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“Temos medo, mas não somos covardes” Foi crescendo, crescendo, em silêncio, e vai crescer cada vez mais. Os trabalhadores da DHL Colômbia começam a se filiar a um sindicato. No domingo 2 de fevereiro, num clima de contida emoção, foi criada a Subdiretoria Bogotá do STPC. O acontecimento, importante em sim mesmo, constitui-se como histórico quando observamos que o Presidente e outros membros desta subdiretoria são trabalhadores da multinacional DHL. “Temos atravessado tantas tormentas, tantas frustrações, tantos medos. Mas aqui nos encontramos, criando sindicatos no setor de logística, dizendo aos trabalhadores da DHL que se encorajem, pois vamos apoiá-los. Nós, os dirigentes sindicais colombianos, temos vivido com medo, continuamos tendo medo, mas o medo não nos impede de manter nossas convicções. Temos medo, mas não somos covardes”, disse uma emocionada Dora Lilia Gómez, Presidenta do STPC, que agradeceu os esforços da UNI e da ITF para contribuir com sindicalização dos trabalhadores da DHL. Esse passo fundamental aconteceu poucos dias depois de o Ponto Nacional de Contato da Alemanha para as Diretrizes da OCDE (PNC) ter emitido uma declaração conjunta combinada pela UNI, a ITF e o Deutsche Post-DHL. Essa declaração comum aborda alguns âmbitos cruciais objeto do conflito e o seu propósito é virar a página na relação da UNI e da ITF com esta importante multinacional de correios e logística. Em novembro de 2012, a ITF e a UNI apresentaram uma demanda, alegando que a DHL negava sistematicamente aos trabalhadores seus direitos de formar sindicatos ou de se filiar livremente aos sindicatos de sua escolha. Após uma pesquisa preliminar, em junho de 2013, o PNC aceitou a demanda no

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“Temos medo, mas não somos covardes”

Foi crescendo, crescendo, em silêncio, e vai crescer cada vez mais. Os trabalhadores da DHL Colômbia começam a se filiar a um sindicato.

No domingo 2 de fevereiro, num clima de contida emoção, foi criada a Subdiretoria Bogotá do STPC. O acontecimento, importante em sim mesmo, constitui-se como histórico quando observamos que o Presidente e outros membros desta subdiretoria são trabalhadores da multinacional DHL.

“Temos atravessado tantas tormentas, tantas frustrações, tantos medos. Mas aqui nos encontramos, criando sindicatos no setor de logística, dizendo aos trabalhadores da DHL que se encorajem, pois vamos apoiá-los. Nós, os dirigentes sindicais colombianos, temos vivido com medo, continuamos tendo medo, mas o medo não nos impede de manter nossas convicções. Temos medo, mas não somos covardes”, disse uma emocionada Dora Lilia Gómez, Presidenta do STPC, que agradeceu os esforços da UNI e da ITF para contribuir com sindicalização dos trabalhadores da DHL.

Esse passo fundamental aconteceu poucos dias depois de o Ponto Nacional de Contato da Alemanha para as Diretrizes da OCDE (PNC) ter emitido uma declaração conjunta combinada pela UNI, a ITF e o Deutsche Post-DHL. Essa declaração comum aborda alguns âmbitos cruciais objeto do conflito e o seu propósito é virar a página na relação da UNI e da ITF com esta importante multinacional de correios e logística.

Em novembro de 2012, a ITF e a UNI apresentaram uma demanda, alegando que a DHL negava sistematicamente aos trabalhadores seus direitos de formar sindicatos ou de se filiar livremente aos sindicatos de sua escolha.

Após uma pesquisa preliminar, em junho de 2013, o PNC aceitou a demanda no

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concernente a cinco países críticos e solicitou às partes que iniciassem um processo de mediação.

“Não nos alcançam as palavras para expressar nossa admiração pelo passo que estão dando. Vocês são nossos heróis, vocês estão criando um futuro para a Colômbia no qual estar filiado a um sindicato vai ser um direito de cada mulher e de cada homem em qualquer lugar de trabalho”, sublinhou Adriana Rosenzvaig, Secretária Regional da UNI Américas.

Stephen DeMatteo, Chefe da UNI Postal e Logística, disse que "Estamos realmente muito orgulhosos do trabalho que tem realizado a STPC até essa etapa, rompendo barreiras ao estabelecer um sindicato na DHL na Colômbia. Sua longa luta é de inspiração para os trabalhadores de logística em todo o mundo e a UNI continuará lhes apoiando nesta luta nos meses por vir”.

A UNI Américas P&L com o olhar no futuro

Nos dias 5 e 6 de fevereiro realizou-se em Bogotá a 4ta. Conferência Regional da UNI Américas P&L.

Com a presença de mais de 40 delegados das Américas, desenvolveu-se na capital da Colômbia a 4ta. Conferência Regional da UNI Américas P&L. A atualidade da indústria postal e logística no mundo e na região, assim como a estratégia sindical a desenvolver no período 2014-2018 foram os centros do debate. Junto com isto, se escolheu um novo Comitê Executivo Regional que integra novos sindicatos à tarefa diretiva e, entre os membros novo Comitê, foi eleito por unanimidade o companheiro Jim Sauber como Presidente da UNI Américas P&L para o período referido.

As jornadas de trabalho estiveram dirigidas pela companheira Lynn Bue, do CUPW do Canadá, que por dois períodos teve sob sua responsabilidade a Presidência regional do setor. Contou-se com delegações dos sindicatos postal espanhol e finlandês (a UGT e a PAU, respectivamente), do Centro de Solidariedade destes últimos (SASK) e do Centro de Solidariedade da AFL-CIO dos Estados Unidos, assim como da CUT da Colômbia. Também estiveram presentes a Secretária Regional da UNI Américas, Adriana Rosenzvaig, o Chefe do Dpto. UNI P&L Stephen De Matteo e o Diretor Regional da UNI Américas P&L Javier Carlés.

A assinatura do Acordo Marco Global entre a UNI e a UPAEP na segunda metade de 2013, o processo de negociação que levou ao mesmo e as potencialidades que abre para o

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futuro, abriu um debate crítico a respeito da importância da intervenção conjunta dos sindicatos postais nas organizações supranacionais. O MERCOSUL, a UNASUL, a CELAC e mais amplamente a UPAEP são âmbitos privilegiados para avançar políticas públicas, legislativas e regulatórias em matéria postal e logística. Assim como para impulsionar pesquisas e campanhas em temas de índole ambiental, de gênero e de formação.

A Conferência aprovou um plano estratégico para o período 2014-2018 entre cujos objetivos temos que mencionar o incremento de influência institucional regional da UNI Américas P&L, a defesa dos serviços postais nacionais, a organização e a mobilização conjunta dos sindicatos postais e o fortalecimento de sua participação e intervenção na UNI Global Union, UNI P&L, UPU e UPAEP, derivando-se em planos de ação específicos que incluem a conformação de grupos de trabalho, o estabelecimento de redes sindicais e outros mecanismos de trabalho sindical conjunto.

Assinou-se o primeiro Convênio Coletivo do setor segurança na Costa Rica

No passado 28 de janeiro a União de Trabalhadores do Setor Privado e Público (UNTRASEPP) assinou a primeira Convenção Coletiva com a empresa

multinacional G4S Cash Solutions que opera em vários países da região e é a principal transportadora de valores deste país.

"O processo de negociação foi árduo, mas se instaura como uma grande vitória para o movimento sindical costarriquense ao ser a primeira convenção coletiva de trabalho assinada no setor", manifestou Minor Vargas, Subsecretário Geral do Sindicato.

Além disso, significou um avanço diante da política de "solidarismo" implementada no país, figura que procura eliminar os sindicatos como forma de organização dos trabalhadores, e opera sob o engano da participação dos mesmos como proprietários das empresas.

Essa modalidade tem se estendido por vários países da região, e tem dizimado o movimento sindical até o ponto de que somente 9% dos trabalhadores costarriquenses estejam organizados em sindicatos. Quebrar com o engano das associações solidárias que somente beneficiam os empresários e multinacionais tem se tornado um desafio do movimento sindical, e é por isso que a UNI Américas celebra este importante sucesso, fruto da organização, capacidade de luta dos trabalhadores e consciência

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sindical.

Novos sucessos do Sindicato de Kimberly Clark em Tocancipá, Colômbia.

Depois de vários meses de discussões com a empresa, o SINTRAPULCAR – Tocancipá pactuou com a Kimberly a modificação dos contratos de termo fixo a

indefinido.

Este fato muda a vida de centenas de trabalhadores e trabalhadoras que se encontravam sob a modalidade de contratos a termo fixo. Hoje poderão desfrutar de melhores garantias trabalhistas e de aspectos tão elementares como ter maior acesso a empréstimos nas entidades bancárias.

Sem dúvida trata-se de uma vitória do sindicato, de uma organização que não tem poupado esforços por melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa. O triunfo se soma a várias conquistas obtidas como a convenção coletiva, e a nivelação e aumento de salários de entre 11% e 17% para os trabalhadores.

No dia 5 de fevereiro de 2014 foram levadas adiante reuniões com trabalhadores e dirigentes do sindicato com o objetivo de avaliar a aplicação da convenção coletiva e a relação entre o sindicato e a empresa Kimberly Clark, de cara à próxima reunião que terá lugar em Atlanta no mês de março, instância na qual se avaliará o Acordo de Diálogo Social entre a UNI e a empresa.

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A União de comércio da Colômbia assina convenção coletiva com a multi-latina CENCOSUD

A União de trabalhadores e trabalhadoras de grandes superfícies do comércio na Colômbia e a empresa multi-latina chilena do comércio varejista CENCOSUD, sob

suas marcas Jumbo e Metro, assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho no dia 19 de dezembro de 2013.

A empresa aceitou a totalidade do edital, e inclusive conseguiu-se melhorar algumas cláusulas. O acordo começará a reger a partir do dia 1º de janeiro de 2014 e tem uma vigência de 28 meses.

Esta é a segunda Convenção Coletiva de Trabalho que A União de trabalhadores e trabalhadoras de grandes superfícies do comércio consegue assinar na Colômbia. A primeira foi assinada em abril de 2012, com a multinacional francesa Carrefour.

A primeira Convenção Coletiva introduziu uma novidade sindical na Colômbia: o DIÁLOGO SOCIAL AMPLIADO, que consiste na representação sindical em todos e cada um dos locais de trabalho através de um representante de loja, que tem a potestade de fazer reuniões permanentes com os diretores para conseguir acordos sobre o dia a dia no lugar de trabalho.

Com a compra do negócio da Carrefour na Colômbia por parte da multi-latina chilena Cencosud, no segundo semestre de 2012, A UNIÃO mudou seus estatutos e se converteu em um sindicato de ramo do setor de vendas varejistas em grandes superfícies. Conformado na sua maioria por mulheres e jovens, A UNIÃO, é o maior sindicato deste negócio na Colômbia, com mais de 5.500 filiados e desde seus começos contou com o apoio da UNI Américas.

A Cencosud conta com uma rede de supermercados constituída por 79 lojas em 29 cidades do país. É uma empresa de origem chilena, com diversidade de marcas no negócio do retail e outros negócios em seguros e entretenimento familiar. Tem presença no Chile, no Brasil, na Argentina, no Peru e na Colômbia. Em nosso país, investiu, só no último ano, mais de US$ 2.620.000.000 e também opera a marca Easy.

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O Estado colombiano deve sancionar a Prosegur pelo uso de Pactos Coletivos

O domingo 17 de fevereiro uma delegação da UNI Américas, integrada pela sua Secretária Regional, Adriana Rosenzvaig, Fidel Alfonso, Presidente de Sintravalores da Colômbia (sindicato que organiza os trabalhadores de Prosegur) e Leonor Sierra, coordenadora, estiveram junto a congressista democrata Sandy Levin, quem fez uma missão a este país para recolher testemunhos com relação à possível violação de normas trabalhistas no Acordo Obama Santos.

Sindicatos da Palma, Aero navegantes e do Carvão, entre outros, apresentaram seus testemunhos. A UNI Américas lhe entregou ao Sr. Levin a denúncia efetuada ante a OECD contra a multinacional espanhola Prosegur e analisou a inação do Estado colombiano para castigar as violações a direitos sindicais, trabalhistas e humanos, particularmente nos casos desta multinacional e da norte-americana Brinks.

O Congressista democrata Sandy Levin tomou devida nota dos relatórios apresentados pelos representantes sindicais. Os relatórios mostraram claramente o incumprimento do Estado colombiano em relação ao uso ilegal dos pactos coletivos, a não penalização de tais condutas delitivas e a ausência de uma luta real contra a precarização trabalhista, encoberta sob formas ilegais de subcontratação e cooperativas de trabalho.

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O Dia de Ação Global aumenta a pressão sobre os bancos dos Estados Unidos

A UNI Finanças, o Comitê de Melhores Bancos e Trabalhadores das Comunicações da América celebraram um dia de ação global o 18 de fevereiro,

fazendo campanha juntos por melhores condições de trabalho para os trabalhadores dos bancos estadunidenses.

O Secretário Geral da UNI Global Union, Philip Jennings, enviou previamente uma carta ao CEO de Citibank, Michael Corbat, pedindo ao banco que liderasse a mudança na indústria se reunindo com o movimento sindical. Uma delegação internacional de trabalhadores do mundo todo realizou um protesto ante a sede do Citibank em Wall Street para denunciar o silêncio do Citibank e as desigualdades e injustiças que enfrentam os trabalhadores do setor financeiro dos Estados Unidos.

A campanha conseguiu um alcance arredor de um milhão de pessoas on line. Arredores de 2.000 pessoas twittearam, comentaram ou compartilharam fotos e artigos, enquanto o trânsito para o site web da UNI se duplicou no transcurso do dia.

Marcio Monzane, Chefe da UNI Finanças, e Elise Buckle, Coordenadora das Políticas da UNI Finanças, quem organizaram o evento, enviaram seu agradecimento às filiadas da UNI Finanças e aos simpatizantes que se uniram à ação no mundo todo. Entre os que enviaram seu apoio estava o maior sindicato do Reino Unido, UNITE, assim como as filiadas da UNI da Irlanda, os Países Baixos, Malta, o Brasil, a Argentina, a Suécia Austrália e Tunísia. O movimento da Nova Iorque, Occupy Wall Street, twitteou em apoio à campanha.

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Os trabalhadores bancários dos Estados Unidos se encontram privados dos direitos fundamentais básicos, como o direito à sindicalização e à negociação coletiva para salários justos, licença remunerada por paternidade ou por doença. Respeito aos direitos sociais, a pastagem está mais verde em outros dos chamados "países em desenvolvimento”, tais como Tanzânia, Líbano, Filipinas ou Malásia. Além disso, os trabalhadores bancários que estão trabalhando para exatamente o mesmo banco, por exemplo,

Citibank, Santander, Banco do Brasil e BBVA têm melhores condições de trabalho fora dos Estados Unidos devido a que têm uma voz no lugar de trabalho através do seu sindicato. Os sindicatos filiados a UNI Américas,

em todos os setores, foram parte ativa da mobilização virtual.

Companheiros de todas as Centrais do Continente reunidos em uma atividade organizada pela CSA expressaram também sua solidariedade.

http://www.uniglobalunion.org/es/regions/uni-americas

Facebook: Uni Americas

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