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Análise do Poema “António Vieira” Trabalho realizado por: Beatriz Nunes, nº8,12ºB

Antonio Vieira

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Análise do Poema

“António Vieira”

Trabalho realizado por:Beatriz Nunes, nº8,12ºB

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MENSAGEM

Esta obra de Pessoa tinha inicialmente o título “Portugal”, mas como o autor achou este título muito vulgar, este designa a sua obra de “Mensagem”.

Pessoa constrói a palavra “mensagem” a partir da expressão latina:

Mens agitat molem, isto é, “A mente move a matéria”,

frase dita por Aquiles na epopeia Eneida, de Virgílio.

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Para criar um poema como «Mensagem», Fernando Pessoa inspirou-se na teoria do Quinto Império defendida pelo Padre António Vieira e nas profecias de Bandarra sobre o mito do sebastianismo, que anunciava o regresso do rei D. Sebastião de Portugal.

MENSAGEM

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Mensagem

BrasãoRevisita o Passado e a História de

Portugal ao relembrar os mitos e os heróis que ajudaram os Portugueses a

ser que são hoje.

Mar Portuguê

s

Trata a época de ouro de Portugal, na época das grandes navegações e

descobrimentos, relembrando heróis do mar como o Infante D. Henrique, Vasco

da Gama e Fernão de Magalhães.

O Encobert

o

O poeta censura, com certa amargura, a estagnação do país à espera de

surgir, prevê uma nova luz no horizonte, o Quinto Império, um

Império espiritual. “E a nossa grande raça partirá em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço, em

naus que são construídas daquilo que os sonhos são feitos…”

O poema “António Vieira” está presente nesta 3ª parte, sendo que faz parte do conjunto de poemas que constituem os

Avisos.

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“ANTÓNIO VIEIRA”O céu 'strela o azul e tem grandeza.Este, que teve a fama e à glória tem,Imperador da língua portuguesa,Foi-nos um céu também.

No imenso espaço seu de meditar,Constelado de forma e de visão,Surge, prenúncio claro do luar,El-Rei D. Sebastião.

Mas não, não é luar: é luz do etéreo.É um dia; e, no céu amplo de desejo,A madrugada irreal do Quinto ImpérioDoira as margens do Tejo.

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ANÁLISE DO POEMA “ANTÓNIO VIEIRA”

O céu 'strela o azul e tem

grandeza.

Este, que teve a fama e à glória

tem,

Imperador da língua

portuguesa,

Foi-nos um céu também.

O poema começa com este verso no qual o poeta

afirma que o céu estrelado

é grandioso.Deíctico pessoal “Este”

refere-se ao “ Imperador da língua portuguesa”,

António Vieira, que foi um importante escritor da

língua portuguesa destacando-se por ser um

dos mais admiráveis estilistas da prosa

portuguesa e o maior orador do seu tempo.

Metáfora na qual o poeta designa António Vieira como o céu estrelado dos Portugueses, e este, tal como um céu estrelado, era grandioso e também trouxe, à Língua Portuguesa, grandiosidade.

Poema2

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ANÁLISE DO POEMA “ANTÓNIO VIEIRA”

No imenso espaço seu de

meditar,

Constelado de forma e de visão,

Surge, prenúncio claro do luar,

El-Rei D. Sebastião.

Referem-se às obras e escritos de António Vieira, nos quais este partilhou as

suas opiniões e a sua sabedoria.

Referem-se a obras mais específicas deste escritor, referem-se aos escritos de

António Vieira sobre as esperanças dos

Portugueses de que um grande rei, um herói,

conduzisse Portugal ao futuro Quinto Império do

Mundo.

Primeira alusão ao Quinto Império neste poema, a qual foi feita através das obras de António Vieira, que também foram motivo de inspiração do poeta.

Poema3

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ANÁLISE DO POEMA “ANTÓNIO VIEIRA”

Mas não, não é luar: é luz do

etéreo.

É um dia; e, no céu amplo de

desejo,

A madrugada irreal do Quinto

Império

Doira as margens do Tejo.

Esta estrofe tem início com uma Conjunção Coordenativa Adversativa, que indica

oposição/contraste.

Este contraste é relativo à estrofe anterior onde o poeta referiu-se ao

“prenúncio claro do luar”.

Segundo o poeta, não é o luar mas a “luz do étero”, a luz celeste, isto

é, não é o final do dia (Império Material das Índias) mas o começo de um novo dia (Império Espiritual,

o Quinto Império). 

Nestes últimos três versos, o poeta faz mais uma vez a referência ao começo de um novo dia (“madrugada”) para o povo Português com a ‘chegada’ futura e próxima (“Doira nas margens do Tejo”) do Quinto Império.

Poema

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PORQUE É QUE ESTE POEMA SURGIU NESTA PARTE DA MENSAGEM?

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Este poema surgiu na 3ª parte, O Encoberto, na subdivisão dos Avisos, porque as obras de António Vieira foram como uma inspiração a Fernando Pessoa, que se baseou nos seus textos sobre o Quinto Império para escrever a Mensagem, e também porque nesses textos António Vieira, tal como Fernando Pessoa, avisou os homens de maneira a que estes não caíssem na perdição.

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FIM