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CPVCEASM - Francisco Overlande – História ANTIGO REGIME Absolutismo (Centralização Política) – Forma política do Antigo Regime Luís XIV (1643-1715) “L´État c´est moi!” Mercantilismo – Forma econômica do Antigo Regime Absolutismo Monárquico – O Estado Nacional Moderno Absolutismo Monárquico organização política que caracterizou os países da europa durante a Idade Moderna, na qual o poder estava centralizado nas mãos de um monarca, que recebia sustentação política da nobreza e base moral da Igreja, e apoiava-se economicamente na burguesia. O absolutismo pode ser caracterizado como uma aliança entre a burguesia com o rei. Os “mecanismos” do Absolutismo Monárquico: Criação de um exército nacional: Instrumento principal do processo de centralização política. Formado por mercenários, com a intenção de enfraquecer a nobreza e não armar os camponeses. Controle do legislativo: todas as decisões do reino estavam controladas diretamente pelo rei, que possuía o direito de criar as leis. Controle sobre a justiça: criação do tribunal real, sendo superior aos tribunais locais (controlado pelos senhores feudais) Burocracia Estatal: corpo de funcionários que auxilia na administração das obras públicas, fortalecimento do controle do Estado e, consequentemente, o poder real Teóricos do Absolutismo Teóricos do Direito Divino Jean Bodin (1529-1596) / “Os Seis Livros da República” - Afirmava que o princípio fundamental do Estado era a sua soberania absoluta e indivisível, fosse esse Estado constituído pela violência dos mais fortes ou pelo consentimento de alguns que submetem sua liberdade a outros. As formas que a República (Estado) assume são a Monarquia, a Aristocracia ou a Democracia, cada qual com seus defeitos e virtudes. Todavia, inclinava-se para a Monarquia. “ O poder supremo sobre cidadãos e súditos, sem restrições determinadas pelas leis” 1

“L´État c´est moi!”...2019/05/06  · Absolutismo (Centralização Política) – Forma política do Antigo Regime Luís XIV (1643-1715) “L´État c´est moi!” Mercantilismo

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ANTIGO REGIME

Absolutismo (Centralização Política) – Forma política do Antigo Regime

Luís XIV (1643-1715)

“L´État c´est moi!”

Mercantilismo – Forma econômica do Antigo Regime

Absolutismo Monárquico – O Estado Nacional Moderno

Absolutismo Monárquico organização política que caracterizou os países da europa durante aIdade Moderna, na qual o poder estava centralizado nas mãos de um monarca, que recebiasustentação política da nobreza e base moral da Igreja, e apoiava-se economicamente na burguesia.O absolutismo pode ser caracterizado como uma aliança entre a burguesia com o rei. Os “mecanismos” do Absolutismo Monárquico:Criação de um exército nacional:Instrumento principal do processode centralização política. Formadopor mercenários, com a intençãode enfraquecer a nobreza e nãoarmar os camponeses.Controle do legislativo: todas asdecisões do reino estavamcontroladas diretamente pelo rei,que possuía o direito de criar asleis.Controle sobre a justiça: criaçãodo tribunal real, sendo superioraos tribunais locais (controladopelos senhores feudais)Burocracia Estatal: corpo defuncionários que auxilia naadministração das obras públicas,fortalecimento do controle doEstado e, consequentemente, opoder real

Teóricos do AbsolutismoTeóricos do Direito Divino

Jean Bodin (1529-1596) / “Os Seis Livros da República” - Afirmava que o princípio fundamental do Estado era a sua soberania absoluta e indivisível, fosse esse Estado constituído pela violência dos mais fortes ou pelo consentimento de alguns que submetem sua liberdade a outros. As formas que a República (Estado) assume são a Monarquia, a Aristocracia ou a Democracia, cada qual com seus defeitos e virtudes. Todavia, inclinava-se para a Monarquia.

“ O poder supremo sobre cidadãos e súditos, sem restrições determinadas pelas leis”

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Jacques Bossuet (1627-1704)/ “Política Extraída da Sagrada Escritura” - Fez a defesa da autoridade constituída qualquer que seja sua origem. Como não há poder público sem a vontade de Deus, todo governo, seja qual for sua origem, justo ou injusto, pacífico ou violento, é legítimo: todo depositário da autoridade, seja qual for, é sagrado e revoltar-se contra ele é cometer um sacrilégio. Mas a sua preferência se volta para a autoridade monárquica que é sagrada, paterna, absoluta e submetida à razão. Quando menos tem (o Rei) que prestar contasaos homens, mais tem que prestar contas a Deus. Os Reis e os Soberanos não se encontram submetidos por ordem de Deus a nenhum poder eclesiástico nas coisas temporais.

“Todo depositário da autoridade, seja qual for, é sagrado revoltar-se contra ele é cometer um sacrilégio.”

Teóricos do Absolutismo baseados em Teorias Leigas –Contrato Social

Thomas Hobbes – 1588-1679 - “Leviatã” - Desenvolveuuma doutrina do Estado, afirmando que o estado natural dahumanidade é o egoísmo e que o homem é o lobo do própriohomem. No entanto, a razão convence os homens de que esteestado prejudica a todos a aceitar um acordo pacífico (...) Pormeio de um contrato tácito todo o homem renuncia ao seudireito natural e o transfere a um poder soberano, ao qual seabriga a obedecer.

“A única maneira de erigir-se um poder, capaz de defendê-los contraa invasão e danos infligidos, uns contra os outros (...), consiste emconferir todo o poder e força a um só homem (...). Mediante um contrato, os governados renunciariama todos os direitos em favor do monarca, cuja autoridade seria sem limites”

Nicolau Maquiavel – 1469-1527 - “O Príncipe” - “Discurso sobrea primeira década de Tito Lívio” - Sua preocupação eraprincipalmente a unidade da Itália. É considerado um dos grandesteóricos do Estado Moderno pelo que propôs em suas obras. Para ele, aordem social e política seria um mero jogo de paixões individuais; porisso há necessidade de introduzir aí uma ordem étnica, o que só umEstado Nacional forte pode fazer. Este pode harmonizar os egoísmosindividuais como o sagrado egoísmo da Pátria, encarnado na figura doPríncipe.

“Expressava seu mais profundo desprezo pela idéia medieval de uma lei morallimitando a autoridade do governante. A obrigação suprema do governante émanter o poder e a segurança do país que governa. O Príncipe não deverá temer a adoção dos meiosque o capacitam a realizar essa obrigação, quaisquer que sejam eles (...)”

Mercantilismo (Mercantio = Comércio)Definição: O

Mercantilismo seria oconjunto das teorias edas práticas deintervenção econômicaque se desenvolveramna Europa modernadesde a metade doséculo XV.

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Princípios Básicos do Mercantilismo

1. Metalismo ou Bullionismo Quanto mais ouro e prata um país tiver mais rico ele será. Osmercantilistas confundiam ouro e prata com capital. “a abundância de ouro e prata é a riquezade um país”

2. Balança Comercial Favorável O que contava era o saldo existente nas relações comerciaiscom a totalidade das nações, a fim de aumentar oacúmulo de metais preciosos. “vender o máximo,importar o mínimo”

3. Incentivo à Produção Manufatureira Os altospreços dos produtos manufaturados no comérciointernacional explicam a importância da atividade

4. Incentivo à Construção Naval O Estado fomentaessa atividade estimulando os armadores, commelhorias portuárias, e facilitando a entrada dematérias-primas necessárias à construção naval , devidoa grande importância que o comércio marítimo assume.

5. Protecionismo Alfandegário A presença debarreiras protecionistas tinha por objetivo restringir aomáximo a entrada de produtos estrangeiros, objetivandoa proteção do artigo nacional e dos mercados nacionais.

Tipos de Mercantilismo

Mercantilismo do Tipo Ibérico Prevaleceu durante o século XVI, considerando que opoderio espanhol baseava-se nos metais preciosos provenientes da América Espanhola.Todavia, confundia a simples posse de metais preciosos com capitais.

Mercantilismo do Tipo Holandês Prevaleceu na primeira metade do século XVIIapresentando uma forte preocupação comercialista, daí dar ênfase ao comércio externo,estimulado mediante criação de companhias privilegiadas, o incremento à construção naval,a busca de colônias.

Mercantilismo do Tipo Francês Prevaleceu durante a segunda metade do século XVII etinha como preocupação central impedir a “hemorragia financeira” do Estado. Por esta razãoestimulava o consumo interno, evitando a importação de mercadorias pagas em moedas deouro ou prata, ao mesmo tempo que criava um excedente de produção para vender a outrosEstados. Por está razão, o desenvolvimento da produção manufatureira, adoção doprotecionismo alfandegário que afastasse a concorrência estrangeira, e até mesmo atrair mão-de-obra especializada visando aperfeiçoar as técnicas de produção manufatureira. Seu principalrepresentante foi Colbert, daí o nome colbertismo que adquiriu o mercantilismo francês.

Mercantilismo Inglês Prevaleceu durante o século XVIII, quando as práticas mercantilistas assumiram uma preocupação colonialista, passando-se a considerar as colônias não só como áreas fornecedoras de matérias-primas, metais preciosos e produtos tropicais, mas principalmente como mercados consumidores.

Antigo Sistema Colonial - O Pacto Colonial

1) A Colônia não poderia produzir mercadorias que eram fabricadas pela Metrópole;

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2) A Colônia deveria utilizar mão-de-obra escrava, pois o comércio escravo possibilitaria uma balança comercial favorável;3) A Colônia somente poderia manter relações de comércio com a sua Metrópole.

Tipos de Colônias

Colônia de Exploração Latifúndio; Monocultura Mão-de-obra Escrava Produção voltada para o

mercado externo

Colônia de Povoamento Pequenas e Médias

Propriedades; Policultura; Mão-de-obra Livre ou Servil; Produção volta para o

mercado interno

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Triângulos Comerciais - Política da Salutar Negligência

Exercícios

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1. "...o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundindo com o que tem pela sua família, torna-se-lhe natural... O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..." (Jacques de Bossuet. POLÍTICA TIRADA DA SAGRADA ESCRITURA. Livro II, 10 proposição e Livro VI, artigo 1.o) O trecho anterior se refere ao Absolutismo monárquico, que se constituiu no próprio modelo dos regimes políticos dos Estados europeus do Antigo Regime.Apresentou variáveis locais conforme se expandiana Europa, entre os séculos XVI e XVIII. Entretanto, podemos identificar no Absolutismo monárquico características comuns que o distinguiam, dentre as quais destacamos corretamente a:a) unificação de diversas atribuições de Estado e de governo na figura dos monarcas, tais como a prerrogativa de legislar e a administração da justiça real.b) substituição de um tipo de administração baseada na distribuição de privilégios e concessões régias por uma organização burocrática profissional que atuava em atividadesdesvinculadas do Estado.c) implementação de práticas econômicas liberaiscomo forma de consolidar a aliança política e econômica dos reis absolutos com as burguesias nacionais.d) submissão política dos governos reais absolutistas à hierarquia eclesiástica, conforme definido pela doutrina do Direito Divino dos Reis.e) definição da autoridade dos monarcas absolutos e seus limites de poder, através da atuação dos parlamentos nacionais constitucionalistas, controlados por segmentos burgueses.2. "O Estado sou eu." Essa frase de Luís XIV, rei de França, expressa de fato:a) a indefinição de funções no Antigo Regime.b) o conceito de nação nos Tempos Modernos.c) o nacionalismo exacerbado da transição feudal-capitalista.d) o poder ilimitado dos reis no Estado Absolutista.e) a identificação dos monarcas com suas nações.

3.

4.O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações humanística, artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram fundamentar o Absolutismo:a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria.b) a História se explica pelo valor da raça de um povo.c) a fidelidade ao poder absoluto reside na

separação dos três poderes.d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu representante na Terra.e) a soberania máxima reside no próprio povo.

5. Dentre as instituições políticas do Estado Moderno, aquela que mais o caracteriza é o:a) absolutismo monárquico, nova forma política assumida cujos fundamentos estavam expressos na SUMA TEOLÓGICA de Tomás de Aquino.b) mercantilismo que serviam para justificar o enriquecimento da Igreja Católica, mas não traduziam os interesses do monarca absolutista.c) absolutismo monárquico que intervinha na vida econômica.d) liberalismo praticado pelos Príncipes, mas limitado pela tradição e pelo equilíbrio entre as classes sociais.e) absolutismo monárquico que punha em práticauma política econômica de características não intervencionistas, quase liberais - a política mercantilista.

6. Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante émanter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis pois que "os fins justificam os meios."Professou suas idéias na famosa obra:a) "Leviatã"b) "Do Direito da Paz e da Guerra"c) "República"d) "O Príncipe"e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"

7. Uma das características do Mercantilismo, política econômica do capitalismo comercial, foi:a) liberalismo econômico.b) protecionismo estatal.c) eliminação do metalismo.d) oposição ao absolutismo.e) restrição às exportações.

8. A peste negra, que dizimou cerca de um terço da população européia, as revoltas camponesas ocasionadas pelo precário equilíbrio da produção agrícola, e a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, foram responsáveis:a) pela formação da sociedade feudo-clerical.b) pela crise do mercantilismo econômico.c) pelo fortalecimento da nobreza em detrimento do poder real.d) pela aceleração da crise do absolutismo.e) pela crise do feudalismo e consolidação do poder real.

9. A frase de Luiz XIV, "L Etat c est moi" (O Estado sou eu), como definição da natureza do

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absolutismo monárquico, significava:a) a unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional);b) a superioridade do príncipe em relação a todasas classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida;c) a submissão da nobreza feudal pela eliminaçãode todos os seus privilégios fiscais;d) a centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos;e) o desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia eo campesinato.

10. (Unirio) O Absolutismo monárquicomanifestou-se de formas variadas, entre osséculos XVI e XVIII na Europa, através de umconjunto de práticas e doutrinas político-econômicas que fundamentavam a atuação doEstado Nacional Absoluto. Dentre essas práticase doutrinas, identificamos corretamente a:a) condenação da doutrina política medieval quejustificava a autoridade monárquica absolutaatravés do Direito Divino dos Reisb) concentração dos poderes de governo e daautoridade política na pessoa do Rei identificadocom o Estadoc) promoção política das burguesias nacionais,principais empreendedores mercantis daexpansão econômica e geográfica do EstadoModerno Absolutod) adoção de práticas capitalistas e liberais comofundamento da organização econômica dosImpérios coloniais controlados pelas Monarquiaseuropéiase) rejeição dos princípios mercantilistas:dirigismo econômico e protecionismoalfandegário.

11. (Uece) "A superioridade das Monarquiassobre os senhores feudais acentuou-se: oscastelos feudais deixaram de ser invulneráveiscom o desenvolvimento da artilharia; a criaçãode exércitos profissionais, convertidos empoderosos sustentáculos das monarquias,libertaram-nas da até então imprescindível ajudada nobreza feudal, cuja principal instituiçãomilitar - a cavalaria - tornou-se inútil diante dainfantaria com arcabuzes e mosquetes." (AQUINO, Rubim Leão et alli. HISTÓRIA DASSOCIEDADES. DAS SOCIEDADES MODERNAS ÀSSOCIEDADES ATUAIS. 2 ed. Rio de Janeiro: AoLivro Técnico, 1983. p. 24.) O estabelecimento das monarquias absolutas,como enfatiza o texto citado, deu-se emconformidade com uma centralização políticacada vez mais acentuada. Com relação a estacentralização política, assinale a alternativacerta.

a) a concentração de poderes nas mãos dos Reisnão significou prejuízo político ou econômico paraos senhores feudais.b) acordos entre setores burgueses earistocráticos levaram ao Absolutismomonárquico, cujo objetivo maior era reprimir assublevações de servos e camponeses pobres.c) financiados pelos burgueses e idolatradospelos nobres, os Reis europeus exerciam umpoder absoluto, especialmente depois daRevolução Francesa.d) a concentração de poderes nas mãos dos Reis,em prejuízo dos senhores feudais, levou àinstituição do Absolutismo monárquico.

11. A respeito do Estado Absolutista é corretoafirmar:a) o poder concentrava-se nas mãos do rei porter este conseguido afastar a influência danobreza.b) Era caracterizado pela concentração do poderpolítico nas mãos do rei e pela legitimação divinadesse poder.c) O poder do rei no Estado absolutista, além decarecer de justificação, era criticado porpensadores como Maquiavel e Hobbes.d) Na economia, o Absolutismo correspondeu aoperíodo de transição do capitalismo para ofeudalismo.e) No plano político, a formação do Absolutismocorrespondeu a uma necessidade decentralização do poder para adequar-se aosurgimento da nobreza.

12. "É praticamente impossível treinar todos ossúditos de um [Estado] nas artes da guerra e aomesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aosmagistrados." (Jean Bodin, teórico doabsolutismo, em 1578). Essa afirmação revela que a razão principal de asmonarquias européias recorrerem aorecrutamento de mercenários estrangeiros, emgrande escala, devia-se à necessidade de:a) conseguir mais soldados provenientes daburguesia, a classe que apoiava o rei.b) completar as fileiras dos exércitos comsoldados profissionais mais eficientes.c) desarmar a nobreza e impedir que estaliderasse as demais classes contra o rei.d) manter desarmados camponeses etrabalhadores urbanos e evitar revoltas.e) desarmar a burguesia e controlar a luta declasses entre esta e a nobreza.

13. (UFPR) Jacques Bossuet utilizou argumentosextraídos da Bíblia para justificar o poderabsoluto e de direito divino da realeza, com olema: "Um rei, uma lei, uma fé". Sãocaracterísticas do absolutismo na França: (01) A concentração dos mecanismos de governonas mãos do rei. (02) A identificação entre Nação e Coroa.

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(04) A influência do racionalismo iluminista comojustificativa do poder absoluto e do "direitodivino". (08) A criação de exército nacional permanente. (16) A ampla liberdade de expressão e de fé. soma = ( )resposta: 01 + 02 + 08 = 11

14. (Puc) O fim último, causa final e desígnio doshomens (que amam naturalmente a liberdade e odomínio sobre os outros), ao introduzir aquelarestrição sobre si mesmos sob a qual os vemosviver nos Estados, é o cuidado com sua própriaconservação e com uma vida mais satisfeita.Quer dizer, o desejo de sair daquela misériacondição de guerra que é a conseqüêncianecessária (conforme se mostrou) das paixõesnaturais dos homens, quando não há um podervisível capaz de os manter em respeito,forçando-os por medo do castigo, aocumprimento de seus pactos e ao respeitoàquelas leis de natureza (...) (Hobbes, T. "Dascausas, geração e definição de um Estado". In:Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 2. ed.,1979, p.103.) Considerando o fragmento anterior, podemosdizer que Thomas Hobbes, pensador inglês doséc.XVII, defende a noção de quea) apenas um Estado democrático, surgido de umato de liberdade dos cidadãos, teria legitimidadepara criar leis e zelar pela segurança e demaisnecessidades sociais.b) certos indivíduos, extraordinariamente,quando apaixonados, amam dominar os outros eé preciso forçá-los, através do castigo, a mantero respeito; essa seria a função do Estado.c) o Estado resulta do desejo dos indivíduos degarantir a propriedade privada, para deixar deter uma condição mísera e participar ativamentedo pacto social.d) o homem é naturalmente bom, mas a vidasocial o corrompe, fazendo com que passe aquerer dominar a liberdade dos outros; onascimento do Estado é diretamente responsávelpor essa corrupção.e) os homens são naturalmente inaptos para avida social, a menos que constituam umaautoridade à qual entreguem sua liberdade emtroca de segurança.

15. (Cesgranrio) "...o príncipe, que trabalha parao seu Estado, trabalha para os seus filhos, e oamor que tem pelo seu reino, confundindo com oque tem pela sua família, torna-se-lhe natural...O rei vê de mais longe e de mais alto; deveacreditar-se que ele vê melhor..." (Jacques de Bossuet. POLÍTICA TIRADA DASAGRADA ESCRITURA. Livro II, 10 proposição eLivro VI, artigo 1.o) O trecho anterior se refere ao Absolutismomonárquico, que se constituiu no próprio modelodos regimes políticos dos Estados europeus do

Antigo Regime. Apresentou variáveis locaisconforme se expandia na Europa, entre osséculos XVI e XVIII. Entretanto, podemosidentificar no Absolutismo monárquicocaracterísticas comuns que o distinguiam, dentreas quais destacamos corretamente a:a) unificação de diversas atribuições de Estado ede governo na figura dos monarcas, tais como aprerrogativa de legislar e a administração dajustiça real.b) substituição de um tipo de administraçãobaseada na distribuição de privilégios econcessões régias por uma organizaçãoburocrática profissional que atuava em atividadesdesvinculadas do Estado.c) implementação de práticas econômicas liberaiscomo forma de consolidar a aliança política eeconômica dos reis absolutos com as burguesiasnacionais.d) submissão política dos governos reaisabsolutistas à hierarquia eclesiástica, conformedefinido pela doutrina do Direito Divino dos Reis.e) definição da autoridade dos monarcasabsolutos e seus limites de poder, através daatuação dos parlamentos nacionaisconstitucionalistas, controlados por segmentosburgueses.

16. (Puc-pr) Um dos teóricos defensores doAbsolutismo real escreveu: "...Já o disse, soisdeuses, isto é, tendes em vossa autoridade,trazeis em vossa fronte, um caráter divino...Entretanto, ó deuses de carne e sangue, ódeuses de lodo e pó, morreis como homens... Agrandeza separa os homens por breve tempo;uma queda comum, no fim, a todos iguala...". Otexto acima consta da obra:a) "Sobre o Direito da Guerra e da Paz", de HugoGrotius.b) "Os Seis Livros da República", de Jean Bodin.c) "O Príncipe", de Nicolau Maquiavel.d) "O Leviatã", de Thomas Hobbes.e) "Política Resultante da Sagrada Escritura", deJacques Bossuet.

15. (UFPE) As teorias de Maquiavel e Hobbesforam fundamentais para o estabelecimento doabsolutismo, a consolidação do Estado Moderno epara mudanças nas relações políticas da Europa.Entre as idéias básicas de Hobbes, podemosdestacar: a) a necessidade de educar o ser humano, paraque ele retomasse sua boa relação com anatureza e transformasse a vida social da suaépoca.b) a crença na capacidade de se estabelecerrelações harmoniosas entre os povos,desenvolvendo-se o comércio e os negóciospúblicos.c) a crítica feita ao Cristianismo e sua insistênciaem derrotar o poderio da Igreja e das religiões,

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que, segundo ele, eram as únicas responsáveispela hipocrisia social.d) a preocupação com a centralização do poderpolítico, fundamental para a posteriorconsolidação do Estado Moderno.e) a preocupação com a política, que não impediua produção de obras literárias importantes parasua época dentro de uma perspectiva artística.

16. (Ufpel) "Daqui nasce um dilema: é melhorser amado do que temido, ou o inverso?Respondo que seria preferível ambas as coisas,mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-memuito mais seguro ser temido do que amado, sesó se puder ser uma delas. [...] Os homenshesitam menos em prejudicar um homem que setorna amado do que outro que se torna temido,pois o amor mantém-se por um laço deobrigações que, em virtude de os homens seremmaus, quebra-se quando surge ocasião demelhor proveito. Mas o medo mantém-se por umtemor do castigo que nunca nos abandona.Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de talmodo que, se não conseguir a amizade, possapelo menos fugir à inimizade, visto haver apossibilidade de ser temido e não ser odiado, aomesmo tempo." MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). "O Príncipe".Lisboa: Europa-América, 1976. O documentoembasa a) a organização de uma sociedade liberal,precursora dos ideais da Revolução Francesa. b) o direito divino dos reis, reforçando asestruturas políticas e religiosas medievais. c) o absolutismo monárquico, sob a ótica de umescritor renascentista. d) a origem do Estado Moderno, através doContrato Social. e) o republicanismo como regime político,apropriado para os Estados Modernos.

17. (Uflavras) Apresentamos, abaixo, três obrasrepresentativas do absolutismo (coluna 1) e asprincipais idéias nelas contidas (coluna 2).Numere a coluna 2 de acordo com a coluna 1 eidentifique a alternativa que apresenta aseqüência CORRETA: COLUNA 1 1. O Príncipe (1513-16) 2. Leviatã (1651) 3. A República (1576)

COLUNA 2 ( ) Defende a soberania do Estado e o caráterdivino do monarca, não havendo limites àautoridade do mesmo. ( ) Afirma haver a necessidade de um Estadonacional forte, independente da Igreja eencarnado na figura do chefe de governo. ( ) Justifica o surgimento do Estado enquanto umcontrato social. Sem a existência do Estado, a

humanidade viveria em permanente situação deguerra.

a) 2, 1, 3b) 1, 3, 2c) 3, 2, 1d) 3, 1, 2e) 1, 2, 3

18. (UFBA) Na questão adiante julgue os itensnumerados de I a V e assinale a alternativacorreta utilizando a chave de respostas a seguir:"A imagem do rei-sol , como era chamado LuísXIV, que reinou até sua morte, em 1715, seconstruiu sobre a pintura, a gravura, a escultura,a arquitetura, a música e a palavra escrita ouoral." (ONOFRE, p. 74) Associando seus conhecimentos sobreabsolutismo monárquica ao texto anterior, pode-se afirmar: I - A construção da imagem pública do reiabsolutista evidencia uma defasagem entre teoriae prática do absolutismo. II - A utilização da arte como veículo depropaganda política indica o interesse domonarca absolutista em promover odesenvolvimento cultural das camadas populares.III - A preocupação com a difusão de umaimagem positiva perante a sociedade caracterizao "rei-sol" como o precursor do despotismoesclarecido. IV - Os monarcas absolutos, assim como ospolíticos atuais, também buscavam, naconstrução de uma imagem pública, formas paralegitimar o exercício do poder. V - O apoio da nobreza, classe politicamenteprivilegiada durante o Antigo Regime, erafundamental para a governabilidade do Estado, jáque, na prática, ninguém governa sem o apoiodas camadas mais fortes da população.

a) II e III são corretas. b) I, II e V são corretas. c) I, IV e V são corretas.d) II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas.

19. O mercantilismo, política econômica praticada pelos monarcas europeus, na época moderna, teve como característica a(o):a) liberdade do comércio colonial.b) estímulo às importações de manufaturados.c) manutenção da balança comercial favorável.d) estímulo à agricultura.e) combate à escravidão.

20. O Mercantilismo pode ser descrito como "expressão econômica da aliança política realeza-burguesia", tendo como características: (01) metalismo.

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(02) protecionismo alfandegário. (04) balança comercial favorável. (08) monopólio comercial. (16) liberdade de comércio. Soma das respostas corretas ( )

21. Sobre a importância do renascimento urbano e comercial, na fase de transição do feudalismo para o capitalismo, pode-se destacar:a) o caráter assistencialista das corporações de ofício influindo na democratização da ordem social.b) o enfraquecimento do poder dos reis à medidaque as cidades se tornaram independentes da nobreza feudal.c) o estímulo à centralização monárquica, à unificação das moedas, pesos e medidas e ao mercantilismo.d) a oposição da burguesia comerciante à práticada usura e conseqüente apoio da Igreja aos seus empreendimentos marítimos.e) o crescimento da burguesia repercutindo na decadência da política econômica mercantilista e na formação dos Estados Nacionais.

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