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Professor Jeferson Urani Atualidades AMIGOS E AMIGAS CONCURSEIROS (AS) Durante o século XX a sociedade brasileira transformou-se radicalmente, e os sonhos já não são mais os mesmos. Até meados do século passado, o Brasil tinha quase que um sistema de “casta social”, onde filho de médico seria médico também, filho de advogado seria advogado, filho de bóia-fria fatalmente teria o mesmo destino dos pais. Mas felizmente o país mudou, e passou a oferecer oportunidades para os mais humildes, haja vista o exemplo de um retirante nordestino que chegou a presidência da república, de uma quebradora de coco e analfabeta até os 17 anos de idade que se tornou Ministra do Meio Ambiente e de vários exemplos país afora de pessoas que venceram inúmeras dificuldades e obstáculos para acender a uma melhor posição social. Mas, dois paradigmas mantinham-se vivo na mente do brasileiro: ter a casa própria e ser “dono do próprio nariz”, ou seja, ter um negócio próprio, ser o seu próprio patrão. Nos anos oitenta, do século passado, as pessoas, não se interessavam muito pelo serviço público. Ser comerciante era sinônimo de riqueza. Atualmente vivemos a outra face da moeda. O interesse maciço pelo serviço público, que é sinônimo de segurança e estabilidade, num mundo em que as crises econômicas estão cada vez mais freqüentes é quase que unânime. Então, pra quem deseja uma vida estável, o concurso público é o caminho da felicidade. A grande questão é como ter êxito nessa empreitada. Para que a felicidade da aprovação seja mais plausível temos algumas dicas que podem abreviar o caminho a percorrer. Primeiramente, parabéns! Ao decidir a enfrentar uma guerra (passar num concurso público) você já obteve a primeira vitória. Acreditar na vitória é o principal passo para consegui-la. Passar num concurso público não é fácil, entretanto não é impossível e não têm mistérios. A felicidade só vem pra quem acredita nela, se você não acreditar que tem condições de passar em um concurso público, já está derrotado na primeira batalha; logo, não precisa mais perder seu precioso tempo, pare por aqui, refaça seus planos e objetivos, trace nos sonhos e seja feliz fazendo outra coisa. É Importantíssimo ter pensamento positivo. Lembre-se, o “o otimista pode errar, o pessimista começa errado”’. O maior obstáculo para a sua aprovação pode ser você mesmo. Arma-se psicologicamente para o início desta “guerra”. Lembre-se sempre, “não existe pessoa “burra” existem sim; Pessoas que não estudam ou que estudam de forma errada. Primeiras mudanças O concurseiro deve viver concurso manhã, tarde e noite, por isso quem está almejando um concurso público: 1. NÃO se deve dormir além do necessário, dizem os especialistas que o corpo humano necessita de aproximadamente 8 horas diárias de sono para recuperar as energias. No entanto, aquele que trabalha, deve aproveitar o máximo de seu tempo. Se você conseguir diminuir para 6 horas diárias, “bem dormidas”, seria o ideal para aproveitar o resto do dia com o estudo e o trabalho. Cochilos breves, ± 10 minutos, em intervalos de 3 às 4h, segundo recentes pesquisas, ajudam a memorizar mais facilmente o que foi estudado. 2. Não se deve se isolar do mundo, você deve manter sua vida social ativa. O nosso “psicológico” deve estar 100% para iniciar os estudos. As “farras” devem ser evitadas ao máximo, em virtude de no dia seguinte apresentarmos cansaço físico. Tire o domingo à tarde para se divertir, mas longe dos exageros! Para o concursando não existem feriados, dias santos, férias, carnavais. 3. Um bom concurseiro deve saber separar bem o que é útil e o que é inútil. Os programas de televisão, principalmente novelas, são “chamativos”: tiram a atenção e desvirtuam o concurseiro dos estudos. Mas não elimine a TV, pois hoje, está cada vez mais freqüente em concurso público a disciplina ATUALIDADES, então tenha o hábito de assistir jornais, noticiários, ler jornais e ouvir CBN (central brasileira de noticias 95,3 FM). 4. Estudo estressa e cansa, então quando tiver esgotado o melhor a fazer é tirar um momento para descansar. Não adianta ir ao cursinho cansado, você irá apenas se cansar mais ainda. Quando estiver cansado/estressado, faça exercícios físicos, tome um bom banho e durma, descanse 5. Nunca se compare com seu colega de estudo. Cada um tem sua realidade, cada um tem uma vivência, uma realidade, uma preexistência. Não tenha inveja de quem passou, sua hora vai chegar. A aprovação de um colega/amigo deve servir de incentivo, é uma energia a mais para seus estudos.

Apostila 001 - Atualidades - Jefferson Urani

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Atualidades

AMIGOS E AMIGAS CONCURSEIROS (AS) Durante o século XX a sociedade brasileira transformou-se radicalmente, e os sonhos já não são mais os mesmos. Até meados do século passado, o Brasil tinha quase que um sistema de “casta social”, onde filho de médico seria médico também, filho de advogado seria advogado, filho de bóia-fria fatalmente teria o mesmo destino dos pais.

Mas felizmente o país mudou, e passou a oferecer oportunidades para os mais humildes, haja vista o exemplo de um retirante nordestino que chegou a presidência da república, de uma quebradora de coco e analfabeta até os 17 anos de idade que se tornou Ministra do Meio Ambiente e de vários exemplos país afora de pessoas que venceram inúmeras dificuldades e obstáculos para acender a uma melhor posição social. Mas, dois paradigmas mantinham-se vivo na mente do brasileiro: ter a casa própria e ser “dono do próprio nariz”, ou seja, ter um negócio próprio, ser o seu próprio patrão.

Nos anos oitenta, do século passado, as pessoas, não se interessavam muito pelo serviço público. Ser comerciante era sinônimo de riqueza. Atualmente vivemos a outra face da moeda. O interesse maciço pelo serviço público, que é sinônimo de segurança e estabilidade, num mundo em que as crises econômicas estão cada vez mais freqüentes é quase que unânime.

Então, pra quem deseja uma vida estável, o concurso público é o caminho da felicidade. A grande questão é como ter êxito nessa empreitada. Para que a felicidade da aprovação seja mais plausível temos algumas dicas que podem abreviar o caminho a percorrer.

Primeiramente, parabéns! Ao decidir a enfrentar uma guerra (passar num concurso público) você já obteve a primeira vitória. Acreditar na vitória é o principal passo para consegui-la. Passar num concurso público não é fácil, entretanto não é impossível e não têm mistérios. A felicidade só vem pra quem acredita nela, se você não acreditar que tem condições de passar em um concurso público, já está derrotado na primeira batalha; logo, não precisa mais perder seu precioso tempo, pare por aqui, refaça seus planos e objetivos, trace nos sonhos e seja feliz fazendo outra coisa.

É Importantíssimo ter pensamento positivo. Lembre-se, o “o otimista pode errar, o pessimista começa errado”’. O maior obstáculo para a sua aprovação pode ser você mesmo. Arma-se psicologicamente para o início desta “guerra”.

Lembre-se sempre, “não existe pessoa “burra” existem sim; Pessoas que não estudam ou que estudam de forma errada. Primeiras mudanças O concurseiro deve viver concurso manhã, tarde e noite, por isso quem está almejando um concurso público: 1. NÃO se deve dormir além do necessário, dizem os especialistas que o corpo humano necessita de aproximadamente 8 horas diárias de sono para recuperar as energias. No entanto, aquele que trabalha, deve aproveitar o máximo de seu tempo. Se você conseguir diminuir para 6 horas diárias, “bem dormidas”, seria o ideal para aproveitar o resto do dia com o estudo e o trabalho. Cochilos breves, ± 10 minutos, em intervalos de 3 às 4h, segundo recentes pesquisas, ajudam a memorizar mais facilmente o que foi estudado. 2. Não se deve se isolar do mundo, você deve manter sua vida social ativa. O nosso “psicológico” deve estar 100% para iniciar os estudos. As “farras” devem ser evitadas ao máximo, em virtude de no dia seguinte apresentarmos cansaço físico. Tire o domingo à tarde para se divertir, mas longe dos exageros! Para o concursando não existem feriados, dias santos, férias, carnavais. 3. Um bom concurseiro deve saber separar bem o que é útil e o que é inútil. Os programas de televisão, principalmente novelas, são “chamativos”: tiram a atenção e desvirtuam o concurseiro dos estudos. Mas não elimine a TV, pois hoje, está cada vez mais freqüente em concurso público a disciplina ATUALIDADES, então tenha o hábito de assistir jornais, noticiários, ler jornais e ouvir CBN (central brasileira de noticias – 95,3 FM). 4. Estudo estressa e cansa, então quando tiver esgotado o melhor a fazer é tirar um momento para descansar. Não adianta ir ao cursinho cansado, você irá apenas se cansar mais ainda. Quando estiver cansado/estressado, faça exercícios físicos, tome um bom banho e durma, descanse 5. Nunca se compare com seu colega de estudo. Cada um tem sua realidade, cada um tem uma vivência, uma realidade, uma preexistência. Não tenha inveja de quem passou, sua hora vai chegar. A aprovação de um colega/amigo deve servir de incentivo, é uma energia a mais para seus estudos.

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6. Seja paciente, “tudo tem seu tempo determinado e há tempo pra todos os propósitos”, a paciência é uma virtude dos sábios. O concurso é uma forma de selecionar candidatos. A banca examinadora tem como objetivo de reprovar. O seu principal inimigo não é o concorrente, é a banca examinadora. Vencendo-a, você terá a aprovação desejada. Lembre-se quando você ensina a um colega/amigo/concorrente, na verdade você está mais apreendendo do que ensinando, você está fixando cada vez mais o conteúdo. 7. Todo sucesso pressupõe organização, então seja organizado com seu material, seu local de estudo e, principalmente, sua vida. A organização facilita a sua vida, não seja indisciplinado. Seja leal consigo mesmo, se marcou hora para o estudo, cumpra o planejado. 8. Decida como vai estudar: em casa (sozinho) ou num cursinho. Há pessoas que se sentem bem estudando sozinho e obtém sucesso, no entanto essa não é a regra, então escolha um bom cursinho. Cursos preparatórios são importantíssimos na busca de uma aprovação. Nos cursinhos o professor “abre a sua mente”, ensina como e o que deve estudar. Os professores de cursinhos acompanham diversas provas, conhece mais a fundo as manhas e “tinhanhas” das bancas examinadoras, e podem te ajudar na sua jornada.

Faça da sala de aula uma hora sagrada, uma verdadeira religião. Respeite o silêncio e procure concentrar-se ao máximo. Não hesite em perguntar, “lembre-se: “Não existe pergunta besta, "besta" é quem não pergunta”.

Fonte: William Douglas, autor do livro "Como passar em provas e concursos", da Campus/Elsevier e apostila de técnica de estudo elaborada pelo prof. Victor Dan. 10 dicas para o sucesso e felicidade do prof. URANI

1. Acredite na idéias positivas – (nas suas próprias idéias) 2. Cultive a alegria e o bom humor – procure sempre o lado positivo das coisas. 3. Não reclame – encare a realidade (salário, tempo, saúde, etc.) 4. Afaste das pessoas negativas (uma maça podre apodrece 40 boas maças). Livre-se das noticias ruins,

(jornal nas polícias e nas ruas, filmes de terror, etc.) 5. Ilumine seu ambiente de trabalho, casa, estudo. (escuridão trás tristeza, coisas ruins, medo, depressão,

desmotivação); (claridade trás alegria, idéias, entusiasmo) 6. Seja alguém disposto a colaborar com os outros. 7. Surpreenda as pessoas com momentos mágicos. 8. Faça tudo com sentimento de perfeição. (A vida não admite rascunhos, faça completo) 9. Ande bem vestido (dentro de suas possibilidades), bem arrumado (cabelo, barba, unhas); (se sinta bem,

goste de você, cuide de sua imagem); ande perfumado. 10. Aja agora, não deixe para depois o que pode ser feito agora.

Procure aproveitar o Maximo às dicas acima, bom estudo e sucesso. Faça a diferença! E lembre-se; “Viver é transformar sonhos em realidades” Prof. Urani

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GLOBALIZAÇÃO O conceito globalização começou a ser empregado desde meados da década de 1980, em substituição a conceitos como internacionalização e transnacionalização. Ao fim da década de 1980 e, início de 1990 é que o termo globalização veio a ser empregado principalmente em dois sentidos: um positivo, descrevendo o processo de integração da economia mundial; e um normativo prescrevendo uma estratégia de desenvolvimento baseado na rápida integração com a economia mundial.

De forma resumida podemos definir globalização como o processo de integração de mercados domésticos, no processo de formação de um mercado mundial integrado.

A globalização é o processo de integração mundial que se intensificou nas ultimas décadas (após a Segunda Guerra Mundial e, sobretudo após o fim do socialismo) e baseia-se na liberação econômica. O termo globalização começou a ser utilizado na década de 1980, referindo-se a um novo e mais avançado estágio na interdependência de todos os povos.

Apesar da consolidação da globalização acontecer nas duas ultimas décadas do século XX a sua origem remonta do século XV com o fim do feudalismo e início do capitalismo. O período que vai do século XVI ao século XVIII ficou conhecido como capitalismo comercial. No século XVIII com o advento da indústria (revolução industrial) a reprodução do capital se fez pela compra/venda da força de trabalho, esse período que se prolonga até o fim da primeira Guerra Mundial (1914-1918) é conhecido como capitalismo industrial. O período seguinte – até os dias atuais – caracteriza-se pelo brutal acumulo de capital e exploração do trabalho assalariado (capitalismo financeiro). A economia mundial cresceu num ritmo extremamente acelerado após a 2ª Guerra, mundializando a economia e gerando os conglomerados econômicos. As multinacionais expandiram-se por vários países buscando sempre a maior rentabilidade do capital, por meio de matéria-prima a baixo custo, mão-de-obra abundante e barata, fontes de energia, mercado em crescimento, incentivos fiscais, etc. A instabilidade econômica e financeira, que tem sido uma das mais marcantes características da economia mundial nos últimos anos, aparece com incômoda freqüência como conseqüência inevitável de transformações tecnológicas e institucionais. Entenda o Sopa e o Pipa Dois projetos de lei, o Stop Online Piracy Act (pare com a pirataria on-line, em tradução livre), conhecido como Sopa, e "Protect IP Act" (ato para proteção da propriedade intelectual), chamado de Pipa, que foram apresentados no Congresso dos Estados Unidos, e provocaram manifestações ou interrupções de serviços de sites importantes como Google, Wikipedia e Craigslist, de classificados. Ambos os projetos de lei visam combater a pirataria na internet. Quem é a favor As propostas têm apoio de emissoras de TV, gravadoras de músicas, estúdios de cinema e editoras de livros, que se sentem lesadas com a livre distribuição de filmes e músicas na web, principalmente em servidores internacionais. Disney, Universal, Paramount, Sonyx e Warner Bros. apoiam esses projetos. Quem é contra Já empresas de tecnologia como Google, Facebook, Wikipedia, Craigslist, WordPress, entre outros, são contra os projetos de lei, alegando que, caso aprovados, eles teriam menos liberdade da internet e dão poderes em excesso para quem quiser tirar os endereços do ar, prejudicando o funcionamento da web em todo o mundo.

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O que é comunismo e socialismo? O Socialismo é um sistema

sociopolítico caracterizado pela apropriação dos meios de produção pela coletividade. todos se tornariam trabalhadores, tomando parte na produção, e as desigualdades sociais tenderiam a ser drasticamente reduzidas

O Comunismo é um sistema econômico, bem como uma doutrina política e social, cujo objetivo é a criação de uma sociedade sem classes, baseada na propriedade comum dos meios de produção, com a conseqüente abolição da propriedade privada. Segundo esta teoria, no comunismo o Estado passaria a ser desnecessário e seria extinto, sendo substituído por livres associações de produtores. .

O que foi o plano Marshall ? Em 1948 foi instaurado o Plano Marshall, o nome faz referência a seu inventor o então secretário do Estado Americano George Marshall, que visava à reconstrução da Europa. Inicialmente o plano iria beneficiar alguns países de influência soviética, com intenção de seduzir essas nações da Europa central a ficar do lado dos EUA (capitalismo). Mas Como esses países não aceitaram os recursos. As doações e empréstimos seriam feitos com base nas necessidades econômicas européias. Foi entregue aproximadamente 17 bilhões de dólares, os países que usufruíram do plano foram Inglaterra, Alemanha, Itália e França, os empréstimos foram realizados entre 1948 e 1951. A partir da entrada dos recursos na Europa o resultado foi quase que imediato, crescimento industrial, agrícola, e econômico.

A Casa Branca também se manifestou contra os projetos, afirmando que eles podem atentar contra a liberdade de expressão na internet. Em mensagem publicada em seu blog, a Casa Branca afirmou que não pode apoiar "um projeto de lei que reduz a liberdade de expressão, amplia os riscos de segurança na computação ou solapa o dinamismo e inovação da internet global". Mas devido a grande mobilização das empresas de web e protestos do mundo inteiro, das propostas de lei SOPA e PIPA foram arquivadas indefinidamente. As mudanças poderiam censurar provedores e usuários americanos da internet e assim, atingir grande parte da população mundial que utiliza a internet. MUNDO ATUAL Para entender a atual situação do mundo, é necessário compreender alguns fatos da história recente: GUERRA FRIA:

Confronto ideológico, político, econômico e militar entre o bloco liderado pelos EUA e o bloco comunista liderado pela extinta União Soviética.

Depois da guerra, os Estados Unidos ansiavam por ver a totalidade da Europa aberta aos interesses econômicos ocidentais,

enquanto a URSS, receosa de ser cercada e atacada pelos seus anteriores aliados, via a Europa de leste como a sua própria esfera de influência. À medida que a URSS aumentava o seu poder sobre os países da Europa de leste, os Estados Unidos iam mantendo uma política de “contenção”, que incluía a oferta de ajuda material à Europa ocidental, através do plano Marshall, e aos países vítimas dos nazistas, como, por exemplo, a Grécia e a Turquia. Berlim tornou-se o ponto central da tensão leste-oeste, visto ter sido dividida em zonas de influência militar pelos governos dos Estados Unidos, Reino Unido, França e URSS. Esta situação culminou num bloqueio soviético às zonas americana, inglesa e francesa da cidade a partir de 1948, passando esta área a receber os seus mantimentos através de pontes aéreas.

Entre o mundo capitalista e o mundo comunista surgiram divergências profundas, reforçadas pela criação de alianças militares, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1949, no Ocidente, e o

Pacto de Varsóvia em 1955, no Leste. A Guerra Fria foi exacerbada pela propaganda, pelas atividades secretas das agências de espionagem e por sanções econômicas, agravando-se sempre que se viviam épocas de conflito em qualquer ponto do mundo. Os acordos de redução de armas entre os Estados Unidos e a URSS, durante os últimos anos da década de 80, e a diminuição da influência soviética na Europa de leste, simbolizada pela queda do muro de Berlim em 1989, conduziram a um repensar das posições de ambas as partes, pelo que o fim da Guerra Fria foi

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O que é capitalismo? Capitalismo é o sistema econômico que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção e pela liberdade de iniciativa dos próprios cidadãos.

As suas principais características são: acumulação permanente de capital; a geração de riquezas; o papel essencial desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros; a concorrência, a inovação tecnológica ininterrupta, o surgimento e expansão das grandes empresas multinacionais.

O modelo capitalista também é chamado de economia de mercado ou de livre empresa.

oficialmente declarado em Novembro de 1990, na Conferência para a Segurança e Cooperação na Europa (CSCE), em Paris. A guerra fria se finda com a queda do Muro de Berlim, que ruiu devido ao movimento de contestação dos regimes no Leste Europeu. Os governos desses países foram caindo e em novembro de 1989, o governo

alemão oriental desiste de proteger o muro que separava a Alemanha Oriental da Alemanha Ocidental. O Muro é derrubado em novembro de 1989 e a Alemanha se reunifica em 1990 e em 31 de dezembro de 1991 cai a URSS, e em seu lugar emerge a Rússia e a CEI (Comunidade dos Estados Independentes (CEI) em russo: Содруество Незавсмых осуарств (СНГ) - Sodruzhestvo Nezavisimykh Gosudarstv) Fundada em 8 de Dezembro de 1991 é uma organização supranacional que envolvia 15 repúblicas que pertenciam à antiga União Soviética: Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Georgia, Casaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Ucrânia,Uzbequistão Turcomenistão, Lituania, Estônia e Letônia – os quatro ultimos nao sao mais mebros. O final da Guerra Fria constituiu o fim da maioria dos grupos terroristas que surgiram nas décadas passadas como partidos-guerrilha. Tratava-se de organizações bem hierarquizadas que atuavam como pequenos exércitos com objetivos ideológicos concretos. Porém, com os anos 90, surgiram novos tipos de ameaças aos estados que ainda necessitam de uma solução

CONFLITOS MUNDIAIS.

CUBA No longo período em que esteve à frente do país tido como o bastião do comunismo na América Latina,

Fidel Castro sobreviveu a nove diferentes governos americanos - e a várias tentativas de assassinato. Para os Estados Unidos, ele vinha representando uma lembrança constante e incômoda das idéias comunistas que, apesar de praticamente abandonadas no resto do mundo, permaneceram vivas a nada menos do que 144 quilômetros de distância de sua costa.

E essas idéias foram adotadas, com uma interpretação própria, por um filho de latifundiários ricos nascido em 1926. Ciente dos grandes contrastes entre seu confortável cotidiano e a pobreza de muitos cubanos, Fidel se tornou um revolucionário, com um grupo de jovens decidiu derrubar o regime de Fulgêncio Batista, marcado por corrupção e que ajudava a compor a imagem da Cuba dos anos 1950 como um paraíso de ricos nas mãos de uma máfia. Prostituição, jogatina e tráfico de drogas eram endêmicos na ilha.

AMÉRICA

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Moderação

Fidel encontrou amizade e apoio econômico no presidente da Venezuela, Hugo Chávez e em outros líderes regionais, como o presidente da Bolívia, Evo Morales

Internado com problemas de saúde, em agosto de 2006, Fidel Castro passou o poder em Cuba para o irmão, Raúl Castro, de 75 anos, ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas cubanas.

Raul castro assumiu flexibilizando vários pontos, tais como: descentralização da agricultura para aumentar a produção de alimentos, a abertura a cubanos de instalações turísticas antes usadas exclusivamente por estrangeiros, permissão para que os moradores da ilha comprem telefones celulares e computadores (embora o uso da internet ainda seja restrito), transferencia legal de moradias estatais para trabalhadores, entrega de áreas cultivaveis ociosas, de até 40 hectares, a agricultores e cooperativas privadas.

Em Julho de 2011, Cuba detalhou a lei que permite compra e venda de carros e imóveis, novas regras pretendem legalizar e taxar transações que hoje ocorrem por meio de mercado clandestino. No último congresso do Partido Comunista cubano, decidiu que cada cidadão do país terá o direito de possuir um imóvel. Tanto o comprador quanto o vendedor serão obrigados a pagar impostos. O sistema atual permite a troca de casas, mas oficialmente os imóveis não podem ser negociados em troca de dinheiro. Outro objetivo da nova lei é reduzir o déficit habitacional na ilha. Quanto aos automóveis, os cubanos terão o direito de possuir quantos carros puderem manter. As mudanças são parte de um conjunto mais amplo de reformas adotadas pelo presidente cubano, Raúl Castro, em uma tentativa de recuperar a economia da ilha, que passa por uma grave crise. Mas a nova lei de habitação ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento, devendo entrar em vigor até o fim desse ano.

Em fim de dezembro de 2011 Cuba anunciou

a libertação de 2.900 prisioneiros.

Mais de 2.500 prisioneiros cubanos foram libertados nos últimos dias depois que uma anistia de

Ano Novo foi anunciada antes de uma visita do Papa Bento 16 em 2012.

O presidente cubano, Raúl Castro, disse na sexta-feira passada que o Conselho de Estado que

governa o país concederia anistia a mais de 2.900 prisioneiros comuns. Raul Castro disse que a anistia

era um "gesto humanitário" e que também "havia considerado" a visita do Papa e pedidos de autoridades

importantes da Igreja Católica em Cuba e de parentes dos prisioneiros.

Estima-se que mais de 2.500 prisioneiros foram libertados de todas as províncias,

Em 2010, Cuba libertou 130 prisioneiros políticos em um acordo mediado pela Igreja Católica.

Dissidentes cubanos disseram que ao menos 60 pessoas ainda estão atrás das grades por motivos

políticos, inclusive um condenado por sequestro de barcos e aviões e espionagem.

Segundo o presidente cubano a anistia se aplicava a pessoas de mais de 60 anos de idade,

prisioneiros doentes, mulheres e jovens sem antecedentes criminais, além de alguns prisioneiros que

foram condenados por crimes "contra a segurança do Estado. Cuba anunciou ainda que 86 estrangeiros,

de 25 países, condenados por crimes cometidos em Cuba, também estavam na lista dos anistiados

Em Cuba Partido Comunista limita tempo de permanência em cargos

O Partido Comunista de Cuba, decidiu limitar a 10 anos o tempo de permanência de uma pessoa

num cargo de poder, para promover quadros mais jovens, e com a promessa de empreender uma cruzada

contra a corrupção. A decisão foi apoiada pelo presidente Raúl Castro, de 80 anos e que foi por quase

meio século ministro da Defesa .

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A medida é considerada uma grande novidade no único país comunista do Ocidente onde os

dirigentes se eternizam em seus postos e a cúpula de governo continua dominada pela velha guarda

revolucionária. Dos 15 membros do seleto Birô Político escolhidos no VI Congresso do PCC, em abril

de 2011, apenas três tinham menos de 65 anos. Raúl Castro também prometeu, no encontro do PCC, não

ter "contemplações" com os funcionários corruptos. Raul rejeitou o multipartidarismo em Cuba,

segundo ele "Renunciar ao princípio de um só partido equivaleria simplesmente legalizar o partido ou os

partidos do imperialismo (Estados Unidos) em solo pátrio.

Cuba nega autorização para blogueira Yoani Sánchez vir ao Brasil

O governo cubano negou permissão para que a blogueira e jornalista Yoani Sánchez,

uma das principais vozes críticas ao regime no país, venha ao Brasil participar do lançamento de um documentário do qual é uma das personagens centrais. Foi a 19ª que negaram a Yoani o direito de entrar e sair do seu país".

Desde que criou o blog "Generatión Y", em 2007, Yoani teve 18 pedidos negados para deixar a ilha, três deles para vir ao Brasil onde, além de outros convites para a pré-estreia do filme, também tentou lançar seu livro “De Cuba com carinho” (Editora Contexto).

Em janeiro/2012, a blogueira recebeu o visto de turista para visitar o Brasil, concedido pelo Ministérios das Relações Exteriores por meio da embaixada em Havana. A cubana pretendia participar, em Jequié, na Bahia, da pré-estreia do documentário “Conexão Cuba Honduras”, do documentarista baiano Dado Galvão, no qual é entrevistada..

Colômbia Entenda a história da Colômbia e das FARC´s. Após a grande crise de 1929, pela primeira vez o mundo passou a enxergar de outro modo o liberalismo ortodoxo, doutrina capitalista que vigorava inabalável desde o século XIX. Começou a se cogitar, a partir de

então, a intervenção do Estado na economia, de forma a minimizar as conseqüências da grande quebra iniciada nos Estados Unidos. Eram necessárias atitudes urgentes que pudessem responder aos interesses das fragilizadas burguesias nacionais dos países dependentes.

Na América Latina, grandes representantes deste giro histórico foram Cárdenas, no México, Perón, na Argentina e Vargas, no Brasil. A nacionalização do petróleo e o investimento industrial foram importantes pautas deste amplo movimento. Na Colômbia, entretanto, o grande poder da ala conservadora, alinhada com o expansionismo estadunidense, impediu que reformas progressistas tivessem lugar. Em 1948, a situação de ingerência externa por parte de

multinacionais chega a tal ponto, que os ditos "liberais", aliados aos pequenos grupos socialistas de então, iniciam uma guerra civil contra o governo conservador. As primeiras etapas deste conflito armado podem ser conhecidas através do realismo fantástico da grande obra de Gabriel García Marques "Cem Anos de Solidão". Após 16 anos de luta guerrilheira e a conquista de algumas reivindicações políticas, os liberais tentam frear os avanços políticos, ao perceber o avanço das forças aliadas socialistas que se acelerava além do esperado sob a influência do triunfo revolucionário cubano. Traem, então, o acordo com as esquerdas, passando para o lado conservador. Em 27 de maio de 1964, dezenas de milhares de soldados são enviados para o povoado de Marquetália para reprimir 48 camponeses comunistas rebelados, que fogem para as selvas e montanhas. Esta data é tida como a fundação da maior e mais antiga guerrilha da América, as Forças Armadas Revolucionárias

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da Colômbia (FARC). Em 40 anos, aquela meia centena de revoltosos comandados por Manuel Marulanda – o histórico líder máximo conhecido como Tiro Certo – se transformou em um grupo político armado com quase 30 mil homens, divididos em 60 frentes guerrilheiras e agindo em todo o território nacional. Em julho do mesmo ano, é realizada uma assembléia de guerrilheiros, em que se define um programa agrário que daria a primeira bandeira para os revolucionários, que deixam de ser apenas combatentes camponeses para pregar, sob uma visão mais ampla, a luta pelo poder político para todo o povo.

Neste contexto de repressão total, ainda em 1964 surgem outros grupos revolucionários com distintas formas de organização e diferentes concepções ideológicas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), de orientação guevarista, e o Exército Popular de Libertação (EPL), com origem nas concepções da Revolução Chinesa. Desde há alguns anos atrás, com a intervenção estadunidense batizada de Plano Colômbia, as possibilidades de paz no país se tornaram muito distantes. Após várias tentativas de negociações por parte do anterior governo liberal de Pastrana, o presidente Uribe (2002-2010, ligado às elites agrárias e aliado dos EUA, buscou no confronto armado a solução para exterminar os grupos revolucionários comunistas. A realidade social da Colômbia é triste, mais de 60% da população encontrasse na pobreza e o interior da nação andina é hoje uma terra sem lei, onde predomina o medo. Freqüentemente, milícias paramilitares efetuam emboscadas e genocídios em estradas e povoados rurais. E apesar da violência destes grupos, ao fim de 2003, Uribe fechou um acordo bastante suspeito, de rendição e anistia, com o maior grupo paramilitar do país, as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), que possui cerca de 5.000 mercenários. Atualmente mais de 40% do território colombiano está sob controle de grupos guerrilheiros de esquerda (FARC e ELN) e milícias camponesas de extrema direita. As FARC´s é responsável por inúmeros atentados, seqüestros, assassinatos etc., dentro do território colombiano.

Em junho de 2010 o candidato governista Juan Manuel Santos foi eleito o novo presidente da Colômbia, obtendo 69% dos votos contra 27,5% de seu adversário do Partido Verde, Antanas Mockus. A vitoria de Juam Manuel Santos representa a continuidade das políticas do presidente colombiano Álvaro Uribe, que deixou o governo em 7 agosto de 2010.

Em novembro de 2011 as forças militares da Colômbia mataram o 'histórico líder das FARC´s, Alfonso

Cano", detalhou Gonzalez. Não foi especificado nem a data nem o local da morte de Cano, cujo nome real é

Guillermo León Sáenz. Mas (Farc) anunciaram em 15 de novembro a escolha de um novo líder, Rodrigo

Londoño Echeverri, conhecido como "Timoshenko" ou "Timoleón Jiménez. No comunicado divulgado pela

guerrilha afirma que a escolha do novo líder “garante a continuidade do plano estratégico rumo a tomada

de poder para o povo.

Em março de 2012 num ataque das Farcs na fronteira com a Venezuela, no noroeste do país 11

militares foram mortos. Ataque este que é considerado um dos maiores golpes rebelde a unidades do

Exército em 2012. O incidente ocorreu na área do município de Arauquita, no departamento de Arauca, a

cerca de 400 quilômetros da capital, Bogotá. Os militares, que patrulhavam a zona, morreram durante um

"ataque indiscriminado por parte da companhia Drigleio Almarales, a décima frente das Farc, disse o

Exército em um comunicado divulgado em sua página oficial na internet. Outros dois soldados ficaram

feridos e foram conduzidos a um hospital da região.

Venezuela – Hugo Chaves A Venezuela, a quinta potência petrolífera mundial, sempre foi uma sociedade muito desigual. Uma reduzida elite desfrutava de um nível de vida extraordinariamente alto, enquanto grande parte da população vivia na pobreza. Quando em 1989 o então presidente Carlos Andres Peres anunciou a adoção de um pacote de medidas neoliberais, o caos instalou-se por todo o país com motins por parte dos mais desfavorecidos da sociedade venezuelana. O exército restabeleceu a ordem através da força matando milhares de pessoas.

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As medidas neoliberais apenas aumentaram os índices de pobreza. Os principais afetados foram os camponeses. Em apenas três anos, 600 mil pessoas migraram para as cidades. A força de trabalho camponesa diminuiu 10%. A desigualdade econômica e o desemprego aumentaram. O salário real sofreu uma grande quebra. A fragmentação social cresceu consideravelmente. Apenas 17% do movimento sindical manteve-se organizado e deixou de representar os setores populares. A crise econômica arrastou consigo uma crise política. Imperava a corrupção. Crescia o ceticismo em relação à política e aos políticos. Tudo isto explica porque Hugo Chávez Frias – cuja figura emerge como uma alternativa à crise – ganha folgadamente as eleições presidenciais de 6 de Dezembro de 1998 com 56 % dos votos. O povo, cansado de corrupção e cada vez mais cético em relação à forma tradicional de fazer política, apostou num candidato alternativo. Mas com a economia em crise, a oposição cresceu com a união entre a principal entidade empresarial do país, a Fedecâmaras, e a maior central sindical venezuelana, a CTV.

No ano de 2001, Chaves aprovou por decreto um pacote polêmico de 49 leis, entre elas uma reforma agrária, o que provocou uma greve geral no país em dezembro. Em 11 de abril, aconteceu uma greve geral e uma megamanifestação convocada pela Fedecâmaras e pela CTV, o que levou quase um milhão de pessoas às ruas de Caracas.

Na noite de 11 de abril, oficiais anunciaram que Chave renunciara e empossou o empresário Pedro Carmona, presidente da Fedecâmaras. As primeiras medidas de Carmona foram suspender o Congresso e o Judiciário. Mas graças a uma ação cinematográfica, militares leais a Chaves e a protestos populares, Hugo Chaves foi reconduzido ao poder 48 horas depois do afastamento.

Mesmo após o fracassado golpe, Chaves ainda se submeteu a um referendo popular. No dia 15 de Agosto de 2004, a oposição venezuelana sofreu a terceira grande derrota na tentativa de derrubar o governo do Presidente Chávez. O referendo legitimou o seu mandato com uma enorme diferença de votos perante os olhares atentos de centenas de observadores internacionais que ratificaram unanimemente os resultados. Chaves venceu com 58,25% dos votos.

Hugo Chaves foi reeleito em dezembro de 2006, com 63% dos votos, podendo governar a Venezuela até o ano de 2013. Cháves afirma em seus discursos que a Venezuela vive a “revolução bolivariana” e que ele vai implementar o “socialismo do século XXI.

Ao tomar posse em seu novo mandato, anunciou reformas estratégicas como: nacionalização das telecomunicações, energia elétrica e indústrias básicas. No caso do petróleo, a Estatal petrolífera da Venezuela (PDVSA) terá pelo menos 60% das ações e o controle das empresas multinacionais que exploram petróleo em território venezuelano. Chaves reformou a constituição de modo a permitir a sua reeleição por tempo indeterminado e o congresso ainda aprovou a Lei Habilitante em janeiro /2007 que confere plenos poderes ao presidente para que este governo por decretos durante um período de 18 meses em 11 áreas (administração pública, economia, energia, segurança entre outras), mas em referendo popular realizado em 02/12/07 as reformas propostas por Chaves foram rejeitadas pela maioria da população que compareceu as urnas, foram 48,94% pró-Chaves e 50,70% contra, sendo que a abstenção foi muita alta, 44,11%.

Hugo Chaves, em maio/07, promoveu a mais impopular medida do seu governo ao não renovar a concessão do canal de Televisão RCTV, sob a alegação que esse teria apoiado o golpe em 11 de abril de 2002 que visava a destituição de Chaves do Poder. Em 15 de fevereiro de 2009 Hugo Chaves realizou um novo referendo, mesmo contra a própria constituição que proíbe que uma matéria seja levada a votação popular num mesmo mandato, tentado poderes para concorrer a reeleição sucessivas na Venezuela para todos os cargos eletivos. A vitória dos chavistas foi incontestável. No embalo do apoio da possibilidade de concorrer a reeleições ilimitadas, Hugo chaves estatizou a maior produtora de arroz do país, os portos aeroportos e estradas, expropriou fazenda produtora de celulose e nacionalizou o Santander. A Venezuela vem passando por seguidas instabilidades, seja econômica, o governo de Hugo Chaves possui hoje a maior taxa de inflação da America, fechou 2009 com 25,1% ao ano, seja estrutural, a crise energética atinge o país, ao ponto de se cortar a energia por horas numa tentativa de racionamento, seja política, com membros do governo deixando a base do presidente Hugo Chaves. Alem dos índices de popularidade do presidente despencar abaixo dos 50%, devido principalmente as ações antipopular de fechamento de canais de

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televisão, que segundo o próprio Chaves não cumpria leis venezuelanas de transmitir em suas programações pelo menos 30% de produção nacional. Em junho de 2011, veio a público a noticia que Hugo Chaves estava em Cuba realizando um tratamento contra um câncer. E atualmente, mesmo com câncer, Hugo Chaves é candidato a um terceiro mandato na

Venezuela. A oposição lançou o candidato Henrique Capriles,de 39 anos, que foi escolhido como candidato único da oposição. Capriles governa o rico estado Miranda (norte), e que abriga parte de Caracas e é o segundo mais populoso do país. BOLIVIA O atual território boliviano antes da colonização espanhola era ocupado pelos índios quíchuas e aimarás, que habitavam os grandes planaltos, mas foram dominados pelo Império Inca no século XV. A colonização escravizou os índios e os colocou para trabalhar nas minas de prata. A Bolívia foi a primeira colônia espanhola a se tornar independente, no ano de 1825 sob a liderança de Simon Bolivar e Antonio José de Sucre. A Bolívia sofreu sucessivas perdas territoriais ao longo de sua historia: Em 1879/1884 na Guerra do Pacifico, onde a Bolívia perde seu acesso ao mar para o Chile; Em 1903 o Brasil comprar o atual Estado do Acre da Bolívia por 2 milhões de libras; e em 1932/1935 o Paraguai conquista parte do território boliviano na conhecida guerra do Chaco. A Bolívia, que hoje é o país mais pobre da America do Sul, tem uma história recente muito parecida com os demais países sul americanos, Sofreu golpe militar, inflação descontrolada na década de 1980, e passou pela política neoliberal na década de 1990. Para atrair as grandes companhias de petróleo, o presidente boliviano Gonzalo Sánchez de Lozada assina contratos de exploração com 26 empresas do setor em 1996.

Em 2003 (outubro), depois de um mês de revolta popular pela nacionalização dos hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) -conhecida como a "guerra do gás" e responsável por atos de violência sangrentos- o ultra liberal Sánchez de Lozada se vê forçado a renunciar e é substituído por Carlos Mesa, um ex-jornalista e historiador sem partido político de apoio. Em 2005 (17 de maio), depois de dez meses de debates em meio a uma grave crise social e política, o Congresso promulga uma nova lei sobre hidrocarbonetos em substituição à de 1996. Esta nova lei prevê 18% de royalties e 32% de impostos sobre a exploração sem possibilidade de dedução sobre o valor dos hidrocarbonetos na boca do poço. As empresas estrangeiras são obrigadas a adotar o novo regime contratual para compartilhar a produção com o Estado. Assim como os sindicatos e os movimentos indígenas, um dos partidos mais importantes da oposição, o Movimento para o Socialismo (MAS) do líder dos

plantadores de coca Evo Morales, reivindica presença maior do Estado no setor. O presidente Mesa propõe inicialmente royalties de 18% e impostos progressivos, com deduções previstas para evitar a fuga dos investimentos estrangeiros. Em dezembro de 2005 o indígena Evo Morales, é eleito presidente da Bolívia, e anuncia a revisão de todos os contratos de exploração de hidrocarbonetos assinados com as multinacionais. Em maio de 2006 o exército da Bolívia recebe ordem de ocupar todos os campos de petróleo e gás natural do país. O governo dá seis meses às companhias de petróleo para que regularizem sua situação com novos contratos de exploração, caso contrário não poderão mais operar no país. A Bolívia tem vivido situação de turbulência, desde a chegada de Evo Morales ao poder. Conflitos internos entre a Elite agrária e os simpatizantes de Evo Morales. O problema não é só social mais também étnico. REELEIÇAO DE EVO MORALES

Há quatro anos com o projeto de "refundar" a Bolívia, Evo Morales reeleito em 6 de dezembro de 2009, presidente da Bolivia com uma votação inquestionável de 64,22%. Com a popularidade em alta, depois de um governo marcado por choques com a oposição, a aprovação de uma nova Constituição, o fortalecimento do

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Estado e a reorganização administrativa. Evo Morales atacou a pobreza que colocava 60% da população na pobreza.

Morales usou o aumento dos lucros da indústria de gás natural da Bolívia, que nacionalizou em maio de 2006, para fornecer subsídios extremamente populares para crianças e idosos, bem como um pagamento temporário para as novas mães. Os preços mais altos do gás natural e minerais, que representam o quase o total das exportações da Bolívia, ajudaram a economia do país crescer 6% por cento no ano passado. O FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta um crescimento de 2,8% em 2009, que seria o maior da América Latina.

As atitudes do presidente desde a nacionalização já permitiram que o interesse de investidores externos voltasse. Em outubro de 2009, a Bolívia recebeu uma promessa de investimento de US$ 1,5 bilhão [cerca de R$ 2,56 bilhões] da multinacional argentino-espanhola Repsol para exploração de gás natural.

Segundo o Ministro da economia, Luis Arce, a Bolívia teria deixado de ser o país mais pobre da America do Sul, ultrapassando o Paraguai, devido duplicação do seu PIB (Produto Interno Bruto) em quatro anos e registrar cifras macroeconômicas elogiadas no exterior, com uma política de projetos sociais e estatização da importante indústria dos hidrocarbonetos. Um nível de reservas internacionais próximo a 50% do PIB, uma inflação controlada e um câmbio estável são para Arce o resultado de "um modelo feito pelos bolivianos para a economia boliviana".

Bolívia: Morales nacionaliza companhia de eletricidade com capital espanhol O presidente de Bolívia, Evo Morales, nacionalizou em 01 de maio de 2012 a empresa Transportadora

de Eletricidade S.A., gerida pela empresa Rede Elétrica Internacional, filial do Grupo Rede Elétrica, da Espanha, e ordenou às Forças Armadas sua ocupação. O decreto presidencial teve por objetivo nacionalizar a favor da Empresa Nacional de Eletrificação (ENDE). O presidente também ordenou às Forças Armadas "para que realizassem as ocupações das instâncias e administração da Transportadora de Eletricidade.

Evo Morales já realizou outras nacionalizações no Dia do Trabalho desde que chegou ao poder em janeiro de 2006, para nacionalizar a produção de petróleo, empresas de eletricidade e de fundições.

Apesar de suas medidas nacionalistas, Morales tem evitado opinar sobre a decisão argentina de expropiar 51% da petroleira YPF, sob o controle da espanhola Repsol.

Depois da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos em 2006 e após árduas negociações, 10 petroleiras estrangeiras, entre elas a Repsol-YPF (que controlava 27% das reservas gasíferas bolivianas), alcançaram acordos com o governo Morales sobre as novas condições para operar na Bolívia

Guerra das Malvinas completa 30 anos.

No dia 2 de abril de 2012, completa exatos 30 anos que o general Leopoldo Galtieri, na

época à frente da junta militar que governava a Argentina desde 1976, anunciou a decisão do país

de tomar posse das Ilhas Malvinas. Decisão que foi apoiada pela grande maioria dos argentinos,

que estavam cansados dos problemas domésticos, entre eles a escalada da inflação, do

desemprego, as pressões dos sindicatos e dos partidos políticos, que pressionavam o governo

militar para que fossem convocadas eleições, algo muito semelhantes ao que vivia o Brasil e a

busca pela redemocratização. Os militares argentino buscaram unir a população em torno de um

ideal comum e usaram o conflito com o Reino Unido para desviar a atenção da crise interna e

como uma última cartada para tentar permanecer no poder.

A tática militar argentina foi um fracasso pois após o histórico discurso de Galtieri na

sacada da Casa Rosada, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher- Dama de Ferro, cortou

trelações com a Argentina e mobilizou a Marinha britânica, e após Três semana, a guerra

começou e em 3 de maio de 1982, os argentinos sofreram um dos piores ataques da guerra

quando foi afundado o destróier Belgrano, com mais de mil marinheiros a bordo, dos quais

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morreram 323. Durante o conflito, o governo britânico contou com o apoio dos Estados Unidos,

França e até mesmo do Chile, na época governado pelo ditador Augusto Pinochet.

A Argentina enviou mais de 12 mil homens às Malvinas, sem equipamento nem

preparação adequados para uma guerra. Em 74 dias a Argentina foi humilhada, arrasada,

arrebentada, destruída e finalmente em 14 de junho, os combates foram cessados. A vitória

reforçou a popularidade de Thatcher e antecipou o fim da ditadura argentina. Para os soldados

argentinos que conseguiram voltar para casa, a vida depois das Malvinas representou outra

tragédia: cerca de 270 veteranos que sobreviveram ao conflito se suicidaram. O saldo de mortos é

de 649 soldados argentinos - segundo informações dos veteranos - e 255 britânicos (segundo

dados publicados pela imprensa argentina).

Mas Desde o fim do conflito, a Argentina insiste em negociações para tratar da soberania das ilhas, pequeno

arquipélago 500 km ao leste do extremo sul da Argentina, anexado pela Grã-Bretanha desde 1833. Desde o fim do conflito, a Argentina insiste que negociações bilaterais sejam abertas para tratar da soberania das ilhas, enquanto a Grã-Bretanha diz que não há o que discutir, já que os moradores do local querem permanecer cidadãos britânicos.

A Argentina vem buscando via diplomacia obter a tão suada vitória sobre a posse das Malvinas. Recentemente, o requerimento de Buenos Aires obteve o apoio da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), assim como da OEA (Organização dos Estados Americanos). Além disso, os países do Mercosul aderiram a uma moção para não permitir a entrada de barcos que levem a bandeira das Malvinas em seus portos, medida que Londres inicialmente classificou de "bloqueio". Apoio brasileiro

O chanceler brasileiro reiterou o apoio brasileiro à posição argentina. "As decisões da Unasul e do Mercosul são públicas, e o ministro Hague sabe que o Brasil e a Unasul apoiam a soberania argentina sobre as Malvinas, e nós apoiamos as resoluções das Nações Unidas para que os dois países discutam a questão". No entanto, as próprias ilhas parecem apoiar amplamente a posição britânica. "Temos o direito absoluto à autodeterminação. Ninguém nos pode tirar isso", disse à BBC Dick Sawle, representante das ilhas no Parlamento, em Londres. "Temos o direito estabelecido na ata da ONU que a Argentina decidiu seguir ignorando." As Malvinas também foram motivo de tensão renovada entre Argentina e Grã-Bretanha a partir de 2010, quando empresas britânicas começaram a prospectar petróleo nas águas profundas próximas às ilhas. Apesar de vários projetos de exploração de petróleo estarem em curso na região, ainda não foi comprovada a existência de reservas de hidrocarbonetos na ilha.. .

Em visita ao Brasil, chanceler britânico diz que seu país não mudará de posição. Já as declarações de Cameron sobre sua reunião com o Conselho de Segurança Nacional coincidem com o anúncio de cortes nos gastos militares.

Apesar da recente tensão entre os dois países, acredita-se que a possibilidade de uma escalada que culmine num eventual enfrentamento militar, como em abril de 1982, seja remota. "Politicamente, a escalada não é uma opção. Da parte dos britânicos, seria algo muito custoso, e vários países, inclusive o próprio Reino Unido, estão reformulando seus gastos militares", disse à BBC Brasil Luis Fernando Ayerbe,coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Unesp, "Já a Argentina não faria isso, por ter um poderio desproporcionalmente menor do que a Grã-Bretanha." Para Ayerbe, a Argentina tem instrumentos fracos para pressionar os britânicos a negociar uma saída para as Malvinas.

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"A postura do Mercosul de banir navios britânicos é um passo, mas não é algo que vá colocar a Grã-Bretanha contra a parede. Se eles não quiserem abrir o diálogo, nada vai acontecer, a Grã-Bretanha não vai ser isolada ou retaliada", afirma. Segundo o especialista, as medidas argentinas têm um maior efeito político, ao levantar questões sobre o colonialismo e recordando casos como o de Hong Kong, que a Grã-Bretanha devolveu à China após mais de 150 anos de domínio. * com reportagem de Vladimir Hernández, da BBC Mundo em Buenos Aires

Até “golpe” no Paraguai e falsificado

A crise política que atingiu o Paraguai no mês de junho/2012, resultando no impeachment do

presidente Fernando Lugo teve sua origem em um confronto armado em Curuguaty, 250 km a nordeste

de Assunção, que causou a morte 17 pessoas entre trabalhadores sem-terra e de policiais durante a

desocupação de uma fazenda.

Após esse incidente, o Partido Liberal Radical Autêntico, que apoiava o presidente, abandonou o

governo e agravou a crise política no país. De acordo com a ata de acusação, "o mau desempenho de

suas funções aparece em sua atitude de desprezo pelo direito e pelas instituições republicanas, minando

os cimentos do Estado Social de Direito proclamado em nossa Carta Magna". Com isso iniciou-se o

processo de impeachment, que aconteceu de forma extremamente rápida, e em menos de 48 horas já

havia sido votado na Câmara e no Senado. Em protesto o então presidente Fernando Lugo decidiu não

comparecer ao julgamento e apenas enviou sua equipe de cinco advogados para apresentar sua defesa ao

Senado.

Mandato conturbado

O ex-bispo Fernando Lugo sempre governou o país com dificuldades. Desde o início de seu

mandato, que começou em 2008, que ele não tem maioria na Câmara e no Senado, com parlamentares

sendo contrários a suas ações, especialmente na tentativa de resolver o complicado e antigo problema

agrário. Por não conseguir tornar realidade diversos projetos, sua imagem e popularidade ficaram

abaladas. Ele também enfrentou denúncias de paternidade por parte de quatro mulheres. Lugo

reconheceu dois dos filhos, mas ainda enfrenta batalhas judiciais com as outras duas mulheres.

Vice assume

O vice-presidente paraguaio, Federico Franco, assumiu o cargo de presidente após o

impeachment de Fernando Lugo, que foi oficializado no Senado por 39 votos a favor e apenas quatro

contra. Franco prestou juramento em meio aos aplausos no Congresso em Assunção, em menos de duas

horas que o Senado paraguaio destituiu Lugo por "mau desempenho de suas funções".

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Mercosul suspende Paraguai e incorpora Venezuela;

Em razão dos acontecimentos no Paraguai o Mercosul decidiu suspender o Paraguai do bloco, até as eleições presidenciais de abril de 2013 e incorporar a Venezuela como membro pleno. A decisão foi acordada entre os presidentes do Brasil, Uruguai e Argentina, reunidos na 43ª cúpula do Mercosul realizada em Mendoza, na Argentina.

A suspensão do Paraguai ficará em vigor até que seja efetivado o processo democrático e novamente se instale nesse país a eleição popular. Mas mesmo com a suspensão do MERCOSUL o Paraguai não sofrerá sanções econômicas, para não prejudicar a população. A adesão da Venezuela será concretizada em uma reunião em 31 de julho, que será realizada no Rio de Janeiro.

Unasul também suspende Paraguai

Em reunião extraordinária, na Argentina, a Unasul,

assim como o Mercosul, suspendeu o Paraguai até as eleições

presidenciais em 2013. A Unasul usou como argumento a

quebra da ordem democrática no Paraguai. Os representantes

de Brasil, Argentina, Equador, Venezuela, Uruguai, Chile,

Colômbia, Peru, Cuba, República Dominicana e México

consideraram que o processo de impeachment do ex-

presidente Lugo feriu a Constituição paraguaia.

A chancelaria paraguaia criticou o fato de a decisão ter "sido adotada sem observar as disposições do

Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-americanas", em virtude do qual a convocação "só podia

ser realizada através da Presidência temporária", que atualmente é exercida pelo próprio Paraguai.

Brasil – Internacionalização da Amazônia O SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) começou a ser instalado no ano de 1994 com o objetivo de monitorar uma área de 5,2 milhões de quilômetros quadrados aproximadamente, 60% do território nacional. O projeto SIPAM consiste em uma grande empreitada do governo brasileiro, composto por satélites, radares, aviões e estações de recepção de imagens e mais de 200 plataformas de coleta de dados. Este sistema controla o espaço aéreo da região amazônica, permitindo com isso uma fiscalização mais eficiente no combate ao desmatamento, garimpos clandestinos, queimadas, além do monitoramento e o combate ao narcotráfico e às guerrilhas em nossas fronteiras, principalmente com a Colômbia (FARC´s). A licitação onde a empresa vencedora foi a Raytheon (EUA) contra a rival Thompson (França) foi bastante questionada. O controle tecnológico da Amazônia hoje está sob o controle dos Estados Unidos com o Projeto SIVAM, mas o controle territorial ainda continua nosso. No entanto, FHC mandou para o Congresso um projeto para se alugar a base espacial de Alcântara, no Maranhão, para os EUA. Esse acordo esteve pronto para ser homologado no governo FHC (mas não foi), o presidente LULA retirou essa proposta do Congresso, pois ela possuía alguns pontos muito obscuros. A soberania brasileira na Amazônia sempre foi questionada, desde o início da colonização até os dias atuais, onde baseado num discurso humanista de proteger a Amazônia, alegando que ela é vital para o futuro da humanidade, fala-se em internacionalizá-la. Haiti

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O que é AL Qaeda? é uma organização fundamentalista islâmica internacional, constituída por células colaborativas e independentes que visariam, supostamente, reduzir a influência não-islâmica sobre assuntos islâmicos. O que é terrorismo? Nenhuma definição de terrorismo obteve aprovação universal. Segundo as leis norte-americanas (Código dos Estados Unidos, artigo 2656f), o termo pode ser definido das seguintes formas: Quando empregado sozinho, pode se referir à motivação política, cometida contra alvos não-combatentes por grupos subnacionais ou agentes clandestinos, geralmente com o objetivo de influenciar o público. No âmbito internacional, pode significar uma ação que envolva muitos cidadãos ou o território de mais de um país.

O Haiti foi a primeira colônia da América a libertar os escravos, mais hoje ainda é o país mais pobre e instável das Américas. O Haiti é parte de uma ilha, a outra parte é a atual republica Dominicana. Ilha que Cristóvão Colombo desembarcou em 1492. Inicialmente a ilha recebeu o nome de Hispaniola, teve seus nativos dizimados e a escravidão foi implementada na ilha. Em 1967 a parte ocidental da ilha (atual Haiti) foi cedida aos franceses, que implementaram a produção açucareira. Em 1804 veio a independência, o que tornou o Haiti a primeira republica negra do planeta, mais teve que pagar cerca de 20 bilhões de dólares à França de indenização. No decorrer do século XX a ilha sofre com a intervenção dos EUA e é ocupado de 1915 a 1934. Em 1957 instaura-se no país uma ditadura violenta, comandada por François, que é sucedido por seu filho, Jean-Claude Duvalier, que fica no poder até 1986. Em 1990 foram realizadas eleições e o padre Jean-Bertrand Aristide toma posse em 1991. Aristide no mesmo ano é deposto por um golpe militar. A ONU impõe severas sanções ao país na tentativa de reconduzir o processo democrático. Em 1994 os militares golpistas devolvem o poder e Aristide reassume com o apóio da ONU. Em 1995 o Exercito haitiano é dissolvido e tropas da ONU assumem a ocupação do país. A situação econômica é drástica, 70% da população esta desempregada. O primeiro mandato de Aristide termina em 1996, mais em novas eleições ele volta ao poder em 2000 com 92% dos votos. Mais sem conseguir responder aos anseios da população assolada pela imensa pobreza, Jean-Bertrand perde o apoio da população. Iniciam-se protestos por todo o país e uma insurreição armada avança em fevereiro de 2004. Pressionado e desgastado, Aristide renuncia e foge do país, refugiando-se na Republica Centro Africana. A ONU envia tropas ao país, com a missão de devolver a estabilidade ao país, desarmando os grupos que lutavam durante o governo de Jean-Bertrand Aristide. O Brasil que almeja um assento permanente no conselho de Segurança da ONU, mandou tropas o Haiti

Esta não é a primeira vez, que o Brasil envia tropas para o Haiti. Já fez isso em 1965, quando o general ditador Humberto Castelo Branco, também atendendo a um chamado do presidente dos Estados Unidos (no caso, Lyndon Johnson), enviou mais de mil soldados como integrantes de uma Força Internacional de Paz (FIP) liderada pelos generais brasileiros Hugo Panasco Alvim e Álvaro da Silva Braga.

Mas o País parece não ter tréguas no sofrimento, pois além dos golpes políticos, fome, desemprego, violência, furacões, em 12 de janeiro um forte terremoto de magnitude 7 devastou o Haiti deixando mais de 310 mil mortos. Em razão da destruição do país e das péssimas condições sanitárias o Haiti atualmente vive uma epidemia de cólera.

ATENTADO DE 11 DE SETEMBRO DE 2001 O mundo vem passando por um processo intenso de mudanças nas

relações internacionais em função dos atentados de 11 de setembro de 2001 contras as torres gêmeas do World Trade Center e ao Pentágono, no Estados Unidos. O presidente George W. Bush iniciou uma guerra contra o terror que não tem campo de batalha definido e adversário definido.

Qualquer parte do mundo pode ser o alvo, inclusive o Brasil, na sua tríplice fronteira. Bush ameaçou: “quem não estiver do nosso lado, está do lado dos terroristas”.

Bush tratou logo de acusar fundamentalistas muçulmanos, a rede terror Al-Qaeda, comandada por Osama

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Bin Laden, ex-aliado dos EUA, que ajudou a expulsar os soviéticos do Afeganistão. Os estados Unidos invadiram o Afeganistão em 07 de outubro de 2001, com a alegação de capturar Osama Bin Laden.

Quem foi Osama bin Laden

Osama bin Laden nasceu em de 1957, em Riad, na Arábia Saudita, filho de Muhammad bin

Laden, um magnata do setor de construção, de origem iemenita. Ao contrário de outros irmãos

mandados para estudar no Líbano, teve a maior parte da sua educação na própria Arábia Saudita. Até os

14 anos de idade, levou a vida de um típico filho da elite local, submetido a influências culturais de base

não-islâmica: futebol e histórias de faroeste estavam entre seus passatempos favoritos, de acordo com

biógrafos. Ainda na escola, passou por uma transformação ao ter seus primeiros contatos com

integrantes da Irmandade Muçulmana, grupo de militância ativa em países de base árabe-islâmica. Na

Universidade de Jeddah, onde, já casado, ingressou em 1976 para estudar economia, Osama aprofundou

o envolvimento com o ativismo islâmico. Segundo biógrafos, data desta

época o interesse dele pelos escritos de Sayyid Qutb, ideólogo egípcio da

ala mais radical da Irmandade Muçulmana.

A partir da invasão do Afeganistão pela União Soviética, em 1979,

as afinidades ideológicas de bin Laden com o radicalismo islâmico se

transformaram em ação efetiva. Já nos anos 1980, Osama conheceu em

Jeddah um dos maiores propagandistas da causa afegã, o xeque palestino

Abdullah Azzam, doutor em jurisprudência islâmica pela respeitada

Universidade al-Azhar, do Cairo. Inspirado por Azzam, bin Laden passou

a auxiliar no recrutamento de voluntários para a luta no Afeganistão.

Em 1989, voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do

Golfo em 1991, criticou a família real por ter autorizado o desembarque de

soldados americanos em território saudita, "a terra dos dois locais

sagrados" (Meca e Medina). Essa oposição, que o afastou mais ainda do restante da família e do

establishment saudita, fez com que ele fosse declarado persona non grata no seu próprio país.

Isolado, transferiu-se para o Sudão em 1992, de onde passou a "administrar" supostos campos de

treinamento e a emitir decretos religiosos (fatwas) contra os EUA e a monarquia saudita. Esses decretos

acabaram lhe custando a nacionalidade saudita, da qual foi privado em 1994. Dois anos depois, seus

novos anfitriões cederam às pressões americanas e da ONU, e pediram a bin Laden que fosse embora do

país. De lá, voltou para o Afeganistão, onde colocou em operação outros campos de treinamento e

reforçou a retórica antiamericana.

A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de setembro foi um ataque contra as

embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e

milhares de feridos. Três meses depois, foi acusado nos EUA por assassinato e complô com intenção de

matar norte-americanos no exterior.

Em 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas ligados à rede de Osama bin Laden desviaram

três aviões para realizar atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e

contra o Pentágono, em Washington. Um quarto avião desviado cai na Pensilvânia. Cerca de 3 mil

pessoas morreram. Em contraste com outros atentados, como aquele contra o navio americano "USS

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Cole" no Iêmen, em outubro de 2000, Bin Laden iria além de exaltar os executores e clamaria

responsabilidade pela ação.

Osama bin Laden, foi morto no Paquistão

Quase 10 anos após os atentados de 11 de setembro de 2011, O presidente dos EUA, Barack

Obama, anunciou na segunda-feira 02 de maio de 2011 a morte do terrorista Osama bin Laden. Osama

Bin Laden foi morto numa ação do exercito dos EUA no Paquistão. Segundo Barack Obama, após a

morte de Bim Laden “o mundo está mais seguro”

Veja abaixo os principais fatos que marcaram a vida de Bin Laden. 1957 - Osama bin Laden nasce na Arábia Saudita, em 10 de março. É o 17º filho do bilionário iemenita Mohammed Awad bin Laden, dono da construtora saudita Saudi bin Laden Group. A mãe, Hamida al Attas, é uma das mais de 20 mulheres de seu pai. 1967 - O pai de Osama morre em um acidente áereo no dia 3 de setembro, quando ele tinha apenas dez anos. 1979 - Bin Laden vai ao Afeganistão ajudar os "mujahedeen" (ou "guerreiros santos") na resistência contra a invasão soviética. Ele se torna responsável por recrutar e organizar uma rede de combatentes estrangeiros para ajudar no conflito (1979-1989). Essa organização é o embrião da Al Qaeda. 1989 - Depois que os soviéticos saíram do Afeganistão, Bin Laden volta a trabalhar na construtora da família e ajuda a levantar fundos para os veteranos daquela guerra. 1990 - Bin Laden oferece proteção à Arábia Saudita após a invasão do Kuwait pelo Iraque de Saddam Hussein, em 8 de agosto. Os sauditas preferem a ajuda dos EUA, e Bin Laden começa a divulgar textos críticos àquele governo. 1991 - Bin Laden é expulso da Arábia Saudita por suas atividades contrárias ao governo e se refugia no Sudão. 1993 - Uma bomba explode em 26 de fevereiro no World Trade Center, em Nova York, matando seis pessoas e ferindo mais de cem. Seis pessoas, que autoridades americanas dizem ser ligadas a Bin Laden, são condenadas pela ação. 1993 - Em outubro, um atentado a bomba mata 18 americanos que participavam de uma missão humanitária da ONU na Somália. Bin Laden chama os EUA de 'tigres de papel' por ter retirado suas tropas do país pouco depois da ação . 1994 - Pressionado pelos EUA, governo saudita retira a cidadania de Bin Laden. 1995 - Um caminhão-bomba explode em uma base militar em Riad, capital da Arábia Saudita, em 13 de novembro. Autoridades ligam Bin Laden ao ataque. 1996 - Mais uma vez por pressão dos EUA, Bin Laden é expulso pelo governo sudanês. Ele encontra abrigo no Afeganistão governado pelo Taleban, que oferece refúgio em troca de dinheiro e treinamento para seus combatentes. Nesse ano ele declara uma 'jihad' (guerra santa) contra os americanos, e um atentado em 25 de junho mata 19 soldados dos EUA em uma base em Khobar, na Arábia Saudita. 1998 - Bin Laden declara que os muçulmanos devem matar americanos, inclusive civis, onde quer que eles sejam encontrados. Em 7 de agosto, dois caminhões-bomba explodem nas embaixadas dos EUA

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no Quênia e na Tanzânia, matando 224 pessoas. Em novembro, os EUA indiciam Bin Laden pela participação nos atentados. 2000 - O argelino Ahmed Ressam se diz culpado por ligação com um plano frustrado de explodir uma bomba no aeroporto internacional de Los Angeles. Ele afirma que foi treinado em um campo no Afeganistão liderado por Bin Laden. 2001 - Em 11de setembro, dois aviões de passageiros se chocam contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. Um terceiro cai no Pentágono e um quarto em uma área rural do Estado da Pensilvânia. Bin Laden é apontado pelo governo dos EUA como o principal suspeito. 2003 - Refugiado nas cavernas do Afeganistão, Bin Laden divulga uma fita de áudio em que chama todos os muçulmanos do mundo a superar suas diferenças e se unir à "abençoada e gratificante jihad". 2007 - Em 13 de julho, o Congresso dos EUA aprova o aumento US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (de R$ 39,3 milhões para R$ 78,6 milhões, em cotações atuais) no valor da recompensa paga por qualquer informação que leve à captura de Bin Laden. 2011 - Bin Laden é morto por militares americanos em uma operação em Abbottabad, nos arredores da capital do Paquistão, Islamabad. O presidente Barack Obama faz o anúncio oficial na Casa Branca, em um pronunciamento transmitido pela TV.

fonte G1 e globo.com ORIENTE MÉDIO

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Para melhor entender o mundo árabe alguns palavras merecem destaques: Islã: submissão a Deus. O termo está ligado a outra palavra árabe, salam, que significa "paz" - o que reforça o caráter pacífico e tolerante da fé islâmica. Muslim: a quele que se submete a Deus. Jihad: termo usado pelo profeta Mohammed que singnifica guerra sagrada – guerra santa. Mulá: Chefe religioso. Madrassas: escolas religiosas Talibã:estudantes sharia : é o código legal do Islamismo, e abrange todas as esferas da vida da comunidade muçulmana. Suna: significa ‘caminho trilhado’, Terminologicamente, a palavra “Suna” significa também os feitos, dizeres e aprovações do Profeta Muhammad a Sunnah, deste modo, é a segunda fonte da lei islâmica após o sagrado Alcorão. Xá: A palavra vem do persa xah, que significa “rei”

Desde a segunda Guerra Mundial o Oriente Médio é uma área conturbada e cheia de conflito, uma espécie de barril de pólvora com o estopim aceso. Essa região onde se digladiam comunidades étnico-religiosas, envolvendo interesses locais e internacionais Tradicionalmente, consideram-se parte integrante do Oriente Médio todos os países localizados no Oeste e sudoeste asiático. Geograficamente, essa região está limitada pelos mares Cáspio, Negro, Mediterrâneo, vermelho, pelo Golfo Pérsico e Oceano Indico (Golfo de Áden e Mar Arábico). Ao todo, segundo a maioria dos autores pesquisados, o Oriente Médio é composto por dezesseis países: Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria e Turquia. Mas tem bibliografia que incluem ainda: Índia, Paquistão, Turcomenistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Quirquistão, Armênia, Azerbaijão e Chipre. JUDEUS X PALESTINOS

Desde maio de 1948, os palestinos lutam pelo reconhecimento de um Estado independente, previsto no plano de partilha da Palestina, da ONU, em 1947. Mas a recusa dos países árabes em aceitar a criação de uma nação judaica na região levou à guerra, que acabou em 1949, com o desaparecimento do Estado árabe-palestino. Israel incorpora e amplia seu território e o Egito anexa a Faixa de Gaza. Acuados, os palestinos fogem para países árabes vizinhos. Em 1950, a Jordânia passa a controlar a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Em 1967, Israel ocupa a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e o setor oriental de Jerusalém. Os palestinos se mobilizam com a fundação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1964, mais tarde presidida por Yasser Arafat. A luta se intensifica quando a OLP instala suas bases no Líbano, em 1970, e passa a atacar o território israelense a partir do sul do país. Em 1982, Israel invade o Líbano, e o quartel-general da OLP se transfere para a Tunísia. Em 1987 eclode a rebelião palestina – a lntifada. Nos anos seguintes, Arafat passa à ofensiva diplomática e renuncia ao terrorismo. Os EUA respondem abrindo diálogo com a OLP. No Acordo de Oslo, em 1993, Israel e OLP se reconhecem e assinam declaração para a devolução de territórios aos palestinos. Em 1994 e 1995, nos acordos de Oslo I e Oslo II, eles conquistam autonomia na maioria da Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. Em 1996, Yasser Arafat torna-se o primeiro presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Pelo Acordo de Wye Plantation (1998), Israel faz novas retiradas na Cisjordânia, até março de 2000. As negociações chegam a um impasse na fase que definiria o status final dos territórios palestinos. O primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, e Arafat reúnem-se em Camp David (EUA), em julho de 2000, para

tratar das questões mais difíceis, mas não chegam a um acordo. Arafat adia mais uma vez a proclamação da independência, inicialmente prevista para maio de 1999. A frustração palestina resulta na segunda Intifada, iniciada em setembro de 2000. Após a visita da ultranacionalista Ariel Sharon a Esplanada das Mesquitas, área dita como sagrada para os palestinos mulçumanos. Esse conflito leva a uma nova eleição em Israel, em fevereiro de 2001, e Ariel Sharon é nomeado primeiro

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ministro pelo Partido Likud. Com uma política belicista Sharon, ocupa territórios palestinos, retira judeus da Faixa de Gaza, confina Arafat em seu quartel general (até sua morte em 2004), começa a construção do murro separando Judeus de Palestinos. Ariel Sharon fica no poder até o final de 2005, quando é hospitalizado. Em novas eleições o Partido Kadima assume o poder com Ehud Olmert e adota uma política de anexação das colonias judaicas em territórios palestinos. Os Palestinos em 2005 elegem o Hamas seu novo representante, mas tal grupo não é reconhecido pela comunidade internacional, pois possui uma política de não reconhecimento do Estado de Israel. O que desencadeia uma ação mais rigorosa de Israel. Assim o governo Judeu, age com mais severidade atacando fortemente a faixa de Gaza e provocando mais de 400 mortes. Em julho de 2006 Israel, sob represaria pelo seqüestro de dois soldados e a morte de outros 8 pelo grupo xiita libanês Hesbollah, ataca o sul o Libano. Apesar de haver pelo menos 1200 mortos libanês, contra 150 vitímas fatais judias, o grupo Hezbollah se declara vencedor. Israel reconhece que não tem como resgatar os dois soldados, e Olmert se torna o político mais impopular da Historia de Israel. Um acordo de paz é firmado em 2008, em Annapolis (EUA),onde um cessar fogo é assinado, mas logo ao fim desse acordo, em dezembro de 2008 uma forte incursão militar israelense recai sobre a faixa de Gaza, com o intuito de acabar com o grupo Hamas, a ofensiva é realizada com força desproporcional e atinge muitos civis, o que gera reação do mundo. Uma escola mantida pela ONU na faixa de gaza é atingida. Hospitais são bombardeados, caminhoes da ONU que levavam ajuda humanitaria foram atacados, depósitos de mantimentos da ONU foram queimados. Israel utilizou armas proibidas, como bombas de fraguimentação e armas de fosforo branco.

Cronologia do Conflito 70 d.C. Revolta judaica contra o domínio romano; Tito, futuro imperador de Roma, destrói o Templo de Jerusalém. 133 d.C. Novo levante contra Roma; os romanos arrasam Jerusalém e expulsam a população judaica.

Criança judia na 2ª guerra Criança palestina de Gaza 2009

Criança judia na 2ª guerra Criança palestina de Gaza

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638 d.C.Conquista da Palestina pelos árabes; na área onde se erguia o Templo, os muçulmanos edificam o Domo do Rochedo; a região permanece sob domínio islâmico até o século 20, exceto de 1099 a 1187, quando Jerusalém foi governada pelos Cruzados. 1897 Inspirado pelas idéias do jornalista austríaco Theodor Herzl, realiza-se na Suíça o Primeiro Congresso Sionista, que propõe o retorno do povo judeu à Palestina; fugindo do anti-semitismo europeu, dezenas de milhares de judeus emigram para a região, então uma província do Império Otomano (turco). 1914-1918 Durante a Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra apoia a revolta árabe contra o domínio turco e promete independência às antigas províncias otomanas. Ao mesmo tempo, faz um acordo secreto com a França para a partilha daqueles territórios e envia uma declaração ao magnata judeu Rothschild, comprometendo-se com o estabelecimento de uma pátria judaica na Palestina. 1918-1939 Com a derrota otomana, a Inglaterra assume o controle da Palestina; centenas de milhares de judeus emigram para a região, provocando intensa revolta entre a população árabe. Para acelerar a criação de um Estado judeu, a organização sionista radical Irgun realiza atos terroristas contra alvos britânicos e árabes. 1939-1945 Segunda Guerra Mundial: fugindo da perseguição nazista na Europa, novas levas de judeus chegam à Palestina. 1947 A ONU propõe a divisão do território em dois países - 56,47% para os judeus, 43,53% para os árabes -, ficando Jerusalém sob controle internacional; os representantes judeus aceitam, os palestinos rejeitam. 1948 O Irgun pratica atos terroristas, provocando o êxodo de centenas de milhares de palestinos. Enquanto as tropas britânicas se retiram da região, é proclamada, em 14 de maio, a criação do Estado de Israel. No dia seguinte, exércitos da Jordânia, Egito, Líbano, Síria e Iraque invadem o país, mas são rechaçados pelos israelenses. O cessar-fogo amplia o território de Israel em 75%. O Egito fica com a Faixa de Gaza; à Jordânia coube a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém. 1964 Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). 1967 Guerra dos Seis Dias, na qual Israel bate os exércitos árabes e ocupa a Faixa de Gaza, a Península do Sinai (Egito), as Colinas de Golã (Síria), a Cisjordânia e Jerusalém oriental, duplicando seu território. Em conseqüência dessas conquistas; mais de 500 mil palestinos são deslocados de suas terras, tendo que se refugiar no Líbano, Jordânia, Síria e Egito. 1969 Yasser Arafat, líder da organização guerrilheira Fatah, assume o comando da OLP. 1973 Guerra do Yom Kippur, na qual, após três semanas de combates, Israel rechaça o ataque conjunto do Egito e da Síria. Cerca de 8.500 árabes e 6.000 judeus morrem no conflito. 1977 Menachem Begin, antigo líder do Irgun e representante da direita israelense, é eleito primeiro-ministro de Israel e dá inicio à implantação de colônias judaicas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Ariel Sharon, então ministro da Agricultura, dirige o comitê ministerial encarregado da colonização. 1977-1979 Anuar Sadat, presidente do Egito, reconhece Israel; os dois países assinam um tratado de Paz e Israel devolve o Sinai ao Egito. 1982 Israel invade o Líbano e expulsa os militantes da OLP sediados no país. Sob o comando de Ariel Sharon, então ministro da Defesa, as tropas israelenses permitem que a Falange Cristã libanesa entre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila (que estavam cercados pelos israelenses) e realize o massacre de centenas de civis. 1983 Ariel Sharon renuncia ao cargo, após um inquérito israelense concluir que ele falhou em impedir o massacre. 1987 Primeira Intifada ou levante popular palestino contra a ocupação israelense. Nesse levante, mais de 1.000 palestinos morreram nos combates de rua, que se prolongaram até 1993. 1988 O Conselho Nacional Palestino, reunido no exílio, aceita a resolução da ONU de 1947, que prevê a divisão do território em dois Estados, renuncia ao terrorismo e propõe uma solução negociada para a crise. 1993 Processo de Paz de Oslo, no qual o governo israelense, agora comandado pelos trabalhistas Yitzhak Rabin e Shimon Peres, chega a um entendimento sem precedentes com a liderança palestina, que concorda em reconhecer o Estado de Israel em troca da retirada progressiva dos territórios ocupados. 1994 Arafat, que se encontrava exilado, volta ao território palestino; criação da Autoridade Nacional Palestina, como germe de um futuro Estado. Porém, o processo de paz já se encontra minado pela violência: um jovem colono judeu ultra-religioso abre fogo contra muçulmanos na mesquita de Hebron, matando 29 pessoas; na reação palestina que se segue, dezenas de judeus são mortos em atentados a bomba. 1995 O primeiro-ministro Yitzhak Rabin é assassinado por um judeu ultra-religioso.

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O que é xiitas e sunitas? Os Sunitas (derivado de Suna, forma de conduta de Maomé) são o maior ramo do Islão, à qual pertencem 85% do total dos muçulmanos e os Xiitas (significa "partido de Ali", Ali era genro de Maomé) constituindo cerca de 10 a 15% do total dos muçulmanos

1996-1999 Uma série de atentados suicidas cometidos por militantes islâmicos do Hamas e a retaliação israelense acabam enterrando o processo de paz. Shimon Peres perde as eleições para o direitista Binyamin Netanyahu, que reinicia a colonização judaica dos territórios palestinos. 1999 O trabalhista Ehud Barak se elege primeiro-ministro de Israel com a promessa de encerrar o conflito em um ano, mas as negociações entre palestinos e israelenses, patrocinadas pelos Estados Unidos, mais uma vez fracassaram. 2000 Num contexto de crescente frustração em relação ao processo de paz, Ariel Sharon volta à cena, entrando com um séquito de guarda-costas na Esplanada das Mesquitas, uma das áreas mais sagradas do Islã, onde se erguem o Domo do Rochedo e a mesquita de al-Aqsa. O gesto enfurece a população palestina, dando início à Segunda Intifada. Incapaz de controlar a onda de violência e impedir a desagregação da base governista, Barak renuncia, convocando eleições na expectativa de obter um novo mandato. 2001- Ariel Sharon vence as eleições. 2002- Num contexto de acirramento da violência e contando com a aprovação do governo americano de George Bush, Sharon desencadeia a ação militar "Muro de Defesa 2004 – Morre o histórico líder Yasser Arafat 2005 – Hamas é Eleito na Palestina 2005 – Ariel Sharon sofre derrame e ataque cardíaco e entra em coma 2006- Israel invade o Líbano com a desculpa de destruir o Hezbollar. 2007 – Hamas e Fatah, apesar das divergências decidem formar um governo de coalização, o que não prospera, causando assim um novo racha diplomático. Hoje o Hamas (que não reconhece o Estado de Israel) controla a faixa de Gaza e o Fatah (mais diplomático) controla a região da Cisjordânia. No final de 2007, o representante do Fatah e de Israel estiveram em Annapólis-EUA numa tentativa de acordo de paz, o que não prosperou. 2008- O primeiro-ministro, Ehud Olmert, que está sendo investigado em um escândalo de corrupção, renuncia. Em seu lugar o partido Kadima tenta eleger Tzipi Livni. Livni é vista por muitos como mais inclinada em buscar a paz nas negociações com os palestinos e também menos inclinada em lançar uma ofensiva militar contra o Irã. 2008 – 2009 – Israel lança uma ofensiva contra a faixa de gaza, com o intuito de acabar com o grupo Hamas. 2009- O grupo Likud conseguiu ocupar o cargo de primeiro ministro com Benjamim Netanyahu, que tem feito uma política de ampliar os assentamentos judaicos em territórios palestinos. 2010 – Em 31 de maio de 2010 uma embarcação que estaria levando ajuda humanitária para a Faixa de Gaza foi bombardeada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), fato condenado por todos os países e pela ONU. Ao abrir a 66ª Assembleia geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff usou pouco menos de meia hora para

pronunciar um discurso forte, emocionado, em que defendeu o reconhecimento do Estado Palestino com as fronteiras pre 1967. Diante do fracasso do acordo de paz com Israel, a Autoridade Nacional Palestina decidiu propor à Assembleia Geral da ONU votação a favor da criação de um estado palestino nas fronteiras antes de 1967, tendo Jerusalém Oriental como capital, pedido que precisa passar pelo conselho de segurança da ONU, onde EUA possui poder de veto. O Presidente dos EUA Barakc Obama anunciou que vetará a proposta por entender que a questão da palestina deve ser resolvida entre Judeus e palestinos.

A Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou em 31 de outubro de 2011 a admissão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) como membro de pleno direito em votação na sua sede, em Paris. Esta é a primeira votação sobre o assunto de uma agência da ONU, aprovada por 107 votos a favor (20 a mais que o mínimo necessário), 52 abtenções e 14 votos contra. Estados Unidos, Alemanha e Canadá votaram contra, enquanto Itália e Grã-Bretanha se abstiveram. Quase todos os países árabes, africanos e latino-americanos votaram pela adesão. O representante americano manifestou posição contrária à do governo de seu país. A entrada da Palestina leva o número de estados-membros da Unesco a 195.

Iraque: Saddam Hussein Saddan Hussein nasceu em 1947, na cidade de Tikrit (Norte do Iraque), filho de agricultores pobres, Saddam nos anos 50 vai estudar em Bagdá;

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em 1957 entra para o partido Baath (renascimento) – partido de tendência socialista. Em 1959 leva um tiro na perna quando tentava assassinar o então presidente do Iraque, como pena é banido para o Egito, onde em 1962 se gradua em Direito na Universidade do Cairo. Em 1963 retorna ao Iraque após o assassinato de Kassem, então presidente do Iraque. Sua chegada ao poder acontece em 1979 após um bem-sucedido golpe de Estado. Em 1980, com apoio dos EUA, Saddam invade o Irã, conflito que durou oito anos e deixou mais de um milhão de mortos. 1ª Guerra do Golfo 1991 O Iraque atacou o Kuwait em 28 de agosto de 1990 alegando que o Kuwait vendia mais petróleo que o estipulado pela OPEP, além de extração ilegal de petróleo em território iraquiano. A primeira reação mundial foi decretar um embargo comercial e econômico contra o Iraque seguido de ataque maciço da comunidade internacional em janeiro de 1991 que aniquilou cerca de 200 mil iraquianos. O país foi arrasado mas, o embargo econômico continuou.

Terminada a guerra, a ONU estabeleceu sanções econômicas contra o Iraque, especialmente o embargo sobre suas exportações de petróleo, além de sujeitar o país a eliminar seus arsenais de armas nucleares, biológicas, químicas e de longo alcance, que porventura viesse a ter. A SEGUNDA GUERRA DO GOLFO (2003...) Os EUA de maneira unilateral (com apoio da Inglaterra, Espanha, Austrália, Japão entre outros) decidem que é hora de atacar o Iraque, sob a alegação que este dá apoio a terroristas, além de possuir armas químicas e bacteriológicas de destruição em massa. O Iraque abre o país aos inspetores da ONU em novembro, que nada encontraram. Países com extremo interesse na região e com direito de veto na ONU; França e Rússia se opuseram veementemente contra a guerra, ameaçando até usar o poder de veto que possuem na ONU. Apesar da resistência internacional e ausência de evidências no dia 16 de março de 2003 em reunião nos Açores, Espanha, Inglaterra e EUA anunciam que não darão mais prazo para que o Iraque se desarme apesar da insistência dos inspetores da ONU. Em pronunciamento à nação no dia 17/03/03, Bush dá o ultimato de 48 horas a Saddam Hussein, exigindo que este deixe o poder e saia do país juntamente com sua família e toda a comitiva que comanda o Iraque. Saddam Hussein insiste em continuar no Iraque, e os EUA desobedecendo as orientações da ONU, contando com o apoio militar da Inglaterra e logístico de Portugal, Espanha e Austrália, atacou o Iraque. O conflito que tendia ser duradouro resolveu-se em poucas semanas, com uma vitória arrasadora do Império americano. A segunda Guerra do Golfo teve como motivo oficial as suspeitas que o Iraque estava construindo armas de destruição em massa, o que não foi comprovado, pelo contrario, nenhuma arma foi encontrada.

Em 19 de março de 2003 os Estados unidos da América cometeu a maior covardia da história da humanidade, ao invadir o Iraque, um país arrasado e sem poder de defesa foi destruído pelo maior pode bélico do planeta. A invasão do Iraque marcou o início do fim do regime de Saddam Hussein, ditador do Iraque por 24 anos. George W. Bush e seu aliado Tony Blair invadiram um país soberano sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU. China, Rússia e França, membros do conselho com direito a voto, foram contra a guerra, devido a interesses econômicos O pós-guerra

O grande problema do Iraque é que o país é um verdadeiro três em um: curdos no norte; sunitas no

centro e xiitas no sul. Cada um querendo autonomia. Outra dor de cabeça para os EUA é evitar que os xiitas criem um governo religioso no país. Porém, como os xiitas representam 60% da população, se for adotado o sistema democrático no país, os xiitas são maioria absoluta da população e não teriam a menor dificuldade de legalmente chegar ao poder.

A devolução do poder aos iraquianos

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Quem são os curdos? Povo não árabe, com língua semelhante ao persa, vive entre Turquia, Irã, Iraque, Síria e os países do sudeste da antiga URSS. Reivindicam um estado seu. Sempre fizeram parte de outros impérios, principalmente o otomano. Com a derrota desse império na 1ª Guerra mundial, tentaram criar um estado seu, mas os franceses e britânicos dividiram seu território entre a moderna Turquia, Síria, Irã e Iraque.

No dia 28 de junho de 2004, os EUA devolveram a soberania aos iraquianos. A devolução do poder aos iraquianos não interrompeu a onda violência dos “terroristas” que continuam a agir. As eleições para o novo governo foram realizadas, em 30 de janeiro de 2005, sob forte onda de violência e com o boicote da maioria dos sunitas às eleições. Apesar de tudo, o comparecimento às urnas foi considerado satisfatório, em virtude das circunstâncias em que se deu o pleito. EXECUÇÃO DE SADDAM HUSSEIN

Depois de viver quase três décadas em palácios de sonho, como um dos homens mais poderosos e intocáveis do Oriente Médio, Saddam foi condenado a morte em 5 de novembro de 2006 devido a sua participação no assassinato de 148 pessoas, a maioria xiitas, na cidade de Dujail, em 1982. Condenado a morte por enforcamento, seus advogados recorreram, solicitando que a sentença fosse executada por fuzilamento, direito dada aos militares. A solicitação não foi atendida.

Saddam Hussein morreu como em um pesadelo. O Ex-ditador foi humilhado e xingado pelos carrascos mascarados que o levaram à forca em 30 de dezembro de 2006. As imagens registradas numa câmera de celular e disponibilizadas na internet mostraram o fim melancólico do ex-homem forte do Iraque, enforcado num antro escuro, entre gritos, ofensas, xingamentos e humilhações. Com o enforcamento e

o vazamento das imagens do martírio no You Tube, as rixas

entre iraquianos sunitas e xiitas se intensificaram. Enquanto os xiitas comemoravam a execução, os sunitas mostravam-se indignados e revoltosos, pois encaravam a pena como uma vingança. Os curdos também não ficaram satisfeitos com a execução, pois queria que Saddam fosse julgado pelos crimes contra a etnia curda, uma forma de divulgar sua luta. A pena capital aplicada a Saddam Hussein gerou polemica e repúdio a ser anunciada. A União Européia apelou para que Saddam não fosse enforcado. A Organização de Defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch, com sede nos Estados Unidos, criticou duramente o julgamento do ex-ditador, argumentado que durante o julgamento (que durou 10 meses) houve falhas na divulgação com antecedências de provas importantes para a defesa e que o direito básico dos réus de contestar as testemunhas de acusação foi violado. O Governo Bush saudou a execução de Saddam. Para o governo de Washington a dada foi um marco nos esforços do Iraque para “substituir o poder de um tirano pelo poder da lei”. Vale lembrar que Saddam foi condenado por crimes que praticou quando era aliado dos EUA, no governo do republicano Ronald Reagan (1981-1989), e que os crimes eram, já na época, de conhecimento da comunidade internacional. Após a morte de Saddam o Iraque mergulhou num ciclo de atentados entre Sunitas e Xiitas, sendo o mais mortífero deles o realizado em 14 de agosto de 2007, quando quatro caminhões-bomba que foram detonados nos povoados de Al-Kahtaniya e Al-Adnaniya, próximos a Mossul, tendo como alvo a seita curda pré-islamica dos Yazidis deixou mais de 250 mortos e 500 feridos. Curdos

Os curdos são uma minoria ética, nem tão pequena, 26 milhões de pessoas, que vivem sem ter um Estado nacional, nas fronteiras da Turquia, do Iraque, da Síria e do Irã e também por uma pequena parte da

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Armênia e do Azerbaijão. Os curdos que desfrutavam relativa autonomia até o século XVII, lutam pela criação do seu próprio Estado.

Até o começo do século XX eles viviam sob o domínio do Império Turco-Otomano, que ruiu com a I Guerra Mundial (1914-18). Em 1920, o Tratado de Sèvres propôs a criação de um Estado curdo, o que nunca se cumpriu.

A maioria dos curdos vive na Turquia, metade deles, e é uma verdadeira dor de cabeça para o governo turco que não admite a existência desse povo, chamando-os de turcos da montanha. Nesse país, é onde o movimento pela independência é mais intenso e onde a repressão é também mais violenta; eles são mortos aos milhares todos os anos.

Em 1999, o principal líder curdo Abdullah Öccalam, o Apo, (tio em curdo), fundador do PKK – Partido Trabalhista do Curdistão foi preso e condenado à morte.

Na Guerra Irã-Iraque (1980-87), eles colaboraram com o regime do Irã, mais simpático à causa curda. Em represália, Saddam Hussein ordenou um ataque com armas químicas que matou pelo menos 5000 curdos.

Durante a I Guerra do Golfo (1991), os curdos apoiaram os EUA na esperança de, no futuro, poder contar com o apoio daquele país na sua luta independentista. Os EUA ganharam a guerra, se retiraram e Saddam mais uma vez voltou a realizar vingança contra os curdos. Os EUA, então, estabeleceram uma zona de exclusão aérea no norte do Iraque para supostamente proteger os curdos. Na verdade, os EUA os estão usando, pois só queriam um pretexto para, à revelia da ONU, estabelecer a zona de exclusão. Com o mesmo pretexto de proteger os xiitas ao sul do Iraque os EUA e Grã-Bretanha também estabeleceram zona de exclusão aérea.

Os curdos novamente se aliaram aos EUA na II Guerra do Golfo, com a promessa de que terão uma região autônoma no norte do Iraque, o que vem provocando arrepios no governo turco, onde vivem metade dos curdos do mundo, eles temem que uma vez conquistada a autonomia eles queiram mais, proclamar a independência de um estado no Curdistão, região riquíssima em petróleo. A Turquia atacou o povo curdo no final de 2007 e inicio de 2008, alegando ser uma retaliação militar aos ataques do PKK.. Afeganistão: Milícia Taliban

Situado num território montanhoso e desértico, o Afeganistão tem sido objeto, desde a Antigüidade, de invasões e conquistas. Os principais grupos são os pashtuns, tadjiques, uzbeques e hazarás. O restante da população é formado por tribos nómades. Estima-se que haja no Afeganistão 1,2 mil facções étnico-tribais armadas. Esses grupos têm se digladiado na luta pelo poder, quase sempre dominado pela maioria pashtun. Durante o regime dos Taliban (de etnia pashtun), combatentes tadjiques, uzbeques e hazarás, que nem sempre conviveram harmoniosamente, únem-se na coalizão militar Aliança do Norte, com o intuito de varrê-los do poder. No início de 1995, a milícia islâmica Taliban ganha poder no país. É um grupo fundamentalista sunita da etnia pashtun, surgido das madrassas do Paquistão e apoiado pelo governo. Em setembro de 1996, o Taliban conquista Cabul e institui a Sharia. Mulheres são proibidas de trabalhar e obrigadas a usar a burka. No mesmo mês, os EUA disparam mísseis sobre supostos campos de

treinamento de terroristas no país, como represália aos atentados contra suas embaixadas na África, pelos quais o terrorista saudita Osama Bin Laden, protegido do Taliban, é responsabilizado. A ONU anuncia em 1999 sanções contra o país até que o governo extradite Bin Laden. O Afeganistão entrou na mira dos EUA, após o 11 de setembro de 2001, uma vez que os americanos acusavam este país de abrigar Osama Bin Laden e sua rede terrorista, a AL Qaeda. Depois de pesados bombardeios entre 07 de outubro de 2001 e 07 de dezembro do mesmo ano, cai o regime do Talibã. O Mulá Mohammed Omar foge juntamente com Bim Laden. Atualmente o país vem sendo governado por um líder pashtun moderado (Hamid Karzai), tendo o apoio dos EUA e do ex-rei Zaher Shah (rei que governou o Afeganistão de 1933 a 1973 quando foi destituído por um golpe de Estado pelo então primeiro ministro Dahun Kahan).

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Talibã – Uma visão radical do Islã.

O movimento Talibã tomou o poder no Afeganistão em 1996 e governou até 2001. Seus líderes estudaram nas madrassas paquistanesas e afegãs.

Embora tenha sido derrotados na guerra de 2001, o grupo ainda possui entre 8mil e 12 mil seguidores e vem se reestruturando na fronteira com o Paquistão.

O Talibã prega a sharia (lei islâmica). Patrocina execuções em praça pública para infratores, além de apedrejamentos de adúlteras e amputações de ladrões.

Os Talibãs proíbem a população de assistir TV, ouvir rádio e praticar esportes. Os homens são obrigados a usar barba, e as mulheres a vestir a burka.

O movimento baniu o cultivo de papoula. Utilizada na fabricação de ópio e heroína. Em fevereiro de 2001, a produção havia sido reduzida em 98%

O grupo discrimina minorias e qualquer cultura que não seja a islâmica. Seus milicianos destruíram as antigas estátuas budistas gigantes de Bamiyan, no Afeganistão.

O que e fundamentalismo? É o termo usado para se referir à crença na interpretação literal dos livros sagrados ou de determinado preceito, dogma,ou fé.

O “pai da nação” como era conhecido Saher Shah, que retornou ao Afeganistão após a queda do regime Talibã após 30 anos de exílio morreu em 23 de julho de 2007. O reinado de Zaher Shael foi marcado pela corrupção, nepotismo e alianças com os EUA.

Revolução islâmica no IRÃ. Em 1979 o Irã (antiga Pérsia), foi o centro das atenções mundiais, quando uma revolta popular colocou abaixo o regime do Xá Reza Pahlevi e Levou ao poder o religioso aiatolá Ruhollah Khomeini. Um dos marcos da história do Irã é o golpe de Estado em 1921, quando o general Reza Khan derrubou o sultão Kajar e se auto proclamou Xá em 1926, com o nome de Reza Sha Pahlevi. Em 1935 o país muda de nome, e de Pérsia passa para Irã. Durante a Segunda Grande Guerra o Irã é ocupado por

ingleses e soviéticos. O Xá, simpático ao nazismo, abdica em favor do filho, Mohammad Reza Phlevi. Em 1951 o primeiro-ministro nacionaliza as companhias petrolíferas (o que desagrada aos EUA) e após a desavença o Xá deixa o país. Há um boicote por parte dos países ocidentais ao petróleo iraniano, e a URSS torna-se a primeira a comprar o petróleo nacionalizado. Em 1953, Pahlevi, apoiado pelos Estados Unidos e Reino Unido, depõe o Primeiro Ministro (Mussadeq) em um golpe militar e recoloca no poder o Xá Reza Pahlevi, que ao assumir mantém-se como aliado dos EUA. Apesar de o Irã possuir em sua população a maioria Xiita era

governado pelo Reza Pahlevi que era um representante da corrente sunita. Em 1979, a oposição liderada pelo Aiatolá Khomeini acaba obtendo apoio das forças Armadas e depõe Pahlevi, que foge do país. O Irã é declarado uma nação islâmica e o fundamentalismo torna-se uma característica desse novo regime. Os ideais xiitas do Irã espalham por outros países, atingindo grupo como o Hamas palestino, Hezbollah, Jihad Islâmica. Os EUA como retaliação bloqueia as contas do Irã. A situação fica insustentável quando militares islâmicos radicais, em 1979 invade e ocupa a Embaixada dos EUA em Teerã e fazem 66 estados-unidenses como reféns. O governo de Teerã apóia a ação e pedem aos EUA a extradição de Pahlevi. O seqüestro dura 444 dias. A influência xiita cresce e não agrada aos EUA – que temem ver sua influência no Oriente-Médio decair, nem ao ditador Saddan Hussein que vê no avanço xiita uma ameaça ao seu governo. Apoiado pelos EUA o Iraque invade o Irã, dando início a uma Guerra que vai até 1988, o que provoca mais de 01 milhão de mortos, cerca de 400 mil soldados iranianos, 300 mil soldados iraquianos e mais de 300 mil civis. No início da década de 1990 os moderados começam a se organizar e apesar das vitórias eleitorais, as reformas são implementadas num ritmo lento, devido a ação do Conselho de Guardiões da Constituição, que é formado por ultraconservadores.

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cf/88/RT 21 inc. XXIII , a. Toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional.

Em 1997, o moderado reformista Mohammad Khatami chega a presidência com o apoio de estudantes, intelectuais e mulheres, que esperam uma maior abertura e a suavização dos códigos sociais e morais impostos pelos religiosos. Em 2001, Khatami foi reeleito com 78% dos votos, mas em 2004 o Conselho de Guardiões impediu a candidatura de metade dos candidatos às eleições e com essa medida os conservadores conseguiram ocupar a maioria do parlamento. A ocupação do Iraque pelos EUA em 2003 e a conseqüente subida dos xiitas ao poder, reaproximou os dois países outrora inimigos. Nas eleições de junho de 2005 o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, com uma proposta que retomam os princípios da Revolução Islâmica de 1979, derrota o moderado Hashemi Rafsanjani. Uma das primeiras medidas Mahmoud Ahmadinejad é dar impulso ao programa nuclear (como necessidade de diversificar as fontes de energia). O Irã já tinha iniciado um programa nuclear nos anos 70, quando o governante era O Xá Reza Pahlevi, com a cooperação dos EUA e da Europa. Em 1982, o país anunciou a criação, em Isfahan, a criação de um centro tecnológico nuclear e descobre em 1985 minas de urânio em seu território. A polêmica nuclear intensifica-se em 2003,quando a Agencia Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirma que o Irã escondeu por quase 20 anos o desenvolvimento de um programa paralelo numa base de pesquisa em Abdul Qadeer Khan. Em Março de 2006 o Conselho de Segurança (CS) da ONU exige que o Irã suspenda o enriquecimento de Urânio em 30 dias. A medida não foi seguida, por isso sucessivas sanções foram aplicadas. Em março de 2008, a ONU aprovou um terceiro pacote de sanções contra o Irã e em junho a comunidade internacional ofereceu um pacote que inclui incentivos econômicos ao Irã em troca de garantias de que o país não irá fabricar armas nucleares, mas a proposta foi rejeitada. Para complicar a situação, Israel realizou exercícios militares,numa simulação de ataque as instalações nucleares do Irã. O governo da república islâmica reagiu, testando mísseis de longo alcance com capacidade de atingir Israel. Programa nuclear do Irã, Os Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra, França e Alemanha querem aplicar sanções internacionais ao Irã por cogitar que o enriquecimento do urânio a 20% tenha o objetivo de fabricar armas nucleares. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nega as suspeitas argumentando que a tecnologia seria aplicada para geração de energia elétrica. O Brasil tomou um rumo diferente com relação ao Irã, o então presidente Lula deixou bem clara a posição brasileira: . "Eu já disse publicamente que quero para o Irã o mesmo que quero para o Brasil: usar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos. Se o Irã tiver concordância com isso, terá o apoio do Brasil, se o Irã quiser ir, além disso, o Irã irá contra o que está previsto na Constituição Brasileira e, portanto, nós não podemos concordar" Em 2010 o Conselho de Segurança da ONU, aprovou uma resolução impondo restrições a venda de armas ao Irã. O Brasil juntamente com a Turquia votaram contra as sanções da ONU ao Irã, mas mesmo votando contra o Brasil anunciou que ira cumprir as normas determinadas pela ONU.

A Revolução do mundo árabe.

Revolução de Jasmim: acesa a “chama” da mudança Por Prof. Urani Os conflitos que hoje assolam o mundo

árabe têm diferentes motivos. Vão desde os históricos confrontos judeus/palestinos, passando por questões culturais e imposição de valores

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ocidentais às milenares tradições orientais. Pode-se ainda mencionar o fator econômico: potências capitalistas desejam manter ou ampliar o domínio de pontos estratégicos na mais rica região petrolífera do planeta. E agora é a vez da questão política-governamental. A pressão popular, a comunicação via redes sociais, a chama acesa pela autoimolação, em praça pública, de Mohamed Bouazizi, em protesto ao governo ditatorial de Ben Ali, na Tunísia e a onda de agitação política no Oriente nos remete à reestruturação política vivida pela America Latina no início da década de 1980, onde os governos não democráticos foram aos poucos substituídos pelos governos civis. A grande preocupação da sociedade ocidental com relação à movimentação que se faz no Norte da África e Oriente Médio não se restringe a preocupação do bem-estar dos seus cidadãos que se encontram nos países envolvidos pela Revolução de Jasmim. O petróleo, Israel e a influência política na região são questões estratégicas.

No limiar das discussões cabe definir o que é “mundo árabe”. O que a imprensa corriqueiramente chama de mundo árabe, engloba 22 países (Arábia Saudita; Argélia; Bahrein; Comores; Egito; Emirados Árabes Unidos; Iêmen; Líbia; Iraque; Jordânia; Líbano; Qatar; Omã; Mauritânia; Somália; Palestina; Djibouti; Sudão; Marrocos; Tunísia; Kuwait) e uma população em torno de 350 milhões de pessoas. Consideram-se árabes todos os moradores da região do Oriente Médio, na Península Arábica, entre o Golfo de Áden, no Iêmen até o Golfo Arábico (mais conhecido como Golfo Pérsico), bem como todo o norte da África, conhecido como Magreb. A designação “mundo árabe” vem especialmente desde a consolidação da religião islâmica, O Oriente Médio e o continente africano não sabem o que é paz e democracia, algo tão desconhecido quanto liberdade política. Área de interesse das potências européias, essas regiões sofreram com a colonização e a estrutura política que impera hoje é, antes de tudo, fruto da descolonização do pós-segunda guerra e do grande interesse ocidental na maior riqueza da região – o petróleo.

Assim como aconteceu na América Latina, a manutenção de governos autoritários na região em questão serviu a interesses ocidentais, seja na exploração do petróleo, seja quanto à integridade da nação judaica. Por isso os recentes acontecimentos e os desdobramentos a ele inerentes certamente afetarão todo o contexto político da região e, com isso, haverá consequências políticas, econômicas, sociais e de segurança para a sempre instável região do Oriente Médio.

Israel assiste tudo com extrema preocupação. Na Tunísia, a destituição de Ben Ali do governo retira de cena um presidente que não era aliado, mas também não era hostil ao país judeu. No Egito, a queda de Hosni Mubarak muito provavelmente coloca um fim à política de amizade com Israel, principalmente pela possibilidade do partido Al-Ikhwan, ou irmandade Muçulmana, que hoje encontra-se na ilegalidade, compor o novo governo. Na Líbia, Muammar Kadafi, que assumiu o país em 1969, com um golpe militar onde destituiu a Monarquia, nacionalizou as empresas estrangeiras e instalou uma ditadura militar, tenta se manter no poder a qualquer custo, reprimindo os protestos violentamente, havendo denúncias de que pessoas foram enterradas vivas, durante os protestos, e bombardeios atingiram as cidades de Trípoli e Benghazi. A queda de Kadafi aparenta ser apenas questão de tempo. Tempo é o que esperam os demais governos autoritários da região para se manterem no poder. No Iêmen, Bahrein, Mauritânia, Sudão, Djibuti a população também está nas ruas. O Irã de Mahmoud Ahmadinejad também não ficou imune ao cheiro do jasmim, pois os jovens foram às ruas, ato

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reprimido pelo governo e pelo conselho de guardiões que ameaçou de morte os que provocassem “desordem na terra”.

E os ventos de monções parecem levar o cheiro de mudanças à China. Autoridades chinesas aumentaram o policiamento nas ruas, restringiram alguns serviços de envio de mensagens de texto pelo celular, prenderam pessoas e censuraram na Internet informações referentes à "Revolução de Jasmim". A população já organiza manifestações aparentemente dentro dos moldes das pró-democracias realizadas nos países do Oriente Médio, convocando chineses a se reunirem em Pequim, Xangai e outras 11 cidades para participarem de protestos.

E no cheiro do jasmim o planeta assiste a queda dos governos autoritários do mundo árabe, mas o perfume exalado pode ir mais longe, os anseios da população já se exteriorizam além dos direitos fundamentais. No Iraque e no Marrocos a população já protesta por questões sociais, melhoria em infraestrutura, educação e qualidade de vida.

A composição dos novos governos ou a reforma dos que se mantiverem de pé será acompanhada de muito perto pelas forças econômicas mundiais, pelas empresas exploradoras de petróleo e principalmente por Israel. Instabilidades econômicas são aguardadas, o aprendizado da redemocratização da América Latina será redesenhado nas nações árabes, ou veremos aflorar o fundamentalismo religioso?

O cenário da revolta. O mundo árabe ou arabofonia, referem-se ao conjunto de países que falam o árabe e se

distribuem, geograficamente, do oceano Atlântico, a oeste, até o mar Arábico, a leste, e do mar Mediterrâneo, a norte do Corno de África, até o nordeste do oceano Índico. É constituído por 22 países e territórios com uma população combinada de 360 milhões de pessoas abrangendo o Norte de África e a Ásia Ocidental. O sentimento de nacionalismo árabe surgiu na segunda metade do século XIX, juntamente com outros nacionalismos dentro do Império Otomano. A Liga Árabe foi formada em 1945 para representar os interesses dos árabes e, especialmente, para o exercício da unificação política do mundo árabe, um projeto conhecido como o pan-arabismo. Hoje, os Estados árabes se caracterizam pelos seus governos autocráticos e falta de controle democrático. Os protestos populares em todo o mundo árabe no final de 2010 e início de 2011 são direcionados contra os governos autoritários e a corrupção política, combinada com a exigência de mais direitos democráticos. A Maneira mais usada para identificar as nações que pertencem à regiao é a participação na Liga Árabe. A maioria dos habitantes da regiao fala a língua árabe e segue o islamismo. A Liga Árabe, uma organização regional de países destinada a enquadrar o mundo árabe, define um

árabe como: Um árabe é uma pessoa cuja língua é o árabe, que vive em um país de língua árabe e que

tem simpatia com as aspirações dos povos de língua árabe.

Estados e territórios Argélia Bahein Comores Djibouti Egito Iraque Jordânia Kuwait Líbano

Líbia Mauritânia Marrocos Omã Palestina Qatar Arábia Saudita Somália

Sudão Síria Tunísia Emirados Árabes Unidos Saara Ocidental Iêmen

Causas da Revolta: Os principais motivos que levaram aos protestos no mundo árabe são a insatisfação da população com as altas taxas de desemprego (principalmente após a crise global de 2008/2009), os

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A Irmandade Muçulmana A organização foi fundada em 1928 por

Hassan El-bama e seis trabalhadores da construção de Suez, nos moldes da maçonaria. Pregava a volta ao islam tradicional, contra a “corrupção” ocidental, e tentou fazer uma espécie de Internacional Islamista, incluindo seções no Egito (a sede do negócio), Síria, Iraque, Palestina, e vários outros países islâmicos. O Hamas é um braço da Irmandade.

Ao contrário da turma da Al-Qaeda, a Irmandade Muçulmana não defende a violência como tática principal de islamização da sociedade. Oficialmente, pelo menos, o movimento se proclama reformista, e tem enfatizado a participação no processo eleitoral, como mostra a vitória do Hamas. A violência é aceita nos territórios ocupados, como Palestina, Iraque, e, enfim, Israel. Mas o movimento se opõe frontalmente a atentados como o 11 de Setembro. A Irmandade Muçulmana também rejeita as influências Sufi e o chamado "islamismo moderado". O lema da organização é: "Deus é o único objetivo. Maomé o único líder. O Corão a única Lei. A jihad é o único caminho. Morrer pela jihad de Deus é a nossa única esperança".

[editar] Estrutura

A irmandade tem representantes em 70 países

aumentos no preço dos alimentos, a repressão policial e a falta de democracia. Tudo isso junto serviu como um estopim para explodir a bomba divulgada pelo site Wikileaks: documentos que mostrava a corrupção dos governantes. Os jovens, que são a camada mais atingida pelo desemprego e pela estagnação econômica, munidos das novas tecnologias da comunicação (internet, site de relacionamentos, redes sociais, mensagens via celular), foram as ruas para mostrar o clima de insatisfação com seus governantes.

Tunísia Até recentemente a Tunísia era famosa como destino turístico, era visto como um exemplo de estabilidade e relativa prosperidade no mundo árabe, embora governado com mão de ferro por Ben Ali desde 1987. Mas o gesto desesperado de um jovem, no dia 17 de dezembro, deflagrou uma onda de protestos e choques entre manifestantes e a polícia. Mohamed Bouazizi ateou fogo em si mesmo na cidade de Sidi Bouzid (centro do país) quando policiais impediram que ele vendesse vegetais em uma banca de rua sem permissão. O ocorrido gerou uma onda de protestos contra o desemprego na região. Os protestos se espalharam então para outras partes da Tunísia. Mas a resposta violenta das autoridades, com a polícia disparando munição verdadeira contra os manifestantes, parece ter dado mais força aos manifestantes. O protesto também é considerado uma reflexo da frustração da população com a elite dominante e a ausência de liberdades políticas. Após semanas de protestos presidente da Tunísia, Zine Al-Abidine Ben Ali, deixou o poder. Essa revolução recebeu o nome de revolução jasmim, flor típica do país.

Egito

O Egito no começo de 2011 passou por uma mudança política desencadeada por revolta popular com inspiração no levante que derrubou o presidente da vizinha Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, cujo governo se prolongava havia 23 anos. Os protestos que duraram 18 dias deixaram mais de 300 mortos e 5 mil feridos. No final de janeiro, a oposição no Egito se uniu pela primeira vez para integrar os protestos iniciados em 25 de janeiro. Principal força oposicionista, a Irmandade Muçulmana, que tinha deixado aos seus membros a possibilidade de participar dos protestos, anunciou seu apoio oficial dias depois.

O movimento no Egito explodiu depois que uma onda de protestos derrubou o governo autoritário da Tunísia, no dia 14 de janeiro. No Egito, os manifestantes acusam o regime autoritário de Hosni Mubarak de repressão, fraudes eleitorais, corrupção, responsabilidade pela pobreza e pelo desemprego no país, de 80 milhões de habitantes.

A oposição no Egito é dividida em dois grandes grupos. O primeiro e mais organizado é a Irmandade Muçulmana, um partido islâmico fundado em 1929. O grupo foi posto na ilegalidade por Mubarak, sob pressão dos Estados Unidos, que temem a

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influência islâmica nos governos da região. O outro grupo, formado pela classe média e setores pró-Ocidente, passou a ser liderado pelo Prêmio Nobel da Paz, Mohammed ElBaradei. Após 18 dias de protestos, Hosni Mubarak renunciou ao poder e transmitiu o governo a uma junta militar que se comprometeu a fazer uma transição ao regime democrático.

Mas a tão esperada transição demorou mais de um ano, em meio a varios protestos e mortes. As eleições presidencial so aconteceuem maio de 2012, sendo o primeiro turno em 23 e 24 de maio; e segundo turno em 16 e 17 de junho. Esta eleição foi considerada histórica por ser a primeira eleição livre do país. O segundo turno confirmou a vitória dos islamitas, representados pelo Partido da Liberdade e da Justiça, ligado a Irmandade Mulçumana, conquistando 51,7%, tendo Morsi como primeiro presidente eleito em eleições livres na era pós-Mubarak. Os militares ainda relutaram em transmitir o poder, e num claro desrespeito a democracia destituiram o parlamento e reduziram o poder do presidente democraticamente eleito.

Por que o Egito é tão importante?

O Egito é considerado vital para a estabilidade no mundo árabe pois, além de ser o guardião do Canal de Suez, por onde passa boa parte do comércio internacional, o país, além da Jordânia, é o único a reconhecer o Estado de Israel. O Egito é o quarto país que mais recebe recursos dos EUA – US$ 1,5 bilhão por ano (ou R$ 2,5 bilhões).

Líbia A Líbia foi o terceiro país da região conhecida como mundo árabe a enfrentar uma onda de revolta

popular e culminou com o fim do regime do presidente, o ditador Muammar Kadhafi, no poder há quase 42 anos. No caso da Líbia, os protestos iniciaram no leste do país, onde a popularidade do ditador é historicamente mais baixa.

As cidades de Benghazi, segunda maior do país e epicentro dos protestos, Tobruk e Derna, foram tomadas por oposicionistas. Mas cidades mais próximas à capital Trípoli, como Minsratah e Zawiya também ficaram sob controle dos rebeldes. A dura repressão do regime de Kadhafi, às manifestações provocou milhares de mortes, e a situação evoluiu praticamente para uma guerra civil. Em 17 de março, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo imediato e autorizou o uso de forças militares contra o regime líbio. As operações militares, com EUA, Reino Unido, França, Itália e Canadá à frente, começaram dois dias depois. Logo em seguida, após negociações, a Otan tomou a dianteira dos bombardeios. Com os ataques ocidentais as tropas pró-Kadhafi foram perdendo terreno, os rebeldes conseguiram "virar o jogo", conquistaram a Líbia, depuseram o regime e assassinaram Muammar Kadhafi.

Eleiçoes na Líbia Em inicio de julho/2012 ocorreram as primeiras eleições de forma livre em mais de meio século na Líbia. As eleições serão realizadas para selecionar os 200 membros para uma Assembleia que escolherá o Gabinete e o primeiro-ministro. Uma nova eleição formará a comissão encarregada de elaborar a nova Constituição

Assim que o texto da nova Constituição estiver pronto, será realizado um referendo. Se for aprovado um sistema parlamentarista, uma nova eleição será realizada em 6 meses Principais obstáculos enfrentados pelos líbios:

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Violência regional - Em áreas como no distrito de Kufra, no sul, os combates entre tribos são tão fortes que observadores não poderão visitar os locais de votação. Alguns locais talvez nem possam realizar a votação. A tensão regional é grande

Milícias - Grupos que ajudaram a derrubar o ditador se recusam a entregar as armas. A Anistia Internacional denunciou que cerca de 4 mil pessoas estão em poder de grupos armados, acusadas de serem leais a Kadafi. Há denúncias de torturas

Divisões - Habitantes do Leste cobram maior autonomia e se queixam de terem reservadas apenas 20 das 60 cadeiras da comissão constituinte

As forças em disputa: Aliança das Forças Nacionais - Coalização de 65 partidos liberais liderada por Mahmoud Jibril,

que integrou a cúpula dos rebeldes. Jibril não concorre a uma cadeira na Assembleia Partido da Justiça e Construção - Braço político da Irmandade Muçulmana. É liderado por

Mohammed Sawan, antigo prisioneiro político do regime de Kaddafi Al-Watan ou Pátria - Grupo islâmico comandado Abdel Hakim Belhadj, um dos líderes das

milícias rebeldes e que lutou com o Talibã no Afeganistão. Críticos afirmam que o partido foi fundado pelo Qatar, que apoiou os levantes contra Kadafi

Frente Nacional - ligado à Frente Nacional pela Libertação da Líbia, o grupo é uma dissidência da Irmandade Muçulmana, liderado pelo intelectual Mohammed al-Magriaf.

Al-Asala - grupo salafista liderado pelo xeque Abdul Bassit Ghwelia. As candidatas aparecem com os rostos cobertos nos cartazes

Corrente Centralista - liderado por Ali Tarhouni, candidato liberal e ex-ministro do Petróleo Fonte:www.hojeemdia.com.br/notícias/eleições

Golpe levou ao poder Kadhafi está no poder desde que derrubou o rei Idris I, em 1969, em um golpe de estado sem

derramamento de sangue, quando tinha 27 anos. Em 1977, ele criou o conceito de “Jamahiriya” ou “Estado das massas”, em que o poder é exercido através de milhares de “comitês populares”. Seu “Livro Verde”, que costuma ler durante os discursos e serve de Constituição do país, foi publicado nos anos 70 e resume seu sistema de “democracia islâmica”, apresentada como uma alternativa nacional ao socialismo e ao capitalismo, combinada com aspectos do islamismo.

Com fama de extravagante e nacionalista, o ditador líbio costuma dormir em uma barraca beduína durante suas viagens internacionais e não dispensa a sua guarda feminina, entre as quais, segundo despachos vazados pelo WikiLeaks, uma “voluptuosa loira” que o acompanha em todos os deslocamentos. Exotismos à parte foi um político habilidoso em tirar o país do isolamento diplomático na última década. Nos anos 1980, seu regime apoiou grupos terroristas como o Setembro Negro, que assassinou atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique e o grupo separatista basco ETA, acusado de centenas de mortes na Espanha.

Nos anos 1990, assumiu responsabilidade pelo ataque ao voo e pagou indenização aos familiares das vítimas, pondo fim a anos de sanções da ONU (Organização das Nações Unidas). Em

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2003, foi tirado da relação de países com ligações com terroristas pelo então presidente dos EUA, George W. Bush. Em 2008, a ONU aceitou que o país participasse do Conselho de Segurança como membro não permanente e em 2010 a Líbia foi eleita para o Conselho de Direitos Humanos da organização -do qual foi afastado depois do início da repressão aos rebeldes. Economia

A economia do país cresceu ao atrair investidores estrangeiros e grandes petroleiras, como a BP e a Exxon Mobil. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Líbia cresceu 10,6% ano passado, e a previsão é de que venha a crescer cerca de 6,2% em 2011. Mas uma das principais razões por trás dos protestos é que essa riqueza não está chegando à população.

Cerca de um terço dos líbios vive na pobreza. Alguns dos problemas apontados pelos manifestantes que pedem o fim do regime de Kadhafi sãos os mesmos dos jovens egípcios: alto desemprego, alto preço dos alimentos, importação da maior parte dos alimentos necessários ao abastecimento e gastos exorbitantes com arsenal militar.

Iêmen A onda de protestos que atinge o mundo árabe chegou ao Iêmen no final de janeiro. Contudo, a crise se

agravou e tomou enormes proporções em 18 de março, quando uma manifestação antigoverno na capital, Sanaa, acabou com a morte de 46 pessoas. Os manifestantes exigem a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder desde 1978. Em meio à crise, dezenas de deserções foram registradas no partido de Saleh, em sua própria tribo Hashid ( uma das mais importantes, no norte do país) e também na guarda militar, colocando a permanência do ditador em risco e deixando o país mais perto de uma guerra civil.

No Iêmen, uma sociedade tribal e fragmentada, Saleh deixou os órgãos que cuidam da segurança nacional nas mãos de seus parentes. Junto com as forças de segurança, as tribos são um dos pilares do Iêmen. A sociedade é dividida em diversos grupos, principalmente na região norte do país.

Em fim de 2011 Saleh renunciou ao cargo após o parlamento do Iémen aprovar, por unanimidade, um projecto-lei que concede imunidade total a Saleh e parcial aos colaboradores. O documento impede que o presidente possa ser julgado em relação a assuntos políticos.

A imunidade do presidente e dos colaboradores está prevista no acordo sobre a transição política, concluído a 23 de Novembro em Riade, na Arábia Saudita. A contrapartida é a saída de Saleh do poder, após as eleições presidenciais antecipadas de 21 de Fevereiro.

O parlamento aprovou também o nome do vice-presidente, Abdo Rabu Mansur Hadi, como candidato às próximas eleições presidenciais, cumprindo assim uma exigência da Constituição do Iémen.

Abd-Rabbu Mansour Hadi, foi empossado, afirmando que o empobrecido Estado árabe enfrenta uma "fase complexa e difícil", após seu antecessor terminar o mandato após 33 anos no poder. No discurso de posse o novo presidente afirmou: "Nós enfrentamos uma fase complexa e difícil", ao lado de Saleh, que depois entregou-lhe a bandeira do Iêmen.

A transferência de poder apoiada pelos EUA foi elaborada pelos ricos vizinhos do país no Golfo árabe, ansiosos para encerrar com meses de protestos anti-Saleh que paralisaram o país pela maior parte de 2011.

Coréia do Norte

Os coreanos descendem de tribos migratórias do centro e do norte da Ásia. Sendo que o primeiro reino da Coréia data de 2333 a.c que surgi após Dan-Gun (considerado o pai da civilização coreana) unir diversas tribos da região.

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Atualidades

O território coreano foi dominado pela China até 1910, quando o Japão anexou a península, numa política de expansão territorial. A dominação japonesa institui o idioma japonês como oficial e houve uma forte repressão militar. Ao final da Segunda Grande Guerra, os EUA e a URSS disputam áreas de interesse e domínio do derrotado Japão e as Coréias são divididas no paralelo 38. A Coréia do Norte possui um território bastante montanhoso, o que deixa grande parte do país inabitável. Desde 1950 que as duas Coréias vivem em constante conflito. Em 2002 um funcionário do governo norte-coreano declarou que o país possuía armas nucleares. Devido a este fato os EUA passaram a limitar/suspender a ajuda a Coréia do Norte. Sucessivas advertências foram dadas a Coréia do Norte, com relação ao seu programa nuclear, mais de forma insistente o governo de Pyongyang decidiu levar adiante as pesquisas com o intuito de construir uma bomba atômica. Em 09/10/06, a Coréia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, desafiando assim os EUA e a comunidade internacional. Reações contrárias aconteceram em todo o mundo. O único apoio foi dado pelo presidente do Irã, que também defende o direito ao livre domínio da tecnologia nuclear. Em Dezembro de 2011 Morreu o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il O Líder da Coréia do Norte Kim Jong-il, morreu de ataque cardíaco durante viagem de trem, aos 69 anos.. Kim Jong-il estava à frente da dinastia comunista hereditária norte-coreana há 17 anos, nos quais governou com mão de ferro um regime baseado no culto à personalidade. Kim Jong-il herdou a liderança da Coreia do Norte de seu pai, Kim Il-sung. Logo depois que Kim Jong-il assumiu o poder, a Coreia do Norte enfrentou uma época de muita fome, causada por reformas econômicas que fracassaram e lavouras abaixo do esperado. Com isso, estima-se que dois milhões de pessoas tenham morrido. O regime do líder norte-coreano foi muito criticado por abusos dos direitos humanos e permaneceu isolado devido ao seu programa de armas nucleares. Durante o governo de Kim Jong-il os recursos do país foram voltados para os militares e, em 2006, a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear. Três anos depois, o país realizou o segundo teste. Em 29 de fevereiro de 2012 - A Coreia do Norte concordou em suspender os testes nucleares, enriquecimento de urânio e lançamento de mísseis de longo alcance, e permitirá que inspetores nucleares visitem seu complexo nuclear Yongbyon para verificar se a moratória foi colocada em prática. Em troca, os Estados Unidos irá mandar uma ajuda alimentícia de 240.000 toneladas métricas de assistência nutricional, e que mais ajuda poderia ser definida com base nas necessidades. . NOVO LÍDER O anúncio do acordo entre Estados Unidos e Coreia do foi o primeiro feito pelo filho de Kim Jong-il, Kim Jong-un, que sucedeu seu pai como chefe do país comunista. . ÁFRICA

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Atualidades

O continente Áfricano é hoje o principal foco de tensão do mundo, situação que decorre da forma como foi feita a sua colonização/descolonização. Acima temos dois mapas, primeiro mostra como seria o mapa da África se fosse respeitado as divisões étnicas, já o segundo mostra a atual divisão da África, determinado pelos colonizadores europeus, devido a isso podemos dizer que:

•60% das fronteiras é formado por retas ou de arcos de circunferência, evidenciando a artificialidade das fronteiras. • É possível afirmar que muitos dos conflitos étnicos que existem hoje são reflexos da partilha da África • Os Estados africanos atuais, na sua maioria, não tem unidade cultural, lingüística ou cultural. • Existem casos em que um mesmo Estado abriga várias nações ou até uma única nação dividida em dois ou mais Estados. Os principais problemas africanos hoje são: – Fome: quase metade da população vive abaixo da linha de pobreza (renda inferior a 1 dólar por dia) milhões de africanos são subnutridos ou estão morrendo de fome por inanição (principalmente crianças). – AIDS: o continente registra 72,5% do total de infectados do mundo. – Doenças: o continente é um grande foco de doenças infectocontagiosas, o que decorre da falta de infra-estrutura e saneamento básico como a cólera, febre amarela, tuberculose, DST, etc. – Guerras civis: Nigéria, Angola, Senegal, Somália, Sudão, Etiópia-Eritéia, entre outros. – Maior mortalidade infantil do mundo: (83 por mil) – Fundamentalismo religioso/cultural.

REPÚBLICA DE ANGOLA

País da costa ocidental da África, é limitado a norte e a leste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Possui também o enclave de Cabinda, que faz fronteira com a República do Congo, a norte.

Antes da colonização portuguesa no século XV (1482), a região era habitada por tribos ligadas ao Reino do Congo. Com a colonização os portugueses fundaram cidades como Luanda (1576) e Benguela (1617), base

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para o comércio de escravos. O tráfego escravo foi realizado explorando as rivalidades tribais, estima-se que cerca de dez mil escravos foram exportados anualmente de Luanda, sendo que entre os séculos XVI e XIX, cerca de 3 milhões de angolanos foram enviados como escravos para o Brasil.

Como toda a África, as fronteiras oficiais foram estabelecidas na Conferência de Berlim (1884-1885), que definiu a partilha da África entre potências européias.

A luta pela independencia de Angola, fortalece em 1961 com a formação da União dos Povos Angolanos (UPA). A luta anticolonial divide-se em três grupos que refletem diferenças étnicas e ideológicas:

1. o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), multirracial e marxista pró-URSS, com predomínio da etnia kimbundu;

2. a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), anticomunista, sustentada pelos EUA e pelo ex-Zaire, com suas bases na etnia bacongo (norte do país);

3. e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), inicialmente de orientação maoísta, mas que depois se torna anticomunista e recebe o apoio da África do Sul. Tem forte presença da etnia ovimbundus (centro e sul).

A independencia vem em 1975 (o Brasil foi o primeiro pais a reconhecer o novo Estado), mas nao a paz, pois a disputa pelo poder eclodiu entre os principais partidos de Angola e a rivalidade entre os três movimentos de libertação transforma-se em confronto armado a partir de abril de 1974, gerando uma guerra civil que assolou Angola por 27 anos. O poder político manteve-se na posse do Movimento Popular de Libertação de Angola desde 1975, embora o partido da oposição União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil. atualmente o presidente é José Eduardo dos Santos. Recentemente, em 21 de Janeiro de 2010 o parlamento angolano aprovou a primeira constituição, aprovada por 186 votos em 220 integrantes.

Hoje Angola é o maior produtor de petróleo, e exportador de diamante da África Subsaariana, mas apesar de toda riqueza a polulação vivem em situação calamitosa. A expectativa de vida no país é de 41,2 anos para os homens e de 44,3 anos para as mulheres. A taxa de fecundidade é de 6,54 (algo parecido com o Brasil de 1940, a mortalidade infantil chega a 131,9/mil nascidos vivos.

Ao norte do seu território, Angola possui o enclave de Cabinda, que responde por cerca de 65% da produção de petróleo de Angola. Em Cabinda a guerrilha separatista, Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) luta pela independência de Cabinda de Angola.

A FLEC atua na região ocupada pelos antigos reinos de Kakongo, Loango e N'Goyo . A partir de 2000 membros do grupo passaram a manter alguns cidadãos internacionais como reféns em Cabinda. Em março de 2001 a FLEC sequestrou cinco empregados portugueses de uma firma de construção civil, que foram soltos três meses depois. Em maio de 2000 a FLEC raptou três empregados estrangeiros e um local de uma empresa portuguesa, e libertou-os dois meses mais tarde. A luta pela independência, se dá dentro e fora de Cabinda; em

outubro de 2006 a FLEC solicitou à Comissão de Direitos Humanos e dos Povos da União Africana uma intervenção; o pedido ainda aguardava uma resposta em agosto de 2009. Em 08 de janeiro de 2010, a seleção de Togo (que participava da Copa Africanas de Nações) foi alvo de ataques terroristas em Cabinda. O ataque contra a seleção de Togo em Angola chamou a atenção da mídia internacional para o antigo movimento pela independência da província angolana de Cabinda.

A luta em Cabinda reporta da década de 1960,Inicialmente, os militantes lutaram contra o colonizador de Angola, Portugal, quando Angola conseguiu independência em 1975 e Cabinda foi incluída no território do país, os rebeldes da Flec continuaram a lutar, a partir de então contra o governo de Luanda. O povo de Cabinda não foi consultado em 1975 quando a província foi anexada por Angola. A região está separada do resto do país por parte do território da República Democrática do Congo.

Nenhum grupo político no território aceitou o novo status de angolano. Na verdade a Flec vê o governo de Luanda como uma força de ocupação, da mesma forma como via os portugueses.

Mas a luta é mais que territorial e étnica, o território de Cabinda é recheado de minérios. Angola é um dos dois principais produtores de petróleo da África subsaariana e tem contratos lucrativos com países como os

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Estados Unidos e a China. E cerca de 65% do petróleo angolano provem de Cabinda, o que torna improvável uma decisão do governo central de conceder a independência.

Conflito no Sudão

A guerra civil que assola o Sudão desde a independência, em 1956, já matou dois milhões de pessoas. Morticínio maior que os de Angola, Bósnia, Chechênia, Kosovo, Israel, Serra Leoa, Somália e Ruanda juntos. No mais antigo e violento conflito do mundo desde a 2ª Guerra, os rebeldes não são radicais islâmicos numa Jihad, mas sim cristãos.

Os negros africanos do Sul, na maioria cristãos e animistas - crença local que atribui uma alma aos

animais, às coisas e aos fenômenos da natureza - enfrentam os africanos árabes e islâmicos do Norte desde 1956.

A origem da guerra no Sudão remete a partilha africana, no qual os aspectos étnicos, religiosos e culturais não são respeitados pelas fronteiras políticas. Oficialmente, o Exército para a Libertação do Povo Sudanês – ELPS- luta pela criação de um Estado democrático e secular (onde o código penal não tem por base preceitos religiosos).

O grupo foi criado por Garang em 1983, quando o então presidente Gaafar Nimeiry, que chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1969, impôs a lei religiosa ao país (Sharia) e o fim da autonomia do Sul, estabelecida nos acordos de paz de 1972. Os únicos onze anos de relativa paz no Sudão, desde a independência, estavam acabados, e os resultados foram catastróficos: dois milhões de vítimas diretas e indiretas; quatro milhões de deslocados; 500 mil refugiados; e pelo menos 1,7 milhões de famintos.

Divisão do Sudão

O Sudão é um país africano que faz fronteira ao norte com o Egito, a leste com o Mar Vermelho, faz fronteira ainda com Eritéia e Etiópia e pela Etiópia, a sul pelo Quénia, R.Ddo Congo. E Uganda e a oeste pela República Centro-Africana e Chade e a líbia a Noroeste.

O Sudão foi incorporado ao mundo árabe com a expansão do islamismo no séculoVII. A parte mais ao Sul nao é islamizada. O país passa por dominio de Egito e Reino Unido e somente em 1953 obtém autonomia limitada e independência total em 1956. Maior país da África, o Sudão está em guerra civil há 46 anos. O conflito se faz entre o governo muçulmano (que introduziu a Sharia, que entre outras medidas, a lei determina a proibição de bebidas alcoólicas e punições por enforcamento ou mutilação) e guerrilheiros não-muçulmanos, baseados no sul do território. A guerra e prolongados períodos de seca já deixaram mais de 2 milhões de mortos. Atualmente Sudão é uma república autoritária onde todo o poder está nas mãos do presidente Omar Hasan Ahmad al-Bashir; ele e o seu partido estão no poder desde o golpe militar de 30 de Junho de 1989. Conflito em Darfur

Desde 2003 que a região de Darfur assiste ao extermínio da população negra, por parte da árabe; este é conhecido como o Conflito de Darfur. Segundo relatórios da ONU de 2003/02004 (nao há dados mais recentes, devido a dificuldades de pesquisas) ,milícias governamentais estava lançando ataques e bombardeios a vilarejos, e matando civis com base na etnia, cometendo estupros, roubando bens, terras e gado. Mais de 2,5 milhões de civis foram deslocados, e mais de 2 milhoes foram dizimados.

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Em maio de 2006 o governo sudanês e o principal grupo rebelde do país, o Movimento de Libertação do Sudão - MLS - assinaram o Acordo de Paz de Darfur, que tentava pôr fim ao conflito .

A população de Darfur é predominantemente negra e de religião muçulmana, enquanto a milícia do governo -Janjawid- é predominantemente árabe negra. A maioria dos etnicamente árabes de Darfur permanece longe do conflito. O Tribunal Penal Internacional já expediu um mandado internacional de prisão contra Bashir –presidente do Suldao-, acusando-o de crimes de guerra e genocídio em Darfur.

Referendo decide pela criação do país Sudão do Sul O resultado final do referendo sobre a separação entre norte e sul do Sudão, mostrou que 98,83% dos

eleitores votaram pela criação de um novo país no sul. Na capital sudanesa, Cartum, autoridades do país revelaram que, dos 3.837.406 votos válidos, apenas 44.888 votos, ou 1,17%, foram a favor de manter a unidade sudanesa.

O referendo realizado em janeiro de 2011 estava previsto em um acordo de paz de 2005 que encerrou décadas de guerra civil entre o norte do Sudão (de maioria árabe e muçulmana) e o sul (de população negra, majoritariamente cristã e animista).

O sul concentra grande parte das riquezas petrolíferas do Sudão, enquanto a infraestrutura se concentra no norte. Ainda há questões a serem resolvidas, como a demarcação de fronteiras e a posse da região petrolífera de Abyei.

Afastando os temores de um reinício do conflito, o presidente do Sudão, Omar Hassan al Bashir, disse pela TV, antes da divulgação oficial, que aceitaria o resultado da votação, porque "ela representa a vontade do povo sulista." Bashir havia feito campanha contra a secessão, e surpreendeu analistas pela rapidez em aceitar o resultado.

Sudão do Sul

Desde as 0h de sábado de 09 de julho, o Sudão

do Sul é oficialmente independente. Milhares de

pessoas celebraram na capital Juba o nascimento da

nova nação africana. Apesar de ser rico em petróleo,

o Sudão do Sul nasce como um dos países mais

pobres do mundo, com altas taxas de mortalidade

materna, a maioria das crianças fora da escola e um

índice alto de analfabetismo que entre as mulheres

chega a 84%. No Sudão do Sul estão 75% das reservas

de petróleo do antigo Sudão, localizadas sobretudo na

região de Abyei. Porém, é no norte que se encontram os oleodutos e os portos.

Costa do Marfim

A história da Costa do Marfim anterior aos primeiros contatos com os europeus é quase desconhecida. Esses primeiros contatos, feitos no século XVI, limitaram-se aos missionários religiosos. A cultura neolítica então existente pe mal conhecida, em razão da falta de achados arqueológicos.

As populações do territorio que hoje constitue a Costa do Marfim estiveram política e socialmente isoladas até épocas muito recentes.Os exploradores portugueses chegaram no século XVe iniciaram o comércio de marfim e escravos do litoral. No final do século, os franceses fundaram os entrepostos de Assini e Grand-Bassam e, no século XIX, celebraram uma política de pactos com os

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Atualidades

chefes locais com o objetivo de estabelecer uma colônia. Em 1887 iniciou-se a penetração para o interior. A região se tornou uma colônia autônoma em 1893. Em 1899, passou a fazer parte da Federação da África Ocidental Francesa.

Em 1958, foi proclamada a República da Costa do Marfim, como república autônoma dentro da Comunidade Francesa e, em 1960, alcançou a independência plena. Foi eleito presidente Félix Houphouët-Boigny, líder do Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire--Rassemblement Démocratique Africain, que até 1990, foi a única agremiação política legal no país. Com um alinhamento político pró-ocidental, a Costa do Marfim esteve em foco na década de 1970, ao tentar intervir pela via das negociações na resolução do apartheid na África do Sul.

As eleições de 1990, a primeira em que houve uma disputa real pelo poder, foram disputadas por todos os partidos políticos já legalizados, tendo o presidente Houphouët-Boigny sido reeleito para um sétimo mandato e se manteve no poder desde a independência até dezembro de 1993, quando faleceu.

Em 2000, Laurent Gbagbo, líder histórico da oposição, foi eleito presidete da República, derrotando Robert Gueï. Entre 2002 ocorreu uma Guerra civil da Costa do Marfim , tendo focos rebeldes assumido o controle do Norte e do Oeste do país. A ONU enviou 10.000 boinas azuis (Forças de Paz da ONU). Um acordo de paz diminuiu o poder de Laurent Gbagbo, mas a situação política permaneceu instável. Em 2003, após o cessar-fogo, estabeleceu-se um governo de união nacional, mas continuaram os confrontos políticos e militares. Em 2005, o mandato do presidente Gbagbo é prorrogado pelo máximo de um ano (um governo de transição é encarregado de organizar eleições). Mas a situação política e militar permaneceu caótica. Gbagbo, entretanto, manteve-se no poder por mais alguns anos devido a atrasos na convocação do pleito pela guerra civil, que dividiu o país entre o sul, leal ao governo, e o norte, controlado pelas Forças Novas de Guillaume Soro.

A eleição presidencial, adiada por cinco anos, ocorreu em fim 2010. A primeira eleição do país em uma década tinha como objetivo restaurar a estabilidade e fortalecer a união do país africano, maior produtor mundial de cacau.

A Comissão Eleitoral, declarou que o oposicionista Alassane Ouattara, ex-funcionário do FMI, venceu o segundo turno das eleições no país com 54,1% dos votos contra o atual presidente Laurent Gbagbo (45,9% dos votos), mas a entidade responsável por ratificar o resultado disse que o anúncio era ilegal. Logo depois do anúncio da comissão eleitoral, o presidente do Conselho Constitucional do país, o governista Paul Yao N'dre, afirmou em entrevista coletiva que a comissão eleitoral teria deixado expirar o prazo para a validação obrigatória dos resultados provisórios, motivo pelo qual caberia ao mais alto órgão legal do país decidir sobre o resultado. O presidente Laurent Gbagbo alegou que teria havido fraude a favor de seu rival no norte do país. O Conselho Constitucional reverteu a decisão da comissão eleitoral da Costa do Marfim, declarando Gbagbo vencedor. A comunidade internacional, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, entretanto, reconheceram a vitória de Alassane Ouattara.

divergencia politica reflete na verdade a divisão étnica do país, pois a Costa do Marfim, tem duas grandes divisões étnicas. O norte, reduto de Alassane Ouattara, é predominantemente muçulmano, enquanto o sul, região de Gbagbo, tem população cristã e adepta de cultos africanos.

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Há uma década no poder, Gbagbo é acusado pelos muçulmanos de discriminação. Sua recusa em transferir o poder a Ouattara acabou dividindo o país e reavivando a guerra civil, que durou de 2002 a 2003.

Desde então, tropas da ONU e do Exército da França permanecem no país. Considerada uma das nações mais prósperas da África ocidental, sobretudo por ser o maior produtor mundial de cacau, a Costa do Marfim também registra impacto na sua economia. O aumento da tensão fez as fronteiras do país serem fechadas, dificultando as exportações.

A ONU e a comunidade internacional pediram, em varias ocasiões, a saída de Gbagbo. A União Africana chegou a ameaçar o país de intervenção, caso o presidente não deixasse o poder. Com apoio internacional, Ouattara organizou um Exército rebelde, e passou a ocupar o país até tomarem a capital política, Yamoussoukro e chegaram a Abdijã, a maior cidade do país e antiga capital, reduto de Gbagbo. Enfraquecido, Gbagbo perdeu o apoio de vários oficiais do Exército, que passaram a apoiar Ouattara. No Inicio de Abril de 2011, Laurent Gbagbo, foi preso pelas forças leais ao sucessor dele, Alassane Ouattara. Laurent Gbagbo foi detido pelas Forças Republicanas da Costa do Marfim e conduzido ao Hotel Golfl. A prisão de Gbagbo ocorreu depois de mais um ataque das forças das Nações Unidas e da França contra a residência oficial onde ele e a familia estavam abrigados. Xenofobia na África do Sul com linchamentos

Centenas de estrangeiros residentes na África do Sul foram obrigados a refugiar-se em comissariados da polícia ante a violência desencadeada contra eles e da qual resultou na morte de pelo menos dez pessoas. A campanha de linchamento e perseguição de estrangeiros está centrada no bairro de Alexandra, na cidade de Johanesburgo.

Imigrantes oriundos de países vizinhos são cercados por homens levando armas e barras de ferro e gritando "expulsem os estrangeiros". Imigrantes do Zimbábue, Moçambique e Malauí estão fugindo para outras cidades.

A imigração para a África do Sul tem se intensificado desde o fim do apartheid, milhões de imigrantes se dirigiram ao país em busca de trabalho e proteção. Mas eles acabaram sendo considerados por muitos

como responsáveis por alguns dos problemas sociais da África do Sul, como a alta taxa de desemprego, a falta de moradia e um dos níveis de criminalidade mais altos do mundo. Pirataria no século XXI Entenda os ataques de piratas na Somália

Localizada numa região denominada Chifre da África, a Somália vive a 15 anos uma guerra civil. Guerra civil provocada pela forma como se deu a colonização e a descolonização do continente africano, onde tribos rivais

foram estabelecidas dentro de um território artificial. A situação ainda fica pior com a seca que assola a região. A Somália na verdade é um país fragmentado em clãs, que lutam pelo poder, numa terra sem lei, ordem e com muita miséria e fome. Nesse cenário de um país sem governo, a pirataria explode, juntamente com uma tragédia humanitária, que em 2008 recaiu sobre a Somália, se transformando na mais grave de todo o continente, onde falta comida

para mais de 1,5 milhão de refugiados, e para piorar, poucos grupos conseguem atender a região, devido a grande violência.

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A pirataria explodiu na costa somali em 2008, ano em que o Birô Maritimo Internacional contabilou 95 ataques no Golfo de Aden, perto do Canal de Suez. As recentes capturas de navios de grande porte por piratas da Somália chamaram a atenção para o problema que atinge a região conhecida como Chifre da África. Trata-se de uma das mais importantes vias de navegação do mundo e também a mais perigosa, com 30% de todos os ataques de piratas do planeta.

Os piratas são muito eficientes no que fazem. Eles administram operações sofisticadas, usando os mais modernos equipamentos de alta tecnologia, como telefones por satélite e aparelhos de GPS.

Eles também possuem armamentos como lança-granadas e rifles AK-47, e contam com a ajuda de contatos posicionados em portos do Golfo de Áden (entre a Somália e o Iêmen), que os avisam sobre a movimentação dos navios.

Os piratas então conduzem a embarcação capturada até o porto de Eyl, na Somália, o centro das operações da pirataria. Ali, eles geralmente desembarcam os reféns, que são mantidos até o pagamento de um resgate. A situação é tão dramática que em dezembro de 2008, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução autorizando os países a perseguir os piratas somalis também em terra --uma extensão para a permissão que os países já têm para entrar em águas territoriais somalis para perseguir os piratas. Mas enquanto a Somália não tiver um governo efetivo, muitos acreditam que a "vida sem lei" que impera no país e em suas águas só tende a crescer. * ECONOMIA MUNDIAL O Liberalismo e o Neoliberalismo

O liberalismo econômico é o pensamento econômico da filosofia Iluminista, surgida no século XVIII. Os

liberais contestavam o mercantilismo e defendiam os princípios burgueses: propriedade privada, individualismo econômico, liberdade de comércio e de produção, respeito às leis naturais da economia, liberdade de contrato de trabalho (salários e jornada) sem controle do Estado ou pressão dos sindicatos. Seus teóricos eram os ferrenhos defensores da economia de mercado. O era Lema: Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui même(deixar fazer, deixar passar, o mundo anda por si mesmo)

O que diferencia essencialmente o velho liberalismo do novo liberalismo é que o antigo praticamente não tinha regras e o novo, apesar de condenar a interferência externa, é mais sensível à regulamentação. Revolução Industrial

A Revolução Industrial se pautou nas idéias liberais durante o seu desenvolvimento. Isso durou de 1760 a 1929. Quando houve o CRACK da bolsa de Nova York, a maior crise pela qual passou o capitalismo mundial. Nessa época, o liberalismo foi substituído pelo keynesianismo, até o final da II Guerra Mundial, quando voltou a ser o paradigma da economia mundial, ressurgindo com o nome de neoliberalismo. O liberalismo econômico e a crise de 1929

Foram o excesso do liberalismo econômico e a não-intervenção estatal que propiciaram a crise de superprodução que levou o capitalismo a sua quase falência em 1929.

O único país que não foi atingido pela crise foi a URSS, que estava com a sua economia fechada, planificada e controlada pelo Estado, devido à Revolução Bolchevique de 1917 ter adotado o sistema socialista de governo. Dessa forma o país apresentava índices de industrialização e emprego crescentes, enquanto nos países capitalistas o desemprego passava de 25%, em média.

A URSS passou a servir de modelo para os trabalhadores desempregados dos países em crise e os capitalistas tiveram que abandonar a ideologia liberal e adotar um novo modelo econômico.

O New Deal (novo pacto)

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Dez mandamentos do neoliberalismo i) disciplina fiscal; ii) reorientação dos gastos públicos; iii) reforma tributária; iv) liberalização financeira; v) taxas de câmbio unificadas; vi) taxas de câmbio competitivas; vii) liberalização do comércio; viii) abertura para o financiamento externo direto; ix) privatização; e x) desregulamentação.

10 maiores PIB Bilhões de US$

1 EUA 14,624,184

2 China 5,745,133

3 Japão 5,390,897

4 Alemanha 3,305,898

5 França 2,855,439

6 Brasil 2,658,565

7 Reino Unido 2,236,687

8 Italia 2,023,528

9 Canadá 1,563,664

10 Rússia 1,476,912

11 India 1,430,020

Baseado nas idéias do economista britânico John Maynard Keynes, o Presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, adotou um plano para solucionar a crise cujos principais pontos eram:

- retorno do Estado para a economia, inclusive exercendo um papel fiscalizador dos fluxos de capitais (dirigismo estatal);

- financiamentos ou refinanciamento para as empresas investirem e se recuperarem; - suspensão temporária de hipotecas agrícolas.

- criação de empregos através da construção de grandes obras públicas, como hidrelétricas e estradas; - concessão de vantagens aos trabalhadores, como direitos trabalhistas, melhores condições de trabalho,

oferecer lazer e assistência à saúde, enfim, criar uma política de bem-estar social (Welfare state), para acalmar a revolta dos proletários evitando a expansão dos ideais comunistas; O New Deal levou os EUA a recuperar a sua economia aos patamares de 1929 dentro dos 10 anos que se

seguiram às medidas adotadas para conter a crise. Outro fator que trouxe ainda mais prosperidade aos EUA foi o início da II guerra mundial (1939-1945). Com a destruição do parque industrial europeu, os EUA passaram a ser o maior fornecedor de produtos

industrializados e de material bélico para os países em conflito, tornando-se, dessa forma, a maior potência industrial e econômica do planeta após o fim da guerra.

Após a guerra, a Europa encontrava-se devastada e seu parque industrial, bem como a infra-estrutura (portos, estradas, ferrovias, etc) destruídos pelos bombardeios dos seis anos de guerra. Era necessário reconstruir tudo.

Em 1944, quando a guerra estava praticamente definida em favor dos países aliados, eles se reuniram na Conferência de Bretton Woods, em New Hempshire, EUA, para definir os destinos da economia mundial no pós-guerra. Pretendiam encontrar meios de promover uma nova ordem econômica que fosse capaz de assegurar um sistema comercial global mais justo com vistas a assegurar uma paz duradoura, uma vez que a primeira e segunda guerras mundiais tiveram como pano de fundo disputas de mercado. PEQUENO MANUAL PARA ENTENDER A ECONOMIA. O QUE É O QUE É? O que é Consenso de Washington? Consenso de Washington foi uma expressão criada em 1989 pelo economista inglês John Williamson, ex-funcionario do Banco Mudial

e do Fundo Monetário (FMI), quando listou dez políticas econômicas que o governo dos Estados Unidos preconizava para os países da América Latina. Os dez mandamentos do neoliberalismo foi apresentado numa conferencia do Institute for International Economics (IEE), em Washington e por decisão do Congresso norte-americano essas medidas foram adotadas depois como políticas impositivas no momento de renegociação das dividas externas dos países latinos-americanos. Com essas políticas impositivas do faça o que eu digo e não faça o que eu faço, passou-se a exigir reformas dos governos desses países, especialmente centradas na abertura das economias nacionais ao capital financeiro internacional e na redução das restrições à livre circulação de mercadorias e investimentos.

O que é Superávit primário?

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Superávit primário ocorre quando as receitas superam as despesas (ou seja, quando sobra dinheiro em caixa). No orçamento do governo federal a expressão superávit primário trata das receitas e das despesas correntes, excluindo empréstimos e pagamento dos juros da dívida. No superávit estão apenas as receitas próprias do Estado – taxas, contribuições, serviços impostos – e as despesas com a função pública – serviços, repasses, funcionalismo e aposentadorias. O que é PIB? Produto Interno Bruto é tudo que um país produz no decorrer de um ano, ou seja, é o conjunto de riquezas geradas pela economia em seus três setores: agropecuário (primário), industrial (secundário) e prestação de bens e serviços (terciário). O que é PNB? O Produto Nacional Bruto são todos os resultados financeiros obtidos no exterior por agentes econômicos nacionais , mais o que foi produzido internamente descontado as remessas de lucro do capital externo e o salário dos estrangeiros dentro do território nacional. O que é Risco-país? É um índice criado pelas agências internacionais especializada em calcular qual é a segurança do investidor em aplicar o dinheiro em um determinado país. Falando em português claro, é o risco que um investido tem de levar o “calote”. Quando um investidor compra títulos de um país, ele corre o risco de não receber dinheiro no futuro. E quanto mais alto for esse risco maior será os juros oferecidos pelos governos para atrair investidores. O que é Déficit orçamentário? Déficit orçamentário acontece quando um governo gasta mais do que arrecada. O que é Balança Comercial?

Balança comercial é o saldo das operações de exportação deduzido as importações. Se o saldo obtido for positivo, ou seja, quando o volume exportado for maior que o importado, tem-se então o superávit, mais se a situação se inverter, e o saldo for negativo, tem-se o déficit na balança comercial. O Brasil nos últimos 10 anos bateu sucessivos recordes na balança comercial, em 2003 o saldo foi US$ 24,985 bilhões, em 2004 foi de US$ 33,7 bilhões, em 2005 o

recorde alcançou a cifra de US$ 44,7 bilhões e em 2006 bateu novamente Recorde chegando a US$ 46,4bilhões. Em 2007 o saldo foi de US$ 40,03 bilhões, Em 2008 o superávit caiu para US$24 bilhoes, valor que praticamente se repetiu em 2009 e 2010 O que é Deflação?

É a variação negativa dos preços da economia. Significa que a produção e o consumo decrescentes de bens e serviços produzidos num país. O que é economia informal? É a atividade econômica realizada sem registros formais, ou seja, trabalhadores sem carteira assinada, comerciantes, camelôs, prestadores de serviços que trabalham, compram e vendem sem pagar impostos. O que é G-7 ou G7+1 ou G-8?

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FMI O Fundo Monetário Internacional é uma organização internacional que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo monitoramento das taxas de câmbio e da balança de pagamentos, através de assistência técnica e financeira. Sua criação se deve após a 2ª Guerra Mundial em julho de 1944, e sua sede é em Washington-EUA. Atualmente conta com mais de 187 nações. BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento: proporciona empréstimos e assistência para o desenvolvimento a países de rendas médias com bons antecedentes de crédito BID Banco Interamericano de Desenvolvimento é uma organização financeira internacional com sede na cidade de Washington, E.U.A, e criada no ano de 1959 com o propósito de financiar projetos viáveis de desenvolvimento econômico, social e institucional e promover a integração comercial regional na área da América Latina e o Caribe.

Após a crise do petróleo em 1973, os governos dos EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, e Itália foram convidados para uma conversa em 1975 com o presidente da França. Em 1976 o Canadá aderiu a esse grupo que reunia as nações mais ricas do planeta. O até então G-7, em 1998 virou G-8 com a entrada da Federação Russa, que não está entre os mais ricos, mas é um país estratégico no mundo atual, sobretudo devido ao seu poderio bélico. O G-8 define posições sobre a economia mundial, e o entendimento entre os seus membros é fundamental para o funcionamento das diversas organizações multilaterais no mundo, como: Fundo Monetário Mundial e o Banco Mundial.

O que é G20? Criado em 1999, o G-20 reúne os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais de 19 países: Argentina, Austrália, Alemanha, Arábia Saudita, , África do, Sul, Brasil, Canadá, China, , Coreia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, , Reino Unido, Turquia, além da União Europeia, representada no grupo pelo presidência rotativa de seu Conselho e pelo Banco Central Europeu.

G20 é um fórum que promove uma discussão aberta e construtiva entre os países industrializados e emergentes a respeito de assuntos-chave relacionados à estabilidade da economia global. Os países que formam o G20 são responsáveis por mais de 80% da economia mundial.

O G-20 foi criado como resposta às crises financeiras do fim do anos 1990.

O que é G-21? É um grupo de países que se reuniram em 2003 em Cancun, no México para a reunião da Organização Mundial do Comercio (OMC). Esse bloco de países, liderados pelo Brasil, ficou conhecido como G-21 por agrupar alem do Brasil, mais 12 países Latino-americanos (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru e Venezuela), 07 países asiáticos (China, Índia, Filipinas, Tailândia, Paquistão, Malásia e Turquia) e a África do Sul. A finalidade do G-21 é buscar melhores condições para o comércio de produtos agrícolas das nações em desenvolvimento, lutando contra o subsidio agrário promovido pelos países ricos. O que é BRIC´s – agora BRICS? A expressão BRIC foi criada em 2001 pelo economista Jim O´Neil para agrupar os quatro mais importantes países emergentes (Brasil, Rússia, índia e China). Segundo o estudo inicial que cunhou a expressão, em 2050 o BRIC poderá representar a maior força econômica do planeta. Em dezembro de 2010 a Africa do Sul solicitou ingresso no BRIC. O Brasil já parabenizou o governo Sulafricano, mas a primeira reunião dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e agora a Soul África) foi realizada em abril de 2011 na China.

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O que é PIIGS? A sigla PIIGS, em inglês, foi criado como referencia ao endividamento das economias de Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (Spain, em Inglês). São os países da União Européia mais afetados pela crise econômica que estourou com a explosão da bolha imobiliária nos EUA. O grande problema desses países é a sua divida publica. Como são países participantes da zona do EURO não é possível o governo lançar mão da estratégia de desvalorizar a moeda para baratear sua divida e então quitá-las. PARA OS MAIORES DE 30 anos de IDADE (crescemos ouvindo dizer que nossa dívida era impagável) Acredite se quiser, mas é verdade: Matamos a Dívida Externa.

A noticia em questão foi divulgada pelo site do Banco Central (www.bcb.gov.br) e revelou que o Brasil tornou-se credor externo, “fato inédito em nossa história. Chegamos a esse resultado da seguinte forma: soma-se a Dívida Externa Total (pública e privada, DET) e se subtrai dela o “ativo” do país no exterior, que são basicamente as reservas internacionais do BC. Chega-se, assim, à Dívida Externa Total Líquida (DETL).

Em 2003, essa DETL era de US$ 165 bilhões - era isso que o governo e as empresas privadas deviam liquidamente no exterior.

Em janeiro de 2008, Banco Central informou que a DELT deve ter chegado a “menos US$ 4 bilhões”, ou seja, não é mais Dívida, mas um crédito externo líquido de US$ 4 bilhões. É por isso que o Brasil passou pela crise internacional. Há uma crise de crédito e o Brasil não precisou de crédito.

Hoje a Dívida Externa Total (Pública+privada) soma-se +ou - US$ 225 bilhões, enquanto as reservas cambiais já atingem marca superior a US$ 300 bilhões (outubro de 2010); sendo que a Divida Externa Pública é de US$ 75 bilhões e a Dívida Externa Privada de US$ 150 bilhões.

Como chegamos a isso?

Estabilidade macroeconômica longamente construída, ou seja, o mérito não é só do governo Lula, avanços no mercado financeiro, atraindo investidores externos para negócios, bolsa e títulos de renda fixa do governo; fantástico cenário internacional, com crescimento real (e o aumento do comércio externo) e liquidez (dinheiro sobrando para investimentos nos países emergentes); ótimo desempenho das exportações. Em resumo, ortodoxia econômica, empresas preparadas para exportar e a sorte de um extraordinário ambiente internacional no período 2003/07. O mundo, agora, está desacelerando, mas o Brasil já construiu bons fundamentos.

Brasil tem 6º maior PIB do mundo

O Brasil ultrapassou o Reino Unido e já é a sexta maior economia do mundo. O Produto Interno Bruto

(PIB) brasileiro — soma de todos os bens e serviços produzidos — projetado pelo Centro de Pesquisas para

Economia e Negócios (CEBR), sediado em Londres, chegará a US$ 2,52 trilhões este ano. À frente do Brasil estão

França, Alemanha, Japão, China e Estados Unidos, o primeiro colocado. O ministro da Fazenda, Guido Mantega,

afirmou que o país ainda levará de 10 a 20 anos para atingir o padrão de vida europeu, mas garantiu que

passará logo a França e a Alemanha, que estão com suas economias “em marcha lenta”. O PIB francês calculado

pelo grupo inglês é de US$ 2,8 trilhões em 2011. No ano passado, a economia brasileira já havia passado à

frente da Itália, que permanece na oitava posição.

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A renda per capita do brasileiro (resultado do PIB dividido pela população) de US$ 10,7 mil, em

2010, ainda está muito longe da dos súditos da rainha Elizabeth II. Corresponde a 29%, menos de um terço da

renda per capita do britânico, de US$ 36,2 mil, conforme dados de um estudo recente do banco Goldman Sachs.

Mesmo figurando entre as maiores economias do planeta, o Brasil ainda está na lista da vergonha no Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU). No ranking com 187 países liderado

pela Noruega, o país figura na 84ª colocação, atrás de vizinhos latino-americanos, como Chile, Argentina,

México, Bahamas, Panamá e Venezuela.

O que é Conselho de Política Monetária (COPOM)?

È um comitê composto pelo presidente e os diretores do Banco Central (BC), que se reúne a cada 45 dias

para definir a taxa básica de juros, a conhecida SELIC. O objetivo das mudanças nos juros é o cumprimento das metas de inflação, definidas pelo governo. Mas a

decisão do BC sobre a taxa de juros é soberana, ou seja, não há necessidade da aprovação do Presidente da República nem tão pouco do Ministro da Fazenda. Nove passos para entender a Crise Financeira Mundial de forma resumida Entenda as circunstâncias da Crise econômica nas bolsas do mundo inteiro e no Brasil. 1º - A venda e casas nos EUA é uma das atividades mais importantes da economia do país. 2º - Esse setor vem enfrentado crises, e em junho de 2008, as vendas de imóveis caíram mais que o triplo do previsto. 3º - Aumentou o numero de inadimplentes, e as hipotecas começaram a serem executadas. 4º - Com medo os bancos dificultam novos empréstimos. Isso faz cair o número de compradores, o que agrava a crise. 5º- Os preços de Imóveis cairiam sistematicamente 6º - O problema afetou o nível de emprego e consumo, causando uma recessão na economia dos EUA. 7º - Como os EUA estão entre os maiores consumidores, todo o mundo é afetado. Países que exportam para os EUA, como o Brasil passou a vender menos. 8º - Além disso, há o efeito financeiro. Ações valorizadas das construtoras dos EUA foram compradas por fundo de investimento. 9º Se essas construtoras quebram ou suas ações perdem valor, esses fundos perdem dinheiro. Por isso eles vendem os papeis e fazem as bolsas caírem. Entenda a crise econômica mundial A crise da dívida em países na zona do euro que assusta o mundo é apenas parte da crise econômica mundial. Pois na verdade a crise européia não é uma nova crise mundial, mas sim, a mesma que teve início em 2008. Basicamente, os problemas começaram porque as instituições financeiras emprestaram dinheiro demais para quem não podia pagar. Isso levou à falência de bancos e à intervenção governamental para evitar o colapso do sistema financeiro e uma recessão mais aguda. Mas para salvar a economia os governos dos mais diversos países se viram obrigados a injetar recursos em bancos e até em empresas,mas para isso os governos aumentaram seus gastos, em um momento em que a economia mundial seguia encolhendo. O que resultou no aprofundamento do déficit público, que em muitos países já era bastante elevado. Na Grécia, por exemplo, a crise de 2008 ajudou a exacerbar os desequilíbrios fiscais que o país já apresentava desde sua entrada na zona do euro.

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Mas a crise européia já vinha sendo discutida nos mercados financeiros a quase dois anos. Mas foi nos últimos meses que o problema veio à tona com mais intensidade e se tornou um dos maiores desafios que o bloco já enfrentou desde a adoção do euro em 2002. Além da Grécia, países como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha sofrem os efeitos do endividamento descontrolado e buscam apoio financeiro da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional. Mas para receber ajuda, no entanto, precisam adotar medidas de “austeridade fiscal” que, na prática, significam enxugar os gastos públicos, por meio do corte de benefícios sociais e empregos, por exemplo, e elevar a arrecadação por meio de impostos. Enquanto isso, nos Estados Unidos o déficit público americano já vinha crescendo vertiginosamente nos anos 2000, devido principalmente aos gastos exorbitantes com a guerra do Iraque, em 2003, e às perdas causadas pelo furacão Katrina, em 2005. O resultado é que a dívida saiu de controle. Nos últimos meses, essa situação criou a necessidade de elevar o limite de endividamento público do país, para evitar que fosse decretado um calote. Isso levou a um prolongado embate político entre democratas e republicanos, que gerou enorme estresse nos mercados financeiros e levou a agência de classificação de risco S&P a rebaixar a nota de crédito americana no começo de agosto de 2011. Com isso Mundo mostra sinais claros de desaceleração no ritmo de atividade econômica. E o Brasil não está imune.Segundo a OCDE, o nosso país mostra os sinais claros de esfriamento da atividade. Na avaliação do Banco Central brasileiro, “observa-se moderação do ritmo de atividade” do País, mas a economia “ainda continuará sendo favorecida pela demanda interna". Entenda a crise da dívida dos EUA O governo dos Estados Unidos correu contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Em 2 de agosto, data limite, o Congresso dos EUA aprovou a ampliação do limite de dívida pública permitido ao governo pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio de 2011, a dívida pública dos EUA chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei (nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso). O que é a dívida dos EUA? Os países – inclusive o Brasil – para financiar suas atividades, como pagamento de funcionários, fundos de previdência, desenvolvimento e crescimento do país. Esses títulos são respaldados pelo governo. Nos EUA, os títulos são conhecidos como Treasuries, comprados por investidores do mercado financeiro que são remunerados com juros: os títulos dos EUA são considerados os mais seguros do mundo. Isso lógico, atraem investidores do mundo todo. Seja pessoa física, jurídica ou mesmo países. Quem são os principais credores dos EUA? Brasil, China, Japão, Reino Unido e os países exportadores de petróleo estão entre os maiores credores estrangeiros que detêm 32% dos títulos da dívida pública dos Estados Unidos. Segundo os números do Departamento do Tesouro, a dívida pendente dos EUA somava, no último dia 30 de junho de 2011, US$ 14,3 trilhões, sendo que US$ 4,6 trilhões eram “pastas intergovernamentais” e US$ 9,7 trilhões são papeis que estão nas mãos dos investidores. Os maiores credores dos EUA são: China (1,1 trilhão), Japão (US$ 882,3 bilhões), Reino Unido (US$ 272,1 bilhões), exportadores de petróleo(US$ 211,9 bilhões) e acredite, o BRASIL (US$ 187 bilhões). Outros grandes detentores de bônus e títulos da dívida americana são os bancos radicados no Caribe, que acumulam títulos no valor de US$ 169 bilhões, Taiwan com US$ 155 bilhões, Rússia com US$ 151 bilhões, Hong Kong com US$ 135 bilhões e Suíça com US$ 107 bilhões. Qual a razão do endividamento dos EUA? O endividamento dos EUA reflete os efeitos da “ressaca” da crise financeira desencadeada em 2008 pela quebra do banco Lehman Brothers. Isso porque, em tempos de recessão, um país precisa de mais dinheiro para estimular a economia. Os EUA, emitiram papéis para ter dinheiro para evitar a falência de empresas e

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bancos, pagar benefícios sociais como seguro-desemprego,etc. Essa atitudes endividou não só os EUA, mas outros países que hoje enfrentam problemas com a dívida: Grécia, Irlanda, Espanha e Itália (PIIGS) por exemplo. Vale lembrar que os EUA também gastaram muito dinheiro para financiar guerras e ações militares(guerra do Golfo I e II, caçada a Bin Laden, ataques ao Afeganistão- mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,1 bilhões) por semana aos cofres americanos Entenda os pontos mais importantes das negociações. Desde 1917 (data em que foi estabelecido um limite legal para o endividamento do país). Disputas ocorrem no congresso, principalmente próximo as eleições. Para aumentar o limite da dívida a oposição republicana, exige cortes maiores no orçamento americano dos que os desejados por Obama, coretes esses que afetariam os benefícios sociais, o que acarreta a queda de popularidade de Obama, que está prestes a começar uma campanha para reeleição. O que aconteceria se o teto da dívida não tivesse sido elevado? O governo federal tem cerca de US$ 306,7 bilhões em obrigações a pagar no mês de agosto, a partir do dia 3. Esperavas-se arrecadar no mesmo período US$ 172,4 bilhões. Assim sendo o governo teria que priorizar pagamentos e arcar apenas com os juros da dívida. E os cortes viriam principalmente nos planos de assistência médica Medicare e Medicaid, a previdência social, seguro desemprego e contratos de defesa. Sem cortes nesses setores, não haverá dinheiro para manter as próprias estruturas de governo, como departamentos de Justiça, Comércio e Trabalho; pagar salários, exército, programas educacionais e de moradia para as classes mais baixas. Acordo fechado Os líderes do Congresso e da Casa Branca chegaram a um acordo para aumentar o teto da dívida e evitar portanto que o país entrasse em moratória pela primeira vez em sua história. ELEVAÇÃO DO TETO DA DÍVIDA O teto da dívida teve seu valor elevado em US$ 2,1 trilhões. Isto garante que o limite não deverá aumentar de novo até 2013, para evitar novas lutas bipartidárias no lance final da campanha pelas eleições de 2012 e não prejudicar a recuperação econômica. Mas O acordo impõe imediatamente um corte do deficit no valor de US$ 1 trilhão. Um novo comitê bipartidário no Congresso se encarregará de apresentar, antes do Dia de Ação de Graças, no final de novembro, um plano complementar que reduza o deficit em US$ 1,5 trilhão adicionais durante os próximos dez anos e o Congresso deverá votá-los antes do dia 23 de dezembro de 2011. O acordo inclui um mecanismo para assegurar que antes de 2013 se consiga pelo menos uma redução do deficit de US$ 1,2 trilhão. CORTES ORÇAMENTÁRIOS Os cortes orçamentários visa uma economia de mais de US$ 900 bilhões ao longo de uma década em despesas domésticas não imprescindíveis --dividido entre programas civis e de Defesa. O plano reduzirá a despesa doméstica anual ao nível mais baixo desde a Presidência de Dwight Eisenhower (1953-1961). A proposta inclui um corte de US$ 350 bilhões ao orçamento base de Defesa, que representa o primeiro golpe aos cofres do Pentágono desde os anos 90 e que será implementado de acordo com uma revisão das missões dos Estados Unidos. Por que as bolsas caíram no mundo todo? O principal motivo para a queda generalizada das bolsas de valores é a desconfiança sobre o futuro das economias dos Estados Unidos e de alguns países da União Europeia – como Itália, Espanha, Grécia, Irlanda e

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Portugal (PIIGS). Como esses países enfrentam crises internas, principalmente por causa da dificuldade de arcar com o pagamento de gastos públicos - seja com o salário dos funcionários, seja com dívidas com fornecedores do próprio país ou ainda com débitos em aberto com empresas estrangeiras e com outras nações. Os investidores ficam com um pé atrás na hora de aplicar na bolsa porque temem que essas turbulências respinguem em economias mundiais. Caiu a classificação dos EUA Pela primeira vez uma agência de classificação de risco Standart & Poor’s rebaixou títulos do Tesouro dos Estados Unidos (conhecidos como treasuries) de “AAA” para “AA+”. O diretor-gerente e presidente do comitê de rating soberano da S&P, John Chambers, afirmou que existe uma em três chances de haver um novo rebaixamento da nota de crédito dos EUA nos próximos seis meses a dois anos. A decisão da agência causou constrangimentos à gestão do presidente americano, Barack Obama, e pode aumentar o custo de empréstimos governamentais. E o Brasil de acordo com números do Banco Central, as reservas brasileiras fecharam o mês de julho em mais de US$ 350 bilhões, dos quais 87,42% das divisas internacionais, são atrelados aos títulos soberanos dos EUA. No caso da China, o prejuízo seria ainda maior, uma vez que o país asiático é o maior credor dos Estados Unidos, com títulos no valor de US$ 1,16 trilhão, de acordo com o próprio Tesouro norte-americano. Os títulos do Tesouro americano, que ocupava o posto de referência internacional em excelência de ativo, agora tem um punhado de países (Alemanha, Canadá, Suíça, Holanda, Áustria etc) com uma dívida melhor. A perda do primeiro “A” equivale a admitir que passou a haver certo risco de calote da principal economia do mundo. Esta é consequência da insustentabilidade técnica da dívida do Tesouro americano, agora acima de US$ 14,3 trilhões, e da velocidade com que vai crescendo. O que a S&P alega é que a atual equação entre receitas e despesas públicas do governo federal dos EUA não garante plena capacidade de que a dívida seja honrada. Fórum Econômico Mundial – DAVOS O Fórum Mundial de Davos é um encontro anual que reúne os principais líderes da economia mundial, (empresários, ministros da Economia, presidentes de Banco Centrais, diretores do FMI, Banco Mundial e organismos internacionais) na cidade suíça de Davos. Nesses últimos anos têm reunido a cúpula política e econômica mundial adepta do Consenso de Washington (este consenso prega: disciplina fiscal; corte em gasto público com educação, saúde e investimentos; reforma tributária, aumento dos impostos para controlar os déficits fiscais; aumento das taxas de juros para incentivar a poupança; câmbio flutuante; política comercial, ou seja, liberalização das importações sem protecionismo econômico; não restringir a entrada de investimentos estrangeiros; privatizações; desregulamentação, isto é, a saída do estado dos setores produtivos; e direito à propriedade). Fórum Social Mundial – FSM –

O FSM surgiu como um fórum anti-Davos, o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, pequena cidade dos Alpes suíços, desde a década de 70, com a presença dos principais líderes e pensadores da economia mundial dos países ricos e, geralmente, discute como multiplicar ainda mais as suas riquezas. Para os organizadores do FSM as riquezas do mundo, se fossem distribuídas com mais justiça social, seriam suficientes para todos. O grande diferencial, portanto, entre os dois fóruns é que em Davos discute-se como multiplicar e em Porto Alegre, como dividir.

O FSM é um espaço de debate democrático de idéias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ongs e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo. Após o primeiro encontro mundial, realizado em 2001, se configurou como um processo mundial permanente de busca e construção de alternativas às políticas neoliberais.

O Fórum Social Mundial se caracteriza também pela pluralidade e pela diversidade, tendo um caráter não governamental e não partidário. Ele se propõe a facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um

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outro mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial. O Fórum Social Mundial não é uma entidade nem uma organização. A Grécia em Ruínas

Após a crise dos EUA em 2008, que se tornou uma crise mundial, de Dubai em fim de 2009, agora é a vez da GRÉCIA ser o centro das atenções mundiais. A crise financeira da Grécia, país de apenas 11 milhões de

habitantes, pode ter profundas implicações para a economia mundial e a União Européia. O maior medo é que um eventual calote da dívida grega, países como Portugal, Itália, Espanha e Irlanda acabem entrando pelo mesmo caminho. A Grécia, no mês de março/2010 pediu a ativação do pacote de ajuda financeira ofertado pelo União Européia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para refinanciar suas dívidas, pois o país acumulou uma dívida de 300 bilhões de euros e um déficit fiscal em 2009 de 13,6%, valor acima do teto fixado pelo Tratado de Maastricht para os países da zona do euro, que situa o Produto Interno Bruto (PIB) em 3%. Isso aconteceu porque a Grécia é um dos países que passam por um desequilíbrio fiscal devido à crise financeira global que atingiu as principais

economias do mundo a partir de 2008: com a arrecadação em baixa e os gastos em alta, o país acaba gastando mais do que arrecada. Para tentar sair da crise a Grécia está tentando cortar seu déficit fiscal com medidas duras, numa tentativa de convencer os mercados financeiros de que ela não dará calote..

Os países da zona do euro ofereceram à Grécia um crédito de US$ 30 bilhões de euros a uma taxa de juros anual de 5% e o FMI ofereceu algo entre US$ 10 e US$ 15 bilhões a taxas de juros menor.

A Grécia se encontra nessa situação atual porque gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos se elevaram, os salários do funcionalismo quase que dobraram. Os países da zona do Euro se preocupam com a crise Grega por que qualquer um que negocie com a zona do euro é afetado por que a crise da Grecia afeta a credibilidade do EURO- moeda comum européia. Teme-se assim que os problemas da Grécia nos mercados financeiros internacionais provoquem um efeito dominó, derrubando outros membros da zona do euro que possui economias enfraquecidas, como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha. Todos esse países enfrentam dificuldade para reequilibrar suas contas. Em março/2010 a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a classificação de Portugal de AA para AA-. Na tentativa de sair da crise a Grécia apresentou planos para cortar seu déficit para 8,7% em 2010, e para menos de 3% até 2012. Para alcançar isso, o Parlamento grego aprovou um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros. O governo quer congelar os salários do funcionalismo público, aumentar os impostos, e o preço da gasolina. Alem de reformar a previdência, na tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões. Mas essas medidas não foram bem recebidas pela população que promoveu uma série de protestos no país, alguns violentos. Várias greves atingiram escolas e hospitais e praticamente paralisaram o transporte público. Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central. Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como "anti-populares" e "bárbaras". O grande problema e que a Grécia não é o único país da zona do euro a violar a regra que afirma que o déficit orçamentário não deve ultrapassar 3% do PIB do país. Na Grã-Bretanha, que não está na zona do euro, esse déficit chega a 13% do PIB. Na Espanha ele chega a 11,2%, na Irlanda a 14,3% e na Itália a 5,3%. Alem disso o desemprego é crescente na UE. Na Espanha a taxa de desemprego já supera os 20%. Após várias medidas de austeridade fiscal os líderes políticos gregos nomearam para primeiro-ministro. Lucas Papademos, substituindo George Papandreou. George havia insistido em submeter as medidas de austeridades ficais a um referendo junto a população grega, o que não agradou as credores gregos.

A Grécia anunciou em março de 2012 que chegou a um acordo com os credores internacionais sobre a forma de recapitalizar seus bancos, porém ainda existem questões a serem resolvidas relacionadas à reforma trabalhista e a novos cortes de gastos.

Houve uma grande impaciência e grande pressão não somente das três instituições que formam a troika mas também dos Estados integrantes da zona do euro, para a Grécia selar um acordo com credores sobre um

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pacote de resgate de 130 bilhões de euros antes de iniciar a difícil tarefa de convencer líderes políticos desconfiados a apoiarem as reformas dolorosas adicionais envolvidas.

As negociações com a "troika" de credores internacionais foram difíceis por conta das exigências deles para que o governo reduza custos trabalhistas removendo bônus de férias e diminuindo o salário mínimo - propostas que são fortemente opostas por líderes de partidos políticos gregos. Mas após longas discussões o governo grego aceitou as imposições da troika para o resgate de 130 bilhões de Euros e “renegociou” com os credores privados um calote de 58% da sua dívida.

Eleições na Grécia O partido de direita Nova Democracia (pró-euro) venceu as eleições legislativas em junho na Grécia e

deve formar com o socialista Pasok um "governo de união nacional" para sair da crise econômica. A Nova Democracia afirma ser o "fiador" da permanência da Grécia na Zona do Euro, mas quer

"renegociar" o memorando do plano de ajuste acertado com União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). O memorando permitiu ao país obter um socorro financeiro para evitar a falência

Crise em Portugal volta a ameaçar o euro

Da mesma forma que Grécia e Irlanda, Portugal acabou por afundar-se nas proprias dívidas. Na tentativa de sair da crise o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, tentou passar uma nova lei de austeridade, onde pretendia aumentar impostos e cortar gastos publicos com o intuito de sanear as contas públicas, como nao conseguiu se viu obrigado a apresentar a sua renúncia e convocar eleições antecipadas. Portugal para tentar sair da crise, negociou um pacote de resgate com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) que pode chegar a 70 bilhões. Como nao tomou medidas para cortar gastos, Portugal foi o terceiro país da zona do euro a receber ajuda. Grécia e Irlanda foram os primeiros, com pacotes exigindo cortes nos gastos públicos e alta de impostos. Nos últimos meses, Portugal lutava contra a ameaça de ter de recorrer a fundos externos, alegando que sua situação não era como a da Irlanda ou da Grécia. Para provar isso, o governo socialista de Sócrates fechou acordo com a UE de que traria o déficit para 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2011, depois de passar de 7% em 2010.

Itália pode nocautear o EURO

A Itália é a quarta maior economia da União Européia e terceira maior da zona do euro,mas a Itália vem registrando um dos menores crescimentos no continente. Em 2010, o PIB italiano cresceu apenas 1,2%. A Itália possui uma enorme dívida pública, de 120% do PIB. Entre os países da zona do euro, esse percentual só é menor que o da Grécia, cujo endividamento atinge 150% da riqueza nacional.

O Senado italiano aprovou em 14 de julho de 2011 um pacote de medidas de austeridade para tentar reduzir o déficit público, em meio a temores de que o país seja atingido por uma crise como a da Grécia.

Os cortes previstos totalizam 70 bilhões de euros (R$ 156 bilhões), a ser realizados de forma progressiva em um prazo de quatro anos. As medidas visam reduzir a dívida pública para 3% do Produto Interno Bruto em 2012 e 0,2% do PIB até 2014. Atualmente, o déficit italiano corresponde a 3,9% do PIB nacional. O pacote também visa acalmar o mercado financeiro internacional, que registrou fortes perdas nesta semana devido aos temores de um possível contágio da crise grega na Itália. Os cortes de isenções e descontos fiscais somam 483 itens, abrangendo despesas das famílias, escolas, assistência médica, salários e universidades. O pacote prevê também cortes e ajustes no setor da

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previdência, com o aumento da idade para se aposentar. O plano prevê para 2013 a entrada em vigor da lei que relaciona a aposentadoria à expectativa de vida.

Os reajustes das aposentadorias serão menores para quem ganha mais. O decreto também prevê um aumento progressivo da taxa sobre operações financeiras, o pagamento de prestações médicas e sanitárias públicas, com a isenção das faixas mais pobres, a liberalização do mercado, privatizações, redução dos subsídios do governo para administrações regionais e a proibição de que funcionários acumulem cargos públicos.

Com a aprovação do pacote de reformas econômicas na Itália, Silvio Berlusconi renunciou o cargo como premiê. O pedido de demissão foi entregue ao presidente do país, Giorgio Napolitano.

Berlusconi, que fracassou em garantir a maioria parlamentar numa votação crucial, prometeu renunciar quando o Parlamento aprovasse a lei, exigida por parceiros europeus para restaurar a confiança dos mercados nas combalidas finanças públicas da Itália.

A saída do premiê abre espaço para a formação de um governo de emergência e promete colocar ponto final em um período marcado por escândalos no país desde o pós-guerra.

Como não há perspectivas de novas eleições até 2013, o governo tecnocrata teria cerca de 18 meses para aprovar dolorosas reformas econômicas, além de garantir apoio da maioria do Parlamento italiano. Caso contrário, poderá cair antes mesmo deste prazo.

Com uma dívida pública de mais de 120% do PIB (Produto Interno Bruto) e mais de uma década de crescimento econômico anêmico, o país está no centro da crise de dívida da zona do euro e é grande demais para o bloco monetário socorrê-lo.

BLOCOS ECONÔMICOS

Os blocos econômicos são associações que procuram estabelecer relações econômicas entre si, procurando tornar a economia interna de cada país membro mais competitivas com o mercado globalizado. Os blocos econômicos podem ser classificados em quatro estágios (Segundo o Almanaque Abril): I – Zona de livre comércio – redução/eliminação das barreiras alfandegárias que incidem sobre a troca de mercadorias dentro do bloco – Ex.: NAFTA. II – União Aduaneira – abre os mercados internos, regulamentando o

comércio dos países membros com nações externas do bloco. Surge com isto a T.E.C (tarifa externa comercial). III – Mercado Comum – garante a livre circulação de pessoas, serviços, capitais e mercadorias no interior do bloco. Possuem políticas públicas em comum e parlamento único. Ex.: U.E. IV – União econômica e monetária – neste estágio ocorre adoção de uma política econômica comum, inclusive com a adoção de uma moeda única e controle nas taxas de juros, um Banco Central comum a todos os países membros. Ex.: U.E. – após 1/1/2002. Entre os principais blocos econômicos temos: NAFTA

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O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta-North América Free Trade Agreement) é um instrumento de integração entre a economia dos EUA, do Canadá e do México. MERCOSUL MERCOSUL - MERCADO COMUM DO SUL

O Mercosul foi criado em 1991 e passou a vigorar em Janeiro de 1995. Atualmente o Chile, Bolívia, Equador, Colômbia e Peru são membros associados, isso significa que não participam da T.E.C

O Mercosul possui duas categoria de membros: membros plenos (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e membros associados ( Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia). A Venezuela oficialmente é um país em estado de adesão. A Venezuela solicitou adesão em junho de 2006, sendo que já foi ratificada a sua adesão ao bloco pelo parlamento de Argentina e Uruguai. O parlamento brasileiro aprovou em dezembro de 2009 o ingresso da Venezuela, faltando apenas o parlamento do Paraguai. A decisão de aceite da Venezuela deve ser de forma unânime.

A época de ouro do Mercosul foi entre 1994 e 1998, nesse período, o comércio entre os países do bloco aumentou em 400% e o comércio externo em 80%. Isso preocupou os EUA, que temendo perda de mercados tratou de acelerar a implantação da ALCA. Essa época corresponde ao auge do Plano Real, no Brasil e do Plano Cavallo, na Argentina, os principais parceiros do bloco.

Na fase de agonia financeira da Argentina até a sua moratória, vários produtos foram retirados da TEC – Tarifa Externa Comum, o que tem feito o bloco retroceder.

MERCOSUL TEM SEU PROPRIO PARLAMENTO

O Parlamento do Mercosul (Parlasul) é o órgão democrático de representação civil da pluralidade

ideológica e política dos povos dos países membros do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (este último se encontra em processo de adesão). Criado legalmente em 9 de dezembro de 2005, sua primeira sessão foi realizada em 7 de maio de 2007.

Em uma primeira etapa seus membros foram escolhidos entre os integrantes dos parlamentos nacionais e em sua etapa definitiva, a partir de 2010, os representantes serão eleitos por voto direto e simultâneo dos cidadãos seguindo o critério de representatividade civil. A sessão ocorreu no plenário da Assembléia Nacional uruguaia

Na sessão, foram empossados os 81 parlamentares, entre deputados e senadores, designados pelos Legislativos de seus respectivos países.

Hoje a representação brasileira é de 18 parlamentares (metade de cada Casa), assim como a dos outros três países-membros: Paraguai, Uruguai e Argentina. Depois de árdua negociação, estabeleceu-se um cronograma para a entrada em vigor de uma representação mais proporcional à população de cada país.

Pelo acordo, Brasil e Argentina elegerão, respectivamente, 37 e 26 em 2010 e 75 e 32 em 2014. Uruguai e Paraguai se manterão nos atuais 18. Este último opôs forte resistência à proposta brasileira de reduzir o número de integrantes do Parlamento com o argumento de que já havia realizado eleições para seus representantes. Foi o único dos quatro países que já o fizeram. No encontro em Montevidéu também foi finalmente definida a proporcionalidade das bancadas no Parlamento do Mercosul, criado em 2005. Hoje, o Parlamento é formado provisoriamente por 18 deputados de cada país-membro. Pelo acordo, haverá um período de transição, entre dezembro deste ano e dezembro de 2014, durante o qual o Brasil terá 37 parlamentares; a Argentina, 26; o Paraguai, 18; e o Uruguai, 18.

A partir de 2015, o Brasil terá 75 assentos; a Argentina, 43; o Paraguai, 18; e o Uruguai, 18. A idéia é que, então, os deputados regionais sejam eleitos diretamente em seus países, como acontece no Parlamento Europeu, que também tem função consultiva.

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As metas de integração econômica do Mercosul sofreram revezes na última década, sobretudo depois da

crise argentina de 2001. A cúpula de agosto passado, no entanto, revigorou parcialmente o bloco --foi aprovado um código aduaneiro e estabelecido um cronograma para o fim da dupla cobrança da TEC (Tarifa Externa Comum), que dificulta o comércio intrabloco e a chamada integração produtiva, em que cada país pode produzir produtos que fazem parte da cadeia de produção dos demais.

Mercosul extingue a dupla tributação. A partir de 1º de janeiro de 2012, as mercadorias que entrarem no MERCOSUL passarão a pagar uma

única vez os direitos aduaneiros, podendo assim, circular livremente pelos países-membros. Os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, assinaram o Código Aduaneiro Comum, que prevê o fim da bitributação da tarifa Externa Comum.

Mercosul aprova lista adicional de até 100 produtos com imposto maior

Os presidentes dos países que integram o Mercosul — Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai —

aprovaram uma lista adicional com até 100 produtos que poderão ser taxados com a Tarifa Externa

Comum (TEC) mais elevada, de 35%. O mecanismo é permitido pela Organização Mundial do

Comércio (OMC), conforme destacou a presidente Dilma Rousseff, em discurso. De acordo com

técnicos da delegação brasileira, a lista começará a vigorar já em 2012, com validade até 2014. Apesar

das alegações em contrário da presidente Dilma, os especialistas consideraram a decisão do Mercosul

protecionista, um caminho perigoso que vem sendo trilhado, sobretudo pela Argentina e pelo Brasil. No

entender da secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Tatiana Prazeres, a lista

deve ser vista como um “poder de manobra” dos países do bloco para lidar com a atual crise

internacional. Muitos países atolados em recessão estão desviando produtos para os mercados que ainda

se mantêm aquecidos, com o brasileiro. Além disso, há o risco de entrada de produtos de países como a

China, que manipulam as suas moedas.

Hoje, a tarifa de importação média aplicada para produtos de países de fora do Mercosul é de

13%. O governo brasileiro acredita que, com a alíquota de 35%, as importações diminuirão e a indústria

nacional, que está patinando neste ano, conseguirá recuperar o fôlego.

Mercosul fecha acordo com a Palestina

O Mercosul assinou um acordo de livre comércio com a Palestina. O tratado, segundo o ministro

das Relações Exteriores, Antonio Patriota, equilibra as relações econômicas do bloco sul-americano com

o Oriente Médio, já que, no primeiro semestre, um acordo semelhante havia sido firmado com Israel. O

acerto permite que mercadorias produzidas por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai entrem no

território palestino com tarifas de importação reduzidas. O mesmo acontecerá com os produtos

palestinos que forem exportados para o Mercosul. Para o Brasil, conforme o ministro, o acordo pode

representar negócios de US$ 200 milhões por ano. UE – UNIÃO EUROPÉIA Após a II Guerra Mundial, a Europa perde para os EUA a hegemonia econômica mundial. Então os países europeus se unem para ampliar seu mercado e superar as crises do pós Segunda Guerra Mundial. O Embrião da UE, o Benelux, foi o primeiro bloco econômico do mundo. Era formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Esse bloco deu certo e influencia os demais vizinhos. Em 1951 é criada a Comunidade Européia de Carvão e Aço – França, Alemanha Ocidenal, Bélgica, Luxemburgo, Itália e Holanda-. A CECA unificou o

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setor de siderurgia desses países, dando excelentes resultados, e eles então resolveram ampliar os benefícios a todos os setores da economia. Em 1957, França, Itália, República Federal da Alemanha, Bélgica, Holanda (Países Baixos) e Luxemburgo assinam o Tratado de Roma, formando a Comunidade Econômica Européia –CEE- e a Comunidade Econômica de Energia Atômica (Euratom). Em 1967, a Ceca, CEE e Euratom se juntam e para formar a Comunidade Européia (CE), e em 1973 Grã-bretanha, Irlanda e Dinamarca se juntam à CE. Em 1981 a Grécia se une ao grupo e em 1986 Portugal e Espanha também aderem ao bloco. Em 1991 O Conselho Europeu se reuniu em Maastricht e concorda em rascunhar o Tratado sobre A União Européia (UE), incluindo a união de políticas externas, de justiça, e a introdução de uma única moeda até janeiro de 1999. Em 1992 é consolidado o Mercado Comum Europeu, com a eliminação das barreiras alfandegárias entre os países-membros. Em 1995. Suécia, Finlândia e Áustria se integram à U.E. O Acordo de Amsterdã, em 1997, institui uma política comum em relação à questão do emprego e prevê normas mais estreitas de cooperação das polícias e uma legislação comum para a concessão de vistos e asilo político. No ano de 1999 acontece a criação de uma moeda única, o euro, que inicialmente será usada apenas em transações bancárias. Onze países participam do lançamento da nova moeda em 1º de janeiro de 1999: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos) e Portugal. É a primeira vez na história que nações abrem mão de emitir sua moeda nacional em troca de uma moeda comum. Em 2002, as notas começam a circular na Europa com poder legal de efetuar quaisquer pagamentos, e as moedas nacionais serão extintas. Três países – Grã-Bretanha, Suécia e Dinamarca não aderem a essa primeira fase do euro, apesar de terem cumprido as exigências, por temer as conseqüências da perda de soberania que representa o fim de emissão de sua moeda própria. Aspecto Social

A partir de 1993, o conceito de cidadania deixa de ser exclusivamente nacional e passa a ser de cidadão europeu. Houve a liberação da livre circulação de pessoas dentro do bloco; que está sendo revista, devido às migrações da periferia econômica do bloco para o centro. Vários países voltaram a fechar suas fronteiras.

Aspecto Político Conselho da União Européia – é o antigo conselho de ministros. É formado pelos 25 ministros, um de cada

país-membro. Tem caráter legislativo. Define as diretrizes políticas, econômicas e sociais européias e firmam tratados internacionais.

Comissão Européia – órgão executivo. Coloca em prática as decisões tomadas pelo conselho de ministros. É composta pelos 25 membros.

Parlamento europeu - é formado por 732 membros, eleitos por sufrágio universal a cada 5 anos. É o órgão legislativo que fiscaliza os outros dois poderes. É o parlamento quem decide sobre a aprovação da entrada de novos membros no bloco.

Tribunal de Contas – composto de 25 membros indicados pelo Conselho. Verifica a boa gestão do orçamento da UE.

Corte de Justiça – é o órgão judiciário supranacional. Formada por 25 juízes e oito advogados-gerais de cada país-membro.

A Europa dos 27

Em 01 de maio de 2004, a UE recebe mais dez países, na maior ampliação da sua história, muito diversificados entre si pela estrutura econômica, passam a integrar a UE: duas ilhas mediterrâneas (Chipre e Malta), cinco antigos “satélites” da extinta URSS (Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Polônia, República Checa,), três antigas repúblicas soviéticas (os países bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia).

A Bulgária e Romênia ingressaram em 01/01/07, enquanto Macedônia e Croácia esperam a aceitação. Em 1972 e 1994, a Noruega, assinou também tratados de adesão à União Europeia. No entanto, nas duas

ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país, assim como a população da Suiça. No entanto, as leis suíças estão gradualmente a adaptar-se às normas da UE e o Governo

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Federal assinou vários acordos bilaterais com o bloco económico. O país, juntamente com o Liechtenstein, tem vindo a estar rodeada pelos países-membros da UE até 1995, com a adesão da Áustria. Em 5 de Junho de 2005, a população suíça aprovou a integração ao Espaço Schenge (O Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de livre circulação de pessoas no espaço geográfico da Europa).

Atualmente Croácia, a Turquia, Macedónia e a Islândia são paises candidatos à adesão à UE. As negociações com os três primeiros países iniciaram-se oficialmente em Outubro de 2005 mas ainda não há uma data de adesão definida - o processo pode estender-se por vários anos, sobretudo no que concerne à Turquia, contra a qual há forte oposição da França e da Áustria.

A Islândia, formalizou em Julho de 2009 a sua candidatura, e caso as negociações sejam bem sucedidas realizar-se-á um referendo para que a adesão se possa efetivar.

Constituição da Europa

Em junho de 2004, os 25 países chegaram a um acordo, adotando a Constituição da Europa, mas para entrar em vigor a Constituição teria de ser ratificada por todos os países. Vários fizeram isso no Parlamento (processo considerado menos complicado), mas alguns submeteram o texto a um referendo popular. No final de maio de 2005, a França fez o seu referendo e a população decidiu rejeitar a Constituição Européia. Seguindo o exemplo da França a Holanda num referendo também rejeitou a Constituição.

Houve um retrocesso no processo de integração que pode levar anos para ser renegociado. A principal crítica dos europeus contrários à nova Carta é a de que ela é ultraliberalista, desmontando de forma mais rápida o Estado de bem estar social europeu.

Em alternativa a Constituição única (não aprovada), no final de 2007, representantes dos 27 Estados membros da EU (União Européia) aprovaram, em Lisboa, o texto de uma nova convenção destinada superar a paralisia institucional da entidade. A convenção, denominada Tratado de Lisboa, preservou em sua grande maioria, comenta-se em cerca de 90%, os elementos e dispositivos constantes do fracassado projeto de Constituição, eliminando certos símbolos federais, como a bandeira e o hino nacional, bem como uma referência à moeda, dentre outros tópicos mais controversos.

Unasul - União das Nações Sul-americanas Instituição visa integração política e econômica dos 12 países da América do Sul e reúne os doze países da América do Sul. A iniciativa da criação de um órgão nos moldes da Unasul foi apresentada, oficialmente, numa reunião regional, em 2004, em Cusco, no Peru, o projeto recebeu o nome de Casa (Comunidade Sul-Americana de Nações), mas o nome foi modificado para Unasul durante a Primeira Reunião Energética da América do Sul, realizada no ano passado na Venezuela. O nome Unasul - Unasur para os países de língua espanhola - surgiu depois de críticas do presidente venezuelano Hugo Chávez ao que ele chamou de lentidão da integração. Os principais objetivos serão a coordenação política, econômica e social da região. Com a Unasul, espera-se avançar na integração física, energética, de telecomunicações e ainda nas áreas de ciência e de educação, além da adoção de mecanismos financeiros conjuntos. Principais iniciativas da Unasul:

Coordenação de políticas externas, afirmando a América do Sul como grupo regional nas relações exteriores.

Convergir processos de integração, como o Mercosul e a Comunidade Andiana.

Promover a integração física energética e de comunicações na América do Sul;

Instituir um Conselho Energético Sul-americano;

Propor mecanismos próprios de financiamento para a região – Banco do Sul.

Elaboração de estratégias de defesa conjunta do subcontinente;

Fortalecer a luta contra a corrupção, o terrorismo e o tráfico de drogas;

Pensar de forma conjunta a proteção do meio ambiente.

A Unasul terá como principais órgãos:

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Não esqueça! Já não se utiliza o termo grupo de risco, mas sim comportamento de risco. No Brasil os grupos que possuem sociais que possuem um maior índice de contagio em face do seu comportamento de risco são: Idosos –sexo masculino – Efeito Viagra Mulheres de Meia idade Mulheres casadas e jovens (sexo feminino ) entre 10 e 18 anos de idade.

Conselho de Chefes de Estado e Governo – órgão máximo da instituição. A presidência será exercida pro-tempore por cada um dos Estados membros por período anuais.

Conselho de Ministros das Relações Exteriores – reuniões semestrais. O conselho coordenará posições sobre temas centrais da integração da região. O Brasil como país mais rico da região, deve ser o principal financiador;

Conselho de Delegados- propõe aos chanceleres o projeto de orçamento da instituição;

Secretária-Geral – Serve como depositária dos acordos, prepara o projeto de orçamento e relatórios anuais em diferentes setores.

AIDS

Pesquisadores de cinco universidade dos EUA e Europa descobriram que o vírus HIV não se originou nos chipanzés, como era aceito antes. Segundo a pesquisa o causador da aids surgiu da união de dois ouros vírus presentes em macacos africanos, que fazem parte da

dieta alimentar dos chipanzés. A hipótese mais aceita para a origem do HIV até o momento era de que ele seria uma variação do SIVcpz –precursos do vírus da Aids, típico em chipanzés africano- e que foi transmitido para o homem, entre 1910 e 1940, pelo contato com o sangue do animal. Nativos da África Central teriam comido chipanzés contaminados. Alguns cientistas acreditam ainda que a passagem do vírus para humanos aconteceu varias vezes, justificando os diferentes tipos de HIV. Segundo a mais nova teoria, chipanzés teriam se alimentados de macacos com o vírus SIVrcm e SIVgsn, que serviu de hospedeiro para a fusão dos dois vírus. Após a recombinação dos vírus desses macacos aconteceu a transmissão para os humanos em pelo menos três ocasiões Atualmente mais de 42 milhões de pessoas vivem com o HIV no mundo. Segundo o boletim epidemiológico, o Brasil possui oficialmente mais 363 mil pessoas com HIV e cerca de 40 mil novos casos são registrados a cada ano. Atualmente o país que possui o maior número de contaminado é a África do Sul, com cerca de 5 milhões de aidéticos, mais em termos proporcionais Botsuana e Suazilândia, com 39% e 41% respectivamente de sua população contaminada. O que é Clonagem? Dolly : primeira experiência de clonagem Pode-se definir a clonagem como um método científico artificial de e produção que utiliza células somáticas (aquelas que formam órgãos, pele e ossos) no lugar do óvulo e do espermatozóide. A primeira experiência com clonagem de animais ocorreu no ano de 1996, na Escócia, no Instituto de Embriologia Roslin. O embriologista responsável foi o doutor Ian Wilmut. Ele conseguiu clonar uma ovelha, batizada de Dolly. Após esta experiência, vários animais foram clonados, como por exemplo, bois, cavalos, ratos, porcos, camelos.

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O Brasil participa desse conhecimento de ponta, com a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias –

EMBRAPA, que é a melhor do mundo nesse ramo de pesquisa. O primeiro animal clonado pela Embrapa, a vaca Vitória em 2001, é um exemplo bem-sucedido dos

experimentos brasileiros. A vaca foi clonada a partir do material genético embrionário. A Embrapa também desenvolveu outro clone bovino que está vivo e passa bem. Lenda nasceu em setembro de 2003, e foi clonada a partir da célula de um animal morto. A mãe de Lenda morreu no interior de Goiás e demorou nove horas para chegar a Brasília. Dos oito embriões implantados, apenas um sobreviveu.

Em fevereiro de 2004, a Embrapa anunciou um fato inédito na América Latina: o nascimento de uma vaca clonada a partir da célula de outro clone. Vitoriosa foi batizada assim por causa da mãe, Vitória, e por ter sobrevivido ao experimento. Mas o primeiro clone do clone brasileiro morreu com quase quatro meses, no dia 30 de maio de hipertensão arterial.

Além do clone do clone, a Embrapa trabalha para desenvolver clones transgênicos. As pesquisas, que darão origem a animais clonados e geneticamente modificados, estão em fase inicial.

Os experimentos da Embrapa levaram a discussão da tentativa de clonar um animal pré-histórico (Um mamute, encontrado congelado no gelo siberiano, e que possui carga genética preservada)

Saiu no jornal Correio Braziliense 30 de junho de 2011 - Marco Prates Embrapa trabalha para retomar clonagem de animais A morte do primeiro animal clonado da América Latina, a vaca Vitória, deixa um forte legado à ciência genética da capital federal. A partir da experiência realizada em Brasília, existem hoje em todo o país cerca de 100 animais copiados em idade reprodutiva, segundo estimativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A produção desses animais vem sendo desevolvida por três laboratórios particulares com o conhecimento obtido pela empresa pública, cujo maior símbolo de sucesso é Vitória, nascida em 2001. Em Brasília, duas vacas clonadas com técnica ainda mais delicada permanecem na fazenda de pesquisas Sucupira, no Riacho Fundo 2. O número, porém, pode aumentar num futuro próximo. A Embrapa recomeçou a realizar o processo completo há um ano. Na capital, as vacas Lenda e Porã são responsáveis por manter o legado de Vitória. Todas foram obtidas pelo mesmo processo de transferência nuclear (veja Arte). O ineditismo da última, no entanto, ofuscou todas as demais. “A Lenda foi o nosso maior sucesso, porque veio da célula de um animal adulto, e não embrionária. Tecnicamente, era mais dicícil. Mas quem ficou mesmo com a fama foi a Vitória”, conta Maurício Franco, que coordena as pesquisas de reprodução animal na Embrapa. Lenda nasceu em 2003. Outra novidade é que ela foi obtida a partir de células ovarianas de uma vaca já morta, abrindo novos precedentes para a ciência nacional, como a recuperação de animais de alto valor reprodutivo — a exemplo de vacas que valem milhões de reais. O processo também se aplica para a preservação de animais em extinção. É esse o caso de Porã, que nasceu em 2005, dois anos depois da Lenda. O animal é clone da raça Junqueira, que conta com menos de 100 exemplares em todo o país. Tanto Lenda quanto Porã e Vitória geraram descendentes, a maior prova do sucesso da clonagem brasileira. Para o pesquisador Franco, o programa hoje produz animais absolutamente iguais aos obtidos por reprodução. “Os clones que têm problemas se perdem durante a gestação ou logo depois do nascimento. A natureza se encarrega de fazer essa seleção”, afirma ele. Evolução Desde o nascimento de Vitória, há 10 anos, houve evolução na técnica de clonagem brasileira. A partir da produção de Porã, a Embrapa parou de realizar todo o processo e se concentrou apenas na fase de maturação do embrião, uma técnica muito delicada. Assim, não ocorreram novos nascimentos. Há cerca de um ano, porém, a empresa recomeçou todo o trabalho. Segundo a Embrapa, é possível que mais animais surjam em breve, mas não há nada ainda confirmado.

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Chegou à era da clonagem comercial Como no filme o “6º dia” onde a clonagem inicialmente é utilizada para repor animais de estimação, a

vida imita a ficção, ou será que a ficção prepara a sociedade para o que vem pela frente? Um Casal norte-americano pagou o equivalente a R$ 350 mil para clonar seu cãozinho de estimação, o cachorro da raça labrador teria sido clonado na Coréia do Sul. Este seria o primeiro caso de animal clonado comercialmente.

O que é Transgenico?

Os organismos geneticamente modificados (OGMs), também conhecidos como transgênicos, são frutos da engenharia genética criada pela moderna biotecnologia. Um organismo é chamado de transgênico, quando é feita uma alteração no seu DNA - que contém as características de um ser vivo. Por meio da engenharia genética, genes são retirados de uma espécie animal ou vegetal e transferidos para outra. Esses novos genes introduzidos quebram a seqüência de DNA, que sofre uma espécie de reprogramação, sendo capaz, por exemplo, de produzir um novo tipo de substância diferente da que era produzida pelo organismo original. No Brasil a produção de transgenicos foi autorizada com a Lei de Biossegurança. Vale

lembrar que os produtos que tiverem na sua composição mais que 1% de trangenia devem trazer em seus rótulos a informação que o produto é trangenico. O que pode ser feito também pelo simbolo de transgenicos.

Células troncos - a célula da esperança O debate em torno das células tronco embrionárias permeia a sociedade brasileira desde 2005, quando foi aprovada a lei de biossegurança. A polêmica gira em torno dos meios de obtenção das células troncos que podem se transformar em qualquer um dos 216 tecidos que formam nosso corpo.

Células-troncos podem ser derivadas de embriões humanos ou pela transferência nuclear, na qual um óvulo desprovido de núcleo é preenchido com material retirado de uma célula adulta de um possível paciente. Os cientistas desejam trabalhar com as células-tronco embrionárias por elas terem a capacidade de produzir os 216 tecidos do corpo. Células adultas (medula óssea, cordão umbilical, placenta, pele, sangue menstrual, células dos testículos) podem produzir apenas um tipo. O dilema se faz em face da suposta manipulação da vida humana, se considerar que ela começa com a fecundação do óvulo. A polêmica estar na ética de utilizar embriões que ao fim serão destruídos, mesmo que possam representar uma esperança de cura para inúmeras doenças. A lei que permite a pesquisa com células troncos foi aprovada pelo Congresso Nacional por placar elastico: 96% dos senadores e 85% dos deputados federais votaram a favor. E o presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou. Mas o subprocurador-geral da República, Cláudio Fonteles, alegando que é a lei é inconstitucional impetrou uma Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADIN). Claúdio Fonteles, utilizando de motivação religiosa, pois é um teólogo, franciscano, argumentou que a

referida lei fere o principio do direito à vida. 10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER 1 Células-tronco podem se transformar em células das mais diferentes partes do organismo, como sangue, pele e coração

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2 Podem ser encontradas em embriões, células de adultos, cordão umbilical, placenta, sangue menstrual e representam a promessa de cura para doenças como diabetes e Alzheimer 3 As células-tronco embrionárias produzem os 216 tecidos do corpo. Células adultas produzem tipos específicos 4 A discussão gira em torno da ética de utilizar embriões para pesquisas e que ao fim serão destruídos 5 Países como Reino Unido, Suécia, Espanha, Japão, Coréia do Sul, Israel, Austrália, Estados Unidos e Canadá permitem pesquisas com embriões 6 Líderes judeus, budistas e muçulmanos são a favor das pesquisas e os evangélicos se dividem quanto à questão. Já o catolicismo considera a existência de vida a partir do momento da fecundação do óvulo 7 Em março de 2005, o Congresso Nacional aprovou a pesquisa com células-tronco de embriões no Brasil 8 A nova lei autoriza o uso de embriões congelados há mais de três anos. Embriões que seriam jogados no lixo (há 30 mil no país) podem agora salvar vidas 9 O cientista sul-coreano Woo Suk Hwang admitiu ter forjado os resultados da pesquisa sobre a criação de células-tronco humanas embrionárias a partir de clones 10 Apesar da aprovação legal, o primeiro edital aberto pelo CNPq para experimentos nessa área, que distribuirá R$ 11 milhões, contemplou apenas três projetos Células-Tronco e o julgamento no STJ

Após um mês e meio de espera, devido ao pedido de vistas do Ministro Menezes Direito, o STF aprovou

quinta-feira (29 de maio de 2008) as pesquisas com células-tronco embrionárias no país. O Supremo rejeitou uma ação direta de inconstitucionalidade contra o artigo 5º artigo da Lei de Biossegurança que permite a utilização, em pesquisas, dessas células fertilizadas in vitro e não utilizadas. Seis ministros do tribunal votaram a favor das pesquisas. Outros cinco sugeriram mudanças na lei.

A aprovação da lei (rejeição da ADIN), não é sinônimo de cura para as doenças, mas sim uma ponta de esperança para todos que vêem nas pesquisas com células troncos uma possibilidade de cura para suas enfermidades. Cientistas testam células-tronco embrionárias em seres humanos

Cientistas americanos anunciaram nesta segunda o primeiro teste num ser humano usando células-tronco de embriões.

O local da experiência é o Shepherd Center, um hospital de Atlanta especializado em ferimentos no cérebro e na espinha.

O que os pesquisadores começaram a fazer agora é injetar células-tronco de embriões humanos no local da lesão. O objetivo é restaurar os nervos e permitir a passagem das ordens enviadas pelo cérebro. Esse é o primeiro paciente tratado com células-tronco embrionárias. O estudo tem autorização das autoridades americanas. Em ratos, os testes deram certo. Os animais recuperaram parte dos movimentos.

Agora, em humanos, os pesquisadores, querem ver os mesmos benefícios. Mas eles alertam que é um teste e que precisam primeiro descobrir se as novas células não vão causar danos maiores. Mesmo assim a pesquisa não deixa de ser uma boa notícia, pelo menos, para quem sonha em voltar a andar. Fonte:WWW.g1.com.br 11/10/2010

Nascem nos EUA primeiros macacos feitos a partir de células-tronco

Cientistas do Centro de Primatas da Universidade de Ciências da Saúde de Oregon (OHSU), nos EUA, anunciaram o nascimento dos primeiros macacos híbridos, fruto de uma combinação de células-tronco de seis diferentes embriões. O estudo será capa da revista "Cell" na edição de 20 de janeiro. Os animais da foto se chamam Roku e Hex, e há outros deles, classificados pelos pesquisadores como "quimeras", ou seja, a união – em um só indivíduo – de duas ou mais populações de células com origem em diferentes zigotos (resultado da junção do gameta feminino com o masculino).

Até agora, os roedores haviam sido os únicos animais com os quais foram feitas quimeras, para estudar como genes modificados interferem em uma série de condições, como obesidade, problemas cardíacos, ansiedade, diabetes e mal de Parkinson.

Os cientistas da OHSU têm estudado o uso de células-tronco para tratar doenças e já fizeram descobertas importantes que podem ajudar a explicar o que essas células são capazes de fazer ou não.

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Segundo o pesquisador Shoukhrat Mitalipov, experimentos envolvendo células-troncos em primatas ainda estão em fase inicial no mundo, e a equipe americana escolheu os macacos para traçar um paralelo e entender melhor como funciona esse processo em humanos. O objetivo é que, no futuro, a medicina possa usar esse conhecimento para o desenvolvimento de órgãos e tecidos maduros e funcionais. A OHSU cultiva células-tronco em laboratório e espera que um dia elas estejam prontas para se transformar em células maduras, como neurônios, e tecidos para serem usados em transplantes. Novas técnicas para manter essas células como as originais ainda devem ser projetadas, de acordo com Mitalipov. Fonte:G1, em São Paulo

BRASIL: POLÍTICA, ECONOMIA E SOCIEDADE Era Vargas O Golpe de 1930

O golpe de 1930 foi um movimento político-militar que derruba o presidente Washington Luís em outubro de 1930 e acaba com a República Velha, levando Getúlio Vargas ao poder.

A crise da República Velha agrava-se na década de 20. Ganha visibilidade com a mobilização do operariado, as revoltas tenentistas e as dissidências políticas que enfraquecem as oligarquias, ameaçando a aliança entre São Paulo e Minas Gerais. Em 1926, setores descontentes do Partido Republicano Paulista (PRP) fundam o Partido Democrático (PD), que defende um programa reformista de oposição. Mas o

maior sinal do desgaste republicano é a superprodução cafeeira, alimentada pelo governo com valorizações cambiais e subsídios públicos. Crise de 1929 – Em 1929, o Brasil é atingido pela crise da quebra da Bolsa de Nova York, que compromete o comércio mundial. Alegando defender os interesses da cafeicultura, o presidente Washington Luís, paulista, lança como candidato à sucessão o governador de São Paulo, Júlio Prestes, do PRP. Ao indicar outro paulista, rompe com a política do café-com-leite, pela qual mineiros e paulistas se alternam no poder. Em represália, o Partido Republicano Mineiro (PRM) passa para a oposição, forma a Aliança Liberal com oligarquias de outros estados e apóia o gaúcho Getúlio Vargas para a Presidência, tendo o paraibano João Pessoa como vice.

O programa da Aliança Liberal contém reivindicações de forças democráticas de todo o país, como a defesa do voto secreto e da Justiça Eleitoral. Mas, em março de 1930, seus candidatos perdem a eleição para a chapa oficial, formada por Júlio Prestes e pelo baiano Vital Soares. A oposição começa a desmobilizar-se quando João Pessoa é assassinado, em crime passional. Os aliancistas atribuem motivos políticos ao crime e deflagram uma rebelião político-militar. O Estado Novo

Nome que se dá ao regime ditatorial implantado pelo presidente Getúlio Vargas a partir do golpe de Estado de 1937. A ditadura varguista prolonga-se até 1945, quando é derrubada por outro golpe de Estado.

Desde a Intentona Comunista de 1935, Getúlio Vargas mantém o país sob estado de guerra, com a suspensão dos direitos constitucionais e forte repressão policial. Com essa atitude, justificada como defesa da nação diante do "perigo vermelho" (comunista), Vargas dificulta a campanha eleitoral para sua sucessão e ganha tempo a fim de avaliar a chance de um autogolpe para manter-se na Presidência. Aproveita-se do crescimento da tensão político-ideológica e militar na Europa, decorrente do confronto entre liberalismo, fascismo e comunismo, no período imediatamente anterior à II Guerra Mundial. Economia e sociedade – Por outro lado, o período do Estado Novo é de grande avanço nas políticas sociais e econômicas, sobretudo pela implantação de uma ampla legislação regulamentando o trabalho urbano e pelo apoio à industrialização mediante projetos oficiais nas áreas siderúrgica e petrolífera.

Para centralizar o controle da burocracia oficial, Getúlio Vargas cria em 1938 o Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp). Em 1939 cria também o Departamento de Imprensa e Propaganda

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(DIP), com a tarefa de divulgar as ações do governo e vigiar ideologicamente os meios de comunicação. Com o objetivo de encorajar e controlar o sindicalismo operário são ampliados os serviços estatais de aposentadoria. O imposto sindical e o salário mínimo são instituídos em 1940, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) entra em vigor em 1943.

No campo econômico, Getúlio Vargas impulsiona o controle estatal das atividades ligadas ao petróleo e a combustíveis, gerando o Conselho Nacional do Petróleo em 1938. Estimula a indústria de base com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, em 1941, e obtém financiamento norte-americano para a instalação da Fábrica Nacional de Motores, no Rio de Janeiro, em 1943. A fim de contribuir com a formação de mão-de-obra especializada para o setor industrial, funda o Serviço Nacional da Indústria (Senai), em 1942, e o Serviço Social da Indústria (Sesi), em 1943. No campo da política externa, sob pressão dos Estados Unidos, Getúlio rompe relações com os países do Eixo – Alemanha, Itália e Japão – em 1942. Institui a Força Expedicionária Brasileira (FEB), em 1943, enviada para a Itália em 1944. Fim do Estado Novo – A participação do país no esforço de guerra dos Aliados, em defesa da democracia e contra o totalitarismo nazista e fascista, afeta a estabilidade interna do regime ditatorial, ao expor suas contradições. Cresce a oposição ao Estado Novo entre intelectuais, estudantes, religiosos e empresários. Vargas, apesar do aparato de repressão, não mantém mais o controle da situação. Passa então à ofensiva e, no início de 1945, anuncia eleições gerais para o final do mesmo ano, tendo o marechal Eurico Gaspar Dutra, ministro da Guerra, como seu candidato. As pressões de setores da burocracia e do trabalhismo para que o próprio Getúlio dispute as eleições suscitam a desconfiança da oposição, que se movimenta com a cúpula militar e articula o golpe de 29 de outubro de 1945. Os ministros militares destituem Getúlio Vargas e passam o governo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, até a eleição e a posse do novo presidente da República, o general Dutra, em janeiro de 1946..

Governo Getúlio Vargas (1951-1954) – Como havia prometido em outubro de 1945, na derrubada do Estado Novo, Vargas volta ao poder "nos braços do povo", vencendo a eleição presidencial de 1950. Repetindo a política adotada durante o período ditatorial, baseia seu governo em uma propaganda interna de cunho nacionalista e em uma prática política de caráter populista. Decidido a dar continuidade à industrialização do país e a lutar pelos "interesses nacionais", Vargas funda, em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e estatiza a geração de energia elétrica com a criação da Eletrobrás. Em 1953, depois de uma batalha política no Congresso e de grande campanha popular por todo o país (sob o lema "O petróleo é

nosso"), cria a Petrobrás, que detém o monopólio estatal da prospecção e produção de petróleo. Para sustentar essa política nacionalista e estatizante, mobiliza as massas populares urbanas por meio dos sindicatos ligados ao Ministério do Trabalho e ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), atropelando os outros partidos e o Congresso Nacional. Esse comportamento provoca a reação dos setores conservadores liderados pela União Democrática Nacional (UDN), que o acusavam de querer implantar no Brasil uma república sindicalista. No início de agosto de 1954, no Rio de Janeiro, um major da Aeronáutica morre em um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, um dos mais agressivos udenistas. Responsabilizado pelo crime e pressionado a renunciar pelos militares, Vargas se suicida.

Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) – Com um discurso menos nacionalista e mais desenvolvimentista, Juscelino Kubitschek anuncia um governo inspirado no lema da campanha eleitoral "Cinqüenta anos (de progresso) em cinco (de governo)". Seu Plano Nacional de Desenvolvimento, conhecido como Plano de Metas, privilegia os setores de energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Para implementá-lo, busca financiamento externo para grandes empreendimentos, como usinas hidrelétricas e estradas, e tenta atrair o capital estrangeiro para investimentos no setor industrial, como o pólo automobilístico e de

eletrodomésticos na região do ABC paulista. Com o objetivo de promover o desenvolvimento regional e a interiorização econômica, territorial e demográfica do país, JK cria a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e constrói uma nova capital federal no Planalto Central. Brasília é inaugurada em 21 de abril de 1960. A modernização e o crescimento econômico do país são visíveis no final de seu governo. Mas JK deixa também uma pesada herança: o desequilíbrio nas contas públicas e a inflação alta.

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Governo Jânio Quadros (1961) – Baseado em um discurso moralista e em fortes críticas à situação econômica, o ex-governador de São Paulo vence as eleições presidenciais de 1960 como candidato da UDN. Empossado em janeiro de 1961, Jânio Quadros começa seu governo alardeando uma política externa independente e a defesa da soberania nacional. Adota medidas de austeridade econômica ditadas pelo FMI, restringindo o crédito e controlando os reajustes de salários. Ao mesmo tempo, toma decisões para agradar aos mais conservadores, como a proibição de jogos de azar, de corridas de cavalo e do uso de biquíni na praia. Para reforçar sua imagem popular e fortalecer sua autoridade, inicia uma campanha de descrédito dos políticos e

do Congresso. Ademais, condecora “Che” Guevara, Ministro da Economia de Cuba, com a mais importante comenda brasileira, o que gerou desconfianças nos setores políticos anticomunistas brasileiros e no governo norte-americano. Renuncia em 25 de agosto de 1961, num gesto nunca explicado inteiramente.

Governo João Goulart (1961-1964) – Depois de muita negociação, a UDN e a cúpula militar concordam com a posse do vice-presidente João Goulart, do PTB, após a renúncia de Jânio Quadros. Para isso, impõem a redução dos poderes presidenciais e a adoção do parlamentarismo. Em janeiro de 1963, entretanto, o presidencialismo é restabelecido por plebiscito. João Goulart lança então seu Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, elaborado por Celso Furtado e uma equipe de economistas ligados à Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), órgão da ONU com sede em Santiago do Chile. O programa, que tem um caráter reformista e desenvolvimentista, enfrenta forte oposição no Congresso e a desconfiança do empresariado nacional e estrangeiro. Sem condições de viabilizá-lo, o

presidente aceita a pressão da esquerda e mobiliza as massas em favor das chamadas reformas de base, um programa mais radical de transformação das estruturas agrária, bancária, tributária, fiscal e administrativa do país. À radicalização da esquerda segue-se uma maior radicalização da direita, com grandes manifestações de ambos os lados. No dia 13 de março de 1964, João Goulart faz um grande comício em frente à Estação da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, e uma semana depois, em 19 de março, as oposições conservadoras promovem a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo. A conspiração contra o governo avança, e em 31 de março um golpe destitui o presidente, implantando o Regime Militar de 1964. Regime Militar

Regime instaurado pelo golpe de Estado de 31 de março de 1964. Estende-se até o final do processo de abertura política, em 1985. É marcado por autoritarismo, supressão dos direitos constitucionais, perseguição policial e militar, prisão e tortura dos opositores e pela censura prévia aos meios de comunicação. O golpe – A crise político-institucional da qual nasce o regime militar começa com a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961. Agrava-se durante a administração João Goulart (1961-1964), com a radicalização populista do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e de várias organizações de esquerda e com a reação da direita conservadora. Goulart tenta mobilizar as massas trabalhadoras em torno das reformas de base, que alterariam as relações econômicas e sociais no país. Isso leva o empresariado, parte da Igreja Católica, a oficialidade militar e os partidos de oposição, liderados pela União Democrática Nacional (UDN) e pelo Partido Social Democrático (PSD), a denunciar a preparação de um golpe comunista, com a participação do presidente. Além disso, responsabilizam-no pela carestia e pelo desabastecimento. No dia 13 de março de 1964, o governo promove grande comício em frente da estação ferroviária Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em favor das reformas de base. Os conservadores reagem com uma manifestação em São Paulo, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de março. A tensão cresce. No dia 31 de março, tropas saídas de Minas Gerais e São Paulo avançam sobre o Rio, onde o governo federal conta com o apoio de setores importantes da oficialidade e das Forças Armadas. Para evitar a guerra civil, Goulart abandona o país e refugia-se no Uruguai.

No dia 1º de abril, o Congresso Nacional declara a vacância da Presidência. Os comandantes militares assumem o poder. Em 9 de abril é decretado o Ato Institucional Nº 1 (AI-1), que cassa mandatos e suspende a imunidade parlamentar, a vitaliciedade dos magistrados, a estabilidade dos funcionários públicos e outros direitos constitucionais.

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Governo Castello Branco (1964-1967) – O general Castello Branco é eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Declara-se comprometido com a defesa da democracia, mas logo adota posição autoritária. Decreta três atos institucionais, dissolve os partidos políticos e estabelece eleições indiretas para presidente e governadores. Cassa mandatos de parlamentares federais e estaduais, suspende os direitos políticos de centenas de cidadãos, intervém em quase 70% de sindicatos e federações de trabalhadores e demite funcionários. Institui o bipartidarismo com a Aliança Renovadora Nacional (Arena), de situação, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição. Cria o Serviço Nacional de Informações (SNI), que funciona como polícia política. Em janeiro de 1967, o governo impõe ao Congresso a aprovação da nova Constituição que incorpora a legislação excepcional e institucionaliza a ditadura.

Governo Costa E Silva (1967-1969) – Ministro do Exército de Castello Branco, o general Arthur da Costa e Silva assume a Presidência em 1967, também eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Em seu governo cresce a oposição à ditadura. Em meados de 1968, a União Nacional dos Estudantes (UNE) promove no Rio de Janeiro a Passeata dos Cem Mil. Ao mesmo tempo ocorrem greves operárias em Contagem (MG) e Osasco (SP). Grupos radicais de esquerda começam a organizar-se para a guerrilha urbana e promovem os primeiros assaltos a bancos para obter fundos.

O governo é pressionado pelos militares da linha dura, que defendem a retomada das ações repressivas no plano político, institucional e policial. Em 17 de abril de 1968, 68 municípios (incluindo todas as capitais) são transformados em zonas de segurança nacional, e seus prefeitos passam a ser nomeados pelo presidente. O deputado Márcio Moreira Alves (MDB/Guanabara), em discurso na Câmara, convoca a população a boicotar a parada militar de 7 de setembro, e o governo pede licença ao Congresso para processá-lo. O Parlamento nega a licença em 12 de dezembro. Na noite de 13 de dezembro, Costa e Silva fecha o Congresso e decreta o Ato Institucional Nº 5 (AI-5). Ao contrário dos anteriores, esse não tem prazo de vigência e dura até 1979. O AI-5 restabelece o poder presidencial de cassar mandatos, suspender direitos políticos, demitir e aposentar juízes e funcionários, acaba com a garantia do habeas-corpus, amplia e endurece a repressão policial e militar. Outros 12 atos institucionais complementares são decretados e passam a constituir o núcleo da legislação do regime. Governo da Junta Militar (31/8/1969-30/10/1969) – Gravemente doente, o presidente é substituído por uma Junta Militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). O vice-presidente, o civil Pedro Aleixo, é impedido de tomar posse. A Aliança de Libertação Nacional (ALN) e o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), grupos de esquerda, seqüestram no Rio o embaixador norte-americano Charles Elbrick. Ele é trocado por 15 presos políticos mandados para o México. Os militares respondem com a decretação da Lei de Segurança Nacional (18 de setembro) e com a Emenda Constitucional No 1 (17 de outubro), que na prática é uma nova Constituição, com a figura do banimento do território nacional e a pena de morte nos casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva". Ainda no final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, é morto em São Paulo pelas forças da repressão.

Governo Médici (1969-1974) – O general Emílio Garrastazu Médici, escolhido pela Junta Militar para ser o novo presidente, comanda o mais duro governo da ditadura, no período conhecido como os anos de chumbo. A luta armada intensifica-se e a repressão policial-militar cresce ainda mais. Ela é acompanhada de severa censura à imprensa, espetáculos, livros, músicas etc., atingindo políticos, artistas, editores, professores, estudantes, advogados, sindicalistas, intelectuais e religiosos. Espalham-se pelo país os centros de tortura do regime, ligados ao Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). A guerrilha urbana cede terreno rapidamente nas capitais, tenta afirmar-se no interior do

país, como no Araguaia, mas acaba enfraquecida e derrotada. O endurecimento político é respaldado pelo milagre econômico, que vai de 1969 a 1973. O produto

interno bruto (PIB) cresce a quase 12% ao ano, e a inflação média anual não ultrapassa 18%. O Estado arrecada mais, faz grandes empréstimos e atrai investimentos externos para projetos de grande porte no setor industrial,

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agropecuário, mineral e de infra-estrutura. Alguns desses projetos, por seu custo e impacto, são chamados de faraônicos, como a construção da rodovia Transamazônica e da Ponte Rio-Niterói.

Governo Geisel (1974-1979) – O general Ernesto Geisel enfrenta dificuldades que marcam o fim do milagre econômico e ameaçam a estabilidade do Regime Militar. A crise internacional do petróleo contribui para uma recessão mundial e o aumento das taxas de juro, além de reduzir muito o crédito, põe a dívida externa brasileira em um patamar crítico. O presidente anuncia então a abertura política lenta, gradual e segura e nos bastidores procura afastar os militares da linha dura, encastelados nos órgãos de repressão e nos comandos militares. A oposição se fortalece e nas eleições de novembro de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% para a Câmara dos Deputados e ganha em 79 das 90 cidades com mais de 100 mil

habitantes. A censura à imprensa é suspensa em 1975. A linha dura resiste à liberalização e desencadeia uma onda repressiva contra militantes e simpatizantes do clandestino Partido Comunista Brasileiro (PCB). Em outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog é assassinado em uma cela do DOI-Codi do 2º Exército, em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho é morto em circunstâncias semelhantes. O MDB vence novamente as eleições no final de 1976. Em abril de 1977, o governo coloca o Congresso em recesso e baixa o "pacote de abril". As regras eleitorais são modificadas de modo a garantir maioria parlamentar à Arena, o mandato presidencial passa de cinco para seis anos e é criada a figura do senador biônico, eleito indiretamente pelas Assembléias Legislativas estaduais. Em 1978, Geisel envia ao Congresso emenda constitucional que acaba com o AI-5 e restaura o habeas-corpus. Com isso, abre caminho para a normalização do país. No final do ano, o MDB volta a ganhar as eleições.

Governo Figueiredo (1979-1985) – O crescimento da oposição nas eleições de 1978 acelera a abertura política. O general João Baptista Figueiredo concede a anistia aos acusados ou condenados por crimes políticos. O processo, porém, é perturbado pela linha dura. Figuras ligadas à Igreja Católica são seqüestradas e cartas-bomba explodem nas sedes de instituições democráticas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O episódio mais grave é um malsucedido atentado terrorista promovido por militares no centro de convenções do Riocentro, no Rio, em 30 de abril de 1981.

Em dezembro de 1979, o governo modifica a legislação partidária e eleitoral e restabelece o pluripartidarismo. A Arena transforma-se no Partido Democrático Social (PDS), e o MDB acrescenta a palavra partido à sigla, tornando-se o PMDB. Outras agremiações são criadas, como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), de esquerda, e o Partido Popular (PP), de centro-direita. Redemocratização – A crise econômica se aprofunda e mergulha o Brasil na inflação e na recessão. Crescem os partidos de oposição, fortalecem-se os sindicatos e as entidades de classe. Em 1984, o país mobiliza-se na campanha pelas Diretas Já, que pede eleição direta para a Presidência da República. Mas a emenda é derrotada na Câmara dos Deputados em 25 de abril.

Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolhe o candidato Tancredo Neves como novo presidente da República. Ele integra a Aliança Democrática – a frente de oposição formada pelo PMDB e pela Frente Liberal, dissidência do PDS. A eleição marca o fim da ditadura militar, mas o processo de redemocratização só se completaria em 1988, no governo José Sarney, com a promulgação da nova Constituição. O processo de abertura política

Expressão usada para designar o processo de transição do Regime Militar de 1964 para uma ordem democrática, ocorrido no Brasil entre meados da década de 70 e o ano de 1985.

A partir do governo Ernesto Geisel entre 1974 e 1979, a crise econômica do país e as dificuldades do regime militar agravam-se. A alta do petróleo e das taxas de juros internacionais desequilibra o balanço brasileiro de pagamentos e estimula a inflação. Além disso, compromete o crescimento econômico, baseado em financiamentos externos. Apesar do encarecimento dos empréstimos e da enorme dívida externa, o governo não

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interrompe o ciclo de expansão econômica do começo dos anos 70 e mantém os programas oficiais e os incentivos aos projetos privados. Ainda assim, o desenvolvimento industrial é afetado e o desemprego aumenta.

Nesse quadro de dificuldades, o apoio da sociedade torna-se indispensável. Para consegui-lo, Geisel anuncia uma "distensão lenta, gradual e segura" do regime autoritário em direção à democracia. O processo de transição democrática é longo e ocorre com avanços e recuos. Ainda em 1974, o governo permite a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, e o partido de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), ganha as eleições. Os militares contrários ao restabelecimento da democracia, conhecidos como "linha-dura", reagem. Aumentam os casos de tortura nos cárceres militares e, em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog é morto numa cela do DOI-Codi, órgão do 2º Exército, em São Paulo. A morte do metalúrgico Manuel Fiel Filho, em 17 de janeiro de 1976, também no DOI-Codi, leva à destituição do general Ednardo D''Ávila Melo do comando do 2º Exército.

Em 1977, prevendo nova vitória da oposição na eleição seguinte, Geisel fecha o Congresso Nacional, cassa parlamentares e decreta o "pacote de abril". Ele altera as regras eleitorais para beneficiar a Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido oficial, e garantir maioria parlamentar para o governo. No mesmo ano, o general linha-dura Sylvio Frota é exonerado do Ministério do Exército em função de suas manobras contra a transição democrática. Em 1978 são proibidas greves em setores considerados estratégicos para a segurança nacional, como o de energia. Em contrapartida acaba a censura prévia a publicações e espetáculos e são revogados os atos institucionais que criaram a legislação excepcional militar. O bom desempenho da oposição nas eleições acelera a abertura política. Em 1979, o general João Baptista Figueiredo assume a Presidência da República até 1985. Sanciona a Lei da Anistia e promove uma reforma política que restabelece o pluripartidarismo.

Diretas Já – Entre 1980 e 1981, prisões de líderes sindicais da região do ABC paulista, entre eles Luís Inácio Lula da Silva, presidente do recém-criado Partido dos Trabalhadores (PT), atentados terroristas na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no centro de convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro, revelam as grandes dificuldades da abertura. Ao mesmo tempo, começa a se formar um movimento suprapartidário em favor da aprovação da emenda constitucional, proposta pelo deputado federal mato-grossense Dante de Oliveira, que restabelece a eleição direta para a Presidência da República. A campanha das Diretas Já espalha-se em grandes comícios, passeatas e manifestações por todo o país. Apesar disso, em 25 de abril de 1984, a emenda é derrotada no Congresso.

A mobilização popular, no entanto, força uma transição para a democracia, negociada entre a sociedade e o regime militar. Os entendimentos são articulados pelo governador mineiro Tancredo Neves, um dos líderes oposicionistas. À frente de uma chapa formada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e pelo Partido da Frente Liberal (PFL), Tancredo Neves é eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985. Tancredo adoece, não chega a tomar posse e morre em 21 de abril. Seu vice, José Sarney assume a Presidência.

A última eleição indireta marca o fim do regime militar, mas a transição para a democracia só se completa em 1988, no governo de José Sarney, com a promulgação da nova Constituição brasileira. O BRASIL NA NOVA ORDEM MUNDIAL Não só o Brasil, mas a América Latina como um todo, entrou na chamada nova ordem mundial como o pé esquerdo. Os anos 80 ficaram conhecidos como a década perdida, período que foi marcado por hiperinflação, estagnação econômica, recessão, desemprego e estouro da dívida pública dos países emergentes. As três maiores economias latino-americanas, Brasil, México e Argentina se viram forçadas a decretar moratória das suas dívidas externas. O presidente Raúl Alfonsín, da Argentina, sequer conseguiu terminar o seu mandato, foi apeado do poder pelos argentinos mediante protestos de rua generalizados, saques e panelaços. No Brasil, depois de vários pacotes e planos econômicos frustrados, o presidente José Sarney saiu do poder, em 1990,

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deixando como herança, no último mês do seu governo, uma taxa de inflação de 84,32%. Portanto, o cenário para o seu sucessor não era nada paradisíaco.

Porém, o fim da guerra fria ensejou a restauração da democracia nos países da América Latina, inclusive no Brasil, que depois de 30 anos sem eleições diretas para presidente, em 1989, voltaria a escolher seu dirigente máximo através do voto popular. A imprensa, à época, empolgada com a redemocratização passava a idéia de que a volta da democracia resolveria todos os nossos problemas, o que não era verdade, e a eleição de 1989 foi à apoteose das massas. A Nova República Governo Sarney

Primeiro governante civil depois do Regime Militar de 1964, José Sarney é eleito pelo Colégio Eleitoral vice-presidente da chapa encabeçada por Tancredo Neves, que morre sem ter sido empossado. Sarney assume a Presidência em 15 de março de 1985 e fica até 15 de março de 1990. Enfrenta três desafios: a reforma constitucional, a estabilização da economia e a retomada do crescimento em um quadro de recessão e inflação alta.

Sarney chega ao governo após uma série de circunstâncias inusitadas. Era o líder do Partido Democrático Social (PDS) e encarregado pelo então presidente João Figueiredo de coordenar sua sucessão. Com a derrota no Congresso da emenda pelas eleições diretas em

1984, a oposição forma a Aliança Democrática, que reúne políticos de vários partidos, para disputar os votos do Colégio Eleitoral. O PDS lança a candidatura de Paulo Maluf, outro nome importante do partido, o que leva José Sarney a se desligar da agremiação. Entra como vice na chapa de Tancredo Neves, representando a Frente Liberal, dissidência do PDS, e filia-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Tancredo é eleito, mas, às vésperas da posse, apresenta um grave problema intestinal (diverticulite, segundo os médicos) e passa por muitas cirurgias. José Sarney começa a governar interinamente em 15 de março de 1985. Tancredo Neves morre em 21 de abril, e, no dia seguinte, Sarney assume oficialmente o cargo. Empresta à sua administração o título de Nova República, que designava o programa da Aliança Democrática (formada pela Frente Liberal e pelo PMDB), e cumpre cinco anos de mandato, um a mais que o previsto na carta-compromisso da Aliança, negociada no Congresso. Reforma constitucional – A reforma começa com a revogação da legislação autoritária. Entre 1985 e 1986, a eleição direta para a Presidência da República é restabelecida, o voto dos analfabetos é aprovado, os partidos políticos são legalizados, a censura prévia é extinta e acabam as intervenções nos sindicatos. Em novembro de 1985 realizam-se eleições diretas para 201 prefeituras, inclusive das capitais de estados e territórios. No ano seguinte, junto com os governadores estaduais, é eleito o Congresso Nacional encarregado de escrever a nova, promulgada em 1988. Plano Cruzado – Os problemas da economia são enfrentados pelo Plano Cruzado, lançado em 28 de fevereiro de 1986. Ele muda a moeda de cruzeiro para cruzado, congela preços e salários por um ano e acaba com a correção monetária. Alcança bons resultados no início, mas os ajustes considerados necessários são adiados para não prejudicar os candidatos do governo nas eleições de novembro. A estratégia eleitoral dá certo, mas a economia fica desorganizada e a inflação dispara. No decorrer dos anos seguintes são lançados mais dois programas de estabilização: os planos Bresser e Verão. No entanto, eles não obtêm sucesso. No último ano do governo, a inflação mensal cresce aceleradamente, ultrapassando 80% em março de 1990. Sarney é sucedido por Fernando Collor de Mello.

As eleições de 1989 As eleições de 1989 caracterizaram-se pelo grande número de candidatos, pela polarização ideológica e pela grande participação popular. A campanha apresentou sistematicamente o crescimento da candidatura Lula, do Partido dos Trabalhadores, que no primeiro turno, terminou em segundo lugar, sendo Collor o primeiro colocado. Para o segundo turno a candidatura Collor recebeu maciço apoio do empresariado e dos meios de comunicação, que temiam uma eventual vitória da esquerda. Apesar do apoio dos grandes grupos empresariais, as duas candidaturas chegaram empatadas às vésperas das eleições. Nesse momento, ocorreu uma

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manipulação da opinião pública com a edição do último debate televisivo da Rede Globo de forma a favorecer Collor, que se sagrou vencedor nas urnas. Governo Collor

Primeiro governo civil brasileiro eleito por voto direto desde 1960 e escolhido de acordo com as regras da Constituição de 1988, com plena liberdade partidária e eleição em dois turnos. Tem curta duração: de 15 de março de 1990 a 2 de outubro de 1992, quando o presidente é afastado para responder ao processo de impeachment.

Fernando Collor de Mello derrota Luís Inácio Lula da Silva, líder da esquerda, no segundo turno da eleição presidencial de 1989. Collor conta com amplo apoio das forças conservadoras e entre suas promessas de campanha estão a moralização da política e o fim da inflação. Para as elites, oferece a modernização econômica do país conforme a receita do

neoliberalismo, com a redução do papel do Estado na economia. Plano Collor e corrupção – No dia seguinte ao da posse, o presidente lança seu programa de estabilização, o Plano Collor, baseado em um inédito confisco monetário. Além de eliminar a inflação, estabelece medidas para modernizar a economia e abri-la à competição internacional.

Já em 1991, as dificuldades enfrentadas pelo plano, que não acaba com a inflação e aumenta a recessão, começam a minar o governo. A situação se agrava com o surgimento de suspeitas de envolvimento de ministros e altos funcionários em uma grande rede de corrupção. Até a primeira-dama, Rosane Collor, é acusada de malversação do dinheiro público e de favorecimento ilícito de seus familiares.

As suspeitas transformam-se em denúncias por meio da imprensa. Em 25 de abril de 1992, Pedro Collor, irmão do presidente, dá uma entrevista à revista Veja, na qual fala sobre o "esquema PC" de tráfico de influência e irregularidades financeiras, organizado pelo empresário Paulo César Farias, amigo de Fernando Collor e tesoureiro de sua campanha eleitoral. Em 26 de maio, o Congresso Nacional instala uma comissão parlamentar de inquérito (CPI). Logo depois, a revista IstoÉ publica uma entrevista com Eriberto França, motorista da secretária de Fernando Collor, Ana Acioli. Ele confirma que as empresas de PC fazem depósitos regulares nas contas fantasmas movimentadas pela secretária. Todas essas informações atingem diretamente o presidente.

Com todo o esquema de corrupção revelado, amplos setores da sociedade passam a reivindicar a saída imediata de Collor da Presidência. Surgem inúmeras manifestações populares exigindo o impeachment do presidente. Nesse contexto, aparecem os caras-pintadas, jovens que, de forma consciente ou não, gritam o “fora Collor!”, clamando por moralidade na vida pública do país. Impeachment – Depois da comprovação das acusações e da mobilização da sociedade, o Congresso Nacional vota o impeachment presidencial. Primeiro, a Câmara dos Deputados autoriza a abertura do processo em 29 de setembro de 1992. No dia 2 de outubro, Collor é afastado e seu vice, Itamar Franco, assume

interinamente. Durante o julgamento do impeachment no Senado, em 29 de dezembro, Fernando Collor renuncia. Mesmo assim, a sessão prossegue, e, no dia seguinte, ele tem os direitos políticos cassados por oito anos. Governo Itamar

Itamar Franco, vice-presidente eleito com Fernando Collor de Mello, assume a

Presidência da República em caráter definitivo no dia 29 de dezembro de 1992, quando este renuncia antes de ter os direitos políticos cassados pelo Senado Federal. Deixa o governo em 1º de janeiro de 1995, com um dos índices de popularidade mais altos da República. Plebiscito – Em abril de 1993, cumprindo o previsto na Constituição, é realizado um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes não

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comparecem ou anulam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votam a favor da república e 10% da monarquia. O presidencialismo recebe cerca de 55% dos votos e o parlamentarismo, 25%. Em razão desse resultado, é mantido o regime republicano e presidencialista. Plano Real – No campo econômico, o governo enfrenta dificuldades com a falta de resultados no combate à inflação. Os ministros da Fazenda sucedem-se até que Fernando Henrique Cardoso é nomeado para o cargo. No final de 1993, ele anuncia várias medidas para estabilizar a moeda. Em 1º de julho de 1994 é implantado o Plano Real, novo pacote econômico que, entre outras disposições, muda a moeda de cruzeiro real para real. CPI do Orçamento – Entre 1993 e 1994, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Congresso Nacional investiga irregularidades na elaboração do Orçamento da União. A CPI prova o envolvimento de ministros, parlamentares e altos funcionários em um esquema de manipulação das verbas públicas, que eram desviadas para empreiteiras e apadrinhados políticos. A autoridade do presidente, contudo, não é abalada pelo resultado das investigações. No final de seu mandato, Itamar Franco apóia a candidatura do ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, à Presidência da República. Governo FHC

Fernando Henrique Cardoso retomou o programa neoliberal de privatizações iniciado

no governo Collor, promovendo a venda de grandes empresas estatais, como a CSN e a Companhia Vale do Rio Doce, e do sistema de telefonia. Durante seu governo, FHC deu prioridade à abertura da economia, buscando integrá-la ao mercado mundial, e à promoção de reformas na estrutura do Estado.

A abertura da economia implicou a redução de tarifas de importação, levando à entrada de muitos produtos estrangeiros no mercado nacional, resultando na falência de muitas empresas brasileiras, incapazes de enfrentar a concorrência estrangeira. As conseqüências

sociais dessa política foram extremamente negativas, o que pode ser constatado pelo aumento desenfreado do desemprego e pelo agravamento do quadro recessivo da economia.

Apesar de todo esse quadro, o Congresso Nacional aprova, em 1997, uma Emenda Constitucional que garantia a reeleição do presidente da República e de outros ocupantes de cargos executivos em eleições sucessivas.

FHC é reeleito em 1998 devido ao relativo sucesso do Plano Real. Contudo, seu segundo mandato foi ainda mais convulsionado do que o primeiro. Segundo mandato de FHC

Turbulências na área econômica marcam o início do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, que começa em 1 de janeiro de 1999. Logo após a posse, enquanto o Brasil renegocia o acordo fechado no final do ano anterior com o Fundo Monetário Internacional (FMI Governo Lula

O quadro recessivo da era FHC, aliado à manutenção das graves desigualdades sociais no país, levaram a uma expressiva derrota do candidato governista José Serra nas eleições de outubro de 2002. Luis Inácio Lula da Silva, finalmente chegava ao poder, depois de três eleições disputadas.

Seus primeiros meses de governo foram marcados por um elevadíssimo apoio popular, resultante dos êxitos iniciais da política econômica (controle da inflação), bem como do lançamento do programa social de combate à fome denominado Fome Zero.

Contudo, esses êxitos iniciais foram obtidos ao preço de uma altíssima taxa de juros, que estrangula o crescimento econômico do país.

Todos no país esperavam mudanças drásticas na política econômica e na gestão do Estado brasileiro. O que aconteceu surpreendeu não só a aposição como também os partidários de Lula, quatro anos após a posse o que se viu no país foi uma continuidade da política econômica do governo FHC. O presidente Lula foi apontado

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por seus críticos e ex-aliados como o presidente mais conservador dos últimos 20 anos.

A conduta conservadora do Governo Lula apareceu ao indicar para o dirigir o Banco Central (BC) o tucano Henrique Meirelles que tinha sido eleito deputado pelo PSDB. O novo governo manteve as bases econômicas do governo anterior, indo de encontro a todo histórico de lutas do próprio PT.

Lula se mostrou um presidente que mudou os seus conceitos ao longo do tempo, fez uma carreira de luta e defesas em prol da classe operaria e ao chegar à presidência dá continuidade a um governo totalmente neoliberal. Veja os antagonismos de Lula:

Lula era contra as privatizações (deu continuidade as privatizações do governo anterior.)

Lula defendia o boicote ao FMI (Quitou a dívida com o FMI).

Lula era contra a reforma da previdência (fez a reforma da previdência)

Lula era contra à medida que permitia a reeleição para presidente (se candidatou e foi reeleito)

Lula e o PT defendiam instalações de todas a CPI´s (hoje são veementemente contra as CPI´s).

Os quatros primeiros anos de governo Lula foi marcado por avanços sociais (Programa Fome Zero, renda minha, bolsa escola, etc.), estabilidade econômica (inflação controlada e dólar em baixa) o que contribuiu para a melhora dos indicadores econômicos. Espaço Agrário Transformações do espaço produtivo Até 1822 as terras brasileiras pertenciam à coroa portuguesa, entre 1822 e 1850 vigorou no Brasil o sistema de posse livre, quando então entrou em vigor a Lei de Terras. A produção agrária no Brasil desde a colonização foi voltada para o mercado externo (monocultura) - cana-de-açúcar, cacau, algodão, café, etc. -, mas em 1930 devido a quebra na bolsa de valores de Nova York (1929), as regiões agroexportadoras do sudeste e nordeste entraram em crise e a indústria tomou forte impulso na região sudeste, havendo assim uma fragmentação das grandes propriedades devido aos investimentos em atividades econômicas urbanas ( indústrias). Mudanças nas atividades rurais O Brasil ocupa uma posição de destaque no mercado mundial de produtos agrícolas e agroindustriais, no entanto para abastecer o mercado interno há necessidade de importamos vários produtos – trigo, arroz, cevada, milho, etc. O espaço agrário vem passando por profundas transformações, intensificando a produção através da modernização das atividades agrárias e ampliação das fronteiras agrícolas. O produto que ocupa a posição de maior destaque nas exportações agropecuária brasileira atualmente é a soja. De modo geral a pecuária brasileira é predominantemente extensiva, onde o gado é criado a solto sem maiores cuidados, como o aprimoramento das raças e a aplicação de vacinas, o que facilita os surtos de febres aftosa como o ocorrido em 2000; 2001;2005 e 2006. Mas na ultima década a pecuária vem se modernizando e começando a ser semi-intensiva/intensiva em algumas localidades. Modernização no campo brasileiro.

Apesar da modernização visível no campo brasileiro, ela ainda não é uniforme, pois atinge áreas de

forma seletiva, ou seja, aonde exista maior interesse do capital, pois a base rural brasileira continua sendo a concentração de terras. A modernização não só exige uma melhor distribuição de terras, assim como uma mudança na política agrária do Brasil.

Concentração Fundiária no Brasil

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CF/88-Art. 5º XXII - é garantido o direito de

propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a

sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o

procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

A modernização da agricultura não conseguiu mudar a grande concentração fundiária existente no país, pois manteve os privilégios dos grandes proprietários e desprezou o destino dos não contemplados pelas modificações. Além disso, colaborou para o aumento da concentração de terras, dando espaço para o surgimento de novos latifúndios pertencentes a empresas e bancos. As estruturas agrárias matem-se praticamente intocada desde as Capitanias hereditárias /Sesmarias até os dias atuais. Historicamente tendeu a grande propriedade, pela nossa característica agro-exportadora de produtos tropicais que necessitavam de grandes extensões de terras para se tornarem economicamente viáveis. Nos tempos coloniais cabia à Coroa Portuguesa doar terra para os interessados em ocupar e colonizar o Brasil. Essa situação só foi modificada em 1850, com a Lei das Terras – as terras deveriam ser compradas e pagas em espécie (dinheiro), o que privilegiava os grandes proprietários, os detentores do capital, o que propiciou uma maior concentração de terra. Em 1964 os militares criam o Estatuto da Terra que pretendia desapropriar as terras “improdutivas” criando um imposto de progressão geométrica a cada ano de imposto devido, sendo assim a terra desapropriada sem indenização em função do imposto devido. O Estatuto da Terra foi criado pela Lei 4.504, de 30-11-64. As metas estabelecidas por esse estatuto são basicamente duas:

- Desenvolvimento da agricultura - Realização da reforma agrária. O Estatuto da Terra classifica a estrutura agrária tendo como ponto norteador o módulo Rural –

propriedade que explorada pelo proprietário e sua família, absorvendo-lhes toda a mão-de-obra, lhes garantam a subsistência e também progresso social.

Com base no conceito de módulo rural têm-se as demais classificações: - Latifúndio por dimensão: propriedade agrária 600 vezes superior o módulo rural da região. - Latifúndio por exploração: Imóvel rural inexplorado que possua até 600 vezes o tamanho do

módulo rural da região - Empresa rural: imóvel com até 600 vezes o módulo rural , mas que é explorado de forma racional - Minifúndio – propriedade rural menor que o módulo rural da região. Utilizando como base o módulo rural, a Lei nº 8.629, sancionada em 1993, definiu que a classificação

dos imóveis rurais, segundo a sua dimensão, passaria a ser realizada com base no módulo fiscal, conceito este derivado do módulo rural. Trata-se na realidade do módulo rural médio do município a ser classificado. Este módulo pode variar de 05 a 110 hectares pelo país.

A partir dessa nova classificação, os imóveis rurais passaram a ser classificados da seguinte maneira: - Minifúndio – imóvel rural menor que o módulo fiscal estipulado para o respectivo município. - Pequena propriedade – imóvel rural que tem sua área entre 1 e 4 módulos fiscais. - Média propriedade – imóvel rural que tem sua área entre 4 e 15 módulos fiscais. - Grande propriedade – imóvel rural que tem sua área acima de 15 módulos fiscais. A Luta organizada pela terra

Os primeiros movimentos organizados de luta pela terra surgiram no final do governo JK, as Ligas Camponesas, no nordeste, e o Master, no Sul do País. As táticas utilizadas por esses movimentos eram as mesmas utilizadas hoje, pelo MST. Ocupação e invasão de terras e prédios públicos como forma de exercer pressão sobre o governo para acelerar os processos de assentamento.

Durante o Governo João Goulart, que era de esquerda (PTB), os movimentos sociais intensificaram as suas ações de reivindicação, levando o governo a assinar, no histórico comício da Central do Brasil, em 13/03/1964, um decreto que autorizava a desapropriação para assentamento de todas as terras contíguas às rodovias, ferrovias e açudes da União. Esse decreto não foi implementado, porque a elite agrária reagiu e junto com outros setores

conservadores da sociedade, patrocinaram o golpe militar de 1964, que

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CF/88-Art. 184º Compete à União desapropriar por interesse

social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.

derrubou o Governo Jango e implantou a ditadura militar. O Governo de Castello Branco abandonou a política agrária de Jango e criou o Estatuto da Terra (Lei

4.504) estabelecendo metas para a reforma agrária. De acordo com o Estatuto, o acesso à terra é um direito de quem nela vive e trabalha – e é obrigação do Estado garantir esse direito. Pelo Estatuto, o solo com condições de plantio ou criação de animais deve produzir e dar empregos ou ser reserva ecológica. A Constituição de 1988 reafirma esses pontos e define que a terra precisa ter função social.

Na prática, o Estatuto priorizou a criação de linhas de crédito para os grandes proprietários em detrimento dos pequenos, contribuindo para o agravamento da concentração de terras. Foi a reforma agrária às avessas. Em 1985 o Plano Nacional de Reforma Agrária, instituído pelo Governo Sarney, beneficiou 90 mil

famílias. Em 1994, na comemoração dos 30 anos do Estatuto da Terra, constatou-se, através do INCRA, que 300 mil famílias haviam sido assentadas.

Nos dois mandatos de FHC a reforma agrária foi acelerada, principalmente, em função da pressão de movimentos sociais de luta pela terra como MST, Contag

(Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e

Comissão Pastoral da Terra (CPT). O governo afirma que

565 mil famílias foram assentadas, número contestado pelos movimentos sociais. O Ministério do Desenvolvimento Agrário realizou auditoria e descobriu que, dos assentados, apenas 3% dos beneficiados têm o título de posse definitiva da terra. Sem o título o trabalhador pode perdê-la para antigos proprietários, como vem ocorrendo em vários estados.

Em resposta, aos movimentos de luta pela terra, os grandes proprietários começaram a se organizar e criaram, em 1985, a UDR (União Democrática Ruralista), surgida em Goiás, que agrega os latifundiários na defesa dos seus interesses. A UDR diz não ser contrária à reforma agrária, porém quer que ela seja feita de forma pacífica, com respeito à lei e ao estado democrático de direito. Uma vez que o direito à propriedade está previsto na Constituição.

Uma realidade, facilmente constatada, é que a bandeira de luta pela terra, não é injusta num País, onde,

segundo o Incra, 2% dos proprietários de terras são donos de metade das terras agricultáveis do país. Jamais seremos uma

nação desenvolvida sem uma melhor distribuição da terra, processo pelo qual passou todos os países desenvolvidos. Outra realidade é que nenhuma das partes, movimentos sociais e fazendeiros, estão satisfeitos com a política agrária nacional, e ambos os lados vêm cometendo atos de desrespeito às leis vigentes, tanto sem-terra, com invasão de terras produtivas e atos de vandalismo, como fazendeiros que armam milícias privadas e encomendam assassinatos.

A bandeira de luta pela terra é justa, talvez não seja justa a forma como essa luta vem sendo conduzida. MST

O processo de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou-se nos anos 1979-1984. Nesse período, a articulação das experiências de luta pela terra que aconteciam, principalmente, nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina levaram à fundação do MST, na realização do Primeiro Encontro Nacional, em janeiro de 1984, na cidade de Cascavel – PR. Em São Paulo, desde 1979 até 1984, as lutas dos posseiros da fazenda Primavera, em Andradina; dos sem-terra nas ocupações da fazenda Pirituba, em Itapeva; dos acampamentos no Pontal do Paranapanema e da luta pela terra, em Sumaré, articuladas pela Comissão Pastoral da Terra - CPT foram às experiências que possibilitaram a construção do MST-SP. Os trabalhadores que

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realizaram essas lutas participaram ativamente do Primeiro Encontro Nacional (1984) e do Primeiro Congresso do MST, realizado em 1985, na cidade de Curitiba – PR. No período de 1985 – 1990, o MST intensificou a luta pela terra nas regiões em que já estava organizado e a ampliou para as outras regiões, realizando ocupações. Desde 1990, o Movimento organizou lutas e conquistou assentamentos em quase todas as regiões. De 1990 até 2.000, o Movimento procurou por meio da luta pela terra ampliar a organização dos trabalhadores sem-terra. Desse modo, preocupou-se com a organização da produção, criando cooperativas e associações de produtores, desenvolvendo a educação, a organização das mulheres e dos jovens. Nesse período, o MST tornou-se reconhecido no Brasil e em quase todo o mundo. Essas lutas e conquistas derrubaram a tese em que a questão já estaria ultrapassada. Na realidade, ocorre a intensificação da questão agrária. Conforme os dados do Censo Agropecuário de 1985, o número de pessoas ocupadas na agricultura, nos estabelecimentos de até 100 hectares era: 579.241. Já o Censo de 1995/1996 registrou apenas 379.212. Quanto aos assalariados rurais, nesses dez anos, o número diminuiu em 98.721 pessoas. Segundo os dados do Instituto de Terras do Estado de São Paulo, nesse período foram assentadas 7.169 famílias ou aproximadamente 29 mil pessoas. Esses dados são exemplos do processo de exclusão e de resistência que os trabalhadores estão vivendo. Na intensificação da concentração fundiária, em 1985, os estabelecimentos de até 50 hectares representavam 214.163 estabelecimentos. Já em 1995/1996, esse número caiu para 158.913 estabelecimentos. Em dez anos, esse grupo de área diminuiu em 25%. Por outro lado, os estabelecimentos com mais de 10 mil hectares aumentaram suas áreas em 105.690 hectares. As ocupações de terra tornaram-se a forma mais importante de acesso à terra. Desde 1979 até 1999, os sem-terra conquistaram 145 assentamentos no Estado de São Paulo, onde foram assentadas 10.925 famílias, em 239.540 hectares O MST conta com o apoio da Comissão Pastoral da Terra e das Comunidades Eclesiais de base ligados a Igreja Católica. A criação oficial do movimento deu-se em 1984, quando tornou-se nacional, contando com uma organização considerável: direção nacional, direções estaduais e regionais.Em 1996, eram 1564 assentamentos e 244 acampamentos ligados ao MST. Assentamentos regularizados contribuem com recursos das cooperativas (2% do faturamento) e financiamentos e empréstimos de máquinas e equipamentos para subsidiar novas ocupações. A existência do MST impulsiona o Estado a planejar a estabelecer novas metas de distribuição de terras, coloca em evidência a necessidade de uma Reforma Agrária e de um novo modo de vida, mais cooperativo e coletivo. MLST: Reforma Agrária ou Vandalismo?

Em junho de 2006, cerca de 700 integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), invadiram o Congresso Nacional. O grupo é uma dissidência do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) criada em 1997 e é comandado por Bruno Maranhão, ex-guerrilheiro e filho de usineiro, membro da Executiva Nacional do PT, provocaram um intenso quebra-quebra. O MLST é considerado como o segundo maior grupo de trabalhadores sem-terra, atrás somente do MST.

A invasão terminou com a prisão de 497 integrantes do movimento, por ordem do Presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB). Outros 42 menores também participaram da invasão. Pelo menos 41 pessoas ficaram feridas no episódio.

Segundo o movimento, o quebra-quebra aconteceu porque eles foram proibidos de entrar na Câmara. Eles cobram a destinação de terras pelo governo para a reforma agrária.

De acordo com o professor de geografia agrária, na UNESP de Presidente Prudente, Bernardo Mançano, especialista em movimentos sociais. "Há no país hoje 73 movimentos de sem-terra. O MST é o mais famoso deles porque dos 73, com um total de 100 mil famílias, 50 mil fazem parte do MST, que atua em 23 Estados. Já o MLST é um movimento regional, pequeno, que atua em no Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo". O MLST diz atuar em 12 estados. Mançano disse, ainda, que o MLST não costuma agir com violência.

O MST e o MLST não se "bicam" e já entraram em choque no ano passado, quando ocuparam a mesma fazenda, em Alagoas. Os dois grupos disputaram a invasão da fazenda Riachão, que pertence à falida Usina Agrisa e que estava invadida pelo MLST desde outubro de 2004.

A produção agrária brasileira se coloca entre as maiores do mundo. Hoje a mecanização e o emprego de insumos agrícolas, já constitui uma característica marcante da nossa agricultura, o que aumenta

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consideravelmente a produção, mas que também segrega o pequeno produtor que não tem acesso a essas novas tecnologias.

A estruturação do espaço agrário brasileiro está concentrado nas regiões Sul e Sudeste, sendo a região Centro-Oeste e Norte o grande estoque de terras para as incursões da fronteira agrícola .

A produção agropecuária do Brasil é determinada pelo mercado externo, a exemplo temos a produção das duas ultimas décadas, onde houve um aumento significativo na produção de soja, laranja e de cana-de-açúcar. Em contrapartida os produtos destinados ao mercado interno sofreram retrações na produção – produtos como: feijão, arroz, mandioca, entre outros.

A agricultura brasileira desempenha importante papel no controle da balança comercial. A agricultura tem como funções básicas:

- Gerar divisas por meio de exportações. - Abastecer a indústria - Alimentar as cidades.

Saiu no Jornal

DA EQUIPE DO CORREIO BRAZILIENSE - 18 de janeiro de 2009 (Domingo) ULLISSES CAMPBELL

Um dos maiores e mais notórios movimentos sociais do país, o MST completou 27 anos dia 24 de janeiro. Desde o seu nascimento, ocorrido no seio da Igreja Católica no fim do regime militar, até hoje, a entidade criada com inspirações marxistas coleciona uma trajetória de dar inveja a qualquer grupo que lida com a massa popular e o poder que exerce sobre ela. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em todo o país há 7 mil assentamentos,

somando cerca de 1,2 milhão de famílias vivendo em 70 milhões de hectares de terras distribuídas pelos governos federal e estaduais. Desse universo grandioso, pelo menos 370 mil famílias estão em assentamentos administrados diretamente pelo MST. Isso corresponde a 1,5 milhão de pessoas que seguem a cartilha do movimento, repassando a ele, inclusive, parte da produção agrícola — “a título de cortesia’’, como frisa a diretoria da entidade. No campo brasileiro, terra é sinônimo de poder desde que os portugueses chegaram ao país. Nos dias de hoje, o MST tem sob sua tutela pelo menos 7 milhões de hectares, distribuídos em 24 estados nos quais a bandeira vermelha tem representação. São lotes que seus associados receberam do governo nos últimos 25 anos. Com fome de terra, o movimento quer mais: reivindica cerca de 2,6 milhões de hectares para assentar mais 130 mil famílias de sem-terra que estão acampadas, à espera de um lote. “Nossa luta só vai parar quando não houver mais nenhum brasileiro desempregado”, avisa o líder nacional Egídio Brunetto, que tem base no Mato Grosso do Sul. Financiamento O MST sobrevive de contribuições financeiras de simpatizantes brasileiros e internacionais. Como é um movimento social, a organização não tem registro legal; portanto, não é obrigada a prestar contas a nenhum órgão de governo em relação às doações. No entanto, como também recebe dinheiro do governo federal, volta e meia as entidades ligadas ao movimento são alvo de auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU). Na última, feita na Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), os auditores concluíram que a entidade terá de devolver R$ 4,4 milhões ao governo federal por uso indevido. Desde o início da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, movimentos ligados ao MST já receberam mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos. Comparando o governo do PT com o de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o aumento dos repasses foi de 76%, segundo a organização não-governamental Contas Abertas. MST em números;

Há 1,5 milhão de pessoas ligadas ao movimento, entre sem-terras e agricultores

370 mil famílias assentadas em 1,8 assentamentos graças as ações do movimento.

130 mil famílias estão acampadas à espera de um lote.

Está presente em 23 Estados e no DF (menos Acre, Amazonas e Amapá)

Cada Estado possui 50 coordenadores

São 400 coordenadores nacionais em todo Brasil

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Atualidades

Cada assentamento te dois coordenadores, sendo um de cada sexo.

O MST administra 7,5 milhões de hectares de terras em todo país.

Os sem-terras tem 2 mil escolas públicas em acampamentos e assentamentos, que garantem o acesso à educação a mais de 160mil crianças e adolescentes.

A cada ano os educadores do MST alfabetizam 50 mil adultos. A mais de 100 cursos de graduação em parceria com universidades em todo país.

Cerca de 400 associações e cooperativas produzem de forma coletiva todo tipo de alimento cultivável.

INDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano), e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano - uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda. Desde o ano passado o Relatório de Desenvolvimento Humano deixou de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passou a utilizar uma classificação relativa. A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento (do qual o Brasil faz parte), o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011, e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (IDH) deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 apresenta valores e classificações do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para um número recorde de 187 países e territórios reconhecidos pela ONU. Um aumento significativo em relação aos 169 países incluídos no Índice de 2010, quando os indicadores-chaves de muitos dos novos países analisados este ano ainda estavam indisponíveis. No ranking global do IDH 2010, o Brasil obteve a classificação 73, entre os 169 países. No entanto, é enganoso comparar valores e classificações do RDH 2011 com os de relatórios publicados anteriormente . Isto porque, além da inclusão de 18 novos países, os dados e métodos sofreram ajustes e algumas mudanças. Intitulado “Sustentabilidade e equidade: Um futuro melhor para todos”, o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 mostra que o Brasil faz parte do seleto grupo de apenas 36 dos 187 países que subiram no ranking entre 2010 e 2011, seguindo os dados recalculados para a nova base deste ano. Os outros 151 permaneceram na mesma posição ou caíram. No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde – medida pela expectativa de vida –, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o IDH, educação e renda, responderam cada uma, por cerca de 30% desta evolução. Em uma análise de médio prazo, considerando a evolução de posições do ranking de 2006 a 2011, o Brasil está entre os 24 países com melhor desempenho, ou seja, aqueles que subiram 3 ou mais posições. Os pilares do IDH não foram alterados: o índice varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior) e engloba três dimensões fundamentais do desenvolvimento humano: conhecimento (mensurado por indicadores de educação), saúde (medida pela longevidade) e padrão de vida digno (medido pela renda). Mas houve modificação em alguns indicadores e no cálculo final do índice. Subíndice de longevidade Não mudou: continua sendo medido pela expectativa de vida ao nascer. Subíndice de educação É o único que engloba dois indicadores, e ambos foram alterados. Sai a taxa de alfabetização, entra a média de anos de estudo da população adulta (25 anos ou mais). Para averiguar as condições da população em idade escolar, em vez de taxa bruta de matrícula passa a ser usado o número esperado de anos de estudos (expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada, se os padrões atuais se mantiverem ao longo de sua vida escolar). Essas alterações foram feitas porque alguns países, sobretudo os do topo do IDH, haviam atingido níveis elevados de matrícula bruta e alfabetização — assim, esses indicadores vinham perdendo a capacidade de diferenciar o desempenho dessas nações. Na avaliação do Relatório de Desenvolvimento Humano, as novas variáveis captam melhor o conceito de educação e permitem distinguir com mais precisão a

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situação dos países. No entanto, assim como os indicadores anteriores, não consideram a qualidade da educação. No método antigo, a taxa de analfabetismo tinha peso 2 nesse subíndice, e a taxa de matrícula, peso 1. Agora, os dois novos indicadores têm peso semelhante. Subíndice de renda O PIB (Produto Interno Bruto) per capita foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que abrange os mesmos fatores que o PIB, mas também leva em conta recursos enviados ou recebidos do exterior — é uma maneira de captar melhor as remessas vindas de imigrantes, excluir da conta o envio de lucro para o exterior das empresas e computar a verba de ajuda humanitária recebida pelo país, por exemplo. Assim como na versão anterior usava-se o logaritmo natural do PIB per capita, agora usa-se o logaritmo natural da renda. Também foi mantido o modo como os valores são expressos: em dólar corrigido pela paridade do poder de compra (PPC), que leva em conta a variação do custo de vida entre os países. Normalização dos subíndices Para poder comparar indicadores diferentes (a renda é expressa em dólares, a expectativa em anos, por exemplo), cada subíndice é transformado numa escala de 0 a 1. Por isso, estabelece-se um valor máximo e mínimo para cada indicador. Até o relatório do ano passado, os níveis máximos eram fixados pelo próprio RDH; neste, foram usados os valores máximos verificados na série de dados (desde 1980). Com isso elimina-se a arbitrariedade na escolha desses níveis máximos e mínimos. Atualização dos dados

Saiu na Net

Brasil ocupa 84ª posição entre 187 países no IDH 2011

Estudo de qualidade de vida voltou a mudar de metodologia neste ano. Segundo cálculo atualizado, país melhorou 1 posição desde o ano passado.

Do G1, em São Paulo e em Brasília

O relatório do Desenvolvimento Humano 2011, divulgado em 2 de novembro de 2011, pelo

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), classifica o Brasil na 84ª posição entre

187 países avaliados pelo índice. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil em 2011 é de

0,718 na escala que vai de 0 a 1. O índice é usado como referência da qualidade de vida e

desenvolvimento sem se prender apenas em índices econômicos.

O país com mais alto IDH em 2011 é a Noruega, que alcançou a marca de 0,943. Os cinco

primeiros colocados do ranking são, pela ordem, Noruega, Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova

Zelândia. Segundo o Pnud, o pior IDH entre os países avaliados é o da República Democrática do

Congo, com índice 0,286. Os cinco últimos são Chade, Moçambique, Burundi, Níger e República

Democrática do Congo.

A metodologia usada pelo Pnud para definir o IDH passou por mudanças desde o relatório

divulgado em novembro de 2010. O índice que se baseia em dados como a expectativa de vida, a

escolaridade, a expectativa de escolaridade e a renda média mudou a fonte de alguns dos dados usados

na comparação. A expectativa é ter os mais recentes dados comparáveis entre os diferentes países.

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Atualidades

No ano passado, o Brasil aparecia classificado como o 73º melhor IDH de 169 países, mas,

segundo o Pnud, o país estaria em 85º em 2010, se fosse usada a nova metodologia. Desta forma, pode-

se dizer que em 2011 o país ganhou uma posição no índice em relação ao ano anterior, ficando em 84º

lugar.

Desenvolvimento humano elevado

O Pnud não soube indicar o que motivou a mudança de classificação do Brasil. Mas, analisando

os indicadores avaliados – expectativa de vida, anos médios de escolaridade, anos esperados de

escolaridade e renda nacional bruta per capita – dois tiveram mudanças: expectativa de vida e renda

nacional bruta.

O Brasil aparece entre os países considerados de "Desenvolvimento Humano Elevado", a

segunda melhor categoria do ranking, que tem 47 países com "Desenvolvimento Humano Muito

Elevado" (acima de IDH 0,793), além de 47 de "Desenvolvimento Humano Médio" (entre 0,522 e

0,698) e 46 de "Desenvolvimento Humano Baixo" (abaixo de 0,510).

De acordo com os dados usados no relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de US$

10.162, e a expectativa de vida, de 73,5 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de

vida escolar é de 13,8 anos.

O cálculo de IDH alterou neste ano a fonte de informação sobre renda dos países. O dado agora

passou a ser alinhado ao Relatório do Banco Mundial. O problema é que o dado dessa fonte é mais

antigo (de 2005) do que o usado no relatório IDH de 2010 (que era de 2008). Os números foram

ajustados e a comparação possível é que passamos de uma renda nacional bruta per capita de US$ 9.812

, em 2010, para US$ 10.162 em 2011.

No material divulgado pelo Pnud é possível comparar as tendências do IDH de todos os países

por índice e por valor total desde 1980. O destaque no caso brasileiro é para a renda, que aumentou 40%

no período. No mesmo tempo, a expectativa de vida aumentou em 11 anos; a média de anos de

escolaridade aumentou em 4,6 anos, mas o tempo esperado de escolaridade diminuiu.

Novos índices

Além do valor usado tradicionalmente para indicar o desenvolvimento humano de cada país, o

relatório deste ano apresenta novos índices: IDH Ajustado à Desigualdade, Índice de Desigualdade de

Gênero e Índice de Pobreza Multidimensional.

O IDH ajustado à desigualdade faz um retrato mais real do desenvolvimento do país, ajustando

às realidades de cada um deles. Com isso, o IDH tradicional passa a ser visto como um desenvolvimento

potencial. Levando a desigualdade em conta, o Brasil perde, em 2011, 27,7% do seu IDH tradicional. O

componente renda (dentre renda, expectativa de vida e educação) é que mais influi nesse percentual.

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Atualidades

No índice de desigualdade de gênero, o Brasil fica em patamar intermediário quando comparado

com os BRICS. O índice brasileiro é de 0,449. Rússia tem 0,338; China, 0,209; África do Sul, 0,490% e

Índia, 0,617.

Já o Índice de Pobreza Multidimensional é uma forma nova, mais ampla, de verificar quem vive

com dificuldades. No lugar da referência do Banco Mundial, que considera que está abaixo da linha de

pobreza quem ganha menos de US$ 1,15 por dia, o novo índice aponta privações em educação, saúde e

padrão de vida.

Segundo o Pnud o índice pode não ser tão importante para a situação do Brasil quanto para a de

países da África, pois, no Brasil, quem tem renda pode ter o acesso facilitado à qualidade de vida. Em

alguns países, porém, esse acesso não depende exclusivamente de recursos financeiros (às vezes, o país

tem infraestrutura precária demais, por exemplo).

IDH 20111 Noruega 0,943 ▲ (0,002) 2 Austrália0,929 ▲ (0,002) 3 Países Baixos 0,910 ▲ (0,001) 4 Estados Unidos 0,910 ▲ (0,002) 5 Nova Zelândia 0,908 6 Canadá 0,908 ▲ (0,001) 7 Irlanda 0,908 ▲ (0,001) 8 Liechtenstein 0,905 ▲ (0,001) 9 Alemanha 0,905 ▲ (0,002) 10 Suécia 0,904 ▲ (0,003) 11 Suíça 0,903 ▲ (0,002) 12 Japão0,901 ▲ (0,002) 13 Hong Kong 0,898 ▲ (0,004) 14 Islândia 0,898 ▲ (0,002) 15 Coreia do Sul 0,897 ▲ (0,003) 16 Dinamarca 0,895 ▲ (0,002) 17 Israel 0,888 ▲ (0,002) 18 Bélgica 0,886 ▲ (0,001) 19 Áustria 0,885 ▲ (0,002) 20 França 0,884 ▲ (0,001) 21 Eslovênia 0,884 ▲ (0,002) 22 Finlândia 0,882 ▲ (0,002) 23 Espanha 0,878 ▲ (0,002) 24 Itália 0,874 ▲ (0,001) 25 Luxemburgo 0,867 ▲ (0,002) 26 Singapura 0,866 ▲ (0,002) 27 República Checa 0,865 ▲ (0,002) 28 Reino Unido 0,863 ▲ (0,001) 29 Grécia 0,861 ▼ (0,001) 30 Emirados Árabes Unidos 0,846 ▲ (0,001)

31 Chipre 0,840 ▲ (0,001) 32 Andorra 0,838 33 Brunei 0,838 ▲ (0,001) 34 Estónia 0,835 ▲ (0,003) 35 Eslováquia 0,834 ▲ (0,002) 36 Malta 0,832 ▲ (0,002) 37 Qatar 0,831 ▲ (0,006) 38 Hungria 0,816 ▲ (0,002) 39 Polónia 0,813 ▲ (0,002) 40 Lituânia 0,810 ▲ (0,005) 41 Portugal 0,809 ▲ (0,001) 42 Bahrein 0,806 ▲ (0,001) 43 Letônia 0,805 ▲ (0,003) 44 Chile 0,805 ▲ (0,003) 45 Argentina 0,797 ▲ (0,003) 46 Croácia0,796 ▲ (0,002) 47 Barbados 0,793 ▲ (0,002) 48 Uruguai 0,783 ▲ (0,003) 49 Palau 0,782 ▲ (0,003) 50 Roménia 0,781 ▲ (0,002) 51 Cuba 0,776 ▲ (0,003) 52 Seychelles 0,773 ▲ (0,002) 53 Bahamas 0,771 ▲ (0,001) 54 Montenegro 0,771 ▲ (0,002) 55 Bulgária 0,771 ▲ (0,003) 56 Arábia Saudita 0,770 ▲ (0,003) 57 México 0,770 ▲ (0,003) 58 Panamá 0,768 ▲ (0,003) 59 Sérvia 0,766 ▲ (0,002) 60 Antígua e Barbuda 0,764 ▲ (0,001)

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61 Malásia 0,761 ▲ (0,003) 62 Trinidad e Tobago 0,760 ▲ (0,002) 63 Kuwait 0,760 ▲ (0,002) 64 Líbia 0,760 ▼ (0,01) 65 Bielorrússia0,756 ▲ (0,005) 66 Rússia 0,755 ▲ (0,004) 67 Granada 0,748 ▲ (0,002) 68 Cazaquistão 0,745 ▲ (0,005) 69 Costa Rica 0,744 ▲ (0,002) 70 Albânia0,739 ▲ (0,002) 71 Líbano 0,739 ▲ (0,002) 72 São Cristóvão e Nevis 0,735 73 Venezuela 0,735 ▲ (0,001) 74 Bósnia e Herzegovina 0,733 ▲ (0,002) 75 Geórgia 0,733 ▲ (0,004) 76 Ucrânia 0,729 ▲ (0,004) 77 Maurícia 0,728 ▲ (0,002) 78 Macedónia0,728 ▲ (0,002) 79 Jamaica 0,727 ▲ (0,001) 80 Peru 0,725 ▲ (0,004) 81 Dominica 0,724 ▲ (0,001) 82 Santa Lúcia 0,723 ▲ (0,003) 83 Equador 0,720 ▲ (0,002) 84 Brasil 0,718 ▲ (0,003) 85 São Vicente e Granadinas 0,717 ▲ (0,002) 86 Arménia 0,716 ▲ (0,002) 87 Colômbia0,710 ▲ (0,003) 88 Irã 0,707 89 Omã 0,705 ▲ (0,001) 90 Tonga 0,704 ▲ (0,001) 91 Azerbaijão 0,700 ▲ (0,001) 92 Turquia 0,699 ▲ (0,003) 93 Belize 0,699 ▲ (0,001) 94 Tunísia 0,698 95 Jordânia 0,698 ▲ (0,001) 96 Argélia 0,698 ▲ (0,002) 97 Sri Lanka 0,691 ▲ (0,005) 98 República Dominicana 0,689 ▲ (0,003) 99 Samoa 0,688 ▲ (0,002) 100 Fiji 0,688 ▲ (0,001) 101 China0,687 ▲ (0,005) 102 Turquemenistão 0,686 ▲ (0,005) 103 Tailândia 0,682 ▲ (0,002) 104 Suriname0,680 ▲ (0,003) 105 El Salvador0,674 ▲ (0,002) 106 Gabão 0,674 ▲ (0,004) 107 Paraguai 0,665 ▲ (0,003)

108 Bolívia 0,663 ▲ (0,003) 109 Maldivas 0,661 ▲ (0,003) 110 Mongólia 0,653 ▲ (0,006) 111 Moldávia 0,649 ▲ (0,005) 112 Filipinas 0,644 ▲ (0,003) 113 Egito 0,644 114 Palestina 0,641 ▲ (0,001) 115 Uzbequistão 0,641 ▲ (0,005) 116 Estados Federados da Micronésia0,636 ▲ (0,001) 117 Guiana 0,633 ▲ (0,004) 118 Botswana 0,633 ▲ (0,002) 119 Síria 0,632 ▲ (0,001) 120 Namíbia 0,625 ▲ (0,003) 121 Honduras0,625 ▲ (0,002) 122 Kiribati0,624 ▲ (0,003) 123 África do Sul 0,619 ▲ (0,004) 124 Indonésia 0,617 ▲ (0,004) 125 Vanuatu 0,617 ▲ (0,002) 126 Quirguistão 0,615 ▲ (0,004) 127 Tadjiquistão 0,607 ▲ (0,003) 128 Vietna 0,593 ▲ (0,003) 129 Nicarágua 0,589 ▲ (0,002) 130 Marrocos0,582 ▲ (0,003) 131 Guatemala 0,574 ▲ (0,001) 132 Iraque 0,573 ▲ (0,006) 133 Cabo Verde 0,568 ▲ (0,002) 134 Índia 0,547 ▲ (0,005) 135 Gana 0,541 ▲ (0,008) 136 Guiné Equatorial 0,537 ▲ (0,003) 137 República do Congo 0,533 ▲ (0,005) 138 Laos 0,524 ▲ (0,004) 139 Camboja 0,523 ▲ (0,005) 140 Suazilândia 0,522 ▲ (0,002) 141 Butão 0,522 ▲ (0,004) 142 Ilhas Salomão 0,510 ▲ (0,003) 143 Quênia 0,509 ▲ (0,004) 144 São Tomé e Príncipe 0,509 ▲ (0,003) 145 Paquistão 0,504 ▲ (0,001) 146 Bangladesh 0,500 ▲ (0,004) 147 Timor-Leste 0,495 ▲ (0,004) 148 Angola0,486 ▲ (0,004) 149 Myanmar 0,483 ▲ (0,004) 150 Camarões 0,482 ▲ (0,003) 151 Madagáscar 0,480 ▼ (0,001) 152 Tanzânia 0,466 ▲ (0,005) 153 Papua-Nova Guiné 0,466 ▲ (0,004)

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Atualidades

154 Iémen/Iêmen 0,462 ▲ (0,002) 155 Senegal 0,459 ▲ (0,002) 156 Nigéria0,459 ▲ (0,005) 157 Nepal 0,458 ▲ (0,003) 158 Haiti 0,454 ▲ (0,005) 159 Mauritânia0,453 ▲ (0,002) 160 Lesoto0,450 ▲ (0,004) 161 Uganda0,446 ▲ (0,004) 162 Togo 0,435 ▲ (0,002) 163 Comores 0,433 ▲ (0,002) 164 Zâmbia 0,430 ▲ (0,005) 165 Djibouti 0,430 ▲ (0,003) 166 Ruanda 0,429 ▲ (0,004) 167 Benim 0,427 ▲ (0,002) 168 Gâmbia 0,420 ▲ (0,002) 169 Sudão0,408 ▲ (0,002) 170 Costa do Marfim 0,400 ▼ (0,001) 171 Malawi 0,400 ▲ (0,005)

172 Afeganistão 0,398 ▲ (0,004) 173 Zimbabwe 0,376 ▲ (0,012) 174 Etiópia 0,363 ▲ (0,005) 175 Mali 0,359 ▲ (0,003) 176 Guiné-Bissau 0,353 ▲ (0,002) 177 Eritreia 0,349 ▲ (0,004) 178 Guiné 0,344 ▲ (0,002) 179 República Centro-Africana 0,343 ▲ (0,004) 180 Serra Leoa 0,336 ▲ (0,002) 181 Burkina Faso 0,331 ▲ (0,002) 182 Libéria 0,329 ▲ (0,004) 183 Chade 0,328 ▲ (0,002) 184 Moçambique 0,322 ▲ (0,005) 185 Burundi 0,316 ▲ (0,003) 186 Níger 0,295 ▲ (0,002) 187 República Democrática do Congo 0,286 ▲ (0,004)

Em 31/10/2011 a População mundial chegou a 7 bilhões A população mundial alcançou a marca de 7 bilhões de pessoas, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas). Em 2050, este número deve alcançar 9,3 bilhões. A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano número 7 bilhões: uma pequena filipina de nome Danica cujo nascimento foi celebrado em Manila. A nova cifra demográfica representa um incremento de 1 bilhão de pessoas em relação ao número anunciado à meia-noite de 12 de outubro de 1999, quando a ONU nomeou um recém-nascido bósnio, Adnan Mevic, como o habitante de número 6 bilhões. Segundo previsões das Nações Unidas, a Índia será o país mais povoado do mundo em 2025, quando seus habitantes somarem 1,5 bilhão, superando a China. Enquanto isto, um relatório do Fundo de População da ONU (UNFPA) destaca que o mundo enfrentará crescentes obstáculos para criar empregos para as novas gerações, especialmente nos países pobres, e que a mudança climática e a explosão demográfica vão agravar as crises de fome e de seca. AS NOVAS-IDADES DO BRASIL

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Atualidades

A “Cara do Brasil” vem se modificando segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

que é considerada a mais abrangente e detalhada pesquisa domiciliar realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil. Os dados estatísticos publicados em setembro de 2010, referentes a renda, trabalho e acesso a bens e serviços, foram coletados em setembro de 2009.

As pesquisas, seja por amostra (PNAD) ou o censo realizado pelo IBGE a cada 10 anos é importante porque serve para planejar as políticas públicas para o futuro e avaliar os resultados das já implementadas. De forma geral a mais recente pesquisa revelou diminuição do desemprego e a quase universalização do ensino fundamental, mas, revelou a continuidade de problemas crônicos, como analfabetismo, falta de saneamento básico (um em cada quatro lares brasileiros não possui rede de esgoto), trabalho infantil (reduziu 3,3% entre crianças de 5 a 13 anos, mas 993 mil ainda trabalham) e baixo acesso à internet .

O mais recente Pnad divulgado apresentou pelo menos dois dados novos. A taxa de fecundidade atingiu 1,89 filhos por mulher e, pela primeira vez na história, mais da metade da população (50,6%) dos habitantes se declara parda ou preta.

Mercado de trabalho A pesquisa revelou que o desemprego foi o menor desde 1996, passando de 8,2%, em 2007, para 7,2% no ano passado e atualmente esta abaixo dos 7%, com tendência de baixa. São 2,5 milhões de ocupados a mais no país. A PNAD também revelou um aumento na renda média dos domicílios. Os dois dados juntos - principalmente a renda domiciliar - significam uma melhoria na condição de vida da população mais pobre e maior acesso a bens de consumo. Distribuição de renda

Com o aumento da renda familiar a parcela mais pobre da população houve conseqüentemente uma redução na desigualdade social. Ainda assim, a desigualdade social é vergonhosa. Além disso, há desníveis entre as regiões do país. A região Centro-Oeste teve a maior renda média do trabalho, de R$ 1.261, influenciada pelo Distrito Federal e seus altos salários no funcionalismo público, ao passo que o Nordeste teve a menor, com R$ 685. São as regiões com maior desigualdade na distribuição de renda.

A medida de desigualdade de um país é feita por meio do chamado coeficiente Gini (nome que se refere ao estatístico italiano Corrado Gini, que desenvolveu o cálculo em 1912). A medida varia de 0 a 1, onde 0 corresponde a uma situação em que todos têm a mesma renda e 1, a uma desigualdade total. Portanto, quanto menor o indicador, melhor. No rendimento médio do trabalho, o índice Gini no Brasil foi de 0,521, com queda de 0,007 ponto percentual em relação a 2007: 0,528. Na renda média dos domicílios, caiu de 0,521 para 0,515 em 2007 (0,006 ponto percentual).

Conheça a nova classe média O mundo inteiro é dividido em classes sociais. No Brasil na ultima década as classes sociais

mudaram sua composição. A tradicional classe média teve a inclusão de nova parcela da população, sendo denominada de Nova Classe Média. Mas quem faz parte dessa nova classe? A nova classe média é aquela que conseguiu melhorar o padrão de vida nos últimos anos. A antiga classe C que agora ganha mais subiu na pirâmide social. A nova classe Média vem crescendo cerca de 4% ao ano. Mais da metade da população brasileira se enquadra nesta nova classe média de ex-pobres que estão a cada dia que passa melhorando de vida e agora vivendo na classe média C. As pessoas que formam

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essa nova classe média são aquelas que antes não tinham conta em banco e só consumiam o que realmente era necessário, mas que hoje comprar o primeiro carro zero e a sua casa própria.

Essa mudança vem acontecendo devido ao aumento de emprego e também por causa dos reajustes nos salários, aumento da renda e também da oferta de crédito, pois a nossa economia havia melhorado, onde houve a diminuição das diferenças sociais e com isso a classe média C cresceu e passou a se tornar uma nova classe média.

No Brasil devido a questões histórico-culturais, em face da formação judaica cristã, dificilmente alguém se autodeclara rico, principalmente por querer comparar padrões de riqueza sempre com quem ganha mais. Veja a Distribuição das classes por Renda média domiciliar no Brasil: Classe A- Mais de R$ 6.329,00 – 5,1% da população Classe B- R$ 4854,00 a R$6.329,00 – 5,5% da população Classe C- R$ 1.126 a R$ 4.854,00 – 50,5% da população Classe D- R$ 705,00 a R$ 1.126,00- 23,6% da população Classe E – R$ Zero a R$ 705,00 – 15,3% da população Fonte: IPEA e FGV/2011. Educação

Em educação, a taxa de escolarização cresceu, passando de 97% (o percentual de matriculados em 2007) para 97,5% em 2008, entre alunos de 6 a 14 anos, e de 82,1% para 84,1%, na faixa etária de 15 a 17 anos. Em números absolutos, caiu o número de jovens estudantes, o que se explica, segundo o IBGE, pelo envelhecimento da população. Com relação aos números positivos na educação, o país ainda tem 12,4% da população com 25 anos ou mais que não sabe ler nem escrever. Entre jovens entre 18 anos ou mais, a taxa é de 10,6%. O analfabetismo praticamente se manteve estável em 9,2%, em comparação com 2007 (9,3%). Em números absolutos, aumentou de 14,687 milhões para 14,736 milhões o número de analfabetos. O Nordeste tem a maior taxa de analfabetismo, de 17,7%. O ponto positivo da Educação pode ser creditado também a programas sociais do governo, como a Bolsa Família , desde que os filhos estejam matriculados na escola. Composição e mobilidade populacional

A distribuição etária da população do País, segundo dados de 2008, mostrou que a tendência de envelhecimento populacional se manteve. As faixas etárias mais jovens registraram participações menores, enquanto as faixas de idade mais elevadas mostraram aumento na participação da população total residente. O total de pessoas com 40 anos ou mais de idade cresceu 4,5%.

De uma forma geral, o comportamento regional foi o mesmo: redução na população mais jovem e aumento do percentual de pessoas com idade mais avançada. A Região Centro-Oeste foi a que apresentou a menor queda na participação da população de 0 a 14 anos de idade e a Região Norte, continuando a manter a estrutura etária mais jovem. Também foi a única região que apresentou o contingente de crianças de 0 a 4 anos de idade (1,4 milhão) maior que o de pessoas com 60 anos ou mais de idade (1,1 milhão). Também, no Norte, foi observado o menor percentual de pessoas nesta última faixa etária (7,1%).

O Sul e o Sudeste apresentaram as estruturas etárias mais envelhecidas. Nestas regiões a população de 40 anos ou mais de idade representavam, respectivamente, 38,1% e 37,8% da população. O Brasil possui uma população majoritariamente feminina, são 51,3% de mulheres e 48,7% de sexo masculino, sendo que quanto mais se avança na idade maior a presença feminina.

Analisando por Unidade da Federação, confirmou-se que os estados das Regiões Norte e Nordeste apresentavam, em geral, os maiores percentuais de pessoas de 0 a 4 anos de idade, com destaque para o Acre (11,0%), Roraima (10,2%) e Amazonas (10,1%). No lado oposto, estava o Rio de Janeiro, onde apenas 5,6% da população residente situava-se nesta faixa etária, além de ser o estado que concentrava o maior percentual de pessoas com 60 anos ou mais de idade, 14,9%. Outro estado que se destacou pelo elevado percentual de pessoas com 60 anos ou mais de idade foi o Rio Grande do Sul (13,5%). A população do País, em 2008, era composta por cerca de 92,4 milhões de homens e 97,5 milhões de mulheres. A tendência de envelhecimento da

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Atualidades

população residente foi verificada para homens e mulheres e a população feminina continuou a apresentar uma estrutura etária mais envelhecida que a da população masculina. Observou-se que 6,9% das mulheres tinham de 0 e 4 anos de idade, enquanto para os homens esta faixa etária correspondia a 7,5%. Já a população de 60 anos ou mais de idade representava 12,1% do total de mulheres e 10,0% de homens.

Regionalmente, as mulheres eram maioria em quase todas as regiões, sendo que apenas no Norte, o percentual de homens e mulheres era igual. Vale acrescentar que a população feminina com 60 anos ou mais de idade desta região continuou relativamente inferior às das demais. Enquanto na Região Norte 52,0% das pessoas nesta faixa de idade eram mulheres, nas demais regiões, estas proporções foram mais elevadas: Sudeste (57,3%); Sul (56,0%); Nordeste (56,0%) e Centro-Oeste (52,6%).

Composição segundo a cor – PNAD No que se refere à cor ou raça, a população residente do País estava composta por 48,4% de pessoas

brancas, 43,8% de pardas e 6,8% de pretas e 0,9% de amarelas e indígenas. Em relação a pesquisa anterior, houve uma elevação de 1,3% pontos percentual na proporção de pessoas declaradas pardas e redução das proporções das populações declaradas pretas (0,7 ponto percentual) e brancas (0,8 ponto percentual).

O pnad-2009 Consideraram cinco categorias para a pessoa se classificar quanto à característica cor ou raça: branca, preta, amarela (compreendendo-se nesta categoria a pessoa que se declarou de raça amarela), parda (incluindo-se nesta categoria a pessoa que se declarou mulata, cabocla, cafuza, mameluca, mestiça de ou outra cor ou raça) e indígena

As razões do "empardecimento" da população Para especialistas, este fenômeno não deve ser atribuído apenas à variação da taxa de nascimentos e

óbitos. Como a pesquisa é baseada na autodeclaração dos entrevistados e a noção de raça é uma construção social, esta variação pode ter raízes em questões subjetivas, ligadas ao sentimento de pertencer a uma determinada etnia, ao preconceito ou mesmo uma reação ao debate sobre políticas afirmativas no Brasil.

"Não causa surpresa que os pretos se declarem pardos, porque o preconceito do Brasil é baseado na representação, aquilo que as pessoas acham de si mesmas ou o que os outros acham delas. E, enquanto os negros tiverem em desvantagem no acesso à educação ou ganhando salários menores, por exemplo, é compreensível que muitas pessoas não queiram assumir uma identidade negra", afirma o escritor e historiador Joel Rufino dos Santos, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Surpreendente é a constatação de que brancos podem estar se declarando pardos. Porque tanta gente não desaparece assim, da noite para o dia. É um fenômeno que precisa ser estudado", completa.

A Pnad 2009 confirma a histórica distribuição desigual das raças no território nacional. Enquanto no Norte e no Nordeste as pessoas se declaram predominantemente pardas ou pretas (índice superior a 70%), na região Sul, 78,7% dos entrevistados se classificaram como brancos.

No Sudeste, 56,8% da população se declara branca, 34,4% parda e 7,7% preta. O Centro-Oeste se manteve com cerca de metade da população autodeclarada parda. Os brancos somam 42,2% e os pretos 6,5%.

A participação das etnias nos centros urbanos e no campo também é diferenciada. Enquanto no ambiente rural a população há uma predominância da população preta e parda (60,4%, ante os 38,7% da participação dos brancos), nas cidades a balança pende ligeiramente para o outro lado. Os brancos somam 50,3%, e os pretos e pardos, 48,7%. (texto Rodrigo Martins Do UOL Notícias, com adaptações)

Situação educacional

Os dados da PNAD revelaram que, no Brasil, entre as pessoas com 15 anos ou mais de idade, havia

cerca de 14,2 milhões de analfabetos. A taxa de analfabetismo desta faixa etária continuou apontando disparidades regionais. Na Região

Nordeste, este indicador era quase o dobro do nacional. Entretanto, esta região foi a única a apresentar queda expressiva da taxa, passando de 19,9% para 19,4%. Na faixa etária de 10 a 14 anos de idade, grupo em que a criança ou adolescente já deveria estar pelo menos alfabetizada, a taxa de analfabetismo foi estimada em 2,8%, configurando queda de 0,3 ponto percentual. Nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, a taxa de analfabetismo desta faixa etária era inferior a 1,5%. Enquanto nas Regiões Norte e Nordeste a taxa foi estimada em 3,5% e 5,3%, respectivamente.

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Atualidades

Taxa de fecundidade: É uma estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo, mantidas constantes as taxas observadas na referida data. Também pode ser definida como: o número médio de filhos por mulher em idade de procriar, ou seja, de 15 a 45 anos.

A taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 10,2%, enquanto a das mulheres, do mesmo grupo etário, foi de 9,8%. Nas Regiões Sudeste e Sul, as taxas de analfabetismo das mulheres eram sensivelmente superiores às dos homens. (copilação Pnad)

Condições de habitação e posse de bens duráveis O número de domicílios particulares permanentes, alcançou 57 557 mil unidades, 1 787 mil unidades a

mais que no ano anterior. A quantidade de domicílios próprios aumentou sua participação relativa em 0,4%, destacando-se os domicílios próprios quitados, cuja participação representou 70,1% do total de domicílios.

Já os domicílios em aquisição (4,3%) aumentaram em 0,2%, os alugados se mantiveram estáveis (16,6%), os classificados em outra forma de ocupação aumentaram sua participação em 0,1% e os cedidos foram 0,4% menor.

No Brasil, de forma geral, reduziu-se o número de domicílios com 5 ou mais moradores. Em termos relativos, a proporção de domicílios com 4 moradores ou mais se reduziu.

O número de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água manteve o ritmo de crescimento, apresentando um aumento de 0,7% na participação de domicílios atendidos no total de domicílios, resultando em 83,9% dos domicílios. Em termos absolutos, estimou-se a ampliação de atendimento em 1 886 mil unidades. Destaca-se a evolução da Região Nordeste, com um acréscimo de 2,3% na proporção de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento em relação ao ano anterior, um aumento de 770 mil domicílios.

No que se refere a esgotamento sanitário, a participação de domicílios atendidos por rede coletora de esgoto aumentou 1,4% e, dessa forma, o Brasil passou a ter 30 208 mil domicílios ligados a rede coletora de esgotamento sanitário.

A Região Norte do País mesmo tendo a menor parcela de domicílios ligados a rede coletora, com apenas 9,5% do total de domicílios da região, apresentou redução de 0,5 ponto percentual na proporção de domicílios com esse serviço, não mantendo o crescimento dos anos anteriores.

O número de domicílios que possuíam outro tipo de esgotamento sanitário ou não possuíam qualquer tipo de esgotamento sanitário aumentou em 603 mil unidades, um aumento de 0,2%. A Região Norte apresentou uma redução no número de domicílios com acesso a rede coletora, e um aumento de 5,5% de domicílios com fossa séptica (mais 309 mil domicílios). No entanto, ainda, possuía 1 559 mil domicílios sem ligação com a rede coletora ou com fossa séptica.

Após um crescimento de 0,6% em relação ao ano anterior, 87,9% (50 590 mil) dos domicílios passaram a contar com o serviço de coleta de lixo. Todas as regiões do Brasil contribuíram para tal avanço, sendo que as Regiões Nordeste e Sudeste apresentaram as maiores contribuições em valores absolutos, 641 mil e 690 mil unidades, respectivamente.

O fornecimento de energia elétrica foi o serviço público com o maior alcance no País. Com a expansão realizada, o número de domicílios que dispunham deste serviço alcançou 98,6% em relação ao total.

O acesso à telefonia apresentou, mais uma vez, uma forte evolução, principalmente, pelo crescimento da telefonia celular. As proporções de domicílios que possuíam fogão, filtro de água, freezer e rádio variaram com pouca intensidade, principalmente se comparados a itens como máquina de lavar roupa e microcomputador. As parcelas de domicílios que apresentavam a existência de cada um dos quatro primeiros itens correspondiam a: 98,2%, para fogão; 51,6%, para filtro de água; 16,0%, para freezer; e, 88,9%, para rádio.

Dos 57 557 mil domicílios brasileiros, 17 945 mil (31,2%) possuíam microcomputador, sendo 13 716 mil (23,8%) com acesso à Internet. Mais da metade dos domicílios do País que possuíam computador (10 119 mil) estavam na Região Sudeste, e destes, 7 978 mil tinham com acesso à Internet. Apesar da evolução em relação ao ano anterior, esses números refletiram a desigualdade de acesso à informação a partir da Internet. A Região Sudeste possuía 31,5% de seus domicílios conectados à Internet; a Região Sul, 28,6%; a Região Centro-Oeste, 23,5%; a Região Nordeste, 11,6%; e, a Região Norte, 10,6%. (copilação , pnad)

Taxa de fecundidade das brasileiras

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Atualidades

Segundo a Pnad, a taxa de fecundidade caiu mais uma vez para o nível mais baixo da história: 1,89 filhos

por mulher. O indicador foi ainda menor do que em 2007, quando ficou abaixo dos dois filhos por mulher pela primeira vez.

Assim, pelo segundo ano seguido, a taxa de fecundidade no Brasil é inferior ao nível de reposição da população, fixado em 2,1filhos. As mulheres brasilerias têm cada vez menos filhos. Segundo dados da Pnad, a maior parte das mulheres na faixa etária a partir dos 70 anos teve seis filhos ou mais durante a vida. Já na faixa etária entre os 25 e os 29 anos, por exemplo, 5,1 milhões entre 8,2 milhões de mulheres têm filhos, mas a maior parte é mãe de apenas uma criança. No grupo entre os 30 e os 34 anos, a maior parte das mulheres tem dois filhos. Isso mostra que quanto mais jovem, maior a probabilidade de optar por ter poucos filhos. O índice de fecundidade no país vem caindo deste a década de 1960 -época da introdução dos métodos contraceptivos. 1960 6,3 nascimentos/mulher 1970 5,8 nascimentos/mulher 1980 4,4 nascimentos/mulher 1991 2,9 nascimentos/mulher 2000 2,3 nascimentos/mulher 2005 2,1 nascimentos/mulher 2006 2,0 nascimentos/mulher 2007 1,95 nascimento/mulher 2010 1,8 nascimentos/mulher

Mulheres como “chefes” de família

A Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou que o número de mulheres consideradas "chefes" de família no Brasil teve um aumento de 8,2 milhões.

Com relação à "chefia" feminina, os dados do IBGE mostraram que as maiores proporções de mulheres que se declaravam como pessoa de referência da família tinham entre 25 e 39 anos ou 60 anos ou mais de idade, cada grupo correspondendo a 30%. As famílias chefiadas por mulheres também tinham a maior taxa de ocupação dos filhos: 44,1%, contra 40,3% nas famílias que tinham o homem como pessoa de referência. Essa situação é mais freqüente nas regiões Sul e Sudeste. ESPERANÇA DE VIDA

A esperança média de vida ao nascer no Brasil aumentou para 73, de acordo com a Síntese de

Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE A análise também mostra que as mulheres estão bem à frente dos homens em relação à longevidade.

Entre 1996 e 2010, a esperança de vida das mulheres aumentou de 72,3 para 76,7 anos, enquanto a dos homens subiu de 65,1 para 69,4 anos. IBGE mostra que cresce gravidez entre adolescentes de 15 a 17 anos

Na contramão da queda de fecundidade das mulheres brasileiras, a gravidez na adolescência subiu. A

pesquisa, elaborada pelo IBGE, mostra que a única faixa etária em que apresentou aumento da fecundidade foi a de 15 a 17 anos. Ela passou de 6,9%, para 7,6%.

No Nordeste a variação foi ainda maior, 1,2 ponto percentual no período. A região Sul veio em segundo lugar com 0,9 pontos percentual. O Sudeste manteve a posição com a menor proporção de adolescentes com filhos (5,6%), metade do percentual da região Norte (11,2%).

Por outro lado, a maternidade entre jovens de 18 a 24 anos apresentou queda passando de 38% para 34,9%. A região Sul apresentou a maior queda: 7,5 pontos percentuais. Cai diferença de renda entre brancos e negros,

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Atualidades

O abismo salarial que separam negros e brancos no Brasil tem diminuído, mesmo que aos poucos. É o

que mostra um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) realizado pelos pesquisadores Maurício Cortez Reis e Anna Risi Crespo.

Para chegar a essa conclusão, eles compararam, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, a diferença de rendimentos entre homens brancos e negros principalmente na década de 90. Em quase todos os grupos etários de 21 a 65 anos, diminuiu a diferença salarial entre as gerações.

Em muitos casos, como demonstram também outros estudos, a principal explicação para essa diferença está na desigualdade na educação. Ou seja, negros ocupariam postos de menor remuneração não pelo fato de serem negros, mas por terem menos escolaridade do que brancos.

Para chegar o mais próximo do que seria a discriminação no mercado de trabalho, Reis e Crespo tentaram separar da diferença de rendimento entre os grupos o quanto seria explicado por fatores regionais ou de escolaridade, profissão e posição na ocupação. Isso porque sabe-se que, independentemente de cor ou raça, os salários variam de acordo com escolaridade, região onde habita, profissão escolhida e cargo do trabalhador.

Ao levar em conta essas variáveis (ou seja, comparando trabalhadores negros e brancos com perfil semelhante), o estudo mostra que a maior parte da diferença salarial desaparece. Na avaliação da ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a diminuição do hiato salarial entre negros e brancos é um avanço, mas ainda há muita desigualdade: "Há 20 anos, negava-se até que existia essa diferença. Hoje, ela é evidente. As melhorias são fruto de duas décadas de luta do movimento negro, mas ainda há muito a fazer".

Os pesquisadores consideraram como negros todos os trabalhadores que se auto-declararam pretos ou pardos ao IBGE. Estatuto da igualdade racial

O estatuto da igualdade racial estabelece políticas públicas para promover oportunidades iguais para todos os brasileiros, independentemente de raça. O debate mobilizou o congresso e a sociedade por quase uma década. Só foi possível transformá-lo em lei após um amplo acordo envolvendo as principais lideranças do movimento negro em todo o país.

Entre os principais pontos do estatuto da igualdade racial, está a obrigatoriedade do ensino da história da população negra no Brasil, o reconhecimento da capoeira como esporte e a garantia de linhas de crédito para os remanescentes de quilombos.

Prevista no projeto original, a obrigatoriedade de se garantir cotas para negros e índios nas universidades, na televisão e nos partidos políticos foi excluída. O texto, no entanto, preserva como princípio a necessidade de serem adotadas ações afirmativas para correção das desigualdades.

Na solenidade foi sancionada também a criação da universidade federal da integração luso-afro-brasileira, destinada a atender estudantes negros de países de língua portuguesa. A universidade será instalada na cidade cearense de redenção, a primeira a acabar com a escravatura no país, cinco anos antes da abolição. CONHEÇA ALGUNS DOS ITENS MAIS RELEVANTESDO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL. >> Todas as escolas da educação básica terão de ensinar história geral da áfrica e da população negra no Brasil . O tema já foi previsto numa lei de 2003, mas sem reflexo na pratica no território nacional. >> A capoeira é reconhecida como esporte e o governo deverá investir na prática. >> Libera a assistência em hospitais aos seguidores de cultos religiosos de origem africana. >> Comunidades quilombolas terão linhas de financiamento diferenciadas. >> Implantação, pelo poder público, de ouvidorias permanentes em defesa da igualdade racial. >> Adoção de medidas, pelo poder público, para coibir a violência policial de caráter racial.

Atualização de dados do Censo IBGE 2010

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Atualidades

Dados preliminares do censo 2010 mostra que a população cresceu quase 20 vezes em 140 anos, e chegou a 190.732.694. Em 1872, quando foi realizado o primeiro recenseamento, éramos

9.930.478. Os dados fazem parte do Censo Demográfico

2010. Alguns números divulgados preliminarmente em novembro de 2010 foram ajustados, a exemplo do total da população, com a inclusão de estimativas sobre a população dos domicílios considerados fechados durante a coleta de dados.

Os censos demográficos são realizados no Brasil a cada dez anos. Participaram desta edição, segundo o IBGE, cerca de 230 mil recenseadores, supervisores, agentes censitários e analistas censitários. A coleta do Censo 2010 foi realizada entre 1º de agosto e 30 de outubro de 2010.

Desde 1872, o maior índice de crescimento da população brasileira foi registrado na década de 50, quando o Brasil crescia 2,99% ao ano

População por cor ou raça Segundo o Censo 2010, o Brasil tem mais de 91 milhões de pessoas que se declaram brancas; 82,2 milhões que se declaram pardas. A maioria da população branca prevalece entre a população urbana, segundo o IBGE (80.212.529 do total de 160.925.792). Já entre a população rural (29.830.007), 16,1

milhões se declaram pardos. Crescimento populacional

Apesar do crescimento significativo da população em quase 140 anos, entre 2000 e 2010 o Brasil registrou crescimento médio anual de 1,17% - a menor taxa já observada na série. As dez Unidades da Federação que mais aumentaram suas populações foram: Amapá (3,45%), Roraima (3,34%), Acre (2,78%), Distrito Federal (2,28%), Amazonas (2,16%), Pará (2,04%), Mato Grosso (1,94%), Goiás (1,84%), Tocantins (1,80%) e Mato Grosso do Sul (1,66%). Segundo o IBGE, a migração foi fator determinante para esse crescimento. Dentre as outras três grandes regiões, a Unidade da Federação que mais cresceu, segundo o IBGE, foi Santa Catarina (1,55%), influenciada pelo alto crescimento de

Florianópolis e seu entorno, além das regiões de Tijucas, Itajaí, Blumenau e Joinville, todas no leste do estado.

As regiões Nordeste e Sudeste apresentaram um crescimento populacional semelhante, de pouco mais de 1% ao ano, já a Região Sul, que desde o Censo Demográfico 1970 vinha apresentando crescimento anual de cerca de 1,4%, foi a que menos cresceu (com taxa de 0,87%). Em 2000, o ranking

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de estados mais populosos era formado, segundo o IBGE, por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Bahia, Paraná, Ceará e Rio Grande do Sul. Em 2010, o ranking passou a ser formado por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Ceará, Goiás, Bahia e Maranhão (o Rio Grande do Sul passou a ocupar a 15ª posição). Censo 2010 contabiliza mais de 60 mil casais homossexuais

O Brasil tem mais de 60 mil casais homossexuais, segundo o Censo de 2010, essa foi a primeira vez que o IBGE pesquisou a população residente com cônjuges do mesmo sexo. No Brasil, 37.487.115 pessoas vivem com cônjuges do sexo oposto. Em números absolutos, a região com mais casais homossexuais é o Sudeste, que abriga 32.202 casais, seguida pelo Nordeste, com 12.196 casais. O Norte tem o menor número de casais do mesmo sexo: 3.429, seguido do Centro-Oeste, com 4.141. A Região Sul tem pouco mais de 8 mil casais homossexuais. Entre os estados, São Paulo é o que tem a maior quantidade de casais homossexuais (16.872) e Roraima é o que tem menos, com apenas 96 casais que se declararam homossexuais.

Nas últimas décadas, o Brasil tem registrado redução significativa na participação da população com idades até 25 anos e aumento no número de pessoas com mais de 65 anos. De acordo com o IBGE, o grupo de crianças de 0 a 4 anos do sexo masculino, por exemplo, representava 5,7% da população total em 1991, enquanto o feminino representava 5,5%. Em 2000, estes percentuais caíram para 4,9% e 4,7%, chegando a 3,7% e 3,6% em 2010. Enquanto isso, cresce a participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010.

Em 1991, o grupo de 0 a 15 anos representava 34,7% da população. Em 2010 esse número caiu para 24,1%. Já entre a população com mais de 65 anos correspondia, em 1991, a 4,8% da população e passou para 7,4%, em 2010. O Brasil tem, segundo o Censo 2010, 45.932.295 pessoas entre 0 e 14 anos; 34.236.060, entre 15 e 24 anos; 46.737.506, entre 25 e 39; 34.983.120, entre 40 e 54; 14.785.338, de 55 a 64 anos; e 14.081.480 com mais de 65 anos. As regiões Sudeste e Sul são as mais envelhecidas do país. Já a Região Centro-Oeste apresenta uma estrutura etária semelhante à média nacional Distribuição por sexo

População residente por sexo, em 2010

REGIÕES TOTAL HOMENS MULHERES

Norte 15.864.454 8.004.915 7.859.539

Nordeste 53.081.950 25.909.046 27.172.904

Sudeste 80.364.410 39.076.647 41.287.763

Sul 27.386.891 13.436.411 13.950.480

Centro-Oeste

14.058.094 6.976.971 7.078.123

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Atualidades

De acordo com o Censo 2010, há 96 homens para cada 100 mulheres no Brasil. A diferença ocorre,

segundo o IBGE, porque a taxa de mortalidade, entre homens, é superior. Mas nascem mais homens no país: a cada 205 nascimentos, 105 são de homens, segundo o Instituto. O Brasil tinha, em 2010, 93.406.990 homens e 97.348.809 mulheres. Mas na relação por situação de domicílio, os homens são maioria no meio rural: 15.696.816 homens para 14.133.191 mulheres. Já no meio urbano, as mulheres seguem à frente, como na média nacional: são 83.215.618 para 77.710.174 homens.

A Região Norte, possui mais homens, são 8.004.915 homens para 7. 859.539 mulheres. Isso ocorre em razão da migração, onde há atividade de mineração para os homens.

REALIDADE Brasileira Por Urani – Revista Concurso em Foco As mudanças que ocorreram no Brasil nas três ultimam décadas foi fruto de uma construção

histórica da nossa sociedade, que passou por um golpe militar, redemocratização e inserção numa economia globalizada, por meio de abertura de mercados. O Brasil mudou e felizmente para melhor: Melhoramos sócio-economicamente, demograficamente, nos indicadores de qualidade de vida – IDH. O país está mais bem estruturado e se prepara para a realização de eventos de âmbito Internacional. O Brasil está se preparando para ser grande!!!

Socialmente as mudanças são notáveis. Deixamos de ser um país de subnutridos e já nos preocupamos com a obesidade, principalmente entre os homens. A Desigualdade social recuou devido às políticas sociais do atual governo: bolsas escolas, bolsa família, renda minha, que promoveram a transferência de renda ocasionando uma significativa ascensão à classe média. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e pesquisas da Fundação Getulio Vargas – FGV, hoje mais da metade da população brasileira se enquadra na designação de classe “C”.

Já somamos mais de 191milhões de brasileiros e o nosso país está mais feminino, o número de mulheres já ultrapassa a classe masculina em mais de 4 milhões de indivíduos. Mas isso não significa uma maior participação feminina na política nacional. Elegemos a primeira mulher presidente, mas de 27 governadores, apenas dois Estados são administrados por mulheres – Rio Grande do Norte e Maranhão. O Senado Federal conta só com 12 senadoras e na Câmara Federal a participação delas não chega a 10% do total de cadeiras. O país envelheceu, nossa expectativa de vida atingiu 73,5anos e a taxa de fecundidade já está em 1,89 filhos por mulher.

No âmbito econômico o Brasil se estruturou, superamos a inflação desenfreada da década de oitenta do século passado, cumprimos a cartilha do fundo Monetário Internacional–FMI, abrimos o mercado aos importados no governo Collor, privatizamos, principalmente no governo de Fernando Henrique Cardoso. Quitamos a dívida com o FMI em Dezembro de 2005, e aproveitamos o bom momento da economia mundial para acumular um expressivo superávit na Balança Comercial. Hoje somos credores internacionais e possuímos reservas superiores a US$ 352 bilhões.

Passamos pela crise econômica mundial de 2008/2009 e mesmo com o mundo em recessão, nós crescemos e já somos a sexta economia mundial. Grandes projetos estão sendo executados. Estamos construindo a Usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Estado do Pará, para atender a demanda de energia que está crescendo a 4,5%a.a. As obras de transposição do Rio São Francisco enchem de esperança o semi-árido nordestino. Ferrovias estão sendo revitalizadas e aeroportos modernizados. Diversificamos nossas fontes de energia e parques eólicos já se espalham pelo país, gerando uma

Fonte: Censo 2010/IBGE

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energia limpa e renovável. A exploração do petróleo do pré-sal promete dar a real independência ao Brasil, com seus recursos sendo investidos prioritariamente em ciência, tecnologia, meio ambiente e educação. O então presidente Lula em 2009 já falava que “transformaríamos uma riqueza finita numa riqueza infinita, transformaríamos petróleo em educação-conhecimento”.

As luzes do direito ampliaram a força dos homossexuais, negros, índios, mulheres. Com as recentes decisões do STF onde reconheceu: a união homoafetiva análoga a união estável, a constitucionalidade do PROUNI e da política de Cotas raciais em instituições públicas de nível superior, o direito da mulher em interromper a gestação em caso de anencefalia do bebê, demarcou reservas indígenas no sul da Bahia.

Destacamos-nos também no campo das ciências e tecnologias; participamos das pesquisas com células-troncos, corrida espacial, genoma humano, base na Antártica. A Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias – EMPBRAPA-, é a melhor do mundo no seu ramo de atuação. Temos o mais avançado sistema de votação do planeta e fomos o primeiro país a realizar um censo demográfico totalmente digital. O Brasil ainda se destaca como força mundial ao compor os BRICS e integrar G-20, UNASUL, MERCOSUL, e pela atuação em Força de paz da ONU. Seremos palco de importantes acontecimentos em 2012 ao sediarmos a RIO+20, em 2013 realizaremos o Encontro Mundial da Juventude e a Copa das Confederações, em 2014 será a vez de recebermos a Copa do mundo FIFA de Futebol e 2016 as Olimpíadas. Eventos que prometem incrementar a economia nacional, elevar o turismo e projetar mais ainda o Brasil no cenário mundial.

Na educação, praticamente universalizamos a educação básica e já contamos com mais de 15mil escolas de tempo integral e segundo o Plano de Desenvolvimento da Educação- PDE, até 2023 todas as crianças em idade escolar deverá ser matriculada em escolas de tempo integral. O Programa Universidade para Todos – PROUNI propiciou o ingresso de mais de um milhão de pessoas no ensino superior, por meio de bolsas de estudos integrais ou parciais. O grande gargalo que ainda se faz é quanto à qualidade da educação brasileira, que segundo pesquisas nacionais e internacionais, ainda se mostra distante do mínimo desejável, deixando o país carente de uma mão-de-obra qualificada. Carência essa que tem atraído migrantes, principalmente portugueses e espanhóis (fugidos da crise que atinge os PIIGS).

O cenário atual nos permite acreditar que já não somos mais um país do futuro, mas sim do presente, para que as atuais e futuras gerações o desfrute. Faz-nos acreditar que é possível crescer com equidade social e respeito ambiental. Faz-nos ter orgulho de sermos brasileiros. Somos parte de tudo isso, somos responsáveis por esse país, por essa nação. VIOLÊNCIA Na tentativa de conter a violência o governo federal e a própria sociedade buscam cada vez mais ações que possam controlar e previnirem a criminalidade. Segundo Organização Mundial da Saúde(OMS), o Brasil é a nação que registra a Segunda maior taxa de mortalidade por agressão, perdendo apenas para a Colômbia, que encontra-se em uma guerra civil que se arrasta por mais de 40 anos .

Ação na Rocinha-RJ

A Rocinha é um bairro localizado na cidade do Rio de Janeiro. Destaca-se por ser uma das maiores favelas do

país, contando com mais de 56 mil habitantes. A comunidade teve origem na divisão em chacarás da antiga

Fazenda Quebra-cangalha, produtora de café. Adquiridas por imigrantes portugueses e espanhóis, tornaram-se,

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por volta da década de 1930, um centro fornecedor de hortaliças para a feira da Praça Santos Dummont, que

abastecia a Zona Sul da cidade. Aos moradores mais curiosos sobre a origem dos produtos, os vendedores

informavam que provinham de uma "rocinha" instalada no alto da Gávea.

Em 1938, a Estrada da Gávea foi asfaltada, tornando-se o local onde ocorria o "circuito da baratinha". Na década de 1940, acelerou-se o processo de ocupação por pessoas que acreditavam serem aquelas terras públicas. A partir da década de 1950, houve um aumento de migração de nordestinos para o Rio de Janeiro, direcionando-se em parte para a Rocinha. Nas décadas de 1960 e de 1970, registrou-se um novo surto de expansão, agora devido aos projetos de abertura dos túneis Rebouças e Dois Irmãos, que contribuíram para uma maior oferta de empregos na região. O descaso do governo com a comunidade, a falta de infraestrutura, a construção de barracos de papelão, a degradação de áreas verdes, o crescimento desordenado, a distribuição de água através de bicas, entre outros problemas, provocou grande indignação, reivindicações e abaixo-assinados da população, que se organizou, engajando-se em muitos protestos em prol da comunidade. A partir da década de 1970, a comunidade obteve os primeiros progressos, resultado das reivindicações ao poder público, como a implantação de creches, escolas, jornal local, passarela, canalização de valas, agência de correios, No dia 13 de novembro de 2011 a Rocinha juntamente com a favela do Vidigal e Chácara do Céu receberam a 19ª UPP (Unidade de Policia pacificadora). Para a 'retomada' do território dominado pelo trafico de drogas, foi realizada uma operação conjunta, chamada 'Choque de paz', que reuniu cerca de três mil soldados entre policiais do BOPE, CORE e fuzileiros navais. Apesar do temor dos moradores da região por possíveis confrontos, não houve tiroteio.

Oxi, crack e cocaína Introduzido no Brasil em meados da ultima década, o oxi é cada vez mais um problema de saúde

pública no Brasil. A droga chegou ao país pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com

Bolívia e Colômbia. Já há registro da presença da droga no Nordeste e Suldeste.

A droga é derivada da planta coca, assim como a cocaína e o crack. Há diferenças, contudo, no

modo de preparo. Existe uma pasta base, com o princípio da droga, e de seu refino vem a cocaína.

“A pasta base é como a rapadura e a cocaína é como o açúcar”, compara Marta Jezierski, médica

psiquiátrica e diretora do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), ligado à

Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

O crack e o oxi são feitos a partir dos restos do refino da cocaína. As três drogas possuem,

portanto, o mesmo princípio ativo e um efeito parecido, que é a aceleração do metabolismo, ou seja, do

funcionamento do corpo como um todo.

A diferença da cocaína para as outras duas está no que os especialistas chamam de “via de

administração”. Enquanto a primeira é inalada em forma de pó, as outras duas são fumadas em forma de

pedra. O pó da cocaína é absorvido pela mucosa nasal, que tem nervos aflorados, responsáveis pelo

olfato. O efeito dura entre 30 e 45 minutos. No caso das outras duas drogas, a absorção acontece no

pulmão, de onde ela cai na corrente sanguínea. O efeito dura cerca de 15 minutos, e por isso, é mais

intenso que o da cocaína, o que aumenta o risco de que o usuário se torne um viciado, pois quanto

menor o tempo de duração do efeito da droga, mais viciante é a droga.

A grande diferença do oxi para o crack está na sua composição química. Para transformar o pó

em pedra, o crack usa bicarbonato de sódio e amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos,

leva querosene e cal virgem. Querosene e cal virgem são substâncias corrosivas e extremamente

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CF/88 Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

ECA/ Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados níveis de repetência.

Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:

V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar;

tóxicas. Por isso, o consumo do oxi pode levar à morte mais rápido que o crack – no qual o que é

realmente nocivo é o princípio ativo da droga. fonte Tadeu Meniconi Do G1, em São Paulo Maconha ainda é principal droga usada na América do Sul, mostra relatório

Relatório divulgado em fim de fevereiro pela Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que a maconha continua sendo a principal droga usada na América do Sul. A prevalência anual de abuso de maconha atingiu 3% da população da região entre 15 e 64 anos, ou seja, cerca de 7,6 milhões de pessoas, em 2009.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), cerca de 20% da maconha usada no Brasil têm origem doméstica e 80% entram no país pelo Paraguai. Em 2010, as autoridades brasileiras destruíram 2,8 milhões de plantas de cannabis, incluindo mudas, e apreenderam mais de 155 toneladas da erva.

A cocaína é a principal droga usada por pessoas que se submetem a tratamento por problemas com substâncias químicas na América do Sul. Segundo o relatório da Jife, em 2010, as apreensões de cocaína, tanto na forma de base quanto na de sal, diminuíram em vários países da região, incluindo a Argentina, Colômbia, o Equador, Uruguai e a Venezuela, se comparadas ao ano anterior.

A quantidade total de cocaína apreendida diminuiu de 253 para 211 toneladas na Colômbia, e de 65,1 para 15,5 toneladas no Equador. De 2009 a 2010, a quantidade total de cocaína apreendida no Peru aumentou em quase 50%, indo de 20,7 para 30,8 toneladas. Em 2010, um aumento da quantidade de cocaína apreendida também foi relatado pela Bolívia (29,1 toneladas), pelo Brasil (27,1 toneladas), Chile (9,9 toneladas) e Paraguai (1,4 toneladas). Em 2010, a área total de cultivo ilícito de arbusto de coca na América do Sul era 154,2 mil hectares, 6% menos do que em 2009. A área sob cultivo ilícito diminuiu significativamente na Colômbia e teve ligeiro aumento no Peru. No entanto, não houve mudança considerável no cultivo de coca na Bolívia. De acordo com o relatório, a Interpol (organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de vários países) e o Unodc estimam que o mercado ilícito global de cocaína valha mais de US$ 80 bilhões. Desde 1998, o mercado ilícito de cocaína na América do Norte, que corresponde a 40% do mercado, tem diminuído, enquanto a demanda por cocaína na Europa, responsável por 30% do mercado, tem aumentado. Fonte Agência Brasil - Publicação: 28/02/2012

EDUCAÇÂO O que é Plano de Desenvolvimento da Educação –PDE?

Apelidado de “PAC da Educação”, o PDE parece ser uma resposta ao avanço quantitativo da década

anterior, com projetos que visam o aprofundamento do diagnóstico da Educação e a melhoria da qualidade, que tem a proposta de ser um conjunto de medidas articuladas visando a melhoria do ensino público no país. O PDE prevê ações para a educação básica, fundamental, técnica e de adultos. A prioridade do programa, no entanto, são medidas para o ensino médio e infantil. Um dos pontos é a criação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), uma espécie de ranking do rendimento de alunos, taxas de repetência e evasão escolar.

O plano também prevê a informatização de todas as escolas públicas e energia elétrica para escolas que ainda não têm luz até o final do ano que

vem. Outra ação prevista pelo governo é dobrar o número de vagas em universidades públicas e a instalação de 150 escolas técnicas em cidades-pólo escolhidas pelo Ministério da Educação. O PDE foi motivado pela baixa qualidade da educação

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brasileira, detectado em avaliações nacionais e internacionais (Saeb, Enem, Ideb, Enade, Pisa). Apesar de o Brasil ter avançado muito nas ultimas décadas no que diz respeito a inclusão escolar –hoje cerca de 98% das crianças brasileiras em idade escolar estão matriculadas. Mas a educação brasileira é um verdadeiro funil, apenas 20% que se matriculam na primeira série chega a uma faculdade. A qualidade de vida e o desenvolvimento econômico-tecnológico de um país é diretamente proporcionais aos padrões educacionais (exemplos não faltam: Coréia do Sul, Espanha, Índia, China). A educação permite melhor formação intelectual, melhores universitários, ótimos profissionais, excelentes cientistas e o conseqüente desenvolvimento de tecnologias. Em recente avaliação realizada pela UNESCO (PISA – Programa Internacional de Avaliação Seriada) entre 125 países pesquisados, quando se analisa: analfabetismo, crianças matriculadas, igualdade de gênero e qualidade da educação, o Brasil ficou na 72º posição, atrás de Chile, Argentina e Uruguai. Nas 10 primeiras posições ficaram: 1º- Reino Unido, 2º - Estônia, 3º-Finlândia, 4º- Cazaquistão, 5º- França, 6º- Bélgica, 7º- Alemanha, 8º- Noruega, 9º- Suíça e 10º- Coréia do Sul. O que é o Saeb?

Criado em 1988, o Saeb é uma ação do Governo Brasileiro, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep, na sua Diretoria de Avaliação da Educação Básica – Daeb, sendo um dos mais amplos esforços empreendidos em nosso País no sentido coletar dados sobre alunos, professores, diretores de escolas públicas e privadas em todo o Brasil.

O Saeb é aplicado a cada dois anos, desde 1990 e avalia o desempenho dos alunos brasileiros do 5ª ao 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, nas disciplinas de Língua Portuguesa (Foco: Leitura) e Matemática (Foco: resolução de problemas. Vale lembrar que a participação no Saeb é voluntária o órgão responsável pela sua aplicação é o Ministério da Educação, por meio da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb). As escolas são selecionadas de forma aleatória, a partir do cadastro do Censo Educacional do MEC, e em conformidade com o Plano Amostral. O que é Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb?

O Ideb é uma das 28 medidas que compõem o PDE, o Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado

em 24 de abril de 2007 pelo governo federal. O recém-lançado Ideb cruza dados da Prova Brasil com informações sobre repetência e evasão escolar, o que dá uma idéia geral sobre a educação brasileira.

As primeiras avaliações demonstraram a situação catastrófica que se encontra a educação Brasiléia. Em uma escala de zero a dez, as turmas da 1.ª à 4.ª série atingiram, em média, nota 3,8. Da 5.ª à 8.ª série, a nota foi 3,5 e, no Ensino Médio, 3,4. Já em 2011 o IDEB médio atingiu 4,6pontos, ou seja, apesar da situação critica da qualidade do ensino brasileiro, nós estamos melhorando, a passos lentos, mas estamos melhorando. O que é o ENADE?

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 e regulamentado pela Portaria nº 603, de 7 de março de 2006 , é parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que compreende três instrumentos: a Avaliação das Instituições, dos Cursos e dos Estudantes. O Enade é um instrumento destinado a avaliar o desempenho dos estudantes com relação:

a) aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação; b) ao desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral

e profissional; c) ao nível de atualização dos estudantes com referência à realidade brasileira e mundial.

O Enade é obrigatório dos cursos de graduação e a regularidade junto ao ENADE, seja pela efetiva

participação ou pela dispensa oficial pelo MEC, é condição prévia a conclusão de curso de graduação, expedição e respectivo registro do diploma.

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STF decide que piso salarial para professores é constitucional O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira que é constitucional a fixação do piso salarial para professores da rede pública de ensino. A maioria dos ministros entendeu que o piso deve ser composto apenas pelo vencimento básico, sem levar em consideração os benefícios adicionais, como vale-refeição e gratificações. Os ministros, no entanto, ainda não formaram consenso sobre o regime de trabalho dos professores fixado .O Supremo vai avaliar se é constitucional o artigo da lei que determina a dedicação de um terço da jornada de trabalho de 40 horas por semana seja para atividades extraclasse, como estudo e planejamento das aulas. 06/04/2011 -

ENEM Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o desempenho do

estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores. O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.

A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

As universidades possuem autonomia e poderá optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo:

• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line; • Como primeira fase; • Combinado com o vestibular da instituição; • Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular. Até o momento 42 universidades federais já anunciaram que irão aderir ao novo ENEM, mas não

especificaram como farão isso. O novo ENEM será composto de 200 questões de múltipla escolha divididas em quatro áreas do

conhecimento (ciências naturais e humanas, linguagens e matemática), além de uma redação. O exame abrangerá menos assuntos do que o vestibular, mas falta o MEC dizer o que vai ficar de fora.

Cotas para alunos de Escolas Públicas – A comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, em caráter terminativo, o projeto que reserva 50% das vagas das instituições Federais (profissionais, tecnológicas e universidade) para estudantes oriundos de escola pública. De acordo com o projeto de Lei 545/07, os estudantes que pretendem disputar uma vaga no ensino técnico devem obrigatoriamente ter feito todo o ensino fundamental em escola pública, já pra quem pretende disputar uma vaga na universidade, é obrigatório ter cursado toda a educação básica em escola publica. Agora o assunto segue para apreciação na Câmara dos Deputados. Congresso promulga proposta que dá mais recursos para a educação em novembro de 2009. Em sessão solene, o congresso nacional promulgou em 11/11/09 a proposta de emenda à constituição (pec 59/09) que garante o fim do corte de recursos orçamentários destinados à educação. A PEC retira, gradativamente, a desvinculação das receitas da união (DRU) do orçamento da educação, até não mais ser cobrada, em 2011. Atualmente, o governo federal pode reter 20% de toda a arrecadação. A proposta também exige educação básica obrigatória e gratuita dos 4 anos aos 17 anos de idade, a ser implementada, progressivamente, até 2016, nos termos do plano nacional de educação, com apoio técnico e financeiro da união. O estado deverá também propiciar atendimento ao educando em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Espera-se que a PEC-59, aprovada recentememte possa contribuir de forma significativa para a melhora da qualidade da educação brasileira. O relatório Educação para Todos, divulgado

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pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) em 2010, mostra que a baixa qualidade do ensino nas escolas brasileiras ainda deixa milhares de crianças para trás e é diretamente responsável por manter o país na 88ª posição no IDE (Índice de Desenvolvimento Educacional), atrás de países mais pobres como Paraguai, Equador e Bolívia.

Dos quatro dados que a Unesco usa para montar o IDE, em três o Brasil vai bem e tem resultados acima de 0,900 - o mínimo para ser considerado de alto desenvolvimento educacional. São bons os números de atendimento universal, analfabetismo e igualdade de acesso à escola entre meninos e meninas. Já quando se analisa o índice que calcula quantas das crianças que entraram na 1ª série do ensino fundamental conseguiram terminar a 5ª série, o País despenca para 0,756, um baixo IDE.

O relatório de 2010 do programa Educação para Todos, da Unesco, aponta que 72 milhões de crianças no mundo ainda estão fora da escola. No ritmo atual, serão ainda 56 milhões em 2015, e não há indícios que isso será acelerado nos próximos anos. O analfabetismo atinge ainda 759 milhões de pessoas e a perspectiva é que diminua para 710 milhões nos próximos 15 anos. Sem contar que a má qualidade das escolas e a alta evasão não garantem que o acesso às salas de aula se transforme em ensino efetivo. Dos 128 países para os quais a Unesco obteve dados para esse relatório, 62 devem atingir as metas de acesso à educação de qualidade. Outros 36, entre eles o Brasil, estão a caminho, mas tem resultados mistos, com problemas especialmente no analfabetismo e na qualidade. RELIGIÕES Desde a Pré-História, a humanidade se vale da religiosidade para explicar o mundo à sua volta e o universo além de seu alcance. Ao longo dos séculos, adorou um ou mais deuses, criou (“sob inspiração divina”) livros sagrados, estabeleceu doutrinas, concebeu mitos, levantou templos. A religião desde a sua origem serviu para explicar o “inexplicável”, serviu para dar sentido a existência humana, serviu para justificar a dominação de outros povos – não praticamente do mesmo credo-. A religião motivou guerras, alianças e conquistas; ergueu muros, uniu povos; influenciou no sistema econômico, cultural e jurídico das sociedades ocidentais e orientais. Conhecer evolução das religiões é importante para compreender a história da humanidade, vencer medo e preconceitos e estabelecer uma convivência pacífica, amigável e tolerante com o “outro”, pois “toda cultura é a mais perfeita possível quando vista de dentro de si mesma”. HINDUISMO

De todas as religiões orientais, o Hinduísmo é a religião mais heterogenia e a mais difícil de apreensão pela mentalidade ocidental. Seus ensinamentos extrapolam a sua religião e ensina também a estrutura social. A religião dos hindus usa o hinduísmo como termo genérico para sua designação. A doutrina de Vedas (vaidika dharma) se baseia nos princípios eternos, também é conhecida como saratama dharma (religião eterna). O hinduísmo foi como uma base para outras religiões e filosofias, e passou por varias etapas, desde o hinduísmo védico até certos movimentos sectários, nos quais incluem o budismo e o jainísmo. O hinduísmo é visto hoje em dia como a terceira fase do

bramanismo. Mesmo sem sua doutrina, cultos ou rituais comuns, o hinduísmo abrange uma grande quantidade seitas, monoteístas, etc. O hinduísmo esta disseminado na Índia, no Paquistão, em algumas regiões da África, entre outros países.

JUDAISMO O Judaísmo tem origem remontada ao ano de 2000 a. C, aproximadamente. Os nomes vinculados a sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos coletivos.

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Os textos sagrados judaicos são: a Bíblia dos hebreus, que inclui o Torá (o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio), os Profetas e outros livros; o Talmude, formado pelo conjunto de ensinamentos do Judaísmo, além de tratar-se de um guia de leis religiosas e civis. No judaísmo houve o surgimento de várias vertentes, como a Ortodoxa, a Conservadora e a Reformista. A Conservadora, apesar de tomar como sagradas as tradições judaicas, encerra uma ideologia que permite novas interpretações dos textos sagrados. Os seguidores da vertente Reformista submetem as tradições judaicas à reavaliações, de geração a geração. Os judaicos acreditam que um Messias surgirá em busca da redenção da espécie humana. A fé judaica concentra-se em um único Deus, que haveria criado o homem à sua própria imagem e semelhança. Abraão, considerado o pai do povo judeu, estabeleceu um pacto com Deus. Moisés é considerado pelos judeus como um profeta superior a todos os demais, tratando-se ainda de um símbolo de libertação e independência pátria. CRISTIANISMO

O cristianismo é uma das chamadas grandes religiões e deriva do judaísmo. Tem aproximadamente 1,9 bilhão de seguidores em todo o mundo, incluindo católicos, ortodoxos e protestantes. Cristianismo vem da palavra Cristo, que significa messias, pessoa consagrada, ungida. Do hebraico mashiah (o salvador) foi traduzida para o grego como khristos e para o latim como christus. A doutrina do cristianismo baseia-se na crença de que todo o ser humano é eterno, a exemplo de Cristo, que ressuscitou após sua morte. A fé cristã ensina que a vida presente é uma caminhada e que a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz para todos os que seguirem os ensinamentos de Cristo, baseados na

fraternidade e no amor ao próximo. O nascimento do cristianismo se confunde com a história do Império Romano, com a história do povo judeu e o desenvolvimento da cultura ocidental. Na sua origem, o cristianismo foi apontado como uma seita surgida do judaísmo. Quando Jesus Cristo nasceu, na pequena cidade de Belém, próxima a Jerusalém, os romanos dominavam a Palestina. Os judeus viviam sob a administração de governadores romanos e, por isso, aspiravam pela chegado do Messias, apontado na Torá como o enviado que os libertaria da dominação romana. Segundo a Bíblia, até os 30 anos Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade situada no norte do atual Israel. Aos 33 anos seria crucificado em Jerusalém e ressuscitaria três dias depois. Em pouco tempo reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e percorreu a região pregando sua doutrina e fazendo milagres, como ressuscitar pessoas mortas e curar cegos, o que lhe garantiu rápida popularidade. Mas, para as autoridades religiosas judaicas ele era um blasfemo, por não seguir à risca os ensinamentos da Torah (livro sagrado dos Judeus). Também não dava mostras de que seria o líder que libertaria a região da dominação romana. Ele apenas pregava paz, amor ao próximo. Para os romanos, era um agitador popular, que não reconhecia a divindade do imperador de Roma. Após ser preso e morto, a tendência era de que seus seguidores se dispersassem e seus ensinamentos fossem esquecidos. Ocorreu o contrário. É justamente nesse fato que se assenta a fé cristã. Como haviam antecipado os profetas no Antigo Testamento, Cristo ressuscitou, apareceu a seus apóstolos que estavam escondidos e ordenou que se espalhassem pelo mundo pregando sua mensagem de amor e paz. Apóstolo quer dizer enviado. O cristianismo firmou-se como uma religião de origem divina. Seu fundador era o próprio filho de Deus, enviado como salvador e construtor da história junto com o homem. Ser cristão, portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como base a fé em seus ensinamentos. Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região do Mediterrâneo e chegou ao coração do Império Romano. São Pedro, um dos 12 apóstolos, tornou-se o primeiro bispo de Roma e o primeiro papa. A ele, Jesus teria dito: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha igreja". Igreja significa reunião. A difusão do cristianismo pela Grécia e Ásia Menor foi obra especialmente do apóstolo Paulo, que não era um dos 12 e teria sido chamado para a missão pelo próprio Jesus. As comunidades cristãs se multiplicaram. Surgiram rivalidades. Em Roma, muitos cristãos foram transformados em mártires, comidos por leões em espetáculos no Coliseu, como alvos da ira de imperadores atacados por corrupção e devassidão.

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Atualidades

Em 313, o imperador Constantino se converteu ao cristianismo e concedeu liberdade de culto, o que facilitou a expansão da doutrina por todo o império. Antes de Constantino, as reuniões ocorriam em subterrâneos, nas famosas catacumbas. O cristianismo, mesmo firmando-se como de origem divina, é, como qualquer religião, praticado por seres humanos com liberdade de pensamento e diferentes formas de pensar. Assim, à medida que foi ganhando terreno, também enfrentou rachas --sua grande ferida viva do passado e do presente.

Desvios de percurso e situações históricas determinaram os rachas que dividiram o cristianismo em várias vertentes (as principais são as dos católicos, protestantes e ortodoxos). O primeiro grande racha veio em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, Miguel Keroularios, rompeu com o papa, separando do cristianismo controlado por Roma as igrejas orientais, ditas ortodoxas. Bizâncio e depois Constantinopla (a Istambul de hoje, na Turquia), seria até 1453 a capital do Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino. O Império Romano do Ocidente já havia caído muito tempo antes, em 476, marcando o início da Idade Média. E foi justamente na chamada Idade Média, ainda hoje um dos períodos mais obscuros da história, que o cristianismo enfrentou seus maiores desafios. Essa caminhada culminou com o segundo grande racha, a partir de 1517. O teólogo alemão Martinho Lutero, membro da ordem religiosa dos Agostinianos, revoltou-se contra a prática da venda de indulgências e passou a defender a tese de que o homem somente se salva pela fé. Lutero é excomungado e funda a Igreja Luterana. Não reconhece a autoridade Papal, nega o culto aos santos e acaba com a confissão obrigatória e o celibato dos padres e religiosos. Mas mantém os sacramentos do batismo e da eucaristia. Mais tarde, a chamada Reforma Protestante deu origem a outras inúmeras igrejas cristãs, cada uma com diferentes interpretações de passagens bíblicas ou de ensinamentos de Cristo. ISLAMISMO

O Islamismo foi fundado por Mohammed, que nasceu em Meca (Arábia Saudita), no ano de 570 d.C. Segundo a tradição muçulmana, Mohammed recebeu os fundamentos do Islã diretamente do arcanjo Gabriel, enviado por Deus para instruir o Profeta acerca de diversos preceitos religiosos, dogmáticos e morais. Estes se acham reunidos num livro sagrado, o Corão. Reza a tradição islâmica que "Alá é o único Deus e Mohammed é seu Profeta". Apesar de sua origem ser explicada pela tese da revelação divina, o Islamismo agrupa e sintetiza elementos de diversas crenças. O uso da circuncisão, por exemplo, é

herdado do Judaísmo, de onde provavelmente deriva também seu princípio monoteísta. A idéia de um Juízo Final é de caráter judaico-cristão. Além de ser uma religião, o Islã (que, ao pé da letra, significa "submissão à vontade de Deus") é também um sistema moral e político. Baseia-se na adoração de um único Deus, chamado de Alá, e ensina que, após a morte, os justos serão recompensados com a vida eterna no Paraíso. Os maus, por sua vez, serão condenados a padecer no fogo do Inferno. Ao mesmo tempo, o Corão afirma que o destino de cada homem é previamente traçado por Alá: "Estava escrito" é uma máxima que explica bem o imaginário islâmico. O muçulmano (como é designado o fiel do Islã) é obrigado a orar cinco vezes por dia, ajoelhado num tapete e voltado para Meca. Ele é proibido de cultuar imagens, pois isso é considerado como pecado de idolatria. E, pelo menos uma vez na vida, deve fazer uma peregrinação até Meca. O Islamismo está dividido em duas facções principais: os Sunitas e os Xiitas. Para entender essa divisão, precisamos ter em mente que a tradição islâmica mescla, desde sempre, a prática religiosa com a estrutura política. Os Sunitas surgiram como grupo de oposição ao Califado, espécie de instituição hereditária que comanda a nação islâmica. Eles foram responsáveis pela grande expansão do Islamismo pelo mundo, tanto no passado quanto em tempos mais recentes. Os Xiitas são originalmente os seguidores de Ali, um califa que pertencia à própria família de Mohammed. Eles são maioria em países como o Paquistão, o Irã, o Iraque e até na Índia.

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- DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE As questões ambientais vêm cada vez mais se tornando assuntos de relevante interesse mundial. Desde Estocolmo (1972), que a humanidade busca soluções para a problemática ambiental, porém, existem muitas barreiras a serem vencidos e o Planeta Terra pede socorro. Na 1ª Conferência Mundial para o Meio Ambiente (1972), muitos ambientalistas defenderam o modelo de desenvolvimento sustentável, onde as sociedades sustentáveis estavam baseados em igualdade econômica, justiça social, preservação da diversidade cultural, da autodeterminação dos povos e da integridade ecológica. Claro que esta visão está muito longe de se concretizar em um mundo capitalista, onde o “TER” se sobrepõe ao “SER” e ao “EXISTIR”. FONTES DE ENERGIA

As fontes de energia podem ser consideradas um dos mais importantes bens de produção. É através delas que se obtém a energia que torna possível o funcionamento da atividade industrial. Todas as atividades econômicas, transporte, indústria, agropecuária são consumidoras de energia. Inicialmente era o próprio homem (e depois os animais) que movimentava os engenhos e alguns meios de transportes. Com a industrialização, o carvão começou a ser usado como combustível das máquinas e para fundir o ferro nos altos-fornos. Posteriormente, o petróleo passou a ser usado em quantidades cada vez maiores, não só como fonte de energia, mas como matéria-prima para a fabricação de uma série de produtos. Também as quedas d’água passaram a ser aproveitadas para a produção energética e há algumas décadas a energia nuclear passou a ser a mais nova opção. As fontes de energias utilizam os recursos naturais fornecidos pela natureza, e estes podem ser classificados em renováveis e não-renováveis: 1- Renováveis: aqueles que, uma vez utilizados pelo homem, são susceptíveis de regeneração espontânea ou

através das praticas conservacionistas, como exemplo tem-se o ar, a vegetação, as águas, os solos etc. 2- Não-renováveis: aqueles que, uma vez utilizados pelo homem, não são susceptíveis de regeneração

espontânea ou mesmo pela intervenção do homem. Como exemplo tem-se os combustíveis fósseis como o carvão mineral , o petróleo e outros.

Os principais recursos naturais são:

1- Carvão mineral: é um produto resultante de transformações químicas que se processaram a partir de grandes florestas soterradas em antigos períodos da história geológica da Terra, particularmente da Era Paleozóica, no Período Carbonífero. O carvão é bastante utilizado para gerar energia elétrica em usinas termoelétricas, para produzir aço nas

indústrias siderúrgicas, e também como matéria-prima na indústria química. 2- Petróleo: o petróleo é oriundo de substâncias orgânicas, restos de animais e vegetais, que se depositaram em grandes quantidades no fundo de mares. Essa massa de detritos, sob a ação do calor, da pressão das camadas que forma se depositando e do tempo, transformou-se em óleo e gás. O petróleo é um recurso natural não-renovável de fundamental importância para o mundo contemporâneo, capaz de fornecer centenas de subprodutos. 3- Hidroeletricidade: O aproveitamento da energia da água caindo de uma determinada altura para girar uma turbina hidráulica e um gerador de eletricidade, começou depois da adoção generalizada do uso da eletricidade na Europa e E.U.A, na Segunda metade do século passado.

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A energia hidráulica é uma das fontes mais baratas, limpas e seguras para a produção de eletricidade, e é renovável. 4- Energia Nuclear: A energia elétrica gerada nas usinas nucleares pode ser obtida de duas maneiras: fissão ou quebra e fusão ou colisão de átomos. São utilizados como matérias-primas os minerais radioativos, como o urânio e o tório. A energia elétrica produzida pelas usinas atômicas representa uma pequena parcela da energia elétrica produzida no mundo, mas esse índice percentual tende a aumentar continuamente. 5- Xisto Betuminoso; é uma substância orgânica oleaginosa que aparece em rochas metamórficas, disseminado em meio à matéria orgânica.

O óleo de xisto, pelas suas características, é o combustível que mais se aproxima do petróleo, podendo, após tratamento prévio, ser processado nas refinarias. Seu maior aproveitamento vem sendo retardado pelas dificuldades técnicas e pelo custo elevado. 6- Álcool: a utilização do álcool como combustível , em motores, já era conhecida desde o século passado. Sua obtenção, contudo, não é apenas da cana-de-açúcar; ele pode ser extraído de outros vegetais como a beterraba e o eucalipto. 7- Energia solar: Dentre todas as tecnologias desenvolvidas para o uso da energia solar, as mais avançadas e também a mais simples e menos perigosa é a de usar o calor do Sol para o aquecimento e para a produção de eletricidade.

O problema do aproveitamento dessa fonte de energia está relacionado com a armazenagem, que é feita através de baterias solares. Atualmente, tal tipo de energia só é utilizada no aquecimento de água e de interiores de casa e prédios, porém de forma ainda insignificante. 7- Biomassa é a energia obtida do gás produzido pela matéria orgânica em decomposição. O biodigestor é o aparelho utilizado para realizar o processo de decomposição do material orgânico e produção de gás. A biomassa é bastante difundida na Índia e China, principalmente no meio rural.

O consumo de energia está diretamente relacionado ao desenvolvimento tecnológico e econômico do país, que reflete na vida social. Uma forma útil de entender os sistemas energéticos é o conceito de matriz energética. A matriz é a fonte natural antes de qualquer intervenção humana – energia primária. No caso do Brasil, a força muscular dos escravos, a tração animal e a lenha forma durante séculos as nossas matrizes energética. Com o crescimento da cafeicultura houve necessidade do uso do carvão mineral. Com a intensificação da industrialização, houve aumento do uso desses recursos ao construíram as primeiras usinas termelétricas. A partir de 1930, apareceram no Brasil as primeiras hidrelétricas. Em 1970, as estatísticas ainda indicavam um consumo direto de 45,4% de energia primária. Essa proporção declinou para 18,2% em 1994. Assim, a energia transformada pelo ser humano passou a ocupar o lugar central no sistema técnico energético nos últimos trinta anos da história brasileira. O crescimento geral de energia praticamente triplicou entre 1970 e 1994. hoje 60% da energia consumida na produção industrial é hidrelétrica, destacando-se os casos das indústrias de alumínio, papel e celulose e siderurgia. O consumo de eletricidade no Brasil ainda é muito baixo se comparado a países não desenvolvidos: nosso consumo médio per capita é de 1682kw/h ao ano e do Chile é de 1806kw/h; nos EUA a consumo é de 12544kw/h.

- Problemas ambientais Existem inúmeros problemas ambientais, porém, alguns deles são de relevância importância para o futuro do planeta: EFEITO ESTUFA - capacidade da atmosfera de reter a radiação solar no planeta, o que explica, entre outras coisas, por que as noites na Terra não são extremamente mais frias que os dias, tal qual ocorre na Lua, onde não há atmosfera. De modo geral, é parecido com uma estufa, onde o vidro deixa a radiação passar, mas retêm o calor. O Efeito estufa pode ser de origem natural ou antrópica é benéfica aos seres vivos, mas uma quantidade

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excessiva de gases estufa poderá trazer inúmeros problemas, tais como: - Aquecimento global; degelo das calotas polares; mudanças climáticas; inundações DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO- situada na estratosfera (entre 12 e 80 km de altitude), encontra-se a camada de ozônio. Este gás é importantíssimo para a vida na Terra, uma vez que ele filtra os raios ultravioletas do Sol, impedindo que cheguem diretamente à superfície de nosso planeta com toda intensidade. A exposição dos seres vivos aos raios nocivos ultravioletas causam, aumento do câncer de pele, diminuição da fotossíntese, aquecimento da Terra (ozônio absorve o calor do Sol na alta atmosfera) CHUVA ÁCIDA- ocorre quando diversos gases expelidos pelas indústrias, principalmente os óxidos de enxofre e nitrogênio , podem reagir com a luz solar e a umidade existentes na atmosfera , transformando-se em soluções diluídas dos ácidos sulfúrico e nítrico. SO2 –Dióxido de enxofre (combinado com água forma o ácido sulfúrico) NOx- óxidos de nitrogênio ( combinado com a água forma o ácidos nítricos). Em ambientes saturados por esses elementos, as chuvas e neve apresentam alto poder corrosivo e contaminam os solos, lagos, rios e oceanos, podendo provocar desfolhamento de florestas, contaminação de alimentos, morte de animais e plantas aquáticas, corrosão de monumentos e edificações humanas , etc. INVERSÃO TÉRMICA E SMOG - este tipo de problema ambiental ocorre no inverno, quando a formação de uma camada de ar mais fria abaixo de outra mais quente , provoca uma situação onde a camada de ar quente impede a ascensão do ar próximo á superfície, dificultando a dispersão dos poluentes advindos dos motores das indústrias. SMOG- palavra inglesa que consiste na somatória das palavras Fog (neblina) e smoke(fumaça)- torna o ar insalubre , podendo ocasionar com isto o aumento de casos de doenças ligados ao aparelho respiratório(asma, bronquite, tosse, etc.) , irritação dos olhos, sendo que em determinadas circunstâncias provocando até mesmo óbitos. EUTROFIZAÇÃO- proliferação de algas, geralmente em lagos e rios, devido ao acúmulo de nutrientes advindos de restos orgânicos. esgotos liberados em lagos ou rios; fertilizantes e adubos utilizados nas plantações próximas aos lagos ou rios. As algas em grande número passam a consumir bastante oxigênio da água e ao morrerem são decompostas por seres aeróbicos (que consomem oxigênio) e com isto baixa a quantidade deste gás no ambiente aquático, provocando a morte dos peixes, e do próprio lago o rio. ILHAS DE CALOR - Fenômeno tipicamente urbano, onde a áreas centrais dos grandes centros urbanos ficam com temperaturas médias superiores aos subúrbios e zonas rurais que circundam esta região. Nas áreas centrais das grandes cidades ocorre uma maior concentração de veículos, construções, asfalto, concreto, poucas árvores, pouca circulação atmosférica, presença de indústrias, que são responsáveis pelo maior aquecimento destas áreas. - aquecimento da área de modo a causar mau estar nas pessoas. DESMATAMENTO DAS FLORESTAS - consiste na exploração econômica das florestas tropicais e temperadas - exploração de madeira e produção de papel (celulose) de florestas temperadas; derrubada da vegetação para implantação de projetos agropecuários, o que leva a extinção da fauna e da flora local (biodiversidade). MARÉ NEGRA - Poluição das águas de mares, rios, lagos ou oceanos por derramamento de petróleo (ocorre, principalmente, devido a acidentes com petroleiros ou em áreas de perfuração de poços de petróleo) ocasiona a morte de peixes e plânctons, desequilibrando com isto o ambiente aquático onde ocorre o derramamento de petróleo. MARÉ VERMELHA - proliferação principalmente de dinoflagelados dos gêneros Gymnodimnium e Goniaulax , que dão às águas coloração avermelhada. Ação Governamental e Sociedade

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O contexto da crise social no mundo em que vivemos acabou por revelar a importância dos problemas da degradação ambiental. Mesmo que a poluição tenha sua origem nos países industrializados, os países pobres são os mais atingidos pelos problemas ambientais. Sendo assim, se faz necessário à formulação de princípios e planos de ação onde todos possam ajudar na solução destes problemas. Nesta visão, após a década de 70, a humanidade passou a se preocupar mais com a temática ambiental, surgindo assim uma política voltada a buscar soluções para a diminuição ou mesmo o fim deste temeroso mal que aflige o nosso planeta. Desde a Primeira Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XVIII, que a humanidade passou a agredir com maior intensidade a natureza. Até o advento da industrialização o meio urbano era subordinado ao meio rural, porém, após esta revolução ocorreu uma inversão e o meio rural subordinou-se ao meio urbano. Desde então, o homem vem aumentando e acelerando consideravelmente as agressões a natureza. Com a Segunda Revolução Industrial este processo se catalisou ainda mais, uma vez que suas bases estavam cada vez mais ligadas aos combustíveis fósseis (carvão mineral e o petróleo). Mas não foi apenas isto, pois com o crescimento exagerado das cidades e da população da Terra, o homem consumia mais e dilapidava em um ritmo alucinante os recursos naturais do nosso planeta. Mesmo com a Terceira Revolução Industrial (Técno–Científica), a humanidade continua a poluir e destruir o habitat terrestre. A alta tecnologia não impediu que nós continuássemos a despejar venenos nas águas dos mares, rios e oceanos, desmatássemos nossas florestas e liberássemos em quantidades cada vez mais intoleráveis poluentes em nossa atmosfera. Após tão pouco tempo, a humanidade se industrializou, porém, somente na década de sessenta do século vinte é que as primeiras Organizações Não-Governamentais – ONG´s, ligadas ao meio ambiente como o GREENPEACE, FUNATURA, WWF e outras, passaram a desempenhar um importante trabalho de conscientização e atuar em setores ambientas de relevante importância para a humanidade. Na década de setenta, ocorreram muitos fatos que desencadearam grandes avanços no pensamento humano, no que diz respeito ao meio ambiente. No ano de 1972, ocorreu Primeira Conferência Mundial para o Meio Ambiente, reeditada em 1992. ESTOCOLMO -72 (SUÉCIA) – PRIMEIRA CONFERÊNCIA MUNDIAL PARA O MEIO AMBIENTE Na conferência de Estocolmo, os países ricos defenderam a tese de que a única forma de impedir a degradação do ambiente era limitar os padrões de produção e consumo aos níveis até vigentes. Isto impediria o crescimento econômico dos países pobres. Esta situação ficou conhecida como Desenvolvimento Zero.

Na contramão desta idéia, outro grupo propunha que os países pobres tinham o direito à industrialização, ao crescimento econômico e ao desenvolvimento, mesmo que para isto tivessem que utilizar de forma intensiva os recursos naturais, sujeitando-se aos riscos de acidentes (desenvolvimentistas) RIO –92 ou ECO 92 (BRASIL) – SEGUNDA CONFERÊNCIA MUNDIAL PRA O MEIO AMBIENTE Esta conferência ocorrida na cidade do Rio de Janeiro ajudou em muito a divulgar a problemática ambiental em todo o planeta. Foram objetivos desta conferência: -Convenções sobre Diversidade Biológica (reconhecia a importância da manutenção dos seres vivos, como matrizes genéticas que permitam o desenvolvimento de um produto.) - Convenção de clima: o documento que propunha a volta da emissão de gás carbônico aos níveis da década de 90. O acordo foi firmado por 153 países, mas não determinou prazos para conter os gases responsáveis pelo aquecimento da Terra.

- Convenção da biodiversidade: o objetivo era o de proteger as espécies do planeta e estabelecer a transferência de tecnologias e o reconhecimento de patentes e produtos que fossem descobertos a partir dessas espécies. Os Estados Unidos, maior mercado de patentes do mundo, não assinou o acordo.

- Agenda 21: documento que reúne cerca de 2.500 propostas acerca do tratamento de resíduos sólidos, da qualidade dos oceanos, do tratamento do solo, entre outros. -Declarações do Rio (consistia em um documento político onde os países reafirmariam a necessidade de manter o ambiente em boas condições para as gerações futuras.)

- Declaração de Florestas (tratava da necessidade de conservar as florestas do planeta )

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- Atingir o desenvolvimento sustentável (desenvolvimento econômico que não colocasse em risco a existência do planeta e de seus seres vivos). A cada dia as questões ambientais tornam-se mais relevante e de interesse mundial. Na 1ª Conferência Mundial para o Meio Ambiente (1972), os países ricos defenderam o modelo tido como desenvolvimento zero, enquanto os países em desenvolvimento defendiam o desenvolvimento a qualquer custo, independente do impacto ambiental, social ou econômico.

O desenvolvimento sustentável é o modo pelo qual podemos continuar desenvolvendo nossos países e nossas comunidades sem destruir o meio ambiente e com maior justiça social. Dentro da 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano - RIO-92- que foi a mais importante conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em todos os tempos, a Agenda 21 foi o mais importante documento. Ela tem esse nome porque se refere às preocupações com o nosso futuro, durante todo século XXI. O principal foco da Agenda 21 Brasileira tem sido o da sustentabilidade em seus múltiplos aspectos: sustentabilidade econômica, sustentabilidade ambiental, e a sustentabilidade social,

Em suma, o Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade de as futuras gerações terem suas próprias necessidades atendidas. Protocolo de Kyoto

Em 1997, em Kyoto, governos do mundo assinaram um acordo para que os países ricos dimi-nuam as emissões de gases poluentes que provocam o efeito estufa — aumento de temperatura da terra. Foi fixada a média obrigatória de 5,2% de redução lançamento de gases na atmosfera, principalmente de dióxido de carbono (C02), para chegar aos padrões de emissão de 1990.

O acordo entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, e ficou conhecido como Protocolo de Kyoto. A meta tem que ser alcançada até 2012.

A definição do índice de redução obedeceu ao que foi estabelecido pela Convenção de Mudanças Climáticas assinada durante o encontro internacional realizado no Rio de Janeiro em 1992, conhecido como Rio-92.

Embora as bases do protocolo tenham sido definidas o maior problema são os Estados Unidos, pois o presidente norte-americano, George W Bush, disse em 31 de março de 2003 que não iria mandar o protocolo para o congresso ratificar.

A posição de Bush preocupou o resto do planeta, porque os EUA contribuem com quase 25% de todos os gases que são jogados na atmosfera. A União Européia já ratificou o protocolo. Hoje o protocolo já possui mais de cem adeptos (eram necessários 55% dos emissores de poluentes para que ele tivesse validade).

Mais a Rússia no final de 2004, devido principalmente as pressões da UE, resolveu ratificar o Protocolo de Kyoto, completando assim o número mínimo para que o mesmo pudesse entrar em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005. Para muitos especialistas, a entrada em vigor do acordo vale mais pelo esforço e compromisso e pelo efeito multiplicador do senso de responsabilidade do que pelos resultados em si de diminuição de emissão de poluentes. Hoje já se sabe que as metas do protocolo de Kyoto estão dentro do limite planejado, mas também se sabe que essas metas não serão suficiente, por isso que se esperava tanto que as Conferencia de Copenhagem e de Cancún (COP-15 e 16 respectivamente) estabelecesse metas de redução de poluentes para o período ecompreendido entre 2012 e 2020. Rio + 10 A Segunda Cúpula da Terra aconteceu em Johannesburgo – África do Sul- entre a última semana de agosto e a primeira de setembro de 2002. Os principais resultados da Rio + 10 foram:

- Energia - Promoção de fontes limpas de energia, como a solar, eólica e de pequenas hidrelétricas, mas sem metas nem prazos. Os países devem melhorar o acesso da população à energia -Água e saneamento - Reduzir pela metade o contingente de 2 bilhões de pessoas sem saneamento básico e o de 1,2 bilhão sem acesso a água tratada no mundo até 2015. -Ajuda aos pobres - Reconhecimento da necessidade de aumentar a ajuda aos países pobres e reforço para que os países ricos destinem 0,7% de seu PIB às nações em desenvolvimento.

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-Diversidade Biológica - Os países se comprometem a reduzirem até o ano 20l0 a perda e exploração de sua biodiversidade, ou seja, a extinção de animais e plantas raras. Foi realizada outubro de 2010 em Nagoya- Japão uma conferencia para analisar o que está sendo feito para preservar a biodiversidade. - Responsabilidade comum - O princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada, significa que todos os países precisam salvar o planeta. No entanto, quem polui mais precisa arcar com mais financiamento. - Comércio - Países ricos se comprometem a diminuir os subsídios a seus produtores e facilitar o acesso dos produtos vindos de países em desenvolvimento a seus mercados, mas sem metas. -Saúde- Garantia de que o acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre patentes não pode impedir países pobres de fornecerem remédios para todos. - Produtos químicos - Até 2020, os produtos químicos serão fabricados e usados de maneira a minimizar os impactos prejudiciais aos humanos e ao ambiente e o lixo químico deverá receber tratamento apropriado. Relatório do IPCC

Criado em 1988 por iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) e a Organização Meteorológica Mundial (WMO), o IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) é um órgão das Nações Unidas, responsável por produzir, em forma de relatório, informações cientificas, técnicas e socioeconômicas relevantes para o entendimento das mudanças climáticas. Essas mudanças podem ser devido a processos naturais ou causadas pela ação do ser humano na composição da atmosfera ou do uso da terra.

Os relatórios são divulgados periodicamente, baseados na síntese de pesquisas de mais de 2500 cientistas de todo o planeta.

O IPCC já havia lançado anteriormente outros três relatórios, mas nenhum com a repercussão deste ultimo que aponta previsões sombrias para o planeta terra:

- Até o fim deste século, a temperatura da Terra pode subir de 1,8ºC até 4ºC. Na pior das previsões, essa alta pode chegar a 6,4°C

- O nível dos oceanos vai aumentar de 18 a 59 centímetros até 2.100, o que significa que 200 milhões de pessoas terão de abandonar suas casas.

- As chuvas devem aumentar cerca de 20%. - O gelo do Pólo Norte poderia ser completamente derretido no verão, por volta de 2100. - Nos ciclones tropicais, a velocidade do vento e as chuvas serão mais intensas. - O aquecimento da Terra não será homogêneo e será mais sentido nos continentes do que no oceano. O

hemisfério norte será mais afetado do que o sul. - No Brasil, o aquecimento mais intenso ocorrerá no final deste século, no Centro-Oeste e no Norte,

regiões que abrigam a Floresta Amazônica. - O sul da Ásia será uma das regiões mais afetadas. - O encolhimento das geleiras ameaçará o suprimento de água para, pelo menos, 50 milhões de pessoas. - Ao menos 300 mil pessoas morrerão a cada ano devido a doenças relacionadas com as alterações

climáticas. - Haverá morte de 80% dos recifes de coral. A Grande Barreira de Corais, na

Austrália, irá desaparecer. - As emissões passadas e futuras de CO2 continuarão contribuindo para o

aquecimento global e a elevação do nível dos mares durante mais de um milênio.

- As geleiras estão derretendo três vezes mais rápido do que na década de 80. Isso provocou uma diminuição de espessura de 60 a 70 centímetros, em média, em 2005.

- O nível do mar subiu 1,8 mm entre 1961 e 2003. - Onze dos últimos 12 anos foram os mais quentes desde que a temperatura

terrestre começou a ser medida, em 1850. - A temperatura nos oceanos está subindo e eles estão absorvendo 80% do calor que foi adicionado

sistema climático da Terra. Isso faz com que o nível dos mares aumente.

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- A temperatura média no Ártico tem aumentado quase duas vezes mais do que a média global nos

últimos 100 anos. - A quantidade de chuvas aumentou no leste das Américas do Norte e do Sul, norte da Europa e centro e

norte da Ásia. - As secas estão mais fortes no Sahel (África), no Mediterrâneo, no sul da África e em algumas áreas do

sul da Ásia. - O aquecimento do planeta se deve, com 90% de probabilidade, às emissões de dióxido de carbono e

outros gases que causam o efeito estufa, provocadas pela mão do homem. Conferencia de Copenhague Com a intensificação de discussões sobre a emissão de gases de efeito estufa e aquecimento global durante a década de 1980, a ONU cria um comitê em 1990 para negociar um acordo sobre mudanças climáticas entre os países. A Conferência das Partes (COP) é parte desse programa que se reúne todos os anos desde 1995, na tentativa de um acordo planetário. A primeira reunião aconteceu em Berlim, Alemanha, e deu inicio ao processo de negociação para o estabelecimento de prazos e metas para a redução de emissão de gases de efeito estufa pelos países desenvolvidos. Na COP-01 também é sugerida a criação de um protocolo de intenções. A COP-02 acontece em Genebra-Suíça e tem como acordo a criação de obrigações legais de metas de redução por meio da Declaração de Genebra.

A COP-03, mais conhecida como Protocolo de Kyoto, de 1997, deu obrigações de redução de emissões somente aos países ricos. Em 1998 a COP-04, Buenos Aires, Argentina, elaborou planos de ação para a implementação do protocolo de Kyoto, a COP-05-Bonn, Alemanha/1999, deu continuidade aos trabalhos da anterior.

Em 2000 na COP-06, Haia, Holanda, as negociações são suspensas pela falta de acordo entre a União Européia e os EUA, em assuntos relacionados ao uso da terra. No ano seguinte se realiza a COP-6,5 em Bonn e posteriormente a COP-07, Marrakech, Marrocos, onde as negociações são retomadas, porém, os EUA deixam o encontro alegando que os custos para a redução de emissões é elevadíssimo.

Em Nova Delhi, Índia, a COP-8, inicia a discussão sobre o estabelecimento de metas para o uso de fontes renováveis de energia. Na COP-09, Milão- Itália, entra em destaque o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Em 2004 o encontro volta a Argentina e a COP-10 aprova regras de implementação do protocolo de Quioto e a regulamentação do MDL.

Em 2005, no Canadá, a COP-11 introduz o desmatamento e o uso da terra como fatores de mudanças climáticas.Nairóbi, África, abriga a COP-12, onde os países assumem o compromisso de revisar o Protocolo de Quioto, o Brasil ainda apresenta um mecanismo que promova a redução de emissões do desmatamento em países em desenvolvimento. A COP-13 aconteceu em Bali, Indonésia, e a questão principal dessa conferencia das partes foi a questão das florestas.

A COP-14, Poznan, Polônia, sinalizou para um maior compromisso dos países em desenvolvimento em reduzir a emissão de carbono. A COP-15, realizada em Copenhague, Dinamarca, era para ser a mais importante desde Kyoto, pois se propunha a revisar as metas de Kyoto e discutir metas significativas para os países desenvolvidos e compromissos para os países em desenvolvimento. Mas a reunião foi considerada um grande fracasso, pois houve dificuldades na redação de um texto final que defina as regras e um acordo entre os países participantes, ricos e pobres.

O objetivo principal da conferência era fechar um acordo para suceder o Protocolo de Kyoto. Os países em desenvolvimento querem sua prorrogação, que obriga os países ricos, a reduzir a emissão de gases-estufa até 2012 e, ao mesmo tempo, elaborar outro acordo para as nações em desenvolvimento. Mas a maioria dos países ricos quer unir o Protocolo de Kyoto, de 1997, com um novo acordo com obrigações para todos no combate ao aquecimento global.

Os ricos preferem uma solução de via única, principalmente porque os Estados Unidos, segundo maior emissor mundial de gases-estufa, estão fora do Protocolo de Kyoto. Há o temor de que uma solução de duas vias faça com que os Estados Unidos fiquem num regime menos rígido, ao lado de grandes países em desenvolvimento.

O acordo da COP-15, em Copenhague, foi considerado político e não vinculante, pois não houve consenso no âmbito da convenção. Veja os compromissos-chave presentes no documento: Traçar objetivos de

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Atualidades

O Fundo Verde visa financiar ações de combate ao aquecimento global nos países em desenvolvimento. Inicialmente, serão destinados US$ 28 bilhões por meio de repasses até 2012. A partir de 2020, a verba será de US$ 100 bilhões por ano.

manter o aumento da temperatura do planeta em até 2ºC; Comprometimento dos países desenvolvidos em estabelecer metas de redução da emissão (sem, no entanto, estabelecer os percentuais) e das nações em desenvolvimento de elencar suas ações de combate dos efeitos das mudanças climáticas; Criação de um fundo de curto prazo com US$ 30 bilhões, até 2012, e a partir de 2020, um fundo de longo prazo, com US$ 100 bilhões anuais Elaboração de mecanismos de suporte para transferência de tecnologias e de proteção das florestas.

Mas , mesmo com a frustrada 15ª Conferência das Partes do Clima (COP 15), em dezembro de 2009, em Copenhague, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou mais um evento ambiental para tratar de temas relevantes às mudanças climáticas. Batizada de Rio+20, a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável marcará os 20 anos da Eco-92 com um balanço dos acordos firmados pelos 150 líderes mundiais de lá para cá, além, evidentemente, de tentar novos acordos. COP – 16 DEZ/2010

Realizada no mês de dezembro, a 16ª Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP-16) reuniu aproximadamente duzentos países em Cancun, no México, e resultou na aprovação de um documento final. Apenas a Bolívia divergiu das conclusões e foi o único país a não assinar.

Durante a COP-16, o Fundo Verde do Clima, estabelecido em 2009, em Copenhague, foi fortalecido: será administrado pelo Banco Mundial e terá mandato interino de três anos. Especialistas consideram o Banco um dos poucos instrumentos internacionais com capacidade e experiência para administrar o Fundo. No entanto, muitos Países em Desenvolvimento (PEDs) manifestaram resistência a esse papel do Banco Mundial, alegando que a instituição possui preferências históricas por Países Desenvolvidos (PDs). A solução para esse argumento foi o compromisso de que o Fundo será constituído por um comitê de transição, composto majoritariamente por PEDs. Também foi aprovado um mecanismo para compensar os países tropicais pela redução do desmatamento, o REDD – Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação de Floresta. Durante a discussão, surgiram algumas críticas sobre seu funcionamento, como a defesa de direitos indígenas e da biodiversidade. Outras medidas decididas foram o estabelecimento de ações concretas para proteger as florestas, o fortalecimento da cooperação internacional de tecnologia e o amparo a populações vulneráveis a se adaptarem às mudanças do clima e suas conseqüências, como migração climática.

Devido à resistência de Japão, Rússia, Canadá e Estados Unidos, a decisão em dar continuidade ou não ao Protocolo de Kyoto (que irá expirar no fim de 2012), foi adiada para a COP-17, em Durban, na África do Sul. A ideia é que este novo acordo climático obrigue os países a cortarem suas emissões de gases do efeito estufa e assim possam combater os efeitos das mudanças climáticas.

Apesar dos avanços, o encontro deixou a desejar. Os países ricos, principais responsáveis pelas emissões de gás de efeito estufa no mundo, continuam sem metas concretas para reduzir a quantidade de CO2. O documento final de Cancun apenas destaca que, entre 2013 e 2015, acontecerá uma revisão das metas de longo prazo da redução de emissões no mundo inteiro.

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Seqüestro de Carbono

O aquecimento global se agravou nos últimos 110 anos pela ação do homem. Para reverter este fenômeno são necessários esforços sintonizados em todo o mundo e o papel das companhias petrolíferas é essencial para evitar o agravamento do problema.

A Petrobras para cumprir estas metas, a Companhia está investindo em projetos de desenvolvimento tecnológico em áreas como eficiência energética, gás natural, energias renováveis e seqüestro de carbono. As tecnologias de seqüestro de carbono constituem uma das principais apostas

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da Petrobras para a sustentabilidade de suas ações. Por esse motivo, a Companhia investe em pesquisas para o seqüestro direto e indireto de carbono.

O seqüestro indireto é feito por meio de projetos ambientais que incentivam a fixação de carbono na biomassa, como nas ações de reflorestamento ou de cultivo de microalgas no semi-árido nordestino, que fazem parte do programa Molhar a Terra do Petrobras Desenvolvimento & Cidadania.

Já as técnicas de seqüestro direto, ou seqüestro geológico de carbono, consistem na injeção, no subsolo, do dióxido de carbono (CO2) resultante da atividade de plataformas ou refinarias. Em alguns casos, esta injeção pode contribuir para o aumento da recuperação de petróleo em campos maduros. Testes neste sentido vêm sendo feitos nas Bacias do Recôncavo Baiano e de Campos.

COP 17 determinou criação de novo acordo global para

reduzir poluição. Os 200 países signatários da Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas

(UNFCCC, na sigla em inglês), aprovaram em 11 de dezembro de 2011 uma série de medidas com o

objetivo de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa e que estabelece metas para países

desenvolvidos e em desenvolvimento.

O feito inédito, considerado o maior avanço na política climática desde a criação do Protocolo de

Kyoto, em 1997, acontece após duas semanas de negociações que envolveram diplomatas e ministros do

Meio Ambiente na Conferência das Partes (COP 17), realizada em Durban, na África do Sul.

O documento denominado “Plataforma de Durban para Ação Aumentada” aponta uma série de

medidas que deverão ser implementadas, mas na prática, não há medidas efetivas urgentes para conter

em todo o planeta o aumento dos níveis de poluição nos próximos nove anos.

Entenda os principais pontos do texto:

Protocolo de Kyoto

Criado em 1997, obriga as nações desenvolvidas a reduzir suas emissões em 5,2%, entre 2008 e

2012, em relação aos níveis de 1990. Países da Europa já tomaram medidas para reduzir suas emissões.

O que mudou é que único acordo legalmente vinculante (obrigatório) de redução de gases causadores de

efeito estufa atualmente em vigor, foi renovado por um novo período, que se inicia em 2013 e tem prazo

para terminar em 2017 ou 2020 - a data final ainda não foi definida.

O tratado não compreende os Estados Unidos, um dos principais poluidores, e não obriga ações

imediatas de países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil.

Um novo acordo global

A grande novidade do texto de Durban prevê a criação de um acordo global climático que vai

compreender todos os países integrantes da UNFCCC e irá substituir o Protocolo de Kyoto. Será

desenhado pelos países “um protocolo, outro instrumento legal ou um resultado acordado com força

legal” para combater as mudanças climáticas.

Isso quer dizer que metas de redução de gases serão definidas para todas as nações, incluindo

Estados Unidos e China, que não aceitavam qualquer tipo de negociação se uma das partes não fosse

incluída nas obrigações de redução. O delineamento deste novo plano começará a ser feito a partir das

próximas negociações da ONU, o que inclui a COP 18, que vai acontecer em 2012 no Catar. O

documento afirma que um grupo de trabalho será criado e que deve concluir o novo plano em 2015.

As medidas de contenção da poluição só deverão ser implementadas pelos países a partir de

2020, prazo estabelecido na Plataforma de Durban, e deverão levar em conta as recomendações do

relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que será

divulgado entre 2014 e 2015.

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Em 2007, o organismo divulgou um documento que apontava para um aumento médio global das

temperaturas entre 1,8 ºC e 4,0 ºC até 2100, com possibilidade de alta para 6,4 ºC se a população e a

economia continuarem crescendo rapidamente e se for mantido o consumo intenso dos combustíveis

fósseis. Entretanto, a estimativa mais confiável fala em um aumento médio de 3ºC, assumindo que os

níveis de dióxido de carbono se estabilizem em 45% acima da taxa atual. Aponta também, com mais de

90% de confiabilidade, que a maior parte do aumento de temperatura observado nos últimos 50 anos foi

provocada por atividades humanas.

Fundo verde do clima

O fundo que prevê a captação de recursos financeiros dos países ricos para ações de adaptação e

combate às mudanças climáticas em países pobres começou a ser debatido na COP 15, em Copenhague,

mas sua criação foi efetivada apenas na COP 16, em Cancún. O principal objetivo é arrecadar US$ 100

bilhões anuais das nações ricas até 2020. O dinheiro seria revertido em projetos de combate ao

desmatamento de florestas tropicais, que poderia inclusive auxiliar o Brasil na proteção da Amazônia.

Na COP 17, foi aprofundada a forma de funcionamento deste mecanismo de financiamento. A Coreia do

Sul ofereceu recursos para dar início ao seu funcionamento. Porém, ainda não há previsão de quando os

primeiros US$ 100 bilhões serão arrecadados, já que a Europa e os Estados Unidos, que poderiam ser os

principais doadores enfrentam uma séria crise financeira. Fonte: Globo Natureza.

Canadá abandona oficialmente o Protocolo de Kyoto O Canadá se retirou do Protocolo de Kyoto, declarou em Dezembro de 2011 o ministro

canadense do Meio Ambiente, Peter Kent. "Estamos invocando o direito legal do Canadá de abandonar

formalmente (o Protocolo de) Kyoto", disse Kent após a conferência da ONU sobre o aquecimento

global em Durban, África do Sul. "Kyoto não funciona" e o Canadá corre o risco de pagar multas de

vários bilhões de dólares se permanecer neste acordo, disse Kent.

O Protocolo de Kyoto, fechado em 1997, é o único tratado global que fixa reduções de emissões

globais de carbono. Mas as reduções fixadas afetam os países ricos, com exceção dos Estados Unidos,

que não é signatário do acordo, e não afeta os grandes emergentes como China ou Índia.

Sob o Protocolo de Kyoto, o Canadá concordou em reduzir até 2012 suas emissões de carbono a

6% menos que os níveis registrados em 1990, mas, em vez disso, suas emissões aumentaram

consideravelmente.

A saída do Canadá do protocolo fará com que o país evite pagar multas de até 13,6 bilhões de

dólares por não ter cumprido as metas.

NOTA ESPECIAL: Os membros do G8 concordaram com a redução de 50% do CO2 até 2050. Isso inclui os Estados Unidos,

que pela primeira vez aceitam um prazo e uma cota para ser respeitada. Nesta reunião estão presentes os membros do G5 (países emergentes: Brasil, México, China, Índia e África do Sul). “O G8 (os sete países mais industrializados e a Rússia) ‘reconhece’ a necessidade de reduzir em 50% as emissões de CO2 à atmosfera até 2050. Os Estados Unidos afirmaram que o grupo obteve ‘avanço significativo’ para o meio ambiente.” Só um detalhe: “Os EUA insistem em que qualquer acordo vinculativo de redução de emissões deve incluir as economias emergentes.”

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PROINFA – Programa de incentivo às fontes alternativas Após dois anos de impasse, a Eletrobrás assinou os contratos de compra de energia do Programa de

Incentivo às Fontes Alternativas, o Proinfa. Nos próximos 30 meses, 138 novos projetos de geração deverão ser implantados. A estatal pretende completar a compra de 3.300 megawatts anuais provenientes de fontes eólicas, de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e de usinas de biomassa – 1.100 megawatts para cada modalidade. Falta só completar a cota do segmento de biomassa cujos projetos totalizaram apenas 1.038 MW.

O Proinfa agrada aos ambientalistas e confunde os ideólogos. Embora concebido pelo governo “neoliberal” de FHC, sua receita claramente “intervencionista” e indutora do desenvolvimento foi salva do inferno regulatório pelo governo do PT, tido como “burocratizante” e “aparelhista”. Graças à então ministra Dilma Roussef, a regulamentação do programa foi refeita e desempacou, ratificando-se o objetivo estratégico de diversificar e estimular as energias renováveis e diminuir a dependência das grandes hidrelétricas. O Proinfa vai, sobretudo, multiplicar os pequenos empreendimentos dos “produtores autônomos” de energia.

Para os críticos, trata-se da melhor maneira de produzir energia pelo dobro do preço, já que um megawatt eólico custa quase três vezes mais do que um megawatt das hidrelétricas antigas, apesar dessas terem sido fartamente subsidiadas no passado. Mas, em quase todos os países industrializados, na Europa e na América do Norte, as energias renováveis só decolaram com subsídios e estímulos governamentais. Para tanto, o Proinfa oferece reserva de mercado por contratos de compra de energia de 20 anos (enquanto os contratos do mercado privado são anuais), preços subsidiados para as três energias e descontos de até 50% nas tarifas de distribuição. O custo do subsídio será pago pelos consumidores, excetuando-se os de baixa renda.

BIODISEL “O motor diesel pode ser alimentado com óleos vegetais e poderá ajudar consideravelmente o desenvolvimento da agricultura nos países onde ele funcionar. Isto parece um sonho do futuro, mas eu posso predizer com inteira convicção que esse modo de emprego do motor diesel pode, num tempo dado, adquirir uma grande importância” Rudolph Diesel

Quando criou o motor à diesel, no final do século XIX, Rudolph Diesel já previa que a máquina poderia, no futuro, usar óleos minerais como combustível, em substituição ao petróleo (não renovável e poluente). Visionário, não imaginava, no entanto, que a tecnologia para isso estaria disponível inclusive em uma rede mundial de computadores. Com os altos níveis de emissões de gases poluentes na atualidade, o biodiesel surge como alternativa de baixo impacto ambiental, fácil produção e, especialmente, no Brasil, fonte de energia renovável.

DE ONDE VEM O BIODISEL? Geralmente de óleos vegetais. Para se ter uma idéia, pode ser obtido a partir das seguintes plantas:

mamona, babaçu, cotieira, indaiá, pinhão-manso, buriti, tingui, pupunha, dendê, algodão, piqui, amendoim e soja. Já que o Brasil é um dos principais exportadores mundiais de soja e, por ano, produz 3.770.000 toneladas de óleo a partir da semente (90,7% da produção nacional de óleos vegetais), tem grande potencial para essa produção.

A grande vantagem do biodiesel é a simplicidade em sua produção. Existem dois tipos de técnicas que possibilitam o desenvolvimento desse combustível (Transesterificação – é reação química que mistura o óleo vegetal ao álcool de cana - tem o inconveniente de produzir muita glicerina como subproduto - e o Craqueamento – é resultado de quebra molecular por processos térmicos e/ou catalíticos), sendo que alguns resultados assemelham-se bastante ao óleo obtido a partir do petróleo. Outro ponto positivo é o baixo impacto ambiental e a eliminação da emissão de gases poluentes como o enxofre. Mais de 70% das emissões poluentes nas grandes cidades é decorrente da queima do óleo diesel convencional. IMPACTOS ESPERADOS - uso alternativo de produtos agrícolas - fonte de energia alternativa - combustível isento de enxofre - formação de pessoal especializado - construção de mini-usinas geradoras de energia elétrica no meio rural

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- redução no custo de produção e transporte com a possibilidade de regionalização desses procedimentos

Rio + 20 Após duas semanas de intensos debates e negociações encerrou-se a rio+20, Conferencia das nações

Unidas (ONU) que tinha como objetivo debater e formular propostas para uma economia verde e a erradicação da pobreza. Segundo a maioria das organizações não governamentais (ONGs), a conferência falhou e desperdiçou a oportunidade de criar novos paradigmas para o desenvolvimento planetário. Na avaliação de alguns analistas os resultados foram tímidos. Para outros, alcançou-se o possível dentre as diversas crises econômicas presente no planeta atualmente. Mas após duas semanas a Rio+20 terminou com a adoção do documento chamado de "O Futuro que Queremos.

Podemos destacar 5 pontos positivos e 5 pontos negativos da rio+20 5- Pontos positivos

1- Compromisso socioambiental Não existe desenvolvimento sustentável sem um esforço para a erradicação da pobreza e a proteção

ambiental. Esta talvez seja a afirmação mais importante do documento "O Futuro que Queremos". Introduz um novo aspecto, a preocupação com a miséria, numa discussão que anteriormente tinha uma dimensão mais econômica.

2- Novos padrões de produção e consumo O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se

comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020. O texto, porém, é vago em definir metas.

3- Além do PIB O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se

comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020. O texto, porém, é vago em definir metas.

4- Objetivos do Desenvolvimento Susténtável Em 2015, acaba o prazo fixado pelas dez "Metas do Milênio" propostas pela ONU para promover

desenvolvimento ao redor do mundo. Na Rio+20, os países concordaram em adotar, a partir de então, novas metas globais para governos progredirem em indicadores sociais, ambientais e econômicos; serão os ODS.

5- Participação da sociedade Seja dentro da própria conferência oficial, seja na Cúpula dos Povos, houve ampla participação da

sociedade civil nas discussões sobre "O Futuro que Queremos". A série de Diálogos foi considera pela presidente Dilma Rousseff uma iniciativa inovadora, ainda que as propostas que saíram dos encontros fosse muito vaga.

5 pontos negativos

1- Problemas de estrutura Delegados reclamaram de diversos problemas estruturais da Rio+20. Para chegar ao Riocentro, sede da

conferência, perdia-se de 60 a 90 minutos de ônibus. Preços altos assustaram os estrangeiros, que também relataram muitas dificuldades de comunicação com brasileiros por causa da língua.

2- Ausência de líderes A expectativa de que a Rio+20 não apresentaria resultados fortes acabou por esvaziá-la. Os principais

líderes mundiais, incluindo os chefes de Estado e governo dos EUA, China, Rússia e da União Europeia, não vieram ao Rio. No dia da conclusão da conferência, a chanceler Angela Merkel apareceu comemorando a vitória da Alemanha sobre a Grécia na Eurocopa.

3- Direito das mulheres

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Assegurada em outras documentos da ONU, a menção ao direitos reprodutivos das mulheres foi excluída da

Rio+20 por pressão do Vaticano. Trata-se de um retrocesso significativa na luta das mulheres. A presidente Dilma Rousseff foi cobrada por feministas a respeito deste ponto.

4- Financiamento De todos os espinhos da negociação, este era um dos mais importantes. A criação de um fundo de US$ 30

bilhões, destinado a financiar o desenvolvimento sustentável, foi rejeitado pelos países ricos e ficou de fora do documento final.

5- Falta de ambição Há unanimidade quanto a esta crítica, seja de governantes, seja de ONGs. O Brasil, no comando das

negociações, privilegiou o acordo, expurgando do texto os aspectos mais polêmicos, o que resultou numa declaração aquém das expectativas.

Acontecimentos que podem cair em prova!!!

Japão

Em 11 de março de 2011 às 14:46 hs local (2:46 horário de Brasília), um tremor de terra com agnitude de 9.0 na escala Richter abalou região de Sendai, capital da província de Miyagi no Japão. Pior que o terremoto, foi a forte tsunami que fez um imenso estrago nas costas japonesas.

As onda gigantes que atingiram mais de 14 metros deixaram mais de 13 mil mortos e 18 mil desabrigados, além de destruir as fontes de energia que alimentava os equipamentos responsáveis por resfriar os reatores nucleares de Fukushima. Com a explosao das Usinas nucleares as varetas do reator ficaram totalmente expostas. Elas normalmente são cercadas de água, sem a qual começam a superaquecer. As varetas correm o risco de derreter se o nível de água no reator cair demais. O derretimento pode danificar o reator e levar a um amplo vazamento de material radioativo.

O acidente em Fukushima inicialmente foi classificado com O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7. com escala 6 e posteriormente elevado pelas autoridades japonesas elevaram para 7.

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Ranking Nuclear Paises que possuem mais usinas atômicas. 1.EUA – 104 (*1) 2. França – 58 (*1) 3. Japão – 55 (*2) 4. Rússia – 32 (*10 ) 5. Coréia do Sul – 21 (*5) 6. Índia – 20 – (*4) 7. Reino Unido- 19 8. Canadá – 18 (*2) 9. Alemanha- 17 10. Ucrania – 15 11. China – 13 (*27) 22. Brasil – 2 (*1) *(em construção) Países que mais depedem de energia nuclear. 1. França 75,29% 2. Eslovaquia 53,5% 3. Bélgica- 51,7% 4- Ucrânia – 48,6% 5. Armênia- 45% 6. Hungria- 43% 7. Suiça- 39,5% 8. Eslovênia- 37,9% 9. Suécia- 37,4% 10. Bulgária- 35,9% 27. Brasil – 3%

O acidente em Fukushima colocou as usinas nucleares no banco dos réus e o medo de novos acidentes fez com que líderes de vários países repensasem o uso e a expansao das Usinas atomicas

Mesmo as nações de forte tradição nuclear, como a Alemanha, anunciaram medidas que aceleram a redução da dependência atômica. A chanceler do país europeu, Angela Merkel, anunciou – depois de uma série de manifestações populares – uma moratória nas políticas pró-nucleares do país. Além da Alemanha, Rússia, Índia e Espanha já encomendaram novos relatórios sobre o estado de suas instalações em funcionamento, e a Venezuela de Hugo Chávez optou por suspender os planos de erguer uma central nuclear. A China, que atualmente constrói 27 plantas atômicas, anunciou que as aprovações de novos projetos também foram interrompidas até que seus padrões de segurança sejam revistos. O Chile, país de histórico sísmico parecido com o japonês, enfrenta onda de protestos desde que seu governo anunciou a assinatura de um acordo de cooperação nuclear com os Estados Unidos. Nações asiáticas muito populosas, como Índia, China e Coreia do Sul, enfrentam o problema adicional do alto consumo, virtualmente impossível de ser garantido a curto prazo com alternativas consideradas “verdes”. O perigo se repete nas regiões em desenvolvimento, como América Latina, Leste Europeu e África, nas quais economias aquecidas e o crescimento acelerado impulsionam a demanda.

2002 foi o pico histórico do número de reatores nucleares em operação ao redor do mundo: eram, ao todo, 444. O começo da década chegou a ser chamado de “Renascimento Nuclear”, impulsionado pela necessidade de redução da dependência do carvão mineral e da emissão de gases poluentes na atmosfera e pelo aumento do preço do petróleo. Os acontecimentos em Fukushima e a iminência de um acidente que alcance os mesmos níveis de risco apresentados em Chernobyl representam, no entanto, um golpe talvez definitivo ao lobby atômico.

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Artes e Literatura Essa temática costuma ser cobrada nos editais tanto do CESPE como da Funiversa, mas dificilmente cai nas provas. Já que o universo artístico é muito particular, é a parte menos previsível dos editais Na música pode cair alguma coisa sobre os movimentos culturais da periferia como o Hip Hop e suas manifestações culturais, como o grafite, que é arte – e não pode ser confundido com pichação, o funk e outras manifestações culturais do gênero.

2012: Ano Cultural Luiz Gonzaga- LEI Nº 14.291, DE 03 DE MAIO DE 2011. Institui no âmbito do Calendário Cultural do Estado de Pernambuco, o ano de 2012, consagrado ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e dá outras providências.

Cristo Redentor se enche de cores em homenagem à Jornada Mundial da Juventude

O Cristo Redentor ganhou uma festa de cores, para representar os 150 países que vão participar da 28ª Jornada Mundial da Juventude, evento que vai acontecer no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho de 2013.

O Rio foi confirmado como sede do encontro católico pelo papa Bento 16 em agosto do ano passado. O tema desta jornada, sugerido pelo sumo pontífice, é "Fazer discípulos em todas as nações".

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A Jornada Mundial da Juventude foi criada pelo papa João Paulo II em 1985, e consiste numa reunião de católicos, sobretudo jovens, celebrada a cada dois ou três anos. Nos intervalos do evento, as jornadas são realizadas localmente, no Domingo de Ramos, por dioceses ao redor do mundo.

Lei Maria da Penha.

A luta das mulheres por seus direitos no mundo já data de alguns séculos. Mas no Brasil, foi apenas no século XXI que as elas finalmente ganharam uma lei específica sobre a violência doméstica: A Lei Maria da Penha. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 07 agosto de 2006.

A lei Maria da Penha alterou o Código Penal e permitiu que os agressores passassem a ser presos em flagrante ou que tivessem a prisão preventiva decretada. A lei também acabou com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar apenas cestas básicas ou multas. Também alterou a Lei de Execuções Penais, ao permitir que o juiz pudesse determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação, o que antes não acontecia.

Antes, o crime de violência doméstica era considerado de "menor potencial ofensivo", e julgado nos juizados especiais criminais junto com causas como briga de vizinho e acidente de trânsito. De forma simplificada podemos elencar os principais tópicos da Lei 11340 de 07 de agosto de 2006:

1. Tipifica e define a violência domestica e familiar contra a mulher. CF. art. 226 §8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismo para coibir a violência no âmbito de suas relações.

2. Estabelece as formas de violência domestica contra a mulher como física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Determina que a violência doméstica contra a mulher independe de sua orientação sexual.

4. Determina que a mulher somente poderá renunciar à denuncia perante o juiz. 5. Ficam proibidas as penas pecuniárias (pagamento de multas ou cestas básicas) 6. É vedada a entrega da intimação pela mulher ao agressor. 7. A mulher vitima de violência domestica será notificada dos atos processuais, em especial quando do

ingresso e saída da prisão do agressor. 8. A mulher deverá estar acompanhada de advogado(a) ou defensor(a) em todos os atos processuais. 9. Retira dos juizados especiais criminais a competência para julgar os crimes de violência doméstica

contra a mulher. 10. Altera o código de processo penal para possibilitar ao juiz a decretação da prisão preventiva quando

houver riscos à integridade física ou psicológica da mulher. 11. Altera a lei de execuções penais para permitir o juiz que determine o comparecimento

obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. 12. Determina a criação de juizados especiais de violência doméstica e familiar contra a

mulher com competência cível e criminal para abranger as questões de família decorrentes da violência contra a mulher.

13. Caso a violência domestica seja cometida contra a mulher com deficiência, a apena será aumentada em 1/3.

14. A pena ao agressor será de 3 meses a 3 anos de detenção. A lei foi batizada em homenagem a uma vítima real dessa violência: a cearense Maria da Penha Maia,

uma biofarmacêutica, hoje com 61 anos, fez da sua tragédia pessoal uma bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante 20 anos para que fosse feita justiça.

O seu agressor, o professor universitário de economia Marco Antonio Herredia Viveros, era também o seu marido e pai de suas três filhas. Na época ela tinha 38 anos e suas filhas idades entre 6 e 2 anos.

Na primeira tentativa de assassinato, em 1983, Viveros atirou em suas costas enquanto ainda dormia, alegando que tinha sido um assalto. Depois do disparo, foi encontrado na cozinha, gritando por socorro. Dizia

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que os ladrões haviam escapado pela janela. Maria da Penha foi hospitalizada e ficou internada durante quatro meses. Voltou ao lar paraplégico e mantido em regime de isolamento completo.

Foi nessa época que aconteceu a segunda tentativa de homicídio: o marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la embaixo do chuveiro.

Herredia foi a júri duas vezes: a primeira, em 1991, quando os advogados do réu anularam o julgamento. Já na segunda, em 1996, o réu foi condenado a dez anos e seis meses, mas recorreu. Ele foi preso em 28 de outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Hoje, está em liberdade.

Com a ajuda de diversas ONGs, Maria da Penha enviou o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), pela demora injustificada em não se dar uma decisão ao caso.Que julgou seu pedido procedente e condenou o governo do Ceará, em março de 2008, a indenizá-la em RS60.000

Após as tentativas de homicídio, Maria da Penha começou a atuar em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará.

A história de Maria da Penha pode ser conhecida na biografia que escreveu em 1994, intitulada “Sobrevivi... Posso contar”.

Hoje ela atua junto à Coordenação de Políticas para as Mulheres da prefeitura de Fortaleza e é considerada símbolo contra a violência doméstica e batizou a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, sancionada pelo presidente Lula, no dia 7 de agosto de 2006.

Decisao do STJ – Lei 11.340/06 STJ decidiu em final de fevereiro de 2010 que a Ação penal por lesões corporais leves em violência

doméstica depende de representação da vítima. Por seis votos a três, a Terceira Seção do STJ reconheceu a necessidade de representação da vítima para que seja proposta ação penal nos casos de lesões corporais de natureza leve, decorrentes de violência doméstica

Em 06 de maio de 2011 em decisão unânime, ministros do STF reconheceram união estável de homossexuais.

O STF concedeu após julgar duas ações propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo governo do estado do Rio de Janeiro. A primeira, de caráter mais amplo, pediu o reconhecimento dos direitos civis de pessoas do mesmo sexo. Na segunda, o governo do Rio queria que o regime jurídico das uniões estáveis fosse aplicado aos casais homossexuais, para que servidores do governo estadual tivessem assegurados benefícios, como previdência e auxílio saúde reconheceu, por unanimidade, em 05 de maio de 2011 a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais gays. Com a mudança, o Supremo cria um precedente que pode ser seguido pelas outras instâncias da Justiça e pela administração pública.

De acordo com o Censo Demográfico 2010, o país tem mais de 60 mil casais homossexuais, que podem ter assegurados direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária, licença médica, inclusão do companheiro como dependente em planos de saúde, entre outros benefícios.

O repúdio ao preconceito e os argumentos de direito à igualdade, do princípio da dignidade humana e da garantia de liberdade fizeram parte das falas de todos os ministros do STF. “O reconhecimento hoje pelo tribunal desses direitos responde a grupo de pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida. As sociedades se aperfeiçoam através de inúmeros mecanismos e um deles é a atuação do Poder Judiciário”, disse a ministra Ellen Gracie.

Tira dúvidas

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O que o Supremo decidiu?

Que a união estável entre casais do mesmo sexo deve ser reconhecida como entidade familiar. Com isso, homossexuais podem ter os mesmos direitos previstos na lei 9.278/1996, a lei de união estável, que considera como entidade familiar “a convivência duradoura, pública e contínua”. O que a Constituição diz sobre união estável?

“para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. Quais são os direitos garantidos na lei de união estável, a lei 9.278/1996?

Divisão da guarda e sustento dos filhos, possibilidade de pensão alimentícia, herança em caso de morte, partilha de bens em caso do fim da união e facilidades para conversão da união estável em casamento. A união estável tem o mesmo peso do casamento civil para efeitos de inclusão do companheiro em plano de saúde, por exemplo. A decisão do STF é garantia de que todos os homossexuais terão os direitos assegurados? Não, para isso seria necessário o Congresso modificar a lei, e a Presidência da República sancionar. Somente a partir de uma lei o direito passa a ser automático. Com base na decisão, os casais homossexuais podem ir ao cartório para solicitar o casamento civil? Em tese, sim, de acordo com o relator do processo, ministro Ayres Britto. No entanto, como não se trata de uma lei, o cartório não é obrigado a aceitar o entendimento do Supremo e agendar o casamento. Com a decisão, porém, quem não conseguir tem a opção de ir à Justiça requerer o direito. Órgãos públicos são obrigados de imediato a reconhecer a união homossexual? Não. No entanto, os casais que se sentirem prejudicados podem procurar a Justiça. A Justiça de primeira instância vai conceder o direito de imediato por conta da decisão do Supremo?

Não, pois não se trata de uma decisão vinculante (quando sua aplicação é obrigatória a todos os agentes da administração pública). Porém, caso as instâncias inferiores da Justiça se recusem a conceder o direito, os casais podem recorrer aos tribunais superiores. A partir de agora, os casais homossexuais podem se candidatar à adoção?

Há atualmente casos pontuais em que a Justiça permitiu que a adoção por homossexuais. Com a decisão do STF reconhecendo a união estável, é possível que a Justiça passe a conceder a guarda em nome dos dois. Quais são os direitos já adquiridos pelos homossexuais?

Declaração do Imposto de Renda em conjunto ou que um deles seja considerado dependente. O INSS também tornou permanente a regra que reconhece os benefícios previdenciários a dependentes, como pensão por morte ou auxílio-reclusão. Nos dois casos, é preciso comprovar a vida em comum. Saiu na Net- www.atarde.com.br/brasil/noticia 14/11/2011

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Cubano homossexual obtém visto de residência no Brasil Agência Estado Um cubano é o primeiro homossexual estrangeiro a obter visto de residência permanente no Brasil com base na lei da união homoafetiva. Ele tem relação estável com um brasileiro, residente em Araçatuba (SP), e há anos aguardava a chance de regularizar sua situação no País. A decisão, aprovada pelo Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, foi publicada hoje no Diário Oficial da União e abre caminho para dezenas de outros casos em tramitação. Desde 2003, a Justiça de primeira instância tem concedido visto de permanência a estrangeiros que comprovam relacionamento estável com brasileiros. Mas o processo de obtenção do documento pela via administrativa, no Ministério da Justiça, era excessivamente burocrático, com exigências quase intransponíveis, por falta de regulamentação e jurisprudência nos tribunais superiores. Só em 2008, a resolução normativa 77, do Conselho Nacional de Imigração, estabeleceu regras para concessão do benefício. Mesmo assim, o pretendente era obrigado a se submeter a vistoria da Polícia Federal, que precisava atestar a veracidade do relacionamento. O Artigo 3º da resolução obriga, por exemplo, que o pretendente prove estar junto há mais de um ano e anexe ao processo seguro de vida, conta conjunta, atestado de bons antecedentes e legalização do consulado brasileiro no país de origem, entre outras exigências. Agora, basta que o candidato tenha em mãos a certidão de união estável, que pode ser registrada em qualquer cartório do País. O Ministério da Justiça informou, pela assessoria, que o processo de obtenção do visto de permanência, nestes casos, ficou facilitado só este ano, com decisões históricas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em maio, e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em outubro, reconhecendo os direitos civis de casais homossexuais. Desde então, casais gays passaram a ter os mesmos direitos civis dos heterossexuais, inclusive o de visto de residência.

As próximas polêmicas do STF

Aborto de fetos anencéfalos (sem cerebro) – Ajuizada pela Confederação Nacional dos trabalhadores da Saude (CNTS), a ação pretende descriminalizar o aborto de fetos sem cerebro – que vivem no máximo 48 horas após o parto. Atualmente gestantes que recebem o diagn´sotico e decidem pela interrupçao da gravidez precisam pedir uma autorização judicial para fazerem o abroto, considerado crime. Com a demora da justiça, geralmente o parto acorre antes de um posicionamento – chegou ao STF em 17/06/2004 – Relator: Ministro Marco Aurélio de Melo.

Mudança de sexo: Na ação, um bailarino morador do Rio de Janeiro solicita que sua operação de mudança de sexo seja custeada pelo sistema Unico de Saude.

Cotas Raciais: De autoria da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), a ação questiona a constitucionalidade da lei que criou o Programa do governo /federal PROUNI, por determinar reserva de vagas nas faculdae privadas que aderirem ao programa a negros, pardos e indigenas. O numero de vagas seria proporcional ao dessa populações em cada estado segundo o IBGE. A Confenen sustenta que a regra viola o direito á igualdade.

Abandono Afetivo: o analista de sistema mineiro Alexandre batista Fortes que uma indenização do pai, Vicente Ferro de Oliveira Fortes, por danos morais. A razao é nao ter recebido afeto do pai e ter sido vítima de inumeras tentativas sem sucesso de aproximaçãqo com Vicente. Em 2000, a justiça mineira condenou o pai a pagar 200 salários mínimos. Vicente recorreu e reverteu a decisao no STJ. A decisao agora cabe ao STF.

O QUE É FICHA LIMPA O projeto Ficha Limpa é uma campanha da sociedade civil brasileira com o objetivo de melhorar o perfil

dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a vida pregressa dos candidatos com o objetivo de tornar mais rígidos os critérios de quem não pode se candidatar - critérios de inelegibilidades.

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A iniciativa popular é um instrumento previsto em nossa Constituição que permite que um projeto de lei

seja apresentado ao Congresso Nacional desde que, entre outras condições, apresente as assinaturas de 1% de todos os eleitores do Brasil.

O projeto Ficha Limpa circulou por todo o país, e foram coletadas mais de 1,3 milhões de assinaturas em seu favor – o que corresponde a 1% dos eleitores brasileiros. No dia 29 de setembro de 2009 foi entregue ao Congresso Nacional junto às assinaturas coletadas.

O MCCE, a ABRACCI e cidadãos de todo o país acompanharam a votação do projeto de lei na Câmara dos Deputados e no Senado e, no dia 4 de junho de 2010, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

STF – rejeita lei da ficha limpa para 2010 Em 23 de março o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Lei da Ficha Limpa entra em vigor a

partir das eleições de 2012. Foram 6 votos contra 5. O ministro Luiz Fux, recém-chegado à Corte, se posicionou contrário à aplicação imediata da lei.

Como a medida foi aprovada em ano eleitoral, era tendência que a Corte não votasse pela aplicação imediata, ou sejá, já nas eleições de 2010. Com a decisão, candidatos barrados pela lei poderão tomar posse, mudando a configuração dos legislativos federal e estatuais.

Dentre os beneficiados estão Jader Barbalho (PMDB-PA), barrado por ter renunciado ao mandato em 2001 para fugir do processo de cassação; o ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), cassado por abuso do poder econômico, e João Capiberibe (PSB-AP), que teve o mandato de senador cassado em 2004 por compra de votos. Todos tiveram votos suficientes para se elegerem para o Senado, mas acabaram impedidos de tomar posse pela Justiça Eleitoral.

Na leitura do voto final, que desempatou a decisão, o presidente do STF, Cezar Peluso, afirmou que a Corte não pode atender aos anseios da população sem considerar os princípios da Constituição.

Veja quem votou a favor e contra à aplicação imediata da lei: contra: ministros Dias Toffoli; Luiz Fux; Gilmar Mendes; Marco Aurélio; Celso de Mello e Cezar Peluso a favor: ministros Ayres Britto; Joaquim Barbosa; Ricardo Lewandowski; Cármen Lúcia e Ellen Gracie

Pre-Sal o Novo El Dourado 1. O que é o pré-sal?

O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros.

As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.

2. O que é o novo marco regulatório?

São as novas regras para exploração e produção de petróleo e gás natural na área de ocorrência da camada Pré-Sal e em áreas que venham a ser consideradas estratégicas,

Os projetos de lei definem o sistema de partilha de produção para a exploração e a produção nas áreas ainda não licitadas do Pré-Sal; a criação de uma nova estatal (Petro-Sal); a formação de um Fundo Social; e a cessão onerosa à Petrobras do direito de exercer atividades

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de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural em determinadas áreas do Pré-Sal, até o limite de 5 bilhões de barris, além de uma capitalização da Companhia. Se a proposta do governo for aprovada, o País passará a ter três sistemas para as atividades de E&P de petróleo e gás natural: concessão, partilha de produção e cessão onerosa. 3. Como funcionam os diferentes sistemas no mundo?

Cada país adota um diferente sistema ou sistemas que agregam características específicas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada nação. Há três sistemas mais utilizados: concessão, partilha de produção e prestação de serviços.

A principal característica do sistema de concessão é que as atividades são realizadas por conta e risco do concessionário, sem interferência ou maior controle dos governos nos projetos de exploração e produção, respeitada a regulação existente. Caso haja uma descoberta e ela seja desenvolvida, o petróleo e gás natural, uma vez extraídos, passam a pertencer aos concessionários após o pagamento de royalties e outras participações governamentais.

O sistema de partilha costuma ser usado por países com reservas abundantes e baixo risco exploratório. Nesses contratos, a companhia ou consórcio que executa as atividades assume o risco exploratório. Em caso de sucesso, tem os seus investimentos e custos ressarcidos em óleo (o chamado óleo-custo). O lucro da atividade resulta da dedução dos investimentos e custos de produção da receita total. Convertido em óleo, esse valor é chamado de óleo-lucro, que passa a ser repartido entre a companhia (ou consórcio) e o governo, em porcentagens variáveis.

No sistema de prestação de serviços, uma empresa é contratada para realizar as atividades de exploração e produção e tem seus serviços pagos segundo metodologias contratuais predefinidas. Nesse modelo, toda a produção normalmente é de propriedade do Estado. Cerca de 80% das reservas mundiais estão em países que adotam o modelo de partilha ou sistemas mistos, que misturam características de mais de um modelo, mas com maior controle do Estado sobre as atividades de exploração e produção. 4. Por que o marco regulatório está sendo modificado?

Quando a atual legislação que regula o setor de petróleo foi criada, em 1997, o Brasil e a Petrobras estavam inseridos num contexto de instabilidade econômica, e o preço do petróleo estava em baixa (US$ 19 o barril). Além disso, os blocos exploratórios tinham alto risco, perspectiva de baixa rentabilidade, e o País era grande importador de petróleo. O marco regulatório que adotou o sistema de concessão foi criado, à época, para possibilitar retorno àqueles que assumiriam esse alto risco.

Hoje, o contexto é outro. O Brasil alcançou estabilidade econômica, foi atingida a autossuficiência, os preços do petróleo estão significativamente mais elevados, e as descobertas no Pré- Sal, uma das maiores províncias petrolíferas do mundo, poderão, apenas com as áreas de Tupi, Iara, Guará e Jubarte, dobrar o volume de reservas brasileiras. Pelos testes realizados, sabe-se que o risco exploratório é baixo e a produtividade é alta nas descobertas localizadas na camada Pré-Sal.

Com o regime de partilha, o governo pretende obter maior controle da exploração dessa riqueza e fazer com que os recursos obtidos sejam revertidos de maneira mais equânime para a sociedade brasileira. Portanto, esse modelo é mais apropriado ao contexto atual e ao desenvolvimento social, econômico e ambiental do País. 5. Como funcionará o sistema de partilha?

O sistema de partilha de produção será vigente nas áreas ainda não licitadas do Pré-Sal e naquelas que venham a ser definidas como estratégicas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Na partilha de produção, os riscos das atividades são assumidos pelos contratados, que serão ressarcidos apenas se fizerem descobertas comerciais. Esse pagamento é feito com o custo em óleo (chamado de óleo-custo), em valor suficiente para ressarcir as despesas da(s) empresa(s) contratada(s). O restante da produção (excedente em óleo, chamado de óleo-lucro) é dividido entre a União e a(s) contratada(s).

Segundo esse projeto de lei, a União poderá celebrar os contratos de duas formas: exclusivamente com a Petrobras (100%) ou a partir de licitações, com livre participação das empresas, atribuindo-se à Petrobras tanto a operação como um percentual mínimo de 30% em todos os consórcios.

Os contratos, até que seja publicada legislação específica, terão que pagar royalties, na forma da Lei 9.478/97, e bônus de assinatura fixo, definido contrato a contrato, que não será critério de licitação. O projeto prevê ainda que, até a edição de regulamento específico, será devida a participação especial, na forma da Lei 9.478/97, a ser paga a partir da receita obtida pela venda da produção que couber à União.

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6. O que é o Fundo Social?

Nos termos previstos no projeto de lei, o Fundo Social será um fundo financeiro constituído por recursos gerados pela partilha de produção, destinados às seguintes atividades prioritárias: combate à pobreza, educação, cultura, ciência e tecnologia, e sustentabilidade ambiental.

A receita do Fundo Social será proveniente da comercialização da parcela do excedente em óleo da União proveniente dos contratos de partilha, do bônus de assinatura e dos royalties que forem destinados à União. Saiu na Net Petrobras é 8ª maior empresa do mundo, mostra 'Forbes'

A estatal brasileira do petróleo, Petrobras, é a oitava maior empresa de capital aberto do mundo, segundo ranking divulgado nesta quinta-feira (21) pela revista norte-americana "Forbes". A empresa divide a posição com a Berkshire Hathaway, companhia de investimentos do multimilionário Warren Buffett.

as dez maiores do mundo, segundo a forbes

Posição no ranking Empresa País

1 JPMorgan Chase Estados Unidos

2 HSBC Holdings Reino Unido

3 General Electric Estados Unidos

4 ExxonMobil Estados Unidos

5 Royal Dutch Shell Holanda

6 PetroChina China

7 ICBC China

8 Berkshire Hathaway Estados Unidos

8 Petrobras Brasil

10 Citigroup Estados Unidos

O ranking da Forbes leva em consideração as vendas, lucros, ativos e valor de mercado. Entre as cem primeiras empresas mais poderosas do mundo figuram ainda outras brasileiras como Bradesco (46), Banco do Brasil (51) e Vale (53), além da operadora telefônica mexicana América Móvil (88), de propriedade do homem mais rico do mundo, o empresário Carlos Slim. informações da EFE 21/04/2011 Do G1, em São Paulo

Usina Belo Monte

O projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte (Belmonte) a ser instalada na região conhecida como Volta Grande do Rio Xingu, no Pará, tem provocado grande discussão, tanto no âmbito nacional como internacional. A Usina de Belo Monte deve ser a terceira maior do mundo em capacidade instalada, atrás apenas das usinas de Três Gargantas, na China, e da binacional Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

De acordo com o governo, a usina terá uma capacidade total instalada de 11.233 Megawatts (MW), mas com uma garantia assegurada de geração de 4.571 Megawatts (MW), em média. O custo total da obra deve ser de R$ 19 bilhões, o que torna o empreendimento o segundo mais custoso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), atrás apenas do trem-bala entre São Paulo e Rio, orçado em R$ 34 bilhões. A usina deve começar

a operar em fevereiro de 2015, mas as obras devem ser finalizadas em 2019.

Segundo o governo uma das grandes vantagens da usina de Belo Monte é o preço

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competitivo da energia produzida, que não poderá ultrapassar o custo de R$ 83 por Megawatt/hora (MWh). Além disso, a construção de Belo Monte deve gerar 18 mil empregos diretos e 23 mil indiretos e deve ajudar a suprir a demanda por energia do Brasil nos próximos anos, ao produzir eletricidade para suprir 26 milhões de pessoas com perfil de consumo elevado.

O Brasil precisa de mais fornecimento de energia elétrica. Segundo relatórios recentes, já atingimos no início de 2010 um recorde de consumo de eletricidade em qualquer período da nossa história. Projetando o crescimento do Brasil para os próximos dez anos, teremos que dobrar a capacidade de oferta de energia para algo em torno de 200 mil MW para mais. O Brasil ainda dispõe de um grande potencial hidráulico, enquanto países como a França esgotaram sua capacidade de aproveitamento do potencial hidrelétrico, o Brasil utiliza somente 28 % do Potencial Tecnicamente Aproveitável, levando à conclusão de que podemos produzir ainda uma grande quantidade de energia limpa, de base hídrica. Fatores como esse, colocam o país no topo mundial da produção e utilização de energia renovável, com 45,9%, enquanto que no resto do mundo esse índice despenca para 14%.

A maior parte do nosso potencial hidroelétrico situa-se na região amazônica onde questão ambiental sempre estará em voga, pois os impactos ambientais devem ser minimizados. E com isso aparecem muitos grupos contrários à instalação de Belo Monte, como: Ambientalista, religiosos, povos indígenas e ribeirinhos, OnG´s. Além disso, o Ministério Público Federal ajuizou uma série de ações contra a construção da usina, apontando supostas irregularidades. O Coordenador de um painel de especialistas críticos ao projeto, Francisco Hernandez, pesquisador do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, afirma que a instalação de Belo Monte provocará uma interrupção do rio Xingu em um trecho de cerca de 100 km, o que reduziria de maneira significativa a vazão do rio. "Isso causará uma redução drástica da oferta de água dessa região imensa, onde estão povos ribeirinhos, pescadores, duas terras indígenas, e dois municípios". Hernandez afirma ainda que a instalação de Belo Monte também afetaria a fauna e a flora da região. Além das questões ambientais, alguns críticos apontam que a usina de Belo Monte pode ser ineficiente em termos de produção de energia, devido às mudanças de vazão no rio Xingu ao longo do ano. Fonte de pesquisa ( artigo:Paulo Cabral, BBC- Brasil/Brasília)

Rios que alimentam o Pantanal podem ganhar 62 novas hidrelétricas

A sociedade na busca por energia para saciar os desejos consumistas agride a natureza, as fontes de energias disponiveis em maior ou menor grau atinge to um ecossistema. Ambientalistas já apontam para um problema no Pantanal: a construção de varias hidrelétricas na região.

Hoje já existem 37 barragens em rios que alimentam a região e mais 62 hidrelétricas estão em construção ou em estudos. Quase todas são pequenas centrais que produzem pouca energia. O pesquisador Paulo Petry, de uma entidade internacional de proteção do meio ambiente, diz que as usinas alteram o regime anual de cheias e secas que é responsável pela biodiversidade do Pantanal.

Entre os principais impactos das construções dessas barragens tem-se:

Diminuição da pesca, em virtude das barragens os peixes não conseguem subir o rio para reproduzir, alem das barragens mudarem as características da água.

As usinas também destroem as belezas naturais. A cachoeira Sumidouro do Rio Correntes já foi a maior atração turística da cidade de Sonora. Mas a barragem Ponte de Pedra desviou 70% do volume de água para as comportas. Com apenas 30%, o lugar ainda é bonito, mas perdeu a antiga força natural que maravilhava os turistas que vinham de longe para conhecer este lugar.

Mudanças no regime das cheias, o que afeta todo o ecossistema pantaneiro

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As secretarias de Meio Ambiente de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, responsáveis pela aprovação de quase todas as usinas da região, negam a existência de um grande impacto ambiental. E não pretendem barrar o plano de expansão das hidrelétricas. Fonte: Do Globo Natureza, com informações do Jornal Nacional

Juiz suspende a própria decisão e permite retomada das obras de Belo Monte

O juiz federal Carlos Eduardo Castro Martins, da 9ª Vara Federal no Pará, determinou em dezembro de 2011 que

sejam retomadas as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A decisão revoga liminar do próprio magistrado,

que havia suspendido, em setembro, as obras da usina no curso do Rio Xingu por entender que ameaçavam o

transporte da população local e poderiam causar danos ambientais irreversíveis. A União e o Consórcio Norte

Energia S.A. (Nesa) argumentaram, no recurso, que a obra não impedirá o trânsito de embarcações pesqueiras,

uma vez que estão previstos mecanismos de transposição provisórios e definitivos, quando a usina já estiver em

funcionamento. Com a decisão, estão liberadas as obras no leito do Rio Xingu, como implantação de portos e

barragens, explosões, escavação de canais e outras intervenções necessárias para a construção da hidrelétrica.

Fonte: Agência Brasil

Argentina aprova casamento gay

País foi primeiro da América Latina e 10º no mundo a ter lei específica sobre a união homossexual, a lei autoriza a união civil entre pessoas do mesmo sexo em todo o território argentino. A legislação, aprovada na Câmara de Deputados em maio, foi confirmada no Senado, depois de 15 horas de duros debates. Do total de parlamentares, 33 votaram a favor da lei. Outros 27 senadores votaram contra. Três senadores abstiveram-se. O resto dos senadores ausentou-se da sessão.

França proibe o uso de véu islamico em todos os espaços publicos.

No mês de abril de 2011 entrou em vigor na França uma lei que proíbe o uso do véu islâmico

integral - burca ou niqab, que cobrem da cabeça aos pés com uma abertura na altura dos olhos - em

todos os espaços públicos, desde prédios estatais, hospitais, agências de correios até transportes públicos

e lojas. O uso pode ser punido com uma multa de 150 euros (US$ 216) ou um curso de instrução cívica.

De acordo com dados oficiais, 2.000 mulheres muçulmanas usam o véu islâmico integral na França.

A França é o primeiro país europeu a adotar uma lei que proíbe o véu integral, mas outros

Estados analisam medidas similares. ELEMENTOS DA POLÍTICA BRASILEIRA: Eleições 2010 A constituição de 1988 estabelece que o sistema político brasileiro é democracia presidencialista, baseado

na atuação dos poderes Executivos, Legislativos e Judiciário nas esferas estadual, municipal e federal. O presidente da Republica Federativa do Brasil é eleito pelo voto popular direto (voto obrigatório) que recebe

um mandato de quatro anos podendo se reeleger uma vez. É responsabilidade de o presidente conduzir a

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CAPÍTULO IV- DOS DIREITOS POLÍTICOS CF/88 Art.14. A soberania popular será exercida pelo

sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito

anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os

estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-

Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de

Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado

Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

política econômica, aplicar as leis, aprovar, vetar total ou parcialmente os projetos de lei e editar medidas provisórias entre outras atribuições.

O poder legislativo tem como atribuição elaborar as leis nas esferas municipal (Câmara de vereadores), estaduais (assembléias legislativas) e federal (Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado federal). O poder do legislativo é bicameral – formado pela instância: Câmara dos deputados – com 513 representantes e o Senado Federal – com 81 representantes.

È atribuição de o Congresso Nacional definir e legislar no âmbito nacional, aprovar o orçamento do governo e fiscalizar as contas e as ações do Executivo.

Já o Poder Judiciário tem como função aplicar a lei para assegurar a soberania brasileira e a realização dos direitos individuais. O Poder Judiciário é composto por: Supremo Tribunal Federal (STF);Superior Tribunal de Justiça (STJ); Justiça Federal; Justiça do Trabalho; Justiça Eleitoral; Justiça Militar; e Justiça Estadual.

Processo eleitoral brasileiro

O Brasil possui um dos mais modernos sistemas eleitorais do mundo devido ao uso do sistema de voto eletrônico.

São cerca de 122 milhões de eleitores.

A maioria dos eleitores são mulheres 51,5% dos votantes

A maior parte do eleitorado situa-se na faixa etária de 25 a 34 anos O Brasil possui hoje um dos sistemas

eleitorais mais modernos do mundo, se a indagação se o voto é um direito ou um dever ainda persite, o forma de excercer esse Direito ou cumprir esse dever mudou muito ao longo da historia do nosso pais.

A primeira eleição organizada no Brasil ocorreu no seculo XVI, quando Martim Afonso de Souza, donatário da capitania de Sao Vicente, convocou votação para escolher um conselho que administraria a regiao. So tinham poder de votohomens de familias tradicionais e ricas. Após esse eleição so voltaram a ocorrer novas eleições no periodo da independencia, quando em 1824 foram escolhido representantes para a Assembléia Geral, anigo congresso, que era dividida em Camara e Senado.

No Brasil Imperio apenas 1,5% da população tinha direito a voto. Depois da proclamação da República, com a elaboração da primeira Constituição brasileria as regras do pleito foram consolidadas: o voto era obrigatório, mas so tinham direito homens com mais de 25 anos e renda anual pré-determinada. O processo eleitoral era de forma indireta: cidadaos elegiam compromissarios, esse elegiam eleitores de paróquia, que votavam em representantes de comarca, que, enfim apontavam os deputados. o Brasil tem a primeira eleição direta para presidente em 1894. Quase 270mil votos- menos de 2% da população elegeram Prudente de Morais.

Somente no Século passado as eleições se tornaram de fato democráticas. Com participação popular de todos os cidadaos brasilerios. O voto feminino foi liberado em 1934, mas elas so puderam votar de fato em 1946, em razao da ditadura imposta por Getulio Vargas.

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Após 25 anos de Ditadura militar e com a formatação da CF/88 as regras abrangiam os cidadaos que estao

aptos a votar aumentaram e hoje o voto é obrigatório a todos os brasileiros com mais de 18 anos, sendo facultativo a pessoas com mais de 70 anos e jovens entre 16 e 17 anos de idade.

Mulher na presidencia O Brasil teve pela primeira vez uma mulher eleita presidente, ou melhor, presidenta como prefere a

prórpia Dilma Rousseff, mas o caminho trilhado pelas mulheres vem de longa data e ainda tem muito a percorrer. O Brasil colonia foi um país majoritariamente masculino, tanto que nos primeiros 300 anos da nossa história

basicamente nao existe relatos de mulheres que se destacaram na vida politica militar ou economica. Durante o processo de independencia destaca-se a figura da baiana Maria Quitéria, que para participar da luta, nos combates travados para expulsar as tropas portuguesas da Bahia em 1822 e 1823 teve que se disfarçar de homem. Pelos seus atos de bravuras foi promovida a cadete, mas seu disfarce so foi descoberto ao final dos combates.

Durante o periodo do Imperio Nísia Floresta, jovem viuva nascida no Rio Grande do Norte tem seus textos publicados em jornais do Recife-PE, onde defendia do direito da Mulher à educação. Nísia Floresta fundou bons colegios para moças no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

No século XIX as mulheres começam a tomar mais destaque: 1852 – Violante Bivar e Velasco – Funda o Jornal das Senhoras 1873- Francisca Senhorinha da Motta diniz – Minas Gerais- cria o jornal feminista O Sexo Feminino 1885 – Chiquinha Gonzaga torna-se a primeira maestrina nacional 1910- A professora Leolinda Daltro funda o Partido Republicano Feminino e em 1917 lidera uma passeta

exigindo o direito do voto às mulheres. 1917 Anita Malfati faz a primeira mostra de arte – arte moderna brasileira. 1918- Bertha Lutz, bióloga, contesta o tratamento dado as mulheres na Revista da Semana. 1932- Instituido o voto feminino 1932 – Carlota Pereira de Queiroz elege-se deputada. 1932- Maria Lenk – primeira brasileira a participar de uma olimpíada

representando o Brasil. A segunda Guerra mexeu com o papel da mulher no mundo inteiro, com a

classe masculina na guerra as mulheres foram incorporadas ao mercado de trabalho. Com essa nova situação a Organização Internacional do trabalho – OIT, adota em 1951, a Convenção de Igualdade de Remuneração, prevendo que, para trabalho igual, homens e mulheres tem de guanhar salarios iguais.

Na decada de 60 do século passado os movimentos feminitas atigiram sua força máxima. E com a generalização dos metodos contraceptivos, as mulheres adquirem mais liberdade e dominio sobre o proprio corpo.

Com todas essas evoluções o papel histórico de homens e mulheres na sociedade passa a ser revisto, assim como na Lei. Em 2002/03 entra em vigor o “novo” Código Civil Brasileiro, onde sai expressoes “patrio poder” que é substituido por poder familiar. O principio de igualdade de Direitos e Deveres entre os cônjuges é a espinha dorsal do novo código (por isso a mulher deixa de ter a prioridade na guarda dos filhos quando ocrre a separação. Hoje tanto a mulher quanto o homem podem optar por ter o sobrenomem do cônjuge.

Na politica as mulheres avançaram, ocuprampostos de deputadas, prefeitas e governadoras. E agora a presidência da República. Mas apesar dos avanços, a participação das mulheres na vida politica do Brasil ainda é diminuta, sendo apenas 2 governadoras (RN e MA), 12 senadoras e 45 deputadas federais.

Dilma Rousseff Presidente

Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947 é formada em economia. Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente, da Casa Civil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à

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Presidência da República na eleição presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.

Nascida em família de classe média alta, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe militar. Integrou organizações que defendiam a luta armada contra os militares como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares(VAR- Palmares). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação Bandeirante (Oban), onde teria passado por sessões de tortura, e, posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).

]Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto a Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou ativamente de diversas campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre de 1985 a 1988, no governo Alceu Collares. Se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2001. Em 2002, participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética.

Em 2009, foi incluída entre os 100 brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época e, em novembro do ano seguinte, a revista Forbes classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.

Em 2011 estava incluida na lista das 100 personalidades mais influentes do planeta pela revista Forbes.

Francesa Christine Lagarde, nova diretora-gerente do FMI Em 28 junho de 2011- A ministra de Economia francesa Christine Lagarde foi eleita como a

nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma decisão amplamente esperada

que prolonga o monopólio da Europa no organismo.

Lagarde substitui o também francês Dominique Strauss-Kahn, que renunciou no mês passado e

aguarda julgamento após ter sido acusado de crime sexuais nos EUA A ministra francesa será a primeira

mulher a dirigir o organismo multilateral O conselho executivo, integrado por 24 membros que

representam os 187 países da entidade, elegeu Lagarde a nova diretora-gerente do Fundo.

Novo Código Penal prevê até 16 alternativas à prisão

O Código de Processo Penal e de 1941e após 69 anos começou a ser reformado no Congresso.

O novo texto eleva para 16 o número de medidas cautelares à disposição dos juízes - para evitar que o

investigado seja levado antecipadamente para a cadeia -, reforça a garantia de julgamentos com isenção

e diminui os recursos judiciais que facilitam a prescrição dos processos. Mas apesar das pequenas

reformas realizadas já se sabe que as prisões especiais para autoridades e para pessoas com nível

superior continuarão da forma que estar.

As principais novidades do código são a criação do juiz de garantias -um segundo juiz que

passaria a atuar como uma espécie de investigador do processo-, a possibilidade de interrogar acusados

por meio de videoconferência e a permissão para os jurados conversarem entre si durante julgamentos

(até então os jurados não podiam comunicassem entre si durante o julgamento. Mas as principais

mudanças diz respeito à prisão preventiva, que não pode mais ser utilizada como forma de antecipação

da pena e agora tem um prazo máximo. A prisão preventiva só poderá ser aplicada a crimes com pena

maior ou igual a quatro anos --entre os exemplos estão formação de quadrilha, manutenção em cárcere

privado, furto comum e contrabando. Até então, ela não podia ser decretada contra aqueles que

cometeram crimes com pena de até dois anos.

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As prisões preventivas também não poderá ultrapassar 180 dias, se decretada no curso da

investigação ou antes da sentença de condenação, ou 360 dias, se decretada ou prorrogada por ocasião

da sentença. Quando exceder o período de 90 dias, a preventiva será obrigatoriamente reexaminada pelo

juiz ou tribunal competente.

Outra modificação é que a gravidade do fato ou o clamor popular gerado pelo crime não poderão

mais servir como justificativa para a prisão, que só será imposta se outras medidas cautelares forem

inadequadas ou insuficientes. Entre uma lista de 15 tipos de medidas cautelares possíveis, estão a fiança,

o monitoramento eletrônico e o afastamento do lar ou outro local de convivência com a vítima.

Veja alguns dos principais pontos do novo Código de Processo Penal:

Algemas - É proibido o emprego de força, bem como a utilização de algemas, no momento da prisão. O

uso está liberado apenas em caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

Escutas telefônicas - Só serão autorizadas em casos de crime cuja pena seja superior a dois anos, com

exceção de se tratar de crime de formação de quadrilha. Em geral, o prazo de duração da interceptação

não deve ultrapassar o período de dois meses, mas poderá chegar a um ano ou mais, quando se referir a

crime permanente.

Júri - Os jurados podem conversar uns com outros durante um julgamento no Tribunal do Júri, exceto

durante a instrução e os debates. No entanto, o voto de cada jurado continua sendo secreto e feito por

meio de cédula.

Inquérito policial - Deverá passar a ser comunicado imediatamente ao Ministério Público. O intuito é

que seja acompanhado mais de perto pelo MP, permitindo a maior aproximação entre a polícia e o órgão

de acusação.

Interrogatório - O interrogatório passa a ser tratado como meio de defesa e não mais de prova. Assim,

passa a ser um direito do investigado ou do acusado que, antes do interrogatório, deverá ser informado

do inteiro teor dos fatos a ele imputados e reunir-se em local reservado com seu defensor. Além disso, a

autoridade responsável pelo interrogatório não poderá oferecer qualquer vantagem ao interrogado em

troca de uma confissão, se não tiver amparo legal para fazê-lo. Passa a ser permitido também o

interrogatório do réu preso por videoconferência, em caso de prevenir risco à segurança pública ou

viabilizar a participação do réu doente ou por qualquer outro motivo.

Tratamento à vítima - A vítima do crime deve ser comunicada pelas autoridades sobre: a prisão ou

soltura do suposto autor do crime; a conclusão do inquérito policial e do oferecimento da denúncia; o

arquivamento da investigação e a condenação ou absolvição do acusado. A vítima também poderá obter

cópias e peças do inquérito e do processo penal, desde que não estejam sob sigilo. Poderá ainda prestar

declarações em dia diferente do estipulado para a o autor do crime e aguardar em local separado dele.

Fiança - O valor da fiança aumenta de um a cem salários mínimos para um a 200 salários mínimos nas

infrações penais cujo limite máximo da pena privativa de liberdade fixada seja igual ou superior a oito

anos. Nas demais infrações penais, o valor fixado continua o mesmo

Recursos - Limita a apenas um o embargo declaratório em cada instância; antigamente não havia

nenhuma restrição contra a apresentação sucessiva desse tipo de recurso, o que pode prorrogar o

processo até a sua prescrição.

Juiz de garantias - Atuará somente na fase da investigação do inquérito, com objetivo de controlar a

legalidade da ação da Polícia Judiciária e a garantia dos direitos do investigado. Antes, o mesmo juiz

que trabalhava na fase de investigação é o que dá a sentença em primeira instância

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Aceleração Processual - O prazo máximo para realização da audiência de instrução e julgamento passa

de 60 para 90 dias, para adequá-la aos prazos máximos da prisão preventiva.

Sequestro de bens - É criada a figura do administrador judicial de bens sequestrados e de bens

declarados indisponíveis.

Fonte: UOL notícias

Após 18 anos, OMC aprova adesão da Rússia

Parlamento russo terá que ratificar adesão até 15 de junho.

Rússia é única grande economia do mundo ainda fora da

organização.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) deu em dezembro de 2011 aprovação final para a adesão

da Rússia à instituição. O pedido do país para se tornar membro aguardou 18 anos para uma resposta. A

Rússia e a única grande economia que ainda está fora da OMC, só poderá ser convertida em membro

permanente 30 dias depois de o Parlamento russo tenham ratificado a ideia, o que deve ser feito até 15

de junho.

A Rússia apresentou sua candidatura à OMC em 1993, mas as negociações foram prolongadas

devido à guerra com a Geórgia em 2008, país que vetou a entrada da Rússia até novembro deste ano.

Fonte: G1, Com informações da Reuters e da France Presse

Copa: Fifa confirma São Paulo como sede de abertura e Maracanã palco da final

A Fifa anunciou, em Zurique, na Suíça, os locais de abertura e de encerramento da Copa do

Mundo 2014. O Estádio Itaquerão (Corinthians) foi confirmado como local do jogo de abertura entre

Brasil e adversário a ser definido. Assim como em 1950, o encerramento da Copa 2014 será no

Maracanã, no Rio de Janeiro. Concorrendo com Brasília e São Paulo pela abertura, a cidade de Belo

Horizonte terá um dos jogos da semifinal e mais cinco partidas, quatro pela primeira fase do torneio, as

oitavas de final e o jogo que garante um dos finalistas. Caso o Brasil se classifique em primeiro de seu

grupo, a Seleção fará dois jogos no Mineirão, conforme avançar na competição.

O secretário geral da entidade, Jérôme Valcke, explicou que os aspectos econômicos e históricos

foram decisivos para a escolha das sedes. "Nada como abrir uma competição no estado onde nasceu o

futebol, que foi São Paulo. E o desfecho da grande Copa sendo no Rio de Janeiro, não poderia acontecer

em outro lugar, tempo máximo do futebol, ícone", disse.

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CIDADANIA???

Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar suas vidas e a de outras

pessoas. Ser cidadão é nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas às outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário... até saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país.

Como surgiu a cidadania? A idéia de cidadania surgiu na Idade Antiga, após a Roma conquistar a Grécia (séc. V d.C.), se expandindo

para o resto da Europa. Apenas homens (de maior) e proprietários de terras (desde que não fossem estrangeiros), eram cidadãos. Diminuindo assim a idéia de cidadania, já que mulheres, crianças, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.

Na Idade Média (2ª era - séc. V até XV d.C.), surgiram na Europa, os feudos (ou fortalezas particulares). A idéia de cidadania se acaba, pois os proprietários dos feudos passaram a mandar em tudo, e os servos que habitavam os feudos não podiam participar de nada.

Após a Idade Média, terminaram-se as invasões Bárbaras, terminando-se também os feudos, entrando assim, em uma grande crise. Os feudos se decompõem, formando cidades e depois países (Os Estados Nacionais).

Entra a 3ª era (Idade Moderna - séc XV ao XVIII d.C). Os países formados após o desaparecimento dos feudos foram em conseqüência da união de dois grupos: o Rei e a Burguesia.

O Rei mandava em tudo e tinha um grande poder, graças aos impostos que recebia. Com todo esse dinheiro nas mãos, o rei construía exércitos cada vez mais fortes, além de dar apoio político à Burguesia.

Em conseqüência dessa união, a Burguesia ficava cada vez mais rica e era ela quem dava apoio econômico aos Reis (através dos impostos).

Com o tempo, o Rei começou a atrapalhar a Burguesia, pois ele usava o poder para "sacaneá-la". A Burguesia ficava cada vez mais rica e independente, vendo o Rei como um perigo e um obstáculo ao seu progresso. Para acabar com o Absolutismo (poder total do Rei), foram realizadas cinco grandes revoluções burguesas:

o Revolução Industrial; o Iluminismo (Revolução Filosófica); o Revolução Francesa (A maior de todas); o Independência dos Estados Unidos; o Revolução Inglesa. Todas essas cinco revoluções tinham o mesmo objetivo: tirar o Rei do poder. Com o fim do Absolutismo, entra a Idade Contemporânea (séc. XVIII até os dias de hoje), surgindo um novo

tipo de Estado, o Estado de Direito, que é uma grande característica do modelo atual. A principal característica do Estado de Direito é: "Todos tem direitos iguais perante a constituição", percebendo assim, uma grande mudança no conceito de cidadania.

Por um lado, trata-se do mais avançado processo que a humanidade já conheceu, por outro lado, porém, surge o processo de exploração e dominação do capital.

A burguesia precisava do povo e o convencia de que todos estavam contra o Rei e lutando pela igualdade, surgindo assim, as primeiras constituições (Estado feito a serviço da Burguesia).

Acontece a grande contradição: cidadania X capitalismo. Cidadania é a participação de todos em busca de benefícios sociais e igualdade. Mas a sociedade capitalista se alimenta da pobreza. No capitalismo, a grande maioria não pode ter muito dinheiro, afinal, ser capitalista é ser um grande empresário (por exemplo). Se todos fossem capitalistas, o capitalismo acabaria, ninguém mais ia trabalhar, pois não existiriam mais operários (por exemplo).

Começaram a ocorrer greves (pressão) contra os capitalistas por parte dos trabalhadores, que visavam uma vida melhor e sem exploração no trabalho.

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Da função de político, o homem passa para a função de consumidor, o que é alimentado de forma

acentuada pela mídia. O homem que consome satisfaz as necessidades que outros impõem como necessárias para sua sobrevivência. Isso se mantém até os dias de hoje (idéia de consumo). Para mudar essas idéias, as pessoas devem criar seus próprios conceitos e a escola aparece como um fator fundamental. Afinal, o que é Cidadania?

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, "cidadania é a qualidade ou estado do cidadão", entende-se por cidadão "o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este". No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos - aquele que habita na cidade. No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa em participar das decisões nos destinos da Cidade através da Ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na Ágora (praça pública, onde se agonizava para deliberar sobre decisões de comum acordo). Dentro desta concepção surge a democracia grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a Cidade (eram excluídos os escravos, mulheres e artesãos). “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. (DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)

A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. Simplesmente porque existe o Código do Consumidor, automaticamente deixarão de existir os desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes direitos se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel.

Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética.

A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de casa, onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla. Inhttp://www.dhnet.org.br

Exercicios

(Cespe/EBC)Sessenta e seis anos depois dos primeiros e únicos bombardeios nucleares da história, a radiação voltou a atemorizar o Japão. O perigo decorre do mau funcionamento dos reatores da usina nuclear de Fukushima, seriamente atingida pelo terremoto e pelo tsunami que devastaram o nordeste do Japão em 11/3/2011. Veja, 23/mar./2011 (com adaptações). Considerando o assunto tratado no fragmento de texto acima e aspectos da história recente a ele relacionados, julgue os itens a seguir. 1. O governo alemão decidiu desativar todas as usinas nucleares do país até o ano de 2022. 2. Em razão do acidente nuclear ocorrido no Japão, o governo italiano cancelou a realização de plebiscito sobre o uso de energia atômica e manteve em funcionamento, no país, apenas as usinas construídas de acordo com projetos mais modernos, após o acidente nuclear de Chernobyl. 3. De acordo com informações prestadas pelas autoridades japonesas, o vazamento de radiação decorreu de os reatores da usina de Fukushima não se terem desligado

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automaticamente após o terremoto, o que deveria ocorrer quando o sistema de refrigeração por algum motivo para de funcionar. 4. O Brasil, mesmo após a polêmica desencadeada pelo acidente de nuclear de Fukushima, anunciou a construção de mais 4 usinas nucleares, sendo 3 em São Paulo e uma no Rio de Janeiro (Angra3). 5. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), já repreendeu o Brasil diversas vezes pelo fato de o governo não ter uma agência reguladora e de fiscalização das atividades nucleares. 6. Na primeira viagem internacional a presidente Dilma Rousseff foi a Argentina, onde fechou dois acordos: construção de uma ponte ligando Brasil e Argentina e construção de dois reatores nucleares. 7. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou em agosto de 2011 que pretende inspecionar dez por cento dos reatores mundiais ao longo de três anos, de acordo com uma proposta destinada a evitar a repetição de uma crise nuclear como a de Fukushima. 8. O Brasil está construindo em parceria com a Alemanha o primeiro Submarino de propulsão nuclear brasileiro. A previsão e que o primeiro submarino nuclear brasileiro entre em operação em 2020. A entrevista do economista Geraldo Langoni, da Fundação Getúlio Vargas, em que ele afirma que investir na educação é mais importante para o futuro do Brasil do que o petróleo do pré-sal é uma atualização de seu pensamento sobre o assunto, já explicitado na década de 70 do século passado por um famoso trabalho que mostrava que a taxa de retorno da educação no Brasil era muito alta já naquela época. Merval Pereira. In: O Globo, 25/8/2009, p. 4 . Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o tema por ele abordado, além de aspectos marcantes da realidade brasileira dos dias atuais, julgue os itens a seguir. 9. A educação básica está dividida em três etapas: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. 10. Exames nacionais e internacionais comprovam, na atualidade, o elevado padrão de qualidade apresentado pelo sistema educacional brasileiro. 11. O Plano de Desenvolvimento da Educação prevê que ate 2023 todas as crianças brasileiras em idade escolar deverá estar matriculada numa escola em tempo integral. Atualmente ainda inexiste, qualquer experiência de implantação da educação em tempo integral na rede escolar pública brasileira. 12. Atualmente um grande problema da educação básica é, reconhecidamente, falta de vagas nas escolas mantidas pelo poder público, sobretudo no ensino fundamental. 13. Segundo pesquisas nacionais a educação brasileira vem melhorando nos últimos anos. 14. SAEB, ENEM, SISU e IDEB são exemplos de avaliações que verificam a qualidade da educação no Brasil. 15. Segundo a constituição Federal de 1988, art.208, o dever do Estado com a educação se faz dos 04 aos 17 anos de idade.

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16. Os pais, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente além da obrigação de matricular o filho ou pupilo na rede oficial de ensino também tem a obrigação de acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar. 17. A Expressão "analfabeto funcional" vem sendo utilizada para identificar alguém que, embora domine operações matemáticas básicas, não consegue assinar o próprio nome. 18. No Brasil os sistemas educacionais buscam se organizar tendo por objetivo, além da formação da cidadania, levar o aluno a compreender os mecanismos que norteiam o sistema produtivo de modo a nele se inserir. 19. Embora com nível desigual de desenvolvimento entre suas regiões, a economia brasileira amplia o grau de exigência de formação educacional para os que buscam inserir-se no mercado de trabalho e, cada vez mais, o mínimo exigido é o ensino médio concluído. (FUNIVERSA-MP/GO- adaptada- A grande crise da economia global começa a ser percebida como uma série de eventos encadeados, mas imprevisíveis, sem que se conheça o próximo ataque. A dívida pública dos EUA, Japão, Inglaterra e dos países da zona do euro, sobretudo os mediterrâneos, como Portugal, Espanha, Itália e Grécia, está entre o espanto e o terror. Antônio Machado. Europa em chamas. Acerca do tema abordado no texto e de outros a ele relacionados, julgue os itens.

20. A Inglaterra é mencionada separadamente dos países da zona do euro pelo fato de não

integrar a União Européia e, portanto, não usar o euro como moeda oficial. 21. Atualmente de todos os países que integram a União Européia somente Inglaterra,

Dinamarca e Suêcia não participam da chamada Zona do Euro. 22. A Irlanda, juntamente com os países mediterrâneos citados no texto, integra o chamado

PIIGS, um acrônimo pejorativo semelhante ao inglês pigs, que significa porcos, que é uma referência à sua fragilidade econômica.

23. Nos EUA, as medidas anticrise, de caracter protecionista e nacionalista, tomadas por Barack Obama logo no início do seu mandato, ancoraram-se no velhos dogmas do neoliberalismo das eras Reagan e Bush.

24. Na França, com a finalidade de controlar o déficit público, o presidente Nikolas Sarkosy aprovou uma reforma na previdência, aumentando em dois anos a idade mínima de aposentadoria, o que levou a reação violenta de estudantes e trabalhadores que pararam o país por dias.

A crise econômica mundial parecia ter sido contida e superada no final de 2009. No entanto, nos últimos meses, novos fatos surgiram, a partir da constatação de que alguns países, como a Grécia, atravessam dificuldades. A esse respeito, julgue os itens subsequentes. 25. A crise não ocorre apenas na Grécia, pois outros países membros da União Européia, tais

como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha, têm déficits fiscais e enfrentam dificuldades para saldar seus compromissos e crescer economicamente.

26. O parlamento da Grécia, país em situação econômica crítica, aprovou medidas rigorosas de cortes nas despesas governamentais do país, tais como cortes salariais, o desemprego

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técnico de 30 mil funcionários no setor público até ao final do ano, aumento dos impostos, além de admitir reduções salariais no setor privado.

27. A Grécia, numa tentativa desesperada para tentar contornar a crise, apresentou como um dos principais aspectos de seu plano a desvalorização de sua moeda em relação ao Euro.

28. A Grécia foi, até agora, o único país da União Européia a pedir socorro financeiro a organismos multilaterais de crédito.

29. A atual crise financeira na Europa, principalmente nos PIIGS, tem origem na decisão tomada pelo Banco Central Europeu de abandonar o lastro ouro e adotar o lastro do euro.

30. A população da Grécia reagiu à aprovação das medidas de contenção da crise propostas pelo governo, promovendo greve geral e manifestações políticas nas ruas da capital do país, Atenas, o que provocou a queda do então primeiro ministro Papademos.

31. O aprofundamento da crise na Grécia deveu-se à recusa do governo local em adotar o euro como moeda nacional, fato que impediu esse país de se beneficiar do ciclo de crescimento econômico europeu da primeira década do século XXI.

Espanha já paga por dívida mais que a Grécia

A pressão externa por medidas de austeridade na Espanha ganhou proporções vistas como "insustentáveis": a taxa de risco do país superou a da Grécia e de Portugal e os governantes correm contra o tempo para evitar um resgate, anunciando duros cortes e suspensão de benefícios sociais. ISTOÉ Online23.Nov.11 Atualizado as 20:20.

Tendo o texto acima como referencial inicial julgue os itens a seguir.

32. Segundo a agência de risco Fitch, que manteve a nota de risco da Espanha em AA-, o governo espanhol terá de legislar para tomar medidas adicionais com vistas a cumprir os objetivos de redução de déficit.

33. A Itália também teve a sua nota de risco rabaixada pela agência de risco Moody's em três níveis, mas mesmo assim mantem-se a frente do Brasil.

34. Recentemente, a agência de risco Standard and Poor's (S&P) já havia rebaixado o rating de crédito soberano da Itália para "A", também com perspectiva negativa, ou seja, com tendência de novo rebaixamento.

35. Na Espanha o pacote de austeridade fiscal incluirá a redução do salário dos funcionários públicos, aumento do custo da água, transporte, serviços de saúde, além da elevação do valor das universidades.

36. Sem muita opção de ajuste fiscal, e com a nota de credito rebaixada para BB-, Portugal solicitou a sua exclusao da zona do euro, para que o país possa voltar a emitir sua própria moeda e assim controlar o defict público.

A economia dos Estados Unidos, que já não anda bem faz tempo, entrou em uma situação ainda mais delicada por causa de uma disputa política. Para conseguir

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continuar pagando suas contas, o governo americano precisa que o Congresso aprove o aumento do limite máximo que as dívidas do país pode atingir. Mas a oposição faz jogo duro.

A respeito da crise americana, julgue os itens a seguir:

37. A dívida americana gira em torno de US$ 14 trilhões e, entre outras, deve-se a gastos com guerras e socorro financeiro a bancos e empresas falidas durante a crise financeira de 2008.

38. Uma parte da dívida americana está nas mãos de outros países. China e Brasil estão entre os maiores credores dos EUA.

39. O presidente Barack Obama encaminhou ao Congresso um pedido para a elevação da capacidade de endividamento, algo inédito na história da economia americana, mas devido a gravidade da situação econômica dos EUA a oposição republicana aprovou o pedido, desde que o governo se comprometesse com cortes nas áreas sociais.

40. Para aprovar a elevação do teto da dívida, a oposição republicana defendia que o governo se comprometa em cortar gastos em áreas como a da saúde. Já o partido do governo (democrata) diz que os cortes não podem vir da área social e sugere o aumento dos impostos dos ricos.

41. Mesmo com aprovação da elevação do teto da dívida pelo Congresso americano, a agência de risco, Standard and Poor’s, rebaixou a nota dos títulos do país em dois níveis, saindo do triplo A (AAA) para A, algo inédito nos EUA.

42. Por ser a China o país com a maior reserva em moedas internacionais do mundo, e o maior credor dos EUA, Hu Jin lli foi eleito diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, em substituição ao francês Dominique Strauss-Khan.

43. A negociação do governo para aprovação de medidas no congresso dos EUA é facilitada pelo fato de só existirem dois partidos nos EUA, republicanos e democratas.

A primeira década do século XXI revela um Brasil que desfruta, do ponto de vista energético, de recursos privilegiados entre as demais nações do mundo. No tocante ao petróleo, o país alcançou a auto-suficiência, além de dispor de reservas crescentes e domínio tecnológico em exploração em águas profundas. A predominância hidrelétrica e a existência de um vasto potencial de base hidráulica cujo aproveitamento conta com tecnologia inteiramente dominada no país, fazem que o sistema gerador brasileiro seja muito diferenciado frente aos sistemas dos demais países. (Adriano Pires, Eloi Fernandes e Julio Bueno. Política energética para o Brasil. Rio de Janeiro. Com adaptações) Tomando o texto acima como referencia inicial, JULGUE os itens subseqüentes, relativos a energia no Brasil e no mundo. 44. No Brasil, onde se verifica um quadro bastante satisfatório no que se refere aos recursos

energéticos, tem sido demonstrada unanimidade acerca dos novos caminhos para a ampliação da oferta de energia, necessária ao crescimento econômico nacional.

45. Apesar de haver fontes nacionais diversificadas de energia, o domínio tecnológico, no campo energético, ainda é diminuto no Brasil.

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Atualidades

46. A solução inovadora do álcool como combustível para automóveis, desenvolvida no Brasil desde a década de 70 do século passado, vem sendo vista, no mundo, como uma solução precária para o desenvolvimento energético.

47. O Brasil é um dos países que possui elevada reserva comparada de urânio, mineral necessário à exploração de energias alternativas e às novas formas de produção de energia barata.

48. A energia eólica, particularmente nos corredores de ventos do Nordeste do Brasil, vem sendo experimentada em usinas pequenas.

49. A usina de Belo Monte, a ser instalada no rio Xingu no Pará, é um exemplo de energia limpa, ou seja, um empreendimento que não causa impacto ambiental.

50. Com a descoberta do Pré-Sal, o Brasil deixou de investir em bicombustíveis, em função da colheita manual da cana-de-açúcar ser considerado um trabalho análogo a trabalho escravo.

51. Na COP-16, realizada em Cancun- México em 2010, houve avanços significativos na criação de metas de redução de emissão de gases poluentes entre o ano de 2012 e 2020, devido principalmente ao maior aporte financeiro dado as pesquisas que visem a geração de energias limpa.

52. Os recentes terremotos no Japão e as enchentes da Austrália podem ser creditados ao efeito estufa.

53. A energia atômica e reconhecida pelo Painel Internacional sobre Alterações Climáticas – IPCC, como exemplo de energia limpa

Os conflitos que hoje assolam o mundo árabe têm diferentes motivos. Vão desde os históricos confrontos judeus/palestinos, passando por questões culturais e imposição de valores ocidentais às milenares tradições orientais. Pode-se ainda mencionar o fator econômico: potências capitalistas desejam manter ou ampliar o domínio de pontos estratégicos na mais rica região petrolífera do planeta. Urani, Revolução de Jasmim, in revista Concurso em foco, Ed. Grancursos A respeito das recentes manifestações no mundo árabe, julgue os itens.

54. As manifestações no mundo árabe começaram no Egito e desde o início buscavam liberdades democráticas.

55. Após a queda do ditador Hosni Mubarak, que governava o Egito há mais de 30 anos, a Irmandade Muçulmana, grupo fundamentalista, assumiu o poder, mudando bruscamente as relações Egito/Israel.

56. O Egito de Hosni Mubarak era um importante aliado do grupo terrorista palestino Hamas. 57. O mais populoso país árabe-muçulmano, o Egito, com cerca de 80milhões de habitantes,

tem sua economia baseada principalmente no turismo, petróleo e nos impostos e as taxas alfandegárias que são cobradas sobre os navios que passam pelo canal de Suez.

58. O Norte da África, conhecido como África Branca, é uma espécie de extensão do Oriente Médio, com predomínio da religião muçulmana, economia baseada no petróleo e governos ditatoriais.

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59. Na Tunísia, país onde se iniciaram as manifestações, o corrupto ditador Bem Ali acabou sendo capturado e assassinado pelos manifestantes em 11 de janeiro de 2011.

60. As revoltas da Tunísia e do Egito se espalharam para vários países da região e chegaram ao Irã, importante país árabe-muçulmano, onde o presidente Mahmud Armadinejad sufocou os manifestantes com mão-de-ferro.

61. Apesar da posição estratégica que ocupa, devido às grandes reservas de petróleo, as revoltas no Oriente Médio não chegaram a afetar o preço do barril desta imprescindível matéria-prima no mercado mundial.

62. Devido ao massacre de civis ordenados por Muamar Kadafi, os Estados Unidos bloquearam contas bilionárias do ditador no país e a União Européia proibiu sua entrada no bloco.

63. O ex-ditador líbio, Muamar Kadafi, era acusado de envolvimento com o terrorismo internacional, tendo participação no atentado a um avião na Escócia em 1988 onde morreram cerca de 270 pessoas e envolvimento no financiamento da rede Al Quaeda.

64. Redes sociais como o facebook foram fundamentais para a articulação dos manifestantes em vários países, com destaque para o Egito, onde o então ditador chegou a “tirar a internet do ar.

65. Após 10 meses de revoltas e protestos, o ditador do Iêmem, Ali Abdullah Saleh, anunciou que estava deixando o poder, assinou na Arábia Saudita um acordo pelo qual ele entrega os poderes no país, mas Saleh ganhou imunidade para ele e sua família. Pelo acordo o poder foi transferido ao seu vice, Abdrabuh Mansur Hadi, considerado um nome de consenso entre todas as facções políticas do país.

Em maio de 2011, o líder terrorista Osama Bin Laden — até então um dos homens mais procurados pelos serviços de inteligência e segurança dos Estados Unidos da América (EUA) — foi morto. Com relação a esse fato e a assuntos correlacionados a ele, julgue os itens a seguir.

66. Após a confirmação da morte do líder da Al-Qaeda, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou o fim da guerra ao terror e informou que as tropas de seu país serão retiradas do Afeganistão e do Iraque até o dia 31 de dezembro de 2011.

67. - De acordo com informações divulgadas pelas autoridades norte-americanas, o corpo de Osama Bin Laden não foi enterrado, mas lançado ao mar, como manda a tradição islâmica Xiita.

68. Com a morte de Osama Bin Laden em maio e do líder da Al-Qaeda no Iêmen em agosto/2011, num ataque dos EUA, que utilizou um avião não tripulado, a Al-Qaeda anunciou a suspensão das suas atividades ate que o grupo defina um novo líder e consiga novas fontes de financiamento.

69. Osama Bin Ladem ajudou o Talibã, grupo islâmico Fundamentalista xiita, a conquistar o Afeganistão em 1995 e a instalar uma república fundamentalista baseada na Shaaria.

Cespe/TST- adaptada. Os defeitos da estrutura agrária de um país são como as doenças que só podem

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ser debeladas pela via cirúrgica. Os males decorrentes de uma estrutura agrária defeituosa - a pobreza extrema da população rural; a baixa produtividade do lavrador pobre; a deterioração dos recursos naturais; a submissão política e cultural da gente do povo aos senhores de terras - só podem ser corrigidos mediante uma Intervenção direta do Estado.

Qual o defeito básico da nossa estrutura agrária? A concentração da terra em pouquíssimas mãos: 10% dos proprietários rurais são donos de mais da metade das terras próprias para a exploração agropecuária. Concentração fundiária é sinônimo de concentração de renda. Por sua vez, concentração de renda em uma ponta, significa pobreza no outro extremo. Tendo o texto acima por referência inicial e considerando os diversos aspectos do tema nele focalizado, julgue os itens subseqüentes. 70. Até a década de 80 do século passado República brasileira jamais havia posto em

discussão o tema da reforma agrária. 71. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é o primeiro movimento social

organizado da história brasileira voltado para a defesa da reforma agrária. 72. De maneira geral, a estrutura agrária brasileira guarda semelhanças históricas com a

predominante nos demais países da América Latina. 73. Parte dos graves problemas internos atualmente vividos pela Colômbia, sintetizados por

um quadro de guerra civil que se arrasta por décadas, deriva de uma estrutura agrária semelhante à brasileira.

74. A origem mais remota da concentração fundiária no Brasil encontra-se no início da colonização, com as capitanias hereditárias e a distribuição de Sesmarias.

75. Ao transformar o ministério encarregado de conduzir o processo de reforma agrária em secretaria do Ministério da Agricultura, o governo da presidente Dilma Rouseff ganhou o apoio político dos proprietários rurais e recebeu críticas vigorosas do MST. .

IDH 2011.

O estudo de qualidade de vida – IDH voltou a mudar de metodologia neste ano. Segundo cálculo atualizado, o Brasil melhorou uma posição em relação ao IDH divulgado em 2010.

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a multiplicidade de

aspectos que ele suscita, julgue os itens seguintes

76. O relatório do Desenvolvimento Humano 2011, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), classifica o Brasil na 84ª posição entre 187 países avaliados pelo índice, situando o Brasil entre os países de IDH médio, o que deixou o ex-presidente Lula, irritadíssimo.

77. A metodologia usada pelo Pnud para definir o IDH passou por mudanças desde o relatório divulgado em novembro de 2010. O índice que se baseava em dados como a expectativa de vida, a escolaridade, e expectativa de escolaridade, foi ampliada e hoje utiliza dados econômicos como cotação do dólar, déficits fiscais e índice de desemprego.

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78. Devido ao uso da nova metodologia do Pnud para calcular o IDH, os países que formam os PIIGS, viram suas posições no ranking do IDH 2011 cair de forma vertiginosa. Sendo a Grécia e Espanha o país que teve o maior recuo, sete e três posições respectivamente.

79. O índice de desenvolvimento humano traduz uma concepção de desenvolvimento mais abrangente que a baseada exclusivamente no critério econômico e, justamente por isso, leva na devida consideração a educação, a longevidade e a renda das populações pesquisadas.

80. Apesar da melhora no ranking do IDH, o Brasil não está entre os 10 melhores países do IDH na América Latina.

81. No ranking divulgados pelo IDH 2011, Chile, Cuba, Argentina e Líbia aparecem com um indicador de qualidade de vida melhor que o Brasil.

O aquecimento global continua mandando sinais inequívocos para os cientistas. O mais dramático deles é o encolhimento das calotas polares. O Ártico é o indicador mais significativo da mudança climática porque nenhuma outra região do mundo é tão sensível ao efeito estufa. A calota polar norte recebe dos países do Hemisfério Norte ventos impregnados de dióxido de carbono, o principal gás encapsulador de calor da atmosfera. A poluição também deixa a neve menos branca, aumentando a absorção da luz que chega à superfície. Em conseqüência disso, a temperatura aumenta e o que já foi chamado de gelo eterno derrete. Nos últimos dois verões do Hemisfério Norte, a calota atingiu os menores índices de que se tem notícia. In: Veja,n.º 2.095, ano 42, p. 63 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, considerando as múltiplas implicações a respeito da questão ambiental no mundo contemporâneo.

82. Desenvolvimento sustentável é conceitualmente equivalente a crescimento econômico e,

para ser alcançado, depende do reconhecimento de que os recursos naturais são ilimitados. O desenvolvimento sustentável, portanto, representa uma nova forma de desenvolvimento econômico, que considera o meio ambiente.

83. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, e os dados atuais mostram que as metas propostas foram alcançadas, no entanto sabe-se que essas metas já não são mais suficientes e por isso se faz necessário a criação de novas metas de redução de emissão de poluentes. A Rio+20 a ser realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro -Brasil promete ser a conferencia aonde se firmará o maior acordo de redução poluentes de todos os tempo, com metas para países desenvolvidos e em desenvolvimento.

84. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas- IPCC, a drástica redução das geleiras é a maior evidência das mudanças climáticas geradas pelo aquecimento global provocado pelas imensas emissões de gases que intensificam o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2).

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Atualidades

85. O efeito estufa é um fenômeno natural, ele mantém a Terra aquecida ao impedir que o planeta perca seu calor, sem ele a Terra teria temperaturas medias abaixo de 10ºC negativos.

Com relação a situação política econômica e social da América Latina, julgue os itens a seguir. 86. O Chile atualmente está passando por protestos estudantis, que solicitam liberdade para a

instalação de educação privada no país, já que o Chile é o país da América onde a educação e mais estatizada.

87. O Parlamento de Cuba aprovou, em agosto deste ano, o Plano de Reformas Econômicas, que visa ampliar o número de funcionários públicos e socializar as propriedades — terras,casas e veículos — que ainda permanecem em mãos de particulares.

88. Na Colômbia, as FARC´s, guerrilha de esquerda de ideologia socialista, matem luta armada a mais de 40 anos, sofreu um duro golpe com a morte do seu Líder Alfonso Cano.

89. Brasil e Colômbia atualmente representam a América latina no conselho de segurança da ONU.

90. Atualmente a Venezuela é o único país da América Latina que é governada por um presidente que assumiu com um golpe de estado.

91. Após 20 anos da assinatura, entre Brasil e Argentina, do Acordo para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear. Os dois países renunciaram conjuntamente ao desenvolvimento, à posse e ao uso das armas nucleares, (re)afirmaram seu compromisso inequívoco com o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear e criaram a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc), para controlar os compromissos assumidos.

Brasil pode ganhar mais dois Estados. Em 11 de dezembro de 2011 os eleitores do Pará vão às urnas para decidir, por meio de um plebiscito, se querem a divisão do Estado em dois ou três territórios diferentes. Na votação, cerca de 4,6 milhões de eleitores paraenses vão decidir se o Pará vai se desmembrar e dar origem aos Estados de Tapajós e Carajás. Tendo o texto acima por referência inicial e considerando os diversos aspectos do tema nele focalizado, julgue os itens subseqüentes.

92. Dependendo do resultado, o atual estado do Pará pode ser dividido em mais dois

territórios ou apenas um.

93. Será a primeira vez que, no Brasil, um plebiscito vai decidir sobre a criação de novos

Estados, já que a divisão do estado de Goiás e Tocantins foi realizada pela assembléia

constituinte de 1988.

94. Caso seja aprovada a divisão do Pará, surgindo o estado do Tapajós e Carajás, o Pará

será o menor dos três estados.

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Atualidades

95. Mesmo que a população vote pela criação dos dois novos Estados a criação ou não dos

futuros Estados depende do Congresso Nacional, que terá a palavra final. A criação de

Tapajós e Carajás depende da edição de lei complementar, conforme a Constituição

Federal de 1988.

96. Caso seja aprovada a proposta de divisão, Tapajós possuirá o maior território situar-se-á

a oeste de Carajás e Pará.

Reajuste de imposto sobre carros importados pode ser questionado na OMC

O reajuste de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

sobre carros importados, anunciado pelo governo, abre brechas para contestações na

Organização Mundial do Comércio (OMC), dizem especialistas. Eles, no entanto, ressaltam que

vários países adotam medidas semelhantes e ponderam que o questionamento depende mais

de vontade política dos governos do que das empresas.

Tendo o texto acima por referência inicial e considerando os diversos aspectos

do tema nele focalizado, julgue os itens subseqüentes.

97. O governo Dilma admite que o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros

importados é uma medida "protecionista" no curto prazo, mas no médio prazo acredita que ela gerará

novos investimentos, inovação tecnológica e mais empregos no país.

98. A decisão governamental de elevar o IPI de veículos importados que não são trazidos

dos países com os quais o Brasil tem acordos automotivos pode beneficiar a produção na Argentina e, principalmente, no México.

99. Com o intuito de fortalecer a produção interna os carros produzidos no Brasil devem ter 65%

de peças nacionais para evitar a elevação de 30 pontos percentuais no tributo.

100. A mudança no IPI pode representar reajuste de 25% a 28% nos preços para o

consumidor que comprar um carro que tenha menos de 65% de componentes fabricados

no país.

Gabarito

1. C

2. E

3. E

4. E

5. C

6. C

7. C

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8. C

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13. C

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17. E

18. C

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20. E

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25. C

26. C

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32. C

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34. C

35. C

36. E

37. C

38. C

39. E

40. C

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42. E

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45. E

46. E

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47. E

48. C

49. E

50. E

51. E

52. E

53. C

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55. E

56. E

57. C

58. C

59. E

60. E

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68. E

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85. C

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86. E

87. E

88. C

89. C

90. E

91. C

92. C

93. C

94. C

95. C

96. C

97. C

98. C

99. C

100. C