Histamina Em Pescados

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    1/24

    Centro Universitrio Vila VelhaCurso de Medicina Veterinria

    KARLA BARBOSA RODRIGUES

    HISTAMINA X PESCADO REVISO BIBLIOGRFICA

    Vila Velha-ES2007

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    2/24

    2

    Karla Barbosa Rodrigues

    HISTAMINA X PESCADO REVISO BIBLIOGRFICA

    Vila Velha-ES2007

    Trabalho apresentado disciplina de

    Estgio supervisionado do Curso de

    Medicina Veterinria do Centro

    Universitrio Vila Velha.

    Orientador: Msc. Gilberto Marcos Junior.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    3/24

    3

    Agradecimentos

    Agradeo a Deus, pois tudo nos dado s nos falta a f. Aos meus pais, que investiram e

    apoiaram. Minha prima Priscila, que ouviu muitos lamentos e colaborou intensamente para a

    realizao deste trabalho. Minha tia Zilma que me ouviu com pacincia. As amigas e colegas de

    curso: Perla, Emilie, Fernanda, rica e Priscilla por compartilharem os surtos, gargalhadas e

    conhecimentos. Prima Kelly e tia Rosa, por me abrigarem e compreenderem no perodo de

    estgio supervisionado. Rodolpho Cassani e Monique Ellen, pela ajuda nas tradues. Fabiano

    Valladares por ter transformado libras em quilos. A professora Krishna, pelos artigos enviados. A

    professora Graziela, por atender ao telefone e o Messenger quase todas as vezes.Ao professor e

    orientador Gilberto por conseguir me acalmar. Aos novos amigos da Vigilncia sanitria deGuarapari. E ao Grupo de interesse em pescado, que por muitas vezes me esclareceu dvidas.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    4/24

    4

    Resumo

    O pescado a principal fonte de protena de alguns pases costeiros, sendo tambm um excelentealimento do ponto de vista nutricional. Porm, muito perecvel, devendo ser manipulado dentrodas exigncias higinico sanitrias a fim de prevenir as toxinfeces alimentares. Dentre astoxinfeces destaca-se a intoxicao por histamina que provm da ingesto de peixes quecontenham altos nveis de histidina livre, como os pertencentes s famlias Scombridae,Clupeidae, Engraulidae, Coryfenidae, Pomatomidae e Scombresosidae. Alm de prejuzos sade humana, a intoxicao histamnica levou a Comunidade Europia a criar barreiras para asimportaes dos produtos pesqueiros brasileiros, fazendo com que algumas empresas, que noconseguiram se adequar, sassem do mercado internacional. O objetivo deste estudo foi destacar aimportncia da histamina no pescado, atravs da reviso bibliogrfica desde a sua formao atmedidas preventivas, assim como os prejuzos causados por esta na sade pblica. Quando ospeixes so expostos a condies de tempo/temperatura abusivos, as bactrias naturalmentepresentes em brnquias, pele, intestino e na cavidade abdominal se multiplicam dando origem aenzima histidina descarboxilase que por sua vez promove a descarboxilao da histidina livre emhistamina. A grande dificuldade em combater a proliferao bacteriana no pescado advm do fatode que h bactrias formadoras de histamina que so classificadas como haloflicas,psicrotolerantes e anaerbias facultativas, ou seja, conseguem crescer nos meios mais utilizadospara conservao do pescado.Dentre estas bactrias, as mais apontadas como responsveis pelosaltos nveis de histamina so aMorganella morganii, oProteus vulgaris e o Photobacteriumphosphoreum. Pessoas que venham a ingerir grande quantidade de histamina e apresentemdificuldade em metaboliz-la, provavelmente desenvolvero a doena popularmente conhecidacomo escombrotoxicose, pois antigamente era associada a peixes como Atum e Cavalapertencentes famlia Scombridae. Seu perodo de incubao muito curto podendo variar deminutos a horas, e em casos mais graves a doena pode durar at 24 horas. Seus sinais maiscomuns so eritema, prurido e edema principalmente na face e pescoo, acompanhados de vmitoe diarria. Geralmente, os pacientes respondem bem aos anti-histamnicos. Uma vez que ahistamina formada, no pode ser eliminada mesmo que o peixe seja enlatado, cozido ou tenharecebido qualquer outro tratamento trmico como calor ou congelamento. Contudo, pode-seprevenir a multiplicao mantendo a cadeia de frio em todas as etapas da produo at oconsumo, o que faz da preveno um mtodo custoso, mas garante uma vida de prateleira segura.Com este estudo, observou-se que a histamina pode ser formada por vrios fatores e sua presenageralmente indica que houve falhas higinico-sanitrias ou de temperatura/tempo em algumaparte do processamento, o que dificulta relaes internacionais, trazendo perdas econmicas aopas.Palavras-chave: Bactrias, binmio tempo/temperatura, escombrotoxicose, intoxicao,histamina, pescado.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    5/24

    5

    SUMRIO

    1 INTRODUO______________________________________________________________ 6

    1.1 Produo pesqueira brasileira ________________________________________________ 7

    1.2 Importncia da histamina na economia mundial _________________________________ 8

    2 OBJETIVO ________________________________________________________________ 10

    3 REVISO DE LITERATURA _________________________________________________ 10

    3.1 Formao da histamina ____________________________________________________10

    3.1.1 Binmio tempo/temperatura ____________________________________________11

    3.1.2 Bactrias formadoras de histamina _______________________________________ 123.1.2.1. Bactrias haloflicas_______________________________________________ 13

    3.1.2.2 Bactrias anaerbias facultativas _____________________________________13

    3.1.2.3 Bactrias psicrotolerantes ___________________________________________13

    3.4 Importncia na sade pblica _______________________________________________ 14

    3.4.1 Funes da histamina no organismo humano _______________________________14

    3.4.2 Escombrotoxicose ____________________________________________________15

    3.4.3 Tratamento__________________________________________________________16

    3.5 Preveno ______________________________________________________________ 16

    3.5.1 Medidas Importantes __________________________________________________ 17

    3.5.1.1 Resfriamento rumo ao ponto de congelamento __________________________ 18

    3.5.2 Vida de prateleira_____________________________________________________ 19

    3.5.3 Deteco da histamina _________________________________________________ 19

    3.5.3.1 Avaliao sensorial________________________________________________ 20

    4 CONCLUSES _____________________________________________________________20

    5 REFERNCIAS_____________________________________________________________ 21

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    6/24

    6

    1 INTRODUO

    Classificam-se como pescado os animais que habitam a gua doce ou salgada e neste grupo

    encontram-se peixes, crustceos, moluscos, anfbios, quelnios e alguns mamferos(BARUFFALDI, e OLIVEIRA, 1998; BRASIL, 1952).

    Segundo Kent (1997), o pescado contribui com da disponibilidade de protena de origem

    animal do mundo e Herrero (2001), relata que em pases costeiros a principal origem protica.

    Por isso, o pescado considerado parte importante da dieta diria de vrios pases alm de ser

    destacvel fonte de lucro e moeda externa, gerando empregos (KENT, 1997).

    Segundo Santos (2006) e Herrero (2001), o pescado um alimento benfico do ponto de vista

    nutricional, pois possui caractersticas como:

    Grande quantidade de protena de alto valor biolgico e fcil digestibilidade. Sendo quemais de 10% desta protena constituda de Lisina, que quando comparada ao arroz que

    s apresenta 2,8%, faz com que o pescado seja indicado para complementao de dietas

    da populao de baixa renda onde predominam os carboidratos;

    Rico em aminocidos essncias;

    Oferece micronutrientes que raramente so encontrados em alimentos bsicos. Suasgorduras so excelente fonte de vitamina A e D. Tambm contm as vitaminas B1 e B2,

    Tiamina e Riboflavina respectivamente, fornece ferro, fsforo, clcio e ainda o pescado

    marinho fonte de iodo;

    cidos graxos, que so importantes no desenvolvimento do crebro e corpo tambm soencontrados no pescado, o peixe gordo possui grande quantidade de cidos-graxos poli-

    insaturados, destacando-se o mega-3. O mega 3, segundo Herrero (2001), uma tima

    alternativa para constituir a dieta de pases onde h alto ndice de mortes por acidentes

    cardiovasculares;

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    7/24

    7

    Herrero (2001), relata ainda que o pescado possui contedo calrico relativamente baixoe efeito benfico na preveno de artrites reumatides, cncer e formao de metstases.

    1.1 Produo pesqueira brasileira

    Entre os produtos pesqueiros que o Brasil exporta est o camaro com 44%, lagostas com 23% e

    peixes congelados com 12% do valor total. Dentre os pases importadores destacam-se os EUA,

    Espanha, Frana, Japo e Portugal respectivamente nesta ordem (SEAP, 2006).

    Na tabela abaixo encontra-se a exportao total do Brasil, em dlar e em peso lquido, no perodo

    de dezembro de 2004 a dezembro de 2006.

    Tabela 1. Exportao total do Brasil, em dlar e em peso lquido, no perodo de 2004 a 2006:

    Perodo US$ Peso lquido (kg)

    01/2004 a 12/2004 416.004.616,00 100.161.395

    01/2005 a 12/2005 390.324.352,00 86.503.596

    01/2006 a 12/2006 351.504.888,00 71.107.100

    Fonte: SEAP (2006)

    Os peixes mais exportados em 2006 foram: Corvina e Pargo congelados, Atum fresco e

    congelado, Tilpia congelada inteira e em fils (SEAP, 2006).

    SEAP (2006), destaca ainda que a regio Sudeste responsvel por 10% do valor total de

    exportaes do pas, e o Esprito Santo ocupa o 8 lugar entre os estados, correspondendo a 3%

    do valor total nacional.Segundo IBAMA (2005), a produo pesqueira total do estado girou em

    torno de 18.000 toneladas.

    Na tabela abaixo se pode observar a relao, por ordem de produo, as 10 espcies mais

    pescadas em 2005 no Esprito Santo:

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    8/24

    8

    Tabela 2. Relao das 10 espcies mais pescadas no Esprito Santo, no ano de 2005, por ordem

    de produo:

    ESPCIE PRODUO ANUAL (Kg.)PRINCIPAL MUNICPIO

    PRODUTORDOURADO 2.399.630 ITAPEMIRIM

    ATUM 2.288.721 ITAPEMIRIMCIOBA 1.212.668 VILA VELHACAMARO 7 Barbas 777.646 VITRIAPERO 771.917 MARATAZESPARGO 768.167 MARATAZESBAIACU 637.008 MARATAZESLAGOSTA 527.230 MARATAZESXIXARRO 479.591 VILA VELHAXARU 468.310 VILA VELHAFonte: IBAMA (2005).

    1.2 Importncia da histamina na economia mundial

    Mesmo com tantas qualidades que o pescado apresenta no se pode esquecer que so alimentos

    muito perecveis e por isso devem receber ateno especial no manuseio e condies que

    antecedem a colheita, a fim de prevenir as toxinfeces alimentares. (BARUFFALDI, e

    OLIVEIRA, 1998).

    O Japo o pas que mais consome peixes, portanto o local onde registrado o maior nmero

    de toxinfeces (Herrero, 2001), sendo a por histamina uma das de maior destaque. Os produtos

    de pesca que contm nveis elevados de histamina alm de trazerem riscos para a sade humana,

    interferem no mercado internacional. No ano de 2006 a Unio Europia fechou as portas para as

    importaes provenientes do Brasil aps constatar em expedio ao pas que existiam falhas

    graves no manuseio dos produtos da pesca. Devido a estas falhas o peixe se deteriora

    rapidamente favorecendo elevados nveis de histamina em espcies que tem alto teor de histidina

    livre, geralmente pertencentes s famlias Scombridae, Clupeidae, Engraulidae, Coryfenidae,

    Pomatomidaee Scombresosidae(UNIO EUROPIA, 2005; HUSS, 1997).

    A Unio Europia (2005) estabelece que a importao destas espcies de peixes pela

    Comunidade Europia somente ser autorizadas quando for realizada a anlise dos nveis de

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    9/24

    9

    histamina e estes no excederem os limites pr-estabelecidos no mesmo. So consideradas

    condies satisfatrias para a exportao quando os produtos da pesca, que esto associados a um

    alto teor de histidina, atendem aos seguintes requisitos:

    1. O valor mdio observado entre as amostras, for menor ou igual ao valor mnimopermitido que de 200mg/kg;

    2. A maioria das unidades que constituem a amostra, obterem resultados situados entre omnimo (200mg/kg) e o mximo (400mg/kg), ou seja, das nove unidades que compem a

    amostra, a maioria deve estar com valores dentro da faixa de normalidade;

    3. Nenhum dos valores encontrados excederem o limite mximo.

    European commission (2006), em misso ao Brasil, observou que no havia nenhuma evidncia

    de que as verificaes de histamina estavam sendo executadas pelas autoridades competentes

    brasileiras (SIPAGs - Servios de Inspeo de Produtos Agropecurios), alm de a legislao

    brasileira, BRASIL (1997), no incluir a famliaEngraulidaee no determinar o mnimo de nove

    amostras para serem testadas e consultadas por anlises de Fluorometria em vez do mtodo de

    Cromatografia Lquida de Alta Eficincia (CLAE) de acordo com exigncias da Comunidade

    Europia. Ento no dia 22 de Junho de 2006, houve uma reunio com as Autoridades

    Competentes Centrais (ACCs), como a Diviso de Inspeo de Pescado e Derivados" (DIPES),

    onde os dados e concluses foram apresentados, e as ACCs se comprometeram a cumprir as

    seguintes orientaes:

    a) Dentro do prazo de 25 dias teis aps o recebimento do relatrio, as autoridades competentes

    deveriam fornecer um plano de ao detalhado com o prazo de concluso das implantaes derecomendaes para os produtos de pesca que pretendem ser exportados para a Unio Europia

    (EUROPEAN COMMISSION, 2006).

    b) Informar a Comisso Europia sobre o estgio da execuo das medidas includas no plano de

    ao a cada seis meses, at que todas elas tenham sido realizadas por completo.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    10/24

    10

    European Commission (2006), conclui ento que as exportaes para a Unio Europia ficam

    vetadas at que as medidas preventivas e corretivas apropriadas sejam empreendidas pelas

    autoridades brasileiras em todo territrio nacional e assim, o risco potencial de intoxicao emhumanos seja descartado.

    Atualmente sabe-se que as exportaes continuam acontecendo, porm a logstica necessria e os

    altos custos das anlises afastaram algumas empresas do mercado (informao verbal). 1

    2 OBJETIVO

    O presente estudo objetivou realizar uma reviso bibliogrfica acerca da importncia da

    histamina no pescado, sua formao, preveno e controle, bem como sua relevncia nos

    prejuzos sade pblica e cadeia produtiva de 2006 em diante.

    3 REVISO DE LITERATURA

    3.1 Formao da histamina

    O aminocido histidina sofre descarboxilao no organismo atravs da enzima histidina-

    descarboxilase, dando origem a uma amina primria chamada histamina (XAVIER, RIGHI e

    BERNARDI, 2007). Alguns tipos de peixes que contm as carnes relativamente escuras

    (CHEFTE e CHEFTEL, 1999.) como os da famlia Scombridae (Cavalas, Cavalinhas, Atum,

    Bonito) e outros como Anchova e Sardinha, apresentam concentraes elevadas de histidina em

    sua musculatura (CHEFTE e CHEFTEL, 1999; HERRERO 2001). Parte da histamina provm daautlise microbiana, principalmente da famlia das enterobactrias (HERRERO 2001). A

    manipulao do pescado fora das condies ideais de refrigerao permite que bactrias

    contaminantes consigam se multiplicar e promover a descarboxilao da histidina em histamina,

    1Informao obtida por e-mail recebido de Francisco Abrao Gomes de Oliveira Neto, assessor tcnico da SecretariaEspecial de Aqicultura e Pesca (SEAP), no dia 26 de Outubro de 2007.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    11/24

    11

    pois em seu crescimento algumas bactrias produzem a enzima histidina descarboxilase.

    (XAVIER, RIGHI e BERNARDI, 2007; FDA, 2001a).

    3.1.1 Binmio tempo/temperatura

    Segundo FDA (2001a), a histamina formada em conseqncia do abuso do binmio

    tempo/temperatura em certas espcies de pescado, ou seja, quando o pescado exposto a altas

    temperaturas por muito tempo.

    As bactrias formadoras de histamina so capazes de crescer e de produzir a histamina sob uma

    larga escala de temperatura. Entretanto, o crescimento mais rpido em temperaturas muito

    elevadas como 21,1C, do que em temperaturas de elevao moderada como 7,2C, e ainda

    mais rpido em temperaturas perto de 32,2C (FDA, 2001a).

    FDA (2001a),tambm garante que a histamina geralmente o resultado da decomposio em alta

    temperatura do que da decomposio em longo prazo, que ocorre em temperaturas um pouco

    menores, o que confirmado por ECONOMOU (2007).Este ltimo, exps o Atum a altas

    temperaturas por curtos perodos de tempo. Concentraes potencialmente txicas de histamina

    (67-382mg/kg) foram encontradas no msculo do atum armazenado a 0-2C por 12 dias e

    exposto a 30C por 2 horas diariamente. J quando foi armazenado a 6-7C, e elevado mesma

    temperatura abusiva, os nveis encontrados foram de 544,5-4156,6mg/kg que so considerados

    altamente txicos.

    FDA (2001a), diz que em algumas prticas de captura, tais como o espinhel, a morte pode ocorrer

    antes que o peixe seja removido da gua. Sob estas condies ruins, a formao da histamina

    pode comear antes mesmo que o peixe seja armazenado na embarcao. Isso pode se agravar seo peixe permanecer na linha aps a morte, gerando um aumento em sua temperatura interna,

    chegando a uma escala mais favorvel para o crescimento das bactrias formadoras de enzima.

    Confirmando a influncia da temperatura de armazenamento, Shin-Hee et al (2000), apontam que

    a 25C aMorganella morganiiproduziu os mais altos nveis de histamina no Atum.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    12/24

    12

    3.1.2 Bactrias formadoras de histamina

    Shin-Hee (2001) e FDA (2001a) concordam que as linhagens bacterianas que geralmente so

    associadas com o desenvolvimento da histamina esto comumente presentes no ambientemartimo. Estas bactrias existem naturalmente nas brnquias, pele, intestino e na cavidade

    abdominal do peixe vivo de gua salgada, sem causar dano aos mesmos. Shin-Hee (2001), diz

    ainda que a Morganella morganii a mais prevalente e produtiva bactria formadora de

    histamina, seguida pelo Proteus vulgaris. Aps a morte, os mecanismos de defesa dos peixes

    inibem o crescimento bacteriano, mas no por muito tempo, ento as bactrias voltam a crescer e

    produzir a histamina.

    Baruffaldi e Oliveira (1998) citam que as bactrias formadoras de histamina podem ser

    desativadas (no destrudas) com o congelamento e tanto a enzima, quanto as bactrias podem ser

    inativadas com o cozimento. Todavia, HUSS (1997) relata que uma vez que a histamina

    formada, no pode ser eliminada mesmo que o peixe seja enlatado, cozido ou tenha recebido

    qualquer outro tratamento trmico como o calor ou congelamento. Isso se confirma com o

    resultado obtido por CASTRO, MRSICO e CLEMENTE (2003), que descrevem que no Atum

    enlatado, foi encontrado nvel de 12,5mg/100g atravs do mtodo quantitativo fluorimtrico. Por

    esta razo, para que ocorra formao de histamina adicional necessrio que acontea uma

    recontaminao dos peixes com as bactrias formadoras de enzima. Isto faz com que o

    desenvolvimento da histamina seja mais provvel em peixes crus(FDA, 2001a).

    FDA (2001a), relata que aps a formao da enzima histidina descarboxilase, a histamina pode

    continuar sendo produzida nos peixes, mesmo que as bactrias no estejam mais ativas. A

    histidina descarboxilase pode ser ativada em temperaturas prximas da refrigerao e

    provavelmente permanece estvel quando o peixe est congelado, porm, pode ser reativadamuito rapidamente aps o descongelamento. Por este motivo BRASIL (1952), diz queuma vez

    descongelado o pescado no pode ser recolhido para as cmaras frigorficas novamente, ou seja,

    no deve ser re-congelado.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    13/24

    13

    FDA (2001), garante que a eviscerao e a remoo das brnquias de maneira higinico-sanitria

    adequada podem reduzir, mas no eliminar, o nmero de bactrias formadoras de histamina. Caso

    contrrio, estas etapas podem acelerar o processo do produo da histamina nas pores

    comestveis dos peixes, pois com a eviscerao ou filetagem, a carne dos peixes pode serdiretamente exposta s bactrias formadoras da histidina descarboxilase.

    3.1.2.1. Bactrias haloflicas

    De acordo com FDA (2001a), algumas das bactrias formadoras da enzima histidina

    descarboxilase so haloflicas (tropismo pelo sal), por isso continuam a serem suspeitas do

    desenvolvimento da histamina mesmo em produtos de peixes salgados e defumados. Esta

    suspeita confirmada por Peconek (1997), quando chega concluso de que pode ocorrer um

    aumento significativo nos nveis de histamina durante o armazenamento dos arenques salgados

    temperatura ambiental, por dois meses em 20C. HUSS (1997), mostra que mesmo no sendo

    muito resistente ao NaCl, a M. morganii consegue se desenvolver em meios com at 5% de

    NaCl. Segundo Morii e Kasama (2004), o Photobacterium phosphoreum capaz de produzir a

    enzima histidina descarboxilase em culturas com 5% de NaCl armazenadas a 7C.

    3.1.2.2 Bactrias anaerbias facultativas

    Moreti (2007) descreve que outras bactrias so anaerbias facultativas, ou seja, utilizam

    oxignio em seu metabolismo, mas tambm conseguem crescer na ausncia de oxignio, fato que

    explica a formao de histamina em peixes embalados em atmosfera modificada, como mostrado

    por Emborg, Laursen e Dalgaard (2005), onde a maioria das bactrias que formavam a

    microbiota de decomposio do atum fresco embalado em atmosfera modificada com 60% de

    CO2

    e 40% de N2

    eram similares Morganella morganiie deram origem mais de 5000 mg/kgde histamina aps 24 dias armazenados temperatura de 1,7C.

    3.1.2.3 Bactrias psicrotolerantes

    So bactrias que podem se desenvolver bem em temperaturas baixas como as de refrigerao

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    14/24

    14

    (SILVA, 2000). Neste grupo, destaca-se aMorganella morganii, que foi apontada por Emborg e

    Dalgaard (2006),como a provvel produtora de histamina no Atum defumado a frio com 4.4% de

    gua quando armazenado por 24 horas 5C e o Photobacterium phosphoreum, que segundo

    Emborg, Laursen e Dalgaard (2005), foi responsvel pela produo de nveis txicos dehistamina, entre 2050mg/kg e 4250mg/kg, em Atum naturalmente contaminado, embalado a

    vcuo e armazenado a 2C. Neste sentido, Santos (1995), aponta a presena do do P.

    phosphoreumcomo sendo o principal formador de histamina em baixas temperaturas.

    3.4 Importncia na sade pblica

    O envenenamento por histamina transformou-se em um problema mdico em quase todo o

    mundo, sendo provavelmente a causa mais comum do envenenamento por peixes, embora

    frequentemente seja erroneamente diagnosticado como infeco por Salmonella e o mecanismo

    da intoxicao no esteja completamente esclarecido(LEHANEA e OLLEYB, 2000; RUSSEL e

    MARETC, 1986).

    De acordo com FDA (2001a), quando a histamina ingerida em grande quantidade pode causar

    doena no consumidor. Na maioria dos casos em que a histamina provocou intoxicao, o nvel

    estava acima de 200 ppm, e algumas vezes maior que 500 ppm. Segundo Herrero (2001), a

    intoxicao mais freqente no vero, sendo que no pescado fresco est sempre associada

    contaminao fecal.

    3.4.1 Funes da histamina no organismo humano

    Xavier, Righi e Bernardi (2007) dizem que quando a histamina liberada, seus efeitos

    fisiolgicos ou patolgicos so promovidos atravs da ligao com diversos receptores desuperfcie localizados em diversas clulas-alvo. A ligao com estes diferentes receptores pode

    ocasionar vrias funes, como:

    Vasodilatao arteriolar (onde esto envolvidos os receptores H1 e H2)

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    15/24

    15

    Aumento da permeabilidade dos capilares (receptor H1 o principal envolvido)

    Secreo cida gstrica (receptor H2)

    Broncoconstrio (receptor H1)

    Bradicardia ou Taquicardia (receptor H2)

    Participao em reaes alrgicas como rinites, alergia alimentar, a picada de insetos oumedicamentos, atopia e tambm participa de reaes anafilticas.

    Quando se ingere carne de peixe que contenha nveis elevados de histamina, em poucos minutos

    a algumas horas, desenvolve-se um quadro txico conhecido como escombrotoxicose (XAVIER,

    RIGHI e BERNARDI, 2007; HERRERO 2001)

    3.4.2 Escombrotoxicose

    Esta intoxicao foi historicamente designada de envenenamento por escombroides, pois era

    frequentemente associada a peixes como Cavala e Atum, pertencentes famlia dos Scombridae

    (HUSS, 1997).

    De acordo com CVE (2006), todas as pessoas so sensveis escombrotoxina, porm em pessoas

    idosas, enfermas ou sendo medicadas com Isoniazida ou Doxiciclina, que dificultam a

    metabolizao da histamina no fgado, esto sujeitas aos sintomas mais graves. Seu perodo de

    incubao muito curto, podendo variar de alguns minutos a algumas horas. Esta doena tem

    carter benigno e pode ter durao de algumas horas, em casos mais leves e at mais de 24 horas

    em casos mais graves. HUSS (2001); TAYLOR (1989) e CVE (2006), relatam que os sinais

    costumam durar de quatro a seis horas. Segundo Xavier, Righi e Bernardi, (2007); Herrero

    (2001); Taylor, Stratton e Nordlee (1989) e Russel e Maretc (1986), os sinais clnicos so

    semelhantes ao de um quadro alrgico imunomediado pela IgE dos alimentos, sendo os mais

    freqentes:

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    16/24

    16

    Cutneos (principalmente face e pescoo): Eritema, urticria, edema e prurido;

    Trato gastrointestinal: Nuseas, vmito e diarria; Neurolgicos: Formigamento e sensao de queimadura na boca, dores de cabea e

    ansiedade;

    Nos casos mais graves: Insuficincia respiratria, hipotenso e choque anafiltico.

    3.4.3 Tratamento

    De acordo com Russel e Maretc (1986), todos os casos de escombrotoxicose foram auto-

    limitantes, sendo que em casos mais graves a medicao anti-histamnica pode ser necessria. Os

    antagonistas do receptor H1 so os mais recomendados tanto para tratamento quanto para

    preveno e os pacientes geralmente respondem bem(RUSSEL E MARETC, 1986; LORETE,

    2007).

    3.5 Preveno

    A preveno consiste basicamente em se manter a cadeia de frio (baixas temperaturas) desde a

    captura do pescado at o consumidor final, o que gera um custo elevado (GAVA, 1998). Para

    entender melhor a cadeia de frio, necessrio saber que, segundo BRASIL (1952):

    O pescado reservado ao consumo sem ter sido submetido a qualquer processo deconservao que no o gelo, considerado fresco.

    O pescado considerado resfriado aquele que foi corretamente mantido no geloalcanando a temperaturas entre -0,5 a 2C.

    O pescado congelado aquele que foi tratado por processos adequados decongelamento cuja temperatura no seja superior a -25C.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    17/24

    17

    3.5.1 Medidas Importantes

    De acordo com FDA (2001a);HUSS (1997)eGava (1998), o elemento mais importante de toda a

    estratgia para impedir a formao de histamina o resfriamento rpido dos peixes

    imediatamente aps a morte, principalmente para peixes grandes e peixes que foram expostos ao

    ar ou a guas mais mornas. Nestes casos FDA (2001a), recomenda:

    Os peixes devem ser colocados no gelo, ou ento gua do mar ou salmoura refrigerada, a4,4C ou menos, dentro de 12 horas aps a morte; ou serem colocados na gua do mar ou

    na salmoura a 10C ou menos, refrigerados dentro de 9 horas aps a morte; Porm Shin-

    Hee et al (2001), relatam que foram encontradas 106UFC/g de bactrias anaerbicas

    formadoras de histamina no msculo de peixes armazenados a 4 C, que em 14 dias de

    armazenamento a esta mesma temperatura, os nveis chegaram a 57,4 UFC/100g.

    Peixes expostos a temperaturas do ar ou de gua acima de 28,3C, ou peixes grandes(acima de 9 kg) que forem eviscerados a bordo antes de refrigerados, devem ser colocados

    no gelo (inclusive a cavidadeabdominal do atum deve ser preenchida com gelo) ou na

    gua do mar ou salmoura a 4,4C ou menos, refrigerada dentro de 6 horas aps a morte;

    Peixes acima de 9 kg que no foram eviscerados a bordo antes de resfriados, devem serresfriados a uma temperatura interna de 10C ou menos, dentro de 6 horas da morte.

    Para minimizar o risco de desenvolvimento adicional de histamina, atravs da inativao das

    bactrias formadoras da enzima histidina descarboxilase, recomenda-se o congelamento do

    pescado a -15C e o armazen-lo nestas condies por tempo prolongado (24 semanas, por

    exemplo). Com o cozimento pode prevenir-se este desenvolvimento atravs da inativao da

    prpria enzima. A recontaminao com bactrias formadoras e um significante abuso de

    temperatura, como j citados anteriormente, so necessrios para a formao da histamina sob

    essas condies e so pouco provveis de ocorrer caso o pescado seja processado em condies

    higinico-sanitrias satisfatrias (FDA, 2001a; BRASIL, 1980).

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    18/24

    18

    Neste sentido Szpilman (1996), diz que o consumidor deve dar preferncia para aquisio de

    peixes de vendedores varejistas que tenham como prtica o armazenamento do pescado em

    recipientes adequadamente refrigerados.

    3.5.1.1 Resfriamento rumo ao ponto de congelamento

    FDA (2001a), relata que o resfriamento rumo ao ponto de congelamento desejvel para proteger

    contra o desenvolvimento da histamina em baixa temperatura a longo prazo e tambm aumentar

    significativamente a vida de prateleira dos peixes. O tempo necessrio para se reduzir

    temperatura interna dos peixes aps sua captura depende de uma srie de fatores, como:

    O mtodo da captura;

    O atraso em remover os peixes do espinhel pode diminuir consideravelmente o tempo

    restante at o resfriamento e permitindo que alguns peixes aqueam-se aps a morte;

    A quantidade de peixes apreendidos quando se utiliza o cerco ou em espinhel pode

    exceder a capacidade da embarcao de resfriar os produtos rapidamente;

    O tamanho dos peixes;

    O mtodo de resfriamento;

    Como conseqncia de uma reduo na rea de contato e transferncia de calor, sabe-se

    que o gelo sozinho leva mais tempo para resfriar os peixes do que o gelo triturado, gua

    do mar ou salmoura refrigerada;

    A capacidade dos sistemas de refrigerao da gua do mar/salmoura na embarcao ou a

    quantidade de gelo disponvel devem ser apropriadas para a quantidade de pesca.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    19/24

    19

    O mesmo autor defende que, uma vez resfriados, os peixes devem ser mantidos o mais perto

    possvel do ponto de congelamento (ou mantidos congelados) at o momento de serem

    consumidos. Deve-se minimizar a exposio temperatura ambiental. Este tempo permissvel de

    exposio dependente primeiro da velocidade com que os peixes foram resfriados a bordo daembarcao pesqueira e se estes foram previamente congelados na mesma.

    Estas medidas impediro a formao rpida da enzima histidina descarboxilase, e so de grande

    valia, pois uma vez que esta enzima formada, o controle do perigo improvvel (FDA, 2001a).

    3.5.2 Vida de prateleira

    Dependendo do mtodo de colheita, da manipulao a bordo e das exposies ao

    tempo/temperatura durante todo o processo, os peixes formadores de escombrotoxina podem ter

    uma vida de prateleira segura (antes que os elevados nveis de histamina sejam formados). A vida

    de prateleira segura prevista bastante reduzida, podendo durar apenas cinco a sete dias, quando

    o peixe exposto a temperaturas superiores a 4,4C. Por este motivo o pescado no deve ser

    exposto a temperaturas acima de 21C aps o resfriamento a bordo da embarcao por qualquer

    razo (FDA, 2001a).

    3.5.3 Deteco da histamina

    FDA (2001a),descreve que os testes qumicos so eficazes para detectar a histamina na carne do

    pescado, porm a quantidade de amostras requeridas para validar os testes grande, o que faz

    com que os testes no sejam garantia de que o perigo est controlado. FDA (1998) e FDA

    (2001a), indicam quecomo a histamina no est uniformemente distribuda na carne dos peixesdecompostos, foi estabelecido um nvel de orientao de 50ppm, indicando que se uma poro

    contm este valor, possvel que outras pores excedam 500ppm.

    Contudo, segundo MIETZ e KARMAS (apud SOARES et al, 1998) e FDA (2001b) devem ser

    realizados estudos para detectar e quantificar a presena de outras aminas biognicas como,

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    20/24

    20

    putrescina, cadaverina, espermina e espermidina, capazes de potencializar o efeito txico da

    histamina, e tambm causarem intoxicao,pois como foi concludo por FDA (2001a),os teores

    de histamina encontrados (1,37 mg/100 g) no causariam, por si s, intoxicao histamnica.

    3.5.3.1 Avaliao sensorial

    De acordo com FDA (2001a), um meio eficaz de identificar os peixes que foram sujeitos a

    circunstncias abusivas a avaliao sensorial. Atravs desta consegue-se sentir os odores

    gerados pela decomposio, o que indica que o peixe foi abusivamente exposto ao binmio

    tempo/temperatura. Porm, o controle sensorial sozinho no eficaz para o controle da formao

    da escombrotoxina, pois os odores podem no estar presentes caso tenha sido submetido

    decomposio de alta temperatura. J os resultados obtidos no Soares et al (1998), sugerem que a

    avaliao sensorial no til como critrio de avaliao para todos os peixes. O que justificado

    por URCH (1993), que descreve que a avaliao sensorial uma interpretao pessoal, ou seja,

    um consumidor no vai avaliar as propriedades organolpticas da mesma forma que outro.

    Emborg e Dalgaard (2006) mostraram que quando as bactrias produtoras de cido ltico

    dominaram a microbiota do Atum defumado a frio, no foi observada formao de histamina em

    quantidade significante no perodo de 40 dias a 5C e 16 dias a 10C. Portanto, os peixes com

    propriedades organolpticas alteradas no tm obrigatoriamente altos teores de histamina.

    4 CONCLUSES

    Com a presente reviso bibliogrfica a respeito da histamina no pescado, o estudo conclui que:

    Vrios so os fatores que contribuem em sua formao;

    Sua presena oferece singular importncia na qualidade do pescado, onde acarretaprejuzos sade do consumidor e cadeia produtiva;

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    21/24

    21

    Sua presena indica baixa qualidade tecnolgica (abuso do binmio tempo xtemperatura) na captura, conservao e comercializao do pescado;

    Sua presena impede relaes comerciais principalmente com os paises membros daComunidade Europia, acarretando em prejuzos cadeia produtiva e economia

    nacional;

    Sua preveno e controle se do por medidas higinico-sanitrias e tecnolgicas no quediz respeito ao controle da cadeia de frio.

    5 REFERNCIAS

    BARUFFALDI, R. J.; OLIVEIRA, M. N de. Introduo ao estudo da tecnologia de alimentos.In._______________________.Fundamentos de tecnologia de alimentos. So Paulo: Atheneu,1998. p. 1-11.

    BARUFFALDI, R. J.; OLIVEIRA, M. N de. Conservao de alimentos pelo emprego do frio. In:_______________________. Fundamentos de tecnologia de alimentos. So Paulo: Atheneu,1998. p. 63-82.

    BRASIL, Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Decreto n 30.691 de 29 demaro de 1952. Regulamento da Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de OrigemAnimal RIISPOA, Ttulo VII - Inspeo industrial e sanitria de carnes e derivados. Braslia,1980. 165p. Disponvel em: . Acesso em: 13. set.2007.

    BRASIL, Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento. Portaria n. 185, de 13 de maio de1997. Aprova o Regulamento Tcnico de Identidade e Qualidade de Peixe Fresco (inteiro eeviscerado). Dirio Oficial da Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 19 de maio de1997.

    CASTRO, R. R. T de; MRSICO, E. T.; CLEMENTE, S. C. de S. Teores de histamina emconservas de Atum importado e comercializado no mercado varejista. Rev.Bras. Med. Vet. Riode Janeiro, v. 25, n. 4, p. 170-173, 2003.

    CHEFTE, J.-C.;CHEFTEL, H. Agentes y mecanismos de deterioracion de los alimentos.In:_______________________. Introducion a la bioqumica y tecnologia de los alimentos.Zaragoza: Acribia, 1999. p. 237-318.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    22/24

    22

    CVE.Centro de Vigilncia Epidemiolgica Professor Alexandre Vranjac.Diviso de doenasde transmisso hdrica e alimentar: Veneno de escombride. So Paulo, 2006. Disponvelem:. Acesso em: 17 out. 2007.

    ECONOMOU V. Changes in histamine and microbiological analyses in fresh and frozen tunamucle during temperature abuse. Food Addit contam., Ioannina, v. 24, n. 8, p. 820-32, 2007.

    EMBORG J.; LAURSEN B. G.; DALGAARD P. Significant histamine formation in tuna(Thunnus albacares) at 2 degrees C--effect of vacuum- and modified atmosphere-packaging onpsychrotolerant bacteria. Int J Food Microbiol. Denmark, v. 101, n. 3, p. 263-79, 2005.

    EMBORG, J.; DALGAARD, P. Formation of histamine and biogenic amines in cold-smokedtuna: an investigation of psychrotolerant bacteria from samples implicated in cases of histaminefish poisoning. J Food Prot., Denmark, v. 69, n. 4, p. 897-906, 2006.

    EUROPEAN COMMISSION. DG n 8233/2006. Draft report of a mission carried out in Brazilfrom 12 to 22 June 2006 in ordem to acess the public health controls and conditions of productionof fishery products. Health & Consumer protection directorate-general, 08 set. 2006, p. 1-19.

    FDA. 1998. FDA & EPA Guidance Levels. Appendix 5. In Fish and Fishery Products Hazardsand Controls Guide. 2nd ed., p. 245-248. Department of Health and Human Services, PublicHealth Service, Food and Drug Administration, Center for Food Safety and Applied Nutrition,Office of Seafood, Washington, DC. Disponvel em: < http://www.cfsan.fda.gov/~dms/haccp-2.html>. Acesso em: 22. ago. 2007.

    FDA. 2001a. Scombrotoxin (histamine) formation. Ch. 7. In Fish and Fishery Products Hazards

    and Controls Guidance. 3rd

    ed., p. 83-102. Food and Drug Administration, Center for FoodSafety and Applied Nutrition, Office of Seafood, Washington, DC. Disponvel em:. Acesso em: 22 ago. 2007.

    FDA. 2001b. Other Decomposition-Related Hazards. Ch. 8. In Fish and Fishery ProductsHazards and Controls Guidance. 3rded., p. 103-104. Food and Drug Administration, Center forFood Safety and Applied Nutrition, Office of Seafood, Washington, DC. Disponvel em:. Acesso em: 22. ago. 2007.

    GAVA, A. J. Mtodos de conservao de alimentos. In:_________________________.Princpios de tecnologias de alimentos.So Paulo: Nobel, 1998. p. 129-283.

    HERRERO, M. M. H. Pescado a ms consumo ms control. Consumaseguridad(el dirio de laseguridad alimentaria), Barcelona, 13 jul. 2001. Disponvel em:. Acesso em: 15 set.2007.

    HUSS, H.H. Garantia da qualidade dos produtos da pesca. Documento Tcnico sobre as Pescas,n. 334. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Roma, 1997. 176p.

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    23/24

    23

    Disponvel em: < http://www.fao.org/DOCREP/003/T1768P/T1768P00.htm#TOC>. Acesso em:15 set. 2007.

    IBAMA. Superintendncia do. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

    Renovveis. Produo pesqueira no ES em 2005 de 18.000 toneladas ., Vitria, 2005.Disponvel em:< http://www.ibama.gov.br/es/index.php?id_menu=147&id_arq=70>. Acesso em:5 out. 2007.

    LEHANEA, L; OLLEYB, J. Histamine fish poisoning revisited. International Journal of FoodMicrobiology. Tasmania, v. 58, n. 2000, p. 1-37, 2000.

    LORETE, R. Sade na Rede: Histamina- Artigo sobre massa muscular. Disponvel em:. Acesso em: 17. out. 2007.

    MIETZ, J.L.; KARMAS, E. Chemical quality index of canned tuna as determined by high-pressure liquid chromatography. J. Food Sci., Chicago, v.42, p.155-158, 1977.

    MORETTI, P. E. Nutrio e Metabolismo: Microbiologia, Sade & Ambiente # Seo 1 -Bacteriologia # Parte 4 - Fisiologia Bacteriana. Disponvel em:. Acesso em: 18.out. 2007.

    MORII, H.; KASAMA, K. Activity of Two Histidine Decarboxylases from Photobacteriumphosphoreum at Different Temperatures, pHs, and NaCl concentrations. Journal of FoodProtection.Nagasaki, v. 67, n. 8, p. 17361742, 2004.

    PECONEK, J. The role of histine in salted fish. Rocz Panstw Zakl Hig., v. 48, n. 3, p. 304.1997. Resumo.

    RUSSEL, F. E.; MARETC, Z. Scombroid poisoning: mini-review with case histories. Toxicon.v. 24, n. 10, p 967. 1986. Resumo.

    SANTOS, M. H. S. Biogenic amines: their importance in foods. International Journal of FoodMicrobiology. Valencia, v. 29, n. 1996, p. 213-231, 1995.

    SANTOS, C. A. L. dos. A Qualidade do Pescado e a segurana dos alimentos. Trabalhoapresentado no II Simpsio de controle do pescado, So Vicente, 2006, Disponvel em:ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/qualidade_pescado.pdf>. Acesso em: 5 set. 2007.

    SEAP. Secretaria Especial de Aqicultura e Pesca. Dados estatsticos: Avaliao comercialbrasileira da balana de pescado, 2006. Disponvelem:. Acesso em: 05. set. 2007.

    SHIN-HEE, K., et al.Histamine and Biogenic Amine Production by Morganella

  • 7/21/2019 Histamina Em Pescados

    24/24

    morganii Isolated from Temperature-Abused Albacore.Journal of Food Protection. Oregon, v.63, n. 2, p. 244-251, 2000.

    SHIN-HEE, K. et al., Identification of bacteria crucial to histamine accumulation in

    Pacific Mackerel during Storage. Journal of Food Protection. Oregon, v.64, n. 10, p. 15561564, 2001.

    SILVA, J. A. Princpios da preservao dos alimentos. In:_____________________. Tpicos datecnologia dos alimentos. So Paulo: Varela, 2000. p.25-98.

    SOARES, V. F. M. et al.,Teores de histamina e qualidade fsico-qumica e sensorial de fil depeixe congelado. Cinc. Tecnol. Alimentar. Campinas, v. 18, n. 4, p.462-470, 1998.

    SZPILMAN, M. Informativo do Instituto Ecolgico AQUALUNG: Seres marinhos perigosos-Animais venenosos II. Nov/dez. 1996. Disponvel em:

    http://www.institutoaqualung.com.br/info_seres_perigosos08.html. Acesso em: 17. out. 2007.

    TAYLOR, S. L.; STRATTON, J. E.; NORDLEE, J. A. Histamine poisoning(scombroid fishpoisoning): an allergy like intoxication. J Toxicol Clin Toxicol., Nebrasca, v. 27, n. 4-5, p. 225-40, 1989.Resumo.

    UNIO EUROPIA. Regulamento da comisso (CE) n 2073/2005, de 15 de Novembro de2005. Relativo a critrios microbiolgicos aplicveis aos gneros alimentcios. Jornal Oficial daUnio Europia, Bruxelas, 22 dez. 2005. L. 338/1.

    UNIO EUROPIA. Deciso da comisso (CE) n 698/2006, de 16 de outubro de 2006. Relativa

    s medidas de emergncia aplicveis aos produtos da pesca importados do Brasil e destinados aoconsumo humano. Jornal Oficial da Unio Europia, Bruxelas, 18 out. 2006, L. 287/34.

    URCH, M. J. Pescado y productos del pescado. In: RANKEN, M. D. Manual de industrias delos alimentos. 2. ed. Zaragoza: Acribia, 1993. p. 39-83.

    XAVIER, F. G. ; RIGHI, D. ; BERNARDI, M. M. Histamina, serotonina e seus antagonistas. In:SPINOSA, H. S. ; GORNIK, S. L. ; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada MedicinaVeterinria. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007, p. 215-224.