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1 APOSENTADORIAS POR IDADE JANE LUCIA WILHELM BERWANGER

APOSENTADORIAS POR IDADE - legale.com.br · Aposentadoria por idade Lei 10666/03 Art. 3o A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias

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APOSENTADORIAS POR IDADE

JANE LUCIA WILHELM

BERWANGER

Aposentadoria por idade

Idade

60 anos mulher

65 anos homem

Reduzido em cinco anos:

Art. 201 § 7º - Assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes

condições:

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta

anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite

para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que

exerçam suas atividades em regime de economia familiar,

nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador

artesanal.

2

Aposentadoria por idade

Requisitos dos benefícios previdenciários:

Qualidade de segurado

Carência

Idade

3

Aposentadoria por idade

Qualidade de segurado:

Filiação: vinculação material entre o segurado e o INSS, que decorre da atividade remunerada e da compulsoriedade do sistema; Filiação é FATO;

Inscrição: vinculação formal em que a administração previdenciária reconhece e individualiza o segurado em seu cadastro; Inscrição é ATO – leva ao conhecimento da Previdência a figura do segurado a partir de dados cadastrais.

4

Aposentadoria por idade

Medida Provisória 83, DE 12 DE DEZEMBRO 2002

Art.3ºA perda da qualidade de segurado não

será considerada para a concessão das

aposentadorias por tempo de contribuição e

especial.

Parágrafo único. Na hipótese de

aposentadoria por idade, a perda da

qualidade de segurado não será considerada

para a concessão desse benefício, desde que

o segurado conte com, no mínimo, duzentas e

quarenta contribuições mensais.

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Aposentadoria por idade

Lei 10666/03

Art. 3o A perda da qualidade de segurado não

será considerada para a concessão das

aposentadorias por tempo de contribuição e

especial.

§ 1o Na hipótese de aposentadoria por idade, a

perda da qualidade de segurado não será

considerada para a concessão desse benefício,

desde que o segurado conte com, no mínimo, o

tempo de contribuição correspondente ao

exigido para efeito de carência na data do

requerimento do benefício.

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Aposentadoria por idade

Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.

Perda Qualidade de segurado:

Um terço da carência:

Art. 24. Parágrafo único. Havendo perda da qualidade

de segurado, as contribuições anteriores a essa data só

serão computadas para efeito de carência depois que

o segurado contar, a partir da nova filiação à

Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do

número de contribuições exigidas para o cumprimento

da carência definida para o benefício a ser requerido.

7

Aposentadoria por idade

Carência

Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

Grau de previsibilidade do requisito específico e presunção de cessação imediata da fonte de subsistência de que dependia o segurado e sua família, justificando a diferença que o legislador encontrou para exigir carência extensa de 180 contribuições, carência menor, de 10 ou 12 contribuições, ou nenhuma.

8

Aposentadoria por idade

Carência exigida – evolução:

LOPS:

Art 30. A aposentadoria por velhice será concedida ao

segurado que, após haver realizado 60 (sessenta)

contribuições mensais, completar 65 (sessenta e cinco) ou

mais anos de idade, quando do sexo masculino, e 60

(sessenta) anos de idade, quando do feminino e consistirá

numa renda mensal calculada na forma do § 4º do art. 27.

Regra permanente

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime

Geral de Previdência Social depende dos seguintes

períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de

serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições

mensais.

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Aposentadoria por idade

Regra de transição:

Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana na data da publicação desta Lei, bem como para os trabalhadores e empregados rurais cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial, prevista no inciso II do art. 25, obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano da entrada do requerimento:

Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício:

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Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos

1991 60 meses

1992 60 meses

1993 66 meses

1994 72 meses

1995 78 meses

1996 84 meses

1997 90 meses

1998 96 meses

1999 102 meses

2000 108 meses

2001 114 meses

2002 120 meses

2003 126 meses

2004 132 meses

2005 138 meses

2006 144 meses

2007 150 meses

2008 156 meses

2009 162 meses

2010 168 meses

2011 174 meses

2012 180 meses

12Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos

1991 60 meses

1992 60 meses

1993 66 meses

1994 72 meses

1995 78 meses

1996 90 meses

1997 96 meses

1998 102 meses

1999 108 meses

2000 114 meses

2001 120 meses

2002 126 meses

2003 132 meses

2004 138 meses

2005 144 meses

2006 150 meses

2007 156 meses

2008 162 meses

2009 168 meses

2010 174 meses

2011 180 meses

Aposentadoria por idade

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. APOSENTADORIA

POR IDADE URBANA. TABELA PROGRESSIVA DO ART. 142 DA

LBPS. PERÍODO DE CARÊNCIA. ANO DO IMPLEMENTO DO

REQUISITO ETÁRIO. ADMISSIBILIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES

POSTERIORES. PROVIMENTO.

1. Para a concessão de aposentadoria por idade urbana, o

período de carência disposto pelo artigo 142 da Lei 8.213/91

deve ser graduado pelo ano do implemento do requisito etário.

2. É irrelevante, para aferição do período de carência

exigido para a concessão de aposentadoria por idade, que

o segurado não conte, quando do cumprimento do requisito

etário, com todas as contribuições mensais exigidas por lei.

13

Aposentadoria por idade

3. É dado ao segurado contribuir ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS em tempo posterior ao cumprimento da idade legal até que reúna o número de contribuições previdenciárias exigidos pela carência, que é medida, sempre, pelo ano do implemento do requisito etário.

4. Se o segurado já se encontra em uma contingência que reclama cobertura previdenciária (idade avançada), seguiria na contramão da lógica demandar-lhe o recolhimento de contribuições até que complete a carência exigida para o ano em que cumprisse todas as condições para a concessão do benefício – carência, inclusive. 5. Pedido de Uniformização conhecido e provido.

(PEDIDO 200870530016632, JUIZ FEDERAL JOSÉ ANTONIO SAVARIS, 25/05/2010)

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Aposentadoria por idade – efeitos

no contrato de trabalho

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 3º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.596-14/97, CONVERTIDA NA LEI Nº 9.528/97, QUE ADICIONOU AO ARTIGO 453 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO UM SEGUNDO PARÁGRAFO PARA EXTINGUIR O VÍNCULO EMPREGATÍCIO QUANDO DA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1. A conversão da medida provisória em lei prejudica o debate jurisdicional acerca da "relevância e urgência" dessa espécie de ato normativo. 2. Os valores sociais do trabalho constituem: a) fundamento da República Federativa do Brasil (inciso IV do artigo 1º da CF); b) alicerce da Ordem Econômica, que tem por finalidade assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, e, por um dos seus princípios, a busca do pleno emprego (artigo 170, caput e inciso VIII); c) base de toda a Ordem Social (artigo 193).

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Aposentadoria por idade – efeitos

no contrato de trabalho

Esse arcabouço principiológico, densificado em regras como a do inciso I do artigo 7º da Magna Carta e as do artigo 10 do ADCT/88, desvela um mandamento constitucional que perpassa toda relação de emprego, no sentido de sua desejada continuidade. 3. A Constituição Federal versa a aposentadoria como um benefício que se dá mediante o exercício regular de um direito. E o certo é que o regular exercício de um direito não é de colocar o seu titular numa situação jurídico-passiva de efeitos ainda mais drásticos do que aqueles que resultariam do cometimento de uma falta grave (sabido que, nesse caso, a ruptura do vínculo empregatício não opera automaticamente). 4. O direito à aposentadoria previdenciária, uma vez objetivamente constituído, se dá no âmago de uma relação jurídica entre o segurado do Sistema Geral de Previdência e o Instituto Nacional de Seguro Social. Às expensas, portanto, de um sistema atuarial-financeiro que é gerido por esse Instituto mesmo, e não às custas desse ou daquele empregador

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Aposentadoria por idade – efeitos

no contrato de trabalho

. 5. O Ordenamento Constitucional não autoriza o legislador ordinário a criar modalidade de rompimento automático do vínculo de emprego, em desfavor do trabalhador, na situação em que este apenas exercita o seu direito de aposentadoria espontânea, sem cometer deslize algum. 6. A mera concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador não tem por efeito extinguir, instantânea e automaticamente, o seu vínculo de emprego. 7. Inconstitucionalidade do § 2º do artigo 453 da Consolidação das Leis do Trabalho, introduzido pela Lei nº 9.528/97.

(ADI 1721, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2006, DJe-047 DIVULG 28-06-2007 PUBLIC 29-06-2007 DJ 29-06-2007 PP-00020 EMENT VOL-02282-01 PP-00084 RTJ VOL-00201-03 PP-00885 LEXSTF v. 29, n. 345, 2007, p. 35-52 RLTR v. 71, n. 9, 2007, p. 1130-1134)

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Aposentadoria por idade compulsória

Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida

pela empresa, desde que o segurado empregado tenha

cumprido o período de carência e completado 70

(setenta) anos de idade, se do sexo masculino, ou 65

(sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, sendo

compulsória, caso em que será garantida ao

empregado a indenização prevista na legislação

trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do

início da aposentadoria.

• Não respeita a vontade do trabalhador

• Idade avançada não significa incapacidade para o

trabalho

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APOSENTADORIA

RURAL

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Aposentadoria por idade

Idade

60 anos mulher

65 anos homem

Reduzido em cinco anos:

Art. 201 § 7º - Assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes

condições:

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta

anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que

exerçam suas atividades em regime de economia familiar,

nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador

artesanal.

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SEGURADOS RURAIS

• COMO SABER QUEM SÃO OS TRABALHADORES RURAIS

A QUE A CONSTITUIÇÃO SE REFERE AO ESTABELECER A

IDADE PARA APOSENTADORIA?• Art. 48 da Lei 8.213/91:

• A aposentadoria por idade será devida ao segurado

que, cumprida a carência exigida nesta Lei,

completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se

homem, e 60 (sessenta), se mulher.

• § 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para

sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de

trabalhadores rurais, respectivamente homens e

mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g

do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.

22SEGURADO EMPREGADO

• Lei 8.212/91 - Art. 12, inc. I

• a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à

empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e

mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

▫ CLT: Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que

prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a

dependência deste e mediante salário.

▫ Estatuto do Trabalhador Rural Lei 5889/73:

Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade

rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a

empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.

Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a

pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade

agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente

ou através de prepostos e com auxílio de empregados.

– TRABALHADOR AVULSO –

• Lei 8.212/91: art. 12, inc. VI:

▫ quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento:

• Art. 9º, inc. VI do Decreto 3048/99 dispõe que:

▫ como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados

▫ PORÉM, NUNCA HOUVE REGULAMENTAÇÃO SOBRE OS AVULSOS NO MEIO RURAL

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24SEGURADOS ESPECIAIS

▫ Segurado especial (conceito constitucional):

▫ Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o

arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem

como os respectivos cônjuges, que exerçam suas

atividades em regime de economia familiar, sem

empregados permanentes, contribuirão para a

seguridade social mediante a aplicação de uma

alíquota sobre o resultado da comercialização da

produção e farão jus aos benefícios nos termos da

lei.

– SEGURADO ESPECIAL –

• A PARTIR DA LEI 11.718/08 MUDOU

SIGNIFICATIVAMENTE O CONCEITO, CRIANDO-SE

NOVOS CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO

• ELEMENTO RESIDÊNCIA:

• pessoa física residente no imóvel rural ou em

aglomerado urbano ou rural próximo

• Decreto 3.048/99: Art. 9º § 20. Para os fins deste

artigo, considera-se que o segurado especial reside

em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel

rural onde desenvolve a atividade quando resida no mesmo município de situação do imóvel onde

desenvolve a atividade rural, ou em município

contíguo ao em que desenvolve a atividade rural.

25

– SEGURADO ESPECIAL –

• que, individualmente ou em regime de economia familiar,

ainda que com o auxílio eventual de terceiros,

• na condição de:

▫ produtor,

proprietário, usufrutuário,

possuidor,

assentado,

parceiro ou meeiro outorgados,

comodatário

arrendatário rurais, • DE ALGUMA FORMA O SEGURADO DEVE ESTAR VINCULADO

À TERRA: QUEM TRABALHA NA ATIVIDADE RURAL TRABALHA

NA TERRA DE ALGUÉM

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– SEGURADO ESPECIAL –

QUE EXPLORE ATIVIDADE ÁREA CONTÍNUA OU

NÃO DE ATÉ 4 (QUATRO) MÓDULOS FISCAIS

• Lei 4.504/64: Art. 5º. Para cálculo do imposto,

aplicar-se-á sobre o valor da terra nua,

constante da declaração para cadastro, e não impugnado pelo órgão competente, ou

resultante de avaliação, a alíquota

correspondente ao número de módulos fiscais

do imóvel....:

27

– SEGURADO ESPECIAL –

§ 2º O módulo fiscal de cada Município, expresso em

hectares, será determinado levando-se em conta os

seguintes fatores:

• a) o tipo de exploração predominante no

Município:

• I - hortifrutigranjeira;

• Il - cultura permanente;

• III - cultura temporária;

• IV - pecuária;

• V - florestal;

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– SEGURADO ESPECIAL –

• b) a renda obtida no tipo de exploração predominante;

• c) outras explorações existentes no Município que, embora

não predominantes, sejam expressivas em função da renda

ou da área utilizada;

• d) o conceito de "propriedade familiar", definido no item II

do artigo 4º desta Lei.

• ("Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes

absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e

eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros;)

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– SEGURADO ESPECIAL –

• § 3º O número de módulos fiscais de um imóvel rural será obtido dividindo-se sua área aproveitável total pelo modulo fiscal do Município.

• § 4º Para os efeitos desta Lei; constitui área aproveitável do imóvel rural a que for passível de exploração agrícola, pecuária ou florestal. Não se considera aproveitável:

• a) a área ocupada por benfeitoria;• b) a área ocupada por floresta ou mata de efetiva

preservação permanente, ou reflorestada com essências nativas;

• c) a área comprovadamente imprestável para qualquer exploração agrícola, pecuária ou florestal.

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– SEGURADO ESPECIAL –

• O tamanho dos módulos fiscais foi fixado pela Instrução Especial no 20, de 1980, do INCRA (BRASIL, 1980). Municípios criados posteriormente tiveram o tamanho do módulo fiscal fixado por Portarias e Instruções Especiais mais recentes. Foi o caso das Instruções Especiais no 541, de 1997, e no 3 de 2005, para municípios instalados em 1997 e 2005, respectivamente

• Maior módulo fiscal do Brasil – 110 hectares

• Ex. Corumbá – MS

• Menor módulo fiscal do Brasil – 5 hectares

• Ex. Porto Alegre

31

– SEGURADO ESPECIAL –

• Seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas

atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º

da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas

atividades o principal meio de vida;

▫ XII - extrativismo: sistema de exploração baseado

na coleta e extração, de modo sustentável, de

recursos naturais renováveis;

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– SEGURADO ESPECIAL –

• pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;

• Conforme o Decreto 3.048/99 (art. 9º § 14), é pescador artesanal:

• § 14. Considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desdeque:

• I - não utilize embarcação; ou

• II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009.

• § 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal.

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• Garimpeiro:

• Incluído na redação originaria do art. 195, § 8º

• Incluído na Lei 8.213/91

• Excluído da condição de segurado especial

pela Lei n. 8.938, de 7 de janeiro de 1992

• Excluído do art. 195, § 8ºpela Emenda

Constitucional n 20/98

34– SEGURADO ESPECIAL –

– SEGURADO ESPECIAL –

• São segurados especiais:

▫ cônjuge ou companheiro,

▫ filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado

▫ Idade alterada pela Lei 11.718/08

▫ CF – art. 7º: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

▫ Que comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.

35

– SEGURADO ESPECIAL –

• Art. 11. Lei 8.213/91: § 1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.

É uma forma de trabalho e não renda

Subsistência é contraponto à agricultura empresarial

Hoje a ciência agrária não utiliza mais o termo “subsistência” , mas agricultura familiar

Inclui-se expressamente “ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar”

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– SEGURADO ESPECIAL –

• Art. 12. § 10. Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:

• CONSTAVA NA IN 45 – art. 7º. § 5º Não é segurado especial o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:

• NÃO CONSTA NA IN 77/15

• SÚMULA 41 TNU: A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto.

37

– SEGURADO ESPECIAL –

• RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. TRABALHO RURAL. ARTS. 11, VI, E 143 DA LEI 8.213/1991. SEGURADO ESPECIAL. CONFIGURAÇÃO JURÍDICA. TRABALHO URBANO DE INTEGRANTE DO GRUPO FAMILIAR. REPERCUSSÃO. NECESSIDADE DE PROVA MATERIAL EM NOME DO MESMO MEMBRO. EXTENSIBILIDADE PREJUDICADA.

• 1. Trata-se de Recurso Especial do INSS com o escopo de desfazer a caracterização da qualidade de segurada especial da recorrida, em razão do trabalho urbano de seu cônjuge, e, com isso, indeferir a aposentadoria prevista no art. 143 da Lei 8.213/1991.

• 2. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não evidencia ofensa ao art. 535 do CPC.

• 3. O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar não descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados especiais, devendo ser averiguada a dispensabilidade do trabalho rural para a subsistência do grupo familiar, incumbência esta das instâncias ordinárias (Súmula 7/STJ).

38

– SEGURADO ESPECIAL –

• 4. Em exceção à regra geral fixada no item anterior, a extensão de prova material em nome de um integrante do núcleo familiar a outro não é possível quando aquele passa a exercer trabalho incompatível com o labor rurícola, como o de natureza urbana.

• 5. No caso concreto, o Tribunal de origem considerou algumas provas em nome do marido da recorrida, que passou a exercer atividade urbana, mas estabeleceu que fora juntada prova material em nome desta em período imediatamente anterior ao implemento do requisito etário e em lapso suficiente ao cumprimento da carência, o que está em conformidade com os parâmetros estabelecidos na presente decisão.

• 6. Recurso Especial do INSS não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ.

• (REsp 1304479/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe 19/12/2012)

39

– SEGURADO ESPECIAL –

Exceções (rendas permitidas):

Benefício (pensão, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão) que

não supere o salário mínimo

Benefício previdenciário decorrente de previdência

complementar

exercício de atividade remunerada em período não

superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados,

no ano civil, observado o disposto no § 13 deste artigo;

Exercício de mandato eletivo de dirigente syndical

40

– SEGURADO ESPECIAL –

Exceções (rendas permitidas):

Exercício de mandato de vereador ou de dirigente de

cooperativa rural composta de segurados especiais, desde

que continuem exercendo a atividade rural

Parceria ou meação (até 50% da área), desde que

outorgante e outorgado continuem segurados especiais

Atividade artesanal

Atividade artística até salário mínimo

41

– SEGURADO ESPECIAL –

• Fatos que não descaracterizam a condição de seguradoespecial:

Parceria, meação ou comodato: até 50% da

propriedade

Exploração da atividade turística, inclusive com

hospedagem por até 120 dias no ano

A utilização de processo de beneficiamento ou

industrialização artisanal

A participação em programas assistenciais

Associação em cooperativa agropecuária

42

– SEGURADO ESPECIAL –

• Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial:

• A participação do segurado especial em:

• sociedade empresária,

• sociedade simples,

• como empresário individual ou

• como titular de empresa individual de responsabilidade limitada

• de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico,

considerada microempresa nos termos da Lei Complementar

no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria

previdenciária,

• desde que,

• mantido o exercício da sua atividade rural,

• a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual

natureza e

• sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele

em que eles desenvolvam suas atividades.

43

– SEGURADO ESPECIAL –

Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o

arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem

como os respectivos cônjuges, que exerçam suas

atividades em regime de economia familiar, sem

empregados permanentes, contribuirão para a

seguridade social mediante a aplicação de uma

alíquota sobre o resultado da comercialização da

produção e farão jus aos benefícios nos termos da

lei.

44

– SEGURADO ESPECIAL –

O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados

contratados por prazo determinado ou trabalhador de

que trata a alínea “g” do inciso V do caput, à razão de

no máximo cento e vinte pessoas/dia no ano civil, em

períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo

equivalente em horas de trabalho, não sendo

computado nesse prazo o período de afastamento em

decorrência da percepção de auxílio-doença.

45

– SEGURADO ESPECIAL –

In 77/15:Art. 39 § 4º Enquadra-se como segurado especial o indígena reconhecido pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI, inclusive o artesão que utilize matéria-prima proveniente de extrativismo vegetal, desde que atendidos os demais requisitos constantes no inciso V do art. 42, independentemente do local onde resida ou exerça suas atividades, sendo irrelevante a definição de indígena aldeado, não-aldeado, em vias de integração, isolado ou integrado, desde que exerça a atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar e faça dessas atividades o principal meio de vida e de sustento.

46

– CONTRIBUINTE INDIVIDUAL –

• CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

• Lei 8.212/91 – art. 12, inc. V, alínea “a”:

• a pessoa física, proprietária ou não, que explora

atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter

permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou

inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade

pesqueira, com auxílio de empregados ou por

intermédio de prepostos; ou

• Se um é empregador todos os membros do grupo familiar

perdem a qualidade de segurado especial

47

– CONTRIBUINTE INDIVIDUAL x

SEGURADO ESPECIAL

Art. 12, inc. V (contribuinte individual) alínea “g”:

quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em

caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem

relação de emprego;

Quem trabalha em caráter eventual para uma oumais empresas

Diarista Bóia-fria Eventual A Jurisprudência enquadra (equipara) os

diaristas, boias-frias, eventuais como SEGURADOS ESPECIAIS

48

COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE

DO SEGURADO ESPECIAL

Redação dada pela Lei 11718/08:

Lei 8.213/91 Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de:

contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;

comprovante de cadastro do INCRA;

bloco de notas do produtor rural.

notas fiscais de entrada de mercadorias

documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor

49

COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE

DO SEGURADO ESPECIAL

comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção:

cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural

licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra

comprovante de pagamento do Imposto Territorial Rural –ITR

declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo INSS;

50

Art. 54. Considera-se início de prova material, para fins de comprovação

da atividade rural, entre outros, os seguintes documentos, desde que

neles conste a profissão ou qualquer outro dado que evidencie o

exercício da atividade rurícola e seja contemporâneo ao fato nele

declarado, observado o disposto no art. 111:

I - certidão de casamento civil ou religioso;

II - certidão de união estável;

III - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos;

IV - certidão de tutela ou de curatela;

V - procuração;

VI - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral;

VII - certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar;

VIII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou

boletim escolar do trabalhador ou dos filhos;

51COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO

SEGURADO ESPECIAL

IX - ficha de associado em cooperativa;X - comprovante de participação como beneficiário, em programas

governamentais para a área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos Municípios;

XI - comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de empresa de assistência técnica e extensão rural;

XII - escritura pública de imóvel;XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa;XIV - registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos,

como testemunha, autor ou réu;XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de

saúde ou do programa dos agentes comunitários de saúde;XVI - carteira de vacinação;XVII - título de propriedade de imóvel rural;XVIII - recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas;XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural;

52COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO

SEGURADO ESPECIAL

XX - ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao

sindicato de trabalhadores rurais, colônia ou associação de

pescadores, produtores ou outras entidades congêneres;

XXI - contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à

colônia ou à associação de pescadores, produtores rurais ou a outras

entidades congêneres;

XXII - publicação na imprensa ou em informativos de circulação

pública;

XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando da

participação em batismo, crisma, casamento ou em outros

sacramentos;

XXIV - registro em documentos de associações de produtores rurais,

comunitárias, recreativas, desportivas ou religiosas;

53COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO

SEGURADO ESPECIAL

XXV - Declaração Anual de Produto - DAP, firmada perante o INCRA;

XXVI - título de aforamento;

XXVII - declaração de aptidão fornecida para fins de obtenção de

financiamento junto ao Programa Nacional de Desenvolvimento da

Agricultura Familiar - PRONAF; e

XXVIII - ficha de atendimento médico ou odontológico.

§ 1º Para fins de comprovação da atividade do segurado especial, os

documentos referidos neste artigo, serão considerados para todos os

membros do grupo familiar.

§ 2º Serão considerados os documentos referidos neste artigo, ainda

que anteriores ao período a ser comprovado, em conformidade com

o Parecer CJ/MPS nº 3.136, de 23 de setembro de 2003.

54COMPROVAÇAO DA ATIVIDADE DO

SEGURADO ESPECIAL

PROVA MATERIAL

art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:

§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.

Súmula 149 STJ: A PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL NÃO BASTA A COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURICOLA, PARA EFEITO DA OBTENÇÃO DE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO.

55

EFETIVO EXERCICIO

DA ATIVIDADE RURAL

O GRANDE ELEMENTO QUE CARACTERIZA O SEGURADO ESPECIAL É O EFETIVO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE

PROCEDIMENTOS:

• Entrevista

• Oitiva de testemunhas

• Pesquisa

• Análise do CNIS e confrontação de dados (módulos, etc)

56

Aposentadoria por idade rural

• SEGURADO ESPECIAL

• PARECER CJ/MPS 39/2006:

• 8. A aposentadoria por idade do segurado especial no valor de

1 (um) salário mínimo, após a expiração do prazo relativo ao

benefício transitório - 24 de julho de 2006 -, continuará sendo

devida nos termos do inciso I do art. 39 da Lei nº 8.213/91, ou

seja, o segurado especial deverá comprovar, para obter

aposentadoria por idade no valor de 1 (um) salário mínimo, o

exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua,

no período imediatamente anterior ao requerimento do

benefício, igual ao número de meses correspondentes à

carência do benefício.

• ....

57

APOSENTADORIA POR IDADE

• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. REQUISITOS: IDADE E COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA NO PERÍODO IMEDIATAMENTE ANTERIOR AO REQUERIMENTO. ARTS. 26, I, 39, I, E 143, TODOS DA LEI N. 8.213/1991. DISSOCIAÇÃO PREVISTA NO § 1º DO ART.

• 3º DA LEI N. 10.666/2003 DIRIGIDA AOS TRABALHADORES URBANOS. PRECEDENTE DA TERCEIRA SEÇÃO.

• 1. A Lei n. 8.213/1991, ao regulamentar o disposto no inc. I do art. 202 da redação original de nossa Carta Política, assegurou ao trabalhador rural denominado segurado especial o direito à aposentadoria quando atingida a idade de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher (art. 48, § 1º).

• 2. Os rurícolas em atividade por ocasião da Lei de Benefícios, em 24 de julho de 1991, foram dispensados do recolhimento das contribuições relativas ao exercício do trabalho no campo, substituindo a carência pela comprovação do efetivo desempenho do labor agrícola (arts. 26, I e 39, I).

58

APOSENTADORIA POR IDADE

• 3. Se ao alcançar a faixa etária exigida no art. 48, § 1º, da Lei n.

8.213/91, o segurado especial deixar de exercer atividade como

rurícola sem ter atendido a regra de carência, não fará jus à

aposentação rural pelo descumprimento de um dos dois únicos

critérios legalmente previstos para a aquisição do direito.

• 4. Caso os trabalhadores rurais não atendam à carência na forma

especificada pelo art. 143, mas satisfaçam essa condição

mediante o cômputo de períodos de contribuição em outras

categorias, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos de

idade, se homem, e 60 anos, se mulher, conforme preceitua o § 3º

do art. 48 da Lei de Benefícios, incluído pela Lei nº 11.718, de 2008.

59

APOSENTADORIA POR IDADE

5. Não se mostra possível conjugar de modo favorável ao

trabalhador rural a norma do § 1º do art. 3º da Lei n. 10.666/2003,

que permitiu a dissociação da comprovação dos requisitos para

os benefícios que especificou: aposentadoria por contribuição,

especial e por idade urbana, os quais pressupõem contribuição.

6. Incidente de uniformização desprovido.

PETIÇÃO 7.476/PR

60

Aposentadoria por idade rural

Art. 159. Observado o disposto no inciso II do art.

158, para fins de benefícios de aposentadoria por

invalidez, auxílio-doença, auxílio-acidente, pensão

por morte, auxílio-reclusão e salário-maternidade,

o segurado especial deverá estar em atividade

ou em prazo de manutenção desta qualidade na

data da entrada do requerimento - DER ou na

data em que implementar todas as condições

exigidas para o benefício requerido.

61

Aposentadoria por idade rural

§ 1º Será devido o benefício, ainda que a atividade

exercida na DER seja de natureza urbana, desde que

preenchidos todos os requisitos para a concessão do

benefício requerido até a expiração do prazo para

manutenção da qualidade de segurado na categoria de

segurado especial e não tenha adquirido a carência

necessária na atividade urbana.

§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, não será permitido

somar, para fins de carência, o tempo de efetivo exercício de atividade rural com as contribuições vertidas para o

RGPS na atividade urbana.

62

Aposentadoria por idade rural

Art. 231. Para fins de aposentadoria por idade prevista no inciso I do art.

39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei nº 8.213, de 1991 dos

segurados empregados, contribuintes individuais e especiais, referidos

na alínea "a" do inciso I, na alínea "g" do inciso V e no inciso VII do art.

11, todos do mesmo diploma legal, não será considerada a perda da

qualidade de segurado nos intervalos entre as atividades rurícolas,

devendo, entretanto, estar o segurado exercendo a atividade rural ou

em período de graça na DER ou na data em que implementou todas

as condições exigidas para o benefício.

§ 1º A atividade rural exercida até 31 de dezembro de 2010 pelos

trabalhadores rurais de que trata o caput enquadrados como

empregado e contribuinte individual, para fins de aposentadoria por

idade, no valor de um salário mínimo, observará as regras de

comprovação relativas ao segurado especial, mesmo que a

implementação das condições para o benefício seja posterior à

respectiva data.

63

Aposentadoria por idade rural

§ 2º O trabalhador enquadrado como segurado especial poderá

requerer a aposentadoria por idade sem observância à data

limite prevista no § 1º, em razão do disposto no inciso I do art. 39

da Lei nº 8.213, de 1991.

Art. 232. Na hipótese do art. 231, será devido o benefício ao

segurado empregado, contribuinte individual e segurado

especial, ainda que a atividade exercida na DER seja de

natureza urbana, desde que o segurado tenha preenchido todos

os requisitos para a concessão do benefício rural até a expiração

do prazo de manutenção da qualidade na condição de

segurado rural.

Parágrafo único. Será concedido o benefício de natureza urbana

se, dentro do período de manutenção da qualidade decorrente

da atividade rural, o segurado exercer atividade urbana e

preencher os requisitos à concessão de benefício nessa

categoria.

64

Aposentadoria por idade rural

Art. 156. Para o segurado especial que não contribui

facultativamente, o período de carência de que trata o § 1º do art.

26 do RPS é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural,

mediante comprovação, na forma do disposto no art. 47 a 54.

Art. 157. No caso de comprovação de desempenho de atividade

urbana entre períodos de atividade rural, com ou sem perda da

qualidade de segurado, poderá ser concedido benefício previsto no

inciso I do art. 39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei nº 8.213, de

1991, desde que cumpra o número de meses de trabalho idêntico à

carência relativa ao benefício, exclusivamente em atividade rural.

Parágrafo único. Na hipótese de períodos intercalados de exercício

de atividade rural e urbana, observado o disposto nos arts. 159 e 233,

o requerente deverá apresentar um documento de início de prova

material do exercício de atividade rural após cada período de

atividade urbana.

65

Aposentadoria por idade rural

Art. 158. Para fins de concessão dos benefícios devidos ao

trabalhador rural previstos no inciso I do art. 39 e caput § 2º do art. 48

ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, considera-se como

período de carência o tempo de efetivo exercício de atividade rural,

ainda que de forma descontínua, correspondente ao número de

meses necessários à concessão do benefício requerido, computados

os períodos a que se referem as alíneas "d" e "i" do inciso VIII do art.

42 observando-se que:

I - para a aposentadoria por idade prevista no art. 230 do

trabalhador rural empregado, contribuinte individual e especial será

apurada mediante a comprovação de atividade rural no período

imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme

o caso, no mês em que cumprir o requisito etário, computando-se

exclusivamente, o período de natureza rural; e

66

Aposentadoria por idade rural

II - para o segurado especial e seus dependentes, para os benefícios de aposentadoria por invalidez, auxílio-doença,

auxílioacidente, pensão por morte, auxílio-reclusão e salário-

maternidade, o período de atividade rural deve ser

apurado em relação aos últimos doze ou 24 (vinte e quatro)

meses, sem prejuízo da necessária manutenção da

qualidade de segurado e do preenchimento da respectiva

carência, comprovado na forma do art. 47.

Parágrafo único. Entendem-se como forma descontínua os

períodos intercalados de exercício de atividades rurais, ou

urbana e rural, com ou sem a ocorrência da perda da qualidade de segurado, observado o disposto no art. 157.

67

APOSENTADORIA POR IDADE

- empregado rural -

Idade reduzida: 55 anos mulher e 60 anoshomem

Assegurado a todos os trabalhadores ruraisindependentemente de contribuiçao até31 de dezembro de 2010

Art. 3º Lei 11.718/08:

I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade comprovada na forma do art. 143 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991;

68

APOSENTADORIA POR IDADE

- empregado rural -

EMPREGADO RURAL: Cômputo especial da carência –Art. 3º Lei 11.718/08:

II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada

mês comprovado de emprego, multiplicado por 3

(três), limitado a 12 (doze) meses, dentro do

respectivo ano civil; e

III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada

mês comprovado de emprego, multiplicado por 2

(dois), limitado a 12 (doze) meses dentro do

respectivo ano civil.

Substituiu-se uma regra de transição “para trás” por uma regra de transição “para frente”

69

APOSENTADORIA POR IDADE

- diarista -

Art. 159 § 3º Ressalvada a hipótese prevista no art. 158, o trabalhador rural enquadrado como contribuinte individual e seus dependentes, para fazer jus aos demais benefícios, deverão comprovar o recolhimento das contribuições.

70

Aposentadoria híbrida

Aposentadoria por idade urbana - 180

contribuições mensais – não se exige qualidade

de segurado no momento em que completa a

idade ou quando do requerimento

Aposentadoria por idade rural – 180 meses de

atividade rural (atividade descontínua?) –

qualidade de segurado na DER ou quando

completa a idade

71

Aposentadoria híbrida

Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que,

cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e

cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher

1ºOs limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e

cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais,

respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do

inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.

§ 2º Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador

rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda

que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao

requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses

de contribuição correspondente à carência do benefício

pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a

VIII do § 9o do art. 11 desta Lei.

72

Aposentadoria híbrida

Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que,

cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e

cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher

§ 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que

não atendam ao disposto no § 2o deste artigo, mas que

satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de

contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao

benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade,

se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.

73

Aposentadoria híbrida – NOVIDADE ACP

Decisão judicial com deferimento de execução

provisória na Ação Civil Pública - ACP nº 5038261-

15.2015.4.04.7100/RS para fins de assegurar o

direito à aposentadoria por idade na modalidade

híbrida, independentemente de qual tenha sido a

última atividade profissional desenvolvida – rural

ou urbana.

74

Aposentadoria híbrida

TRIBUNAIS REGIONAIS:

• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA HÍBRIDA POR IDADE. INTEGRAÇÃO DE PERÍODO DE TRABALHO RURAL AO DE CATEGORIA DIVERSA. LEI Nº 11.718/08. CONCESSÃO. CONSECTÁRIOS. TUTELA ESPECÍFICA

• Os trabalhadores rurais que não atendam ao disposto no art. 48, § 2º, da Lei nº 8.213/01, mas que satisfaçam as demais condições, considerando-se períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício de aposentadoria por idade ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.

• Preenchendo a parte autora o requisito etário e carência exigida, tem direito a concessão da aposentadoria por idade, a contar da data do requerimento administrativo.

• A RMI do benefício será calculada conforme a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a 80% de todo o período contributivo, considerando-se como salário-de-contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo de salário-de-contribuição da Previdência Social. AC Nº 0014935-23.2010.404.9999/RS; RELATOR Des. Federal ROGERIO FAVRETO

75

Aposentadoria híbrida

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL.

APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535

DO CPC. NÃO CARACTERIZAÇÃO. JULGAMENTO EXTRA PETITA.

NÃO OCORRÊNCIA. ARTIGO 48, §§ 3º E 4º DA LEI 8.213/1991, COM

A REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.718/2008. OBSERVÂNCIA. RECURSO

ESPECIAL CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

1. A Lei 11.718/2008 introduziu no sistema previdenciário brasileiro

uma nova modalidade de aposentadoria por idade denominada

aposentadoria por idade híbrida.

2. Neste caso, permite-se ao segurado mesclar o período urbano

ao período rural e vice-versa, para implementar a carência mínima necessária e obter o benefício etário híbrido.

76

Aposentadoria híbrida

3. Não atendendo o segurado rural à regra básica para aposentadoria rural por

idade com comprovação de atividade rural, segundo a regra de transição

prevista no artigo 142 da Lei 8.213/1991, o § 3º do artigo 48 da Lei 8.213/1991,

introduzido pela Lei 11.718/2008, permite que aos 65 anos, se homem e 60 anos,

mulher, o segurado preencha o período de carência faltante com períodos de

contribuição de outra qualidade de segurado, calculando-se o benefício de

acordo com o § 4º do artigo 48.

4. Considerando que a intenção do legislador foi a de permitir aos trabalhadores

rurais, que se enquadrem nas categorias de segurado empregado, contribuinte

individual, trabalhador avulso e segurado especial, o aproveitamento do tempo

rural mesclado ao tempo urbano, preenchendo inclusive carência, o direito à

aposentadoria por idade híbrida deve ser reconhecido.

5. Recurso especial conhecido e não provido.

(REsp 1367479/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,

julgado em 04/09/2014, DJe 10/09/2014)

77

Aposentadoria híbrida

REsp 1367479/RS

Com efeito, computando-se o período de atividade rural,

de 01-01-1990 a 30-03-1995, e os intervalos de atividade

urbana, de 01-04-1995 a 30-04-1995, 01-06-1995 a 31-12-

2003, 01-04-2004 a 31-07-2004 e de 01-09-2004 a 31-12-2004,

78

Aposentadoria híbrida

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. ART. 48, §§ 3º

e 4º, DA LEI 8.213/1991. TRABALHO URBANO E RURAL NO PERÍODO DE

CARÊNCIA. REQUISITO. LABOR CAMPESINO NO MOMENTO DO

IMPLEMENTO DO REQUISITO ETÁRIO OU DO REQUERIMENTO

ADMINISTRATIVO. EXIGÊNCIA AFASTADO. CONTRIBUIÇÕES. TRABALHO

RURAL. CONTRIBUIÇÕES. DESNECESSIDADE.

1. O INSS interpôs Recurso Especial aduzindo que a parte ora recorrida

não se enquadra na aposentadoria por idade prevista no art. 48, § 3º,

da Lei 8.213/1991, pois no momento do implemento do requisito etário

ou do requerimento administrativo era trabalhadora urbana, sendo a

citada norma dirigida a trabalhadores rurais. Aduz ainda que o

tempo de serviço rural anterior à Lei 8.213/1991 não pode ser

computado como carência.

79

Aposentadoria híbrida

6. Sob o ponto de vista do princípio da dignidade da pessoa humana, a

inovação trazida pela Lei 11.718/2008 consubstancia a correção de

distorção da cobertura previdenciária: a situação daqueles segurados

rurais que, com a crescente absorção da força de trabalho campesina

pela cidade, passam a exercer atividade laborais diferentes das lides do

campo, especialmente quanto ao tratamento previdenciário.

7. Assim, a denominada aposentadoria por idade híbrida ou mista (art.

48, §§ 3º e 4º, da Lei 8.213/1991) aponta para um horizonte de equilíbrio

entre as evolução das relações sociais e o Direito, o que ampara aqueles

que efetivamente trabalharam e repercute, por conseguinte, na redução

dos conflitos submetidos ao Poder Judiciário.

8. Essa nova possibilidade de aposentadoria por idade não representa

desequilíbrio atuarial, pois, além de exigir idade mínima equivalente à

aposentadoria por idade urbana (superior em cinco anos à

aposentadoria rural), conta com lapsos de contribuição direta do

segurado que a aposentadoria por idade rural não exige.

80

Aposentadoria híbrida

9. Para o sistema previdenciário, o retorno contributivo é maior na

aposentadoria por idade híbrida do que se o mesmo segurado

permanecesse exercendo atividade exclusivamente rural, em vez

de migrar para o meio urbano, o que representará, por certo,

expressão jurídica de amparo das situações de êxodo rural, já que,

até então, esse fenômeno culminava em severa restrição de direitos

previdenciários aos trabalhadores rurais.

10. Tal constatação é fortalecida pela conclusão de que o disposto

no art. 48, §§ 3º e 4º, da Lei 8.213/1991 materializa a previsão

constitucional da uniformidade e equivalência entre os benefícios

destinados às populações rurais e urbanas (art. 194, II, da CF), o que

torna irrelevante a preponderância de atividade urbana ou rural

para definir a aplicabilidade da inovação legal aqui analisada.

81

Aposentadoria híbrida

11. Assim, seja qual for a predominância do labor misto no

período de carência ou o tipo de trabalho exercido no

momento do implemento do requisito etário ou do

requerimento administrativo, o trabalhador tem direito a se

aposentar com as idades citadas no § 3º do art. 48 da Lei

8.213/1991, desde que cumprida a carência com a utilização de labor urbano ou rural. Por outro lado, se a carência foi

cumprida exclusivamente como trabalhador urbano, sob

esse regime o segurado será aposentado (caput do art. 48), o

que vale também para o labor exclusivamente rurícola (§§1º

e 2º da Lei 8.213/1991).(REsp 1407613/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA

TURMA, julgado em 14/10/2014, DJe 28/11/2014)

82

Aposentadoria híbrida

REsp 1407613/RS

Assim, para fins de preenchimento da carência prevista no art.

142 da Lei nº 8.213/1991, o período rural reconhecido

(01/01/1982 e 30/06/1992) corresponde a 126 meses. Em

relação ao tempo urbano reconhecido administrativamente

pelo INSS até a data do requerimento administrativo (fl. 19),

qual seja, de 14/07/1992 a 18/08/1993, 13/10/1993 a

10/05/1995, 14/03/1996 a 09/04/1996 e 01/09/2008 a

28/02/2010, corresponde a 54 contribuições.

83

Aposentadoria híbrida

TNU:

PEDILEF 50009573320124047214

APOSENTADORIA MISTA OU HÍBRIDA. CONTAGEM DE TEMPO

RURAL PARA APOSENTADORIA URBANA. APLICAÇÃO EXTENSIVA

DO ATUAL DO ARTIGO 48, § 3º E 4O. DA LEI DE BENEFÍCIOS.

DIRETRIZ FIXADA PELA SEGUNDA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNA

DE JUSTIÇA NO RECURSO ESPECIAL 1.407.613. ISONOMIA DO

TRABALHADOR RURAL COM O URBANO. APOSENTADORIA POR

IDADE NA FORMA HÍBRIDA PERMITIDA TAMBÉM PARA O

URBANO QUANDO HOUVER, ALÉM DA IDADE, CUMPRIDO A

CARÊNCIA EXIGIDA COM CONSIDERAÇÃO DOS PERÍODOS DE

TRABALHO RURAL. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO CONHECIDO E

PROVIDO.

84

Aposentadoria híbrida

PROCESSO: 500064232.2012.404.7108

Para fins de concessão de aposentadoria híbrida (Lei 8.213/91,

art. 48, § 3º), não é necessário que o exercício da atividade

rural tenha ocorrido no período imediatamente anterior à data

da entrada do requerimento. ** Período de exercício de

atividade rural no caso concreto: 01/01/1965 a 19/03/1978.

85

Aposentadoria híbrida 86

Tema 131

Questão

submetida a

julgamento

Saber se é necessária a comprovação de exercício de

atividade rural no período imediatamente anterior à

implementação do requisito etário, para fins de concessão de

aposentadoria híbrida.

Tese firmada

Para a concessão da aposentadoria por idade híbrida ou

mista, na forma do art. 48, § 3º, da Lei n. 8.213/91, cujo

requisito etário é o mesmo exigido para a aposentadoria por

idade urbana, é irrelevante a natureza rural ou urbana da

atividade exercida pelo segurado no período imediatamente

anterior à implementação do requisito etário ou ao

requerimento do benefício. Ainda, não há vedação para que

o tempo rural anterior à Lei 8.213/91 seja considerado para

efeito de carência, mesmo que não verificado o recolhimento

das respectivas contribuições.

APOSENTADORIA HÍBRIDA 87

TEMA 168

Questão

submetida a

julgamento

Saber se é necessária a comprovação de

exercício de atividade rural no período

imediatamente anterior à implementação do

requisito etário, para fins de concessão de

aposentadoria híbrida.