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18/07/13 Revista Espacios. Vol 33 (Nº 8) Año 2012 www.revistaespacios.com/a12v33n08/12330810.html 1/16 Espacios. Vol. 33 (8) 2012. Pág. 9 Aplicação do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições para o desenvolvimento sustentável: Uma proposição teórica Application of Theory of Constraints Process Thinking to sustainable development: A theoretical proposal Tito Armando Rossi Filho 1 , Isaac Pergher 2 , Daniel Pacheco Lacerda 3 y Luis Henrique Rodrigues 4 Recibido: 09012012 Aprobado: 12052012 Contenido 1. Introdução 2. Processo de Pensamento da Teoria das Restrições (PPTOC) 3. Aplicação do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições 4. Considerações Finais 5. Referências Gracias a sus donaciones esta página seguirá siendo gratis para nuestros lectores. Graças a suas doações neste site permanecerá gratuito para os nossos leitores. Thanks to your donations this site will remain free to our readers. RESUMO: O presente artigo apresenta uma aplicação do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições (Theory of Constraints TOC) para contribuir no desenvolvimento de ações que resultem na sustentabilidade das indústrias. Para que isso ocorra são utilizadas algumas ferramentas do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições, dentre elas a Árvore da Realidade Atual, o Diagrama de Dispersão das Nuvens e a Árvore da Realidade Futura. Foram formulados possíveis efeitos indesejados organizados por meio da Árvore da Realidade Atual (ARA) para identificação das causas básicas. A partir da ARA se procurou expor os possíveis pressupostos que sustentam uma situação de conflito e, por consequência, impedem a implementação de potenciais soluções. Por fim, foi construída uma Árvore da Realidade Futura para vislumbrar os possiveis desdobramentos das soluções sugeridas. Nesse sentido, o Processo de Pensamento da TOC serviu como fio condutor para a reflexão das possibilidades que uma organização reduza seu impacto ambiental. Palavraschave: Teoria das Restrições, Processo de Pensamento, sustentabilidade, impactos ambientais. ABSTRACT: This article shows the application of Theory of Constraints Thinking Process to contribute in developing actions that result in sustainability of industries. In order to achieve this objective, some tools from the Theory of Constraints Thinking Process were used,more specifically the Current Reality Tree, the Evaporation Clouds and Future Reality Tree. Undesired effects were identified and structured through the Current Reality Tree (CRT) to identify the underlying causes. The CRT exposed the assumptions that underlie a possible conflict situation and therefore hamper the implementation of potential solutions. Finally, it was built a Future Reality Tree to glipmse the possible ramifications of the solutions suggested. In this sense, the thinking process served to possibility that a reflection of the organization to reduce its environmental impact. Keywords: Theory of Constraints, Thinking Process, Sustainability, Environment Impacts.

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Aplicação do Processo de Pensamento da Teoria dasRestrições para o desenvolvimento sustentável: Umaproposição teórica

Application of Theory of Constraints Process Thinking to sustainabledevelopment: A theoretical proposal

Tito Armando Rossi Filho 1, Isaac Pergher 2, Daniel Pacheco Lacerda 3 y Luis Henrique Rodrigues4

Recibido: 09­01­2012 ­ Aprobado: 12­05­2012

Contenido

1. Introdução2. Processo de Pensamento da Teoria das Restrições (PP­TOC)3. Aplicação do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições4. Considerações Finais5. Referências

Gracias a sus donaciones esta página seguirá siendo gratis para nuestros lectores.Graças a suas doações neste site permanecerá gratuito para os nossos leitores.

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RESUMO:O presente artigo apresenta uma aplicação do Processo dePensamento da Teoria das Restrições (Theory of Constraints ­TOC) para contribuir no desenvolvimento de ações que resultemna sustentabilidade das indústrias. Para que isso ocorra sãoutilizadas algumas ferramentas do Processo de Pensamento daTeoria das Restrições, dentre elas a Árvore da Realidade Atual,o Diagrama de Dispersão das Nuvens e a Árvore da RealidadeFutura. Foram formulados possíveis efeitos indesejadosorganizados por meio da Árvore da Realidade Atual (ARA) paraidentificação das causas básicas. A partir da ARA se procurouexpor os possíveis pressupostos que sustentam uma situação deconflito e, por consequência, impedem a implementação depotenciais soluções. Por fim, foi construída uma Árvore daRealidade Futura para vislumbrar os possiveis desdobramentosdas soluções sugeridas. Nesse sentido, o Processo dePensamento da TOC serviu como fio condutor para a reflexãodas possibilidades que uma organização reduza seu impactoambiental. Palavras­chave: Teoria das Restrições, Processo dePensamento, sustentabilidade, impactos ambientais.

ABSTRACT:This article shows the application of Theory of ConstraintsThinking Process to contribute in developing actions that resultin sustainability of industries. In order to achieve this objective,some tools from the Theory of Constraints Thinking Processwere used,more specifically the Current Reality Tree, theEvaporation Clouds and Future Reality Tree. Undesired effectswere identified and structured through the Current Reality Tree(CRT) to identify the underlying causes. The CRT exposed theassumptions that underlie a possible conflict situation andtherefore hamper the implementation of potential solutions.Finally, it was built a Future Reality Tree to glipmse the possibleramifications of the solutions suggested. In this sense, thethinking process served to possibility that a reflection of theorganization to reduce its environmental impact. Key­words: Theory of Constraints, Thinking Process,Sustainability, Environment Impacts.

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1. Introdução

O termo sustentabilidade tem sido utilizado para expressar a necessidade de viver no presente semcolocar em perigo o futuro (SENGE et al., 2008). Ao mesmo tempo, a idéia de sustentabilidade seexpressa pela elevação de expectativas em relação ao desempenho social e ambiental (HART &MILSTEIN, 2003). Dessa maneira, para que a empresa possa ser considerada sustentável, esta deveprover benefícios econômicos, ambientais e sociais; conhecidos como os três pilares dodesenvolvimento sustentável (ELKINGTON, 1994; HUBBARD, 2009).

Um dos principais obstáculos para a obtenção do desenvolvimento sustentável nas empresas estárelacionado os benefícios ambientais por meio da redução de impactos ambientais. Tais obstáculosocorrem, de acordo com Lockhart e Taylor (2007), devido a objeções de que a redução dos impactosambientais agregariam custos adicionais às empresas. Por um lado, isso pode significar umadesvantagem econômica, especialmente, quando elas competem globalmente. Por outro lado, temaumentado a pressão de organismos regulatórios, dos acionistas e da sociedade para redução dosimpactos ambientais. Procedimentos de avaliação das “Pegadas Ecológicas” das empresas, ou seja, osseus impactos abientais de forma mais sistêmica, vem se tornando cada dia mais usuais emorganizações modernas, bem como os seus compromissos em eliminação dos respectivos impacotsambientais (ANDERSON, 2009). Nesse sentido uma parte das empresas está descobrindo que aspercepções dos consumidores quanto à responsabilidade ambiental, ou a sua falta, afetam as vendas(LOVINS, LOVIS & HAWKEN, 1997).

Outro aspecto considerado é que as ações de redução do impacto ambiental melhoram acompetitividade da empresa por meio da inovação e melhorias na eficiência na utilização de recursos(PORTER & VAN DER LINDE, 1995). Tal abordagem, nomeada por Schmiedheiny et al., (1992)como “eco­eficiência”, tem como conceito central o “fazer mais com menos” (WBCSD, 2000).Porém, esta abordagem parte da premissa básica de que a empresa identificaria as inovações emelhorias necessárias para aumentar a eficiência da utilização de recursos, o que não necessariamenteacontece.

Este artigo apresenta uma proposta de contribuição para o tema, no sentido de direcionar aidentificação de potenciais soluções inovadoras e/ou criativas que possam ser adotadas para a reduçãode impactos ambientais gerados por indústrias. O método utilizado é o Processo de Pensamento daTeoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC). Durante a fase de pesquisa no foco detrabalho, observou­se a ausência de artigos e pesquisas específicas que aplicam o Processo dePensamento da Teoria das Restrições em questões ambientais (REID & CORMIER, 2003; HSU &SUN, 2005; CHOE & HERMAN, 2007; KIM, MABIN & DAVIES, 2008). Optou­se por utilizar oProcesso de Pensamento da Teoria das Restrições, aplicado em outros casos (RAHMAN, 2002;TAYLOR III, MURPHY & PRICE, 2006; TAYLOR III, THOMAS, 2008), para auxiliar nodesenvolvimento de abordagens com foco em redução de impactos ambientais.

A seguir, se apresenta os elementos básicos para a compreensão do Processo de Pensamento daTeoria das Restrições (PP­TOC). Em seguida, se realiza a aplicação do PP­TOC para as questõesrelativas ao desenvolvimento sustentável. Por fim, as considerações finais são tecidas.

2. Processo de Pensamento da Teoria das Restrições (PP­

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TOC)

A Teoria das Restrições (TOC) foi criada pelo físico Eliyahu M. Goldratt e difundida através delivros, jogos, vídeos, entre outros. Segundo Wong et al., (2009) a TOC é uma filosofia de gestãoempresarial que conduz a objetivos de melhoria contínua e metas da organização. Sua aplicabilidadetem sido relatada em diversas áreas, como por exemplo: produção (GOLDRATT, 2009), marketing(BLACKSTONE, 2001), projetos (HERROELEN & LEUS, 2001), serviços (REID &CORMIER, 2003). Um exemplo de aplicação dessa abordagem, é o trabalho de Moellmann et al.,(2006) que utilizaram os princípios da Teoria das Restrições para melhoria da produtividade em umprocesso de fabricação. A aplicabilidade da Teoria das Restrições em diversas áreas é sustentada peloProcesso de Pensamento da Teoria das Restrições, no qual contribui para a condução dos esforços deaprimoramento contínuo nas organizações.

Segundo Cox & Spencer (2002), o Processo de Pensamento é um conjunto de ferramentas quepodem ser utilizadas individualmente ou podem ser interligadas logicamente. Essas ferramentaspermitem a identificação de problemas centrais, a determinação de soluções do tipo ganha­ganha e adeterminação e superação dos obstáculos possíveis para implantação da solução (LACERDA,RODRIGUES & SILVA, 2009).

Questão Central Ferramenta

O quê mudar ? Árvore da Realidade Atual (ARA)

Para o quê mudar ?Diagrama de Dispersão das Nuvens (DDN)

Árvore da Realidade Futura (ARF)

Como provocar a mudança ?Árvore dos Pré­Requisitos (APR)

Árvore de Transição (AT)

Quadro 1 – Cinco ferramentas do processo de pensamento ­ Adaptado de (COX & SPENCER, 2002)

As ferramentas que constituem o Processo de Pensamento da TOC possibilitam o diagnóstico deproblemas, o desenvolvimento das possíveis soluções e, a construção de planos de ação (KIM,MABIN & DAVIES, 2008). Este método busca responder a três questões: O quê mudar ?; Para oquê mudar?; e Como provocar a mudança ?. Segundo Cox & Spencer (2002), o Processo dePensamento é formado, entre outras, por cinco ferramentas que visam responder estas três perguntasfundamentais. O Quadro 1 mostra a questão central e a ferramenta a ser utilizada. Para atender aosobjetivos propostos por este trabalho, foram utilizadas as ferramentas relativas às questões de: “O quêmudar ; e Para o quê mudar ?”.

2.1 O que mudar? ­ Árvore da Realidade Atual (ARA)

O objetivo da Árvore da Realidade Atual (ARA) é a caracterização dos problemas centraisencontrados em um determinado sistema (ANTUNES et al., 2004). Para Cox & Spencer (1998), aÁrvore da Realidade Atual fornece mecanismos para: i) identificar o impacto de políticas,procedimentos e ações em uma determinada área ou em toda a organização (BOYD, GUPTA &SUSSMAN, 2001); ii) comunicar, clara e concisamente, a causalidade dessas políticas,procedimentos e ações; iii) identificar claramente o problema central frente a uma situação (CHOE &HERMAN, 2007); iv) formar uma equipe de trabalho direcionada a resolver o problema (TAYLOR

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III, MURPHY & PRICE, 2006).

Para Alvarez (1995) e Cox & Spencer (1998), a ARA descreve o estado atual do sistema ou de umadeterminada realidade. O processo de construção da ARA inicia com a identificação dos EfeitosIndesejáveis (EIs) e uma conexão lógica do tipo: “Se..., Então...” dos (EIs). Durante o processo deconstrução da ARA, o problema raiz é identificado e, por consequência, devem­se concentraresforços em direção à causa do problema e não aos efeitos do problema (GOLDRATT, 1994). Umavez identificado o problema raiz, necessita­se de uma solução para que ele deixe de ocorrer e osefeitos indesejáveis sejam eliminados.

Figura 1 – Como interpretar a ARA ­ Adaptado de (Alvarez, 1995)

Conforme Alvarez (1995) o arranjo representado pela letra A na Figura 1 é interpretado da seguintemaneira: se ocorrer a causa, então o efeito se manifesta. A leitura para o arranjo da letra B, no qualrepresenta uma causa adicional, deve ser feita assim: se ocorrer a causa ou ocorrer à causa adicional,então o efeito se manifesta. Por fim, o arranjo da letra C representa uma suficiência ou insuficiênciade causa, logo, realiza­se a leitura da seguinte forma: se causa e causa necessária, então ocorre oefeito. A seguir se apresentará o Diagrama de Dispersão de Nuvens.

2.2 Para o quê mudar? ­ Diagrama de Dispersão das Nuvens (DDN)

Segundo Alvarez (1995) a técnica de Dispersão das Nuvens, constitui­se em um dos pontosmarcantes da abordagem do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições. O foco central destaferramenta é forçar a formalização de idéias e pressupostos, para que seja possível a resolução dosconflitos existentes (GOLDRATT, 1994). Segundo Antunes et al., (2004) a Dispersão das Nuvensprocura formular uma solução com eficiência para eliminar o problema central, que limita uma melhorperformance da organização. O Diagrama de Dispersão de Nuvens pode ser representada na Figura2.

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Figura 2 – Representação genérica do diagrama Dispersão das nuvens ­

Adaptado de (COX & SPENCER, 2002) & Alvarez (1995)

O ponto base desta técnica é a verbalização dos pressupostos não verbalizados, que causam osproblemas centrais, os quais têm origem em um conflito de posições (ANTUNES et al., 2004).Segundo Lacerda, Cassel e Rodrigues (2010) busca­se falsear os pressupostos que sustentam asnecessidades para que os conflitos possam ser efetivamente resolvidos. A solução deve emergir apartir da introdução de novas idéias ou o falseamento de pressupostos, chamadas de Injeções(COOPER & LOE, 2000).

Uma característica distintiva deste método é a busca de Injeções que sejam soluções inovadoras ecapazes de quebrar os trade­offs. As injeções devem ser simples e criativas, introduzindo elementosnovos, capazes de invalidar os pressupostos existentes. Assim se evita a solução de problemas atravésde soluções de “compromisso” (TAYLOR III, MURPHY & PRICE, 2006). As soluções decompromisso surgem na tentativa de conciliar aspectos conflitantes por meio da cessão de cada umadas partes. Na sequência, se apresenta, brevemente, alguns elementos relativos a Árvore da RealidadeFutura.

2.3 Para o quê mudar? ­ Árvore da Realidade Futura (ARF)

Segundo Alvarez (1995), para a construção da (ARF), o ponto de partida é a Injeção (definida naDispersão das Nuvens), a partir da qual se conecta os efeitos desejáveis (EDs), segundo uma relaçãode causa e efeito. O processo de construção da (ARF) é finalizado quando são conectados a árvore osefeitos desejáveis, em geral, opostos aos efeitos indesejáveis identificados na ARA. Uma vezidentificados os efeitos desejáveis, atesta­se a eficácia da Injeção, ou do conjunto de Injeções(NOREEN et al., 1996; TAYLOR & THOMAS, 2008). A combinação das ferramentas (DDN eARF), tem o intuito de responder a segunda pergunta, apresentada no Quadro 1.

Com o objetivo de verificar a situação futura provida da implementação das soluções obtidas paraeliminar o problema­raiz, deve­se utilizar a ARF para transformar os efeitos indesejáveis em efeitosdesejáveis, através de Injeções que são implementadas (DETTMER, 1997). Segundo Goldratt (1994)a construção da ARF permite visualizar os ramos negativos que poderão surgir, elaborando açõespara neutralizá­los. Em seguida, é realizada a aplicação do Processo de Pensamento da Teoria dasRestrições para o problema específico do desenvolvimento sustentável.

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3. Aplicação do Processo de Pensamento da Teoria dasRestrições

Na aplicação do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições que está sendo proposta nestetrabalho, o efeito indesejado que se exploraé a seguinte: a indústria não reduz os impactosambientais. A proposta apresentada neste trabalho irá sugerir através da ARA uma representaçãogenérica do estado de um sistema no qual uma indústria se insere.

3.1 Aplicação da Árvore da Realidade Atual (O quê mudar?)

Ao iniciar a elaboração da ARA, buscou­se listar os potencias impactos ambientais gerados pelasindústrias. Para tanto, os impactos foram classificados de acordo com as potenciais causas decorrentesde processos produtivos (Figura 3) e/ou gerenciais.

Figura 3 – Potenciais fontes de impacto ambiental de um processo produtivo ­ Fonte: autores

Por meio dessa classificação, obteve­se os primeiros Efeitos Indesejáveis (EIs), ou seja, as própriasfontes de impacto ambiental na indústria propostas na classificação anterior. Posteriormente, buscou­se identificar as causas para esses EIs e relacioná­las adequadamente, conforme prescrito na utilizaçãoda ferramenta. Isso foi realizado recorrentemente até que foram encontradas causas raiz. A Figura 4mostra a Árvore da realidade atual (ARA) proposta. A classificação apresentada no Quadro 2 foiutilizada na construção da ARA.

Tipo de Impacto Ambiental Descrição

Matéria­primaIneficiências no processamento da matéria­prima (utilização demais matéria­prima do que o necessário para a mesmaquantidade de produto)

Recursos energéticos ehídricos

Ineficiências na utilização dos recursos energéticos e hídricos(água, luz, combustivel, etc)

Resíduos e subprodutosIneficiências no aproveitamento de resíduos e subprodutosgerados pelo processo produtivo

Tecnologia definidaEscolha das tecnologias utilizadas para o tratamento deresíduos e subprodutos

Recurso energético definidoEscolha dos tipos de recursos energéticos utilizados pelaindústria

Quadro 2 – Tipos de Impactos Ambientais de acordo com a origem na indústria ­ Fonte: autores

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A ARA deve ser interpretada conforme foi expresso anteriormente (Figura 1). Assim, SE A empresanão investe em melhorias de processo que reduzam o impacto ambiental ENTÃO Não é melhorada aeficiência dos processos utilizados para o consumo de recursos.

Figura 4 – Árvore da Realidade Atual de indústria que não reduz o impacto ambiental. Fonte: autores

3.2 Aplicação da Dispersão das Nuvens (O quê mudar?)

Um conflito que dificulta a redução de impactos ambientais tem sido entre as pressões econômicaspara manter a competitividade da empresa e as pressões ambientais, oriundas de órgãos reguladores eda percepção de clientes. Este conflito retrata a essência das duas causas­raiz identificadas na ARA:“5 – As Empresas não investem em melhorias de processo que reduzam o impacto ambiental” e “10 –As empresas utilizam a tecnologia ou recursos energéticos e hídricos que apresentam menor custo deaquisição”. A seguir é apresentado os diagramas de dispersão das nuvens para a causa raiz “5 – AsEmpresas não investem em melhorias de processo que reduzam o impacto ambiental”.

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Figura 5 – Diagrama de Dispersão de Nuvens para Causa Fundamental 1 (CF1) ­ Fonte: autores

Para a causa­raiz “10 – As empresas utilizam a tecnologia ou recursos energéticos e hídricos queapresentam menor custo de aquisição”, o Diagrama de Dispersão de Nuvens é similar ao utilizadopara a causa­raiz “5 – As Empresas não investem em melhorias de processo que reduzam o impactoambiental”, por isso não é necessário representá­lo neste trabalho. Basta substituir o pré­requisito Cpor um novo pré­requisito, denominado pré­requisito E: “Utilizar tecnologia ou recursos energéticos ehídricos que possuam menor impacto ambiental”. Da mesma forma, o pré­requisito “Não C” ésubstituído pelo pré­requisito “Não E”: “Não utilizar tecnologia ou recursos energéticos e hídricosque possuam menor impacto ambiental”. Já o Pressuposto 2 deve ser substituído pelo Pressuposto 5:“Os investimentos para substituir a tecnologia ou recursos energéticos e hídricos visando reduzir oimpacto ambiental não resultam em outros ganhos financeiros”. A Figura 5 mostra o diagrama dedispersão das nuvens para a causa­raiz “5 – As Empresas não investem em melhorias de processo quereduzam o impacto ambiental”.

A solução para ambas as Causas Fundamentais (“5 – As Empresas não investem em melhorias deprocesso que reduzam o impacto ambiental” e “10 – As empresas utilizam a tecnologia ou recursosenergéticos e hídricos que apresentam menor custo de aquisição”) passa necessariamente, conformedescrição anterior do método, pela identificação das chamadas Injeções.

As Injeções atuarão sobre o sistema que não reduz os impactos ambientais, tendo por objetivo, buscarsoluções do tipo ganha­ganha e transformando os EIs (efeitos Indesejáveis) em EDs (EfeitosDesejáveis). Uma vez que a essência para “5 – As Empresas não investem em melhorias de processoque reduzam o impacto ambiental” e “10 – As empresas utilizam a tecnologia ou recursos energéticose hídricos que apresentam menor custo de aquisição” são as mesmas, um único conjunto de injeções(Injeção 1) será proposta.

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O conjunto de possíveis injeções propostas, agrupadas como Injeção 1, foi identificado através datécnica de brainstorming, tomando como ponto de partida os 5 pressupostos identificados. Avalidação inicial de tais injeções ocorreu na verificação do impacto de tais injeções nos pressupostosmapeados, conforme previsto no método de Dispersão das Nuvens. O conjunto de iniciativas quecompõe a Injeção 1 pode ser visto no Quadro 3.

InjeçõesPressupostoInvalidado

Realizar periodicamente um estudo para identificar potenciais multas às quais a empresa estaria sujeita,relacionando com os eventuais custos de prevenção

Pressuposto 1

Implementar um programa que estimule identificação e implementação de idéias criativas na empresa parareduzir os impactos ambientais através de pequenos investimentos ou nenhum investimento

Pressupostos 2 e3

Avaliar a sensibilidade do mercado de atuação da empresa, com relação a aspectos ambientais através depesquisa

Pressuposto 4

Realizar periodicamente estudo para avaliar o custo­benefício da utilização de novas tecnologias ourecursos energéticos e hídricos alternativos

Pressuposto 5

Quadro 3 – Conjunto de iniciativas que compõe a “Injeção 1” ­ Fonte: autores

A Injeção 1, conforme identificado, poderia representar os alicerces do Sistema de Gestão Ambientalda empresa, adicionalmente a indicadores para monitorar a situação atualizada dos impactosambientais. Dessa forma, a obtenção de injeções específicas poderia ser estimulada de maneirasistemática e contínua na empresa.

Através do Diagrama de Dispersão de Nuvens, foi possível identificar a Injeção 1, quepotencialmente invalidaria os pressupostos relacionados às causas­raiz “5 – As Empresas nãoinvestem em melhorias de processo que reduzam o impacto ambiental” e “10 – As empresas utilizama tecnologia ou recursos energéticos e hídricos que apresentam menor custo de aquisição”,transformando­as em efeitos desejáveis (EDs). No entanto, a causa­raiz “20 – Em geral, astecnologias com menor custo de aquisição não possuem menor impacto ambiental” também precisaser abordada por meio de uma possível solução (Injeção 2). Nesse caso a proposta é a seguinte: Criarsubsídios para que os custos dos recursos renováveis e tecnologias com menor impacto sejamtambém, de menor custo. Nesse caso, a Injeção atua diretamente na “20 – Em geral, as tecnologiascom menor custo de aquisição não possuem menor impacto ambiental”, não sendo necessário ter queresolver diretamente um conflito através do método de Dispersão das Nuvens para identificar asolução.

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Figura 6 – Diagrama de Dispersão de Nuvens para o novo Efeito Indesejável ­ Fonte: autores

Ao se aplicar uma Injeção podem ser criados novos Efeitos Indesejáveis que precisam ser eliminados(DETTMER, 1997). Analisando a Injeção 2, ao criar os subsídios propostos, o governo poderiacausar impactos econômicos negativos na sociedade, uma vez que esses recursos deixariam de serinvestidos em outras áreas como a de infra­estrutura, por exemplo. Este fato reforça a importância deque a sustentabilidade, seja ela de uma empresa, ou de uma sociedade, seja abordada globalmente,observando os aspectos econômicos, ambientais e sociais. Dessa forma, este efeito indesejáveltambém pode ser caracterizado como um conflito. Se o governo criar subsídios, as empresas poderãogerar menores impactos ambientais. Ao mesmo tempo, se o governo não criar subsídios, não deixaráde investir em outras áreas os recursos que seriam utilizados para os subsídios, contribuindo paramenores impactos sociais e econômicos. Este conflito é ilustrado através de um novo diagrama dedispersão das nuvens, conforme a Figura 6.

A aplicação de mais uma solução (Injeção 3) procura atuar sobre o novo efeito indesejável e, porconseqüência, resultar em Efeitos Desejáveis, conforme será ilustrado na Árvore da Realidade Futura(ARF). Para a Injeção 3 é proposto o conjunto de iniciativas apresentadas no Quadro 4.

InjeçõesPressupostoInvalidado

Criar incentivos para adaptação da tecnologia e uso de recursos queprovocam reduzidos impactos no meio ambiente (sustentáveis)

Pressuposto 6

Definir políticas de subsídios para redução dos custos de tecnologiasatravés da avaliação global da sustentabilidade da sociedade, queconsidere aspectos econômicos, ambientais e sociais

Pressuposto 7

Quadro 4 – Conjunto de iniciativas que compõe a “Injeção 3”. Fonte: autores

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A seguir se apresenta uma visão de futuro em relação à aplicação das soluções sugeridas. EssaÁrvore da Realidade Futura procura vislumbrar os efeitos desejados e verificar se algumasramificações negativas (KIM, MABIN & DAVIES, 2008).

3.3 Aplicação da Árvore da Realidade Futura (Para o que Mudar?)

Uma vez identificadas as Injeções, a construção da Árvore da Realidade Futura (ARF) é realizadapor meio da definição dos Efeitos Desejáveis (EDs). Esses EDs são obtidos a partir dos EfeitosIndesejáveis (EIs) mapeados na Árvore da Realidade Atual (ARA). Na Figura 7 é apresentada aÁrvore da Realidade Futura (ARF), representando os Efeitos Desejáveis encontrados, assim como as3 injeções.

Esse efeitos desejáveis são expectativas a partir da implementação das injeções. Não foi fruto dessetrabalho a elaboração da Árvore de Pré­Requisitos e da Árvore de Transição, também ferramentas doProcesso de Pensamento da Teoria das Restrições (Como causar a mudança?). Essas ferramentasauxiliariam para formulação de um plano de ação que suporte a realização da mudança.

A confecção da Árvore da Realidade Futura possibilitou a identificação de uma ramificação negativaem relação aos aspectos do investimento governamental. Essa ramificação negativa procurou sertratada por meio da construção da Evaporação das Nuvens anteriormente explicitada e, porconseqüência, a solução (injeção) também evidenciada.

Possívelmente, uma das principais injeções seja “Definir políticas de subsídios para redução de custosde tecnologias e recursos energéticos através da avaliação global da sustentabilidade da sociedade,que considere aspectos econômicos, ambientais e sociais”. Possivelmente essa injeção abra caminhopara abordagens ou métodos que sustentem uma avaliação global do uso de recursos que suporteações sustentáveis.

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Figura 7 – Árvore da Realidade Futura de indústria que irá reduzir os impactos ambientais ­ Fonte: autores

A seguir, as considerações finais são explicitadas. Além disso, se procura abrir o debate sugerindooutros trabalhos que possam complementar o esforço empreendido até o momento.

4. Considerações Finais

O presente artigo buscou aplicar o conjunto de ferramentas do processo de pensamento da Teoria dasRestrições (TOC) para a identificação e solução de problemas relacionados ao desenvolvimentosustentável das indústrias. Por meio da Árvore da Realidade Atual (ARA), foram identificadas trêscausas fundamentais que, em tese, dificultam a redução de impactos ambientais. A primeira delas, deresponsabilidade principal da empresa, é o fato dela não implementar melhorias de processo queresultam na redução dos impactos ambientais. Para a segunda e terceira causas fundamentaisidentificadas, as responsabilidades se dividem entre a empresa e o governo. Por um lado, a empresa

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não utiliza tecnologias ou recursos energéticos com menor impacto ambiental, uma vez que o custodos recursos energéticos e tecnologias existentes são mais altos do que as que resultam em menorimpacto ambiental. Por outro, lado o governo poderia fornecer subsídios pontuais que viabilizassem ouso de tecnologias com menor impacto ao patrimônio ambiental nacional.

Com a utilização do Diagrama de Dispersão das Nuvens, definiu­se um conjunto de ações agrupadoscomo a primeira Injeção, que potencialmente invalidaria os pressupostos relacionados às causas­raiz“5 – As Empresas não investem em melhorias de processo que reduzam o impacto ambiental” e “10 –As empresas utilizam a tecnologia ou recursos energéticos e hídricos que apresentam menor custo deaquisição”, transformando­as em efeitos desejáveis (EDs). A causa–raiz “20 – Em geral, astecnologias com menor custo de aquisição não possuem menor impacto ambiental”, foi abordada pormeio de duas Injeções, as quais podem ser resumidas como um conjunto de políticas públicassustentáveis.O resultado desse trabalho é a apresentação de uma proposta, no sentido de direcionarum conjunto de ações que possam ser adotadas por uma ampla gama de indústrias. Nesse caso,Indústrias que tenham dificuldade em reduzir os impactos ambientais sem a contrapartida da perda decompetitividade.

Ao aplicar as questões relativas ao escopo do projeto nas ferramentas do Pensamento da Teoria dasRestrições (TOC), as informações obtidas contribuem com o posicionamento da empresa e ajudam anortear investimentos “eco­eficientes”. A possibilidade de avaliar e testar a aplicabilidade de possíveisInjeções obtidas através da ferramenta de Dispersão das Nuvens, assim como compará­las com arealidade vivenciada da empresa, são algumas das possíveis contribuições do trabalho..

Como possibilidade para outras pesquisas cabe sugerir algumas questões que podem ser abordadas.Primeiro, poderia haver um desdobramento do presente trabalho no sentido de construir a Árvore deTransição e a Árvore de Pré­requisitos como meio de gerar um plano de ação a ser implementado nasorganizações. Segundo, seria importante a construção de um instrumental para avaliação das ações desustentabilidade sob um aspecto global. Isso significa considerar, ao mesmo tempo, as questõesambientais, sociais e econômicas. Eventualmente, arcabouços teóricos como o Pensamento Sistêmico,em geral, e a Dinâmica de Sistemas, em particular, poderiam ser úteis (MABIN, DAVIES & COX,2005; MUSA, EDMONSON & MUNCHUS, 2009). Terceiro, outros aspectos não contempladosnesse trabalho poderiam complementar Árvore da Realidade atual, por exemplo. Quarto, outrassoluções (injeções) podem ser propostas para, com menor esforço, romper os pressupostosexplicitados.

Enfim, trata­se de um primeiro esforço de aplicação de um processo de raciocínio sistemático sobreum problema complexo. O trabalho não teve por objetivo ser definitivo ou fechado, mas sim, temcomo meta contribuir a essa discussão a partir de um ponto de vista distinto.

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1. Programa de Pós­Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas – PPGEPS/UNISINOS. Email: [email protected]. Bacharelado em Engenharia de Produção – EP/UNISINOS. Email: [email protected] 3. Grupo de Pesquisa em Modelagem para Aprendizagem – GMAP | UNISINOS. Email: [email protected]. Grupo de Pesquisa em Modelagem para Aprendizagem – GMAP | UNISINOS. Email:[email protected]

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