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5/26/2018 Apostila
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EducaoDiversidade no Ensino e na
Aprendizagem das Pessoas comNecessidades Especiais
Luciana Rodrigues
5/26/2018 Apostila
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UNIDADE 1 - PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM ............................. 8
1.1 O Comeo da humanidade ............................................................ 9
1.2 Idade mdia .................................................................................... 13
1.3 Idade moderna at o sculo XXI ................................................. 15
1.4 A ausncia, a negao: a segregao ....................................... 20
1.5 Ser normal, para poder acontecer a integrao ....................... 21
1.6 Realidade ou sonho, a incluso? ................................................ 22
1.7 Reflexo .......................................................................................... 24
1.8 Leituras recomendadas ................................................................ 25
1.9 Referncias .................................................................................... 25
1.10 Na prxima unidade ................................................................... 26
UNIDADE 2 - DEFICINCIAS SENSORIAIS: AUDITIVA ........................... 27
2.1 A surdez em questo .................................................................... 29
2.1.1 Caractersticas clnicas da surdez ........................................... 30
2.1.2 As filosofias de comunicao para a surdez .......................... 33
2.2 Reflexo .......................................................................................... 39
2.3 Leituras recomendadas ................................................................ 40
2.4 Referncias ..................................................................................... 40
2.5 Na prxima unidade ...................................................................... 41
UNIDADE 3 - DEFICINCIAS SENSORIAIS: VISUAL ................................ 423.1 A deficincia visual ........................................................................ 45
3.2 Baixa viso ..................................................................................... 48
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3.3 Reflexo .......................................................................................... 52
3.4 Referncias .................................................................................... 52
3.5 Na prxima unidade ...................................................................... 53
UNIDADE 4 - DEFICINCIA FSICA .............................................................. 54
4.1 Pensando sobre deficincia motora ........................................... 56
4.2 Deficincia fsica: algumas questes clnicas ........................... 61
4.2.1.1 As deficincias fsicas ............................................................ 62
4.2.1.2 Distrofia muscular progressiva duchenne (dmpd) e do
tipo becker ...................................................................................... 634.2.1.3 Esclerose mltipla .................................................................. 64
4.2.1.4 Poliomielite ou paralisia infantil ............................................ 65
4.2.1.5 Epilepsia .................................................................................. 66
4.2.1.6 Outras deficincias fsicas .................................................... 67
4.3 Paralisia cerebral ........................................................................... 69
4.4 Alunos com deficincias fsicas / neuro-motoras e a
educao ........................................................................................ 71
4.5 Reflexo .......................................................................................... 72
4.6 Leituras recomendadas ................................................................ 72
4.7 Referncias .................................................................................... 73
4.8 Na prxima unidade ...................................................................... 73
UNIDADE 5 - DEFICINCIAS MLTIPLAS E SURDOCEGUEIRA .......... 74
5.1 A deficincia mltipla e deficincia mltipla sensorial ............. 76
5.2 A comunicao e as deficincias sensoriais ............................. 82
5.3 Reflexo .......................................................................................... 85
5.4 Leituras recomendadas ................................................................ 85
5.5 Referncias .................................................................................... 85
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5.6 Na prxima unidade ...................................................................... 86
UNIDADE 6 - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
(AEE) E SALAS MULTIFUNCIONAIS ...................................................... 87
6.1 Quais foram os recursos oferecidos s pessoas comdeficincia na escola? .................................................................. 89
6.2 Atendimento educacional especializado (AEE) ........................ 93
6.2.1 AEE para deficincia fsica ....................................................... 94
6.2.2 AEE para deficincia auditiva ................................................... 97
6.2.3 AEE para deficincia visual ...................................................... 99
6.2.4 AEE de deficincia intelectual ................................................ 102
6.3 Salas multifuncionais .................................................................. 106
6.4 Reflexo ........................................................................................ 107
6.5 Leituras recomendadas .............................................................. 108
6.6 Referncias .................................................................................. 108
6.7 Na prxima unidade .................................................................... 109
UNIDADE 7 - TECNOLOGIAS E ACESSIBILIDADE: RECURSOS
PARA A INCLUSO .................................................................................... 110
7.1 Acessibilidade e tecnologias na incluso ................................ 112
7.2 Tecnologia Assistiva (TA) e Comunicao Alternativa (CA) 114
7.3 Reflexo ........................................................................................ 118
7.4 Leituras recomendadas .............................................................. 119
7.5 Referncias .................................................................................. 119
UNIDADE 8 - A LEGISLAO E A PESSOA COM DEFICINCIA .......... 121
8.1 As primeiras citaes legais ...................................................... 123
8.2
Leis internacionais e a incluso
................................................ 1248.3 A legislao educacional brasileira e as pessoas com
deficincia ..................................................................................... 128
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8.4 Reflexo ........................................................................................ 131
8.5 Leituras recomendadas .............................................................. 132
8.6 Rreferncias ................................................................................. 132
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Prezado aluno,
No mdulo I, Diversidade
no ensino e na aprendizagem das
pessoas com necessidades especiais, vocter uma viso das diversas reas das
deficincias; os atendimentos educacionais e
tecnolgicos, a histria da segregao at a incluso e
um estudo sobre acessibilidade.
O objetivo mostrar a quem se destina a Tecnologia
Assistiva, a Comunicao Alternativa e a Lngua Brasileira de
Sinais.
Todo material est voltado para que qualquer pessoa com
interesse em atuar com pessoas com algum tipo de necessidade
especial, possa ter conhecimento de tudo que existe de atual e
inovador nesta rea, tanto na sade, educao como na tecnologia.
Tendo sempre como meta auxiliar na incluso, na autonomia e no
desenvolvimento das pessoas com alguma deficincia.
A diversidade no pode ser negada, porm necessrio que as
diferenas existentes sejam respeitadas e atendidas para que haja
respeito e condio para cada pessoa atinja seus objetivos, desenvolva
suas potencialidades e competncias independentemente de suadeficincia.
Este mdulo far que com inicie uma reflexo sobre a
pessoa que tem uma deficincia, e no que ela seja a
deficincia; vamos mudar o enfoque de enfoque da
ausncia e priorizar o que se pode fazer.
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Da Segregao ao Paradigma da Incluso
Pare e olhe ao seu redor, com quantas pessoas com algum tipo de
deficincia voc convive ou j conviveu? Para muitos, a resposta pode
ser eu j vi na rua, na televiso, mas nunca convivi em famlia, na escola
ou na rua. Na maioria das vezes a resposta no conheo ningum,
mas voc j parou para pensar que essas pessoas sempre existiram desde
a antiguidade? E onde elas estavam, onde viviam?
Agora, daremos incio a uma trajetria de como foi a vida daspessoas com algum tipo de deficincia em cada poca da sociedade e da
histria, como elas eram tratadas e percebidas.
Espero que ao trmino desta unidade voc faa uma reflexo de
como a humanidade caminhou, se foi a passos largos, modestos ou se
ainda estamos engatinhando.
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PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Nesta primeira unidade iniciaremos
nosso estudo de como foram as etapas
histricas da sociedade com relao s pessoas
com deficincia, e a partir da, conhecer os processos
da segregao, integrao e incluso das pessoas com
algum tipo de deficincia. Vamos fazer uma viagem no
tempo.
Objetivos da sua aprendizagem
Trilhar um caminho que mostre os percursos, barreiras edificuldades impostas s pessoas com deficincia da
Antiguidade at o Sculo XXI, para que hoje possamos pensar
no paradigma de incluso.
Voc se lembra?
Voc se lembra quantos colegas voc teve na escola
ou faculdade que tinham alguma deficincia? E um filme
que retrata esse assunto? Uma personalidade? Um
livro que voc tenha lido, no qual um dos
personagens tinha deficincia fsica, auditiva,
intelectual ou qualquer uma delas?
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
1.1 O Comeo da humanidade
Para melhor entendermos as mudanas ocorridas na educao, na
sociedade e na vida das pessoas com alguma deficincia necessrioconhecer a trajetria percorrida, para que hoje no sculo XXI tenhamos
um ensino baseado na Educao para Todos e na Educao Inclusiva.
Faamos uma viagem no tempo, para conhecer as principais
concepes que existiam quanto a ser deficiente, fugir da
normalidade e importante observar as possibilidades sociais,
educacionais e legais, sempre contextualizando as questes mundiais,
influncias religiosas e tendncia polticas.
Podemos citar o que a Teoria Evolucionista de Darwin dizia quanto
evoluo do homem e de todos os animais que vivem hoje, ambos
passaram por um processo de Seleo Natural constante e severo e desta
seleo sobreviveram os mais aptos para viverem segundo as condiesde vida do meio e da poca em que existiam. Era uma guerra pela
existncia, onde somente os "melhores" sobreviviam.
Com a evoluo surgiram
duvidas, questionamentos e
incertezas quanto a tudo que
rodeava as pessoas, questes sobre
a vida, a morte, enfim como se
dava a formao da sociedade.FIG.1-FONTE:DISPONVEL EMWWW.BRASILESCOLA .COM
http://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htmhttp://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htmhttp://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htmhttp://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htmhttp://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htmhttp://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htmhttp://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htm5/26/2018 Apostila
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
Milhares de anos aps o surgimento da espcie humana, o homem
j se organizava em grandes e complexas sociedades. Foi ento que
ele comeou a dar seus primeiros passos na moral e na tica. O
homem comeou a filosofar, a pensar na sua existncia. O mistrio
do universo, do insondvel de sua alma e do alm morte
comeavam a incomodar as primeiras grandes mentes
humanas.(Disponvel emwww.dspcom.fee.unicamp.br
Talvez pudssemos citar tambm que o aparecimento de pessoas
que fugiam aos padres de normalidade, com deficincia, tambm trouxe
uma grande mudana nas sociedades que estava se formando. E cada um
desses grupos lidou com essas diferenas de acordo com suas crenas e
conhecimentos.
de consenso geral que a relao da sociedade com a parcela da
populao constituda pelas pessoas com deficincia tem se modificado
no decorrer dos tempos, tanto no que se refere aos pressupostosfilosficos que a determinam e permeiam como no conjunto de prticas
nas quais ela se objetiva (ARANHA, 2001,p.160).
Na era primitivano se sabe como os seres humanos agiam em
relao s pessoas com deficincia, em funo de toda dificuldade de
sobrevivncia, ao calor, frio falta de alimentos acredita-se que estas
pessoas no conseguiam sobreviver.
As principais e primeiras fontes a escrever sobre deficincia
constam no Alcoro e na Bblia, esta traz referncias ao cego, ao manco e
ao leproso os quais eram pedintes ou rejeitados pela sociedade, por medo
da doena, ou porque se pensava que Deus estava punindo os doentes.
http://www.dspcom.fee.unicamp.br/cristia/surdos/h_surdo_prof.htmlhttp://www.dspcom.fee.unicamp.br/cristia/surdos/h_surdo_prof.html5/26/2018 Apostila
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
No Egito a histria mostra que h mais de 5 mil anos as pessoas
com deficincia conseguiam fazer parte as sociedade vigente, e isto foi
comprovado atravs da arte egpcia (pairos, tmulos e as mmias).
FIG.2ALCORO E A BBLIA
Nesta placa de calcrio podemos
observar o Porteiro de Roma, que
trabalhava normalmente
independentemente de sua limitao
fsica. Esta obra est exposta no Museu
Ny Carlsberg Glyptotek, em
Copenhagen, Dinamarca. De acordo
com Gugel (2007), tambm houve
nesta poca grande incidncia de
problemas visuais e infeces quelevavam a cegueira.
Na idade antiga a pessoa com deficincia, como qualquer outra
pessoa do povo, tambm parecia no ter importncia enquanto ser
humano, j que sua exterminao (abandono ou exposio) no
demonstrava ser problema tico ou moral.
Quando pesquisamos a Grcia dos grandes pensadores,
encontramos obras como A Republica, de Plato e A Poltica de
FIG.3PORTEIRO DE ROMA
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
Aristteles, que os disformes como eram chamados, deveriam ser
eliminados. Mas no, sculo V a.C, Scrates j afirmava que os surdos
tinham que usar o gesto e a pantomima para se comunicarem.
Porm, temos tambm na obra Ilada de Homero a criao dopersonagem de Hefesto, o ferreiro divino. Segundo Gugel (2007), a
histria narra que ele ao nascer foi rejeitado pela me Hera por ter uma
das pernas atrofiadas, em sua ira Zeus o atira fora do Olimpo. Hefesto,
mesmo sendo expulso, compensou sua deficincia fsica mostrando altas
habilidades em metalurgia e artes manuais, casou-se duas vezes, uma
com Afrodite e outra com Atena. No Vaso de figuras vermelhas, que se
encontra no Toledo Museum of Art, visto a deficincia de Hefesto.
Em Roma, nascer com deficincia era permitido as famlias matar
por afogamento as crianas, aqueles que conseguiam viver eram vistos
nas cidades como pedintes ou trabalhando em circos. Importante salientar
que, com as guerras ocorridas nesta poca deficincia fsica, em funo
das amputaes no encontram atendimento hospitalar adequados.
FIG.4HEFESTO-VASO
Com o advento do Cristianismo o sentimento de caridade e amor
entre as pessoas enfatizado trazendo melhores condies s famlias
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
com filhos com deficincia, no sendo aceito o extermnio destas
crianas. A situao se modificou, pois todos passaram a ser igualmente
considerados filhos de Deus, tendo uma alma e, portanto merecedores do
respeito vida e a um tratamento caridoso.
Naquele tempo, Jesus encontrou no
seu caminho um cego de nascena. Os
discpulos perguntaram-Lhe: Mestre, quem
que pecou para ele nascer cego? Ele ou os
seus pais? . Jesus respondeu-lhes: Isso no
tem nada que ver com os pecados dele ou
dos pais; mas aconteceu assim para se
manifestarem nele as obras de Deus. [...]
Dito isto, cuspiu em terra, fez com a saliva
um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego.
Depois disse-lhe: Vai lavar-te piscina de
Silo; Ele foi, lavou-se e voltou a enxergar ...(EVANGELHO Jo 9, 1-41)
1.2 Idade mdia
Na poca medieval, a viso com relao s pessoas com alguma
diferena, fsica, visual auditiva ou mental, com influncia do
pensamento religioso, viam estas pessoas com um castigo de Deus, umapunio. Nascer com nanismo, ser ano ou mesmo corcunda era ser
encaminhado para diverso das classes ricas da nobreza como bobos da
corte.
FIG.5
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
CONEXO
Assista ao filme O corcunda de Notre Dame, famosa histriaescrita por Victor Hugo do corcunda de Notre Dame, um
sofrido deficiente que morava nas dependncias da catedral.O ano 1942, e o Festival dos Tolos j est correndo na
praa de Notre Dame em Paris. Enquanto muitos brincam eencenam peas, o horroroso corcunda Quasimodo (AnthonyQuinn), o tocador do sino da catedral, est sendo humilhado
e atormentado por um bando de ciganos. Esta obra foireproduzida por Walt Disney, agora veja esses dois trechos
para entender um pouco de como as pessoas com
deficincia eram vistas.
The Hunchback of Notre Dame - Bells (Brazilian Portuguese)Disponvel em:www.youtube.com
The Hunchback of Notre Dame - Out There (BR Portuguese)Disponvel em:www.youtube.com
Aparentemente, pessoas com
deficincias fsicas e/ou mentais
eram ignoradas sua sorte,
buscando a sobrevivnciana caridade humana.
Devido a essa
organizao da
sociedade sucederam-
se, nesse perodo, dois
importantes processos,
decisivos na histria da
humanidade: a Inquisio
Catlica e a consequente
Reforma Protestante.
No Sculo XV o Prncipe de
Anhalt, na Alemanha saxnica,
desafiou publicamente o reformador
religioso Martinho Lutero, no
cumprindo sua ordem de afogarcrianas com deficincia mental.
Lutero afirmava que essas pessoas
no possuam natureza humana e
eram usadas por maus espritos,
bruxas, fadas e duendes.
Os surdos na era medieval eram considerados pessoas impossveis
de serem educados, impedidos para o sacerdcio, somente respeitados
FIG.6PRNCIPE DE ANHALT
http://www.youtube.com/watch?v=aqb933y6yvQhttp://www.youtube.com/watch?v=7b9QAubiN8chttp://www.youtube.com/watch?v=7b9QAubiN8chttp://www.youtube.com/watch?v=aqb933y6yvQ5/26/2018 Apostila
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
juridicamente se falassem e o casamento poderia acontecer apenas com a
permisso do papa. No Sculo XV, Rudolph Bauer em "De Inventione
Dialectica" faz meno a um "surdo-mudo" que se comunicava por
escrito.
1.3 Idade moderna at o sculo XXI
No sculo XVI no que se refere deficincia, passou a ser
concebida, a ser tratada atravs da alquimia, da magia e da astrologia,
mtodos da insipiente medicina.
Nesta poca surgem os asilos e os hospitais psiquitricos no com
o objetivo de tratar, mas de segregar as pessoas com qualquer tipo de
deficincia. Tais instituies eram pouco mais do que prises, segundo
Aranha (2001, p.165).
Durante os sculos XVII e XVIII houve grande desenvolvimento
no atendimento s pessoas com deficincia em hospitais. Havia
assistncia especializada em ortopedia para os mutilados das guerras e
para pessoas cegas e surdas.
Percebe-se o investimento por parte de alguns mdicos e
educadores que buscam mostrar que as pessoas com deficincia
poderiam ter uma vida acadmica e se comunicar. Podemos citar omdico Girolano Cardano que escreveu que os surdos poderiam ser
ensinados. Nessa mesma poca Pedro Ponce de Leon, monge beneditino
espanhol, inicia um trabalho educacional com surdos da elite, com
objetivo de [...] ensinar a falar, escrever, ler, fazer, contas, orar e
confessar pelas palavras, a fim de ser reconhecidos como pessoas nos
termos da lei e herdar seus ttulos [...] (GUARINELLO, 2007,p.21).
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Na Europa as mudanas continuam a aparecer, como na Espanha
onde Jean-Paul Bonet publica a primeira obra impressa sobre a educao
de deficientes auditivos Reduccin de las letras y artes para ensear a
hablar a los mudos, em 1620.J na Inglaterra (1644), o mdico John Bulwer publica
Chironomia, or the Art ofManuall Rhetorique, onde defende e apresenta
sua teoria de que a linguagem das mos natural para todos os homens e
principalmente para pessoas com surdez. (CABRAL, 2001).
Um dos maiores educadores da histria de surdos foi Charles
Michel de Lpe, conhecido como Abb de L pe,que publicou
Instruction de Sourds et Muets par la Voix des Signes
Mthodiques(1776). Fundador da primeira escola pblica para surdos,
em Paris, tinha como objetivo que os surdos aprendessem a ler e a
escrever.
J no sculo XVII a maioria das
pessoas com deficincia mental era relegada
a hospcios, albergues, asilos ou cadeias
locais. Pessoas com deficincia fsica ou
eram cuidadas pela famlia ou colocadas em
asilos (Rubin & Roessler, 1978, p. 7).
Philippe Pinel (1745-1826) explicouque pessoas com perturbaes mentais
devem ser tratadas como doentes, ao
contrrio do que acontecia na poca, quando eram trados com violncia e
discriminao.
Houve algumas tentativas em mudar o conceito e tratamento as
pessoas deficientes como Jacob Rodrigues Pereira, em 1747, na tentativa
de ensinar surdos congnitos a se comunicar, essas [...] tentativas foram
FIG.7CHARLES MICHEL DE LPE E SEUS ALUNOS
FONTE:WWW.YANOUS.COM
http://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpghttp://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpghttp://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpghttp://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpghttp://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpghttp://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpghttp://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpghttp://www.yanous.com/tribus/sourds/img/Abbe2.jpg5/26/2018 Apostila
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
to bem sucedidas que estimulou a busca de formas para lidar com outras
populaes, especialmente a de pessoas com deficincia mental
(ARANHA, 2001, p.166).
Os sculos XVI e XVII foram marcados pela massa de pobres,mendigos e pessoas com deficincia na Europa.
Esta fase da histria foi caracterizada pelo Paradigma da
Institucionalizao, que seria o distanciamento da sociedade e da famlia
das pessoas com problemas mentais, sensoriais ou fsicos.
No sculo XIX temos avanos na educao das pessoas com
deficincia visual, m 1819, Charles Barbier, capito do exercito Frances,
criou um cdigo de comunicao noturna para auxiliar os soldados de
Napoleo durante a guerra, porm no foi posto em uso por classificarem
como um sistema muito complexo. O capito no desistiu de sua criao
levando at o Instituto Nacional dos Jovens Cegos de Paris onde estudava
Louis Braille, este assumiu o projeto transformando em um sistema de
escrita para as pessoas cegas, usado at hoje chamado Braille.
No sistema de escrita e,
principalmente, de leitura Braille, por
meio de um mtodo lgico de pontos em
relevo, distribudos em duas colunas detrs pontos para cada smbolo ou letra,
uma pessoa cega pode, por meio do tato
das pontas de seus dedos, ler.
O braille lido no sentido da esquerda para a direita, podendo
usar uma ou as duas mos. Cada clula permite 63 combinaes de
pontos. Podem-se designar combinaes de pontos para todas as letras e
FIG.8LIVRO EM BRAILLE
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
para a pontuao da maioria dos alfabetos. As pessoas cegas com prtica
conseguem ler at 200 palavras por minuto.
No Brasil, esta fase marcadapelo inicio da educao de surdos em
26 de setembro de 1857, quando foi
criado o Imperial Instituto dos Surdos-
Mudos, pela lei n839. Esta instituio
foi fundada durante o Imprio de D.
Pedro II, com a chegada do professor
francs Hernest Huet, que era surdo. O
Instituto era um asilo, onde s eram
aceitos surdos do sexo masculino que
vinham de todos os pontos do pas
sendo que muitos eram abandonados pelas famlias; inicialmente
utilizava-se a lngua dos sinais, mas em 1911, adotou-se o oralismo como
forma de comunicao. Nesta poca tambm temos a criao do Imperial
Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, no Rio de Janeiro, hoje Instituto
Benjamim Constant.
No sculo XX vemos na
Europa muitas instituiesinteressadas em trabalhar com
pessoas com deficincia,
comearam a perceber que as
pessoas com deficincia
precisavam participar ativamente
do cotidiano e integrarem-se na sociedade.
FIG.9ALFABETO EM BRAILLE
FIG.10IMPERIAL INSTITUTO DOS MENINOS CEGOS
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
CONEXOAssista ao vdeo sobreDeficincias e faa uma
reflexo, e depois pense nasatitudes que as pessoas tem
com relao as pessoas coalguma diferena, seja elafsica, mental ou sensorial.
Disponvel emwww.youtube.com
O presidente dos Estados Unidos da Amrica, Franklin Roosevelt,
1933, iniciou uma transformao na sociedade americana e mundial que
com um trabalho eficaz, as pessoas com deficincia conseguiriam a
reabilitao e consequentemente a autonomia.Em 1948, foi criada A Declarao Universal dos Direitos dos
Homens, com o objetivo maior de minimizar todas as barbries ocorridas
nas guerras e desvalorizao humana. Neste documento j havia meno
a pessoas deficientes, chamadas no texto de invlidas. No artigo 25 l-se:
1. Toda pessoa tem direito a um padro de vida capaz de assegurara si e a sua famlia, sade e bem estar, inclusive alimentao,
vesturio, habitao, cuidados mdicos e os servios sociais
indispensveis, e direito segurana em caso de desemprego,
doena, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos
meios de subsistncia fora de seu controle.
O desenvolvimento no atendimento no Brasil, para as pessoas
com deficincia, acontece principalmente com o trabalho de Helena
Antipoff, com a criao das Pestalozzi, com a mesma linha ideolgica
cria-se a primeira APAE, em 1954 no rio de janeiro. Em 1950 fundada
a Associao de Assistncia a Criana Defeituosa (AACD), em So
Paulo. Outra instituio de grande importncia foi fundada em 1954, o
Instituto Educacional de So Paulo-IESP, que em 1969 passa a
ser chamado de DERDIC, vinculado a Pontifcia
Universidade Catlica (PUC)/SP. Atualmente
referncia nacional nos estudos desenvolvidos na
rea de surdez.Atualmente, no sculo XXI, temos a poltica
mundial da Educao Inclusiva e a Educao para
http://www.youtube.com/watch?v=n3WK5ltU6KQhttp://www.youtube.com/watch?v=n3WK5ltU6KQ5/26/2018 Apostila
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
CONEXOLeia e reflita:
As pessoas que trazem a marca do dficit orgnicocontradizem a norma, demonstram o que no belo e apontam para a imperfeio da forma. Odesordenado, o sujo e o feio trazem o que existede desarmnico, de anormal, de algo fora dasnormas e do controle da sociedade, que causa
estranheza e mal-estar. A preocupao dacivilizao em eliminar aquilo que coloca em risco aharmonia e a ordem pode ser mais um fator para
justificar a persistncia da segregao da pessoa
com deficincia e esclarece a manuteno dessaspessoas, durante tantas dcadas, em ambientes
segregados. (BATISTA,2004,p.124)
Todos, no qual so garantidas, as
pessoas com deficincia, estudar na
escola regular com os atendimentos
educacionais especializados nocontraturno.
1.4 A ausncia, a negao: a segregao
Pensar sobre esse tema difcil e complicado, porm precisamos
analisar as fases que a sociedade imps as pessoas com deficincia para
podermos entender se evolumos ou somente mudamos a forma de negar,
afastar ou excluir os deficientes.
Tentemos entender a etimologia da palavra segregar, vem do latim
segregare, que significa separar. De acordo com Batista (2004, p.119)Surge na Europa no sculo XIV, com o significado de separar uma
besta, um anormal do rebanho. Aps o sculo XVI, passou a se referir a
raa humana, a realizar a separao pela cor; o
apartheid.
Mas foi com a escravido
que, este termo passou a se
associar a seres humanos. Na
idade moderna as pessoas so
separadas em grupos, de acordo
com a cultura, instruo, nvel
econmico ou algo que a faa
diferente no grupo.
FIG.11CRIANAS INCLUDOS
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
As marcas da intolerncia demonstram que, o [...] poder da lgica
da classe abstrair diferenas (Macedo, 2005, p. 18). Abstrair
diferenas abrir mo da convivncia, promovendo a segregao e aconsequente excluso social. Isso nos remete ao crculo vicioso. Trata-se
do crculo de medo e intolerncia alimentado pelo desconhecimento.
Durante sculos, as pessoas com deficincia foram colocadas a
margem da sociedade, por ignorncia, medo e descaso.
1.5 Ser normal, para poder acontecer a integrao
Antes de falarmos em integrao, bom lembrarmos da palavra
desinstitucionalizar, que tem um prefixo desque transforma a palavra em
sinnimo de afastamento de uma instituio, local onde moravam as
pessoas que fugiam a norma. O uso desta palavra descrevia os esforos
para tirar as pessoas de instituies, separados muitas vezes por toda uma
vida de suas famlias, retornando-as para a sociedade, buscando um estilo
de vida normal numa comunidade.
Pensar sobre a normalizao entender que o objetivo introduzir a
pessoa com deficincia na sociedade, ajudando-a a adquirir as condies
e os padres da vida cotidiana o mais prximo do normal, quantopossvel.
Ao se afastar do paradigma da institucionalizao criou-se o conceito
da integrao, a qual advogava o direito e a necessidade das pessoas
com deficincia serem trabalhadas para se encaminhar o mais
proximamente possvel para os nveis da normalidade, representadas pela
normalidade estatstica e funcional.
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
O ato de integrar significa localizar na pessoa o alvo da mudana,
embora para tanto se tomasse como necessrio mudanas na comunidade.
Na realidade, no havia o compromisso da sociedade em dar condies
pessoa com deficincia, a pessoa que deve se adequar ao mundo que orodeia.
Com esta proposta, foi muito difcil pensar na participao ativa dos
alunos nas escolas, uma vez que, eles continuavam a ser de
responsabilidade da educao especial, ainda no havia um entendimento
que o aluno possua competncias e habilidades independentes da
deficincia que tivesse. O foco continuava sendo a deficincia e no a
pessoa.
1.6 Realidade ou sonho, a incluso?
A tolerncia [...] respeito, aceitao e o apreo da riqueza e da
diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expresso
e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres humanos
(ONU, 1995). Pode-se dizer que a intolerncia em relao s pessoas
com deficincia ainda fato em pleno sculo XXI. As maneiras pelas
quais as pessoas com deficincia (fsica, sensorial ou cognitiva)
exprimem suas qualidades de seres humanos, na maioria das vezes, noesto sendo reconhecidas e respeitadas.
O paradigma da incluso considera a construo da sociedade para
todos, na qual se reconhece a potencialidade de todas as pessoas,
independentemente da singularidade de cada um. A educao inclusiva
contraria as influncias que levam ao medo e excluso do outro quando
nos remete aos pressupostos epistemolgicos da diversidade e da
complexidade humanas. Esta nova epistemologia apresenta novos
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
CONEXOAgora vamos assistir ao
vdeo sobre Caminhos paraa incluso (Toda criana
nica), disponvel emwww.dominiopublico.gov.br
conceitos, tais como, incapacidade compartilhada e acessibilidade, que
podem nos ajudar a educar para a tolerncia. Trata-se de considerar os
processos pedaggicos inerentes construo de espaos acessveis e,
portanto, abertos diversidade e vulnerabilidade humana.A poltica da incluso mundial e veio com a Declarao de
Salamanca, em 1994, em que 88 pases se reuniram com mais 25
instituies internacionais para juntos discutirem e afirmarem a
necessidade da educao para crianas, jovens e adultos com
necessidades educacionais especiais dentro do sistema
regular de ensino. E em 2001, o Brasil assumi o
parecer da Conveno da Guatemala ou
Conveno da Organizao dos Estados
Americanos, atravs do Decreto n 3.956, de 8 de
outubro de 2001, dizendo no a todas as formas de
discriminao contra as pessoas com deficincia.
Segundo Sassaki (2010),
[...] o nmero de pessoas com deficincia existentes em uma
determinada cidade ou regio, j conhecida a estimativa de "10%
(dez por cento) da populao geral" ou ento "uma em cada dez
pessoas". E indica como fonte dessa estimativa a Organizao
Mundial de Sade (OMS) ou a Organizao das Naes Unidas
(ONU), sem mencionar quando e onde ela foi publicada.
Dados estatsticos que confirmam e fazem com que saibamos da
necessidade de mudana para atingir uma educao de qualidade para
todos, nos remete ao que Werneck, diz As escolas tm que esquecer aideia de que o aluno tem que se adaptar a ela. Pelo contrrio, elas devem
tornar-se o meio mais favorvel para o aluno, dando-lhe recursos para
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124136http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1241365/26/2018 Apostila
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enfrentar desafios. Podemos complementar com a ideia de Mello
(2007), que Uma escola inclusiva deve ser o prottipo da escola de
qualidade, [...] e a esta escola de qualidade aquela na qual, todos entram
e todos aprendem.
1.7 Reflexo
Nesta unidade iniciamos uma contextualizao dos caminhos rduos
percorridos pelas pessoas com deficincia, seja na famlia, na escola ou
na sociedade. A questo central sempre foi a aceitao, da diferena.
Em cada poca, em funo de crenas, objetivos polticos e
econmicos vimos a forma como essas pessoas que tinham alguma
deficincia era tratada, uns entendiam a morte como salvao, outros
deixavam viver, mas em condies subumanas, por fim seus direitos
nunca foram garantidos e nem eram tidos como membros da sociedade.
Toda essa trajetria nos levou a perceber o quanto essas pessoas eram
segregadas. Porm, com o passar do tempo, elas foram aceitas em
algumas instituies abrigadas, em forma de semi-internato at chegarem
a poder estudar em classes especiais nas escolas comuns. E a partir de
1994, iniciou-se a luta pela incluso social e escolar. Ainda caminhando
pela busca por uma escola onde todos tm benefcios, qualidades econsigam aprender independente de uma condio fsica ou intelectual.
Estamos construindo uma escola que busque ter acesso a todos com
respeito s diferenas, porm dando condio para que se desenvolvam.
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1.8 Leituras recomendadas
MAZZOTTA, Marcos J Silveira.Educao especial no Brasil
historia e polticas pblicas. So Paulo, CORTEZ, 5 Edio 2005.Esta obra mostra toda a trajetria da educao especial no Brasil,
mostrando quais as principais instituies foram a base para o
atendimento educacional das pessoas com deficincia. Com esta
trajetria, tambm mostrado o processo de segregao at a discusso
da diferena entre integrao e incluso.
MENDES, Enicia Gonalves.A radicalizao do debate sobre incluso
escolar no Brasil. Rev. Bras. Educ. v.11 n.33 Rio de Janeiro set./dez.
2006. Disponvel emwww.scielo.br
ROCHA, Marisa Lopes da. Incluso ou excluso? Produo de
subjetividade nas prticas de formao. Disponvel emwww.scielo.br
1.9 Referncias
ARANHA, M.S. Paradigmas da relao da sociedade com as
pessoas com deficincia. Revista do Ministrio Pblico do Trabalho, Ano
XI, no. 21, maro, 2001, pp. 160-173.
GOFFMAN, E. 1988. Estigma: Notas sobre a manipulao da
Identidade Deteriorada. Rio de Janeiro.
GUGEL, Maria aparecida Gugel. Pessoas com Deficincia e o
Direito ao Trabalho. Florianpolis: Obra Jurdica, 2007.
http://www.livrariagalileu.com.br/home/pesquisa.asp?str_pesq=MAZZOTTA%20,%20MARCOS%20J%20SILVEIRA&cmb_pesq=Autor&origem=detalhehttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782006000300002&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782006000300002&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722008000300008&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722008000300008&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782006000300002&lng=pt&nrm=isohttp://www.livrariagalileu.com.br/home/pesquisa.asp?str_pesq=MAZZOTTA%20,%20MARCOS%20J%20SILVEIRA&cmb_pesq=Autor&origem=detalhe5/26/2018 Apostila
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 1
MACEDO, Lino de. Ensaios pedaggicos; como construir uma
escola para todos? Porto
Alegre: Artmed, 2005.
SASSAKI, R.K. Quantas pessoas tm deficincia? Disponvel em
www.educacaoonline.pro.br Acesso 20 jan 2010.
RENDERS, Elizabete Cristina Costa. Tolerncia e incluso das
pessoas com deficincia. Re v i s t a d e E d u c a o d o C o g e i m e,
A n o 16 - n. 30 junho / 2007.
1.10Na prxima unidade
Estudaremos as deficincias sensoriais, para entendermos as
necessidades educacionais, suas caractersticas clnicas e o que est
sendo feito para auxiliar o processo de incluso dessas pessoas.
http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=101:quantas-pessoas-tem-deficiencia&catid=6:educacao-inclusiva&Itemid=17http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=101:quantas-pessoas-tem-deficiencia&catid=6:educacao-inclusiva&Itemid=175/26/2018 Apostila
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DEFICINCIASSENSORIAIS: AUDITIVA
Dificilmente damos o real valor aosnossos sentidos. A audio nos traz informaes
riqussimas que nossos olhos s vezes no percebem,
escutamos a msica, o canto dos pssaros, o som da
buzina, campainha entre outras coisas.
- Como seria no ter este sentido?
Nesta unidade falaremos sobre as pessoas que no
possuem a audio e quais so suas reais necessidades. Aproveite
para dar mais ateno a perfeio dos seus sentidos e aprender a
respeitar queles que no a tem.
Processo de ensino-aprendizagem sabido que cada pessoa aprende de uma forma e tem formas
distintas para conseguir entender melhor e com mais facilidade. As
pessoas com deficincias auditivas tm limitaes sensoriais que podem
ser superadas com o auxlio de uma comunicao diferenciada.
Estudaremos as caractersticas da deficincia auditiva
desmistificando histrias e mostrando que essas limitaes
sensoriais nem sempre esto associadas a problemas intelectuais.
A aprendizagem dessas pessoas necessita de recursos
educacionais, econmicos e tecnolgicos, mas acima de
tudo, de profissionais capacitados.
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Objetivos da sua aprendizagem
O objetivo da unidade II traar um perfil da deficincia auditiva
e de suas necessidades educacionais e sociais.
Voc se Lembra?
Voc se lembra de alguma novela que tinha personagens surdos?
Ou de filmes que retratavam essa realidade? Tem noo de como se
comunicar ou auxiliar qualquer pessoa com essa deficincia?
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2.1 A surdez em questo
Como vimos na unidade I, histria trouxe marcas nas vidas das
pessoas com surdez. Vale lembrar que, na antiguidade,nascer surdo eravisto como uma punio dos deuses, para Aristteles (384-322 a.C) a
falta da audio fazia com que o aprendizado fosse comprometido ou
nem mesmo ocorresse. Para ele, era intil o Estado investir na educao
da pessoa surda, pois o pensamento impossvel sem a palavra.
J na idade mdia, os surdos eram considerados pessoas
impossveis de serem educados, impedidos para o sacerdcio, somente
respeitados juridicamente se falassem e o casamento poderia acontecer
apenas com a permisso do papa.
Porm, houve pessoas na idade moderna como John Bulwer, o
Abade de L`Epee, e o monge beneditino Pedro Ponce de Leon, que
acreditavam na educao das pessoas surdas, chegando a criar escolas eaceitar a comunicao atravs de sinais como uma forma desses se
desenvolverem.
Com todos os avanos feitos pelo Abade de LEpee, na
Alemanha, Samuel Heinike (1778) dirige em Leipzig, uma escola de
ensino exclusivamente oral para surdos, rejeitando todos os outros
mtodos que qualificava de inteis e fraudulentos. Segundo Cabral
(2001), ambos criaram uma polmica quanto aos mtodos de ensino, que
ficaram conhecidos como mtodo francs e mtodo alemo. E para
entendermos um pouco mais das dificuldades enfrentadas pela
comunidade surda, necessrio que se esclarea que, durante mais de
110 anos, os surdos foram impedidos de usarem a lngua de sinais em
locais pblicos e em escolas, pois em 1880, na Itlia, houve o Congresso
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de Milo onde os pases que l estavam decidiram que os surdos
deveriam oralizar para se comunicar.
Foi declarada a superioridade incontestvel da fala para
incorporar os surdos-mudos na vida social, e, foi considerado que, autilizao simultnea dos gestos e da oralidade prejudicial, pois
dificultam a fala, a leitura labial e a preciso das ideias; o Congresso
declarou que o mtodo oral puro era o ideal para a educao dos surdos.
Essas recomendaes foram aceitas por vrios pases como: Alemanha,
Itlia, Frana, Inglaterra, Sucia e Blgica, somente o grupo americano,
liderado por Edward Gallaudet foi contrrio a deciso. Nesse evento dos
255 participantes, s trs tinham surdos.
Com todos os movimentos que estavam ocorrendo, em relao s
pessoas surdas, foi percebida a necessidade de se organizar a educao e
os rumos a serem tomados mundialmente; quanto comunicao das
pessoas com surdez, foi fundada a Federao Mundial de Surdos (WFD)
em Roma, 1951.
Com os estudos feitos em 1967 por Roy Holcomb, introduz-se a
expresso Total Communication como filosofia de comunicao e no
como um mtodo, associados novamente a oralidade e sinais. Porm,
somente na dcada de 90, inicia-se a discusso de uma educao
bilngue.
2.1.1Caractersticas clnicas da surdez
A audio medida em decibis (db), que a unidade de medida
referente a intensidade de sons. Uma audio normal est entre 0 e 25db
e quanto maior for o nmero de decibis maior ser a perda auditiva.
O perodo de aquisio da linguagem fundamental para a
organizao dos atendimentos as crianas surdas. A aquisio est
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dividida em pr-lingual, ou seja, ocorreu antes da aquisio da
linguagem ou ps-lingual,depois da aquisio da linguagem. Saber esses
dados auxilia na organizao das formas de comunicao, oral ou
gestual.A surdez pode ser dividida em dois grandes grupos:
congnitas: o indivduo j nasceu surdo.
adquiridas: indivduo perde a audio no decorrer da sua vida.
A deficincia auditiva, a surdez, pode ter origens ou causas
diversas, tais como:
Causas pr-natais (antes do parto): hereditrias, malformaes
congnitas adquiridas pelo embrio, devido a infeces virais ou
bacterianas intrauterinas (ex.: rubola, sarampo, sfilis, citamegalovirus,
herpes simplex, toxoplasmose), intoxicaes intrauterinas (ex.: quinino,
lcool, drogas), alteraes endcrinas (ex.: patologias da tiride,
diabetes), carncias alimentares (ex.: vitamnicas), agentes fsicos (ex.:
raios X);
Causas peri-natais (durante o parto): traumatismos obsttricos
(ex.: hemorragias do ouvido interno ou nas meninges), anxia,
incompatibilidades sanguneas (do factor RH que podem provocar danos
no sistema nervoso central);
Causas ps-natais (depois do parto e no decurso da vida doindivduo): doenas infecciosas, bacterianas (ex.: meningites, otites,
inflamaes agudas ou crnicas das fossas nasais e da naso-faringe),
virais (ex.: encefalites, varicela), intoxicaes (ex.: alguns antibiticos,
cido acetilsaliclico, excesso de vitamina D que pode provocar leso
com hemorragia ou infiltrao calcria nas artrias auditivas), trauma
acstico (ex.: exposio prolongada a rudos nos locais de trabalho ou em
recintos de diverso; sons de elevada intensidade e de curta durao, tais
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como: nas exploses e na caa; diferenas de presso, como no caso dos
mergulhadores). E muitas das causas ainda continuam sendo
desconhecidas.
As caractersticas da surdez dependem do tipo da gravidade doproblema que a causou, pode ser de grau leve, moderada, severa e
profunda. No grau leve, as pessoas nem se do conta que ouvem menos,
e tendem a aumentar progressivamente a intensidade da voz. Quando a
surdez passa de moderada para severa, a dificuldade do deficiente
aumenta. As palavras se tornam abafadas e mais difceis de entender,
principalmente em salas com rudos ou eco. Fica difcil ouvir at uma
campainha ou o telefone tocar. Quem tem surdez profunda deve ser
tratado desde o nascimento para perceber vrios sons ambientes, com o
tempo, possvel que aprenda a reconhecer sons da palavra falada.
GRAUS DA SURDEZ
Leve 20 a 40 db Dificuldade para ouviro som do tic-tac do
relgio, ou uma
conversao silenciosa
(cochicho).
Moderada 40 a 70 db Dificuldade para ouviruma voz fraca, o canto
de um pssaro,
participar de
discusses em sala.
Usa AASI (aparelho
de amplificao
sonora individual).
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Severa 70 a 90 db Dificuldades paraouvir o telefone
tocando ou rudos das
mquinas de escrever
num escritrio.
Profunda Acima de 90 db Dificuldades paraouvir o caminho, som
na discoteca, o rudo
de um avio
decolando.
De acordo com dados estatsticos da Organizao Mundial de
Sade (O.M.S), 1,5% da populao dos pases em desenvolvimento tm
problemas relativos audio, 42 milhes de pessoas acima de 3 anos de
idade so portadoras de algum tipo de deficincia auditiva (OMS) e a
surdez em seus diversos graus atinge 10% da populao mundial (OMS).
No Brasil, os dados do censo de 2005 mostram que: 5,7 milhes
de brasileiros tem deficincia auditiva, 500 mil esto na faixa etria entre
0 e 17 anos, 70 mil (14%) ensino fundamental e mdio, em 2005, e 1000
estudam nas universidades, sendo 974 nas univ. privadas.
Portanto, j que conhecemos clinicamente a surdez, vamos
continuar nossos estudos, agora quanto comunicao.
2.1.2As filosof ias de comunicao para a surdez
A comunicao sempre foi o centro das discusses referentes s
pessoas com surdez, desde a antiguidade at a atualidade, isso porque a
comunicao a base dos relacionamentos humanos.
As lnguas surgem pela comunicao e interao de um
determinado grupo de pessoas, podendo ser oral ou atravs dos sinais.
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Ambas possuem estruturas que possibilitam segundo Brito (2008), [...] a
expresso de qualquer conceito - descritivo, emotivo, racional, literal,
metafrico, concreto, abstrato - enfim, permitem a expresso de qualquer
significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do serhumano.
Tivemos a era que o enfoque estava na fala, depois na oralidade
com sinais e por ultimo o entendimento do bilinguismo.
O oralismo foi a filosofia
precursora na educao dos surdos no
mundo. A crtica central a esse
mtodo que, ele enfatiza que,
somente aps a aquisio da lngua
oral, os surdos seriam capazes de se
desenvolver, tanto social quanto
academicamente.
A finalidade desta comunicao a fala, para que ela se
desenvolva, utiliza-se de trs procedimentos para esse aprendizado:
treinamento auditivo, leitura labial e aparelho de amplificao sonora
individual (AASI).
O mtodo oralista, objetiva levar o surdo a falar e a desenvolvercompetncia lingustica oral, o que lhe permitiria desenvolver,
emocionalmente, socialmente e cognitivamente do modo mais normal
possvel, integrando-se como um membro produtivo ao mundo dos
ouvintes.
Para Quadros (1997, p.21) [...] a proposta oralista fundamenta-se
na recuperao da pessoa surda, chamada de deficiente auditiva. O
oralismo enfatiza a lngua oral em termos teraputicos.
FIG.11AERA DA ORALIDADE
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Capovilla (2001, p.102) define que: O mtodo oralista objetiva
levar o surdo a falar e a desenvolver competncia lingustica oral, o que
lhe permitiria desenvolver-se emocional, social e cognitivamente do
modo mais normal possvel, integrando-se como um membro produtivo
ao mundo dos ouvintes.
FIG12.COMUNICAO TOTAL
Essa filosofia teve sua expanso no sculo XX, com o declnio
do oralismo, teve muitas dificuldades no processo de integrao dos
surdos, pois havia grandes dificuldades para essas pessoas nas esferaslingustica e cognitiva, alm de no poderem usar sua lngua natural, os
sinais. Talvez, a contribuio mais importante da Comunicao Total
tenha sido a mudana na concepo do surdo, pois antes, o cerne da
questo era a deficincia e o deficiente, agora, estudamos a pessoa, de
acordo com Ciccone (1996 apud Muntaner, 2003, p.58) [...] filosofia
educacional entende o surdo como uma pessoa, e a surdez como uma
marca, cujos efeitos adquirem, inclusive, as caractersticas de um
fenmeno com significaes sociais.
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CONEXOPara melhor entender as diferenas entre o oralismo e a
comunicao total, assista ao filme Filhos do Silncio(1986).
O filme foi estrelado por James (William Hurt),que um professor de linguagem oral para
surdos, e gosta de usar mtodos poucoconvencionais. Ele vai trabalhar numa escolapara surdos, que se comunicam com lngua
de sinais. Ele conhece Sarah (Marlee Matlin),uma mulher surda, triste e fechada que
continua frequentando o lugar apesar de j terse formado. James tenta se aproximar da
jovem e descobre seu medo do mundo.Nestefilme mostrado tcnicas para o treino dalngua oral e o uso da comunicao total, oprofessor que usa sinais simultaneamente
com a fala.
Para Quadros (1997), esse
tipo de sistema inadequado,
pois desconsidera a estruturalingustica da lngua de
sinais e desestrutura o
portugus.
Para Freeman,
Carbin e Boese (1999,
p.171):
A Comunicao
Total implica em que a
criana com surdez
congnita seja introduzida
precocemente em um sistema de smbolos
expressivos e receptivos, os quais ela aprender a manipular
livremente e por meio dos quais poder abstrair significados ao
interagir irrestritamente com outras pessoas. A Comunicao Total
inclui todo o espectro dos modos lingsticos: gestos criados pelas
crianas, lngua de sinais, fala, leitura oro-facial alfabeto manual,
leitura e escrita [...] incorpora o desenvolvimento de quaisquer
restos de audio para a melhoria das habilidades de fala ou deleitura oro- facial, atravs [...] de aparelhos auditivos individuais
e/ou sistemas de alta fidelidade para amplificao em grupo.
A comunicao total, talvez, no tenha atingido seus objetivos,
porque a criana / pessoa com deficincia auditiva, exposta a essa
filosofia educacional, no consiga adquirir uma ampla compreenso ou
da lngua falada ou dos sinais, o que dificulta seu desenvolvimento
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acadmico. Para Behares (1993) e Marchesi (1987), ela beneficia mais os
familiares e os professores ouvintes e no o surdo.
At chegarmos nessa filosofia dobilinguismo, muito se discutiu at entender
que os gestos tm caractersticas de uma
lngua, com estrutura prpria e que se
desenvolvia. No eram movimentos
aleatrios e sim uma lngua estruturada
como qualquer outra, a principal diferena
estava no canal de comunicao, nas
lnguas de sinais so: a visual e a espacial, enquanto as lnguas orais so:
a oral e a auditiva.
O bilinguismo foi estudado e relatado, em pesquisas, quanto
complexidade lingustica da lngua de sinais na dcada de 60, por Stokoe.
Nessa poca, tem-se como lngua primeira, materna, para o surdo, a
lngua de sinais. Assim, o idioma do pas passa a ser o segundo cdigo de
comunicao desse indivduo. Nessa, proposta, a criana surda exposta
no contexto escolar s duas lnguas. O objetivo central perceber essa
pessoa enquanto cidado que faz parte de uma comunidade surda com
uma cultura prpria.A educao bilngue pressupe que o desenvolvimento cognitivo,
afetivo, sociocultural e acadmico das crianas surdas no depende,
necessariamente, da audio, mas do desenvolvimento espontneo da sua
lngua. A lngua de sinais propicia o desenvolvimento lingustico e
cognitivo da criana surda, facilita o processo de aprendizagem de lngua
oral, serve de apoio para leitura e compreenso de textos e favorece a
produo escrita.
FIG.13ORECONHECIMENTO DA LNGUA MATERNA-BILINGISMO
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A compreenso que se tem que, a educao bilngue, no pode
ser vista apenas como um ponto de chegada, mas sim como um ponto de
partida, cuja perspectiva poltica reflita as condies socioeconmicas,
lingusticas e culturais dos prprios surdos. uma proposta que precisaser construda com a comunidade surda, para que os projetos poltico
pedaggicos de educao bilngue no se restrinjam apenas
implantao de escolas, mas que possam aprofundar e criar, de forma
massiva, as condies de acesso a la lengua de senas y a la segunda
lengua, a la identidad personal y social, a la informacin significativa, al
mundo del trabajo y a cultura de los sordos. (Skliar, 1997, p.7)
Hoje no Brasil, temos atendimentos especficos educacionais para
a rea da surdez. A L. D. B (Lei de Diretrizes e Bases) descreve auxlios
especializados para surdos: a LIBRAS (Lngua Brasileira de Sinais),
intrprete de LIBRAS, instrutor de LIBRAS e ensino da lngua
Portuguesa para surdos. Destaca tambm a importncia do instrutor de
LIBRAS, de preferncia surdo e com escolaridade concluda.
Outro tipo de recurso utilizado para auxiliar na insero do surdo
na classe comum a presena do Professor Intrprete, que, segundo a
Res. CNE/CEB n 2 (11/09/01), [...] so profissionais especializados
para apoiar alunos surdos, surdocegos e outros que apresentem srios
comprometimentos de comunicao e sinalizao. Ainda podemos citaruma definio mais completa para professor intrprete, encontrada nas
publicaes da SEESP/MEC (2005) [...] profissional bilnge (lngua de
sinais e lngua portuguesa) que atua na interpretao/ traduo dos contedos
curriculares e atividades acadmicas, envolvidas na escola. Sua funo principal
a de permitir o acesso s informaes veiculadas, principalmente, em sala de
aula, no mesmo nvel e complexidade que as recebem os demais alunos.
Porm, todas essas mudanas foram possveis porque o Brasil
reconheceu a lngua brasileira de sinais (LIBRAS) atravs da lei n.
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CONEXO
Assista ao filme O som dosilncio disponvel em
www.youtube.comEste material mostra como lidar
com a diferena e uma dica parser trabalho nas escolas
regulares, falando sobre aincluso dos surdos.
10.436, de 24 de abril de 2002, sancionada pelo Presidente Fernando H.
Cardoso, mas nesta lei tambm consta que o surdo deve ler e escrever na
lngua oficial do pas, a lngua portuguesa. Ento passamos a ter o surdo
como um indivduo bilngue que tem a lngua materna L1 (LIBRAS) e aL2 (lngua portuguesa).
Perceber a necessidade e importncia da lngua portuguesa pode
ser o primeiro passo para o surdo, iniciar sua aprendizagem nesse idioma.
A insero no mercado de trabalho, leituras de
revistas, jornais, receitas de bolo, cartas, emails,
bula de remdio, enfim, o mundo que o rodeia
na forma escrita da lngua do pas, no caso do
Brasil, a LP. A escrita deve ser incorporada a
uma tarefa necessria e relevante para a vida
(Vygotsky, 1984, p.133)
2.2 Reflexo
Nessa unidade o objetivo foi mostrar um pouco da deficincia
auditiva, suas causas, e necessidades mais elementares.
Apresentar as formas de comunicao existentes para a rea da
surdez, lngua oral e lngua de sinais, e evidenciar que uma lngua noimpede a outra de se desenvolver e que atravs da lngua de sinais o
surdo consegue participar na integra do contexto escolar e social.
Conhecendo um pouco desse universo, fica mais simples de perceber
que, essas pessoas tm total condio de estarem inseridas na sociedade
desde que suas necessidades especficas sejam respeitadas.
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2.3 Leituras recomendadas
CAVALCANTI, M.C. Estudos sobre educao blingue e
escolarizao em contexto de minorias lingsticas. DELTA, 1999,vol.15, no.spe, p.385-417. ISSN 0102-4450. Disponvel em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
44501999000300015&lng=pt&nrm=iso
Este texto muito rico e deve ser lido por todos, pois fala da
diversidade de lnguas, dialetos que encontramos no Brasil sendo que
muitas vezes acreditamos morar em um pas monolngue, que somente
fala a lngua portuguesa. A autora professora da UNICAMP faz
vrios estudos na rea de lngua estrangeira.
2.4 Referncias
BUENO, J.G.S. Surdez, linguagem e cultura. Cad. CEDES vol.19
n46, Campinas set, 1998.
CAPOVILLA. F.C. Filosofias educacionais em relao ao surdo:
do oralismo comunicao total ao bilinguismo. Revista Brasileira de
Educao Especial, v.6, n.1, p. 99-116, 2000.
LACERDA, C.B.F. Um pouco da histria das diferentes
abordagens na educao dos surdos. So Paulo, 1996.
LODI, A.C.B. Plurilinguismo e surdez: uma leitura bakhtiniana da
historia da educao de surdos. Educao e Pesquisa, So Paulo, v.31,
n.3, p.409-429 set/dez.2005.
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QUADROS, R.M.de. Idias para ensinar portugus para alunos
surdos. Braslia: MEC, SEESP, 2006.
2.5 Na prxima unidade
Estudaremos a deficincia visual, para entendermos as
necessidades educacionais, suas caractersticas clnicas e o que est
sendo feito para auxiliar o processo de incluso destas pessoas.
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DEFICINCIASSENSORIAIS: VISUAL
Dificilmente damos o real valor aosnossos sentidos. Atravs da viso temos a
possibilidade de ver a cor do cu, o sorriso, as
expresses humanas, enfim, tudo o que nos rodeia.
Daria para imaginar a ausncia desse sentido e
como conseguiramos viver?
Talvez valha a pena citar Helen Keller, que escreveu um
texto chamado Trs dias para ver:
Vrias vezes pensei que seria uma beno se todo ser humano,
de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida
adulta. As trevas o fariam apreciar mais a viso e o silencio lhe
ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para
descobrir o que eles vem. H pouco tempo perguntei a uma amiga que
voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. Nada de
especial, foi resposta.
Como possvel, pensei, caminhar durante uma hora pelosbosques e no ver nada digno de nota? Eu, que no posso ver,
apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me
interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as
mos pela casca lisa de uma btula ou pelo tronco spero
de um pinheiro. Na primavera, toco os galhos das
rvores na esperana de encontrar um boto, o
primeiro sinal da natureza despertando aps o
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sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente
a mo numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pssaro cantando.
[...] Eu, que sou cega, posso dar uma sugesto queles que vem:
usem seus olhos como se amanh fossem perder a viso. E o mesmo seaplica aos outros sentidos. Oua a msica das vozes, o canto dos
pssaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanh
fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanh perdessem o
tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se
amanh no mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao mximo todos
os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo
lhes revela pelos vrios meios de contacto fornecidos pela natureza.
Nesta unidade falaremos sobre as pessoas que no possuem a viso
e quais so suas reais necessidades. Aproveite para dar mais ateno a
perfeio dos seus sentidos e aprender a respeitar queles que no a tem.
Processo de ensino-aprendizagem
sabido que, cada pessoa aprende de uma forma, existem formas
distintas para conseguir entender melhor e com mais facilidade. As
pessoas com deficincias visuais tm limitaes sensoriais que podem ser
superadas com o auxlio de uma forma de escrita distinta e leitura que
passa pelas pontas dos dedos.
Estudaremos as caractersticas da deficincia visual,
desmistificando histrias e mostrando que essas limitaes sensoriais,
nem sempre esto associadas a problemas intelectuais. A aprendizagem
dessas pessoas necessita de recursos educacionais, econmicos e
tecnolgicos, mas acima de tudo, de profissionais capacitados.
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Objetivos da sua aprendizagem
O objetivo da unidade III traar um perfil da deficincia visual e
de suas necessidades educacionais e sociais.
Voc se lembra?
Voc se lembra de alguma novela que tinha personagens cegos?
Ou de filmes que retratavam esta realidade? Tem noo de como auxiliar
qualquer pessoa com esta deficincia?
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3.1 A deficincia visual
A estrutura e o funcionamento do
olho so complexos e fascinantes. O olhoajusta constantemente a quantidade de
luz que deixa entrar, foca os objetos
prximos e distantes e gera imagens
contnuas que instantaneamente so
transmitidas ao crebro. considerado cego quele que, apresenta desde ausncia total de
viso at a perda da percepo luminosa. Na medicina duas escalas
oftalmolgicas estabelecem a existncia de dois grupos de deficientes
visuais: acuidade visual (ou seja, aquilo que se enxerga a determinada
distncia) e campo visual (a amplitude da rea alcanada pela viso).
O termo cegueira no significa total incapacidade para ver,poderemos encontrar pessoas com vrios graus de viso residual.
Engloba prejuzos dessa aptido a nveis incapacitantes para o exerccio
de tarefas rotineiras.
Uma pessoa considerada cega se corresponde a um dos critrios
seguintes: a viso corrigida do melhor dos seus olhos de 20/200 ou
menos, isto , se ela pode ver a 20 ps (6 metros), o que uma pessoa de
viso normal pode ver a 200 ps (60 metros), ou se o dimetro mais largo
do seu campo visual subentende um arco no maior de 20 graus, ainda
que sua acuidade visual nesse estreito campo possa ser superior a 20/200.
Esse campo visual restrito muitas vezes chamado "viso em tnel" ou
"em ponta de alfinete", e a essas definies chamam alguns "cegueira
legal" ou "cegueira econmica".
FIG.14OOLHO
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Nesse contexto, caracteriza-se como indivduo com viso
subnormal aquele que possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala
mtrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50. Pedagogicamente,
delimita-se como cego aquele que, mesmo possuindo viso subnormal,necessita de instruo em Braille (sistema de escrita por pontos em
relevo) e como possuidor de viso subnormal aquele que l tipos
impressos ampliados ou com o auxlio de potentes recursos pticos.
Por representar a perda de um dos sentidos mais teis no
relacionamento do homem com o mundo, cegueira considerada uma
deficincia grave, que pode ser amenizada por tratamento mdico e
reeducao. Em qualquer processo, a viso das cores a primeira
sensao visual a ser comprometida e a ltima a ser recuperada.
As causas mais frequentes da cegueira
so: catarata (causa mais frequente e pode
ser curada com cirurgia); infeco (causa
mais comum e evitvel); diabetes (uma das
causas mais freqentes pode-se evitar
atravs do controle da doena e o
tratamento com laser atrasa a perda de
viso); degenerescncia macular (afeta aviso central, no a perifrica. Pode ser evitada e tratada em menos de
10% das pessoas) e glaucoma (pode-se tratar muito bem, se tratado a
tempo, no deve conduzir cegueira).
FIG.15CRIANA COM CEGUEIRA
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VISO NORMAL
PERDA DA VISO CENTRAL (EX:DMRI,STARGARDT)
PERDA DA VISO PERIFRICA
PERDA DIFUSA DE CAMPO VISUAL (EX:RETINOPATIA (EX:GLAUCOMA,RETINOSE PIGMENTRIA)
DIABTICA)
DIMINUIO GLOBAL DA SENSIBILIDADE (CATARATA)
FIG.16COMO NS VEMOS
FONTE:LMCDISPONVEL EM WWW.LMC.ORG.BR/BV.HTM
http://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htmhttp://www.lmc.org.br/bv.htm5/26/2018 Apostila
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CONEXOVamos assistir ao filme A primeira
vista, que retrata a vida de um jovemcego Virgil (Val Kilmer), que atravs deuma cirurgia volta a enxergar. Veremoseste jovem no trabalho, na sociedade,
no amor e no seu dia-a-dia. Poderemostambm pensar sobre a quem a
deficincia incomoda ao deficiente ou aquem esta ao seu lado. No filme a
namorada a Amy (Mira Sorvino), quepassara por este drama.
3.2 Baixa viso
A Organizao Mundial de Sade
(OMS) considera baixa viso (ou viso subnormal)
o comprometimento do funcionamento visual em ambos os olhos, mesmo
aps correo de erros de refrao comuns com uso de culos, lentes de
contato ou cirurgias oftalmolgicas.
Trata-se de uma definio tcnica e quantitativa. Baixa viso
para quem tem uma acuidade visual menor que 0,3 (Snellen), at a
percepo de luz ou, um campo visual menor que 10 graus do ponto de
fixao.
FIG.17SNELLEN.
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Os principais indcios relacionados deficincia visual so:
constante irritao ocular, excessiva aproximao junto ao rosto para ler
ou escrever, dificuldade para leitura distncia, esforo visual,
inclinao da cabea para tentar enxergar melhor, dificuldade deenxergar pequenos obstculos no cho, nistagmo (olho constantemente
trmulo), estrabismo ou dificuldade de enxergar em ambientes claros.
Mdicos especialistas em viso subnormal, estimam que os casos de
deficincia visual possam ser reduzidos em at 30%, caso sejam adotadas
todas as medidas preventivas e eficientes nas reas de educao e sade.
A baixa viso de acordo com a Organizao Mundial de Sade
usa as seguintes classificaes de deficincia visual, baseado sempre no
melhor olho com a melhor correo possvel com uso de culos:
Existem tambm niveis de deficiencia visual baseados na perda do
campo visual ( perda da viso perifrica). Nos Estados Unidos, qualquer
20/30 a 20/60 Considerado leve perda de viso ou prximo da viso
normal;20/70 a 20/160 Considerada baixa viso moderada, baixa viso
moderada;
20/200 a 20/400 Considerado grave deficincia visual, baixa viso
grave;
20/500 a 20/1000 Considerado viso profunda, baixa viso profunda;
Inferior a 20/1000 Considerado quase total deficiencia visual, cegueira
total ou quase;
Nenhuma
Percepo da luz
Considerado cego total.
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pessoa com a viso que no possa ser corrigida para melhorar de 20/200
no melhor olho, ou tenha 20 graus de diametro ou menos de campo
visual considerado legalmente cego ou elegiveis para a deficiencia e
classificao possivel na incluso de certos programas governamentais.As pessoas com baixa viso ou cegueira necessitam de recursos pticos e
no somente para poderem ler e escrever. Podemos citar como recursos
opticos: culos com lentes especiais, telescpios, lupas manuais de apoio
ou eletrnica que possibilitam o aumento da imagem para facilitar sua
identificao.
Os recursos no pticos so aqueles que melhoram o dsempenho da
pessoa com viso subnormal sem a utilizao de lentes, como impressos
(livros e revistas) e materiais (caneta, baralho, teclado do computador)
ampliados de alto contraste. Iluminaes adequadas, escritas em Braille,
lentes filtrantes; chapu e viseira tambm so considerados recursos no
pticos.
RECURSO PARA BAIXA VISO
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RECURSO PARA BAIXA VISO
MAQUINA BRAILLE
J conhecemos um pouco da deficincia visual e da baixa viso,
os recursos tecnolgicos e a acessibilidade sero abordados nas prximas
unidades.
REGLETE E PUNO
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CONEXOAssista ao filme A cor do paraso
Filho espera o pai vir busc-lo para asfrias, numa escola especial para
crianas cegas. O pai, no entanto ficarelutante em lev-lo para casa, porpensar que isso poder atrapalhar
suas pretenses de se casar de novo.Filme iraniano com fotrografias
perfeitas e uma historiamemocionantes.
3.3 Reflexo
Nesta unidade o objetivo foi mostrarum pouco da deficincia visual, mostrando
suas causas, e necessidades mais
elementares.
Para os deficientes visuais os materiais so
imprescindveis para estes perceberem o mundo
atravs do tato. Conhecendo um pouco deste universo, fica mais simples
de perceber que essas pessoas tm total condio de estarem inseridas na
sociedade, desde que suas necessidades especificas sejam respeitadas.
3.4 Referncias
AMIRALIAN, Maria Lucia Toledo Moraes. Deficincia Visual -
Perspectivas na Contemporaneidade. So Paulo, Vetor, _____.
MASINI, E. F. S. O Perceber e o Relacionar-se com o Deficiente
Visual. Braslia: Corde, 1994.
____________. Pessoa com Deficincia Visual - Um livro para
educadores. So Paulo, Vetor,_______.
MARUYAMA, A. T; SAMPAIO, P.R.S; REHDER,J.R.L.
Percepo dos professores da rede regular de ensino sobre os problemas
visuais e a incluso de alunos com baixa viso. Rev. bras.Oftalmol. vol.68 no.2 Rio de Janeiro mar./abr. 2009 Disponvel em
www.scielo.br
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802009000200002&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802009000200002&lng=pt&nrm=iso5/26/2018 Apostila
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NUERNBERG, Adriano Henrique. Contribuies de Vigotski para
a educao de pessoas com deficincia visual. Psicol.
estud. v.13 n.2 Maring abr./jun. 2008 Disponvel emwww.scielo.br
3.5 Na prxima unidade
Estaremos estudando as deficincias fsicas, para entendermos as
necessidades educacionais, suas caractersticas clnicas e o que est
sendo feito para auxiliar o processo de incluso destas pessoas.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722008000200013&lng=pt&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722008000200013&lng=pt&nrm=iso5/26/2018 Apostila
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DEFICINCIA FSICA
Andar, correr, saltar, andar debicicleta, pular, nadar tantas as atividades que
dependemos de nossos membros superiores e
inferiores, que nem nos damos conta.
A mdia nos mostra o belo, a perfeio, corpos
perfeitos o tempo todo e ainda impe padres sobre o que
belo. As pessoas com deficincia fsica fogem a esse padro e
nossos olhos cobram isso destas pessoas, vemos a ausncia de um
membro e nos parece o fim; ignoramos muitas vezes que dentro
daquele corpo, mesmo com suas limitaes, tem qualidades,
capacidades e habilidades.
Nesta unidade pensaremos, conheceremos este universo dasdeficincias fsicas e iniciaremos uma percepo quanto ao belo, que
passa pelo que somos e no por nossa aparncia.
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Processo de ensino-aprendizagem
Vamos iniciar, agora, um assunto muito importante. Est
relacionando a populao que cresce muito em nosso pas e em todo
mundo. Talvez vocs pensem que o nmero seja insignificante, porm, a
Deficincia Fsica (DF) ou Motora est em primeiro lugar entre todas as
deficincias em incidncia na populao brasileira, uma vez que o
nmero cresce pelo aumento de acidentes de carro e uso de armas
brancas e de fogo. Claro que todo nosso contexto em torno da busca por
uma sociedade mais justa, humana e democrtica, e que acima de tudo,acredite na incluso ou no termo que mais utilizo: diversidade humana.
Objetivos da sua aprendizagem
O objetivo da unidade III traar um perfil das deficincias
fsicas e suas necessidades educacionais e sociais.
Voc se lembra?
Voc se lembra de ter quebrado a perna ou o brao e ter
necessitado de ajuda constante por um determinado tempo? E o quanto
isso tirou sua liberdade e privacidade? Este exemplo foi por um tempo,mas e as pessoas com deficincia fsica, que passam uma vida em
cadeiras de rodas, camas totalmente dependentes? Pense sobre isso...
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CONEXO
Vamos assistir a um vdeoApenas diferentes. Disponvelemwww.dominiopublico.gov.brRefletia sobre esta deficincia
que marcada pela forma
como ns encaramos o quefoge a regra, tem uma forma
diferente.
4.1 Pensando sobre deficincia motora
Por vez limitamos uma pessoa pelo que vemos, esquecemos que
essa pessoa mesmo com uma deficincia ou comprometimento fsicoacentuado, possui desejos, sonhos e habilidades.
O nmero de pessoas com deficincia fsica (DF) ou motora est
entre os primeiros lugares entre todas as deficincias em incidncia na
populao brasileira, uma vez que o nmero cresce pelo aumento de
acidentes de carro e uso de armas brancas e de fogo.
Mas, quando consideramos uma pessoa com deficincia fsica?
Segundo o Ministrio da Educao (MEC) a
definio de deficincia fsica o
Comprometimento do aparelho
locomotor que compreende o sistema
osteoarticular, o sistema muscular e o
sistema nervoso. As doenas ou leses que
afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou
em conjunto, podem produzir quadros de limitaes fsicas de grau
e gravidade variveis, segundo(s) segmentos(s) corpora(is)
afetado(s) e o tipo de leso ocorrida (2004).
Porm, no decreto n 3.298/99, encontra-se o conceito de
deficincia e de deficincia fsica da seguinte forma:
Art. 3: - Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - Deficincia toda perda ou anormalidade de uma estrutura oufuno psicolgica, fisiolgica ou anatmica que gere incapacidade
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=20275http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=20275http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=20275http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=202755/26/2018 Apostila
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para o desempenho de atividade, dentro do padro considerado
normal para o ser humano;
Art. 4: - Deficincia Fsica alterao completa ou parcial de
um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da funo fsica, apresentando-se sob a forma de
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia,
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
amputao ou ausncia de membro, paralisia cerebral, membros
com deformidade congnita ou adquirida, exceto as deformidades
estticas e as que no produzam dificuldades para o desempenho
de funes.
Atualmente pensamos a deficincia com relao funcionalidade
que tambm uma forma de definio,
[...] terminologia deficincia fsica bem como a funcionalidade e
participao social desta pessoa, entendendo que suas restries
no so somente impostas pela condio fsica (alterao da
estrutura e funo do corpo biolgico), mas os aspectos
psicolgicos, educacionais e sociais tambm determinam
possibilidades e impedimentos de desenvolvimento de habilidades
e de incluso do aluno com deficincia (BRASIL, 2007).
Ou seja, O comprometimento da
funo fsica poder acontecer quando
existe a falta de um membro (amputao),
sua malformao ou deformao
(alteraes que acometem o sistemamuscular e esqueltico) (BERSCH; MACHADO, 2007, p.22).
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A nfase na palavra deficincia trs consigo a marca, a ideia da
perda de uma das funes, fsica, psicolgica ou sensorial. Entretanto,
pode-se ter uma deficincia, sem que, obrigatoriamente, isso signifique
incapacidade, que poder ser minimizada quando o meio lhe possibilitaracessos mais diversos. A conceituao da deficincia serve, portanto,
para definirmos polticas de atendimentos, recursos materiais, condies
sociais e escolares (BRASIL, 2007, pg.21).
Falar em incluso de pessoas com deficincia passa,
primeiramente, por uma questo de linguagem, de como nos referimos s
pessoas com algum tipo de sequela.
A questo to importante que Sassaki (2001) fez um estudo
sobre como as pessoas e os meios de comunicao comumente se
referem s pessoas com deficincia, mostrando a trajetria ocorrida no
Brasil quanto aos termos utilizados.
Observe o quadro abaixo, que foi organizado a partir da pesquisa
de Sassaki (2006).
poca Termos e significados Valor da pessoa
Incio da histriapor sculos.Os invlidos
Pessoa sem valor, e
mesmo no sculo XX,
usava-se esse termo,porm sem nfase no
pejorativo.
Socialmente intil
peso morto, um
fardo para a famlia,sem valor
profissional.
Sculo XX at1960.
Os incapacitados
Pessoa sem capacidade
e depois pessoa com
capacidade residual.
Ainda as pessoas
eram vistas como
incapazes em todos
os aspectos fsico,
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social, psicolgico e
profissional,
independente de qual
fosse sua deficincia. 1960 at 1980.crianas efeituosas
Em 1950 foi criada a
Associao de
Assistncia a Criana
Defeituosa (AACD),que depois passou a
ser Associao de
Assistncia a Criana
Deficiente (AACD) e
tambm foram
fundadas vrias
Associaes de Pais e
Amigos dos
Excepcionais (APAE)
pelo pas.
Pessoa com
deformidade.
Os deficientes se
referiam as pessoas com
deficincia fsica, mental,
auditiva, visual e
mltipla.
Os excepcionais,
pessoa com deficincia
mental.
Focalizava a
deficincia, porm
sem fazer
comparao com as
pessoas sem
deficincia.
1981 a 1987Em 1981 foi
proclamado pelas
Naes
Unidas Ano
Internacional das
Pessoas Deficientes.
Pessoas deficientes, osubstantivo deficiente
passou a ser utilizado
como adjetivo acrescido
de pessoas.
Igualdade de direitose dignidade como
qualquer outra
pessoa.
1988 a 1993 Pessoa portadora de
deficincia, usado em
O termo portador de
deficincia era como
5/26/2018 Apostila
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Educao Diversidade no Ensino e na Aprendizagem das Pessoas com Necessidades Especiais Unidade 4
pases de lngua
portuguesa para substituir
pessoa deficiente.
se a deficincia
tivesse sido agregada
pessoa. Foram
utilizados em leis,documen