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185 Recebido em: 18/05/2018 Aceito em: 28/07/2018 Ação do acetilhexapeptídeo-3 no processo de rejuvenescimento facial Action of acetyl hexapeptide-3 in the facial rejuvenation process Karina Elisa MACHADO; Geonara Leite SIGALES; Ivanisse SOLOVY Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Campus Florianópolis. Rodovia SC- 401, 5025, Saco Grande, CEP 88032-005. Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: [email protected] ABSTRACT Aging is a multifactorial process, the result of several factors, intrinsic and extrinsic. It consists of a continuous process that does not only affect the appearance but the various structures and functions of the skin. The aged facial region may present flaccidity, wrinkles, expression lines, among other aesthetic disorders, which represent the most apparent signs of aged skin. In the search for youth, several techniques of facial rejuvenation have been used in recent years, among them arises the acetyl hexapeptide-3, a topical use that was synthesized with the aim of mimicking the effects of the botulinum neurotoxin. Therefore, this study aimed to analyze the skin aging process and the active acetyl hexapeptide-3 action in the facial rejuvenation process, through a bibliographic review. The present study was characterized by an exploratory-descriptive bibliographical review with a qualitative approach. In this perspective, information was sought regarding the skin aging process and the action of active acetyl hexapeptide-3 in the process of facial rejuvenation. The results demonstrated that acetyl hexapeptide-3, although much less potent than the botulinum neurotoxin, promotes significant improvements in the appearance of aged skin, thus justifying its use in cosmetic formulations for antiaging purposes. Keywords: skin aging; rejuvenation; anti-wrinkle; acetyl hexapeptide-3 RESUMO: O envelhecimento é um processo multifatorial, resultado de diversos fatores, intrínsecos e extrínsecos. Consiste em um processo continuo que não afeta apenas a aparência, mas as diversas estruturas e funções da pele. Todo o organ- ismo sofre com as alterações provocadas pelo envelhecimento, porém, é na face, uma das áreas mais foto exposta, que essas alterações são mais facilmente reconhecidas. A região facial envelhecida pode apresentar flacidez, rugas, linhas de expressão, entre outros distúrbios estéticos, que representam os sinais mais aparentes de uma pele senil. Na busca pela juventude, diversas técnicas de rejuvenescimento facial vêm sendo utilizado nos últimos anos, entre o quais acetilhexapeptídeo-3, um ativo de uso tópico que foi sintetizado com objetivo de mimetizar os efeitos da neurotoxina botulínica. Nesta perspectiva, o objetivo do presente trabalho foi analisar o processo de envelhecimento cutâneo e a ação do ativo acetilhexapeptideo-3 no processo de rejuvenescimento facial, por meio de uma revisão bibliográfica. O presente estudo caracterizou-se com uma revisão bibliográfica exploratória-descritiva com abordagem qualitativa, neste contexto buscou-se informações a respeito do processo de envelhecimento cutâneo e a ação do ativo acetilhexa- peptídeo-3 no rejuvenescimento facial. Os resultados mostraram que o acetilhexapeptídeo-3, embora muito menos potente que a neurotoxina botulínica, promove melhoras significativas na aparência da pele envelhecida, justificando desta maneira seu uso em formulações cosméticas antienvelhecimento. Palavras-chaves: envelhecimento cutâneo; rejuvenescimento; acetilhexapeptideo-3; antirrugas Revisão 10.14450/2318-9312.v30.e3.a2018.pp185-194

Ação do acetilhexapeptídeo-3 no processo de rejuvenescimento … · 2018. 12. 17. · distúrbios estéticos, como, as rugas, discromias, flaci-dez e as linhas de expressão (3,6,7,9)

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    Recebido em: 18/05/2018Aceito em: 28/07/2018

    Ação do acetilhexapeptídeo-3 no processo de rejuvenescimento facial

    Action of acetyl hexapeptide-3 in the facial rejuvenation process

    Karina Elisa MACHADO; Geonara Leite SIGALES; Ivanisse SOLOVYUniversidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Campus Florianópolis. Rodovia SC-

    401, 5025, Saco Grande, CEP 88032-005. Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: [email protected]

    ABSTRACT

    Aging is a multifactorial process, the result of several factors, intrinsic and extrinsic. It consists of a continuous process that does not only affect the appearance but the various structures and functions of the skin. The aged facial region may present flaccidity, wrinkles, expression lines, among other aesthetic disorders, which represent the most apparent signs of aged skin. In the search for youth, several techniques of facial rejuvenation have been used in recent years, among them arises the acetyl hexapeptide-3, a topical use that was synthesized with the aim of mimicking the effects of the botulinum neurotoxin. Therefore, this study aimed to analyze the skin aging process and the active acetyl hexapeptide-3 action in the facial rejuvenation process, through a bibliographic review. The present study was characterized by an exploratory-descriptive bibliographical review with a qualitative approach. In this perspective, information was sought regarding the skin aging process and the action of active acetyl hexapeptide-3 in the process of facial rejuvenation. The results demonstrated that acetyl hexapeptide-3, although much less potent than the botulinum neurotoxin, promotes significant improvements in the appearance of aged skin, thus justifying its use in cosmetic formulations for antiaging purposes.

    Keywords: skin aging; rejuvenation; anti-wrinkle; acetyl hexapeptide-3

    RESUMO:

    O envelhecimento é um processo multifatorial, resultado de diversos fatores, intrínsecos e extrínsecos. Consiste em um processo continuo que não afeta apenas a aparência, mas as diversas estruturas e funções da pele. Todo o organ-ismo sofre com as alterações provocadas pelo envelhecimento, porém, é na face, uma das áreas mais foto exposta, que essas alterações são mais facilmente reconhecidas. A região facial envelhecida pode apresentar flacidez, rugas, linhas de expressão, entre outros distúrbios estéticos, que representam os sinais mais aparentes de uma pele senil. Na busca pela juventude, diversas técnicas de rejuvenescimento facial vêm sendo utilizado nos últimos anos, entre o quais acetilhexapeptídeo-3, um ativo de uso tópico que foi sintetizado com objetivo de mimetizar os efeitos da neurotoxina botulínica. Nesta perspectiva, o objetivo do presente trabalho foi analisar o processo de envelhecimento cutâneo e a ação do ativo acetilhexapeptideo-3 no processo de rejuvenescimento facial, por meio de uma revisão bibliográfica. O presente estudo caracterizou-se com uma revisão bibliográfica exploratória-descritiva com abordagem qualitativa, neste contexto buscou-se informações a respeito do processo de envelhecimento cutâneo e a ação do ativo acetilhexa-peptídeo-3 no rejuvenescimento facial. Os resultados mostraram que o acetilhexapeptídeo-3, embora muito menos potente que a neurotoxina botulínica, promove melhoras significativas na aparência da pele envelhecida, justificando desta maneira seu uso em formulações cosméticas antienvelhecimento.

    Palavras-chaves: envelhecimento cutâneo; rejuvenescimento; acetilhexapeptideo-3; antirrugas

    Revisão10.14450/2318-9312.v30.e3.a2018.pp185-194

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    INTRODUÇÃO

    Envelhecer sem apresentar rugas, flacidez, discro-mias e outros distúrbios estéticos, é o desejo de todo in-divíduo. Nesta perspectiva apesar de o processo de env-elhecimento ser natural, a aparência de uma pele jovem, em nossa sociedade, é extremamente valorizada e dese-jada, e os indivíduos utilizam diversos tratamentos es-téticos e cosméticos para alcançar esse objetivo. Quan-do esses padrões de beleza não são atingidos, inúmeros problemas podem ser desencadeados, entre estes a perda da autoestima, depressão e transtornos psicológicos e al-imentares (1-3).

    O processo de envelhecimento é natural e ocorre desde o nascimento, ficando mais evidente após os 50 anos (4). O envelhecimento pode ser acelerado, levando em consideração o estilo de vida em que este indivíduo foi submetido, pois processo de envelhecimento também é influenciado por fatores externos (4-7). Nesta perspec-tiva, o envelhecimento pode ser dividido em envelhe-cimento cronológico ou intrínseco e envelhecimento extrínseco. O envelhecimento cronológico ou intrínseco acontece progressivamente e é inevitável. É o resultado da diminuição na capacidade de renovação celular do organismo, da redução nas atividades glandulares, da perda de massa muscular, nos deslocamentos e perda dos depósitos de gorduras, na diminuição das células de Langehans, na redução na vascularização da derme e diminuição sensorial na pele, além de gerar alterações nas fibras colágenas e elásticas, que conferem firmeza e tonicidade, tornando assim, a pele mais fina e flácida (2,3,5-10).

    O envelhecimento extrínseco é resultado da ex-posição a fatores ambientais e surge com o passar dos anos, principalmente nas áreas foto-expostas, afetando cada indivíduo de forma diferente, pois leva em consid-eração a predisposição genética, além de contar também com a frequência e duração da exposição deste individuo à ação dos raios ultravioleta (7,11). Outros fatores como tabagismo, alcoolismo, poluição, estresse emocional, re-percussão de doenças cutâneas, sistêmicas e hormonais, também estão relacionados ao envelhecimento extrínse-co. A ação dos raios ultravioleta e outros fatores citados tem algo em comum, a formação de radicais livres; por esta razão, muitos pesquisadores acreditam que os danos causados pelos radicais livres é uma das principais cau-sas do envelhecimento extrínseco (2-4,7-9,12).

    Todo organismo sofre com o processo de envelhec-imento; entretanto, a região facial é uma das áreas mais

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    afetadas, devido à foto-exposição que evidencia alguns distúrbios estéticos, como, as rugas, discromias, flaci-dez e as linhas de expressão (3,6,7,9).

    Para retardar o aparecimento desses distúrbios estéticos, o mercado da cosmetologia disponibiliza uma diversidade de alternativas, que visam diminuir os efeitos do envelhecimento e melhorar a autoestima dos indivíduos, que querem envelhecer sem aparentar a idade real (3,6,13). Uma destas alternativas são os cos-méticos com ativos tensores, dentre os quais, o acetil-hexapeptídeo-3. Nesta perspectiva, o objetivo deste ar-tigo foi analisar o processo de envelhecimento cutâneo e a ação do ativo acetilhexapeptídeo-3 no processo de rejuvenescimento facial, por meio de uma revisão bib-liográfica.

    MÉTODOS

    Trata-se de uma revisão bibliográfica explora tória-descritiva com abordagem qualitativa. Para atender o objetivo do estudo, as produções científicas referentes ao tema foram pesquisadas em livros e nos bancos de dados das bibliotecas eletrônicas Bireme, LILACS, SciELO, Pubmed e Periódicos CAPES no período, preferencial-mente, de 2010 a 2018. Os descritores utilizados para a seleção foram: envelhecimento, rejuvenescimento, cos-méticos e acetil hexapeptideo-3. As estratégias utilizadas para inclusão dos artigos neste estudo foram artigos de pesquisas com estudos in vivo e in vitro, de revisão e ar-tigos publicados nas versões inglês, espanhol e português disponíveis por completo nas bases eletrônicas. Os critéri-os de exclusão utilizados foram artigos repetidos, artigos incompletos e artigos e que não representavam a temática.

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Envelhecimento. O envelhecimento é um pro-cesso decorrente do desgaste das células do organismo e pode ser definido como um complexo multifatorial influenciado por fatores ambientais, pela genética, e fatores comportamentais. Envolve um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, ocasionando maior vulnerabilidade, le-vando à perda gradativa das funções dos vários órgãos do corpo inclusive da pele, este processo é inevitável e ocorre progressivamente no organismo ao longo da vida (2,3,6,7,9,11,12). O envelhecimento pode ser di-vidido em envelhecimento cronológico ou intrínseco e envelhecimento extrínseco (7,11).

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    Envelhecimento Intrínseco ou Cronológico. É decorrente do desgaste natural do organismo sem a in-terferência de agentes externos, e afeta a pele de maneira similar a outros órgãos (4,5,7,8).

    A pele, que é um órgão complexo e dinâmico, demonstra visivelmente o processo do envelhecimento intrínseco, na medida em que diminuem naturalmente suas funções protetoras, deixando-a mais vulnerável. O envelhecimento cronológico além de afetar a pele, afeta também mucosas, pelos, cabelos, unhas, nervos locais,

    vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas e sebáceas. Estas alterações bioquímicas e fisiológicas de evolução gradual, que ocorrem na pele, ocasionam perda de vasos sanguíneos, colágeno, gordura e fibras elásticas, redução de folículos pilosos e ductos glandulares e são percebi-das visualmente no decorrer dos anos (2,7). As mani-festações clínicas da pele cronologicamente envelhecida deixam-na com aparência de “papel de cigarro” ou “cas-ca de cebola”, apresentando diferentes manifestações como pode ser observado no Quadro 1.

    Quadro 1. Manifestações clínicas da pele cronologicamente envelhecida.

    Manifestação Causa

    Diminuição da firmeza e elasticidadeFrouxidão tecidual, ocasionada principalmente pela falta de fibras de colágenos e elastina

    Manchas acastanhadas irregulares e difusas Decorrentes da diminuição das células de melanina na pele

    PalidezDevido à falta de microcirculação, que com a idade vai ficando menos presente na pele

    DesidrataçãoDiminuição na troca de nutrientes e falta oxigenação entre os tecidos; diminuição da camada de gordura, deixando a pele fina e seca e dando como resultado, as indesejáveis rugas

    Diminuição da sensibilidade aos estímulos táteis e sensibilidade à pressão

    Diminuição dos corpúsculos de Pacini e Meissner.

    Adaptado de Kede e Sabatovich (11)

    Com o passar dos anos, a capacidade de renovação e reparo celular diminui, e, consequentemente, a quanti-dade de células nas camadas da pele (epiderme, derme e hipoderme) também é reduzida (4-5).

    A epiderme envelhecida apresenta pequena alteração na sua espessura, com uma grande perda de melanócitos, deixando-a mais susceptível às ações dos raios ultravio-leta e das células de Langerhans, gerando menor resposta imunológica. As alterações mais significativas acontecem na junção dermoepidérmica que mostra achatamentos dos cones interpapilares, diminuindo a aderência, e entre a derme e a epiderme, o que diminui a circulação de nu-trientes e metabólicos entre essas duas camadas (4-5,7).

    Na derme envelhecida, os fibroblastos, que são responsáveis pela reposição de colágeno e elastina, di-minuem sua capacidade de renovação e reparo, perden-do a firmeza e contribuindo com a flacidez da pele. As glândulas sebáceas reduzem sua produção de óleo, cau-sando ressecamento na pele, que é progressivo depois dos 30 anos de idade. Assim como as glândulas sebáceas as glândulas sudoríparas também diminuem seu desem-

    penho ocasionando perda no controle de temperatura, ocorre também a perda na sensibilidade sensorial de pele, devido à queda na densidade dos corpúsculos de Pacini e Meissner. Além disso, ocorre uma significativa redução dos vasos sanguíneos na derme e na hipoderme, que também sofre com a diminuição de sua camada de gordura (8).

    Como todos os outros órgãos, a pele também é afe-tada pelas alterações hormonais, que ocorrem durante o processo de envelhecimento. Entre os hormônios pre-sentes na pele podem ser destacados os esteroides an-drogênicos, secretados pelas gônadas e pelo córtex su-prarrenal, que agem nos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas; e os hormônios polipeptídios da hipófise, que acometem os melanócitos. Além disso, os hormônios são de extrema importância para o desenvolvimento e função fisiológica da epiderme, derme e hipoderme. Apesar dos estudos serem escassos quanto à existência de conexão direta ou indireta entre o envelhecimento e a deficiência hormonal, acredita-se que estes estão en-volvidos no envelhecimento intrínseco (2,4,7-8).

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    Quadro 2. Teorias do Envelhecimento

    Teoria Conceito

    Teoria do Relógio Biológico

    Afirma que o organismo possui um relógio que determinaria quando se inicia o envelhecimento, onde o controle se faria em nível hormonal, com centro regulador situado no cérebro.

    Os conceitos em torno desta teoria ainda necessitam ser mais bem esclarecidos, como por exemplo, a identificação e localização exata do relógio biológico.

    Teoria da Multiplicação Celular

    Defende que quase todas as células do organismo, exceto as cerebrais, possuem uma capacidade intrínseca de se multiplicar, e que com o passar do tempo esta multiplicação vai diminuído, até sua parada total.

    Esta teoria vem perdendo espaço entre os estudos científicos, pois segundo os cientistas, esta teoria mostra mais uma causa do envelhecimento, ao invés de explicar os mecanismos que determinam a diminuição da multiplicação celular.

    Teoria das Reações Cruzadas de Macrocélulas

    Esta teoria escrita por Bjorkstein defende que o organismo humano é formado por trilhões de moléculas definidas, onde seu equilíbrio é determinado pela conservação da normalidade.

    Mas que, por reações cruzadas, estas moléculas acabam perdendo suas características, produzindo alterações tissulares e assim levando ao envelhecimento.

    Teoria do Desgaste

    Esta teoria defende que o corpo humano desgasta assim como todas as outras máquinas.

    Com o tempo os órgãos e sistemas são submetidos a lesões que quando não reparados completamente, se somam, dificultando o funcionamento completo dos mecanismos homeostáticos.

    Teoria Autoimune

    Para esta teoria as sucessivas mutações ocorridas no DNA das células levariam a sínteses de produtos diferentes dos normais, não sendo reconhecidos pelas células imunocompetentes.

    Por essa razão estes produtos atuariam como auto-antígenos, causando uma resposta autoimune, e assim levando ao envelhecimento.

    Teoria dos Radicais LivresAtualmente a mais aceita, esta propõe que o radical livre superóxido e outros, danificam componentes celulares macromoleculares, predispondo às doenças e acelerando o envelhecimento dos tecidos.

    Adaptado de Ruivo (14)

    Envelhecimento Extrínseco. Desencadeado pela interação com fatores ambientais, especialmente ex-posição aos raios ultravioleta, o envelhecimento extrín-seco traz modificações que surgem a longo prazo e su-perpõem-se ao envelhecimento intrínseco (7,11). Ocorre em regiões do tegumento que se acham expostas ao meio ambiente como, por exemplo, a face, pescoço, dorso das mãos e antebraços. Nestas regiões a pele fica hiperpig-mentada, flácida e com rugas aparentes (4,12). Os raios ultravioleta (UV) são fatores importantes para o envel-hecimento prematuro da pele, e são divididos em UVA, UVB e UVC, sendo que o UVC não consegue atravessar a camada de ozônio. Os raios UVB tem sua intensidade variada ao longo do dia e atingem somente a epiderme, causando alteração no DNA dos queratinócitos e dos melanócitos. Os raios UVA têm intensidade constante e penetram profundamente na pele, atingindo a epiderme

    e a derme. Ao penetrar na derme, os raios UVA dani-ficam as fibras de colágeno e elastina, deixando a pele com menor resistência e elasticidade, contribuindo para a formação das rugas (7,9,12).

    Além do sol, outros fatores, como o fumo, o con-sumo excessivo de álcool, as agressões do meio ambi-ente, fatores mecânicos, fatores nutricionais, carência hormonal e má alimentação, também são grandes re-sponsáveis por diminuir as funções celulares, contribu-indo desta forma para o envelhecimento cutâneo (9).

    As alterações causadas pelo envelhecimento extrín-seco da pele são significativamente diferentes daquelas causadas pelo envelhecimento intrínseco. A pele envel-hecida intrinsicamente apresenta textura mais lisa, ligei-ramente atrofiada, com rugas discretas e sem alterações pigmentares, enquanto a pele fotoenvelhecida tem su-

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    perfície nodular áspera, ressecada e espessa, sem elas-ticidade, apresenta discromias e rugas acentuadas (4,8).

    Teorias do processo de envelhecimento. As con-sequências do envelhecimento são conhecidas; contudo, o mesmo não ocorre com a exata causa do envelheci-mento. Por conta disso, existem diversas teorias que ten-tam explicar as causas do envelhecimento, apresentadas no Quadro 2.

    Quase todas essas teorias são plausíveis e possuem, na sua maioria, base científica sólida. Assim, a principal razão de não se chegar a um consenso e a uma siste-matização dessas teorias, é a complexidade inerente ao organismo vivo. Entre todas essas teorias pode ser de-stacada a mais conhecida, a teoria da formação dos rad-icais livres (12,14-15).

    Teoria dos radicais livres. Conhecida desde o século passado, pelos conceitos de Paul Bert, que demonstrou que o oxigênio em altas concentrações poderia ser tóxico para vários tecidos do corpo huma-no (4,14). Os radicais livres causam danos nas mem-branas celulares, ou qualquer outra parte da mesma, inclusive ao núcleo, onde se encontra o DNA, re-

    sponsável pela carga genética das células. Ao ter seu DNA danificado estas células entram em apoptose, ou sofrem mutações, acelerando o processo de env-elhecimento ou dando início a graves doenças, como o câncer de pele, por exemplo (4,8,14).

    Os radicais livres são moléculas que estão em con-stante busca pelo elétron faltante da sua camada externa; quando dois radicais livres se encontram eles reagem entre si e deixam de agir como radical livre, mas quando reagem com certas moléculas neutras e com número par de elétrons, acarretam uma reação em cadeia, gerando uma infinidade de radicais livres, começando um pro-cesso que desestrutura as células afetadas, abalando toda a estrutura do organismo (4,8,12,14).

    Rugas. As rugas aparecem como um processo nat-ural do envelhecimento intrínseco e também têm sua evolução influenciada pelos fatores extrínsecos. São re-sultados de mudanças na estrutura subcutânea da pele, podendo ser classificadas de acordo com a origem e es-trutura anatomopatológica (3,6,11). As rugas são clas-sificadas em superficiais moderadas e profundas, con-forme pode ser observado no Quadro 3.

    Quadro 3. Classificação de rugas da pele

    Tipo de Rugas Tecido Acometido

    Rugas superficiais Ocorrem devido a alterações produzidas apenas pela epiderme.

    Rugas moderadas Ocorrem devido alterações na epiderme e na derme papilar.

    Rugas profundasOcorrem devido a alterações na epiderme, derme papilar e derme reticular, sendo o nível mais grave, e mais difícil de ser tratada.

    Adaptado de Kede e Sabatovich (11) e Kadunc (13)

    Envelhecimento e seus reflexos sobre a autoesti-ma. No Brasil, e no mundo inteiro, é crescente o número de pessoas com mais de 60 anos, consequência da mel-hora na qualidade de vida destes indivíduos. Contudo, os padrões de beleza impostos pela sociedade ainda valori-zam uma pele com aparência jovial, e quando estes pa-drões de beleza não são atingidos, diferentes problemas podem desencadeados, como perda da autoestima, de-pressão e transtornos psicológicos e alimentares, pois o idoso, em muitas culturas, é considerado pouco atraente e incapaz (10).

    O envelhecimento cutâneo é um processo natural e contínuo que afeta a função da pele e sua aparência (10,16). Diante das indesejáveis modificações estéti-cas que o envelhecimento acarreta, muitos indivíduos começam uma desesperada busca por “fórmulas mági-

    cas”, procedimentos estéticos ou cirurgias plásticas, na esperança de manter uma aparência jovial eternamente (8,16).

    Rejuvenescimento. Os procedimentos chamados “rejuvenescimento facial” surgiram a fim de prevenir ou tratar as desordens estéticas ocasionadas pelo processo de envelhecimento. É crescente o número de pessoas que procuram as clínicas dermatológicas por finalidades estéticas, buscando melhorar sua aparência e reverter os sinais do envelhecimento (3,6,9).

    O rejuvenescimento facial traz grandes melhoras na qualidade de vida, resgatando a autoestima destes indivíduos (8,16). As técnicas para o rejuvenescimento facial têm avançado muito nos últimos anos, oferecendo muitas opções para melhorar a aparência das linhas de expressão, rugas e flacidez da pele (2,3,6,17,18).

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    As cirurgias plásticas aplicadas à face variam con-forme as necessidades individuais de cada paciente e en-tre as mais procuradas destacam-se a ritidoplastia (lift-ing), a blefaroplastia (correção do contorno palpebral), a rinoplastia e a lipoescultura (3,6,8,10,17-18).

    Além das cirurgias existem as técnicas não invasi-vas que também apresentam grande procura e merecem destaque, pois não exigem interrupção do trabalho e da vida social, devido sua rápida recuperação. Dentre as técnicas não invasivas utilizadas na prevenção e trata-mento do envelhecimento facial, destacam-se o laser, a radiofrequência, a luz pulsada, o peeling, a microcorrente e o microagulhamento. Outro recurso bastante utilizado é a aplicação de produtos cosméticos, que graças à tec-nologia empregada em sua fabricação, contam com uma ampla variedade de formulações que ajudam a diminuir os radicais livres, clarear as hipercromias e, principal-mente, melhorar o metabolismo da pele a fim de atenuar as linhas de expressão e rugas (2,3,5,10). O uso tópico de cosméticos antienvelhecimento deve ser determinado de acordo com a necessidade da pele de cada indivíduo. Os ativos antioxidantes, como a vitamina C, a vitamina E, a coenzima Q10, os flavonoides, entre vários outros, agem na pele neutralizando a ação dos radicais livres, principais responsáveis pelo envelhecimento extrínseco. O mecanismo de ação dos antioxidantes é baseado na doação de um elétron as estas moléculas instáveis e alta-mente reativas (11,12,19).

    Os hidratantes também são de extrema importân-cia para a pele, pois além de servirem como veículos transportadores de nutrientes para as células, também são responsáveis pela hidratação da pele, formando uma barreira que impede a perda de água da derme e, consequentemente, seu ressecamento e envelhecimento (2,5,7,12,19).

    As rugas, que são uma das principais consequên-cias do envelhecimento facial, são formadas principal-mente pela excessiva estimulação das fibras musculares da face, causadas pelo excesso de expressões faciais. Para impedir a contração destes músculos faciais, é em-pregado o uso da toxina botulínica A, que é um procedi-mento não cirúrgico, porém invasivo, muito utilizado no rejuvenescimento facial (5,9).

    A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria anaeróbica Clostridium botulinum, que ao ser aplicada, por meio de injeções intradérmicas, blo-queia a liberação da acetilcolina das terminações nervo-sas motoras dos neurônios, paralisando o músculo tem-porariamente. Sua ação ocorre na junção neuromuscular

    por exocitose, onde há a liberação de vesículas contendo acetilcolina, um neurotransmissor responsável pela co-municação celular, que resulta em contração muscular. Para poder liberar a junção neuromuscular, a acetilcoli-na depende das proteínas do complexo SNARE (soluble N-ethylmaleimide-sensitive factor attachment protein receptor) que são de fundamental importância na fusão de membrana para a formação e liberação do conteúdo vesicular (acetilcolina) na terminação nervosa. A toxina botulínica age sobre uma destas proteínas do complexo SNARE, a SNAP 25, impedindo a liberação da acetil-colina, levando à não ocorrência da contração muscular (4,5,8,11,20-22).

    A toxina botulínica é aplicada sobre os músculos da face, com finalidade de reduzir as linhas de expressões. Como alternativa não invasiva, há algumas substâncias tensoras, dentre as quais o acetilhexapeptídeo-3, que promete ação similar à toxina botulínica (5,20).

    Acetilhexapeptídeo-3. O mercado cosmético tem lançado vários peptídeos para veiculação em formu-lações antienvelhecimento, devido à capacidade destes em melhorar a firmeza e a elasticidade de pele (23). Os peptídeos são biomoléculas que contêm dois ou dezenas de resíduos de aminoácidos unidos entre si por meio de ligações peptídicas. Essas substâncias possuem diversas funções no organismo, podendo agir como hormônios ou fatores liberadores desses; como neuropeptídeos, neurotransmissores; antibióticos naturais; ou substratos de proteases (24).

    O acetilhexapeptideo-3 (AHP - arginina-ácido glutâmico-ácido glutâmico–metionina-ácido glutâmi-co-arginina) vem sendo utilizado em formulações cos-méticas antienvelhecimento devido suas propriedades tensoras; associado a esse efeito, a aplicação local deste peptídeo promove a hidratação, proteção e melhora das propriedades mecânicas da pele (2,25).

    Em um dos primeiros estudos encontrados com o acetilhexapeptideo-3 (26) foi realizada uma análise topográfica da pele e os resultados mostraram que essa substância, quando aplicada na face de voluntárias, por 30 dias, proporcionou a atenuação da profundidade das rugas. Porém esse estudo salientou que o mecanismo de ação deste peptídeo, quando aplicado diretamente na pele ainda não estavam bem estabelecidos, visto que o efeito observado na análise topográfica da pele não estava rela-cionado à sua ação proposta inicialmente, na junção neu-romuscular, de acordo com estudos in vitro (26).

    Trabalhos recentes mostraram que esse hexa-peptídeo sintético inibe a ação de neurotransmissores

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    (acetilcolina), reduzindo temporariamente a atividade muscular na região específica da pele em que foi apli-cado, exercendo dessa maneira um efeito tensor, con-tribuindo assim para diminuição de rugas e linhas de expressão (1,5, 17,19,21,27). Neste contexto podem ser destacados outros trabalhos.

    Um estudo in vivo foi realizado com 60 voluntários (as) de 25 a 60 anos, divididos em 2 grupos, onde o grupo 1 aplicou uma emulsão contendo 10% de acetilhexapep-tideo-3 e o grupo 2 aplicou placebo, na região da face, por 30 dias. Para análise dos dados foram utilizadas im-pressões de silicone retiradas antes e depois do tratamen-to, sendo avaliadas e classificadas as rugas, antes e após o tratamento. Os resultados mostraram uma diminuição significava das rugas (48,9%) no grupo em comparação com o grupo 2 (0%), que recebeu placebo (1).

    Em outro estudo in vivo também foram utilizadas impressões de silicone para análise. Foram selecionadas 10 voluntárias com idade em torno de 44 anos e com a pele considerada seca, que utilizaram uma emulsão com 10% de acetilhexapeptídeo-3, no contorno do olho direito, e placebo no contorno do olho esquerdo, 2 vez-es ao dia, por 30 dias. Os resultados mostraram que o acetilhexapeptídeo-3 promoveu uma atenuação signifi-cativa da profundidade das rugas (30%), enquanto o uso de placebo não resultou em mudança significativas na topografia da pele (29).

    Outro estudo foi realizado com experimentos in vitro e in vivo. No ensaio in vitro, foi avaliada a mor-fologia dos fibroblastos após 5 dias de incubação com acetilhexapeptídeo-3, sendo que os resultados mostr-aram uma coloração mais intensa das células, sugerindo uma proliferação de fibroblastos; além disso, as célu-las apresentaram melhor formação em comparação às células do grupo controle. O ensaio in vivo, envolveu 10 voluntárias, que aplicaram uma emulsão 10% de ace-tilhexapeptídeo-3 no contorno dos olhos, 2 vezes ao dia por 30 dias. Houve diminuição significativa (até 27%) na profundidade das rugas das voluntárias (15), corrob-orando os dados encontrados anteriormente (29).

    Em outro estudo in vivo foi utilizada a metodologia de análise por fotografia, auto-avaliação e análise da pele (cromômetro) por dermatologista. Foram selecionadas 42 mulheres caucasianas, com textura da pele modera-da (rugas, linhas finas, flacidez e/ou irritabilidade), que utilizaram uma emulsão 10% de acetilhexapeptídeo-3, 2 vezes ao dia, por 16 semanas, na região de pescoço e colo. Foi realizado um estudo comparativo no início do tratamento e nas semanas 8, 12 e 16, sendo que os

    resultados mostraram melhora na textura das áreas do pescoço e colo, redução da aparência de linhas e rugas, aparência da pele mais jovem e firme. Além disso os autores destacaram que a formulação foi bem tolerada, sem alterações significativas nos parâmetros de irritação ao longo do estudo (14).

    Em outro estudo, 40 voluntárias, de 35 a 55 anos, foram divididas em dois grupos. O grupo 1 aplicou pla-cebo no antebraço esquerdo e no rosto, e uma emulsão de acetilhexapeptídeo-3 no antebraço direito; o grupo 2 aplicou uma emulsão de acetilhexapeptídeo-3 no ante-braço esquerdo e na face, e placebo no antebraço direito. As aplicações foram realizadas 2 vezes ao dia por 4 sem-anas e, para a análise, foi utilizada a técnica de biofísica e análise de imagens da pele (Visioscan VC 98). O ace-tilhexapeptídeo-3 apresentou um efeito significativo na diminuição da anisotropia da pele da região da face em comparação ao placebo; na região interna do antebraço, não foi verificada diferença significativa, quando com-parado ao placebo. Em relação à hidratação, tanto na região da face como no antebraço, não houve resultados estatisticamente significativos (30).

    Os estudos in vivo foram realizados em diferentes regiões, em um período de 30 dias ou 16 semanas, sendo que os voluntários (as) foram submetidos a duas apli-cações diárias, e a concentração de acetilhexapeptídeo-3, na maioria dos estudos, foi de 10% nas formulações tes-tes. Em todos os estudos os resultados obtidos mostr-aram que o acetilhexapeptídeo-3 reduziu a anisotropia, melhorando significativamente o tônus e a firmeza da pele na região facial.

    Ao contrário da maioria dos trabalhos, Tadini e cols (2013) mostraram que a aplicação do acetilhexa-peptídeo-3, na região interna do antebraço, não causou alteração significativa na pele, sugerindo que os efeitos das formulações cosméticas nas duas regiões estudadas são diferentes (30). Levando em consideração o fato de a pele da região da face, pescoço e colo é mais vulnerável ao fotoenvelhecimento do que a parte interna do ante-braço, suas características são bastante diferentes. Esses resultados corroboraram com os resultados encontrados do estudo anterior, para a região interna do antebraço, no qual os autores também relataram que as formulações contendo acetilhexapeptídeo-3 não exerceram efeito hi-dratante superior ao veículo (19).

    Na avaliação em culturas em células de fibroblastos por um período de 5 dias, foi possível observar que as células incubadas com acetilhexapeptideo-3 apresen-taram coloração mais intensa, característica de pro-

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    liferação celular; e, além disso, apresentaram melhor formação em comparação com as que não receberam a formulação contendo o ativo (15).

    A maioria dos estudos mostrou que as diferenças entre a pele tratada e a não tratada foram significativas, apresentando redução da profundidade e largura das ru-gas, em comparação com a pele no início do tratamento.

    Os trabalhos citam, ainda, que o acetilhexapeptídeo-3 é capaz de permear a camada córnea da pele, amenizando as linhas de expressão e rugas. Esse ativo mostrou ser uma promissora alternativa ao uso da neurotoxina botulínica, vem sendo empregado em formulações antienvelheci-mento, ganhando mercado entre os consumidores que op-tam por minimizar os efeitos das rugas sem intervenção invasiva (1,5,20,21,31). O acetilhexapeptídeo-3, é uma substância de baixo peso molecular, que foi sintetizada com objetivo de mimetizar os efeitos da neurotoxina bot-ulínica, embora muito menos potente quando comparado a neurotoxina botulínica (14,20-21,29-31).

    CONCLUSÃO

    O acetilhexapeptídeo-3 (AHP) é um ati-vo tensor, de aplicação tópica, que promove melhoras significativas na aparência da pele envelhecida. Os estudos realizados mostraram a eficácia do acetilhexapeptídeo-3 na melhora da tonicidade e da elasticidade da pele, propor-cionando a diminuição expressiva das rugas e linhas de expressões. Associado a este fato, as regiões tratadas com o ativo apresentaram di-minuição da anisotropia da pele, o que sugere que o acetilhexapeptídeo-3 é interessante em tratamentos para o rejuvenescimento, podendo ser considerado, desta forma, uma substância eficaz para aplicação em formulações cosméti-cas com finalidade antienvelhecimento.

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