desse trabalho edeve supor algo mais do queresponder dizendo: “Senhor,atendei nossa prece”, quandoum outro faz uma prece: “Peloaumento das vocações maris-tas, roguemos ao Senhor”. Fazer-se visível: em palavrae em obra. Façam com que osdemais saibam que vocês sãomembros de um Instituto re-ligioso conhecido como osIrmãos Maristas. Mostrem-sedispostos a responder as per-guntas dos curiosos e nãotenham nenhum receio de in-dicar-lhe pequenas biografiasda vida do Fundador ou dahistória das origens de nossacongregação. Que os demaissaibam através de vocês queestamos presentes em 76países diferentes, e que cadaano mais de 500.000 crian-ças e jovens são atendidospelos irmãos e leigos maris-tas em todo o mundo.

Superior geralIr. Seán Sammon

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Convidar: não tenham receiode convidar os jovens direta-mente para refletir sobre apossibilidade de decidir-sepor nosso estilo de vida. Qua-se todos os irmãos afirmamque um fator importante nadecisão de entrar na congre-gação foi um convite pessoalque um dia recebeu. Assimsendo, continuem convidan-do, convidando, convidando. Não tenham dúvida, Deuscontinua chamando os jovensà vida religiosa. Nós havere-mos de ser novamente seusinstrumentos nesse processo.Além do mais, descobrir umavocação religiosa é um poucocomo enamorar-se. Primeiro se conhece alguém,e com o tempo esse conheci-mento se transforma em ami-zade. Desfruta-se o tempo

junto a essa pessoa que nosfaz rir e com a qual nos sen-timos bem. À medida que va-mos conhecendo-a melhor,descobrimos que partilhamosmuitos sonhos e esperançascomuns, e que existem maiscoisas que nos une do quenos separa. E um dia, quase de maneiraimperceptível, nos damosconta de que esse conheci-mento que se converteu emamizade, agora se transfor-mou em algo importante paranós. O processo leva algumtempo para se desenvolver, epassa por períodos de altos ebaixos, porém ao final sabe-mos que encontramos a pes-soa com a qual queremos pas-sar o resto de nossos dias.O chamado à vida religiosa

também se compõe de muitos

elementos humanos e temsua própria carga de altos ebaixos. Porém, dentro contémo convite do Senhor a fazerd’Ele o centro e a paixão denossa vida. E esse convite émuito difícil de resistir.

Carta a meus irmãos

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Anovocacional.

E agora?

Ir. Théoneste Kalisa

Introdução Encerramos um ano durante o qual todas as Províncias do InstitutoMarista desenvolveram uma grande atividade em favor da pastoraldas vocações. Vários irmãos, trabalhando juntos, engajaram-se na re-flexão, na oração e na ação com os jovens.Um dos resultados mais plausíveis foi o despertar dos irmãos para arealidade do chamado pessoal que Deus lhe faz desde a juventude, eo convite a partilhar esse chamado com os jovens de hoje. É verdadeque necessitamos lembrar que esse despertar assumiu diferentes for-mas. Para alguns, ele estava sob a forma de uma interrogação. Paraoutros, foi a fonte de um novo dinamismo na pastoral vocacional.Houve, portanto, boas reações e iniciativas muito encorajadoras, masao mesmo tempo pudemos observar a profundidade e a extensão dotrabalho a ser feito.A partilha e a reflexão nessas linhas abaixo se situam na continuida-de do ano marista das vocações e na resolução da Conferência geralde desenvolver uma cultura da vocação no Instituto.

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PreliminaresOlhar em direção ao futuroEm nossos dias é comum falar de futuro, do o-lhar voltado para o futuro, etc. Parece que essalinguagem desperta entusiasmo. É encorajadorconstatar que a vocação à vida consagrada é,por sua própria natureza, um olhar voltado parao futuro. A vocação de educador cristão tal co-mo a nossa, reforça ainda mais esse olhar emdireção ao futuro. Nossos companheiros cotidia-nos são jovens cujo passado pessoal se resumea pouca coisa. A vida deles é o futuro, descon-hecido, mas atraente, por vezes incerto, massempre desafiador. A vocação de caminhar comos jovens exige partilhar suas inquietudes, suasalegrias e esperanças, e participar do seu proje-to de um mundo diferente e melhor.

Animação da EsperançaEntre os jovens, somos semeadores de esperan-ça. Através da nossa vocação dizemos aos jo-vens que em sua caminhada, às vezes às apal-padelas, eles não estão sozinhos. Alguém ca-minha ao lado deles, sempre, e sem pressa. Énossa vocação dizer aos jovens que eles sãoconvidados, que eles são aguardados, mas cabea eles de fazer seu caminho. Nossa vocação éde testemunhar que a caminhada é possível e

aqueles que os convida, Jesus, está sempre pre-sente para o encontro.Uma tal animação necessita convicção e perse-verança no compromisso. Exige também umarenovação contínua para escutar e compreenderas preocupações e os pontos de vista que mu-dam continuamente através das gerações de jo-vens.

Sentimento de missãoA vocação nasce e persevera como conseqüên-cia de um profundo sentimento da missão. Estapode ser ativa ou racionalmente mística, mas apessoa chamada sente que deve sair da sua co-modidade e se dirigir para Deus e para os ho-mens, seus irmãos.Nossa missão tem necessidade de um sentidoprofundo de transcendência. Qualquer que seja aimportância de uma causa, enquanto permanecerpuramente horizontal ela não pode justificar nemmotivar de maneira durável uma vocação à vidaconsagrada. É o risco da instrumentalização davida consagrada. E esta tem levado a situaçõesmuito lamentáveis. Somente a relação com Jesuspode justificar e explicar o compromisso a ser se-guido. Não existe contradição entre seguir Jesuse servir os irmãos, muito pelo contrário. Mas noque se refere à vocação à vida consagrada, o en-contro e a relação com Jesus têm primazia sobreo compromisso. Dizendo isto, não ignoro acontrovérsia que existe sobre o assunto.

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O sentido do envio, dodeslocamento e do irem direção ao desco-nhecido são três ele-mentos chaves de umavocação autêntica. Oprimeiro diz que a rea-lidade da vocação éuma iniciativa que par-te de um Outro. O se-gundo significa que opapel do chamado éessencial no processo

geral. O terceiro expressa a natureza da relação entre o chamado eaquele que chama: a fé, a esperança e a caridade.Sublinhemos também que a missão é a expressão do otimismo davocação. Deus confia no ser humano e lhe pede para contribuir natransformação do mundo segundo seu projeto. Nessa tarefa o consa-grado é ativo, criativo; ele prevê, reflete, calcula, etc. Mas sabe quesua ação se insere dentro do projeto de Deus, o qual somente Ele,segundo o seu querer, pode realizar sua Promessa. Nisso está a forçado consagrado! A vocação marista é um ato de esperança.

A vocação no cotidiano Uma questão de confiançaO ano Marista das vocações nos ensinou sobre vários aspectos. Se forverdade que de maneira geral houve um impulso em favor da pastoraldas vocações, mas também observamos, aqui e ali, resistência, lenti-dão, indiferença e mesmo desilusão e/ou bloqueio. Essas atitudes seaplicam também tanto à pastoral vocacional quanto à pertinência davocação dos irmãos de idade madura. Além do compromisso existe, pois, uma questão de confiança. Pare-ce que se pode ter uma identidade relativamente clara, estar engaja-do no apostolado e, no entanto, se colocar a pergunta ou dizer:

“Minha vocação não é mais pertinente em meu país, hoje”.Pertence ao Espírito Santo a decisão de colocar umfim a uma das expressões da sua Igreja. Mas, esse é

um terreno onde é ilusório fazer declara-ções baseadas sobre análises socioló-

gicas e sobre gráficos. Hoje, entretanto,a confiança no futuro parece melhor fun-

damentada. Em uma Igreja e um mundo va-riados, a vitalidade ganha ao ser melhor

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Ir. Théonese Kalisa

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distribuída. A contribuição das jovens igrejas lo-cais já expressa a universalidade e vitalidade davida consagrada na Igreja universal durante osanos vindouros.Ter confiança está na natureza da vocação à vidaconsagrada e era um refrão na vida do padreChampagnat. Existe motivo para acreditar queum trabalho sobre a cultura da vocação maristadeve ser feito com urgência em nosso Instituto.

Um compromisso bem motivadoNos lugares onde estamos presentes, os irmãossão em geral conhecidos e admirados por seucompromisso apostólico. E vários de nossosamigos e simpatizantes se perguntam, às vezesem alta voz, por que perdemos nossos irmãosjovens. Os irmãos, eles mesmos se fazem a mes-ma pergunta. Além das numerosas explicaçõesformuladas, existe lugar para colocar a questãoda motivação e da cultura da vocação. Em váriaspartes do Instituto o carisma da educação cristãda juventude nos remete com freqüência a umtrabalho complexo que consome nosso tempoaté nos fazer esquecer as motivações que nosguiam. Do ponto de vista da nossa vocação, es-sa situação cria gigantes com os pés de argila.A cultura da vocação poderia ser uma resposta àessa difícil situação. Face à essa grande ativida-

de profissional desgastante, a cultura da voca-ção em nossa comunidade permite desenvolverum contexto que dá um sentido à ação e reforçaas motivações. O porto do repouso torna-setambém um lugar de revitalização vocacionalcotidiano.Entretanto, esse mal estar descrito acima nãoatinge somente a vida religiosa. Em nossos diasvários casais muito unidos no início se separamporque um dos parceiros, seduzido pelo sucessoou fascinado pelo dinheiro, se envolve no trabal-ho, até esquecer o companheiro(a) e a família.

ConclusãoQuando falamos da vocação do irmão marista, ootimismo é um agradável dever. Mas esse estadode espírito não pode ser senão o resultado de vá-rios outros fatores. Olhamos especialmente para apastoral das vocações como a construção de ummundo do qual fazemos parte como indivíduos oucomo comunidade. É nosso futuro!Dentro de um novo paradigma religioso, o desen-volvimento da cultura da vocação marista se im-põe como uma realidade onde encontraremosnossa identidade e na qual responderemos aosapelos da Igreja e do mundo.

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Vale a penacontinuar

o sonho!

Ir. Ernesto Sánchez B.

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Desde a sua fundação, há quase duzentos anos, nosso Instituto vi-veu épocas de abundância e de escassez de vocações. Durante osúltimos trinta anos, enquanto tem aumentado consideravelmente onúmero de leigos comprometidos com a missão marista, seja comocolaboradores nas obras educativas, seja vivendo mais profunda-mente a espiritualidade marista, se constata ao mesmo tempo agrande diminuição do número de irmãos.Situamos essa realidade dentro de um contexto de mudanças so-ciais e religiosas, no qual a própria vida religiosa continua passan-do por um processo de transformação e de adaptação. Nesse senti-do, o Capítulo Geral de 2001 motivou a “Escolher a vida”, a partirdo chamado e da convicção de que vale a pena dar continuidade aocarisma marista em favor de tantas crianças e jovens do mundo quehoje necessitam de uma palavra de amor e de esperança.Assim, nessa linha de opção pela vida, o Ano vocacional maristafoi, entre outros, um importante projeto lançado pelo Conselho ge-ral. Com ele se buscou basicamente motivar para um esforçoconjunto no qual, irmãos e leigos das comunidades e colégios detodo o mundo marista, manifestássemos um especial interesse eenvolvimento com o tema das vocações. Incluímos a preocupaçãodo Instituto pelo tema vocacional dentro de um quadro mais am-plo, assim como foi o interesse da Igreja por esse tema vital duran-te os últimos anos. Foram realizados vários Congressos vocacionaisem nível internacional, mais de 40 Jornadas mundiais de oraçãopelas vocações, além de uma contínua menção do tema nos recen-tes documentos eclesiais. Tudo isso em vista de um suporte teoló-gico-pedagógico da vocação que responda à realidade atual.

Atualmente, não é fácil falar de vocação, talvez porque sejauma palavra que tem relação com doação, entrega, sacrifí-cio, e estes são termos que atualmente parecem estar de-

saparecendo do nosso vocabulário. Ou, talvez, porque seusignificado foi reduzido, fazendo referência direta ou exclusi-

vamente à vida sacerdotal ou religiosa, enquanto que na realidadeseu significado é muito mais amplo. A palavra vocação poderia sertraduzida como o sonho que Deus tem para cada um de nós. Issoimplica num processo de descoberta que começa pela aceitação

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alegre da vida como um dom, e continuapelo encontro pessoal com Jesus que nosfaz experimentar seu amor único e in-condicional, e termina com nossaresposta às perguntas que fazemos se-riamente diante d’Ele: Que queres demim nesta vida? O que posso fazer pe-los outros, sobretudo por aqueles quese encontram em maior necessidade?A vocação é dom, é revelação e surpresa, édesafio; é uma dinâmica que se atualiza cotidia-namente, um caminhar no qual não estamos so-zinhos e que nos pede para ter os olhos e o co-ração bem abertos.Quisemos realizar o Ano vocacional marista nalinha de uma pastoral vocacional ampla, centra-da na vocação de cada jovem, propondo-lhe ca-minhos de busca e de discernimento. Ao mesmotempo, como uma ocasião propícia para falar demaneira clara e aberta sobre o chamado à vidareligiosa marista, apresentando-a como uma vo-cação que permite uma vida em plenitude aquem se entrega ao Senhor de maneira íntegra etotal, servindo-o na pessoa das crianças e jo-vens mais necessitados. Eis porque o objetivo proposto desde o iníciofoi:

Preparação do Ano vocacional marista Com um pouco mais de um ano de antecipação,as Províncias e Distritos foram convidados a idea-lizar um plano de acordo com a sua própria reali-dade. Para isso os convidamos a sonhar, a sonharem equipe, a sonhar em busca de caminhos novos

e inéditos a partir do que Deus está desejandopara a vida e missão do Instituto. Foi lançado oconvite para concretizar esse sonho em ações quemotivassem a todos para se comprometerem decoração com o tema e a se envolverem com as di-ferentes pastorais da Província e da Igreja local. Desde o início se motivou para que nesse esforçoconjunto fossem integrados a reflexão, a oração, otestemunho e a ação a partir de idéias chave doEvangelho: um esforço “em seu Nome” (cf. Lc 5,5)que nos anima a “lançar as redes do outro lado dabarca e encontrar...” (cf. Jo 21,6), encontrar no-vos caminhos, novas luzes, novas maneiras de pro-por ao jovem caminhos de discernimento e acom-panhamento vocacional, novas formas de viver ho-je o carisma e a missão maristas como resposta ao

mundo de nossos dias.Quisemos marcar sua realiza-ção entre duas festas maria-nas: o nascimento de Maria(8 de setembro) e sua Assun-ção (15 de agosto), para nosrecomendar a ela como o feztantas vezes MarcelinoChampagnat, que dizia: Ma-ria, esta comunidade é obratua! Cada Província podia es-colher e adaptar as datas se-gundo a conveniência dosseus calendários.

Foi pedido para que em cada Província e Distritohouvesse uma Comissão do Ano vocacional maris-ta, e para que um dos irmãos fizesse o serviço deponte com a Comissão vocacional do Conselhogeral. Dessa forma se constituiu uma rede de co-municação com cerca de quarenta irmãos. O tra-balho em equipe e a comunicação freqüente fo-ram elementos chaves para a preparação e reali-zação do projeto.

Queremos, como Instituto, solidarizar-nos em um esforço comum pela Pastoral vocacional, realizando um ANO VOCACIONAL MARISTA que motive todas as Províncias e Distritos para um esforço CONJUNTO nos níveis da REFLEXÃO, ORAÇÃO, TESTIMUNHO E AÇÃO pelas vocações na Igreja, com especial atenção à proposta vocacional marista.

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A convocação para o lema foi lançada nove meses antes. Houve umaboa participação por parte das Províncias, tanto quando se tratou desugerir os lemas como quando foi realizada a sondagem para escolherum deles. Um grupo internacional de oito irmãos, depois de haver si-do estabelecido o critério de criar um lema que desse unidade ao pro-jeto e dentro do qual todos se sentissem incluídos e interpelados (ir-mãos, leigos, jovens), e levando em conta as contribuições e os re-sultados da sondagem, chegou à formulação que agora nos soa tãofamiliar: “Viva hoje o sonho de Champagnat”! Sim, aí estava esse so-nho tão cheio de vida, esperando sua promessa, com o convite acontinuá-lo, a revivê-lo e atualizá-lo no mundo que hoje nos cabe viver. Uma vez definido o lema, foi lançado o convite para se desenhar a lo-gomarca e o pôster. Faltavam somente sete meses para começar oAno vocacional. Chegaram contribuições do Brasil, Austrália, Mada-gascar, México, Zimbábue, Coréia e Nova Caledônia. Quanto à logo-marca, um grupo internacional analisou as contribuições levando emconta os critérios como a simplicidade, o conteúdo do lema, a inter-nacionalidade, a evidência clara de que se tratava de algo marista. Efoi assim que se escolheu a logomarca enviada pelo noviço AnselmoKim, pertencente ao Distrito da Coréia.O pôster foi idealizado pelo irmão Luis Enrique Rodríguez Santana, daProvíncia do México Ocidental. Com o apoio da Editora TIPOCROM, em

Ir. Ernesto Sánchez B.

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Setembro de 2006 17

Roma, e a opinião de um grupo internacional deirmãos, a Comissão das vocações apresentou odesenho final para impressão e enviou os 9 milexemplares que foram solicitados pelas Provín-cias. Imprimimos também o pôster em formatopostal, incluindo no verso a oração pelas voca-ções, do qual foram solicitados 85.000 exempla-res. Todo esse material foi impresso nas quatrolínguas oficiais do Instituto e em outras mais,segundo foi sendo solicitado. Além disso, váriasProvíncias reproduziram tanto o pôster como opostal com a oração. Um lema, um pôster, umaoração comum... com tudo isso se desejavacontar com símbolos que dessem unidade a esseesforço internacional que realizávamos como In-stituto.A poucas semanas para dar início, o Ir. Superiorgeral enviou a todo o Instituto a carta de abertu-ra “Reavivar a chama”. Através dela o irmão Seánpartilhava conosco seu pensamento, procurandonos contagiar com seu otimismo em vista de umrenascer vocacional no Instituto e, para isso, lan-çou-nos desafios importantes. Cada irmão foiconvidado a viver uma oração mais profunda econstante pelas vocações, a comprometer-se maisintensamente na vivência da própria vocação evoltar a se aproximar do mundo dos jovens. Suacarta foi de grande ajuda e motivação nas Provín-cias e Distritos, além de ter sido uma amostra doseu compromisso pessoal com o projeto que ele eseu Conselho propunham a todo o Instituto.

Realização do Ano vocacional maristaDesde a abertura foram sendo realizadas diferen-tes iniciativas em todo o Instituto. Na linha daoração foram organizadas peregrinações aos san-tuários marianos e celebrações nas comunidadese colégios. Na Casa geral de Roma, uma vela foimantida acesa durante as 24 horas do dia, desde8 de setembro de 2004, até 31 de dezembro de2005, como sinal da oração que elevamos conti-nuamente ao Senhor e à nossa Boa Mãe em favordas vocações em todo o Instituto. Também comosímbolo do acompanhamento que era dado a to-

das as Províncias e Distritos.Várias reuniões e palestrasforam realizadas em ní-vel local, regionalou provincial. Demaneira especialforam organizadosencontros e jorna-das de reflexão comos jovens. Em muitoslugares se tratou defavorecer uma ade-quada catequesee pastoral juvenildentro do temavocacional.Foram criados al-guns sites webcom materiaisvocacionais.Algumas Províncias atualizaram a área dedicadaàs vocações que já fazia parte da sua páginaprincipal. Em outros lugares foi desenvolvido ou-tro tipo de comunicação, via e-mail ou materialimpresso, tanto para partilhar a informação doque ia sendo realizado, como para trabalhar eapoiar-se em forma de rede. E desde o início nãofaltaram iniciativas na linha da elaboração demateriais como pôsteres, folhetos, cartões, cami-setas, calendários, canetas, chaveiros, etc., como logotipo e com o lema do ano vocacional. Em algumas Províncias foi organizada uma redede contatos com cada comunidade sobre o temavocacional, a fim de animar o trabalho cotidiano.Nas escolas e nos grupos de jovens foram realiza-das semanas vocacionais. Houve acampamentosvocacionais, nos quais se contou com a partici-pação de um bom número de irmãos. Em muitoslugares se buscou dinamizar os projetos comuni-tários dentro do tema vocacional, e procurandofazer da comunidade um lugar de acolhida paraos jovens. Algumas Unidades Administrativas co-locaram a pastoral vocacional como primeiraprioridade, buscando oferece os recursos necessá-rios para colocá-la em prática.Também houve algumas idéias mais originais ouinovadoras, tais como a realização de uma oração

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itinerante, ao longo dos diferentes países que compõem a Província,em união com as comunidades e famílias próximas da nossa espiritua-lidade; a composição do Hino do Ano vocacional marista; a organiza-ção de um congresso nacional de juventude com o tema: Viva hoje osonho de Champagnat!; uma maior inserção no trabalho paroquial depastoral vocacional e com outras congregações religiosas; o lança-mento de concursos de desenhos, de músicas com o tema “o sonho

de Marcelino hoje”; a criação e consolidação de equipesde pastoral vocacional; um maior envolvimento dos lei-gos no trabalho vocacional.Não faltaram as dificuldades em meio a tudo isso quefoi realizado, algumas de caráter interno, outras exter-no. Por exemplo, em algumas Províncias compostas porvários países não foi fácil a comunicação devido às dis-tâncias geográficas, à diversidade de línguas, ou à difi-culdade de acesso aos meios como a Internet. Outrasforam mencionadas como a falta de esperança e com-promisso de mais de um irmão em relação ao tema vo-cacional, e também a dificuldade de algumas comunida-des para assumirem a pastoral vocacional como umamissão de todos. Em certas obras apostólicas, dada afalta de irmãos ou o excesso de atividades de alguns de-les, a presença entre os jovens se faz menos visível, atémesmo menos possível e real. Em outras partes não foifácil conjugar o projeto do Ano vocacional marista comas atividades normais da escola ou com as datas do cur-so escolar.Foi mostrado também que o ambiente sócio-cultural nãoestá favorecendo entre os jovens o interesse pelo temae, inclusive não os anima – pelo contrário, os desesti-mula – a assumir uma opção vocacional generosa, exi-gente e comprometida. Também se fez referência à difi-culdade que se tem para oferecer um acompanhamentosistemático aos jovens interessados.

Avaliação e continuidade do Ano vocacional maristaEm cada Unidade Administrativa foi sonhado e levadoà prática um projeto que a muitos encheu de esperan-ça, gerando novas energias e esperanças pelo temavocacional, permitindo constatar novamente que nos-sa vocação é atual e que vale a pena propô-la aos jo-vens de hoje. Ao mesmo tempo nos demos conta deque muitos jovens estão ali, esperando escutar comabertura a mensagem vocacional, abertos a todas as

18 • FMS Mensagem 35

Ir. Ernesto Sánchez B.

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Setembro de 2006 19

possibilidades vocacionais e também com aber-tura para escutar a proposta marista. Além docompromisso e participação de muitos irmãos,também foi muito positiva a participação diretade muitos leigos que se comprometeram, valori-zando seu próprio ser de leigo marista e cola-borando com os planos em favor das vocações.As Províncias e Distritos foram convidados a fa-zer uma avaliação objetiva e realista, buscandoa melhor maneira de dar continuidade ao quefoi realizado. Nas contribuições foram mencio-nados os desafios tais como: dar continuidade aprojetos e atividades que foram lançados tendocomo objetivo o Ano vocacional marista; formu-lar um projeto destinado a articular maneira departilhar a vida das comunidades maristas comos jovens; buscar caminhos de trabalho conjun-to com os leigos na pastoral vocacional; esta-belecer itinerários claros de acesso à vida ma-rista; reencontrar caminhos de contato com osjovens fora do meio escolar; fazer com que acultura vocacional chegue a fazer parte do Pro-jeto Educativo nas obras escolares e seja assu-mida normalmente; favorecer a designação epreparação de um acompanhante vocacional emcada comunidade e centro educativo, além demotivar o compromisso de todos pelas voca-ções; dar testemunho alegre da vivência denossa vocação de irmão; animar-nos em proporde maneira direta ao jovem a vocação de irmãomarista; avaliar a incidência vocacional quetem o conjunto de atividades realizadas pelaProvíncia; buscar caminhos de integração dasnovas vocações em algumas Províncias onde aidade da maioria dos irmãos está avançada.Finalmente, ao longo da realização do Ano vo-cacional marista foram surgindo novos questio-namentos e inquietudes, e também foi sendopossível ver tanto os acertos como as falhasque existiram durante seu planejamento e de-senvolvimento. Sabemos que o tema vocacionalnão é um tema fácil de ser afrontado, pois poruma parte toca e questiona de cheio nossa vi-da, fazendo-nos um apelo à autenticidade e àcoerência de vida, e por outra toca de cheio avida dos jovens inseridos numa cultura que fa-vorece muito pouco seu discernimento voca-

cional, assim como seu compromisso a longoprazo.È importante destacar que o Ano vocacionalmarista produziu já alguns frutos que se fa-zem evidentes, porém, seguramente existem eexistirão muitos outros frutos, os quais nãoserão apreciados senão a longo prazo. Tratou-se de um projeto que quis ter Deus como cen-tro e fonte e, por outro lado, sabemos que éa ele que pertencem os frutos atuais e vin-douros. Ao final da realização do Ano voca-cional se experimentou sentimentos tanto dealegria e agradecimento por muitas realiza-ções, como de certa frustração por aquilo quenão se alcançou. Em ambos os casos se tratade colocá-los nas mãos do Senhor e da BoaMãe, pedindo-lhes que continuem realizandoa obra de sua mãos. Na realidade, o Ano voca-cional marista foi mais um início do que umarealização já concluída. A nós correspondecontinuar oferecendo o máximo do nosso es-forço e oração, com a atitude de quem se-meia com esperança e crê de coração que, pa-ra o bem de tantas crianças e jovens, vale apena continuar o sonho!

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Ajudar outros

a sonhar“Se vocês me solicitassem um artigosobre as competências necessárias para um líder em nosso Instituto hoje,eu incluiria entre as muitasresponsabilidades a seguinte: “ajudar outros a sonhar”.

Algumas pessoas apostam no futuro. No entanto, o que na realidade leva a criar e delinear o futuro, são os sonhos e a coragem para torná-los realidade. Sonhos como o sonho de Marcelino Champagnat”.

Discurso de abertura e encerramentoIr. Seán D. Sammon

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AJUDAR A SONHAR... porque existem motivos de esperança em nível pessoal e institucional, conscientesde que teremos que nos esforçar e tomar algumas decisões corajosas.

AJUDAR A SONHAR... porque muitos irmãos souberam assumir riscose começaram a transformar suas vidas a partir de uma relação mais profunda e apaixonada com Cristo.

AJUDAR A SONHAR... porque essa transformação pessoal pode serpartilhada em suas comunidades com quantosse relacionam com eles, e a partir daí penetrar e vivificar todo nosso Instituto.

AJUDAR A SONHAR... porque está nascendo um entusiasmo renovado para convidar os jovens a considerar o seguimento de Jesus, do jeito de Champagnat, como uma opção vital apaixonante.

AJUDAR A SONHAR... porque nossa missão continua sendo a de chegar a tocar os corações de nossas crianças e jovens de maneira quetransforme sua maneira de pensar e de viver o Evangelho.

AJUDAR A SONHAR... porque esta frase que Marcelino gostava de repetir: “A vida do Irmão consiste em amar a Deus, a torná-lo conhecido e amado”, continua sendo a expressão adequada para o hoje de nossas vida e um guia que nos ajudaa aprofundar nossa identidade e missão.

AJUDAR A SONHAR... porque, se nos esforçamos para crescer no amor de Deus, no amor mútuo e no amor pelo Instituto, encontraremos dentro de nós a coragem e a audácia que requer nosso mundo hoje.

AJUDAR A SONHAR... porque, enquanto partilhamos o carisma de Marcelino – irmãos e leigos – o entusiasmo, o amor pelos jovens e sua paixão por Jesus e seu Evangelho são uma bênção para cada um de nós, para nosso Instituto e para a Igreja.

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Setembro de 2006 21

Africa

■ África AustralMalawi, Zimbabwe, Angola, Moçambique, Zâmbia, África do Sul

■ África Centro LesteR. D. Congo, República Centroafricana, Kenia, Ruanda, Tanzânia

■ MadagascarMadagascar

■ NigériaNigéria

■ África do Oeste (DISTRITO)Costa do Marfim, Gana, Camarões, Guiné Equatorial, Chad, Libéria

ÁfricaProvíncias

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Mala

wi, Z

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l Repercussões do Ano VocacionalFoi com grande alegria que se acolheu na Província o Ano Voca-cional que nos convidava a vivê-lo nas três dimensões: reflexão,oração e testemunho. Por que foi acolhido com júbilo?Porque dava a cada Irmão, em primeiro lugar, a oportunidade derefletir sobre a sua própria vocação, seja ela de poucos ou muitosanos de caminhada. O importante, é a intensidade de vivênciadesse compromisso com a Igreja e a Missão em prol das criançase da juventude;Porque duma forma direta, o desafio que nos era feito peloSuperior Geral de consagrar os 20% para o ministério vocacional,levava cada um de nós a não ficar indiferente ao assunto, massim a assumir a tarefa no espírito das nossas Constituições no

seu Artigo 94: "...todo o Irmão deve sentir-se como dina-mizador das vocações na Igreja, de forma particular, à vo-cação Marista";Porque oferecia mais uma oportunidade de contato com osjovens, as Paróquias e diversos movimentos de apostolado,para uma catequese vocacional geral e particular, na linhada vocação religiosa;Porque nos convidava, através da oração, a levantar osolhos ao alto, para que em ambiente de oração e recolhi-mento, implorássemos ao dono da messe que abençoasse,despertasse nos jovens, comunidades cristãs, interesse em

escutar e seguir ao Mestre da Vida e que na encarnação,

22 • FMS Mensagem 35

ÁfricaÁf

rica

Aus

tral

Jesus chamou a si os que ele quis.

(Mc 3, 13)

CASAS DE FORMAÇÃOEM 2005

PostulantadoMtendere

Matola

KutamaPostulantes nas Comunidadesda Provincia

Noviciado

Escolasticado

Escolásticos nas Comunidades da Provincia

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Setembro de 2006 23

quis que possuíssemos essa vida em abun-dância (cf Jo 10,10).Todos os Setores que compõem a nossa Pro-víncia Marista da África Austral, (Angola, Áfri-ca do Sul, Malawi, Moçambique, Zâmbia e Zim-babwe), acompanharam as suas actividadescom a oração, cientes de que “se o Senhornão edificar a casa, em vão trabalham os seusconstrutores”, como nos aponta o Salmista(cf. Sl 126/127). E as palavras encorajadorasdo Evangelho: “Pedi e recebereis, batei à por-ta e ser-vos-á aberta,...”.Esta oração, viveu-se em três níveis: pessoal,comunitário e muitas vezes os próprios gruposque eram objeto de animação, tornavam-seprotagonistas. Houve casos em que grupos ouMovimentos Paroquiais (Legião de Maria,Comunidades de Base), envolveram-se commuita seriedade na oração, em prol das voca-ções na Igreja e, de forma particular, para vo-cações religiosas.Apesar do Ano Vocacional ter-se encerrado, osirmâos em nível pessoal ou Comunitário, diaria-mente, semanalmente ou ocasionalmente(nesta Província), dirigem suas orações aDeus, rezando dentro do espírito das nossasConstituições e do Ano Vocacional. Que frutos colhemos do nosso trabalho e /ouda nossa oração? É difícil dizer aqui. Afinal, a

nossa tarefa era muito mais de semear ou lan-çar a semente, colaborar com o Mestre, deixan-do que os frutos desta nossa participação naSua Vinha, seja Ele próprio, a dar-nos o quetem a dar nos meses ou anos vindouros. Aquilode que estamos convitos, é que Ele continuatornando bem atuais as suas palavras: "Ide e anunciai a Boa Nova e fazei discípu-los" e convidando-nos como fez com o Profe-ta Amós: "...vai profetizar a Israel meu povo"(cf Am 7,15). E ainda mais, sede minhas tes-temunhas até os confins da terra (cf At 1,3-8), a missão a que vos confio é para serdesminhas testemunhas (cf Lc 24, 35-48) e comoo Pai Me enviou, Eu também vos envio (cf Jo20,19-23).A nossa oração centrou-se dentro deste espíri-to e destes textos, isto é, na oração; com aoração reflectimos, a fim de que o Mestre pos-sa suscitar nos Jovens o verdadeiro sentido emissão, de quem quer consagrar-se a Deus eaos irmãos, no seio da Igreja. Estamos confiantes de que o Senhor que nun-ca abandona quem O serve, abençoará e en-viará à nossa Província e ao Instituto, jovensque querem servir a Igreja dentro do carisma eespiritualidade da nossa Congregação, segun-do o sonho do nosso Santo fundador S. Marce-lino Champagnat.

Ir. A. Sanasana

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24 • FMS Mensagem 35

África

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Designou doze dentre eles para ficar

em sua companhia. (Mt 3, 14)

Noviciado de Save,

Ruanda

Nairobi (MIC)

Mwanza

Save

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Setembro de 2006 25

Postulantado de Mwanza,

Tanzânia

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Viver hoje o sonho de ChampagantPara a abertura do ano marista das vocaçôes no dia 8 de setembrode 2004, convidamos todos os colégios e escolas maristas a orga-nizar uma celebração especial com os alunos, professores e leigos.O tema dessa celebração foi: O sonho de Marcelino, viva-o! Convidamos também todas as comunidades maristas para organi-zarem uma celebração especial sobre o ano marista das vocações.Durante o ano, organizamos encontros sobre o tema da vocaçãoem geral, escolhendo exemplos no Antigo e no Novo Testamento.Escolhemos, por exemplo, as histórias de Abraão, Moisés, Samuel,Maria, e especialmente aquela de nosso Fundador, São MarcelinoChampagnat. Elas também serviram como base das aulas de for-mação em nossos colégios e escolas. Depois, houve uma gincanavocacional sobre as pessoas citadas acima, com o objetivo de mo-tivar os nossos alunos e outros jovens a ler e a conhecer a Bíblia,e para ver como Deus chama os homens. Queríamos, assim, enco-rajar nossos colaboradores leigos ou aqueles de outras congrega-ções a participarem da animação vocacional da Igreja.Cada escola e colégio receberam um convite para enviar represen-tantes para o encerramento do ano vocacional marista. Para essemomento foi organizado um Acampamento Marista de cinco dias,em Antsirabe. Foi um encontro nacional das obras dos irmãos Ma-ristas. Durante esse Acampamento Marista, as delegações de nos-sas escolas e colégios participaram de diversas atividades, entreas quais a gincana para escolher o vencedor. As perguntas versa-vam sobre o tema da vocação das pessoas já mencionadas:

26 • FMS Mensagem 35

África

Postulantado de Fianarantsoa,

Madagascar

Como o Pai me enviou eu também vos envio.

(Jo 20, 20)

Mad

agas

car

Fianarantsoa

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Setembro de 2006 27

Abraão, Moisés, Samuel, Maria e MarcelinoChampagnat. Os participantes tinham prepara-do os temas em suas escolas durante o ano.Houve, também, momentos de animação voca-cional e cultural.Colaboramos com as fraternidades maristasexistentes em Madagascar, como os JovensMaristas de Madagascar (JMM), a Associaçãodos Jovens Maristas (AJM), os antigos alunosmaristas de Madagascar, etc.Como exemplo concreto de compromisso paracom Deus, tivemos a profissão perpétua do ir-mão Michel RAZAFIMANDIMBY, em 15 de agos-to de 2005, na catedral de Antsirabe.No dia 15 de agosto de 2005, os participan-tes do Acampamento Marista fizeram umaperegrinação organizada pela paróquia deAntsirabe. Durante o Ano marista das vocações,

minha equipe da comissão de pastoral visitououtras escolas e colégios de Madagascar parapromoverem a animação pastoral das vocaçõesna Igreja, e para falar dos diferentes estadosde vida. Trabalhamos também em conjuntocom outras congregações religiosas.

Ir. Modeste Randriamanalina

Casa Provincial,

Antsirabé

Colégio São José,

Antsirabé

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Uma festa cheia de ritos, de música e de cor

14 jovens africanos apostam por ser irmãos maristas

Oito noviços fizeram seus primeiros votos em 19 de Junho,no noviciado internacional de Kumasi, uma obra partilhadapela Província marista da Nigéria e o Distrito da África doOeste. Este ano, só um dos novos professos pertence ao Dis-trito: um camaronês. Os outros 7 são nigerianos. Para o anopróximo preparam-se 4, cada um de uma nacionalidade: Cos-ta de Marfim, Libéria, Camarões e Nigéria.

Foi uma linda cerimônia, ao ar livre,na qual, como de costume, estiverampresentes o bispo, grande número desacerdotes, praticamente todas ascomunidades religiosas da cidade, emuitos amigos e conhecidos do bair-ro e da paróquia. Muitos deles ves-tiam roupas e mantos tradicionais,de um colorido impressionante. Umaverdadeira festa africana, cheia deritos, de música e de cor, que se pro-longou com uma refeição na qualparticiparam todos os convidados.

28 • FMS Mensagem 35

ÁfricaN

igér

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Alegrai-vos de que os vossos nomes

estejam escritos nos céus.(Lc 10, 20)

Orlu

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Setembro de 2006 29

A Província da África Centro Leste recebeuem 20 de junho os seis novos professos,cinco dos quais procedentes da RepúblicaDemocrática do Congo e um da RepúblicaCentro Africana. As circunstâncias sociais epolíticas, por vezes adversas, não são obs-táculo para que os jovens escutem a Pala-vra de Deus em sua vida e a respondamcom generosidade. O carisma de Marcelinoestá vivo no coração dos jovens.

Postulantado e Pré-Postulantado

Orlu, Nigéria

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30 • FMS Mensagem 35

África

(Dist

rito)

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Escola ChampagnatKumasi, Gana

Áfri

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Sai de tua terra e vai onde

eu te mostrarei (Gn 12, 1)

KumasiTatum

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Setembro de 2006 31

Casa do Distrito Acra, Gana

Noviciado de Kumasi,Gana

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32 • FMS Mensagem 35

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Setembro de 2006 33

■ América CentralCosta Rica, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Porto Rico

■ CanadáCanadá, Haiti

■ Estados Unidos da AméricaEstados Unidos da América e Japão

■ México Central■ México Ocidental

Américado NorteCentrale

Províncias

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Ano vocacional marista na América Central“A vitalidade do Instituto se manifesta por nossa fidelidadepessoal, pela fecundidade apostólica pelo despertar das vo-cações”.. (Constituições 163). Assim o irmão Seán iniciava asua carta de abertura do Ano vocacional marista: Reavivar achama!Em nossa Província, acolhemos o convite do irmão Seán e nosunimos à iniciativa congregacional de embarcarmos na realiza-ção desse ano especial. Um ano em que, como irmãos e comoProvíncia, quisemos nos solidarizar com esse esforço comumde pastoral vocacional nos níveis da REFLEXÃO, ORAÇÃO, TES-TEMUNHO E AÇÃO pelas vocações na Igreja, com especialatenção à proposta vocacional marista. E assim, no dia 8 desetembro de 2004, como no resto do mundo marista, e tam-bém durante nossa III Assembléia provincial, realizada em de-zembro de 2004, demos início ao nosso Ano vocacional. Emrazão da composição da nossa Província (5 países), e peladiferença de calendários escolares, fizemos o encerramentoem Porto Rico, em 29 de abril de 2006.O Ano vocacional se converteu em uma das prioridades de to-dos os projetos pastorais das obras, e foi e está sendo o eixocentral das diversas atividades em nossos colégios.O Ano vocacional foi e está sendo para um bom grupo de ir-mãos da Província um tempo de busca, de criatividade e de

34 • FMS Mensagem 35

América do Norte e Central

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ca, E

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Quem enviarei? Quem irá por mim?

(Is 6, 1-8)

Cienfuegos

Guatemala

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Setembro de 2006 35

oportunidade para afrontar os desafios quea situação atual nos apresenta, através daqual descobrimos a palavra do Senhor quenos sussurra ao ouvido: Não tenham medo!,e através da qual ele nos pede para conti-nuar crescendo em autenticidade.Nossa Assembléia Provincial definiu comouma das linhas de ação para o triênio: Ela-borar e viabilizar um projeto provincial depastoral vocacional, que responda às situa-ções dos jovens de hoje. Essa tarefa foi as-sumida pela comissão em nível províncial.A celebração do Ano vocacional nos ajudoua tomar maior consciência da situação emque vivemos. Através da promoção vocacio-nal é possível avaliar o futuro, a vida, nossacapacidade de gerar vida. A realidade voca-cional vivida na Província está nos exigindorefletir juntos: o que estamos fazendo, ondee quando? Perguntar-nos com autenticidadesobre o significado de nossa presença, nos-so contato direto com as crianças e jovens,

as estruturas de animação, a paixão comque enfrentamos a vida, nossa forma de es-tabelecer relações com as pessoas, a ale-gria, a esperança que transmitimos aos jo-vens e às pessoas com as quais nos encon-tramos.Partindo da análise dos diversos modelos depastoral vocacional que estão sendo realiza-dos na Província, e das situações críticasque vivemos no momento atual, iniciamosesse trabalho com esperança, conscientesde que ainda nos resta um caminho a per-correr.É o momento de deixar para trás o medo, ainsegurança ou a timidez, e dar um passona esperança, na fé, com o olhar no futuro,convencidos de que toda pessoa é um domoriginal de Deus, que espera para ser desco-berta. É o momento de abrir-nos à novidadee à busca de uma maior autenticidade emnossas vidas e de caminhos inexplorados emnossa pastoral vocacional.

Ir. Nicéforo Garrán

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Um dia de sonho na florestaO comitê responsável pelo Ano das vocações da Província Cana-dá, quis atualizar e contextualizar o tema geral: VIVER HOJE OSONHO DE CHAMPAGNAT, propondo uma peregrinação extraordi-nária ao imenso santuário da natureza, sob o slogan: DIA DESONHO NA FLORESTA. Na manhã do dia 02 de julho, mais de 40 peregrinos, jovens eadultos, entre os quais alguns participaram da JMJ em Colônia,estavam prontos para a grande ‘CAMINHADA NA FÉ”, sobre assendas montanhosas do Campo Marista de Rawdon, Quebéc. Opercurso foi marcado por várias paradas à beira dos lagos ou sob-re as falésias rochosas, levando os peregrinos a refletirem, reza-

rem e a catarem seus sonhos por um mundomelhor, em um ambiente dos mais encantado-res, propício à contemplação e ao silêncio.Acreditar que Deus nos ama com seu amor in-finito, eis o resumo de todo o sonho de Je-sus. Querer estar totalmente ao serviço daconcretização do sonho de Deus, eis sonho deMaria.Querer comunicar de maneira apaixonada esseamor que Deus tem pelas crianças e jovens,eis o sonho de Marcelino. Colocar nossos sonhos de serviço e partilha,de amor e de justiça, em função da sua reali-

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América do Norte e Central

Cana

dá, H

aití

Cana

Antes que fosses formado

no seio materno, eu te conhecia.

(Jr 1, 4-9)

Jérémie

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Setembro de 2006 37

zação do sonho de Jesus, Maria e Champa-gnat, no seguimento de Jesus, do jeito deMaria e seguindo os passos de Marcelino,eis um sonho cristão, um sonho autenti-camente marista.Ver todos esses jovens cheios de abertura,comungando do “sonho de Marcelino”,nos leva a crer em uma juventude ávidade espiritualidade e de um sentido parasuas vidas. Seguindo os passos do grandecaminhante e peregrino que foi Marceli-no, os jovens “caminharam na fé”, a fimde que essa experiência de sonho na flo-resta os “desperte” para a realidade deperegrinos de um mundo em constantenecessidade de salvação, de paz e de amor.

Ir. Bernard Beaudin

Postulantes. Haiti

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Criar uma cultura das vocaçõesTU és uma vocação. Para todos nós, o desafio éde descobrir a vocação que nós somos e, então,vivê-la. (Thomas Merton)

Parte dos desafios nos Estados Unidos é uma cultura das vocaçõesque permita aos jovens de hoje revisar sua compreensão dapalavra vocação, não somente para considerar um apelo à vidareligiosa ou ao sacerdócio, mas também para ver que Deus noschama a todos a viver nossa vida, e mais importante ainda,ele chama cada de nós a partilhar seus dons e seus talentospara construir o Reino.Para marcar esse Ano marista das vocações e nossos esfor-ços constantes em vista delas, o Secretariado marista para aevangelização e as vocações convidou cada comunidade denossas escolas para participar de uma jornada nacional deoração, tendo como tema central as vocações. Cada um denós, como jovem marista, é chamado a tornar Jesus conhe-cido, não somente através de palavras, mas também atravésde escolhas e ações cotidianas.Vários momentos de oração foram organizados para dar otom à jornada. Havíamos pedido aos alunos que estão en-volvidos no Movimento marista dos jovens para iniciar econcluir a jornada com passagens das Escrituras que tratamdo chamado e da vocação. Além disso, o grupo utilizou vá-

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Eis aqui a escrava

do Senhor.Faça-se em mimsegundo

a tua palavra.(Lc 1, 26-38)

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rias citações, segundo o tema do dia, e osfixou na sua escola para ajudar os alunos amelhor compreenderem a palavra vocação.Durante as aulas de religião foi apresenta-do o tema das vocações e vários convida-dos apresentaram as diferentes vocações.Finalmente, os alunos que desejavamcontinuar a discutir sobre o tema, eramconvidados para um momento de oraçãodepois das aulas, para refletir sobre a Car-ta de São Paulo aos Coríntios a respeitodos dons espirituais e para partilhar com ogrupo sobre seus próprios dons, a fim dedescobrirem como Deus os chama a partilhá-los com a comunidade em geral.Ao ajudar os jovens a melhor compreende-rem a palavra vocação, nós os ajudamostambém não somente a dar-se conta de a

quem eles pertencem, mas compreenderemmelhor que cada um é especial aos olhosde Deus, e que todos nós recebemos umapelo especial para tornar Jesus conhecidoe amado. O desafio, para nós da pastoraldas vocações, pelo menos nos EstadosUnidos, é de caminhar com os jovens,pouco importando a precariedade da via-gem e as asperezas da estrada.

Ir. Al Rivera

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Maristas, semeando vida em comunidadeExperiência de Pastoral Vocacional da Província do México Central

O Ano vocacional foi um grande impulso para nossa Provín-cia do México Central. Ele nos lançou o desafio de dar vidaao sonho de M. Champagnat, e como equipe buscamos darcontinuidade a essa experiência, tentando animar e envolvero maior número de irmãos e leigos nesse projeto, o qualchamamos: “maristas, semeando vida em comunidade”. Ti-nha como objetivos fomentar uma cultural vocacional emnossas obras, favorecer experiências, oferecer espaços deformação e acompanhar os jovens nas suas inquietações vo-cacionais.Os irmãos da equipe assumimos o trabalho de passar em ca-

da comunidade marista para sensibilizar todos os irmãos so-bre o projeto. Foi desenhada uma logomarca com o lema:um círculo que contém um “M” de Maria, Marcelino e Maris-ta, e no centro alguns grãos de milho que são lançados naterra pelo Semeador. O lema Marista reforça o sentido daidentidade. Semeando vida, faz ressoar o convite de Jesus“Para que tenham vida, e vida em abundancia”. Na Comuni-dade é a maneira como Marcelino quis dar resposta. Tambémforam criadas orações e reflexões baseadas em citações bí-

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Vinde após mim e vos farei

pescadores de homens.(Mt 4, 18-23)

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blicas sobre os exemplos que nos deu Je-sus sobre a semeadura. O símbolo nessaoração, que convidava cada irmão a se-mear vida na comunidade, era um pequenosaco, o qual se podia encher de milho,semente típica da cultura mexicana, pois amaioria dos nossos plantios é desse tipo degrão. Inclusive, na cosmovisão indígena,os seres humanos estamos cheios de milho.As semanas vocacionais, os encontros deanimadores e os movimentos juvenis, as-sim como os retiros vocacionais giraramem torno do mesmo tema. Também foiconfeccionada uma pulseira em borrachaque tem essa inscrição, e os jovens a acei-taram de bom grado e usaram-na com ocompromisso de ser semeadores de vidaem seus diferentes ambientes.O retiro provincial de dezembro teve omesmo tema na reflexão e oração dos ir-mãos, e o tema foi adaptado aos quatrodias de reflexão: “A identidade do irmãomarista”, “Centrados em Jesus de Nazaré”,“Maria, semeadora de vida e esperança”, e“Na comunidade”. Uma última experiência muito rica foi amissão vocacional, realizada com o mesmotema. Tratou de preparar os jovens a vivera semana santa realizando um serviço deanimação litúrgica e catequética nas co-munidades indígenas, aonde não chega aatenção do sacerdote. O objetivo era par-tilhar a vida, partilhar a fé, celebrar a fé evida, e cada noite fazer um discernimento

em comunidade para descobrir a passagemde Deus em nosso dia e constatar os ape-los que eles nos faz. Ao mesmo tempo,oferecer aos jovens as ferramentas paradar passos mais decisivos em sua opçãovocacional.

Ir. Fco. Javier Peña de la Maza

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Azeite novo para nossa lâmpadaEm nossa Província do México Ocidental iniciamos a preparaçãodo Ano vocacional com o desejo de realizar muitas coisas. Quan-do começamos a delinear nosso projeto para o Ano vocacional,nos imaginamos realizando um grande evento, uma espécie deshow mediático para impulsionar a pastoral vocacional. Entre-tanto, quanto mais conversávamos sobre o sentido profundodesse convite, fomos nos dando conta de que seria melhor pro-pormos coisas mais simples, mas que tocassem verdadeiramenteo coração dos alunos, colaboradores e irmãos. Escolho, aqui,aquelas que trouxeram algo de novidade e motivação.

Trabalho de todos. Uma das atividades que proporcionou maissatisfação foi trabalhar com o grupo de “contatos comunitários”:irmãos que se ofereceram para realizar a função de fermento vo-cacional em cada uma das comunidades. A eles também eramenviados algumas reflexões e materiais que necessitavam quefossem distribuídos a todos os irmãos. Porém, além dessa funçãoprática, os dois encontros com os irmãos-enlace serviram pararenovar um pouco o ambiente nas comunidades e para contagiaresperança em um bom número de irmãos da Província.

Uma pastoral vocacional de testemunho. Os acampamentosvocacionais para jovens já eram uma tradição na Província, po-rém, pensamos que o Ano vocacional era uma boa oportunidade

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Mestre, onde moras?

Disse-lhes:“Vinde e vede.”

(Jo 1, 35-43)

Morelia

Guadalajara

Encarnacíon de Díaz

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para dar-lhes uma roupagem nova. E assimpreparamos, junto com os postulantes deambas as Províncias mexicanas, uma expe-riência de acampamento-missão durante asemana santa. Apoiado pelos irmãos-enlace,um grupo de jovens se reuniu para viver umabreve experiência comunitária no postulanta-do, preparando as celebrações do Tríduo pas-cal. Durante a segunda parte da semana osjovens se distribuíram por alguns povoadoscarentes, próximos à casa do postulantado. Apresença dos irmãos (muito próximos dos jo-vens, durante as 24 horas do dia, toda a se-mana) marcou como novidade. Essa experiên-cia nos permitiu descobrir que na presença ena simplicidade do irmão existe uma enormefonte de significado para a vida dos jovens.

Esmiuçando o sonho. Durante o Ano voca-cional buscamos contribuir para a criação deuma “cultura vocacional”, na qual tivessemlugar todos nossos alunos e alunas. Para ca-

da mês se preparou uma reflexão que ia juntocom uma imagem (um pôster para cada salade aula, e uma estampa para cada aluno). Asreflexões apresentavam o sonho de Marceli-no. Não imaginávamos que as reflexões eimagens iam ser tão bem acolhidas. Esta ex-periência nos deixa o ensinamento de que avida, obra e espiritualidade de Marcelinocontinuam tendo um enorme impacto entreas crianças, jovens e adultos. Marcelino soube enfrentar com firmeza o mo-mento da crise vocacional de 1825. Depoisde um ano cheio de alegrias e esperanças, emesmo contando com algumas resistências edificuldades, estamos mais conscientes deque, diante dos desafios próprios do nossotempo, cabe a nós encher novamente nossaslâmpadas com azeito novo. Maria de Guada-lupe nos faz sentir sua proteção muito próxi-ma. Ela nos anima a continuar vivendo cadaano como um ano vocacional marista, reno-vando todos os dias o sonho de Champagnat.

Ir. José Luis Bustamante Penilla

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América do Norte e Central

O sonho de MarcelinoQuando recebemos, da Comissão de Pas-toral Vocacional, o convite para dese-nhar um pôster com o motivo do AnoVocacional, já contávamos com o le-ma (viva hoje o sonho de Cham-pagnat!) e com a logomarca. Diantedisso, a pergunta: qual era o sonhode Marcelino que nos toca fazer vidahoje? A resposta foi clara: Que nenhumjovem, que nenhuma criança no mundofique sem conhecer o amor de Deus. “Tor-nar Jesus Cristo conhecido e amado. Esta é afinalidade do nosso Instituto.”

Daí surgiu a idéia e os elementos do pôster:

– MARCELINO, O SONHO: “Não posso ver uma criança sem sentir o desejode dizer-lhe quanto Deus a ama”.

– O MUNDO pluricultural das crianças e jovens (as crianças de rua, as que fre-qüentam nossos colégios, o indígena, o abandonado, o que não encontrasentido, todos e todas as raças e nações). É neste mundo, onde nos tocatransformar em vida o sonho de Marcelino: fazer com que cada criança, cadajovem descubra, no irmão, o rosto alegre e amoroso de Deus.

– A LOGOMARCA. O jovem de hoje e o irmão que o acompanha.

– O LEMA. Ao centro, em letras grandes, e depois em vários idiomas paraque a todos chegue bem claro essa mensagem.

Com grande alegria recebi a notícia da parte do Ir. Ernesto Sánchez de queeste seria o pôster oficial do Ano Vocacional. Agradeço à Comissão geral de

Pastoral Vocacional a pos-sibilidade que me deu decompartilhar, através dessemeio, com todo o Institutoo sonho de Marcelino aoqual somos chamados adar vida hoje.Que o sonho de Champa-gnat continue sendo nossosonho. E que possamoscontagiar muitos jovens odesejo de vivê-lo conosco.

Um abraço.

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América do SulProvíncias

■ Brasil Centro – Norte■ Brasil Centro – Sul■ Cruzeiro do Sul

Argentina, Uruguai

■ Paraguai (DISTRITO)■ Norandina

Colômbia, Venezuela, Equador■ Santa Maria dos Andes

Bolívia, Chile, Peru

■ Amazônia (DISTRITO)■ Rio Grande do Sul

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O sonho continua A experiência de AÇÃO que gostaríamos de apresentar foirealizada em todas as unidades educativas da nossa Provín-cia. Várias atividades aconteceram durante o ano vocacio-nal, porém, a que mais mobilizou nossos colégios e obras,foi a Semana Vocacional, no mês de agosto de 2005. Propo-mos aos colégios que marcassem esse mês com uma semanade atividades intensivas com os alunos. Da parte da comissão vocacional foram enviadas cartas paraajudar na organização e animação da atividade; logo em se-guida enviamos o cartaz de animação e marca-páginas coma oração vocacional. Aconteceram atividades das mais di-versas. Cada colégio e obra teve a liberdade de adaptar asatividades de acordo com a sua realidade. O tema da sema-na vocacional O sonho continua. Qual a sua resposta? nas-ceu da necessidade de continuar o tema do ano vocacional. Atividades que foram promovidas nessa semana vocacional:caminhadas, retiros, missa vocacional, celebrações, mesaredonda com o tema das vocações, projeção de filmes comreflexões e depoimentos vocacionais dos Irmãos e visitas asantuários marianos. Foram envolvidos os alunos, os profes-sores, os funcionários, membros do Movimento Champagnate jovens dos grupos vocacionais. Em uma avaliação, uma professora nos deixou o seguinte:“o tema deste ano vocacional permeou todas as nossas ati-

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Senhor, o que queresque eu faça?

(At 22, 3-10)

Fortaleza

Vila Velha

Belo Horizonte

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vidades pastorais e pedagógicas,despertando os educadores e educan-dos para o sentido primordial da vida.O sonho de Champagnat tornou-se umcompromisso coletivo”. Outro professornos disse: “pelo contexto social e po-lítico que vivemos, o tema surgiu comsinal de esperança, de libertação e vi-da nova”Essas atividades e a proposta do Anovocacional foram providenciais e signi-ficativas para todos nós, Irmãos e Lei-gos, em sintonia com o Instituto, numaproposta ousada e atualizada.

O que queremos é que o Sonho deChampagnat continue vivo entre nós. Queassim seja!

Ir. Vitor Pravato

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O sonho aviva a esperança!Texto elaborado a partir de depoimentos de Irmãos, Leigos, e Jovens

Como a brisa amena, o Ano vocacional marista está trazendonovos ares de vida para a Província. Foi, para mim, um fortemomento eclesial, de revitalização de nossa Identidade e daMissão Apostólica. (ILM) Possibilitou uma reflexão sobre a re-significação da identidademarista, da qual estou imbuído há anos, mas que por vezes nãoreflito sobre os meus propósitos de vida como educador maris-ta. (KMR). Motivou-me a não só fazer algo pelas vocações, mas a assumiro meu SER RELIGIOSO, reavivar a chama de minha fidelidade ede meu compromisso de amor para com JESUS CRISTO... Aexemplo de Maria, na doação total às crianças e jovens, o com-promisso vai além de um ano. Como religioso marista, procuroir além de meus sonhos e expectativas: lanço o convite a todosos jovens para seguirem o chamado particular de Deus, seja co-mo marista ou em outra vocação, vencendo as crises, a exemplode Jesus Cristo... ( Ir.RV)Representou um tempo de graça. Foi uma oportunidade para fa-zer a sensibilização vocacional em nossa obra. (MMFC) Veio dar novo incentivo para intensificarmos nossos projetos decunho vocacional (CESMAR) já existentes. Elaboramos e realiza-

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Campinas

Londrina

Florianópolis

Não temas, de hoje

em diante seráspescador de homens.

(Lc 5, 1 a 11)

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mos teatros sobre a vida de MarcelinoChampagnat em busca de seus sonhos... Fi-zemos mais de 30 apresentações em dois co-légios maristas, a partir das 5ªs. séries até oEnsino Médio. (Ir.LOM). Trabalhamos a carta do Ir Seán Sammon,‘Reavivar a Chama’, dentro do projeto voca-cional realizado em nossa obra, e na dioce-se... O que repercutiu de forma significativafoi a presença dos Irmãos de outra comuni-dade, trazendo a mensagem do Ano vocacio-nal marista a nossos alunos: presença dinâ-

mica, amiga e muito oportuna. Acreditamosque a proximidade do IRMÃO com os alunosjovens é muito importante para o processoformativo e o despertar vocacional. (NP B) Foi um tempo forte; permitiu a reflexão sob-re os diferentes estados de vida e a realiza-ção de diversas ações de cunho vocacional.(LC) A palavra ROTA (Refl. Oraç. Test. Ação) serviucomo sinalização para avançar no projeto devida rumo ao porto seguro, à realização davontade de Deus.

Ir. Afonso Levis

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Ele continua chamando!Faz um ano e meio que me solicitaram para assumir o serviço deanimação da pastoral vocacional marista em nível provincial. Enesse caminhar, descobrir o trabalho maravilhoso que Deus rea-liza em cada um de jovens que tem manifestado sua inquieta-ção vocacional.Antes eu me perguntava por que Deus não suscita vocações pa-ra a vida marista: acaso “se esqueceu de nós?”. Com o transcor-rer do tempo fui me perguntando: o que fazemos com os jo-vens? Os interpelamos? Os acompanhamos?... E constatei quemuitas vezes ficamos com os braços cruzados e não consegui-mos nos aproximar da cultura do ambiente juvenil, com a sen-sação de estar longe do seu mundo, além dos temores e precon-ceitos que carregamos, e não somos capazes de perder tempogratuitamente com eles. Ao sentar-nos com eles e ao escutá-los, partilhar a vida, vibrar com o que Deus vai realizando nocoração de cada um deles, são oportunidades que nem semprevalorizamos ou damos o tempo necessário para aprofundá-las Eu me questiono e também interpelo meus coirmãos de Pro-víncia: até onde a pastoral vocacional é uma prioridade?Quando realizamos as visitas às diferentes obras, encontra-mos as diversas propostas vocacionais, um grande esforço daparte dos irmãos para continuar animando a pastoral, entre-tanto, nos encontramos com um grande apoio verbal que nãose traduz, na maioria dos casos, em ações concretas e reais

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Jesus encontrou Felipe e lhe diz: “Segue-me”.

(Jo 1, 43-44)

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de contato, convite, interpelação e acom-panhamento do jovem.Ainda assim, vemos como vão se dando pe-quenos passos em nosso caminhar vocacio-nal, e entre aqueles que estão mais envolvi-dos, vão percebendo um querer caminhar pa-ra uma resposta mais generosa ao chamadodo Senhor, a deixar-se conduzir pela Palavra,

pelos acontecimentos e por ver tantas crian-ças e jovens que ainda não têm ninguém quepossa estar com eles, acompanhá-los e sertestemunhas do amor de Deus. Este é umgrande e urgente desafio: ir ao encontro de-les para partilha a vida, sentir o amor deDeus no caminhar de cada um, e constatarque Ele continua chamando.

Ir. Alberto Aparicio

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América do Sul

Somos terra que tem futuro“EIKOVE KO’APE HA KO’GA CHAMPAGNAT KÉRA YVOTY”, este era olema que nos acompanhou e motivou todo o Ano vocacional noDistrito do Paraguai. Foi um caminhar que nos encheu de muita vida, como uma melo-dia sonhada e, finalmente, em nossa busca, fomos encontrandoos acordes necessários para a “festa” desejada, e que continua-mos ainda celebrando.Irmãos e muitos leigos levamos tempo pensando, programando esonhando uma vez mais aquilo que já sentíamos como desafiospara o futuro marista no Paraguai, porém, com muitas incerte-zas, pois nem sempre eram fáceis de encontrar o “que” e o “co-mo”... Mas, quando vislumbramos com clareza que através do vo-cacional passam nossos sonhos mais profundos, aquilo que é ocoração e a essência de nossa própria missão, surgiu com muitaforça que o grande desafio era ajudar-nos para que o sonho deMarcelino se tornasse vida em nossas vidas, algo palpável, visí-vel e real, especialmente entre os portadores do carisma, e aomesmo tempo, algo que despertasse nos leigos maristas o desejode viver sua missão na sociedade e na Igreja. Ao adentrar-nos no Ano vocacional fomos reconhecendo – graçasao debate sobre nossa vida e missão de maristas, que “somos ter-ra que tem futuro”, que como tal nos faz sentir-nos chamados eestimulados a trabalhar o campo vocacional com a melhor técni-ca, meios e “espírito”, a ser criativos, a semear a melhor sementepara que nasça e produza os frutos esperados, e que encontrem

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E nós temosreconhecido

o amor de Deus entre nós,

e nele acreditamos.(1 Jo 4, 16)

Limpio

Asunción

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Ir. Rubén Velásquez

sua realização e plenitude nesse espaço enessa realidade marista, suscitando nova vi-talidade ao sonho de Champagnat.Não fizemos grandes movimentos nem nosintoxicamos de atividades extras. O ano vo-cacional quis ser o eixo transversal dasações e da vida. O mais bonito era ver comoas atividades estavam pintadas e repletasde cores diferentes: “sonhos”, “compromis-sos”, “futuro”, “chamados”, “sonho deDeus”, “desejos”, “utopias” “esperanças”...fazendo com que a palavra VOCAÇÃO seconvertesse em uma palavra do cotidiano,em algo essencial para muitos e muitas eque inspirasse questionamentos como: Oque posso fazer? Como responder a tantassituações? Que pinta Deus em minha vi-da?... Para outros, dar-lhes a oportunidadede sentirem a presença de um Deus muitopróximo, companheiro de caminho, quechama porque necessita de nós, e continuatambém interpelando hoje através de umChampagnat audaz, que não se deixa ven-cer, apaixonado pela vida, zeloso na suamissão, comprometido com sua realidade esegurando fortemente nas mãos de Maria.Para o Distrito o ano vocacional foi um tem-

po de graça, mas também um desafio: comocontinuar reavivando a chama? Como conti-nuar todos dentro desse grande sonhoconcretizado na pessoa dos jovens que en-traram nas casas de formação, naqueles quese aproximaram da nossa pastoral como ani-madores, e naqueles que pediram paracontinuar fortalecendo os sonhos maristasem suas vidas como jovens universitários?Creio que a resposta nos é dada pelos pró-prios jovens: isso não pode ser somente umano vocacional de 365 dias, mas o início deuma grande festa vocacional à qual tu nãopodes faltar.

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Continuamos vivendo o sonho de ChampagnatQuando começamos a pensar e sonhar com a realização de umano dedicado à reflexão, oração, testemunho e ação pelas voca-ções, em especial pela vocação à vida marista, surgiram emnossos corações os mesmos sentimentos que afloraram quandodemos início ao nosso caminhar como nova Província Norandi-na. Que grande oportunidade para retomar e atualizar em nossavida os mesmos valores com os quais Marcelino quis contagiarsua comunidade religiosa: Paixão por Jesus e seu Reino, devo-ção a Maria, simplicidade, espírito de família, presença junto àscrianças e jovens, amor fraterno... Pois bem, o Ano vocacional marista foi uma excelente oportuni-dade para recriar com renovado otimismo um elemento que éprioritário em nosso caminhar provincial: continuar gerando vi-da e assegurar a continuidade do nosso carisma na Colômbia,Equador e Venezuela.Como comissão provincial de Pastoral juvenil e vocacional nosentregamos ao trabalho de construir o Plano provincial de Pas-toral vocacional. Ele será um instrumento valioso que orientaránossas diversas ações tanto em nível pessoal como comunitá-rio, e que certamente envolverá muitos animadores nessa tarefade ser semeadores da semente marista no coração das criançase jovens.

Ir. César Augusto Rojas C.

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Uma só coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens,

dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu;

depois, vem e segue-me. (Mc 10, 21)

Medellín

Bogotá

Manizales

Quito

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Ano vocacional marista no Equador: uma

experiência inesquecível

Ao recordar tudo o que foi vivenciado dentrodo Ano vocacional, volto a olhar para os ros-tos inquietos de professores, alunos e alunasque, ao não terem um enfoque claro do queacontecia, sentiam uma curiosidade pelo “es-tado de missão” que havíamos empreendido.A experiência do Ano vocacional em nossaescola foi única e inesquecível. Foram váriosos passos e diversas as iniciativas realizadas,porém, todas tinham o objetivo de evangeli-zar as crianças a partir da oportunidade desaber optar e buscar seu lugar neste mundo.A preparação dos materiais, fóruns, cartõescom frases vocacionais, encontros com ospais de família (com temas vocacionais),etc... fizeram nascer em nós, como educado-res e educadoras e nas crianças, novas for-mas de viver e sentir Deus.

Professora Alexandra Morales, Quito - Equador

A obra teatral “Tu serás hoje

Champagnat”

Tendo como motivo o Ano vocacional ma-rista, surgiu a idéia de criar uma obra tea-tral entre os alunos do 2o. ano do ensinomédio. Conhecer com maiores detalhes avida de Marcelino, representar sua dedica-ção e entrega às crianças e aos jovensmais necessitados, vivenciar seu amor edevoção à Boa Mãe, dramatizar a fundaçãodos Irmãozinhos de Maria com todas as di-ficuldades e críticas surgidas... tudo issome fez amar e valorizar ainda mais a pes-soa de Marcelino Champagnat, e me fezdescobrir que seu sonho continua atual epode ser também o meu sonho.

Confirmei minha pertença à Família maristae me comprometi a ser marista para sempre,tornando realidade o sonho de Champagnat.

Gerardo José Zerpa, Ex-aluno, Machiques-Venezuela

Rojas, Morales, Zerpa

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A chave vocacionalNa Província Santa Maria dos Andes,realizamos 3 Assembléias (Bolívia,Peru e Chile) com irmãos e leigos,com o lema Viva hoje o sonho deChampagnat!. Durante essas Assem-bléias foi traçado um programa, uma“chave vocacional”, e que traduzimosassim:

1. Reencantar-nos com a própria vocação recebida de DeusDeus nos deu uma vocação: a você e a mim, a todos. Todos te-mos uma vocação, ou melhor dizendo, todos somos uma vocação.Reencantar minha própria vocação significa optar pela emoção

do primeiro amor, ser feliz e desfrutardo “encanto” de ser o que sou.

2. A promoção vocacional é umcompromisso de todosAssim, estamos afirmando que nãosuscitamos e buscamos vocações pormotivos de sobrevivência, ou porqueme sinto obrigado. Fazemos issoporque é nossa missão. Compromissode todos significa que a palavra “vo-

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América do Sul

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Senhor? (At 9, 5)

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cação” não é um vocábulo difícil de pronunciar,senão que está na boca e no coração de todos.Eu me pergunto: creio no “compromisso de to-dos”? Onde está meu nível de compromisso?

3. O tema vocacional deve fazer parte dapreocupação diária do colégioÉ importante incorporar a preocupação voca-cional no currículo, na orientação, na pastoral,entre os educadores e os alunos. E, sobretudo,muito freqüentemente, fazemos a pergunta: oque Deus está me dizendo com isso, com tudoo que vivo, com tudo o que me acontece?Então me pergunto: posso demonstrar algumsinal que o tema vocacional é “minha preocu-pação”, ou “preocupação diária do colégio”?

ção”, na simplicidade, no espírito de família.Deus nos fez maristas e não podemos ser ou-tra coisa, senão maristas.Então me pergunto: quais são os aspectos docarisma marista que posso promover melhor?

5. . Promover e cultivar todas as vocações. Ecom um compromisso maior com surgimen-to de vocações de irmãos, leigas e leigosmaristas. Nosso serviço se destina a promover todasas vocações. Porém, fiéis à missão marista,o impulso natural vai no sentido de promo-ver, de maneira especial, as vocações ma-ristas. Todos cultivamos todas as vocações,porque são vocações não para mim, maspara o serviço do demais, e em definitivo,para Deus.Então me pergunto: posso comprometer-mecom alguma coisa para promover, de manei-ra especial, as vocações maristas?

Ir. Isidro Azpeleta Sebastián

4. A pastoral vocacional deve promovermais o carisma que fazer crescer a Insti-tuição. O carisma está na educação das crianças e jo-vens, na centralidade de Jesus Cristo, na ca-racterística mariana, na “descida e encarna-

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Vivendo o sonho de Champagnat na AmazôniaTornar Jesus Cristo conhecido e amado através das crianças ejovens em todas as dioceses do mundo foi o grande sonho deMarcelino Champagnat. Este belo sonho de Marcelino está sen-do concretizado graças a resposta das crianças, dos jovens, dasfamílias e de cada Irmão Marista. Estes continuam respondendoSIM a este belo sonho.De 2004 a 2005 vivenciamos no Instituto Marista o Ano Voca-cional, com o intuito de animar e promover vocações. Todas asunidades Administrativas procuraram dinamizar este evento daCongregação.Nós aqui no Distrito da Amazônia, conseguimos dar alguns pas-sos concretos. A Igreja do Brasil realizou o 2º Congresso Voca-cional. Onde o Distrito Marista da Amazônia enviou um Irmãopara participar deste evento tão grandioso. Foram mais de 400animadores/as vocacionais, oriundos de todo o Brasil e de al-guns países convidados.Outros Irmãos participaram da Escola Vocacional organizada pe-lo Instituto Pastoral Vocacional em parceria com a Conferênciados Religiosos do Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos doBrasil. Foi outro momento onde os Irmãos saíram mais fortale-cidos na sua vocação e entusiasmados para a missão de anima-dores vocacionais.Outro fator é o trabalho em parceria entre as Congregações nas

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Felipe encontra Natanael

e lhe diz: “Encontramos aquele de quem escreveram

Moisés, na Lei, e os profetas: Jesus,

o filho de José, de Nazaré”.

(Jo 1, 45-50)

Ji-Paraná

Cruzeiro do Sul

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Dioceses. Os Irmãos animadores vocacionaisde cada comunidade participam ativamentena coordenação da Igreja local. Com isso setorna um trabalho mais harmonioso, princi-palmente para a nossa realidade, onde asnossas comunidades são todas longínquas,dificultando um trabalho em conjunto.Apesar de pouco tempo, já é possível perce-ber alguns frutos. Há em cada comunidadeum Irmão na atuação deste serviço. Estes na

maioria são autóctones. Hoje é visível esteapelo nos Irmãos de trabalhar em prol dasvocações. Graças a este empenho, hoje te-mos vocações e com a graça de Deus, cadaano teremos sempre um bom número delas.Vale destacar a vitalidade do nosso DistritoMarista da Amazônia, apesar de ser novo.Percebe-se nos jovens Irmãos o interesse depertença, isto é visível na disposição das ati-vidades que estão assumindo no Distrito.

Ir. José Maria Queiroz Lucas

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Ano vocacional marista O Ano Vocacional Marista mobilizou Irmãos, Leigos, Comuni-dades e Obras Maristas motivando envolvimento e compro-misso. Desafiou-nos nojeito de acolher, acom-panhar e cuidar das no-vas vocações. Os Irmãossentiram-se comprome-tidos para o testemunhode uma vida simples efeliz, vivendo a consa-gração religiosa em co-munidades solidárias.Foi motivo de iniciati-vas inéditas fortalecen-do a vivência do caris-ma marista na Igreja. Viva hoje o sonho de Champagnat en-controu espaço em publicações e eventos e continua vibran-do, em todas as pessoas relacionadas com as obras maristas.Isto se tornou possível graças ao empenho e criatividade depessoas que em cada local, gratuitamente, deram de si parafazer ecoar o sonho de Marcelino. Há marcas do ano vocacio-nal que motivam continuidade e novas iniciativas.

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América do SulRi

o Gr

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do

Sul

“Tu és Simão,filho de João;chamar-te-ás

Cefas, que quer dizer

pedra. (Jo 1, 40-42)

Vacaria

Passo Fundo

Viamão

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Setembro de 2006 61

Destaques:

• Envolvimento de todos os Irmãos e ObrasEducativas na Animação Vocacional.

• Abertura ocorrida num Santuário marianocom envio dos Irmãos Animadores Vocacio-nais. O encerramento ocorreu num outroSantuário com a presença de todos os for-mandos e vocacionados maristas.

• Criação do Hino e utilização da logomarcaVocacional.

• Estudo e celebrações comunitárias de te-mas vocacionais. A partilha em comunida-de da carta Reavivar a chama.

• Compromisso de Irmãos no envio de men-sagens vocacionais para jovens.

• Retiros para fraternidades do MovimentoChampagnat motivados no lema do Ano Vo-cacional.

• Teleconferência Vocacional, via Educação àDistância da PUCRS, apresentando motiva-ção e testemunhos vocacionais, como tam-bém o processo formativo para a vida ma-rista.

• Dia vocacional para cada Comunidade eObra Marista.

• O lançamento do Site Vocacional no PortalMarista abriu novos espaços aproximandoos Irmãos dos Jovens.

• Acolhida de jovens vocacionados nas Co-munidades.

A Ano Vocacional foi e continua sendo tempode graças na ação dos Irmãos. Cada qual procurou envolver-se e dar respos-tas concretas. Cabe a todos e a cada um continuarmos nes-se compromisso.

Ir. Narciso Camatti

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América do SulRi

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Sul

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ÁsiaProvíncias

■ ChinaChina, Malásia, Cingapura

■ Filipinas■ Coréia (DISTRITO)■ Sri Lanka e Paquistão

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Eventos para as vocações maristasDurante o Ano das vocações recordamos aos nossos irmãoscontinuamente que era necessário rezar pelas vocações e conti-nuar em contanto com os jovens. Dois eventos para as vocaçõesmaristas foram organizados, um em Sibu, em março de 2005, eum em Petaling Jaya, em agosto de 2005.Era a primeira vez que organizamos um evento em Sibu, e issonão foi fácil de atrair os jovens para lá. A diocese já tinha ten-tado organizar um evento para as vocações, mas somente trêsjovens se apresentaram. Nós tivemos mais sorte, pois foram cin-co os participantes. O evento de Petaling Jaya atraiu somentesete participantes de Hong Kong, da Malásia Ocidental.Trabalhamos com outros religiosos e padres diocesanos para or-ganizar pelo menos três eventos para o despertar vocacional nonível diocesano durante o ano. Nosso irmão promotor vocacionaltambém acompanhou alguns jovens adultos no seu discernimen-to durante um retiro pessoal.O Ano marista das vocações terminou, mas o desafio e o traba-lho de promover as vocações continuam. Não é fácil envolver ca-da irmão na promoção vocacional durante um longo período, so-bretudo quando os resultados não são impressionantes. Nós te-mos tido um pouco mais de procura, mas não muito.

Acampamento vocacional de Petaling Jaya, 2005

64 • FMS Mensagem 35

ÁsiaCh

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Jesus viu um homemchamado Mateus,

sentado na coletoria de impostos e disse-lhe:

“Segue-me.” Este, levantou-se, o seguiu.

(Mt 9, 9)

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Setembro de 2006 65

Ir. Robert Teoh

2004 Acampamento Vocacional Marista em MBTC

9 participantes

2005 Acampamento VocacionalMarista em Sibu

(5+4 participantes) primeira vez

Acampamento Marista em MBTC (6 participantes) 5-7 Agosto

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O Ano Vocacional Marista nas FilipinasO ano Vocacional na Província das Filipinas foi vivenciado dodia 8 de setembro de 2004 a 15 de agosto de 2005. As ativi-dades do ano foram solicitadas a um comitê designado peloConselho provincial com representação de todos os colégiosmaristas.Seus principais objetivos eram: a) Refletir juntos: para susci-tar o interesse e o estudo dos temas vocacionais; b) Rezarjuntos: para levar as pessoas e os grupos a pedir a Deus maisvocações para a Igreja, com intenção especial pelas vocaçõesmaristas; c) Dar testemunho juntos: para oferecer a nossosleigos e aos estudantes uma experiência de comunidade ma-rista, apresentar os diversos apostolados solidários como tes-

temunho comunitário do sonho deMarcelino e celebrar o dom da vo-cação; e d) Atuar juntos: empreen-der ações destinadas a animar osjovens a descobrirem sua vocaçãona Igreja.Apresentamos um resumo das ativi-dades realizadas durante o ano vo-cacional. 1. Realização do Congresso Juve-nil Marista, 10-12 de fevereiro, na

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ÁsiaFi

lipin

as

Escolheu doze entre eles que chamou

de apóstolos. Simão, a quem

chamou de Pedro, André, seu irmão,

Tiago, Felipe,Bartolomeu, Mateus,

Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Simão,

chamado Zelador, Judas, irmão de Tiago,

e Judas Iscariotes. (Lc 6 14-16)

Manila (MAPAC)

Cotabato

General Santos

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Setembro de 2006 67

Universidade Notre Dame de Marbel. Estive-ram presentes mais de 600 estudantes e ir-mãos coordenadores dos diferentes colégiosmaristas. O evento foi acompanhado deorações, danças, canções, visitas aos bair-ros pobres, exposições fotográficas dasações solidárias dos centros educativos, econferências de diversos convidados, entreeles o Ir. Théoneste Kalisa, Conselho gerale coordenador da Comissão da pastoral vo-cacional. As atividades do congresso estive-ram centradas no tema do Ano vocacional:Viva hoje o sonho de Champagnat. 2. Foi organizado um Festival Marista deMúsica como parte do Congresso acimamencionado. Dele tomaram parte os estu-dantes maristas convidados a compor umacanção. Como critério, a canção deveria fa-zer referência ao tema do Ano vocacional.3. Mediante projeção de imagens se fezuma campanha intensiva de conscientiza-ção vocacional entre nossos alunos, sobre-tudo nas aulas de religião. A projeção refle-tia os apelos ao sacerdócio e à vocação doirmão e irmã, através de testemunhos pes-soais que narravam como haviam dado suaresposta ao chamado divino. 4. As orações pelas vocações foram escri-tas em inglês e tagalo. 5. Assinalamos, de maneira particular, a ce-lebração do dom da vocação durante as bo-

das de ouro do Ir. Fernando Armendez, nodia 29 de dezembro de 2004, primeiro ir-mão jubilar filipino a celebrá-las. Cerca de500 pessoas estiveram presentes à celebra-ção, entre religiosos, sacerdotes, familiares,amigos e benfeitores. 6. No dia 23 de julho de 2005, na casaprovincial, foi realizado o Dia dos pais. Aliose reuniram os pais e familiares de 62% dosirmãos. Nessa ocasião as famílias se com-prometeram a continuar rezando e apoiandoa vocação do irmão, e a ajudar na promo-ção das vocações maristas. As atividades dajornada foram animadas pelos membros doMovimento Champagnat da Família Marista,e por leigos dos colégios.7. O encerramento do Ano vocacional foirealizado no Colégio Notre Dame de Dadian-gas, que está em General Santos City, nodia 15 de agosto de 2005. Cerca de 200pessoas estiveram presentes, entre os quaisum grande número de alunos dos diversoscolégios maristas.Um dos momentos mais importantes do diafoi a reunião em pequenos grupos parapartilhar histórias vocacionais com sacer-dotes religiosos e religiosas convidados.Vários irmãos maristas estavam presentesnos grupos.

Ir. Rómulo L. Porras

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Entrevista a Kim Dong Ryeol, autor da logomarca

Que idéia tinha você quando desenhou a logomarca?Depois de ter sido convidado pelo Ir. JohnYang, meu mestre de noviço, para fazer alogomarca, refleti durante muito tempo so-bre algo que eu pudesse realizar. Um dia,quando eu já havia desenhado várias vezesum M maiúsculo, a primeira letra de Maria,Marcelino e Marista, descobri que a forma se assemelhava muitoàquela de um coração. Enquanto eu melhorava a qualidade do esboçoda logomarca, minha primeira idéia era de expressar a unidade doamor entre Maria e Jesus, uma mãe e uma criança, Montagne eChampagnat, as crianças e os irmãos, etc. Além disso, eu queria ex-pressar uma relação que é inseparável, isto é, pouco importa a posi-ção social do “professor e do aluno”, do “adulto e das crianças”, poiso que desejamos é promover uma relação recíproca entre nós, umavez que os professores existem neste mundo somente se existem alu-nos junto deles, caminhando com eles e partilhando sua vida. Por es-sas razões, eu escolhi somente a cor azul, que simboliza a juventude.

Qual foi a sua reação quando você tomou conhecimento que seu

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ÁsiaCo

réia

Mestre trabalhamos toda a noite

sem nada pescar, mas por causa da tua palavra,

lançarei as redes. (Lc 5, 1 a 11)

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Jechon

Ansan

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Setembro de 2006 69

desenho havia sido escolhido como a logo-marca para o Ano das vocações? Eu me lembro que um dia o mestre de noviçosme disse: “Você acredita nestas palavras: nossossonhos se tornam realidade?” Ele me disse issode uma maneira muito animada, no pequeno jar-dim do noviciado, depois do almoço. No inícionão entendi bem o que ele queria me dizer; ape-nas pensei que me falava da interpretação de umsonho, porque eu tinha tido uma conversa sobreeste tema com os noviços durante a refeição an-terior.Depois de ter tomado conhecimento danovidade sobre a logomarca, fiquei surpreso eum tanto sem jeito por todas as felicitações querecebi dos meus coirmãos. Mesmo durante osprimeiros dias no MAPAC, quando os irmãos mediziam: “Você é um artista”, eu me sen-tia um pouco envergonhado, comoa maior parte dos Coreanos,porque não estava habituado aser o motivo de elogios. Depois,senti-me feliz e agradeci aos ir-mãos que tinham me encorajadoa criar a logomarca.

Como você vê o sonho de Marcelino, hoje? Como eu vejo o sonho de Marcelino hoje? Ho-nestamente, esta é pergunta difícil para mim.Em todo caso, vivendo em uma cultura diferentee em um ambiente novo, a comunidade do MA-PAC (Marist Asia Pacific Centre), tenho muitosdesafios a enfrentar e me faço a pergunta: “Vivoo sonho de Marcelino aqui e agora?”Veja, por exemplo, o estudo do inglês. Mesmo seos irmãos me encorajam me dizendo que meuinglês melhorou, ainda sinto muita dificuldadecom esta língua. Esta dificuldade me leva, porvezes, a ser simplesmente um estudante de in-glês, ao invés de viver como um irmão religioso.Mesmo durante as orações comunitárias e a mis-sa, tinha o hábito de pensar durante todo otempo que eu estava em uma aula de inglês.Em outras palavras, minha identidade no MAPACé por vezes confrontada, porque eu vivo em umacultura lingüística diferente. Mas, como eu disseanteriormente, posso superar essa dificuldade

graças ao encorajamento e a atenção dos coir-mãos do MAPAC e àqueles da Coréia. Nós pode-ríamos chamar isso de sensibilidade do coração,que descobre rapidamente que um companheiroenfrenta dificuldades. Estou certo de que graçasa tudo isso eu poderei amar minha vocação e vi-vê-la, como o sonho de Marcelino para cada umde nós. No que se refere à minha experiência apostólica,sinto um apelo incessante a partilhar minha vidacom as crianças e jovens das Filipinas. Quandoeu estava na Coréia, me perguntava como ajudaros jovens que sofrem sob o fardo dos seus estu-dos. (Na verdade, a maior parte dos alunos co-

reanos é muito aplicada em seus estu-dos). Mas aqui nas Filipinas, encontro

freqüentemente crianças na ruaque têm pouca instrução e que

lutam para sobreviver.Confesso que tinha o hábitode evitar suas mãos estendi-das pedindo uma esmola,

pois eu não podia ajudá-las fi-nanceiramente. Eu me pergunta-

va: “Como posso viver o sonho deMarcelino, com seu espírito e seu cora-

ção, com essas crianças?” “O que fariaMarcelino se estivesse aqui?” O desafio, evi-dentemente, é muito diferente daquele da

Coréia. Viver em tal situação é um desafiomuito grande para mim. Mas, eu tenho um son-ho. Escutar as crianças e os jovens continua-mente e de uma maneira positiva, tanto quantopossível, para descobrir o que eles desejam fazere ser. Escutar suas vozes e me perguntar o queposso fazem como irmão marista por eles. ComoMarcelino sempre conservou em seu coraçãouma paixão pelas crianças e jovens, e tudo faziapara fazê-los saber quanto Jesus os amava, de-vemos também ousar empreender nosso trabalhoapostólico mesmo se os lugares e os ambientesmudaram.Como Champagnat, acredito que é pre-ciso manter o sonho bem vivo hoje, e seguiravante. Isso me ajudará a viver como irmão ma-rista. Isso mostrará também a natureza da nossaidentidade marista àqueles que se interessampor nosso estilo de vida.

Ir. Ernesto Sanchez

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O sonho de Marcelino é o nosso sonhoA abertura do Ano marista das vocações no Sri Lanka, a pérolado Oceano Índico, aconteceu no dia 4 de setembro, por oca-sião das celebrações dos 70 anos de vida religiosa de nossodecano, Ir. Peter Berchmans, que faleceu no dia 31 de janeirode 2006. Ir. Mervyn, o vice-Provincial, declarou oficialmente oinício do ano vocacional no Sri Lanka e falou da sua importân-cia para numerosas pessoas reunidas para essa cerimônia.Em cada escola marista foi estendido um grande banner ondeestava escrita a mensagem do ano vocacional, e uma oraçãoespecial pelas vocações foi recitada regularmente pelos alunos.O Sri Lanka é consagrado à Virgem Maria, e os católicos gos-tam de se dirigir a ela através do nome de Nossa Senhora doSri Lanka. Uma basílica histórica é um centro muito popularde peregrinação e traz o nome de Santuário de Nossa Senhorado Sri Lanka.No dia 2 de fevereiro de 2005, os irmãos, os parceiros leigos,os professores e um grande número de alunos se reuniram nabasílica para rezar pelas vocações. Uma vela especial foi ace-sa pelo Ir. Provincial para marcar essa ocasião favorável, epassou pelas diferentes comunidades maristas do país. Elapermaneceu acesa continuamente, e depois foi conduzida pa-ra o local onde se realizou a Conferência geral dos IrmãosMaristas.

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Ásia

Então, reconduzindo

as barcas à terra e

deixando tudo, eles o seguiram.

(Lc 5, 1 a 11)

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Setembro de 2006 71

O dia 11 de junho foi outro momento decelebração para os maristas da região.Vinte e quatro padres, irmãos e antigosalunos maristas se reuniram na capela doColégio Maris Stella para louvar e agrade-cer a Deus pelo dom maravilhoso de suasvocações. Mons. Franc Marcus Fernando,bispo de Chilaw e antigo aluno dos irmãos,foi o convidado de honra. Nessa ocasiãoos participantes se comprometeram emtrabalhar incansavelmente para promoveras vocações.Um outro dia memorável para todos os ma-ristas do Sri Lanka foi o dia 2 de outubrode 2005: encerramento do Ano vocacional.Cerca de 600 alunos e numerosos pais e

amigos se reuniram no ginásio do ColégioMaris Stella de Negombo. O Ir. Seán Sam-mon, Superior geral, Ir. Ernesto, secretárioda Comissão das vocações, além de váriosirmãos, padres e religiosas realçaram essacelebração.Foi uma festa bastante colorida e a primeiraparte foi consagrada às danças e aos can-tos; a segunda parte, à reflexão e à oração.Foi bastante comovente ver todas aquelaspessoas presentes acenderem sua vela eprometer continuar a promover as vocações,mesmo depois do encerramento do ano ofi-cial. Ir. Seán apagou a chama e o Ir. Ernestorecolheu o banner sobre as vocações. Assimfoi encerrado o Ano vocacional.

Ir. Joseph Peiris

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Credo do chamado

remos que Deus nos escolheu antes da criação do mundo,

para ser santos e irrepreensíveis diante dos seus olhos. (Ef 1,4)

Cremos que aqueles que desde sempre ele conheceu, também os predestinou a ser conforme a imagem do seu Filho.(Rm 8,9)

Cremos que Deus nos escolheu desde o seio materno, nos chamou com sua graça e se comprazem revelar-nos seu Filho, para que possamos anunciá-lo. (Gal 1,15-16)

Cremos que ele nos salvou e nos chamounão para uma vocação santafundamentada em nossas obras, mas com o fundamento de sua graça que nos foi dada em Jesus Cristo desde toda a eternidade. (I Tim 1, 9)

Cremos que Jesus Cristo nos julgou dignos de confiançachamando-nos para seu serviço. (I Tim 1,12)

Cremos ser apóstolos por vocação,escolhidos para anunciar o Evangelho de Deus. (Rm 1,1)

Considerando nosso chamado, cremos que Deus escolheu aquilo que é frágil para o mundo para confundir os fortes, para que nossa fé não estejabaseada na sabedoria humana, mas somente na força de Deus. (I Cor 1, 27; 2, 5)

Cremos que Deus manifestou seu Espíritopara proveito comum. (I Cor 12, 7)

Cremos que temos de nos comportar de maneira digna da vocação que recebemos: com toda humildade,mansidão e paciência, tratando de crescerem cada coisa para Ele. (Ef 4,1-2)

Cremos que tudo concorre para o bem dos eleitos de Deus, que foram chamadossegundo seu desígnio misterioso. (Rm 8, 28)

Cremos n’Ele que tem o poder de fazer muito mais do que possamos pedir ou pensar,segundo a força que já age em nós. (Ef 3,20)

Cremos que Ele que começou em nós esta boa obra, a realizará até o dia de Jesus Cristo,porque aquele que nos chamou é fiel. (Fil 1,6; I Tes 5,24)

C

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EuropaProvíncias

■ CompostelaPortugal, Espanha, Honduras

■ Europa Centro-OesteAlemanha, Bélgica, Inglaterra, Irlanda, Holanda

■ IbéricaEspanha, Romênia

■ L’HermitageEspanha, França, Grécia, Suiça, Hungria, Argélia

■ MediterrâneaEspanha, Itália, Síria, Líbano

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Um movimento juvenil MarCha renovado Em Compostela, durante o Ano vocacional, procuramos dar estecaráter a muitas das ações formativas e de animação que estãono ritmo anual, porém queremos destacar como nossa “AÇÃOVOCACIONAL” por excelência, a criação de um movimento juve-nil MarCha renovado, a partir da experiência das antigas Provín-cias de Portugal, Castilla e León.

Para isso, constituímos uma estrutura de equipes de trabalho:

– Quatro equipes destinadas a realizar o processo, por idades(de 10-14 anos, de 14 a 16, de 16 a 18 e de 18 em diante),nas quais participaram 35 pessoas: 15 irmãos e 20 leigos.

– Uma equipe coordenadora do processo, formada por 6 pes-soas: 3 leigos e 3 irmãos.

Em três encontros de trabalho de três ou quatro dias de duraçãocada um, demos os seguintes passos:

a) Descrever as características dos adolescentes e jovens, poridades.

b) Definir as capacidades que queremos ajudar a desenvolvernas pessoas.

c) Indicar os objetivos gerais e os específicos de cada idade.

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EuropaCo

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Lâmpada para os meus pés,

a tua palavra, luz paraos meus caminhos.

(Sal 118[119],105)

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Setembro de 2006 75

As capacidades que desejamos desenvolvernos jovens são as seguintes:• Capacidade de autonomia.• Capacidade de interioridade• Capacidade de alteridade e fraternidade.• Capacidade de reconhecer-se filho/a de Deus.• Capacidade de ser “bom cidadão”• Capacidade de viver com sentido: vocação. Em um prazo de dois anos pretendemos terconcluído este trabalho, de tal maneira que omovimento juvenil MarCha seja um espaçoonde cada adolescente-jovem encontre o am-biente, as ferramentas e as experiências quefavoreçam seu processo de crescimento e de-sabrochar pessoal: “para que tenham VIDA, evida em abundância”.

Cada irmão, cada animador, terá a oportuni-dade de desenvolver apropria vocação ao ser-viço da vida através de um acompanhamentomuito de perto, com o estilo familiar e afeti-vo próprios de Marcelino.

Ir. Raúl Figuera Juárez

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As vocações confiadas também à oração dos Irmãos e das famílias

O convite da parte do Ir. Seán em sua carta “Reavivar a cha-ma”, de “Consagrar 20 % do melhor do nosso tempo à pastoraldas vocações”, faz referência, evidentemente, à uma pastoralda ação.Mas, sendo religioso, nosso melhor tempo é também esseespaço aberto sob o céu que é nossa oração pessoal, comuni-tária e familiar.Como fiéis discípulos de Champagnat, também batemos à por-ta do Senhor nesse ano das vocações. Imitamos nosso Funda-dor em seus pedidos insistentes à Nossa Senhora da Piedade,em La Valla, mas também na sua oração confiante de abando-no à vontade do Senhor. Ele nos fez reconhecer que o apelovem certamente do Senhor e não de um homem, mesmo umsanto: “Se esta obra perecer, não é a nossa, mas a vossa”, dis-se ele a Maria.Em nossa Província, quisemos juntar os sinais, os gestos e aperegrinação.Além das orações e vigílias preparadas por uma equipe de ir-mãos, uma vela entregue a cada comunidade e família das fra-ternidades dos leigos, visitamos as comunidades e famíliascom a presença do próprio Champagnat na forma de um relicá-

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André foi, então, à procura do seu irmão

e lhe disse: “Achamos o Messias, o Cristo. E levou-o a Jesus.

(Jo 1, 40-42)

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Setembro de 2006 77

rio. Essa oração itinerante ainda está sendolevada adiante, e em alguns lugares seconstituiu em um momento forte de oração,mas também de bênção. As propostas de re-flexão ou de vigílias de oração ajudaram ca-da lugar visitado. O caderno de reflexão, umtipo de livro de ouro dessas visitas, conti-nua sendo um lugar de partilha simples everdadeiro de todos aqueles que querem ex-pressar um desejo, uma oração, uma re-flexão por menor que seja.Um apoio, tal como esse da oração itineran-te, é importante para as famílias como tam-bém para as comunidades, para expressar

em palavras e em oração o que existe nocoração.“Pedi e recebereis, batei e vos será aberto”,nos repete o Senhor (Lc 11,9). Nossa fé de-ve também aprender a se abandonar nasmãos daquele que nos ama e derrama essaternura sobre nossa Congregação. Quantomais nossa convicção se fortifica nesse sen-tido, tanto mais nosso coração assume esseconvite de consagrar uma parte importantede tempo para a ação e a oração, a interpe-lar o humano e o divino, para que nossa fa-mília continue testemunha do Reino para omundo de hoje e de amanhã.

Ir. Roberto Di Troia

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Ano vocacional no primeiro ano de vida da Província IbéricaO Ano vocacional marista começouno primeiro ano de vida da Provín-cia Ibérica. No delineamento in-icial das atividades se sentiu a ne-cessidade de pensar e atuar naPastoral vocacional, recolhendo edando formas novas aos processosexistentes nas antigas Províncias. Para isso, o Conselho provincialcriou uma equipe que acolhesse ainiciativa do Ano vocacional.Durante o Natal de 2004 foi ela-borado um primeiro documentode algumas páginas, intituladoPastoral vocacional hoje, que foicomentado e refletido entre ir-mãos, professores, animadores depastoral e demais membros daProvíncia.

78 • FMS Mensagem 35

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Em ti serão abençoados

todos os filhos da terra.(Gn 12, 3)

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Setembro de 2006 79

O documento partiu daquiloque nos preocupa e do quecremos na pastoral vocacio-nal. Mas também detalhavaque não nos servia qualquerPastoral vocacional. Em umparágrafo central se afirma:A Pastoral vocacional, paraser autêntica, deve ser umchamado e um impulso paraque nossas crianças e jo-vens avancem em vista deum projeto pessoal, no qualcada um busque a vontadede Deus sobre si. Claramen-te estamos dizendo que apastoral vocacional não éuma ação paralela aos pro-cessos educativos e de cres-cimento cristão, mas algo que lhes é parteessencial. E faz parte como eixo transver-sal. A resposta que se vai dando em cadamomento ao que Deus quer de mim, eaquela que vai se consolidando na medidaem que se vai concluindo o projeto pes-soal, só se fará com adequada interação

dos múltiplos elementos que intervém emtodos os processos de amadurecimento hu-mano e cristão.A reflexão continuou ao longo do curso.Com a aprovação do Conselho provincial edepois de vários debates em outubro de2005, tínhamos escrito um documento

mais amplo, denominadoSonho e ação em nossaPastoral vocacional.Sonho e ação expressanossas convicções, nos-sas atitudes e nossocompromisso com a Pas-toral vocacional, e ter-mina com cinco açõespara o momento atual.Nossa reflexão se pro-longa na oração e na vi-da das comunidades eobras educativas, eesperamos que sirva pa-ra animar esta urgentemissão pastoral.Nossa web www.marista-siberica.es reúne os do-cumentos citados e ou-tros materiais.

Ir. José Luis Santamaría

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Encontros vocacionais interprovinciaisPere Castanyé é um jovem da Província de L’Hermitage, quedepois de um certo tempo de acompanhamento pessoal disseao seu acompanhante, o irmão Valerià Simon: Quero conhe-cer outros jovens que sentem as mesmas inquietudes que eude ser irmão. Assim nasceu a idéia de convocar as ProvínciasMediterrânea, Ibérica e Compostela para realizar um encon-tro vocacional durante os dias do feriado da Virgem do Pilar.Durante três dias nos reunimos em nossa casa de Sigüenza:quatro jovens, um noviço e quatro irmãos. Partilhamos nossahistória vocacional e como Jesus nos havia guiado até o mo-mento presente. Fui um momento muito rico de partilha, eos próprios jovens convocaram um outro encontro para osdias de Páscoa.Celebramos a PÁSCOA VOCACIONAL 2005 em uma casa pertode Bilbao. Estivemos reunidos aí durante quatro dias: dezjovens, um noviço, uma irmã Missionária marista e sete ir-mãos vindos de diferentes lugares da Europa Marista: Portu-gal, Itália, França, Andaluzia, País Basco, Navarra, Castillae Catalunha. A diversidade se converteu em riqueza parapartilharmos nossa busca comum de viver hoje o sonho deMarcelino. Dos dez jovens participantes durante a Páscoa, cinco inicia-ram a etapa de Postulantado nas distintas Províncias a que

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Moisés, Moisés! Ele respondeu:

eis-me aqui. (Ex 3, 4)

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pertencem; os outros cinco continuam seucaminho vocacional marista.Como fruto desses acontecimentos, ficaramestabelecidos dois encontros vocacionais porano nos calendários das quatro Provínciasparticipantes; um em outubro e outro duran-te a Páscoa. Cremos, e assim experimenta-mos, que é muito importante que os jovenscom inquietações se conheçam e se animemem seu caminho vocacional, como comple-mento do acompanhamento pessoal que ca-da um realizar em seu lugar de origem.Pôr-se a caminho de tão longe para nosencontrarmos é uma demonstração do ca-minho interior que cada um realiza. Marce-lino não mediu os passos por aquelas mon-

tanhas de l’Hermitage para se encontrarcom seus irmãos e com os jovens de seutempo.

Ir. Manel Castillo

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Rezar pelas vocações?Desde que entrei para ser irmão marista, e por todas ascomunidades por onde tenho passado, sempre rezei pelasvocações, todos os dias. Era algo tão normal como a Sal-ve, as intenções do Papa ou as invocações no início daoração comunitária de cada manhã. Porém, infelizmente,isso se converteu em mais uma rotina. Dessa maneiratranqüilizamos nossa consciência. Já havíamos “cumprido”a obrigação!Não resta dúvida de que a pastoral vocacional deve estarapoiada e animada pela oração de todos os cristãos. A ora-ção é o dinamismo fundamental para suscitar, discernir eacompanhar as vocações, porque elas são a resposta do Paiprovidente à comunidade orante. É o primeiro meio ensinadoe praticado pelo Senhor e os apóstolos.Mesmo Marcelino pedia a Maria vocações para a obra que es-tava nascendo.As Constituições também a exigem, citando o texto de Mt 9,37-38: “Rogai ao Senhor da messe...” A oração pelas vocações é uma súplica incluída no pedidodo Pai Nosso pelo Reino. Não se pede ao Senhor que incre-mente seus próprios efetivos, senão que Ele cuide de suamesse. Não se buscam interesses particulares, senão os doReino. A partir dessa perspectiva, a oração vocacional deveter quatro dimensões específicas:

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Seduzistes-me, Senhor; e eu me deixei seduzir!

Dominastes-me e obtivestes o triunfo.

(Jr 20, 7)

Sevilla

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1. A sabedoria evangélica com a qual secontempla o mundo e cada homem na rea-lidade de suas necessidades de vida e desalvação(Mt 9, 35).

2. A caridade e a compaixão de Jesus, o BomPastor, para com a humanidade, que tam-bém hoje aparece como um rebanho sempastor (Mt 9, 36).

3. A confiança na voz poderosa do Pai, oúnico que pode chamar e mandar a trabal-har na vinha (Mt 9, 38).

4. A esperança viva em Deus, que não permi-tirá jamais que faltem à Igreja os obreiros(Mt 9, 38) necessários para realizar suamissão.

A oração vocacional deve ser sempre umaoração:

1. Específica, que incide sobre o dinamismovocacional da vida cristã em geral, e decada uma das vocações maristas.

2. Habitual, porque deve estar sempre pre-sente em toda comunidade marista e emtoda atividade pastoral.

3. Insistente, porque a escassez de vocaçõesé um problema grave para a Igreja de ho-je, e preocupante em algumas regiões doInstituto.

Ir. Francisco García Ruiz

Algumas reflexões surgidas durante a avaliação do Ano Vocacional Marista na Província Mediterrânea

Percebemos que:• Um elemento fundamental está em que o educador marista viva sua vida dentro de uma dimensão vo-

cacional. Isto se transmite e os jovens percebem.• O PAV (Projeto de Animação Vocacional provincial) deve ser um eixo transversal, porém coordenado

através de diferentes âmbitos (solidariedade, espiritualidade, orientação, celebrações, catequese...),para que não seja sufocante dentro do colégio (para alunos e professores implicados).

• Porém, como acompanhar os jovens que já estão no colégio? Oferecendo um processo que vá maisalém do mesmo e inclua a etapa universitária.

• É necessário analisar o que estamos oferecendo e se contêm propostas de vida de ações concretas.• As comunidades devem as primeiras a criar essas propostas, devem ser felizes em seus estilo de vida,

um lugar de Deus, sempre na perspectiva da “Audácia e esperanças” que nos indicava o XIX CapítuloGeral.

• Se não se cria um Projeto Vocacional Marista provincial, não se cria no nível comunitário, muito menosno nível pessoal

Contudo, a percepção final que temos é que o Ano Vocacional foi positivo, pois despertou uma tomada deconsciência da realidade que estamos vivendo como irmãos, educadores, como Igreja... Surgiram muitas inicia-tivas em todos os campos (projetos de vida comunitária, projetos de pastoral, iniciativas colegiais, oficinas...)que deverão continuar nos próximos anos para ir criando essa “cultura vocacional” necessária para que nasçame amadureçam vocações na Igreja.Foi também um toque de atenção à nossa vocação de irmão e leigo marista em todos os âmbitos (colegial,grupos de crescimento na fé, comunidades, fraternidades,...), a viver de uma maneira apaixonada o carismamarista. Acreditamos que tenha sido o início de um processo (que pode durar vários anos ainda), durante oqual continuamos dando passos para aprofundar na vivência nosso ser de irmão e leigo marista, com alegriae paixão, partilhando tudo isso com os destinatários da nossa missão.

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8 de setembro de 2004

Durante anos, temos utilizado di-ferentes palavras para descrever ocaráter de Marcelino Champagnat;por exemplo, grande trabalhador,ou ainda: amável e entusiasta –todas, palavras verdadeiras! Ten-do dito isto, há, no entanto, duas

palavras que, no meu conhecimento, são raramente empregadaspara falar do homem. São as palavras: preocupado e ansioso.Qualquer que seja, em 1822, o Fundador dos Pequenos Irmãos deMaria deu-se conta que tinha muitas razões para estar preocupa-do. Com efeito, o Instituto, que tinha começado com um grandefervor apenas há cinco anos, havia parado subitamente de atrairnovos candidatos.Que fez, então, o Fundador?Fiel a si mesmo, ele se voltoupara Maria e começou por fa-zer uma peregrinação aoSantuário de Nossa Senhorada Piedade. Pouco tempo de-pois, aconteceram algunseventos inesperados: emmarço de 1822, um jovem seapresentou à La Valla paraser admitido. Não estandomuito convencido das inten-ções do candidato, o Fundador, durante a entrevista, descobriuque ele tinha freqüentado a Congregação dos Irmãos das EscolasCristãs por seis anos, de onde fora mandado embora. Diante dessasituação, o jovem decidiu procurar acolhida no Instituto de Mar-celino ao invés de voltar para sua casa.Sem pressa para admiti-lo, o Fundador permite que ele fique al-guns dias. Mas o jovem torna-se insistente e lança finalmente umdesafio ao Fundador: “Você me aceitará se eu trouxer uma meiadúzia de bons candidatos?” Marcelino acreditava que tudo erapossível com a graça de Deus, mas aquele desafio lançado pelo ra-paz tinha algo que colocava à prova a fé de qualquer cristão. OFundador aceitou, pois, o desafio. Nós conhecemos também o final desta história. Empreendedor co-mo era, o jovem voltou à sua casa e reuniu oito candidatos queprometiam. Havia, no entanto, uma armadilha: ele os fez acreditarque iriam para o noviciado dos Irmãos das Escolas Cristãs perto deLyon.

Por várias razões Marcelino hesitava em admiti-los. Entretanto,a impressão que este simples padre camponês exerceu sobre o

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grupo foi sufi-ciente para que cada um deles insistisse paraficar em La Valla. Após haver consultado os Ir-mãos e rezado, o Fundador cedeu ao desejodeles. E até o dia de sua morte, Marcelino re-petiu com insistência que “foi Nossa Senhor dePuy que havia enviado” esses oito jovens re-crutados, pois a chegada deles havia sido im-previsível e inexplicável.João Batista Furet, o biógrafo do Fundador, es-tava entre o grupo e identifica este aconteci-mento como aquele que marcou a passagem donosso Instituto do pequeno mundo de La Vallapara aquele de um mundo maior. Até então,os Irmãos de Marcelino eram conhecidos ape-nas localmente: os novos candidatos vieram debem mais longe. Marcelino enviou rapidamenteum Irmão a Haute-Loire para convidar outrosjovens a virem se juntar a ele e, em seis me-ses, o Instituto tinha recebido quase vinte no-vos membros desta região.Seguindo o exemplo do Fundador, nós inicia-mos hoje, através de uma peregrinação, umano dedicado ao despertar das vocações. Noentanto, eu não vou apregoar que nós passe-mos à segunda etapa e que, levados por nossozelo para convidar os jovens a contemplar nos-

sa vida de Irmão, comecemos fazendo uma in-vasão nas casas de formação dos Irmãos dasEscolas Cristãs.Mas eu recomendo que imitemos a fé enérgicade Marcelino, sua confiança inabalável em Ma-ria, e a simplicidade que é a sua marca carac-terística. Nós devemos também nos lembrarque é a personalidade de Marcelino Champa-gnat que levou os oito jovens a insistir paraque o Fundador os aceitasse. Durante o cursodeste ano, nós devemos rezar para nos tornar-mos retratos vivos deste homem que chama-mos nosso Fundador e nosso Irmão, como ofez tão bem o Irmão Francisco.Rezem, pois, comigo, para que Deus continuea inflamar os corações de jovens generososcom o mesmo fogo que ardeu no coração deMarcelino Champagnat. Queira Deus nos aben-çoar dando-nos também o zelo do Fundador,sua paixão, sua capacidade de sonhar e de reali-zar seus sonhos. Possa, então, a palavra deDeus, hoje e todos os dias, continuar sendoanunciada às crianças pobres e aos jovens queestão necessitando ouvir a Boa Nova.

Meu obrigado a todos vocês.

Ir. Seán Sammon, SG

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ta Festa da Assunção e agradecimentopelo Ano Vocacional Marista

Alguma vez você já se olhou no espelho, preocupado por en-contrar nele sinais de envelhecimento? Ao acender a luz e aten-tamente, você se pergunta: é apenas minha imaginação ouestou com mais cabelos brancos do que havia no mês passado?Ou, quem sabe, existem menos? E essas rugas, já estavam aí noano passado? ... e outras perguntas do mesmo gênero. Quandoos anos vão passando, as inquietações sobre o envelhecimento,as enfermidades e, finalmente sobre a morte, com freqüêncianos preocupam. Olhamos para os sinais físicos exteriores paraconfirmar nossos temores ou então para nos assegurar que pos-sivelmente não parecemos ter a mesma idade que nossoscontemporâneos. No entanto, se você e eu quisermos descobrir se realmente a vi-da está ou não fugindo lentamente, precisamos olhar para nos-sos corações. Seu coração ou o meu tem crescido em paixão ca-

da ano? Mantém hoje o fogo ardente comomantinha antes? Em meu coração ou no seupermanece aquela capacidade de maravilhar-se, de surpreender-se, de inocência? Estassão as verdadeiras medidas de vitalidade, devida, ou como desejemos chamá-las.Hoje nos reunimos para agradecer a Deus porsuas bênçãos recebidas neste ano, ao longodo qual nos dedicamos a promover as voca-ções na Igreja e, de maneira especial, para avida dos Pequenos Irmãos de Maria. Foi umano de sacrifício e grande trabalho. Um anode encontros gratificantes com gente joveme adulta. Um ano no qual se intensificou aoração. Um ano de graças, um tempo de pro-messa.

Começamos a celebração deste Ano vocacional no dia 8 de se-tembro de 2004, dia da festa conhecida tradicionalmente co-mo a Natividade de Maria. E se algo nos foi ensinado duranteestes 12 meses foi o convencer-nos de muitas coisas, entreoutras de que os jovens de hoje são tão generosos como sem-pre foram; que são capazes de aceitar seriamente o desafiodo discernimento de sua própria vocação; que quando se tra-ta de uma escolha, eles estão buscando algo valioso peloqual entregar a vida.Por isso é que a paixão, o fogo e a capacidade de surpreender-se permanecem como algo muito importante quando o discerni-mento é feito sobre a vida religiosa e particularmente sobre a

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vida dos irmãos Maristas. Todos esses são si-nais de vida, e de vida em abundância.Ronald Rolheiser, sacerdote e professor, es-creveu recentemente sobre uma conferênciaque deu a um grupo de jovens que se prepa-rava para o casamento. Ele estava tratandodos desafios com relação a algumas orienta-ções cristãs sobre o amor e a sexualidade,porém eles o contestavam constantemente.Finalmente, quando Rolheiser terminou defalar, um jovem se levantou e lhe disse: “Pa-dre, admiro seu idealismo, porém você estáconsciente do que se passa lá fora? Ninguémmais vive os ensinamentos que você nosapresenta. Seria necessário ser uma exceçãoentre mil para viver o que você nos está su-gerindo. Lá fora, todo mundo está vivendo demaneira diferente.” O sacerdote olhou para o jovem, que agoraestava sentado junto a uma jovem que comcerteza amava e com quem tinha planos paracasar-se. Perguntou-lhe: “Quando você se ca-sar com a jovem que está ao seu lado, quetipo de matrimônio deseja viver? Um matri-mônio igual ao de todos, ou um que seja di-ferente entre mil?”“Um que seja diferente entre mil”, respon-deu o jovem sem duvidar. “Então – sugeriu-lhe Rolheiser – você fará o esforço que fariauma pessoa entre mil. Se você fizer o quetodo mundo faz, terá um matrimônio seme-lhante ao de todo mundo. Porém, se faz so-mente o que faz um entre mil, então poderáter um matrimônio entre mil.” Os jovens eas jovens que consideram a vida religiosa,

em princípio, estão avaliando uma opção devida entre mil. É por isso que é tão impor-tante o que vêem em nós, os irmãos. Ver senós temos realmente fogo e paixão em nos-sos corações, se somos capazes de nos mara-vilharmos, capacidade de inocência e de nossurpreendermos.Se tivermos vivido nossa vocação com auten-ticidade, levando uma vida de fidelidade –como costumamos dizer – em meio a nossahumanidade, deveríamos pertencer ao grupocom as características acima mencionadas.Além do mais, a palavra “vocação” tem amesma raiz latina da palavra “voz”. Portanto,vocação tem algo a ver com a escuta. Escutara minha vida, escutar as pessoas com quemme relaciono, escutar a Deus. Porém, defini-tivamente escutar. E escutar o quê? Às vezesaparecerá uma terrível quietude, enquanto emoutras ocasiões nos moverá profundamente oencontro com alguma pessoa, ou algo que le-mos, ou um momento de oração. Discerniruma vocação significa mais você escutar oque a vida está lhe dizendo e não tanto dizerà vida como irá vivê-la. E algumas vezesacontecerá que, quando você escutar atenta-mente, não ouvirá precisamente aquilo quedesejava ouvir. Isso acontece quando se dis-cerne colocando a vontade de Deus em pri-meiro lugar. O chamado vocacional que senteem seu coração convida-o a ser a pessoa queDeus pensou de você.

Ir. Seán Sammon, SG

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Assim, pois, agora que concluímoseste ano vocacional e, ao mesmotempo, olhamos para frente sobre co-mo continuar nossos esforços na pas-toral vocacional, comecemos poragradecer ao Senhor por sua presençae sua vida de graça recebida duranteeste ano, e também pela clara pre-sença de seu Espírito em nós. Agra-deçamos também a Maria e a Marceli-no. Ambos foram pessoas de escuta.Ambos realizaram em suas vidas oque Deus havia sonhado para eles. Também desejo expressar uma pala-vra de agradecimento aos irmãos

Théoneste Kalisa, Conselheiro geral, e Ernesto Sánchez, Secre-tário da Comissão do conselho para as vocações, por seugrande empenho ao desenvolver esse projeto do Instituto emnome de todos nós. Ambos dedicaram muitas horas, produzi-ram muitas idéias criativas e nos motivaram para manter vivoum espírito de entusiasmo ao longo deste ano. Sua contribui-ção a nosso Instituto e a nossa Igreja foi muito importante.Para terminar, desejo agradecer a cada um de vocês, irmãos eleigos Maristas, jovens e jovens de coração, por sua participa-ção no Ano Vocacional Marista. Suas orações, sua energia,seus esforços realizados de diferentes maneiras, tanto no ní-vel do Instituto como em nível provincial ou local, contribuí-ram profundamente para a realização e o êxito do projeto.Precisamos continuar trabalhando o tema das vocações. Segu-ramente que continuaremos realizando novos esforços orien-tados pelo que foi vivido durante este ano vocacional.E dirigindo-me aos meus irmãos do Instituto, digo-lhes queresta um desafio para todos nós: o que este ano nos ensinou,em parte, é que a melhor maneira de convidar um jovem paraser irmão Marista é manifestando o fogo em nossos corações,tendo uma clara paixãopor tudo o que fazemos,e mostrando um amorevidente pelo Senhor esua Boa Nova em nossavida de cada dia. Com-prometamos-nos a ser ea viver justamente isso.

Muito obrigado.

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OceaniaProvíncias

■ MelbourneAustrália, Índia, Timor Leste

■ Nova ZelândiaFiji, Kiribati, Nova Zelândia, Samoa, Tonga

■ SidneyAustrália, Camboja

■ Melanésia (DISTRITO)Nova Caledônia, Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão, Vanuatu

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A oração durante o ano das vocações

A nossa carta de abertura doAno vocacional dirigida a to-dos aqueles envolvidos namissão marista os convidavaa assumir o tema e as inicia-tivas desse projeto e a “Uti-lizar os momentos de oraçãopara celebrar as maneirasatravés das quais o Espíritode Deus chama cada pessoaà plenitude de vida, a rezarpor aqueles que já vivem dojeito de Champagnat, e a pedir com confiança a Deus paraabençoar a Igreja com pessoas que escolherão viver o sonhoe a missão de Champagnat”. Mencionamos entre os recursos oferecidos para a oração:Celebrações e missas nas escolas e comunidade como mar-cos de abertura e encerramento do Ano vocacional. Uma ce-lebração de encerramento utilizada por várias escolas convi-dava os alunos a escreverem uma carta de apreço a um dosoito irmãos ou leigos maristas cujas fotos e história haviam

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Nele nos escolheu antes da criação do mundo

para sermos santos e irrepreensíveis,

diante dos seus olhos. (Ef 1, 3-5)

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sido colocadas em destaque durante a ce-lebração.Dez celebrações de oração para as comuni-dades de irmãos. Elas destacavam reflexõestiradas da carta do Ir. Seán para o Ano dasvocações que encorajavam os irmãos a pas-sar à ação durante esse Ano.Celebrações de oração destacando o temado Ano das vocações foram enviadas paraserem rezadas durante os principais dias defesta. Por exemplo, para celebrar a quarta-feira de cinzas, para apoiar a oração daspessoas nas escolas, etc.Uma Vela do Ano das vocações percorreuescolas e comunidades, onde permaneciadurante uma semana, e uma celebraçãoespecial a acompanhava. As comunidades eas salas de aula também utilizaram uma ve-la menor contendo o logotipo do Ano dasvocações, para iluminar os momentos deoração.Quarenta e cinco orações para os alunos fo-ram utilizadas, uma para cada semana deaula durante o ano. Elas apresentavam umahistória pessoal, breve a atraente, que ilus-trava um tema vocacional. Sete orações para as refeições da Famíliamarista. Essas orações se inspiravam no te-ma do Ano vocacional e convidavam as fa-mílias e celebrar as diversas vocações e

propunham às crianças de refletirem sobreo chamado que Deus faz a cada uma delas.Celebrações de oração para os retiros dediscernimento vocacional, para os dias derecoleção sobre a fraternidade, etc.

Ir. Rod Thomson

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SAMOAAlguns eventos durante o Ano marista das vocações:

a) ORAÇÃO

❏ Encontros de oração pelas vocações em nossas escolas. ❏ Orações impressas e distribuídas a todos os alunos. ❏ Celebração da Festa de Champagnat nas escolas e comu-

nidades.

b) REFLEXÃO

❏ Reuniões de comitês vocacionais.❏ Experiências de promoção vocacional partilhadas na As-

sembléia regional dos Irmãos de Samoa, Tonga, Kiribatie Fiji.

c) AÇÃO

❏ Jornadas vocacionais para os alunos e jovens operários.“Come and See”

❏ Oportunidades de estadias em uma casa de formação parapessoas interessadas. “Come and Stay”.

❏ Visitas aos alunos concluintes dos colégios católicos. ❏ Aulas São Marcelino e vida marista. (preparadas e orien-

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João estava com dois dos seus discípulos.

Ao ver Jesus que passava, disse:

“Eis o Cordeiro de Deus.”Os dois discípulosouviram-no falar

e seguiram a Jesus. (Jo 1, 35-39)

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tadas pelos responsáveis do ensino re-ligioso).

d) TESTEMUNHO

❏ Missa de abertura do Ano das vocaçõesna Catedral de Apia – grande participa-ção.

❏ A profissão perpétua do Ir. Afaese emuma paróquia afastada (onde os irmãossão raramente vistos).

❏ Uma emissão sobre a vida dos irmãosna rádio católica (Coordenador das vo-cações e vários membros leigos).

❏ Da Oceania à África – nosso coordena-dor das vocações deu seu testemunhoem Nairobi.

KIRIBATI Para o Ano das vocações, os irmãos criaram umjornal chamado Buron te Euangkerio, (O Cora-ção do Evangelho), com seis números durante oano. Encontramos entre os artigos uma carta deMarcelino, os personagens do Evangelho quenos lançam um desafio (santos e mártires), te-mas como o uso do álcool, as relações, o cres-cimento emocional, os desafios de sonhar umfuturo rico de esperança, etc. Cada classe tinhaum calendário mensal com citações maristas enele se colocava em evidência os acontecimen-tos e as festas maristas.

Mas diretamente como trabalho de promoçãovocacional, todos os irmãos participaram dassessões de Come and See para os alunosmaiores, e em noitadas semanais de oraçãonas escolas onde os irmãos ensinam. Elas aju-daram a divulgar nossas sessões Come andStay (de várias semanas) na casa de formaçãode Bikenibeu.

Ir. Douglas Dawick

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Criando laços em SidneyUltimamente, estivemos projetando juntos diversos aspectos danossa pastoral provincial, um trabalho orientado pelo coordena-dor das vocações. Primeiramente, identificamos as áreas de nos-sa missão que têm uma dimensão vocacional direta ou indireta.Encontramos laços naturais entre esses apostolados.Foram identificados os seguintes aspectos:• Charlas vocacionales en los colegios; • Reflexões sobre as vocações nas escolas.• Trabalho com os grupos de justiça social nas escolas. • Fóruns maristas para os alunos de 11o e 12o anos ; eles reú-

nem jovens selecionados para dialogarem sobre temas de suaescolha.

• Reuniões de lideranças para os alunos do 2o ciclo e ativida-des co-relacionadas.

• Pastoral de juventude, junto àqueles que chamamos jovensmaristas.

• Experiências de solidariedade e de imersão na Austrália e noestrangeiro.

Em todas essas atividades vemos uma relação com as vocaçõesno seu sentido mais amplo da palavra, não somente com a vo-cação do irmão marista.O elemento chave subjacente nessa relação é o contato pessoalcom os jovens. Além do mais, todas essas atividades revelam edesenvolvem o carisma marista. Elas permitem às pessoas de se

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identificarem com essa maneira particular deseguir o Evangelho. Enriquecem a vocação devários jovens. Esses últimos se sentem orgul-hosos de seu vínculo marista e se considerammaristas, sem ser irmãos. Um jovem dizia re-centemente: “Não estou seguro de que sereiirmãos um dia, mas eu posso assegurar queserei marista toda minha vida”.Esse contato pessoal com vários irmãos, entreos quais o coordenador das vocações, estabe-lece relações que podem levar alguns jovens aconhecer melhor a vida de irmão marista.Neste ano temos jovens, rapazes e moças,que participam de uma experiência de imer-são nas missões maristas. Isso é o fruto deseus engajamentos nos programas de lideran-ça para alunos, nos fóruns maristas, nos gru-pos de justiça social e nas experiências posi-tivas vividas em suas escolas. Eles queremfazer uma experiência de solidariedade comoutros maristas que trabalham com os pobresantes de tomarem uma decisão quanto aoseu futuro, pouco importando qual será. Tho-mas Hamers-Smith e Daniel Lynch são doisdesses jovens que terminaram seus estudosno último ano, e que decidiram de fazer as-sim. Thomas está agora nas Ilhas Salomão, eDaniel no Camboja. Daniel resume muito bemo que quer dizer estas apalavras:“A semente foi plantada em mim depois deuma breve permanência no Camboja comminha escola no último ano. Eu queria retor-nar para lá e oferecer uma pequena contri-buição à vida das pessoas de uma cultura di-

ferente, onde os deficientes não são verda-deiramente reconhecidos e cuidados. Eu que-ria também sair da minha zona de conforto eensinar alguma coisa de mim, da minha espi-ritualidade e dos meus verdadeiros valores. Oespírito de Marcelino Champagnat tomouconta de mim na escola e eu queria uni-locom uma outra parte do mundo marista.”

Ir. Darren Burge

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Deus continua chamandoEm Nova Caledônia

– Lançamos convites entre os jovens que acolhemos em nos-sas escolas. Eles foram colocados em contato com um gru-po de jovens maristas que desde 2004 estão em processode discernimento com as Irmãs Missionárias da Sociedadede Maria (SMSM). Jornadas de reflexão, animação de mis-sas, um tempo de partilha junto com as pensionistas de“Ma Meison”, PSP. .

– Por ocasião do tradicional encontro anual de jovens da dio-cese de Téné, que reuniu mais de 700 jovens, montamosum estande,, “Espaço Vocacional”. Ficamos surpresos pelaquantidade de perguntas dos jovens sobre a vocação do ir-mão marista.

Em Vanuatu

Vários meios foram utilizados para lançar o chamado do Senhor.– Enviar uma carta trimestral àqueles que já tinham tido

contato com os irmãos: uma carta de encorajamento e convi-te para continuar seu processo de discernimento conosco.

– Tempos fortes de encontro em Lololima, ao final de cada tri-mestre. É durante esses momentos que os jovens descobrem

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Deus que nos salvou e nos chamou

com uma vocação

santa. (Tim 1, 9)

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nossas Irmãs Maristas Missionárias.O grupo se encontra com freqüênciapara momentos de oração, reflexãoe amizade. Os adolescentes são re-conhecidos, acolhidos e amados.Esses momentos de vida de famí-lia, de vida como IRMÃOS, são fa-voráveis para o despertar da voca-ção marista nos próximos anos.

Sim! Deus continua chamando.

Ir. Jean Paul Delesalle

verdadeiramente o chamado a se-guir. Depois, o acompanhamentopessoal vai ajudar o jovem a dar oseu sim para a etapa do postu-lantado. Foi assim que quatro jo-vens candidatos partiram noinício de março para iniciarsua formação em PNG.

– A experiência recente denossos irmãos em SaintMichel Santo; um grupode vida da Família ma-rista foi iniciado por

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“Vinde comigo e descansai um pouco”

(Mc 6, 30)

■ Um ano vocacional que suscite interesse e processos de reflexãosobre o tema vocacional e sua relação com outros temas de impor-tância como fé e evangelização, identidade e missão, vida religiosahoje, os jovens e sua cultura, a Igreja, o mundo atual...

“A messe é grande e os operários são poucos.

Rogai...” (Lc 10,2)

■ Um ano vocacional que motive, pessoal e comunitariamente, umaoração confiante, renovada e partilhada (Irmãos, Leigos, jovens, fa-mílias...) pelas vocações na Igreja com a intenção especial de pedir aoSenhor e à Boa Mãe que envie vocações maristas.

“Venham everão”

(Jo 1,39)

■ Um ano vocacional que continue motivando nossa conversão nalinha dos cinco Apelos do XX Capítulo geral, de maneira que “o teste-munho de nossa consagração e de nossa vida simples e feliz, numacomunidade solidária com os pobres, seja o melhor apelo para seguira Cristo” (cf. C 94) e por sua vez, nos permita acolher, acompanhar ecuidar das novas vocações suscitadas pelo Senhor.

No nível da

REFLEXÃO:

No nível da

ORAÇÃO:

No nível do

TESTEMUNHO:

Níveis de

atuação

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“Lançai a rede do outro lado

da barca e encontrareis” (Jo 21,6)

■ Um ano vocacional que nos leve a concretizar planos, ações, en-contros, celebrações, buscando caminhos novos e inéditos, comvista a sensibilizar, propor, convidar, acompanhar os jovens “em suaopção vocacional” (cf.. Guia da Formação 82), ocupando-nos de ma-neira especial de quem “sente o desejo de consagrar-se ao Senhor navida religiosa marista”(cf.. Guia da Formação 83). Para isso, tere-mos que ser audazes em propor ao jovem, de maneira direta, aberta,simples e respeitosa, a vocação marista. Por outro lado, saber apre-sentar as diferentes vocações na Igreja e propor caminhos de discer-nimento vocacional. O desafio é realizar tudo isso de forma integra-da nas diferentes pastorais, de forma especial na Pastoral Juvenil.

Setembro de 2006 99

No nível da

AÇÃO:

INICIA: Em 8 de setembro de 2004: Nascimento de Maria

Contigo, queremos renascer!

TERMINA:Em 15 de agosto de 2005: Nossa Senhora da Assunção

Nos colocamos sob tua proteção!

ANO VOCACIONAL MARISTA8 de setembro de 2004 a 15 de agosto de 2005

QUEREMOS, COMO INSTITUTO,SOLIDARIZAR-NOS

NUM...

Uma comissão do Ano Vocacional

LOCAL✫

UNIDADE ADMINISTRATIVA✫

REGIONAL✫

GERAL✫

IGREJA...

Nos níveisda

REFLEXÃO

ORAÇÃO“Rogai...(Lc 10,2)

TESTEMUNHO“Veham e verão”

(Jo 1,39)

Pelas VOCAÇÕESna IGREJA,

em especialpelas VOCAÇÕES

MARISTAS

Ir. PROVINCIALe CONSELHO

COMUNIDADES

FORMAÇÃO

LEIGOS:– COLABORADORES– FAMILIAS, MOV. CH.

– PAST. JUVENIL– PAST VOCACIONAL– PAST. EDUCATIVA

AÇÃO“Lançai a rede

do outro lado da barca e encontrareis”

(Jo 21,6)

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Explicaçãoda Logomarca

A imagem é o “M” inicial de Maria, nossa Boa Mãe, de Marcelino Champagnat e dos Maristas.

A imagem além disto forma um coração que simboliza o amor. As duas pessoas representam o marista caminhando ao lado do jovem.

A cor azul simboliza juventude,energia de vida, Maria.

Explicaçãoda Logomarca

que integra vários aspectos do sonho de Marcelino

Vive

hoje o sonho

de Cham

pagn

at!

ariaarcelino

aristas

AM

R

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Setembro de 2006 103

P R O V I N C I A SNOVIÇOS IRMÃOS DIMINUIÇÃO PROFiSSÃO

1º 2º TOT Temp Perp TOT Defts Saidas TOT 1ª Prof PPer

1. ÁFRICA AUSTRAL 0 8 8 48 74 122 — 7 7 10 32. ÁFRICA CENTRO LESTE 7 9 16 29 55 84 1 2 3 3 43. AMÉRICA CENTRAL 3 0 3 10 119 129 3 1 4 0 04. BRASIL CENTRO-NORTE — 5 5 26 109 135 2 9 11 2 05. BRASIL CENTRO-SUL 0 5 5 30 109 139 2 4 6 2 16. CANADÁ 2 0 2 3 180 183 5 — 5 0 —7. CHINA — — — 0 32 32 3 — 3 0 08. COMPOSTELA — — — 2 266 268 7 3 10 0 09. CRUZEIRO DEL SUL 1 1 2 11 169 180 2 4 6 2 2

10. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA — — — 2 204 206 8 — 8 0 011. EUROPA CENTRO-OESTE — — — 0 181 181 11 — 11 0 012. FILIPINAS 4 4 8 15 36 51 1 1 2 2 113. IBÉRICA — — — 2 213 215 5 — 5 0 014. L’HERMITAGE — — — 2 442 444 16 3 19 1 015. MADAGASCAR — — — 8 51 59 1 — 1 0 016. MEDITERRÂNEA 9 3 12 28 286 314 7 7 14 2 517. MELBOURNE 1 2 3 16 101 117 4 1 5 1 018. MÉXICO CENTRAL 3 1 4 22 122 144 4 1 5 0 419. MÉXICO OCIDENTAL 2 1 3 7 138 145 1 — 1 1 120. NIGÉRIA 12 2 14 18 68 86 — 1 1 1 021. NORANDINA 5 0 5 18 137 155 1 — 1 3 122. NOVA ZELÂNDIA — — — 7 113 120 3 2 5 1 123. RIO GRANDE DO SUL 8 1 9 43 179 222 7 9 16 9 624. SANTA MARIA DOS ANDES 2 0 2 4 126 130 1 1 2 2 025. SRI LANKA E PAQUISTÃO 2 2 4 1 36 37 — — — 0 026. SIDNEY 11 0 11 30 223 253 5 5 10 4 4

TOTAL 72 39 111 382 3769 4151 100 61 161 46 33

* Nota: As Provincias correspondem àquelas depois da reestruturação (janeiro 2005)

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

ESTATÍSTICAS GERAIS D0 INSTITUTO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005*

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104 • FMS Mensagem 35

IRMÃOS QUE FIZERAM A PRIMEIRA PROFISSÃO NO ANO 2005

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

1. N’sanda Jérôme Dieudonné Utchinga África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-142. Bifuko Nyamwigura André África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-143. Omenyo Omari Thomas África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-144. André Brasileiro Moura Sérgio Brasil Centro-Norte Brasil 2005-12-085. Bezerra De Castro André Levy Brasil Centro-Norte Brasil 2005-12-086. Leorato Edilson Luis Brasil Centro-Sul Brasil 2005-12-087. Prandi Sandro Miguel Brasil Centro-Sul Brasil 2005-12-088. Leroy Diego Anibal Cruz del Sur Argentina 2005-06-059. Berone Maximiliano Ezequiel Cruz del Sur Argentina 2005-06-05

10. Olivé Onderka Eduard L’Hermitage España 2005-07-0311. Stephens Friday Samuel Mediterránea Liberia 2005-06-1812. Pokou Komenan Tano Mediterránea Costa de Marfil 2005-06-1813. Madalaimuthu Arun Frank Melbourne India 2005-02-1914. Muñoz Romero Fernando De Jesús México Occidental México 2005-06-1815. Moanriba Tainga Nueva Zelanda Kiribati 2005-11-1916. Ikpajombu Donaldson Francis Nigeria Nigeria 2005-06-1817. Benavides Burbano Francisco Javier Norandina Colombia 2005-12-0818. Martinez Narvaez José Rodrigo Norandina Colombia 2005-12-0819. Rosero Burbano Crisostomo Javier Norandina Colombia 2005-12-0820. Celeste Vincent Filipinas Filipinas 2005-05-2021. Abajar Mitchel Filipinas Filipinas 2005-05-2022. Dresch Gérson Manoel Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0823. Filippin Fernando Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0824. Morais Ribeiro José Alfredo Rio Grande do Sul Brasil 2005-01-3025. Mallmann Jauri Roque Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0826. Mentges Manuir José Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0827. Paiz Leandro Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0828. Da Silva Araújo Emerson Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-1729. Veiga Venícius Marostega Da Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0830. Barbosa Nunes Francisco Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-1731. Vargas Dominguez Levi Rey Santa María de los Andes Perú 2005-01-0232. Candela Munayco Frank Ronny Santa María de los Andes Perú 2005-01-0233. Mahlangu Rugare Samson África Austral Zimbabue 2005-06-1134. Sabonete José Fato África Austral Moçambique 2005-06-1135. Nsambo Joseph África Austral Malawi 2005-06-1136. Mtachi Davie África Austral Malawi 2005-06-1137. Kalumbula Tomas África Austral Angola 2005-06-1138. Jones Domingos Albano África Austral Angola 2005-06-1139. Chiseko James Manuel África Austral Moçambique 2005-06-1140. Chikwesa Henry Line África Austral Malawi 2005-06-1141. Binikwa Stephen Dzokai África Austral Zimbabue 2005-06-1142. Mutyiri Augastino África Austral Zimbabue 2005-06-1143. Iluga Claudius Sydney Islas Salomón 2005-11-1944. Winduo Sixtus Sydney Papúa-N. Guinea 2005-11-1945. Turuk Walter Sydney Papúa-N. Guinea 2005-11-1946. Kaboanga Patrick Sydney Papúa-N. Guinea 2005-11-19

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SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

IRMÃOS QUE FIZERAM A PROFISSÃO PERPÉTUA NO ANO 2005

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEN DATA PROP

1. Bakere Stanley Sydney Papúa-N. Guinea 2005-01-202. Balma Etienne Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-263. Baruffi Sandro Rio Grande do Sul Brasil 2005-10-294. Berry Beda Germain Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-265. Bezerra Danilo Correia Rio Grande do Sul Brasil 2005-05-166. Bobrzyk Sandro André Rio Grande do Sul Brasil 2005-11-137. Castillo Núñez José Luis México Central México 2005-07-028. Chinjati Andrew África Austral Malawi 2005-08-139. De Souza Theddy Gilles Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-26

10. Djamba Lokanga Michel África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-2111. Elifala Marcel África Austral Malawi 2005-08-1312. Freeman Rubio Enrique México Central México 2005-05-2813. Gómez Bueno Federico Mediterránea España 2005-12-0814. Gorit Christopher Filipinas Filipinas 2005-10-1515. Gugiel Valdir Brasil Centro-Sul Brasil 2005-11-1916. Jiménez Solar Hugo Emerson México Central México 2005-07-0217. Jumbe Francis África Austral Malawi 2005-08-1318. Kanaume Kubanabantu Justin África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-2119. Liesenfeld Élio Luís Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-1020. Me Konan Vincent Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-2621. Nieto Claudio Marcelo Cruz del Sur Argentina 2005-12-0822. Pimentel Altenir Costa Rio Grande do Sul Brasil 2005-11-2723. Poro Mark Sydney Islas Salomón 2005-04-1724. Postingher Tarcisio Rio Grande do Sul Brasil 2005-06-0525. Provens Damián Raúl Cruz del Sur Argentina 2005-08-1526. Rutazihana Ngirabakunzi Aimé África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-2127. Sánchez Bravo José México Central México 2005-05-2828. Serero Simon Sydney Papúa-N. Guinea 2005-02-2729. Tapuala Afaese Leo Nueva Zelanda Samoa 2005-01-1530. Ucan Mex Angel Gabriel México Occidental México 2005-06-0431. Vásquez García Roberto José Norandina Venezuela 2005-06-0532. Vira Lino Sydney Vanuatu 2005-02-2733. Yatha Nanga Luka Edouard Luc África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-21

Setembro de 2006 105

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106 • FMS Mensagem 35

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

1. López Merino Mauro Valerio Mauro 2005-01-01 91 América Central2. Santana López Tiburcio Leonardo Diego 2005-01-02 68 México Central3. Ruiz García Felicísimo Felicísimo María 2005-01-06 67 Mediterránea4. Magee Eugene P. Patrick Eugene 2005-01-07 81 Estados Unidos de América5. Schubert Johann Wilhelm Johann Wilhelm 2005-01-08 80 Europa Centro-Oeste6. Chambon Louis Marie Irénée 2005-01-09 98 L’Hermitage7. Fréléchoz Joseph-Jules Marie Basilide 2005-01-10 96 L’Hermitage8. Bauer Joseph Konrad V Parzham 2005-01-11 90 China9. Ratolojanahary Jean Louis Marius Louis 2005-01-15 76 Madagascar

10. Alvarez Alvarez Manuel Jacinto Manuel 2005-01-17 81 Compostela11. Vannoorenberghe Victor Victorinus 2005-01-17 88 L’Hermitage12. Boujon Amédée Julien Alexandre 2005-01-19 88 L’Hermitage13. García Santamaría José José Dalmacio 2005-01-27 86 Ibérica14. Clerc Joseph Siméon Joseph Elie 2005-01-27 96 L’Hermitage15. Sánchez Cueto Manuel Manuel Abel 2005-01-28 85 Compostela16. Maguire Kevin Michael Brendan Mary 2005-01-30 73 Sydney17. Bruyas Germain Germain Marie 2005-02-04 73 L’Hermitage18. Gosselin Joseph F. Siméon Gérald 2005-02-09 88 Estados Unidos de América19. Ortega Ortega Emiliano Romualdo 2005-02-10 81 Compostela20. Orden Pastor Julián De La Victorico María 2005-02-11 80 Mediterránea21. Rodríguez Alanis Jesús Macario Filogonio 2005-02-11 97 México Central22. Plaisance Léonce Joseph Albin 2005-02-21 91 L’Hermitage23. Mora Reyes Marcos Florián Marcos 2005-02-25 77 México Occidental24. Chalon André 2005-03-04 65 Europa Centro-Oeste25. Jooss René Georges René Gilbert 2005-03-04 91 L’Hermitage26. Susin Severino Vidal Aloysio 2005-03-05 85 Rio Grande do Sul27. Ayala Manzanedo Luis 2005-03-05 59 Ibérica28. Hughan William Francis Finan 2005-03-10 93 Melbourne29. Conte Lino Sabino Lino 2005-03-10 90 Brasil Centro-Sul30. Redunski James 2005-03-11 59 Estados Unidos de América31. Dwyer Thomas Joseph Joachim Joseph 2005-03-20 78 Nueva Zelanda32. Cherry John Joseph 2005-03-29 66 Estados Unidos de América33. Backx Léon Alvarus Paul 2005-04-04 83 África Centro-Este34. Hernández Pinedo Félix Félix Deodoro 2005-04-10 86 América Central35. Porro Machon Augusto Blas Valentín 2005-04-22 83 Cruz del Sur36. Schwind Alois Rudolf Rudolf Aloys 2005-04-24 79 Europa Centro-Oeste37. Olsen Thomas Barry Canute 2005-04-26 77 Nueva Zelanda38. Barberet Louis Georges Spies Joseph Cyprien 2005-04-29 83 Brasil Centro-Norte39. Sandoval Conde Pancracio Pancracio José 2005-04-30 79 Compostela40. Barberia Ochoa Jesús Florentino María 2005-05-01 89 L’Hermitage41. Schmitt Georg Robert Anton 2005-05-04 84 Europa Centro-Oeste42. Felten Antoine-Pierre Etienne Justin 2005-05-04 85 Europa Centro-Oeste43. Mc Laughlin Paul Joseph Bonaventure 2005-05-07 64 Melbourne44. Lucien Marcel Ernestus 2005-05-08 90 L’Hermitage45. Asensio Casado Carlos 2005-05-21 54 Compostela46. Mathay René Emile Adrien 2005-05-22 85 Europa Centro-Oeste47. Rainville Marcel Fernand Marcel 2005-05-23 73 Canadá48. Ramos Jiménez José Eulogio José Eulogio 2005-05-23 80 Mediterránea49. Fuente Castilla Martín Felipe Martín 2005-05-27 87 Ibérica50. Faulkner Patrick John Baptist Anselm 2005-06-10 93 Melbourne51. Donnelly Patrick Joseph Francis 2005-06-19 75 Sydney

IRMÃOS FALECIDOS DURANTE O ANO 2005

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SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

52. Pamplona Danilo 2005-06-20 52 Filipinas53. Martínez Martínez Guillermo Crescencio José 2005-06-27 87 Mediterránea54. Ruiz Arroyo Eliseo Eliseo 2005-07-01 88 L’Hermitage55. Zaglauer Francis 2005-07-11 61 Estados Unidos de América56. Bouchard Majella Gabriel Etienne 2005-07-13 81 Canadá57. Arel Joseph A. Peter Chanel 2005-07-29 87 Estados Unidos de América58. Villarreal Martínez Héctor Héctor Rafael 2005-08-03 74 México Central59. Delacour William Patrick Kenan 2005-08-17 84 Sydney60. Orth Mario Augusto Pedro De Alcántara 2005-08-21 78 Rio Grande do Sul61. Rodríguez Martínez Millán Guillermo León 2005-08-27 91 Compostela62. Minuscoli Geraldo Tito Alcides 2005-09-02 77 Brasil Centro-Sul63. Mc Pherson Alexander Jos. Montanus 2005-09-03 86 Sydney64. Ferrie Joseph Christopher 2005-09-04 88 Europa Centro-Oeste65. García Andorrá Tomás Florencio Lucio 2005-09-07 76 L’Hermitage66. Souza José Milson Melo De 2005-09-09 59 Brasil Centro-Norte67. Wang Shou Chien Joseph James Malya Isidore 2005-09-12 75 China68. Mombach Oscar Maria Gelasio 2005-09-20 92 Rio Grande do Sul69. Carmignato Giorgio Teofano Maria 2005-09-23 72 Mediterránea70. Tremblay Claude Claude Alexandre 2005-09-23 72 Canadá71. Lambert Yvan Léopold Maurice 2005-09-24 75 Canadá72. Blackwood Stuart Augustin Joseph Cassian 2005-09-28 94 Sydney73. Sanz Zabaleta Joaquín Juan Cayetano 2005-10-10 85 Mediterránea74. Wildner Mário Antônio Domicio Mário 2005-10-13 90 Rio Grande do Sul75. Ruiz Hidalgo Hilario Juan Hilario 2005-10-13 91 L’Hermitage76. Liebana Merino Teodoro Domingo Tomás 2005-10-14 84 México Central77. Ivars Cerdá José Silverio 2005-10-15 87 L’Hermitage78. Needham John Anthony Damian 2005-10-21 64 Melbourne79. Wehrli Gustav Nikolaus Gallus 2005-10-22 92 Europa Centro-Oeste80. Berthet Francis Marie Stéphane 2005-10-23 83 L’Hermitage81. Leconte André Virgile 2005-10-26 95 Europa Centro-Oeste82. Gaudreau Armand L. Louis Richard 2005-10-31 73 Estados Unidos de América83. Casal Vidal Jesús Tiburcio José 2005-11-02 92 Cruz del Sur84. Fuchs Willibald Jovien 2005-11-04 83 L’Hermitage85. Hever Denis 2005-11-04 59 Estados Unidos de América86. Orcajo Tordable Vicente Eustaquio 2005-11-18 81 Ibérica87. Goñi Lerendegui Elías Patricio Guido Elías 2005-11-19 88 América Central88. Werner João Reymundo Liborio Mario 2005-11-23 89 Rio Grande do Sul89. Rubio Rubio Nicolás Leoncio José 2005-11-24 90 Rio Grande do Sul90. Navia Velasco Marco Fidel 2005-11-26 64 Norandina91. Mertes Léonard Ignace Herman 2005-11-26 84 Europa Centro-Oeste92. Chang Hao Te Mathias Emile François 2005-12-01 85 China93. Abreu Ribeiro Adelino Francisco De Paula 2005-12-01 85 Compostela94. Tudanca Ibañez Esmeraldo Elías Pedro 2005-12-03 81 Ibérica95. Hartlieb Karl Damasus 2005-12-09 86 Rio Grande do Sul96. Asenjo Bañuelos Florentino Florentin José 2005-12-12 87 Mediterránea97. Dillon Desmond J. Gonzaga Ronald 2005-12-21 85 Nueva Zelanda98. Santos Díez Basilio Telmo Arsenio 2005-12-23 86 Santa María de los Andes99. Rouleau Patrice 2005-12-24 88 Canadá

100. Dewerchin Pieter Joseph Pierre 2005-12-25 77 Europa Centro-Oeste

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Senhor Jesus,olhamos ao nosso redore tomamos consciência das enormes necessidadesentre as crianças e os jovens de hoje.Sabemos que é urgente poder contarcom mensageiros de esperançae testemunhas de teu amor.

Agradecemos-te, Senhor, por teu chamado pessoal a realizar uma vocação de serviço.Pedimos-te nos concedas viver de tal modoque nosso testemunho seja fonte de esperançae anime, por sua vez,

novas vocações na tua Igreja,seja no compromisso do laicato,seja na vida religiosa ou sacerdotal.

Oramospor todos aqueles e aquelas que convocasa viver hoje o sonho de Champagnatde evangelizar as crianças e jovens,particularmente os mais abandonados.

Recordamos, de modo especial,os que chamas a serem irmãos maristas.Faz com que os jovens que sentem esta vocação,sejam audazes para seguir-te com paixãoe generosos para serem fiéis a Ti.Maria, modelo de entrega e fidelidade,intercede por esta tua Família!

O R A Ç Ã O

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ICYIFUZO

CYA CHAMPAGNAT

- KIGERE HO!

Iaino ny fanirian’iChampagnat!

Mapenzi ya

Champagnat- Fanya!

Le

rêve

de

Marcellin

: Vis-le !

máp

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Viu

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cellin

usun!

MARCELLIN’S DREAM LIVE IT TODAY!

¡Viv

eho

y el sueño de Champagnat!

Vivi

oggi

oso

gnodi

Champagnat!

Viva

hoje

o sonho deC

hampagnat!

Marcellins

Traum– Lebe

ihnheu

te!