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FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia APLICAÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL EM UM GRUPO DE PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE UNAÍ-MG Paracatu MG 2016

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FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia

APLICAÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL EM UM GRUPO DE PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE UNAÍ-MG

Paracatu – MG 2016

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LARISSA CRISTINA VIEIRA

APLICAÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL EM UM GRUPO DE PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE UNAÍ-MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG.

Orientadoras: Profª M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento Profª M Sc. Michelle Faria Lima

Paracatu - MG 2016

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LARISSA CRISTINA VIEIRA

Aplicação da Ginástica Laboral em um grupo de professores em

uma escola pública de Unaí-MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG.

Orientadoras: Profª. M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento Profª. M Sc. Michelle Faria Lima

Paracatu, 08 de Junho de 2016.

Banca Examinadora

_________________________________________________ Profª. M Sc. Michelle Faria Lima – Orientadora temática

Faculdade Tecsoma

_________________________________________________

Profª. M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento – Orientadora metodológica Faculdade Tecsoma

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A Deus, pois sua presença significou segurança e a certeza de que não estou

sozinha nessa caminhada. À minha mãe, Erizam, por sua capacidade de acreditar e

investir em mim. Mãe, seu cuidado e dedicação foi o que me deram, em alguns

momentos, força para continuar a lutar. E a mim mesma, pelo meu esforço, minha

dedicação e minha perseverança, afinal, só eu sei como foi difícil chegar até aqui, só

eu sei quantas noites de sono foram perdidas ao longo dessa caminhada, quantos

choros, vontade de “chutar o balde”, desaforos que desceram secos, enfim, por tudo

que eu passei, pois ninguém merece mais do que eu.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por minha vida, por ter me dado uma mãe

sensacional, uma irmã companheira, amigos maravilhosos e muita saúde e força

para superar as dificuldades, não somente nestes anos como universitária, mas em

todos os momentos.

Agradeço a minha mãe Erizam, uma verdadeira heroína que me deu amor,

apoio incondicional e incentivo nas horas difíceis.

Aos meus colegas da VIII Turma de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma e

logo, também colegas de profissão, que me aguentaram nesses longos anos,

principalmente minhas colegas e amigas Pricilla e Thaíny, pois na alegria e na

tristeza, na saúde e na doença fizeram parte da minha formação е vão continuar

presentes em minha vida com certeza.

A Faculdade Tecsoma, sеυ corpo docente, direção е administração qυе

oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro.

E a todos que direta ou indiretamente me ajudaram, acreditaram em mim e

que fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.

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“Vitória sem luta é triunfo sem glória.” Provérbio Chinês

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RESUMO O professor permanece horas em seu ambiente de trabalho e realiza sempre movimentos repetitivos, o que pode ocasionar problemas relacionados a fatores físicos, psicossociais e emocionais, o que torna os mesmos um grupo de risco a ter doenças ocupacionais, como as Lesões por esforço repetitivo (LER) e/ou Doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (DORT). Sendo assim a Ginástica Laboral visa prevenir e diminuir os casos de LER e/ou DORT, por meio de exercícios específicos de alongamento, fortalecimento muscular, coordenação motora e de relaxamento. Este estudo foi realizado durante os meses de setembro a dezembro de 2015, com 20 professores de uma escola pública de Unaí-MG, onde foi aplicado um questionário ao início e o mesmo após a aplicação do protocolo de Ginástica Laboral e teve como objetivo principal avaliar os efeitos físicos e mentais da Ginástica Laboral em professores dessa escola pública. Ao final do estudo foi possível observar que a Ginástica Laboral tem efeitos positivos em relação ao estado físico e mental dos professores e a mesma altera de forma positiva a disposição dos professores para o trabalho, diminui as dores no corpo, melhora o relacionamento interpessoal com colegas, alunos e familiares, e previne o aparecimento de doenças ocupacionais e cansaço mental, diminuindo o uso de analgésicos, a procura por médicos e afastamentos de suas atividades por doenças ocupacionais. Além disso, foi possível observar também que os professores ficam mais dispostos e satisfeitos com o ambiente de trabalho. Conclui-se que a Ginástica Laboral promoveu resultados positivos para estes professores. Palavras-chaves: Ginástica Laboral. Professores. Doenças Ocupacionais.

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ABSTRACT The teacher remains hours on your workplace always performing repetitive movements, which can cause problems related to physical, psychosocial and emotional factors, which makes them a risk group to have occupational diseases such as Repetitive Strain Injuries (RSI) and/or occupational diseases related to work (ODRW). Therefore the Gymnastics aims to prevent and reduce cases of RSI and/or ODRW, through specific stretching exercises, muscle strengthening, motor coordination and relaxation. This study was made during the months of September to December 2015 with 20 teachers of a public school in Unaí, Minas Gerais, where it was applied a questionnaire in the beginning and the same after the application of the Labor Gymnastics protocol, and it had as main objective to assess the physical and mental effects of the Labor Gymnastics in teachers from this public school. At the end of the study it was observed that the Labor Gymnastics has positive effects regarding to the physical and mental state of teachers and the same change positively the disposal of teachers to work, it reduces body aches, improves interpersonal relationships with colleagues, students and their families, and it prevents the emergence of occupational diseases and mental exhaustion, reducing the use of painkillers, the demand for physicians and removal of their activities due the occupational diseases. Besides that, it was possible to note that teachers get more willing and satisfied with the workplace. It concludes that the Labor Gymnastics promoted positive results for these teachers. Keywords: Labor Gymnastics, Teachers, Occupational Diseases.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1:

Tabela 2:

Protocolo de Ginástica Laboral ...................................

Descrição das atividades realizadas por dias da

semana ........................................................................

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa de localização da cidade de Unaí-MG. ..............

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Figura 2: Figura 3: Figura 4: Figura 5: Figura 6: Figura 7: Figura 8: Figura 9: Figura 10: Figura 11: Figura 12: Figura 13: Figura 14: Figura 15:

Prática de atividade física antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ................................... Tipos de atividades físicas praticadas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral .............................. Frequência da prática de atividades físicas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ................... Frequência do cansaço e desconforto nos braços antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ...... Frequência do cansaço e desconforto nas mãos antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ...... Frequência do cansaço e desconforto nos ombros antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ...... Frequência do cansaço e desconforto nas pernas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ...... Frequência do cansaço e desconforto nos pés antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ................ Frequência do cansaço e desconforto no pescoço antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ...... Frequência do cansaço e desconforto nas costas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ...... Frequência do desconforto físico geral – dores musculares antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ......................................................................... Frequência do cansaço físico e mental antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral .............................. Frequência com que sentem dificuldades de realizar atividades simples no trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ................................... Frequência do uso de analgésicos para dor muscular antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ......

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Figura 16: Figura 17: Figura 18: Figura 19: Figura 20: Figura 21: Figura 22:

Frequência da procura por serviços médicos devido a dores musculares antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ......................................................... Frequência dos afastamentos do trabalho por dores musculares antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ......................................................................... Grau de relacionamento com os colegas e chefia antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ...... Grau de satisfação no trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ................................... Grau de disposição para o trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ................................... Grau de disposição para o trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral ................................... Grau de satisfação em participar ativamente da Ginástica Laboral antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral .........................................................

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LISTA DE SIGLAS

ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia.

APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo.

CONFEF – Conselho Federal de Educação Física.

DORT – Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho.

EUA – Estados Unidos da América.

FEEVALE – Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior em Novo

Hamburgo - Rio Grande do Sul.

GL – Ginástica Laboral.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.

LER – Lesões por Esforços Repetitivos.

MPAS – Ministério da Previdência e Assistência Social.

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego.

OIT – Organização Internacional do Trabalho.

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SÚMARIO 1. Introdução .................................................................................................... 16

2. Objetivos ...................................................................................................... 18

2.1. Objetivo Geral ........................................................................................... 18

2.2. Objetivos Específicos ............................................................................... 18

3. Justificativa .................................................................................................. 19

4. Referencial Teórico ...................................................................................... 20

4.1. Professores ............................................................................................... 20

4.2. Lesões por Esforções Repetitivos (LER) ou Doenças Osteomusculares

Relacionadas ao trabalho (DORT) ..................................................................

21

4.2.1. Fatores de Ricos .................................................................................... 21

4.2.2. Aspectos Clínicos .................................................................................. 22

4.2.3. Patologias relacionas a LER/DORT ...................................................... 22

4.2.4. LER e DORT em professores ................................................................ 23

4.3. Ergonomia ................................................................................................ 24

4.3.1. Abrangência ........................................................................................... 25

4.3.2. Aplicações ............................................................................................. 26

4.3.3. Tipos ...................................................................................................... 27

4.3.4. Objetivos ................................................................................................

27

4.3.5. Benefícios ..............................................................................................

28

4.4. Ginástica Laboral ...................................................................................... 29

4.4.1. A implantação dos programas de Ginástica Laboral ............................. 30

4.4.2. Tipos ...................................................................................................... 31

4.4.3. Objetivos ................................................................................................ 32

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4.4.4. Benefícios .............................................................................................. 32

4.4.5. Ginástica Laboral: uma estratégia preventiva e fisioterapêutica da ergonomia no trabalho .....................................................................................

33

4.4.6 Ginástica Laboral em professores .......................................................... 33

5. Metodologia ................................................................................................. 36

5.1. Áreas de Estudo ....................................................................................... 36

5.2. Materiais e Métodos ................................................................................. 36

6. Resultados e Discussões ............................................................................ 39

7. Conclusão .................................................................................................... 8. Referencias Bibliográficas ...........................................................................

57 58

Anexos ............................................................................................................. 65

Anexo A ........................................................................................................... 65

Anexo B ........................................................................................................... 66

Anexo C ........................................................................................................... Apêndices ........................................................................................................ Apêndice A ...................................................................................................... Apêndice B ......................................................................................................

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1. INTRODUÇÃO

A satisfação das necessidades do homem atual está intimamente ligada a um

dos maiores causadores de estresse: o trabalho (ARAÚJO, 2007). Quando

enfocam as perturbações na saúde dos trabalhadores, os distúrbios e problemas

musculoesqueléticos encontram-se no topo dos indicadores de doenças

ocupacionais, independente dos setores de trabalho. As estruturas

musculoesqueléticas passam a ser alvo frequente de agressões que podem ser

diversas, considerando desde posturas viciosas adotadas durante a jornada de

trabalho até fatores psicossociais e emocionais (RENNER, 2005).

Todas as profissões têm seu lado estressante de forma física, psíquica, social

e emocional, mas algumas são mais estressantes que as outras, dentre elas está à

docência. A docência é algo que envolve o professor em sua totalidade e não

apenas o seu saber. O professor deve estar compromissado com o aluno, a

instituição, a sociedade e as constantes mudanças apresentadas por este (WITTER,

2003).

Na docência o professor permanece horas em seu ambiente de trabalho

realizando sempre movimentos repetitivos, o que pode ocasionar problemas

relacionados a fatores físicos, psicossociais e emocionais, sem que haja uma pausa

para descanso de sua musculatura e sua mente, provavelmente este adoecerá

(MELO; GAMBARINI, 2007). Conforme Araújo (2007), tanto o professor (empregado)

quanto o governo (empregador) sofrem prejuízos e para evitar que as atividades do

trabalho afastem estes profissionais do mesmo, procura-se algumas alternativas,

como a Ginástica Laboral que tem como objetivo quebrar o ritmo das tarefas

desempenhadas durante o dia.

A Ginástica Laboral visa prevenir e diminuir os casos de Lesões por esforço

repetitivo (LER) e/ou Doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (DORT), a

mesma é desenvolvida por meio de exercícios específicos de alongamento,

fortalecimento muscular, coordenação motora e de relaxamento. É realizada nos

diferentes setores de uma empresa (SAMPAIO; OLIVEIRA, 2008), e praticada em

intervalos de cinco a dez minutos diários durante a jornada de trabalho. Esses

exercícios aplicados durante um breve intervalo da jornada de trabalho melhoram o

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desenvolvimento dos funcionários e a qualidade de vida dos mesmos (CONFEF,

2004).

A Ginástica Laboral é uma forma de ergonomia, que adapta o profissional as

condições do seu trabalho, ou seja, trata apenas do profissional e não do seu

ambiente de trabalho, pois não propõe mudanças na estrutura do seu trabalho

(FERREIRA; OLIVEIRA, 2014). De acordo com Araújo (2007), a ergonomia procura

adaptar o ambiente de trabalho aos seus trabalhadores, através de características

individuais, fatores ambientais (ruídos, luzes, temperatura), fatores organizacionais

(horários, turnos, pausas) e o estresse do trabalho (fadiga).

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Avaliar os efeitos físicos e mentais da Ginástica Laboral em professores de

uma escola pública.

2.2. Objetivo específico

Verificar se a Ginástica Laboral altera a disposição dos professores para o

trabalho;

Analisar se a prática de Ginástica Laboral diminui as dores no corpo, devido à

má postura e a movimentos repetitivos;

Identificar se a Ginástica Laboral modifica o relacionamento interpessoal com

colegas, alunos e familiares;

Investigar se a prática de Ginástica Laboral previne as doenças ocupacionais,

como Lesões por esforço repetitivo (LER) e/ou Doenças osteomusculares

relacionadas ao trabalho (DORT) e estresse emocional;

Sondar se a Ginástica Laboral ajuda a recuperar o nível de atenção e

capacidade de concentração durante o trabalho.

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3. JUSTIFICATIVA

Tendo em vista, que o índice de doenças ocupacionais vem aumentando

devido às condições de trabalho que muitas vezes gera cansaço mental e limitações

físicas, se faz necessária a aplicação de um protocolo de Ginástica Laboral com um

grupo de professores, pois atualmente, é grande o índice de afastamento destes

profissionais do seu ambiente de trabalho, devido ao cansaço físico e mental, que

muitas vezes gera estresse, depressão, lesões osteomusculares, falta de

disposição, dores, dentre outros.

A Ginástica Laboral aparece como forma de prevenção e assim podendo

evitar estes tipos de afastamento, diminuindo os gastos do governo que incluem

continuar pagando o salário deste profissional mesmo com ele afastado e de

contratar e pagar um novo funcionário para substitui-lo, gastos dos próprios

profissionais com médicos e medicamentos, e principalmente melhorar satisfação

destes profissionais consigo mesmo e com seu ambiente de trabalho.

Sendo assim, fica clara a necessidade da aplicação de um protocolo de

Ginástica Laboral e a investigação dos efeitos encontrados após a aplicação do

mesmo com um grupo de professores.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. Professores

A palavra professor é de origem latina, e “significa aquele que professa ou

ensina um ciência, uma arte, uma técnica ou uma disciplina” (MELO; GAMBARINI,

2007. p. 19).

Melo e Gambarini (2007), ainda acrescentam que o professor deve dar-se

como exemplo, sendo assim respeitado e imitado, mais infelizmente não é

exatamente o que se vê em nosso país, pois o mesmo é menosprezado e

desvalorizado perante o país, afetando sua autoestima.

Atualmente independente do gênero, todos participam de forma ativa do

trabalho, pois o mesmo é fundamental na vida do ser humano. Nas escolas não

deixa de ser diferente existem profissionais de ambos os sexos e com diversas

idades (MARTINS; DUARTE, 2000).

Santos (2012), diz que o setor educacional sofreu recentemente por

modificações que intensificam as atividades dos professores, o que leva estes

profissionais a adoecerem, todas essas modificações afetam diretamente a saúde

dos professores, levando-os a se afastarem cada vez mais de suas funções e a

maior queixa é o desprazer em trabalhar sem recursos e salários adequados.

Para Barros e Lousada (2007), a forma de organização do trabalho na escola

reflete diretamente na saúde desses profissionais. E que não há projetos que atuem

diretamente na saúde destes, assim é impossível desfazer a tríade dor-desprazer-

trabalho existente entre eles.

Gasparini, Barreto e Assunção (2005), relatam que a responsabilidade do

professor extrapolou de uma forma muito rápida, deixando de apenas ensinar, para

atuar de forma ativa da gestão e planejamento escolar, exigindo assim uma

dedicação maior a escola.

No ambiente de trabalho o professor, muitas das vezes, fica exposto a

diversos fatores com barulho, salas superlotadas, cansaço excessivo, excesso de

tarefas, temperaturas e posturas inadequadas, uso excessivo da voz e ritmo intenso

de trabalho. Esses fatores levam os professores a faltarem ao trabalho, a chegarem

atrasados, ao desinteresse e a adoecerem (GARDENAL, 2009).

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Devido às muitas dificuldades encontradas pelos professores nos últimos

tempos, vários estudos destacam as desordens musculoesqueléticas, problemas

vocais e distúrbios psíquicos como os problemas de saúde mais frequente nestes

profissionais (SANTOS, 2012).

Infelizmente, os professores, independente do nível que lecionam estão mais

propícios a adoecerem. Sem dúvida, é necessário desenvolver projetos que

englobem todas as classes e setores profissionais para amenizar os riscos a estas

patologias, e com certeza os professores também precisam receber uma atenção

especial (SANTOS, 2012).

4.2. Lesões por esforço repetitivo (LER) ou doenças

osteomusculares relacionadas ao trabalho

A LER ou DORT são doenças causadas pela falta de prevenção da saúde do

trabalhador. A denominação LER surgiu no Brasil a partir da publicação da portaria

4062 do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), em 06/08/87,

conhecida por lesão por trauma cumulativo. Esta denominação deixou de ser

definida como tendinite, bursite e passou a ser diagnosticada como LER e tendo a

repetitividade do trabalho como causa dentro de um conjunto de fatores

biomecânicos (COUTO, 1995; RIO,1998, apud BARBOSA, 2002).

Os países industrializados passaram a denominar as lesões por esforços

repetitivos ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho como LER/DORT

somente após testemunharem o aumento do número de doenças ocupacionais. No

Brasil foi reconhecido como doença ocupacional em 1987 (OLIVA; 2007).

Vários são os conceitos encontrados para LER/DORT. Segundo Chivegato

Filho e Pereira Jr. (2014, p. 19),

A LER e a DORT são consequência de atividades repetitivas relacionadas à organização do trabalho, bem como ao ambiente físico afetando músculos, tendões, nervos e vasos dos membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, braços, ombro, pescoço e coluna vertebral) e inferiores (joelho e tornozelo, principalmente).

4.2.1. Fatores de Risco

A agressão à saúde do trabalhador com enfoque nos problemas

musculoesqueléticos encontra-se como um dos indicadores de doenças

ocupacionais. Diversas são as causas dessas agressões desde fatores

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psicossociais e emocionais até a postura física adotada durante a jornada de

trabalho (RENNER, 2005).

Apesar dos avanços tecnológicos e da informatização das empresas as

LER/DORT são as doenças ocupacionais mais presentes no dia a dia do

trabalhador. As causas de LER/DORT são diversas, como força excessiva,

movimentos repetitivos, posturas inadequadas, vibração e compressão de nervos e

músculos (OLIVA, 2007). A ausência de conhecimento sobre a ergonomia e a GL, o

mobiliário inadequado, o estilo de vida inadequada e exercícios repetitivos, também

são fatores que colaboram para o surgimento das lesões ocupacionais (OLIVEIRA,

2007).

Medidas simples como a adaptação do ambiente de trabalho e a adoção de

posicionamentos adequados e menos agressivos funcionam como estratégias

preventivas primárias nos cuidados diários dos distúrbios ocupacionais (RENNER,

2005).

4.2.2. Aspectos Clínicos

Diversas são as manifestações clínicas das LER/DO RT que vão desde

patologias bem definidas e de diagnóstico rápido até síndromes crônicas multifatorial

que muitas vezes envolve aspectos psicológicos importantes e diversos sintomas

(alteração da sensibilidade, cefaleia, cansaço, sensação de inchaço e dificuldade de

concentração) o que dificulta o diagnóstico (RODRIGUES, 2003).

Entre os principais sintomas causados pelas LER/DORT encontram-se dor,

fraqueza, dormência, peso, ardor, queimação, fadiga, câimbras, sensação de frio,

distúrbio do sono, inchaço, dificuldade de manutenção da força muscular e de

permanecer muito tempo sentado, limitação da amplitude de movimento,

enrijecimento da musculatura, sensibilidade aumentada, dentre outros (ORSO et al.,

2001).

4.2.3. Patologias relacionadas a LER/DORT

Como o conceito de LER/DORT engloba inúmeras patologias o Instituto

Nacional de Seguridade Social (INSS) através da Ordem de Serviço nº 606, de 05

de agosto de 1998, aprova a norma técnica sobre Distúrbios Osteomusculares

Relacionados ao Trabalho e na seção 1 classifica-os da seguinte forma: Neuropatias

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Compressivas, Tendinites e Tenossinovite, com objetivo de caracterizar o grupo

muscular e/ou nervoso envolvido na patologia para que aconteça um diagnóstico

mais preciso e rápido (RODRIGUES, 2003).

As Neuropatias Compressivas acometem os membros superiores e suas

estruturas mais delicadas, onde os nervos que passam por arcos estreitos são

comprimidos por outras estruturas causando seu principal sintoma, as parestesias

(alteração da sensibilidade) (RODRIGUES, 2003). As principais Neuropatias

Compressivas são: Síndrome do Desfiladeiro Cervicotorácico, Síndrome do

Pronador Redondo, Síndrome do Túnel do Carpo, Síndrome do Supinador,

Síndrome do Interósseo Anterior, Síndrome do Interósseo Posterior, Lesão do Nervo

Mediano na Base da Mão, Síndrome do Canal Cubital e Síndrome do Canal de

Guyon (DELIBERATO, 2002).

As Tendinites e Tenossinovites são decorrentes de processos inflamatórios

que ocorrem nas bainhas tendíneas e nos tendões que causam seu sintoma mais

característico a dor (RODRIGUES, 2003). As principais Tendinites e Tenossinovites

são: Tenossinovite De Quervain, Dedo em Gatilho, Epicondilite Lateral, Epicondilite

Medial, Tendinite Biciptal, Tendinite do Supra-Espinhoso, Tenossinovite dos

Extensores dos Dedos e dos Extensores do Carpo, Tensossinovite dos Flexores dos

Dedos e dos Flexores do Carpo e Tenossinovite do Braquiorradial (DELIBERATO,

2002).

Tendo em vista o exposto sobre as principais LER/DORT, as mais comuns

são: Síndrome do Túnel do Carpo, Tenossinovite De Quervain, Tenossinovite dos

Extensores dos Dedos e dos Extensores do Carpo, Dedo em Gatilho e Epicondilites

Lateral e Medial (DINIZ; MEIJA, 2007).

4.2.4. LER e DORT em professores

Webber e Vergani (2010), relatam que as disfonias são um dos principais

problemas diagnosticados em professores, e o responsável pelo afastamento e/ou

aposentadoria precoce da maioria dos professores brasileiros. São causadas por

alterações na produção da voz, que pode ter relação com saúde vocal e as

condições de trabalho.

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Dartora (2009), observa que a voz dos professores é vulnerável ao tempo e

ao uso inadequado, as condições de trabalho apresentam fatores de risco para a

saúde vocal e geral.

Os principais tipos de lesões resultantes das disfonias são laringite, pólipo,

cistos, leocoplasia e câncer de laringe. As alterações da mucosa da prega vocal

(nódulos, pólipos e edemas das pregas vocais) têm como característica comum, o

fato de representarem uma resposta inflamatória da túnica mucosa a agentes

agressivos, quer sejam de natureza externa, quer sejam decorrentes do próprio

comportamento vocal (DARTORA, 2009).

Webber e Vergani (2010) e Dartora (2009), relatam que as principais doenças

ocupacionais que afetam os professores são Síndrome do impacto no ombro,

Síndrome do ombro doloroso, Síndrome de dor nas pernas, Síndrome da coluna

lombar, Tenossinovites De Quervaim, Tendinites, Dedo em gatilho, Síndrome do

túnel do carpo, Síndrome do Túnel Ulnar, Epincondilite, Bursite.

4.3. Ergonomia

Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO, 2015, p. 26),

palavra “ergonomia” vem de duas palavras gregas: “ergon”, que significa trabalho, e

“nomos”, que significa leis, sendo definida como:

Uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.

Bureal (2009), define a ergonomia como o estudo do trabalho e da sua

relação com o ambiente no qual é desempenhado (o local de trabalho) e com

aqueles que o desempenham (trabalhadores).

Não é de hoje que se prática a ergonomia com a finalidade de melhorar a

qualidade de vida dos indivíduos em seu local de trabalho (LIDA, 2005). Brandão,

Andrade e Pedrosa (2008), dizem que a ergonomia nasceu com o homem primitivo,

partindo da necessidade de proteção e sobrevivência do ser humano até mesmo em

afazeres domésticos como produzir utensílios de barro para tirar água de cisterna e

realizar o cozimento de alimentos, além de fazer clava para se defender e matar

animais.

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Mas somente com a revolução industrial, devido ao aumento da produtividade

e qualidade dos produtos é que as empresas voltaram seu olhar sobre a questão

ergonômica dos trabalhadores, à proporção que ela é aplicada com o objetivo de

melhorar as condições ambientais e buscando a interação com o ser humano (LIDA,

2005).

Apenas em 1915 durante a 1ª Guerra Mundial, que os primeiros passos legais

em relação à saúde do trabalhador aconteceram, sendo criada a Comissão de

Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições, composta por psicólogos e

fisiologistas. E em 1929 essa comissão tornou-se o Instituto de Pesquisa sobre

Saúde no Trabalho, para realizar pesquisas devido a preocupações quanto ao

ambiente (iluminação, ventilação e outras) e sobre carga manual, seleção,

treinamento, posturas no trabalho, dentre outras (COUTO, 1995, apud BRANDÃO;

ANDRADE; PEDROSA, 2008).

Mas somente na 2ª Guerra Mundial é que eclodiu a necessidade de aplicar a

ergonomia em beneficio do trabalhador, surgindo na Inglaterra uma sociedade de

pesquisa e estudo do ambiente laboral a Ergonomics Research Society, melhorando

a produtividade e as condições de vida dos trabalhadores (LIDA, 2005).

4.3.1. Abrangência

Segundo Couto citado por Brandão, Andrade e Pedrosa (2008, p. 29) afirma

que:

A ergonomia abrange cinco grandes áreas de estudo aplicadas ao trabalho: ergonomia na organização do trabalho pesado; biomecânica aplicada ao trabalho; prevenção da fadiga no trabalho; prevenção do erro humano e adequação ergonômica do posto de trabalho.

Pavani (2007), traz que a ergonomia possui uma dimensão maior do que se

pensa, uma vez que essa realiza um processo de análise do trabalho propriamente

dito, observando tanto o local de trabalho como o trabalhador em seu aspecto físico,

sensorial e mental, visando que o trabalho compreende o trabalhador, seus

equipamentos, a equipe e as circunstâncias de trabalho em um determinado

ambiente físico e arquitetônico.

A ergonomia é aplicada através de ações que visam em diversas situações o

trabalhador dentro das suas atividades, neste sentido ABRAHÃO (2000), afirma que

o foco de ação é a condição de trabalho inserida em um contexto sócio-técnico, a

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fim de desvendar as lógicas de funcionamento e suas consequências, não só para a

qualidade de vida no trabalho, como para o desempenho da produção.

No Brasil não existe formação para ergonomista, mas existem vários cursos

de pós-graduação. No entanto não tendo o ergonomista, existem vários profissionais

que já tiveram a oportunidade de cursarem algo sobre ergonomia e aprimorarem

seus conhecimentos sobre o assunto, sendo assim, eles podem solucionar

problemas ergonômicos, visando à saúde do trabalhador. Entre esses profissionais

encontram-se médicos do trabalho, engenheiros de projeto, de produção, de

segurança e manutenção, desenhistas industriais, analistas do trabalho, psicólogos,

enfermeiros, fisioterapeutas, programadores de produção, administradores e

compradores (LIDA, 2005).

Pode-se esclarecer que o fisioterapeuta mesmo sem formação em ergonomia

pode atuar no tratamento e prevenção das LER/DORT, mas sem saber alguns

conceitos da ergonomia é muito difícil obter sucesso (BARBOSA, 2002).

4.3.2. Aplicações

A ergonomia pode ser aplicada em diversos campos, sendo-os físico,

cognitivo e organizacional, onde estuda as condições prévias e suas consequências

devido ao trabalho e a interação entre homem, máquina, ambiente e duração da

jornada de trabalho (FIGUEIREDO; MONTE’ALVÃO, 2005).

A ergonomia física – analisa a anatomia humana, fisiologia, antropometria e

biomecânica do trabalhador em suas atividades no trabalho, o que pode ser

observado, nas posturas, no manuseio de equipamentos, movimentos repetitivos,

cansaço físico, distúrbios musculoesqueléticos, dentre outros. Ergonomia cognitiva –

analisa os aspectos mentais do trabalhador, como a percepção, o raciocínio, a

memória e estresse, sendo observada em treinamentos, interação entre a equipe,

interação homem-máquina e outros. Ergonomia organizacional – abrange a

organização, políticas e processos, o que incluem comunicação, gestão de

qualidade, estrutura do ambiente, duração da jornada de trabalho, turnos, entre

outros aspectos (LIDA, 2005).

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4.3.3. Tipos

Antigamente, a aplicação da ergonomia era restrita às indústrias, porém com

a evolução dos conhecimentos, houve uma expansão para a agricultura, para o

setor de serviços e para a vida diária do cidadão comum, o que exige uma atenção

maior, para com as mulheres, idosos e portadores de deficiência, porque eles não

faziam parte do mercado de trabalho, pois este era muito machista e preconceituoso

(LIDA, 2005).

A ergonomia pode ser aplicada de diferentes formas, na literatura pode se

defini-la e apresentá-la em diferentes categorizações. Assim, podemos classificá-la

como: Ergonomia de Projeto, Ergonomia Industrial, Ergonomia da Agricultura,

Ergonomia da Mineração, Ergonomia da Construção Civil, Ergonomia do Setor de

Serviços, Ergonomia de Produção e Ergonomia na Vida Diária, mas com os avanços

nos estudos da ergonomia vem surgindo novas classificações a cada dia

(BARBOSA, 2002).

4.3.4. Objetivos

No que se refere à caracterização da atividade e a adequação dos postos de

trabalho frente à aplicabilidade de novas tecnologias, a ergonomia cada vez mais

tem sido bastante solicitada, principalmente na questão dos processos de prevenção

da saúde do trabalhador (ABRAHÃO, 2000).

A ergonomia tem como objetivo a saúde, a segurança e a satisfação do

trabalhador e por último visa à eficiência que deve vir como consequência das

intervenções (LIDA, 2005).

As contribuições da ergonomia para saúde do trabalhador dependem da ação

focada dos trabalhadores em atividades exercidas pelos mesmos, de forma que

trabalhador e ambiente não ultrapassem as suas limitações, evitando situações de

estresse, riscos de acidentes e doenças ocupacionais (ABRAHÃO, 2000).

Em relação à segurança do trabalhador é necessário que o ambiente de

trabalho e seus administradores consigam uma organização que vise às

capacidades e limitações dos trabalhadores, para reduzir os erros e consequentes

acidentes ou estresses gerados (FIGUEIREDO; MONTE’ALVÃO, 2005).

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A satisfação é resultado de um atendimento às necessidades e expectativas

dos trabalhadores, porém algumas situações podem ser satisfatórias para uns e

insatisfatórias para outros, por isso vai depender das necessidades individuais de

cada trabalhador (LIDA, 2005).

A eficiência é consequência de um conjunto de planejamento e organização

do ambiente, visando sempre as necessidades e limitações de cada trabalhador

(ABRAHÃO, 2000).

Os objetivos da ergonomia visa explicar a ergonomia em uma totalidade e

dimensão, fazendo com que o trabalhador seja inserido em um contexto real,

realizando um trabalho eficaz (LIDA, 2005).

Apesar da evolução da ergonomia nas últimas décadas e a contribuição desta

para o setor urbano, ainda depara-se com problemas relacionados a doenças e

acidentes de trabalho. Como solução para estes problemas, além da implantação

dos programas ergonômicos, existe a necessidade de adequar as atividades às

normas de segurança do trabalho, impostas pelo Ministério do Trabalho e Emprego

(MTE) (COUTO, 2007).

4.3.5. Benefícios

Como visto anteriormente, devido as grandes mudanças e evoluções e a um

mercado competitivo, as empresas atuais estão sentindo a necessidade de se

adequarem às mudanças tecnológicas em ajuste ao ambiente de trabalho com o

objetivo de minimizar danos à saúde do trabalhador, uma vez que o bem estar

depende de uma boa organização do local de trabalho (PRAIA, 2013).

A ergonomia não beneficiará somente os trabalhadores, em suas funções,

saúde e segurança, mas também abrangerá o empregador, uma vez que

trabalhadores com qualidade de vida garantida são mais felizes e se tornam mais

produtivos, consequentemente há o aumento da produção e redução dos

afastamentos por doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (FIGUEIREDO;

MONTE’ALVÃO, 2005).

A prevenção de riscos e segurança do trabalhador se tornam elementos

fundamentais na ação da ergonomia em beneficio à saúde do trabalhador. Para

ergonomia o risco vai além das consequências físicas, pois analisará os fatores

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psicológicos, sociais e culturais e também os aspectos de saúde e segurança do

trabalho, garantindo as exigências de produtividade e qualidade de vida dentro e

fora do ambiente de trabalho (SOARES, 2007).

Portanto, a ergonomia é aplicada através da busca constante em favorecer a

produtividade sem abandonar as condições adequadas de trabalho dos funcionários,

pois a empresa ao melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores estará

aumentando sua produtividade e ao mesmo tempo reduzindo a ausência e

afastamentos dos funcionários, prevenindo e controlando o aparecimento das

LER/DORT (PRAIA, 2013).

Dentro de uma aplicabilidade eficaz da ergonomia em benefício da qualidade

de vida do trabalhador, é de suma importância que se volte o olhar para a Ginastica

Laboral. Uma vez que esta desenvolverá exercícios específicos e relaxantes para os

funcionários, possibilitando um descanso mais prazeroso e benéfico para sua saúde

(FIGUEIREDO; MONTE’ALVÃO, 2005).

Ergonomia por si só, torna-se incapaz de desenvolver alguma atividade

prazerosa ao trabalhador. Conforme expresso anteriormente, sua função fica

vinculada a ações que melhore as metodologias tecnológicas e ao ambiente de

trabalho, sem prejuízo físico, mental e psíquico do trabalhador. Por tanto, seria

indispensável as suas ações, a intervenção da Ginástica Laboral (GL), dentro de

qualquer atividade exercida por um ser humano (SOARES, 2007).

4.4. Ginástica Laboral

A GL entrou nas empresas como uma pausa nos intervalos intrajornada de

trabalho, o qual foi denominado como “ginástica de pausa”, somente em 1925 é que

se teve a primeira referência bibliográfica, editada na Polônia, sobre esse tipo de

experiência e posteriormente, surgiram outras publicações na Holanda e na Rússia.

Após 1974 os EUA começaram a desenvolver programas diários de ginásticas

durante a jornada de trabalho (CONFEF, 2006).

No Brasil, a GL passou a ser pioneira na questão de saúde do trabalhador

somente em 1973, através do “Projeto Educação Física Compensatória e

Recreação”, elaborado pela Escola de Educação Física da Federação dos

Estabelecimentos de Ensino de Novo Hamburgo/RS (FEEVALE). Esse projeto

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fundamentou numa proposta de exercícios físicos baseados em análises

biomecânicas (CONFEF, 2006).

Para Figueiredo e Monte’Alvão (2005, p. 21) a GL pode ser definida e

conceituada como:

Um conjunto de práticas físicas elaboradas a partir da atividade profissional exercida durante o expediente, que visa compensar as estruturas, mais utilizadas, no trabalho e ativar as que não são requeridas, relaxando-as e tonificando-as.

Os exercícios de alongamento é um elemento fundamental de constituição da

GL como método preventivo de doenças rotineiras do trabalho, entre elas a

LER/DOT (DELIBERATO, 2002).

Picoli e Guastelli (2002, p. 12) afirmam que a GL tem como principal elemento

os exercícios de alongamento:

O alongamento é uma atividade simples, suave, tranquila, que proporciona grande relaxamento e bem estar. Praticado corretamente, pode evitar muitos problemas, relacionados ao trabalho, com a vantagem de que pode ser realizado em quase todos os lugares e a qualquer hora, não exigindo nenhum equipamento especial.

Nesse mesmo sentido com o objetivo principal de prevenir e diminuir os casos

de LER/DORT, a GL se torna fundamental. Ela é desenvolvida por meio de

exercícios específicos de alongamento voltados para a coordenação motora,

relaxamento e fortalecimento muscular, realizado nos diversos setores de uma

empresa (SAMPAIO; OLIVEIRA, 2008).

Ao introduzir em uma empresa a GL, deve se analisar e realizar uma

avaliação do ambiente de trabalho e de cada funcionário, pois a mesma tem como

objetivo melhorar a capacidade funcional dos funcionários, através de exercícios de

alongamento, sendo com maior eficiência entre os intervalos com cerca de 5 a 10

minutos diários, durante a jornada de trabalho (CONFEF, 2004).

4.4.1. A implantação dos programas de Ginástica Laboral

Cañete (1996) afirma que para a implantação da GL nas empresas é

necessário seguir e respeitar algumas etapas, sendo estas divididas em cinco fases.

A FASE I - Levantamento de Necessidades (diagnóstico) que tem como

principal objetivo colher dados como características e condições ambiente de

trabalho e dos funcionários, FASE II – Informação - tem como foco informar,

sensibilizar, chamar a atenção e conscientizar os funcionários sobre a importância

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da GL em cada um deles e para o ambiente de trabalho como um todo, é nessa fase

que se deve despertar o interesse de todos a participar da GL, na FASE III –

Implementação - é realizada após a conscientização necessária e suficiente dos

funcionários, com o objetivo de colocar em prática o programa de GL, apenas com

um grupo experimental para que surja comentários entre os outros funcionários e

assim conseguir mais interesse dos demais funcionários que não estão participando,

a FASE IV - Desenvolvimento e Consolidação - é quando começa a implantação da

GL em todos os setores, FASE V- Comprometimento - esta é a fase final, onde

todos os funcionários estão participando ativamente da GL, e cientes dos benefícios

e visualizando resultados (CAÑETE, 1996).

Para aumentar os resultados da aplicação da GL na empresa deve se realizar

algumas atividades principalmente como aplicação de questionários para avaliar o

perfil dos funcionários, realização de palestras para prevenção, dicas de saúde no

ambiente de trabalho e criatividade na elaboração das sessões de GL (MARTINS,

2001).

Pode-se ressaltar que as pausas para a GL não são descontadas do salário

dos trabalhadores e nem compensadas em outros horários, a participação é

opcional e a GL não deve ser a única atividade realizada e sim fazer parte de um

plano global de saúde da empresa e não deve ser realizada com exercícios

monótonos, pois o trabalhador pode perder o interesse pela GL e deve-se sempre

conversar com os trabalhadores e aceitar sugestões dos mesmos (OLIVEIRA, 2007).

No inicio a aplicação da GL ficava comprometida ao déficit de profissionais

capacitados no mercado de trabalho. Hoje esta questão da aplicabilidade da GL,

mesmo com normas de segurança estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e

Emprego, esta vinculada a falta de conscientização do empregador, não

generalizando todas as empresas (MARTINS, 2001).

4.4.2. Tipos

Para melhor aplicabilidade da GL, fez-se necessário dividi-la quanto a sua

modalidade, pois essa não deixa de estar vinculada ao tempo integral da atividade

exercida por cada trabalhador. A mesma pode ser dividida em três modalidades,

sendo elas: preparatória, compensatória e de relaxamento (FERREIRA; OLIVEIRA,

2014).

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Preparatória é realizada antes do início do expediente, com o objetivo de

preparar o trabalhador para o dia de trabalho, visando aquecer os grupos

musculares, principalmente os mais usados em suas tarefas, melhorando a

circulação e oxigenação dos músculos, além de melhorar a disposição dos

trabalhadores para o início de suas atividades (DIAS, 1994).

Compensatória é realizada durante o expediente, visando exercitar os

músculos menos exigidos durante o trabalho e relaxando os mais exigidos para

assim compensar os esforços e movimentos repetitivos, quebrando a rotina e

prevenindo doenças e acidentes (PIGOZZI, 2000).

Relaxamento é realizado após o expediente, através de exercícios de

alongamento e concentração para relaxar os músculos exigidos durante todo o dia

de trabalho, evitando o acúmulo de ácido lático e prevenindo as possíveis câimbras

e doenças ocupacionais (FERREIRA; OLIVEIRA, 2014).

4.4.3. Objetivos

Como objetivo geral, a prática da GL visa garantir a melhoria da qualidade de

vida do trabalhador, beneficiando diretamente o empregador com o aumento da

produtividade e diminuição dos acidentes e doenças ocupacionais (MOREIRA,

2011).

Inúmeros são os objetivos da GL, porém os principais consistem em

promoção de saúde e conscientização corporal, prevenção das doenças

ocupacionais (LER/DORT), melhora da atenção durante a jornada de trabalho,

redução dos acidentes no trabalho, diminuição do afastamento, da procura

ambulatorial dos trabalhadores, melhora a condição física geral, aumento do ânimo

e da disposição para o trabalho, melhora a qualidade de vida dos trabalhadores

dentro e fora da empresa e o relacionamento interpessoal (POLITO;

BERGAMASCHI, 2002).

4.4.4. Benefícios

Devido aos avanços tecnológicos e a busca constante pelo aumento da

produtividade nas empresas, estas tiveram, consequentemente, que dar maior

atenção para a qualidade de vida dos seus funcionários no trabalho. A qualidade

citada acima foi possível através de ações ergonômicas vinculada a GL. Essa por

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tanto promove muitos benefícios tanto para o trabalhador quanto para a empresa,

pois o trabalhador estando bem, o desempenho do mesmo é melhor e maior, o que

leva ao aumento da produtividade da empresa (FERREIRA; OLIVEIRA, 2014).

Os principais benefícios da GL consistem em melhorar a capacidade no

trabalho, a imagem de si próprio, a sensação de bem-estar, o apetite, o ritmo do

sono e reduzir a ansiedade, a depressão e o estresse (MOREIRA, 2011).

4.4.5. Ginástica Laboral: uma estratégia preventiva e

fisioterapêutica da ergonomia no trabalho

Diante do exposto, percebe-se que a ergonomia necessita como forma de

ação da GL, para melhoria da saúde do trabalhador na prevenção de doenças

ocupacionais e diminuição do afastamento do mesmo (RENNER, 2005).

Para resultado eficaz da implantação da Ginástica Laboral Ocupacional faz-se

necessário um profissional habilitado para a prática das atividades especificas, esse

profissional nada mais seria que o fisioterapeuta, pois é um profissional da área da

saúde que atua no campo da prevenção e reabilitação física. Devendo enfatizar que

o mesmo não teria um resultado preciso sem uma equipe interdisciplinar

(DELIBERATO, 2002).

A fisioterapia preventiva e profilática associada à implantação de um processo

de ergonomia se torna uma estratégia eficaz para eliminação das doenças

ocupacionais relacionadas ao trabalho (RENNER, 2005).

A fisioterapia preventiva e profilática pode ser considerada como ações que

amenizem as causas das dores e desconfortos no trabalho (DELIBERATO, 2002).

Ao realizar as orientações para a prática dos exercícios preventivos e

compensatórios, o fisioterapeuta deve orientar individualmente cada trabalhador

levando em consideração o seu trabalho desenvolvido, estimulando a consciência

corporal e postural. Só assim, possibilitará o relaxamento das estruturas

musculoesqueléticas mais utilizadas por cada trabalhador (RENNER, 2005).

4.4.6. Ginástica Laboral em professores

A qualidade de vida dos trabalhadores é essencial, independe de qual seja a

profissão. E de alguma forma todos sofrem, em algum momento, um grau de

estresse laboral, o que prejudica o desempenho dos mesmos. De fato, vários são os

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fatores que colaboram para o aparecimento e agravamento das doenças

ocupacionais no decorrer da vida profissional (FERRÃO, 2012).

Nos últimos tempos o professor se tornou tema de diversos estudos que

mostram que o elevado índice de afastamento por motivos de doenças ocupacionais

e problemas psíquicos podem estar associados às condições precárias de trabalho

enfrentadas por eles (SOUZA, 2003).

Os professores utilizam constantemente suas capacidades físicas e mentais

para atingir seus objetivos na produção escolar, o que gera uma hipersolicitação

psicológica e fisiológica, que sem tempo para recuperar são desencadeadas em

doenças ocupacionais e transtornos mentais, o que explica o grande índice de

afastamento destes profissionais (GASPARINI; BARRETO; ASSUNÇÃO, 2005).

Neste sentido Ferrão (2012), diz que é importante a implantação de um

programa de Ginástica Laboral com professores, para tratar e principalmente

prevenir os mesmos das doenças ocupacionais e estresses do dia a dia.

Recentemente foram realizados estudos que comprovam que profissionais

que realizam Ginástica Laboral regularmente, tem mais disposição e menos queixas

dolorosas, o que reduz assim os afastamentos do trabalho (MELO; GAMBARINI,

2007).

Estudos comprovam que programas de GL vêm atingindo sucesso modesto

no que diz respeito à melhoria na saúde dos trabalhadores e nas relações sociais e

familiares. Os problemas relatados são em relação à organização e estrutura que

não suprem as necessidades dos trabalhadores, assim percebe-se que as empresas

carecem de direcionamento tanto para parte de infraestrutura, quanto da parte de

características físicas dos trabalhadores. Este estudo relata necessidades de

qualquer empresa da atualidade, isso inclui as escolas (FERRÃO, 2012).

Tento em vista problemas complexos e relatos dos professores, a GL vem

como solução que favorece a adequação e manutenção da saúde dos professores.

A realização correta e frequente da GL promove fortalecimento, alongamento e

relaxamento, tanto de músculos sobrecarregados quanto dos menos solicitados

(GASPARINI; BARRETO; ASSUNÇÃO, 2005).

Professores com incapacidades temporárias e baixa produtividade, faltam

demais ao trabalho ou se afastam muito do mesmo, gerando custos atribuídos e

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prejuízo ao governo. Os principais riscos a saúde dos professores são estresse

excessivo, pressão arterial elevada, uso de tabaco, distúrbios osteomusculares

principalmente da coluna vertebral, sobrepeso e obesidade, abuso de álcool,

depressão e problemas mentais. A GL e a ergonomia esclarecem e previnem

incapacidades temporárias e aumenta a produtividade, diminuindo as faltas e

afastamentos do trabalho, além da diminuição nos custos e prejuízos ao governo

(MELO; GAMBARINI, 2007).

Os objetivos da GL e da ergonomia com os professores vai desde demonstrar

hábitos inadequados, falta de infraestrutura e organização do ambiente de trabalho,

até a relação custo/beneficio e a recuperação e prevenção da saúde. Para garantir

esses objetivos a GL e a ergonomia andam sempre juntas, gerando eficiência e

resultados sempre positivos em relação à promoção da saúde (SOUZA, 2003).

A GL visa não só promover saúde física, mais emocional e social também,

melhorando o relacionamento interpessoal entre os colegas de trabalho com

exercícios e dinâmicas em grupo. A promoção de saúde realizada através da GL

favorece a prevenção e o controle das doenças ocupacionais, além de estimular a

participação ativa dos professores no trabalho e nas atividades realizadas pela GL

(FERRÃO, 2012).

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5. METODOLOGIA

5.1. Área de estudo

Este estudo foi executado em uma escola pública localizada no município de

Unaí-MG, com população estimada 82.887 pessoas, segundo o censo em 2010,

como divisas e confrontações com as cidades de Paracatu, Buritis e Brasília, com

área territorial de 8.447,107 km² (IBGE, 2015).

Figura 01 – Mapa de localização da cidade de Unaí-MG.

FONTE: IBGE.

A instituição tem suas atividades realizadas de segunda à sexta-feira, das 7h

às 23h, divididas nos períodos matutino, vespertino e noturno. Nela encontram-se

turmas de ensino fundamental séries iniciais (1º ao 5ºano), ensino fundamental

séries finais (6º ao 9º ano) e ensino médio (1º ao 3º ano), além de cursos técnicos.

Foi executado com 20 professores do ensino fundamental séries finais e/ou

médio do turno matutino da escola, sendo do sexo feminino e masculino, com idades

que variam de 23 a 57 anos, todos com ensino superior completo e com mais de 3

anos de profissão. A autorização para a realização deste estudo foi obtida junto à

diretora da escola que assinou um ofício que esclarecia e solicitava a execução do

projeto.

5.2. Materiais e Métodos

Este estudo se classifica como Quantitativo-Descritivo, que segundo Marconi

e Lakatos (2011, p. 70),

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Consiste em investigações de pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fato ou fenômeno, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chave. Qualquer um desses estudos pode utilizar métodos formais, que se aproximam dos projetos experimentais, caracterizados pela precisão e controle estatísticos, com a finalidade de fornecer dados para a verificação de hipóteses. Todos eles empregam artifícios quantitativos tendo por objetivo a coleta sistemática de dados sobre populações, programas, ou amostras de populações e programas. Utilizam varias técnicas como entrevistas, formulários etc, e empregam procedimentos de amostragem.

E na subdivisão de Quantitativo-Descritivo pode ser classificada como estudo

de avaliação de programa, que Marconi e Lakatos (2011, p. 70) trazem que,

Consiste nos estudos quantitativo-descritivos que dizem respeito á procura dos efeitos e resultados de todo um programa ou método especifico de atividades de serviços ou auxilio, que podem dizer respeito a grande variedade de objetivos , relativos a educação, saúde e outros. As hipóteses podem ou não estar explicitamente declaradas e com frequência derivam dos objetivos do programa ou método que está sendo avaliado e não da teoria. Empregam larga gama de procedimentos que podem aproximar-se do projeto experimental.

Este estudo foi realizado através de pesquisas bibliográficas em livros e

artigos científicos de fontes confiáveis, o mesmo foi executado com a implantação

de um protocolo de Ginástica Laboral com professores de uma escola da rede

pública.

A autorização foi realizada com envio de um ofício (Apêndice A) a diretora,

solicitando a autorização para realização do projeto. A seleção dos professores para

este estudo se baseou em quem trabalhar no turno matutino e se disponibilizar em

participar e assinar um termo de consentimento (Anexo A), e como exclusão os que

se negarem a isto, uma vez que não há contra indicações para realização da

Ginástica Laboral, pois a mesma é realizada com trabalhadores, e

consequentemente, se a pessoa esta apta a trabalhar, também estará para realizá-

la.

Foi realizada uma palestra para os professores com objetivo de informar

sobre a Ergonomia e a Ginástica Laboral e para propor sobre o projeto, depois foi

aplicado um questionário de Poletto (2012) – Modificado (Anexo B) para avaliação

dos profissionais antes da implantação do protocolo de Ginástica Laboral e o mesmo

ao final da execução, com intuito de verificar os efeitos encontrados após a

aplicação. O questionário possuía coleta de dados pessoais, perguntas de sim ou

não e abertas e perguntas onde os professores deveriam marcar um “x” na opção

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onde ele considerava mais próximo do que sentia no trabalho com avaliação de 1 a

10, que consistiam em 1 nunca ou ruim, 5-6 com alguma frequência ou regular e 10

sempre ou ótimo, isso dependendo do contexto da pergunta.

As atividades foram realizadas de segunda a sexta-feira, às 7h com duração

de 10 a 15 minutos, durante um período de 3 meses e meio, sendo setembro,

outubro, novembro e o início de dezembro do ano de dois mil e quinze. As atividades

realizadas foram baseadas em um protocolo de exercícios (Anexo C) e essas

atividades (Apêndice B) abordaram aspectos como estimulação quanto às

necessidades de cada um. Foram realizadas atividades de raciocínio visando à

atenção dos professores, brincadeiras lúdicas, disputas recreativas e mímicas.

Abordou-se também atividades que tiveram como foco a propriocepção,

esquema corporal e lateralidade, expondo exercícios de comando que trabalharam

todos estes aspectos. Como foco também houve atividades trabalhando o equilíbrio,

entrando então exercícios como equilíbrio em uma perna só, olhos vendados dentre

outros. Todas as atividades aplicadas tiveram como finalidade estabelecer uma

melhora nas alterações implicadas pelas patologias apresentadas por cada um.

O estudo teve como objetivo principal avaliar os efeitos físicos e mentais da

Ginástica Laboral em professores de uma escola pública, além de verificar se a

Ginástica Laboral altera a disposição dos professores para o trabalho, se diminui as

dores no corpo, devido a movimentos repetitivos, se modifica o relacionamento

interpessoal com colegas, alunos e familiares, se previne as doenças ocupacionais,

como LER e DORT. E em maio de 2016 foi realizada uma palestra com os

professores estudados, apresentando os resultados encontrados após o término do

estudo.

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39

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante o mês de agosto do ano de dois mil e quinze foi realizado o contato

inicial com os professores, com a diretora da escola e foi feita a seleção dos

professores para participar do estudo, que foi realizado no período de agosto a

dezembro deste mesmo ano, perfazendo setenta e seis dias, cinco vezes na

semana, sendo de segunda a sexta, no inicio do turno matutino, às 7h da manhã

com duração entre 10 a 15 minutos, sendo realizada a ginástica laboral preparatória.

A amostra do estudo foi composta por vinte professores, sendo dose do sexo

feminino e oito do sexo masculino, com idades entre vinte e três a cinquenta e sete

anos e com mais de cinco anos de profissão.

O questionário inicial foi aplicado no dia 24/08/2015. Foram realizadas setenta

e seis sessões durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de

dois mil e quinze, posteriormente foi aplicado o questionário final no dia 17/12/1015.

Figura 02 – Prática de atividade física antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

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Figura 03 – Tipos de atividades físicas praticadas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Figura 04 – Grau da prática de atividades físicas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Quando perguntados se praticavam algum tipo de atividade física antes da

aplicação da Ginástica Laboral apenas 8 professores praticavam e depois passaram

para 10 professores, como pode ser observado na figura 02. Na figura 03, podemos

observar que os professores procuraram melhorar ainda mais sua qualidade de vida

realizando algum tipo de atividade física, antes 1 professor andava de bicicleta, 2

caminhavam e 5 praticavam musculação e depois aumentou 2 professores que

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1 vez por semana 2 vezes por semana 3 vezes ou mais porsemana

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começaram a praticar vôlei. Na figura 04, observamos que a prática dessas

atividades variou de 2 a 3 vezes ou mais por semana, onde antes 8 professores

praticavam 3 vezes ou mais e depois acrescentou 2 professores que começaram a

praticar 2 vezes por semana.

Matsudo e Matsudo (2000), afirmam em estudo que a prática regular de

atividade física traz efeitos neuromusculares, antropométricos, metabólicos e

psicológicos. Estes efeitos trazem benefícios como a prevenção de doenças

crônicas, ocupacionais e na melhor qualidade de vida dos praticantes.

Guedes e Guedes (1995), relatam que a prática de atividades físicas, além de

promover saúde ainda ajuda na prevenção e na reabilitação de algumas patologias

como as LER e DORT.

Segundo Polito (2002), a prática de atividade física vem apresentando bons

resultados quanto à prevenção de doenças ocupacionais. Nahas (2001), acrescenta

que a prática de atividade física reduz o processo degenerativo provocado pelo

envelhecimento, proporcionando mais longevidade e mais qualidade de vida.

Segundo Poletto (2002), a prática de atividade física fortalece o sistema

osteomuscular prevenindo doenças, como as ocupacionais. Nahas (2001), ainda

relata que os benefícios encontrados pela prática da atividade física vão desde

prevenção à reabilitação das doenças ocupacionais.

Quando perguntados se consideravam seu trabalho repetitivo, antes 15

professores consideraram e 5 não e depois esses números se mantiveram. E

quando perguntados se consideravam seu trabalho intenso, antes 12 professores

consideravam e 8 não e depois estas opiniões se mantiveram.

Freudenthal (2000), relata que o trabalho dos professores é penoso, pois

causa desgaste físico e psicológico além do que se considera normal. Webber e

Vergani (2010), fala que como previsto na Constituição Federal de 1998 os

professores deveriam receber um adicional de penosidade, porém até hoje esse

adicional não foi regulamentado e assim não é aplicado, uma vez que a Constituição

Federal de 1998 foi adiada a vinte e sete anos, e até hoje não foi corrigida.

Para Dartona (2009), pelo fato do trabalho do professor ser penoso e não

existir a regulação legal, o mesmo está contrariando o princípio da dignidade

humana que tem proteção constitucional. Para Webber e Vergani (2010), o trabalho

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dos professores é muito repetitivo e muito intenso, o que causa vários problemas de

saúde sendo físicos e mentais, que leva os profissionais dessa área a se sentirem

inferiores a outros profissionais. Esse é um dos inúmeros fatores que mostram o

desprestígio sofrido por esses profissionais no Brasil.

Os professores são numerosos e relevantes na população brasileira, os

mesmos são expostos diariamente a esforço repetitivo o que os fazem um grupo de

risco ao aparecimento de Lesões por esforços repetitivos (LER) e Distúrbios

Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) (PORTO; ALMEIDA;

TEIXEIRA, 2013).

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo –

APEOESP (2003), relata que desde 1983 a Organização Internacional do Trabalho

(OIT), indica em nível mundial, os professores como a segunda categoria

profissional a apresentar doenças ocupacionais.

Porto, Almeida e Teixeira (2013), ainda acrescenta que o ritmo acelerado,

esforço físico repetitivo e ambiente físico estressante, são os principais fatores a

ocasionar danos a saúde dos professores.

Nas figuras 05 a 12, fica claramente visível que depois da aplicação da

Ginástica laboral houve uma melhora em relação ao grau com que os professores

sentiam cansaço ou desconforto físico em partes isoladas e/ou geral do corpo, isso

se dá pelos inúmeros benefícios que a Ginástica Laboral proporciona.

Figura 05 – Grau do cansaço e desconforto nos braços antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

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Figura 06 – Grau do cansaço e desconforto nas mãos antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Figura 07 – Grau do cansaço e desconforto nos ombros antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

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Figura 08 – Grau do cansaço e desconforto nas pernas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Figura 09 – Grau do cansaço e desconforto nos pés antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

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Figura 10 – Grau do cansaço e desconforto no pescoço antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Figura 11 – Grau do cansaço e desconforto nas costas antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

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Figura 12 – Grau do desconforto físico geral – dores musculares antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Poletto (2002), ressalta que os dados positivos resultando em uma redução

significativa dos desconfortos musculares estão relacionados diretamente a prática

regular da Ginástica Laboral. Jost (2000), também relata resultados positivos ao

aplicar um protocolo de Ginástica Laboral, onde houve diminuição do desconforto

muscular.

Comparando ainda os resultados do presente estudo com Longen (2003), há

uma semelhança no que se refere à diminuição dos desconfortos musculares gerais

após a aplicação de um protocolo de Ginástica Laboral, mesmo sendo uma amostra

maior do que o do presente estudo.

Martins e Duarte (2000), ressaltam que os resultados positivos obtidos

durante o período inicial e final da aplicação da Ginástica Laboral são devido à

prática regular da mesma e as mudanças no estilo de vida, possibilitando assim,

uma melhor qualidade de vida a esses profissionais, tanto no ambiente de trabalho

quanto fora dele.

Vieira, Soares e Pires (2013), descrevem que a prática regular de Ginástica

Laboral por professores traz resultados positivos diminuindo os desconfortos

musculares físicos, prevenindo de LER e DORT, melhorando a qualidade de vida

profissional e pessoal dos mesmos.

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Figura 13 – Grau do cansaço físico e mental antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

A figura 13 mostra uma redução significativa do cansaço físico e mental do

antes para o depois da aplicação da Ginástica Laboral, uma vez que antes apenas 1

professor sentia cansaço físico e mental com frequência de 1 a 4, 3 professores de 5

a 6 e 16 professores de 7 a 10, e depois 16 professores de 1 a 4, 4 professores de 5

a 6.

Thiele (2008), em estudo observou e constatou que os professores vivem

diariamente situações que demonstram o elevado nível de cansaço físico e mental,

desânimo e angústia em relação ao seu trabalho.

Costa e Germano (2005), relatam que estudos realizados em todo o mundo

apontam que os professores correm grande risco de sofrem esgotamento físico e

mental, levando em consideração as dificuldades que os mesmos encaram

diariamente em seu ambiente de trabalho.

No estudo de Longen (2003), a Ginástica Laboral reduziu o esgotamento

físico e mental dos professores e consequentemente diminuiu o risco de acidentes e

doenças ocupacionais, melhorando a consciência corporal, equilíbrio e a

flexibilidade.

No estudo de Vieira, Soares e Pires (2013), há uma semelhança no que se

refere à redução da frequência do cansaço físico e mental em professores após a

aplicação de um protocolo de Ginástica Laboral.

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Já Martins e Duarte (2000), relatam que a Ginástica Laboral não influencia

muito na diminuição do cansaço mental, apenas no cansaço físico, porém Vieira,

Soares e Pires (2013), acrescentam que a Ginástica Laboral influencia de forma

indireta na diminuição do cansaço mental, uma vez que quando um professor fica

menos cansado fisicamente isso reflete no cansaço mental, melhorando a

disposição para com o trabalho.

Figura 14 – Grau com que sentem dificuldades de realizar atividades simples no trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Na figura 14 nota-se que houve uma diminuição significativa e positiva em

relação à frequência com que os professores sentiam alguma dificuldade em realizar

atividades simples no trabalho, sendo que antes 18 professores sentiam essa

dificuldade com frequência de 1 a 4 e depois este número aumentou para 19

professores.

Frequentemente a principal causa de incapacidade temporária ou permanente

é a combinação de sobrecarga nas estruturas anatômicas do sistema osteomuscular

com a falta de tempo para recuperação. A sobrecarga ocorre por uso excessivo de

certas musculaturas com movimentos repetitivos e intensos (PINTO, 2009).

Os movimentos repetitivos dos professores normalmente consistem em

escrever e apagar o quadro, movimentar-se pela sala de aula, manter-se muito

tempo de pé, curvar-se nas carteiras dos alunos, além de algumas atividades

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repetitivas como correção de cadernos, provas, exercícios dos alunos e o uso diário

do computador, são fatores que auxiliam para o surgimento das doenças

ocupacionais. Grande parte dos professores sofre por consequência dos

movimentos repetitivos exercidos por eles, por não conseguirem realizar alguma

dessas atividades citas, por dor, desconforto, fadiga ou cansaço mental

(VEDOVATO; MONTEIRO, 2008).

Longen (2003), em estudo observou resultados positivos diminuindo o índice

de professores com dificuldades de realizar atividades simples no trabalho após a

aplicação de um protocolo de Ginástica Laboral, assim como no presente estudo.

Webber e Vergani (2010), relatam que Ginástica Laboral previne as doenças

osteomusculares e diminui o índice de professores que relatam dificuldades em

realizar atividades simples no trabalho, melhorando a autoestima e a disposição

para com o trabalho.

Nas figuras 15, 16 e 17 observa-se resultados positivos após a aplicação da

Ginástica Laboral no que consiste na diminuição do uso de remédios, da procura por

serviços médicos e de afastamentos por doenças musculares, uma vez que depois

da aplicação da Ginástica Laboral a frequência com que os professores usavam

remédios, procuravam por serviços médicos e se mantinham afastamentos por

doenças musculares, diminuiu para de 1 a 4.

Figura 15 – Grau do uso de analgésicos para dor muscular antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

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Figura 16 – Grau da procura por serviços médicos devido a dores musculares antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Figura 17 – Grau dos afastamentos do trabalho por dores musculares antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Gasparini, Barreto e Assunção (2005), observa em dados de afastamentos

por problemas de saúde vividos pelos professores, que os mesmos estão

diretamente associados as doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho.

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Segundo dados da APEOESP (2006), no Brasil existe um elevado número de

professores afastados temporariamente de suas atividades, por possuírem algum

tipo de doença psíquica e principalmente por doenças osteomusculares relacionadas

ao trabalho, as LER e DORT.

Costa e Germano (2005), acrescentam que os afastamentos dos professores

de suas atividades podem estar associados às condições pelas quais os mesmos se

sujeitam como, permanecer muito tempo em pé, ou em assentos nada ergonômicos,

número excessivo de alunos nas salas de aula, trabalho repetitivo, jornada de

trabalho intensa, baixos salários, dentre outros.

Gasparini, Barreto e Assunção (2005), realizou um estudo com professores

de Belo Horizonte que teve resultado semelhante ao realizado por Costa e Germano

(2005) com professores da rede municipal de Ipatinga e o presente estudo

demonstraram que a Ginástica Laboral diminuiu o índice de uso de medicamentos,

procura por médico e afastamentos devido a dores musculares.

Discutindo ainda sobre a diminuição de afastamentos, Siqueira e Ferreira

(2003), relatam que a pratica regular e diária da Ginástica Laboral é um fator

determinante para diminuir a procura por médicos e uso de medicamento,

diminuindo consequentemente o número de afastamentos por doenças ocupacionais

relacionadas ao trabalho (LER e DORT).

Em estudo Longen (2003), relata resultados positivos com a diminuição da

procura por médico e uso de medicamentos o que consequentemente diminuiu o

índice de afastamentos por doenças osteomusculares.

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Figura 18 – Grau de relacionamento com os colegas e chefia antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Na figura 18 é possível observar que antes da aplicação da Ginástica Laboral

o relacionamento no ambiente de trabalho entre colegas e chefes era regularmente

bom onde 15 professores avaliaram o grau de relacionamento de 7 a 10, porém

após a aplicação, este melhorou ainda mais passando para 16 professores com grau

de 7 a 10.

Ulrich (2005), relata que professores estressados, com dores ou desconfortos

musculares, cansados física e/ou mentalmente tendem a ter um relacionamento com

colegas de trabalho com possíveis brigas e desavenças, o qual faz com que o

ambiente de trabalho se torne indesejado e desconfortável.

Lima e Filho (2009), relatam em estudo que a Ginástica Laboral aproxima um

professor dos demais colegas e assim melhora o clima no ambiente de trabalho e o

relacionamento interpessoal entre eles, melhorando ainda o relacionamento

interpessoal com os alunos e familiares.

Webber e Verganin (2010) e Longen (2003), em seus estudos mostram

resultados positivos após a aplicação de um protocolo de Ginástica Laboral com

professores de uma rede publica, melhorando o relacionamento interpessoal entre

os professores, assim como o presente estudo.

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Figura 19 – Grau de satisfação no trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Figura 20 – Grau de disposição para o trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Na figura 19 é possível observar que 13 professores avaliavam o grau de

satisfação para o trabalho de 7 a 10 e depois passou para 16 professores com mais

satisfação. A figura 20 nos mostra que a disposição para o trabalho também

melhorou, pois, antes da aplicação 12 professores avaliavam o grau de disposição

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de 7 a 10 e depois 17 professores, mostrando assim que a Ginástica Laboral teve

um papel importante para melhora da satisfação e da disposição para o trabalho.

No Brasil a jornada de trabalho dos professores varia em torno de 40h

semanais, sendo 20% deste tempo dedicado ao trabalho extraclasse, porém esses

trabalhos extraclasses são realizados na maioria das vezes no período de descanso

em casa. Essa sobrecarga de horas e a pouca remuneração têm efeitos nocivos nas

condições de trabalho e de saúde dos professores, tornando o trabalho mais

estressante e insatisfatório (COSTA; GERMANO, 2005).

Este trabalho excessivo representa uma sobrecarga nas horas vagas,

inclusive nas férias e finais de semana, retirando dos professores a oportunidade de

estarem com seus familiares, amigos ou mesmo realizarem outros tipos de

atividades (LONGEN, 2003).

Segundo Gasparini, Barreto e Assunção (2005), a qualidade de vida no

trabalho está presente nos aspectos relacionados à satisfação e à disposição para o

trabalho, o que depende diretamente da realização profissional, relacionamento

interpessoal e do estado físico e mental.

Poletto (2002), relata que a satisfação e a disposição para o trabalho estão

interligadas, uma vez que dependem de fatores como autoestima, bom

relacionamento interpessoal, estrutura do ambiente de trabalho e um bom estado

físico e mental.

Em estudo Poletto (2002), observou que a prática regular da Ginástica

Laboral, melhora o relacionamento interpessoal entres os colegas, previne de

doenças osteomusculares e ajuda melhorar o desempenho profissional, o que

resulta em maior satisfação e disposição para com o trabalho.

Longen (2003) e Vieira, Soares e Pires (2013), relatam em estudo resultados

positivos quanto à satisfação e a disposição para o trabalho após a prática de

Ginástica Laboral, assim como no presente estudo.

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Figura 21 – Grau de disposição para o trabalho antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Figura 22 – Grau de satisfação em participar ativamente da Ginástica Laboral antes e depois da aplicação da Ginástica Laboral.

FONTE: O autor.

Nas figuras 21 e 22 observa-se que antes da aplicação da Ginástica Laboral

existia um resultado muito negativo em relação a mesma, talvez seja pela falta de

informação sobre o assunto ou por nunca terem participado, porém após a aplicação

da Ginástica Laboral nota-se que a disposição e a satisfação em participar

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ativamente da mesma, teve um elevado índice de melhora, mostrando que a

Ginástica Laboral produz inúmeros benefícios quando praticada regularmente.

Longen (2003), observou em seu estudo que a necessidade do homem de

buscar a satisfação no ambiente de trabalho e a tentativa de amenizar a sobrecarga

sofrida no sistema osteomuscular é completamente diminuída com a prática de

Ginástica Laboral.

Figueiredo e Mont’Alvão (2005), relata que o aumento da disposição para

iniciar o trabalho está interligado a Ginástica Laboral, uma vez que, a mesma

previne lesões osteomusculares e além de tudo promove a socialização e

descontração no ambiente de trabalho.

Em estudo Longen (2003), relata que além de benefícios fisiológicos, a

Ginástica Laboral traz ganhos relativos à disposição em iniciar o trabalho, pois a

mesma traz uma descontração e melhora o clima existente no ambiente no qual ela

é aplicada e leva os participantes a quererem sempre participar.

Grando (1999), em estudo relata que os professores buscam uma proposta

alternativa para diminuir o desgaste físico e mental diariamente, e a Ginástica

Laboral promove isso, o que leva os mesmo a terem satisfação em participar

ativamente da Ginastica Laboral.

Em estudo Longen (2003), relatou que após a aplicação da Ginástica Laboral

os professores se sentiam mais dispostos ao trabalho e sentiam satisfação em

participar da Ginástica Laboral, assim como o presente estudo.

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7. CONCLUSÃO

Após a aplicação do protocolo de Ginástica Laboral nota-se que a mesma

altera de formar positiva a disposição dos professores para o trabalho, melhora o

relacionamento interpessoal com colegas, alunos e familiares, diminui as dores no

corpo, causadas por movimentos repetitivos e previne o aparecimento de doenças

ocupacionais, como a LER e/ou DORT e o cansaço mental, diminuindo assim, o uso

de analgésicos, a procura por médicos e afastamentos de suas atividades por

doenças ocupacionais.

Foi possível observar que a Ginástica Laboral tem efeitos positivos em

relação ao estado físico e mental dos professores.

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ANEXOS

ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96).

Eu, ______________________________________________________________, RG ______________________, abaixo

qualificado (a), declaro para fins de participação em pesquisa, que fui devidamente esclarecido (a) sobre o projeto de pesquisa

intitulado: “Aplicação de um protocolo de Ginástica Laboral com um grupo de professores de uma escola pública de Unaí-MG”,

desenvolvido pela aluna Larissa Cristina Vieira, do curso de bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma em

Paracatu/MG.

A Ginástica Laboral visa prevenir e diminuir os casos de LER/DORT, é desenvolvida por meio de exercícios específicos de

alongamento, de fortalecimento muscular, de coordenação motora e de relaxamento. As atividades serão realizadas de

segunda a sexta-feira, às 7h com duração de 5 a 10 minutos, durante um período de 3 meses e meio, sendo setembro,

outubro, novembro e o início de dezembro do ano de 2015, com intuito de analisar os efeitos físicos e mentais encontrados

após a aplicação do protocolo de Ginástica Laboral.

O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem

prejuízo ao seu tratamento e cuidado. É garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os

dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de publicação e produção de trabalho de conclusão

de curso para grau de bacharel. Declaro outros sim, que depois de esclarecida pela pesquisadora e ter entendido o que me foi

explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.

Unaí, _____ de agosto de 2015.

Termo de esclarecimento livre e esclarecido

Objeto de pesquisa

Nome:__________________________________________________________ RG______________________ Data de

nascimento ___/___/___ sexo F( ) M( ) Endereço:_______________________________________________________

nº______ Bairro:____________________ Cidade _______________________ CEP___________ Telefone

_____________________________

____________________________________________

Assinatura do declarante

Declaração do pesquisador

Declaro, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),

cumprindo todas as exigências contidas no capitulo IV da resolução 196/96 e que obtive de forma apropriada e voluntária, o

consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para realização desta pesquisa.

Unaí, ______ de agosto de 2015.

______________________________________________

Larissa Cristina Vieira

Assinatura do pesquisador

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ANEXO B – QUESTIONÁRIO INICIAL E FINAL

QUESTIONÁRIO MODIFICADO DE POLLETO (2012)

1 – IDENTIFICAÇÃO

Nome:____________________________________________________________________________

Sexo: M ( ) F ( ) Idade: ____ Tempo de Serviço___________________ Turno____________

Você está na escola quantas vezes na semana? _________

Pratica alguma atividade física? ( ) Sim ( ) Não

Em caso de afirmativo, qual (is )?_____________________________________

Quantas vezes por semana?

( ) 1x por semana ( ) 2 x por semana ( ) 3 x ou mais por semana

Você considera seu trabalho repetitivo? ( ) Sim ( ) Não

Você considera seu ritmo de trabalho intenso? ( ) Sim ( ) Não

2 – AVALIAÇÃO PESSOAL E DO TRABALHO

(1) Nunca (5-6) Com alguma frequência (10) Sempre

Para as questões abaixo, marque com um “x” a opção que você considera mais aproximada a como você se sente no trabalho. Cada número corresponde a uma resposta, escolha apenas um de acordo com seu significado.

2-1 QUANTO AO MEU ESTADO FÍSICO MENTAL

Sinto cansaço ou desconforto, mais concentrado nos braços?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto cansaço ou desconforto, mais concentrado nas mãos?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto cansaço ou desconforto, mais concentrado nos ombros?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto cansaço ou desconforto, mais concentrado nas pernas?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto cansaço ou desconforto, mais concentrado nos pés?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto cansaço ou desconforto, mais concentrado no pescoço?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto cansaço ou desconforto, mais concentrado nas costas?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Atualmente sinto desconforto físico geral – dores musculares?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Procuro serviço médico devido a dores musculares?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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2.2 QUANTO A MINHA SATISFAÇAO NO TRABALHO

De uma maneira geral estou satisfeito no meu trabalho?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Meu relacionamento com os colegas e chefia é bom?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto satisfação em participar ativamente da Ginástica Laboral?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2.3 QUANTO A MINHA DISPOSIÇÃO PARA O TRABALHO

Sinto mais disposição para o trabalho após realizar a Ginástica Laboral?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

De uma maneira geral estou sempre disposto para o meu trabalho?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte: POLETTO (2012) – (Modificada).

Permaneci afastado do trabalho devido a dores muscularas?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Utilizo analgésico para dor muscular? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto dificuldade para realizar atividades simples no meu trabalho?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sinto cansado fisicamente e mentalmente? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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ANEXO C – Protocolo de Ginástica Laboral

Tabela 01 – Protocolo de Ginástica Laboral

Modalidade Protocolo de Exercício

Aquecimento - Pescoço: movimentos de flexão e extensão do lado

direito e esquerdo alternado.

- Braços: movimento de circundação, englobando a

articulação do ombro.

- Mãos e Pulsos: movimentos de circundação.

- Tronco: movimentos de flexão e extensão, com as

mãos apoiadas na cintura.

- Pernas: movimento de flexão e extensão do joelho.

- Pés: movimentos alternados da ponta do pé para o

calcanhar.

- Geral: saltos, balanços, alcançar com alternância os

membros inferiores e superiores.

Alongamento - Pescoço: flexionar para os lados e ara frente.

- Braços: estender para cima, frente, trás e para os

lados.

- Mãos e Pulsos: elevar os dedos e puxar ara trás. -

Tronco: movimento de flexão frontal, extensão lateral.

- Pernas e pés: elevar, estender e flexionar.

- Geral: espreguiçar todo o corpo.

Dinâmicas - Pescoço: circundar a cabeça.

- Braços: soltar os braços ao longo do corpo,

movimentos dos ombros para trás e para frente.

- Mãos e Pulsos: com os braços, balançar os dedos,

as mãos e os pulsos.

- Tronco: flexionar para frente com os joelhos

levemente flexionados, soltando o corpo.

- Pernas e pés: balançar levemente, soltando a

musculatura.

- Geral: dinâmica de grupo: recreação e brincadeiras.

FONTE: SILVA; BASTOS (2009).

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Autorização para a excursão de projeto

Ofício

Autorização para a excursão de projeto

Ofício

Paracatu, 24 de agosto de 2015.

Assunto: solicitação para aplicação de um protocolo de Ginástica Laboral com um grupo de professores.

Prezada Diretora,

A Faculdade TECSOMA, vem apresentar a aluna Larissa Cristina Vieira, acadêmica do 8° período do Curso de

Fisioterapia da Instituição Faculdade Tecsoma - Paracatu - MG, e por meio deste solicitar a Sra. Diretora da

Escola Estadual Delvito Alves da Silva autorização para realização do Projeto de pesquisa de Conclusão de

Curso com fins científicos, cujo tema “APLICAÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL COM UM GRUPO DE

PROFESSORES EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE UNAÍ-MG”, no período de setembro a dezembro de 2015.

Desde já agradecemos pela atenção e contamos com a sua colaboração.

Colocamo-nos totalmente à disposição para demais esclarecimentos.

Atenciosamente,

_________________________________________

Profª. MSc. Michelle Faria Lima

Coordenadora do Curso de Fisioterapia

A Excelentíssima Sra. Diretora

__________________________________

Maria de Fátima Soares Brito

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APÊNDICE B – Descrição das atividades realizadas por dias da

semana

Tabela 02 – Descrição das atividades realizadas por dias da semana.

Dias Exercícios

Segunda Alongamento de membros superiores e

aquecimento.

Terça Alongamento de membros inferiores e

aquecimento.

Quarta Alongamento de coluna e aquecimento.

Quinta Alongamentos em dupla de membros

superiores e aquecimento.

Sexta Dinâmicas.

FONTE: O autor.