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 [email protected] www.fatimasoares.com.br ___________________ ______________________ _________________ ________________________ ___  _____________ ______________ ______________ _____________ _____________ _____________ ______________ _______ Rua Pouso Alegre, 657 sala 17 - Floresta - BH- MG - (31) 3421-3907 | (31) 3444-2817 | (31)8785-2000  1  A POSTILA DE DIREITO PENAL MIL IT A R PROF . ROGÉRIO- TURMA 3- 28- 03-14 COMENTÁRIOS INICIAIS Existe um nítido paralelismo entre o Direito Penal Militar (DPM) e o Direito Penal Comum (DP), mormente a questão da tipicidade, excludentes de ilicitude e culpabilidade. Considerando as semelhanças com o Direito Penal Comum, aborda-se aqui, tão somente, as particularidades do DPM e diferenças em relação ao DP, de maneira pontual. Cita-se inicialmente que o bem jurídico tutelado no Di reito Penal Militar (DPM) é diferente do Direito Penal Comum (DP). DP: visa proteger os bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade. DPM: visa proteger a hierarquia e a disciplina (visando a segurança da nação e as instituições militares). Estes são os sustentáculos da atividade militar. Por isso, existem tipos penais no CPM, não previstos no CP, por exemplos: desrespeito a superior (art. 160), furto de uso (art. 241), publicação ou crítica indevida (art. 166), dano culpos o (art. 266), pederastia (art. 235). 2. Das medidas d e segurança  As medidas de segurança (MS) regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. Parece que é inconstitucional, pois prevê a retroavidade da lei, independente da gravidade da medida. E o art. 5º, XL, da CF (retroatividade da lei benéfica). Na verdade, as MS não são penas. Para a doutrina, as MS não tem caráter retributivo como as penas, tanto que nem aparece no rol taxativo das penas principais (art. 55) e nem das penas acessórias (art. 98) do CPM. Na verdade foram catalogadas no arts. 3°, e 110 a 120 do Código Castrense. As MS são aplicadas de acordo com o grau de periculosidade do agente e visam evitar que ele exponha outrem a perigo. 3. Teoria do lugar do crime São três as teorias que gravitam em torno do assunto: 1. Teoria da Atividade: lugar do crime é aquele em que se iniciou a execução da conduta típica; 2. Teoria do resultado: lugar do crime é aquele em que se produziu o resultado da ação/omissão; 3. Teoria da Ubiquidade: lugar do crime é tanto aquele em que se iniciou sua execução, como aquele em que ocorreu o resultado. No que tange ao lugar do crime, o CPM adotou um sistema misto (Jorge César de Assis). Crimes comissivos – Teoria da Ubiquidade Crimes omissivos – Teoria da Atividade (o CPM, em relação aos crimes omissivos, adota esta teoria, já que considera praticado o fato no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida – art. 6º). 4. Territorialidade e extraterritorialidade Territorialidade é a aplicação da lei penal ao crime praticado no território nacional e a extraterritorialidade retrata a aplicação da lei ao crime praticado fora do território brasileiro. No CP , a territorialidade da aplicação da lei encontra-se no art. 5º e a extraterritorialidade (alguns casos) no art. 7º. A extraterritorialidade da aplicação da lei é exceção no CP , e uma regra no CPM. A lei penal militar aplica-se ao crime MILITAR praticado dentro e fora do território nacional, sem prejuízo de tratados e convenções internacionais (art. 7º). Exemplos:  Um Sgt do Exército no Haiti, em serviço, agride uma civil haitiana.  Um Cap PM em missão de paz em Angola divulga informações privilegiadas a um estrangeiro, causando prejuízo à administração militar (art. 326-violação de sigilo funcional) No intuito de se evitar o “bis in idem”, ou dupla punição pelo mesmo, no mesmo ramo do direito público, o art. 8º determina que a eventual pena aplicada no estrangeiro, atenua a pena no Brasil, se diversa, e nela é computada, se idêntica. Haverá situações em que o crime militar poderia ser cometido no exterior, inclusive, em detrimento do Brasil (favor ao inimigo  – art. 356) e, nestas condições, provavelmente, não haveria interesse da outr a nação em processar e julgar o agente. 5. Crime Militar A Carta Magna em seus artigos 124 e 125, § 4º, deixou a cargo da lei ordinária, definir o que vem a s er crime militar. Assim, o Decreto-Lei n. 1001/69, que dispõe sobre o Código Penal Militar (CPM), traz em seu bojo o que vem a ser crime militar. Todavia, o Codex não definiu o conceito de delito castrense, e sim, apresenta um rol taxativo de situações que se consideram crime militar. Portanto, para se entender o conceito de crime militar, basta compreender os artigos 9º e 10 do CPM, com prevalência do art. 9º, que trata dos crimes militares em tempo de paz. No escopo de definir o crime militar, a doutrina estabeleceu 04 critérios classificatórios: EM RAZÃO DA MATÉRIA  (ratione materiae) – matéria própria da caserna – dupla qualidade no ato e no agente: deserção (art. 187) EM RAZÃO DA PESSOA (ratione personae) – reside da qualidade m ilitar do agente: abandono de pessoa (art. 212). É o

Apostila de Direito Penal Militar TURMA 3-28-04 14

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resumo muito bom acerca da disciplina tão importante para concursos da área militar, merece ser lida com atenção e cuidado, pois tal discilina pode ser decisiva no concurso

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    APOSTILA DE DIREITO PENAL MILITAR PROF. ROGRIO- TURMA 3- 28- 03-14 COMENTRIOS INICIAIS

    Existe um ntido paralelismo entre o Direito Penal Militar (DPM) e o Direito Penal Comum (DP), mormente a questo da tipicidade, excludentes de ilicitude e culpabilidade.

    Considerando as semelhanas com o Direito Penal Comum, aborda-se aqui, to somente, as particularidades do DPM e diferenas em relao ao DP, de maneira pontual.

    Cita-se inicialmente que o bem jurdico tutelado no Direito Penal Militar (DPM) diferente do Direito Penal Comum (DP). DP: visa proteger os bens jurdicos mais relevantes para a vida em sociedade. DPM: visa proteger a hierarquia e a disciplina (visando a segurana da nao e as instituies militares). Estes so os

    sustentculos da atividade militar. Por isso, existem tipos penais no CPM, no previstos no CP, por exemplos: desrespeito a superior (art. 160), furto de uso (art.

    241), publicao ou crtica indevida (art. 166), dano culposo (art. 266), pederastia (art. 235).

    2. Das medidas de segurana As medidas de segurana (MS) regem-se pela lei vigente ao tempo da sentena, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei

    vigente ao tempo da execuo. Parece que inconstitucional, pois prev a retroavidade da lei, independente da gravidade da medida. E o art. 5, XL, da CF

    (retroatividade da lei benfica). Na verdade, as MS no so penas. Para a doutrina, as MS no tem carter retributivo como as penas, tanto que nem aparece

    no rol taxativo das penas principais (art. 55) e nem das penas acessrias (art. 98) do CPM. Na verdade foram catalogadas no arts. 3, e 110 a 120 do Cdigo Castrense.

    As MS so aplicadas de acordo com o grau de periculosidade do agente e visam evitar que ele exponha outrem a perigo.

    3. Teoria do lugar do crime

    So trs as teorias que gravitam em torno do assunto:

    1. Teoria da Atividade: lugar do crime aquele em que se iniciou a execuo da conduta tpica;

    2. Teoria do resultado: lugar do crime aquele em que se produziu o resultado da ao/omisso;

    3. Teoria da Ubiquidade: lugar do crime tanto aquele em que se iniciou sua execuo, como aquele em que ocorreu o resultado.

    No que tange ao lugar do crime, o CPM adotou um sistema misto (Jorge Csar de Assis). Crimes comissivos Teoria da Ubiquidade Crimes omissivos Teoria da Atividade (o CPM, em relao aos crimes omissivos, adota esta teoria, j que considera

    praticado o fato no lugar em que deveria realizar-se a ao omitida art. 6). 4. Territorialidade e extraterritorialidade

    Territorialidade a aplicao da lei penal ao crime praticado no territrio nacional e a extraterritorialidade retrata a aplicao da lei ao crime praticado fora do territrio brasileiro.

    No CP, a territorialidade da aplicao da lei encontra-se no art. 5 e a extraterritorialidade (alguns casos) no art. 7. A extraterritorialidade da aplicao da lei exceo no CP, e uma regra no CPM. A lei penal militar aplica-se ao crime MILITAR praticado dentro e fora do territrio nacional, sem prejuzo de tratados e

    convenes internacionais (art. 7). Exemplos: Um Sgt do Exrcito no Haiti, em servio, agride uma civil haitiana. Um Cap PM em misso de paz em Angola divulga informaes privilegiadas a um estrangeiro, causando prejuzo

    administrao militar (art. 326-violao de sigilo funcional) No intuito de se evitar o bis in idem, ou dupla punio pelo mesmo, no mesmo ramo do direito pblico, o art. 8 determina

    que a eventual pena aplicada no estrangeiro, atenua a pena no Brasil, se diversa, e nela computada, se idntica. Haver situaes em que o crime militar poderia ser cometido no exterior, inclusive, em detrimento do Brasil (favor ao inimigo

    art. 356) e, nestas condies, provavelmente, no haveria interesse da outra nao em processar e julgar o agente.

    5. Crime Militar A Carta Magna em seus artigos 124 e 125, 4, deixou a cargo da lei ordinria, definir o que vem a ser crime militar. Assim, o Decreto-Lei n. 1001/69, que dispe sobre o Cdigo Penal Militar (CPM), traz em seu bojo o que vem a ser crime

    militar. Todavia, o Codex no definiu o conceito de delito castrense, e sim, apresenta um rol taxativo de situaes que se consideram crime militar. Portanto, para se entender o conceito de crime militar, basta compreender os artigos 9 e 10 do CPM, com prevalncia do art. 9, que trata dos crimes militares em tempo de paz.

    No escopo de definir o crime militar, a doutrina estabeleceu 04 critrios classificatrios: EM RAZO DA MATRIA (ratione materiae) matria prpria da caserna dupla qualidade no ato e no agente: desero

    (art. 187) EM RAZO DA PESSOA (ratione personae) reside da qualidade militar do agente: abandono de pessoa (art. 212). o

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    caso da letra a do inc. II, do art. 9 do CPM. EM RAZO DO LOCAL (ratione loci) em lugar sujeito administrao militar: apologia (art. 156) EM RAZO DO TEMPO (ratione temporis) crimes praticados em tempo de guerra (art. 10), bem como, durante o perodo de

    manobras ou exerccio etc. Todavia, os doutrinadores concluram que nenhum dos quatro critrios abarcaria todas as situaes consideradas crime militar

    e sedimentaram pacificamente que: CRIME MILITAR AQUELE QUE A LEI DIZ QUE Cita-se um conceito de crime militar que auxilia no entendimento da disciplina, utilizando-se do conceito analtico de crime: todo fato tpico, antijurdico, culpvel e que se enquadre em uma das situaes previstas no art. 9 do CPM.

    6. Crime propriamente e impropriamente militar Outra distino feita pelos textos legais e discutida pela doutrina a distino entre crime propriamente militar (ou crime militar

    prprio) e crime impropriamente militar (ou crime militar imprprio). Por que devo saber o que so crimes impropriamente militares e propriamente militares? Entre outros, cita-se os aspectos abaixo alguns permissivos legais aplicveis apenas no caso dos crimes propriamente

    militares. 1) A permisso para a priso do militar, mesmo ausentes o estado de flagrncia ou o Mandado de Priso expedido por

    autoridade judiciria, conforme dico do art. 5 inc. LXI: Ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.

    2) No art. 18 do CPPM existe a previso de deteno do indiciado do IPM, pelo prazo de 30 dias, prorrogveis por mais 20, sendo a priso apenas comunicada autoridade judiciria e, para estar em perfeita sintonia com a Carta Magna, a permisso contida naquele artigo, diz respeito ao crime propriamente militar;

    3) O crime militar prprio no gera reincidncia ao agente que responder a processo por crime comum, nos termos do art.

    64, II, do CP.

    6.1 Crime propriamente militar (ou militar prprio) So aqueles que esto previstos somente no CPM e s podem ser praticados por militar. Ex: desero (art. 187), abandono de posto (art. 195), abandono de posto (art. 196) embriaguez em servio (art. 202), dormir

    em servio (art. 203). Todos os crimes propriamente militares enquadram-se no inc. I do art. 9 do CPM. Mas, cuidado, nem todos os crimes que se

    enquadram naquele inciso so propriamente militares, como por exemplo: ingresso clandestino (art. 302), furto de uso (art. 241).

    6.2. Crime impropriamente militar (ou militar imprprio): So aqueles previstos no CPM e no CP e podem ser praticados, tanto por militar, quanto por civil. Ex: leso corporal (art. 129), homicdio (art. 205), ameaa (art. 223), furto (art. 240), falsidade ideolgica (art. 319). Registra-se aqui que existe uma terceira categoria de crime militar elaborada por uma doutrina minoritria. Trata-se do crime

    tipicamente militar mencionado por Ione de Souza e Cludio Amim Miguel (previsto s no CPM insubmisso, ingresso clandestino, furto de uso, etc). 7 Anlise do art. 9 do CPM - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: Artigo 9, inc. I: os crimes de que trata este Cdigo, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela no previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposio especial.

    Suj. Ativo Suj. Passivo Comentrio (s) Exemplo (s) Militar da ativa, da reserva,

    reformado ou civil

    Instituio militar, militar da

    ativa, da reserva,

    reformado ou civil

    So os crimes previstos no CPM, no previstos na legislao comum ou previstos de modo diverso. Aqui se encontram todos os crimes propriamente militares.

    Crimes de: motim (art. 149), revolta (art. 149), conspirao (art. 152), omisso de lealdade militar (art. 151), etc.

    Artigo 9, inc. II: os crimes previstos neste Cdigo, embora tambm o sejam com igual definio na lei penal comum, quando praticados: Letra a

    Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo (s) Militar da ativa (art. 3, 1, do EMEMG Lei

    Estadual n. 5.301/69)

    Militar reconvocado Obs: equipara-se a militar da ativa para aplicao da lei penal militar (art. 12 do CPM).

    Militar da ativa.

    Militar da reserva

    reconvocado.

    Nos termos do CPM, os crimes praticados por militar da ativa contra militar da ativa sero crimes militares, sendo esta a nica circunstncia exigida pela lei. (Malgrado, vide item 7.1 - particularidades e variveis sobre o art. 9). Obs: Militar em situao de atividade significa militar da ativa, e no, militar em servio (letra c). Citam-se aqui dois casos em que o STJ declarou a competncia para justia comum, por entender que os militares envolvidos no estavam de servio, portanto, no estariam em situao de atividade (HC n. 119813/08-PR e conflito de competncia n. 26.986/07-SP) A figura do assemelhado, prevista no art. 21 do CPM, no mais existe em nenhuma Instituio Militar (art. 232 EMEMG).

    1) Dois militares de folga e paisana se agridem numa festa particular; 2) Um Cadete do 2 ano do CFO ameaa outro discente do mesmo curso, dentro de uma repblica.

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    Letra b Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo (s)

    Militar da ativa.

    Militar da reserva

    reconvocado.

    Militar da ativa.

    Militar da reserva

    reconvocado.

    Observe que o sujeito ativo no precisa estar em servio, nem atuando em razo da funo, basta que o fato seja praticado em lugar sujeito Administrao Militar. Lugar sujeito administrao militar aquele local em que os regramentos (normas) militares e a estrutura hierrquica so respeitados e nitidamente percebidos. Quem comanda a mais alta autoridade, designada por outra autoridade competente. As funes a exercidas so delegadas de acordo com os postos e graduaes dos militares (ex: 1 BPM, DAL, CPM, HPM, CTPM). No so lugares sujeitos administrao militar: sedes das justias militares, clubes e entidades associativas, a saber: COPM, CCS-PM, AOPM, ASPRA etc.

    1) Um Sgt PM, de folga, no interior do HPM (Hospital da PM), ameaa de morte o mdico que o atendia.

    Letra c

    Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo (s) Militar da ativa.

    Militar da reserva

    reconvocado.

    Militar da reserva

    Militar reformado

    Civil.

    O fato deve ser praticado pelo militar de servio ou atuando em razo da funo (quando o militar de folga, impulsionado pelo dever militar ou acionado por algum, intervm numa ocorrncia). Pode ocorrer crime militar, mesmo quando o militar deixa de atuar quando deveria faz-lo, como no caso da omisso diante de uma situao de flagrante delito (arts. 29, 2 do CPM, 301 do CPP e 243 do CPPM). Comisso de natureza militar e formatura = militar em servio.

    O militar que causa uma leso de corporal culposa no agente (civil) que est sendo algemado durante uma ocorrncia.

    Letra d

    Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo (s) Militar da ativa.

    Militar da reserva

    reconvocado.

    Militar da reserva,

    reformado ou civil.

    A alnea d segue os mesmos critrios da alnea c, visto que o militar da ativa em perodo de manobra ou exerccio, certamente, estar de servio.

    O Cadete PM que profere palavras ofensivas dignidade do pedagogo da EFO (Unidade Militar), durante um acampamento militar.

    Letra e

    Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo (s) Militar da ativa.

    Militar da reserva

    reconvocado.

    Administrao militar

    Ocorre quando o militar viola bens patrimoniais pertencentes s instituies militares ou que se encontrem sobre a responsabilidade destas (apreendidos, alocados, etc). Por ordem administrativa militar tem-se que se trata da prpria harmonia da instituio, abrangendo sua administrao, o decoro de seus integrantes etc. Assim, delitos contra a ordem administrativa militar so as infraes que atingem a organizao, sua existncia e sua finalidade, bem como o prestgio moral da Instituio Militar.

    Policial militar, de folga, que passando defronte a uma viatura de policiamento estacionada ao lado de uma base comunitria, decide, por insatisfao salarial ou outra motivao, danificar o veculo oficial com um bloco de concreto.

    Artigo 9, inc. III: os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituies militares, considerando se como tais no s os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: Letra a

    Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo Militar da reserva (QOR) ou reformado (QOR) (art. 3, 2 e 3, do EMEMG Lei Estadual n.

    5.301/69). Civil: O civil pode ser julgado pela justia militar federal (art. 124 da CF), mas no ser julgado pela justia militar estadual (art. 125, 4 da CF e smula 53 do STJ). Portanto, o civil s pratica crime militar contra a Instituio Militar federal.

    Vide art. 13 do CPM e art. 82, 1, CPPM.

    Administrao militar

    Considere os mesmos comentrios feitos sobre o art. 9, II, e, atentando-se que agora o sujeito ativo no mais o militar da ativa.

    Um civil que, dolosamente, arremessa uma pedra em direo ao quartel do exrcito (federal) e quebra os vidros de uma janela.

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    Letra b Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo Militar da reserva

    Militar

    reformado

    Civil

    Militar da ativa Militar da reserva reconvocado Funcionrio do Ministrio Militar ou da Justia Militar (juiz, promotor, escrivo, Oficial de justia etc art. 27 do CPM), no exerccio da funo inerente ao seu cargo. Obs: no existem mais os ministrios militares, agora as Foras Armadas esto subordinadas ao Ministrio da Defesa.

    Observe-se que esta hiptese exige como elementar que o crime ocorra em local sujeito administrao militar.

    Durante um festival de sorvete no interior do 12 BI-EB (Unidade Militar Federal), um civil furta o aparelho celular de um militar daquela Unidade.

    Letra c

    Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo Militar da reserva

    Militar reformado

    Civil

    Militar da ativa Militar da reserva reconvocado

    A alnea c se resume aos casos em que o militar estiver de servio em situaes extraordinrias, como: prontido, vigilncia, observao, explorao, exerccio, acampamento, acantonamento ou manobras. (vide conceitos no item 7.1.3)

    Durante um acampamento de militares, o fotgrafo do evento, sendo um militar reformado, injuria um discente (militar), chamando-o de frouxo e muxiba.

    Letra d

    Suj. ativo Suj. passivo Comentrio (s) Exemplo (s) Militar da reserva

    Militar reformado

    Civil

    Militar da ativa Militar da reserva reconvocado

    O fato pode ser praticado em qualquer lugar, desde que seja contra militar em funo de natureza militar (ex: proteo da ptria), ou no desempenho de servio de vigilncia, garantia e preservao da ordem pblica (policiamento ostensivo art. 144, 5 da CF), administrativa ou judiciria, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obedincia a determinao legal superior. Em sntese, fato praticado contra militar em servio.

    1) Um Ten PM QOR, insatisfeito por ter sido parado numa blitz, desacata o Sgt PM, Cmt da Operao, chamando-o de sargentinho de merda. 2) Um civil desobedece ordem legal de um militar do Exrcito Brasileiro em servio de segurana pblica no Rio de Janeiro (emprego excepcional).

    7.1. Particularidades sobre o artigo 9 7.1.1 Art. 9, II, a

    Acerca dos crimes militares praticados por militar da ativa contra militar da ativa, abordam-se aqui algumas situaes excepcionais, extradas da doutrina e jurisprudncia. Ressaltando que pela letra da lei, sero sempre crimes militares.

    Considere em todas as situaes abaixo que os envolvidos so militares da ativa (ou reconvocados), no esto em servio, no esto atuando em razo da funo e encontram-se em lugar no sujeito administrao militar:

    1) Crime doloso contra a vida de militar praticado por militar: crime militar: se o fato se enquadrar no art. 9, ser crime militar, pois, a exceo do pargrafo nico do referido artigo refere-se vtima civil, e no, militar.

    Todavia, se o autor do delito desconhecer a condio de militar da vtima ser crime comum, conforme construo doutrinria e jurisprudencial, baseando-se na interpretao extensiva do art. 47, I, do CPM.

    2) Militar federal X militar estadual: considerando que a prpria Constituio Federal, reservou artigos diferentes para definir

    os militares estaduais (art. 42 da CF) e os militares federais (art. 142 da CF), a doutrina e jurisprudncia tem entendido que o fato envolvendo tais militares ser crime comum.

    3) Policial Militar X Bombeiro: crime militar: ser crime militar, pois ambos pertencem instituies militares estaduais e

    podem ser julgados pela Justia Militar Estadual. 4) Os casos em que a vtima militar for pessoa do sexo feminino X Lei Federal n. 11.340/06 (Lei Maria da Penha): Cita-se por

    exemplo um casal de militares da ativa, ou mesmo pai e filha. Neste caso, a doutrina tem defendido que se o caso concreto afetar somente a esfera ntima da famlia ser crime comum e, se abalar os pilares da hierarquia e disciplina militares (afetar a instituio militar) ser crime militar.

    5) Fato envolvendo militares estaduais pertencentes a instituies de Unidades Federativas diferentes (PMMG X PMSP): ser

    crime militar, nos mesmos termos indicados no tpico 3 acima. E, o autor ser julgado pela Justia Militar Estadual da Unidade Federativa em que for lotado (Smula 78 STJ).

    7.1.2 Crimes dolosos contra a vida de civil Pargrafo nico (do art. 9): Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil

    sero da competncia da justia comum (Tribunal de Jri), salvo quando praticados no contexto de ao militar realizada na

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    forma do art. 303 (abate de aeronaves em voo irregular no espao areo brasileiro) da Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Cdigo Brasileiro de Aeronutica. (grifo e acrscimo nosso)

    So de competncia da Justia Comum (Tribunal de Jri), conforme preceito citada e mandamentos constitucionais insculpidos no art. 5, XXXVIII, d e no art. 125, 4, ambos da Carta Magna.

    Observe que no contexto de ao militar praticada por militar das Foras Armadas no abate de avies em voo irregular no espao areo brasileiro, a competncia continua sendo da Justia Militar Federal.

    O art. 303, caput, da Lei n. 7565/86, lista as autoridades que podem realizar o abate do avio suspeito ou em voo irregular, sendo elas: as autoridades aeronuticas (militar federal), fazendrias ou da Polcia Federal.

    Obs: Extrai-se dos concursos da PMMG que as respectivas comisses de elaborao das provas entendem que o crime doloso contra a vida de civil, mesmo enquadrando-se numa das situaes do art. 9 do CPM, so crimes comuns, conforma dico do pargrafo nico, em comento. Todavia, para Assis (2012, p. 166-170) trata-se de um crime militar doloso contra a vida e para Neves e Streifinger (2011, p. 335-349) o em trata-se de um crime militar cuja competncia para processo e julgamento da justia comum.

    Por outro lado, o STM entende ser inconstitucional a Lei n. 9.299/96, que acrescentou o pargrafo nico ao art. 9, consequentemente, para aquele rgo os crimes dolosos contra a vida de civil, praticados por militares federais no cumprimento de suas funes continuam sendo crimes militares. O STM sustenta, ainda, que a exceo do pargrafo nico no se aplica na esfera da Justia Militar Federal, visto, que a prpria Constituio Federal no excepcional da competncia da Justia Militar da Unio os crimes dolosos contra a vida de civil, como o fez na esfera da Justia Militar estadual, conforme dico do art. 124 comparado com o art. 125, 4, da Carta Magna.

    Cuidado: conforme j asseverado anteriormente se for crime doloso contra a vida de militar, o caso no se enquadra na

    exceo do pargrafo nico do art. 9, sendo, em regra, de competncia da Justia Militar. De igual modo, se for crime culposo contra a vida, continuar sendo crime militar se enquadrar-se numa das situaes do art. 9.

    Assim, nos termos da lei e conforme entendimento extrado dos vestibulares da Polcia Militar tem-se o seguinte:

    CRIME

    VTIMA NATUREZA DO CRIME COMPETNCIA PARA JULGAMENTO

    civil crime comum Justia Comum DOLOSO CONTRA A VIDA militar crime militar Justia Militar

    CULPOSO CONTRA A VIDA crime militar Justia Militar

    7.1.3 Art. 9, III, c Conceitos (extrados do livro Comentrios ao Cdigo Penal Militar de Jorge Csar de Assis ).

    Formatura: o deslocamento marcial, cadenciado ou no, de tropa militar, devidamente comandada. Perodo de prontido: um estado de alerta, em que as tropas esto prontas para operaes. Vigilncia e observao: sob o ponto de vista jurdico se confundem, traduzindo um estado de espreita, de constante

    observao. Explorao: o reconhecimento de um terreno, o seu balizamento para a passagem das tropas. Acampamento: o estacionamento temporrio das tropas, que se abrigam em barracas, diferenciando-se do

    acantonamento, que o estacionamento das tropas, tambm em carter temporrio, mas aproveitando-se de instalaes adrede existentes.

    Exerccio ou manobra: so funes de adestramento militar, que as tropas realizam periodicamente para destreza. O perodo de manobras ou exerccio deve ser entendido como o espao temporal compreendido entre o aprontamento da tropa at sua liberao.

    7.2. Possibilidades sobre o artigo 9 No intuito de se apreender melhor os comentrios sobre o art. 9, apresentam-se nos quadros abaixo, algumas

    possibilidades extraveis das situaes previstas naquele preceito esclarecedor da norma castrense. Os quadros denotam as situaes hipotticas e a incidncia em crime comum ou militar, conforme o caso. As situaes so definidas de acordo com a interpretao da lei seca, com a ressalva do militar federal e militar estadual receberem tratamento (e conceituao) diferenciado pela Constituio Federal. Relembra-se que a justia militar federal tem competncia ampla para processar e julgar militar ou civil que pratique delito castrense (art. 124 da CF) e a justia militar estadual tem competncia para processar e julgar somente os militares estaduais, autores de crimes militares (art. 125, 4 da CF). Registra-se, apenas por zelo, que um caso concreto pode incidir em mais de uma das situaes previstas no art. 9. Por exemplo: um militar de servio (inc II, c), agride seu comandante de viatura (inc I crime militar prprio), no interior do quartel (inc. II, b). Todavia, no momento de se aplicar a lei, as incidncias em nada alteram na dosimetria da pena, apenas reforam que o caso, seguramente, configura crime militar.

    Por tratar dos crimes previstos somente no CPM ou de modo diverso na lei penal comum, o inciso I do art. 9 dispensa a exposio de situaes. Pois, na ocorrncia do fato incide o crime militar. Por exemplo: se um militar recusar a obedecer ordem de um superior sobre assunto de servio, depreende-se, sem maiores esforos, que o fato se enquadra como crime militar (art. 163 do CPM), dispensando-se analisar se o militar estava em lugar sujeito administrao militar, em servio, atuando em razo da funo etc.

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    6

    7.2.1 Art. 9, inc. II, letra a.

    Obs: Considere que em todas as situaes abaixo, ambos os militares, so da ativa ou reconvocados, no esto em servio, no esto atuando em razo da funo e no se encontram em lugar sujeito administrao militar.

    Instituio do militar da ativa ou reconvocado (autor)

    Instituio do militar da ativa ou reconvocado (vtima)

    Natureza do crime

    1 Militar federal X Militar federal Crime militar 2 Militar estadual X Militar estadual Crime militar 3 Militar federal X Militar estadual Crime comum 4 Militar estadual X Militar federal Crime comum 5 Militar estadual de RJ X Militar estadual de MG Crime militar 6 Bombeiro militar X Policial militar Crime militar 7 Militar estadual

    (crime doloso contra a vida) X Militar estadual Crime militar

    8 Militar federal (crime doloso contra a vida)

    X Militar federal Crime militar

    7.2.2 Art. 9, inc. II, letra b.

    Considere que em todas as situaes abaixo, que o fato foi praticado em lugar sujeito administrao militar (quartel, HPM, COdont, CTPM, DAL, APM etc), o autor militar da ativa ou reconvocado, no est de servio e nem atuando em razo da funo e a vtima militar da reserva, reformado ou civil.

    Instituio do militar da ativa ou reconvocado (autor)

    Situao da vtima e do local Natureza de crime

    1 Militar Federal X Militar Federal ou civil em LSAMF

    Crime militar

    2 Militar Federal X Militar Estadual (inclusive, da ativa) ou civil em LSAME

    Crime comum

    3 Militar Estadual X Militar Estadual/federal ou civil em LSAME

    Crime militar

    4 Militar Estadual X Militar Estadual ou civil em LSAMF

    Crime comum

    5 Militar federal (crime doloso contra a vida)

    X Militar estadual em LSAMF ou LSAME

    Crime comum

    6 Militar estadual (crime doloso contra vida)

    X Militar federal em LSAMF Crime comum

    7 Militar estadual (crime doloso contra vida)

    X Militar federal em LSAME Crime comum

    8 Militar federal/estadual (crime doloso contra a vida)

    X Civil (em qualquer lugar) Crime comum

    Legenda LSAMF: lugar sujeito administrao militar federal; LSAME: lugar sujeito administrao militar estadual. 7.2.3 Art. 9, inc. II, letras c e d .

    Considere que em todas as situaes abaixo, a vtima militar da reserva, reformado ou civil e o crime foi praticado por militar em servio ou atuando em razo da funo. Para os conceitos: formatura, manobra ou exerccio e demais insculpidos na letra d, considere militar em servio.

    Instituio do militar da ativa ou reconvocado (autor)

    Militar da reserva, reformado ou civil (vtima)

    Natureza de crime

    1 Militar federal/estadual X Militar federal/estadual/civil Crime militar 2 Militar federal/estadual (crime doloso

    contra a vida) X Civil Crime comum

    3 Militar federal (crime doloso contra a vida)

    X Militar federal Crime militar

    4 Militar federal (crime doloso contra a vida)

    X Militar estadual Crime comum

    5 Militar estadual (crime doloso contra a vida)

    X Militar federal Crime comum

    6 Militar estadual (crime doloso contra a vida)

    X Militar estadual Crime militar

    7.2.4 Art. 9, inc. II, letra e.

    Considere que em todas as situaes abaixo, o sujeito ativo militar da ativa ou reconvocado, indiferente se est ou no de servio ou se o fato foi praticado em lugar sujeito administrao militar. O ponto principal nesta alnea a leso ao patrimnio sob a administrao militar ou a ordem administrativa militar.

    Instituio do militar da ativa ou reconvocado (autor)

    Instituio militar violada Natureza de crime

    1 Militar Federal X Patrimnio sob a AMF ou OAMF Crime militar 2 Militar Federal X Patrimnio sob a AME ou

    OAME Crime comum

    3 Militar estadual X Patrimnio sob a AMF ou OAMF Crime militar 4 Militar Estadual X Patrimnio sob a AME ou

    OAME Crime militar

    Legenda: AMF: administrao militar federal; OAMF: ordem administrativa militar federal; AME: administrao militar estadual; OAME: ordem administrativa militar estadual

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    7

    7.2.5 Art. 9, inc. III, letra a.

    Considere que em todas as situaes abaixo, o autor militar da reserva, reformado ou civil, que atenta contra o patrimnio sob a administrao militar ou contra a ordem administrativa militar.

    Militar de reserva, reformado ou civil (autor)

    Instituio militar violada Natureza de crime

    1 Militar Federal X Patrimnio sob a AMF ou OAMF Crime militar 2 Militar Federal X Patrimnio sob a AME ou

    OAME Crime comum

    3 Militar estadual X Patrimnio da AMF ou OAMF Crime militar 4 Militar Estadual X Patrimnio da AME ou OAME Crime militar 5 Civil X Patrimnio da AMF ou OAMF Crime militar 6 Civil X Patrimnio da AME ou OAME Crime comum

    Legenda: AMF: administrao militar federal; OAMF: ordem administrativa militar federal; AME: administrao militar estadual; OAME: ordem administrativa militar estadual. 7.2.6 Art. 9, inc. III, letra b.

    Considere que em todas as situaes abaixo, que o fato foi praticado em lugar sujeito administrao militar (quartel, HPM, COdont, CTPM, DAL, APM etc), por militar da reserva, reformado ou civil e a vtima militar da ativa ou funcionrio do ministrio ou justia militar, no exerccio de funo inerente ao seu cargo (promotor, juiz, serventurios e auxiliares da justia, nos termos do art. 27 do CPM).

    Militar de reserva, reformado ou civil (autor)

    Situao do local Natureza de crime

    1 Militar Federal X Militar federal ou funcionrio da JM em LSAMF

    Crime militar

    2 Militar Federal X Militar estadual ou funcionrio da JM em LSAME

    Crime comum

    3 Militar Estadual X Militar federal ou funcionrio da JM em LSAMF

    Crime militar

    4 Militar Estadual X Militar estadual ou funcionrio da JM em LSAME

    Crime militar

    5 Militar federal (crime doloso contra a vida)

    X Militar federal em LSAMF Crime militar

    6 Militar federal (crime doloso contra vida)

    X Militar estadual em LSAMF ou LSAME

    Crime comum

    7 Militar estadual (crime doloso contra vida)

    X Militar estadual ou federal em LASMF ou LSAME

    Crime militar

    8 Militar federal/estadual (crime doloso contra a vida)

    X Funcionrio da justia militar (em qualquer lugar)

    Crime comum

    9 Civil X Militar federal em LSAMF Crime militar 10 Civil X Militar federal ou estadual em

    LSAME Crime comum

    11 Civil X Militar estadual em LSAMF Crime comum Legenda LSAMF: lugar sujeito administrao militar federal; LSAME: lugar sujeito administrao militar estadual. 7.2.7 Art. 9, inc. III, letras c e d.

    Considere que em todas as situaes abaixo, o crime foi praticado por militar da reserva, reformado ou civil, a vtima era militar da ativa em servio. Neste caso, ser indiferente se o fato foi praticado dentro ou fora do lugar sujeito administrao militar.

    Militar da reserva, reformado ou civil (autor)

    Militar da ativa (em servio) Natureza de crime

    1 Militar federal X Militar estadual Crime comum 2 Militar federal X Militar federal Crime militar 3 Militar estadual X Militar federal/estadual Crime militar

    4 Civil X Militar estadual Crime comum 5 Civil X Militar federal Crime militar

    Por fim, citam-se algumas situaes que se parecem crime militar e no so. Preste bastante ateno, pois, no so raras as vezes em que aparecem nas provas, pegadinhas neste sentido. AUTOR VTIMA NAT. DE CRIME

    1 Militar da reserva, reformado ou civil

    X Militar da ativa, de folga e fora do lugar sujeito administrao militar.

    2 Militar da reserva ou reformado ou civil X Militar da reserva ou reformado em lugar sujeito adm. militar.

    3 Militar da reserva ou reformado ou civil X

    Civil em lugar sujeito administrao militar (salvo, no caso de funcionrio do ministrio ou justia militar, no exerccio da funo).

    4 Militar da ativa, de folga e fora do lugar sujeito administrao militar

    X Militar da reserva, reformado ou civil.

    CRIME COMUM