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Fernando Martins Terapeuta Holístico CRT 37.039 [email protected] CURSO LIVRE DE CROMOTERAPIA APOSTILA 01 INTRODUTÓRIA

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CROMO01

Fernando MartinsTerapeuta Holstico CRT 37.039

[email protected]

CURSO LIVRE

DE

CROMOTERAPIAAPOSTILA 01

INTRODUTRIA

INTRODUO

Se voc fez comigo os cursos de Florais e/ou Aromaterapia, sentirs uma diferena no decorrer deste curso de Cromoterapia no que diz respeito abordagem terica. Isto, pois, tanto no aprendizado da tcnica de Florais quanto no de Aromaterapia, temos um respaldo terico estabelecido por seus criadores (Bach e Gattefosse respectivamente) e nele, vamos gradativamente construindo nosso conhecimento. Na Cromoterapia diferente. ela um campo terico disperso, construdo atravs de vrias interpretaes embora seus fundamentos bsicos sejam o mesmo. Por isto, buscarei dar o mximo de informao sobre as teorias de cor e luz para que o aluno possa ter uma bagagem terica suficiente para poder delinear seu trabalho teraputico com segurana, visto que no exista ainda e talvez nunca venha a existir, um manual terico estabelecido em consenso com os diversos cromoterapeutas existentes.

Esta a primeira apostila de um total de trs e que far uma introduo ao mundo das Terapias Holsticas, antes de entrarmos no tpico principal do Curso que a tcnica Cromoterapia.

Falarei sobre o que Holismo, Terapia Holstico, o profissional Terapeuta e uma introduo ao tratamento com tais tcnicas.

No deixe de fazer os exerccios propostos e busque aproveitar o mximo do contedo das apostilas visto que nosso curso on line e no ter carga horria definida nem mesmo, um contato pessoal entre instrutor e aluno para um trabalho prtico, que ser apenas proposto atravs de casos e que espero sinceramente, que reflita e busque as solues da forma mais adequada para voc, possibilitando a emisso de um Certificado de concluso.

Boa leitura, bons estudos.

Paz e Luz

Fernando Martins

Terapeuta CRT 37.039

O QUE O HOLISMO

Podemos considerar o Holismo como uma linguagem. Uma linguagem de entendimento do mundo, do ser humano e da vida como sendo entidades completas e nicas e ao mesmo tempo, interligadas.

O termo vem do grego, onde Holos significa "inteiro", "todo". Remonta aos pr-socrticos e j era utilizado e foi consagrado por Herclito (544 aC - 484 aC) quando afirmava que "as partes esto no todo e o todo nas partes". Ou seja, um sentido de integrao.

O Holismo como paradigma filosfico-cientfico, surgiu na dcada de 60, como uma resposta ao mal estar estabelecido nestes tempos de ps modernidade e que em grande parte causada exatamente por este fracionamento dos aspectos humanos, principalmente a diviso corpo e mente. Uma fragmentao estabelecida atravs das teorias mecanicistas ao longo do Renascimento, o que foi chamado de pensamento cartesianista.

O Holismo resgata a viso de que o ser humano um todo composto por aspectos fsicos, emocionais, espirituais e mentais, sendo um interagindo com o outro. Observar o ser humano apenas atravs de um destes aspectos perder de vista sua integridade, sua "inteireza".

A medicina ortodoxa ocidental, por exemplo, bastante conhecida por sua atuao atravs de medicamentos buscando a cura atravs da remoo de sintomas e muitas vezes mascarando as reais causas que no so fsicas e sim, emocionais, mentais ou mesmo espirituais. A prpria OMS - Organizao Mundial de Sade, h muito j mudou o conceito de sade de "ausncia de doena" para "bem estar fsico-psico-social", onde demonstra o reconhecimento da amplitude do ser humano.

Temos assim o que chamado de Paradigma Holstico, que vem a ser a atual tendncia de abordagem nas mais diversas reas do saber, onde a viso de totalidade, de sntese e de interconexo entre todos os itens, se sobrepe anlise e "dissecao" das "partes". Exemplos: Terapia Holstica, Empresariado Holstico (meio ambiente, qualidade de vida do empregador e do funcionrio, lucro, tudo tido como interdependente e igualmente importante), Educao Holstica (as matrias so estudadas interconectadas entre si).

No campo teraputico no diferente, e conhecidas ainda como Terapias Auxiliares, a Terapia Holstica no vem substituir outros tipos de terapia ortodoxas, mas sim, acrescentar mais uma viso em busca do bem estar e qualidade de vida do ser humano.

Historicamente, claro que existe muito preconceito em relao credibilidade das Terapias Holsticas, pelo fato de que elas se baseiam no em comprovaes cientficas, mas sim, na constatao da eficcia de seu uso e aplicao, por conta de quem dela se beneficia. E esta eficcia verificada ao longo dos sculos, pois o que hoje chamamos de Terapias Holsticas, na verdade so formas mais elaboradas e sistematizadas de praticas muito antigas, por vezes milenares, como por exemplo, as Tcnicas Corporais.

Da todo o preconceito que ocorre, pois muitas vezes vemos as prticas da Terapia Holstica, associadas ao charlatanismo, a alguma crena ou mesmo, que so simplesmente incuas.

Mas como dito anteriormente, o que vale a eficcia e se o profissional for dedicado, estudioso e estiver sempre se reciclando, se atualizando, de certo seus clientes sero a maior prova de que a Terapia Holstica uma opo vlida para promover o bem estar e qualidade de vida do ser humano.

O QUE SO AS TERAPIAS HOLSTICAS

As Terapias Holsticas so por definio, o conjunto de tcnicas oriundas das mais variadas culturas e dos mais distintos contextos histricos e que de forma renovada e organizada, se prestam na atualidade para promover o bem estar e a qualidade de vida do ser humano.

A promoo deste bem estar e do aumento de qualidade de vida, se d atravs da aplicao destas tcnicas pelo Terapeuta Holstico, junto aos clientes. o Terapeuta Holstico que procede ao estudo e anlise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holstico, cuja abordagem leva em considerao os aspectos scio-somato-psquicos da pessoa. Cada caso considerado nico e deve-se dispor dos mais variados mtodos, para possibilitar a opo por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade, promovendo a otimizao da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao auto-conhecimento e a mudanas em vrias reas, sendo as mais comuns: comportamento, elaborao da realidade e/ou preocupaes com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situaes da vida (aumento mximo das oportunidades e minimizao das condies adversas), alm de conhecimento e habilidade para tomada de deciso. Avalia os desequilbrios energticos, suas predisposies e possveis conseqncias, alm de promover a catalizao da tendncia natural ao auto-equilbrio, facilitando-a pela aplicao de um somatrio de teraputicas de abordagem holstica, com o objetivo de transmutar a desarmonia em auto-conhecimento.

Vemos que o Terapeuta Holstico atua como um catalizador da tendncia natural ao auto-equilbrio do cliente, facilitando-a por meio de tcnicas naturalistas, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos no agressivos, alm de produtos cuja comercializao seja livre, bem como orientar seus clientes atravs de aconselhamento profissional. O trabalho realizado sempre sob o paradigma holstico, ou seja, o cliente abordado sob todos os seus aspectos e, nesta rea, no comum a existncia de especialistas, pois o correto que o Terapeuta Holstico faa uso da somatria das mais diversas tcnicas, pois cada caso considerado nico e devemos ter disposio os mais variados mtodos, para poder-se optar por aqueles com os quais o cliente tenha afinidade.

A LEGISLAO PERTINENTE

A profisso de Terapeuta Holstico LCITA, ou seja, "dentro da Lei", pois no existe nenhuma que a preveja, limite ou impea o seu LIVRE exerccio. Entretanto, ela no REGULAMENTADA, ou seja, no existe Lei ou Decreto Federal especficos sobre o tema. A ausncia de Regulamentao pelo governo para muitas profisses tem sido altamente benfica, para outras, nem tanto, pois a colocam como alvo de polmicas e perseguies. A CBO - Classificao Brasileira de Ocupaes registra mais de 36.000 profisses e destas, apenas cerca de 25 possuem Lei regulamentando seus rgos de fiscalizao. Via de regra, a esmagadora maioria das profisses brasileiras, no so regulamentadas, cabendo "lei de mercado" a seleo dos trabalhadores.

A correta interpretao da Constituio Federal garante que a ausncia de regulamentao por Lei Federal torna LIVRE o exerccio profissional. Ningum pode ser proibido ou restringido no direito de exerc-las, sendo o controle feito atravs da Lei Penal se, e somente se, ocorrer o "charlatanismo", leses ou outro delito, como por exemplo, o exerccio ilegal de profisso (invaso de alguma outra atividade j regulamentada pela Unio).

Como categoria, os Terapeutas Holsticos, tm seu Sindicato reconhecido pelo Ministrio do Trabalho, no. 46000.003516/93 e no. 46000.002902/97 Dirio Oficial da Unio no. 55 de 21/03/1997, Seo I, pgina 5678 e Dirio Oficial da Unio no. 134-E de 16/07/1998, Seo I, pgina 01.

A POSTURA PROFISSIONAL

A postura profissional do Terapeuta Holstico deve atender a um Cdigo de tica da Categoria.

Abaixo listo os Princpios Fundamentais, Os Direitos e os Deveres do Terapeuta Holstico, bem como, orientao para o convvio com outros profissionais da mesma rea ou de outras reas de Sade.

PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

O Terapeuta Holstico

I Trabalhar para a promoo do bem-estar do indivduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holstico;

II Manter constante desenvolvimento pessoal, cientfico, tcnico, tico e filosfico, atravs de superviso, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na rea, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, alm de ser estudioso das cincias afins;

III Usar em seus trabalhos, mtodos os mais naturais e brandos possveis, buscando catalizar o auto-equilbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus prprios recursos harmonizantes;

IV Orientar-se-, no exerccio de sua profisso, pela Declarao Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assemblia Geral Das Naes Unidas.

DIREITOS DO TERAPEUTA HOLSTICO

Exercer a profisso de Terapeuta Holstico sem ser discriminado por questes de religio, raa, sexo, nacionalidade, cor, opo sexual, idade, condio social, opinio poltica ou situaes afins;

Utilizar-se de tcnicas que no se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos no agressivos, bem como produtos cuja comercializao seja livre, alm de orientar a pessoa atendida atravs de aconselhamento profissional;

Recusar a realizao de trabalhos teraputicos que, embora sejam permitidos por lei, sejam contrrios aos ditames de sua conscincia;

Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local no oferecer condies adequadas, ou se no houver remunerao condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critrio, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exerccio profissional;

RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLSTICO

So deveres do Terapeuta Holstico:

1 Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, tcnica e legalmente;

2 Prestar servios teraputicos somente se: em condies de trabalho adequadas, de acordo com os princpios e tcnicas reconhecidos ou pelas Tradies Milenares, ou pela prtica, ou pela cincia e, sobretudo, pela tica;

3 Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situaes onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada;

4 Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holstico em geral;

5 Estar devidamente registrado para o exerccio de sua atividade profissional, quer seja como autnomo ou como pessoa jurdica;

Ao Terapeuta Holstico vedado:

1 Usar ttulos e especialidades profissionais que no possua;

2 Efetuar procedimentos teraputicos sem o esclarecimento e conhecimento prvio da pessoa atendida ou de seu responsvel legal;

3 Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais;

4 Aproveitar-se de situaes decorrentes do atendimento teraputico para obter vantagens fsica, emocional, financeira, poltica ou religiosa;

5 Exercer tcnicas de aconselhamento profissional, caso ele prprio h mais de 03 meses no esteja se submetendo a tratamento teraputico e/ou psicoterpico de manuteno;

6 Reduzir o tempo de cada sesso a fim de aumentar o nmero de atendimentos;

7 Permitir que a pessoa atendida, durante a sesso, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicao ou sob efeito de quaisquer tcnicas teraputicas;

DAS RELAES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

O Terapeuta Holstico:

No ser conivente, com erros, faltas ticas, crimes ou contravenes penais praticadas por outros na prestao de servios profissionais;

No intervir na prestao de servios de outro Terapeuta Holstico, salvo se: a pedido do prprio profissional ou quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupo voluntria do atendimento ou quando se tratar de trabalho multi-profissional e a interveno fizer parte da metodologia adotada; em situaes emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holstico;

No relacionamento com profissionais de outras reas, trabalhar dentro dos limites das atividades que lhe so reservadas pela legislao e reconhecer os casos que necessitem tambm dos demais campos de especializao profissional, encaminhando-os s pessoas habilitadas para a tais funes;

DO SIGILO PROFISSIONAL

O sigilo proteger a pessoa atendida em tudo aquilo que o Terapeuta Holstico venha a tomar conhecimento como decorrncia do exerccio de sua atividade profissional;

O menor impbere ou interdito estar igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsveis apenas o estritamente necessrio para promover medidas em seu benefcio;

Com autorizao da pessoa atendida, o Terapeuta Holstico poder repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Cdigo de tica e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso s informaes;

O Terapeuta Holstico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condies adequadas segurana da pessoa atendida, bem como privacidade que garanta o sigilo profissional;

Em caso de falecimento do Terapeuta Holstico, este rgo, ao tomar conhecimento do fato, providenciar a incinerao de seu arquivo confidencial;

A quebra do sigilo s ser admissvel se tratar de fato delituoso e a gravidade de suas conseqncias para o prprio atendido ou para terceiros justificar a denncia do fato; ainda assim, o acontecido ser julgado por Comisso de tica a ser designada.

A Prtica do Teraputa

ENTREVISTA INICIAL

I INTRODUO

A entrevista inicial o primeiro contato realizado entre o Terapeuta e o cliente. a partir dela que o Terapeuta poder desenvolver um programa teraputico adequado.

Entrevistar uma tcnica que no se baseia em um dom como muitos pensam, mas sim, uma tcnica que se adquire atravs da prtica constante.

Ter facilidade de dilogo ajuda e muito, mas no tudo, pois a entrevista inicial vai alm de uma boa conversa, ela visa principalmente, levantar dados significativos, essenciais para compor o quadro diagnstico e assim, o terapeuta propor de forma adequada, um programa teraputico.

Podemos dizer ento que o objetivo da entrevista inicial : levantar dados significativos, essenciais para compor o quadro diagnstico para que seja elaborado um programa teraputico.

II TIPOS DE ENTREVISTA

A entrevista pode se desenvolver de trs formas:

Perguntas Abertas

Conduzida atravs de perguntas feitas de forma a proporcionar ao cliente uma amplitude de expresso, sem que ele se restrinja a um determinado foco. Um exemplo clssico a pergunta: mas diga-me, o que lhe traz aqui?

So perguntas que devem ser feitas no incio da entrevista.

Perguntas Fechadas

So perguntas complementares sobre assuntos no falados ou detalhamentos de assuntos j tratados.

Como exemplo: Quando iniciou esta sensao de angstia? Quais as pessoas que lhe causam maior constrangimento?

Geralmente respondidas por sim ou no, ou por um nmero, nomes, etc. Caracteriza-se por respostas curtas.

Estas perguntas devem se seguir aps as perguntas abertas ou focadas.

Perguntas Focadas

Neste caso, as perguntas tocam em um ponto j levantado na fala do cliente. Ou seja, ele fica a vontade para responder com amplitude como na pergunta aberta, mas direcionado a um tema proposto pelo terapeuta fazendo referencia ao que j fora dito anteriormente pelo cliente.

Como exemplo: Como voc definiria este mal estar?

A progresso sugerida iniciar com perguntas abertas, passando a focadas e fechadas.

III - ELEMENTOS DA ENTREVISTA

ESCUTANDO O CLIENTE

Escutar o cliente fundamental por dois principais motivos:

O acolhimento, ou seja, uma ao que d ao cliente o bem estar da segurana e que o aproxima do Terapeuta, criando um lao pautado no respeito mtuo. O terapeuta est ali para ouvir a queixa do cliente e este buscando algum que o oua e o ouvindo, descubra as causas de seus males e conseqentemente, busque minimiza-las qui, extingui-las.

Buscar levantar com clareza, dados significativos na fala do cliente que possibilitem a elaborao mais precisa possvel de um programa teraputico.

Ao longo da escuta ocorrem alguns momentos que considero importante e qu listo aqui:

Confirmao por parte do terapeuta de ter entendido o que foi dito pelo cliente, com frase como compreendo ou um gesto afirmativo com a cabea. A confirmao estimula o cliente a dar prosseguimento na sua fala e buscar ser mais preciso e claro.

Manter-se em silncio. Um momento que requer habilidade. Por vezes, o cliente diz coisas absurdas ou claramente mentirosas, talvez no intuito de desafiar o terapeuta, da a necessidade de um silencio quase contemplativo, que levar o cliente a modificar o seu pronunciamento, revendo o que foi dito. Nunca questione a veracidade do que foi dito pelo cliente. Devemos trabalhar com a fala dele e se percebermos que o que foi dito no corresponde por algum motivo realidade, devemos ao invs de questionar ou apontar o fato, refletir no porque do cliente ter agido desta forma.

Temos tambm de observar momentos no qual deveremos criar uma empatia com o cliente, atravs de comentrios sobre falas que exprimem contedos importantes emocionalmente, como por exemplo:

... eu acordei com uma sensao de vazio naquela manh..., diz o cliente.

... isto deve ter te causado um grande mal estar no?, diz o terapeuta.

Empatia significa o se colocar no lugar do outro, sentir como sente o outro, ou seja, uma postura que parte fundamental no Acolhimento.

COMUNICAO NO VERBAL (QUANDO O CORPO FALA).

Chamamos comunicao no verbal a forma de passar informaes atravs da linguagem corporal. Este enviar de mensagens pode ser feito de forma inconsciente ou consciente.

Expresses faciais, movimentos dos braos, pernas, devem ser interpretados bem como a prpria aparncia apresentada pelo cliente ao chegar ao seu consultrio.

importante observar a maneira de sentar do cliente, se de forma leve ou brusca, se os braos esto cruzados ou os punhos fechados, demonstrando tenso.

O antroplogo Albert Mehrabian fez um levantamento estatstico de proporo entre linguagem verbal e no verbal na transmisso de mensagens e conclui que cerca de 55% delas transmitida via linguagem corporal.

III - DADOS DE IDENTIFICAO E PERFIL DO CLIENTE

Todo cliente dever ter uma ficha de acompanhamento onde dever contar com os dados de identificao, bem como, observao feita pelo Terapeuta em cada consulta.

ELEMENTOS DE UM ROTEIRO PARA UMA ENTREVISTA INICIAL

Vai aqui uma sugesto que voc dever adaptar conforme sua prtica. Serve de parmetro para suas primeiras entrevistas.

De incio digo, nunca receba o cliente perguntando: como vai? E de certo voc perceber a razo. Bastam colocaes simples como bom dia, boa tarde ou boa noite complementado por um aperto de mo.

Ao receber o cliente no lhe pergunte: como vai? Por motivos bvios. Basta um simples bom dia ou boa noite e um aperto de mo se for o caso.

Solicite que o cliente se sente, deixando-o o mais confortvel possvel. O ambiente deve dar um tom intimista. A relao que comea a se estabelecer deve ser a mais estreita possvel, pautada no respeito e confiana por parte do cliente.

A primeira pergunta deve ser aberta e de forma a proporcionar a maior amplitude possvel na resposta do cliente.

Uma pergunta como: mas me diga, o que te traz aqui?, ou caso j tenha adiantado por alto o assunto em telefonema anterior marcando a consulta, retome: Sr fulano, me fale mais sobre a razo deste nosso encontro.

Ao ouvir o cliente, evite expresses corporais desnecessrias, como franzir a testa ou expresso de espanto.

Fique atento e fazendo interrupes sempre que necessrio para focar melhor em determinado detalhe na fala do cliente buscando que ele seja mais especfico ou detalhista.

Dados para identificao e O Perfil do cliente

Temos de ter fichas de identificao para cada cliente e nelas, deve conter informaes objetivas tais quais nome, estado civil, a origem tnica (existem certas doenas que incidem mais em determinados grupos tnicos e este dado pode ser importante no encaminhamento do cliente para um mdico), ocupao, o endereo residencial, quem indicou a sua vinda.

Alm da identificao temos o delinear do perfil do cliente que vem a ser a sua posio diante de si mesmo e do mundo. So itens que formam informaes referentes a sua famlia, seu emprego, seus problemas e satisfaes com os mesmos. Aspectos sociais, ocupacionais e econmicos.

Sobre a famlia deveremos observar sua estrutura, como se posiciona o cliente dentro dela.

Perguntas abertas como: voc mora com quem? Caso ela responda: com a famlia, poderemos prosseguir com: poderia falar um pouco sobre eles?

Uma pergunta importante neste item famlia : em que afeta o seu estado (a queixa do cliente) na sua famlia e quem o mais afetado?

O item Ocupao deve questionar quais so as atividades atuais e anteriores, como tambm o grau de satisfao para com elas. Quem exerce atividades estressantes e principalmente, sem nenhum prazer, est propenso a desequilbrios energticos que podem acarretar dores estomacais, por exemplo.

REGRAS GERAIS DA ENTREVISTA INICIAL

o primeiro contato entre o Terapeuta e o cliente. Momento de acolhimento.

Expresse-se com palavras compreensveis para o cliente.

As informaes coletadas devem estar relacionadas ao problema do cliente, somente assim, as informaes podero ser teis ao Terapeuta e no, informaes que confundam o raciocnio na hora de elaborao do programa teraputico.

Ir do geral para o especfico. De perguntas abertas para as focadas e fechadas.

ALGUMAS SITUAES COM AS QUAIS PODEREMOS NOS DEPARAR EM ENTREVISTAS INICIAIS

Diante do silncio do cliente, mantenha a postura atenta Mantenha postura atenta com breve estmulo para que o paciente continue. Observar se no por falta de sensibilidade ou erro do entrevistador.

Diante de clientes prolixos, busque interrompe-los quando necessrio de forma delicada. Nestes casos trabalhe priorizando perguntas focadas ou fechadas.

Diante de clientes ansiosos, busque faze-lo falar sobre seus sentimentos.

Diante de clientes hostis, aceite este sentimento sem revide.

Diante do choro, estenda um leno, aguarde o cliente se recompor. Se algum comentrio for feito de sua parte, que seja: bom desabafar.

Diante de histrias incompreensveis e confusas, indague sobre seu passado clnico, se toma medicamentos e onde foi sua ltima consulta clnica. Poderemos estar de frente para um caso especfico para a psiquiatria (estrutura esquizofrnica, por exemplo).

IV - FINALIZANDO O TPICO

Vemos a importncia da entrevista inicial como uma ferramenta indispensvel para a adequada atuao do Terapeuta.

atravs dela que faremos uma avaliao correta e da, elaboraremos um programa teraputico eficaz, cumprindo assim com nossa misso.

O tpico seguinte fala sobre Avaliao Teraputica que est intimamente ligada a entrevista inicial.

ENTENDIMENTO DE DIAGNSTICO E AVALIAO

O termo Diagnstico tem origem grega, onde gnose significa saber sendo acrescentado do prefixo e tomando o significado reconhecimento.

O termo amplamente utilizado em vrios seguimentos sempre com o objetivo de significar o reconhecimento de algo, no entanto, na rea de sade que mais utilizado.

No sentido estritamente mdico do termo, diagnosticar significa sempre o procedimento de reconhecer uma enfermidade ou condio patolgica por meio de seus sinais, sintomas, curso e outros elementos clnicos caractersticos, inclusive o resultado de exames complementares.

O Projeto de Lei que define o Ato Mdico tem em seu artigo primeiro, item II diz que o mdico desenvolver suas aes no campo da ateno sade humana para: ... o diagnstico.

Este trecho gerou e gera muita polmica, pois a ao de diagnosticar aparentemente se apresenta como uma prerrogativa mdica, embora no seja este o entendimento correto do item.

O diagnstico como sendo privativo do mdico, assim o , em especfico no seu exerccio profissional, ou seja, o diagnstico um procedimento caracterstico dos servios de sade, da existirem o diagnstico psicolgico, o fisiolgico, odontolgico, etc.

Em nosso caso, nas Terapias Holsticas, o termo seria empregado para indicar a identificao do problema que constitui o objeto de interveno atravs de nossas variadas tcnicas. A forma de identificao feita atravs da escuta minuciosa das queixas do cliente, bem como detalhes sobre a sua vida e o contexto em que est inserido, durante a entrevista inicial. S assim poderemos ter um diagnstico preciso e poderemos promover uma programao teraputica eficaz.

Podemos dizer que o diagnstico na Terapia Holstica refere-se ao reconhecimento de um todo, atravs dos seus componentes elementares e estes elecandos atravs da minuciosa investigao feita durante a entrevista inicial.

No entanto, devemos observar que diferente da Medicina, onde o diagnstico configura um processo de reconhecimento de um caso clnico especfico colocado em face de um sistema terico de referncia, o sistema nosolgico, na Terapia Holstica, no tem um sistema terico central, um sistema nosolgico e sim, algo disperso pelas vrias tcnicas que podemos utilizar, da ser recomendao do prprio Sindicato dos Terapeutas, ao invs do uso do termo diagnosticar, utilizarmos o termo, avaliar.

O diagnstico nos levar a reconhecer uma necessidade teraputica. A avaliao teraputica nos levar a desenvolver um programa teraputico.

recomendao do Sindicato no s utilizar o termo avaliar em lugar de diagnosticar, bem como outros tais quais doena e sim disfunes ou desequilbrios energticos, medicamentos e sim remdios, curar e sim harmonizar, equilibrar.

Da mister o cuidado na utilizao adequada dos termos para evitarmos problemas. A Terapia Holstica embora esteja cada vez mais ganhando terreno e prestgio, ainda encontra muito preconceito por parte inclusive dos profissionais de outras reas de sade.

A avaliao teraputica ser ento o procedimento do Terapeuta na entrevista inicial.

AS PRINCIPAIS TCNICAS HOLSTICAS

Como j dito, o Terapeuta Holstico no utiliza comumente somente de uma tcnica nos tratamentos, mas de um conjunto de vrias tcnicas.

Falaremos aqui por alto de uma boa parte delas para que voc possa ter uma viso geral e principalmente, poder atravs da identificao com algumas delas, se aprofundar mais na tcnica de predileo.

TERAPIAS CORPORAIS

Como o nome diz, trabalham o bem estar emocional, fsico e psquico, a partir do corpo via tcnicas de massagem.

Existem vrias tcnicas teraputicas corporais. Dentre elas destacamos aqui:

Antiginstica - A antiginstica tem origem no ocidente, mas especificamente na Frana, criada pela cinesiologista Franoise Mzires e popularizada por Threse Bertherart e seus livros.

A tcnica se baseia na teoria de que parte de trs do corpo (posterior) tende a hiper desenvolver a musculatura, enquanto que parte de frente (anterior) tende a ficar frouxa e fora do lugar. A partir da passou a ser desenvolvido um mtodo que harmonizasse essas duas estruturas, que se desequilibraram pela m postura, fatores ambientais entre outros motivos, internos e externos.Uma sesso de antiginstica traz ao praticante um profundo senso de conscincia corporal, onde este far exerccios direcionados, que relacionam corpo, respirao, articulaes, postura, etc. A antiginstica visa tornar a pessoa apta a utilizar seu corpo de uma maneira mais inteligente e saudvel. A tcnica indicada no tratamento de diversos problemas da coluna, alm de outros problemas de sade, de distrbios circulatrios a psicolgicos. Muitas outras existem, sendo a maioria cuja origem oriental e so abordadas em nosso curso de Introduo a MTC (Medicina Tradicional Chinesa).

TERAPIAS VIVENCIAIS

So tcnicas que visam promover a experimentao de inmeras sensaes oriundas do relaxamento, de resgate de lembranas, de processos imaginativos, e que por meio destas, possibilite o encontro do cliente consigo mesmo, conseqentemente, um autoconhecimento.

Realizadas individualmente ou em grupo, busca atingir estados profundos de autoconscincia e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoes reprimidas, lembranas traumticas e sonhos, que sero elaboraes a serem trabalhadas na terapia, quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orient-lo na tomada de decises ou, at mesmo, na resoluo de questes de sade.

Arteterapia

Conjunto de tcnicas artsticas como pintura, teatro, dana, dentre outras que so utilizadas em conjunto ou em separado, com o intuito de promover sade, criatividade e todo o seu potencial interior.

Mitologia Pessoal

Uma tcnica que leva o cliente a descobrir sua histria pessoal, o fazendo compreender, refletir sobre e repensar sua histria de vida e os padres arquetpicos que a envolvem, libertando-o de incmodos inconscientes que influenciam de forma negativa seu viver.

Tem como base, as teorias de Carl Gustav Jung (1875-1961), mdico psiquiatra, psicanalista e criador da Psicologia Analtica, e que define o mito pessoal como um padro arquetpico que norteia nossa vida.

Padro arquetpico uma evocao de coisas ancestrais, experincias anteriores ao nosso nascimento. Para Jung, ao nascermos, trazemos em ns no apenas uma herana biolgica, mas tambm psquica e que ir orientar nosso contato e leitura do mundo.

Ao entrarmos em contato com estes padres arquetpicos, podemos compreender o porque de sermos quem somos, nos auto conhecer e conseqentemente, reorganizarmos nossos conceitos e vises do mundo proporcionando uma viver melhor e mais harmnico.

Jung dizia que ao conhecermos nosso mito pessoal, conheceremos nossa luz e nossa sombra, propiciando assim, um contato no com partes nossas que sobressaem por conta de nosso processo adaptativo com o mundo, mas sim, com nossa totalidade.

PSICOTERAPIA HOLSTICA

A Psicoterapia Holstica, chamada tambm de Aconselhamento, no visa fazer s vezes da Psicologia. O termo assim dito, por tratar-se de um processo interativo, entre Terapeuta e cliente, onde o primeiro, se coloca de forma a acolher as queixas do segundo, ouvi-lo e dar sugestes e programas para que o cliente seja levado ao autoconhecimento e promova mudanas em vrias reas de sua vida, tais quais, comportamento, elaborao da realidade e/ou preocupaes com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situaes da vida (aumento mximo das oportunidades e minimizao das condies adversas), alm de conhecimento e habilidade para tomada de deciso. A prtica psicoteraputica na verdade o formato que tem sempre a primeira entrevista com o cliente, chamada de anamnese (do grego "anamnesis" = recordao, reminiscncia), independente das tcnicas que sero utilizadas a posteriori.

TCNICAS FITOTERPICAS

Tcnica natural, que utiliza ervas teraputicas sob as mais diversas formas, tais quais como chs, banhos, compressas, leos, inalaes.

Um campo de estudos vasto e muito gratificante.TERAPIAS VIBRACIONAIS

So tcnicas que utilizam elementos naturais para harmonizar e buscar o equilbrio emocional dos clientes. O termo vibracional por conta de que estes elementos naturais, cristais, luzes, etc, emanam vibraes energticas variadas e que so utilizadas para harmonizar e equilibrar os centros de energia do cliente, alm claro, de outras especificidades como o caso da Hidroterapia, muito utilizada no apoio fisioterpico.

Dentre estas tcnicas destacaremos aqui a Cristalterapia, Hidroterapia e a Cromoterapia.

Cristalterapia

Esta tcnica consiste na aplicao de cristais e pedras em centros energticos especficos, buscando a harmonizao global do indivduo. As pedras so selecionadas, de modo geral, segundo as suas cores, s quais atribuem-se propriedades, ou, ainda, de acordo com sua composio qumica.

Os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de cura, meditao e autoconhecimento. A sua fora consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos prprios poderes, e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais conseguir sintonizar corretamente nossas vibraes com as vibraes dessas pedras.

O processo teraputico com pedras baseado no equilbrio dos chakras, os centros de energia do organismo. Cada chakra est relacionado a determinado rgo e associado a uma fonte vibratria e nessa fonte vibratria que se baseia a terapia para escolher as pedras de cura.

Hidroterapia

A Hidroterapia utiliza-se de banhos e imerses com recursos que variam entre duchas e hidromassagem, acompanhadas de soluo de ervas e sais. A vibrao de cores tambm utilizada, no caso, em conjunto com a Cromoterapia.

A gua um meio maravilhoso para exerccios e oferece oportunidades estimulantes para os movimentos. A turbulncia da gua pode ser apreciada de uma forma que no possvel no ar, e o peso da gua significa que ela pode ser empurrada e utilizada como resistncia.Uma tcnica que vem se desenvolvendo ao longo dos tempos. uma excelente tcnica auxiliar nos tratamentos fisioterpicos.

Entrar na gua um dos dois ambientes disponveis para o ser humano uma experincia nica. Nela o corpo est simultaneamente sob ao de duas foras gravidade e empuxo que fornece a possibilidade de exerccios tridimensionais, que no so possveis no ar, e permitem a ocorrncia de atividades de movimento sem sustentao de peso, antes mesmo que elas sejam possveis no solo.Os efeitos psicolgicos existem por ser reconhecido o efeito sedativo da gua quente e o valor do programa de exerccios para pessoas portadoras de desequilbrios emocionais.Do ponto de vista humanstico, os significados social e psicolgico que podem estar associados Hidroterapia so, sem dvida, considerveis, principalmente quando esta se desenvolve em grupos. A pessoa que pode nadar ou participar de outra atividade aqutica possui uma vantagem social, que a coloca em igual posio em relao a outros membros da famlia ou sociedade, seja ela deficiente ou no. A habilidade de ser independente na gua, de ter habilidades que so impossveis ou difceis no solo s pode ter efeitos psicolgicos favorveis e duradouros, que elevam a confiana e a moral, podendo isto ser transferido para a vida em terra.

Dentro da gua h um aumento do retorno venoso, o que aumenta a funo cardaca, ou seja, o corao recebe mais sangue proveniente dos membros inferiores (e at superiores) e precisa trabalhar mais para conseguir lev-lo para os pulmes, existe ento um aumento do trabalho cardaco. Quando tal fenmeno no desejado h ainda a possibilidade de se realizar um trabalho na posio horizontal, onde se conta com todos os efeitos da gua seno o aumento da freqncia cardaca, mas sim uma diminuio desta.Existem ainda os benefcios do condicionamento muscular, onde postulado que enquanto a gravidade minimizada na gua, a viscosidade desta talvez atue oferecendo uma significativa resistncia mediada pela velocidade aos movimentos que o indivduo precise vencer.Abaixo, um questionrio de avaliao do que foi lido e do que voc achou deste incio de curso. Preencha-o com calma e me retorne quando puder.

QUESTIONARIO DE AVALIAO

O que caracteriza a Terapia Holstica?

O que Holismo?

Faa a distino entre Terapia Holstica e a Medicina Ocidental.

Sobre a postura e tica do Terapeuta Holstico, o que mais chamou sua ateno?

Qual a importncia da entrevista inicial?

Qual a relao entre entrevista inicial e avaliao teraputica?

D a sua opinio sobre a forma de apresentao do contedo da apostila e do formato da apostila. Sua opinio importante para que possamos melhorar cada vez mais nossos cursos.