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ANTI-HISTAMÍNICOS Suzana Altenburg Odebrecht

ANTI-HISTAMÍNICOS Suzana Altenburg Odebrecht Histamina A histamina é uma amina biogênica encontrada em numerosos tecidos. Trata-se de um autacóide=uma

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ANTI-HISTAMÍNICOS

Suzana Altenburg Odebrecht

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Histamina

A histamina é uma amina biogênica encontrada em numerosos tecidos.

Trata-se de um autacóide=uma molécula secretada localmente para aumentar ou diminuir a atividade das células adjacentes.

A histamina é um importante mediador dos processos inflamatórios, desempenha também funções significativas na regulação de ácido gástrico e na neurotransmissão.

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Histamina

A histamina é sintetizada a partir do aminoácido L-histidina.

A síntese da histamina ocorre nos mastócitos e basófilos do sistema imune, nas células enterocromafim-símile(ECL) da mucosa gástrica e em certos neurônios no sistema nervoso central(SNC) que utilizam a histamina como neurotransmissor.

É liberada em grandes quantidades durante a fase imediata da reação alérgica.

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HISTAMINA

As vias oxidativas no fígado degradam rapidamente a histamina circulante a metabólitos inertes.

Um importante metabólito da histamina, o ácido imidazolacético, pode ser medido na urina, e o nível desse metabólito é utilizado para estabelecer a quantidade de histamina liberada sistemicamente

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Princípios de farmacologia,2009,David Golan e colaboradores ,2° edição

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Síntese ,armazenamento e liberação da histamina

A síntese e armazenamento da histamina podem ser divididos em dois reservatórios.

Reservatório de renovação lenta: Localiza-se nos mastócitos e basófilos Nessas células inflamatórias, a histamina é

armazenada em grandes grânulos, e sua liberação envolve a desgranulação completa das células, sendo necessário várias semanas para a reposição das reservas de histamina .

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Síntese ,armazenamento e liberação da histamina

O reservatório de renovação rápida :

Localize-se nas células enterocromafins –símiles (ECL) gástricas e nos neurônios histaminérgicos do SNC.

Essas células sintetizam e liberam histamina quando esta se torna necessária para a secreção de ácido gástrico e a neurotransmissão, respectivamente.

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Síntese ,armazenamento e liberação da histamina Ao contrário dos mastócitos e basófilos,

as células ECL e os neurônios histaminérgicos não armazenam histamina.

Na verdade , a síntese e a liberação de histamina nessas células dependem de estímulos fisiológicos.Por exemplo, no intestino, a enzima histidina descarboxilase é ativada após a ingestão de alimento.

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Ações da histamina

A histamina possui um amplo espectro de ações, que envolvem numerosos órgãos e sistemas orgânicos.

Para compreender as funções da histamina, é conveniente considerar seus efeitos fisiológicos em cada tecido.

Esses efeitos incluem ações sobre o músculo liso, o endotélio vascular, as terminações nervosas aferentes, o coração, o trato gastrintestinal e o SNC.

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Ações da histamina

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Ação da histamina no pulmão:

A histamina causa contração do músculo

liso brônquico nos seres humanos(embora esse efeito possa variar em outras espécies).

Pacientes com asma podem ser até 1000vezes mais sensíveis à broncoconstrição

mediada pela histamina do que indivíduos não asmáticos.

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Ações da histamina

As ações celulares da histamina sobre o músculo liso provocam contração de algumas fibras musculares e relaxamento de outras.

A histamina dilata todas as arteríolas terminais e vênulas pós capilares.

Todavia, as veias sofrem constrição com exposição à histamina.

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Ações da histamina na pele:

Na presença de infecção ou de lesão, a dilatação das vênulas induzida pela histamina faz com que a microvasculatura local seja ingurgitada com sangue, aumentando o acesso das células imunes que iniciam os processos de reparo na área lesada.

Esse ingurgitamento explica o rubor observado nos tecidos inflamados.

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Ações da histamina

Embora outros músculos lisos como os do intestino, da bexiga, da íris e do útero sofram contração com a exposição à histamina, não se acredita que esses efeitos desempenhem um papel fisiológico ou clínico significativo.

A histamina também provoca contração das células endoteliais vasculares , provocando a separação dessas células permitindo o escape de proteínas plasmáticas e líquido das vênulas pós-capilares, com conseqüente formação de edema.

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Ações da histamina nas terminações nervosas

As terminações nervosas sensitivas periféricas também respondem à histamina. As sensações de prurido e de dor resultam de uma ação despolarizante direta da histamina sobre as

terminações nervosas aferentes.Esse efeito é responsável pela dor e prurido após uma picada de inseto.

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Ações da histamina

As ações combinadas da histamina sobre o músculo liso vascular, as células endoteliais vasculares e terminações nervosas são responsáveis pela resposta de pápula e eritema observada após a liberação de histamina na pele.

A contração das células endoteliais provoca a resposta de pápula edematosa enquanto o eritema doloroso resulta da vasodilatação e estimulação dos nervos sensitivos.

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Ações da histamina

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Ações da histamina no nariz:

Estimula as terminações nervosas sensoriais(prurido e espirros)

Aumenta a permeabilidade vascular(edema e obstrução)

Estimula secreções glandulares (coriza)

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Ações da histamina no

Os efeitos cardíacos da histamina consistem em pequenos aumentos na força e freqüência das contrações cardíacas.

A histamina aumenta o influxo de Ca++ nos miócitos cardíacos, resultando em aumento do inotropismo.

O aumento da freqüência cardíaca é produzido por um aumento na taxa de despolarização de fase 4 nas células do nó sinoatrial.

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Ações da histamina no

O principal papel da histamina na mucosa gástrica consiste em potencializar a secreção ácida induzida pela gastrina.

A histamina é uma das 3 moléculas que regulam a secreção de ácido no estômago, sendo as outras duas a gastrina e a acetilcolina.

A ativação dos receptores de histamina no estômago leva a um aumento de Ca++ intracelular nas células parietais e resulta em secreção aumentada de ácido clorídrico pela mucosa gástrica.

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Ações da histamina no A histamina também atua como

neurotransmissor no SNC. Tanto a histidina descarboxilase quanto os

receptores de histamina estão expressos no hipotálamo, e os neurônios histaminérgicos do SNC possuem numerosas projeções difusas pelo cérebro e medula espinhal.

Embora a função da histamina no SNC não estejam bem estabelecidas, acredita-se que ela seja importante na manutenção do estado de vigília e atue como supressor do apetite.

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Receptores de histamina

As ações da histamina são mediadas pela sua ligação a 4 subtipos de receptores:

H1,H2,H3 e H4 Todos os 4 subtipos consistem em

receptores acoplados à proteína G . As isoformas do receptor diferem nas vias

de segundos mensageiros e na sua distribuição tecidual.

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Receptores de histamina

Princípios de farmacologia,2009,David Golan e Colaboradores,2° edição

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Receptor H1

Os receptores H1 são expressos primariamente nas células endoteliais vasculares e nas células musculares lisas.

Esses receptores medeiam as reações inflamatória e alérgicas.

As respostas teciduais específicas à estimulação dos receptores H1 incluem:edema, broncoconstrição e sensibilização da terminações nervosas aferentes primárias

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Receptor H1

Os receptores H1 também são expressos em receptores histaminérgicos pré-sinápticos no núcleo túbero-mamilar do hipotálamo, onde atuam como auto-receptores para inibir a liberação adicional de histamina.

Esses neurônios podem esta envolvidos no controle dos ritmos circadianos e no estado de vigília.

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Receptores H2

A principal função do receptor H2 consiste em mediar a secreção de ácido gástrico pelo estômago.

Esse subtipo de receptor é expresso nas células parietais da mucosa gástrica, onde a histamina atua de modo sinérgico com a gastrina e a acetilcolina, regulando a secreção ácida.

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Receptores H2

Os receptores H2 também são expressos nas células musculares cardíacas, em algumas células imunológicas e em neurônios pré-sinápticos.

Os receptores H2 encontrados nas células parietais ativam uma cascata de AMPc dependente da proteína G, resultando em liberação aumentada de prótons, mediada pela bomba de prótons, no líquido gástrico.

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Receptores H3 Os receptores H3, parecem exercer uma

inibição por retroalimentação em certos efeitos da histamina.

Os receptores H3 foram localizados em vários tipos celulares, incluindo neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL no estômago.

Nas terminações nervosas pré-sinápticas, os receptores H3 ativados suprimem a descarga neural e a liberação da histamina.

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Receptores H3

Os receptores H3 também parecem limitar as ações histaminérgicas na mucosa gástrica e no músculo liso brônquico.

Os efeitos distais da ativação dos receptores H3 são mediados através de uma diminuição no influxo de Ca++.

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Receptores H4

Os receptores H4 são encontrados nas células de origem hematopoiéticas,principalmente mastócitos,eosinófilos e basófilos.

Os receptores H4 compartilham com os receptores H3 uma homologia de 40% e ligam-se a numerosos agonistas dos receptores H3,embora com menor afinidade.

O acoplamento do receptor H4 à G i/o leva a uma diminuição do AMPc e ativação da fosfolipase C beta,e os eventos distais resultam em aumento de Ca++ intracelular

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Receptores H4

Os receptores H4 possuem interesse particular, visto que se acredita que eles tenham um papel importante na inflamação, foi constatado que a ativação dos receptores H4 medeia a quimiotaxia dos mastócitos induzida pela histamina, bem como a produção de leucotrienos B4.

Estão sendo desenvolvidos antagonistas dos receptores H4 para o tratamento de doenças inflamatórias que envolvem mastócitos e eosinófilos.

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Fisiopatologia

A histamina é um mediador essencial das respostas imunes e inflamatórias.

A histamina desempenha papel proeminente na reação de hipersensibilidade mediada por IgE, também conhecida como reação alérgica.

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Fisiopatologia

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Fisiopatologia

A histamina liberada pelos mastócitos e basófilos liga-se a receptores H1 sobre as células musculares lisas vasculares e as células endoteliais vasculares.

A ativação desses receptores aumenta o fluxo sanguíneo local e a permeabilidade vascular.

Esse processo completa o estágio inicial da resposta inflamatória.

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Fisiopatologia

A inflamação prolongada requer a atividade de outras células imunes.

A vasodilatação local induzida pela histamina propicia um maior acesso dessas células imunes à área lesada, enquanto o aumento da permeabilidade vascular facilita o movimento das células imunes para o tecido.

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Fisiopatologia

A desgranulação dos mastócitos também pode ocorrer como resposta à lesão tecidual local, na ausência de uma resposta imune humoral.

Por exemplo, o traumatismo ou a ocorrência de lesão química podem romper fisicamente a membrana dos mastócitos, deflagrando assim, o processo de desgranulação.

A liberação de histamina permite um maior acesso dos macrófagos e de outras células imunes, que começam o processo de reparo da área lesada.

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Manifestações clínicas da fisiopatologia da histamina

urticária

asma

Rinite

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Histamina e anafilaxia

É uma condição potencialmente fatal, causada pela desgranulação maciça de mastócitos sistêmicos.

Tipicamente, o choque anafilático é desencadeado em um indivíduo previamente sensibilizado por uma reação de hipersensibilidade a uma picada de inseto, a um antibiótico, como a penicilina ,ou a ingestão de certos alimentos altamente alergênicos como por exemplo, nozes.

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Histamina e anafilaxia

Um alérgeno de distribuição sistêmica,como por exemplo,através de injeção intravenosa ou absorção da circulação,pode estimular mastócitos e basófilos a liberarem histamina em todo corpo.

A conseqüente vasodilatação sistêmica provoca uma redução maciça da pressão arterial; a hipotensão também resulta do acumulo sistêmico de líquido, devido ao extravasamento de plasma para o interstício.

A liberação maciça de histamina também provoca broncoconstrição grave e edema da epiglote.

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Classes e agentes farmacológicos A farmacologia da histamina emprega 3

abordagens,que levam ,cada uma delas ,à inibição da ação da histamina.

A primeira abordagem, que é a mais frequentemente utilizada, consiste na administração de anti-histamínicos, que tipicamente são agonistas inversos ou antagonistas competitivos seletivos dos receptores H1,H2,H3 ou H4.

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Classes e agentes farmacológicos A segunda estratégia consiste em

impedir a desgranulação dos mastócitos induzida pela ligação de um antígeno ao complexo IgE/receptor Fc nos mastócitos.

O Cromolin e o Nedocromil utilizam essa estratégia para evitar crises de asma.

Esses compostos interrompem a corrente de cloreto através das membranas dos mastócitos, que constitui uma etapa essencial no processo de desgranulação

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Classes e agentes farmacológicos A terceira estratégia consiste em

administrar um fármaco capaz de neutralizar funcionalmente os efeitos da histamina.

O uso da Epinefrina no tratamento da anafilaxia fornece um exemplo dessa abordagem.

A Epinefrina que é um agonista adrenérgico, induz broncodilatação e vasoconstricção, essas ações anulam a broncoconstrição e vasodilatação e a hipotensão causadas pela histamina no choque anafilático.

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Estratégias da farmacologia da histamina

1) Administração de agonistas inversos do receptor de histamina=Difenidramina=ASMA

2) Prevenção da desgranulação dos mastócitos=Cromolin e Nedocromil=ASMA

3) Administração de antagonistas fisiológicos para anular os efeitos patológicos da histamina=Epinefrina=ANAFILAXIA

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Anti-histamínicos

Os anti-histamínicos são denominados segundo o receptor para histamina com o qual interagem.

Assim, aqueles que atuam preferencialmente em receptores H1, H2, H3 e H4 são chamados respectivamente,anti-H, anti-H2, anti-H3 e anti-H4.

Os anti-H1 são os mais utilizados no tratamento das doenças alérgicas.

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Mecanismo de ação dos anti-H1

Durante anos se acreditou que os anti-H1 atuassem como antagonistas competitivos da histamina, bloqueando o sítio de ligação da histamina nos receptores.

Os avanços recentes na farmacologia da histamina demonstraram que os anti-H1 são agonistas inversos, mais do que antagonistas dos receptores.

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Mecanismo de ação dos anti-H1 Os receptores H1 parecem coexistir em 2

estados de conformação- as conformações inativa e ativa- que estão em equilíbrio na ausência de histamina ou de anti-histamínico.

No estado basal,o receptor tende a à sua ativação constitutiva.

A histamina atua como agonista para a conformação ativa do receptor H1 e desvia o equilíbrio para o estado ativo do receptor

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Mecanismo de ação dos anti-H1 Em comparação os anti-histamínicos são

agonistas inversos. Os agonistas inversos ligam-se

preferencialmente à conformação inativa do receptor H1 e desviam o equilíbrio para o estado inativo.

Por conseguinte, mesmo na ausência de histamina endógena, os agonistas inversos reduzem a atividade constitutiva do receptor.

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Classificação dos anti-histamínicos H1 Bovet e Staub, em 1937, descobriram os

primeiros anti-H1, mas só em 1944 foi lançado por pesquisadores franceses o Neoantergan, o primeiro anti-histamínico efetivo e seguro.

Nos EUA foi descoberto a Difenidramina com nome comercial de Benadryl.

Em 2002, 17 diferentes anti-histamínicos estavam à venda no UK.

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Classificação dos anti-histamínicos H1

São as drogas mais prescritas no mundo e, embora tenham eficácia semelhante no tratamento de pacientes com rinoconjuntivite alérgica, urticária e outras doenças alérgicas, diferem de forma importante quanto à sua estrutura química, farmacologia clínica e potencial de toxicidade.

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Classificação dos anti-histamínicos Na atualidade , os anti-histamínicos

H1 são divididos em duas categorias: os anti-histamínicos de primeira geração e de segunda geração.

Também podem ser denominados clássicos ou sedante e não clássicos ou não sedante no que diz respeito à sua atividade no SNC.

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Anti-histamínicos de primeira geração

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Classificação dos anti-histamínicos

Princípios da farmacologia,2009,David Golan e cols.

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Classificação dos anti-histamínicos

Princípios de farmacologia,2009,David Golan e cols.

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Anti-histamínicos de primeira geração

Por terem fórmulas estruturais reduzidas e serem altamente lipofílicos, atravessam a barreira hematoencefálica, se ligam facilmente aos receptores H1 cerebrais e geram assim o seu principal efeito colateral que é a SEDAÇÃO

São rapidamente absorvidos e metabolizados o que exige a sua administração em 3-4 tomadas diárias.

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Anti-histamínicos de segunda geração

Tem alta afinidade e seletividade pelo receptor H1.

Após administração oral nas doses habituais, atingem rapidamente seu pico de concentração nos tecidos.

A ação da maioria deles se inicia 1-2 horas após a administração,sendo seu efeito manifestado por 24 hs, podendo ser empregado uma vez ao dia.

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Efeitos farmacológicos e usos clínicos

As evidências mostram que o uso contínuo é mais vantajoso e eficaz que a livre demanda.

Em crianças, o tratamento por tempo prolongado pode, ainda, melhorar os sintomas de vias aéreas inferiores e exercer efeito profilático no início da asma em lactentes monos-sensibilizados(a ácaros da poeira e pólen de gramíneas)

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Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária

Maleato de clorfeniramina:Anagrip,Apracur,Benegripe,Cheracap,Desc

on,Fluviral,Resfenol,Sinutab,Superhist Maleato de bronfeniramina:Decongex plus,Dimetapp elixir Cloridrato de Meclizina:Meclin

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Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária

Hidroxizina:Hixizine,Prurizin e Marax Maleato de carbinoxamina:Naldecon,Nasoliv,Resprin Dimenidrinato:Dramin,Dramin B6,Nausolin B6

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Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária

Cloridrato de difenidramina:Adnax, Alergofilinal, Benalet, Benatrix,

Caladryl,Expectil, Notuss,Ozonil expectorante, Paratoss,Solardril,Tossilerg Succinato de doxilamina:Hystós plus, Silencium, Silomat plus Pirilamina:Conidrin, Engov, Enjoy, Nariplus, Nasopan

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Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária

Prometazina:DorilessFenergan creme Cloridrato de prometazina:Fenergan,Prometazol,Fenergan

expectorante,Sedador,LisadorPrometazol creme

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Anti-histamínicos de segunda geração na prática diária

Cloridrato de epinastina:Talerc Cloridrato de fexofenadina:Allegra,Altiva,Fexodane Loratadina:Altinac,Clarilerg,Claritin,Histadin,Histamix,

Loralerg,Loranil,Loremix e as associações com pseudoefedrina acrescenta a letra D ao produto.

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Fexofenadina=Allegra

É um metabolito farmacologicamente ativo da terfenadina,apresenta alta afinidade e seletividade pelos receptores H1 periféricos.

Não atravessa a BHE e é minimamente metabolizado.

Em adultos doses de 120 a 180 mg/dia e crianças com 6 a 11 anos 60 mg/dia, tem potente efeito supressor sobre a pápula e o eritema induzido pela histamina e os sintomas da RA sazonal e perene,inclusive a obstrução nasal.

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Fexofenadina=Allegra

É capaz de melhorar de forma significativa os sintomas e a qualidade de vida de pacientes com UCI.

Evidências indicam que a FEX é segura e bem tolerada em doses até 11 vezes maiores que as terapêuticas.

É destituída de efeito anticolinérgico significativo.

Estudos comprovam sua segurança cardiovascular,sedo a droga mais estudada quanto ao potencial de efeitos cardiotóxicos.

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Fexofenadina

Não produz qualquer efeito adverso significativo sobre as funções cognitivas e psicomotoras,com semelhança de sedação semelhante ao placebo.

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Anti-histamínicos de segunda geração na prática diária

Dicloridrato de cetirizina:Aletir,Cetrizin,Zetalerg,Zyrtec e

associações com pseudoefedrina acrescenta a letra D ao produto.

Azelastina:Rinolastin nasal Desloratadina:Desalex

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Desloratadina=Desalex

É um metabolito ativo da Loratadina que tem alta afinidade de ligação pelo receptor H1.

Apesar disso, também interage com 5 subtipos de receptores muscarínicos, o que sugere que possua menor seletividade pelo receptor H1 quando comparada com outros anti-H1 da mesma geração.

É absorvida rapidamente e sofre metabolização de primeira passagem no fígado pela via do citocromo P450.

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Desloratadina=Desalex

Embora esse fato implique num potencial de interação com drogas que são metabolizadas pela mesma via,como eritromicina e cetoconazol,não existem evidências diretas que isso ocorra.

Potente efeito supressor sobre a pápula e eritema induzido pela histamina.

Em adultos e crianças acima de 12 anos, DL 5mg/dia é eficaz no tratamento da RA sazonal e perene e da intermitente,melhorando todos os sintomas nasais inclusive a obstrução e sintomas nasais associados.

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Desloratadina=Desalex

Estudos realizados na urticária crônica idiopática,foi capaz de melhorar de forma significativa tanto os sintomas como a qualidade de vida dos pacientes.

Mostrou-se segura para tratamento de RA e UCI em crianças de 2 a 5 anos e de 6 a 11 anos nas doses de 1,25 mg e 2,5 mg/dia.

Não induz alterações clinicamente relevantes no intervalo QT,mesmo em indivíduos que utilizam drogas que usam a mesma via de metabolização hepática.

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Anti-histamínicos de segunda geração na prática diária

Ebastina:Ebastel Levocetirizina:Zyxem Rupatadina:Rupafin

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Levocetirizina=Zyxen

É o R-enantiômero ativo da cetirizina. Duas vezes mais afinidade pelo receptor H1 que a

cetirizina. É rápida e extensamente absorvida e

minimamente metabolizada. Administrada 5mg/dia, adultos e crianças de 6 a

11 anos, tem potente efeito supressor sobre a pápula e eritema induzidos pela histamina, RA sazonal e persistente, melhorando todos os sintomas nasais inclusive obstrução, UCI e na prevenção de sintomas imediatos e tardios nos pacientes com reações à picada de inseto.

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Levocetirizina=Zyxen

Não interage de forma significativa com qualquer dos subtipos de receptor muscarínicos e, portanto,não manifesta efeitos anticolinérgicos marcantes.

Trata-se de um composto seguro e bem tolerado, com mínima incidência de efeitos adversos.

Não ocasiona sedação, nem qualquer efeito deletério na cognição e psicomotricidade.

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Rupatadina

É um anti-H1 capaz de interagir tanto com receptores H1 quanto com receptores para o PAF,exercendo portanto atividade anti-H1 e anti-PAF.

Início de ação rápida e longa duração de efeito.

Tem potente atividade anti-H1 periférica,inibindo a pápula e eritema induzido pela histamina,de forma dose dependente.

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Rupatadina=Rupafin

Eficaz para tratamento da RA -10 mg/dia a partir dos 12 anos de idade, melhorando o escore de sintomas nasais (incluindo obstrução) e não nasais.

É um composto seguro e bem tolerado,com mínimo de efeitos colaterais.

Não produz qualquer efeito adverso significativo nas funções cognitivas e psicomotoras.

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Rupatadina=Rupafin

Sedação semelhante à observada com placebo.

Não foram descritos aumentos clinicamente significativos do intervalo QTc, mesmo em idosos e pacientes que faziam uso de eritromicina e cetoconazol.

Deve-se evitar RUP em associação com drogas que utilizam a via do citocromo P450 uma vez que ela sofre metabolização hepática.

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Efeitos antialérgico-antiinflamatório

Alguns anti-H1 regulam a expressão e/ou liberação de citocinas, quimiocinas, moléculas de adesão e mediadores inflamatórios.

As propriedades antialérgicas dos anti-H1 geralmente dizem respeito à sua capacidade de afetar a atividade de mastócitos e basófilos, inibindo a liberação de mediadores pré-formados, como a histamina, triptase, leucotrienos e outros.

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Efeitos antialérgico-antiinflamatório

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Efeitos antialérgico-antiinflamatório

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Efeitos antialérgico-antiinflamatório

Vários anti-H1 de segunda geração(particularmente a cetirizina) são capazes de inibir o influxo de eosinófilos, alteram a expressão das moléculas de adesão no epitélio e no eosinófilos, e reduzem in vitro a sobrevida do eosinófilos.

In vivo e in vitro são capazes de alterar a produção de citocinas inflamatórias(TNF-alfa,IL-1beta e IL-6 )e citocinas reguladoras do equilíbrio Th1/Th2 (IL-4 e IL-13).

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Efeitos farmacológicos e usos clínicos Os anti-histamínicos H1 são mais úteis no

tratamento de distúrbios alérgicos para aliviar os sintomas de rinite, conjuntivite, urticária e prurido, mas não são úteis no controle da obstrução nasal.

Eles bloqueiam fortemente a aumento da permeabilidade capilar necessária para formação de edemas e pápulas.

As propriedades antiinflamatórias são atribuíveis à supressão da via do NF-kB(fator nuclear capa)

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Efeitos farmacológicos e usos clínicos

Os anti-histamínicos H1 de primeira e segunda geração são igualmente eficazes no tratamento de urticária crônica; entretanto, não são efetivos contra a vasculite urticariforme ou o angioedema hereditário(deficiência do inibidor de C1).

A Hidroxizina e a Doxepina são potentes agentes anti-pruriginosos,e a sua eficiência clínica provavelmente está relacionada com seus efeitos pronunciados no SNC

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Efeitos farmacológicos e usos clínico O doxepina, um antidepressivo tricíclico, é

mais bem utilizado em pacientes com depressão, visto que até mesmo a administração de pequenas doses pode causar confusão e desorientação em pacientes não-deprimidos.

Os anti-H1, são ineficazes como medicação única na asma, na anafilaxia ou angioedema grave com edema de laringe(Epinefrina é o tratamento de escolha).

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Efeitos farmacológicos e usos clínico

Os anti-histamínicos tópicos(incluindo preparações nasais e oftálmicas) apresentam início mais rápido de ação; entretanto, necessitam de várias doses ao dia.

As preparações cutâneas de anti-histamínicos, administradas no tratamento de dermatoses pruriginosas, podem causar paradoxalmente dermatite alérgica.

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Efeitos farmacológicos e usos clínico

Os anti-histamínicos H1 também podem ser usados no tratamento de cinetose, náusea e vômitos associados á quimioterapia e insônia.

Ao inibir os sinais histaminérgicos para o centro do vômito ,os anti-H1 como o Dimenidrato, a Difenidramina, a Meclizina e a Prometazina mostram-se úteis como agentes antieméticos.

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Efeitos farmacológicos e usos clínico

Em virtude de seus efeitos depressores no SNC, os anti-histamínicos de primeira geração, como a Difenidramina, a Doxilamina e a Pirilamina, também são utilizados no tratamento de insônia.

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Farmacocinética

Os anti-histamínicos H1 por via oral são bem absorvidos pelo trato gastrintestinal e alcançam concentrações plasmáticas máximas em 2-3 hs.

A duração do efeito varia, dependendo do anti-H1 específico utilizado.

Os anti-histamínicos H1 de primeira geração distribuem-se amplamente por todos os tecidos periféricos, inclusive SNC

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Farmacocinética

Os anti-H1 de segunda geração, são compostos ionizados em pH fisiológico, razão pelo qual não sofrem rápida difusão através das membranas e

penetram pouco no SNC. Ligam-se altamente à albumina e,

portanto, estão menos livres para difundir-se no SNC.

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Farmacocinética

Como são drogas frequentemente prescritas para uso prolongado, a possibilidade de que possam interagir com outras drogas deve ser sempre levada em consideração.

Todos os anti-H1 de segunda geração, à exceção de Cetirizina,Levociterizina e Fexofenadina ,são metabolizados pela via do citocromo P450.

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farmacocinética

Os anti-histamínicos H1 são metabolizados, em sua maioria, pelo fígado, e deve-se considerar um ajuste da dose em pacientes com doença hepática grave.

Os fármacos que são substratos ou inibidores da enzima do citocromo P450 podem afetar o metabolismo da Loratadina

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Efeitos adversos

Os principais são:1-toxicidade do SNC2-toxicidade cardíaca3-efeitos anticolinérgicosEnquanto o perfil de efeitos adversos dos

anti-H1 de segunda geração foi intensamente investigado, não foram conduzidos estudos de segurança a longo prazo dos de primeira geração, a despeito de seu uso por mais de 6 décadas.

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Efeitos adversos no SNC

Em virtude da sua alta lipolifilidade, os anti-H1 de primeira geração penetram rapidamente na barreira hematoencefálica.

Esses fármacos antagonizam os efeitos neurotransmissores da histamina sobre os receptores H1 no SNC (hipotálamo) e na periferia.

A alta penetração no SNC é responsável pela sua ação sedativa.

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Efeitos adversos no SNC

Os fatores que aumentam o risco de toxicidade incluem, baixa massa corporal, disfunção hepática ou renal grave e uso concomitante de drogas, como, álcool, que comprometem a ação do SNC.

Os anti-H1 de segunda geração, tem baixa penetração no SNC pela sua ligação à albumina e são ionizados em pH fisiológico ,portanto não sofrem rápida difusão através das membranas.

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Efeitos adversos no SNC

Devido aos efeitos sedativos limitados, esses anti-H1 de segunda geração são preferidos para uso prolongado.

A Loratadina, Desloratadina e Fexofenadina são os únicos aprovados para uso por pilotos de aeronaves.

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Efeitos adversos no coração

Os anti-H1Astemizol e Terfenadina podem prolongar o intervalo QTc, causar arritmia e torsades de pointes e foram retirados do mercado.

Nesses casos, invariavelmente, os compostos estavam sendo administrados em doses além das recomendadas ou em associação com drogas que utilizam a mesma via de metabolização hepática como o Cetoconazol e a Eritromicina.

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Efeitos adversos anticolinérgicos A maioria dos anti-H1 de primeira geração,

senão todos, apresentam efeitos farmacológicos não relacionados à ligação com o receptor H1.

O principal deles é o efeito anticolinérgico, por sua capacidade de ligar-se a receptores muscarínicos, ocasionando taquicardia, dilatação da pupila, ressecamento dos olhos, boca seca e retenção e hesitação urinária.

Esses efeitos não tem sido descritos com os de segunda geração.

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Efeitos colaterais

A overdose fatal dos anti-histamínicos H1 de primeira geração deve-se, mais provavelmente, aos efeitos adversos profundos sobre o SNC do que aos efeitos cardíacos adversos.

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Antagonistas dos receptores H2

Esses agentes atuam como antagonistas competitivos e reversíveis da ligação da histamina aos receptores H2 nas células parietais gástricas, e portanto reduzem a secreção de ácido gástrico.

As indicações clínicas incluem a doença do refluxo ácido (pirose) e a doença ulcerosa péptica.

Muitos desses medicamentos estão disponíveis de venda livre para tratamento sintomático da pirose.

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Antagonistas dos receptores H2

A Cimetidina e a Ranitidina são dois dos antagonistas H2 mais comumente utilizados.

Um efeito adverso significativo da cimetidina envolve a inibição do fármaco mediado pelo cito cromo P450, podendo resultar em elevações indesejáveis dos níveis plasmáticos de certos fármacos administrados concomitantemente.

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Antagonistas dos receptores H2

Os receptores H2 também estão expressos no SNC e no músculo cardíaco; entretanto, as doses terapêuticas dos antagonistas H2 são suficientemente baixas, de modo que os efeitos adversos cardiovasculares e do SNC são insignificantes.

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Antagonistas dos receptores H3

Até o momento nenhum fármaco para uso clínico foi aprovado.

Acredita-se que os receptores H3 fornecem uma inibição por retroalimentação de certos efeitos da histamina no SNC e ECL.

Em estudos em animais, eles induzem a um estado de vigília e melhoram a atenção, e acredita-se que esses efeitos sejam mediados pela hiperestimulação de receptores H1 corticais.

Tioperamida, Clobenpropit, Ciproxifan e Proxifan são drogas em estudo.

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Antagonistas dos receptores H4

À semelhança dos receptores H3, os receptores H4 acoplam-se à Gi/o, diminuindo a concentração intracelular de AMPc.

Como os receptores H4 são seletivamente expressos em células de origem hematopoiética, particularmente mastócitos, basófilos e eosinófilos, existe considerável interesse em elucidar seu papel no processo inflamatório.

Representam uma área promissora de desenvolvimento de fármacos para tratamento de condições inflamatórias que envolvem mastócitos e eosinófilos

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Conclusão e perspectivas futuras Avanços recentes , após a clonagem do gene

para a codificação do receptor H1, aprimoraram o conhecimento sobre as interações do ligante com o receptor em nível molecular.

Assim, com a clonagem dos genes que codificam o receptor H1 da histamina, uma nova área de pesquisa da histamina tornou-se realidade, aumentando as possibilidades do desenvolvimento de novos anti-H1 com maior potência, segurança e seletividade.

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Conclusão e perspectivas futuras Os antagonistas H3 tem o potencial de

aumentar o estado de vigília e melhorar a atenção e a aprendizagem.

Agentes dirigidos contra os receptores H4 poderão algum dia ser utilizados no tratamento de uma ampla variedade de doenças , como asma, rinite alérgica e artrite reumatóide.

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