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ANTIMICROBIANTIMICROBIANOSANOS
Profa. Débora Luana Ribeiro Pessoa
Universidade Federal do Maranhão
Departamento de Ciências Fisiológicas
Curso de Farmácia
ANTIBIÓTICOS: FINALIDADE
Inibir / matar os microrganismos infecciosos e ter efeitos mínimos ou nenhum efeito sobre o receptor;
Tal tipo de tratamento é denominado quimioterapia ( também se aplica ao tratamento das doenças neoplásicas com fármacos).
ANTIBIÓTICOS: CONCEITO
São substâncias produzidas por microorganismos (bactérias, fungos, actinomicetos)
Suprimem o crescimento ou matam outros microorganismos
Atuam em concentrações muito baixas O uso comum estende o termo para
incluir agentes antimicrobianos sintéticos (sulfas, quinolonas)
ANTIBIÓTICOSANTIBIÓTICOSCLASSIFICAÇÕES
ESTRUTURA QUÍMICA
Sulfonamidas e drogas relacionadas: sulfametoxazol, dapsona (DDS, sulfona)
Quinolonas: norfloxacino, ciprofloxacino Antibióticos β-lactâmicos: penicilinas,
cefalosporinas, carbapenemas, monobactâmicos
Tetraciclinas: doxiciclina Derivados do nitrobenzeno: cloranfenicol
ESTRUTURA QUÍMICA
Aminoglicosídeos: gentamicina, neomicina
Macrolídeos: eritromicina, roxitromicina, azitromicina
Polipeptídicos: polimixina B, bacitracina
Glicopeptídicos: vancomicina, teicoplanina
Poliênicos: anfotericina B, nistatina
MECANISMO DE AÇÃO inibição da síntese da parede celular:
penicilinas, cefalosporinas, vancomicina, bacitracina
Alteração da permeabilidade da membrana celular: anfotericina B, nistatina, polimixina
Inibição reversível da síntese proteica: ATB bacteriostáticos: tetraciclinas, cloranfenicol, eritromicina, clindamicina
MECANISMO DE AÇÃO
Alteração da síntese de proteínas levando à morte celular: aminoglicosídeos
Alteração do metabolismo bacteriano dos ácidos nucléicos: rifampicina (inibição da RNA-polimerase), quinolonas (inibição das topoisomerases)
Antimetabólitos: trimetoprima e sulfonamidas ( bloqueiam enzimas essenciais no metabolismo do folato)
ESPECTRO DE ATIVIDADE
Espectro estreito: Penicilina G Estreptomicina Eritromicina
Espectro amplo: Tetraciclinas Cloranfenicol
TIPO DE AÇÃO
Bacteriostática:
SulfonamidasTetraciclinasCloranfenicolEritromicina
Bactericida:PenicilinasCefalosporinasVancomicinaAminoglicosídeo
sPolipeptídicosQuinolonasRifampicina
ORIGEM
FUNGOS BACTÉRIAS ACTINOMICETOS
Penicilina Polimixina B Aminoglicosídeos
Cefalosporina Colistina Macrolídeos
Griseolfulvina Bacitracina Tetraciclinas
Tirotricina Cloranfenicol
ANTIMICROBIANTIMICROBIANOSANOS
Descrição dos Principais Agentes
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR
BACTERIANA
Representantes: beta-lactâmicos:PenicilinasCefalosporinasMonobactâmicosCarbapenêmicos
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR BACTERIANA
PENICILINAS - CLASSIFICAÇÃO
PENICILINAS NATURAISBenzilpenicilina ou Penicilina GFenoximetilpenicilina ou Penicilina V
PENICILINAS PENICILINASE RESISTENTESMeticilinaNafcilinaOxacilinaCloxacilinaDicloxacilina
PENICILINAS - CLASSIFICAÇÃO
PENICILINAS DE AMPLO ESPECTROAmpicilinaAmoxicilina
PENICILINAS ANTIPSEUDOMONASIndalcarbenicilinaTicarcilinaPiperacilina
PENICILINAS – MECANISMO DE AÇÃO
Inativação das PLPs – proteínas ligadoras de penicilinas;
PLPs: enzimas envolvidas com a síntese da parede celular e também responsável pela manutenção da morfologia da célula bacteriana;
Os beta lactâmicos atuam inibindo a síntese da parede celular, além de promover a lise das bactérias.
PENICILINA
PENICILINAS – FARMACOCINÉTICA E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A maioria das penicilinas é incompletamente absorvida por via oral;
Administração IM ou IV: meticiclina, ticarcilina, carbenicilina, mezlocilina, piperacilina;
Administração oral: penicilina V, amoxicilina;
Formas de depósito: Penicilina G (IM); Excreção renal.
PENICILINAS – REAÇÕES ADVERSAS
Hipersensibilidade Diarréia Nefrite Neurotoxicidade Toxicidade hematológica
CEFALOSPORINAS
CEFALOSPORINAS – 1ª GERAÇÃO
Substitutas da benzilpenicilina. Resistentes à Penicilinase
estafilocócica. Apresentam atividade contra Proteus
mirabilis, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.
CEFALOSPORINAS – 2ª GERAÇÃO
Maior atividade contra Gram-negativos.
- Haemophilus influenzae.- Enterobacter aerogenes.- Neisseria gonhorroeae. Atividade contra Gram-positivo é mais
fraca.
CEFALOSPORINAS – 3ª GERAÇÃO
Maior atividade contra Bacilos Gram-negativos e outros microrganismos entéricos mais Serratia marcescens.
CEFALOSPORINAS – 4ª GERAÇÃO
Eficaz contra Gram-negativos Aeróbicos e contra Pseudomonas aeruginosa.
CEFALOSPORINAS – EFEITOS ADVERSOS
Sangramentos Alergias
CARBAPENEMOS
Antibióticos beta-lactâmicos diferentes da Penicilina;
Fármacos de amplo espectro antimicrobiano;
Atividade contra Gram-positivos e Gram-negativos produtores de Penicilinase, anaeróbicos e Pseudomonas aeruginosa;
CARBAPENEMOS
Administrados por via IV;
Utilizados para as infeccções do trato urinário;
Reações adversas: náuseas, vômitos, diarréia e convulsões;
Fármacos do grupo:- Meropenem- Imipenem
MONOBACTAMOS
Representante: Aztreonam;
Atividade contra Enterobactérias, bastonetes Gram-negativos e Aeróbios, incluindo Pseudomonas aeruginosa;
É administrado por via IV e IM;
Pode causar flebite e erupções cutâneas.
VANCOMICINAMECANISMO DE AÇÃO Inibe a síntese de fosfolipídeos da
parede celular bacteriana e bem como a polimerização do peptideoglicano.
MECANISMO DE RESISTÊNCIA Causada por alteração de plasmídeos
ou por diminuição na ligação com moléculas receptoras.
VANCOMICINA – ESPECTRO DE AÇÃO
Eficaz contra microrganismos de resistência múltipla.
Ativa contra bactérias Gram-positivas, restringindo seu uso aos microrganismos gram-positivos resistentes ou alérgicos aos beta-lactâmicos.
Indicado para pacientes com prótese cardíacas e pacientes submetidos à implantação de próteses.
Seu uso é limitado à aplicação tópica devido ao seu potencial de nefrotoxicidade.
A vancomicina oral é limitada ao tratamento de colite devido a C. difficile ou estafilococos.
VANCOMICINA – FARMACOCINÉTICA
Na terapia parenteral, o fármaco deve ser administrado por via intravenosa e nunca por via intramuscular.
A vancomicina possui meia-vida de eliminação sérica de cerca de 6h.
Atinge vários líquidos corporais, incluindo LCR quando as meninges estão inflamadas, a bile e os líquidos pleural, pericárdico, sinovial e ascítico.
Cerca de 90% é excretado por filtração glomerular.
VANCOMICINA – EFEITOS ADVERSOS
Febre Calafrios Flebite no local da infusão “Síndrome do Homem Vermelho”
BACITRACINAMECANISMO DE AÇÃO Não contém anel beta lactâmico, mas
sim o tiazolidínico. Impede a síntese da parede celular por
meio da ligação ao pirofosfato lipídico, o qual transporta os precursores necessários para o crescimento da parede celular.
BACITRACINA – ESPECTRO DE AÇÃO
S aureus, Streptoccocus sp. Alguns Gram-negativos e um anaeróbio
Clostridium difficile. Tratamento de infecções superficiais de
pele e impetigos. Apenas de uso tópico devido ao seu
potencial de nefrotoxicidade.
INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS
São agentes bacteriostáticos.
INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS
São agentes bacteriostáticos.
TETRACICLINA Liga-se reversivelmente a subunidade
30S do ribossomo bacteriano, bloqueando o acesso do RNAt-aminoacil ao complexo RNAm-ribossomo no local aceptor.
Usadas contra infecções por Clamídia, pneumonia por Micoplasma, Borreliose, Cólera e Ricketsia rickettsii.
Acumulam-se nos ossos, na dentina e no esmalto do dente que ainda não irromperam. Podem reduzir o crescimento ósseo – gravidez.
TETRACICLINA – EFEITOS ADVERSOS
Desconforto gastrintestinal, tonturas, náuseas, vômitos e vertigens.
Efeitos nos tecidos calcificados. Toxicidade hepática e renal. Superinfecções. Fotossensibilidade.
AMINOGLICOSÍDEOS Ligam-se a subunidade 30S ribossomal,
interferindo na sua montagem. Tratamento de infecções decorrentes de
Bacilos Gram-negativos aeróbios, incluindo Pseudomonas aeruginosa.
Todos os aminoglicosídeos, exceto a neomicina, são administrados por via parenteral.
Ototoxicidade, neurotoxicidade, reações alérgicas e paralisia neuromuscular (doses altas – vias intraperitoneal ou intrapleural).
MACROLÍDEOS
Ligam-se a subunidade 50S ribossomal, inibindo as etapas de transcrição na síntese de proteínas.
Ação contra: Haemophylus influenzae, Helicobacter pylori.
Efeitos adversos: problemas gástricos, icterícia, ototoxicidade.
ALTERAÇÃO DO METABOLISMO BACTERIANO
RIFAMPICINAQUINOLONAS
RIFAMPICINA Liga-se fortemente à subunidade beta da
RNA-polimerase, com consequente inibição da síntese do RNA.
É bactericida contra M. tuberculosis e também micobactérias como a M. kansasii. É usado profilaticamente por indivíduos expostos a meningite causada por meningococos ou H. influenzae.
É um indutor das enzimas hepáticas do citocromo P450, resultando em aumento do metabolismo de muitas drogas.
Confere uma coloração laranja inócua à urina, fezes, saliva, suor, lágrimas e lentes de contato.
RIFAMPICINA – EFEITOS COLATERAIS
Distúrbios do TGI. Sintomas do Sistema Nervoso como:
náusea, vômitos, cefaleia, tonteira e fadiga. Hepatite - efeito adverso importante. Reações de Hipersensibilidade, como
prurido, vasculite cutânea e trombocitopenia.
Síndrome sistêmica semelhante à gripe, imunologicamente mediada, com trombocitopenia.
QUINOLONAS Inibem a replicação do DNA bacteriano
interferindo na ação da DNAgirase (topoisomerase II) e da topoisomerase IV durante o crescimento e replicação bacteriana.
São bactericidas. Ativas contra Enterobacteriacea, Pseudomonas, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, Legionellaceae, Clamídia e Micobacteria (exceto M. avium) e gonorréia.
Efeitos colaterais: distúrbios TGI, cefaléias, tonturas e fototoxicidade.
ANTIMETABÓLITOS
TRIMETOPRIMASULFONAMIDAS
TRIMETROPIMA
TRIMETROPIMA Frequentemente associado ao
Sulfametoxazol; Sozinha - controle de infeccções do trato
urinário e prostatite bacteriana; Efeitos adversos: anemia megaloblástica,
leucopenia e granulocitopenia.
SULFONAMIDAS (SULFAS)
Análogos estruturais do PABA na síntese do ácido fólico.
Ativas contra enterobactérias no trato urinário e Nocardia.
Sulfadiazina associada à pirimetamina é usada para o tratamento da toxoplasmose e da malária.
Efeitos adversos: hipersensibilidade, cristalúria, distúrbios hematopoiéticos.
Deve ser evitada em recém-nascidos, crianças < 2 anos e gestantes.