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Professor Msc
Arnoldo Schmidt Neto
Joinville - SC
2013
Anlise de Balanos Apostila 2 2/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
2
Anlise e Avaliao das
Demonstraes Financeiras
TPICOS TERMOS-CHAVE
2.1 Universo para anlise Usurios internos Usurios Externos
2.2 Principais Demonstraes Financeiras
Balano Patrimonial
DRE
Doar
DFC
2.3 Tcnicas de anlise
Anlise Vertical e Horizontal
Indicadores
2.4 Padronizao e reclassificao das demonstraes financeiras
Critrios de reclassificao
Critrios de Padronizao
BP e DRE funcional
2.5 Principais indicadores financeiros
Liquidez
Endividamento/ Estrutura de Capitais
2.6 Anlise detalhada de retorno de investimento
Rentabilidade
Margem/ Lucratividade
Sistema de Anlise Du Pont
2.7 Ciclos e indicadores de atividade PMRE PMRV
PMPC
CO CF
2.8 Quadro clnico de indicadores Indices-Padro Tendncia
2.9 Modelo de Avaliao de Empresas
Decis
NGE
Pontos fortes e fracos
Anlise de Balanos Apostila 2 3/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
Sumrio
2.1 UNIVERSO DA ANLISE ENFOQUES E OBJETIVOS ........................... 5
2.1.1 USURIOS E AGENTES INTERNOS ....................................................................................... 5
2.1.2 USURIOS E AGENTES EXTERNOS ...................................................................................... 5
Acionistas e investidores. Transferncia de Controle Acionrio, Incorporao, Fuso ou Ciso. ...... 5
Credores ............................................................................................................................................... 6
Fornecedores x Clientes ........................................................................................................................ 6
Concorrentes ........................................................................................................................................ 6
rgos Governamentais ....................................................................................................................... 6
Empregados, Sindicatos e Comunidade ............................................................................................... 6
2.2 PRINCIPAIS DEMONSTRAES FINANCEIRAS ..................................... 7
2.2.1 Relatrio da Diretoria .................................................................................................................. 7
2.2.2 Demonstraes financeiras .......................................................................................................... 7
Lei 11638 - Balanos mais transparentes ............................................................................................. 9
2.3 TCNICAS DE ANLISE .......................................................................... 10
2.3.1 Indicadores (ou ndices ou quocientes) Econmico-Financeiros ............................................... 10
2.3.2 Anlise Vertical .......................................................................................................................... 10
2.3.3 Anlise Horizontal ..................................................................................................................... 11
2.3.4 Anlise da Taxa de Retorno sobre Investimento ....................................................................... 11
2.4 PADRONIZAO E RECLASSIFICAO DAS DEMONSTRAES ..... 12
2.4.1 Outros casos de reclassificao: ................................................................................................. 12
2.4.2 Exerccios de fixao .................................................................................................................. 15
2.5 PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS ........................................... 17
2.5.1 NDICES DE LIQUIDEZ (ou SOLVNCIA) ........................................................................... 17
Exerccios de Fixao - Liquidez ........................................................................................................ 20
2.5.2 NDICES DE ENDIVIDAMENTO (Estrutura de Capital) ...................................................... 24
Anlise: Quantidade x Qualidade da Dvida ...................................................................................... 27
Exerccios de Fixao Estrutura de capital/ endividamento ........................................................... 29
Anlise de Balanos Apostila 2 4/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
2.6 ANLISE DE RETORNO DE INVESTIMENTOS MODELO CONTBIL 36
2.6.1 NDICES DE RENTABILIDADE ............................................................................................. 36
Reflexo sobre rentabilidade: ............................................................................................................. 39
2.6.2 SISTEMA DE ANLISE DUPONT .......................................................................................... 40
Exerccios de Fixao Sistema DuPont ............................................................................................ 42
2.6.3 ESTUDO DETALHADO DA TAXA DE RETORNO............................................................... 44
Anlise do Quadro de Anlise Margem x Giro .................................................................................. 51
Exerccios de Fixao Sistema DU PONT: ...................................................................................... 54
2.6.4 NDICES DE AVALIAO DE AES ................................................................................. 56
2.7 CICLOS E INDICADORES DE ATIVIDADE .............................................. 58
2.7.1 INDICADORES DE PRAZOS MDIOS. ESTUDO DO CURTO PRAZO ............................. 58
2.7.2 CICLOS DA EMPRESA ........................................................................................................... 59
Exerccios de fixao ciclo de atividades ......................................................................................... 61
2.8 QUADRO CLNICO DE INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS ... 65
2.8.1 QUADRO CLNICO DE INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS .......................... 65
2.8.2 Estudo de Caso Prtico .............................................................................................................. 66
2.9 MODELO DE AVALIAO DE EMPRESAS ............................................ 67
2.9.1. PASSOS DO MTODO DE AVALIAO ............................................................................. 67
2.9.2 USO DE PLANILHAS DE AVALIAO ................................................................................ 70
2.9.3 CONCLUSES SOBRE A EMPRESA ..................................................................................... 71
2.9.4 EXERCICIOS MODELO DE AVALIAO DE EMPRESAS ............................................... 73
REFERNCIAS ................................................................................................ 78
Anlise de Balanos Apostila 2 5/78
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2.1 Universo da Anlise Enfoques e Objetivos
A anlise das demonstraes financeiras sempre estar associada a um
processo decisrio, logo o seu objetivo extrair informaes das
demonstraes financeiras para a tomada de decises.
Cada usurio abordar a empresa com determinado objetivo, e este
determinar a profundidade e o enfoque da anlise. So destacados neste
captulo os aspectos que mais interessam mais especificamente a cada tipo de usurio (interno e externo).
Atualmente o conceito de usurio das demonstraes financeiras tem uma
amplitude importncia maior por meio da teoria de Shareholders e
Stakeholders.
2.1.1 USURIOS E AGENTES INTERNOS
Os usurios internos da anlise das demonstraes financeiras so os os
dirigentes e administradores da empresa. Com as informaes fornecidas
por meio da anlise os usurios internos podem tomar medidas que
melhorem o desempenho econmico-financeira. Outro aspecto importante
utilizado pelos administradores a construo de metas e objetivos
baseados nos indicadores projetados.
Alm dos dados mais abrangentes constantes das demonstraes
publicadas, os administradores da empresa dispem de grande volume de
informaes detalhadas que lhes so continuamente transmitidas por meio
do sistema interno de informaes gerenciais. A anlise de todos esses
dados suporta o planejamento e o controle gerencial. Os administradores
desejam conhecer a posio patrimonial e identificar fatores que afetaram a sua evoluo. Avaliam os efeitos de decises anteriores confrontando os
resultados reais com as metas fixadas. Comparam o desempenho da
empresa com o de seus concorrentes diretos. Detectam os pontos fortes a
serem explorados e os pontos fracos a serem corrigidos. Inferem as
potencialidades e as limitaes da empresa face aos planos de atividades
futuras e, adicionalmente, devem tambm estar atentos aos enfoques e
objetivos dos agentes externos.
2.1.2 USURIOS E AGENTES EXTERNOS
Os usurios e agentes externos utilizam-se amplamente da anlise das
demonstraes financeiras para tomar decises de investimentos,
financiamentos, concesso de crdito e cobrar ou solicitar obrigaes para
as empresas.
Acionistas e investidores. Transferncia de Controle Acionrio, Incorporao, Fuso
ou Ciso.
Os acionistas e investidores preocupam-se com o retorno do seu
investimento, determinado pela valorizao das aes nas bolsas e pelos
dividendos periodicamente distribudos. Diferentes tipos de acionistas
2.1 Universo da Anlise - Enfoques e Objetivos
Teoria dos Shareholders (proprietrios de aes das empresas) Teoria dos Stakeholders (proprietrios de interesses nas empresas).
Anlise de Balanos Apostila 2 6/78
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(investidores institucionais, especuladores etc.) decidem-se continuamente
pela compra e venda de aes a partir de estudos preparados por analistas
do mercado de capitais. Esses estudos associam a anlise das
demonstraes financeiras avaliao do comportamento das cotaes.
Credores
As instituies financeiras, debenturistas, factoring, instituies de fomento preocupam-se com a capacidade de solvncia da empresa,
avaliando o risco suportado no horizonte de tempo em que ocorrero os
vencimentos de suas obrigaes.
As instituies financeiras ao concederem emprstimos e financiamentos
de risco fazem anlises detalhadas de demonstraes financeiras para
verificarem a capacidade de pagamento das empresas credoras.
Fornecedores x Clientes
Os fornecedores preocupam-se com o sucesso de seus grandes clientes. A
anlise das demonstraes financeiras desses clientes, associada s
perspectivas de seu ramo de negcios, fornecer subsdios para a
programao da produo e vendas e tambm para a implementao de
seus prprios planos de expanso.
As empresas preocupam-se com a garantia de regularidade nos
suprimentos de matrias-primas, e isto justifica o acompanhamento da
situao econmico-financeira de seus principais fornecedores.
Concorrentes
As empresas devem acompanhar tudo o que ocorre com seus concorrentes
diretos, que correspondem queles que tm formas de atuao
semelhantes. A anlise das demonstraes financeiras dos principais
concorrentes permitir empresa extrair valiosas concluses por meio da
comparao de diversos dados, como: volume de faturamento, margens de
rentabilidade das vendas, prazos concedidos aos clientes e obtidos dos
fornecedores, giro dos estoques, retorno sobre o investimento total e sobre
o Patrimnio Lquido, novos investimentos em ativos fixos, grau de
endividamentos etc. Tudo isso permite identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes e as causas determinantes de seus sucessos e fracassos,
permitindo empresa copiar as medidas bem sucedidas e a evitar a
repetio dos mesmos erros.
rgos Governamentais
As demonstraes financeiras facilitam a fiscalizao fazendria das
empresas, o controle de preos e o julgamento das suas qualificaes
financeiras em licitao pblica.
Empregados, Sindicatos e Comunidade
Os funcionrios da empresa esto preocupados com a sua estabilidade no
emprego, com aumentos salariais e com futuras promoes. As
demonstraes financeiras revelaro se a empresa tem condies de
atender a essas expectativas. Isto tambm vale para aqueles que esto
candidatando-se a ingressar na empresa. Os sindicatos de trabalhadores utilizam as demonstraes financeiras das empresas para negociar novos
benefcios, aumentos salariais etc. A comunidade onde a empresa mantm
suas dependncias preocupa-se com o sucesso dos seus negcios, uma vez
que este provoca crescimento no nmero de empregos diretos e indiretos,
maior arrecadao de impostos e taxas, expanso dos programas sociais
custeados pela prpria empresa etc. Os bons resultados obtidos pela
empresa geram progresso e melhor padro de vida para todos.
Anlise de Balanos Apostila 2 7/78
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2.2 Principais Demonstraes Financeiras
As demonstraes financeiras serviro de apoio para determinar o valor da
negociao, embora este dependa de muitos outros fatores, principalmente
do potencial de gerao de lucros da empresa.
As principais publicaes que auxiliam a anlise so:
2.2.1 Relatrio da Diretoria
Presta informaes gerais aos acionistas ou terceiros sobre a situao da
empresa (serve para levar ao usurio informaes no contbeis).
2.2.2 Demonstraes financeiras
As demonstraes financeiras fornecem aos seus usurios inmeros dados
e informaes que so relevantes para anlise e avaliao da situao
econmico-financeiras das empresas. A lei 6404 de 1976 em seu artigo
176 exige a publicao das seguintes demonstraes:
Balano Patrimonial
Demonstrativo do Resultado do Exerccio
Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados
Demonstrao das Origens e Aplicaes dos Recursos
Para as empresas de capital aberto a Comisso de Valores Mobilirios -
CVM substituiu a Demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados pela Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido. As empresas que
negociam aes em Bolsa de Valores so obrigadas a semestralmente
elaborarem e publicarem suas demonstraes contbeis e trimestralmente
divulgam informaes resumidas (ITR) que so disponibilizadas aos
investidores e acionistas do mercado de capitais.
As empresas de capital aberto brasileiras que tambm negociam suas
aes na Bolsa de Valores de Nova Iorque ou que esto listadas na
Governana Corporativa da BOVESPA disponibilizam outras
demonstraes igualmente importantes:
Demonstrao de Fluxo de Caixa (Direto e Indireto)
Demonstrao de Valor Adicionado
Alm das demonstraes as empresas de capital aberto devem acrescentar
relatrios e demais informaes complementares:
Notas Explicativas Informaes que complementam as demonstraes financeiras (podem ser expressas na forma
descritiva ou em quadros analticos). Tratam das prticas
contbeis utilizadas pela empresa, como por exemplo, os
critrios de avaliao dos itens patrimoniais etc.
Parecer dos Auditores Independentes obrigatrio para as companhias abertas. um relatrio no quais os auditores
2.2
Principais Demonstraes financeiras
No site da Bovespa (http://www.bovespa.com.br/Principal.asp) so disponibilizadas todas as demonstraes financeiras das empresas listadas e que negociam aes.
Governana Corporativa refere-se a forma de gesto da empresa de modo que todos os interessados, credores e investidores recebam a ateno devida. Visa fortalecer a interao entre acionistas, gestores e conselheiros. So trs os nveis de governana corporativa: . Companhias Nvel 1 . Companhias Nvel 2
. Novo Mercado
Anlise de Balanos Apostila 2 8/78
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emitem uma opinio sobre as demonstraes financeiras
analisadas.
Relatrio da Administrao Neste relatrio os administradores prestam contam da gesto aos acionistas e investidores, devendo
fornecer uma anlise prospectiva. A qualidade do relatrio de
administrao varia de empresa para empresa. Geralmente as
empresas listadas na governana corporativa da BOVESPA
informam no relatrio da administrao o histrico da empresa,
suas principais estratgias de crescimento, seus planos futuros,
suas polticas de relacionamento com stakeholders, informaes
sobre o estgio de desenvolvimento de novos produtos, perspectivas futuras quanto aos negcios e aes de
responsabilidade social empresarial, com a divulgao do
Balano Social e Demonstrao de Valor Adicionado.
Relatrio da Administrao
Apresenta e comenta a empresa, seus resultados, as expectativas futuras da direo e outros dados
relevantes.
Balano Patrimonial
Demonstra a situao do patrimnio da empresa no trmino do exerccio. A publicao do BP sempre referente a dois exerccios (mais atual e anterior). A BOVESPA publica sempre os trs ltimos balanos
Demonstrao do Resultado do Exerccio
Demonstra o resultado econmico de cada exerccio, com receitas, custos, despesas e lucro/
prejuzo.
Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos
Demonstra as variaes do CCL
DMPL ou DLPAc
Demonstra as mutaes no Patrimnio lquido e na distribuio de lucros
DFC
Demonstra os ingressos e desembolsos de caixa no perodo
DVA
Demonstra o resultado econmico em termos de distribuio de riquezas e de valor adicionado
Anlise de Balanos Apostila 2 9/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
Lei 11638 - Balanos mais transparentes
Nova lei contbil obriga as empresas limitadas a apurar
demonstraes financeiras mais detalhadas, como fazem as S/A
MILTON GAMEZ
O segredo a alma do negcio. Mesmo assim, as empresas
precisam abrir seus nmeros se quiserem atrair investidores, captar
emprstimos e participar de concorrncias. No capitalismo moderno, no h
espao para balanos pouco transparentes. O Brasil, depois de seis anos de
discusso no Congresso Nacional sobre a necessidade de mudar os padres
contbeis tupiniquins, deu um passo importante nessa direo no final de 2007. A Lei 11.638, promulgada em dezembro, introduziu mudanas
relevantes na forma de apurar e registrar as informaes financeiras das
companhias de grande porte. Desde j, as empresas e os grupos com ativos
totais acima de R$ 240 milhes ou receita bruta superior a R$ 300 milhes
tero de se adaptar s novas regras, sejam elas sociedades por aes (S/A)
de capital aberto ou fechado ou companhias limitadas.
E o que muda, na prtica? De um modo geral, os balanos sero
elaborados conforme os padres contbeis internacionais, em especial o
europeu IFRS. A lupa dos contadores e auditores ir ampliar ainda mais os
detalhes das informaes das companhias. Ser obrigatrio, por exemplo,
divulgar os fluxos de caixa. A demonstrao dos fluxos de caixa torna mais claro de onde vm e para onde vo os recursos, explica Pedro Farah, scio da empresa de auditoria e consultoria Ernst & Young. Outra
novidade a Demonstrao de Valor Adicionado, um retrato da riqueza
gerada e da sua utilizao para cada participante do ciclo de negcios, como o governo, os acionistas, os funcionrios e os fornecedores. Todos tero de
contratar um auditor independente, com registro na Comisso de Valores
Mobilirios (CVM). A nova lei traz mais transparncia para as demonstraes financeiras, diz Adriana Dias, professora da Trevisan Escola de Negcios.
Como os balanos no Brasil tinham caractersticas prprias, muitas vezes os analistas internacionais enfrentavam
dificuldades para avaliar as companhias brasileiras. As que buscavam recursos no exterior tinham de apurar outro balano,
adequado ao pas em questo. Os custos, portanto, eram dobrados. Agora, a traduo das cifras locais ser imediata. Com a convergncia ao padro contbil internacional, as empresas tero condies de acessar o capital Externo a custos menores, avalia Antonio Carlos Santana, superintendente de Normas Contbeis da CVM. Na segunda-feira 14, a CVM deu o primeiro passo
na regulamentao da nova lei. Em comunicado ao mercado, elencou as principais mudanas, que devero ter normas
especficas divulgadas ao longo do ano.
Como nada no Brasil acontece sem uma boa polmica, a mudana das regras no Congresso deixou pano para manga
na discusso sobre a necessidade de as empresas limitadas divulgarem seus balanos. Como ficou, elas so obrigadas a apurar e a escriturar as demonstraes financeiras como as S/A, mas no precisam publicar os resultados, entende Valdir Renato Cascodai, coordenador da Comisso Nacional de Normas Tcnicas do Ibracon, entidade que rene as empresas de auditoria. A
menos, claro, que participem de concorrncias pblicas ou entrem com pedido de registro na CVM. Montadoras de automveis e
redes de varejo internacionais, por exemplo, ainda podem esconder seus nmeros dos concorrentes locais.
Anlise de Balanos Apostila 2 10/78
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2.3 Tcnicas de anlise
A anlise de balanos costuma ser desenvolvida mediante a aplicao de
tcnicas simples e bem difundida, tais como Indicadores, anlise vertical,
anlise horizontal, anlise da taxas de retorno de investimentos entre
outros.
2.3.1 Indicadores (ou ndices ou quocientes) Econmico-Financeiros
Representam o resultado obtido da diviso de duas grandezas.
Exemplo de Liquidez Corrente:
Ativo Circulante = $396.420 Passivo Circulante = $198.210
ndice = Ativo Circulante = $396.420 = 2,0
Passivo Circulante $198.210
2.3.2 Anlise Vertical
Aplicada sobre o Balano Patrimonial, a Demonstrao do Resultado do Exerccio e a Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos
(DOAR). No Balano Patrimonial, a anlise vertical fornece indicadores
que facilitam a avaliao da estrutura do ativo e das fontes de
financiamento. Esses indicadores correspondem s participaes
percentuais dos saldos das contas e dos grupos patrimoniais sobre o total
do Ativo ou do Passivo (100%). Para obter indicadores mais sensveis
sobre os saldos das contas, costuma-se calcular sua porcentagem sobre o
valor do grupo a que pertencem.
A anlise vertical da Demonstrao do Resultado do Exerccio possibilita
avaliar a participao de cada elemento na formao do lucro ou prejuzo
do perodo. A base dos clculos das porcentagens corresponde ao valor da
Receita Operacional Lquida (100%). A DOAR tambm comporta uma anlise vertical, tomando-se como base 100 o valor total das fontes ou
origens do Capital Circulante Lquido (CCL). A partir das porcentagens
pode-se avaliar a composio dessas fontes e a participao das diversas
destinaes ou aplicaes do CCL.
O clculo do percentual que cada elemento ocupa em relao ao conjunto
feito por meio de regra de trs, em que o valor-base igualado a 100,
sendo os demais calculados em relao a ele.
Exemplo: Para calcular a porcentagem de participao que a conta
Despesas Administrativas, de R$257.310, ocupa na Demonstrao do
Resultado do Exerccio que tem uma Receita Operacional Lquida de
R$1.372.500, faremos:
1.372.500 = 100%
257.310 = x.
Logo: x = 257.310 x 100 / 1.372.500 = 18% de despesas administrativas em relao s receitas
2.3 Tcnicas de Anlise de Demonstraes financeiras
Anlise de Balanos Apostila 2 11/78
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A porcentagem encontrada corresponde ao percentual de participao das
Despesas Administrativas em relao ao volume de Receita Lquida das
Vendas.
2.3.3 Anlise Horizontal
realizada a partir de um conjunto de Balanos e demonstraes de
resultados consecutivos. Para cada elemento desses demonstrativos so calculados nmeros-ndices, cuja base corresponde ao valor mais antigo
da srie. Deste modo, pode-se avaliar a evoluo de cada elemento
patrimonial e de resultado no longo de diversos perodos sucessivos.
Exemplo de anlise horizontal:
ndice = Contas a Receber = Ano 1 Ano 2 Ano 3 Contas a Pagar 1,50 1,46 1,39
Exemplo de como calcular os nmeros-ndices:
Suponhamos que a Demonstrao do Resultado do Exerccio de uma
determinada empresa apresente os seguintes valores da Receita
Operacional Lquida:
Exerccio de X1 = 2.500.000
Exerccio de X2 = 7.322.200
Exerccio de X3 = 9.547.111
Escolhendo o exerccio de X1 como base, faremos:
R$ 2.500.000 = 100%
R$ 9.547.111 = X3. Logo: X3 = 9.547.111 x 100/2.500.000 = 382%
Para fins de Anlise Horizontal, podemos elaborar uma tabela com base
nos dados apurados:
CONTAS X1 X2 X3
Receita Operacional Lquida 100% 292% 382%
De posse da tabela devidamente elaborada, basta analisar a evoluo ou a
retrao de cada conta em relao ao exerccio escolhido como base. A anlise pode ser
realizada inicialmente comparando-se os ndices obtidos em cada ano sempre em
relao ao ano base. Pode ser feita especificamente em cada item e depois em conjunto,
possibilitando verificar a influncia de cada item um sobre o outro.
2.3.4 Anlise da Taxa de Retorno sobre Investimento
Uma empresa constituda com fins econmicos tem, como maior objetivo, a
finalidade de lucro. A empresa s ter razo de continuidade se der lucro, ou seja,
retorno do investimento dos scios (ou acionistas). Os administradores sero bem
sucedidos se tornarem a empresa rentvel. A gerncia considerada eficiente quando a
administrao do Ativo da empresa gerar lucro. Esse ngulo da anlise to importante
que tratado como uma tcnica especial para avaliao dos negcios.
Anlise de Balanos Apostila 2 12/78
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2.4 Padronizao e reclassificao das demonstraes
Significa uma nova classificao, um novo reagrupamento de algumas contas
nas Demonstraes financeiras, principalmente no Balano Patrimonial e na
Demonstrao do Resultado do Exerccio para melhorar a eficincia da anlise. Se uma
empresa, por exemplo, dispe vender um imvel que at o momento estava classificado
no Permanente, classificando essa conta no Ativo Circulante, o analista ter que
reclassific-lo, at porque no fcil vender o imvel e receber no mesmo ano. Neste
caso, o ideal seria classificar o citado imvel como Realizvel a Longo Prazo.
Outro caso o de Receita Financeira que legalmente Despesa Operacional
(excesso das Despesas Financeiras sobre as Receitas Financeiras), mas na realidade o
ideal seria a classificao no grupo No-Operacional. Se quisermos apurar a real taxa de
rentabilidade obtida pela atividade operacional, as Despesas Financeiras como as
Receitas Financeiras devem ser reclassificadas no grupo No-Operacional.
2.4.1 Outros casos de reclassificao:
Duplicatas Descontadas (Classificada subtrativamente em Duplicatas a Receber
no Ativo Circulante): devero ser reclassificadas no Passivo Circulante, pois, pelas
peculiaridades da operao, ainda h o risco de a empresa reembolsar o dinheiro obtido
se seu cliente no liquidar a dvida no banco. Mas, porque reclassificar duplicatas
descontadas? Tomemos como exemplo duas empresas. A Empresa X opera com
Duplicatas Descontadas e a Empresa Y com Emprstimos Bancrios (com depsito de
duplicatas como garantia). Vamos admitir que ambas tenham um Ativo Circulante de
$2.000 e um Passivo Circulante de $1.000. Deste modo, para cada $1,00 de obrigaes
h $2,00 de valores de Ativo Circulante para pagamento dessas obrigaes. Ambas as
empresas decidem recorrer ao mercado financeiro para um reforo de Caixa na ordem
de $200, sendo que a primeira desconta duplicatas e a Segunda obtm um emprstimo
bancrio. Sem considerar as despesas financeiras, o Circulante de cada uma seria, antes
da reclassificao, representado da seguinte forma:
2.4 Padronizao e reclassificao das Demonstraes
Empresa X (opera com duplicatas descontadas)
Ativo Circulante $2.000
+ entrada de $200
(-) Dupl. Desc. $(200)
Total $2.000
Passivo Circulante $1.000
nada alterou ____
Total $1.000
Relao ser de $ 2,00 para $ 1,00 (nada alterou)
2.000 1.000 = 2,00
Anlise de Balanos Apostila 2 13/78
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Relao ser de $ 1,83 para $ 1,00 (mesma capacidade de pagamento que a
empresa X, pois ambas possuem o mesmo valor de endividamento R$ 1.200,00)
2.200 1.200 = 1,83
Despesa do Exerccio Seguinte -- ((Classificadas no Ativo Circulante): esses
ativos representam pagamentos antecipados, cujos benefcios ou prestao de servio
empresa se faro durante o exerccio seguinte. Essa despesa no se transformar em
dinheiro, e sim, reduzir o lucro no exerccio seguinte. Exemplos: prmios de seguros a
apropriar, aluguis pagos antecipadamente, assinaturas e anuidades apropriar, etc..
Antes de reclassificar a despesa deve-se avaliar a relevncia do valor envolvido. No
exemplo abaixo a Despesa do Exerccio Seguinte relevante (10% do Ativo
Circulante), neste caso o valor deve ser excludo do Ativo e lanado com o sinal trocado
(negativo) no Patrimnio Lquido.
Relao ser de $ 1,83 para $ 1,00 (reduziu capacidade de pagamento)
2.200 1.200 = 1,83
Empresa X (opera com duplicatas descontadas - reclassificada)
Ativo Circulante $2.000
+ entrada de $200
Total $2.200
Passivo Circulante $1.000
(+) Dupl. Desc. $200
Total $1.200
Relao ser de $ 1,83 para $ 1,00 (alterou)
2.200 1.200 = 1,83
Ativo Circulante $2.000
+ entrada de $200
Total $2.200
Passivo Circulante $1.000
Emp. Banc. $200
Total $1.200
Empresa Y (opera com emprstimos bancrios com depsito de duplicatas como garantia)
Ativo Circulante $2.000
+ entrada de $200
Total $2.200
Passivo Circulante $1.000
Emp. Banc. $200
Total $1.200
Empresa Y (opera com emprstimos bancrios com depsito de duplicatas como garantia)
Anlise de Balanos Apostila 2 14/78
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Se no reclassificarmos a Despesa do Exerccio Seguinte, a relao AC/PC seria
de 1,33 (20.000/15.000). A relao Capital Prprio/Capital de Terceiros seria de: 1,00
(15.000/15.000). Com a reclassificao a situao modifica-se consideravelmente: a
relao AC/PC passa de 1,33 para 1,20 (18.000/15.000). A relao CP/CT passa de 1,00
para 0,87 (13.000/15.000).
Resultados de Exerccios Futuros o montante constante nesse grupo lucro, ainda que estimado, resultante de receita recebida, se houver absoluta certeza de que
aquela receita no ser devolvida. Esses valores que no sero em hiptese nenhuma
devolvidos pela empresa, como o caso do Aluguel Recebido Antecipadamente com
clusula, no contrato de locao, de no-reembolso, um lucro lquido e certo que ser incorporado ao Patrimnio Lquido no ano seguinte. Dessa forma, para efeito de
anlise, podemos incorpor-lo por ocasio da anlise, dada sua peculiaridade de Capital
Prprio.
Os valores recebidos por antecipao (adiantamentos) para futura entrega de
produtos ou servios, classificados, inadequadamente, no grupo de Resultados de
Exerccios Futuros (pois h devoluo no caso de no cumprimento das condies
contratuais), devero ser reclassificados:
no Passivo Circulante, desde que as obrigaes venam at o fim do exerccio seguinte; ou
no Exigvel a Longo Prazo, desde que as obrigaes venam aps o exerccio seguinte.
Dessa forma, o grupo REF ser eliminado para efeito de anlise, sendo
reclassificado no Patrimnio Lquido ou Passivo Exigvel, conforme o risco de
devoluo da parcela recebida antecipadamente.
Alm dos ajustes acima, as contas do Ativo e Passivo Circulante so
classificadas em dois grupos: Financeiro e Cclico ou Operacional.
Ativo Circulante Financeiro engloba as contas que representam dinheiro e aplicaes financeiras.
Passivo Circulante Financeiro engloba as contas representativas de dvidas a curto prazo que no fazem parte das atividades dirias da
empresa. Normalmente esto sujeitas a juros (emprstimos bancrios,
duplicatas descontadas, imposto de renda a recolher, etc.).
Ativo Circulante Cclico compreende as aplicaes de recursos em contas que estejam relacionadas com atividades de compra,
transformao e venda. Est relacionado com o ciclo operacional da
Ativo Circulante $20.000
Caixa $2.000
Dupl. Receber $5.000
Estoque $11.000
Desp. Exerc. Seguinte $2.000
Ativo Permanente
Imobilizado $10.000
Total do Ativo $30.000
Passivo Circulante $15.000
Diversos a Pagar $15.000
Patrimnio Lquido $15.000
Capital $10.000
Lucros Acumulados $5.000
Total $30.000
Anlise de Balanos Apostila 2 15/78
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empresa (clientes/ duplicatas a receber, estoques, adiantamento a
fornecedores etc.).
Passivo Circulante Cclico compreende as contas que identificam os financiadores normais da empresa, constituindo fontes espontneas de
recursos (fornecedores, salrios e encargos a pagar, impostos sobre
vendas a recolher etc.)
2.4.2 Exerccios de fixao
BALANO PATRIMONIAL - Cia Alfa
ATIVO PASSIVO E PATRIMNIO LQUIDO
Circulante Disponvel Estoques Dupl. a Receber 600 (-)Prov. Dev. Duv. (20) (-)Ttulos Desc. (180) Imveis Venda Aplic. Financeiras Total Circulante Realizvel a Longo Prazo Capital a Integralizar Permanente Investimentos Imobilizado 5.600 (-)Depreciao (2.000) Diferido Desp. Pr-Oper. 2.200 (-)Amortizao (1.200) Total Permanente
400 200
400 300
2.000
3.300
1.000
2.400
3.600
1.000
7.000
Circulante Emprest. Bancrio Fornecedores Outros Prov. p/IR Prov. p/ Dividendos Total Circulante Exigvel a Longo Prazo Financiamentos Resultado Ex. Futuros Adiantamento Clientes Ad. Aluguel 120 (-) Custo (20) Total Exerccios Futuros Patrimnio Lquido Capital Reserva Capital Lucros Acumulados Total Patrimnio Lquido
2.000
200 200
1.200 400
4.000
300
100
100
200
4.000 400
2.400
6.800
TOTAL 11.300 TOTAL 11.300
1. Faa a reclassificao e padronizao do Balano Patrimonial da Cia Alfa e
verifiquem: a LC, CCL, capital de terceiros, capital prprio, investimentos de curto
prazo e investimentos de longo prazo.
2. Assinale a alternativa incorreta:
A receita financeira uma despesa operacional, porm, para fins de anlise,
devemos reclassific-la no grupo No-Operacional.
a. As duplicatas descontadas devem ser reclassificadas no grupo do Ativo Circulante.
b. Reclassificar significa fazer um novo agrupamento de contas no Balano Patrimonial e na Demonstrao do Resultado do Exerccio.
c. S reclassificaremos as despesas do exerccio seguinte caso sejam relevantes.
Anlise de Balanos Apostila 2 16/78
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4. Quando analisamos o grupo Resultado de Exerccios Futuros, e verificamos
que os valores l registrados referem-se adiantamentos para futura entrega de bens ou
servios, at o fim do exerccio seguinte, estando prevista a devoluo do valor recebido
no caso de no cumprimento das condies contratuais, devemos reclassificar tais
valores como:
a. Ativo Circulante, uma vez que recebemos o valor antecipado.
b. Passivo Circulante, visto que esse valor pode ser devolvido a curto prazo.
c. Ativo Realizvel a Longo Prazo, pois esse valor dever ser recebido ao longo do tempo.
d. Resultado de Exerccio Futuro no pode ser reclassificado.
5. Quando a empresa coloca um imvel venda, devemos:
a. Reclassific-lo no Ativo Circulante.
b. Mant-lo em Investimentos at a sua venda.
c. Reclassific-lo no Realizvel a Longo Prazo.
d. Mant-lo em Imobilizado at a sua venda.
6. A Cia Alfa possui, registrado em seu Realizvel a Longo Prazo, a conta
Capital a Integralizar. Para fins de anlise, devemos reclassific-la no:
a. Ativo Circulante.
b. Patrimnio Lquido.
c. No devemos reclassific-la.
d. Passivo Circulante.
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2.5 Principais indicadores financeiros
2.5.1 NDICES DE LIQUIDEZ (ou SOLVNCIA)
So utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, constitui
uma apreciao sobre a capacidade de a empresa saldar seus compromissos com
terceiros (Passivo Exigvel). Esses ndices so avaliados pelo critrio de quanto maior,
melhor, e no medem a efetiva capacidade da empresa liquidar seus compromissos nos vencimentos, mas apenas evidenciam o grau de solvncia em caso de encerramento das
atividades.
Um alto ndice de liquidez no representa, necessariamente, boa sade financeira. O
cumprimento das obrigaes nas datas previstas depende de uma adequada
administrao dos prazos de recebimento e de pagamento. Uma empresa que possui
altos ndices de liquidez, mas mantm mercadorias estocadas por perodos elevados,
recebe com atraso suas vendas a prazo ou mantm duplicatas incobrveis nas Contas a
Receber poder ter problemas de liquidez , ou seja, poder ter dificuldades para honrar
seus compromissos nos vencimentos. importante avaliar a qualidade dos ativos.
Liquidez Corrente (LC) o mais conhecido e utilizado dentre todos os ndices financeiros. Mostra a capacidade de pagamento (solvncia) da empresa a curto prazo,
por meio da seguinte frmula:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
580.000 = 1,70 para 1,00 650.000 = 2,32 para 1,00
340.000 280.000
Em 1998, existiam para cada $1,00 de obrigaes exigveis a curto prazo (PC), $1,70 de
bens e direitos realizveis a curto prazo (AC).
Em 1999, existiam para cada $1,00 de obrigaes exigveis a curto prazo (PC), $2,32 de
bens e direitos realizveis a curto prazo (AC). Apesar do crescimento do ndice de
Liquidez Corrente, ressalta-se que uma queda nesse ndice nem sempre significa perda
da capacidade de pagamento, Tal fato pode ter sido ocasionado por uma Administrao
Financeira mais rigorosa diante, por exemplo, da inflao, do crescimento da empresa,
etc.
Alguns aspectos relativos LC devem ser considerados:
2.5 Principais indicadores financeiros
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ndice de LC no revela a qualidade dos itens no AC (os estoques esto superavaliados, so obsoletos, os ttulos a receber so realmente
recebveis?)
ndice de LC no revela a sincronizao entre recebimentos e pagamentos, ou seja, por meio dele no identificamos se os recebimentos
ocorrero em tempo para pagar as dvidas vincendas.
ndice de LC pode evidenciar uma situao pessimista uma vez que o Estoque est avaliado a custos histricos, sendo o seu valor de mercado
acima do evidenciado no AC, e o Estoque ser realizado a valores de
mercado e no de custo.
Capital Circulante Lquido
A anlise do Capital Circulante Lquido no feita em termos relativos
(quociente), mas, por diferena, positiva ou negativa, entre o valor global do Ativo
Circulante (AC) e Passivo Circulante (PC).
Se o Ativo Circulante for maior do que o Passivo Circulante, tem-se Capital
Circulante Lquido.
CCL = AC > PC
Caso contrrio, se o Passivo Circulante apresentar-se com valor superior ao do
Ativo Circulante, o Capital Circulante Lquido ser negativo.
CCL = AC < PC
Exemplo de aplicao do CCL
Aumento Capital Circulante Lquido, confrontados os anos 1 e 2 = $ 2.000
Aumento relativo do CCL no ano 2 confrontando com o perodo anterior = 22,2%
Aumento do Ativo Circulante = $ 17.500
Aumento do Passivo Circulante - em valor monetrio = $ 15.500
Outro aspecto que merece ser ressaltado o conceito de Capital Circulante
Prprio (CCP) que a denominao dada ao excesso do Patrimnio Lquido sobre o
Ativo Permanente. Esse conceito, tambm ser abordado quando da anlise dos ndices
de Endividamento (IPL) e do estudo da composio do CCL. O CCP pode ser apurado
pela frmula:
Sigla Componentes Ano 1 Ano 2
AC Ativo circulante 29.500 47.000
PC Passivo circulante 20.500 36.000
CCL Capital circulante lquido 9.000 11.000
CCP = PL - AP
Anlise de Balanos Apostila 2 19/78
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Dados da Cia Exemplo:
20x1 20x2 Ativo Permanente 765.698 1.714.879
Patrimnio Lquido 1.070.861 1.407.125 IPL 765.698 = 71% 1.714.879 = 121%
1.070.861 1.407.125
CCP 305.163 = 29% -307.754 = -21%
Liquidez Seca (LS) subtraindo-se do Ativo Circulante os estoques e as despesas pagas antecipadamente, sobram os valores de maior liquidez, como as duplicatas e outras
contas a receber a curto prazo, as aplicaes financeiras e as prprias disponibilidades.
Ao relacionar tais valores com o Passivo Circulante tem-se uma medida mais rigorosa
da capacidade de solvncia que a Liquidez Seca. Esse ndice oferece a vantagem de
desconsiderar os estoques que necessitam ser vendidos para se transformarem em
Contas a Receber ou Caixa. obtida pela frmula:
Ativo Circulante - Estoques
Passivo Circulante
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
580.000 390.000 = 0,56 650.000 420.000 = 0,82 340.000 280.000
Em 1998, para cada $1,00 de obrigaes exigveis a curto prazo (PC) a empresa
dispe de $0,56 de Ativo Circulante, exceto os Estoques, indicando que se a empresa
parasse de vender, conseguiria pagar somente metade de suas dvidas. J em 1999, para
cada $1,00 de obrigaes exigveis a curto prazo (PC) a empresa dispe de $0,82 de
Ativo Circulante, exceto os Estoques, evidenciando uma melhora significativa do ano
de 98 para o ano de 99.
Se a LS = 1, pode-se dizer que a empresa no depende da venda de seus estoques
para saldar os seus compromissos de CP; quanto mais abaixo da unidade, maior ser a
dependncia de vendas para honrar suas dvidas. Alguns autores sugerem excluir, alm
dos estoques, todas as contas que no representam entrada efetiva de recursos na
empresa (Despesas Antecipadas, Impostos a Compensar, Adiantamentos a
Funcionrios, etc.). Qualquer que seja a frmula importante que o analista tenha
conhecimento dos valores envolvidos e da relao expressa pelo ndice.
Liquidez Geral (LG) mede a proporo dos bens e direitos a serem realizados a curto e longo prazos em relao s dvidas totais, indicando uma folga na capacidade
de solvncia global.
Ativo Circulante + Ativo Realizvel a Longo Prazo
Passivo Circulante + Passivo Exigvel a Longo Prazo
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
580.000 + 50.000 = 1,43 para 1 650.000 + 40.000 = 1,60 para 1
340.000 + 100.000 280.000 + 150.000
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Em 1998, para cada $1,00 de obrigaes exigveis a curto e longo prazo, existem
$1,43 de bens e direitos a curto e longo prazo. Para 1999, observa-se um acrscimo na
LG para $1,60.
Exemplo de reduo na LG:
LG = 8.600 + 1400 = 1,25 (bom ndice)
7.000+1.000
Se a empresa adquirir um novo financiamento de $4.000 para investimento
imobilirio:
AC 8.600 PC 7.000
ARLP 1.400 ELP 1.000+4.000 = 5.000
AP 4.000
Nova LG = 8.600 + 1.400 = 0,83
7.000 + 5.000
Por causa do financiamento houve uma reduo de 1,25 para 0,83.
Liquidez Instantnea ou Imediata (LI) expressa o quociente entre as disponibilidades e o Passivo Circulante. calculado pela seguinte frmula:
Disponibilidades: (Caixa + Bancos + Aplicaes de Curtssimo Prazo
Passivo Circulante
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
40.000 = 0,11 para 1 10.000 = 0,04 para 1
40.000 280.000
Em 1998, para cada $1,00 de obrigaes exigveis a curto e longo prazo, existem
$ 0,11 de disponibilidades. Para 1999, observa-se uma reduo de $0,07, passando a LI
para $0,04.
Para efeito de anlise, um ndice sem muito realce, pois relacionamos o
disponvel com valores que vencero em datas mais variadas possvel, embora a curto
prazo. Assim, temos contas que vencero daqui a cinco a dez dias, como tambm temos
contas que vencero daqui a 360 dias, e que no se relacionam com a disponibilidade
imediata.
Apesar de a empresa manter certos limites de segurana, este ndice, se muito
alto, evidenciaria excesso de recursos ociosos no caixa ou em bancos ou em aplicaes
de liquidez imediata, que perdem o poder aquisitivo com a inflao, ou ento baixo
volume de dvidas a curto prazo. Nem sempre redues sucessivas nesse ndice
representam situaes constrangedoras; podem significar uma poltica mais rgida de
disponvel e, at mesmo, uma reduo do limite de segurana. Sucessivas redues na
LI, com constantes e crescentes atrasos no pagamento a fornecedores (detectados
mediante informaes comerciais obtidas na praa), constituem indicadores relevantes
de dificuldade financeira.
Exerccios de Fixao - Liquidez
1. Uma empresa tem Ativo Circulante de $1.800.000 e Passivo Circulante de
$700.000. Se fizer uma aquisio extra de mercadorias, a prazo, na importncia de
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$400.000, seu ndice de Liquidez Corrente ser de:
a. 3,1
b. 1,6
c. 4,6
d. 2,00
2. Com base nos dados abaixo, preencha as lacunas com os respectivos valores:
Balano Patrimonial
Ativo Circulante .......
Caixa e Bancos 100
Duplicatas a Receber 500
Estoques ......
Ativo Permanente .......
Total do Ativo .......
Passivo Circulante .......
Exigvel a Longo Prazo .......
Patrimnio Lquido 1.000
Total do Passivo .......
ndices
Liquidez Geral 0,80
Liquidez Seca 0,60
Liquidez Corrente 1,00
Liquidez Imediata 0,10
3. Com base nos indicadores abaixo, apresentados em exerccios consecutivos,
marquem a tendncia mais provvel para determinada empresa comercial:
Ativo Circulante Passivo Circulante = 1,80 2,10 2,60
Ativo Circulante Estoques Passivo Circulante = 1,40 0,80 0,40
a. a empresa vem utilizando grande volume de recursos de terceiros a curto prazo, provocando reduo de seus ndices de rentabilidade.
b. h indcios de fortalecimento da estrutura financeira a curto prazo, em funo da reduzida dependncia de realizao de seus estoques para a liquidao dos
compromissos a curto prazo.
c. parece estar ocorrendo uma tendncia para superinvestimento em estoques ou modificao na poltica de vendas da empresa.
d. a empresa vem aumentando seu endividamento a curto prazo, em funo de maiores aplicaes de carter permanente.
4. Capital Circulante Lquido a
a. diferena entre o Ativo Circulante e o Patrimnio Lquido. b. diferena entre o Ativo Permanente e o Patrimnio Lquido.
Anlise de Balanos Apostila 2 22/78
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c. diferena entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. d. soma do Ativo Circulante e o Ativo Permanente.
5. Com base nos dados abaixo, preencha as lacunas com os respectivos valores:
Balano Patrimonial
Ativo Circulante ..........
Caixa e Bancos 300
Duplicatas a Receber .......
Estoques .......
Ativo Permanente .......
Total do Ativo .......
Passivo Circulante .......
Exigvel a Longo Prazo .......
Patrimnio Lquido 3.000
Total do Passivo .......
ndices
Liquidez Geral 0,80
Liquidez Seca 0,60
Liquidez Corrente 1,00
Liquidez Imediata 0,10
6. Correlacione os indicadores abaixo, apresentados por determinada empresa
comercial, em trs instantes consecutivos, marcando a tendncia mais provvel:
Ativo Circulante Passivo Circulante = 1,70 2,10 2,30
Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante = 1,30 0,80 0,55
a. a empresa vem utilizando, de maneira acentuada, recursos de terceiros a curto prazo.
b. parece estar aumentando o grau de endividamento da empresa, em funo do elevado crescimento de suas dvidas a curto prazo.
c. a empresa vem obtendo excelentes resultados econmicos em vista de maiores investimentos em imobilizaes tcnicas.
d. h indcios de elevao dos nveis de investimentos em estoques.
7. Com base nos dados abaixo, preencha as lacunas com os respectivos valores:
Balano Patrimonial
Ativo Circulante ......
Caixa e Bancos 75
Duplicatas a Receber ......
Estoques ......
Ativo Permanente 1.200
Total do Ativo .......
Passivo Circulante .......
Exigvel a Longo Prazo .......
Patrimnio Lquido 1.500
Total do Passivo .......
ndices
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Imobilizao do Patrimnio Lquido 80%
Liquidez Seca 1,00
Liquidez Corrente 2,00
Liquidez Imediata 0,15
8. Com base nos ndices seguintes, preencha os espaos em branco (pontilhados)
da Cia Divertida.
Ativo Passivo
Circulante
Caixa e Bancos
Duplicatas a Receber
Estoques
Total Circulante
Permanente
Investimentos
Imobilizado
Diferido
Total do Permanente
.....................
.....................
....................
.....................
20.000
40.000
...............
................
Circulante
Diversos a Pagar
Exigvel a Longo Prazo
Financiamento
Patrimnio Lquido
Capital
Reservas
Total do PL
........................
......................
100.000
.....................
.....................
Total 200.000 Total ....................
a) A Liquidez Corrente igual a 1,6. b) 40 % do Ativo so financiados com Capital de Terceiros. c) A Liquidez Geral igual a 1,40. d) A Liquidez Imediata igual a 0,2857 (arredondar). e) A Liquidez Seca igual a 1,0.
9. Com base na figura acima, assinale a resposta correta:
a. O Capital Circulante Lquido formado exclusivamente por Capital Circulante de Terceiros.
b. O Capital Circulante Prprio de $7.500 c. O Capital Circulante Lquido pode ser representado pela expresso Capital
Circulante Lquido = Exigvel a Longo Prazo Capital Circulante Prprio. d. O Capital Circulante Lquido formado por Capital Circulante Prprio ($2.000) e
por Capital Circulante de terceiros ($10.000).
10. Capital Circulante Prprio :
a. o excesso do Ativo Permanente sobre o Patrimnio Lquido.
Ativo
Permanente
13.000.000
Ativo
Circulante
27.200.000
Patrimnio
Lquido
15.000.000
Exigvel a
Longo Prazo
10.000.000
Passivo
Circulante
15.200.000
Capital
Circulante
Lquido
12.000.000
Recursos
no Correntes
25.000.000
Anlise de Balanos Apostila 2 24/78
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b. a diferena entre o Passivo Exigvel e o Ativo Circulante. c. o excesso do Patrimnio Lquido sobre o Ativo Permanente. d. o Ativo Circulante menos o Ativo Permanente.
11. A Empresa Binacional S.A apresentava em seu Balano Patrimonial projetado, antes
do final do ano, os seguintes valores no Circulante:
Ativo Circulante = $ 1.200.000
Passivo Circulante = $ 1.000.000
ndice de LC = 1.200.000/1.000.000 = 1,20
Todavia, o seu Presidente no est contente com o ndice de 1,20. Ele determinou ao seu
Contador que o ndice dever ser igual a 2,00.
a. impossvel modificar esta situao, considerando-se que estamos prximos ao final do ano.
b. A nica alternativa o Contador fajutar o balano patrimonial.
c. A soluo seria pagar $ 800.000 da dvida a curto prazo da empresa.
d. No possvel porque o Ativo Circulante maior que o Passivo Circulante.
12. A anlise dos ndices financeiros tem por finalidade promover uma avaliao
relativa da situao econmico-financeira das empresas. Um dos grupos de ndices diz
respeito liquidez da empresa e os respectivos ndices de liquidez avaliam: (Provo
MEC 1997).
a. A capacidade de a empresa satisfazer suas obrigaes de curto prazo.
b. A rapidez com que vrias contas so convertidas em vendas ou caixa.
c. A consistncia de Patrimnio Lquido da empresa.
d. O montante de dinheiro de terceiros que a empresa utiliza na tentativa de gerar lucro.
e. Os diversos tipos de retornos da empresa em relao s suas vendas, a seus ativos ou a seu Patrimnio Lquido.
2.5.2 NDICES DE ENDIVIDAMENTO (Estrutura de Capital)
por meio desses ndices que analisamos o nvel de endividamento da empresa.
Esses ndices so avaliados pelo critrio de quanto maior, mais cautela. O Ativo
(aplicao de recursos) financiado por Capitais de Terceiros (Passivo Circulante e
Passivo Exigvel a Longo Prazo) e por Capitais Prprios (Patrimnio Lquido), portanto,
Capitais de Terceiros e Capitais Prprios so fontes (origens) de recursos. So os
ndices de endividamento que informam se a empresa utiliza mais recursos de terceiros
ou recursos dos proprietrios, e se os recursos de terceiros tm seu vencimento em
maior parte a Curto Prazo (Passivo Circulante) ou a Longo Prazo (Passivo Exigvel a
Longo Prazo).
Na anlise do endividamento, h necessidade de detectar as caractersticas do
seguinte indicador:
empresas que recorrem a dvidas como um complemento dos Capitais Prprios para realizar aplicaes produtivas em seu Ativo (ampliao,
expanso, modernizao, etc.). Esse endividamento sadio, mesmo sendo
Anlise de Balanos Apostila 2 25/78
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um tanto elevado, pois as aplicaes produtivas devero gerar recursos para
saldar o compromisso assumido; e
empresas que recorrem a dvidas para pagar outras dvidas que esto vencendo. Por no gerarem recursos para saldar seus compromissos, elas
recorrem a emprstimos sucessivos. Permanecendo esse crculo vicioso, a
empresas ser sria candidata insolvncia; conseqentemente, falncia.
A anlise da composio do endividamento tambm bastante significativa:
endividamento a Curto Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante;
endividamento a Longo Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Permanente.
A proporo favorvel seria de maior participao de dvidas a Longo Prazo,
propiciando empresa tempo maior para gerar recursos que saldaro os compromissos.
Expanso e modernizao devem ser financiadas com recursos a Longo Prazo e no
pelo Passivo Circulante, pois os recursos a serem gerados pela expanso e
modernizao viro a longo prazo.
Se a composio do endividamento apresentar significativa concentrao no
Passivo Circulante (Curto Prazo), a empresa poder ter reais dificuldades num momento
de reverso de mercado (o que no aconteceria se as dvidas estivessem concentradas no
Longo Prazo). Na crise, ela ter poucas alternativas: vender seus estoques na base de
uma "liquidao forada" (a qualquer preo), assumir novas dvidas a Curto Prazo que,
certamente, tero juros altos, o que aumentar as despesas financeiras.
Se a concentrao fosse a Longo Prazo, a empresa, num momento de revs, teria
mais tempo para replanejar sua situao, sem necessidade de desfazer-se dos Estoques a
qualquer preo.
a. Endividamento Geral ou Endividamento Total - expressa a proporo de
recursos de terceiros financiando o Ativo e, complementarmente, a frao do Ativo que
est sendo financiada pelos recursos prprios.
Capital de Terceiros = Exigvel Total = PC + ELP
Capital de Terceiros + Capital Prprio Exigvel Total + PL PC + ELP + PL
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
440.000 = 0,56 56% 430.000 = 0,52 52% 790.000 830.000
56% dos Recursos Totais originam-se de Capitais de Terceiros idem 52%
56% do Ativo financiado com Capital de Terceiros idem 52%
Em 1999, dos recursos investidos no Ativo 52% provm de terceiros e o restante
(48%) so prprios. H predominncia de capitais de terceiros na empresa. A empresa
deve a curto/longo prazo 52% do seu Ativo. De 1998 para 1999, houve um pequeno
decrscimo no endividamento.
b. Relaes entre as Fontes de Recursos ou Grau de Endividamento ou
Participao de Capitais de Terceiros - revela qual a proporo existente entre
Anlise de Balanos Apostila 2 26/78
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Capitais de Terceiros e Capitais Prprios, isto , quanto a empresa utiliza de Capitais de
Terceiros (Passivo Exigvel) para cada real de Capital Prprio (Patrimnio Lquido).
Capital de Terceiros = Exigvel Total = PC + PELP
Patrimnio Lquido Patrimnio Lquido Patrimnio Lquido
Se multiplicarmos o quociente obtido por 100, obteremos a resposta em
porcentagem, ou seja, quanto a empresa utiliza de Capitais de Terceiros para cada R$
100 do Patrimnio Lquido.
ndice igual a 100% ento capital de terceiros igual ao capital prprio.
ndice maior que 100% ento existe a predominncia de capitais de terceiros.
ndice menor que 100% ento o capital prprio supera as obrigaes com terceiros.
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
440.000 = 1,26 126% 430.000 = 1,08 1,08% 350.000 400.000
Interpretao: H predominncia de Capital de Terceiros na empresa. Em 1998,
para cada $ 100 de Capital Prprio (PL), a empresa possua $ 126 de Capitais de
Terceiros. De 1998 para 1999, houve um decrscimo na Participao de Capitais de
Terceiros.
Quanto menor for esse ndice, mais capitalizada e, conseqentemente, tranqila
a situao da empresa. A anlise desse ndice por vrios exerccios evidencia a poltica
de obteno de recursos da empresa: est mantendo uma maior dependncia de Capital
de Terceiros ou est utilizando predominantemente Capital Prprio?
c. Garantia do Capital Prprio ao Capital de Terceiros esse ndice o contrrio do Grau de Endividamento que CT/ PL. Indica a garantia ao Capital de
Terceiros oferecido pelo capital Prprio.
Capital Prprio = PL = PL
Capital de Terceiros Exigvel Total PC + ELP
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
350.000 = 0,80 para 1 400.000 = 0,93 para 1
440.000 430.000
Interpretao: Para cada $ 1,00 de Capital de Terceiros h $ 0,80 de Capital
Prprio como Garantia (1998). A garantia ao Capital de Terceiros oferecido pelo
Capital Prprio aumentou para $ 0,93 em 1999.
d. Composio de Endividamento ou das Exigibilidades (Qualidade da dvida)
- compara o montante das dvidas no curto prazo com o endividamento total. Admite-se
que quanto mais curto o vencimento das parcelas exigveis, maior ser o risco oferecido
pela empresa. Empresas com o endividamento concentrado no longo prazo,
principalmente decorrente de investimentos efetuados, oferecem uma situao mais
tranqila no curto prazo.
Anlise de Balanos Apostila 2 27/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
PC = PC = PC
Capital de Terceiros Exigvel Total PC + ELP
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
340.000 = 0,77 77% 280.000 = 0,65 65% 440.000 430.000
Interpretao:77% dos Capitais de Terceiros vencero a Curto Prazo em 1998
idem 65% em 1999.
A empresa opera mais com dvidas a Curto Prazo. Essa situao desfavorvel,
prejudicando sua Liquidez Corrente (Situao Financeira). Todavia, houve boa melhora
de um ano para o outro.
Ao multiplicarmos este ndice por 100, tambm podemos interpret-lo como
quanto a empresa ter de pagar a curto prazo para $ 100 do total das obrigaes
existentes. De qualquer forma a interpretao deste ndice dever ser direcionada a
verificar a necessidade da empresa ter ou no de gerar recursos a curto prazo para saldar
os seus compromissos. Quanto menor for este ndice, maiores sero os prazos que a
empresa ter para saldar seus compromissos; em conseqncia, melhor ser sua situao
financeira atual.
Anlise: Quantidade x Qualidade da Dvida
Faremos uma comparao da Empresa Prosperidade com a Cia. Conservadora:
Prosperidade Conservadora
Ativo Passivo Ativo Passivo
Circulante 4.200 Circulante 3.100 Circulante 4.200 Circulante 4.000
ELP 2.900 Permanente 5.800 PL 6.000
Permanente 5.800 PL 4.000
Total 10.000 Total 10.000 Total 10.000 Total 10.000
A Prosperidade tem um endividamento (60% = 6.000/10.000) alto para os
padres brasileiros; todavia, est no limite dos padres internacionais. Ainda que o
endividamento seja alto (quantidade), podemos dizer que um bom perfil de
endividamento (qualidade), pois praticamente a metade de longo prazo(menos oneroso
e mais tempo para pagar).
Por outro lado, a Conservadora tem um endividamento baixo (40% =
4.000/10.000), porm de qualidade ruim, pois ele todo vai vencer rapidamente e,
havendo financiamentos de instituies financeiras, seria mais oneroso.
A situao financeira da Prosperidade mais folgada que a da Conservadora no
Curto Prazo. Para o Longo Prazo, a Prosperidade ter tempo de gerar mais Circulante a
fim de honrar seus compromissos que demoraro para vencer.
e. Imobilizao do Patrimnio Lquido (IPL): exprime o quanto do Ativo
permanente da empresa financiado pelo Patrimnio Lquido, evidenciando, dessa
forma, a maior ou menor dependncia de aporte de recursos financeiros para a
manuteno de seus negcios.
Ativo Permanente
Patrimnio Lquido
Anlise de Balanos Apostila 2 28/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
160.000 = 0,46 46% 140.000 = 0,35 35% 350.000 400.000
Indica que, em 1998, a empresa imobilizou 46% de seu Patrimnio Lquido.
Sobraram, portanto, em 1998, 54% de recursos prprios para a aplicao no Ativo
Circulante (Capital Circulante Prprio), no caso de inexistncia de Ativo Realizvel a
Longo Prazo na empresa. A empresa possui dependncia de aporte de capitais de
terceiros para a movimentao de seus negcios. De 1998 para 1999, houve um
decrscimo no grau de Imobilizao do Patrimnio Lquido.
Outro aspecto evidenciado por este ndice a existncia ou no da dependncia
de capitais de terceiros para financiar o Ativo Circulante. Se todo Patrimnio Lquido
for utilizado para financiar o Ativo permanente, no existindo Capital Circulante
Prprio, significar que todo o Ativo Circulante mais o realizvel a Longo Prazo foram
financiados somente com recursos de terceiros. Em princpio este fato no indica
situao favorvel. Sempre que este quociente for inferior a um ou menor que 100%,
indicar que a entidade no imobilizou todo o seu Patrimnio Lquido, existindo, ento,
o Capital Circulante Prprio. Quanto maior for a parcela do Patrimnio Lquido
aplicada no Ativo Permanente menor ser a participao dos Capitais Prprios para
financiar o Ativo Circulante e maior ser a dependncia da entidade em relao ao
Capital de Terceiros.
Quando houver necessidade de utilizar recursos de terceiros para financiar o
Ativo Permanente, como ocorre nas ocasies de ampliao da empresa, esses recursos
devem ser captados para serem pagos a longo prazo, de modo que possam ser
remunerados com os lucros obtidos com a prpria movimentao dessas imobilizaes.
Remunerar Capitais de Terceiros investidos no Ativo Permanente com recursos gerados
por outras fontes que no os lucros colocar a entidade em situao de insolvncia,
obrigando-a a trabalhar mais rapidamente para gerar recursos a curto prazo. Por outro
lado, mais fcil conseguir financiamento para obteno de recursos a fim de investir
no Ativo Circulante. Geralmente esses recursos decorrem da atividade normal da
empresa, como contas a pagar a fornecedores, a empregados, ao governo etc.
f. Imobilizao dos Recursos No-Correntes: revela qual a proporo existente
entre o Ativo Permanente e os Recursos No-Correntes, isto , quanto a empresa
investiu no Ativo Permanente para cada real de Patrimnio Lquido mais Exigvel a
Longo Prazo.
A interpretao deste ndice deve ser direcionada a verificar se o Capital
Circulante Prprio Negativo (ocorre quando o Patrimnio Lquido inferior ao Ativo
Permanente) foi compensado por emprstimos a longo prazo.
Ativo Permanente
Patrimnio Lquido + Passivo Exigvel a Longo Prazo
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
160.000 = 0,36 36% 140.000 = 0,25 25% 350.000 + 100.000 400.000 + 150.000
Anlise de Balanos Apostila 2 29/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
Indica que, em 1998, a empresa imobilizou 36% de seu Patrimnio Lquido e do
Passivo Exigvel a Longo Prazo. Nesse ano, para cada real de Patrimnio Lquido mais
Exigvel a Longo prazo a empresa investiu no Ativo Permanente $ 0,36. De 1998 para
1999 essa relao baixou para R$ 0,25 de Recursos No-Correntes aplicados
imobilizados no Ativo Permanente.
Em qualquer circunstncia, o ideal que o Patrimnio Lquido seja suficiente
para financiar todo o Ativo Permanente e ainda uma parte do Ativo Circulante. Esta
folga garante empresa liberdade para tomada de decises, sendo benfica para sua
situao financeira. Quando o excesso de imobilizaes sobre o Patrimnio Lquido for
financiado por obrigaes do Passivo Circulante, a empresa poder enfrentar srios
problemas de solvncia. Por isso, esse quociente no deve ser superior a um ou a 100%,
para que no haja obrigaes de curto prazo financiando o Ativo Permanente.
Quando a anlise do ndice de Imobilizao do Patrimnio Lquido indicar a
existncia de Capital Circulante Prprio Negativo, haver forte evidncia de que a
situao financeira da empresa no boa. Entretanto, no se pode concluir que a
empresa atravessa momentos de desequilbrio financeiro, pois a interpretao do
Quociente de Imobilizao dos recursos No-Correntes poder revelar a existncia de
um quadro mais ameno. Finalmente, mesmo quando a interpretao desses quocientes
evidenciar tendncia de desequilbrio financeiro, para saber se a empresa encontra-se ou
no em situao de insolvncia, ser preciso interpretar os Quocientes de Liquidez.
g. Passivo Oneroso sobre Ativo (POSA) - este ndice mostra a participao das
fontes onerosa de capital no financiamento dos investimentos totais da empresa,
revelando sua dependncia a instituies financeiras.
Passivo Circulante Financeiro + Passivo Exigvel a Longo Prazo
Ativo
Empresa Bem Analisada Ltda.
1998 1999
100.000 = 0,13 13% 150.000 = 0,18 18% 790.000 830.000
Os ndices calculados para o POSA indicam que houve um aumento nesses
ndices de 1998 para 1999. Deve-se ponderar o custo financeiro incidente sobre o valor
do financiamento a longo prazo, bem como sua finalidade. Deve-se observar que quanto
maior for esse ndice, maior ser a despesa financeira incorrida, influenciando o
resultado do exerccio.
Exerccios de Fixao Estrutura de capital/ endividamento
1. Assinale a alternativa INCORRETA:
a. A situao econmica e financeira da entidade pode ser conhecida por meio da anlise dos ndices de Endividamento, Liquidez e Rentabilidade.
b. Endividamento e Liquidez so situaes opostas. c. Quando o Patrimnio Lquido suficiente para cobrir os investimentos efetuados no
Ativo Permanente com folga, pode-se concluir que todo o Capital Circulante
Lquido financiado por Capitais de Terceiros.
d. Podemos afirmar que a empresa encontra-se na mos de terceiros quando o Passivo Exigvel maior do que o Patrimnio Lquido.
2. Mantidos constantes os totais das origens e aplicaes de recursos, quanto
Anlise de Balanos Apostila 2 30/78
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maior for o ndice de Imobilizao do Patrimnio Lquido menor ser o ndice de
a. Rentabilidade do Patrimnio Lquido.
b. Liquidez Geral
c. Composio do Endividamento
d. Giro dos Estoques
3. Com base nos indicadores abaixo, apresentado em exerccios consecutivos,
assinale a alternativa correta (analise cada uma das opes):
Ativo Permanente Patrimnio Lquido = 0,45 0,60 0,80
a. H indicao de aumento no volume do Capital Circulante Prprio, com reflexos positivos para a situao financeira da empresa.
b. Est ocorrendo acentuada reduo do Capital Circulante Prprio.
c. H recursos de terceiros no financiamento do Ativo Permanente.
d. H clara indicao de Capital Circulante Prprio Negativo.
4. Para avaliarmos o desempenho financeiro da Cia Xingu, com base nas
informaes abaixo, determine os indicadores de Liquidez Seca, Corrente, Geral,
Endividamento Total, Garantia de Capital de Terceiros e Imobilizao dos Recursos
No Correntes:
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante
Disponibilidades
Desp.Antecipadas e Estoques
ARLP
Ativo Permanente
Passivo Circulante
PELP
PL
Ativo Total 100 Passivo Total 100
a) o Ativo Total financiado por Recursos Prprios em 80%; b) as Despesas Antecipadas e os Estoques compunham 40% do Ativo Circulante; c) as Obrigaes a Longo Prazo participam com 30% do Passivo Exigvel; d) o Ativo Realizvel a Longo Prazo representa 10% do Ativo total; e) as Disponibilidades totalizam 60% do Ativo Circulante; e f) metade de todos os recursos aplicados no Ativo Total tinha sido destinada ao
financiamento de bens e direitos do Ativo Permanente.
5. Assinale a tendncia mais provvel para uma empresa industrial, considerando os indicadores a seguir relacionados (analise cada uma das opes):
Ativo Permanente Patrimnio Lquido = 0,7 0,9 1,1
Passivo Circulante Ativo Total = 0,4 0,6 0,8
a. a empresa vem aumentando seu capital circulante prprio.
b. o aumento gradativo dos recursos prprios est garantindo o nvel de investimentos em bens e direitos do Ativo Permanente, porm no cobre as aplicaes no Ativo
Circulante.
c. a empresa deve estar perdendo sua autonomia financeira comprometendo o endividamento a curto prazo.
Anlise de Balanos Apostila 2 31/78
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d. a empresa parece estar utilizando maior volume de recursos prprios no financiamento de seu capital de giro a curto prazo.
6. A empresa FACE possua em seus registros contbeis as seguintes contas
patrimoniais:
Ativo Fontes de Recursos
Caixa
Duplicatas a Receber
Estoques
Imobilizado
Fornecedores
Patrimnio Lquido
9.000
Total 15.000 Total 15.000
Preencha as lacunas com os respectivos valores aps considerar as seguintes
informaes:
1) Liquidez Seca: 0,60 2) Imobilizao do Patrimnio Lquido: 0,80 3) Liquidez Corrente: 1,30 4) Liquidez Imediata: 0,10 5) Garantia do Capital Prprio ao Capital de Terceiros: 1,5
7. A Cia Industrial utilizou-se de recursos de curto prazo para financiar a compra
de uma mquina, tendo em vista o aumento de sua produo e, conseqentemente,
aumento das vendas. Analisando o endividamento, podemos dizer:
a. A Cia Industrial agiu de maneira correta se utilizando de recursos de terceiros para financiar seu Ativo.
b. A Cia no deveria ter adquirido a mquina, pois aumentou seu endividamento.
c. A Cia Industrial uma sria candidata falncia, j que financiou Ativo Permanente com recursos de Curto Prazo.
d. N.D.A.
8. A CIA ABC mostra a seguinte estrutura de capital: (Exame de suficincia do CFC)
Ativo Circulante $ 252.000
Ativo Permanente 348.000
Total do Ativo 600.000
Passivo Circulante 168.000
Exigvel a Longo Prazo 72.000
Total Passivo Exigvel 240.000
Patrimnio Lquido 360.000
Total do Passivo 600.000
Receita Lquida 720.000
(-) Custos ( 666.000)
Lucro Lquido 54.000
O endividamento da empresa se apresenta:
a. R$ 0,67 excedente de resultado favorvel empresa. b. R$ 0,33 excedente de resultado favorvel empresa. c. R$ 0,67 para garantir R$ 1,00 de Passivo com Terceiros. d. R$ 0,33 para garantir R$ 1,00 de Passivo com Terceiros.
Anlise de Balanos Apostila 2 32/78
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9. Os Balanos Patrimoniais da empresa X, nos finais dos anos 1 e 2, foram os
seguintes:
Ativo Passivo
Itens Ano 1 Ano 2 Itens Ano 1 Ano 2
Circulante
Realizvel a Longo Prazo
Permanente
Imobilizado
Investimento
400
100
500
400
100
500
100
900
800
100
Circulante
Exigvel a Longo Prazo
Patrimnio Lquido
Capital
Reservas
300
100
600
400
200
500
300
700
500
200
Totais 1.000 1.500 Totais 1.000 1.500
A anlise do Balano Patrimonial da empresa X indica que:
a. O grau de endividamento da empresa aumentou no ano 2. b. A proporo de participao das imobilizaes no Ativo Total decresceu no ano 2. c. O Capital Circulante Lquido aumentou no ano 2. d. A participao do Ativo Circulante no saldo das aplicaes totais cresceu no ano 2.
10. O Capital Circulante Lquido (CCL) tpico de uma empresa representa 15
dias de faturamento. Dessa forma, pode-se indicar que:
a. O investimento que deve ser feito em CCL para um faturamento anual de $2 bilhes aproximadamente de $100 milhes.
b. O Ativo Circulante deve ser o dobro do Passivo Circulante.
c. Para um faturamento anual de $720 milhes, um projeto deve investir 30 milhes em CCL, alm das inverses fixas.
d. O Ativo Circulante Total deve equivaler a 30 dias de faturamento.
11. Analise o Balano Patrimonial abaixo e, a seguir, assinale a afirmao correta:
Ativo Passivo
1. Ativo Circulante
1.1 Disponvel 1.2 Realizvel at 6 meses 1.3 Realizveis de 6 a 12 meses 2. Realizvel a Longo Prazo
3. Outros
Total
600
30
300
270
200
700
1.500
4. Passivo Circulante
4.1 At 6 meses
4.2 De 6 a 12 meses
5. Exigvel a Longo Prazo
6. Patrimnio Lquido
Total
500
420
80
500
500
1.500
a. O quociente de Liquidez Corrente (comum) era de 1,30. b. O quociente de Liquidez Geral era de 1,50. c. A Liquidez Instantnea podia ser expressa pela razo igual a 0,50. d. O curtssimo prazo (at 6 meses), o coeficiente de Liquidez era inferior unidade.
12. Se desejarmos expressar a srie de valor do Ativo Total da empresa A (ver quadro),
em termos de ndices evolutivos, com base 100 no ano 1, a nova srie seria:
Anos ATIVO TOTAL ($1.000)
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 4
2.500
5.000
8.000
16.000
a. Ano 1=100; ano 2=200; ano 3=320; ano 4=600.
Anlise de Balanos Apostila 2 33/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
b. Ano 1=100; ano 2=250; ano 3=320; ano 4=600.
c. Ano 1=100; ano 2=200; ano 3=320; ano 4=640.
d. Ano 1=100; ano 2=300; ano 3=320; ano 4=640.
13. O grau de endividamento de uma empresa:
a. Explicita uma situao indesejvel para qualquer tipo de empresa. b. Indica que os ativos imobilizados no esto cobertos pelo Patrimnio Lquido da
empresa.
c. calculado pela relao entre o Ativo Circulante e o Patrimnio Lquido. d. Diminui, em geral, com o aumento da participao relativa do Patrimnio Lquido
no Ativo Total.
14. A empresa X apresentou os seguintes resultados:
Itens Ano 1 Ano 2
Receitas Operacionais Lquidas
Custos dos produtos Vendidos
Lucro Bruto
Despesas Operacionais
Lucro Operacional
Lucro No Operacional
Proviso para o Imposto de Renda
Lucro Lquido do Exerccio
250.000
125.000
125.000
100.000
25.000
15.000
15.000
25.000
500.000
300.000
200.000
150.000
50.000
50.000
30.000
70.000
Pode-se afirmar que:
a. As despesas operacionais cresceram em maior proporo que o Custo dos Produtos Vendidos.
b. A percentagem do Lucro Operacional no Lucro Lquido do Exerccio cresceu do ano 1 para o ano 2.
c. O item que mais cresceu, em termos nominais, foi o Lucro Bruto.
d. A relao entre Custos dos produtos vendidos e receitas Operacionais Lquidas cresceu do ano 1 para o ano 2.
15. Os dbitos escriturados no Razo da conta Duplicatas a Receber da empresa Comercial Rio Capibaribe S/A, no perodo base de 01/01/90 a 31/12/90,
somaram $86.750.000.
Informaes adicionais:
- Saldo da conta Duplicatas a Receber no Balano de 31/12/89.............................$7.300
- Total dos dbitos estornados no ano de 19x0, em funo de erros de
escriturao.....$400
- Crditos correspondentes a Descontos Financeiros concedidos, em 19x0, por
recebimentos antecipados de Duplicatas vinculadas a revendas de
mercadorias...............................$1.200
Como todos os demais dbitos realizados no ano de 19x0 na questionada conta
corresponderam a duplicatas emitidas contra Clientes, o montante de vendas a prazo
naquele ano foi de:
Anlise de Balanos Apostila 2 34/78
Professor Arnoldo Schmidt Neto UNIVILLE
a. $79.050 b. $77.850 c. $79.450 d. $80.250 e. $79.850
16. A empresa YYY est preparando uma projeo trimestral (jan., fev. e
mar./19x7) relativa s vendas a serem realizadas no referido perodo. Tal empresa
sempre realizou e vai continuar realizando suas vendas da seguinte maneira: 40%
vista, 40% em 30 dias e 20% em 60 dias. As vendas projetadas pela empresa para o
referido trimestre devero ser as seguintes: $40.000 em jan./19x7, $60.000 em fev./19x7
e $80.000 em mar./19x7. Se o saldo da conta, Contas a Receber, no balano realizado
no final de dez./19x6 foi de $20.000, qual dever ser o saldo final da citada conta no
Balano projetado para o final de mar./19x7? (Provo MEC/1997)
a. $40.000 b. $50.000 c. $60.000 d. $70.000 e. $80.000
17. A Indstria Macap Ltda., inaugurada em maio de 2002, est desenvolvendo
um oramento de caixa para julho, agosto e setembro de 2002. As vendas foram de
R$100.000,00 em maio e de R$200.000,00 em junho. Esto previstas vendas de
R$400.000,00, R$300.000,00 e R$ 200.000,00, respectivamente, para julho, agosto e
setembro. Das vendas feitas pelo setor, 20% tm sido vista, 50% tm gerado
duplicatas com prazo de um ms, e as 30% restantes, de dois meses. A previso de
recebimento em julho de 2002, em reais, de (Provo MEC 2002).
a. 900.000,00 b. 400.000,00 c. 300.000,00 d. 210.000,00 e. 80.000,00
18. Considerando os dados abaixo:
Caixa...............100 Obrigaes Sociais a Pagar...........300
Estoques..........500 Clientes......................................1.200
Fornecedores...700 Duplicatas Descontadas................300
Calcule os ndices de Liquidez Imediata, Seca e Corrente, e indique a respectiva
resposta correta, dentre as abaixo apresentadas:
a. 0,10; 1,30 e 1,80
b. 0,10; 1,00 e 1,50
c. 1,00; 1,80 e 2,30
d. 0,10; 1,50 e 2,00
19. Quando o Grau de Endividamento Total for igual a 1, supondo-se a inexistncia do grupo de contas de Resultado de Exerccios Futuros, o Patrimnio Lquido :
a. positivo.
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b. nulo.
c. negativo.
d. do mesmo valor do Ativo Permanente.
20.
Ativo Passivo
Circulante
Disponibilidades
Contas a Receber
Estoques
Despesas do Perodo Seguinte
Permanente
37.450
10.600
11.200
13.200
2.450
31.400
Circulante
Fornecedores
Emprstimos Bancrios
Salrios e Encargos a Pagar
Patrimnio Lquido
26.000
13.000
5.600
7.400
42.850
Total 68.850 Total 68.850
Com base no Balano Patrimonial acima, assinale a resposta correta:
a. caso essa empresa realizasse um aumento de Capital Social, em dinheiro, no valor de $10.000,00, sem considerar outras alteraes patrimoniais, o Grau de
Endividamento sofreria reduo e o ndice de Liquidez Corrente aumentaria.
b. ndice de Liquidez Geral de 2,65.
c. ndice de Liquidez Corrente seria mantido em 1,44 caso essa empresa contrasse um emprstimo de curto prazo de $ 20.000,00 e mantivesse-o em disponibilidade.
d. ndice de Imobilizao do Patrimnio Lquido de 136%.
21. Uma empresa possui Imobilizado de $20.000 e Patrimnio Lquido de
$15.000. Os acionistas esto pretendendo aumentar o capital com integralizao a ser
efetuada em bens imveis, a fim de reduzir o atual quociente de imobilizao.
Considerando X como o aumento de capital, qual o seu valor para que o quociente de
imobilizao passe a ser de 110%?
a. 15.000 b. 25.000 c. 35.000 d. 20.000
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2.6 Anlise de Retorno de Investimentos modelo contbil
2.6.1 NDICES DE RENTABILIDADE
Expressar a rentabilidade em termos absolutos tem utilidade informativa
bastante reduzida. Afirmar que a empresa General Motors teve lucro, digamos de $ 5
bilhes em 19X6, ou que a Empresa Descamisados Ltda., teve lucro de $ 200 mil, no
mesmo perodo, pode impressionar no sentido de que todo mundo vai perceber que a
empresa General Motors uma empresa muita grande e outra, muito pequena, e s; no
refletir, todavia, qual das duas deu o maior retorno.
A combinao de itens do Ativo que gera Receita para a empresa. Na verdade,
o Ativo significa investimentos realizados pela empresa a fim de obter Receita e, por
conseguinte, Lucro. Assim, podemos obter a Taxa de Retorno sobre Investimentos. Isso
representa o poder de ganho da empresa: quanto ela ganhou por real investido.
Na situao anterior obtivemos um ndice que medir a eficincia da empresa
em gerar resultados, podemos tambm, do ponto de vista do empresrio, observar que o
retorno (lucro) est remunerando satisfatoriamente o capital investido no
empreendimento. Uma vez que os recursos dos empresrios esto evidenciados no
Patrimnio Lquido, calcularemos a Taxa de Retorno do Patrimnio Lquido, tambm
conhecido como Return On Equity (ROE).
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NO CLCULO DA RENTABILIDADE
Quando compararmos lucro com Ativo, ou lucro com Patrimnio Lquido,
devemos considerar dois aspectos:
1. Muitos conceitos de lucro podero ser utilizados: Lucro Lquido, Lucro Operacional, Lucro Bruto etc. imprescindvel que o numerador seja
coerente com o denominador. Se utilizarmos o Lucro Lquido no
numerador, utilizaremos o Ativo Total no denominador. Utilizando o
Lucro Operacional no numerador, utilizaremos o Ativo Operacional
(representa o total do Ativo excludo das aplicaes que no esto
gerando lucro, como gastos pr-operacionais) no denominador, e assim
sucessivamente.
2. Tanto o Ativo com o Patrimnio Lquido so utilizados no denominador para clculo da Taxa de Retorno (TRI e TRPL), poderiam ser o mdio:
Ativo Mdio
2
Final Ativo Inicial Ativo e PLM
2
Final PL Inicial PL
A razo que nem o Ativo Final nem o Ativo Inicial geraram o resultado, mas a
mdia do Ativo utilizado no ano. Idem para o Patrimnio Lquido. Todavia, para fins de
Anlise Horizontal, o clculo com o Ativo ou Patrimnio Lquido final vlido.
Os ndices de Rentabilidade so avaliados pelo critrio de quanto maior, melhor.
2.6 Anlise de Retorno de Investimentos
Anlise de Balanos Apostila 2 37/7