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Aposentadoria por idade
Idade
60 anos mulher
65 anos homem
Reduzido em cinco anos:
Art. 201 § 7º - Assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes
condições:
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite
para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que
exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador
artesanal.
2
Aposentadoria por idade
Requisitos dos benefícios previdenciários:
Qualidade de segurado
Carência
Idade
3
Aposentadoria por idade
Qualidade de segurado:
Filiação: vinculação material entre o segurado e o INSS, que decorre da atividade remunerada e da compulsoriedade do sistema; Filiação é FATO;
Inscrição: vinculação formal em que a administração previdenciária reconhece e individualiza o segurado em seu cadastro; Inscrição é ATO – leva ao conhecimento da Previdência a figura do segurado a partir de dados cadastrais.
4
Aposentadoria por idade
Medida Provisória 83, DE 12 DE DEZEMBRO 2002
Art.3ºA perda da qualidade de segurado não
será considerada para a concessão das
aposentadorias por tempo de contribuição e
especial.
Parágrafo único. Na hipótese de
aposentadoria por idade, a perda da
qualidade de segurado não será considerada
para a concessão desse benefício, desde que
o segurado conte com, no mínimo, duzentas e
quarenta contribuições mensais.
5
Aposentadoria por idade
Lei 10666/03
Art. 3o A perda da qualidade de segurado não
será considerada para a concessão das
aposentadorias por tempo de contribuição e
especial.
§ 1o Na hipótese de aposentadoria por idade, a
perda da qualidade de segurado não será
considerada para a concessão desse benefício,
desde que o segurado conte com, no mínimo, o
tempo de contribuição correspondente ao
exigido para efeito de carência na data do
requerimento do benefício.
6
Aposentadoria por idade
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
Perda Qualidade de segurado:
Um terço da carência:
Art. 24. Parágrafo único. Havendo perda da qualidade
de segurado, as contribuições anteriores a essa data só
serão computadas para efeito de carência depois que
o segurado contar, a partir da nova filiação à
Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do
número de contribuições exigidas para o cumprimento
da carência definida para o benefício a ser requerido.
7
Aposentadoria por idade
Carência
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Grau de previsibilidade do requisito específico e presunção de cessação imediata da fonte de subsistência de que dependia o segurado e sua família, justificando a diferença que o legislador encontrou para exigir carência extensa de 180 contribuições, carência menor, de 10 ou 12 contribuições, ou nenhuma.
8
Aposentadoria por idade
Carência exigida – evolução:
LOPS:
Art 30. A aposentadoria por velhice será concedida ao
segurado que, após haver realizado 60 (sessenta)
contribuições mensais, completar 65 (sessenta e cinco) ou
mais anos de idade, quando do sexo masculino, e 60
(sessenta) anos de idade, quando do feminino e consistirá
numa renda mensal calculada na forma do § 4º do art. 27.
Regra permanente
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime
Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de
serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais.
9
Aposentadoria por idade
Regra de transição:
Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana na data da publicação desta Lei, bem como para os trabalhadores e empregados rurais cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial, prevista no inciso II do art. 25, obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano da entrada do requerimento:
Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
10
11
Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos
1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 84 meses
1997 90 meses
1998 96 meses
1999 102 meses
2000 108 meses
2001 114 meses
2002 120 meses
2003 126 meses
2004 132 meses
2005 138 meses
2006 144 meses
2007 150 meses
2008 156 meses
2009 162 meses
2010 168 meses
2011 174 meses
2012 180 meses
12Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos
1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses
2007 156 meses
2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses
Aposentadoria por idade
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. APOSENTADORIA
POR IDADE URBANA. TABELA PROGRESSIVA DO ART. 142 DA
LBPS. PERÍODO DE CARÊNCIA. ANO DO IMPLEMENTO DO
REQUISITO ETÁRIO. ADMISSIBILIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES
POSTERIORES. PROVIMENTO.
1. Para a concessão de aposentadoria por idade urbana, o
período de carência disposto pelo artigo 142 da Lei 8.213/91
deve ser graduado pelo ano do implemento do requisito etário.
2. É irrelevante, para aferição do período de carência
exigido para a concessão de aposentadoria por idade, que
o segurado não conte, quando do cumprimento do requisito
etário, com todas as contribuições mensais exigidas por lei.
13
Aposentadoria por idade
3. É dado ao segurado contribuir ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS em tempo posterior ao cumprimento da idade legal até que reúna o número de contribuições previdenciárias exigidos pela carência, que é medida, sempre, pelo ano do implemento do requisito etário.
4. Se o segurado já se encontra em uma contingência que reclama cobertura previdenciária (idade avançada), seguiria na contramão da lógica demandar-lhe o recolhimento de contribuições até que complete a carência exigida para o ano em que cumprisse todas as condições para a concessão do benefício – carência, inclusive. 5. Pedido de Uniformização conhecido e provido.
(PEDIDO 200870530016632, JUIZ FEDERAL JOSÉ ANTONIO SAVARIS, 25/05/2010)
14
Aposentadoria por idade – efeitos
no contrato de trabalho
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 3º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.596-14/97, CONVERTIDA NA LEI Nº 9.528/97, QUE ADICIONOU AO ARTIGO 453 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO UM SEGUNDO PARÁGRAFO PARA EXTINGUIR O VÍNCULO EMPREGATÍCIO QUANDO DA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1. A conversão da medida provisória em lei prejudica o debate jurisdicional acerca da "relevância e urgência" dessa espécie de ato normativo. 2. Os valores sociais do trabalho constituem: a) fundamento da República Federativa do Brasil (inciso IV do artigo 1º da CF); b) alicerce da Ordem Econômica, que tem por finalidade assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, e, por um dos seus princípios, a busca do pleno emprego (artigo 170, caput e inciso VIII); c) base de toda a Ordem Social (artigo 193).
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Aposentadoria por idade – efeitos
no contrato de trabalho
Esse arcabouço principiológico, densificado em regras como a do inciso I do artigo 7º da Magna Carta e as do artigo 10 do ADCT/88, desvela um mandamento constitucional que perpassa toda relação de emprego, no sentido de sua desejada continuidade. 3. A Constituição Federal versa a aposentadoria como um benefício que se dá mediante o exercício regular de um direito. E o certo é que o regular exercício de um direito não é de colocar o seu titular numa situação jurídico-passiva de efeitos ainda mais drásticos do que aqueles que resultariam do cometimento de uma falta grave (sabido que, nesse caso, a ruptura do vínculo empregatício não opera automaticamente). 4. O direito à aposentadoria previdenciária, uma vez objetivamente constituído, se dá no âmago de uma relação jurídica entre o segurado do Sistema Geral de Previdência e o Instituto Nacional de Seguro Social. Às expensas, portanto, de um sistema atuarial-financeiro que é gerido por esse Instituto mesmo, e não às custas desse ou daquele empregador
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Aposentadoria por idade – efeitos
no contrato de trabalho
. 5. O Ordenamento Constitucional não autoriza o legislador ordinário a criar modalidade de rompimento automático do vínculo de emprego, em desfavor do trabalhador, na situação em que este apenas exercita o seu direito de aposentadoria espontânea, sem cometer deslize algum. 6. A mera concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador não tem por efeito extinguir, instantânea e automaticamente, o seu vínculo de emprego. 7. Inconstitucionalidade do § 2º do artigo 453 da Consolidação das Leis do Trabalho, introduzido pela Lei nº 9.528/97.
(ADI 1721, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2006, DJe-047 DIVULG 28-06-2007 PUBLIC 29-06-2007 DJ 29-06-2007 PP-00020 EMENT VOL-02282-01 PP-00084 RTJ VOL-00201-03 PP-00885 LEXSTF v. 29, n. 345, 2007, p. 35-52 RLTR v. 71, n. 9, 2007, p. 1130-1134)
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Aposentadoria por idade compulsória
Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida
pela empresa, desde que o segurado empregado tenha
cumprido o período de carência e completado 70
(setenta) anos de idade, se do sexo masculino, ou 65
(sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, sendo
compulsória, caso em que será garantida ao
empregado a indenização prevista na legislação
trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do
início da aposentadoria.
• Não respeita a vontade do trabalhador
• Idade avançada não significa incapacidade para o
trabalho
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Aposentadoria por idade
Idade
60 anos mulher
65 anos homem
Reduzido em cinco anos:
Art. 201 § 7º - Assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes
condições:
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que
exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador
artesanal.
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21
SEGURADOS RURAIS
• COMO SABER QUEM SÃO OS TRABALHADORES RURAIS
A QUE A CONSTITUIÇÃO SE REFERE AO ESTABELECER A
IDADE PARA APOSENTADORIA?• Art. 48 da Lei 8.213/91:
• A aposentadoria por idade será devida ao segurado
que, cumprida a carência exigida nesta Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
homem, e 60 (sessenta), se mulher.
• § 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para
sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de
trabalhadores rurais, respectivamente homens e
mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g
do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.
22SEGURADO EMPREGADO
• Lei 8.212/91 - Art. 12, inc. I
• a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à
empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e
mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
▫ CLT: Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
▫ Estatuto do Trabalhador Rural Lei 5889/73:
Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade
rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a
empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.
Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a
pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade
agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente
ou através de prepostos e com auxílio de empregados.
– TRABALHADOR AVULSO –
• Lei 8.212/91: art. 12, inc. VI:
▫ quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento:
• Art. 9º, inc. VI do Decreto 3048/99 dispõe que:
▫ como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados
▫ PORÉM, NUNCA HOUVE REGULAMENTAÇÃO SOBRE OS AVULSOS NO MEIO RURAL
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24SEGURADOS ESPECIAIS
▫ Segurado especial (conceito constitucional):
▫ Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a
seguridade social mediante a aplicação de uma
alíquota sobre o resultado da comercialização da
produção e farão jus aos benefícios nos termos da
lei.
– SEGURADO ESPECIAL –
• A PARTIR DA LEI 11.718/08 MUDOU
SIGNIFICATIVAMENTE O CONCEITO, CRIANDO-SE
NOVOS CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO
• ELEMENTO RESIDÊNCIA:
• pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo
• Decreto 3.048/99: Art. 9º § 20. Para os fins deste
artigo, considera-se que o segurado especial reside
em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel
rural onde desenvolve a atividade quando resida no mesmo município de situação do imóvel onde
desenvolve a atividade rural, ou em município
contíguo ao em que desenvolve a atividade rural.
25
– SEGURADO ESPECIAL –
• que, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros,
• na condição de:
▫ produtor,
proprietário, usufrutuário,
possuidor,
assentado,
parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário
arrendatário rurais, • DE ALGUMA FORMA O SEGURADO DEVE ESTAR VINCULADO
À TERRA: QUEM TRABALHA NA ATIVIDADE RURAL TRABALHA
NA TERRA DE ALGUÉM
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– SEGURADO ESPECIAL –
QUE EXPLORE ATIVIDADE ÁREA CONTÍNUA OU
NÃO DE ATÉ 4 (QUATRO) MÓDULOS FISCAIS
• Lei 4.504/64: Art. 5º. Para cálculo do imposto,
aplicar-se-á sobre o valor da terra nua,
constante da declaração para cadastro, e não impugnado pelo órgão competente, ou
resultante de avaliação, a alíquota
correspondente ao número de módulos fiscais
do imóvel....:
27
– SEGURADO ESPECIAL –
§ 2º O módulo fiscal de cada Município, expresso em
hectares, será determinado levando-se em conta os
seguintes fatores:
• a) o tipo de exploração predominante no
Município:
• I - hortifrutigranjeira;
• Il - cultura permanente;
• III - cultura temporária;
• IV - pecuária;
• V - florestal;
28
– SEGURADO ESPECIAL –
• b) a renda obtida no tipo de exploração predominante;
• c) outras explorações existentes no Município que, embora
não predominantes, sejam expressivas em função da renda
ou da área utilizada;
• d) o conceito de "propriedade familiar", definido no item II
do artigo 4º desta Lei.
• ("Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes
absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e
eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros;)
29
– SEGURADO ESPECIAL –
• § 3º O número de módulos fiscais de um imóvel rural será obtido dividindo-se sua área aproveitável total pelo modulo fiscal do Município.
• § 4º Para os efeitos desta Lei; constitui área aproveitável do imóvel rural a que for passível de exploração agrícola, pecuária ou florestal. Não se considera aproveitável:
• a) a área ocupada por benfeitoria;• b) a área ocupada por floresta ou mata de efetiva
preservação permanente, ou reflorestada com essências nativas;
• c) a área comprovadamente imprestável para qualquer exploração agrícola, pecuária ou florestal.
30
– SEGURADO ESPECIAL –
• O tamanho dos módulos fiscais foi fixado pela Instrução Especial no 20, de 1980, do INCRA (BRASIL, 1980). Municípios criados posteriormente tiveram o tamanho do módulo fiscal fixado por Portarias e Instruções Especiais mais recentes. Foi o caso das Instruções Especiais no 541, de 1997, e no 3 de 2005, para municípios instalados em 1997 e 2005, respectivamente
• Maior módulo fiscal do Brasil – 110 hectares
• Ex. Corumbá – MS
• Menor módulo fiscal do Brasil – 5 hectares
• Ex. Porto Alegre
31
– SEGURADO ESPECIAL –
• Seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas
atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º
da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas
atividades o principal meio de vida;
▫ XII - extrativismo: sistema de exploração baseado
na coleta e extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis;
32
– SEGURADO ESPECIAL –
• pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;
• Conforme o Decreto 3.048/99 (art. 9º § 14), é pescador artesanal:
• § 14. Considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desdeque:
• I - não utilize embarcação; ou
• II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009.
• § 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal.
33
• Garimpeiro:
• Incluído na redação originaria do art. 195, § 8º
• Incluído na Lei 8.213/91
• Excluído da condição de segurado especial
pela Lei n. 8.938, de 7 de janeiro de 1992
• Excluído do art. 195, § 8ºpela Emenda
Constitucional n 20/98
34– SEGURADO ESPECIAL –
– SEGURADO ESPECIAL –
• São segurados especiais:
▫ cônjuge ou companheiro,
▫ filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado
▫ Idade alterada pela Lei 11.718/08
▫ CF – art. 7º: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
▫ Que comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
35
– SEGURADO ESPECIAL –
• Art. 11. Lei 8.213/91: § 1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.
É uma forma de trabalho e não renda
Subsistência é contraponto à agricultura empresarial
Hoje a ciência agrária não utiliza mais o termo “subsistência” , mas agricultura familiar
Inclui-se expressamente “ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar”
36
– SEGURADO ESPECIAL –
• Art. 12. § 10. Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
• CONSTAVA NA IN 45 – art. 7º. § 5º Não é segurado especial o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
• NÃO CONSTA NA IN 77/15
• SÚMULA 41 TNU: A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto.
37
– SEGURADO ESPECIAL –
• RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. TRABALHO RURAL. ARTS. 11, VI, E 143 DA LEI 8.213/1991. SEGURADO ESPECIAL. CONFIGURAÇÃO JURÍDICA. TRABALHO URBANO DE INTEGRANTE DO GRUPO FAMILIAR. REPERCUSSÃO. NECESSIDADE DE PROVA MATERIAL EM NOME DO MESMO MEMBRO. EXTENSIBILIDADE PREJUDICADA.
• 1. Trata-se de Recurso Especial do INSS com o escopo de desfazer a caracterização da qualidade de segurada especial da recorrida, em razão do trabalho urbano de seu cônjuge, e, com isso, indeferir a aposentadoria prevista no art. 143 da Lei 8.213/1991.
• 2. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não evidencia ofensa ao art. 535 do CPC.
• 3. O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar não descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados especiais, devendo ser averiguada a dispensabilidade do trabalho rural para a subsistência do grupo familiar, incumbência esta das instâncias ordinárias (Súmula 7/STJ).
38
– SEGURADO ESPECIAL –
• 4. Em exceção à regra geral fixada no item anterior, a extensão de prova material em nome de um integrante do núcleo familiar a outro não é possível quando aquele passa a exercer trabalho incompatível com o labor rurícola, como o de natureza urbana.
• 5. No caso concreto, o Tribunal de origem considerou algumas provas em nome do marido da recorrida, que passou a exercer atividade urbana, mas estabeleceu que fora juntada prova material em nome desta em período imediatamente anterior ao implemento do requisito etário e em lapso suficiente ao cumprimento da carência, o que está em conformidade com os parâmetros estabelecidos na presente decisão.
• 6. Recurso Especial do INSS não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ.
• (REsp 1304479/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe 19/12/2012)
39
– SEGURADO ESPECIAL –
Exceções (rendas permitidas):
Benefício (pensão, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão) que
não supere o salário mínimo
Benefício previdenciário decorrente de previdência
complementar
exercício de atividade remunerada em período não
superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados,
no ano civil, observado o disposto no § 13 deste artigo;
Exercício de mandato eletivo de dirigente syndical
40
– SEGURADO ESPECIAL –
Exceções (rendas permitidas):
Exercício de mandato de vereador ou de dirigente de
cooperativa rural composta de segurados especiais, desde
que continuem exercendo a atividade rural
Parceria ou meação (até 50% da área), desde que
outorgante e outorgado continuem segurados especiais
Atividade artesanal
Atividade artística até salário mínimo
41
– SEGURADO ESPECIAL –
• Fatos que não descaracterizam a condição de seguradoespecial:
Parceria, meação ou comodato: até 50% da
propriedade
Exploração da atividade turística, inclusive com
hospedagem por até 120 dias no ano
A utilização de processo de beneficiamento ou
industrialização artisanal
A participação em programas assistenciais
Associação em cooperativa agropecuária
42
– SEGURADO ESPECIAL –
• Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial:
• A participação do segurado especial em:
• sociedade empresária,
• sociedade simples,
• como empresário individual ou
• como titular de empresa individual de responsabilidade limitada
• de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico,
considerada microempresa nos termos da Lei Complementar
no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria
previdenciária,
• desde que,
• mantido o exercício da sua atividade rural,
• a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual
natureza e
• sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele
em que eles desenvolvam suas atividades.
43
– SEGURADO ESPECIAL –
Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a
seguridade social mediante a aplicação de uma
alíquota sobre o resultado da comercialização da
produção e farão jus aos benefícios nos termos da
lei.
44
– SEGURADO ESPECIAL –
O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados
contratados por prazo determinado ou trabalhador de
que trata a alínea “g” do inciso V do caput, à razão de
no máximo cento e vinte pessoas/dia no ano civil, em
períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo
equivalente em horas de trabalho, não sendo
computado nesse prazo o período de afastamento em
decorrência da percepção de auxílio-doença.
45
– SEGURADO ESPECIAL –
In 77/15:Art. 39 § 4º Enquadra-se como segurado especial o indígena reconhecido pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI, inclusive o artesão que utilize matéria-prima proveniente de extrativismo vegetal, desde que atendidos os demais requisitos constantes no inciso V do art. 42, independentemente do local onde resida ou exerça suas atividades, sendo irrelevante a definição de indígena aldeado, não-aldeado, em vias de integração, isolado ou integrado, desde que exerça a atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar e faça dessas atividades o principal meio de vida e de sustento.
46
– CONTRIBUINTE INDIVIDUAL –
• CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
• Lei 8.212/91 – art. 12, inc. V, alínea “a”:
• a pessoa física, proprietária ou não, que explora
atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter
permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou
inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade
pesqueira, com auxílio de empregados ou por
intermédio de prepostos; ou
• Se um é empregador todos os membros do grupo familiar
perdem a qualidade de segurado especial
47
– CONTRIBUINTE INDIVIDUAL x
SEGURADO ESPECIAL
Art. 12, inc. V (contribuinte individual) alínea “g”:
quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em
caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem
relação de emprego;
Quem trabalha em caráter eventual para uma oumais empresas
Diarista Bóia-fria Eventual A Jurisprudência enquadra (equipara) os
diaristas, boias-frias, eventuais como SEGURADOS ESPECIAIS
48
COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE
DO SEGURADO ESPECIAL
Redação dada pela Lei 11718/08:
Lei 8.213/91 Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de:
contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
comprovante de cadastro do INCRA;
bloco de notas do produtor rural.
notas fiscais de entrada de mercadorias
documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor
49
COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE
DO SEGURADO ESPECIAL
comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção:
cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural
licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra
comprovante de pagamento do Imposto Territorial Rural –ITR
declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo INSS;
50
Art. 54. Considera-se início de prova material, para fins de comprovação
da atividade rural, entre outros, os seguintes documentos, desde que
neles conste a profissão ou qualquer outro dado que evidencie o
exercício da atividade rurícola e seja contemporâneo ao fato nele
declarado, observado o disposto no art. 111:
I - certidão de casamento civil ou religioso;
II - certidão de união estável;
III - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos;
IV - certidão de tutela ou de curatela;
V - procuração;
VI - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral;
VII - certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar;
VIII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou
boletim escolar do trabalhador ou dos filhos;
51COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO
SEGURADO ESPECIAL
IX - ficha de associado em cooperativa;X - comprovante de participação como beneficiário, em programas
governamentais para a área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos Municípios;
XI - comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de empresa de assistência técnica e extensão rural;
XII - escritura pública de imóvel;XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa;XIV - registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos,
como testemunha, autor ou réu;XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de
saúde ou do programa dos agentes comunitários de saúde;XVI - carteira de vacinação;XVII - título de propriedade de imóvel rural;XVIII - recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas;XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural;
52COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO
SEGURADO ESPECIAL
XX - ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao
sindicato de trabalhadores rurais, colônia ou associação de
pescadores, produtores ou outras entidades congêneres;
XXI - contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à
colônia ou à associação de pescadores, produtores rurais ou a outras
entidades congêneres;
XXII - publicação na imprensa ou em informativos de circulação
pública;
XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando da
participação em batismo, crisma, casamento ou em outros
sacramentos;
XXIV - registro em documentos de associações de produtores rurais,
comunitárias, recreativas, desportivas ou religiosas;
53COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO
SEGURADO ESPECIAL
XXV - Declaração Anual de Produto - DAP, firmada perante o INCRA;
XXVI - título de aforamento;
XXVII - declaração de aptidão fornecida para fins de obtenção de
financiamento junto ao Programa Nacional de Desenvolvimento da
Agricultura Familiar - PRONAF; e
XXVIII - ficha de atendimento médico ou odontológico.
§ 1º Para fins de comprovação da atividade do segurado especial, os
documentos referidos neste artigo, serão considerados para todos os
membros do grupo familiar.
§ 2º Serão considerados os documentos referidos neste artigo, ainda
que anteriores ao período a ser comprovado, em conformidade com
o Parecer CJ/MPS nº 3.136, de 23 de setembro de 2003.
54COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO
SEGURADO ESPECIAL
PROVA MATERIAL
art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:
§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.
Súmula 149 STJ: A PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL NÃO BASTA A COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURICOLA, PARA EFEITO DA OBTENÇÃO DE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO.
55
EFETIVO EXERCICIO
DA ATIVIDADE RURAL
O GRANDE ELEMENTO QUE CARACTERIZA O SEGURADO ESPECIAL É O EFETIVO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE
PROCEDIMENTOS:
• Entrevista
• Oitiva de testemunhas
• Pesquisa
• Análise do CNIS e confrontação de dados (módulos, etc)
56
Aposentadoria por idade rural
• SEGURADO ESPECIAL
• PARECER CJ/MPS 39/2006:
• 8. A aposentadoria por idade do segurado especial no valor de
1 (um) salário mínimo, após a expiração do prazo relativo ao
benefício transitório - 24 de julho de 2006 -, continuará sendo
devida nos termos do inciso I do art. 39 da Lei nº 8.213/91, ou
seja, o segurado especial deverá comprovar, para obter
aposentadoria por idade no valor de 1 (um) salário mínimo, o
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua,
no período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício, igual ao número de meses correspondentes à
carência do benefício.
• ....
57
APOSENTADORIA POR IDADE
• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. REQUISITOS: IDADE E COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA NO PERÍODO IMEDIATAMENTE ANTERIOR AO REQUERIMENTO. ARTS. 26, I, 39, I, E 143, TODOS DA LEI N. 8.213/1991. DISSOCIAÇÃO PREVISTA NO § 1º DO ART.
• 3º DA LEI N. 10.666/2003 DIRIGIDA AOS TRABALHADORES URBANOS. PRECEDENTE DA TERCEIRA SEÇÃO.
• 1. A Lei n. 8.213/1991, ao regulamentar o disposto no inc. I do art. 202 da redação original de nossa Carta Política, assegurou ao trabalhador rural denominado segurado especial o direito à aposentadoria quando atingida a idade de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher (art. 48, § 1º).
• 2. Os rurícolas em atividade por ocasião da Lei de Benefícios, em 24 de julho de 1991, foram dispensados do recolhimento das contribuições relativas ao exercício do trabalho no campo, substituindo a carência pela comprovação do efetivo desempenho do labor agrícola (arts. 26, I e 39, I).
58
APOSENTADORIA POR IDADE
• 3. Se ao alcançar a faixa etária exigida no art. 48, § 1º, da Lei n.
8.213/91, o segurado especial deixar de exercer atividade como
rurícola sem ter atendido a regra de carência, não fará jus à
aposentação rural pelo descumprimento de um dos dois únicos
critérios legalmente previstos para a aquisição do direito.
• 4. Caso os trabalhadores rurais não atendam à carência na forma
especificada pelo art. 143, mas satisfaçam essa condição
mediante o cômputo de períodos de contribuição em outras
categorias, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos de
idade, se homem, e 60 anos, se mulher, conforme preceitua o § 3º
do art. 48 da Lei de Benefícios, incluído pela Lei nº 11.718, de 2008.
59
APOSENTADORIA POR IDADE
5. Não se mostra possível conjugar de modo favorável ao
trabalhador rural a norma do § 1º do art. 3º da Lei n. 10.666/2003,
que permitiu a dissociação da comprovação dos requisitos para
os benefícios que especificou: aposentadoria por contribuição,
especial e por idade urbana, os quais pressupõem contribuição.
6. Incidente de uniformização desprovido.
PETIÇÃO 7.476/PR
60
Aposentadoria por idade rural
Art. 159. Observado o disposto no inciso II do art.
158, para fins de benefícios de aposentadoria por
invalidez, auxílio-doença, auxílio-acidente, pensão
por morte, auxílio-reclusão e salário-maternidade,
o segurado especial deverá estar em atividade
ou em prazo de manutenção desta qualidade na
data da entrada do requerimento - DER ou na
data em que implementar todas as condições
exigidas para o benefício requerido.
61
Aposentadoria por idade rural
§ 1º Será devido o benefício, ainda que a atividade
exercida na DER seja de natureza urbana, desde que
preenchidos todos os requisitos para a concessão do
benefício requerido até a expiração do prazo para
manutenção da qualidade de segurado na categoria de
segurado especial e não tenha adquirido a carência
necessária na atividade urbana.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, não será permitido
somar, para fins de carência, o tempo de efetivo exercício de atividade rural com as contribuições vertidas para o
RGPS na atividade urbana.
62
Aposentadoria por idade rural
Art. 231. Para fins de aposentadoria por idade prevista no inciso I do art.
39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei nº 8.213, de 1991 dos
segurados empregados, contribuintes individuais e especiais, referidos
na alínea "a" do inciso I, na alínea "g" do inciso V e no inciso VII do art.
11, todos do mesmo diploma legal, não será considerada a perda da
qualidade de segurado nos intervalos entre as atividades rurícolas,
devendo, entretanto, estar o segurado exercendo a atividade rural ou
em período de graça na DER ou na data em que implementou todas
as condições exigidas para o benefício.
§ 1º A atividade rural exercida até 31 de dezembro de 2010 pelos
trabalhadores rurais de que trata o caput enquadrados como
empregado e contribuinte individual, para fins de aposentadoria por
idade, no valor de um salário mínimo, observará as regras de
comprovação relativas ao segurado especial, mesmo que a
implementação das condições para o benefício seja posterior à
respectiva data.
63
Aposentadoria por idade rural
§ 2º O trabalhador enquadrado como segurado especial poderá
requerer a aposentadoria por idade sem observância à data
limite prevista no § 1º, em razão do disposto no inciso I do art. 39
da Lei nº 8.213, de 1991.
Art. 232. Na hipótese do art. 231, será devido o benefício ao
segurado empregado, contribuinte individual e segurado
especial, ainda que a atividade exercida na DER seja de
natureza urbana, desde que o segurado tenha preenchido todos
os requisitos para a concessão do benefício rural até a expiração
do prazo de manutenção da qualidade na condição de
segurado rural.
Parágrafo único. Será concedido o benefício de natureza urbana
se, dentro do período de manutenção da qualidade decorrente
da atividade rural, o segurado exercer atividade urbana e
preencher os requisitos à concessão de benefício nessa
categoria.
64
Aposentadoria por idade rural
Art. 156. Para o segurado especial que não contribui
facultativamente, o período de carência de que trata o § 1º do art.
26 do RPS é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural,
mediante comprovação, na forma do disposto no art. 47 a 54.
Art. 157. No caso de comprovação de desempenho de atividade
urbana entre períodos de atividade rural, com ou sem perda da
qualidade de segurado, poderá ser concedido benefício previsto no
inciso I do art. 39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei nº 8.213, de
1991, desde que cumpra o número de meses de trabalho idêntico à
carência relativa ao benefício, exclusivamente em atividade rural.
Parágrafo único. Na hipótese de períodos intercalados de exercício
de atividade rural e urbana, observado o disposto nos arts. 159 e 233,
o requerente deverá apresentar um documento de início de prova
material do exercício de atividade rural após cada período de
atividade urbana.
65
Aposentadoria por idade rural
Art. 158. Para fins de concessão dos benefícios devidos ao
trabalhador rural previstos no inciso I do art. 39 e caput § 2º do art. 48
ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, considera-se como
período de carência o tempo de efetivo exercício de atividade rural,
ainda que de forma descontínua, correspondente ao número de
meses necessários à concessão do benefício requerido, computados
os períodos a que se referem as alíneas "d" e "i" do inciso VIII do art.
42 observando-se que:
I - para a aposentadoria por idade prevista no art. 230 do
trabalhador rural empregado, contribuinte individual e especial será
apurada mediante a comprovação de atividade rural no período
imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme
o caso, no mês em que cumprir o requisito etário, computando-se
exclusivamente, o período de natureza rural; e
66
Aposentadoria por idade rural
II - para o segurado especial e seus dependentes, para os benefícios de aposentadoria por invalidez, auxílio-doença,
auxílioacidente, pensão por morte, auxílio-reclusão e salário-
maternidade, o período de atividade rural deve ser
apurado em relação aos últimos doze ou 24 (vinte e quatro)
meses, sem prejuízo da necessária manutenção da
qualidade de segurado e do preenchimento da respectiva
carência, comprovado na forma do art. 47.
Parágrafo único. Entendem-se como forma descontínua os
períodos intercalados de exercício de atividades rurais, ou
urbana e rural, com ou sem a ocorrência da perda da qualidade de segurado, observado o disposto no art. 157.
67
APOSENTADORIA POR IDADE
- empregado rural -
Idade reduzida: 55 anos mulher e 60 anoshomem
Assegurado a todos os trabalhadores ruraisindependentemente de contribuiçao até31 de dezembro de 2010
Art. 3º Lei 11.718/08:
I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade comprovada na forma do art. 143 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991;
68
APOSENTADORIA POR IDADE
- empregado rural -
EMPREGADO RURAL: Cômputo especial da carência –Art. 3º Lei 11.718/08:
II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada
mês comprovado de emprego, multiplicado por 3
(três), limitado a 12 (doze) meses, dentro do
respectivo ano civil; e
III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada
mês comprovado de emprego, multiplicado por 2
(dois), limitado a 12 (doze) meses dentro do
respectivo ano civil.
Substituiu-se uma regra de transição “para trás” por uma regra de transição “para frente”
69
APOSENTADORIA POR IDADE
- diarista -
Art. 159 § 3º Ressalvada a hipótese prevista no art. 158, o trabalhador rural enquadrado como contribuinte individual e seus dependentes, para fazer jus aos demais benefícios, deverão comprovar o recolhimento das contribuições.
70
Aposentadoria híbrida
Aposentadoria por idade urbana - 180
contribuições mensais – não se exige qualidade
de segurado no momento em que completa a
idade ou quando do requerimento
Aposentadoria por idade rural – 180 meses de
atividade rural (atividade descontínua?) –
qualidade de segurado na DER ou quando
completa a idade
71
Aposentadoria híbrida
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que,
cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher
1ºOs limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e
cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais,
respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do
inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador
rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda
que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses
de contribuição correspondente à carência do benefício
pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a
VIII do § 9o do art. 11 desta Lei.
72
Aposentadoria híbrida
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que,
cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher
§ 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que
não atendam ao disposto no § 2o deste artigo, mas que
satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de
contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao
benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.
73
Aposentadoria híbrida – NOVIDADE ACP
Decisão judicial com deferimento de execução
provisória na Ação Civil Pública - ACP nº 5038261-
15.2015.4.04.7100/RS para fins de assegurar o
direito à aposentadoria por idade na modalidade
híbrida, independentemente de qual tenha sido a
última atividade profissional desenvolvida – rural
ou urbana.
74
Aposentadoria híbrida
TRIBUNAIS REGIONAIS:
• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA HÍBRIDA POR IDADE. INTEGRAÇÃO DE PERÍODO DE TRABALHO RURAL AO DE CATEGORIA DIVERSA. LEI Nº 11.718/08. CONCESSÃO. CONSECTÁRIOS. TUTELA ESPECÍFICA
• Os trabalhadores rurais que não atendam ao disposto no art. 48, § 2º, da Lei nº 8.213/01, mas que satisfaçam as demais condições, considerando-se períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício de aposentadoria por idade ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.
• Preenchendo a parte autora o requisito etário e carência exigida, tem direito a concessão da aposentadoria por idade, a contar da data do requerimento administrativo.
• A RMI do benefício será calculada conforme a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a 80% de todo o período contributivo, considerando-se como salário-de-contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo de salário-de-contribuição da Previdência Social. AC Nº 0014935-23.2010.404.9999/RS; RELATOR Des. Federal ROGERIO FAVRETO
75
Aposentadoria híbrida
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL.
APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535
DO CPC. NÃO CARACTERIZAÇÃO. JULGAMENTO EXTRA PETITA.
NÃO OCORRÊNCIA. ARTIGO 48, §§ 3º E 4º DA LEI 8.213/1991, COM
A REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.718/2008. OBSERVÂNCIA. RECURSO
ESPECIAL CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
1. A Lei 11.718/2008 introduziu no sistema previdenciário brasileiro
uma nova modalidade de aposentadoria por idade denominada
aposentadoria por idade híbrida.
2. Neste caso, permite-se ao segurado mesclar o período urbano
ao período rural e vice-versa, para implementar a carência mínima necessária e obter o benefício etário híbrido.
76
Aposentadoria híbrida
3. Não atendendo o segurado rural à regra básica para aposentadoria rural por
idade com comprovação de atividade rural, segundo a regra de transição
prevista no artigo 142 da Lei 8.213/1991, o § 3º do artigo 48 da Lei 8.213/1991,
introduzido pela Lei 11.718/2008, permite que aos 65 anos, se homem e 60 anos,
mulher, o segurado preencha o período de carência faltante com períodos de
contribuição de outra qualidade de segurado, calculando-se o benefício de
acordo com o § 4º do artigo 48.
4. Considerando que a intenção do legislador foi a de permitir aos trabalhadores
rurais, que se enquadrem nas categorias de segurado empregado, contribuinte
individual, trabalhador avulso e segurado especial, o aproveitamento do tempo
rural mesclado ao tempo urbano, preenchendo inclusive carência, o direito à
aposentadoria por idade híbrida deve ser reconhecido.
5. Recurso especial conhecido e não provido.
(REsp 1367479/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 04/09/2014, DJe 10/09/2014)
77
Aposentadoria híbrida
REsp 1367479/RS
Com efeito, computando-se o período de atividade rural,
de 01-01-1990 a 30-03-1995, e os intervalos de atividade
urbana, de 01-04-1995 a 30-04-1995, 01-06-1995 a 31-12-
2003, 01-04-2004 a 31-07-2004 e de 01-09-2004 a 31-12-2004,
78
Aposentadoria híbrida
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. ART. 48, §§ 3º
e 4º, DA LEI 8.213/1991. TRABALHO URBANO E RURAL NO PERÍODO DE
CARÊNCIA. REQUISITO. LABOR CAMPESINO NO MOMENTO DO
IMPLEMENTO DO REQUISITO ETÁRIO OU DO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. EXIGÊNCIA AFASTADO. CONTRIBUIÇÕES. TRABALHO
RURAL. CONTRIBUIÇÕES. DESNECESSIDADE.
1. O INSS interpôs Recurso Especial aduzindo que a parte ora recorrida
não se enquadra na aposentadoria por idade prevista no art. 48, § 3º,
da Lei 8.213/1991, pois no momento do implemento do requisito etário
ou do requerimento administrativo era trabalhadora urbana, sendo a
citada norma dirigida a trabalhadores rurais. Aduz ainda que o
tempo de serviço rural anterior à Lei 8.213/1991 não pode ser
computado como carência.
79
Aposentadoria híbrida
6. Sob o ponto de vista do princípio da dignidade da pessoa humana, a
inovação trazida pela Lei 11.718/2008 consubstancia a correção de
distorção da cobertura previdenciária: a situação daqueles segurados
rurais que, com a crescente absorção da força de trabalho campesina
pela cidade, passam a exercer atividade laborais diferentes das lides do
campo, especialmente quanto ao tratamento previdenciário.
7. Assim, a denominada aposentadoria por idade híbrida ou mista (art.
48, §§ 3º e 4º, da Lei 8.213/1991) aponta para um horizonte de equilíbrio
entre as evolução das relações sociais e o Direito, o que ampara aqueles
que efetivamente trabalharam e repercute, por conseguinte, na redução
dos conflitos submetidos ao Poder Judiciário.
8. Essa nova possibilidade de aposentadoria por idade não representa
desequilíbrio atuarial, pois, além de exigir idade mínima equivalente à
aposentadoria por idade urbana (superior em cinco anos à
aposentadoria rural), conta com lapsos de contribuição direta do
segurado que a aposentadoria por idade rural não exige.
80
Aposentadoria híbrida
9. Para o sistema previdenciário, o retorno contributivo é maior na
aposentadoria por idade híbrida do que se o mesmo segurado
permanecesse exercendo atividade exclusivamente rural, em vez
de migrar para o meio urbano, o que representará, por certo,
expressão jurídica de amparo das situações de êxodo rural, já que,
até então, esse fenômeno culminava em severa restrição de direitos
previdenciários aos trabalhadores rurais.
10. Tal constatação é fortalecida pela conclusão de que o disposto
no art. 48, §§ 3º e 4º, da Lei 8.213/1991 materializa a previsão
constitucional da uniformidade e equivalência entre os benefícios
destinados às populações rurais e urbanas (art. 194, II, da CF), o que
torna irrelevante a preponderância de atividade urbana ou rural
para definir a aplicabilidade da inovação legal aqui analisada.
81
Aposentadoria híbrida
11. Assim, seja qual for a predominância do labor misto no
período de carência ou o tipo de trabalho exercido no
momento do implemento do requisito etário ou do
requerimento administrativo, o trabalhador tem direito a se
aposentar com as idades citadas no § 3º do art. 48 da Lei
8.213/1991, desde que cumprida a carência com a utilização de labor urbano ou rural. Por outro lado, se a carência foi
cumprida exclusivamente como trabalhador urbano, sob
esse regime o segurado será aposentado (caput do art. 48), o
que vale também para o labor exclusivamente rurícola (§§1º
e 2º da Lei 8.213/1991).(REsp 1407613/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 14/10/2014, DJe 28/11/2014)
82
Aposentadoria híbrida
REsp 1407613/RS
Assim, para fins de preenchimento da carência prevista no art.
142 da Lei nº 8.213/1991, o período rural reconhecido
(01/01/1982 e 30/06/1992) corresponde a 126 meses. Em
relação ao tempo urbano reconhecido administrativamente
pelo INSS até a data do requerimento administrativo (fl. 19),
qual seja, de 14/07/1992 a 18/08/1993, 13/10/1993 a
10/05/1995, 14/03/1996 a 09/04/1996 e 01/09/2008 a
28/02/2010, corresponde a 54 contribuições.
83
Aposentadoria híbrida
TNU:
PEDILEF 50009573320124047214
APOSENTADORIA MISTA OU HÍBRIDA. CONTAGEM DE TEMPO
RURAL PARA APOSENTADORIA URBANA. APLICAÇÃO EXTENSIVA
DO ATUAL DO ARTIGO 48, § 3º E 4O. DA LEI DE BENEFÍCIOS.
DIRETRIZ FIXADA PELA SEGUNDA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNA
DE JUSTIÇA NO RECURSO ESPECIAL 1.407.613. ISONOMIA DO
TRABALHADOR RURAL COM O URBANO. APOSENTADORIA POR
IDADE NA FORMA HÍBRIDA PERMITIDA TAMBÉM PARA O
URBANO QUANDO HOUVER, ALÉM DA IDADE, CUMPRIDO A
CARÊNCIA EXIGIDA COM CONSIDERAÇÃO DOS PERÍODOS DE
TRABALHO RURAL. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO CONHECIDO E
PROVIDO.
84
Aposentadoria híbrida
PROCESSO: 500064232.2012.404.7108
Para fins de concessão de aposentadoria híbrida (Lei 8.213/91,
art. 48, § 3º), não é necessário que o exercício da atividade
rural tenha ocorrido no período imediatamente anterior à data
da entrada do requerimento. ** Período de exercício de
atividade rural no caso concreto: 01/01/1965 a 19/03/1978.
85
Aposentadoria híbrida 86
Tema 131
Questão
submetida a
julgamento
Saber se é necessária a comprovação de exercício de
atividade rural no período imediatamente anterior à
implementação do requisito etário, para fins de concessão de
aposentadoria híbrida.
Tese firmada
Para a concessão da aposentadoria por idade híbrida ou
mista, na forma do art. 48, § 3º, da Lei n. 8.213/91, cujo
requisito etário é o mesmo exigido para a aposentadoria por
idade urbana, é irrelevante a natureza rural ou urbana da
atividade exercida pelo segurado no período imediatamente
anterior à implementação do requisito etário ou ao
requerimento do benefício. Ainda, não há vedação para que
o tempo rural anterior à Lei 8.213/91 seja considerado para
efeito de carência, mesmo que não verificado o recolhimento
das respectivas contribuições.