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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA MEIBY DULLÓN SOTOLONGO APLICAÇÃO DE MEDIDAS EDUCATIVAS PARA A REDUÇÃO DA INCIDÊNCIA DE PACIENTES HIPERTENSOS NA POPULAÇÃO ATENDIDA NA ESTRATÊGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA JARDIM PARAISO TUCURUÍ/PARÁ 2018

APLICAÇÃO DE MEDIDAS EDUCATIVAS PARA A ......população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. (BRASIL, 2015) A UBS “Dr Liler das Merces Leão Creão”

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Page 1: APLICAÇÃO DE MEDIDAS EDUCATIVAS PARA A ......população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. (BRASIL, 2015) A UBS “Dr Liler das Merces Leão Creão”

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

MEIBY DULLÓN SOTOLONGO

APLICAÇÃO DE MEDIDAS EDUCATIVAS PARA A REDUÇÃO DA

INCIDÊNCIA DE PACIENTES HIPERTENSOS NA POPULAÇÃO

ATENDIDA NA ESTRATÊGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

JARDIM PARAISO

TUCURUÍ/PARÁ

2018

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MEIBY DULLÓN SOTOLONGO

APLICAÇÃO DE MEDIDAS EDUCATIVAS PARA A REDUÇÃO DA

INCIDÊNCIA DE PACIENTES HIPERTENSOS NA POPULAÇÃO

ATENDIDA NA ESTRATÊGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

JARDIM PARAISO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, Universidade Federal do Pará, para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientadora: Dra. Ana Julia Pantoja de Moraes

TUCURUÍ/PARÁ

2018

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MEIBY DULLÓN SOTOLONGO

APLICAÇÃO DE MEDIDAS EDUCATIVAS PARA A REDUÇÃO DA

INCIDÊNCIA DE PACIENTES HIPERTENSOS NA POPULAÇÃO

ATENDIDA NA ESTRATÊGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

JARDIM PARAISO

Banca examinadora

Professor (A): ANA JULIA PANTOJA DE MORAES

Professor (A): MARIA TEREZA SANCHES FIGUEIREDO

Aprovado em Pará, em _______de ___________________de 2018.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pães, por ser os criadores do que eu sou hoje na

atualidade.

Á minha irmã, por sempre estar presente e dar um passo na frente

quando eu preciso de ela.

Ao meu Rei, por me apoiar, me dar a mão e ficar do meu lado vez

cada que lhe solicito.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pães, que ficaram comigo momento cada.

Á minha irmã (a única), por me dar força para continuar

avançando.

Ao meu “Amor Belo”, que luta comigo até eu alcançar os meus

objetivos.

Ás minhas Tutora Claudia Marques e supervisora Ana Julia

Pantoja por me ajudar sem reparos.

Aos aqueles todos, que apoiaram e ajudaram de qualquer jeito para

a realização deste trabalho.

Desde o mais fundo do meu coração.... Muita obrigada.

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PENSAMENTO

.... Tem mais valor a vida de um só ser humano

que todas as riquezas do homem mais rico da

Terra...

Ernesto Ché Guevara

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RESUMO

A Hipertensão Arterial, classificada como uma Doença Crônica Não

Transmissível, se define como a alteração da pressão nas artérias se

encontrando constantemente elevada, maior ou igual que 140 mmHg de

pressão sistólica por 90 mmHg da pressão diastólica a partir da etapa de adulto

jovem resultados de várias complicações mortais. Esta constitui um dos

principais problemas de saúde pública que afeta grandes parcelas da

população brasileira e deve ser tratada em toda rede integrada do Sistema

Único de Saúde. Com o atual projeto se tem como objetivo ajudar à população

adstrita a Estratégia de Saúde da Família Jardim Paraiso a diminuir fatores de

risco modificáveis favorecedores desta doença promovendo ações de saúde à

comunidade toda. Para isso se realizou um estudo analítico, observacional,

retrospectivo, com uma mostra definitiva de 215 pacientes com diagnóstico de

Hipertensão Arterial, de setembro do 2017 a fevereiro de 2018, moradores no

Bairro Jardim Paraiso, no município Tucuruí, estado do Pará.

Foi aplicado um questionário e posteriormente as respostas foram processadas

pelos integrantes da Equipe Básica de Saúde.

Palavras-chave: hipertensão arterial, educação em saúde, Tucuruí.

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ABSTRACT

Hypertension, classified as a Non-Communicable Chronic Disease, is defined

as the change in pressure in the arteries encountered consistently elevated,

greater than or equal to 140 mmHg of systolic pressure by 90 mmHg of diastolic

pressure from the stage of adult young several fatal complications. This is one

of the main public health problems that affects large portions of the Brazilian

population and must be treated in an integrated network of the Unified Health

System. The current project aims to help the population of the Family Health

Strategy Jardim Paraiso to reduce modifiable risk factors favoring this disease

by promoting health actions to the whole community. For that, an analytical,

observational, retrospective study was carried out, with a definitive sample of

215 patients diagnosed with Arterial Hypertension, from September 2017 to

February 2018, residents of Jardim Paraiso neighborhood, in the municipality of

Tucuruí, state of Pará. A questionnaire was applied and the answers were

processed by the members of the Basic Health Team.

Key words: arterial hypertension, health education, Tucurui.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SMS: Secretária Municipal de Saúde

SUS: Sistema Único de Saúde

UBS: Unidade Básica de Saúde

NASF: Nucleio de Apoio à Saúde da Família

HTA: Hipertensão Arterial

OMS: Organização Mundial da Saúde

SBH: Sociedade Brasileira de Hipertensão

mmHg: Milímetro de Mercúrio

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1............................................................................................................15

Quadro 2............................................................................................................23

Quadro 3............................................................................................................27

Quadro 4............................................................................................................34

Quadro 5............................................................................................................35

Quadro 6............................................................................................................36

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................9

JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 17

OBJETIVOS ................................................................................................. 19

METODOLOGIA........................................................................................... 20

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 21

PLANO DE INTERVENÇÃO......................................................................... 31

Descrição do problema selecionado .................................................... 31

Explicação do problema ....................................................................... 32

Seleção dos nós críticos ...................................................................... 32

Desenho das operações ...................................................................... 33

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 37

REFERÊNCIAS............................................................................................ 38

ANEXOS ...................................................................................................... 42

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INTRODUÇÃO

Tucuruí é um município brasileiro do estado do Pará (na língua indígena

significa "Rio de Gafanhotos" ou "Rio de Formigas"). Localizado na

Mesorregião do Sudeste Paraense, no alto Rio Tocantins, à margem esquerda

do mesmo. Situado a 480 km de Belém, a capital do estado. Limita ao norte

com Baião, ao sul com o município Novo Repartimento, ao este com outro

município paraense chamado Breu Branco e a oeste com Pacajá; contando

com uma superfície total de 2095 km quadrados e uma população maior de

109 000 habitantes até o passado ano.

A economia do município se desenvolve nos três setores: primário, secundário

e terciário. No setor primário, a economia do município é voltada para a

exportação de madeiras, indústrias de leite, agricultura, pesca, pecuária,

extração de argila, madeira, areia, couro e etc.

Há também a extração, ainda que em menor escala, de açaí, babaçu, pupunha,

castanha-do-pará e outros, que são consumidos pelo mercado interno e parte

exportada para outros Municípios e Estados.

Os principais produtos agrícolas cultivados no município são: o abacaxi, o

arroz, o feijão, a mandioca, a melancia e o milho, produtos estes de culturas

temporárias, e o abacate, a banana, o cacau, o café, o coco, a laranja e o

maracujá, as principais de culturas permanentes. Alguns tipos de animais são

criados no município: bovinos (bois), equinos (cavalos), suínos (porcos) e

outros.

Geralmente a população tem um nível econômico meio; maiormente moram em

casas de cimento, que produto das intensas chuvas da região tem condições

não muitas legais. Nos últimos anos acentuou-se a violência dentro do

município, os roubos e assaltos ameaçam aos habitantes da cidade.

O município encontra-se subdividido em diferentes bairros, mais o estudado

neste projeto é o bairro Jardim Paraiso. Habitado por cerca de 2616 pessoas,

localizado quase no coração de Tucuruí, muito perto do centro e do rio. Criado

na década do 80´devido á deflorestação do município que tinha como objetivo

aumentar a quantidade de casas para melhorar as condições dos tucuruienses.

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Atualmente trata-se de uma população com muita vontade de trabalhar, os

empregos principalmente são agrícolas e comerciais, vendendo produtos

variados na Feria Principal de Tucuruí (peixes, carnes, frutas, verduras e

legumes). A estrutura de saneamento básico na comunidade é deficiente,

mesma se poderia melhorar mais, tem alguns locais com pequenas

quantidades de lixo (materiais de construção e pés talhados), que com a

escassa recolhida do mesmo, esta situação desfavorece a higiene e ajuda a

proliferação de doenças desenvolvidas por hospedeiros intermediários (ratos,

mosquitos, baratas), para mais o bairro apresenta problemas no esgotamento

com derramamento de agua potável e suja pelo médio das ruas. A comunidade

no seu conjunto pertence à classe média, tem cidadãos com bom

desenvolvimento econômico, mais outros moram em condições bastantes

precárias.

Com a criação do Sistema Único de Saúde há alguns anos atrais, a Secretaria

Municipal de Saúde tem como atribuições planejar, desenvolver, orientar,

coordenar e executar a política de saúde do município, compreendendo tanto o

cuidado ambulatorial quanto o hospitalar; é de sua responsabilidade também

planejar, desenvolver e executar as ações de vigilância sanitária e

epidemiológica afetas à sua competência.

No caso da Secretária Municipal de Saúde (SMS) do Tucuruí, a qual

caracteriza-se por ser multiprofissional e interdisciplinar, reúne profissionais da

área de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, cirurgiões dentista,

nutricionistas, farmacêuticos) e profissionais da área meio (administrador,

economista, contador, estadístico). Esta tem como principal objetivo criar as

condições para que as ações e serviços de saúde sejam prestados de forma

eficiente, equitativa e com qualidade para melhor acesso da população,

atendendo aos princípios da universalidade, igualdade e integralidade da

atenção à saúde, estabelecidos constitucionalmente para o Sistema Único de

Saúde (SUS).

A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o local prioritário de atuação de uma ou

mais equipes de Atenção Básica; sendo a porta de entrada preferencial do

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SUS. O objetivo nela é atender até 80% dos problemas de saúde da

população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais.

(BRASIL, 2015)

A UBS “Dr Liler das Merces Leão Creão” (popularmente conhecida como “O

Liler”) atualmente está composta por duas Estratégias de Saúde da Família e o

Nucleio de Apoio à Saúde da Família (NASF), com salas de acolhimento,

vacinação, farmácia, assistência social, consultas medicas e especializadas de

dermatologia, nutrição, psicologia.

A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS,

condicionada pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no

Brasil. A velocidade de expansão da Saúde da Família comprova a adesão de

gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 1994,

apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação

dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que

permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito

dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos

indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida. (ASSIS,

2017).

O trabalho da equipe da Saúde da Família é o elemento-chave para a busca

permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os

integrantes da equipe (médica, licenciada de enfermagem, técnicas de

enfermagem e agentes comunitários de saúde). A equipe de Jardim Paraiso

tem diversas funções como: estabelecer vínculos de compromisso e de co-

responsabilidade com a população; estimular a organização da comunidade

para exercer o controle social das ações e serviços de saúde; utilizar o sistema

de informação adequado para o monitoramento e a tomada de decisões; atuar

de forma intersetorial, por meio de parcerias estabelecidas com diferentes

segmentos sociais e institucionais, para assim intervir em situações que

transcendem a especificidade do setor da saúde e que têm efeitos

determinantes sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos- famílias-

comunidade.

Trata-se de uma equipe maravilhosa, com suficiente comunicação e respeito

para o desenvolvimento e fluidez no trabalho diário. Integrada por uma médica;

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três técnicos de enfermagem; bondosos, atentos e sérios nos seus labores;

uma licenciada de enfermagem, abnegada e comprometida com a sua

profissão e cinco agentes comunitários de saúde consagrados com os seus

trabalhos.

O tempo da Equipe de Jardim Paraiso está ocupado quase exclusivamente

com as atividades de atendimento das consultas programadas, se levando a

cabo alguns programas: pré-natal; puericultura; atenção a pacientes

hipertensos diabéticos, portadores de Hanseníase, Tuberculose, HIV. A equipe

desenvolve outras atividades, tais como: conversas educativas de diferentes

temáticas de saúde, induzindo promoção de saúde, atividades cientificas dos

profissionais, repartição de boletins relacionado com alguma doença no

específico, e até distribuição de camisinhas, no caso da prevenção das

doenças de transmissão sexual.

A expansão da cidade propiciou o surgimento da saúde pública no começo da

revolução industrial, devido aos problemas de saúde de seus moradores. Hoje,

após quase setenta anos da sua criação, Tucuruí se encontra em número de

habitantes e tamanho exorbitantemente maior. Devido a multiplex fatores

desfavorecedores que o município apresenta, como são: a sua situação

geográfica, sua economia, seu nível cultural, sofre de certos problemas, neste

caso relacionados com a saúde humana foram achados tais:

o Alta incidência e prevalência das doenças crônicas não transmissíveis,

principalmente Hipertensão e Diabetes Mellitus.

o Elevado número de mulheres com histórias obstétricas multíparas e em

idades iniciais (gravidez na adolescência).

o Excessivo número de crianças vítimas de acidentes domésticos.

o Escassez de vagas para consultas das diferentes especialidades, que

necessariamente o povo precisa.

o Ausência de respaldo pelo SUS de alguns exames, importantes para

diagnostico de doenças mortais.

o A longa distância que muitos pacientes têm que transitar para se

consultar com importantes especialidades, onde muitas vezes a sua

mesma doença impede uma viagem tão longo.

o Demora da data das consultas ou de cirurgias planejadas.

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A comunidade do bairro Jardim Paraiso ao formar parte do município paraense,

não fica imune de mostrar dificuldades relacionadas com sector da saúde. No

início do presente ano se levou a cabo um estudo do diagnostico situacional de

dita comunidade, onde acabou se revelando problemas como as doenças de

tipo isquêmicas dos sistemas cardio-cerebral (acidentes cerebrovasculares e

infartos agudos do miocárdio), sendo a maior causa de internação e até a

morte dos cidadãos, tem como principal fator de risco encontrado foi a

Hipertensão Arterial Crônica, tema a debater neste projeto. Ocupa lugar no

listado também a incidência de acidentes de trânsito, o alto grau de violência

da população, assim como as doenças neoplásicas malignas a qualquer nível

do corpo.

A identificação e descrição de problemas foi realizada por meio da análise das

informações existentes nas bases de dados oficiais existentes, estudos

específicos realizados na área e dados coletados por metodologias qualitativas,

como entrevistas individuais ou coletivas com profissionais de saúde e

representantes da população a estudar.

Após de vários encontros, a equipe toda de jardim Paraiso concordou por

unanimidade com a seguinte lista de priorização dos problemas achados:

o Elevada incidência e prevalências com complicações de

Hipertensão Arterial que levam ao traste a ocorrência de doenças

relacionadas com o aparelho circulatório (acidentes

cerebrovasculares, infartos agudos do miocárdio).

o Frequente ocorrência de acidentes domésticos com crianças

involucradas.

o Alta incidência de pacientes doentes de processos malignos de

câncer.

o Falta de conhecimentos de população através de meios de

comunicação acerca da prevenção de diferentes doenças, assim

como seus sintomas e a importância de se realizar os diferentes

exames para a sua detecção precoce.

o Escassa sanidade dentro nas casas dos cidadãos.

o O mau estado das vivendas, algumas com perigo de derrube e/ou

favorecedoras de epidemias de roedores e baratas.

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o Alto custo das consultas e vacinas veterinárias para evitar

ocorrência de doenças transmitidas por cachorros e gatos.

o Escassez de vagas para consultas das diferentes especialidades,

que necessariamente o povo precisa.

o Ausência de respaldo pelo SUS de alguns exames, importantes,

de alta tecnologia para o diagnóstico de doenças mortais.

o A longa distância que muitos pacientes têm que transitar para se

consultar com importantes especialidades, onde muitas vezes a

sua mesma doença impede uma viagem tão longo.

o Demora da data das consultas ou de cirurgias planejadas.

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QUADRO 1:

Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da

comunidade adscrita à equipe de Saúde Jardim Paraiso, Unidade Básica de

Saúde “Dr Liler das Merces Leão”, município de Tucuruí, estado de Pará.

Problemas Importância* Urgência** Capacidade de

enfrentamento***

Seleção/

Priorização****

Alta incidência

de hipertensos

na população.

Alta 5 Dentro 1

Reiterada

ocorrência de

acidentes

domésticos nas

crianças.

Média 5 Parcial 2

Elevada

incidência de

pacientes com

câncer.

Média 5 Dentro 2

Escassez de

conhecimentos

da população

de algumas

doenças,

principalmente

sua prevenção.

Baixa 2 Parcial 1

Precária

sanidade

domiciliar e

comunitária.

Média 3 Parcial 3

Paupérrimas

condições

estruturais das

vivendas.

Média 2 Fora 8

Alto custo das

consultas e

vacinas

veterinárias

Baixa 1 Fora 7

Pouco respaldo

do SUS para

realização de

exames de alta

tecnologia

Média 2 Parcial 4

Escassez de

vagas para

consultas de

especialidades

especificas.

Alta 4 Parcial 4

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Longa distância

a recorrer para

se consultar

com

especialidades

médicas

precisas.

Baixa 1 Parcial 6

Demora da data

das consultas

ou de cirurgias

planejadas.

Média 3 Parcial 5

Para a priorização destes problemas a equipe levou em conta a frequência de

cada dificuldade apontada na população estudada e a possibilidade da própria

equipe para a sua resolutividade.

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JUSTIFICATIVA

As doenças não transmissíveis dobraram seu impacto nos países em

desenvolvimento, geralmente em áreas urbanas, onde as pessoas estão

expostas a uma vida mais sedentária, ao cigarro ou ao charuto, ao álcool, uma

dieta rica em gordura, carboidratos e o stress, tudo isso em conjunto

desenvolve a aparição de doenças crônicas, como diabetes mellitus e

hipertensão arterial crônica, o que aumenta o risco de doença cardiovascular.

A Hipertensão Arterial (HTA) é um dos grandes males do mundo atual, o

número de pessoas em todo o mundo com elevação da pressão arterial quase

dobrou nos últimos 40 anos, revela um novo estudo. Segundo um/86 estudo

publicado na revista The Lancet, o número total de pessoas com hipertensão

arterial subiu de 594 milhões em 1975 para ao redor de 13,3 bilhões em o ano

2015, devido a fatores de risco diversos como o grande aumento da população

global e um número crescente de adultos mais velhos. (BIBLIOMED 2015).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças

cardiovasculares são responsáveis por cerca de 17 milhões de mortes por ano

em todo o mundo, o que representa aproximadamente um terço do número

total de óbitos. Cerca de 9,4 milhões dessas mortes resultam de complicações

por hipertensão, sendo a HTA responsável por pelo menos 45% das mortes

prematuras por doença cardíaca e 51% das mortes por acidente vascular

cerebral e 60% de invalidez físico-motora. (NAÇÕES UNIDAS 2018).

Os maiores aumentos nas taxas de hipertensão arterial têm sido em países de

baixa e média renda no sul da Ásia, como Bangladesh e Nepal, e na África

subsaariana, como a Etiópia e o Malawi, onde afeta até 46% dos adultos. A

pressão arterial elevada continua é um problema sério em alguns países

insulares do Pacífico e em alguns países da Europa Central e Oriental, como a

Eslovénia e a Lituânia.

Enquanto isso, os Estados Unidos e outros países ricos - incluindo Austrália,

Canadá, Alemanha, Japão e Suécia - viram reduções significativas nas taxas

de hipertensão. Em 2015, Austrália, Canadá, Grã-Bretanha, Peru, Cingapura,

Coréia do Sul e Estados Unidos tiveram as menores taxas de adultos com

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pressão alta, cerca de uma em cada oito mulheres e um em cada cinco

homens, de acordo com o estudo. (BIBLIOMED 2016).

No Brasil a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), estima que haja 30

milhões de hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas

com mais de 60 anos, mais de 60% têm hipertensão. Embora o problema

ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e

adolescentes hipertensos vem aumentando a cada dia. A SBH estima que 5%

da população com até 18 anos tenham Hipertensão Arterial, chegando à cifra

de 3,5 milhões de crianças e adolescentes.

Um estudo feito na cidade de Belém, município principal do estado de Pará, no

ano 2016, revelou que o 17,9% da população adulta é hipertensa, com

predomínio pelo sexo feminino (BIGE 2016).

Segundo informações reveladas pela Secretaria Municipal de Saúde do

Tucuruí, a hipertensão constitui um dos primeiros problemas na saúde no total

da sua população, com um aumento na cifra de pacientes hipertensos nos

últimos 5 anos, atingindo ao redor dos 4500 habitantes da população em geral.

Pela sua parte a Estratégia de Saúde da Família Jardim Paraiso do bairro

tucuruiense de igual nome, tem cerca de 2616 habitantes, dos quais 930 são

hipertensos cadastrados pela equipe de saúde, representando o 35,55% da

população total, em sua maioria adultos idosos.

Por tão motivo, se justifica a realização do presente projeto, pela alta

prevalência de moradores hipertensos, pelo número não depreciável destes

com ocorrência de doenças agudas de caráter isquêmico importante em uma

ou várias ocasiões, sendo a complicação da Hipertensão Arterial mais grave e

com maior incidência não só no Brasil, se não no mundo inteiro.

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OBJETIVOS

Geral:

Elaborar um projeto de intervenção como proposta para diminuir a

incidência e complicações da Hipertensão Arterial Crônica na área de

abrangência da Estratégia de Saúde Familiar Jardim Paraiso do

município Tucuruí.

Específicos:

Descrever os fatores sócio-demográficos e nutricionais que provocaram

a aparição de Hipertensão Arterial.

Identificar os principais medicamentos anti-hipertensivos no tratamento

farmacológico dos pacientes com Hipertensão Arterial.

Determinar as principais complicações acontecidas nos pacientes

hipertensos.

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METODOLOGIA

O presente estudo iniciou-se com a realização do Diagnóstico Situacional de

Saúde, através do qual foi possível conhecer a realidade atual do município de

Tucuruí, especificamente da população adstrita á ESF Jardim Paraiso,

propiciando, por conseguinte, a identificação dos principais problemas

existentes na comunidade, concluindo deste jeito que uns dos mais destacados

problemas na saúde dos habitantes da área estudada foi a Hipertensão Arterial

Crônica. Por tão razão, a confecção do projeto se motiva para conhecer os

fatores de risco de dita doença, presentes na população do Jardim Paraiso;

tomando como fontes de informação documentações como: Folhas Ficha A de

História Familiar, Prontuários de Saúde Individuais e o questionário aplicado à

população hipertensa. Se escolheu uma mostra ao azar de 215 pacientes

hipertensos residentes na área no momento do estudo, de agosto do 2017 a

janeiro do 2018, de qualquer grupo de idade, sexo e raça. Todos mostraram

completa disponibilidade de participar no estudo devido a que em nossa

opinião o problema principal relaciona-se com a Hipertensão Arterial.

Uma vez coletada toda a informação, trocar-se-á no registro primário. Os dados

obtidos, serão revisados e processados no Notebook Acer Intel I-5, mediante o

programa do Excel, concretizando uma análise da informação e os resultados

alcançados vão ser apresentados em quadros.

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REVISÃO BIBLIOGRAFICA

A saúde da família está no primeiro nível de atenção no Sistema Único de

Saúde (SUS) e é considerada uma estratégia primordial para a organização e o

fortalecimento da atenção básica. A partir do acompanhamento de um número

definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada, são

desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação,

reabilitação de doenças e agravos mais frequentes.

Para efetivar essas ações, foi criada pelo Ministério da Saúde a Estratégia

Saúde da Família (ESF), com o objetivo de consolidar o Sistema Único de

Saúde (SUS) que tem como base os princípios de acesso, tais como a

equidade, integralidade e universalidade e, também, princípios organizativos

como a descentralização, participação da comunidade e regionalização. Mais,

para elo, é necessário o trabalho de equipes multiprofissionais em unidades

básicas de saúde, formadas por: médico, enfermeiro, auxiliares de

enfermagem, agentes comunitários de saúde.

A equipes de saúde da família estabelece vínculo com a população,

possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade dos profissionais com os

usuários e a comunidade, com o desafio de ampliar as fronteiras de atuação e

resolubilidade da atenção. Além disso, tem como estratégia de trabalho:

conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de

cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e

epidemiológicas; identificar os principais problemas de saúde e situações de

risco às quais a população que ela atende está exposta; e prestar assistência

integral, organizando o fluxo de encaminhamento para os demais níveis de

atendimento, quando se fizer necessário. (BRASIL 2017).

Por enquanto, a atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida

como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o

atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças,

solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para

níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona,

portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de

saúde, dos mais simples aos mais complexos.

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Com o dedicado labor dos profissionais de saúde no dia a dia, e pela

preocupação de levar o bem-estar o momento todo ás pessoas, foram achados

problemas de saúde que atualmente afeta não só à população brasileira se não

à população mundial em geral, trata-se da Hipertensão Arterial Crônica, nos

últimos anos apresenta certos níveis estadísticos como se encontrando acima

de 30% na população brasileira com mais de 50 anos, entre 60 a 69 anos é de

50%, e acima de 70 anos é de 75%. Entre os gêneros a prevalência é maior

nos homens (38%), do que nas mulheres (32%). (MINHA VIDA, 2018).

A Hipertensão Arterial é um grave problema de saúde pública, sendo

considerado um dos principais fatores de risco para as doenças

cardiovasculares e é responsável por altas taxas de morbidade. (OLIVEIRA,

2013).

Nas últimas décadas, houve uma importante mudança no perfil da mortalidade

da população brasileira, com aumento dos óbitos causados por doenças

crônicas não transmissíveis e causas externas. Nesse contexto, as doenças

cardiovasculares passaram a ser as causas mais comuns de morbidade e

mortalidade em todo o mundo, incluindo o Brasil e, entre os fatores de risco

para doença cardiovascular encontra-se a hipertensão arterial (GUEDES,

2011).

A Hipertensão Arterial é uma doença crônica-degenerativa de natureza

multifatorial, que pode causar lesão nos órgãos-alvo; caracterizada por níveis

elevados e sustentados de pressão arterial, sendo que para adultos o

recomendado é PA ≥ 140 mmHg de pressão sistólica e ≥ 90 mmHg de pressão

diastólica. (OMS, 2013).

É considerada uma doença não transmissível, sendo conceituada como uma

síndrome, associada a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos

tróficos, como, hipertrofias cardíacas e vasculares, ela pode ser controlada,

mas não curada, requerendo tratamento por toda a vida. (Sociedade Brasileira

de Hipertensão 2009).

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A pressão arterial, segundo Sociedade Europeia de Hipertensão e a Sociedade

Brasileira de Hipertensão pode classificar-se como segue no próximo quadro:

QUADRO 2

“Classificação da Hipertensão Arterial (HTA) segundo as cifras para maiores de

18 anos”.

Sociedade Europeia de Hipertensão

Sociedade Europeia de Cardiologia

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Sociedade Brasileira de Hipertensão

Sociedade Brasileira de Nefrologia

Pressão sistólica (mmHg)

Pressão diastólica (mmHg)

Ótima Ótima <120 <80

Normal Normal 120-129 80-84

Normal Alta Limítrofe 130-139 85-89

Hipertensão Grau I Hipertensão Estágio I 140-159 90-99

Hipertensão Grau II Hipertensão Estágio II 160-179 100-109

Hipertensão Grau III Hipertensão Estágio III >180 >110

Hipertensão Sistólica Isolada Hipertensão Sistólica Isolada >140 <90

Fontes: Guides 2007; VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão 2010.

A HTA posse outra classificação, segundo a fisiopatologia poderia ser

categorizada em dois tipos:

O primeiro, a hipertensão arterial primária (essencial ou idiopática) que

significa que a elevada pressão sanguínea não tem causa médica

identificável, correspondendo a maioria dos casos. Neste tipo de

hipertensão, existe uma tendência familiar acentuada, mas, como em muitas

outras doenças, ainda não se pode falar de hereditariedade.

O por cento restante corresponde ao segundo tipo, a hipertensão arterial

secundária, é um tipo de hipertensão devida a doença subjacente, a qual

pode ser corrigida ou tratada. Entre as causas mais comuns de hipertensão

secundária encontram-se a doença renal (parenquimatosa, hipertensão

renovascular), a apneia do sono, doença adrenocortical, feocromocitoma,

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coartação da aorta e iatrogênica.

Alguns medicamentos podem causar hipertensão como efeito secundário,

tais como vasoconstrictores, glucocorticoides, ciclosporina, contraceptivos

orais, anti-inflamatórios não esteroides, entre outros; disse-se também de

causas psicológicas, como a Hipertensão Avental Branco e a Hipertensão

Mascarada. (CARRETERO 2000).

A hipertensão avental branco consiste níveis tensionais elevados (maior ou

igual a 140/90 mmHg) apenas quando um profissional de saúde aferir a

pressão do paciente, mantendo valores normais quando aferida em casa por

amigos ou familiares. A hipertensão mascarada é definida como valores

normais da pressão alta no consultório (menores que 140/90 mmHg), porém,

com esta elevada pela monitorização ambulatorial durante o período de vigília

ou na monitorização residencial pode chegar ao diagnóstico de HTA. (VI

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2010).

Um dos grandes problemas da hipertensão arterial é o fato desta ser

assintomática até fases muito avançadas da doença, disse-se que é uma

doença perigosíssima na imensa maioria dos casos. Não é à toa que ela é

chamada de “a assassina silenciosa”. Não existe um sintoma típico que

possa servir de alarme para avisarmos que a pressão arterial sanguínea

nesse momento se encontra elevada. (MD.SAUDE 2018).

Uma pequena parte dos hipertensos revela sofrer certos sintomas como:

dores de cabeça sobretudo na região occipital (parte posterior da cabeça) e

durante a manhã, assim como vertigens ou tonturas, zumbidos nos ouvidos,

distúrbios na visão ou mesmo episódios de desmaio, sangramento nasal

(epistaxis), entre outros.

Durante um exame físico, pode-se suspeitar de hipertensão caso se

verifique retinopatia hipertensiva durante a observação do fundo do globo

ocular através da oftalmoscopia. O sopro abdominal pode ser indicador de

estenose da artéria renal, um estreitamento das artérias que irrigam os rins,

enquanto a baixa pressão arterial nas extremidades inferiores e/ou

pulsações ausentes ou fracas na artéria femoral podem indicar coartação da

aorta (estreitamento da aorta descendente). Hipertensão instável ou

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paroxística acompanhada por dores de cabeça, palpitações, palidez e

transpiração levantam suspeitas da presença de feocromocitoma.

Entretanto, diversos estudos abordam que existem vários fatores de risco

que favorecem o aumento dos níveis de pressão arterial, entre eles:

Idade

Gênero e etnia (maior em indivíduos de cor não branca)

Consumo excessivo de sal

Consumo de bebidas alcoólicas

Tabagismo

Sedentarismo

Obesidade

História pessoal de doenças associadas: Diabetes Mellitus,

Hiperlipoproteinemias, Insuficiência Cardíaca, Apneia Obstrutiva do

Sono).

História familiar prematura de doença cardiovascular: homens<55 anos

e mulheres <65 anos.

O diagnóstico de hipertensão faz-se na presença de pressão sanguínea

elevada e persistente. Tradicionalmente, isto implica três medições com

esfigmomanómetro realizadas em consultório médico, depois do doente estar

em repouso pelo menos 10 minutos, a medição da pressão deve ser em

posição sentada. No caso de se tratar de uma hipertensão limite, o intervalo

poderá ser de um mês.

Nos primeiros dias deve-se medir as pressões arteriais dos dois braços, e se

houver uma diferença de mais de 20 mmHg na pressão sistólica, as medições

seguintes serão sempre efetuadas no braço com pressão mais alta. Em caso

contrário será sempre escolhido o braço direito, pois antes de chegar às

artérias do lado esquerdo já foi alimentado o braço direito e o cérebro, e a

pressão será assim discretamente mais baixa do lado esquerdo. (LLANIO,

CUBA, 2007).

No caso do paciente com suspeita de Hipertensão Avental Branco ou

Hipertensão se pedira ao mesmo medir a pressão arterial na sua casa, sempre

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com um aparelho adequado não digital e bem calibrado, por mínimo de uma

semana em diferentes horários do dia, para logo o médico fazer uma avaliação

das cifras dadas.

A pseudohipertensão entre os idosos pode também ser um fator a considerar

no diagnóstico. Esta situação deve-se à calcificação das artérias, o que resulta

em níveis de leitura anormalmente elevados no Esfigmomanómetro enquanto

que as aferições intra-arteriais são normais. Não esquecer que o processo de

endurecimento das paredes das artérias é progressivo com o envelhecimento e

o aumento da pressão arterial sistólica com a idade, também será progressivo

sem que isto signifique hipertensão arterial. Estes dados desafiam o consenso

atual, muito rígido nos critérios de hipertensão arterial acima dos 70 anos.

No quadro 3 mostra-se a maneira correta para atingir a pressão arterial certa

nos pacientes.

QUADRO 3

“Procedimento correto para aferição da pressão arterial”.

Procedimentos gerais

Explicar o procedimento ao paciente

Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo

Evitar bexiga cheia

Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes

Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes

Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado

Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito

Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço

intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente

fletido.

Solicitar para que não fale durante a medida

Procedimento de medida da pressão arterial

Medir a circunferência do braço do paciente

Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço

Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3 cm

Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial

Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem

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compressão excessiva

Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg do nível estimado da pressão sistólica

Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo)

Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korokoff), que é um

som fraco seguido de batidas regulares e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de

deflação

Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korokoff)

Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu

desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa

Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no

abafamento dos sons (fase IV de Korokoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero

Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas

Informar os valores de pressão arterial obtidos para o paciente

Fonte: Elsevier, 2006.

Uma vez completado o diagnóstico da hipertensão, o médico pode tentar

identificar a causa com base em outros sintomas eventuais. A hipertensão

secundária é mais comum na infância e adolescência, sendo na maior parte

dos casos causada por doenças renais. A hipertensão primária é mais comum

entre adultos e corresponde a múltiplos fatores de risco, incluindo obesidade,

hábitos de vida, estresse, uso de determinados medicamentos e antecedentes

familiares.

Podem também ser realizados exames de laboratório de modo a identificar

possíveis causas de hipertensão secundária, e determinar também se a

hipertensão já causou danos no coração, olhos ou rins. Também são

normalmente realizados exames complementares para a diabetes e colesterol

elevado, uma vez que ambos são fatores adicionais de risco para a

eventualidade de uma doença cardiovascular e podem requerer tratamento

complementar (ROSARIO et al. 2009).

Por ser na maior parte do seu curso assintomática, seu diagnóstico e

tratamento é frequentemente negligenciado, somando-se a isso a baixa

adesão, por parte do paciente, ao tratamento prescrito. Estes são os principais

fatores que determinam um controle muito baixo da HTA aos níveis

considerados normais em todo o mundo, a despeito dos diversos protocolos e

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recomendações existentes e ao maior acesso a medicamentos.

É preciso ter muito cuidado e atenção antes de rotular alguém como

hipertenso, tanto pelo risco de um diagnóstico falso-positivo, como pela

repercussão na própria saúde do indivíduo. Recomenda-se repetir a aferição

de pressão arterial em diferentes períodos, antes de caracterizar a presença de

hipertensão arterial. (BRASIL, 2006).

O tratamento e o controle da hipertensão dependem de medidas

farmacológicas e não farmacológicas. As medidas não farmacológicas se

acham estreitamente involucradas com os fatores de risco presentes no

paciente. O objetivo principal com tratamento não farmacológico é reduzir ou

eliminar por completo ditos fatores, que em muitas ocasiões se consideram

modificáveis para os hipertensos (obesidade, alcoolismo, tabagismo,

sedentarismo, hábitos alimentícios não saudáveis como o consumo excessivo

de sal e gorduras). A adesão a esses hábitos de vida favorece a redução dos

níveis pressóricos e contribui para a prevenção de complicações (OLIVEIRA,

2013).

Numerosos estudos mostram que o desenvolvimento de uma prática educativa

é necessário reconhecer que cada indivíduo tem opiniões, valores e crenças

adquiridas em seu ambiente social. A fim de promover o autocuidado e

educação para facilitar a adopção de estilos de vida saudáveis é essencial para

incorporar a educação do paciente como parte do tratamento. O paciente deve

ser informado sobre os conceitos básicos de a Hipertensão e suas

complicações, fatores de risco manejam não farmacológico, componentes e

objetivos do tratamento, a prevenção de complicações e a necessidade de

aderência ao tratamento. (Hartmann M, 2007).

Por isso é evidente que a educação para a saúde facilita a mudança de hábitos

e comportamentos, que pode restaurar e manter a saúde, a melhoria das

condições de vida. Além disso, com a implementação de programas de

educação para o controle estrito do regime higiênico, dietético e de médicos,

dando um foco para a atenção individual e personalizado, à vez que incentiva o

auto-cuidado do indivíduo e de sua família, o que melhora expectativa de vida

da população. (Brackbill RM, 2007).

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Como toda doença, a Hipertensão Arterial não está isenta de sofrer

complicações, já seja a longo ou corto prazo, dentro dessas consequências se

acham: acidente cerebrovasculares, os de tipo isquêmicos e os hemorrágicos;

renotipatía hipertensiva propriamente dita, doenças cardíacas, infarto agudo do

miocárdio, insuficiência cardíaca, hipertrofia ventricular esquerda, hipertensão

pulmonar; doenças crônicas renais, a mais grave a doença renal crônica.

Estima-se que, anualmente, 20 milhões de novos casos de acidente vascular

cerebral ocorrem no mundo. Desse total, a mortalidade pode ser de cinco

milhões de indivíduos. Os 15 milhões restantes são de casos não fatais de

acidente vascular cerebral, e um terço evolui com alguma sequela neural.

Estudos observacionais identificaram que a pressão arterial se correlaciona,

diretamente e continuadamente, com os eventos iniciais do acidente vascular

cerebral isquêmico e hemorragia cerebral. (BRASIL, 2016).

A Hipertensão Arterial Crônica, hoje em dia, é uma enfermidade que afeta uma

parte significativa da população, é a doença mais frequente no atendimento

médico. Por esta razão, pergunta-se: Como se pode influenciar na modificação

de estilo de vida no controle da hipertensão arterial em pacientes hipertensos

da Estratégia de Saúde Familiar Jardim Paraiso do município Tucuruí, estado

do Pará?

PLANO DE INTERVENÇÃO

A saúde deve ser vista como um recurso para a vida e não simplesmente como

objetivo de viver, entendendo-se saúde como um conceito positivo, que

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enfatiza os recursos sociais e pessoais bem como as capacidades físicas a fim

de promover a saúde de cada um. Uma vez que esta não é uma tarefa fácil,

obviamente não pode ficar apenas dependente do trabalho dos profissionais de

saúde, criando a necessidade também da envolvência e responsabilidade

pessoal de cada paciente.

Depois de avaliar a situação dos indivíduos e a comunidade em geral que

incorrem na saúde, se decide confeccionar um projeto de intervenção que

ajude a diminuir a incidência de casos com hipertensão que atualmente

acontece no mondo todo, assim como a suas complicações que tão custo

econômico tem pelos tratamentos, cirurgias de altas tecnologias, até invalidade

dos doentes; com o objetivo fundamental de brindar a informação certeira para

atingir a mudanças dos estilos e modo de vida da população.

Descrição do problema selecionado

O bairro Jardim Paraiso atualmente se encontra habitado por 2616 pessoas,

destas,52 em algum momento das suas vidas sofreram uma das doenças

degenerativas dos aparelhos cardíaco e cerebral (infarto agudo do miocárdio

e/ou acidente cérebro-vasculares) nos últimos 10 anos, o qual representa um

1,98%; destes pacientes a maioria apresentavam hipertensão arterial; uns com

conhecimento prévio que foram portadores de dita doença e outros sem ter

conhecimentos da sua história de saúde pessoal.

Trais o estudo pode-se concluir o nível de informação que exibem os

moradores sobre a importância da realização de exercícios físicos de maneira

regular, onde uma moderada porcentagem tem adoptado esse evento

beneficiador nos seus estilos de vidas, mais, um maior por cento de pessoas

confessa honestamente que desconhecem o valor de fazer exercícios físicos,

neste caso para a prevenção e melhor controle da hipertensão arterial.

Desde o século passado a HTA vim sendo um problema a nível mundial e, a

população do Jardim Paraiso não fica afora, muitos constituíram os esforços

dos integrantes da equipe para poder frenar este conflito; conversas com os

doentes, aperturas de grupos para a realização de exercícios físicos, mais

pode-se concluir na atualidade que estas ações não são suficientes, o número

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de pessoas hipertensas e complicações neles continua em aumento crucial

hoje em dia.

Explicação do problema selecionado

Na população estudada acham-se persistência durante anos de certos fatores

de risco, que até podem ser modificáveis pelas pessoas, assim desse jeito

reduzir um por cento importante da incidência da HTA e a suas complicações.

Por só tomar exemplos, no caso da obesidade está intimamente relacionada

com a Hipertensão arterial, sendo a prevalência de hipertensos cerca de 50%

maior nos indivíduos obesos. Além disso, o ganho de peso pode causar

elevação da pressão arterial e, ao contrário, a redução de peso pode diminuir a

pressão arterial de pacientes hipertensos. Pela sua parte, estreita relação tem

a obesidade com o sedentarismo, que também é causa do aumento da

incidência de várias doenças (Hipertensão arterial, diabetes, ansiedade,

aumento do colesterol, infarto do miocárdio) são alguns dos exemplos das

doenças às quais o indivíduo sedentário se expõe. O sedentarismo é

considerado um fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das

vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da

grande maioria das doenças, neste caso particular da HTA e a suas doenças

consequentes. Todo isto concatenado com os maus hábitos alimentícios que

posse a população, já seja pelo baixo nível econômico destes para a obtenção

de produtos beneficiários na dieta humana (frutas, vegetais, carnes, peixes,

leite) ou pela a escassa informação dos habitantes de como manter uma dieta

equilibrada, para diminuir, pois, a aparição e o agravo de doenças fatais que

causam danos no organismo como a HTA.

Seleção dos nós críticos

A maior parte das complicações que a pressão arterial elevada acarreta é

experiência por indivíduos que não estavam diagnosticados como hipertensos.

Deste modo, torna-se necessária a adopção de estratégias de redução das

consequências da pressão arterial elevada e reduzir as necessidades de

terapias à base de fármacos anti-hipertensivos. Antes de iniciar qualquer

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tratamento, recomenda-se alterações no estilo de vida de modo para diminuir a

pressão arterial. Como meio de prevenção primária da hipertensão.

Segundo a Sociedade Britânica de Hipertensão para o Programa Educativo

para a Pressão Alta, consideram as seguintes alterações ao estilo de vida:

Manter um peso normal ou adequado (índice de massa corporal entre

20-25 kg/m2.

Reduzir o consumo de sódio para <100mmol/dia (<6g de cloreto de

sódio ou <2,4g de sódio por dia).

Praticar atividades físicas aeróbicas de forma regular, como caminhar a

pé (>30 minutos por dia, a maior parte dos dias de semana)

Limitar o consumo de álcool a 3 unidades por dia em homens e 2

unidades por dia em mulheres.

Manter uma dieta rica em frutas.

Cabe então na equipe a intervenção comunitária e a definição de um processo

próprio, com etapas, e que incorpore critérios e procedimentos que possibilitem

a identificação e intervenção em necessidades prioritárias da comunidade.

Despois do debate pela equipe foram selecionadas as seguintes situações

predominantes em a população estudada como Nós Críticos:

- Estilos de vida incorretos.

- Condições sociais desfavorecedoras (alto nível de violência e desemprego em

região), em resume, o estres mantido que tanto batem neste século XXI ás

pessoas.

- Nível de informação da população.

Desenho das operações

A Estratégia de Saúde da Família tem como prioridade as ações de promoção,

proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família. Tem como

objetivo a reorganização das práticas assistenciais, substituindo ao modelo

tradicional de assistência, que era orientado para a cura de doenças em

hospitais, a atenção deve estar focalizada na família, entendida e percebia a

partir do ambiente físico e social, o que possibilita a equipe de profissionais da

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saúde a compreensão abrangente do processo saúde-doença, e que a

intervenção teve ir além das práticas curativas. Para a execução do projeto se

confeccionou o seguinte desenho de operações com “Nós Críticos” cada:

QUADRO 4

“Operações sobre “nó crítico” ESTILOS DE VIDA INCORRETOS relacionado

ao problema da Hipertensão Arterial, na população sob responsabilidade da

Equipe de Saúde da Família Jardim Paraiso, no município Tucuruí, estado

Pará”.

Nó crítico 1 Estilos de vida incorretos, conhece-los.

Operações Estabelecer métodos de trabalho para a identificação dos hábitos e

estilos de vida inadequados em hipertensão arterial

Modificar hábitos e estilos de vida.

Projeto Vida Saudável

Resultados esperados Incentivar a bons hábitos alimentícios das pessoas, eliminar o

sedentarismo, reduzir a obesidade e o consumo do álcool.

Produtos esperados Campanha educativa na rádio local.

Projeto “Vida Saudável” Implantado.

Caminhadas de grupos de hipertensos.

Recursos humanos capacitados.

Recursos necessários Estrutural: Sala para realização da dinâmica.

Cognitivo: Domínio pelos responsáveis do tema a ser abordado.

Financeiro: Confecção de folhetos para melhor entendimento.

Político: Conseguir o espaço local para a realização de eventos

Recursos críticos Político: Conseguir o espaço local para a realização de eventos.

Controle dos recursos críticos

Ator que controla: Enfermeira. Setor de comunicação social Secretária de saúde Motivação: Melhor atendimento de os pacientes hipertensos (favorável).

Ações estratégicas Mostrar a importância das ações e o impacto na saúde e vida dos

hipertensos da comunidade.

Apresentar um projeto com apoio dos demais setores municipais.

Prazo Início em dois meses, término total em 12 meses

Responsável (eis) pelo acompanhamento das ações

Enfermeira e Médica da ESF Jardim Paraiso, no município Tucuruí.

Processo de monitoramento e avaliação das ações

Levantamento de dados após as reuniões para avaliação da

viabilidade das ações a ser propostas.

QUADRO 5

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“Operações sobre “nó crítico” CONDIÇÕES SOCIAIS DESFAVORACEDORAS”

relacionado ao problema da Hipertensão Arterial, na população sob

responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Jardim Paraiso, no município

Tucuruí, estado Pará”.

Nó crítico 2 Estres mantido na população.

Operações Estabelecer métodos de trabalho precisos para a redução de

situações estressantes.

Fomentar a paz social.

Projeto Pelo Mondo Melhor

Resultados esperados Incentivar o bom comportamento social das pessoas,

Reduzir a cifra de desemprego nos habitantes.

Produtos esperados Campanha empregadora.

Projeto “Pelo Mondo Melhor” Implantado.

Recursos necessários Estrutural: Espaço para o disfrute da população.

Cognitivo: Domínio pelos responsáveis do tema a ser abordado.

Financeiro: Aumentar as vagas de emprego.

Político: Estudar política de trabalho do município

Recursos críticos Financeiro: aumentar as vagas de emprego.

Controle dos recursos críticos

Ator que controla: Prefeitura Municipal de Tucuruí Motivação: Melhorar a segurança e estabilidade econômica das pessoas. (Favorável)

Ações estratégicas Mostrar a influência que exerce o estres na saúde e vida dos

hipertensos da comunidade.

Apresentar um projeto com apoio dos demais setores municipais.

Prazo Início em três meses, término total em 12 meses

Responsável (eis) pelo acompanhamento das ações

Enfermeira e Médica da ESF Jardim Paraiso, no município Tucuruí.

Processo de monitoramento e avaliação das ações

Levantamento de dados após as reuniões para avaliação da

viabilidade das ações a ser propostas.

QUADRO 6

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“Operações sobre “nó crítico” NIVEL DE INFORMAÇÃO DA POPULAÇÃO”

relacionado ao problema da Hipertensão Arterial, nos habitantes sob

responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Jardim Paraiso, no município

Tucuruí, estado Pará”.

Nó crítico 3 Falta de informação na população sobre os riscos da HTA.

Operações Estabelecer métodos de ensino práticos e dinâmicos que

atendam às necessidades dos pacientes hipertensos.

Aumentar o nível de informação da população sobre os riscos de

HTA.

Projeto Saiba Mais.

Resultados esperados Melhorar o nível de conhecimento da população, no especial dos

pacientes hipertensos.

Diminuição da incidência de hipertensos na área e manter melhor

controle dos diagnosticados.

Atingir uma população mais informada sobre os riscos de sofrer

HTA.

Produtos esperados Pacientes hipertensos controlados.

Recursos humanos capacitados acerca do tema.

Avaliação do nível de informação da população sobre os riscos de

HTA.

Campanha educativa na rádio local.

Recursos necessários Cognitivo: Informação sobre o tema.

Político: Conseguir o local e articulação intersetorial.

Estrutural: Agendamento de palestras.

Financeiro: Para recursos audiovisuais folhetos e panfletos.

Recursos críticos Político: Conseguir o local e articulação intersetorial.

Financeiro: Para recursos audiovisuais folhetos e panfletos.

Controle dos recursos críticos

Ator que controla: Enfermeiras. Motivação: Melhor atendimento aos pacientes hipertensos da área de abrangência. (Favorável)

Ações estratégicas Apresentar um projeto com apoio institucional.

Prazo Início em dois meses, término total em 12 meses

Responsável (eis) pelo acompanhamento das ações

Enfermeira e Médica da ESF Jardim Paraiso, no município Tucuruí.

Processo de monitoramento e avaliação das ações

Preparo dos profissionais no tema a ser abordado. Registro dos encontros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Integrantes da equipe de saúde de Jardim Paraiso concordam que o paciente e

sua família devem estar bem preparados e informados com o conhecimento

suficiente para ter a "capacidade de controlar a sua vida, um reforço da

autoestima, socialização e avaliação de suas experiências". Quando uma

pessoa sabe as razões pelas quais tem que mudar um hábito ou um modo de

vida pouco saudável, ademais de ter disposição para aprender mais sobre um

tópico e como realizá-lo, se diz que esse indivíduo apresenta muitas vontades

de viver e a sua esperança de vida posse uma média elevada, deve tornar

acessível à aquisição de conhecimentos e habilidades necessárias para fazê-

lo.

Agora; uma vez que um paciente é diagnosticado com hipertensão ou outros

problemas crônicos, até que chegue à fase do autocuidado, há uma série de

níveis em que dívida este processo complexo e de ser misturado; mudanças de

atitudes, incorporando novas informações e à necessidade de desenvolver

alternativas pelo paciente.

Devem entender-se todos como um processo intercomunicador e terapêutico,

em vez de como uma gestão de recursos por profissionais a ser a chave para o

progresso do paciente. Para realizar qualquer atividade educacional

individualizada, deve-se ter presente que a informação seja adequada,

adaptada ao nível do paciente, progressiva, repetitivo, contínuo e constância

por escrito do que está sendo informado. Tornando-se um desafio a ser

enfrentado pelas autoridades de saúde

Espera-se com este projeto, mudanças dos paradigmas biomédicos e a

valorização de novos conceitos sobre o processo saúde/doença. Os usuários

devem ser coprodutores do processo educativo para as mudanças dos hábitos,

contribuindo para que diminua a frequência de muitos problemas, incluindo a

hipertensão arterial, a melhora da qualidade de vida da população e

garantindo uma vida saudável.

REFERENCIAS

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ANEXO 1

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QUESTIONARIO:

1- Nome completo: _________________________________________

2- Idade: ________

3- Sexo_______

4- Raça_______

5- Nível escolar:

Fundamental ______

Ensino médio ______

Superior_________

6- Endereço:

7- Doenças na família de Hipertensão Arterial: Sim___ Não____

8- Doenças pessoais de saúde (ademais da Hipertensão Arterial:

Não: _____ (não tenho doença outra alguma)

Sim_____ quais? _______________________

9- Tem tratamento? Não___ Sim ___

10- Cumpre regularmente tratamento: Sim____ Não___

11- Fatores de risco e hábitos tóxicos:

Tabagista: Sim___ Não ___

Alcoólatra: Sim ___ Não ____

Obesidade: Sim____ Não ____

Colesterol Alto: Sim____ Não ____

12- Realiza atividades físicas (caminhadas ou outras): Sim ___ Não

13- Condições higiénico- sanitárias da vivenda:

Destino de lixo: coleta publica____ queimado____ céu aberto__

Tipo de casa: Tijolo adobe___ Taipa revestida___ Madeira____Taipa não

revestida____ Material aproveitado____

Piso: de terra_____ loja_____ outros____

Destino fezes- urinas: ______

Esgotos:____ fossas ____céu aberto_____

Banheiro fora da casa:______ Fezes ao ar livre: _____

14- Abastecimento de água: Rede Pública___ Poço ____ outros_____

Agua tratada: sim___ não___

Clorada___ Filtrada ____ Fervida_____ outros: ____

ANEXO 2

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“Possibilidades de Desenhos de formatos para os folhetos educativos a

distribuir à população com o objetivo de aumentar os seus conhecimentos”.

ANEXO 3

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“Possibilidades de Desenhos de formatos para os folhetos educativos a

distribuir à população com o objetivo de aumentar os seus conhecimentos”.