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Sumário MÉTODOS DE TEOLOGAR ................................................................ ................................5 DEFINIÇÃO E NECESSIDADE DE TEOLOGIA........................12 Definição..................................................12 necessidade................................................12 A Possibilidade e Divisão da Teologia......................13 A revelação de Deus........................................14 As divisões de Teologia....................................16 Leitura exigida............................................16 ARGUMENTOS TRADICIONAIS DA EXISTÊNCIA DE DEUS..............17 Argumento Cosmológico......................................17 Argumento Teleológico......................................17 Argumento Ontológico.......................................18 NOMES DE DEUS..............................................21 Nomes em Geral.............................................21 Nomes do Velho Testamento e Seu significado................22 A TRINDADE.................................................29 A – A Doutrina da Trindade na História.....................29 B – Deus como Trindade em Unidade..........................30 C – Definição da doutrina da Trindade......................32 D – Incompreensão Judaica..................................33 E – O nome “Pai” aplicado a Deus...........................35 F – O nome “Pai” aplicado a Deus...........................35 G – Subordinação de Filho e do Espírito ao Pai.............37 H – A Trindade apresenta um mistério mas não uma contradição ...........................................................39 OS ANJOS...................................................41 I – O nome “Anjo”..........................................41 II – A Origem dos Anjos....................................41 III – A natureza dos Anjos.................................42 IV – As características dos anjos..........................42 V – Número e Ordens........................................43 CRIAÇÃO DO MUNDO MATERIAL..................................48 I – Definição..............................................48 II – Um mundo entre muitos.................................50 1

Apostila de Temas Teológicos I - DOUTRINA de DEUS

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PECADO

Sumrio

MTODOS DE TEOLOGAR ................................................................................................5

12DEFINIO E NECESSIDADE DE TEOLOGIA

Definio12necessidade12A Possibilidade e Diviso da Teologia13A revelao de Deus14As divises de Teologia16Leitura exigida16ARGUMENTOS TRADICIONAIS DA EXISTNCIA DE DEUS17Argumento Cosmolgico17Argumento Teleolgico17Argumento Ontolgico18NOMES DE DEUS21Nomes em Geral21Nomes do Velho Testamento e Seu significado22A TRINDADE29A A Doutrina da Trindade na Histria29B Deus como Trindade em Unidade30C Definio da doutrina da Trindade32D Incompreenso Judaica33E O nome Pai aplicado a Deus35F O nome Pai aplicado a Deus35G Subordinao de Filho e do Esprito ao Pai37H A Trindade apresenta um mistrio mas no uma contradio39OS ANJOS41I O nome Anjo41II A Origem dos Anjos41III A natureza dos Anjos42IV As caractersticas dos anjos42V Nmero e Ordens43CRIAO DO MUNDO MATERIAL48I Definio48II Um mundo entre muitos50III O Hexaemeron, ou a obra nos dias da criao50Argumentos Usados para Sustentar a Teoria dos Dias da Criao Como Longos Perodos51SINAIS DO PECADO NA NATUREZA59A PALAVRA DE DEUS64A Inspirao das Escrituras64Objees ou Consideraes69A BBLIA E A RELIGIO73Introduo73I Qual a natureza da religio? O que religio?73II Qual o ponto de referncia da religio verdadeira? subjetivo ou objetivo?74III Resumo75IV As afirmaes acima declaram que a Bblia diferente dos demais livros. Por que a Bblia diferente? Quem a escreveu? Quando? Onde?75V Algumas Indicaes Que a Bblia de Origem Divina75A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO81O Argumento das Conseqncias81I Concluso82II Tentativas de escape das conseqncias necessrias83III Porque impossvel crer na doutrina da salvao universal e na doutrina do estado intermedirio Purgatrio?84POR QUE IMPOSSVEL O INFERNO ETERNO? POR QUE IMPOSSVEL O PURGATRIO?85I - O juzo85II O Estado (A Condio) do Homem na Morte87A CONDIO DO HOMEM NA MORTE90I A morte como apresentada nas Escrituras90II Condies do homem na morte90III A ressurreio a esperana dos cristos92IV Primeira e segunda morte92V Alguns tem voltados das sepulturas92VI Os justos no esto no cu94VII Concluso94POR QUE NO IR PARA O CU AO MORRER?96UM JUZO JUSTO102I No juzo divino todos os fatores envolvidos sero considerados102II O juzo divino baseado num fiel registro anotado nos livros102III No juzo divino os rus concordam com o registro escrito. Isto torna o assunto duplamente seguro103IV Quem ser o Juiz?103V A punio ser proporcional ao crime105VI Buscai a vida105A PUNIO DOS MPIOS107I Nenhum lugar de tormento agora existe107II A punio est no futuro107III Punidos pelo fogo107IV A punio ser nesta terra108V A punio do mpio ter lugar no fim do milnio108VI A punio chamada eterna perdio109VII Expresses que descrevam o castigo dos mpios109VIII ( Fogo Eterno111IX ( Fogo inapagvel (inextinguvel)112O SIGNIFICADO DE ETERNO E PARA SEMPRE114I Exemplos do N.T. que definem o seu significado114II Exemplos do V.T. que definem o seu significado116O QUE O INFERNO?119I O uso da palavra inferno no V.T.119II O uso da palavra inferno no N. T.119O DESEJO DE PAULO DE PARTIR123Problema123Anlise do texto123Deixar Este Corpo Para Habitar Com O Senhor (II Corntios 5:1-10)128Vestido, despido (nu), revestido128Estado da morte versus o estado ressurrecto130Nada desejvel na morte131Sempre de bom nimo (v.6)133Resumo134Fala de casa terrestre e casa celestial134PARBOLA DO RICO E LZARO137Objeo137O PEDIDO DO LADRO141Objeo141ESPRITOS EM PRISO144Objeo144A FEITICEIRA DE ENDOR147Objeo147SE NO CORPO OU FORA DO CORPO... NO SEI...150Objeo150MUDANA DE CALENDRIO152Objeo152Uma s mudana153A Semana Nunca Foi Abandonada154Inconcebvel154SBADO NUM MUNDO ESFRICO156Objeo156S Aparente156Senso Comum, Apenas157Todos Concordam157TENTAO159I Definio159II Numa tentao h trs partes envolvidas159III Conscincia159IV Estgios da Tentao159V Concluso161PECADO163I ( A Origem do Pecado163II ( As Conseqncias da Rebelio165III ( Tentao e Queda do Homem166IV ( A Maldio168V ( Os Resultados do Pecado168VI ( A Natureza Humana Antes do Pecado170VII ( A Natureza Humana Aps o Pecado170VIII ( Pecado No Apenas Um Ato Mas Tambm Uma Condio170IX ( Ilustrao da Profundidade (Dentro de Ns) e da Universalidade (Fora de Ns) do Conceito ou Definio de Pecado172X ( A Essncia do Pecado172XI ( A nica Possibilidade de Vitria Sobre o Pecado173XII ( Os Ardis de Satans175XIII ( O Pior Inimigo do Homem e como Venc-lo175O HOMEM176I ( A Imagem de Deus176II ( A Imagem de Deus Relacional (Comunho)182III ( Restaurao da Imagem de Deus184O QUE O HOMEM188I ( Salmos 8:3-9188II ( Gnesis 1:26-28 ( Criado Imagem e Semelhana de Deus188III ( Gnesis 2:7188TEM O HOMEM A IMORTALIDADE INERENTE?191I ( Problema191II ( Significado das Palavras Alma e Esprito191III ( CONCLUSES193IV ( A Definio de Esprito e Alma em Resultado do Exame Minucioso de Todos os Textos194V ( ...e o esprito volte a Deus, que o deu. (Eclesiastes 12:7)196VI ( Exame do Que Alma198O HOMEM FOI FEITO IMAGEM DE DEUS ( DEUS IMORTAL, LOGO, O HOMEM IMORTAL201A FONTE DE ERROS MORTAIS203I ( Horda Infindvel de Falsas Teorias203

TEMAS TEOLGICOS I - ROTEIRO DE ESTUDOS

MTODOS DE TEOLOGAR

Teologia a cincia de Deus e de Sua relao com o universo. A teologia possvel baseada na aceitao da existncia de Deus e Seus relacionamentos com os seres que Ele criou; na capacidade humana de receber o conhecimento de Deus e na Sua providncia para fornecer meios de conhec-lo, ou seja, Sua Revelao.

H trs maneiras principais de teologar:

1 Especulativo ou Racional: A teologia entende que o conhecimento de Deus oriundo unicamente pela revelao em oposio filosofia especulativa que entende que o conhecimento de Deus pode ser alcanado pelo exerccio da razo. A filosofia concede ao intelecto a ltima palavra em termos de pensamento religioso. As Escrituras so autoridade at o ponto em que a razo possa entend-las e racionalmente demonstr-las. O racionalismo manifestou-se de vrias formas e especialmente no Iluminismo do sculo XVIII. Alguns exemplos para discusso:

a) Escolasticismo - Toms de Aquino (1221-1274) o doutor anglico foi o maior representante do Escolasticismo, uma forma filosfica aristotlica de teologar. Escreveu a Suma Teolgica onde procura apresentar a revelao atravs de argumentos racionais. O escolasticismo tomista no nega a Revelao mas faz da razo a chave para entend-la e explan-la. A ltima palavra est com a razo.

b) Desmo Uma forma racionalista de entender as coisas criadas e que tende ao atesmo e ao pantesmo. Uma de suas apresentaes est na frase atribuida a Voltaire de que no possvel haver to maravilhoso relgio e no haver um relojoeiro. H um Criador de todas as coisas mas Ele no interfere e a revelao especial no existe, no possvel. Pode-se entender Deus atravs da razo ao contemplarmos Suas obras criadas. Guilherme Miller, antes de sua converso freqentou crculos literrios desta e foi adepto desta filosofia por muito tempo. Seu estilo argumentativo e metodologia racional na exposio da doutrina evidencia essa formao.

c) O Positivismo de Augusto Comte Este nega o racionalismo subjetivo e afirma a soberania do racionalismo do objeto. Apenas o que pode ser concretamente examinado e testado pela razo pode ser verdade. Racionalismo experimental. Por sua influncia no Brasil torna-se interessante lembrar um pouco mais sobre esse filsofo.

Augusto Comte nasceu na Frana (1798-1857). Sua caracterstica filosfica a revolta antimetafsica. Somente a cincia, segundo ele, capaz de penetrar os aspectos do mundo acessveis experincia.

Para o Positivismo Comtiano o pensamento humano tm trs etapas de desenvolvimento:

1) Teolgica Na qual a natureza e seus fenmenos so explicados pela ao de seres misteriosos e divinos. uma etapa politesta que no seu final elaborada em monotesta o que, por sua vez, prepara o caminho para a etapa seguinte.

2) Metafsica ( Os fenmenos so explicados por abstraes racionais. Essa fase autodestrutiva pois apenas uma transio para a terceira e mais evoluda.

3) Positiva ( Essa etapa caracterizada pela observao e experimentao. As leis da natureza podem ser calculadas de modo a fazer-se previses. A prpria convivncia humana pode ser uma cincia positiva. Isso levaria a uma sociedade exemplar tendo o amor como princpio, a ordem como base e o progresso como fim. Criou o termo sociologia. Comte chegou a classificar as cincia que poderiam ser considerada positivas. A sociologia deveria alcanar esse status.

No final da vida Comte tentou arquitetarr a religio da humanidade. O centro do culto seria a humanidade. Os heris do progresso humano deveriam substituir santos e entidades pags em um novo calendrio a ser adotado. Chegou a criar um sacerdcio, sacramentos e props uma rgida disciplina para os seus adeptos.

Influenciou muito a elite brasileira durante toda a Segunda metade do sculo XIX. Discpulos seus tornaram-se professores do Colgio D. Pedro II no Rio de Janeiro. O lema da bandeira brasileira positivista.

d) Agnosticismo termo criado por Thomas Henry Huxley embora a postura filosfica seja encontrada em outros momentos da histria. O Agnosticismo apenas reconhecia como verdade e realidade o que se pode explicar racionalmente embora nada possa ser conhecido totalmente.

O Agnosticismo procura demonstra a impossibilidade de conhecimento certo e absoluto a respeito de qualquer coisa. Uma espcie de dvida metdica. Foram afetados pelo agnosticismo Comte e Kant entre outros. Toda a doutrina que pe limite e que afirma a relatividade do conhecimento , de certa maneira, agnstica. As questes sobre o absoluto e o infinito, as origens de todas as coisas e sua finalidade so consideradas inteis e inatingveis, segundo os gnsticos.

e) Georg Wilhelm Friedrich Hegel filsofo alemo (1770-1831) considerava a religio apenas como uma espcie de conhecimento e uma forma incompleta de filosofia pois esta tratava apenas acerca da piedade. O seu pensamento um dos mais e talvez o mais impenetrvel do mundo filosfico. Diz-se que somente Deus e o filsofo entendiam o que este escreveu; morto o filsofo, s Deus. Segundo Hegel no h partes independentes, apenas o todo, o absoluto que dinmico atravs da dialtica (tese, sntese, anttese), assim exterioriza-se impelido interiormente surgindo assim a natureza como anttese do absoluto que, ento, toma conscincia de si mesmo, o que constitui sua sntese suprema. Por sua vez, todo ser da natureza, a exteriorizao do absoluto, individualmente, passa por uma ininterrupta dialtica hegeliana, assim tambm todos os fatos humanos histricos e econmicos.

Hegel foi muito criticado nos seus dias pelas implicaes teolgicas do seu pensamento.

f) Immanuel Kant filsofo alemo (1724-1804). A me era protestante pietista mas ele posteriormente afastou-se da religio e considerava a apenas como uma forma de moralidade ou ao moral. Eu conheo apenas duas coisas maravilhosas: o cu estrelado acima de minha cabea e o senso do dever no interior do meu corao. O conhecimento no se origina dos sentidos. A razo pura a parte do entendimento que no depende dos sentidos.

g) Rudolf Bultman (morto em 1966) procurando uma resposta para a teologia diante das presses oriundas do racionalismo apresenta a proposta de que a verdade est na Bblia mas no a Bblia. Ele props a desmitologizao das Escrituras retirando tudo quanto fosse expresso mtica, segundo ele, como anjos, milagres, criao, etc., ou seja, a supresso do elemento sobrenatural das escrituras.

Segundo Paul Tillich (morto em 1966) o racionalismo no nada mais nada menos do que oriundo do subjetivismo religioso. O ser humano no quer aceitar o mandamento objetivo externo. Prefere uma autoridade interior, sua, subjetiva. Assim como o subjetivismo mstico busca a deciso religiosa interiormente nas suas concluses consideradas reveladas l dentro e rejeita a autoridade objetiva e externa da Bblia, assim o racionalismo foge da autoridade bblica que no lhe convm e incomoda e busca a resposta tambm l dentro de seu raciocnio e julgamento pessoal. Esto pois, nesse sentido, no mesmo patamar.

Por outro lado, muitas realidades esto alm do alcance da razo humana, simplesmente porque esta finita. Sendo Deus infinito impossvel que Ele seja alcanado por mentes e mtodos ou instrumentos finitos.

2 ( Misticismo: atribui grande importncia ao sentimento. Duas formas:

a ( Sobrenatural: atravs dos sentimentos (experincia) diretamente que Deus se revela. Tendem a rejeitar a revelao especial (Bblia) pois defendem a comunicao direta de Deus ao homem.

b ( Natural: eliminam o sobrenatural e Deus no mais transcendente, mas imanente ao homem. O prprio sentimento no homem ento a fonte da verdade. Colocam o sentimento (experincia) acima da autoridade da Bblia. Isto subjetivismo. Schleiermacher (1768-1834), telogo alemo, muitas vezes citado como um racionalista, mas ele realmente um subjetivista. para ele, religio no reside no conhecimento ou na vontade, mas na sensibilidade. Religio um sentimento de dependncia.

3 ( H um terceiro grupo que coloca a autoridade da Igreja acima da Bblia. Exemplo: Catolicismo. A Igreja Catlica rejeita a doutrina dos racionalistas, bem como a dos msticos e admite uma revelao da parte de Deus, mas seu conceito de autoridade diferente dos protestantes. os catlicos admitem que h uma revelao parcialmente escrita ((Bblia), parcialmente oral e depois colocada na forma escrita (tradio). Como o povo no capaz de decidir o significado da Bblia, Deus estabeleceu a Igreja como um mestre infalvel pelo qual todos os pontos so determinados. Diferenas entre catlicos e protestantes no que se refere autoridade da Bblia:

a ( Catlicos aceitam alguns livros apcrifos.

b ( Catlicos negam as Escrituras como sendo completas. Os protestantes crem que todas as orientaes de Deus para a Sua Igreja esto nas Escrituras. Catlicos afirmam que algumas doutrinas so reveladas imperfeitamente nas Escrituras; outras so implcitas e outras so omitidas, da a necessidade tambm da tradio. No Conclio de Trento, a Igreja Catlica colocou a tradio no mesmo p de igualdade das Escrituras.

c ( Protestantes: a Bblia pode ser entendida pelo homem guiado pelo Esprito Santo. H partes, no entanto, que so difceis de serem entendidas. ( Catlicos: a Bblia obscura a tal ponto que precisamos de intrprete. O povo sendo incapaz de entender a Bblia, deve crer no que a Igreja ensina atravs dos seus rgos oficiais. A igreja, portanto, est qualificada a comunicar as revelaes de Deus, e pela constante presena do Esprito Santo, a igreja preservada de cair no erro. A igreja infalvel.

1 ( Teoria Galicana de infalibilidade: os bispos reunidos so infalveis. Individualmente eles podem errar, mas no quando reunidos em comisso. o que eles decidem em comisso vlido para sempre.

2 ( Teoria Tramontana de infalibilidade: o Papa o rgo atravs de quem o julgamento infalvel da igreja comunicado. O que ele diz ex cathedra infalvel. O Papa o vigrio de Cristo. o Papa est sujeito a nenhum Conclio Geral. O Papa no precisa consultar a outros bispos para tomar uma deciso. Esta infabilidade reclamada pelo Papa no pessoal, mas funcional. O Papa, como homem pode ser imoral, mas como Papa (funo), quando fala ex cathedra, ele o rgo do Esprito Santo.

d ( Os catlicos aceitam a Vulgata Latina como a verso oficial da igreja. A Vulgata deve ser usada para instruo pblica, discusso teolgica(s) e para obras de exegese.

4 ( Mtodo certo de teologar:

a ( Devemos usar a razo e o sentimento em equilbrio. (V.C. pp. 86-87; 104-113).

b ( A razo precisa ser santificada. deve ser iluminada pelos ensinos da Bblia e guiada pelo Esprito Santo. (V. C. 105-110). A razo deve reconhecer uma autoridade superior si prpria, e o corao e a inteligncia se devem curvar perante o grande Eu Sou (V. C. 110).

c ( Devemos reconhecer a limitao da razo. (V. C. 107, 109, 110). A f um complemento razo e no contrria razo.

d ( justo examinar acuradamente os ensinos da Bblia, e investigar as profundezas de Deus at onde so reveladas nas Escrituras. (V. C. 107-108). Mas h um limite alm do qual no devemos ir. (Dt 29:29). a obra prima dos enganos de Satans conservar o esprito humano a pesquisar e conjeturar com relao quilo que Deus no tornou conhecido, e que no desgnio Seu que compreendamos. (C. S. 566).

LEITURA EXIGIDA: c. c. p. e. 11-17; 379-418; o.e. 98-100; 147-152; 249-253; 271-272; m. j. 245-284; c. s. (CAP. 37) Nossa nica Salvaguarda; V. C. 104-113 (Que Fazer com a Dvida?).

DEFINIO E NECESSIDADE DE TEOLOGIA

Definio

O termo teologia usado no sentido restrito e amplo. derivado de duas palavras gregas, theos e logos, significando Deus e doutrina respectivamente. No sentido limitado, teologia pode ser definida como sendo a doutrina de Deus. Mas no sentido mais amplo e comum a doutrina de Deus e Sua relao com o mundo (homem).

necessidade

devido a natureza da mente humana e das preocupaes prticas da vida. As razes da necessidade da teologia:

a ( A lei da ordem do intelecto. A mente humana no se satisfaz com uma mera acumulao de fatos; ela procura invariavelmente uma unificao e sistematizao do seu conhecimento. Somos uma unidade que no pode viver com uma mente em desordem.

b ( O carter das Escrituras. A Bblia para o telogo o que a natureza ao cientista um corpo desorganizado ou parcialmente organizado de fatos. Deus no escreveu a Bblia numa forma sistemtica; cumpre a ns, portanto, de ajuntar os fatos espalhados e organiz-los num sistema racional. Embora alguns temas sejam tratados de um modo completo em algumas passagens, nenhuma realmente esgota o assunto. necessrio, pois, reunirmos todos os fatos e ensinos espalhados nas Escrituras para construirmos um sistema lgico e harmonioso.

c ( O desenvolvimento de um carter cristo. H duas opinies errneas sobre este assunto : 1) Que h pouca ou nenhuma relao entre a crena de um homem e seu carter. 2) Que doutrina (sistema) tem um efeito negativo na vida espiritual. ( O modernismo declara que as doutrinas puramente no transformam o carter, e da a razo de abandonar o credo ortodoxo. o que responderemos? Mera aceitao teolgica ou intelectual das doutrinas no suficiente para transformar o carter. Mas, crena verdadeira que envolve o intelecto, emoes e a vontade afetam a conduta. O homem age de acordo com o que ele realmente cr e no de acordo com o que ele pretende crer. ( Que teologia tem um efeito negativo sobre a vida espiritual verdade somente se o assunto tratado como mera teoria. Teologia no somente nos ensina que tipo de vida devemos viver como tambm nos inspira a viver tal vida. Em outras palavras, teologia no somente nos indica a norma de conduta, mas tambm nos fornece os motivos ou motivaes para cumprirmos tais normas.

d ( Para um culto efetivo. H uma averso hoje uma pregao doutrinria. Muitos ministros pensam que o povo exige algo retrico que suscita emoes e que no exige pesado raciocnio. Mas Cristo e os apstolos eram pregadores de doutrina (Mc 4:2; At 2:42; Tt 1:9). Sermes eloqentes podem ligar a congregao ao pregador, mas quando ele deixa a congregao, ela tambm abandona a igreja. H pois uma relao entre a pregao doutrinria e o culto efetivo.

A Possibilidade e Diviso da Teologia

Os modernistas no escrevem obras sobre teologia sistemtica por acreditar que ela exerce uma influncia negativa sobre a vida espiritual, e por acharem que impossvel algum chagar a uma certeza sobre estes assuntos. Ns achamos que Teologia Sistemtica necessria e possvel. Daremos agora provas da possibilidade da Teologia e depois daremos as divises da Teologia:

A possibilidade da Teologia resulta de duas coisas: 1) da revelao de Deus; e 2) da capacidade do homem. A revelao de Deus se divide em geral e especial; e a capacidade do homem de duas espcies: mental e espiritual. estudemos estes pontos agora.

A revelao de Deus

Pascal falou de Deus como um Deus Absconditus (um Deus escondido); mas ele tambm manteve que este Deus escondido Se revelou, e portanto pode ser conhecido. Isto verdade. Certamente ns jamais poderamos conhec-Lo se Ele no tivesse Se revelado. O que revelao? Revelao significa o ato de Deus pelo qual Ele Se revela a Si mesmo ou comunica verdade para a mente; pelo qual Ele manifesta ou revela aquilo que no poderia ser conhecido de outra maneira. De uma maneira geral existem dois tipos de revelao: Geral e Especial.

1 ( A REVELAO GERAL DE DEUS ( Esta encontrada na natureza, histria e conscincia. Ela comunicada atravs do fenmeno natural da natureza ou do curso da histria, e dirigido a todos os seres racionais.

a ( A Revelao de Deus na Natureza. todos os naturalistas que rejeitam a idia de Deus e que declaram que a natureza auto suficiente, eles negam ou no vem nenhuma revelao de Deus na natureza. alguns deles identificam a Deus com o Tudo, o Universum, e a Natureza. Nem os telogos modernos admitem revelao de Deus na natureza. Barth, por exemplo, mantm que o homem perdeu to completamente a imagem de Deus que sem um ato sobrenatural de Deus em cada indivduo, ele no ter nenhum conhecimento de Deus. Deus deve criar a capacidade para a revelao e tambm comunic-la ao homem. Brunner advoga que apesar do homem ter perdido a imagem de Deus, ele percebe alguma coisa de Deus na natureza. ( Os destas advogam que a natureza um meio suficiente da revelao de Deus. Eles dizem que ela nos fornece com algumas simples verdades imutveis acerca de Deus, virtude, imortalidade e recompensa do futura, de uma maneira to clara que nenhuma revelao especial necessria. ( Os homens sempre tem visto na natureza a revelao de Deus. (Sl 8:1, 3; 19:1, 2; Is 40:12-14, 26; At 14:15-17; Rm 1:19,20). Muitos eruditos e cientistas tm reconhecido que a natureza revela a Deus, mas tem apontado para as suas limitaes. Eles insistem que embora deixando o homem sem desculpa a revelao de Deus na natureza insuficiente. Por qu? No revela o plano da salvao. Esta revelao natural visa incentivar o homem a procurar por uma mais completa revelao de Deus e do Seu plano da Salvao, e constitui um chamado geral de Deus ao homem para voltar-se a Deus (DTN Em criana; Educao 20, 21, 17, 26, 99).

b ( A Revelao de Deus na Histria ( Freqentemente tem-se dito: Warteloo foi Deus. Quo diferente teria sido os destinos da Europa se Napoleo ao invs de Wellington tivesse ganho a batalha. O resultado da II Guerra Mundial tambm foi uma revelao de Deus na histria. Assim poderamos voltar e falar de desaparecimento das naes. O salmista declara que os destinos dos reis e das naes esto nas mos de Deus (Sl 75:6,7; cf. Rm 13:1). Paulo declara o mesmo em Atos 17:26, 27 luz destes textos o cristo encontra na histria a revelao do poder e providncia de Deus. ( A Bblia de igual modo fala do trato de Deus com o Egito (x 9:13-17; Rm 9:17; Jr 46:14-26), Assria (Is 10:12-19; Ez 31:1-14; Na 3:1-7), Babilnia (Jr 50:1-16; 51:1-4), Medo-Persa (Is 44:24-45:7), Medo-Prsia e Grcia juntos (Dn 8:1-8; 15-21), os 4 reinos que sucederam queda de Alexandre (Dn 8:9-14, 22-25; 11:5-35), etc. Mostra que embora Deus permite que uma nao mais mpia destrua a mais justa, no final Deus tratar com mais severidade a mais pecadora. Mais particularmente podemos ver que Deus se revelou de uma maneira especial na histria de Israel.

c ( A Revelao de Deus na Conscincia ( No tanto conscincia iventiva mas a conscincia discriminativa e impulsiva. A presena do senso de falso e verdadeiro, deste princpio discriminativo constitui a revelao de Deus.

2 ( A REVELAO ESPECIAL DE DEUS ( Por revelao especial, ns entendemos ser os atos de Deus pelos quais Deus torna-Se conhecido bem como a Sua vontade, em tempos especiais a um povo especfico. Embora dado a um povo especfico e num tempo especial, a revelao no necessariamente apenas para aquele tempo e povo. A revelao especial dada ao homem de vrias maneiras: na forma de milagres, profecias, na pessoa e obra de Jesus Cristo, nas Escrituras, e na experincia pessoal.

As divises de Teologia

a ( Teologia Bblica ou exegtica: visa arranjar e classificar os fatos da revelao limitando-se ao estudo das Escrituras. Visa restaurar, orientar, ilustrar, interpretar o texto bblico. Inclui o estudo de lnguas bblicas, arqueologia bblica, introduo Bblia, hermenutica, teologia bblica.

b ( Teologia histrica traa a histria do povo de Deus atravs dos tempos. Trata da origem, desenvolvimento e expanso da verdadeira igreja; sua doutrinas, organizaes e prticas. Inclui a histria bblica, histria da igreja, histria das misses, histria do dogma, do credo, etc.

c ( Teologia sistemtica: Toma o material fornecido pela Teologia exegtica e histrica e arranja-o numa ordem lgica sob grandes ttulos teolgicos.

d ( Teologia aplicada: trata das aplicaes da teologia. Inclui Homiltica, organizao e administrao da igreja, liturgia, culto, etc.

Leitura exigida

Ver no Esprito de Profecia tudo sobre revelao de Deus. Ver os captulos no livro Educao sobre a revelao de Deus na natureza e na histria. Tambm no DTN o captulo que fala de Jesus quando criana.

ARGUMENTOS TRADICIONAIS DA EXISTNCIA DE DEUS

As provas racionais da existncia de Deus no podem ser consideradas mais importantes do que as da revelao. Entretanto, elas confirmam as da revelao. A razo desajudada nunca pode explicar completamente as perguntas religiosas. a razo pode fornecer um conceito, mas no pode apresentar o Deus vivo. Isto s a f pode fazer.

Argumento Cosmolgico

o argumento da causa e do efeito. Cada efeito tem uma causa. Este mundo um efeito, consequentemente este mundo deve Ter uma causa fora de si mesmo que responsvel pela sua origem (Leia Hebreus 3:4).

Toms de Aquino desenvolve este argumento da seguinte maneira: 1) Movimento evidente no universo. Isto implica na existncia de um Primum Movens (Primeiro Movedor = poder eterno independente) que no movido. Deus a primeira causa. 2) Efeitos implicam numa causa. No h coisa que se conhece que tenha causa em si mesma, pois do contrrio, ela seria antes de si mesma. Isto impossvel. 3) Todas as coisas so passageiras. Elas no eram e nem sero para sempre. E se todas as coisas no eram sempre e nem sero para sempre, ento houve um tempo em que no existiram. Dizer que coisas so produzidas por acaso sem uma causa, isto absurdo.

Argumento Teleolgico

tambm um argumento causal. O argumento cosmolgico aponta para a primeira causa, enquanto o argumento teleolgico pretende provar que esta primeira causa inteligente, poderosa, perfeita, etc.

Tels = alvo, desgnio, propsito. todas as coisas criadas tem um telos e perpetuam este telos. E se existe o telos, ento deve tambm existir o idealizador ou planejador. O telos das coisas criadas indica inteligncia, vontade, poder, perfeio, etc. Mas tudo aquilo que revelado pelo telos no est no objetivo criado. Por exemplo, a inteligncia (mente) revelada pelo livro, no est no livro mas no autor do livro. A mente est fora das coisas criadas. A mente esto fora e acima das coisas criadas (Leia Salmos 84: 9-10).

Todas as coisas criadas revelam inteligncia, ordem, harmonia, propsito, poder, etc. e tudo isto implica na existncia de um Ser inteligente.

Argumento Ontolgico

o argumento de nossas idias abstratas e necessrias. Se sou capaz de conceber Deus, ento Ele deve existir. A necessria existncia da idia de Deus na nossa mente implica que devemos conceber esta idia como tendo existncia. Se h o pensamento, h tambm a realidade.

Anselmo escreveu o Monologium (onde desenvolve o argumento cosmolgico) e o Proslogium (razo, idia). Na ltima obra seu argumento o seguinte: ns temos a idia de um ser absoluto perfeito; mas a existncia um atributo da perfeio; logo um ser absolutamente perfeito deve existir. No se pode imaginar um tringulo sem imaginar-se na existncia de 3 ngulos. Assim no se pode pensar em Deus sem imaginar-se que Ele existe.

Samuel Clarke: no podemos conceber a transitoridade (a no existncia) do tempo e do espao. Portanto, tempo e espao so necessrios e eternos. Tempo e espao no so substncias, portanto, deve haver uma substncia da qual o tempo e o espao so atributos.

Gillespie: tempo e espao so modos de existncia, mas eles so eternos e infinitos; logo, deve existir uma substncia eterna e infinita que subsiste nestes modos de existncia.

Descartes: temos a idia de um Ser infinito e perfeito. Esta idia no pode derivar de seres finitos e imperfeitos. Deve, portanto, existir um Ser perfeito e infinito que a causa desta idia.

Argumento Moral: uma argumento da condio moral e mental do homem para provar a existncia de um autor ou legislador. De maneira simplificada consiste do seguinte:

a ( A conscincia reconhece a existncia de uma permanente lei moral que tem autoridade.

b ( Violao conhecidas desta lei moral so seguidas por sentimentos de culpa, remorso, ou de temores de julgamento.

c ( Esta lei moral (que no imposta por mim pois no resultado da educao); estes temores de juzo (que no so executores criados por mim) apontam respectivamente para uma vontade santa que imps a lei e para um poder punitivo que executara as ameaas da minha natureza moral.

A vontade expressa no imperativo moral superior minha, pois, do contrrio a minha vontade no iria promulgar proibies e destruiria a todos os temores de juzo.

Em outras palavras, existe no homem uma permanente lei moral que tem autoridade suprema sobre ele. Por natureza o homem tem uma conscincia discriminativa ou impulsiva; tem o senso de perceber o certo e errado.

Estas percepes morais ou senso so independentes do homem e no esto sob o controle de sua vontade.

As percepes morais (conscincia) tm uma autoridade sobre o homem da qual ele no se pode emancipar. No pode ignor-los e nem neg-las.

A conscincia convence o homem de uma lei moral no universo, e nosso dever de observ-la.

Paulo tambm apela ao argumento (Rm 1:19, 32; 2:14-16). Violaes desta lei moral universal so seguidas de culpa e remorso, ou medo da prestao de contas.

Davi um bom exemplo bblico (Sl 32:3,4; 38:1-4).

Agostinho. To doente espiritualmente eu me encontrava, e to atormentado que me acusava a mim mesmo fortemente, rolando e prendendo-me em corrente, at que aquilo foi quebrado completamente... (Confisso).

Shakespeare descreve a senhora Macbeth como perseguida, mesmo no sono, por uma conscincia m, depois de haver morto o rei Ducan.

Desde que esta lei moral no imposta pelo homem e desde que os temores do juzo no so executados pelo homem, deve haver uma Vontade Superior que impe esta lei e deve tambm haver um Poder Primitivo que executar as ameaas da natureza moral do homem (Mq 6:8; Ec 12:14). Em outras palavras, a conscincia humana reconhece a existncia de um grande Legislador (Deus), e a certeza da punio de toda a violao de Sua lei.

NOMES DE DEUS

Nomes em Geral

Para os povos da antigidade o nome tinha um significado mais profundo do que hoje. No oriente, ainda hoje em muitos lugares um nome escolhido de acordo com uma ocasio particular ou para expressar o carter do indivduo.

Num sentido geral da palavra, o nome de Deus uma revelao de Si mesmo. especialmente uma revelao de Si mesmo em Suas relaes com o homem. Os muitos nomes de Deus so expresses ou revelaes de vrios aspectos do Seu carter. A diversidade dos nomes de Deus indicam uma revelao progressiva de Deus.

H uma ntima relao entre Deus e Seu nome. Seu nome idntico com o Seu carter, com as virtudes que Deus revela em Sua relaes com Suas criaturas. O nome contm Sua glria (Sl 8:1; 29:2), Sua honra (Lv 18:21; Sl 86:11; 102:15), Seu poder redentor (Sl 54:1; Is 47:4; 50:10), Sua misericrdia (Is 48:9; Ez20:44).

Na realidade, o nome de Deus Deus na maneira como Ele se revela a ns de uma ou de outra qualidade. Por esta razo Seu nome grande (Ez 36:23), Santo (Sl 11:9), Terrvel (Sl 99:3), Uma Torre Forte (Sl 8:1).

Pelos Seus nomes, Deus procurou revelar-Se a Si mesmo ao homem. Os nomes de Deus no so inveno humana, mas so de origem divina embora todos os nomes so emprestados da linguagem humana.

Cada nome divino adequado ocasio e ao especfico aspecto de Sua relao com o homem.

Assim como ns conhecemos Davi pelos ttulos de pastor, msico, poeta, guerreiro, rei, e profeta ttulos estes que refletem realizaes em sua vida assim tambm ns podemos conhecer o trato de Deus para conosco e Seu carter pelos nomes de Deus.

Nomes do Velho Testamento e Seu significado

Embora a Bblia registre vrios nomes de Deus, ela tambm fala no nome de Deus no singular como em x 20:7,; Sl 8:1; 48:10; Sl 76:2; Pv 18:10.

Encontramos tais nomes como:

Elohm, l Elyn, l Adonai, l Shaddai, l Olm, Yahweh (Jeov) seus compostos: Yahweh Ropheka, Yahaweh Megaddishken; Yahweh Sebath, Yahaweh Ro, Yahweh Sidegn.

ELOHM ( Vem de alah que quer dizer jurar, isto , fazer um juramento, fazer um concerto. Assim ELOHM descreve a Deus como algum que faz um concerto, um juramento. Ele est ligado a ns por concerto e podemos confiar que Ele cumprir ou manter o concerto.

Este o nome pelo qual Deus Se introduz em Gnesis: Aquele que criou o mundo e declarou ser tudo muito bom. As leis da natureza foram estabelecidas, dia e noite, bem como o ciclo anual, se sucedem em ordem, e ELOM jurou conservar todas as coisas assim e restaur-las se necessrio. este o concerto, feito na forma de juramento, que sustm o mundo e que assegurou o plano da salvao quando o homem caiu no pecado. Ele est ligado ao homem e sua criao por um concerto. Ele garante nunca abandon-los, embora cados at a sua restaurao. Leia 1Sm 12:22. Que segurana nos d o nome ELOHM !

L Elyn este nome ocorre em Gn 14:18, 19,22, onde ele aparece em relao com a experincia de Abrao com Melquisedeque. Este um nome composto L e ELYN. L aparece sozinho pela primeira vez em Gn 16:13. L a palavra comum para deus, e empregado tambm para os deuses pagos. L significa poder. LYN significa Deus e Altssimo, o mais Exaltado. Implicitamente est dizendo que h os que esto debaixo ou abaixo de Deus, dos quais Ele se lembra. Isto enfatizado no primeiro uso do nome em relao com Abrao (Gn 14:19), onde ele modificado ou acrescido das palavras possuidor dos cus e da terra. Assim os homens, cristos e no cristos, esto todos sob o Seu cuidado e proteo. Ele tem o controle em Suas mos e a Deus pertence tudo. E somente quando o homem se une a Deus e O reconhece como o mais exaltado que o homem ter paz e felicidade. Foi neste contexto e reconhecimento que Deus introduziu o nome ELYN. Abrao compreendeu que Deus havia dado a vitria sobre os invasores da Mesopotmia e ele deu o dzimo de tudo. Por causa deste reconhecimento (que Deus o proprietrio de tudo), Deus abenoou a Abrao, lembrando-se que Abrao e tudo o que possua, pertencia ao Deus Altssimo. Os 4 reis que ele havia vencido com seu pequeno exrcito eram grandes, mas Deus era maior. Deus est acima dos reis e domnios. Melquisedeque era um tipo de Cristo.

O nome ELYN ocorre novamente na profecia involuntria de Balao acerca do Messias e o relato da morte de Moiss. Nmeros 24:16 e Deuteronmio 32:8 respectivamente. Balao tentou em vo se opor contra Deus em troca de dinheiro, mas Deus estava no controle. Em Dt 32:8, Moiss lembra ao povo de que o Altssimo estava controlando as naes e separou uma parte aos Israelitas. O nome tambm ocorre, em 2Sm 22:14.

Deus Altssimo, e este nome uma garantia de grande bno aos que reconhecem sua dependncia de Deus (Gn 22:18). Lcifer tentou ser igual ao Altssimo; este foi o ser grande pecado. (Is 14:14). Seu agente revelado em Daniel 7:25, fala grandiosamente contra o altssimo. Ambos so destrudos. Em cada passagem onde este nome ocorre, ele expressa de Deus a relao com toda Sua criao. (Sl 97:9).

ADONAI o nome que Abrao emprega depois da entrevista com Melquisedeque. o pural de Adn, que significa senhor, mestre; contudo, o Velho Testamento reserva esta forma Adonai exclusivamente para Deus. A palavra derivada do verbo Dn, que significa governar, dirigir, ou julgar. O nome expressa uma relao pessoal Esta relao entre Deus e Suas criaturas claramente declarada em Salmos 123:2. Abrao, Moiss, Samuel, Davi, Paulo, e outros escritores bblicos chamam-se de servos ou escravos de Deus. Adn sinnimo de baal, que significa igualmente senhor proprietrio, possessor, e freqentemente traduzido por marido. Em Is 54:5 e Jr 31:32, Deus declara que Ele nosso baal (marido).

L SHADDAI este nome ocorre primeiro em Gn 17:1, e quer dizer Todo-poderoso. Este nome aponta para Deus como Aquele que tem o poder nos cus e na terra. Shaddai descreve poder, no o poder destruidor ou violento, mas o poder mantenedor; poder como fonte de bno e conforto. Com este nome, Deus se apresentou a Moiss em x 6:2.

L-LAM quando Abrao fez um concerto com Abimeleque com respeito ao poo que ele cavara, Abrao invocou o nome do Senhor L-LAM, o eterno Deus (Gn 21:33). Este nome ocorre somente uma vez mais (Is 40:28), e ento LAM ocorre com ELOHM e no com L. entretanto, LAM usado em muitos outros lugares em se falando de Deus (Sl 90:2; Is 63:16; Jr 10:10; Mq 5:2). Este mesmo pensamento de infinitude, ou tempo escondido revelado pelo aion no Novo Testamento, quando se fala de Deus (Rm 16:26; 1Tm 1:17, etc.). LAM um adjetivo derivado de ALAM, que significa estar ou ser oculto. Assim o termo no somente contm a idia de tempo, ou poca, mas tambm a idia de segredo. Tem a idia de tempo oculto ao homem ou tempo indefinido, ou tempo incomensurvel, e muitas vezes traduzido, por eterno.

l-lam revela um Deus que vive num presente eterno ou contnuo. Ele o Deus de todas as pocas ou tempos. Deus est sempre presente. Ele Deus, de eternidade a eternidade (Sl 90:2).

YAHWEH este nome sempre foi considerado como o mais sagrado nome de Deus. quando este nome aparecia nas Escrituras, os judeus substituam-no por Adonai e Elohim na leitura. O significado explicado em x 3:14, onde traduzido por Eu sou o que sou. O nome aponta para a imutabilidade de Deus. Entretanto, no tanto a imutabilidade, de Sua relao com o Seu povo. O nome contm a certeza de que o Deus de Sua relao com o Seu povo. O nome contm a certeza de que o Deus nos dias de Moiss ser o que Ele foi a Abrao, Isaac e Jac. Expressa a fidelidade do concerto de Deus (x 15:3; Sl 83:18; Os 12:6; Is 42:6).

YAHWEH ROPHEKA nomes de Deus combinados com Yahweh revelam outras fases do Seu carter ou de Suas relaes para conosco. Em x 15:26 o nome Yahweh Ropheka ocorre, e significa, Jeov o Curador. Aqui Deus se revela como o Deus de sade, o ser verdadeiro. Suas instrues iro trazer sade fsica e restaurao, se seguidas, assim como a obedincia s Suas leis espirituais trar sade espiritual e restaurao. A cincia est provando que as leis que Deus deu so vlidas.

YAHWEH MEGADDISHKEN este nome ocorre em Levtico 20:8 e quer dizer, Deus o santificador. Somente um ser que inerentemente santo pode santificar a outros. Tal a revelao do nome. Deus separado de todos os seres como inerentemente santo, e quando ns nos unimos a Deus em obedincia, Ele nos tornar santos tambm.

YAHWEH SEBATH o nome significa Yahweh dos Exrcitos e era usado geralmente nas circunstncias de derrota ou grande necessidade. Este nome ocorre primeiro em 1Sm 1:3,11. usado em seguida quando os israelitas so vencidos e a arca tomada (1Sm 4:4). usado de novo quando Saul foi ungido rei e ordenado a derrotar os amalequitas (cap. 15:2), quando Davi enfrentou Golias (17:45), quando Davi devia tomar Jerusalm dos jebusitas (2Sm 5:10), quando ele traz a arca para Jerusalm (6:2,18), quando Nat apresentou-lhe as promessas de Deus (7:8,26,27), quando Elias enfrentou Acabe (1Re 18:15), quando Elias fugiu ao Monte Horebe (19:10), quando Eliseu foi trazido presena de Jeoaquim (2Re 3:14). nos Salmos, o nome ocorre nos cnticos de angstia ou juzo antecipado, em oraes por misericrdia, ou em hinos da grandeza e poder de Deus.

YAHWEH SEBATH caracteriza a Deus como Aquele capaz de trazer auxlio, como no caso de Eliseu que orou a Deus para que abrisse os olhos de seu servo. Quando os seus foram abertos, ele viu a montanha rodeada de carros de fogo (2Re 6:17). Este nome caracteriza a Deus como Rei na plenitude de Seu poder e glria, rodeado, por todos os exrcitos do cu, recebendo honra e glria pronto para dar auxlio ao mais fraco dos santos. (Sl 34:7). O ministrio dos anjos descrito de uma maneira ainda melhor no Novo Testamento. Quando a igreja est em dificuldades e em desnimo, ou quando um dos seus santos depara-se diante de uma necessidade extrema ou diante de uma derrota, ele pode lembrar-se de que Deus tambm Yahweh Sebath, o Princpe das legies dos cus, que vir em auxlio do mais fraco dos santos.

YAHWEH RO este nome significa Jeov ou Senhor meu Pastor e encontra-se em Sl 23:1. A palavra raah significa alimentar, pastorear, ou dirigir um rebanho. Leia Salmos 23:1-20. Este nome caracteriza a Deus como um provedor do alimento espiritual. Havendo se alimentado, o santo deitar-se- e dirigir o alimento. Deus mesmo se interessa pelos que se extraviaram e os procurar. (Is 53:6). Este nome revela a Deus como um provedor fiel e abundante, motivado pelo seu amor desprendido.

YAHWEH SIDEQNO Jeremias 23:6 usa este nome que quer significar, Jeov Justia Nossa. Ele santo e tambm deseja que o sejamos. (Veja Lv 11:44; 19:2; 20:7,26).

Assim Deus est constantemente, e de vrias maneiras, revelando-Se aos que O desejam conhecer. Como Elohim, ele o maior mantenedor do concerto, e no nos abandonar. Como l Elyn, Ele o mais Exaltado, Altssimo, Senhor dos cus e da terra a quem devemos aliana. Como Adonai, Ele nosso Senhor, nosso Marido, uma relao pessoal de posse. Como l Shaddai, O Todo-poderoso, Ele o que sustm e supre todas as nossas necessidades. Como l lam, Ele o Deus eterno e imutvel que habita em cada era. Com Ele no h sombra de mudana. Ele vive no eterno presente. Como Yahweh, Ele o Eu Sou, que no altera a Sua relao para conosco. Como Yahweh Rophka, Ele nosso Mdico, interessado em nossa sade e bem estar. Como Yahweh Megaddishken, Jeov nosso Santificador, ele o santo e o nico que pode santificar-nos. Como Yahweh Sebath, Jeov dos Exrcitos, Ele tem milhares de anjos para enviar em auxlio de algum em necessidade. Como Yahweh Ro, Jeov o meu Pastor, Ele o provedor do alimento espiritual. Como Yahweh Sideqn, Jeov Justia nossa, ele imputa e comunica a justia e o direito para a vida eterna. Estes nomes do-nos certeza que Deus nunca nos deixar, e revelam que Ele trar cada alma sincera ao seu aprisco.

A TRINDADE

A A Doutrina da Trindade na Histria

1 ( Perodo Anterior da ReformaOs judeus dos dias de Jesus enfatizaram a unidade de Deus e isto foi transferido para a igreja crist. O resultado, foi que alguns anularam as distines pessoais da Divindade e outros que faziam-nas no fizeram justia a Segunda e terceira pessoas da Trindade por afirmarem que no eram co-substanciais, co-eternos, co-iguais ao Pai.

Tertuliano foi o primeiro a usar a palavra Trindade e a formular a doutrina, mas sua formulao era defeituosa, porque subordinava o Filho ao Pai. Orgenes foi alm desta distino em ensinar que o Filho era subordinado ao Pai no que diz respeito essncia, e que o Esprito Santo subordinado ao Filho. Isto prepara o caminho aos Arianos, que negavam a divindade do Filho e do Esprito Santo por afirmarem que o Filho era a primeira Criatura do Pai e o Esprito Santo, a primeira criatura do Filho. Assim a co-eternidade e a co-essncia do filho e do Esprito com o Pai foi sacrificada, a fim de preservar a unidade de Deus; e conseqentemente as trs pessoas da Trindade divergiam de graduaes.

Os arianos ainda retinham uma aparente trindade, mas as 3 pessoas na Trindade foram sacrificadas inteiramente pelo Monarquianismo, em parte para preservar a unidade de Deus e em parte para manter a Divindade de Jesus. O monarquianismo Dinmico, para salvaguardar a idia de Deus como um, viam em Jesus um homem somente, e no Esprito Santo uma influncia. O monarquianismo Modalstico querendo salvar a divindade de Jesus consideravam o Pai, o Filho e o Esprito Santo meramente como 3 modos de manifestaes sucessivas da divindade. Em outras palavras, o M. M. afirmava que a Trindade consistia apenas de uma pessoa, e que os termos Pai, Filho, Esprito Santo, simplesmente denotavam esta uma Pessoa em diferentes ofcios. Ex. Joo em casa conhecido como Pai, no comrcio como gerente, e no clube como jogador. Mas esta corrente satisfazia apenas um ponto em reconhecimento ou reconhecer a Divindade de Cristo. Seus defeitos eram visveis se as fases eram sucessivas ento Deus cessou de ser o Pai, quando Ele tornou Filho, e cessou de ser Filho quando Ele se tornou Esprito. Esta corrente conhecida tambm de Sabelianismo.

O Monarquianismo tambm conhecido como Socianismo, e como j foi dito, o M. D. afirmava que Jesus era somente humano, um homem muito bom, na verdade o melhor dos homens porque Ele era inteiramente animado ou controlado pelo poder de Deus. Ele no existiu antes de Belm. Desta maneira eles salvaguardam a unidade da Divindade.

Tambm houve aqueles que perdendo a unidade da Divindade caram no Tri-tesmo (trs pessoas separadas, com vontade e ao diferentes).

No Conclio de Nicia, a igreja declarou o Filho como sendo co-essencial com o Pai (325 A. D.), enquanto o Conclio de Constantinopla (318 A. D.), afirmou a Divindade do Esprito. Quanto a inter-relao dos trs, foi oficialmente declarado que o Esprito Santo procede do Pai e do Filho (Filioque).

2 ( O Perodo da ReformaNo temos novas formulaes da doutrina da Trindade, mas apenas temos repeties dos erros verificados antes da Reforma.

B Deus como Trindade em Unidade

A palavra Trindade tecnicamente quer dizer no somente o estado de serem trs, mas tambm de uma unidade dos trs. quando falamos em Trindade em Teologia queremos dizer ou referir-nos sobre a Trindade em unidade, e a uma unidade que trinal.

Provas Escritursticas da Doutrina da Trindade ( A doutrina da Trindade decididamente uma doutrina da Revelao. verdade que a razo humana pode sugerir alguns pensamentos para substanciar a doutrina, mas se no fosse a Revelao Especial ns no teramos tido conhecimento dela. Devemos pois ir s Escrituras para uma verdadeira doutrina da Trindade.

a ( Intimidaes do Velho Testamento ( Embora o Velho testamento fale explicitamente na unidade de Deus (Dt 6:4; Is 44:6; 1Re 8:60; Zc 14:9), existem numerosas intimidaes de uma pluralidade na Divindade, e algumas indicaes que esta pluralidade uma Trindade. Quanto pluralidade, podemos citar: Gn 1:2,26; 3:22; 11:7; 20:13; 48:15; Is 6:8. ( Indicaes mais ntidas da Trindade, ns encontramos em Gnesis 1:1-2, onde o Esprito distinguido de Deus. Em Gnesis 6:3, esta distino feita tambm. O Novo Testamento declara que Jesus Cristo o agente da criao. (Ef 3:9). H passagens em que Deus fala e ao mesmo tempo so mencionados o Messias e o Esprito; ou o Messias quem fala e menciona Deus ou Esprito. (Is 48:16; 61:1; 63:9,10).

b ( Provas no Novo Testamento ( Embora no exista no Novo Testamento uma passagem que, defina a Trindade, ns temos passagens que mencionam claramente as trs Pessoas de tal maneira que no somente a sua distino percebida como tambm a Sua unidade. 1) Mt 28:19 na Grande Comisso, Jesus distingue as 3 Pessoas; 2) 2Co 13:13 Bno Apostlica uma orao que dirigida a Jesus por Sua graa, ao Pai por Seu amor, e ao Esprito pela comunho; 3) Mt 3:16-17 no batismo de Jesus, o Pai fala dos cus e o Esprito desce em forma de pomba; 4) passagens do Novo Testamento declaram que Deus se revela pelo Filho, o qual foi enviado ao mundo pelo Pai, Joo 3:16; Gl 4:4-5; Hb 1:6; 1Jo 4:9; Jo 1:14; 6:46; 7:20; 9:16,33; 5:17; 5) passagens que falam do Esprito sendo enviado por Jesus e o Pai, Joo 14:16 (outro Consolador); 15:26; 16:7; Gl 4:6; 6) Passagens que falam que Deus se dirige a Jesus Cristo e Jesus comungando com o Pai, (Mc 1:11; Lc 3:22; Mt 11:25, 26; 26;39; Jo 11:41; 12:27,28) e o Esprito orando a Deus por ns, (Rm 8:26). (Evangelismo 613-617; M. H. 421).

C Definio da doutrina da Trindade

A melhor definio da doutrina da Trindade encontrada no Catecismo de Westminster: H trs Pessoas na Trindade; o Pai, o Filho e o Esprito Santo; e estes trs so um Deus, o mesmo em substncia, igual em poder e glria.

Alm das provas das Escrituras j mencionadas sobre as trs Pessoas da Divindade, desejamos acrescentar o seguinte: - A Trindade no se revela ao homem tanto em palavras mas fundamentalmente, por fatos na histria. A revelao ntida da Trindade se encontra nos fatos de Deus enviar o Seu Filho ao nosso mundo para salvar-nos, e do Esprito como Aquele que aplica a obra redentora em nosso corao.

A Trindade est vitalmente envolvida no plano da salvao, e este o aspecto da Trindade que deveria merecer o nosso estudo ao considerarmos a Divindade, e no concentrar a nossa ateno a perguntas que esto alm da nossa compreenso. A Trindade no uma doutrina terica sobre a qual o homem est livre de especular alm do que no est revelado. A Trindade uma verdade sacra que revela-nos que as 3 Pessoas esto empenhadas na nossa salvao.

Apesar das distines pessoais na Trindade que as Escrituras apresentam quando falam na Divindade, Deus um s. Como o Pai, Filho e Esprito Santo podem ser distintos e ao mesmo tempo completamente um, no nos foi revelado e est alm de nossa compreenso. No temos base de comparao com nada que conhecemos. A Trindade compreensvel em alguns aspectos ou manifestaes, mas incomparavelmente em Sua essncia. Os esforos feitos para explicar o mistrio, foram especulativos na maioria dos casos no teolgicos. Eles resultaram no desenvolvimento de concepes tri-testica ou madalstica de Deus, em detrimento da unidade de Deus ou da distino pessoal da Trindade. A Igreja nunca tentou explicar este mistrio, mas apenas procurou formular uma doutrina de tal maneira que evitasse os erros que a ameaaram.

D Incompreenso Judaica

A doutrina da Trindade no tem sido compreendida entre os judeus a ponto de dizerem que ns cristos adoramos trs Deuses. A fim de compreendermos o problema dos judeus, desejamos citar um trecho dos escritos do ex Rabbi Leopold Cohn, The Trinity in the Old Testament, pp. 3,4. Ele declara:

A razo dos judeus serem desviados da doutrina de um Deus Trino acha-se fundamentado nos ensinos de Moiss Maimonides. Ele compilou 13 artigos de f que os judeus citaram e incorporaram em sua liturgia. Um deles , Eu creio verdadeiramente que o Criador, santificado seja o Seu nome, nico (Um s, hebraico, Yachid... Esta expresso de nico ou um s diametralmente oposto Palavra de Deus que ensina com grande nfase que Deus no Yachid, que significa nico ou um s, mas achid que significa um (unidade). Em Deuteronmio 6:4, Deus declarou um princpio de f para o Seu povo que certamente superior ao de Moiss Maimonides, mormente porque Deus quem diz: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus UM. A nfase da frase est no UM, no no sentido de Yachid (nico) como Moiss Maimonides usa, mas Achid que significa um, aquele que est unido.

Desejamos agora mencionar onde estas duas palavras: Yachid e Achid ocorrem no Velho Testamento e em que contexto e com que significado, para ento declarar o seu verdadeiro significado.

Em Gnesis 1. n lemos que houve tarde e manh, o que formava um dia. Aqui a palavra Achid usada, que sugere que a tarde e a manh, duas partes separadas, so chamadas de um, mostrando que a palavra Achid no significa nico mas um no sentido de unido. Ento em Gnesis 2:24, ns lemos: Portanto deixar o varo o seu pai e a sua me, e apegar-se- sua mulher, e sero ambos uma carne. Aqui tambm a palavra Achid usada, mostrando que ela significa um, unido, e referindo-se a duas pessoas distintas.

Vejamos onde a expresso Yachid (nico) empregada. Em Gnesis 22:2, Deus diz a Abrao: Toma agora o teu filho, o teu nico. Aqui aparece a palavra Yachid e ela repetida em Gnesis 22:12. Em Salmos 25:16, Yachid aplicado a uma s pessoa, e o mesmo ocorre em Jeremias 6:26. A mesma palavra dando a idia de nico ocorre em Zacarias 12:10 e Salmos 68:6.

Assim ns vemos que Moiss Maimonides, com toda a sua grande sabedoria e muito estudo, fez ou cometeu um grande engano em prescrever aos judeus a confisso de f na qual declarou que Deus Yachid, uma declarao que se ope Palavra de Deus...

Esta portanto a verdadeira crena crist. Ele no tem trs deuses, mas UM, um no sentido Escriturstico, que Achid no hebraico, e que consiste em trs personalidades distintas. (Leopold Cohn, The Trinity in the Old Testament, pp. 3,4).

E O nome Pai aplicado a Deus

Este nome usado para Deus no usado consistentemente, no mesmo sentido. 1 Muitas vezes, Pai aplicado ao Trino Deus como origem de todas as coisas criadas (1Co 8:6; Ef 3:15; Hb 12:9; Tg 1:17). Enquanto nesses casos a expresso se aplica ao Trino Deus, ela se aplica especialmente a primeira Pessoa da Trindade, a quem a obra da criao atribuda. 2 O nome tambm atribudo ao Trino Deus para expressar a relao teocrtica. (dt 32:6; Is 63:16; 64:8; Jr 3:4; Ml 1:6; 2:10). 3 No Novo Testamento, o nome usado para o Trino Deus como Pai dos Seus filhos espirituais. (Mt 5:45; 6:6-15; Rm 8:16; 1Jo 3:1). 4 O nome tambm aplicado primeira Pessoa da Trindade em Sua relao para com Jesus Cristo. (Jo 1:14,18; 5:17-26; 8:54; 14:12,13).

F O nome Pai aplicado a Deus

Para a nossa mente ocidental, os termos Pai e Filho, surgem por um lado a idia de origem e superioridade, e por outro lado, a idia de dependncia e subordinao. Numa linguagem teolgica, porm, eles so usados no sentido oriental ou semtico de igualdade com respeito natureza (mesma natureza). Quando as Escrituras chamam a Jesus Cristo como o Filho de Deus, Elas querem afirmar a verdadeira Divindade de Cristo. O termo Filho aplicado a Cristo no meramente como um ttulo oficial em relao obra da redeno (Sua encarnao e Sua ressurreio), que nestes casos preeminentemente o Filho de Deus, mas usado principalmente para mostrar uma inerente relao Trinitariana. Em outras palavras, a expresso mostra que o Pai e o Filho no somente so distintos, mas tambm so da mesma natureza co-eternos, co-substanciais, co-iguais em poder e glria, e sempre existiram como Pessoas distintas. Na economia da redeno, entretanto, para a consecuo de um especfico propsito, Jesus Cristo aceitou temporariamente uma posio subordinada em relao ao Pai. Mas no sentido mais profundo, os termos apontam para uma relao nica de participarem de uma mesma natureza e substncia que nenhuma criatura pode ter.

A idia dos termos expressa claramente por Dr. Warfield quando diz: O que o conceito de filiao nas Escrituras encerra verdadeiramente semelhana; o que quer que o Pai , isto o Filho tambm. O termo enftico de Filho aplicado a Jesus Cristo, uma das Pessoas da Trindade, afirma acertadamente Sua igualdade com o Pai e no subordinao ao Pai... Da mesma maneira a expresso Esprito de Deus ou Esprito de Jeov, que ocorre freqentemente no Velho Testamento, certamente no d a idia de derivao e nem de subordinao, mas verdadeiramente uma expresso aplicada a terceira Pessoa da Trindade para mostrar a correta identidade que o Esprito Santo tem com Deus o Pai. (Warfield, Biblical Doctrines, p. 163).

H passagens no Novo Testamento em que ocorrem os termos Filho e Esprito, e a nfase posta na idia de igualdade ou semelhana com o Pai, e conseqentemente entre as 3 Pessoas da Trindade. Em Joo 5:18, ns lemos: Por isso os judeus ainda mais procuravam mat-lo, porque no s quebrantava o Sbado, mas tambm dizia que Deus era Seu prprio Pai, fazendo-Se igual a Deus. Jesus foi corretamente entendido de chamar Deus de Seu prprio Pai, isto , os judeus entenderam o que Jesus reclamou quando disse que Ele era o Filho de Deus. Os judeus entenderam que Jesus no estava usando o termo figuradamente e que Jesus estava reclamando ser tudo o que Deus . Ser Filho de Deus queria dizer que Ele era igual a Deus.

Igualmente ns lemos em 1 Corntios 2:10-11 que o Esprito Santo igual a Deus. Aqui o Esprito Santo apresentado como o substrato da conscincia prpria de Deus, o princpio do conhecimento de Deus. O Esprito Deus mesmo na mais ntima essncia do Seu ser. Assim como o esprito do homem a sede da vida humana, a vida do homem, assim o Esprito de Deus Seu elemento de vida. Como pode Ele ento ser considerado subordinado a Deus, ou derivado de Deus?

Vimos que os termos Pai e Filho no so adequados para expressar uma relao completa e perfeita que existe entre as duas primeiras Pessoas da Trindade. Entretanto, eles so os melhores que temos. So termos usados nas Escrituras, e alm de expressar a idia de semelhana de natureza, estes termos so recprocos, expressando, idia de amor, confiana, honra, unidade, harmonia. Quando lemos que Deus deu o Seu Filho para redeno do mundo, ns somos levados a entender que a situao era em muitos aspectos idntica quela de um pai humano que envia seu filho como missionrio ou em defesa de sua ptria. algo que envolve sacrifcio da parte do pai bem como privao e sacrifcio da parte do filho.

Que os termos Pai e Filho so usados de uma maneira peculiar em relao s duas Pessoas da Trindade pode ser visto do variado uso destes termos em outras partes das Escrituras, e uso dirio. Por exemplo: Gn 4:20-21; 17:4; x 4:22; 2Sm 7:14.

Alm disso, muitos dos ensinos das Escrituras so dados em linguagem figurada. Cristo chamado como o Cordeiro (Jo 1:29); o bom Pastor (Jo 10:11); a Porta (Jo 10:7); a Videira (Jo 15:1-5); a Luz (Jo 1:9); etc...

Assim de acordo com o acima exposto, era prprio que os termos Pai e Filho fossem escolhidos para expressar uma relao especial que existe entres as Pessoas da Trindade.

G Subordinao de Filho e do Esprito ao Pai

Quando discutimos a doutrina da Trindade devemos distinguir entre o que tecnicamente conhecido como a Trindade imanente e a Trindade na dimenso redentora. Pela Trindade imanente entende-se a Trindade que tem subsistido desde a eternidade. Na Sua vida inerente, ns dizemos que o Pai, Filho, e Esprito Santo, so de igual poder, igual essncia. Pela Trindade redentora entende-se a Trindade como ela manifesta no mundo, especialmente, na redeno dos pecadores. Existe uma subordinao de propsito ou de operao na redeno dos pecadores, mas no uma subordinao na natureza ou essncia. Contudo, embora funes especficas so atribudas a cada uma das Pessoas da Trindade, devido serem to intimamente relacionadas, cada Pessoa participa na obra das outras. (2Co 5:19; Jo 14:18; 14:9,11).

Na obra da redeno, o Filho que igual ao Pai torna-Se como se fosse sujeito a Ele, e no estado de Sua humilhao, Jesus Cristo podia dizer do ponto de vista de Sua natureza humana o que est escrito em Joo 14:28; 1Co 11:3. E por sua vez o Esprito Santo enviado, opera por Deus e Jesus, glorifica no a si mesmo, mas a Jesus, e opera no corao dos homens. Esta subordinao do filho ao Pai, e do Esprito ao Pai, e a Jesus Cristo, no diz respeito a Sua relao essencial na Trindade, mas somente diz respeito ao modo de operao ou diviso de funes na criao e redeno. (Hb 2:9).

Esta subordinao do Filho ao Pai, e do Esprito ao Pai e Jesus, no de nenhuma maneira inconsistente com a verdadeira igualdade. Ns temos uma analogia de tal prioridade e subordinao, por exemplo, nas relaes que existem entre homem e mulher na famlia humana. Paulo declara que a relao entre o esposo e mulher de igualdade em Jesus Cristo (Gl 3:28), entretanto em outro lugar Paulo declara que o marido o cabea, e no lar cada um tem a sua funo principal a desempenhar. Se entendemos ou no, tal relao, no inconsistente com a perfeita igualdade.

Na obra da redeno a situao mais ou menos assim: atravs de um concerto firmado, o Pai, Filho e Esprito Santo, realizam uma obra especfica de tal maneira que durante o progresso desta obra, o Pai torna-se oficialmente o 1, o Filho o 2, e o Esprito Santo o 3. Entretanto em essncia ou vida inerente da Trindade, a igualdade completa entre as Pessoas da Trindade preservada.

H A Trindade apresenta um mistrio mas no uma contradio

De todas as doutrinas crists, esta talvez a mais difcil de ser entendida. Que Deus existe como uma Trindade tem sido claramente revelado; mas o modo particular de como as 3 Pessoas existem no tem sido revelado. A maravilhosa personalidade de Deus, Pai, Filho, e Esprito Santo, permanece em mistrio. Em cada esfera ns somos obrigados a crer sem compreender ou explicar a realidade. O que por exemplo a luz? O que d ou produz a fora da gravidade e como atua?

H muitas coisas no mundo que so verdadeiras mas que no sabemos explicar. o que eletricidade? O que a vida? O que capacita o corpo humano de transformar o alimento em sangue, cabelo, ossos e pele? Estas so apenas algumas das perguntas que no tem explicao, no entanto, este fato no invalida a verdade. Elas existem e sua existncia no dependem de ns a compreendermos. Da mesma maneira a Trindade existe e Sua existncia no depende de compreenso dos mistrio de Sua natureza.

Mas, apesar da doutrina da Trindade apresentar um mistrio, ela no apresenta uma contradio. Ela afirma que Deus um em respeito essncia ou substncia e que Deus Trs em um aspecto diferente nas distines pessoais, Assim a posio Unitariana, que afirma que Deus nico (uma pessoa) mas nega a divindade de Jesus Cristo, e a posio Trinitariana, que afirma que h 3 deuses, so refutadas. A doutrina da Trindade est acima da razo e nunca, poderia ser descoberta se no tivesse sido revelada por Deus ao homem. Entretanto ela no contrria a razo e nem inconsistente com outras verdades da Bblia.

OS ANJOS

I O nome Anjo

O nome Anjo veio do grego aggelos que significa mensageiro. Malak, o equivalente de aggelos no Velho Testamento traduzido por mensageiro to freqentemente como anjo. Tanto no hebraico como no grego, o termo traduzido ou aplicado para mensageiros humanos, bem como para mensageiros celestiais. (veja 1Re 19:2; Ag 1:13; Ml 2:7; Mt 11:10; Lc 7:24; 9:52).

H passagens em que o uso de anjo expressa a idia de mensageiro e no a categoria de anjo. Por exemplo: Anjo, Meu Anjo, Anjo do Senhor, ou expresso parecida, so usadas com referncia Divindade e no a anjos. (Gn 48:15,16; Is 63:9; Ap 22:16). A expresso Arcanjo, que comumente traduzido por Anjo principal, que pode ser traduzido por mensageiro principal. Ns cremos que Cristo o Arcanjo. (Veja o S.D.A. Bible Comentary sobre Dn 10:13; 1Ts 4:16; Jd 9; Ap 12:7). Reconhecendo o significado mais amplo para anjo, ajuda-nos a eliminar o problema em descrever a Jesus como Anjo. (Veja Patriarcas e. Profetas, p. 381).

II A Origem dos Anjos

Que os Anjos existem de toda eternidade evidente das Escrituras que fala de sua criao.(Ne 9:6; Sl 148:2,5; Cl 1:16).

Que os anjos so criaturas, est implcito em 1Timteo 6:16, onde nos dito que somente Deus tem a imortalidade.

O tempo da criao dos Anjos no mencionado nas Escrituras, mas quando os fundamentos da Terra foram lanados os Anjos j existiam. (J 38:4-7 estrelas da alva = Anjos cf. Is 14:12).

III A natureza dos Anjos

Aceitando o fato da existncia dos Anjos, ns naturalmente indagamos sobre a natureza dos Anjos. Este assunto um assunto de revelao e no de especulao filosfica. A revelao aponta que:

1 ( So seres criados mas no so seres humanos glorificados.

Mt 22:30 declara que ns seremos como anjos e no anjos.

Sl 8:3-5 os anjos so distintos dos homens.

Gn 3:22-24 os anjos existiram antes da morte de algum homem.

2 ( So seres espirituais ( As Escrituras chamam os anjos de espritos (Hb 1:14), mas no define a palavra esprito. As caractersticas dos anjos, d-nos uma idias do que so seres espirituais, mas ns no entendemos a natureza dos anjos.

IV As caractersticas dos anjos

1 ( Possuem grande poder

Sl 103:20

2Pe 2:11

Mt 28:2 (uma pedra de 2m de dimetro por 30cm de espessura, pesaria cerca de 4 toneladas)

2 ( So mais sbios do que o homem, entretanto no so oniscientes

2Sm 14:20

Mt 24:36

3 ( Locomovem-se rapidamente. quo rpido o anjo viaja se preciso? ( Ezequiel 1:14 comp. 10:20 Anjos comparados luz na locomoo. A luz algo mais rpido que conhecemos. A cincia descobriu que a velocidade da luz de 186.000 milhas/seg ou 300.000 km/seg. Podemos compreender esta velocidade? Nesta velocidade poderamos dar 7 voltas ao redor da Terra num abrir e fechar de olhos. ( Os anjos podem viajar mais rpido do que 7 vezes ao redor ao mundo enquanto piscamos o olho. Daniel 9:21-23 A orao de Daniel, que durou 3-4 minutos, foi interrompida pelo Anjo Gabriel.

V Nmero e Ordens

1 ( Nmero: Dn 7:10; Hb 12:22,23; Ap 5:11.

2 ( Ordens:

a ( Querubins: Gn 3:24; 2Re 1:15; Ez 10:1-20; 28:14-16 ( Os querubins mais do que qualquer criatura so destinados para revelar o poder e majestade, a glria de Deus. So especialmente os guardies do trono de Deus, e embaixadores extraordinrios. Servem na obra da reconciliao.

b ( Serafins ( So seres mencionados em Isaas 6:2,6. Em distino aos Querubins, eles esto acima do trono de Deus. Deus est no meio ou em acima dos Querubins segundo as Escrituras: 1Sm 4:4; Sl 20:1; 90:1. Os Serafins parecem estar preocupados com a adorao e santidade. Eles conduzem o cu na adorao a Deus.

CITAES DO ESPRITO DE PROFECIA

Mas Miguel veio em seu auxlio , e ento permaneceu com os reis da Prsia, controlando os poderes, dando conselho certo contra conselho errado. (B.C 4:1173).

A Palavra de Deus apresenta-nos em que agncia celestiais esto trabalhando nas mentes dos reis e governadores, enquanto ao mesmo tempo agncias satnicas esto tambm operando em suas mentes. (Ibid).

Embora os governadores no o saibam, em seus conselhos tm anjos muitas vezes sido oradores. Olhos humanos os tm visto. Ouvidos humanos tm ouvido seus apelos. Nos conselhos e cortes da justia, mensageiros celestiais tm pleiteado a causa dos perseguidos e oprimidos. (Educao, 304-305).

4 ( Os anjos protegem e livram o povo de Deus. (Sl 34:7; 91:11) ( Vi os santos deixarem as cidades e vilas, reuniram-se em grupos nos lugares mais solitrios da terra. Anjos lhes serviam alimento e gua, enquanto os mpios estavam a sofrer fome e sede. (Primeiros Escritos, 282).

5 ( Anjos encorajam e trabalham em favor do povo de Deus (Hb 1:14) ( Os mais elevados Anjos nas cortes celestiais so designados para atender as oraes que ascendem a Deus para o avano da causa de Deus. Cada anjo tem o seu posto de dever o qual no lhe permitido deixar. (B.C. 4:1173).

Enquanto nos movemos em nossos afazeres comuns, podemos ter bem perto o cu. Anjos das cortes no alto assistiro os passos dos que vo e vm s ordens de Deus. (D.T.N. , 33).

Um Anjo de guarda designado a todo seguidor de Cristo. Estes vigias celestiais escudam aos justos do poder do maligno. (C.S. 354).

Anjos esto constantemente subindo e descendo por esta escada de fulgurante brilho, levando as oraes dos necessitados e angustiados ao Pai, no alto, e trazendo bno e esperana, coragem e auxlio aos filhos dos homens. (A.A., 153).

obra dos Anjos estarem unidos aos que so provados, aos sofredores e tentados. Trabalham incansavelmente a favor daqueles por quem Cristo morreu. Quando os pecadores so levados a entregar-se ao Salvador, os anjos levam as novas ao Cu, e h regozijo entre as hostes celestiais. (A.A., 153-154).

Precisamos conhecer melhor do que conhecemos a misso dos Anjos. Convm lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperao dos seres celestiais. (A.A., 154).

Sempre que algum toma um passo em direo a Jesus, Jesus est tomando nossos passos na direo dEle. O trabalho dos Anjos de afastar os poderes de Satans. (E.G.W., B.C., 7:922).

6 ( Conservam um registro de todas as aes humanas. (Mt 18:10; Ml 8:16; Ec 12:14, Mt 12:36).

Um registro levado ao Cu, de todo o esforo bem sucedido de nossa parte para dissipar as trevas e propagar o conhecimento de Cristo. Ao ser a ao referida diante do Pai, fremente alegria toma posse de todo o exrcito celestial. (A. A., 154).

Ao lado de cada nome, nos livros do Cu, esto escritos, com terrvel exatido, toda m palavra, todo ato egosta, todo dever no cumprido, e todo pecado secreto, juntamente com toda artificiosa hipocrisia. Advertncias ou admoestaes enviadas pelo Cu e que foram negligenciadas, momentos desperdiados, oportunidades no aproveitadas, influncia exercida para o bem ou para o mal, juntamente com seus resultados de vasto alcance, tudo historiado pelo Anjo relator. (C.S., 521-522).

No livro memorial de Deus toda ao de justia se acha imortalizada. Ali, toda tentao resistida, todo mal vencido, toda palavra de terna compaixo que se proferir, acham-se fielmente historiadas. E todo ato de sacrifcio, todo sofrimento e tristeza suportado por amor de Cristo, encontra-se registado. (C. S., 521).

Quo solene esta considerao. Dia aps dia que passa para a eternidade, traz a sua enorme poro de relatos para os livros do Cu. Palavras, uma vez faladas, e aes, uma vez praticadas, nunca mais se podem retirar. Os Anjos tm registado tanto as boas como as ms. Nem o mais poderoso guerreiro pode revogar a relao dos acontecimentos de um nico dia sequer. Nossos atos, palavras, e mesmo nossos intuitos mais secretos, tudo tem o seu peso ao decidir-se nosso destino para a felicidade ou para a desdita. Ainda que esquecidos por ns, daro o seu testemunho para justificar ou condenar. (C.S., 526).

Assim como os traos da fisionomia so reproduzidos com preciso infalvel sobre a polida chapa fotogrfica, assim o carter fielmente delineado nos livros do Cu. Todavia, quo pouca solicitude experimentada com referncia quele registo que deve ser posto sob o olhar dos seres celestiais. Se se pudesse correr o vu que separa o mundo visvel do invisvel, e os filhos dos homens contemplassem um Anjo registando toda a palavra e ao, que eles devero novamente encontrar-se no juzo, quantas palavras que diariamente se proferem ficariam sem ser faladas, e quantas aes sem ser praticadas. (C. S., 526-527).

Pecados de que no houve arrependimento e que no foram abandonados, no sero perdoados nem apagados dos livros de registo, mas ali permanecero para testificar contra o pecador no dia de Deus. Ele pode Ter cometido ms aes luz do dia ou nas trevas da noite; elas, porm, estavam patentes e manifestadas quele com quem temos de nos haver. Anjos de Deus testemunharam cada pecado, registando-os nos relatos infalveis. O pecado pode ser escondido, negado, encoberto, ao pai, me, esposa, filhos e companheiros; ningum a no ser os seus autores culpados, poder alimentar a mnima suspeita de falta; ela, porm, jaz descoberta perante os seres celestiais. As trevas da noite mais escura, os segredos de todas as artes enganadoras, no so suficientes para velar do conhecimento do Eterno um pensamento que seja. Deus tem um relatrio exato de toda conta injusta, e de todo negcio desonesto. No se deixa enganar pela aparncia de piedade. No comete erros em Sua apreciao de carter. Os homens podem ser enganados pelos que so de corao corrupto, mas Deus penetra todos os disfarces e l a vida ntima. (CS., 526).

O oculto egosmo humano permanece manifesto nos livros do Cu. Existe o relato de deveres no cumpridos para com os semelhantes, do esquecimento dos preceitos do Salvador. Ali vero quantas vezes foram cedidos a Satans o tempo, pensamento, a fora, os quais pertenciam a Cristo. Triste o relato que os Anjos levam para o Cu. Seres inteligentes, seguidores professos de Cristo esto absortos na aquisio de posses mundanas ou do gozo de prazeres terrenos. Dinheiro, tempo e fora no so sacrificados na ostentao e condescendncia prpria; poucos, so os momentos dedicados prece, ao exame das Escrituras, humilhao da alma e confisso de pecados. (CS, 527).

7 ( Os anjos acompanharo a Jesus em Sua volta e tm uma obra a realizar. (Mt 24:31; 25:31; 13:39,49,50; 2Ts 1:1-8).

CRIAO DO MUNDO MATERIAL

I Definio

A definio das Escrituras acerca da criao encontra-se em Gnesis 1:1. Os cus e a terra aqui mencionados incluem todas as coisas, exceto Deus. Todas estas coisas devem a sua existncia ao poder de Deus. Adefinio ou doutrina bblica da criao :

1 ( A criao no eterna. ela teve o seu incio. A matria no co-eterna com Deus. H os que dizem que a matria eterna.

2 ( A criao um ato do trino Deus. (Gn 1:1; Is 44:24; 45:12). Embora a criao seja um ato de Deus, o Pai, ela tambm considerada como um ato do filho e Esprito Santo. (Filho Jo1:3; Cl 1:15-17; Esprito Santo Gn 1:2; J 26:13; 33:4; Sl 104:30).

3 ( um ato livre da vontade de Deus (arbitrrio), isto , a criao no era necessria. Deus estava livre de criar e de no criar. Isto contrrio a doutrina da criao necessria:

a ( Alguns defendem a necessidade natural da criao, isto , a criao considerada como uma emanao da natureza de Deus, pois, Deus no pode seno criar.

b ( Outros embora no vem uma necessidade natural, eles defendem uma necessidade moral. Deus amor. Mas a natureza do amor de se comunicar, de procurar companheirismo. Da, a natureza moral exige que Deus crie o homem para satisfaz-Lo. ( De acordo com as Escrituras, Deus auto-suficiente e independente. Ele no necessita nada fora de Si para ser feliz ou completo. Deus independente de Suas criaturas . (At 17:25). A criao, um ato de Sua vontade. (Ap 4:11).

4 ( A criao um ato ex nihilo (do nada) de Deus. A expresso ex nihilo no quer dizer que a criao no tem causa. Deus mesmo a causa. A expresso significa que a criao no resultado do uso de material pr-existente (Gn 1:1 Pela Palavra... Deus falou e tudo se fez; ( Sl 33:6,9; 148:5 Idem; ( Hb 11:3 Um fato que s entendemos pela f).

Os termos bblicos para criar:

1 ( Bara: usado sempre para uma obra divina e no humana. D a idia de criar do nada. (Gn 1:1; 2:3,4). A palavra correspondente no Novo Testamento ktizein. (Mc 13:19).

2 ( Asah: expressa uma idia mais geral fazer, manufaturar. O correspondente de asah no N. T. poiein. (Mt 19:4).

3 ( Yatsar: expressa mais nitidamente a idia de fazer de materiais preexistentes. Baseado no significado das palavras acima, certas pessoas fazem uma distino entre a criao imediata (criao instantnea, sem o uso de matria pr-existente), e a criao indireta (uso de material pr-existente).

4 ( A criao d ao mundo uma existncia distinta de Deus embora dependente de Deus.

a ( A criao distinta de Deus. Isto significa que a criao no Deus, e nem parte de Deus como afirmam os pantestas. Deus est acima da criao (mundo). Deus distinto, no apenas em hierarquia, mas tambm em propriedades essenciais. Enquanto Deus existente por Si mesmo, auto-suficiente, infinito, eterno; a criao dependente, finita e temporal. Isto quer dizer que um no pode mudar no outro. A doutrina da criao contrria doutrina da emanao e do pantesmo. Segundo as Escrituras, Deus distinto, acima, transcendental criao.

b ( A criao continuamente dependente de Deus. Ainda que Deus desse distino criao, Ele no se afastou da criao, mas continuou Se relacionando com a criao. Isto Tesmo. O universo no igual a um relgio que damos corda e no se comunica com o mundo. Os destas no crem na revelao especial. ( Deus no apenas transcendente infinitamente acima da criao; Deus tambm imanente presente em cada parte da criao. ( Ef 4:6 afirma a transcendncia e imanncia de Deus. ( Deus dito encher a Terra e o Cu (Sl 139:7-10; Jr 23:24),.habitar no corao contrito (Sl 51:11; Is 57:15), e habitar na igreja invisvel (1Co 3:16; 6:19; Ef 2:22). Somente o poder que criou o mundo pode mant-lo. Deus que criou este mundo sustenta no somente este mundo, mas todos os mundos. (Cl 1:16,17; Hb 1:3).

II Um mundo entre muitos

Esta Terra uma pequena frao da criao de Deus. olho n no podemos ver seno poucos milhares de corpos celestes; mas alm h inumerveis milhes mais. As Escrituras declaram ser Deus o criador de todos eles. Veja as evidncias em Sl 33:6,9; 148:1-5; Cl 1:6; Hb 1:2; Mensagens aos Jovens, p. 254).

As Escrituras no fazem referncias aos habitantes dos outros mundos, mas difcil crer que so todos desabitados. O Esprito de Profecia declara ou d a entender que muitos planetas so habitados. (Histria da Redeno, 416; Mensagens aos Jovens, 254 e D.T.N., 621).

III O Hexaemeron, ou a obra nos dias da criao

1 ( A interpretao de Gn 1:1-2. Alguns consideram Gn 1:1 como o relatrio da criao original e imediata do universo, no hebraico chamado cus e a terra. Nesta expresso a palavra cus, refere-se glria invisvel das coisas. No pode-se referir, segundo alguns, ao cu do nosso planeta, quer as nuvens ou estrelas porque elas foram criadas no 2 e 4 dias da semana da criao. Ento, em Gn 1:2, o autor descreve a condio original da terra (comp. Sl 104:5,6). uma pergunta debatvel, se a criao original da matria fez parte da obra realizada no 1 dia da criao, ou se esteve separada da obra do 1 dia da semana da criao por um perodo de tempo breve ou longo. Seja qualquer a posio, uma coisa certa: Deus o criador de tudo, e em ltima instncia Ele criou todas as coisas do nada. Antes de considerarmos as obras da semana da criao, a questo da durao dos dias da criao deve ser considerada.

2 ( A Teoria de que os dias da criao so longos perodos ( Alguns afirmam que os dias de Gnesis 1 so longos perodos de tempo, afim de harmoniz-los com os perodos geolgicos. Esta opinio no era ausente na igreja primitiva. Alguns pais da igreja que admitiam que os dias da criao no eram literais, expressavam a opinio de que toda a obra da criao foi obra de um momento, e que os dias meramente constituam uma estrutura que facilitava a descrio da obra da criao de uma forma ordenada, para facilitar a sua compreenso por mentes finitas.

A opinio de que os dias da criao so longos perodos de tempo ressurgiu nos ltimos sculos, no pelo estudo exegtico, mas surgiu sob a influncia do progresso cientfico. Antes do sculo XIX, os dias de Gnesis eram de um modo geral considerados como dias literais. E se as interpretaes tradicionais conflitam com a cincia e com os fatos bem estabelecidos, ento, uma reviso das interpretaes necessria. Entretanto, as eras geolgicas, que motivaram a reinterpretao dos dias de Gnesis de dias literais para longos perodos, no so reconhecidas pela cincia e nem so fatos bem estabelecidos.

Argumentos Usados para Sustentar a Teoria dos Dias da Criao Como Longos Perodos

1 ( A Palavra dia (heb. Yom) usada de vrias maneiras, e nem sempre quer dizer um perodo de 24 horas. [a] usado para o perodo diurno em contraste com a noite (12 horas). (Gn 1:4,16,18). [b] Para dia e noite juntos (24 horas). (Gn 1:5,8,13, etc). [c] Para todos os dias da criao juntos. (Gn 2:4). [d] Como longos perodos e indefinidos perodos, exemplos: dia da calamidade (Dt 32:35); dia da batalha (1Sm 13:22); dia da ira (Ap 6:17); dia da salvao (2Co 6:2); dia do Senhor (Sf 1:7,14). [e] Algumas vezes a palavra Yom quer dizer tempo. (Gn 26:8; 38:12; Nm 13:20; Js 3:15). Adiante veremos como refutar este argumento.

2 ( Considerando que o sol foi criado somente no 4 dia, os dias anteriores ao 4 dia no puderam ser determinados, pela relao da terra com o sol. Isto verdade, mas no prova o ponto. Deus, evidentemente, tinha mesmo antes do 4 dia, estabelecido uma mudana rtmica da luz em trevas, e no h base alguma para se dizer que os dias anteriores ao 4 dia eram maiores do que os que sucederam ao 4 dia. Porque iremos assumir que Deus aumentou grandemente a velocidade da rotao da Terra depois que a luz foi concentrada no sol?

3 ( Os dias mencionados em Gnesis 1 so dias de Deus, dias prototpicos (originais) dos quais os dias do homem so apenas cpias; e para Deus mil anos so como um dia. (Sl 90:4; 2Pe 3:8). Mas este argumento baseado numa confuso de tempo com eternidade. Deus, em essncia, no tem dias, mas habita na eternidade, acima de qualquer tempo comensurvel. Esta tambm a idia expressa por Salmo 90:4 e 2 Pedro 3:8. Os nicos dias dos quais Deus tem conhecimento so os dias deste mundo temporal e espacial (limitado ao tempo e espao). Como podemos concluir do simples fato que Deus est acima das limitaes do tempo, do tempo que existe neste mundo, onde o tempo medido por dias, semanas, meses, e anos, que um dia pode tanto ser um perodo de 100.000 anos como um perodo de 24 horas?

4 ( O 7 dia, o dia em que Deus descansou, dito continuar at hoje, e deve portanto, ser considerado como um perodo de milhares de anos. E o Sbado de Deus e este Sbado (sabbath = descanso) nunca finda. Este argumento apresenta idntica confuso anterior. A idia de que iniciou a obra da criao num certo ponto do tempo, e ento cessou a Sua obra depois de um perodo de 6 dias, no se aplicam a Deus em Si mesmo (essncia), mas apenas se refere Sua atividade temporal ou aos Seus resultados temporais de Sua atividade criadora. Deus imutvel, o mesmo de eternidade eternidade. Por outro lado, o Sbado da criao, foi um dia igual aos outros dias. Deus no somente descansou naquele dia, como tambm abenoou-o e santificou-o, colocando-o a parte para descanso do homem. (x 20:11). Isto dificilmente se aplicaria todo o perodo de tempo da criao at o dia de hoje.

3 ( A Teoria de que os dias da criao so literais ( A idia predominante acerca dos dias de Gnesis 1 sempre foi de que eles eram dias literais. Foi somente depois que as novas cincias da geologia e paleontologia surgiram, com as suas teorias da enorme idade da Terra, que telogos comearam a mostrar uma inclinao para identificar os dias da criao com os longos perodos ou eras geolgicas. A interpretao literal dos dias da criao favorecida pelos seguintes argumentos:

a ( No seu significado primrio, a palavra Yom denota ou significa um dia natural; e uma regra muito boa de exegese, a gente no se deve desviar do significado primrio da palavra, a no ser que o contexto o exija. Muitos telogos salientam o fato de que a palavra Yom em Gnesis 1, no significa outra coisa seno dia natural tal como conhecido na Terra pelo homem.

b ( verdade que no Velho Testamento e Novo Testamento, Yom e seu correspondente, so usados de maneira variada, entretanto, sempre que Yom acompanhado por um nmero definido (adjetivo numeral), Yom significa um dia literal, isto , um perodo de 24 horas. Veja por exemplo: Gn 1:5,8,13,19,23,31 Semana da Criao. Gn 7:11; x 16:1; Lv 23:34; Ez 45:21; Ag 1:1; Zc 1:7.

c ( aparente do estudo de Gnesis 1 que Moiss desejava dar a idia que os dias eram de 24 horas. Que ele fala em dias literais claro com o acrscimo das palavras em cada dia: E foi tarde e a manh do dia primeiro, segundo... Cada dia mencionado tem apenas uma tarde e manh, e no faz referncia a nenhum desenvolvimento prolongado das coisas, o que contrrio idia de que os dias no eram literais.

d ( E se surgir a afirmao de que cada manh e tarde era um longo tempo, ou seja, que cada dia consistia de uma longa noite e um longo dia, ento levanta-se a pergunta: O que seria da vegetao durante a longa, longa noite?

e ( Devemos olhar par o que dizem os outros autores inspirados. Eles escrevem que Ele falou, e logo apareceu. (Sl 33:9). Certamente num bom portugus a palavra logo no sugere um longo perodo de tempo.

f ( Se os dias eram perodos de longos anos, ento, mesmo que Ado tivesse sido criado na tardinha de Sexta-feira, ele deveria ter, no fim da mesma noite de Sexta-feira, mais anos do que est registrado em Gn 5:5; e alm disso, Ado deveria ter morrido no Sbado.

g ( Em x 20:9-11, Israel ordenado a trabalhar seis dias e descansar no 7, porque Deus fez o Cu e a Terra em seis dias e descansou no 7. Uma exegese correta que se considere a palavra dia como tendo o mesmo significado em ambas as passagens. Deus mesmo escreveu os 10 Mandamentos (x 31:18), nos quais Ele ordena Seus filhos seguir o mesmo padro original estabelecido na criao e que eles haviam perdido de vista na escravido do Egito. A ordem do mandamento se trona sem significado se os dias no forem considerados literais.

h ( Os ltimos 3 dias forma dias regulares pois foram determinados pelo sol, e todos os 3 ltimos dias so descritos da mesma maneira, e com as mesmas expresses que os primeiros dias. Isto nos indica que os dias anteriores e posteriores ao 4 dia eram iguais.

i ( A prpria linguagem de Gn 1 aponta para dias de pouca durao. No caso da luz, um imperativo vigoroso do verbo Hayah (haja) usado: Haja luz. E a Bblia relata: E houve luz. Houve uma resposta instantnea ordem. No 3 dia houve uma ordem para a terra: Produza a terra... E o relato : E a terra produziu imediatamente. Veja a ordem no 5 e 6 dia. aparente que se ns aceitarmos a histria da criao de Gnesis, ns teremos que considerar a criao como um milagre de Deus realizado em seis dias.

4 ( As obras na semana da criao

a ( 1 Dia: No primeiro dia foi criada a luz, e pela separao entre a luz e as trevas, o dia e a noite foram constitudos. a criao da luz no 1 dia tem sido ridicularizada pelo fato do sol Ter sido criado no 4 dia, mas a cincia mesma silenciou os ridiculadores em provar que luz no uma substncia que emana do sol, mas consiste de ondas etreas produzidas pelos energticos eltrons. ( Tambm deve-se notar que Gnesis no fala do sol como luz (or), mas como luminar (portador de luz), no heb, maor. Em virtude da luz ser a condio da vida, era natural que ela fosse criada primeiro. Deus tambm imediatamente instituiu o princpio da alternao da luz e trevas, chamando s trevas noite e luz dia. Entretanto, no nos dito como esta alternao foi feita. O relato da obra de cada dia termina com a expresso: E foi a tarde e foi a manh. A declarao literal foi a tarde (horas sucessivas da noite e foi a manh (com as horas sucessivas do dia), dia primeiro uma descrio clara de um dia astronmico, isto , um dia de 24 horas de durao. Assim os hebreus, que nunca duvidaram do significado da expresso, comearam o dia com o pr do sol e terminavam o dia no pr do sol seguinte. (Lv 23:32; Dt 16:6).

b ( 2 dia: A obra do 2 dia foi tambm uma obra de separao: a expanso (firmamento) foi estabelecida pela diviso ou separao das guas acima e abaixo. As guas acima da expanso (Gn 1:7) so consideradas pelos comentadores como referirem-se aos vapores dgua, as nuvens. A expanso ou firmamento em nossa linguagem moderna significa a atmosfera que circunda a terra, e que comumente chamamos cu. O verso 20 (Gn 1) indica que esta expanso ou firmamento chamada de cu, lugar onde voam os pssaros. ( As Escrituras referem-se a 3 cus. (2Co 12:2,4). Paulo fala num 3 cu, o que implica na existncia de um 1 e 2. Da podermos falar em 1 cu (cu atmosfrico), 2 cu (cu astral) e 3 cu (cu ou paraso de Deus). ( A expanso ou o cu atmosfrico algo maravilhoso. O ar composto de gases que tornam possvel a vida do homem, animais e plantas. Se sua composio qumica fosse apenas um pouco diferente, causaria a morte de todos. ( Esta camada que contm os elementos essenciais para a nossa vida, tem uma espessura de aproximadamente de 15.000 18.000 kms em torno da Terra. Ao nos elevarmos cada vez mais alto no espao, o ar via-se tornando rarefeito e a vida se torna impossvel. ( O ar tambm necessrio para que os raios do sol se tornem benficos Terra. No fora o ar, seramos queimados pelos raios do sol. Alm disso, o ar transporta o som e a fragrncia do perfume. O ar tem a qualidade de transportar os sons, o cheiro e o calor. ( Deve-se notar ainda que devido a composio dos gases na atmosfera que temos a cor azul do 1 cu. Alm do cu azul, existe a cor escura no espao conforme foi observado pelos astronautas. ( O 1 cu revela o amor de Deus e proclama a sabedoria de uma inteligncia que tudo criou. este 1 cu que ir passar por ocasio da 2 vinda de Cristo (2Pe 3:10). O 2 cu o cu sideral. A medida do cu chamada de Ano Luz. a distncia que um feixe luminoso viaja num ano. O feixe luminoso, que viaja numa velocidade de 300.000 kms por segundo viajar a distncia de aproximadamente 8.330.200.000.000 kms. Alfa Centauro, a estrela mais prxima, est a 4,3 anos luz. Rigel dista 500 anos luz; Antares 150; partes da Via Lctea, 83.000 anos luz. A Via Lctea, segundo os astrnomos, contm cerca de 40 bilhes de sis, dos quais o nosso sol um deles. O nosso sistema solar tem 9 planetas, e de se imaginar que os outros sis da Via Lctea tambm sejam rodeados de planetas. Se desejssemos fazer uma viagem de um ao outro extremo da Via Lctea, levaramos uns 300.000 anos em viagem ininterrupta velocidade dos raios do sol. uma viagem pela largura da Via Lctea levaria 30.000 anos na velocidade da luz. Os astrnomos crem que haja cerca de 200 milhes de outras galxias. Certamente que eles descobririam ainda mais, se tivessem instrumentos mais poderosos que lhes permitissem melhor observar a grandeza da criao de Deus. No admira que o salmista divinamente inspirado exclamasse: Sl 147:4-5; 19:1. Quo pequenos somos, com todas as nossas ambies e orgulho, quando comparados com o maravilhoso universo! Que lio a cincia nos ensina! Com este cosmorama diante de ns; quo insignificante so os nossos poucos anos de vida aqui! Que o homem em comparao com o imensurvel universo? No admira que esteja escrito em Isaas 40:15,17 que o homem uma gota num balde, e como o p mido das balanas. O 3 cu a habitao de Deus. (1Re 8:27; Jo 14:1-3; Ap 2:7; Is 33:17).

c ( 3 dia: A separao cont