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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA DE BELAS ARTES DEPARTAMENTO BAR PERSPECTIVA E SOMBRAS APOSTILA

Apostila de Perspectiva e Sombras

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

    ESCOLA DE BELAS ARTESDEPARTAMENTO BAR

    PERSPECTIVA E SOMBRASAPOSTILA

  • PATRIZIA DI TRAPANO

    2011

  • TEORIA DAS PROJEES baseada na imagem formada no olho do observador.

    Do olho do observador saem raios visuais (projetantes) por todos os

    pontos que definem um objeto. Quando esses raios interceptam um

    plano (quadro) temos a projeo do objeto que definida como a

    perspectiva do objeto.

    PROJEO CILINDRICA:

    1. O centro de projees se

    encontra no infinito.

    2. A figura se projeta como uma

    reproduo fiel do objeto original.

    3. As projetantes so paralelas

    entre si.

    4. Os raios visuais podem ser

    oblquos ou perpendiculares ao plano

    de projeo.

    PROJEO CNICA:

    1. Centro de projees numa

    distncia finita (observador).

    2. A figura tende a aumentar de

    tamanho quanto mais prximo o

    observador estiver do objeto.

    3. As projetantes convergem para

    um ponto nico.

    4. Os raios visuais partem do

    observador, gerando uma superfcie

    cnica.

    TullioText Box1

  • PROJEO CILNDRICA OBLQUA - Tambm conhecida como PROJEO PARALELA OBLQUA; - observador localizado no infinito, raios visuais paralelos entre si e

    oblquos ao plano de projeo;

    - Vantagem: Construo rpida; facilita a compreenso do objeto; - desvantagem: imagem no to natural quanto na perspectiva

    cnica; provoca distoro visual.

    Perspectiva Cavaleira Possui uma face em V.G. (Verdadeira Grandeza) paralela ao Quadro

    de projeo e as faces ortogonais a essa face se projetam inclinadas

    e sofrem deformao visual.

    A formao da imagem est sujeita direo das projetantes

    oblquas, existindo uma infinidade de posies diferentes. Desta

    forma, o ngulo das faces ortogonais pode variar indefinidamente.

    Essa variao pode distorcer ou se aproximar mais da forma real do

    slido.

    TullioText Box2

  • Na prtica, utilizamos os ngulos de 30, 45, 60, pela facilidade do

    esquadro.

    Para diminuir o efeito de deformao visual causado pelas faces que

    se projetam obliquamente, utilizamos um coeficiente de alterao, a

    fim de aproximar a imagem do seu aspecto mais real.

    ngulo

    Coeficiente de alterao

    (K)

    30 2/3 ou 3/4

    45 1/2

    60 1/3

    Origem do nome

    a cavaleiro significa em local alto e est relacionada com os estudos

    nas praas militares, onde o observador se posicionava em um ponto

    mais elevado. Da tambm o nome de Perspectiva Militar, muito

    embora se considere as perspectivas construdas a partir da face

    frontal, como Cavaleira e as elaboradas sobre a vista superior, como

    Militar.

    TullioText Box3

  • CAVALEIRA MILITAR

    Consideraes:

    1. O uso da Perspectiva Cavaleira

    especialmente recomendado quando

    desejamos representar objetos cuja

    face paralela ao quadro apresenta

    formas curvas ou crculos. Neste

    caso, aproveitamos a projeo em

    Verdadeira Grandeza da vista

    ortogrfica.

    2. Na construo da Perspectiva

    Cavaleira devemos colocar a maior

    dimenso do objeto paralela ao

    quadro, obtendo um desenho com

    melhor resultado grfico.

    TullioText Box4

  • Construo de Crculos e Formas Curvas No caso de formas curvas desenhadas nas faces oblquas, devemos

    marcar vrios pontos sobre a curva, definindo suas coordenadas,

    atravs dos eixos.

    TullioText Box5

  • PROJEO CILNDRICA ORTOGONAL - Tambm conhecida como PROJEO PARALELA ORTOGONAL;

    - observador localizado no infinito, raios visuais paralelos entre si e

    ortogonais ao plano de projeo;

    - Vantagem: Construo rpida; facilita a compreenso do objeto;

    Imagem comprovadamente superior Perspectiva Cavaleira.

    - desvantagem: imagem no to natural quanto na perspectiva

    cnica; necessrio usar coeficientes de reduo para diminuir a

    distoro visual;

    Axonometria Ortogonal

    Axon (eixo) + Metron (medida) o objeto referido a um sistema de

    trs eixos coordenados, perpendiculares entre si. Nesses eixos

    marcamos as dimenses (altura, largura e profundidade).

    TullioText Box6

  • O objeto se encontra inclinado em relao ao quadro e dependendo

    de sua posio no espao, os ngulos formados com o Quadro iro

    variar, ocasionando diferentes redues de medida em cada eixo

    axonomtrico. A axonometra ortogonal divide-se em: Perspectiva

    Isomtrica; Perspectiva Dimtrica; Perspectiva Trimtrica.

    - Perspectiva Isomtrica

    Na isometria, a diagonal do cubo perpendicular ao quadro

    Projeo ortogrfica

    Possui trs eixos igualmente inclinados em relao ao plano de

    projeo (quadro), formando ngulos de 120. O coeficiente de

    reduo, aplicado igualmente nos trs eixos, 0,816 ou ~0,82 do

    comprimento real.

    TullioText Box7

  • O coeficiente de reduo pode ser obtido facilmente atravs de uma

    escala grfica.

    Na prtica, utilizamos o esquadro de 30 para designar os eixos X e

    Y, considerando o eixo Z na vertical.

    TullioText Box8

  • Consideraes:

    1. possvel montar uma malha na

    direo dos trs eixos, cruzando-se

    em pontos distantes 8,2 mm

    (unidade real: 10 mm), muito til

    para esboos mo livre em

    Perspectiva Isomtrica.

    2. Nos desenhos rpidos para a

    compreenso do objeto comum

    no se considerar a reduo das

    medidas. Contudo, observa-se uma

    certa desproporo entre as vistas

    ortogrficas e a perspectiva, pois o

    objeto parece maior do que deveria

    ser.

    Vista Frontal

    Vista Superior

    3. As linhas no visveis s devem

    ser traadas quando forem

    necessrias ao completo

    entendimento do objeto. Essa

    observao tambm deve ser

    adotada para a Perspectiva

    Cavaleira.

    TullioText Box9

  • 4. No caso de precisarmos

    indicar peas que se encaixam,

    penetrando uma nas outras, ou

    quando desejamos explicar o

    processo de montagem de um

    conjunto de peas, usamos um

    construo grfica denominada

    PERSPECTIVA EXPLODIDA.

    Essa observao tambm deve

    ser adotada para a Perspectiva

    Cavaleira / Militar.

    Construo de Crculos e Formas Curvas

    Na isometria, nenhuma das faces

    est paralela ao quadro, logo, o

    crculo no ir se projetar em V.G. e

    sim, como uma elipse. Em qualquer

    uma das faces, o eixo maior da

    elipse exatamente o valor do

    dimetro real do crculo (V.G.) e o

    menor corresponde a

    aproximadamente 0,577 do mesmo.

    Nas trs faces, as elipses iro se projetar iguais, portanto, seu

    processo de construo o mesmo. Esse traado aproximado,

    porm satisfatrio para a maioria dos desenhos.

    TullioText Box10

  • Traado aproximado:

    1. ligar os vrtices dos ngulos

    obtusos com os pontos mdios

    das arestas opostas.

    2. Com o compasso centrado

    em D, traar o arco PM1, PM2

    Fazer o mesmo centrando em B,

    com o arco PM4, PM3.

    3. Novamente utilizando o

    compasso centrado em M, traar

    o arco PM1, PM4. Em seguida,

    centrando em N, o arco PM2,

    PM3.

    4. O mesmo processo deve ser

    adotado para as demais faces

    do cubo isomtrico.

    No caso de formas curvas, devemos seguir o mesmo procedimento

    adotado na Perspectiva Cavaleira, onde definimos vrios pontos sobre

    a curva, a fim de orientar suas coordenadas, atravs dos eixos.

    TullioText Box11

  • - Perspectiva Dimtrica

    obtida quando mudamos a direo dos eixos, passando a ter dois

    eixos com medidas iguais. A direo mais usada na dimtrica com

    as medidas nos eixos Y (comprimento) e Z (altura), marcados com

    suas dimenses inalteradas e as medidas sobre o eixo X (largura)

    reduzidas metade. Contudo existem outras posies para os eixos,

    porm de menor emprego.

    - Perspectiva Trimtrica Possui trs redues diferentes, uma para cada eixo. pouco

    utilizada na prtica, pois sua construo grfica demorada,

    necessitando clculos diferentes para as redues de cada eixo e seu

    aspecto final nem sempre o mais adequado para representar a

    pea.

    A Norma geral de desenho

    tcnico, n 8, da ABNT

    recomenda os seguintes

    coeficientes de reduo,

    conforme tabela abaixo.

    Coeficientes de Reduo das Escalas dos Eixos

    ngulos dos Eixos

    Sistema X Y Z

    2:1:2 0,943 0,471 0,943 13125 9710 13125

    4:3:4 0,883 0,663 0,883 12650 10620 12650

    Dimtricos

    3:2:3 0,905 0,603 0,905 12835 10250 12835

    7:6:8 0,811 0,695 0,927 11446 10659 13815 Trimtrico

    5:4:6 0,806 0,645 0,967 10813 10110 15037

    TullioText Box12

  • As redues e ngulos empregados na tabela acima resultaro na

    representao de um cubo, segundo os desenhos abaixo.

    DIMTRICA TRIMTRICA

    2:1:2 7:6:8

    4:3:4

    5:4:6

    3:2:3

    TullioText Box13

  • SOMBRA

    A sombra usada na representao grfica para facilitar a

    compreenso da forma dos objetos. Em desenhos bidimensionais

    como vistas ortogrficas, auxiliam na percepo da altura (vista

    superior) e da profundidade (vista frontal / lateral).

    VISTA SUPERIOR VISTA FRONTAL

    Sombra maior = mais alto Sombra maior = mais profundo

    Nesse tipo de construo grfica consideramos que:

    - a fonte de luz nica e est situada no infinito;

    - a luz se propaga em linha reta;

    TullioText Box14

  • As superfcies dos objetos podem ser:

    - face iluminada: recebe incidncia de luz direta;

    - sombra prpria: faces onde no incide raio de luz;

    - sombra projetada: a superfcie deixa de receber luz direta, pois

    existe um outro objeto mais prximo da fonte de luz que impede a

    incidncia de luz sobre a superfcie.

    A forma da sombra depende:

    - da direo da luz;

    - da forma do objeto;

    - da forma da superfcie sobre a qual cai o plano da sombra;

    TullioText Box15

  • SOMBRA NAS PROJEES ORTOGONAIS

    Na geometria descritiva utilizamos um recurso para determinao das sombras prprias e projetadas de um slido. Convenes estabelecidas:

    1. A luz se propaga em linha reta; 2. A fonte de luz nica e est situada no infinito; 3. A direo da luz paralela diagonal de um cubo.

    OBS: Considerando o sol como fonte luminosa, convencionou-se que a direo de seus raios incidir de cima para baixo, pela direita ou pela esquerda, tomando a mesma direo da diagonal de um cubo apoiado no plano horizontal, 1 diedro e paralelo ao plano vertical. Conclui-se que, tanto a projeo horizontal como a vertical do raio luminoso incidir a 45 em relao linha de terra.

    TullioText Box16

  • PLANO DE PERFIL PLANO VERTICAL

    PLANO HORIZONTAL

    351537

    TullioText Box17

  • TullioText Box18

  • TullioText Box19

  • TullioText Box20

  • SOMBRA NA PERSPECTIVA PARALELA

    Na perspectiva paralela s sombras no so muito empregadas.

    Contudo, elas podem ser utilizadas quando se tem dificuldade de

    distinguir as faces horizontais das verticais, dificultando a

    compreenso da natureza tridimensional do objeto, como acontece

    principalmente na perspectiva isomtrica.

    Costuma-se construir a sombra

    considerando-se a fonte de luz,

    nica e localizada no infinito,

    com raios da esquerda para a

    direita, de cima para baixo, num

    ngulo de 45, paralelo ao

    quadro de projeo.

    TullioText Box21

  • Tambm se admite a aplicao da sombra na perspectiva cilndrica,

    utilizando o conceito definido nas vistas ortogrficas, ou seja,

    considera-se a direo da luz como a diagonal de um cubo, da face

    superior esquerda para a face inferior direita.

    Nesse caso deve-se construir um cubo na respectiva perspectiva em

    que se est aplicando a sombra.

    Na Perspectiva Cavaleira:

    Observao importante que

    como a sombra acompanha a

    perspectiva, sua projeo ser

    paralela as arestas limites entre

    as faces iluminadas e as faces

    em sombra prpria.

    TullioText Box22

  • Na Perspectiva Isomtrica:

    Sombra projetada, ser paralela a aresta limite

    TullioText Box23

  • SOMBRA NA PERSPECTIVA CNICA

    Quanto origem da fonte de luz podemos determinar:

    ILUMINAO NATURAL INFINITA: o sol projetando raios paralelos

    ILUMINAO ARTIFICIAL FINITA: um foco de luz artificial

    projetando raios divergentes

    TullioText Box24

  • SOMBRA COM ILUMINAO NATURAL SE DIVIDE EM:

    1- sol ao lado do observador

    Os raios de luz so paralelos ao quadro; portanto seu paralelismo se

    mantm na perspectiva.

    A inclinao utilizada habitualmente a que faz um ngulo de 45

    com o plano horizontal, com raios da esquerda para a direita.

    Construo Grfica:

    TullioText Box25

  • 2- sol na frente do observador

    O sol est atrs do quadro, visvel para o observador e se projeta

    no quadro acima da linha do horizonte, num ponto S (ponto de fuga

    das retas paralelas a projeo do raio de luz).

    Construo Grfica:

    TullioText Box26

  • 3- sol atrs do observador

    O sol est atrs do observador, portanto no est visvel e no gera

    uma imagem real e se projeta no quadro abaixo da linha do

    horizonte, num ponto S (ponto de fuga das retas paralelas a

    projeo do raio de luz).

    Construo Grfica:

    TullioText Box27

  • SOMBRA COM ILUMINAO ARTIFICIAL

    Os raios luminosos formam um cone de luz cujo vrtice a fonte de

    luz.

    Construo Grfica:

    TullioText Box28

  • TullioText Box42

  • TullioText Box43

  • PERSPECTIVA

    PROCESSO DOS PONTOS MEDIDORES

    TABELA PARA DETERMINAO DOS PONTOS DE FUGA E PONTOS MEDIDORES

    PV 30 60 45 45

    PF1 PM1 PF2 PM2 d PF1 PM1 PF2 PM2 d

    5 8,66 1,34 2,88 2,88 11,54 5,00 2,07 5,00 2,07 10,00

    10 17,32 2,68 5,76 5,76 23,09 10,00 4,14 10,00 4,14 20,00

    15 25,98 4,02 8,64 8,64 34,62 15,00 6,21 15,00 6,21 30,00

    20 34,64 5,36 11,52 11,52 46,16 20,00 8,28 20,00 8,28 40,00

    25 43,30 6,70 14,40 14,40 57,60 25,00 10,35 25,00 10,35 50,00

    30 51,96 8,04 17,28 17,28 69,18 30,00 12,42 30,00 12,42 60,00

    35 60,62 9,38 20,16 20,16 80,78 35,00 14,49 35,00 14,49 70,00

    40 69,28 10,72 23,04 23,04 92,32 40,00 16,56 40,00 16,56 80,00

    45 77,94 12,06 25,92 25,92 103,86 45,00 18,63 45,00 18,63 90,00

    50 86,60 13,40 28,80 28,80 115,40 50,00 20,70 50,00 20,70 100,00

    55 95,26 14,74 31,68 31,68 126,94 55,00 22,77 55,00 22,77 110,00

    60 103,92 16,08 34,56 34,56 138,48 60,00 24,84 60,00 24,84 120,00

    65 112,58 17,42 37,44 37,44 150,02 65,00 26,91 65,00 26,91 130,00

    70 121,24 18,76 40,32 40,32 161,56 70,00 28,98 70,00 28,98 140,00

    75 129,90 20,10 43,20 43,20 173,10 75,00 31,05 75,00 31,05 150,00

    80 138,56 21,44 46,08 46,08 184,64 80,00 33,12 80,00 33,12 160,00

    85 147,22 22,78 48,96 48,96 196,18 85,00 35,19 85,00 35,19 170,00

    90 155,88 24,12 51,84 51,84 207,72 90,00 37,26 90,00 37,26 180,00

    95 164,54 25,46 54,72 54,72 219,26 95,00 39,33 95,00 39,33 190,00

    100 173,20 26,80 57,70 57,70 230,90 100,00 41,40 100,00 41,40 200,00

    COEF. PF

    1,732 0,577 1,00 1,00

    COEF.

    PM

    0,268 0,577 0,414 0,414

    TullioText Box44

    1.pdf234567TABELA MEDIDORES