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Ano XXII - n° 37 - Março 2008

Ano XXII - n° 37 - Março 2008 - Instituto de los ... · torcidas. Foi muito significativa ... mo um convite a descobrir a vi- ... lhendo as recordações da festa da beatificação

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Ano XXII - n° 37 - Março 2008

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índiceEleitos para serem testemunhas da fé e defensores da escola livre

Ir. AMEstaún

página 2

Acolhida dos peregrinosA conferência episcopal espanhola e os postuladores gerais das causasBasílica de São Paulo extramuros - Roma26 de Outubro de 2007

página 7

Recepção e gratidãoIrmão Superior geral e seu Conselho Autoridades eclesiásticas, civis e irmãos postuladoresCasa geral - Roma26 de Outubro de 2007

página 13

Celebração marista na casa de MariaEncontro dos irmãos e dos peregrinos maristas com os familiares dos irmãos mártiresSantuário da “Madonna del Divino Amore” - Roma27 de Outubro de 2007

página 19

Beatificação de 47 irmãos maristasMissa de beatificaçãoPraça de São Pedro - Vaticano28 de Outubro de 2007

página 35

Ano XXII - n° 37- Março 2008

Diretor:Irmão AMEstaún

Comissão de Publicações:Irmãos Emili Turú, AMEstaún, OnorinoRota e Luiz Da Rosa.

Coordenação dos tradutores:Irmão Carlos Martín Hinojar

TradutoresEspanhol:Irmão Carlos Martín Hinojar

Francês: Irmão Louis RoussonIrmão Fabricio GalianaIrmão Josep Roura

Inglês: Irmão Douglas WelshIrmão George FontanaIrmão Des CroweMatteo Bruni

Português: Irmão Aloisio KuhnP. Eduardo Campagnani

Fotografia:AMEstaún, L’Osservatore Romano, Arquivos da Casa geral

Registro e Estatísticas:Gabriela Scanavino

Diagrama e fotolitos:TIPOCROM, s.r.l.Via A. Meucci 28, 00012 Guidonia,Roma (Italia)

Redação e Administração:Piazzale Marcellino Champagnat, 2C.P. 10250 - 00144 ROMATel. (39) 06 54 51 71Fax (39) 06 54 517 217E-mail: [email protected]: www.champagnat.org

Edita:Instituto dos Irmãos MaristasCasa geral - Roma

Imprime:C.S.C. GRAFICA, s.r.l.Via A. Meucci 28, 00012 Guidonia,Roma (Italia)

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Oração do Angelus com o Papa

Saudação do Papa aos peregrinos

Praça de São Pedro - Vaticano

28 de Outubro de 2007

página 51

Encontro de família

Os irmãos em casa,

sob a proteção da Boa Mãe

Casa geral - Roma

28 de Outubro de 2007

página 55

Ação de graças pela beatificação

A beatificação é uma graça

para toda a Igreja

Basílica de São Pedro - Vaticano

29 de Outubro de 2007

página 67

Visita à casa

página 79

Exposição

Caminhando com nossos irmãos mártires

página 83

Os jovens junto aos mártires

página 93

Preparativos

página 98

Estatística

página 103

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Eleitos para serem testemunhas da fé e defensores

da escola livre

E D I T O R I A L Ir. AMEstaún

Sentido e alcance da festa

A beatificação dos primei-ros irmãos maristas foiuma grande festa de fé e

de família no Instituto. Mas,principalmente, foi um grandeacontecimento eclesial. O eventotransbordou os limites das Igrejasparticulares, das dioceses e dopróprio Instituto marista. Nossosirmãos beatificados fazem partede um grupo de 498 cristãos

martirizados na Espanha. Na horade situar este grupo de mártires,e nossos irmãos como parte inte-grante do mesmo, nos espaços enos tempos da história, eles fo-ram designados como participan-tes da grande perseguição reli-giosa que a Igreja sofreu ao lon-go do século 20. Este foi o sécu-lo em que houve o maior númerode mártires de toda a história daIgreja. Este aspecto da aprecia-ção dos acontecimentos situanossos irmãos mártires beatifica-

dos, e toda a congregação maris-ta à qual eles pertencem, dentrode uma perspectiva da vida detoda a Igreja, porque dela elesfaziam parte. A perseguição reli-giosa dos anos 30 do século 20tem características próprias naEspanha. Mas, não se trata deum caso isolado, nem original daEspanha. Os irmãos mártires nãoforam vítimas de uma guerra deum país, ou de uma simples re-volução local, mas foram vítimasde uma «ampla noite de martí-rio», sofrida por todos os fiéis deJesus Cristo. Suas mortes se ins-crevem na grande perseguiçãosofrida pelos cristãos de todas asconfissões, durante o século 20,em todo o mundo, particular-mente na Europa.Com esta precisão, a Igreja co-mo um todo, e especialmente aIgreja na Espanha, se liberamde toda característica parti-dária ou política que alguns pro-curaram dar, contaminando osentido deste acontecimento. Avisão da Igreja como um todo,mas atenta ao que acontece comcada um de seus membros e suascomunidades, permite projetar aperspectiva histórica dos acon-tecimentos para além das fron-teiras que muitas vezes preten-

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dem impor algumas visões dis-torcidas. Foi muito significativaa declaração das religiosas e re-ligiosos espanhóis: «Nós, osconsagrados e consagradasespanhóis, nos negamos a lerestes acontecimentos de martí-rio em chave ideológica. Quere-mos lê-los em chave pascal, co-mo um convite a descobrir a vi-da que se esconde também nasvaletas semeadas de morte».Uma segunda perspectiva, decaráter teológico e pastoral, dainterpretação destes aconteci-mentos foi o aprofundamento dosentido do perdão cristão. A al-guns grupos da sociedade civilincomodou o fato de que a Igre-ja reconheça os irmãos comomártires e não faça o mesmocom outras pessoas que morre-ram defendendo seus ideais po-líticos ou sindicais que, em mui-tos casos, coincidiam com osvalores cristãos de justiça e deliberdade. Em sentido amplo,pode-se considerar como márti-

res todos os que sofrem perse-guição ou morrem injustamente.Mas, em toda a tradição cristã,reserva-se a designação de már-tires somente àqueles que sãotestemunhas de sua fé, chegan-do a morrer por causa dela. À

Igreja, e somente a ela, cabeverificar se a morte é martirial einscrever, ou não, aquele quesofre no elenco dos seus beatose dos santos. Em contrapartida,o reconhecimento social das ví-timas da injustiça e da intole-

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rância, que morreram defendendo seus ideais políticos ou sindicais, cor-responde à sociedade civil fazê-lo. O confronto ideológico parece não tersaída. O perdão é o único remédio possível para poder superar as diferen-ças e prosseguir convivendo juntos e de uma forma construtiva todos os

herdeiros daqueles capítulos da históriados quais foram protagonistas nossos ir-mãos mártires. Esta foi a escolha do In-stituto marista. Diante do altar principalda igreja da Casa geral podia-se ler estafrase escrita com grandes caracteres:«Perdoamos como Jesus perdoou».

Junto aos túmulos de Pedro e PauloOs irmãos se sentiram muito felizes depoder celebrar esta beatificação juntoaos túmulos dos mártires cristãos da Ci-dade Eterna e próximos das catacumbas.A celebração em Roma não significou umdistanciamento da realidade diocesanaou paroquial, mas procurou encontrar umlugar comum e muito apropriado, juntoaos túmulos de Pedro e Paulo, a fim derespirar a unidade católica, o ar do ver-dadeiro sentido do testemunho dos már-tires de toda a Espanha. Tanto a cerimô-nia de beatificação como a festa que seseguiu foram grandes, porque grande é apágina da história da Igreja que se refle-te através delas. Além disso, esta beatifi-cação foi um sinal de unidade da Igrejaque peregrina na Espanha. A partir do

ponto de vista organizativo, esta foi a primeira vez que diversas e nume-rosas causas (23 ao todo), iniciadas e chegadas ao término através deiniciativas de seus respectivos postuladores, foram acolhidas pelo serviçooferecido pelo departamento para as causas dos santos criado pelaConferência episcopal espanhola e se decidiu celebrar uma única cerimô-nia de beatificação. Nunca tinham sido beatificados tantos servos deDeus em uma só cerimônia, e até o momento presente foi a mais nume-rosa da história. As beatificações representam um grande acontecimentotambém por causa das suas implicações pastorais, pois são praticamentetodas as dioceses espanholas que se viram beneficiadas por esta grandefesta, por estarem ligadas aos novos beatos, ou por serem locais do nas-cimento, ou da vida apostólica ou ainda do martírio dos novos beatifica-dos. Estes irmãos maristas mártires, estão vinculados por nascimento a12 das atuais dioceses espanholas. Mas, principalmente por causa de sua

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Ir. AMEstaúneditorial

ALGUMAS MANIFESTAÇÕES

• Que alegria teriam tido minha mãe e meu pai, sepudessem ouvir tudo aquilo que vocês nos disseram etambém se pudessem participar da beatificação... Sem dúvida, no céu, eles estarão celebrando todosjuntos.• Gostaríamos de estar presentes em Roma e de participar dos eventos que forem organizadosem honra destes beatos, dentro de nossaspossibilidades... Para nós é uma honra termos ummártir em nossa família e queremos homenageá-lo.• Para mim, foi motivo de muita alegria a notícia da beatificação. Sinto apenas que meu pai não possaparticipar da cerimônia.• Na casa de meus pais havia um quadro com a fotografia do irmão e todos os dias rezávamos por ele.

Ir. Mariano Santamaría

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fama de santidade, a festa organizada em sua honrafoi notícia no mundo inteiro. Todas as comunidadesmaristas celebraram com alegria este acontecimen-to e, para muitos, foi uma surpresa conhecer as vi-das simples de nossos irmãos que mereceram a hon-ra dos altares.

Os cenários da beatificaçãoOs eventos da celebração marista em Roma se de-senvolveram em três cenários diferentes. O primeiroespaço, que congregou os peregrinos maristas, foi osantuário de Nossa Senhora do Divino Amor, ondeos irmãos e os familiares dos mártires se encontra-ram junto à Mãe, para celebrar a santidade de nos-sos irmãos. Neste santuário foi feita a recepção e asaudação do Superior geral e de seu Conselho, diri-gidas a todos os peregrinos maristas vindos de di-versas partes do mundo para a celebração da santi-dade dos novos beatos. Os familiares dos mártiresse sentiram plenamente acolhidos e abrigados portodo o Instituto marista, desfrutando deste patri-mônio espiritual comum, que é a vida e a santidadedos novos beatos.

O segundo cenário foi o Vaticano, em dois momen-tos distintos. O primeiro, por ocasião da proclama-ção dos nomes dos mártires durante a missa solenecelebrada na praça de São Pedro, e sua inscrição nolivro dos beatos. O segundo, na basílica, para a ce-lebração da missa em ação de graças pelas beatifi-cações. Os maristas se uniram contentes à alegriade toda a Igreja.Em terceiro lugar, a celebração e o encontro realiza-do na Casa geral, onde foram acolhidos os numero-sos visitantes, algumas autoridades, os familiaresdos mártires e um grupo de cerca de 300 irmãos,enfim, todos aqueles que viajaram até Roma paraparticipar deste grande acontecimento. A Casa geralabriu-se completamente para oferecer a todos omelhor, procurando proporcionar aos visitantes umaaproximação com os espaços onde se vive a inte-gração das comunidades que ali trabalham com asatividades e a vida de todo o Instituto: a salaChampagnat, a sala de reuniões do Conselho geral,a sala capitular, as relíquias de Champagnat, a está-tua da Boa Mãe, a santidade do Instituto, tudo istomanifestado na exposição organizada sobre os ir-mãos mártires e no afeto de todos os irmãos. A ig-reja principal, decorada com sobriedade, mas comelegância estética e uma grande carga simbólica,convidava a interiorizar tudo aquilo que tinha sidovivido durante aqueles dias em uma oração feitadiante da cruz e do círio pascal, rodeados dos no-mes de todos os irmãos beatos.FMS Mensagem 37 pretende fazer memória, reco-lhendo as recordações da festa da beatificação. Suasmensagens percorrem através de todos os grandesmomentos nos quais se desenvolveram as diversasiniciativas programadas para celebrar a chegada aosaltares dos primeiros irmãos maristas beatos.

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N a festa dos Apóstolos, a Igreja nosconvida a cantar: «Da humilde aldeia

da Galiléia subiu à glória imortal». Destamaneira posso sintetizar a minha expe-riência na preparação e ao viver esta festade família, que foi a beatificação de nos-sos irmãos mártires.Repassando suas biografias, desde os seusvilarejos de origem até o momento domartírio, encontrei-me diante de pessoassimples, de autênticos Irmãozinhos de Ma-ria. Para a maior parte deles, um jornalistateria tido sérias dificuldades para escreversuas biografias. Eles foram pessoas que,

sem fazer barulho, dia após o outro, consumiram suas vidas para tornar JesusCristo conhecido e amado, e, com este conhecimento sobre seus ombros, nomomento da prova, não titubearam em oferecê-las completamente.Enquanto durante estes dias a imprensa italiana falava de uma estátua de Pa-dre Pio, de 60 metros de altura, destinada a ser colocada em Rignano Gargani-co, de modo que possa ser vista de muito longe, eu preferi utilizar outros cri-térios. Preferi me deter e contemplar a estatura moral de Laurentino, me ocu-par de colocar a cesta de caramelos próxima ao retrato do Irmão Anselmo, de-dicar um espaço às mães dos mártires, porque elas, como ninguém, sofrerampela perda de seus filhos. Também fiquei contente de poder cantar o «Teacuerdas Madre», do Irmão Santiago, de ficar em silêncio diante das 47 lâmpa-das que iluminavam na capela os nomes destes «gigantes» da fé, ou ainda pin-tar na sala capitular aquela série de números, de 19 a 62, que me faziam ficarorgulhoso de pertencer a uma família, onde alguns de seus membros, na pleni-tude de suas forças, souberam sacrificar a própria vida pela mesma pessoa queeu também procuro amar. Por esta razão, eu também quis escrever o meu nomesobre a tela onde estavam impressas as 47 mãos e os nomes dos mártires.Penso que realmente eles mereceram ter suas imagens expostas na fachada daCasa geral, porque toda a estrutura se vivifica somente quando se encontra al-guém que esteja disposto a sacrificar a própria existência para torná-la viva.Irmãos beatos! Vocês foram elevados ao alto, até a glória imortal, mas, aomesmo tempo, com a simplicidade de suas vidas, eu sinto vocês como meuscompanheiros de caminhada. Para mim, vocês são a estátua mais bonita queespero poder admirar, não apenas nos dias luminosos de minha vida, mas tam-bém naqueles em que seja para mim muito cansativo seguir os passos de Deus,que sempre me precede e me acompanha.Muito obrigado pela sua vida e pela sua morte!

UM SANTO DEIXA SEMPRE UM SINAL DE DEUS

Ir. Onorino Rota

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A conferência episcopal espanhola e os postuladores gerais das causas

Acolhida dos peregrinos

Basílica de São Paulo ExtramurosRoma – 26 de outubro de 2007

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RECEPÇÃO NA BASÍLICADE SÃO PAULO FORA DOS MUROSCerimônia de acolhida dos peregrinos

Os postuladores das causas dos mártires, que trabalham junto à Confe-rência episcopal espanhola, na tarde do sábado, dia 27 de outubro, tin-ham organizado um evento de acolhida aos peregrinos espanhóis quechegavam a Roma para a festa da beatificação. Mais de sete mil pes-soas foram à basílica de São Paulo Fora dos Muros para participar destacerimônia de acolhida. Deste ato participou o embaixador da Espanhajunto à Santa Sé, Francisco Vázquez, e intervieram dom Ricardo Bláz-quez, bispo de Bilbao e presidente da Conferência episcopal espanhola,que dirigiu uma saudação aos presentes, e o cardeal Carlos Amigo, ar-cebispo de Sevilha, que fez uma reflexão sobre as bem-aventuranças.O momento de maior impacto foi quando se procedeu à leitura deuma carta de Bartolomé Blanco, leigo de Córdoba, martirizado aos 21anos de idade, e dirigida às suas tias e primos: «Conheço todos osmeus acusadores e chegará o dia em que vocês também os conhece-rão, mas em meu comportamento vocês encontrarão um exemplo.Minha última vontade é de perdão, perdão e perdão. Peço que mevinguem com a esperança do cristão: retribuindo em muito bem a to-dos aqueles que tentam de me fazer o mal».

Basílica de São Paulo ExtramurosAcolhida dos peregrinos

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A Igreja de Roma conserva os túmulos dos após-tolos Pedro e Paulo como «troféus» de sua fideli-dade a Jesus Cristo e como uma consolidação daautoridade apostólica da Santa Sé em Roma. Es-tamos reunidos onde Paulo, na via Ostiense, foidecapitado, culminando o testemunho de sua fée de seu amor a Jesus Cristo, que o chamou aoseu seguimento e ao apostolado no caminho deDamasco. Saúdo os peregrinos vindos de longeou de perto para participar da alegre celebra-ção da beatificação dos 498 mártires de nossasdioceses.Senhores bispos, religiosos e religiosas dascongregações às quais pertenciam e enalteceramos mártires, irmãos e irmãs de todos os rincõesda Igreja na Espanha.Saúdo com respeito e afeto ao senhor embaixa-dor da Espanha junto à Santa Sé.Agradeço, em nome da Conferência episcopalespanhola, a hospitalidade que nos oferece o car-deal Andrea Cordero Lanza de Montezemolo, ordi-nário desta emblemática basílica de Roma.Queridos peregrinos, temos conservado como umtesouro a memória de nossos mártires, que nosprecederam com a tocha da fé e da santidade.Eles são um dom precioso de Deus, que recebe-mos com gratidão. Estamos dispostos, com a for-ça do Senhor, a proclamar a fé e a viver com fi-delidade, encorajados por seu testemunho subli-me, nas situações concretas de nossa história. Omartírio destes irmãos nos une com o Senhor enos dignifica a todos.Os mártires que se encontraram diante da alter-nativa, não buscada e nem provocada por eles,de renegar a fé cristã, e assim salvar suas vidas,ou de se manterem aderidos ao Senhor, e assimperdê-la, preferiram em um gesto admirável, en-tregar a vida temporal e receber a vida eterna,

recordando as palavras do Mestre: «Quem perdesua vida por minha causa e pelo Evangelho, asalvará» (Mc 8,35). «Ninguém tem maior amor doque aquele que dá a sua vida por seus amigos»(Jo 15,13). Os mártires receberam de Jesus agraça de sua amizade e eles lhe devolveram amesma amizade, vivendo e morrendo por ele.Quão eloqüente o Evangelho se faz ao nosaproximarmos dos mártires!Neste processo dos mártires se concentrou a fide-lidade a Deus através de alguns gestos expressi-vos da totalidade. Assim como muitos mártires daIgreja nos primeiros séculos morreram aclamandoJesus como o Senhor («Iesus Kyrios»), assimtambém os mártires que serão beatificados

OS 498 MÁRTIRES INTERROGAM HOJEOS CATÓLICOS SOBRE A SUA FÉIntervenção do bispo Ricardo Blázquez, bispo de Bilbao, presidente da Conferência episcopal espanhola, na basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma.

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amanhã morreram aclamando com os lábios ecom o coração: «Viva Cristo Rei!». Alguns foramidentificados como cristãos por causa do rosárioque mostravam e na hora suprema eles sabiamque era o sinal decisivo. Alguns morreramporque participavam da Eucaristia, outros pelofato de serem sacerdotes, frades ou freiras.Aqueles que tiveram a oportunidade uniram-seno martírio àqueles com os quais tinham parti-lhado sua fé, sua profissão religiosa e os traba-lhos apostólicos.Os mártires escreveram com seu sangue umamensagem que queremos receber profundamente

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Basílica de São Paulo ExtramurosAcolhida dos peregrinos

O SANGUE DOS MÁRTIRESESPANHÓIS DEVE SER SEMENTEDE NOVOS CRISTÃOS

Intervenção do cardeal Carlos Amigo Vallejo,arcebispo de Sevilha em sua saudação de acolhidaaos peregrinos que chegavam a Roma. Em sua reflexão sobre as bem-aventuranças, entre outras coisas, ele disse:

«Viemos a Roma para visitar os túmulos dos mártires e para ou-vir as maravilhas que Deus Pai faz com o testemunho de seusfilhos, pois os mártires proclamam, com a força do Espírito San-to e pagando o preço de sua própria vida, que nada se pode an-tepor ao amor de Cristo». E acrescentou: «Nos mártires se ilumi-na o mistério da cruz. Eles e seu testemunho são a causa denossa alegria. O Senhor foi grande conoscoao nos oferecer a vida e o exemplo destesmártires». E concluiu sua intervenção, afir-mando: «Jesus Cristo ontem, com estes 498mártires. Jesus cristo hoje, que nos chama asermos suas testemunhas no mundo. JesusCristo, sempre. Ele é o mais santo dentre osnossos mártires. A testemunha fiel».

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nestes dias extraordinários. Sua morte martirialglorifica o poder de Deus, que faz da fragilidadedos homens um testemunho. Eles puderam tudonaquele que lhes deu força (cf. Fil 4,13; 2Co12,9-10; Col 1,29). Como é importante a fé emDeus que lhes orientou a vida e decidiu a mortede seus fiéis! Em nosso tempo, somos chamadosa mostrar que para a vida pessoal, familiar e so-cial não é indiferente crer ou não crer em Deus.Tudo se transforma com a luz e a força que se ir-radia da fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Osmártires nos interpelam hoje sobre a coragem denossa fé. Os irmãos mártires nos estimulam a ser-

mos fiéis, a confiar em Deus, que nunca nos en-gana e não nos abandona, nem mesmo na perse-guição. Com a autoridade que lhes confere suamorte pelo Senhor, recordamos seu gesto comouma exortação evangélica: se eles morreram per-doando, devemos nós também percorrer os ca-minhos do perdão, da reconciliação e da paz. Suaatitude diante da morte é um forte convite àconvivência respeitosa, na diversidade.Queridos peregrinos, desejo a todos que estesdias sejam vividos na graça do Senhor. Que a pro-ximidade do sucessor de Pedro, o Papa BentoXVI, nos fortaleça na unidade da fé e do amor.

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O que me enchia o coração, durante os diasda beatificação, era a alegria dos pere-

grinos, seu entusiasmo, a emoção manifestadanas lágrimas e a afluência que, pouco a pouco,encheu a esplanada da praça São Pedro. Sim,essa comunhão com a alegria dos peregrinosera a fonte mais pura de minha própria alegria.Entre eles, estava o Ir. Francisco Peruchena, de91 anos, um dos 107 irmãos aprisionados, que

me dizia: “Não tive a graça do martírio, mas Deus me acompanhouno caminho da fidelidade”. Alegria também de perceber a felicidade,nos olhos do Irmão Gabriele Andreucci, o grande artífice dessas bea-tificações. Reciprocamente, nos acendíamos o fogo da alegria.

Estava preocupado, na praça de São Pedro. Necessitava de um renova-do esforço para viver os momentos de intimidade com nossos 47 no-vos bem-aventurados. Neles, a Igreja reconhecia a santidade marista,o estilo evangélico dos que seguem os passos de Marcelino Champ-agnat, nosso modelo de vida. Invadia-me um sentimento de serenaufania que atingiu seu ápice, quando foi lida a famosa carta do Ir.Laurentino – “Agora”, diante de uns 50.000 peregrinos. E, agora, pare-ce-me estranho dizer “Bem-aventurado Bernardo, bem-aventuado Lu-rentino...” Vou continuar a chamá-los simplesmente de Bernardo, Lau-rentino, Virgílio: são meus irmãos, cuja fidelidade atingiu o amor ext-remo. Devolver-lhes-ei a auréola, em circunstâncias oficiais.

Fica-me uma preocupação: Como fazer para que a grande chama, acesapela beatificação, continue iluminando e acalentando nossa família ea cada um de nós?

UMA GRANDE CHAMA ACESA

Ir. Giovanni Maria BigottoPostulador

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Recepção e gratidão26 de outubro de 2007

Recepção de Autoridades edos Conselhos gerais daFamília marista. Agradeci-mento aos que tornarampossível a beatificação dosmártires maristas.

Ir. Luis García SobradoVigário geral

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A o cair da tarde, do dia 26 de outubro de 2007, o Ir. Superiorgeral, Seán Sammon, com a comunidade do Conselho geral,iniciou as celebrações da beatificação com uma oração da

tarde, seguida de janta, na Casa geral. O objetivo dessa recepção erao de oportunizar um momento apropriado para expressar o agradeci-mento do Irmão Superior geral e de seu Conselho e o dos Superioresdas províncias maristas da Europa; primeiramente, às autoridades ci-vis e religiosas da Espanha, pelo bom trabalho de preparação eacompanhamento da beatificação de nossos 47 irmãos mártires; se-gundo, aos dois irmãos postuladores, em Roma, Irmãos Gabriel An-dreucci e Giovanni Bigotto e ao Vice-postulador da Espanha, Ir. Ma-riano Santamaria. Esses três irmãos passaram muitas horas no tra-balho de coordenação e de investigação histórica e documental dascausas. Constitui um trabalho silencioso e exigente que é preciso re-conhecer, em oportunidade como esta. As autoridades religiosas estiveram representadas por Monsenhor GilHellin, arcebispo de Burgos, e as civis, pelo Sr. Francisco Vázquez, Em-baixador da Espanha, junto à Santa Sé. Os Irmãos provinciais das pro-víncias maristas da Espanha representaram toda a Espanha marista: Ir-mãos Manuel Jorques, Primitivo Mendoza, Samuel Hollín e Xavi Barceló.

Ir. Luis García Sobradorecepção e gratidão

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Participaram também da oração e do encontroos Conselhos Gerais dos quatro ramos maristas,expressando com esse gesto sua alegria, peloreconhecimento da santidade da vida marista.Reunidos no espaço superior da escada princi-pal, frente ao escritório do Ir. Superior geral,da capela dos Superiores e da sala do Consel-ho, procedeu-se à proclamação do nome dosnovos bem-aventurados, com a oportuna inter-calação do canto do magníficat. O canto da‘Salve Regina’ encerrou a oração. No local, forafeito um arranjo com raízes secas, entre asquais despontavam coloridas flores e um feixede espigas de trigo. Em torno, em quatro lín-guas, a frase: “Deus sabe tirar o bem do mal”.Em seguida, foi servida a janta a todos osconvidados, no refeitório da “Vila EUR”, ondeos comensais puderam escutar as histórias do

Ir. Francisco Peruchena. Com muita vitalidade,para seus 91 anos, e com riqueza de detalhes,foi lembrando os irmãos companheiros de pri-são, que viveram seus últimos momentos, as-sim como haviam vivido a vida: em comunida-de e cheios de um generoso espírito de serviçoe de bondade.

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RECEPÇÃO E GRATIDÃO

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O período das beatificações foi um au-têntico tempo de graça. O martírio de

nossos irmãos fez-me sentir visivelmente apresença de Deus, e a internacionalidade doInstituto. Cantar e celebrar com mil pessoasvindas dos cinco continentes e reunidas nosantuário de Nossa Senhora do Divino Amor,estar presente na praça de São Pedro aba-rrotada de quase 50 mil fiéis, fazendo-mesentir invisível, mas realmente unido a to-

dos aqueles que estavam apinhados naquela ensolarada manhã romana,tudo isso foi uma grande experiência de fé e de comunidade.

Por outro lado, e especialmente para nós que vivemos na Casa geral,penso que devemos reconhecer que estes dias foram de autêntica e santa«loucura». A Casa era simplesmente uma festa: os cartazes com as ima-gens dos irmãos mártires e que pendiam da sua fachada, as bandeirasque tremulavam na entrada do primeiro andar, o corredor dos superioresgerais que abrigava a exposição sobre a vida e obra de cada um dos ir-mãos mártires, a sala Champagnat com as relíquias de Marcelino, a cape-la com o símbolo das lâmpadas, as sementes e a cruz... além, claro, detodos nós, leigos e irmãos.

Toda a comunidade da Casa se dispôs a ser anfitriã, o que proporcionouum estreitamento de nossa união e uma exaltação de nosso carinho co-munitário, fazendo-nos trabalhar com um só coração e um só espírito. Is-to ficou mais claro na hora de organizar as sacolinhas dos souvenirs, comas sementes de trigo, ou no transporte das folhas de palma para a cele-bração no santuário de Nossa Senhora do Divino Amor, quando tive queescolher entre terminar a montagem da exposição ou me transformar emcicerone dos grupos que chegavam. Penso que em tudo isso pude sentir oespírito de L’Hermitage, onde todos vibravam pela mesma causa. A ima-gem do trabalho com a participação de todos, ombro a ombro, no mesmoempreendimento, ficará para sempre gravada em nossas recordações.

A CASA ERA UMA FESTA

Ir. Carlos Alberto Rojas

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27 de outubro de 2007

Celebração maristana casa de Maria

Encontro dos irmãos edos peregrinos maristascom os familiares dos ir-mãos mártires. Santuárioda “madonna del divinoamore” - Roma.

Ir. Emili Turú, Rapresentante

do Conselho para a beatificação

de nossos mártires de Espanha

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Q uando em Janeiro de 2006, o Ir. Superior geral me propos decoordenar a Comissão que deveria preparar a programaçãomarista, em vista da futura Beatificação de nossos 47 ir-

mãos mártires, na Espanha, estava consciente de que entrava numterreno muito delicado, devido à sensibilidade social e política, naEspanha, mas, ao mesmo tempo, era um privilégio poder cooperar paraque a vida e o testemunho de nossos irmãos fossem colocados emevidência, para todo o Instituto.

Ir. Emili Turúcelebração marista na casa de Maria

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Hoje, passada a festa da beatifi-cação, estou convicto de que foium momento de graça para quemdela participou. Tenho certeza deque as pessoas da comunidade ma-rista que encontrei, não apenas, via-jaram a Roma, mas fizeram uma peregri-nação, no sentido mais profundo da pala-vra. Foi um itinerário espiritual que os aproxi-mou das fontes da fé, do Cristo em pessoa, equestionou-os sobre o sentido da própria vida.Por quem nossos irmãos foram capazes de dar avida, se não, por causa de Jesus e de seu Evan-

gelho? Afinal, o que tornou extraordinária a vi-da ordinária de nossos irmãos mártires?Creio que foi também um momento privilegiadode vivência familiar, uma ocasião extraordináriapara encontrar as famílias de nossos mártires, ejuntos, darmos graças a Deus por suas vidas,num profundo espírito de perdão e de reconci-liação. O olhar emocionado dos familiares, suaspalavras de agradecimento sincero, sua fé sim-ples... tudo isso constituiu o melhor presentedesses dias, além de ser a confirmação de quetodo o esforço feito, por tantas pessoas, emtorno dos preparativos, valeu a pena.

FORTE MOMENTO MARISTA

A Comissão iniciou seu trabalho, em fevereirode 2006 e, desde o primeiro momento, pensa-mos que, devido ao grande número de pessoasque seriam beatificadas, no mesmo dia, em Ro-ma, seria necessário prever alguma programa-ção que favorecesse o calor do encontro pes-soal, face ao que seria, presumivelmente, umacelebração com grande número de pessoas e,portanto, mais impessoal.A idéia de uma ‘celebração marista’ foi toman-do forma e, finalmente, tornou-se realidade,graças à colaboração de alguns irmãos da co-munidade da Administração geral que, cuidado-samente, prepararam e acompanharam essa ce-lebração.O lugar escolhido foi o Santuário da “Madonnadel Divino Amore”, venerada pelos fiéis da dio-

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cese de Roma, de 1740 a nossos dias. O novo santuário, extraordi-nária obra de arte, tinha a capacidade necessária para nosso en-contro e, por outra, unia-nos à tradição milenar da Igreja de Ro-ma. A celebração era, portanto, ‘marista’ porque a organizávamosnós, mas aconteceria ‘na casa de Maria’, e não em nossa própriacasa, como para ressaltar que nossos irmãos mártires já não nos

pertencem; constituem parte do patrimônio daIgreja universal.

A GRAÇA DO ENCONTRO

A celebração começou com as boas-vindas da-das pelo Irmão Luis García Sobrado, Vigáriogeral, e pela apresentação dos grupos maissignificativos dos presentes. O canto da SalveRegina, em latim, criou comunhão da Assem-bléia com a tradição marista e com a devoçãopopular de nossos povos.Em seguida, o abraço da paz, gesto simples efraterno, expressou e concretizou a comunhão,

entre as mil pessoas ali reunidas - representando os distintos paí-ses do mundo, com presença marista - e a importante delegaçãode familiares de nossos mártires.

SEMENTES DE VIDA

A celebração foi um convite a entrar no coração de nossos irmãos,autênticas ‘sementes de vida’; um convite a descobrir o que animavasuas vidas, o que fê-los crer e esperar. Quatro símbolos, levados pro-cessionalmente até o altar, representavam o fogo, a paixão que mora-va em seus corações:

– o círio pascal (“Vós sois aluz do mundo”);

– a palavra de Deus (“Bem-aventurados os que ou-vem a palavra de Deus e aguardam”);

– espigas de trigo (“Se ogrão de trigo, não cair naterra e não morrer, nãoproduz fruto; mas se mor-

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Ir. Emili Turúcelebração marista na casa de Maria

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rer, produz muito fruto”);

– um pão (“Eu sou o pão da vida”).

A proclamação do evangelho das bem-aventuran-ças desenhou-nos o perfil dos santos de Deus:“Bem-aventurados os pobres de espírito, os quechoram, os mansos, os que têm fome e sede dejustiça, os misericordiosos, os limpos de coração,os pacíficos... Bem-aventurados os que sofremperseguição por causa da justiça, porque deles éo Reino do céus!”“O dom da vida” é o título, escolhido pelo IrmãoSuperior geral, para as palavras que dirigiu à as-sembléia, e que podemos encontrar integralmen-te, em outra parte desta revista.

CAMINHAI CONOSCO

Um dos momentos mais emocionantes da cele-bração foi, após as palavras do Irmão Seán, aentrada de 47 pessoas, por três corredores dife-rentes, carregando em suas mãos grandes ramosde palmeira, significando as vidas de nossos 47irmãos. Um dos irmãos, que participara da pro-

cissão, dizia-me, depois, muito emocionado: “Aquem estava eu representando, hoje?”Durante essa cerimônia, a assembléia cantou aladainha dos 47 mártires, com inspirada me-lodia do Ir. Toni Torrelles: “caminhai conos-co”, era o refrão que repetíamos, a cada oitonomes.

NOSSO PAI NOS ESCUTA

Quando já estavam as palmas erguidas e distri-buídas, por todo o grande presbitério do San-tuário, os familiares mais próximos de nossosirmãos mártires foram convidados a vir à fren-te, para presidirem a parte final da celebração.Lágrimas de emoção; a recordação inesquecí-vel, para alguns dos presentes, daquele irmãomarista que visitava a família e tinha palavrasde carinho para todos...

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Sim, decididos, deram a vida, sem nada temer, com coragem.Cantando sua alegria, sempre féis a Deus.

Este era o estribilho que a assem-bléia repetia, após cada um dos pe-didos formulados, sucessivamente,em espanhol, inglês, francês, portu-guês e italiano, abarcando, em nossa

celebração, as necessidades do mundo e da Igreja.E finalmente, todos unimos nossas vozes, em comum oração:

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Ir. Emili Turúcelebração marista na casa de Maria

Senhor Deus, Tu és o Pai que faz nascer o sol, sobre bons e maus, e fazes chover, sobre justos e injustos.Dá-nos um coração compassivo,um espírito que eduque na tolerância,um sentido profundo de fraternidade,que abrace todos os homens:os que pensam como nós,os que pensam diferente,os que te invocam como nósos que têm, em seus lábios,orações diferentes, ou mesmo nenhuma.

Mas, que, com todo o respeito, saibamos ser testemunhas tuas,do amor que nos ofereces, em teu Filho Jesus;que possamos anunciar-te a todos como o Senhor da história.Pai, faz-nos teus e faz-nos irmãos,unidos a ti e unidos aos homens e mulheresque vivem conosco a mesma aventura humana.Dá a força e o sorriso do teu Espíritoaos que chamas para serem testemunhas tuas,até o martírio.Sejam eles cristãos ou não!

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OBRIGADO, MÃE!Todas as celebrações que se realizam, no San-tuário do “Divino Amore”, sempre terminampedindo a bênção de Maria, a quem os romanoschamam, carinhosamente, de “Madonnina”.Também nossa celebração ‘marista’ assim o fez,cantando:

“Boa Mãe, eu vejo em ti a ideal mulher, cheia de Deus.Boa Mãe, com tua fé, viveste até na solidãoOlha teus filhos como vão buscando a luz!Vê quantas dores e aflição! Dá-nos fua fé:acolhe-nos!”

Duas horas haviam passado, quando nos despe-dimos, embora todos tivessem a impressão deque o tempo passara muito rápidamente. Na ca-sa da Maria, nos encontráramos como velhosamigos; rezáramos juntos e nos tínhamos emo-cionado com a recordação carinhosa de nossosirmãos... Tínhamos sentido, claramente, oconvite a seguir seus passos: fidelidade, a todaprova, à missão recebida; amor a Jesus e a Ma-ria; perdão e reconciliação.

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N o dia 20 de setembro de 1936, um jovem chama-do Julio García Galarza foi preso e conduzido à

uma prisão, em Barcelona. O homem, natural de Bur-gos, uma província da Espanha, tinha então 27 anos. Naquele mesmodia, com ele, foram presos outros dois homens: Santiago María Sáiz,de 23 anos, e Félix León Ayúcar, de 24. Por mais terrível que fossepara eles a cadeia, provavelmente, nenhum dos três se imaginavaque, duas semanas mais tarde, estariam mortos.

Os 27 anos têm seu encanto, assim como 23 ou 24. Nessas idades, amaior parte da vida fica pela frente. Assim, com muito tempo paraviver, buscando interesse após interesse, procuramos um lugar aosol, neste mundo, e perguntamo-nos sobre o significado da fé, emmeio a tudo o que acontece. Todavia, não era o caso desses homens.Como jovens de sua idade, eles enfrentavam as alegrias e os pesares,que se vivem na década dos vinte. Mas, como eram, além de tudo,homens íntegros, experimentavam o dever de serem nobres. Não deum modo passivo, mas com a livre aceitação das conseqüências desuas convicções e ações. Jesus Cristo significava para eles mais doque a própria vida.

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HOMILIA

O dom da vida

Ir. Seán SammonSuperior Geral

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Entretanto, nãosejamos românti-cos com a ques-tão do martírio,por que o preçoque impõe é a vi-da, e ninguém denós está buscan-do a morte. Por

exemplo, Tomás Morus, lorde e chanceler da In-glaterra, nobre e santo, aprisionado na Torre deLondres, por haver-se negado a jurar pela su-premacia do rei sobre o Papa, como o exigiaHenrique VIII, tratou, por todos os meios le-gais possíveis, de resolver sua situação. Esgota-dos todos os caminhos legais, manteve-se firmee disposto a dar sua vida, pelos valores em queacreditava. Os mártires, quando se viam obriga-dos a escolher entre a defesa de sua fé e a vi-da, sempre consideravam esta de menos valor.Recordemos também que os homens, cuja vidae sacrifício estamos homenageando, neste fimde semana, eram pessoas simples e comuns, se-melhantes a nós. Assim, Santos Escudero erafilho de lavradores, e Juan de Mata procedia deuma família de moageiros. Santos ingressou noJuvenato, na idade de 12 anos, enquanto Juanera o que então se considerava uma vocaçãotardia, porque entrou no Noviciado de Les Avel-lanes, com 27 anos feitos.O mais jovem de nossos mártires foi Carlos Ra-fael Brengaret, com 19 anos. Sempre se distin-guira por seu otimismo e candura. O veteranodo grupo, Epifanio Suñer, tinha 62 anos. Esteteve, desde o princípio, o pressentimento deque algo fatal acabaria por acontecer a todosos que subiam ao barco Cabo San Agustín, na-quele 7 de outubro de l936. Era homem de re-conhecido valor como professor e ocupara pos-tos de responsabilidade, em várias comunidadese colégios. Por ocasião de sua morte, eraconselheiro provincial.Esses homens eram certamente simples e co-muns, mas acertaram por viverem de modo ex-traordinário. Conseguiram-no porque possuídosdo amor a Deus. Como seu Fundador, MarcelinoChampagnat, tinham conseguido compreender

que Jesus era o centro de toda vida bem orien-tada, e que a paixão por Ele e pela Boa-Novaeram as características essenciais do estilo devida que tinham escolhido.Assim como o pastor luterano Dietrich Bon-hoeffer - que, segundo muitos, morreu comoum mártir, na segunda guerra mundial - essesIrmãos nossos foram homens que sentiam aDeus de modo real e próximo. O Irmão Dióge-nes, Superior geral, na época, diria mais tarde:“Quando Deus lhes pediu a vida, deram-na complena consciência e com humildade”.Quando reli o relato das últimas horas vividaspelo mártir mais jovem, Carlos Rafael, não pudedeixar de pensar em Bonhoeffer, em seus mo-mentos finais. No dia 8 de abril de 1945, do-mingo, quando terminava um culto religioso, nacárcere em que estava preso, a porta da celaabriu-se repentinamente e entraram dois ho-mens à paisana. Disseram-lhe: “Prisioneiro Bon-hoeffer, venha conosco”! Para todos os que es-

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tavam aí, essas palavras tinham apenas um significado, a forca.Por isso, despediram-se dele; mas, antes de abandonar o lugar,Bonhoeffer tomou um dos presentes, à parte, e disse-lhe: “Isso pa-

rece ser o fim; mas, para mim, é o co-meço da vida”. Foi enforcado no diaseguinte.Carlos Rafael, o benjamim do grupo,ao ver que os que saíam do cárcere“San Elias” não voltavam, percebeu ofim que os aguardava, a ele e aos de-mais irmãos. Com esse pensamento,na mente, e com a inocência de seus19 anos, voltou-se para seu vizinho edisse: “Nós também vamos morrer co-mo mártires; assim iremos ao céu.Que felicidade!”Mas, qual é a lição que tiramos nós,hoje, da vida e da morte desses Ir-mãos? Temos a certeza de que já ocu-pam seu lugar, na Comunhão dos San-tos, e que fazem parte da grande listados mártires da Espanha, incluindo osIrmãos que morreram em Bugobe.Mas, o que nos ensinam com sua vidae com sua morte? Várias lições. A pri-meira: nossos irmãos eram educadorese professores, no sentido pleno da pa-lavra. Ensinavam com o exemplo desuas vidas. Seguindo nosso fundador,tinham se dedicado de todo o coraçãoa tornar Jesus Cristo conhecido eamado, entre crianças e jovens pob-res. Como todos os mártires, nossosirmãos levaram o Evangelho a sério.Em segundo lugar, através de sua vidae morte, ensinam-nos o valor da re-conciliação, já que, para ser mártires,precisavam primeiramente perdoar

àqueles que lhes tiravam a vida. Todas as guerrassão cruéis, e as guerras civis, mais do que nen-huma outra. Envolvem o pai contra o filho, amãe contra a filha, o irmão contra o irmão. Notempo pós-guerra, a tarefa da reconciliação podeser tão dolorosa quanto a própria revolução.

Em todas as nações, acontece que as feridas,deixadas por uma guerra, jamais curam por si.O perdão é o único remédio eficaz. Isso

No Santuário da “Madonna delDivino Amore” está todo o mundo:

países, línguas, idades diferentes…e, parece que,hoje, tudo isso não conta. A grande Família maristaestá aqui reunida para celebrar a entrega da vida de47 irmãos mártires. As palavras, os sons, acomoção e a alegria de estar aqui, faz sentir-nospróximos a essas testemunhas do amor. Com oabraço da paz, abrimos o coração à ternura queDeus tem para conosco e escutamos a história dessesirmãos que nos revelam uma grande fidelidade aDeus. As palavras, os símbolos, os cantosaproximam-nos desses irmãos e já não há tristeza,apenas alegria. O Irmão Superior geral relata-nos avida “normal” e extraordinária desses homens,recordando que sua força foi a proximidade comCristo. Observo os rostos dos rapazes que estãoaqui e peço a Deus que possam, verdadeiramente,entender que a vida é um presente a não serdesperdiçado. A semente de vida, hoje, colocada nocoração, é um convite à esperança: não devemos termedo, Maria nos conduz, em seus braços.

Francesco e Roberta Loreti

HOMILÍA H. Seán Sammon

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porque o perdão conduz à reparação e esta traza reconciliação; e a reconciliação faz florescernova vida. Se há uma coisa que devemos apren-der da vida e da morte desses homens, cujotestemunho hoje celebramos, é a lição do per-dão, da reparação e da reconciliação, em nos-sas próprias vidas.

Os mártires são perigosos

Não, por sua crença, porque também os demaistêm crenças. Sim, porque estão dispostos parapassar à ação, devido a suas crenças. Todos sa-biam muito bem que o Evangelho não significamuito, se não for visibilizado nas palavras eações daqueles que o consideram seu.Muitas vezes, falamos do século XX como deuma era de extraordinários progressos na ciên-cia e na tecnologia. Entretanto, visto no prismada história, também será preciso qualificá-locomo um período de grandes matanças, de ex-termínio de povos, em massa, apenas por seremo que eram ou acreditavam ser. Os irmãos quemorreram na Espanha, em 1934 e 1936, serãocontados entre aqueles que deram suas vidas,por algo maior do que a própria vida: JesusCristo Senhor nosso! Não podemos se não ad-mirá-los e, mais ainda, imitá-los.A vida é um dom precioso. Temos apenas uma,e compõe-se de um número limitado de anos. Avida nos é dada gratuitamente, para fazermosdela o quisermos; a duração de seus dias, po-

rém, não cabe a nós determiná-la. Alguns per-dem-na , prematuramente, por causa de um aci-dente ou de uma enfermidade mortal. Então, tu-do o que a vida prometia não é realizado.Outros vivem mais anos do que esperavem, emprincípio, e testemunham notáveis mudanças,inovações e progressos que se produzem na so-ciedade. Entretanto, em todas as gerações, hápoucos que conquistam a grandeza de entregarlivremente suas vidas. Por amarem a Deus maisdo que a própria vida, deixam, atrás de si, umaherança que ultrapassa os séculos. No dia 6 deoutubro de 1934, Plácido Fàbrega, mais conhe-cido como Irmão Bernardo, foi ocupar seu lugarentre os eleitos. Dois anos mais tarde, MarianoAlfonso Fuente, recordado como Irmão Laurenti-no, e outros 45 Irmãos fizeram o mesmo. Demosgraças a Deus pelas vidas e pelo testemunho detodos eles: Bernardo, Laurentino, Carlos Rafael,José Federico, Ramón Alberto, Juan Crisóstomo,Gabriel Eduardo, Santiago María, Félix León, Al-berto María, Ismael, Frumencio, Vulfrano, JoséCarmelo, Hermógenes, Victorino José, Vivencio,Santos, Gil Felipe, Dionisio Martín, Martiniano,Lino Fernando, Miguel Ireneo, Porfirio, IsaíasMaría, Ángel Andrés, Jaime Ramón, Juan de Ma-ta, Víctor Conrado, Fortunato Andrés, Santiago,Licarión, Gaudencio, Vito José, Virgilio, FelipeJosé, Antolín, Teódulo, Laureano Carlos, Prisci-liano, Baudilio, Leopoldo José, Salvio, Leónides,Anselmo, Bernabé, e Epifanio. Amém.Mensagem lida pelo Ir. Seán D. Sammon, super-ior dos irmãos maristas, durante a celebraçãomarista, realizada no Santuário Divino Amore,em Roma, nas vésperas da beatificação dosmártires maristas, que aconteceu ontem, no Va-ticano.

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CELEBRAÇÃO MARISTA NA CASA DE MARIA

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CELEBRAÇÃO MARISTA NA CASA DE MARIA

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O COLÉGIO LICEU CASTILHA, DE BURGOS, E SUA RELAÇÃO COM OS MÁRTIRES

D e manhã, bem cedo, saímos da residência dosirmãos, no dia 26 de outubro. «Na noite do 8

ao 9 de outubro de 1936, os 46 irmãos foram tiradosda prisão de San Elías, de Barcelona, e foram assassi-nados.» O ônibus nos esperava. Pouco a pouco for-mos nos reunindo com os irmãos e os familiares dosirmãos mártires e iniciamos a viagem para Roma. Umgrupo não pequeno de 16 irmãos, dentre os 47 no-vos beatos, nasceu em Castilha. Deixávamos paratrás muitos dias de preparação e de recordações.

«Era de noite.» A recordação fotográfica que recor-dava os 172 irmãos, os relatos dos irmãos mais ve-lhos, as diversas publicações, os sucessivos informa-tivos sobre o processo de beatificação, etc., tudo is-

so ficou para trás. O sol romano no dia 28 de outubro despontou inten-samente para dar lugar à luz e à verdade. É um dia de glória.

Viveu-se com muita alegria estas beatificações na comunidade marista eno colégio Liceu Castilha, de Burgos. Dentre os mártires beatificados,dois deles, os irmãos Laurentino e Virgilio, foram diretores deste centroeducacional, e outros quatro eram professores ali, os irmãos Angel An-drés, Anselmo, Ismael e Licarión. Para nós, irmãos e educadores do LiceuCastilha, esta beatificação, além de ser uma grande alegria, era tambémum compromisso por causa da herança recebida. Como eles, aos poucostornamos também realidade o nosso desejo de construir no dia-a-dia anossa existência a partir de nossa missão de educador marista, o quenão é nada fácil. É o que estamos fazendo desde 1891, data em que seiniciou a presença marista em Burgos.

Neste centro, impulsionados pelo irmão Laurentino, foram colocadas asbases para as publicações de alguns livros pedagógicos, que dariam ori-gem à Editora FTD. Os museus atuais recorrem àqueles meios didáticos,que sempre estiveram presentes na pedagogia marista. Trata-se de umaabundância de créditos recebidos, que devem converter-se em herançapara o futuro.

Ir. Jesús Corral Carranza

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Beatificação de47 Irmãos Maristas

Um acontecimento de graçaspara toda a Igreja. Praça deSão Pedro, Vaticano.

Ir. AMEstaún

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Ir. AMEstaúnbeatificação de 47 Irmãos Maristas

O domingo dia 28 de outubro de 2007 amanheceu luminosoe radiante em Roma e na Igreja espanhola, que tinha pe-regrinado até a Cidade Eterna para acompanhar 498 de

seus filhos, que seriam proclamados beatos. Os peregrinos madruga-ram para poderem se aproximar da praça de São Pedro. Desde as seishoras da manhã, milhares de peregrinos iam fazendo filas para espe-rar o momento em que as forças de segurança liberariam os acessos.Roma parecia uma cidade espanhola, pelo menos nas proximidadesdo Vaticano. Tudo estava disposto para a realização da cerimônia debeatificação dos 498 mártires do século 20 na Espanha, e, dentreeles, 47 irmãos maristas.

Um sereno ambiente de festa

Depois do normal controle de segurança, os acessos foram liberados eum rio de gente foi inundando a praça de São Pedro. Imediatamente fo-ram ocupadas as 35 mil cadeiras que tinham sido colocadas na praça pe-los funcionários do Vaticano, e que se mostraram insuficientes, por cau-sa da grande quantidade de gente. Estima-se que havia mais de 50 milpessoas. Os peregrinos vindos da Espanha traziam lenços de diversas co-res, e que identificavam os diferentes grupos. Em alguns momentos maissignificativos tremulavam bandeiras da Espanha, algumas delas represen-tando pequenos grupos, suas próprias regiões ou autonomias espanho-las. Apareceram também alguns cartazes enaltecendo os mártires. Todo

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este colorido deu um ambiente de festa solene etranqüila a uma celebração austera, vivida com sere-nidade e recolhimento. Foram colocadas em pontosestratégicos da praça de São Pedro quatro grandestelas que transmitiam a cerimônia e permitiram queesta fosse acompanhada por todos os presentes, emseus mínimos detalhes.A missa de beatificação dos mártires se revestiu docolorido da solenidade, isto graças à presença deuma legião de cardeais, de bispos, de sacerdotes, di-plomatas, representantes das congregações religio-sas e familiares dos mártires. Os concelebrantes po-diam ser vistos nos dois lados do altar (71 bisposespanhóis e 1,3 mil sacerdotes), além das delega-ções oficiais, os superiores gerais das congregaçõesreligiosas às quais pertencem os mártires e uma re-presentação dos familiares dos novos beatos. Em umlugar privilegiado acomodaram um grupo de peregri-nos, que vieram em cadeiras de rodas, acompanhan-do a cerimônia de um lugar muito próximo do altar.Quase todas as dioceses espanholas têm alguma re-lação com os mártires, seja por serem os locais denascimento deles ou de sua morte, ou ainda ondedesenvolveram seu trabalho pastoral. O mesmo suce-de com as congregações religiosas. Os agostinianoscom 98 mártires, os irmãos lassalistas com 58 e osirmãos maristas com 47 são aqueles que contamcom o maior número de mártires.

Missa das multidões

Como prólogo da cerimônia propriamente dita, fo-ram lidos alguns textos, selecionados dentre os di-

versos escritos dos mártires que deveriam ser beati-ficados alguns minutos mais tarde, seguidos de al-guns cantos. Um dos textos, que encheu de emoçãoos maristas, foi a leitura da carta escrita pelo IrmãoLaurentino, animando seus irmãos para que se man-tivessem firmes na fé e na vocação marista, dianteda dura prova que estava por cair sobre eles.

Às 10 horas em ponto, apareceu a cruz processio-nal, vinda da porta da basílica de São Pedro,guiando os bispos concelebrantes, presididos pe-lo cardeal português José Saraiva Martins, prefei-to da Congregação para a Causa dos Santos. En-quanto a procissão avançava até o altar, instala-do no alto das escadarias da basílica, as vozesdos presentes cantavam: «Somos na terra semen-tes de outro reino, somos testemunhas de amor.Paz para as guerras e luz para as sombras, Igrejaperegrina de Deus».

Rito de beatificação

A emoção chegou ao seu ápice quando começoua leitura nominal dos mártires que deveriam serbeatificados, solicitando ao Papa que os inscrevano Livro dos Beatos. O cardeal Antonio MaríaRouco Varela, a cuja arquidiocese de Madri per-tence o maior número destes mártires, acompa-nhado pelos bispos e pelos postuladores das cau-sas, aproximou-se do altar e disse:

«Eminência, junto aos arcebispos e bispos, emcujas dioceses se instruíram as 23 causas que

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agruparam os 498 mártires do século 20 na Espanha,pedimos humildemente a Sua Santidade Bento XVI quese digne inscrever no número dos beatos estes venerá-veis servos de Deus.»Em seguida, os bispos enumeraram as causas de beati-ficação pertencentes às suas respectivas dioceses. Oarcebispo de Barcelona nomeou «Laurentino (MarianoAlfonso Fuente), Virgilio (Trifón Lacunza Unzu) e 44companheiros, irmãos maristas». O arcebispo de Bur-gos nomeou «Bernardo (Plácido Fàbrega Julià), irmãomarista».

O cardeal Antonio María Rouco Varela concluiu a solici-tação deste modo:

«Como características comuns destesnovos mártires podemos destacar asseguintes: foram homens e mulheresde fé e de oração, particularmentecentralizados na Eucaristia e na devo-ção à Santíssima Virgem. Por isso, en-quanto lhes foi possível, inclusive nocativeiro, participavam da Santa Missa,comungavam e invocavam Maria com aoração do terço. Eram apóstolos e fo-ram valentes quando tiveram queconfessar sua condição de fiéis cren-tes, disponíveis em confortar e susten-tar seus companheiros de prisão. Re-chaçaram as propostas que significavam menosprezar ou renunciarsua identidade cristã, foram fortes quando eram maltratados e tortu-rados, perdoaram seus algozes e rezaram por eles, e, na hora do sacri-fício, mostraram serenidade e profunda paz, louvando a Deus e pro-clamando o Cristo como único Senhor.»

Leitura da Carta Apostólica

O cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para a Causados Santos, fez a leitura da Carta Apostólica:

«Por mandato do Sumo Pontífice Bento XVI, damos agora à leitura otexto da Carta Apostólica, na qual Sua Santidade inscreve no Livrodos Beatos os veneráveis servos de Deus que deram a vida em defesade sua fé.Nós, acolhendo o desejo de nossos irmãos Lluís Martínez Sistach, ar-cebispo de Barcelona, Francisco Gil Hellín, arcebispo de Burgos... e

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beatificação de 47 Irmãos Maristas

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em virtude de nossa autoridade apostólica, ou-torgamos a faculdade, a saber, que os venerá-veis servos de Deus: ... Bernardo Fàbrega Julià,religioso professo do Instituto dos Irmãos Ma-ristas das Escolas,... Laurentino Alonso Fuente,Virgilio Lacunza Urzu e 44 companheiros do In-stituto dos Irmãos Maristas das Escolas... quena Espanha, durante o século 20, derramaramseu sangue para dar testemunho do Evangelhode Jesus Cristo, daqui em diante serão chama-dos com o nome de beatos e sua festa pode sercelebrada anualmente no dia 6 de novembro,nos lugares e modos estabe-lecidos pelo direito.Em nome do Pai, do Filho edo Espírito Santo. Amém.»

Neste momento, no balcãoda fachada principal da ba-sílica, se descobriu umagrande tapeçaria com a in-scrição «Beatificação dosmártires da Espanha. Ro-ma 2007. 1934-36-37»,sobre os rostos sombrea-dos dos 498 mártires. Aomesmo tempo o coro en-

toava um canto de aclamação:«Christus vincit, christus regnat,Christus, Christus, imperat». A praçade São Pedro, em pé, aclamou abeatificação dos mártires com umforte aplauso que saía da alma dasmilhares de pessoas que tiveram oprivilégio de viver, pessoalmente e di-retamente, este acontecimento. O can-to do Glória concluiu esta primeira par-te da cerimônia

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HOMILÍA

Derramaram o próprio sangue

pela fé

Cardeal José Saraiva Martins

Eminentíssimos senhores cardeais Excelentíssimos senhores bispos e irmãos no sacerdócio Respeitáveis autoridades Irmãs e irmãos em Cristo

1. Sob o mandato do Papa Bento XVI recebi a honrosa tarefa de tor-nar público o documento mediante o qual o Santo Padre proclamabeatos quatrocentos e noventa e oito mártires que derramaram opróprio sangue pela fé, durante a perseguição religiosa na Espanhanos anos 1934-36-37. Entre eles encontram-se bispos, sacerdotes, re-ligiosos, religiosas e fiéis leigos, mulheres e homens; três deles ti-nham dezasseis anos e o mais velho, setenta e oito. Este grupo tão numeroso de beatos manifestou até o martírio o seuamor a Jesus Cristo, a sua fidelidade à Igreja católica e a sua inter-cessão junto a Deus por todo o mundo. Antes de morrer perdoaramaqueles que os perseguiram até rezaram por eles como se deduz dosprocessos de beatificação instruídos nas arquidioceses de Barcelona,Burgos, Madrid, Mérida-Badajoz, Oviedo, Sevilha e Toledo; e nas dio-ceses de Albacete, Ciudad Real, Cuenca, Gerona, Jaén, Málaga e San-tander. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica: “...o martírio é o tes-temunho supremo prestado à verdade da fé” (n. 2473). De facto, se-guir Jesus significa segui-lo também na dor e aceitar as persegui-ções por amor do Evangelho (cf. Mt 24, 9-14; Mc 13, 9-13; Lc 21,12-19): “sereis odiados por todos por causa do Meu nome” (Mc 13,13; cf. Jo 15, 21). Cristo disse-nos que a nossa tarefa está ligada aoseu destino.

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2. O logotipo desta beatificação, que tem umrelevo histórico pelo número deveras ingentedos beatos, tem como elemento central umacruz de cor vermelha, símbolo do amor impul-sionado até ao derramamento de sangue porCristo. Ao lado da cruz tem uma palma estiliza-da que intencionalmente assemelha a línguas defogo nas quais é possível ver representada a vi-tória alcançada pelos mártires, que com a pró-pria fé venceram o mundo (cf. 1 Jo 1, 4); elasrepresentam ainda o fogo do Espírito Santo quedesceu sobre os apóstolos no dia de Pentecos-tes, e também a sarça ardente que não seconsome (cf. x 3, 1-6), através da qual Deus semanifestou a Moisés no trecho do êxodo, comoexpressão do seu próprio Ser: é o Amor que sedoa e nunca se extingue. Estes símbolos estão emoldurados por uma ins-crição circular, que recorda o mapa-múndi; naqual se lê: “Beatificações mártires da Espa-nha”. A escrita diz “mártires da Espanha” e não“mártires espanhóis”, porque a Espanha é o lu-gar onde foram martirizados, além de ser a pá-tria da maioria deles, embora, na verdade, al-guns provenham de outros Estados, como aFrança, o México e Cuba. Em todo o caso, osmártires não são património exclusivo de umadiocese ou de uma nação, mas ao contrário, pe-la sua especial participação na Cruz de Cristo,Redentor do universo, pertencem ao mundo in-teiro, à Igreja universal. Para esta beatificação foi escolhido como lemao trecho do Evangelho de São Mateus: “Vóssois a luz do mundo” (5, 14). Como afirma oConcílio Vaticano II no início da sua constitui-ção dogmática sobre a Igreja, Cristo é a luz dospovos; esta luz no decorrer dos séculos reflecte-se no rosto da Igreja e hoje, de modo particular,resplandece nos mártires, cuja memória esta-mos celebrando. Jesus Cristo é a luz do mundo(Jo 1, 5-9) que ilumina as nossas inteligênciasa fim de que, ao conhecer a verdade, vivamossegundo a dignidade humana, a de filhos deDeus. Assim também nós, transformados em luzdo mundo, iluminamos todos os homens com otestemunho de uma vida vivida em plena coe-rência com a fé que professamos.

3. “Combati o bom combate, terminei a minhacarreira e guardei a fé” (2 Tm 4, 7). Escreve SãoPaulo, no fim da sua vida, no texto da segundaleitura deste domingo. Estes mártires, com aprópria morte, concretizaram as convicções deSão Paulo. Os mártires não alcançaram a glória só por si.O seu sangue, que impregnou a terra, foi fontede fecundidade e abundância de frutos. Assim omanifestava, convidando-nos a conservar a me-

mória dos mártires, Sua Santidade João PauloII que num dos seus discursos afirmava: “Se seperdesse a memória dos cristãos que sacrifica-ram a vida para afirmar a sua fé, o tempo pre-sente, com os seus projectos e os seus ideais,perderia uma componente preciosa, porque osgrande valores humanos e religiosos já não se-riam confortados por um testemunho concreto,inserido na história” (Discurso às PontifíciasAcademias, 7 de Novembro de 2003). Não podemos satisfazer-nos somente em cele-brar a memória dos mártires, admirar o seuexemplo e ir para frente na nossa vida, in-cansavelmente. Qual é a mensagem que trans-mitem os mártires a cada um de nós aquipresentes?

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Vivemos numa época em que os cristãos estão ameaçados na pró-pria identidade: e isto quer dizer que eles ou são “mártires”, istoé, aderem à fé baptismal de modo coerente, ou adaptam-se.

A vida cristã é confissão pessoal quo-tidiana da fé no Filho de Deus feitohomem, que pode requerer também osangue. A fé paga com a vida, mesmose for por uma só pessoa, tem o efei-to de consolidar a da Igreja inteira.Então propor o exemplo dos mártiressignifica recordar que a santidade nãoconsiste na reafirmação de valores co-muns a todos mas na adesão pessoal aCristo, salvador do cosmos e da histó-ria. O martírio é paradigma desta ver-dade desde o Pentecostes. A confissão pessoal da fé faz-nos daroutro passo: permite-nos descobrirum forte vínculo entre a consciência eo martírio. “O sentido mais profundo do teste-munho de todos os mártires segundoo que escrevia o cardeal Ratzingerconsiste no facto de que eles atestama capacidade de verdade do homem co-mo limite de todos os poderes e garan-tia da sua semelhança divina. É exa-tamente neste sentido que os mártiressão as grandes testemunhas da cons-ciência, da capacidade concedida aohomem de perceber, além do poder,também o dever e, portanto, de abrir ocaminho ao verdadeiro progresso, àautêntica ascensão” (J. Ratzinger, Elo-gio della coscienza, Roma, Il Sabato16 marzo 1991, pág. 89).

4. Os mártires que hoje são inscritosno álbum dos beatos comportaram-secomo bons cristãos e, chegado o mo-mento, não tiveram dúvidas em ofe-recer a própria vida bradando: “VivaCristo Rei!”. Aos homens e às mulhe-res de hoje dizem em voz alta que to-dos somos chamados à santidade, to-dos, sem excepção, como declarousolenemente o Concílio Vaticano II,

HOMILÍA Cardeal José Saraiva Martins

O dia 28 de outubro de 2007 foimuito especial pela beatificação dos

mártires, que com sua vida e sua morte deram glóriaa Deus, e converteram-se em símbolos de amor,perdão e paz. Como testemunho pessoal devo afirmarque o impacto do conjunto dos atos programadosfoi maravilhoso. A celebração do sábado, emcontexto marista, talvez foi o mais profundo paramim, pela preparação, pela festa, pelo conteúdo epela emoção. No domingo, o impacto veio daimensidão: a solenidade, a diversidade de pessoas acompartilhar a mesma celebração. O idealismo e umgrande entusiasmo tomou conta de mim; foi precisopartilhar com as pessoas ao meu redor, estivessempróximas ou, menos próximas.Sou e somos herdeiros da fé e do amor dos mártires.Eles lançam, às gerações de hoje, o desafio de seremluz para o mundo. A cerimônia da beatificação foipara mim um chamamento para ser testemunha doamor de Deus.“Vosaltres sou la llum del món”

Lluís Garrofé

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no seu documento mais importante, a consti-tuição dogmática sobre a Igreja Lumen gen-tium, no capítulo V, com o título “Vocaçãouniversal à santidade na Igreja”. Deus noscriou e redimiu para sermos santos! Não pode-mos contentar-nos com um cristianismo vividosem calor. A vida cristã não pode ser reduzida simples-mente a alguns actos individuais e isolados depiedade mas, ao contrário, deve envolver cadainstante dos nossos dias sobre esta terra. Je-sus Cristo deve estar presente no cumprimentofiel dos nossos deveres de vida diária, entrela-çados de pormenores aparentemente pequenose sem relevância, mas que adquirem realce egrandeza sobrenatural quando são feitos poramor de Deus. Os mártires alcançaram o cimoda heroicidade através da batalha com que de-ram a vida por Cristo. A heroicidade à qualDeus nos chama é divisada nos múltiploscontrastes da nossa vida quotidiana. Devemosestar persuadidos de que a nossa santidade is-to é, a santidade para a qual Deus nos chama,sem dúvida consiste em alcançar o que JoãoPaulo II definiu o “nível alto da vida cristã or-dinária” (Novo millennio ineunte, 31).A mensagem dos mártires é de fé e amor. De-vemos submeter-nos a um corajoso exame deconsciência e programar propósitos, para que

esta fé e este amor se manifestem heroica-mente na nossa vida. Heroicidade da fé e do amor no nosso agir depessoas inseridas na história, como o fermen-to que dá a justa levedação. A fé, diz-nos Bento XVI, contribui para purifi-car a razão, pois ajuda a entender a verdade(cf. Deus caritas est, 28-29). Portanto, sercristãos coerentes impõe que não nos iniba-mos diante do dever, que demos o nossocontributo para o bem comum e modelemos asociedade sempre de acordo com a justiça, de-fendendo num diálogo forjado pela caridade asnossas convicções sobre a dignidade da pes-soa, sobre a vida, desde a concepção até àmorte natural, sobre a família fundada na uni-ão matrimonial única e indissolúvel entre umhomem e uma mulher, sobre o direito e deverprimário dos pais à educação dos filhos e so-bre outras questões que nascem da experiênciaquotidiana da sociedade na qual vivemos.

Concluamos, unidos ao Santo Padre Bento XVI eà Igreja universal, que se encontra nos cincocontinentes, invocando a intercessão dos már-tires hoje beatificados e dirigindo-nos comconfiança a Nossa Senhora, Rainha dos márti-res, para que, inflamados por um vivo desejode santidade sigamos o seu exemplo.

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Oração dos fiéisDentre as pessoas que participaram da oração dos fiéis, deve ser des-tacado o Ir. Manuel Vázquez Filgueiras, responsável pelo colégiointerno marista de Santa María, de Ourense, na Espanha, que fez a

leitura de seu pedido em galego: «Porlos xoves, a quen Cristo chama hoxepara que lle sigan como apóstolos dotercio milenio e portadores de esperan-za: para que o exemplo e a prexomida-de dos novos mártires, tan novos moi-tos deles, alente a súa resposta voca-cional no sacerdocio, a vida consagradae o matrimonio, indisolubre y fecundo.Dominum oremus. Adeveniat regnuntuum». Outros pedidos foram feitos emitaliano, francês, catalão e euskera.

A celebração se concluiu com o cantodo hino aos mártires, «Sementes depaz», composto pelo sacerdote JoséLuis Moreno, com música do claretianoLuis Elizalde, que foi interpretado pelocoro da catedral da Almudena.

«Sementes de paz, mártires de Cristo,sinais de amor, valentes testemunhas,tocha de fé em nosso caminho.»

Delegações oficiais

A delegação do governo espanhol foipresidida pelo ministro do Exterior, Mi-guel Angel Moratinos, que esteveacompanhado pelo embaixador daEspanha junto à Santa Sé, FranciscoVázques, do subsecretário para o Exte-rior, Luis Calvo, e da diretora geral paraassuntos religiosos, Mercedes Rico Go-doy. Também participaram os represen-tantes de sete comunidades autônomase de numerosos municípios. O Parla-mento esteve representado pelo depu-

tado socialista, Juan Andrés Torres Mora, sobrinho-neto de um dosmártires, além de oito parlamentares do Partido Popular. Mas, semdúvidas, a mais alta representação foi a presença dos familiares, al-guns muito próximos, dos 498 mártires.

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beatificação de 47 Irmãos Maristas

Tive que esperar anos paraler a pequena biografia,

incluída na ‘positio’, sobre meu tio avô, o bem-aventurado Ir. Víctor Conrado. Apresenta-me umapessoa simples, autodidata, filho bom de um ferreiro,atenciosa para com os pobres e de solidariedadereconhecida pelos irmãos. Orgulha-me escrevê-lo eemociona-me narrá-lo. De alguma forma, sinto-mefruto de sua semente. A festa pascal, no santuário da‘Madonna del divino Amore’, uniu-nos como Família Marista martirial.Essa celebração já viera precedida por pequenascelebrações, em minha comunidade de Sants, emBarcelona, treinando com meus irmãos a ladainha denossos mártires. Perduram em minha memória comoum desafio. Não me é fácil recordar e pedir, atravésde tantos nomes de testemunhas fiéis e decididas, quecontinuem a caminhar conosco, sem emocionar-me.A partir dessa festa, permanecem algumas mensagenspara desenvolver e aproveitar: são as fotografiasdesses dias e encontros, a homenagem visual, verbal e musical que se pôde contemplar na sala capitular, as impressionantes palmas martiriais, vivas,esperançosas, o rosto iluminado de irmãos e leigos e de familiares diretos. Muito obrigado!

Ir. Toni Torrelles

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DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE AS BEATIFICAÇÕESSegundo informações da sala de imprensa71 bispos espanhóis.1,3 mil sacerdotes concelebrantes.2,5 mil familiares dos mártires.50 mil peregrinos na missa de beatificação.Mais de 30 mil peregrinos se deslocaram desde a Espanha em viagens organizadas (1,5 mil da Família marista).Mais de 150 jornalistas acreditados junto ao Vaticano para a cobertura do evento.O Centro Televisivo Vaticano forneceu as imagens da cerimônia da beatificação à TVE, Popular TV e Intereconomía T, que retransmitiram as imagens diretas.Quase 80 mil consultas foram registradas no site da internet especialmente instituído para fornecer informações sobre as beatificações pela Conferência episcopal espanhola, a metade delas somente nos dias 27 e 28 de outubro.A notícia mais acessada, dentre todas aquelas publicadas no site www.champagnat.org, foi aquela que dizia respeito ao anúncio da beatificação dos 47 irmãos mártires, registrando mais de 1,5 mil consultas.

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CANTO

Todos unidos, formando um só corpo, um povo que na Páscoa nasceu.Membros de Cristo, no sangue redimidos, Igreja peregrina de Deus.Todos nascidos em um só batismo, unidos na mesma comunhão.Todos vivendo em uma mesma casa, Igreja peregrina de Deus.

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BEATIFICAÇÃO DE 47 IRMÃOS MARISTAS

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BEATIFICAÇÃO DE 47 IRMÃOS MARISTAS

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V iver a celebração da beatificação denossos irmãos mártires, em Roma, co-

mo membro de uma comunidade que, emtorno desse acontecimento, se animou e sedevotou, com convicção, dedicação e umamultidão de gestos de fraternidade, foi pa-ra mim uma experiência da graça, tipica-mente marista, e uma maravilhosa oportu-nidade para redescobrir a espiritualidade eo sentido do martírio, como dimensão davida cristã.

Como uma pincelada a mais, no imensocenário em que se converteu nossa Casageral, nesses dias, minha contribuição

consistiu na edição digital do vídeo Martyria 3436. Encorajadopor meu conhecimento dos programas de edição digital mais doque por meus dotes artísticos e expressivos, pus mão à obra.Deus teve piedade de meus limites (!) e colocou em minhasmãos o excelente roteiro escrito pelo Ir. Toni Torrelles e unstantos discos com música selecionada por ele mesmo. Na etapada elaboração, deixei-me comover pela música e, sobretudo, pelaprimeira palavra que ressoaria no produto final: Alegria! Estapalavra e o rosto dos irmãos mártires deram-me outraperspectiva do martírio; aquela de seu coração, aquela de umpunhado de vidas simples, com virtudes e asperezas, masalegremente apaixonadas por Jesus Cristo. Tudo isso convidou-me para celebrar mais a alegria de suas vidas entregues econsumidas, do que a tragédia de sua morte. Creio que isso vema ser um presente a mais, para viver intensamente este Ano daespiritualidade marista, a partir da alegria que brota da paixãopor Jesus Cristo e sua Palavra.

MARTYRIA 3436

Ir. Marcelo C.F. De Brito

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Oração do Angeluscom o Papa

Domingo 28 de outubro de 2007

Saudação do Papa aos pe-regrinos. Praça de SãoPedro - Vaticano.

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A s doze horas em ponto, Bento XVI apareceu najanela de seu quarto, rezou o Ângelus e aben-çoou a multidão que o esperava, na praça, logo

após a missa da beatificação.Nas palavras que Bento XVI dirigiu aos peregrinos,saudou afetuosamente a todos quantos participaram dacerimônia da beatificação dos mártires e, particular-mente, aos peregrinos espanhóis. Em seguida, o Papapronunciou umas palavras de gratidão a Deus “pelogrande dom dessas testemunhas heróicas da fé que, movidas exclusiva-mente por seu amor a Cristo, pagaram com seu sangue a fidelidade a Ele

e à sua Igreja. Com seu testemunho ilu-minam nosso caminho espiritual à san-tidade, animam-nos a entregar nossasvidas como oferta de amor a Deus e aosirmãos. Ao mesmo tempo, com suas pa-lavras e atitudes de perdão aos perse-guidores, nos estimulam a trabalhar in-cansávelmente pela misericórdia, pelareconciliação e a convivência pacífica”.Interrompido pelos aplausos da multi-dão, o Papa fez um convite “a fortalecera comunhão eclesial; a ser testemunhasfiéis do Evangelho, no mundo, experi-mentando a alegria de ser membros vi-vos da Igreja”. E concluiu pedindo aosnovos bem-aventurados, “por interces-são da Virgem Maria, Rainha dos márti-res, que intercedam pela Igreja, naEspanha e no mundo; para que a fecun-didade de seu martírio produza abun-dantes frutos de vida cristã nos fiéis enas famílias; para que seu sangue derra-mado seja semente de santas e numero-sas vocações sacerdotais, religiosas emissionárias”.

Oração do Angelus com o Papa

Fiquei muito impressionadopela atenção, pelo carinho e

pelo espírito fraterno com que os irmãos da comunidadede Roma acolheram os visitantes, provenientes dos maisdiversos países. A ambientação da casa irradiava umclima religioso de alegria, identificando, pelos maisvariados símbolos, os mártires maristas de todos ostempos, realizando na fé, com reconhecimento eprofundo orgulho a santidade proposta pelo nossofundador, que se faz nosso irmão. Fiquei impressionadopela criatividade, pelo bom gosto, pelo senso estético,pela riqueza de detalhes e todo o relacionado com afesta de beatificação dos irmãos mártires, traduzindo-seem uma vibrante catequese. Os visitantes eram acolhidose acompanhados ao longo de uma exposição, onde senarrava os fatos mais importantes da vida dos irmãos,a fim de tornar mais compreensíveis suas vidas, suacoragem apostólica e seu heroísmo na hora de optarentre a vida e a fé. A disponibilidade dos irmãos dacomunidade também se fez sentir como um testemunhode vida, fazendo com que os visitantes experimentassema fraternidade e revivessem tudo aquilo que tinhamvivido em suas infâncias, junto aos irmãos.

Ir. Waldomiro BettoniProv. do Rio Grande do Sul, BR

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A preparação foi longa e minuciosa.A programação foi cuidada em

seus mínimos detalhes. Os dias que aprecederam transcorreram em meio ainúmeras atividades e preocupações.Mas a festa de «nossos irmãos márti-res» merecia tudo isso. Mereciam tam-bém especialmente as centenas de pes-soas que eram esperadas para o aconte-cimento.

Quando são desmontados os enfeites, os símbolos e a exposição, tudovolta ao seu lugar, na realidade quotidiana, sem que fique a sensaçãode vazio, a «ressaca da festa», mas permanecendo uma serena satisfa-ção em todos. Seja porque o saldo da festa foi muito positivo, sejatambém porque as ressonâncias e comentários são satisfatórios e har-moniosos, deixando o sabor agradável daqueles dias que se pode conti-nuar a viver, que se deseja repetir.

Eu guardei uma série de expressões genéricas, que não têm nada a vercom cumprimentos vazios e sem sentido, ou feitos sem sentimento. Aexpressão e a intensidade daqueles que se manifestaram não deixamdúvidas sobre seus desejos e intenções. Eles assim se manifestaram:

«Vocês prepararam um bom itinerário, pleno de conteúdo catequético.»

«Vocês prepararam o percurso pela casa com muito gosto e detalhes so-bre a vida marista.»

«Tudo em Roma foi uma experiência inesquecível, mas gostei muito doque foi programado na Casa geral.»

O ECO DOS PEREGRINOS TRAVOU PELA GUIA DA VISITA

Ir. Juan Moral Barrio

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T esto da inserire qui

H. Xxxxxxxxxxx

54 • FMS Mensagem 37

Outra pessoa acrescentava com tons de agradecimento: «Fico con-tente de ter vindo visitar a Casa geral, no final do programa daviagem a Roma. Foi a coroação de todos estes dias plenos deemoções.»

Saliento três testemunhos de familiares dos mártires. Por se tratarde pessoas idosas, familiares que se sentem protagonistas da festa,são, sem dúvidas, manifestações mais emotivas.

Ao percorrer a exposição temática no «corredor dos superiores», pu-demos nos deter em cada um dos grupos que manifestavam recorda-ções especiais e fatos emocionantes. Pudemos cantar com um grupoo «Te acuerdas Madre», obra musical do mártir beato Irmão Santia-go, diante da estátua de mármore branco da Virgem de Fátima, sen-tindo a emoção de quem considera a obra como sua, porque é de al-guém da família, alguém que se honra especialmente. No encerra-mento, com lágrimas nos olhos, uma senhora aproximou-se de mime disse: «Dê-me, por favor, a partitura desta canção. Hoje me sintoverdadeiramente feliz e orgulhosa de pertencer à família de um már-tir marista».

Ao me aproximar com outro grupo junto ao quadro do Irmão Victori-no, Joseph Blanch, sua sobrinha não conseguiu conter a emoção eas lágrimas, ao ver a disposição dos objetos que havia sido prepara-da: «As espardenyes!» (as sapatilhas). Chorou ainda mais forte aoescutar o relato... Pouco depois, já recuperada da emoção, me dizia:«Hoje foi um dos dias mais felizes de minha vida. Senti-me ressarci-da pelo martírio de meu tio e senti que toda a minha família erahonrada com esta festa».

Alguém se aproxima de mim com muita delicadeza e cuidado, e an-tes de nos despedirmos do grupo que havia acompanhado ao longoda exposição, afirma: «Olhe, me diz, agora me interessam muitomais as coisas e os detalhes da vida de meu parente mártir. Por fa-vor, reúna os documentos que possam conter os arquivos, que serãopara nós autênticas relíquias. Nós os releremos e os guardaremoscom todo o carinho do mundo».

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28 de Outubro de 2007

Encontro de família

Os irmãos em casa, sob aproteção da Boa Mãe. CasaGeral - Roma. Encontrodos irmãos com o Superiorgeral.

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N a tarde do do-mingo dia 28de outubro,

depois da missa de be-atificação dos márti-res, com a praça deSão Pedro inundada depessoas de todas asidades e procedências,o Superior geral, SeánSammon, reuniu os irmãos que tinham feito a peregrinação a Roma,encontrando-os de maneira informal para dar graças a Deus pelo domdos 47 mártires maristas, proclamados beatos pela Igreja naquela

mesma manhã. Participaram desta reu-nião aproximadamente 300 irmãos, vin-dos de diferentes países. Eram cincohoras da tarde, hora das vésperas de umdia longo e intenso de emoções. «Quebom estarmos todos reunidos no mes-mo sentimento e no mesmo amor!» Im-portantes momentos passados pelos ir-mãos, reunidos com o Superior geral,em torno dos 47 irmãos mártires.

Presença viva

Este encontro de família teve início nagrande capela, onde se podia vislum-brar a presença dos irmãos mártiresatravés do movimento das chamas das47 lâmpadas de barro, alimentadascom azeite. Nas catacumbas de Roma,os primeiros cristãos usavam lâmpadassemelhantes. Este símbolo recordavaos 47 irmãos que, com a entrega gene-rosa de si mesmos no martírio, saírampara receber o Senhor com a lâmpadaacesa da fé. Ao pé da cruz, formandouma coroa em torno do círio pascal,junto a cada lâmpada estava o nomede cada um dos irmãos mártires,acompanhado de suas impressõesidentificadoras como fiéis de JesusCristo. Diante do altar se destacavauma frase escrita com grandes letras:«Perdoamos como Jesus perdoou».

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encontro de família

Eu tive a grande felicidade de assistir àrecente beatificação de nossos irmãos

mártires da Espanha. Considero esta oportunidadecomo um sinal muito especial que estes novos beatosacabam de me oferecer, pois, durante os anos deminha vida religiosa, eu procurei torná-los conhecidosdurante as lições de catequese, ou através deconferências e de exposições sobre o tema mariano.Uma grande multidão durante a missa de beatificaçãovibrava unânime para louvar e agradecer ao Senhor eà Igreja por oferecerem ao mundo cristão estes 498modelos de fidelidade, e, dentre eles, especialmente osnossos 47 irmãos. Durante a missa, e no momento dacerimônia especial de beatificação, uma forte emoçãome atingiu. Quanto eu me sentia orgulhoso depertencer à grande família marista! São momentos queeu não esquecerei jamais! Eu compunha mentalmenteeste quadro triunfal: a chegada ao céu deste grupo denossos 47 irmãos, acolhidos de braços abertos porChampagnat, que os apresentava primeiramente aMaria, que por seu lado os apresentava a seu Filho,para que eles fossem coroados na glória.

H. Paul-André Lavoie

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A Boa Mãe guia a nossa caminhadaA celebração teve início com uma procissão, en-cabeçada pelo Ir. Seán Sammon, que portava emseus braços a imagem de Maria – a Boa Mãe –por quem Marcelino Champagnat tinha tanta de-voção. Em seguida, colocou-se sobre o altar umaestátua de Marcelino e ao seu lado um quadro co-mo recordação do Irmão Bernardo, e outro quemostrava o Irmão Laurentino e seus companhei-ros mártires.

Fidelidade à vocação

Depois disso foram feitas leituras bíblicas e apre-sentados alguns testemunhos, expressando-se in-tercessões em oito línguas diferentes, al-gumas delas bastante desco-nhecidas, como o kiswahili,demonstrando a multiplicidade de culturas do Instituto marista.

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Irmãos, sejam todos bem-vindos à Casa geral. Aqui éo lugar de vocês. Por isso, além de bem-vindos, sin-tam-se como se estivessem em sua própria casa.Certamente estamos desfrutando muito com as pre-

senças de tão numerosas pessoas que vieram nos visitar nestes úl-timos dias. Mas, nós, os membros do Conselho geral, estávamos es-pecialmente ansiosos para que chegasse esta tarde, este momentodo encontro com os irmãos.Este momento me oferece a oportunidade para dizer algumas pala-vras de agradecimento aos irmãos da Espanha: muito obrigado atodos vocês pela sua significativa presença no Instituto, pela ca-pacidade que vocês têm de criar e de inovar, pela sua longa histó-ria marcada pela generosidade, pela dedicação e pelo trabalho, porseu coração ardente e pelo dom de sua espiritualidade, comparti-lhada com tanta magnitude. Vocês todos são um tesouro da heran-ça de Marcelino Champagnat. O Instituto não seria aquilo que ésem a presença de vocês e sem este amor que têm pela nossa ma-neira de viver e pela nossa missão. Muito obrigado.Também gostaria de expressar minha gratidão, mais uma vez, aosnossos três postuladores, que estão aqui conosco: Gabriele, Gio-vanni e Mariano. Com o cuidado nos mínimos detalhes, sua dispo-nibilidade em oferecer generosamente o próprio tempo, e peloamor que demonstraram pelas nossas causas, eles conseguiram quepudéssemos chegar a um dia como este de hoje, tão relevante na

história do Instituto.Foram muitas as pessoas que trabalharamintensamente para fazer com que estes mo-mentos representassem o resultado memo-rável de tão grande esforço. Eu me encarre-garei de lhes manifestar pessoalmente omeu agradecimento ao longo das próximassemanas. De todas as maneiras, esta tardeeu gostaria de mencionar, particularmente,os membros da comissão preparatória: EmiliTurú, que coordenou os trabalhos, OnorinoRota, Giovanni Bigotto, Iván Buenfil e San-tiago Fernández. Muito obrigado a todos ea cada um deles em particular.As beatificações que celebramos hoje têmum significado especial para todos nós.

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Sentir-se comose estivessem em sua própria casa

DISCURSOIr. Seán Sammon

Superior Geral

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Mas, como dizia antes, elas têm uma relaçãomuito mais estreita com as vidas de vários ir-mãos aqui presentes, já que eles estão ligadospor diversos graus de parentesco com algunsdos novos beatos. Nós gostaríamos de expressara nossa solidariedade a estes irmãos e às suasfamílias, ao mesmo tempo em que rezamos paraque o reconhecimento feito pela Igreja da vir-tude de nossos mártires e da heroicidade damorte deles contribua para aliviar todo senti-mento de perda. Que este acontecimento sejaum sinal de cura para eles e também para nós!Os irmãos mártires eram homens simples, queviveram tempos difíceis. Eles, como nós hoje,acariciavam seus sonhos e esperanças, eram fe-lizes trabalhando com as crianças e jovens, ti-nham seus problemas como todos nós temos etinham dentro de si planos para o futuro. Mas,a história mudou o curso de suas vidas. Certa-mente eram pessoas simples e comuns, massouberam responder com uma coragem extraor-dinária quando chegou o momento de fazê-lo.Peçamos ao Senhor que nos conceda a graça desermos iguais a eles em nossas vidas de cadadia.Estes irmãos, com suas vidas e suas mortes, nosensinam uma segunda lição. O Papa Bento XVIexprimiu muito bem em seu discurso, que pro-nunciou na praça de São Pedro, esta manhã,depois da cerimônia: é uma lição de reconcilia-ção. Este foi o maior desejo de Marcelino,quando estava se aproximando do final de seusdias. Que soubéssemos nos reconciliar uns comos outros, que aprendêssemos a perdoar e a pe-dir perdão, que deixássemos para trás o passa-do e vivêssemos no presente, empregando nos-sas energias na construção do Reino de Deus.Se tivermos que reter uma importante lição, de-pois da experiência destes dias, que esta seja ada exortação à reconciliação. Para isso, se algose interpõe entre nós que estamos aqui, ou en-tre nós e nossos irmãos de comunidade, deve-mos dar os passos necessários para sanar essasferidas. Assim seremos, verdadeiramente, aquiloque devemos ser como irmãos religiosos, isto é,memória viva daquilo que a Igreja pede e quedeve ser, isto é, um lugar de reconciliação.

Não posso imaginar um período da históriamelhor do que este para viver, ou para sermembro do Instituto marista. Porque, da mesmamaneira que a Marcelino foi dada a graça de fa-zer nascer a nossa irmandade, a nós é dada aresponsabilidade de revitalizá-la neste tempoque é o nosso. Mas, poderemos fazê-lo somentese nos empenharmos juntos nesta missão. Cadaum se constitui uma parte importante nesteempenho.

Por isso, digo aos irmãos jovens: não pensemem vocês mesmos como referências de futuro,porque vocês são o presente. Compartilhem co-nosco a energia que têm, seu entusiasmo porJesus e sua Boa Nova, suas novas idéias, suasintuições, os sonhos e as esperanças que a suageração tem, sua confiança de que todas ascoisas são possíveis e, com isso, nos encorajame nos dão um verdadeiro desejo de realizá-las.Ajudem-nos a modelar o presente e a construiro futuro.A vocês, meus irmãos veteranos, digo: dêem-nos a riqueza de sua longa experiência, de suaesperança colocada à prova em tempos difíceis,

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sua amplitude de olhar, sua fé e o amorque sentem pelo Instituto, e a fiel perse-verança na sua missão. Dêem-nos essegrande e intenso desejo de nos deixaruma herança que marque as vidas dos jo-vens. Compartilhem generosamente essesdons e qualidades. Ajudem-nos a modelaro presente e a construir o futuro.Àqueles que são meus companheiros decaminho, nesta etapa média da vida, di-go: dêem-nos a sua esperança em umnovo florescer daqueles primeiros sonhosjá amadurecidos pelos longos anos trans-corridos na vida religiosa, o seu entusias-mo para seguirmos adiante, ainda que acarga seja pesada e não se distinga maistão bem a estrada. Dêem-nos este amorsereno e maduro que vocês têm pelo ca-risma, pela missão e por nosso SenhorJesus Cristo. Dêem-nos os seus corações,inflamados pelo grande desejo de prepa-rar os jovens a serem bons cristãos ebons cidadãos. Compartilhem com gene-rosidade esses dons e qualidades. Aju-dem-nos a modelar o presente e a cons-truir o futuro.E a todos, digo: rezemos para que nosseja concedido aquele entusiasmo porDeus, que nosso fundador levava dentrode si, que renovemos seu compromissoem favor dos pobres, seu desejo ardentede dizer aos jovens o quanto Jesus Cristoos ama. Sim, façamos a cada manhã ofirme propósito de trabalharmos na evan-gelização dos jovens e de mudarmos omundo para melhor, em nome de Jesus ede sua Boa Nova. Utilizemos os dons queo Senhor nos deu para sermos os Cham-pagnat de hoje, isto é, homens apaixo-nados por Deus e incendiados pelo fogode sua Palavra, retratos vivos de nossosirmãos mártires, homens de fé, homenscheios de coragem, homens de esperan-ça, homens que dão testemunho de queo sonho de Marcelino continua sendouma realidade neste tempo presente.Muito obrigado.

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Assim gostaria de expressar minha emoção e minha admiração

por nossos irmãos mártires.O primeiro lugar. «O corredor dos superiores»,mostrando as imagens de nossos irmãos, cada umdeles com um símbolo de seu trabalho quotidiano.Irmãos que viveram e morreram em comunidade,onde partilharam o pão, o sal e o trabalho, em meioàs crianças que o Senhor lhes tinha confiado.O segundo lugar. «A grande capela», onde asimpressões digitais, juntamente com o nome de cadaum impresso em um cartaz, personalizavam a entregaúnica e incondicional de nossos irmãos, formandouma coroa de luz aos pés da cruz e do círio pascal.As lâmpadas votivas no chão, irradiando seuesplendor em meio à obscuridade, fundiram-se nomistério total e sem reservas do holocausto.O terceiro lugar. «O santuário de Nossa Senhorado Divino Amor». Cerca de mil maristas aos pés denossa Boa Mãe, celebrando a «exaltação», como nascatacumbas, de nossos irmãos. Procissão do círiopascal, «luz no candeeiro», com a Palavra de Deus«colocada em prática», um feixe de espigas do trigo«que morre e dá fruto», dois pedaços de pão recémdesenfornado, «partido e partilhado». Finalmente a procissão com 47 ramos de palmeiras, desde ofundo da igreja até o altar, enquanto entoávamos alitania dos novos beatos. Todos estes acontecimentos permanecerão bem marcados em minha mente e emmeu coração para o resto de minha vida. Muitos modelos de santidade em nossa família marista, à qual me sinto orgulhoso de pertencer!

Ir. José Flores G. (Chepo)

DISCURSO Ir. Seán Sammon

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Recordações familiaresEste encontro dos irmãos teve momentos degrande intensidade emotiva. Um deles foi quandoo Vigário geral, Luis García Sobrado, chamou osirmãos que têm parentesco com os mártires, paraque dessem seu testemunho. Lucio Zudaire, ToniTorrelles, Timoteo Pérez, Jesús Martínez, GregorioAcero, José Luis Melgosa e outros testemunharamcom sua presença que o sangue dos irmãos már-tires foi semente de vocações maristas.

O canto do Salve Rainha, em latim, concluiu oencontro. O Salve Rainha tem uma longa tradiçãona instituição marista, já que desde os temposdo fundador ele é cantado ou rezado nas comuni-dades no início da oração da manhã.

Recordação emocionada

Na conclusão da oração, o Superior geral, Ir. SeánSammon, foi saudando todos os irmãos, um a um,ao mesmo tempo em que entregava uma pequenarecordação do encontro. Era um pequeno quadro,reproduzindo o símbolo da beatificação e conten-do o seguinte texto do fundador: «Como é conso-lador pensar que, quando se deverá comparecerdiante de Deus, se poderá recordar que se viveusob o amparo de Maria e em sua Sociedade!» Foio que sucedeu a nossos irmãos mártires.Como em toda festa que se preze, não podiafaltar o aperitivo, com o Superior geral propon-do brindes saudando os mártires e o Institutomarista.

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ENCONTRO DE FAMÍLIA

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ENCONTRO DE FAMÍLIA

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A s idéias iluminam o caminho. Asvivências motivam os passos e

confirmam as idéias ou geram outrasnovas. O que se vive por ouvir dizerapenas toca o coração; o que se vive,em pessoa, resiste ao tempo.

Freqüentemente – por diversas razões -é preciso vencer resistências, para viver

de perto alguns acontecimentos. Dado o passo, o espírito se faz maisreceptivo para mergulhar na experiência. Esta se alarga e se intensifica,quando há partilha com outras pessoas, em sintonia. Isso aconteceucomigo, na recente beatificação de nossos mártires. A tarefa de coorde-nar as viagens, na província, e de motivar os peregrinos animou-me aconhecer suas biografias e seu testemunho inequívoco de fidelidade.

O contexto sócio-político enturvava o olhar sereno sobre o aconteci-mento. Mas a relação com os familiares dos mártires reorientou a per-spectiva para seu significado verdadeiro e reafirmou as próprias convic-ções.

Vivi as celebrações em Roma com simplicidade e alegria, com emoção epaz, com gratidão e esperança, com ar de família, como em casa, inclu-sive na Praça São Pedro. Ora predominou o sentimento e a vizinhança;ora, a universalidade e os diferentes matizes de uma fé comum. Todascompletaram-se, como para um álbum de fotos, mas sobretudo, paraque a mensagem dos novos bem-aventurados cale fundo e, agora, nossavida cotidiana a proclame.

UMA PERCEPÇÃO A PARTIRDA TAREFA DE COORDENAR VIAGENS

Ir. Luis Antonio Martínez Chasco

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29 de outubro de 2007

Ação de graças pela beatificação

A beatificação é um aconteci-mento de graça para toda aIgreja. Missa de ação de gra-ças pela beatificação de 498mártires espanhóis. Basílicade São Pedro. Vaticano.

A beatificação é um acontecimento de graça para toda aIgreja e, nesta ocasião, de modo particular, para o Institu-to marista. Também o é para toda a sociedade. Por isso,

tornou-se um costume celebrar uma missa de ação-de-graças, nodia que segue a uma beatificação ou canonização. Nesta ocasião,a beatificação de um grande número de mártires havia congregadouma multidão de peregrinos. Por isso mesmo, fora escolhida a ba-sílica de São Pedro com local adequado para a celebração da ação-de-graças. A participação ultrapassou todas as previsões, de modo

que muitos não puderam entrar na basílica São Pedro, com capaci-dade para 10.000 pessoas sentadas, e tiveram que acompanhar amissa, na Praça, pelos telões da televisão.

A missa revestiu-se da solenidade que a oportunidade requeria.Foi presidida pelo Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estadodo Vaticano, acompanhado de numerosos bispos e sacerdotes.

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ação de graças pela beatificação

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Queridos Irmãos no Episcopado; Estimados sacerdotes, reli-giosos, religiosas e fiéis leigos! A Beatificação de 498 Mártires da Espanha, que celebramosontem, deu-nos a oportunidade de verificar, mais uma vez,como não se interrompeu a multidão dos cristãos, que des-de os inícios da pregação apostólica foram atraídos peloexemplo de Jesus e amparados pelo seu amor. Estamos agora reunidospara elevar uma fervorosa acção de graças ao Senhor por este aconteci-mento eclesial. Desejamos confiar-nos à intercessão destes nossos ir-mãos, cuja existência se tornou para nós e para o Povo de Deus, peregri-no na Espanha e noutros Países, um poderoso farol de luz, um conviteurgente a viver o Evangelho de modo radical e com simplicidade, ofere-cendo um testemunho público e corajoso da fé que professamos. Sem dúvida, cada martírio tem lugar em circunstâncias históricas trá-gicas que, assumindo por vezes a forma da perseguição, conduzem auma morte violenta por causa da fé. Contudo, mesmo no meio de dra-mas como estes, o mártir sabe transcender o momento históricoconcreto e contemplar os seus semelhantes com o coração de Deus.Graças a esta luz que lhe vem do Alto, e em virtude do sangue doCordeiro (cf. Ap 12, 11), o mártir antepõe a confissão da fé à suaprópria vida, diminuindo o poder da agressão com a oração e com aimolação heróica de si mesmo. Amando os seus inimigos e rezandopor aqueles que o perseguiram (cf. Mt 5, 44), o mártir torna visível omistério da fé que recebeu, e torna-se um grande sinal de esperança,anunciando, com o próprio testemunho, a redenção para todos. Unin-do o seu sangue com o de Cristo crucificado na cruz, a imolação domártir transforma-se em oferta diante do trono de Deus, implorandoclemência e misericórdia para os perseguidores. Como ensina o PapaJoão Paulo II, “os mártires souberam viver o Evangelho em situaçõesde hostilidade e de perseguição... até ao testemunho supremo dosangue. Eles mostram a vitalidade da Igreja... Mas ainda mais radical-mente, demonstram que o martírio é a encarnação suprema do Evan-gelho da esperança” (Ecclesia in Europa, 13). Deste modo, o martírio é um sinal eloqüente de como a vitalidade daIgreja não depende só de projetos ou cálculos humanos, mas brota daadesão total a Cristo e à sua mensagem de salvação. Estavam bemconscientes disto os mártires, que hauriram a força não de uma cupi-dez de protagonismo pessoal, mas do amor sem hesitações a JesusCristo, mesmo à custa da vida.

HOMILIACardealTarcisio Bertone

Viver o Evangelhoradicalmente

Para compreender ainda mais o verdadeiro sentido cristão do martíriodevemos, portanto, deixar que falem os próprios mártires. Eles, com oseu exemplo, deixaram-nos um testamento que por vezes não ousamosabrir. Contudo, se lhes prestamos atenção, as suas existências certa-mente falar-nos-ão de fé, de fortaleza, de coragem generosa e de cari-dade fervorosa, face a uma cultura que por vezes procura marginalizarou desprezar os valores morais e humanos que o Evangelho nos ensina. Todos sabem que o século XX deu à Igreja na Espanha grandes frutosde vida cristã: o nascimento de Congregações e Institutos religiososdedicados ao ensino, à assistência nos hospitais e aos mais pobres,assim como dedicados a muitas outras obras culturais e sociais. Emer-gem também grandes exemplos de santidade, e um elevado númerode mártires Bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos, religiosas efiéis leigos. Estes mártires não foram propostos à veneração do Povo de Deus pelassuas implicações políticas, nem por terem lutado contra alguém, masporque ofereceram as suas existências como testemunho de amor aCristo e com a plena consciência de se sentirem membros da Igreja. Por

isso, no momento da morte, todos concorda-vam em dirigir-se aos que os estavam assas-sinando com palavras de perdão e de miseri-córdia. Assim, entre tantos exemplos seme-lhantes é sem dúvida comovedor ouvir as pa-lavras que um dos Religiosos franciscanos daComunidade de Consuegra dirigia aos seus ir-mãos: “Irmãos, elevai os olhos para o céu erezai o último Pai Nosso, porque daqui a pou-co estaremos no Reino dos céus. E perdoai aquem está para vos matar”. Eis por que estes novos beatos enriquecerama Igreja que está na Espanha com o seu sacri-fício, e são hoje para nós testemunho de fé,de esperança firme contra qualquer medo ede um amor até ao extremo (cf. Jo 13, 1). Asua morte constitui para todos um importan-te impulso que nos estimula a superar divi-

sões, a voltar a dar vida ao nosso compromisso eclesial e social, procu-rando sempre o bem comum, a concórdia e a paz. Estes nossos queridos irmãos e irmãs, entre os quais estavam tambémdois franceses, dois mexicanos e um cubano, precisamente pelo seuamor à vida entregaram a sua a Cristo. Viveram uma existência exem-plar, totalmente dedicados às suas numerosas formas de apostolado,convictos da opção religiosa que tinham feito ou do cumprimento dosseus deveres familiares. Estas testemunhas humildes e decididas doEvangelho são faróis que orientam a nossa peregrinação terrena. Vene-rando hoje todos os que, como ensina o Livro do Apocalipse “vêm dagrande tribulação” (ibid. 7, 14), suplicamos ao Senhor para que nos

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HOMILIA Cardeal Tarcisio Bertone

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conceda a sua mesma fé intrépida, a sua esperan-ça firme e a sua caridade profunda. Queridos irmãos e irmãs, encontramo-nos aqui emRoma, onde no início da Igreja uma infinidade demártires confessaram a sua fé em Cristo até aoderramamento do sangue. Tanto os cristãos dosprimeiros tempos, como os que ontem foram bea-tificados, não devem suscitar em nós apenas ummero sentimento de admiração. De facto, eles nãosão simples heróis ou personagens de uma épocadistante. A sua palavra e os seus gestos falam-nose estimulam-nos a configurar-nos sempre maisplenamente a Cristo, encontrando nele a fonte daqual brota a comunhão eclesial autêntica, paraque possamos oferecer à sociedade hodierna umtestemunho coerente do nosso amor e do nossocompromisso por Deus e pelos irmãos. Eles, os mártires, ajudam-nos com o seu exemploe a sua intercessão a não nos deixarmos vencer,no momento presente, pelo desencorajamento epela confusão e a evitar a inércia e a lamentaçãoestéril. De facto, este nosso tempo é um tempode graça, uma ocasião propícia para partilhar comos outros a alegria de ser discípulos de Cristo. Com a sua existência e com o testemunho da suamorte ensinam-nos que a felicidade autêntica seencontra na escuta do Senhor e em colocar emprática a sua Palavra (cf. Lc 11, 28). Por isso, o

serviço mais precioso que podemos prestar hojeaos nossos irmãos é ajudá-los a encontrar Cristoque é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (cf. Jo 14,16), o Único que pode satisfazer as aspiraçõesmais nobres do homem. Queira Deus que esta Beatificação suscite naEspanha uma vigorosa chamada para reavivar a fée para intensificar a comunhão eclesial, pedindoao Senhor que o sangue desses mártires seja se-mente fecunda de numerosas e santas vocaçõespara o Sacerdócio e para a Vida Consagrada; sejaao mesmo tempo um constante convite para asfamílias, fundadas no Sacramento do Matrimónio,para que sejam para os filhos exemplo e escolado verdadeiro amor e “santuário” do grande domda vida.Por fim, pedimos também ao Senhor que o exem-plo de santidade dos novos mártires obtenha paraa Igreja que está na Espanha e nas outras nações,das quais alguns deles provêm, muitos frutos deautêntica vida cristã: um amor que vença a tibie-za, um entusiasmo que estimule a esperança, umrespeito que dê acolhimento à verdade e uma ge-nerosidade que abra o coração às necessidades dosmais pobres do mundo. A Virgem Maria, Rainha dos Mártires, nos obtenhado seu divino Filho esta graça que agora depomosnas suas mãos de Mãe com total confiança.Amém!

ação de graças pela beatificação

PREFÁCIO DOS SANTOS MÁRTIRES

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação, dar-tegraças… porque o sangue dos gloriosos mártires, derramado a exem-plo de Cristo, para confessar teu nome, manifesta as maravilhas deteu poder; pois, em seu martírio, Senhor, encontraste força no fraco,fazendo de modo que a fraqueza se tornasse tua testemunha…Por isso, como os anjos te cantam, no céu, assim aclamamos-te, naterra, dizendo sem cessar: Santo, santo, santo!

HINO AOS MÁRTIRES DO SÉCULO XX, NA ESPANHA

SEMENTES DE PAZ, MÁRTIRES DE CRISTO

EstribilloSemillas de paz, mártires de Cristo, signos del amor, valientes testigos, antorchas de fe en nuestro camino.

Estrofas1. Es semilla de cristianos vuestra sangre martirial, es perdón de los hermanos y esperanza de la paz.

2. Sois racimo bien maduro que el Señor prensó en su cruz, trigo sois limpio y fecundo triturado por Jesús.

3. En España el siglo veinte resplandece en santidad, pues dais vida en vuestra muerte a una nueva humanidad.

4. Entregadnos el testigo que hoy queremos recoger, por seguir en el camino al Señor, Testigo fiel.

5. Dadnos gozo y valentía al sembrar la paz y el bien, proclamando en nuestra vida la alegría de la fe.

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AÇÃO DE GRAÇAS PELA BEATIFICAÇÃO

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IRMÃO FRANCISCO PERUCHENA SOBREVIVENTE DA PRISÃO SAN ELÍAS

O Irmão Peruchena é um sobreviven-te de San Elías, da noite trágica

de 9 de outubro de 1936, quando, emBarcelona, fuzilaram 40 irmãos maris-tas. Vive, atualmente, a paz da idademadura, numa residência de idosos, emArroyo de la Miel (Málaga). Decidiu pere-grinar até Roma, com seus 91 anos fei-tos, para participar da festa da beatifica-ção. A família marista observava-o comcuriosidade e admiração, enquanto parti-cipava da festa. Afável, aberto e franco,conversou com numerosas pessoas quedele se aproximaram para saudá-lo

Encontro com o Irmão Superior geral

Já de volta, junto de seu irmãos, comenta como viveu a beatificação, em Ro-ma. “ Um pouco cansado - reconhece – porque a idade não perdoa; mas estouencantado por ter acompanhado a ‘meus Irmãos’- acentua ‘meus Irmãos’ –especialmente os sete maristas, companheiros de comunidade no “Colégio Sa-grados Corações”, de Sants, osquais conservo na memória e nocoração, porque partilhamos muitascoisas, antes da morte, nos mo-mentos finais de suas vidas, queforam de grande fraternidade e deimensa fé em nosso Senhor. “Comopoderia esquecer aqueles com osquais vivi?”

De sua presença em Roma, destacouo encontro com o Irmão Superiorgeral. “Tive uma grande surpresa,quando me comunicaram que o Ir.Superior geral desejava encontrar-

Ir. Francisco Peruchena

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me. Fui à Casa geral e ali re-cebeu-me com um grandeabraço. Assim também o Ir.Vigário geral e os demaisConselheiros. Experimenteium agradável ambiente defamília”.

O Bispo e o Embaixador

O Irmão conserva excelente lembrança de seu encontro com o Sr. Arcebispo deBurgos e da conversa com o Sr. Embaixador da Espanha, junto à Santa Sé, du-rante a janta servida na Casa geral. “O Sr. Embaixador interessou-se pelos detal-hes de minha vida, na cadeia dos anarquistas. Contei-lhe como salvei a vida,por puro milagre, em duasocasiões. A primeira, quandoo Ir. Superior nos disse quedeveríamos abandonar a co-munidade, porque vinhamaprisionar-nos. Ele já provi-denciara por casas de pes-soas amigas e leais, ondepudéssemos refugiar-nos. Eufui a uma casa onde, certodia, chegaram os patrulhei-ros para prender-me; mas, adivina Providência, que estáacima de todos, salvou-nosporque havia um doente emestado grave, na casa e, naquele momento, chegara o médico que disse aos pa-trulheiros: “Não tendes o direito de fazer isso com pessoas enfermas ou compessoas que não fizeram mal algum e não se meteram em política”. Surpreen-dentemente, foram embora. Pouco depois, viria o pior - a traição no navio, on-de tiraram tudo o que trazíamos conosco; a mim, duas pesetas e meia; a reclu-são na ‘San Elías’ e a morte de 40 irmãos, dentre os 107 que ali estávamos.Desta vez salvei-me, graças ao fato de o presidente da ‘Generalitat’, Luís Com-

panys, ter sabido de nossa si-tuação e ter ordenado asuspensão das execuções. Casocontrário, eu teria sido fuzila-do, na noite seguinte à mortede meus irmãos, porque fôra-mos divididos em dois grupos eos do primeiro já haviam sidomortos”.

Um pequeno milagre

Em seu relato aos Irmãos, natranqüila residência de ‘Arroyode la Miel’, uma vez refeito dosincômodos da viagem, recordouum pequeno milagre com queseus irmãos mártires quiseramfavorecer nosso peregrino

espanhol. “Por imprevis-to de última hora

– diz o Irmão– chego à

eucaristiada beatifi-cação, quando a imensa praça de São Pe-

dro estava repleta. Como poderia encontrarum lugar na primeira fila, perto do altar?Pouco a pouco, com passo firme e amavel-

mente acompanhado, encontrei-me, rapida-mente, num lugar destacado e comprovei que

se cumprira ao pé da letra o fato de que “osúltimos serão os primeiros”. Obrigado, que-ridos mártires!!

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Visita à casa

Acolhida e saudação de ma-ria e os novos bem-aventu-rados. Na sala champagnat.Escadaria. Capela dos su-periores. Sala de reuniõesdo conselho geral. Cami-nhando com nossos mártires.Os familiares dos mártires,protagonistas. Silêncio eoração na igreja. Adesão ecompromisso.

Os objetivosA Casa geral foi visitada por numerosas pessoas, durante os quatrodias da festa da beatificação. A exposição “Caminhamos com nos-sos mártires” tinha três objetivos: dar a conhecer o Instituto, des-de a origem, percorrendo sua história, com nossos mártires comoprotagonistas; aproximar as pessoas dos mártires, recordando-os e,por fim, mostrar a Casa geral marista, por dentro.

Uma projeção e uma logomarca

A projeção de “Martyria3436”, realizada na sa-la capitular, motivava oencontro. Os peregrinosque visitaram a Casageral depararam-se comalgumas novidades,com as quais fora orna-da, para celebrar a bea-tificação dos 47 irmãosmaristas mártires, naEspanha. Em primeirolugar, a fachada da ca-sa ostentava a logo-marca marista da beati-ficação, criação deGoyo Domínguez, pin-tada a partir do esboço

dos 47 irmãos martirizados, em grande painel que proclamava, aosquatro ventos, a santidade dos novos bem-aventurados.No espaço normalmente reservado à recepção, a estátua de Mariagrávida, com 2,40 m de altura, em cerâmica policromada, acolhiamaternalmente aos visitantes, la-deada pelos bem-aventurados Ir-mãos Bernardo, Laurentino e Vir-gílio, os primeiros na lista dobeatificados.

No relicário marista

A visita permitia observar a re-modelação feita na “Sala Champ-agnat”, onde estavam expostosalguns documentos originais de

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visita à casa

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S. Marcelino, como seu passaporte, algumas desuas cartas e um pluvial por ele usado.

A escada central, que dá acesso à capela dossuperiores e à sala do Conselho geral, desdobra-va, a quem subisse seus degraus, uma frase do Ir.Diógenes, superior geral na época, expressandoos sentimentos que lhe oprimiam o coração, peloacontecido.

A capela dos superiores é um permanente relicá-rio marista em que se conservam o altar usadopor Marcelino, o quadro original pintado por Ra-very, poucas horas depois da morte, a estátua daBoa Mãe e uma falangina da mão direita de Mar-celino, conservada numa urna dourada. Igual-mente, era possível visitar a sala do Conselho,para ver diversos documentos maristas e rostosde crianças que eram projetadas, continuadamen-te, e que presidem a reflexão, o estudo e as deci-sões do Conselho geral.

Cruz e ressurreição

O percurso da exposição conduzia à capela cen-tral, onde os nomes dos 47 mártires formavamuma coroa, em torno de uma imensa cruz e o cí-rio pascal. Em clima de silêncio e de recolhimen-to se podia interiorizar as palavras e as imagenscontempladas, ao longo do trajeto. Era preciso,depois das fortes mensagens recolhidas, dar umespaço ao silêncio e à oração.

Na saída, era entregue aos visitantes um simbóli-co saquinho com sementes de trigo, “sementes

de vida”, a serem semeadas em algum espaço na-tural, regadas e cuidadas, para darem fruto, frutoem abundância, se possível, cem por um.

Uma grande lembrança de família

Foi muito emocionante a visita feita por um gru-po de irmãos que conheceram pessoalmente osnovos bem-aventurados, ou aquela feita pelos fa-miliares dos mártires, ao se depararem com seusparentes.

Mais de mil peregrinos da Família marista – ir-mãos, familiares dos mártires, professores, ex-alunos, alunos – percorreram a exposição, du-rante os quatro dias, tendo como guia os Irmãosque vivem na Casa geral. Houve visitantes prove-nientes de longe: Malásia, Brasil, Argentina,EE.UU., ou então da França, Alemanha e Itália.Os mais numerosos foram os espanhóis.

Todos saíam da Casa geral com a sensação de te-rem estado na própria casa, e com a alegria depertencerem a uma “família” tão numerosa e comtanta história que, “através dos mártires” se tor-nara mais conhecida.

82 • FMS Mensagem 37

N ós ficamos profun-damente agradeci-

dos por termos podido ira Roma para a beatifica-ção dos mártires da es-panha. Esta viagem foitambém uma jornada Es-piritual para o aprofun-damento de nossa fé ede renovação de nossapromessa enquanto ir-mãos maristas. Ficamosprofundamente impres-

sionados pelas atitudes das pessoas, irmãos e leigos vindos dediferentes países do mundo, e pelas cerimônias, que culminaramno Vaticano, com a beatificação de nossos 47 irmãos martiriza-dos. O sangue que eles derramaram não apenas fez florescer a fénas pessoas simples que encontramos e testemunhamos aqui emRoma, mas também nós ficamos fortalecidos por seus exemplosde vida e de morte pelo Cristo. Eles nos mostraram como vidascomuns podem se tornar extraordinárias, quando Jesus Cristo setorna o centro e o objetivo delas. Para isso, ao beatificá-los,nossa Mãe, a Igreja, reconhece sua santidade heróica.O gesto de reconciliação expresso pelo Papa e pelo nosso Supe-rior geral foi também um outro aspecto tocante desses eventos.Os erros da história precisam ser cuidados através da reconcilia-ção, ao invés da retaliação. Fomos bem aconselhados para quelevássemos para casa este espírito de perdão, zelando em nossascomunidades para vivermos com vigor uma nova vida. Que o san-gue de nossos mártires espanhóis não tenha sido derramado emvão, mas proporcione um crescimento espiritual a todos os filhose filhas de Champagnat através do mundo.

UMA PEQUENA REFLEXÃO SOBREA BEATIFICAÇÃO DOS MÁRTIRES

DA ESPANHA, EM ROMA

Ir. John Chin e Ir. John Tan

Marzo 2008 • 83Março 2008 • 83

A EsposiçãoCAMINHAMOS COM NOSSOS MÁRTIRES

84 • FMS Mensagem 37

a exposição

O corredor, denominado“dos superiores”, acolhiauma exposição, organiza-

da em torno de cinco motivos. Oprimeiro, dando unidade a toda areflexão suscitada pela mostra, tra-zia representativa e gráficamente aproposta de Jesus de “carregar aprópria cruz e de segui-lo”. Lembra-va-se, num cartaz, que esse convitejá foi respondido por 37.586 pesso-as, que professaram como maristas,desde as origens do Instituto aténossos dias.O segundo motivo presta homena-gem à santidade na Congregação,destacando Marcelino, os mártires

e confessores maristas que têm causas encaminhadas.O terceiro motivo destacava alguns irmãos mártires, agrupados porcaracterísticas comuns. Por exemplo, os irmãos que estavam naenfermaria de Les Avellanes com aqueles que, em Lleida, desem-penharam o papel de enfermeiros, quando o colégio foi convertido

Março 2008 • 85

em hospital, para receber os feridos que vi-nham das frentes de batalha. Foi registradatambém a homenagem às mães de todos osmártires, pois havia, entre eles, dois manos;outro que confessara dever sua vocação às ora-ções da mãe e mais outro que se notabilizarapelas belíssimas cartas escritas para a mãe.

Os Irmãos mártires viveram e morreram em comu-nidade. Este era o quarto motivo. Por trás da me-táfora de uma equipe esportiva, onze irmãos sim-bolizavam as pequenas virtudes que praticavamna comunidade. O Irmão mestre de noviços e odiretor do escolasticado, também martirizados,acompanhavam-nos como “treinadores” da vidaespiritual.Finalmente, a quinta motivação aludia aos irmãosque, com a pedagogia marista, foram defensoresda escola livre. Em apresentação sintética, eramdestacados os momentos mais significativos dahistória da pedagogia marista, com a exposiçãodos livros e documentos que orientaram os Irmãosem seu modo característico de fazer pedagogia.

• EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO •

1817 1851 1853 1881-1882 1886

Reconhecimento oficial

Reconnaissance légale

Guide des Ecolés

1884 Seychelles1885 Canadá1886 ESPAÑA1886 Italia1886 USA1889 Colombia1891 China1892 Turquía1892 Adén1895 Siria1897 Brasil1898 Egipto1899 México

Legal Recognition

Recognimiento legal

Leis seculares na França

Lois laiques en France

French laws of secularisation

Leyes laicas en Francia

Chegada dos maristas à Espanha

Arrivée des maristes en Espagne

Arrival of the Marists in Spain

Llegada de los Maristas a EspañaLa Valla

86 • FMS Mensagem 37

Didascalia della foto da inserire qui della lunghezza di quattro o cinque righe, grazie.EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOS

1903 1928 1933 1936

Combes

Immobiliaria mundial S.A.

Guia do Professor

Guide du Maître

Teacher’s Guide

Guía del Maestro

Lei das Congregações

Loi sur les Congrégations

Law of Congregations

Ley de Congregaciones

Incêndio da FTD

Incendie de FTD

Burning of the FTD

Quema de FTD

Março 2008 • 87

• EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO •

88 • FMS Mensagem 37

POR LA ESCUELA LIBRE

Gravissimun educationis momentum

1965 1983

O Educador marista

L’éducateur mariste

The marist Educator

El educador marista

Por Cristo em horario completoPour le Christ à temps pleinFull time at the service of ChristPor Cristo a tiempo completo

EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOSIÇÃO • EXPOS

Março 2008 • 89Março 2008 • 89

1986 1998

Congresso nacional de educação marista. Salamanca

Congrès national de l’education mariste. Salamanca

National Congress for Marist education. Salamanca

Congreso nacional de educación marista. Salamanca

Missão educativa marista: Um projeto parao nosso tempo

La mission éducative mariste - Un projet pour aujourd’hui

In the Footsteps of Marcellin Champagnat: A vision of Marist education today

Misión educativa marista: Un projecto para hoy

Sereis minhas testemunha até os confins do mundo

Vous serez mes témoins jusqu’au bout du monde

You will be my witness to the ends of the earth

Seréis mis testigos hasta los confines del mundo

90 • FMS Mensagem 37

VISITA À CASA • EXPOSIÇÃO

Março 2008 • 91

RESSONÂNCIA DA FESTA NAS FAMÍLIAS DOS NOVOS BEATOS

92 • FMS Mensaje 37

N unca conseguiremos agradecer todosos esforços e o grande trabalho reali-

zado durante todos estes anos para, en-fim, chegarmos a um dos dias mais felizesde nossa vida, com a celebração da beati-ficação de nossos queridos familiares.Gostaria de dizer-lhes que a viagem foimaravilhosa, de recolhimento... inesquecí-vel. Eu, pelo menos, me recordarei delaenquanto viver. Muito obrigado, irmão, detodo coração. Um forte abraço.

Juan e Asun Latienda

M UITO OBRIGADO por tudo o que fize-ram para nos proporcionar a viagem

e a estada, que foram tão bem organiza-das. Para mim, tudo se resume na palavraemoção, pois desde o primeiro dia até ofinal pudemos ver a exposição em sua Ca-sa geral e valorizar a entrega e o teste-munho dos beatos mártires.

Fermina Acero (Irmã Angela)

A cerimônia no Vaticano foi bonita edigna de todos os esforços que su-

põe a preparação para esse momento tãosolene e importante para a Igreja e para o

Instituto marista. Eu acompanhei pela te-levisão e, acreditem, fiquei emocionado,pois fomos quase os sucessores deles nascomunidades maristas. Deus queira queesta cerimônia sirva para que não diminuadentre os irmãos o carisma de são Marceli-no, e também entre nós, que um dia se-guimos seus passos e seu espírito.

Villalba

E stive em Roma acompanhada do Ir.Jesus e de um grupo de pessoas. A

missa na Praça de São Pedro foi mara-vilhosa, mas a homenagem no santuá-rio do Divino Amor foi bonita e impres-sionante, com as palmas que represen-tavam a todos eles. Eu recolhi algumasfolhas de palma e em casa as organizeicom um ramo de flores, levando ao ce-mitério e depositando na sepultura on-de estão enterrados meu avô e minhamãe, para que simbolicamente estejamjuntos.A sua Casa geral se transformou em ummuseu, com as fotos de todos na facha-da... A foto de meu tio, com a mesinhae seus chinelos, me encheu de emoção,principalmente quando soube que ti-nham matado também o marido da se-nhora que o tinha acolhido. Nunca es-quecerei esta visita. Dou graças por tu-do o que fizeram pelos mártires, pelosinúmeros detalhes que prepararam paranós, os livros preciosos, etc. Obrigado,de coração. Que Deus lhes pague e lhesdê muitos anos de vida.Guardo com carinho todas as coisas queme enviam, assim como fazia minhamãe.

Elvira Albareda BlanchElvira Albareda Blanch

Março 2008 • 93

Os jovens junto aos mártires

Projeção de “martyria3436”. Na sala champagnat.Escadaria. Capela dos supe-riores. Caminhando comnossos mártires. Silêncio eoração na igreja. Adesão ecompromisso.

Esta peregrinação foi para mim umexemplo de vida. Foi para mim umagrande ajuda para que eu me desseconta que devo ser uma pessoamelhor. Melhorar nossa vida e a dosoutros, seria uma coisa importantedepois desta experiência.

Nicolás de Santiago

Esta peregrinação me ajudou doponto de vista da fé, porque vi quenão estou só e existem muitas ou-tras pessoas com as mesmasconvicções religiosas. Também meajudou o fato de saber que Deus nosapóia e que está sempre conosco,basta aprendermos a ouvi-lo. E, porúltimo, que existem pessoas capazesde renunciar à sua própria vida paradefender a sua fé.

Andrés Sabio

Em minha opinião, esta experiência que todos nós vivemos de maneiratão intensa será inesquecível. Muita gente se queixava das 30 horas deviagem de ônibus, mas eu penso que isso foi o melhor de tudo, porqueme serviu para fazer novos amigos e estreitar ainda mais os laços deamizade com aqueles que já eram meus amigos durante toda a vida. Es-ta vivência me ajudou também a fazer amadurecer minha fé, e agoraestou plenamente convencido daquilo que creio e do que penso, semme importar absolutamente do que os outros possam pensar de mim.

José Luis Martos

Sinto-me mais seguro de mim mesmo e descobri muitas coisas novas.Normalmente aprendo muitas coisas boas deste tipo de convivência,

mas não acontecia em sentido religioso como esta.Descobri que nunca estamos sós, mas que Eleestará sempre comigo e se às vezes me deixa fra-quejar é porque quer que eu me levante com aindamais força e que aprenda. A verdade é que sintocomo se esta convivência fosse um parênteses emminha vida, fazendo-me refletir muito e me liber-tar. Prossigo com mais confiança em mim mesmo enele. Sinto que Ele esteve sempre comigo.

Adrián Núñez

94 • FMS Mensagem 37

os jovens junto aos mártires

Foi uma experiência única. Quando estamos em casa ede manhã ligamos a televisão e encontramos casual-mente um canal que está transmitindo uma celebraçãono Vaticano, a primeira coisa que fazemos é mudar decanal, porque parece uma coisa enfadonha. Mas, umavez que se vive o evento pessoalmente, começa-se ater um conceito totalmente diferente. Vive-se a mes-ma coisa agora com mais imaginação e alegria.

Ignacio Santos

Esta peregrinação começou com um protesto daminha parte e de outros companheiros, por causada distribuição dos ônibus. Quem sabe, em outroônibus haveria mais alegria, mas eu me senticontente porque acabei conhecendo pessoas e metornei conhecido delas... Em relação à fé, quemsabe isto tenha me servido para descobrir queaqui não estamos sós, que são muitos aqueles quetrabalham por detrás de toda iniciativa. Serviu-metambém para me desse conta de que nós, os jovens,estamos na mente da Igreja e que os gestos que fa-zemos podem repercutir em todo o mundo.

Francisco Luque

Para mim, esta experiência serviu para ver quecada pessoa é um mundo e em cada pessoa estáo melhor de todas as qualidades de seu ser.Quanto às pessoas, todos nós podemos ser muitoqueridos se nos colocarmos no lugar do outro.Aprecio a força da fé do Ir. Adolfo.

José M. González Miguel

Para mim, esta peregrinação foi genial, umaexperiência nova e nunca tinha participado de al-

go assim. Já fui à Javierada, mas esta foi a pri-meira vez em algo do gênero. Ela serviu tambémpara que eu conhecesse a fundo algumas pessoasque conhecia apenas de vista, relacionando-mecom elas. Isto é o mais importante de uma pes-soa, isto é, o fato de relacionar-se e de saber quenunca está só. Na realidade, nunca estivemossós, pois havia sempre Jesus para nos apoiar,principalmente nos momentos mais difíceis.

Pablo Martínez

Esta peregrinação foi para mim uma experiênciaúnica e impossível de esquecer. Em princípio eunão estava motivada para ir, por causa dessa históriade viajar de ônibus, etc., mas, logo se percebe queuma peregrinação é uma das melhores coisas, pois éonde se conhece muitas pessoas e pode convivercom elas. Gostei muito das pessoas que participarame em geral de toda a programação (as orações, as vi-sitas, as catacumbas, etc.). Ajudou-me a compreen-der muitas coisas que me contavam, mas que não astinha vivido ou sentido. Espero que peregrinaçõescomo esta se repitam, porque são estupendas.

Teresa Domínguez

Esta peregrinação foi muito divertida para mim.Conheci muita gente de outros colégios maristas.Fiz muitos amigos e espero voltar a vê-los logo.Também gostei de ver o Papa e da beatificaçãodos 47 irmãos maristas.

Isabel Garrido

Março 2008 • 95

96 • FMS Mensagem 37

os jovens junto aos mártires

Para mim foi uma experiência inesquecível, porque conheci muitagente, vi Roma e pude assistir à beatificação de todos os már-tires que deram a sua vida por Deus. Por pior que tenha sidouma viagem tão longa e cansativa, valeu a pena e não me impor-taria de repeti-la.

Ayette

Esta peregrinação me serviu para re-forçar minha fé, porque o fato de vertantas pessoas desconhecidas e reuni-das na praça do Vaticano, isto me en-sinou muito. Éramos muitas pessoasreunidas com uma única finalidade:manifestar nossa fé em Deus e onosso amor por Jesus Cristo, semnos importarmos com o que pensamos outros. Também foi importante vera quantidade de pessoas beatificadas,os mártires, que deram sua vida porDeus, apesar das circunstâncias nasquais se encontravam.

Cristina Rueda

Marzo 2008 • 97Março 2008 • 97

Preparativos

98 • FMS Mensagem 37

Março 2008 • 99

100 • FMS Mensagem 37

PREPARATIVOS

Março 2008 • 101

O ECO DOS PREPARATIVOS

102 • FMS Mensagem 37

O s irmãos provinciais, que mantêm obras na Espanha, nomearam uma comis-são cuja finalidade é a de se colocar em contato com as autoridades ecle-

siásticas e com os familiares dos «servos de Deus» para proporcionar-lhes algumasinformações a respeito da festa de beatificação e coordenar encontros e viagens.

Os irmãos José Calleja e Teodoro Barriuso colocaram-se em contato com asautoridades eclesiásticas e os familiares que se encontram em Castilla (Burgos ePalencia), enquanto o Ir. Víctor Pastor se comunicou com aqueles de Navarra,Bilbao e Zaragoza, e o Ir. Mariano com os familiares residentes na Catalunha.Um primeiro contato foi feito através de cartas, mas posteriormente foram fei-tas visitas pessoais, e durante os encontros os irmãos receberam manifestaçõesde alegria e reviveram recordações que deram satisfação a todos.

Impressões do Irmão Víctor Pastor

O s párocos que visitei se mostraram todos muito interes-sados. Conforme lhe disse, alguns deles, como por

exemplo, o frade teatino do mosteiro de Iranzu, me dizia quegostaria de expor um quadro com uma fotografia do irmão,para que servisse ao culto na paróquia de seu vilarejo.Igualmente, as famílias ficaram encantadas, sobretudo as deVirgilio e dos irmãos de Estella (os Ayúcar). Pode-se ver queem família se cultivou a estima pelos tios religiosos.

* * *

Tivemos a solene celebração na Catedral de Pamplona, em agradecimento pelabeatificação dos 16 mártires navarros, nove deles maristas, feita no dia 28 de ou-tubro, e assim nos juntamos a todos os familiares.No dia 1º de novembro, festa de Todos os Santos, celebramos a glorificação do Ir-mão Virgílio, em Ciriza. Pelo ambiente que vivíamos e pelos comentários que fo-ram feitos, constatou-se que todos ficaram muito contentes por tudo o que vive-ram em Roma, principalmente pelas celebrações no santuário de Nossa Senhorado Divino Amor.No dia 22 de dezembro de 2007, foi celebrada em Estella (Navarra) a homena-gem aos beatos Irmão Félix León e Irmão Ramón Alberto Ayúcar Eraso. Tudotranscorreu com tranqüilidade, com satisfação das famílias navarras.

Ir. Víctor Pastor

Ir. Victor Pastor

Março 2008 • 103

P R O V I N C I A SNOVIÇOS IRMÃOS DIMINUIÇÃO PROFiSSÃO

1º 2º TOT Temp Perp TOT Defts Saidas TOT 1ª Prof PPer

AFRIQUE CENTRE EST 14 6 20 33 57 90 0 4 4 10 2AMÉRICA CENTRAL 0 3 3 7 116 123 5 3 8 2 3BRASIL CENTRO-NORTE 3 2 5 20 113 133 0 4 4 2 6BRASIL CENTRO-SUR 6 0 6 27 105 132 5 7 12 4 2CANADA 3 2 5 2 168 170 14 1 15 2 1CHINA 0 0 0 0 30 30 2 0 2 0 0COMPOSTELA 0 0 0 2 253 255 10 3 13 0 0CRUZ DEL SUR 1 1 2 11 161 172 7 3 10 2 0EUROPE CENTRE-OUEST 0 0 0 0 172 172 9 0 9 0 0IBÉRICA 0 0 0 1 208 209 5 1 6 0 1L'HERMITAGE 2 0 2 2 415 417 25 2 27 0 0MADAGASCAR 3 0 3 7 51 58 1 0 1 0 0MEDITERRÁNEA 1 7 8 23 283 306 9 2 11 3 7MELBOURNE 0 1 1 0 91 91 2 0 2 0 0MÉXICO CENTRAL 3 3 6 13 121 134 3 4 7 0 2MÉXICO OCCIDENTAL 3 2 5 3 135 138 4 4 8 1 1NEW ZAELAND 0 0 0 5 109 114 3 3 6 0 1NIGERIA 7 8 15 17 69 86 2 0 2 2 2NORANDINA 5 5 10 17 133 150 3 6 9 4 3PHILIPPINES 4 3 7 11 39 50 0 4 4 3 4RIO GRANDE DO SUL 3 7 10 45 175 220 8 3 11 8 1SANTA MARÍA DE LOS ANDES 4 2 6 3 123 126 3 2 5 1 1SOUTHERN AFRICA 13 1 14 41 77 118 3 7 10 7 1SRI LANKA AND PAKISTAN 4 2 6 16 46 62 2 2 4 5 2SYDNEY 3 11 14 29 219 248 5 6 11 6 1UNITED STATES OF AMERICA 0 0 0 1 200 201 2 2 4 0 0

TOTAL 82 66 148 336 3669 4005 132 73 205 62 41

* Nota: As Províncias correspondem con á reestructuração realizada até Janeiro de 2007.

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

ESTATÍSTICAS GERAIS D0 INSTITUTO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006*

104 • FMS Mensagem 37

IRMÃOS QUE FIZERAM A PRIMEIRA PROFISSÃO NO ANO 2006

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

1. Arraztoa Hernández Jorge Martín Cruz del Sur Argentina 2006-01-082. Vega Saguier Luis Fernando Cruz del Sur Paraguai 2006-01-203. Fernando Kurukulasuriya Mayon Nilupul Lukshan Sri Lanka and Pakistan Sri Lanka 2006-02-184. Asif Adnan Sri Lanka and Pakistan Paquistão 2006-02-185. Younas Albert Sri Lanka and Pakistan Paquistão 2006-02-186. Arulraj Antony Adaikalam Sri Lanka and Pakistan Índia 2006-02-187. Kanikaisami Jesudoss Sri Lanka and Pakistan Índia 2006-02-188. Bolibol Albert Philippines Filipinas 2006-05-209. Siva Leo Philippines Filipinas 2006-05-2010. Sevilla Danilo Philippines Filipinas 2006-05-2011. Kulinduduko Nangale Patrick Afrique Centre Est Tanzânia 2006-06-1112. Bahati Hamuli Georges Afrique Centre Est R. D. do Congo 2006-06-1113. Kikongolo Sadiki Innocent Afrique Centre Est R. D. do Congo 2006-06-1114. Pataule Kyembwa Jules Afrique Centre Est R. D. Do Congo 2006-06-1115. Mukabane Chrispinus Alvin Afrique Centre Est Quênia 2006-06-1116. Akimana Ernest Afrique Centre Est Ruanda 2006-06-1117. Abiyaremye Felicien Afrique Centre Est Ruanda 2006-06-1118. Mayira François Xavier Afrique Centre Est Ruanda 2006-06-1119. Mushinzimana Valens Afrique Centre Est Ruanda 2006-06-1120. Nzasabimfura Gaston Afrique Centre Est Ruanda 2006-06-1121. Ngarsandje Frederick Nadji Mediterránea Tchad 2006-06-1722. Oruche Sthephen Nigeria Nigéria 2006-06-1723. Onwuasoeze Marcel Ifeanyi Nigeria Nigéria 2006-06-1724. Earong Sebastian Kanguri Mediterránea Gana 2006-06-1725. Siryeh Anthony Doe Mediterránea Libéria 2006-06-1726. Zazueta Muñoz Angel México Occidental México 2006-06-1827. Sinei Brendan Sydney Papua-Nova Guiné 2006-11-1828. Ururu Andrew Sydney Papua-Nova Guiné 2006-11-1829. Au Peter Sydney Ilhas Salomão 2006-11-1830. Peto Max Sydney Ilhas Salomão 2006-11-1831. Tauwato Ishmael Sydney Ilhas Salomão 2006-11-1832. Chimera Alexander Gavinala Southern Africa Maláui 2006-11-1933. Mkwani Crisple Thoni Southern Africa Maláui 2006-11-1934. Chembe Cosmas Elliot Southern Africa Maláui 2006-11-1935. Chidothi Richard Dumbo Southern Africa Maláui 2006-11-1936. Januario Jamal Paulo Fernando Antonio Southern Africa Maláui 2006-11-1937. Chimba Eugene Mwamba Southern Africa Zâmbia 2006-11-1938. Herrera Galicia Alejandro Gustavo América Central El Salvador 2006-12-0839. Velásquez Valladares Juan Carlos América Central El Salvador 2006-12-0840. Martínez Nárvaez Luis Antonio Norandina Colômbia 2006-12-0841. Morales Mutumbajoy Harold Fabian Norandina Colômbia 2006-12-0842. Quintero Galvis José Alberto Norandina Colômbia 2006-12-0843. Sigindioy Chindoy Alexis Ermes Norandina Colômbia 2006-12-0844. Allebrandt Marcelo Brasil Centro-Sul Brasil 2006-12-0845. Brandelero Danuzio Brasil Centro-Sul Brasil 2006-12-0846. Cimadom Leandro Brasil Centro-Sul Brasil 2006-12-0847. Mitcov Rogério de Oliveira Brasil Centro-Sul Brasil 2006-12-0848. Toledo Joilson de Souza Brasil Centro-Norte Brasil 2006-12-0849. Ribeiro Wesley Adenilton Brasil Centro-Norte Brasil 2006-12-0850. Perius Roger Ariel Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-0851. Mentges Adélio Luís Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-08

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

52. Dall'Agnol André Luis Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-0853. Cerbaro Toffolo Ezequiel Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-0854. Wermann Geandir Luís Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-0855. Da Rosa Barrachini Luciano Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-0856. Bonhemberger Marcelo Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-0857. Vancini Rodinei Fernando Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-0858. Nivihero Santos Antonio Southern Africa Moçambique 2006-12-0859. Mèronville Jourdin Canadá Haiti 2006-12-0960. Exama Frantzley Canadá Haiti 2006-12-0961. Golding Justin Michael Sydney Austrália 2006-12-1062. Salvatierra Céspedes Aldo Gabriel Santa María de los Andes Peru 2006-12-17

Março 2008 • 105

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

IRMÃOS QUE FIZERAM A PROFISSÃO PERPÉTUA NO ANO 2006

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

1. Pérez Vides Alex Humberto América Central El Salvador 2006-01-022. Silva Jair Emerson da Brasil Centro-Norte Brasil 2006-01-103. Fontes Guilherme Soares Brasil Centro-Norte Brasil 2006-01-104. Dantas Lúcio Gomes Brasil Centro-Norte Brasil 2006-01-105. Batick Jean-Marie Sydney Vanuatu 2006-03-256. Bertoldi Murilo Brasil Centro-Sul Brasil 2006-05-077. Chingath Santhosh I. Sri Lanka and Pakistan Índia 2006-06-038. Yacob Esu Raja Sri Lanka and Pakistan Índia 2006-06-039. Hernández Castillo Juan Pablo Mediterránea Espanha 2006-06-0510. Ocejo Lambert Mauricio México Central México 2006-06-1011. Cardona Muñoz Nelson Eduardo Norandina Colômbia 2006-06-1812. Alvarez Poveda Salvador Norandina Colômbia 2006-06-1813. Cruz Cruz Wilson Antonio Norandina Colômbia 2006-06-1814. Brollo Adriano Brasil Centro-Sul Brasil 2006-08-1315. Rusanganwa Protais Afrique Centre Est Ruanda 2006-08-1916. Ndagijimana Clement Afrique Centre Est Ruanda 2006-08-1917. Osuji Gregory Ekene Nigeria Nigéria 2006-08-2618. Obiefule Nicholas Chinyere Nigeria Nigéria 2006-08-2619. Mwape Kasongo Southern Africa Zâmbia 2006-09-1620. Franco Hernández Juan Jesús México Central México 2006-10-0721. Ocasiones Rommel Cudal Philippines Filipinas 2006-10-0722. De Castro Allan Jopson Philippines Filipinas 2006-10-0723. Calabria Demosthenes Philippines Filipinas 2006-10-0724. Casuyon Florante C. Philippines Filipinas 2006-10-0725. Talia SAMISONI New Zaeland Tonga 2006-10-0926. Kwame Isaac Frimpong Amponsah Mediterránea Gana 2006-10-2127. Doua Joachim Mediterránea Costa do Marfim 2006-11-04

106 • FMS Mensagem 37

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

28. Koffi Pascal Kouadio Mediterránea Costa do Marfim 2006-11-0429. Porres Arellano Francisco Luis América Central Guatemala 2006-11-2930. Silva Renato Augusto da Brasil Centro-Norte Brasil 2006-12-0831. Santos Juraci Carlos dos Brasil Centro-Norte Brasil 2006-12-0832. Souza Natalino Guilherme de Brasil Centro-Norte Brasil 2006-12-0833. Ruiz Aguirrezábal Iñaki Ibérica Espanha 2006-12-0834. Vázquez Zarazúa Hugo Pablo México Occidental México 2006-12-0835. Sepúlveda Romero Álvaro Danilo Santa María de los Andes Chile 2006-12-0836. Walter Frisnel Canada Haiti 2006-12-0937. Lima Francisco Magalhães de Rio Grande do Sul Brasil 2006-12-1738. López Ríos Edgardo Rafael América Central Porto Rico 2006-12-1939. Kanjan Simon Mediterránea R. de Camarões 2006-12-2740. Nguma Mbeng Martin Mediterránea R. de Camarões 2006-12-2741. Awoh Peter Acho Mediterránea R. de Camarões 2006-12-27

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

IRMÃOS FALECIDOS DURANTE O ANO 2006

1. Filion Pierre 2006-01-01 55 Canada2. Nkhuwa Mathias Abdon 2006-01-01 72 Southern Africa3. Weber Léon Ignace 2006-01-05 88 Europe Centre Ouest4. France Jean-Antoine Euchariste 2006-01-06 90 L'Hermitage5. Langlois Roger Laurent Emile 2006-01-07 85 Canada6. García Ortigosa Emilio Adolfo Rafael 2006-01-07 86 Ibérica7. Turcotte Raymond Louis Raymond 2006-01-09 91 Canada8. Vaser Antonio Antonio Giuseppe 2006-01-12 100 Mediterránea9. Santamarta Gallego Atanasio Miguel Urbano 2006-01-13 94 América Central10. Strack José Matías Gregorio Luis 2006-01-18 72 Cruz del Sur11. Esslinger Martin Louis Martin 2006-01-19 93 L'Hermitage12. Sallenave Bernard Pascal 2006-01-22 83 L'Hermitage13. Casto Guillermo Ruperto Germán 2006-01-29 85 Cruz del Sur14. Maierbeck Georg Raphael Maria 2006-01-29 93 Europe Centre Ouest15. Vincent Vincent Jean Marie 2006-01-30 78 L'Hermitage16. Appuhamy Don Anthony Peter Berchmans 2006-01-31 90 Sri Lanka and Pakistan17. Álvarez Rubio Eloy Ángel Eduardo 2006-02-08 99 Compostela18. Neis Rudi João Ignacio de Azevedo 2006-02-13 75 Brasil Centro-Sul19. García Galarza Ángel Juan Gregorio 2006-02-16 90 Ibérica20. Bilibio Julio Ricardo Felipe 2006-02-17 87 Brasil Centro-Sul21. Miguel Espinosa Ananías Bonifacio José 2006-02-19 95 Norandina22. Paulos João Paulo Cyriaco 2006-02-25 90 Compostela23. Teyssier Pierre-Marie-R Marie Cassien 2006-03-01 89 L'Hermitage

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

Março 2008 • 107

24. Olmo Barriuso Tomás del Bernardo Exuperio 2006-03-01 84 Ibérica25. Vallaris Nicolas Chrysologue 2006-03-02 89 L'Hermitage26. Balandras Léon-Louis Aimé Jean 2006-03-04 84 L'Hermitage27. Fernández Suárez Antonio Simón Antonio 2006-03-09 85 Compostela28. Dubuc Denis 2006-03-11 65 Canada29. O'Donnell George Robert Canice Philip 2006-03-15 91 Sydney30. Di Benedetto Joseph Anthony 2006-03-18 65 United States of America31. Ibañez Gutiérrez José Cosme Bernardo 2006-03-20 85 Mediterránea32. Kangku Henry Thomas Bernard Celestine 2006-03-22 73 Sydney33. Martínez Gómez Víctor Víctor Isidro 2006-04-02 86 Mediterránea34. Koczicki Demétrio Demétrio Abdon 2006-04-02 87 Brasil Centro-Sul35. Orengo Alfredo Giuseppe Adolfo 2006-04-04 75 Cruz del Sur36. Devantèry Paul-Robert Paul Candide 2006-04-06 94 L'Hermitage37. Chambouvet Marcel Joseph Pambon 2006-04-07 91 L'Hermitage38. Lezaun Apesteguia Ciriaco Pedro Alberto 2006-04-07 96 América Central39. Lezcano Santos Francisco Avito Félix 2006-04-13 87 América Central40. Cerini Rocco Giacinto 2006-04-15 82 Mediterránea41. Pestaña García Agustín Ramón Agustín 2006-04-19 75 Compostela42. Badoil Petrus-Eugène Pierre Augustin 2006-04-23 83 L'Hermitage43. Bet Antônio Afonso Rodrigues 2006-04-26 79 Rio Grande do Sul44. Madalozzo Avelino Luciano Mauricio 2006-05-04 82 Rio Grande do Sul45. Bossaert Joseph Joseph Lucien 2006-05-13 91 Europe Centre Ouest46. Ajenjo Fernández Justo 2006-05-17 68 Compostela47. Duvivier Jean-Marie Joseph Maxime 2006-05-18 78 Europe Centre Ouest48. Doheny Thomas Canice 2006-05-20 95 China49. Budgen Terence George 2006-05-21 60 Sydney50. Varis André Frédéric Marie 2006-05-21 80 L'Hermitage51. Bisson Maurice Louis Théodule 2006-05-23 80 Canada52. Beaudet Claude-Roland Claude Albert 2006-05-27 90 Canada53. Mc Cormack John Joseph Philip Neri 2006-05-29 83 Europe Centre Ouest54. Pizzotto Remigio Paulo Taciano Pedro 2006-06-05 97 Rio Grande do Sul55. Alonso García Ignacio Alberto Martín 2006-06-06 83 Ibérica56. Drouin Napoléon George Georges Edouard 2006-06-15 92 Canada57. Agnew Kevin Anthony James Kenneth 2006-06-15 71 Melbourne58. Girard Joseph-Aimé Ambroise Emile 2006-06-15 96 Canada59. Guérin André Faustin 2006-07-01 81 L'Hermitage60. Pérez González Bernardo Pelayo 2006-07-09 82 América Central61. Sánchez Cobian Jesús José Leandro 2006-07-11 102 México Occidental62. Zorita Echeverria Antonio Arnulfo 2006-07-12 101 Mediterránea63. Robles Merino José Gustavo José 2006-07-16 81 Compostela64. Dupré Jean Ignace Jean 2006-07-16 66 L'Hermitage65. Fonseka Joseph Kuvin Gregory Paul 2006-07-16 75 Sri Lanka and Pakistan66. Peláez Barbero Eladio Eladio Víctor 2006-07-17 72 L'Hermitage67. Moreau Jean-Baptiste Benoît Hermas 2006-07-19 92 Canada68. Andrieux Félix Marie Charles 2006-07-22 90 L'Hermitage69. Desbienes Jean-Paul Pierre Jérôme 2006-07-23 79 Canada70. Perret Alfred Yves Eugène 2006-07-26 94 L'Hermitage71. Collombo Osvaldo Osvaldo Paolo 2006-07-26 88 Brasil Centro-Sul72. Preciado Palacios David David Alfonso 2006-07-29 75 México Occidental73. Costa Cristiano Baltazar da 2006-07-29 63 Southern Africa74. Ferland Louis Louis Gédéon 2006-08-06 94 Canada

SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

108 • FMS Mensagem 37

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

IRMÃOS FALECIDOS DURANTE O ANO 2006

75. Pellissier Luis María Bernardo Pascual 2006-08-09 91 Cruz del Sur76. Sporen René René Germer 2006-08-11 83 L'Hermitage77. Samartino Molina David David Gabriel 2006-08-14 72 Compostela78. Razafimandimby Bernard 2006-08-16 62 Madagascar79. Schwaller Lucien Octave Léon 2006-08-23 90 L'Hermitage80. Butler Thomas Joseph Patrick Mary 2006-08-26 77 Sydney81. Hughes Francis Xavier Emilias 2006-08-26 88 United States of America82. O'Driscoll John Michael Fabianus 2006-08-28 96 New Zaeland83. López López Miguel Miguel Marcelino 2006-08-29 75 México Central84. Egan James Raymund James 2006-08-29 67 Southern Africa85. Charly Emile Blaise 2006-08-29 87 L'Hermitage86. Glaeser Pedro Vendelino Paulo Luciano 2006-08-30 100 Rio Grande do Sul87. Gallifa Maqueda Felipe 2006-09-01 56 L'Hermitage88. Martínez Conde Cándido Salvador María 2006-09-01 81 Cruz del Sur89. Liu Tsun (Zun) Paul Paitouolou Célestin 2006-09-01 91 China90. Goutagneux Marcel Joseph Philippe 2006-09-03 84 L'Hermitage91. Scopel Avelino João Ildefonso 2006-09-05 88 Rio Grande do Sul92. García del Valle Aguilar José Pablo Fernando Pablo Fernando 2006-09-06 84 México Occidental93. Kavanagh Owen Joseph Owen Marcian 2006-09-11 93 Sydney94. Ybarz Oliver Diego 2006-09-21 57 L'Hermitage95. Cebrián González Sabas Primitivo Juan 2006-09-22 84 Santa María de los Andes96. Eke David Onyemaechi 2006-09-24 47 Nigeria97. Echavarri Aramendia Silvestre Custodio Enrique 2006-09-25 91 América Central98. Okeke Joseph 2006-09-28 61 Nigeria99. Berthet Francis Claude Antoine 2006-09-29 81 L'Hermitage100. Eguia Quevedo Antonio 2006-10-01 58 Norandina101. Aguirre Asurmendi Máximo Ramón Alberto 2006-10-04 81 Ibérica102. Jiménez Enriquez Victoriano León Martín 2006-10-08 88 Compostela103. Antón López José Blas José 2006-10-12 85 Mediterránea104. García Andrés Gonzalo José Andrónico 2006-10-14 75 Compostela105. Vinai Michele Gaetano 2006-10-16 96 Mediterránea106. Setti Luiz Egydio Luiz 2006-10-16 87 Brasil Centro-Sul107. Benedettini Lorenzo Donato Lorenzo 2006-10-17 83 Cruz del Sur108. De Kee Willy Albert Joseph 2006-10-27 81 Europe Centre Ouest109. Loiselle Emilien Emilien 2006-10-29 85 Canada110. Champagne Marcel Paul Azarias 2006-10-29 80 Canada111. Ortiz Gallegos Juan Juan Oswaldo 2006-11-06 72 México Central112. Pastrana Corral Ángel Nazario José 2006-11-10 81 Norandina113. Carmona Hernández Fernando Filemón 2006-11-11 90 México Occidental114. Rodríguez García Leoncio Leoncio Germán 2006-11-17 86 Mediterránea115. Senosiain Eguaras Marino Teófilo Mateo 2006-11-17 89 Cruz del Sur116. Moreno Villanueva Manuel José Guadalupe 2006-11-20 75 México Central117. Antón del Cueto Agustín Pablo León 2006-11-23 79 Compostela118. Carpintero Gento Gonzalo Hipólito Félix 2006-11-24 77 L'Hermitage119. Kunst Linus Lino Serafim 2006-11-24 90 Rio Grande do Sul120. Martín Arranz Lauro Pascual Aurelio 2006-11-25 87 Santa María de los Andes121. Auwerx Jean Camille Célestin Marius 2006-11-25 84 Europe Centre Ouest122. Blewman John Patrick Cletus John 2006-11-29 81 New Zaeland123. Smith Michael Austin Walter Mary 2006-12-02 80 Melbourne124. Bennnett Augustine Joseph Lawrence Thomas 2006-12-04 91 New Zaeland

SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

Março 2008 • 109

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

125. Bruna Severino Diego 2006-12-06 94 Mediterránea126. Heinen Nicolas Joseph Bénédicte 2006-12-10 86 Europe Centre Ouest127. Desrumaux Robert Robert Gérard 2006-12-10 83 L'Hermitage128. Figueroa Tapia Albino Raúl Emiliano 2006-12-14 87 Santa María de los Andes129. Lachapelle Bernard Bernard Arthur 2006-12-15 72 Canada130. De Wergifosse Fernand Agathon Eugène 2006-12-18 86 Europe Centre Ouest131. Neuwald Lauro José Lauro Felipe 2006-12-24 85 Rio Grande do Sul132. Pasa Neto Ângelo Claudino Clemente 2006-12-31 82 Rio Grande do Sul

SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

110 • FMS Mensagem 37

P R O V I N C I A SNOVIÇOS IRMÃOS DIMINUIÇÃO PROFISSÃO

1º 2º TOT Temp Perp TOT Defts Saidas TOT 1ª Prof PP

1. AFRIQUE CENTRE EST 11 12 23 39 53 92 3 1 4 6 22. AMÉRICA CENTRAL 2 0 2 6 113 119 2 2 4 0 33. BRASIL CENTRO NORTE 7 2 9 22 107 129 3 3 6 2 24. BRASIL CENTRO SUL 4 4 8 29 105 132 2 1 3 3 35. CANADÁ 6 3 9 5 161 166 7 0 7 3 16. CHINA 0 0 0 0 28 28 2 0 2 0 07. COMPOSTELA 0 0 0 2 245 247 7 1 8 0 08. CRUZ DEL SUR 3 1 4 11 159 170 1 2 3 1 09. EUROPE CENTRE OUEST 0 0 0 0 165 165 7 0 7 0 010. IBÉRICA 0 0 0 1 201 202 6 1 7 0 011. L'HERMITAGE 0 2 2 2 391 393 21 3 25 0 012. MADAGASCAR 2 3 5 7 48 55 3 0 3 0 013. MEDITERRÁNEA 6 1 7 29 280 309 3 1 4 7 014. MELBOURNE 0 0 0 0 89 89 1 1 2 0 015. MÉXICO CENTRAL 11 3 14 16 119 135 1 1 2 3 116. MÉXICO OCCIDENTAL 2 2 4 4 129 133 3 4 7 2 217. NEW ZEALAND 0 0 0 5 108 113 0 1 1 0 018. NIGERIA 3 7 10 24 68 92 1 0 1 7 019. NORANDINA 5 5 10 22 128 150 4 1 5 5 020. PHILIPPINES 5 4 9 14 39 53 0 0 0 3 021. RIO GRANDE DO SUL 3 2 5 46 172 218 2 1 3 1 222. SANTA MARÍA DE LOS ANDES 1 4 5 4 117 121 5 2 7 1 023. SOUTHERN AFRICA 12 13 25 52 75 127 2 0 2 11 524. SRI LANKA AND PAKISTÁN 2 4 6 19 46 65 0 0 0 3 225. SYDNEY 0 3 3 32 211 243 5 3 8 3 426. UNITED STATES OF AMERICA 0 0 0 1 193 194 7 0 7 0 1

TOTALE 85 75 160 388 3552 3940 98 29 127 61 28* Nota: As Províncias correspondem con á reestructuração realizada até Janeiro de 2007.

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

ESTATÍSTICAS GERAIS D0 INSTITUTO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007*

Março 2008 • 111

IRMÃOS QUE FIZERAM A PRIMEIRA PROFISSÃO NO ANO 2007

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

1. Machinga Benjamin Southern Africa Zimbabwe 2007-01-022. Song Gang-soo (Francisco) México Central Corea 2007-01-073. Shin Cheol-sik (Canuto) México Central Corea 2007-01-074. Chun Young-geun (Damaso) México Central Corea 2007-01-075. Urrutia Nuñez Carlos Adrian Cruz del Sur Argentina 2007-01-086. Masih Biniamin Sri Lanka and Pakistán Pakistán 2007-01-127. Carreño Céspedes Juan Freddy Santa María de los Ángeles Perú 2007-01-178. Dalpathado Kostapatabandige Shanaka Udara Sri Lanka and Pakistán Sri Lanka 2007-02-179. Santhiagu Robinston Sri Lanka and Pakistán India 2007-02-1710. Benimana Kahigiro Robert Afrique Centre Est Congo R. D. 2007-05-1711. Cagampan Joseph Adrian Philippines Philippines 2007-05-1912. Ponteras Joey Philippines Philippines 2007-05-1913. Sionosa Mark Xyryx Philippines Philippines 2007-05-1914. Ngardoum Nandoumangar Mediterránea Chad 2007-06-1615. Ngaro Samedi Mediterránea Chad 2007-06-1616. Idehen Joachim Osas Nigeria Nigeria 2007-06-1617. Iloabueke Ndubuisi Innocent Nigeria Nigeria 2007-06-1618. Ogwu Lucky Paul Nigeria Nigeria 2007-06-1619. Ogu Emmanuel Oguchi Nigeria Nigeria 2007-06-1620. Okebaram Samuel Chidinma Nigeria Nigeria 2007-06-1621. Shomya Callistus James Nigeria Nigeria 2007-06-1622. Ugbaji Emmanuel Terdoo Nigeria Nigeria 2007-06-1623. Dinayen Brenda Ghakanyuy Mediterránea Camerún 2007-06-1624. Mbiydzenyuy Evaristus Mediterránea Camerún 2007-06-1625. Tombir Sunjo Brendane Mediterránea Camerún 2007-06-1626. Naatey Augustine Teye Mediterránea Ghana 2007-06-1627. Sikloh Erasmus Pupoh Mediterránea Liberia 2007-06-1628. Vargas Graciano César Iván México Occidental México 2007-06-1729. Delgado Esparza Luis Fernando México Occidental México 2007-06-1730. Odhiambo Evans Afrique Centre Est Kenya 2007-06-1731. Oguta Bernard Afrique Centre Est Kenya 2007-06-1732. Ndombari Augustin Apollinaire Afrique Centre Est Centroáfrica 2007-06-1733. Karerangabo Crescent Afrique Centre Est Rwanda 2007-06-1734. Twagirayezu Emilien Afrique Centre Est Rwanda 2007-06-1735. Grisales Ortiz Miguel Angel Norandina Colombia 2007-07-0936. Arnold Francisco Rio Grande do Sul Brasil 2007-11-0237. Besing Moacir Brasil Centro-Sul Brasil 2007-11-0938. Duarte Henrique Brasil Centro-sul Brasil 2007-11-0939. Garaffa Rafael Antonio Brasil Centro-Sul Brasil 2007-11-0940. Sangul Elie Sydney Vanuatu 2007-11-0941. Tombil Jerome Sydney Papúa Nueva Guinea 2007-11-0942. Fakaia Raphael Sydney Islas Salomón 2007-11-0943. Kesakudza Lucias Samuel Bernard Southern Africa Malawi 2007-11-1744. Mkanda Oswald Msosa Southern Africa Malawi 2007-11-1745. Phiri Witman Gracius Southern Africa Malawi 2007-11-1746. Simwinga Peter Chifundo Southern Africa Malawi 2007-11-1747. Tweah Benjamin Priscillah Southern Africa Malawi 2007-11-1748. Banda Lungu Reuben Southern Africa Zambia 2007-11-1749. Njobvun Asensio Southern Africa Zambia 2007-11-1750. Chakabva Padington Taurai Southern Africa Zimbabwe 2007-11-17

112 • FMS Mensagem 37

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

IRMÃOS QUE FIZERAM A PROFISSÃO PERPÉTUA NO ANO 2007

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

SOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA

1. Rivero Flota Juan Pablo México Occidental México 2007-02-042. Dhason Baskar Sri Lanka and Pakistán Índia 2007-03-243. Sagolo Alfred Sydney Pápua Nova Guiné 2007-04-134. Medina Lugo Antonio México Occidental México 2007-04-285. Kucher Franki Kleberson Brasil Centro-Sul Brasil 2007-05-056. Correâ Dos Santos Márcio Brasil Centro-Sul Brasil 2007-05-257. Kelets Cornelius Sydney Papua-Nova Guiné 2007-06-098. Delgado Vázquez Antonio México Central México 2007-06-169. Tanguan Brian Sydney Papua-Nova Guiné 2007-06-1610. Nsabimana Egide Afrique Centre Est Ruanda 2007-06-1711. Kifala Munyilongo Joseph Afrique Centre Est R.D. do Congo 2007-08-1912. Maceia Felizardo Vasco Domingos Southern Africa Moçambique 2007-08-1913. Bwanali John Francis Southern Africa Maláui 2007-09-0114. Seguin Joseph Claude Roger Canada Canadá 2007-09-0815. Robertson Anthony Sydney Australia 2007-09-1516. Tiecher Claudiano Rio Grande do Sul Brasil 2007-09-1617. Phiri Chiza Lorent Southern Africa Zâmbia 2007-09-2218. Sawayenga Tomás Sawália Kapitango Southern Africa Angola 2007-10-2119. Rivera Albert United States of America Estados Unidos da América 2007-11-0320. Malfatti Venicios Meneguzzi Rio Grande do Sul Brasil 2007-11-1721. Sánchez Kopper Jorge América Central Costa Rica 2007-11-2022. Dellalibera Valério Brasil Centro-Sul Brasil 2007-12-0523. Sandoval Martínez Juan Antonio América Central El Salvador 2007-12-0824. Chaskasara Francis Fortune Chiedzo Southern Africa Zimbámbue 2007-12-0825. Nonis Chinthana Nuwan Sri Lanka and Pakistán Sri Lanka 2007-12-0826. Chinchilla Villalobos Ricardo Enrique América Central Guatemala 2007-12-1627. Santos José Antônio dos Brasil Centro-Norte Brasil 2007-12-2228. Falqueto Rubens José Brasil Centro-Norte Brasil 2007-12-22

51. Gijima Tererai Southern Africa Zimbabwe 2007-11-1752. Mahlangu Samson Southern Africa Zimbabwe 2007-11-1753. Chamorro Chamorro Jorge Mauricio Norandina Colombia 2007-12-0854. Jacanamijoy Josa Alvaro Fredy Norandina Colombia 2007-12-0855. Viveros Varona Vladimir Orlando Norandina Colombia 2007-12-0856. Colala Troya Héctor Xavier Norandina Ecuador 2007-12-0857. Ferreira de Lima Edvaldo Brasil Centro-Norte Brasil 2007-12-0858. Martins de Jesus Paulo Henrique Brasil Centro-Norte Brasil 2007-12-0859. Forestal Toussaint Canadá Haití 2007-12-0960. François Wilguins Canadá Haití 2007-12-0961. Louis-Jeune Jean Mance Canadá Haití 2007-12-09

Março 2008 • 113

IRMÃOS FALECIDOS DURANTE O ANO 2007

SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERAL

1. Dinnean Vincent D. Conan Vincent 2007-01-03 92 United States of America2. Rodríguez Rodríguez Primitivo Modesto Miguel 2007-01-05 87 Compostela3. Rutamunuga Rwandoha Vianney 2007-01-07 62 Afrique Centre Est4. Lezcano Giral Emilio Crisóstomo Luis 2007-01-08 95 L'Hermitage5. Pérez Nozal Ildefonso Gabriel Eduardo 2007-01-10 84 Ibérica6. Berthet Claude Claude Marcel 2007-01-10 83 L'Hermitage7. González Sanz Lorenzo Severo 2007-01-23 99 Ibérica8. Grenier Marcel Louis Philippe 2007-01-29 87 Canada9. Joaquím Da Fraga António Amos Rafael 2007-01-29 90 Compostela10. Voarino Agostino Agostino 2007-01-30 74 Mediterránea11. Ali-Messai Didier 2007-02-03 43 Afrique Centre Est12. Descamps Remi Joseph Polycarpe 2007-02-17 85 Europe Centre Ouest13. Ouellet Joseph Jean Art Simeon Arthur 2007-02-18 79 United States of America14. Cordun José Luiz Albano 2007-02-27 91 Brasil Centro-Sul15. Vilda Vilata Juan Francisco Pablo Leandro 2007-03-04 89 Norandina16. Arnaud Firmin-Marcel Marcel André 2007-03-15 75 L'Hermitage17. Biren Léon Jean Jean Michael 2007-03-18 85 Europe Centre Ouest18. Sulmon Michel Léon Arsène 2007-03-24 78 Europe Centre Ouest19. Ruth Bernard Johann Bernard Josef 2007-03-26 68 United States of America20. Martín Alamo Gabino Rubén María 2007-03-31 96 Santa María de los Andes21. Faure Jean-Baptiste François Denis 2007-04-03 93 L'Hermitage22. Condado Paz Dionisio José Vicente 2007-04-04 96 China23. Perron Romuald Romuald Benoît 2007-04-07 87 Canada24. Huidobro Díez Pedro María Javier Pedro 2007-04-10 68 Ibérica25. Romo López Crispín Santos José Ramón 2007-04-11 86 Norandina26. Thiébo Antoine Antoine Berthuin 2007-04-12 87 L'Hermitage27. Snowden Matthew Matthew Richard 2007-04-22 78 United States of America28. Perreault Camille Auguste Désiré 2007-04-24 89 Southern Africa

SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

114 • FMS Mensagem 37

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SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

29. Lavilatte Maurice Valéry 2007-05-02 79 L'Hermitage30. Fidalgo Redondo Basilio Dámaso Silvio 2007-05-03 84 Santa María de los Andes31. Llovet Jario Ángel Licerio José 2007-05-04 95 Santa María de los Andes32. Chou Hsien Hui (Zhou Xian Hui) Joseph Hilaire Edmond 2007-05-14 85 China33. Grivel François Natale 2007-05-15 88 l’Hermitage34. Martínez de Guereñu y Martínez de Albéniz Isaac Doroteo Manuel 2007-05-17 80 Ibérica35. Lampard Kevin James Martial John 2007-05-28 83 Sydney36. Heavey Bernard E. Paul Bernard 2007-06-01 72 United States of America37. Rodríguez García Ángel Ventura 2007-06-01 92 Compostela38. Piper Mogens Olaf 2007-06-02 95 Europe Centre Ouest39. Viricel Claudius Joseph Fulgence 2007-06-03 82 L'Hermitage40. Gutiérrez Fernández Norberto 2007-06-08 64 Compostela41. Olano Merino Enrique Alberto 2007-06-10 29 América Central42. Romo López Jesús Teodoro Vicente 2007-06-10 81 Compostela43. Picheyre Antoine Noël 2007-06-16 81 L'Hermitage44. Ramaroson Joseph 2007-06-16 59 Madagascar45. Ibañez Barbero Luis Luis Victorino 2007-06-17 68 L'Hermitage46. Bouchet Maurice Louis Emmanuel 2007-06-17 82 L'Hermitage47. Metuh Samuel John Samuel 2007-06-21 81 Nigeria 48. Cembrero Hervas Silvino Silvino Donato 2007-06-27 87 Brasil Centro-Norte49. Palmer Martin Aloysius Martin 2007-07-08 85 Europe Centre Ouest50. Castillo Santander Luis Carlos Marcelino 2007-07-12 85 Santa María de los Andes51. Romanckiv Paulo Marcos Eleuterio 2007-07-14 83 Brasil Centro Sul52. Pedrosa Zapatero Eutimio León Eutimio 2007-07-16 89 Compostela53. Roy Bertrand Denis Bernard 2007-07-17 85 Canada54. Garetto Carlo Joseph Borgia 2007-07-18 85 Brasil Centro-Norte55. Borrell Octavius William Marie Octave 2007-07-18 91 Melbourne56. Moro Rovílio Braz María 2007-07-20 78 Rio Grande do Sul57. Fuentes Garrido Ángel de Anselmo Claudio 2007-07-23 90 Norandina58. Pérez González Segismundo Armancio José 2007-07-31 90 México Occidental59. Paquette Omer Julien Omer 2007-08-03 78 Canada60. Rakotondrazafy Augustin Aristide 2007-08-04 48 Madagascar61. Dwyer John Aloysius Alman Sylvester 2007-08-04 76 Sydney62. Reboulet Jean Gentilis 2007-08-08 79 L'Hermitage63. Auclair Léonard Odilon Léonard 2007-08-10 78 Canada

Março 2008 • 115

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SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA

64. González Moreno José María Gerardo José 2007-08-12 73 Mediterránea65. Ibañez Santana Gabriel Oton Gabriel 2007-08-13 81 México Central66. González del Amo José Fidelis Ángel 2007-08-14 88 Ibérica67. Elcarte Elia José Elviro 2007-08-17 85 L'Hermitage68. Baños Rodríguez Benito Efrén María 2007-08-22 86 América Central69. Frassy Giovanni Louis Claudien 2007-08-24 85 Brasil Centro-Norte70. Maire-Sebille Georges Louis Clémentin 2007-08-26 84 L'Hermitage71. Fernández García David David Agustín 2007-08-30 77 Compostela72. Gschrey Johann Manfred 2007-09-05 69 Europe Centre Ouest73. Hopson Kevin Nicholas Crispin Donald 2007-09-13 74 Sydney74. Grehl Josef Otmar Josef 2007-09-14 72 Europe Centre Ouest75. Palomera Palomera Adolfo Grimoaldo María 2007-09-18 97 Santa María de los Andes76. Mottin Antonio João Silvestre Elvo Clemente 2007-09-19 86 Rio Grande do Sul77. Caverley John T. Denis Christopher 2007-09-26 74 United States of America78. Corredera Gutiérrez Eduardo Adolfo José 2007-09-29 96 L'Hermitage79. Cotta Gildo Gildo 2007-09-30 94 Mediterránea80. Favreau Roger Urbain André 2007-10-03 87 Canada81. Brath Joseph Théodoric 2007-10-08 87 L'Hermitage82. Dhesa Dhego Isidore Honoré Ignace 2007-10-14 82 Afrique Centre Est83. May Kevin Arthur Mark Aquinas 2007-10-19 75 Sydney84. Lacour Justin Marie Arnould 2007-10-23 86 L'Hermitage85. Peró Chamberch José Luciano 2007-10-23 83 L'Hermitage86. Arija Santidrian Juan Doroteo León 2007-10-31 79 Ibérica87. Zepeda Cepeda Luis Federico Víctor Aurelio 2007-11-09 81 México Occidental88. Coughlin Francis Eric Venantius 2007-11-18 80 Sydney89. Galliot René Marie Gonzague 2007-11-22 89 L'Hermitage90. Razafintsalama Marc Marc Antoine 2007-11-25 72 Madagascar91. Martín Andrés Argeo José Floriano 2007-11-27 82 Norandina92. Linés Escardó Pablo Pablo Luis 2007-12-06 88 L'Hermitage93. Sáiz López Benito Teófilo Benito 2007-12-07 77 L'Hermitage94. Valle Cagigal José del Filogonio José 2007-12-14 98 Cruz del Sur95. Tesche Carlos Guilherme Deodato María 2007-12-14 73 Southern Africa96. Muñoz Romero Fernando de Jesús 2007-12-26 40 México Occidental97. Ouellet Omer-Fernand Joseph Simon 2007-12-28 101 Canada98. Mathews George Leo George 2007-12-31 87 United States of America

Uma página gloriosa para o Instituto marista,que deu a sua valiosacontribuição, através de um trabalho difícil,exigente e persistente.Champagnat deve estarolhando com bondade e abençoando os irmãosque se empenharam para fazer brilhar a verdade referenteàqueles que deram sua vida pela causa do Cristo e da Boa Mãe.

Quando foi anunciada a beatificação, exultei de alegria, pois era ojusto reconhecimentoàqueles quetestemunharam sua fé noCristo. Ao mesmo tempo,Ir. Mariano, hoje me sintono dever de testemunhara você meu apreço eminha estima peladedicação pela causa dosmártires maristas.Uma afetuosa saudação e um abraço, e que o Senhor da messe, com Maria, Champagnat e nossos mártires,derrame copiosas bênçãossobre aqueles que muitoajudaram a abrir os olhosdo mundo e fizerambrilhar a verdade.

Em Jesus e Maria,Champagnat e os bem-aventurados mártires..Ir. Armando L. Bortolini

Aqui celebramos nauniversidade, com umacerimônia para osprofessores e irmãos. EmLima e em outromomento, tivemos umacerimônia religiosa comos alunos dauniversidade.

Os momentos quepassamos me fizeramreviver muitas recordaçõesde Avellanas. Foiemocionante e aquicelebramos com grandeinteresse. Além disso,quando Gregorioregressou, nos fez seuscomentários sobre aviagem e as cerimônias.Ir. Arturo Fernández

Nós tivemos uma solene celebração em Bogotá, no ColégioChampagnat, no últimodia 4 de novembro.Ramón Benseny

Ressonância das beatificações

As dioceses de Barcelona,Burgos, Urgell, Girona,Lleida, Palencia,Pamplona, Solsona,Tarragona, Tarrassa, Vic,etc., vibraram de alegriacom a beatificação dosfilhos de suas terras. Os bispos organizaram ascelebrações da Eucaristiaem agradecimento,porque dentre os membros de suascomunidades, contavamcristãos que pelafidelidade à própria fésouberam dar suas vidas,a exemplo de Jesus Cristo,isto é, «perdoando».

São muitas as paróquiasque celebraramEucaristias na intençãodos beatos que tinhamnascido ali. Estasiniciativas se constituíramum estímulo de fidelidadee de ação de graças,porque contavam com um de seus filhos dentreaqueles que a Igrejapropõe como modelos a serem imitados.

Conservo em minha menteuma recordaçãoinesquecível daqueles diasvividos em Roma. No dia 6 de novembro,organizamos em nossaCatedral a celebraçãodiocesana na intenção de todos os mártires,incluindo o Irmão Bernardo.

Participaram 108sacerdotes e cerca de mil fiéis. Fiquei muitoimpressionado com a audácia de nossosmártires! Saudações.José Ignacio Munilla,bispo de Palencia

No dia 18 de novembrofoi celebrada a missa em ação de graças na Catedral de Lleida,presidida pelo bispo local,que no dia 1º de dezembrovisitou o vilarejo de Torregrossa, para alitambém celebrar a Eucaristia e abençoar o quadro com a foto do beato Victorino José(José Blanch Roca), queficará exposto na igrejaparoquial. Estou muitocontente porque Deus

me proporcionou saúdepara poder acompanhar a beatificação de meu tio.Tudo foi muito emocionante.Elvira Albareda Blanch

No dia 8 de dezembro,na paróquia de Sant Pere d’Osor,oferecemos a Eucaristiada festa da Imaculadapara comemorar a beatificação do irmãomarista Juame MorellaBrughera. Será tambémcolocada uma placacomemorativa do eventona igreja onde ele foibatizado.Mn. Ramón Oller

no mundo marista