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Aula 00 RETA FINAL - Questões Comentadas de Direito Administrativo p/ TCU - Técnico Professor: Erick Alves 00000000000 - DEMO

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Aula do curso estratégia muito boa com conteúdo pro concuro do STJ, uperior tribunal de justiça federal da união.

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  • Aula 00

    RETA FINAL - Questes Comentadas de Direito Administrativo p/ TCU - Tcnico

    Professor: Erick Alves

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  • Direito Administrativo para TEFC/TCU 2015

    Questes comentadas

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    Ol pessoal!

    com grande satisfao que lano este curso de questes comentadas de Direito Administrativo direcionado para o concurso de Tcnico Federal de Controle Externo (AUFC) do Tribunal de Contas da Unio (TCU).

    O objetivo deste curso disponibilizar um material de qualidade, em linguagem clara e objetiva, formatado para orientar uma preparao pr-edital, a fim de que voc possa estudar com antecedncia e otimizar seu tempo de estudo.

    Mas antes de passar as demais caractersticas do material, vou me apresentar. Meu nome Erick Alves, Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio (concurso de 2007 6 colocado), formado na turma de 2003 da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde obtive o 1 lugar no curso de formao de oficiais de Intendncia do Exrcito Brasileiro. Possuo mais de 10 anos de experincia no dia-a-dia da Administrao Pblica, lidando, na prtica, com vrios assuntos prprios do Direito Administrativo, tanto na rea de gesto como na de controle. Alm disso, desde 2012 integro a equipe do Estratgia Concursos, ministrando cursos de controle externo e discursivas, sempre com tima avaliao dos alunos. Em 2014, passei tambm a elaborar cursos de Direito Administrativo focados nos concursos de alto nvel, como o do TCU. com essa experincia que espero ajud-lo (a) a alcanar a to sonhada aprovao!

    Ressalto que este ser um curso de questes comentadas.

    Obviamente, a preferncia ser por questes do Cespe, banca que tradicionalmente organiza os concursos para o TCU. Porm, em determinados assuntos, a fim de fixar o aprendizado de tpicos especficos, utilizarei exerccios de outras organizadoras, principalmente ESAF e FCC, responsveis por outros grandes concursos, com nvel de dificuldade semelhante ao do TCU.

    Procurarei, sempre que possvel, selecionar e comentar questes recentes, de 2012 em diante. Eventualmente, porm, veremos questes mais antigas que possam ajudar na compreenso dos tpicos. Ato todo, teremos mais de 400 questes comentadas ao longo de 5 aulas.

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    Para facilitar a reviso da matria, todas as aulas do curso sero finalizadas com um Resumo do contedo, na forma de tpicos e esquemas.

    Caso reste alguma dvida em relao ao contedo que no tenha sido esclarecida na aula, no hesite em post-la no frum de dvidas. A possibilidade de interao com o professor um dos diferenciais dos cursos em PDF; portanto, no deixe de utilizar essa importante ferramenta!

    O curso ser desenvolvido em 5 aulas, mais a demonstrativa, de acordo com o cronograma apresentado a seguir, o qual seguirei com a maior fidelidade possvel:

    Aula 00

    (demonstrativa) Disponvel

    Estado, governo e administrao pblica. Direito Administrativo: origem, conceito, fontes.

    Aula 01 27/4/2015 Organizao administrativa da Unio. rgos pblicos. Administrao direta e indireta. Entidades paraestatais.

    Aula 02 4/5/2015 Agentes pblicos: disposies constitucionais e Lei 8.112/1990.

    Aula 03 11/5/2015 Atos administrativos

    Aula 04 18/5/2015 Licitao pblica e contratos administrativos

    Aula 05 25/5/2015 Processo Administrativo Federal e Lei de Acesso Informao.

    Enfim, espero que voc aproveite o curso, tire todas as suas dvidas, estude bastante e, na hora da prova, resolva as questes com confiana. Desse modo, todo o esforo empregado nessa fase preparatria ser recompensado com a alegria que acompanha a aprovao, a qual espero compartilhar com voc!

    Sem mais delongas...aos estudos!

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    OBSERVAO IMPORTANTE

    Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias.

    Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos.

    Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)

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    AULA 00 (demonstrativa)

    Bom, na Aula 00, que alm de aula demonstrativa tambm a primeira do curso, nosso objetivo ser percorrer os conceitos que fornecem a base para o estudo do Direito Administrativo.

    Para tanto, sero comentadas questes sobre os seguintes assuntos:

    9 Estado, governo e administrao pblica.

    9 Direito Administrativo: origem, conceito, fontes.

    Seguiremos o seguinte sumrio:

    SUMRIO

    Lista de questes ............................................................................................................................................................. 5

    Questes comentadas ................................................................................................................................................ 12

    Gabarito ............................................................................................................................................................................. 38

    RESUMO DA AULA ..................................................................................................................................................... 39

    Vamos ento?

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    LISTA DE QUESTES

    1. (Cespe MPOG 2012) O princpio da separao dos Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado como rgido, uma vez que todos os Poderes da Repblica exercem apenas funes tpicas.

    2. (Cespe MPU 2013) A CF instituiu mecanismos de freios e contrapesos, de modo a concretizar-se a harmonia entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, como, por exemplo, a possibilidade de que o Poder Judicirio declare a inconstitucionalidade das leis.

    3. (Cespe PC/BA 2013) A eleio peridica dos detentores do poder poltico e a responsabilidade poltica do chefe do Poder Executivo so caractersticas do princpio republicano.

    4. (Cespe PRF 2013) Decorre do princpio constitucional fundamental da independncia e harmonia entre os poderes a impossibilidade de que um poder exera funo tpica de outro, no podendo, por exemplo, o Poder Judicirio exercer a funo administrativa. 5. (Cespe MIN 2013) Consoante o modelo de Estado federativo adotado pelo Brasil, os estados-membros so dotados de autonomia e soberania, razo por que elaboram suas prprias constituies.

    6. (Cespe TRE/RJ 2012) As funes estatais so distribudas de maneira no exclusiva, de modo que cada poder, ao lado de suas funes tpicas, igualmente, desempenha outras funes consideradas como funes atpicas. Nesse sentido, portanto, atpica a funo de fiscal da constitucionalidade dos atos normativos exercida pelo Senado Federal, quando suspende a execuo, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional em deciso definitiva pelo Supremo Tribunal Federal.

    7. (Cespe PRF 2013) O mecanismo denominado sistema de freios e contrapesos aplicado, por exemplo, no caso da nomeao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuio do presidente da Repblica e dependente da aprovao pelo Senado Federal.

    8. (Cespe Ministrio da Justia 2013) O Poder Executivo compe, junto com o Poder Legislativo, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico, a quadripartio de poderes no Estado brasileiro.

    9. (Cespe CNJ 2013) A organizao poltico-administrativa do Brasil compreende a Unio, os estados, o Distrito Federal, os municpios e os territrios.

    10. (Cespe PC/BA 2013) Ampara-se no princpio federativo, a instituio constitucional da Unio, dos estados, dos municpios, do Distrito Federal (DF) e dos territrios como entidades polticas dotadas de autonomia.

    11. (Cespe PC/CE 2012) Em funo do sistema de distribuio de competncias legislativas criado pela CF, h ntida superioridade hierrquica das leis federais sobre as estaduais.

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    12. (Cespe Cmara dos Deputados 2012) O sistema de freios e contrapesos permite que um poder fiscalize e controle os demais poderes, de forma que nenhum deles seja mais forte que os outros.

    13. (Cespe MCTI 2012) Ao passo que o presidencialismo tem duas fontes de legitimidade democrtica, o parlamentarismo tem uma nica fonte.

    14. (Cespe MPE/PI 2012) O princpio federativo estabelece a forma de governo de um Estado.

    15. (Cespe FNDE 2012) A Repblica forma de governo caracterizada pela eletividade de seus governantes, pelo mandato temporrio e pelo dever de prestao de contas do chefe do Poder Executivo.

    16. (Cespe Sefaz/ES 2008) Define-se, como administrao pblica externa ou extroversa, a atividade desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulao, pela Unio, da atividade de aviao civil pelas respectivas concessionrias.

    17. (Cespe AE/ES 2013) Acerca de governo, Estado e administrao pblica, assinale a opo correta.

    a) Atualmente, Estado e governo so considerados sinnimos, visto que, em ambos, prevalece a finalidade do interesse pblico.

    b) So poderes do Estado: o Executivo, o Legislativo, o Judicirio e o Ministrio Pblico. c) Com base em critrio subjetivo, a administrao pblica confunde-se com os sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado.

    d) O princpio da impessoalidade traduz-se no poder da administrao de controlar seus prprios atos, podendo anul-los, caso se verifique alguma irregularidade.

    e) Na Constituio Federal de 1988 (CF), foi adotado um modelo de separao estanque entre os poderes, de forma que no se podem atribuir funes materiais tpicas de um poder a outro.

    18. (Cespe TJDFT 2013) Administrao pblica em sentido orgnico designa os entes que exercem as funes administrativas, compreendendo as pessoas jurdicas, os rgos e os agentes incumbidos dessas funes.

    19. (Cespe Ministrio Integrao Nacional 2013) Na sua acepo formal, entende-se governo como o conjunto de poderes e rgos constitucionais.

    20. (Cespe MIN 2013) A administrao pratica atos de governo, pois constitui todo aparelhamento do Estado preordenado realizao de seus servios, visando satisfao das necessidades coletivas.

    21. (Cespe MIN 2013) Em sentido objetivo, a expresso administrao pblica denota a prpria atividade administrativa exercida pelo Estado.

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    22. (ESAF PGFN 2003) Assinale, entre os atos abaixo, aquele que no pode ser considerado como de manifestao da atividade finalstica da Administrao Pblica, em seu sentido material.

    a) Concesso para explorao de servio pblico de transporte coletivo urbano. b) Desapropriao para a construo de uma unidade escolar. c) Interdio de um estabelecimento comercial em razo de violao a normas de posturas municipais. d) Nomeao de um servidor pblico, aprovado em virtude de concurso pblico. e) Concesso de benefcio fiscal para a implantao de uma nova indstria em determinado Estado-federado.

    23. (FCC TRF4 2010) Na administrao pblica, a ao referente ao desempenho perene e sistemtico, legal e tcnico dos servios prprios do Estado ou por ele assumidos em benefcio da coletividade, denominada

    a) funcional. b) institucional. c) operacional. d) conceitual. e) interpessoal. 24. (Cespe MCT/FINEP Analista 2009) Por ser um ramo do direito pblico, o direito administrativo no se utiliza de institutos do direito privado.

    25. (Cespe Procurador MPTCDF 2013) De acordo com o critrio legalista, o direito administrativo compreende o conjunto de leis administrativas vigentes no pas, ao passo que, consoante o critrio das relaes jurdicas, abrange o conjunto de normas jurdicas que regulam as relaes entre a administrao pblica e os administrados. Essa ltima definio criticada por boa parte dos doutrinadores, que, embora no a considerem errada, julgam-na insuficiente para especificar esse ramo do direito, visto que esse tipo de relao entre administrao pblica e particulares, tambm se faz presente em outros ramos.

    26. (Cespe Cmara dos Deputados 2012) De acordo com o critrio da administrao pblica, o direito administrativo o ramo do direito pblico que regula a atividade jurdica contenciosa e no contenciosa do Estado, bem como a constituio de seus rgos e meios de atuao.

    27. (Cespe TCU 2011) O direito administrativo tem como objeto atividades de administrao pblica em sentido formal e material, englobando, inclusive, atividades exercidas por particulares, no integrantes da administrao pblica, no exerccio de delegao de servios pblicos.

    28. (Cespe TCU 2011) Segundo a doutrina administrativista, o direito administrativo o ramo do direito privado que tem por objeto os rgos, os agentes e as pessoas jurdicas administrativistas que integram a administrao pblica, a atividade jurdica no contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a consecuo de seus fins, de natureza pblica.

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    29. (Cespe AGU 2009) Na Frana, formou-se a denominada Escola do Servio Pblico, inspirada na jurisprudncia do Conselho de Estado, segundo a qual a competncia dos tribunais administrativos passou a ser fixada em funo da execuo de servios pblicos.

    30. (Cespe AGU 2009) Pelo critrio teleolgico, o Direito Administrativo considerado como o conjunto de normas que regem as relaes entre a administrao e os administrados. Tal critrio leva em conta, necessariamente, o carter residual ou negativo do Direito Administrativo.

    31. (Cespe INSS 2010) Segundo a Escola Legalista, o direito administrativo pode ser conceituado como o conjunto de leis administrativas vigentes em determinado pas, em dado momento.

    32. (Cespe Sefaz MT 2004) Determinado estado brasileiro criou, por meio de lei estadual, uma agncia dotada de autonomia financeira, funcional e administrativa, com a finalidade de, observada a competncia prpria dos outros entes federados, controlar e fiscalizar, bem como normatizar, padronizar, conceder e fixar tarifas dos servios pblicos delegados, nas reas de transporte e de telecomunicaes. De acordo com a lei de criao, os integrantes dessa agncia devem ser nomeados aps aprovao em concurso pblico de provas.

    Com relao situao hipottica descrita acima, julgue o item subseqente. As aes dessa agncia devem ser regidas pelo Direito Administrativo, que, de acordo com o critrio teleolgico, o ramo do direito pblico interno que regula a atividade jurdica no-contenciosa do Estado e a constituio dos rgos e meios de sua ao em geral.

    33. (ESAF CGU AFC 2006) O Direito Administrativo considerado como sendo o conjunto harmonioso de normas e princpios, que regem o exerccio das funes administrativas estatais e

    a) os rgos inferiores, que as desempenham. b) os rgos dos Poderes Pblicos. c) os poderes dos rgos pblicos. d) as competncias dos rgos pblicos. e) as garantias individuais.

    34. (ESAF Procurador DF 2007) O conceito estrito de Administrao Pblica abarca os Poderes estruturais do Estado, sobretudo o Poder Executivo.

    35. (Cespe TCU AUFC 2009) O direito administrativo, como ramo autnomo, tem como finalidade disciplinar as relaes entre as diversas pessoas e rgos do Estado, bem como entre este e os administrados.

    36. (Cespe MDIC 2014) O exerccio das funes administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o regime de direito pblico, em razo da indisponibilidade do interesse pblico.

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    37. (Cespe MCT/FINEP Analista 2009) O costume e a praxe administrativa so fontes inorganizadas do direito administrativo, que s indiretamente influenciam na produo do direito positivo.

    38. (Cespe TRT 10 Regio 2013) Em decorrncia do princpio da legalidade, a lei a mais importante de todas as fontes do direito administrativo.

    39. (Cespe Ministrio Integrao Nacional 2013) Os costumes, a jurisprudncia, a doutrina e a lei constituem as principais fontes do direito administrativo.

    40. (Cespe AUFC TCU 2011) Os costumes sociais tambm podem ser considerados fonte do direito administrativo, sendo classificados como fonte direta, pois influenciam a produo legislativa ou a jurisprudncia.

    41. (Cespe TCE/AC 2006) O costume no se confunde com a chamada praxe administrativa. Aquele exige cumulativamente os requisitos objetivo (uso continuado) e subjetivo (convico generalizada de sua obrigatoriedade), ao passo que nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No entanto, ambos no so reconhecidos como fontes formais do direito administrativo, conforme a doutrina majoritria.

    42. (Cespe FINEP 2009) O costume e a praxe administrativa so fontes inorganizadas do direito administrativo, que s indiretamente influenciam na produo do direito positivo.

    43. (Cespe TCU AUFC 2004) A jurisprudncia e os costumes so fontes do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se da falta de carter vinculante, e a segunda tem sua influncia relacionada com a deficincia da legislao.

    44. (ESAF TCU ACE 2006) O regime jurdico-administrativo entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como o conjunto de regras e princpios que norteiam a atuao da Administrao Pblica, de modo muito distinto das relaes privadas. Assinale no rol abaixo qual a situao jurdica que no submetida a este regime. a) Contrato de locao de imvel firmado com a Administrao Pblica. b) Ato de nomeao de servidor pblico aprovado em concurso pblico. c) Concesso de alvar de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal.

    d) Decreto de utilidade pblica de um imvel para fins de desapropriao. e) Aplicao de penalidade a fornecedor privado da Administrao.

    45. (Cespe MTE 2014) A supremacia do interesse pblico sobre o privado e a indisponibilidade, pela administrao, dos interesses pblicos, integram o contedo do regime jurdico-administrativo.

    46. (Cespe MTE 2014) Em razo da submisso ao regime jurdico administrativo, a administrao pblica no dispe da mesma liberdade para contratar que conferida a particular.

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    47. (Cespe Polcia Federal 2014) Em face do princpio da isonomia, que rege toda a administrao pblica, o regime jurdico administrativo no pode prever prerrogativas que o diferenciem do regime previsto para o direito privado.

    48. (Cespe SUFRAMA 2014) A impossibilidade da alienao de direitos relacionados aos interesses pblicos reflete o princpio da indisponibilidade do interesse pblico, que possibilita apenas que a administrao, em determinados casos, transfira aos particulares o exerccio da atividade relativa a esses direitos.

    49. (Cespe AE/ES 2013) Com base na doutrina sobre a teoria geral do direito administrativo, assinale a opo correta.

    a) A aprovao, pelo Poder Legislativo, de lei que conceda penso vitalcia viva de ex-combatente, embora constitua formalmente ato legislativo, caracteriza materialmente o exerccio de funo administrativa.

    b) De acordo com a doutrina, o aspecto objetivo formal da funo do Estado diz respeito aos sujeitos ou agentes da funo pblica. c) O Estado, por gerir o interesse da sociedade, somente pode exercer sua funo administrativa sob o regime do direito pblico.

    d) O princpio da indisponibilidade do interesse pblico, voltado ao administrado, diz respeito impossibilidade de alienao do bem pblico quando o particular lhe detiver a posse.

    e) De acordo com a doutrina majoritria, no existe exclusividade no exerccio das funes pelos poderes da Repblica. Assim, o Poder Executivo exerce funo jurisdicional quando julga seus agentes por irregularidades cometidas no exerccio do cargo.

    50. (Cespe TRE/MS 2013) Em relao ao objeto e s fontes do direito administrativo, assinale a opo correta.

    a) O Poder Executivo exerce, alm da funo administrativa, a denominada funo poltica de governo como, por exemplo, a elaborao de polticas pblicas, que tambm constituem objeto de estudo do direito administrativo. b) As decises judiciais com efeitos vinculantes ou eficcia erga omnes so consideradas fontes secundrias de direito administrativo, e no fontes principais.

    c) So exemplos de manifestao do princpio da especialidade o exerccio do poder de polcia e as chamadas clusulas exorbitantes dos contratos administrativos.

    d) Decorrem do princpio da indisponibilidade do interesse pblico a necessidade de realizar concurso pblico para admisso de pessoal permanente e as restries impostas alienao de bens pblicos.

    e) Dizer que o direito administrativo um ramo do direito pblico significa o mesmo que dizer que seu objeto est restrito a relaes jurdicas regidas pelo direito pblico.

    51. (Cespe TRT10 2013) O princpio da supremacia do interesse pblico , ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito administrativo, no comportando, por isso, limites ou relativizaes.

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    52. (Cespe Sefaz ES Auditor Fiscal 2013) Acerca do direito administrativo, assinale a opo correta.

    a) A administrao pblica confunde-se com o prprio Poder Executivo, haja vista que a este cabe, em vista do princpio da separao dos poderes, a exclusiva funo administrativa.

    b) A ausncia de um cdigo especfico para o direito administrativo reflete a falta de autonomia dessa rea jurdica, devendo o aplicador do direito recorrer a outras disciplinas subsidiariamente.

    c) O direito administrativo visa regulao das relaes jurdicas entre servidores e entre estes e os rgos da administrao, ao passo que o direito privado regula a relao entre os rgos e a sociedade.

    d) A indisponibilidade do interesse pblico, princpio voltado ao administrado, traduz-se pela impossibilidade de alienao ou penhora de um bem pblico cuja posse detenha o particular.

    e) Em sentido subjetivo, a administrao pblica confunde-se com os prprios sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado.

    53. (Cespe PRF 2013) No que se refere ao regime jurdico administrativo, julgue o item subsecutivo. A administrao no pode estabelecer, unilateralmente, obrigaes aos particulares, mas apenas aos seus servidores e aos concessionrios, permissionrios e delegatrios de servios pblicos.

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    QUESTES COMENTADAS

    1. (Cespe MPOG 2012) O princpio da separao dos Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado como rgido, uma vez que todos os Poderes da Repblica exercem apenas funes tpicas.

    Comentrio: O item est errado. O princpio da separao dos Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado como flexvel, e no como rgido, uma vez que os Poderes exercem suas funes tpicas com preponderncia, mas no com exclusividade. De fato, cada Poder, ao lado de sua funo tpica, tambm desempenha funes atpicas, vale dizer, atividades com caractersticas das funes desempenhadas pelos demais Poderes. Gabarito: Errado

    2. (Cespe MPU 2013) A CF instituiu mecanismos de freios e contrapesos, de modo a concretizar-se a harmonia entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, como, por exemplo, a possibilidade de que o Poder Judicirio declare a inconstitucionalidade das leis.

    Comentrio: A questo est perfeita. A possibilidade de que o Poder Judicirio declare a inconstitucionalidade de leis constitui exemplo tpico do mecanismo de freios e contrapesos previsto na Constituio da Repblica. No caso, possibilita ao Judicirio retirar do mundo jurdico eventuais leis aprovadas pelo Poder Legislativo que no estejam em plena consonncia com os ditames constitucionais. Em razo da existncia de mecanismos como esse, evita-se que um Poder se sobressaia sobre os demais, estabelecendo, assim, o equilbrio e a harmonia entre eles. Tambm so exemplos de mecanismos do sistema de freios e contrapesos: a possibilidade de veto de projetos de lei pelo chefe do Executivo e a sabatina pelo Senado de membros do STF escolhidos pelo chefe do Executivo.

    Gabarito: Certo

    3. (Cespe PC/BA 2013) A eleio peridica dos detentores do poder poltico e a responsabilidade poltica do chefe do Poder Executivo so caractersticas do princpio republicano.

    Comentrio: O quesito est correto. As caractersticas marcantes da forma de governo Repblica so a eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Executivo e, ainda, a sua responsabilidade poltica, consubstanciada no dever de prestar contas de seus atos.

    Gabarito: Certo

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    4. (Cespe PRF 2013) Decorre do princpio constitucional fundamental da independncia e harmonia entre os poderes a impossibilidade de que um poder exera funo tpica de outro, no podendo, por exemplo, o Poder Judicirio exercer a funo administrativa.

    Comentrio: O sistema de separao de Poderes previsto na Constituio Federal flexvel. Isso significa que cada Poder possui uma funo tpica, a qual exerce com preponderncia, mas no com exclusividade, eis que tambm exerce funes atpicas, prprias dos demais Poderes. Assim, por exemplo, o Judicirio, ao contrrio do que afirma o item, pode sim exercer funo administrativa, como quando realiza concursos pblicos ou promove licitaes para aquisio de bens.

    Gabarito: Errado

    5. (Cespe MIN 2013) Consoante o modelo de Estado federativo adotado pelo Brasil, os estados-membros so dotados de autonomia e soberania, razo por que elaboram suas prprias constituies. Comentrio: correto que o modelo de Estado federativo adotado pelo Brasil confere autonomia aos Estados-membros, nos termos do art. 18 da Constituio Federal:

    Art. 18. A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreende a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos desta Constituio.

    Essa autonomia de carter poltico, administrativo e financeiro, o que significa que os estados-membros, assim como os municpios e o DF, possuem capacidade de auto-organizao, autogoverno e autoadministrao. Porm, o quesito erra ao afirmar que os estados-membros so dotados de soberania. Na verdade, somente o Estado Federal (a Repblica Federativa do Brasil), detm o atributo da soberania. J os entes federados, incluindo a Unio, possuem apenas autonomia.

    Gabarito: Errado

    6. (Cespe TRE/RJ 2012) As funes estatais so distribudas de maneira no exclusiva, de modo que cada poder, ao lado de suas funes tpicas, igualmente, desempenha outras funes consideradas como funes atpicas. Nesse sentido, portanto, atpica a funo de fiscal da constitucionalidade dos atos normativos exercida pelo Senado Federal, quando suspende a execuo, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional em deciso definitiva pelo Supremo Tribunal Federal.

    Comentrio: O quesito est correto. A funo tpica do Senado Federal a funo legislativa, vale dizer, a produo de direito novo, segundo o processo

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    legislativo. Assim, ao exercer a funo de fiscal da constitucionalidade dos atos normativos, prevista no art. 52, X da CF, quando suspende a execuo, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional em deciso definitiva pelo Supremo Tribunal Federal, est no desempenho de funo atpica. Gabarito: Certo

    7. (Cespe PRF 2013) O mecanismo denominado sistema de freios e contrapesos aplicado, por exemplo, no caso da nomeao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuio do presidente da Repblica e dependente da aprovao pelo Senado Federal. Comentrio: O item est correto. No Brasil, conforme prev o art. 2 da Constituio Federal, os Poderes so independentes e harmnicos entre si, no havendo, assim, relao de subordinao entre eles. A harmonia garantida pelo sistema de freios e contrapesos, que se caracteriza pela existncia de controles recprocos, estabelecidos para evitar que qualquer Poder se sobressaia sobre os demais. Assim, dentro do sistema de freios e contrapesos previsto na CF, compete ao Presidente da Repblica escolher e nomear os Ministros do STF. Porm, a escolha deve ser aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal (CF, art. 101, pargrafo nico).

    Gabarito: Certo

    8. (Cespe Ministrio da Justia 2013) O Poder Executivo compe, junto com o Poder Legislativo, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico, a quadripartio de poderes no Estado brasileiro.

    Comentrio: Alm dos trs poderes (Executivo, Legislativo e Judicirio), a Constituio Federal possui outras duas estruturas orgnicas com autonomia e funes especficas. Estamos falando do Tribunal de Contas e do Ministrio Pblico, que so titulares de competncias prprias e insuprimveis, desempenhando-as com autonomia em relao aos demais poderes. Assim, a doutrina majoritria no enquadra essas duas estruturas em nenhum dos trs SRGHUHV FOiVVLFRV SRLV QmR VH VXERUGLQDP D HOHV 1mR VmR SRGHUHVpropriamente ditos, mas apenas estruturas independentes. Portanto, no h TXHVHIDODUHPTXDGULSDUWLomRGe poderes, como afirma o quesito, da o erro.

    Gabarito: Errado

    9. (Cespe CNJ 2013) A organizao poltico-administrativa do Brasil compreende a Unio, os estados, o Distrito Federal, os municpios e os territrios.

    Comentrio: os territrios no fazem parte da organizao poltico-administrativa do Brasil, conforme podemos extrair do art. 18 da CF/88:

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    Art. 18. A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreende a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos desta Constituio.

    Gabarito: Errado

    10. (Cespe PC/BA 2013) Ampara-se no princpio federativo, a instituio constitucional da Unio, dos estados, dos municpios, do Distrito Federal (DF) e dos territrios como entidades polticas dotadas de autonomia.

    Comentrio: Os territrios, como visto na questo anterior, no so entidades polticas e, por isso, no possuem autonomia. Dessa forma, somente a Unio, os estados, os municpios e o Distrito Federal so entidades polticas dotadas de autonomia.

    Gabarito: Errado

    11. (Cespe PC/CE 2012) Em funo do sistema de distribuio de competncias legislativas criado pela CF, h ntida superioridade hierrquica das leis federais sobre as estaduais.

    Comentrio: Os entes polticos (Unio, estados, municpios e o Distrito Federal) so entes autnomos. Dessa forma, no h hierarquia entre eles nem entre suas leis. Dito de outra forma, uma lei federal no hierarquicamente superior a uma lei estadual ou municipal. O que pode ocorrer um conflito de interesses ou de competncias, que deve ser solucionado de acordo com as regras previstas na Constituio.

    Assim, a Constituio Federal disciplinou as competncias de cada membro da Federao, seguindo o princpio da preponderncia de interesses. Nessa linha, Unio cabe legislar sobre assuntos de carter geral ou nacional, enquanto aos municpios incumbem os assuntos de carter local. J para os estados, a Constituio atribuiu uma competncia residual, ou seja, envolve todos os assuntos no atribudos Unio ou aos municpios. Em regra, os estados exercem as competncias de natureza regional. Por fim, o Distrito Federal, que no pode se subdividir em municpios, acumula as competncias estaduais e municipais (CF, art. 32, caput e 1).

    Gabarito: Errado

    12. (Cespe Cmara dos Deputados 2012) O sistema de freios e contrapesos permite que um poder fiscalize e controle os demais poderes, de forma que nenhum deles seja mais forte que os outros.

    Comentrio: Os Poderes do Estado so independentes e harmnicos. Para tanto, eles dispe de um sistema de freios e contrapesos (check and balances), que permite que um poder fiscalize e controle o outro.

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    Devemos destacar que as interferncias ou controles exercidos por um Poder sobre o outro s so admitidas quando previstas na Constituio.

    Ademais, a separao dos Poderes clusula ptrea (CF, art. 60, 4, III), ou seja, no pode ocorrer deliberao de proposta de emenda constitucional tendente a aboli-la.

    Gabarito: Certo

    13. (Cespe MCTI 2012) Ao passo que o presidencialismo tem duas fontes de legitimidade democrtica, o parlamentarismo tem uma nica fonte.

    Comentrio: No presidencialismo, existem duas fontes de legitimidade democrtica: o presidente e a assembleia, ou seja, trata-se de um regime dual. Por outro lado, o regime parlamentarista monista, pois existe uma nica fonte de legitimidade democrtica: o parlamento.

    Assim, o item est correto, pois o sistema presidencialista possui duas fontes de legitimidade democrtica (presidente e assembleia) e o parlamentarismo uma nica fonte (o parlamento).

    Gabarito: Certo

    14. (Cespe MPE/PI 2012) O princpio federativo estabelece a forma de governo de um Estado.

    Comentrio: o princpio federativo estabelece a forma de Estado. Para memorizar: Forma de Estado: FEderao.

    Gabarito: Errado

    15. (Cespe FNDE 2012) A Repblica forma de governo caracterizada pela eletividade de seus governantes, pelo mandato temporrio e pelo dever de prestao de contas do chefe do Poder Executivo.

    Comentrio: vamos l, a repblica uma forma de governo que possui as seguintes caractersticas: 9 eletividade dos governantes; 9 temporalidade no exerccio do poder; 9 representatividade popular; e 9 responsabilidade do governante (dever de prestar contas).

    Apesar de incompleta, a questo no est errada; este o estilo do Cespe!

    Gabarito: Certo

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    16. (Cespe Sefaz/ES 2008) Define-se, como administrao pblica externa ou extroversa, a atividade desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulao, pela Unio, da atividade de aviao civil pelas respectivas concessionrias.

    Comentrio: As aes da Administrao Pblica podem ter como destinatrios os administrados isto , a sociedade ou os sujeitos que no pertencem Administrao formal ou os prprios rgos e entes administrativos.

    Quando a Administrao se relaciona com os administrados, teremos a chamada administrao extroversa, pois nela existem aes externas, isto , que incidem para fora do ncleo estatal. Trata-se das atividades finalsticas atribudas pela Constituio a cada ente da federao (Unio, Estados, DF e Municpios). Essas relaes extroversas se fundamentam nos princpios da supremacia e da indisponibilidade do interesse pblico (os quais sero estudados mais adiante). Pode-se associar esse conceito ao de administrao pblica em sentido material, objetivo ou funcional, que considera a natureza das atividades levadas a efeito pela Administrao para atender as necessidades da coletividade (polcia administrativa, servio pblico, fomento e interveno).

    Por outro lado, quando a Administrao se relaciona entre si, ou seja, entre os entes polticos (Unio, Estados, DF e Municpios), entre esses e os rgos da Administrao Direta ou entre os rgos em si, teremos a chamada administrao introversa, pois, nesse caso, as aes ocorrem dentro o ncleo estatal. A administrao introversa considerada instrumental em relao extroversa, vale dizer, as relaes internas servem de instrumento para a efetivao das relaes externas, estas, de cunho finalstico. De fato, toda a organizao administrativa interna do Estado serve para que ele possa implementar as polticas pblicas em prol da sociedade.

    A situao apresentada no enunciado da questo se refere a uma relao externa finalstica (regulao da atividade de aviao civil pela Unio). Portanto, correto afirmar que se trata de administrao pblica extroversa.

    Gabarito: Certo

    17. (Cespe AE/ES 2013) Acerca de governo, Estado e administrao pblica, assinale a opo correta. a) Atualmente, Estado e governo so considerados sinnimos, visto que, em ambos, prevalece a finalidade do interesse pblico.

    b) So poderes do Estado: o Executivo, o Legislativo, o Judicirio e o Ministrio Pblico.

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    c) Com base em critrio subjetivo, a administrao pblica confunde-se com os sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado. d) O princpio da impessoalidade traduz-se no poder da administrao de controlar seus prprios atos, podendo anul-los, caso se verifique alguma irregularidade. e) Na Constituio Federal de 1988 (CF), foi adotado um modelo de separao estanque entre os poderes, de forma que no se podem atribuir funes materiais tpicas de um poder a outro.

    Comentrio: Vamos analisar cada alternativa, buscando a opo correta: (a) ERRADA. A rigor, Estado e Governo no so sinnimos. Estado a

    pessoa jurdica soberana, formada pelos elementos, povo, territrio e governo soberano. J o Governo, como se v, um dos elementos do Estado, responsvel por sua conduo.

    (b) ERRADA. So poderes do Estado o Executivo, o Legislativo e o Judicirio, somente. O Ministrio Pblico, embora seja instituio de elevada importncia para a democracia, no constitui um Poder. Na verdade, alguns autores modernos defendem que a tripartio clssica de Poderes no mais suficiente para abarcar a ampla gama de funes desempenhadas por algumas instituies presentes na estrutura do Estado contemporneo. Como exemplo, tome-se o Ministrio Pblico e os Tribunais de Contas, instituies com competncias prprias, inconfundveis e privativas que no se enquadram de modo perfeito no mbito dos tradicionais Poderes Judicirio, Executivo e Legislativo. Contudo, tais instituies e suas funes ainda no tm a denominao formal de Poder.

    (c) CERTA. A Administrao Pblica pode ser vista pelos critrios subjetivo/formal ou objetivo/material. Segundo o critrio subjetivo, considera-se quem est exercendo a funo administrativa, abrangendo, portanto, o conjunto de agentes, rgos e pessoas jurdicas que tenham a incumbncia de executar as atividades administrativas. J pelo critrio objetivo, considera-se o que realizado, no obrigatoriamente quem exerce, abrangendo as atividades de polcia administrativa, servio pblico, fomento e interveno.

    (d) ERRADA. O poder que a Administrao possui para controlar seus prprios atos, podendo anul-los, caso verifique alguma irregularidade, caracteriza o princpio da autotutela. Por outro lado, o princpio da impessoalidade dita que atividade da Administrao no deve ter em mira este ou aquele indivduo em especial, e sim o interesse pblico, da coletividade.

    (e) ERRADA. Ao contrrio do que afirma a assertiva, a Constituio Federal adota um modelo de separao flexvel de Poderes. Isso porque a prpria Constituio atribui a cada Poder funes tpicas, desempenhadas com preponderncia, e funes atpicas, desempenhadas de modo acessrio.

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    Assim, por exemplo, que o Poder Legislativo e o Judicirio, cujas funes tpicas so, respectivamente, a legislativa e a jurisdicional, tambm desempenham, de forma atpica, funes administrativas, como quando organizam seus servios adquirindo bens mediante licitao ou contratando pessoal por meio de concurso pblico.

    Gabarito: altHUQDWLYDc 18. (Cespe TJDFT 2013) Administrao pblica em sentido orgnico designa os entes que exercem as funes administrativas, compreendendo as pessoas jurdicas, os rgos e os agentes incumbidos dessas funes.

    Comentrio: A questo est correta. O conceito de administrao pblica em sentido orgnico (ou subjetivo) leva em conta quem exerce a atividade, compreendendo as pessoas jurdicas, os rgos e os agentes incumbidos das funes administrativas. Contrape-se ao conceito de administrao pblica em sentido material (objetivo), que leva em considerao R TXH, ou seja, a prpria atividade administrativa, aqui definida como as atividades de polcia administrativa, servio pblico, fomento e interveno.

    Gabarito: Certo

    19. (Cespe Ministrio Integrao Nacional 2013) Na sua acepo formal, entende-se governo como o conjunto de poderes e rgos constitucionais.

    Comentrio: Segundo Hely Lopes Meirelles, o conceito de governo possui trs sentidos: em sentido formal: o conjunto de Poderes e rgos constitucionais; em sentido material: o complexo de funes estatais bsicas; e em sentido operacional: a conduo poltica dos negcios pblicos. Gabarito: Certo

    20. (Cespe MIN 2013) A administrao pratica atos de governo, pois constitui todo aparelhamento do Estado preordenado realizao de seus servios, visando satisfao das necessidades coletivas.

    Comentrio: Atos de governo so aqueles praticados no exerccio da funo poltica, com ampla margem de discricionariedade e diretamente em obedincia Constituio. So as aes de comando, coordenao, direo e fixao das diretrizes polticas, vale dizer, atividades de carter superior, referentes direo suprema e geral do Estado, e no simplesmente de execuo de servios pblicos. Pode-se destacar, por exemplo, a decretao de interveno federal, do Estado de Defesa e do Estado de Stio, a celebrao de Tratados Internacionais, a iniciativa de lei pelo Executivo, sua sano ou veto etc.

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    Portanto, o quesito est errado, pois, nas palavras de Hely Lopes Meireles, a Administrao no pratica atos de governo; pratica to-somente, atos de execuo, os chamados atos administrativos, que tm como fim a realizao de servios para satisfazer, de forma concreta e imediata, as necessidades coletivas.

    Gabarito: Errado

    21. (Cespe MIN 2013) Em sentido objetivo, a expresso administrao pblica denota a prpria atividade administrativa exercida pelo Estado.

    Comentrio: O quesito est correto. Em seu sentido objetivo, funcional ou material (o que), administrao pblica a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob o regime de direito pblico, para a realizao dos interesses coletivos. Corresponde, portanto, prpria funo administrativa, abrangendo as atividades de polcia administrativa, servio pblico, fomento e interveno.

    Gabarito: Certo

    22. (ESAF PGFN 2003) Assinale, entre os atos abaixo, aquele que no pode ser considerado como de manifestao da atividade finalstica da Administrao Pblica, em seu sentido material.

    a) Concesso para explorao de servio pblico de transporte coletivo urbano. b) Desapropriao para a construo de uma unidade escolar. c) Interdio de um estabelecimento comercial em razo de violao a normas de posturas municipais. d) Nomeao de um servidor pblico, aprovado em virtude de concurso pblico. e) Concesso de benefcio fiscal para a implantao de uma nova indstria em determinado Estado-federado.

    Comentrio4XDQGRVHUHIHUHDmanifestao da atividade finalstica da Administrao Pblica, em seu sentido materialYr-se que a banca faz aluso ao conceito de Administrao Pblica em seu sentido objetivo, material ou funcional. Ou seja, aquele que considera a natureza das atividades exercidas (o que), as quais podem ser atividades de: polcia administrativa, servio pblico, fomento e interveno. Vamos ver ento qual ato, dentre os mencionados nas alternativas, no se enquadra em nenhuma dessas categorias de atividade:

    (a) A concesso para explorao de servio pblico de transporte coletivo urbano atividade de servio pblico, pois ato que tem por fim satisfazer necessidades coletivas, no caso, executado por particulares delegatrios.

    (b) A desapropriao para a construo de uma unidade escolar atividade de polcia administrativa, pois constitui ato administrativo que

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    implica restrio a direitos individuais (no caso, o direito de propriedade) em prol do interesse da coletividade.

    (c) A interdio de um estabelecimento comercial em razo de violao a normas de posturas municipais tambm atividade de polcia administrativa, pois constitui sano pelo descumprimento a normas de postura, as quais condicionam, isto , impem regras para o exerccio de direitos individuais (no caso, o direito ao livre exerccio de atividade econmica).

    (d) A nomeao de um servidor pblico, aprovado em virtude de concurso pblico no se enquadra em nenhuma das atividades finalsticas prprias de administrao pbica em sentido material, eis que refere a uma atividade introversa, ou seja, que ocorre no interior da Administrao, de carter instrumental e no finalstico, servindo como um meio para se atingir o fim de VDWLVID]HURLQWHUHVVHFROHWLYR3RUWDQWRDDOWHUQDWLYDGpRJDEDULWR

    (e) A concesso de benefcio fiscal para a implantao de uma nova indstria em determinado Estado-federado atividade de fomento, pois constitui atividade administrativa de incentivo iniciativa privada de utilidade ou interesse pblico.

    Gabarito: alternativa G 23. (FCC TRF4 2010) Na administrao pblica, a ao referente ao desempenho perene e sistemtico, legal e tcnico dos servios prprios do Estado ou por ele assumidos em benefcio da coletividade, denominada

    a) funcional. b) institucional. c) operacional. d) conceitual. e) interpessoal.

    Comentrio: Segundo a doutrina de Helly Lopes Meireles, Administrao Pblica: em sentido formal: o conjunto de rgos institudos para consecuo

    dos objetivos do Governo; em sentido material: o conjunto das funes necessrias aos servios

    pblicos em geral; e em sentido operacional: o desempenho perene e sistemtico, legal e

    tcnico, dos servios prprios do Estado ou por ele assumidos em benefcio da coletividade.

    3RUWDQWRFRUUHWDDRSomRF Gabarito: DOWHUQDWLYDF

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    24. (Cespe MCT/FINEP Analista 2009) Por ser um ramo do direito pblico, o direito administrativo no se utiliza de institutos do direito privado.

    Comentrio: O item est errado. O Direito Administrativo tambm estuda matrias regidas, ao menos em parte, pelo direito privado, a exemplo da atuao das empresas pblicas e sociedades de economia mista que exploram atividade econmica. Essas entidades, ao competirem no mercado, seguem regime misto (hbrido), ou seja, sobre elas incidem regras de direito privado, como as normas contbeis da Lei das Sociedades Annimas, e regras de direito pblico, como o dever de fazer licitaes, prestar contas ao Tribunal de Contas e de realizar concursos pblicos.

    Gabarito: Errado

    25. (Cespe Procurador MPTCDF 2013) De acordo com o critrio legalista, o direito administrativo compreende o conjunto de leis administrativas vigentes no pas, ao passo que, consoante o critrio das relaes jurdicas, abrange o conjunto de normas jurdicas que regulam as relaes entre a administrao pblica e os administrados. Essa ltima definio criticada por boa parte dos doutrinadores, que, embora no a considerem errada, julgam-na insuficiente para especificar esse ramo do direito, visto que esse tipo de relao entre administrao pblica e particulares, tambm se faz presente em outros ramos.

    Comentrio: Questo correta, eis que expressa de forma acertada o conceito/objeto do Direito Administrativo segundo os critrios legalista e das relaes jurdicas. O quesito tambm aborda de forma correta a crtica que se faz ao critrio das relaes jurdicas. Quanto escola legalista (tambm conhecida como exegtica, emprica ou catica), lembre-se de que a principal crtica a esse critrio que ele desprezava a carga normativa dos princpios. Com efeito, o objeto Direito Administrativo mais amplo que o mero comentrio a leis e regulamentos, tambm compreendendo, por exemplo, a elaborao de princpios e conceitos doutrinrios.

    Gabarito: Certo

    26. (Cespe Cmara dos Deputados 2012) De acordo com o critrio da administrao pblica, o direito administrativo o ramo do direito pblico que regula a atividade jurdica contenciosa e no contenciosa do Estado, bem como a constituio de seus rgos e meios de atuao.

    Comentrio: O quesito est errado. De acordo com o critrio da administrao pblica, o direito administrativo o conjunto de princpios que regem a Administrao Pblica, considerando suas atividades administrativas, os rgos e pessoas jurdicas que a compem, sua organizao e suas relaes com os particulares. O enunciado, por outro lado, apresenta a definio segundo o critrio da distino entre atividade jurdica e social do

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    Estado, pelo qual o Direito Administrativo regula a atividade jurdica no contenciosa do Estado e a constituio dos rgos e meios de sua ao em geral. Porm, mesmo considerando o critrio correto, perceba que o enunciado comete uma impropriedade ao vincular o Direito Administrativo regulao da atividade contenciosa do Estado. Na verdade, como veremos adiante, nosso Direito Administrativo no contencioso, uma vez que as lides de natureza administrativa podem ser levadas apreciao do Poder Judicirio.

    Gabarito: Errado

    27. (Cespe TCU 2011) O direito administrativo tem como objeto atividades de administrao pblica em sentido formal e material, englobando, inclusive, atividades exercidas por particulares, no integrantes da administrao pblica, no exerccio de delegao de servios pblicos.

    Comentrio: O quesito est correto. Sob o aspecto formal devemos considerar aquilo que o nosso ordenamento jurdico considera como Administrao Pblica, ou seja, as administraes direta e indireta. J sob o aspecto material, a administrao pblica representa o conjunto de atividades consideradas prprias da funo administrativo: fomento, polcia administrativa, servio pblico e interveno administrativa.

    Ademais, pode-se dizer que o objeto do Direito Administrativo abrange: - Todas as relaes internas administrao pblica entre os rgos e

    entidades administrativas, uns com os outros, e entre a administrao e seus agentes;

    - Todas as relaes entre a administrao e os administrados, regidas pelo direito pblico ou pelo privado;

    - As atividades de administrao pblica em sentido material exercidas por particulares sob regime de direito pblico, a exemplo da prestao de servios pblicos mediante contratos de concesso ou de permisso.

    Gabarito: Certo

    28. (Cespe TCU 2011) Segundo a doutrina administrativista, o direito administrativo o ramo do direito privado que tem por objeto os rgos, os agentes e as pessoas jurdicas administrativistas que integram a administrao pblica, a atividade jurdica no contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a consecuo de seus fins, de natureza pblica.

    Comentrio: Como se percebe, o enunciado apresenta a definio de direito administrativo proposta por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, porm insere D H[SUHVVmR GLUHLWR SULYDGR QR OXJDU HP TXH QR RULJLQDO VHULD GLUHLWRS~EOLFRPDFXODQGRDVVLPDTXHVWmR

    Gabarito: Errado

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    29. (Cespe AGU 2009) Na Frana, formou-se a denominada Escola do Servio Pblico, inspirada na jurisprudncia do Conselho de Estado, segundo a qual a competncia dos tribunais administrativos passou a ser fixada em funo da execuo de servios pblicos.

    Comentrio: O quesito est correto. Para fins de clareza, cabe transcrever as lies de Maria Sylvia Di Pietro sobre a Escola do Servio Pblico:

    Formou-se na Frana (...). Inspirou-se na jurisprudncia do Conselho de Estado francs que, a partir do caso Blanco, decidido em 1873, passou a fixar a competncia dos Tribunais Administrativos em funo da execuo de servios pblicos. Essa escola acabou por ganhar grande relevo, pelo fato de ter o Estado-providncia assumido inmeros encargos que, antes atribudos ao particular, passaram a integrar o conceito de servio pblico.

    Gabarito: Certo

    30. (Cespe AGU 2009) Pelo critrio teleolgico, o Direito Administrativo considerado como o conjunto de normas que regem as relaes entre a administrao e os administrados. Tal critrio leva em conta, necessariamente, o carter residual ou negativo do Direito Administrativo.

    Comentrio: Questo incorreta. So vrias impropriedades. Pelo critrio teleolgico, o Direito Administrativo seria o sistema de princpios jurdicos e de normas que regulam a atividade do Estado para o cumprimento dos seus fins, de utilidade pblica. Ao contrrio, o conjunto de normas que regem as relaes entre a administrao e os administrados, seria o conceito de Direito Administrativo segundo o critrio das relaes jurdicas. Alm disso, o critrio que leva em conta, necessariamente, o carter residual ou negativo do Direito Administrativo o critrio negativo ou residual.

    Gabarito: Errado

    31. (Cespe INSS 2010) Segundo a Escola Legalista, o direito administrativo pode ser conceituado como o conjunto de leis administrativas vigentes em determinado pas, em dado momento.

    Comentrio: Segundo a Escola legalista, exegtica, catica ou emprica, o Direito Administrativo era compreendido como sinnimo de direito positivo, ou seja, conjunto de regras expressas em leis e regulamentos, desprezando a carga normativa dos princpios. Portanto, correta a assertiva.

    Gabarito: Certo

    32. (Cespe Sefaz/MT 2004) Determinado estado brasileiro criou, por meio de lei estadual, uma agncia dotada de autonomia financeira, funcional e administrativa, com a finalidade de, observada a competncia prpria dos outros entes federados, controlar e fiscalizar, bem como normatizar, padronizar, conceder e fixar tarifas dos

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    servios pblicos delegados, nas reas de transporte e de telecomunicaes. De acordo com a lei de criao, os integrantes dessa agncia devem ser nomeados aps aprovao em concurso pblico de provas. Com relao situao hipottica descrita acima, julgue o item subseqente. As aes dessa agncia devem ser regidas pelo Direito Administrativo, que, de acordo com o critrio teleolgico, o ramo do direito pblico interno que regula a atividade jurdica no-contenciosa do Estado e a constituio dos rgos e meios de sua ao em geral.

    Comentrio: Se por um lado correto que as aes da aludida agncia devem ser regidas pelo Direito Administrativo, o quesito erra ao definir o critrio teleolgico, pois apresenta a caracterizao do critrio da distino entre atividade jurdica e social do Estado. O critrio teleolgico, ao contrrio, define Direito Administrativo como o sistema de princpios jurdicos e de normas que regulam a atividade do Estado para o cumprimento dos seus fins, de utilidade pblica.

    Gabarito: Errado

    33. (ESAF CGU AFC 2006) O Direito Administrativo considerado como sendo o conjunto harmonioso de normas e princpios, que regem o exerccio das funes administrativas estatais e

    a) os rgos inferiores, que as desempenham. b) os rgos dos Poderes Pblicos. c) os poderes dos rgos pblicos. d) as competncias dos rgos pblicos. e) as garantias individuais.

    Comentrio: Outro critrio utilizado para conceituar direito administrativo o critrio da hierarquia orgnica, que busca diferenciar o direito administrativo do direito constitucional classificando os rgos do Estado em superiores e inferiores. Assim, por esse critrio, o direito administrativo rege os rgos inferiores do Estado, enquanto o direito constitucional estuda os rgos superiores. Da, HQWmRRJDEDULWRVHUDDOWHUQDWLYDD

    Ressalte-se que o critrio da hierarquia orgnica tambm alvo de crticas, eis que o direito administrativo tambm se ocupa do estudo de rgos superiores, leia-se, rgos independentes e indispensveis estrutura do Estado, como o caso da Presidncia da Republica.

    Gabarito: DOWHUQDWLYDD

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    34. (ESAF Procurador DF 2007) O conceito estrito de Administrao Pblica abarca os Poderes estruturais do Estado, sobretudo o Poder Executivo.

    Comentrio: Segundo a Professora Di Pietro, a Administrao Pblica pode ser assim classificada: em sentido amplo, e considerada sob o aspecto subjetivo, abarca os

    rgos governamentais, supremos, constitucionais (Governo), ou, nas palavras da banca, os Poderes estruturais do Estado, aos quais incumbe traar os planos de ao, dirigir, comandar, como tambm os rgos administrativos, subordinados, dependentes (Administrao Pblica, em sentido estrito), aos quais incumbe executar os planos governamentais; ainda em sentido amplo, porm considerada sob o aspecto objetivo, a Administrao Pblica compreende a funo poltica, que traa as diretrizes governamentais e a funo administrativa, que as executa.

    em sentido estrito, a Administrao Pblica compreende, sob o aspecto subjetivo, apenas os rgos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a funo administrativa, excludos, no primeiro caso, os rgos governamentais e, no segundo, a funo poltica. Portanto, a assertiva erra ao incluir os Poderes estruturais do Estado no

    conceito de Administrao Pblica em sentido estrito, pois estariam abrangidos apenas ao se considerar o sentido amplo.

    Gabarito: Errado

    35. (Cespe TCU AUFC 2009) O direito administrativo, como ramo autnomo, tem como finalidade disciplinar as relaes entre as diversas pessoas e rgos do Estado, bem como entre este e os administrados.

    Comentrio: A afirmativa est correta. No conceito de Direito Administrativo, pode-se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas e princpios, que regem relaes entre rgos pblicos, seus servidores e administrados, no que concerne s atividades estatais, compreendendo, por exemplo, a administrao do patrimnio pblico (ex: compra de bens mediante licitao ou realizao de obras pblicas), a interveno na propriedade privada (ex: desapropriao da propriedade de terceiros para fins de utilidade pblica ou o tombamento de bens para preservao do patrimnio cultural), o regime disciplinar dos servidores pblicos e, inclusive, atividades de carter normativo (ex: edio de decretos pelo Chefe do Poder Executivo, no exerccio do poder regulamentar).

    Por oportuno, ressalte-se que nosso Direito Administrativo, embora discipline as relaes entre as pessoas e o Estado, um direito no contencioso, uma vez que as lides de natureza administrativa podem ser levadas apreciao do Poder Judicirio. Embora a Administrao tambm

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    possa resolver eventuais conflitos que venham a ocorrer nas atividades estatais, apenas a deciso proferida pelo Poder Judicirio que ter fora de coisa julgada, definitiva.

    Gabarito: Certo

    36. (Cespe MDIC 2014) O exerccio das funes administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o regime de direito pblico, em razo da indisponibilidade do interesse pblico. Comentrio: A questo est errada. No direito administrativo, ramo do direito pblico, algumas relaes entre a administrao pblica e os particulares so regidas por normas do direito privado. que, em determinadas situaes, o Estado no est concretizando, diretamente, o interesse pblico. Nesses casos, o Estado no atua com superioridade, pois so relaes tipicamente privadas, regidas pela igualdade, aplicando-se, predominantemente, as regras de direito privado, a exemplo dos contratos de locao de imveis.

    Gabarito: Errado

    37. (Cespe MCT/FINEP Analista 2009) O costume e a praxe administrativa so fontes inorganizadas do direito administrativo, que s indiretamente influenciam na produo do direito positivo.

    Comentrio: O quesito est correto. De fato, o costume e a praxe administrativa, assim como a jurisprudncia, so fontes inorganizadas, vale dizer, no escritas, do Direito Administrativo. Diferem da lei e da doutrina, que so fontes escritas. Registre-se que as fontes no escritas (costume, praxe e jurisprudncia) so tambm chamadas de fontes substanciais ou materiais, uma vez que so fontes do direito por sua prpria natureza, ou seja, no precisam de nenhuma formalidade para que cumpram esse papel. Ao contrrio, as fontes escritas (lei e doutrina) so tambm chamadas de fontes formais, eis que precisam ser formalizadas, publicadas para se tornarem fontes do direito.

    Gabarito: Certo

    38. (Cespe TRT 10 Regio 2013) Em decorrncia do princpio da legalidade, a lei a mais importante de todas as fontes do direito administrativo.

    Comentrio: Questo correta. Um dos pilares mais fortes de nosso ordenamento jurdico o princpio da legalidade administrativa, segundo o qual a Administrao Pblica somente pode fazer o que a lei autorizar ou determinar. Por essa razo, a lei em sentido amplo (Constituio, leis e atos normativos em geral) considerada a principal fonte do direito administrativo.

    Gabarito: Certo

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    39. (Cespe Ministrio Integrao Nacional 2013) Os costumes, a jurisprudncia, a doutrina e a lei constituem as principais fontes do direito administrativo.

    Comentrio: De fato, os costumes, a jurisprudncia, a doutrina e a lei constituem as principais fontes do direito administrativo, sendo a lei a fonte primordial ou primria, e as demais, fontes secundrias.

    Outras fontes de direito usualmente citadas so os princpios e os tratados internacionais.

    Gabarito: Certo

    40. (Cespe AUFC TCU 2011) Os costumes sociais tambm podem ser considerados fonte do direito administrativo, sendo classificados como fonte direta, pois influenciam a produo legislativa ou a jurisprudncia.

    Comentrio: Os costumes sociais de fato podem ser considerados fonte de direito administrativo. Todavia, so classificados como fonte indireta ou secundria, da mesma forma que a doutrina e a jurisprudncia, eis que apenas interpretam ou ajudam na elaborao de novas normas. Como fonte direta, isto , que inova no ordenamento jurdico, criando direito novo, considera-se apenas a lei. Alguns doutrinadores tambm entendem que as decises judiciais vinculantes e aquelas com eficcia erga omnes tambm seriam fontes diretas.

    Gabarito: Errado

    41. (Cespe TCE/AC 2006) O costume no se confunde com a chamada praxe administrativa. Aquele exige cumulativamente os requisitos objetivo (uso continuado) e subjetivo (convico generalizada de sua obrigatoriedade), ao passo que nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No entanto, ambos no so reconhecidos como fontes formais do direito administrativo, conforme a doutrina majoritria.

    Comentrio: O item est correto. De fato, costume e praxe administrativa no se confundem, pelas razes expostas no comando da questo, que se resumem ao requisito subjetivo: embora determinada prtica seja de uso continuado, caso seja uma praxe, no existe, por parte dos indivduos, percepo de obrigatoriedade em seu uso; caso seja um costume, da sim existe. Para a doutrina, os costumes e as praxes so fontes no organizadas, ou seja, no escritas ou no formais, mas sim substanciais ou materiais. Assim, tanto as praxes como os costumes no podem ser reconhecidos como fontes formais do Direito Administrativo.

    Gabarito: Certo

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    42. (Cespe FINEP 2009) O costume e a praxe administrativa so fontes inorganizadas do direito administrativo, que s indiretamente influenciam na produo do direito positivo.

    Comentrio: Correta a assertiva. Costume e praxe administrativa so classificados pela doutrina como fontes no organizadas, no escritas de direito administrativo. Ademais, costume e praxe devem ser sempre subordinados Constituio e s leis, assumindo, assim, relevncia secundria como fonte de Direito; a princpio, detm mero poder de orientao/indicao da ao estatal.

    Gabarito: Certo

    43. (Cespe TCU AUFC 2004) A jurisprudncia e os costumes so fontes do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se da falta de carter vinculante, e a segunda tem sua influncia relacionada com a deficincia da legislao.

    Comentrios: A questo est correta. A jurisprudncia, ou seja, o conjunto de decises num, mesmo sentido, proferidas quando da aplicao de certos preceitos jurdicos na soluo de casos iguais, importante fonte no escrita de direito administrativo. Todavia, ao contrrio do que ocorre nos Estados Unidos ou na Inglaterra, no possui, entre ns, carter vinculante, a exceo de determinados institutos jurdicos especficos, tais como as decises do STF nas aes de controle concentrado de constitucionalidade e as smulas vinculantes.

    Ainda sobre a jurisprudncia, cumpre ressaltar que, a rigor, no constituem fonte de jurisprudncia as decises administrativas dos tribunais do Poder Judicirio, adotadas, por exemplo, na organizao dos seus servios internos. Ao contrrio, a jurisprudncia se forma to somente a partir das decises adotadas no exerccio da funo jurisdicional, vale dizer, oriundas de sentenas judiciais. Vale lembrar, contudo, que a jurisprudncia dos Tribunais de Contas, rgos responsveis pelo controle externo da administrao pblica, pode ser considerada fonte de Direito Administrativo. E as decises desses rgos, mesmo as adotadas no exerccio da funo de controle, possuem natureza administrativa.

    Em relao aos costumes, recorre-se lio de Hely Lopes Meirelles (2008, p. 48): QR direito administrativo brasileiro, o costume exerce ainda influncia em razo da deficincia da legislao. A prtica administrativa vem suprindo o texto escrito e, sedimentada na conscincia dos administradores e administrados, a praxe burocrtica passa a suprir a lei, ou atua como elemento LQIRUPDWLYRGDGRXWULQD.

    Gabarito: Certo

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    44. (ESAF TCU ACE 2006) O regime jurdico-administrativo entendido por toda a doutrina de Direito Administrativo como o conjunto de regras e princpios que norteiam a atuao da Administrao Pblica, de modo muito distinto das relaes privadas. Assinale no rol abaixo qual a situao jurdica que no submetida a este regime. a) Contrato de locao de imvel firmado com a Administrao Pblica. b) Ato de nomeao de servidor pblico aprovado em concurso pblico. c) Concesso de alvar de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal.

    d) Decreto de utilidade pblica de um imvel para fins de desapropriao. e) Aplicao de penalidade a fornecedor privado da Administrao.

    Comentrio: Considero essa uma tima questo para fixarmos o conceito de regime-jurdico administrativo. Como bem informa o enunciado, esse regime norteia a atuao da Administrao Pblica de modo muito distinto das relaes privadas. Caracteriza-se pela presena de dois princpios: (i) supremacia do interesse pblico sobre o privado; e (ii) indisponibilidade do interesse pblico.

    Em suma, o princpio da supremacia do interesse pblico fundamenta a existncia das prerrogativas e dos privilgios da Administrao Pblica, enquanto o princpio da indisponibilidade do interesse pblico, em contraponto ao primeiro, fundamenta as restries impostas Administrao.

    Assim, as situaes jurdicas que se submetem ao regime jurdico-administrativo se caracterizam ou pela presena de prerrogativas e privilgios conferidos Administrao ou pela existncia de restries atuao dessa mesma Administrao.

    Com base nesse arcabouo terico, vamos analisar cada situao: (a) CERTA. Como veremos com mais detalhes no correr do curso, os

    contratos da Administrao podem ser contratos de direito privado ou contratos administrativos, sendo que apenas os contratos administrativos so regidos plenamente pelo regime jurdico-administrativo. O contrato de locao de imvel firmado pela Administrao Pblica exemplo de contrato regido predominantemente pelo direito privado, portanto, sem privilgios especiais Administrao, da o gabarito.

    Com efeito, os contratos de direito privado tm como uma das caractersticas diferenciadoras dos contratos administrativos a igualdade de tratamento das partes. Entretanto, vale relembrar o ensinamento de Di Pietro, de que mesmo quando submetida a regras de direito privado, a Administrao no se despe de certos privilgios e sempre se submete a determinadas

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    restries, na medida necessria para adequar o meio utilizado ao fim pblico a cuja consecuo se vincula por lei.

    Assim, mesmo quando celebra contratos predominantemente regidos pelo direito privado, o Poder Pblico no poder abdicar de algumas prerrogativas e sujeies, sendo, ento, indispensveis, por exemplo, que o contrato contenha clusulas indicativas do crdito pelo qual correr a despesa e que vinculem o contrato licitao ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, bem como proposta do licitante vencedor; e, ainda, existe a necessidade de dar a devida publicidade ao ajuste, dentre outras formalidades, tudo com o fim de proteger o interesse geral.

    (b) ERRADA. A nomeao de servidor aprovado em concurso pblico ato submetido ao regime jurdico-administrativo. Com efeito, em vista do princpio da indisponibilidade do interesse pblico, a Administrao deve contratar seu pessoal efetivo mediante concurso pblico e, mais ainda, formalizar e dar publicidade ao ato de nomeao dos servidores aprovados.

    (c) ERRADA. A concesso de alvar de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal tpico exemplo da supremacia do interesse pblico sobre o privado, pelo qual a Administrao pode impor obrigaes a particulares com o fim de proteger o interesse geral. Portanto, sim atividade sujeita ao regime jurdico-administrativo.

    (d) ERRADA. A desapropriao de imvel particular para atender a fins de utilidade pblica outro exemplo de aplicao do princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado, portanto, situao jurdica sujeita ao regime jurdico-administrativo.

    (e) ERRADA. Mais um exemplo do princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado. A possibilidade de aplicao de penalidade a fornecedor privado da Administrao p XPD GDV FKDPDGDV FOiXVXODVH[RUELWDQWHV SUySULDV GRV FRQWUDWRV DGPLQLVWUDWLYRs regidos pelo direito pblico, nos quais o interesse pblico se sobressai sobre os interesses particulares.

    Gabarito: DOWHUQDWLYDD 45. (Cespe MTE 2014) A supremacia do interesse pblico sobre o privado e a indisponibilidade, pela administrao, dos interesses pblicos, integram o contedo do regime jurdico-administrativo. Comentrio: O regime jurdico-administrativo caracteriza-se pelos princpios da supremacia do interesse pblico sobre o privado e da indisponibilidade do interesse pblico, princpios que conferem, respectivamente, prerrogativas e restries Administrao, com vistas ao atingimento do interesse pblico. Logo, o item est correto.

    Gabarito: Certo

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    46. (Cespe MTE 2014) Em razo da submisso ao regime jurdico administrativo, a administrao pblica no dispe da mesma liberdade para contratar que conferida a particular.

    Comentrio: Ao contrrio dos particulares, que podem fazer qualquer coisa desde que no haja lei que os proba, o Poder Pblico, em homenagem aos princpios da legalidade e da indisponibilidade do interesse pblico, s pode fazer aquilo que a lei permite. Esse um dos pilares do regime jurdico-administrativo. Por isso que, ao contratar, a Administrao Pblica no pode escolher livremente seus fornecedores e prestadores de servio; ao contrrio, deve observar as regras e os princpios da Lei de Licitaes.

    Gabarito: Certo

    47. (Cespe Polcia Federal 2014) Em face do princpio da isonomia, que rege toda a administrao pblica, o regime jurdico administrativo no pode prever prerrogativas que o diferenciem do regime previsto para o direito privado.

    Comentrio: O quesito est errado. Um dos princpios fundamentais do regime jurdico-administrativo a supremacia do interesse pblico sobre o privado. com base nesse princpio que o ordenamento jurdico confere Administrao uma srie de prerrogativas, inexistentes do regime previsto para o direito privado, a exemplo da possibilidade de o Poder Pblico executar aes de coero sobre os administrados sem a necessidade de autorizao judicial, desde que previstas em lei.

    Gabarito: Errado

    48. (Cespe SUFRAMA 2014) A impossibilidade da alienao de direitos relacionados aos interesses pblicos reflete o princpio da indisponibilidade do interesse pblico, que possibilita apenas que a administrao, em determinados casos, transfira aos particulares o exerccio da atividade relativa a esses direitos.

    Comentrio: O item est correto. Os direitos relacionados ao interesse pblico so indisponveis Administrao, ou seja, a Administrao no pode deles se desfazer segundo sua prpria vontade. Ao contrrio, deve respeitar os interesses da coletividade, refletidos na Constituio e nas leis que regem a atividade administrativa, em estreita ligao com o princpio da legalidade.

    Em determinados casos, a Constituio autoriza que a Administrao transfira a particulares o exerccio de atividade relativa satisfao do interesse pblico, mais precisamente, a explorao de determinados servios pblicos, a exemplo dos servios de telecomunicaes, de radiodifuso, transporte etc. (CF, art. 21, XI e XII), em linha com o que afirma o enunciado. Perceba que, nesses casos, a Administrao no est dispondo do interesse

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    pblico segundo sua prpria vontade, mas sim est agindo conforme autoriza a Constituio.

    Gabarito: Certo

    49. (Cespe AE/ES 2013) Com base na doutrina sobre a teoria geral do direito administrativo, assinale a opo correta. a) A aprovao, pelo Poder Legislativo, de lei que conceda penso vitalcia viva de ex-combatente, embora constitua formalmente ato legislativo, caracteriza materialmente o exerccio de funo administrativa. b) De acordo com a doutrina, o aspecto objetivo formal da funo do Estado diz respeito aos sujeitos ou agentes da funo pblica. c) O Estado, por gerir o interesse da sociedade, somente pode exercer sua funo administrativa sob o regime do direito pblico. d) O princpio da indisponibilidade do interesse pblico, voltado ao administrado, diz respeito impossibilidade de alienao do bem pblico quando o particular lhe detiver a posse.

    e) De acordo com a doutrina majoritria, no existe exclusividade no exerccio das funes pelos poderes da Repblica. Assim, o Poder Executivo exerce funo jurisdicional quando julga seus agentes por irregularidades cometidas no exerccio do cargo.

    Comentrio: (a) CERTA. De forma simples, a diferena entre lei e ato administrativo

    que este provoca efeitos concretos e, aquela, efeitos gerais e abstratos. Dessa distino podemos extrair o conceito de lei em sentido formal e lei em sentido material.

    As leis em sentido formal so os atos normativos editados de acordo com o devido processo legislativo constitucional, ou seja, so os atos editados pelas Casas Legislativas, tenham ou no generalidade ou abstrao1. Ou seja, leva-se em considerao a forma, consubstanciada na observncia ao devido processo legislativo, e no propriamente o contedo da lei. Enquadram-se nessa definio as chamadas leis com efeitos concretos, que possuem forma de lei, mas caracterstica de ato administrativo. o caso da situao em apreo, em que o Poder Legislativo aprovou uma lei concedendo penso a determinada viva de ex-combatente. Trata-se ento, de uma lei em sentido formal, eis que aprovada pelo Poder Legislativo segundo o devido processo

    1 Generalidade significa que a lei atinge todas as pessoas situadas em uma mesma situao jurdica. Abstrao, por sua vez, significa que a lei no se esgota com uma nica aplicao, isto , toda vez que a situao jurdica se repetir, a lei deve ser aplicada.

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    legislativo, mas com efeitos concretos, incidentes apenas sobre a determinada viva, sem apresentar, portanto, os atributos de generalidade e abstrao.

    J as leis em sentido material so todas as normas editadas pelo Estado que contam com os atributos tpicos das leis, ou seja, generalidade, abstrao e obrigatoriedade (imperatividade), no importando se editadas ou no pelo Poder Legislativo. Nesse caso, o que importa o contedo (a matria). Por exemplo, o Regimento Interno dos Tribunais so leis em sentido material, pois apresentam os atributos de generalidade, abstrao e imperatividade, mas no foram criados a partir do devido processo legislativo.

    E (55$'$ 4XDQGR VH IDOD HP DVSHFWR REMHWLYR GHYH-se pensar em DWLYLGDGHo que9HMDTXHDDOWHUQDWLYDDRFRQWUiULR IDODHPVXMHLWRVRXDJHQWHVquem), ou seja, na verdade trata GRDVSHFWRVXEMHWLYR

    (c) ERRADA. Embora, na maioria das vezes, o Estado atue sob o regime de direito pblico, tambm pode atuar sob a sujeio do direito privado, como quando exerce atividade econmica por meio das empresas estatais.

    (d) ERRADA. O princpio da indisponibilidade do interesse pblico diz respeito s restries impostas vontade estatal. Portanto, em regra, voltado para a Administrao, e no para os administrados.

    (e) ERRADA. Ateno! Nesta questo, o Cespe demonstra que compartilha do entendimento de que o Poder Executivo no exerce funo jurisdicional, eis que suas decises podem ser revistas pelo Poder Judicirio.

    Assim, por esse entendimento, errado dizer que o Poder Executivo exerce funo jurisdicional quando julga seus agentes por irregularidades cometidas no exerccio do cargo. Com efeito, o agente que se sentir injustiado pelo julgamento efetuado pelo Executivo poder se socorrer junto ao Judicirio, cuja deciso que ir prevalecer com fora de coisa julgada.

    *DEDULWRDOWHUQDWLYDa 50. (Cespe TRE/MS 2013) Em relao ao objeto e s fontes do direito administrativo, assinale a opo correta. a) O Poder Executivo exerce, alm da funo administrativa, a denominada funo poltica de governo como, por exemplo, a elaborao de polticas pblicas, que tambm constituem objeto de estudo do direito administrativo. b) As decises judiciais com efeitos vinculantes ou eficcia erga omnes so consideradas fontes secundrias de direito administrativo, e no fontes principais.

    c) So exemplos de manifestao do princpio da especialidade o exerccio do poder de polcia e as chamadas clusulas exorbitantes dos contratos administrativos.

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    d) Decorrem do princpio da indisponibilidade do interesse pblico a necessidade de realizar concurso pblico para admisso de pessoal permanente e as restries impostas alienao de bens pblicos. e) Dizer que o direito administrativo um ramo do direito pblico significa o mesmo que dizer que seu objeto est restrito a relaes jurdicas regidas pelo direito pblico.

    Comentrio: Vamos analisar cada alternativa: (a) ERRADA. Se, por um lado correto afirmar que o Poder Executivo,

    alm da funo administrativa, tambm exerce a funo poltica de governo, por outro errado dizer que o Direito Administrativo estuda o exerccio da funo poltica, pois se limita funo administrativa.

    (b) ERRADA. Embora a jurisprudncia, em regra, seja considerada fonte secundria de Direito Administrativo alguns autores entendem que as decises judiciais com efeitos vinculantes ou com eficcia contra todos (erga omnes) no podem ser consideradas meras fontes secundrias, e sim fontes principais, eis que alteram diretamente o ordenamento jurdico positivo, estabelecendo condutas de observncia obrigatria para a Administrao Pblica e para o prprio Poder Judicirio. Nesta questo, a banca demonstra partilhar desse entendimento.

    (c) ERRADA. O exerccio do poder de polcia e as chamadas clusulas exorbitantes dos contratos administrativos so exemplos do princpio da supremacia do interesse pblico, eis que constituem prerrogativas que a Administrao possui para a satisfao do interesse geral. O princpio da especialidade, por sua vez, se refere necessidade de que a atividade a ser exercida pelas entidades da administrao indireta esteja expressamente prevista em lei.

    (d) CERTA. O princpio da indisponibilidade do interesse pblico, que estudaremos mais detidamente daqui a pouco, impe restries vontade estatal, de que so exemplo a necessidade de concurso pblico e as restries para alienao de bens. Assim, a Administrao, ao invs de contratar os servidores que quiser para seus quadros efetivos, deve realizar concurso pblico para selecion-los de forma isonmica, objetiva e transparente.

    (e) ERRADA. Tambm constituem objeto do Direito Administrativo determinadas relaes jurdicas que se sujeitam, alm do direito pblico, tambm ao direito privado, como a interveno do Estado na atividade econmica por meio das empresas pblicas e sociedades de economia mista.

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    51. (Cespe TRT10 2013) O princpio da supremacia do interesse pblico , ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito administrativo, no comportando, por isso, limites ou relativizaes.

    Comentrio: O quesito est errado. A rigor, nenhum princpio absoluto, pois sempre comportam limites ou relativizaes. O princpio da supremacia do interesse pblico no foge a essa regra, sendo limitado ou relativizado por outros princpios igualmente importantes, a comear pelo princpio da legalidade, mas tambm pelos princpios da proporcionalidade, do devido processo legal, do contraditrio e da ampla defesa, dentre outros. Por exemplo: o modelo clssico da supremacia do interesse pblico sobre o privado o instituto da desapropriao por necessidade ou utilidade pblica. 0DV QHVVH FDVR R (VWDGR QmR SRGH VLPSOHVPHQWH WRPDU D SURSULHGDGHparticular. Ao contrrio, deve seguir o procedimento previsto em lei e, antes de mais nada, assegurar indenizao justa e prvia ao proprietrio (CF, art. 5, XXIV). Assim, pode-se dizer que, nessa situao, a supremacia do interesse pblico est sendo limitada ou relativizada pelos princpios da legalidade e da proporcionalidade.

    Gabarito: Errado

    52. (Cespe Sefaz ES Auditor Fiscal 2013) Acerca do direito administrativo, assinale a opo correta. a) A administrao pblica confunde-se com o prprio Poder Executivo, haja vista que a este cabe, em vista do princpio da separao dos poderes, a exclusiva funo administrativa.

    b) A ausncia de um cdigo especfico para o direito administrativo reflete a falta de autonomia dessa rea jurdica, devendo o aplicador do direito recorrer a outras disciplinas subsidiariamente.

    c) O direito administrativo visa regulao das relaes jurdicas entre servidores e entre estes e os rgos da administrao, ao passo que o direito privado regula a relao entre os rgos e a sociedade. d) A indisponibilidade do interesse pblico, princpio voltado ao administrado, traduz-se pela impossibilidade de alienao ou penhora de um bem pblico cuja posse detenha o particular.

    e) Em sentido subjetivo, a administrao pblica confunde-se com os prprios sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado.

    Comentrio: Vamos encontrar a opo correta: (a) ERRADA. Embora a funo administrativa seja tpica do Poder

    Executivo, os demais Poderes, Legislativo e Judicirio, tambm a exercem de forma acessria, notadamente quando organizam seus servios internos.

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    Assim, incorreto afirmar que a administrao pblica se confunde com o Poder Executivo. Ademais, o quesito tambm erra ao dizer que ao Poder Executivo cabe exclusivamente a funo administrativa, uma vez que tambm exerce atividades prprias da funo legislativa, como quando edita medida provisria (CF, art. 62) ou decretos autnomos (CF, art. 84, VI).

    (b) ERRADA. Ainda que no possua um cdigo especfico que rena todas as suas normas e princpios, o Direito Administrativo consi