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COLÉGIO ESTADUAL J. K. DE OLIVEIRA SEGURANÇA DO TRABALHO DISCIPLINA: SEGURANÇA DO TRABALHO Semestre: 3 PROFESSOR: ANDERSON MARCOS

Apostila Segtrab - 3 Sem

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introdução a segurança do trabalho

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COLGIO ESTADUALJ. K. DE OLIVEIRA

SEGURANA DO TRABALHO

DISCIPLINA: SEGURANA DO TRABALHOSemestre: 3PROFESSOR: ANDERSON MARCOS

ABRIL DE 2015.

CRONOLOGIA DA LEGISLAO DE SEGURANA E SADE NO TRABALHO NO BRASILExistem referncias legais Inspeo do Trabalho no Brasil que remontam ao sculo XIX, como o Decreto n. 1313 de 17/01/1891, mas o mesmo tratava apenas de normas relativas ao trabalho de crianas no Distrito Federal (na poca, a cidade do Rio de Janeiro) e nunca foi respeitado. Cabia aos Estados a competncia para legislar sobre o trabalho e a inspeo era inviabilizada pelos interesses patronais. Em 1921 foi criada a Inspeo do Trabalho, circunscrita ao Distrito Federal (Rio de Janeiro).Com a reforma constitucional de 1926 estabeleceu-se a competncia da Unio para legislar sobre o trabalho.O Decreto n. 3.550, de 16/10/1918, criou o Departamento Nacional do Trabalho, cabendo a esse Departamento a fiscalizao do cumprimento de Leis sobre acidentes do trabalho, jornada, frias, trabalho de mulheres e menores e organizao sindical.O Decreto n. 21690, de 01/08/1932 criou as Inspetorias Regionais nos Estados da federao, posteriormente transformadas em Delegacias Regionais do Trabalho, pelo Decreto n. 2168, de 06/05/1940. As Delegacias do Trabalho Martimo foram criadas pelo Decreto n. 23259, de 20/10/1933, cabendo a elas a fiscalizao do trabalho nos portos, pesca e navegao. As DTM foram extintas no governo de Fernando Collor de Mello.A obrigatoriedade de comunicao de acidentes do trabalho autoridade policial foi estabelecida pelo Decreto n. 24637, de 10/07/1934, o qual tambm previa a imposio de multas administrativas, pelo Departamento Nacional do Trabalho.O Decreto-lei n. 1985, de 19/01/1940 estabelecia a competncia do Ministrio da Agricultura para fiscalizar e estabelecer normas de trabalho nas minas.As Leis de proteo do trabalho foram agrupadas na Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, pelo Decreto-lei n. 5452, de 01/05/1943.Em 19/07/1947 a Organizao Internacional do Trabalho - OIT, adota a Conveno n. 81, que estabelece que cada Membro da OIT, para o qual a referida Conveno est em vigor, deve ter um sistema de inspeo do trabalho nos estabelecimentos industriais e Comerciais.O Brasil ratificou a Conveno n. 81 da OIT, pelo Decreto Legislativo n. 24, de 29/05/1956, promulgado pelo Decreto n. 41721, de 25/06/1957.Embora a carreira de Inspetor do Trabalho tenha sido criada pela Lei n. 6479, de 09/04/1944, apenas aps a promulgao da Conveno n. 81 e expedio do Decreto n. 55.841, de 15/03/1965, surge o Regulamento da Inspeo do Trabalho, que estrutura as carreiras dos Agentes da Inspeo do Trabalho nas diversas especialidades - Fiscal do Trabalho, Mdico do Trabalho, Engenheiro e Assistente Social, e estabelece normas de inspeo.Em 05/04/1971 o Brasil denunciou a Conveno n. 81, devido principalmente ao artigo 6., que estabelece que o estatuto do funcionalismo deve garantir a estabilidade do pessoal da inspeo e os tornem independentes de qualquer mudana de governo ou de qualquer influncia externa indevida, alm do pargrafo 2, do artigo 11. , que prev a indenizao de todas as despesas acessrias dos inspetores do trabalho, necessrias ao exerccio de suas funes.O Decreto n. 95461, de 11/12/1987, revigorou o Decreto n. 41721, de 25/06/1957, rerratificando a Conveno n. 81.A Portaria n. 32, de 29 de novembro de 1968, do DNSHT - Departamento Nacional de Segurana e Higiene do Trabalho, dispe sobre a organizao de CIPAs, regulamentando os artigos 158 e 164 da CLT, com redao dada pelo Decreto-Lei n. 229, de 28 de fevereiro de 1967.A Portaria n. 3237, de 17 de julho de 1972, que fazia parte do "Plano de Valorizao do Trabalhador" do Governo Federal, tornou obrigatria a existncia de servios de medicina do trabalho e engenharia de segurana do trabalho em todas as empresas com um ou mais trabalhadores.A Lei n. 6514, de 22/12/1977, alterou o Captulo V, do Ttulo II, da CLT, relativo Segurana e Medicina do Trabalho - artigos 154 a 201. A Portaria n. 3214, de 08/06/1978, aprova as Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho - NR. Essas Normas tem sido alteradas ao longo do tempo, por diversas Portarias.Atualmente o Brasil adota uma srie de Convenes da Organizao Internacional do Trabalho (OIT). As Convenes da OIT que foram ratificadas e promulgadas pelo Brasil deram origem a alteraes nas Normas Regulamentadoras pertinentes a cada assunto abrangido pela referida Conveno. As Normas Regulamentadoras tem sido alteradas nos ltimos anos, tanto para fazer frente evoluo dos mtodos produtivos e relaes do trabalho quanto para adequar-se s Convenes da OIT promulgadas pela Brasil.Ainda em relao evoluo histrica da Legislao do Trabalho no Brasil podemos citar a Lei n. 5161, de 21/10/1966, que autoriza a criao da Fundao Centro Nacional de Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO, cuja denominao foi alterada pela Lei n. 7133, de 26/10/1983, para Fundao Centro Nacional Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho.NORMAS REGULAMENTADORAS De que trata cada Norma Regulamentadora (NR), urbanas e rurais. Nos botes, voc pode conferir o texto original das Normas, direto no site do Ministrio do Trabalho e Emprego.NR1 Disposies Gerais Estabelece o campo de aplicao de todas as Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigaes do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema especfico. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 154 a 159 da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT. NR2 Inspeo Prvia Estabelece as situaes em que as empresas devero solicitar ao MTb a realizao de inspeo prvia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realizao. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 160 da CLT. NR3 Embargo ou Interdio Estabelece as situaes em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisao de seus servios, mquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalizao trabalhista, na adoo de tais medidas punitivas no tocante Segurana e a Medicina do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 161 da CLT. NR4 Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho Estabelece a obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a sade e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 162 da CLT. NR5 Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA Estabelece a obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comisso constituda exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortnios laborais, atravs da apresentao de sugestes e recomendaes ao empregador para que melhore as condies de trabalho, eliminando as possveis causas de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 163 a 165 da CLT. NR6 Equipamentos de Proteo Individual EPI Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas esto obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condies de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a sade e a integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 166 e 167 da CLT. NR7 Programas de Controle Mdico de Sade Ocupacional Estabelece a obrigatoriedade de elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoo e preservao da sade do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 168 e 169 da CLT. NR8 Edificaes Dispe sobre os requisitos tcnicos mnimos que devem ser observados nas edificaes para garantir segurana e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 170 a 174 da CLT. NR9 Programas de Preveno de Riscos Ambientais Estabelece a obrigatoriedade de elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA, visando preservao da sade e da integridade fsica dos trabalhadores, atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 175 a 178 da CLT. NR10 Instalaes e Servios em Eletricidade Estabelece as condies mnimas exigveis para garantir a segurana dos empregados que trabalham em instalaes eltricas, em suas diversas etapas, incluindo elaborao de projetos, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao, assim como a segurana de usurios e de terceiros, em quaisquer das fases de gerao, transmisso, distribuio e consumo de energia eltrica, observando-se, para tanto, as normas tcnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas tcnicas internacionais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 179 a 181 da CLT. NR11 Transporte, Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Materiais Estabelece os requisitos de segurana a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, movimentao, armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecnica quanto manual, objetivando a preveno de infortnios laborais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 182 e 183 da CLT. NR12 Mquinas e Equipamentos Estabelece as medidas prevencionistas de segurana e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relao instalao, operao e manuteno de mquinas e equipamentos, visando preveno de acidentes do trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 184 e 186 da CLT. NR13 Caldeiras e Vasos de Presso Estabelece todos os requisitos tcnico-legais relativos instalao, operao e manuteno de caldeiras e vasos de presso, de modo a se prevenir a ocorrncia de acidentes do trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 187 e 188 da CLT. NR14 FornosEstabelece as recomendaes tcnico-legais pertinentes construo, operao e manuteno de fornos industriais nos ambientes de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 187 da CLT. NR15 Atividades e Operaes Insalubres Descreve as atividades, operaes e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerncia, definindo, assim, as situaes que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterizao do exerccio insalubre, e tambm os meios de proteger os trabalhadores de tais exposies nocivas sua sade. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 189 e 192 da CLT. NR16 Atividades e Operaes Perigosas Regulamenta as atividades e as operaes legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendaes prevencionistas correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao Anexo n 01: Atividades e Operaes Perigosas com Explosivos, e ao anexo n 02: Atividades e Operaes Perigosas com Inflamveis tm a sua existncia jurdica assegurada atravs dos artigos 193 a 197 da CLT.A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico caracterizao da energia eltrica como sendo o 3 agente periculoso a Lei n 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da rea de eletricidade.A portaria MTb n 3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa atitude casustica e decorrente do famoso acidente com o Csio 137 em Goinia, veio a enquadrar as radiaes ionizantes, que j eram insalubres de grau mximo, como o 4 agente periculoso, sendo controvertido legalmente tal enquadramento, na medida em que no existe lei autorizadora para tal. NR17 Ergonomia Visa estabelecer parmetros que permitam a adaptao das condies de trabalho s condies psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho eficiente. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 198 e 199 da CLT. NR18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organizao, que objetivem a implementao de medidas de controle e sistemas preventivos de segurana nos processos, nas condies e no meio ambiente de trabalho na industria da construo civil. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso I da CLT.

NR19 Explosivos Estabelece as disposies regulamentadoras acerca do depsito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteo da sade e integridade fsica dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso II da CLT.NR20 Lquidos Combustveis e Inflamveis Estabelece as disposies regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de lquidos combustveis e inflamveis, objetivando a proteo da sade e a integridade fsica dos trabalhadores m seus ambientes de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso II da CLT. NR21 - Trabalho a Cu Aberto Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a preveno de acidentes nas atividades desenvolvidas a cu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso IV da CLT. NR22 - Segurana e Sade Ocupacional na Minerao Estabelece mtodos de segurana a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatrias condies de Segurana e Medicina do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da CLT.NR23 Proteo Contra Incndios Estabelece as medidas de proteo contra Incndios, estabelece as medidas de proteo contra incndio que devem dispor os locais de trabalho, visando preveno da sade e da integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso IV da CLT. NR24 Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestirios, refeitrios, cozinhas, alojamentos e gua potvel, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteo sade dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso VII da CLT. NR25 Resduos Industriais Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a sade e a integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso VII da CLT. NR26 Sinalizao de Segurana Estabelece a padronizao das cores a serem utilizadas como sinalizao de segurana nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a sade e a integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso VIII da CLT. NR27 Registro Profissional do Tcnico de Segurana do Trabalho no Ministrio do TrabalhoEstabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funes de tcnico de segurana do trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministrio do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, tem seu embasamento jurdico assegurado travs do artigo 3 da lei n 7.410 de 27 de novembro de 1985, regulamentado pelo artigo 7 do Decreto n 92.530 de 9 de abril de 1986. NR28 Fiscalizao e Penalidades Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalizao trabalhista de Segurana e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito concesso de prazos s empresas para no que diz respeito concesso de prazos s empresas para a correo das irregularidades tcnicas, como tambm, no que concerne ao procedimento de autuao por infrao s Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, tem a sua existncia jurdica assegurada, a nvel de legislao ordinria, atravs do artigo 201 da CLT, com as alteraes que lhe foram dadas pelo artigo 2 da Lei n 7.855 de 24 de outubro de 1989, que institui o Bnus do Tesouro Nacional - BTN, como valor monetrio a ser utilizado na cobrana de multas, e posteriormente, pelo artigo 1 da Lei n 8.383 de 30 de dezembro de 1991, especificamente no tocante instituio da Unidade Fiscal de Referncia -UFIR, como valor monetrio a ser utilizado na cobrana de multas em substituio ao BTN. NR29 Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho PorturioTem por objetivo Regular a proteo obrigatria contra acidentes e doenas profissionais, facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcanar as melhores condies possveis de segurana e sade aos trabalhadores porturios. As disposies contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores porturios em operaes tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exeram atividades nos portos organizados e instalaes porturias de uso privativo e retro porturias, situadas dentro ou fora da rea do porto organizado. A sua existncia jurdica est assegurada em nvel de legislao ordinria, atravs da Medida Provisria n 1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da CLT, o Decreto n 99.534, de 19/09/90 que promulga a Conveno n 152 da OIT. NR30 Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho Aquavirio Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcao comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegao martima de longo curso, na cabotagem, na navegao interior, no servio de reboque em alto-mar, bem como em plataformas martimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcaes de apoio martimo e porturio. A observncia desta Norma Regulamentadora no desobriga as empresas do cumprimento de outras disposies legais com relao matria e outras oriundas de convenes, acordos e contratos coletivos de trabalho.NR31 Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho na Agricultura, Pecuria, Silvicultura, Explorao Florestal e AqiculturaEstabelece os preceitos a serem observados na organizao e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatvel o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuria, silvicultura, explorao florestal e aqicultura com a segurana e sade e meio ambiente do trabalho. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973.NR32 Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho em Estabelecimentos de Assistncia Sade Tem por finalidade estabelecer as diretrizes bsicas para a implementao de medidas de proteo segurana e sade dos trabalhadores em estabelecimentos de assistncia sade, bem como daqueles que exercem atividades de promoo e assistncia sade em geral.NR33 Norma Regulamentadora de Segurana e Sade nos Trabalhos em Espaos ConfinadosTem como objetivo estabelecer os requisitos mnimos para identificao de espaos confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurana e sade dos trabalhadores. Espao confinado qualquer rea no projetada para ocupao humana que possua ventilao deficiente para remover contaminantes, bem como a falta de controle da concentrao de oxignio presente no ambiente. NRR1 Disposies Gerais Estabelece os deveres dos empregados e empregadores rurais no tocante preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR2 Servio Especializado em Preveno de Acidentes do Trabalho Rural SEPATREstabelece a obrigatoriedade para que as empresas rurais, em funo do nmero de empregados que possuam, organizem e mantenham em funcionamento servios especializados em Segurana e Medicina do Trabalho, visando preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais no meio rural. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR3 Comisso Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho Rural CIPATR Estabelece para o empregador rural, a obrigatoriedade de organizar e manter em funcionamento uma Comisso Interna de Preveno de Acidentes. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR4 Equipamento de Proteo Individual EPI Estabelece a obrigatoriedade para que os empregadores rurais forneam, gratuitamente, a seus empregados Equipamentos de Proteo Individual adequados ao risco e em perfeito estado de conservao, a fim de proteg-los dos infortnios laborais. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR5 Produtos Qumicos Estabelece os preceitos de Segurana e Medicina do Trabalho rural a serem observados no manuseio de produtos qumicos, visando preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973.

Legislao de Segurana do Trabalho A regulamentao da preveno de acidentes no Brasil est prevista na Consolidao das Leis do Trabalho - CLT. Os efetivos detalhamentos dos requisitos prevencionistas esto estipulados nas Normas Regulamentadoras - NRs, e constituem a espinha dorsal da legislao de Segurana do Trabalho e Sade Ocupacional no Brasil. Estas Normas esto sendo desenvolvidas ao longo do tempo e ainda esto passando por revises objetivando torn-las consistentes com parmetros internacionais e nacionais. Abrangncia das Normas Regulamentadoras As Normas Regulamentadoras - NRs, so de observncia obrigatria pelas empresas privadas e pblicas e pelos rgos pblicos da administrao direta e indireta, bem como pelos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, que possuam empregados regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho CLT. As disposies contidas nas Normas Regulamentadoras - NRs aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, s entidades ou empresas que lhes tomem o servio e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais. A observncia das Normas Regulamentadoras - NRs no desobriga as empresas do cumprimento de outras disposies que, com relao matria, sejam includas em cdigos de obras ou regulamentos sanitrios dos estados ou municpios, e outras, oriundas de convenes e acordos coletivos de trabalho.Definio de Termosa) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao pessoal de servios Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituies de beneficncia, as associaes recreativas ou outras instituies sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados;b) empregado, a pessoa fsica que presta servios de natureza no-eventual a empregador, sob a dependncia deste e mediante salrio; c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organizao de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos; d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fbrica, refinaria, usina, escritrio, loja, oficina, depsito, laboratrio; e) setor de servio, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento; f) canteiro de obra, a rea do trabalho fixa e temporria, onde se desenvolvem operaes de apoio e execuo construo, demolio ou reparo de uma obra; g) frente de trabalho, a rea de trabalho mvel e temporria, onde se desenvolvem operaes de apoio e execuo construo, demolio ou reparo de uma obra; h) local de trabalho, a rea onde so executados os trabalhos.

Obrigaes do Empregador e do Empregado

As Normas Regulamentadoras estipulam as seguintes obrigaes para empregadores e empregados:Cabe ao empregador: a) cumprir e fazer cumprir as disposies legais e regulamentares sobre segurana e medicina do trabalho; b) elaborar ordens de servio sobre segurana e medicina do trabalho, dando cincia aos empregados, com os seguintes objetivos: I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; II - divulgar as obrigaes e proibies que os empregados devam conhecer e cumprir; III - dar conhecimento aos empregados de que sero passveis de punio, pelo descumprimento das ordens de servio expedidas; IV - determinar os procedimentos que devero ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenas profissionais ou do trabalho; V - adotar medidas determinadas pelo MTb; VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condies inseguras de trabalho.

c) informar aos trabalhadores:

I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III - os resultados dos exames mdicos e de exames complementares de diagnstico aos quais os prprios trabalhadores forem submetidos; IV - os resultados das avaliaes ambientais realizadas nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalizao dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e medicina do trabalho. Cabe ao empregado:

a) cumprir as disposies legais e regulamentares sobre segurana e medicina do trabalho, inclusive as ordens de servio expedidas pelo empregador; b) usar o EPI fornecido pelo empregador; c) submeter-se aos exames mdicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR; d) colaborar com a empresa na aplicao das Normas Regulamentadoras - NR; Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior. O no cumprimento das disposies legais e regulamentares sobre segurana e medicina do trabalho acarretar ao empregador a aplicao das penalidades previstas na legislao pertinente. ATO INSEGURO VS CONDIO INSEGURA:

ATO INSEGURO:Conceito: Ato inseguro o tipo de procedimento que possibilita a ocorrncia do acidente. Esse procedimento pode ser consciente e inconsciente. Consciente, a pessoa conhece o perigo de seu procedimento, mas arrisca-se. Inconsciente, s vezes a pessoa pratica um ato inseguro por que desconhece o perigo que est ocorrendo naquele momento. Para caracterizar melhor a idia do que ATO INSEGURO, seguem alguns exemplos:a) Utilizar ferramentas, dispositivos, equipamentos, etc. Inadequados ou de maneira incorreta; Em ms condies ou incompletos.b) Causas: Quando precisamos eliminar um problema ou reduzir a freqncia com que o mesmo ocorre, devemos antes de mais nada conhecer a sua causa.Da a razo de precisarmos conhecer os principais motivos que levam o homem a essa prtica indesejvel. ATOS INSEGUROS e de ATITUDES INCONVENIENTES, digna de pessoas sem mentalidade de segurana.PRINCIPAIS CAUSAS:a) desconhecimento dos perigos que o trabalho oferece ;b) falta de treinamento; c) falta de aptido;d) abuso dos riscos;e) excesso de confiana ;f) falta de ateno;g) esquecimento; h) atitudes imprprias;i) deficincia fsica;j) ambinte fsico e /ou mecnico imprprio.NOTA: Ao empregador cabe, por Lei proporcionar a seus empregados a mxima segurana no trabalho. Entretanto, a mesma Lei permite ao empregador dispensar por justa causa ( indisciplina ) o empregado que desobedecer as instrues de segurana interna.Cinto de segurana em veculos: ele entendido como equipamento de proteo individual e o seu no uso quando em servio constitui ato faltoso. A plena caracterizao do Acidente do Trabalho em itinerrio ou em servio,no caso de funcionrios que exercem funo externa, prejudicada quando no observada as Normas de Segurana de Trnsito.c) Medidas corretivas Orientao, Treinamento, Acompanhamento, Tomadas de providncias para consertos ou obteno de objetos novos so as medidas que diminuram o nmero de ATOS INSEGUROS praticados numa determinada seo. Todavia, esse trabalho do supervisor daquela rea,basta apenas que se comunique.Isto,entretanto no impede que o empregado alerte um colega diretamente, sobre um ato inseguro por ele praticado desde que autorizado pelo seu superior e possa transmitir a devida orientao; s dizer cuidado no resolve,precisamos explicar porque,e com o que devemos tomar cuidado .OBS: Para haver evoluo da mentalidade de Segurana ,a observao das causas e aplicao das medidas corretivas correspondentes devem ser hbitos comuns entre todos os empregados da seo,departamento ou empresa. SEGURANA UM TRABALHO DE EQUIPEa) Subordinado: pondo em prtica as orientaes recebidas;b) Dirigentes: examinando as causas e aplicando as medidas correspondentes;

CONDIO INSEGURAConceito: Condies inseguras de um ambiente de trabalho so as situaes materiais irregulares (sejam fsicas ou mecnicas), as quais facilitam a ocorrncia de acidentes.Riscos Inerentes ao TrabalhoO risco inerente ao trabalho no pode ser confundido com a condio insegura.So riscos inerentes aos trabalhos:a) Corrente eltrica um risco inerente ao trabalho do eletricista.b) cidos Elementos qumicos corrosivos tornam-se riscos inerentes a quem os manipule.c) Gases e Vapores Orgnicos Tambm so riscos inerentes de certos trabalhos, os gases txicos e vapores orgnicos emanados de alguns processos industriais.d) Calor A radiao de calor, onde exigido seu emprego (soldas,fornos,etc) torna-se um risco inerente ao trabalhador.Para atenuar-se a gravidade desses riscos ,tornam-se necessrios os equipamentos individuais de proteo ou de preferncia ,sistemas coletivos de exausto,isolamentos,etc.e) Evitar criao de condies inseguras InstalaesDevem ser feitas obedecendo ao projeto ou corrigir ,nessa ocasio ,o que surgir de perigoso.ManutenoPara que os equipamentos, mquinas ,etc. com os quais trabalhamos,estejam sempre em condies de uso, so necessrios setores que cuidam especialmente dos reparos e da fabricao de acessrios especiais.Nesses setores devem existir:a) Pessoal especializadob) Nmero suficiente de profissionaisc) Equipamento adequado e suficienteO hbito de zelar pelos materiais ajuda muito na sua conservao. Esse zelo uma obrigao moral de cada trabalhador.Disposio dos materiaisa) Local adequadob) rea suficientec) Arrumao e limpezaDisciplina Orientao: Escrita e Falada. Cumprimento: Exigido e MantidoNOTA: A maioria das condies inseguras so conseqncias de trabalhos mal executados ou mal planejados, por parte de pessoas que no tem mentalidade de segurana.SESMT Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho: Trata-se de equipe composta por Engenheiros e Tcnicos de Segurana do Trabalho, Mdicos do Trabalho, Enfermeiros e Auxiliares de Enfermagem do Trabalho. A NR Norma Regulamentadora n 4 define, conforme as caractersticas da Empresa, quanto ao seu porte e grau de risco, os profissionais e a quantidade que devero ser contratados, com vnculo empregatcio. As atribuies do SESMT tm abrangncia conforme a especializao e habilitao profissional do componente. CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho: Trata-se de equipe composta por empregados da empresa, sem a obrigatoriedade de terem alguma formao na rea de SST. A NR n 5 determina que a CIPA deve ser composta por representantes da empresa (por nomeao) e dos empregados (por eleio), que tero mandato de um ano, em quantidade conforme o porte da empresa e da classificao da mesma. Dentre as atribuies, pode-se destacar a busca de medidas de preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho.Segurana do trabalho no Brasil, aspectos organizacionaisO arcabouo legal no campo da segurana e sade no trabalho, j citado anteriormente constitui uma tentativa do governo de inserir segurana do trabalho no cotidiano da sociedade, entendendo a estratgia legalista como suficiente para resolver os graves problemas sociais e econmicos, oriundos dos ambientes laborais inadequados e das relaes entre capital e trabalho.Cabe uma critica ao paradigma legalista da segurana atravs de seu prprio conceito vigente poca: Segurana o conjunto de Normas, Tcnicas e Procedimentos que objetivam a preveno de perdas, sejam incidentes nos recursos humanos, materiais, financeiros ou sobre o meio ambiente.Uma primeira exigncia legal digna de considerao a obrigatoriedade por parte das empresas de manter, em funo de seu ramo de atividade e nmero de empregados, Servio de Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho - SESMT, que ser visto com mais profundidade no captulo 3 desta dissertao.Os SESMTs tm sofrido as mais diversas criticas no s em relao qualidade de seus servios, mas tambm pela sua credibilidade, como argumenta Mais que propriamente avaliar a qualidade tcnica, a eficcia, a eficincia e a produtividade destes Servios, o que est em jogo, na verdade, a prpria credibilidade, quer por sua vinculao patronal, como questionam alguns, quer por prticas que se afastam da tica que deve nortear os profissionais que dirigem e/ou trabalham nesses Servios.Os SESMTs esto na pauta de discusso da sociedade, tendo em vista a inteno do Ministrio do Trabalho de alterar a redao da Norma Regulamentadora n 4, apresentando os seguintes principais pontos polmicos: Mudana de nome de SESMT para SEST (Servio Especializado em Segurana e Sade no Trabalho); Toda empresa dever implantar o Sistema Integrado de Preveno de Riscos do Trabalho - SPTR, no qual estar includo o servio de segurana e sade; Alterao nos critrios para constituir SEST. Na prtica, haveria a reduo no dimensionamento dos servios prprios de segurana e sade; As empresas com mais de 20 empregados devero constituir SEST externo, ou seja, terceirizao do servio; As empresas obrigadas a constituir SEST prprio ou externo, desde que instaladas num mesmo estabelecimento ou pertencerem a um mesmo setor produtivo, podero constituir SESTs coletivos.O debate em torno da alterao dos servios de segurana e sade est envolvendo os mais diversos representantes da sociedade organizada, desde entidades sindicais de trabalhadores e empregadores, associaes de classe, entidades do governo, revistas especializadas, entre outros.Um tema central que deveria ser debatido o atual modelo de segurana e sade vigente no Pas, pois a legislao talvez seja apenas um dos pontos a ser discutido no atual modelo, e de nada adiantar sua atualizao se no houver uma estrutura que o torne eficaz.Outra legislao polmica trata do pagamento dos adicionais de insalubridade, previsto na Norma Regulamentadora n 15. Esta soluo simplista baseia-se no pagamento de uma compensao pecuniria ao trabalhador, que desenvolve atividades em locais que possam afetar sua sade.Pode-se tentar explicar a motivao para criao dos primeiros adicionais de insalubridade:Raciocinavam os adeptos dessa medida que esse pagamento teria duas utilidades: de um lado, aumentaria o salrio dos trabalhadores, permitindo-lhes uma alimentao melhor, da qual resultariam melhores condies de defesa do organismo contra os agravos do trabalho; por outro lado, constituiria em nus ao empregador que, para evita-lo, procuraria melhorar as condies dos ambientes de trabalho.Vrias so as crticas ao adicional de insalubridade, muitos entendem haver um acordo tcito na sociedade em decorrncia do adicional de insalubridade: os trabalhadores submetem-se a condies insalubres para, alm de receber a recompensa pecuniria devida, poder fazer jus aposentadoria especial. Os empregadores pagam o adicional por ser mais barato que tomar as medidas de controle necessrias. O governo admite tudo isso devido a sua incapacidade de intervir na relao capital/trabalho, garantindo melhores ambientes laborais.A partir de 1995 o Ministrio do Trabalho deu nova redao s Normas Regulamentadoras n 07, 09 e 18, inserindo em seus textos a exigncia de elaborao por parte das empresas de trs programas, respectivamente: Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional - PCMSO, Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA e Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo - PCMAT. Os programas objetivaram estabelecer um compromisso das empresas com os trabalhadores, obrigando que estas planejassem a segurana e sade com a devida documentao de todos os procedimentos planejados e executados. Esta documentao passaria a ser um registro histrico das atividades prevencionistas da empresa, ficando disposio da fiscalizao, dos representantes sindicais, entre outros.No que pese que o objetivo da legislao a melhoria das condies de trabalho, novamente ela foi inserida sem ter uma base de sustentao que garantisse sua aplicao consistente e de forma eficiente.A principal deficincia o fato dos empregadores e empregador entenderem o PPRA como uma obrigao e no como um benefcio. Os autores entendem que o sucesso do PPRA depende, fundamentalmente, do comprometimento dos gestores da empresa com a segurana e sade no trabalho:Na medida em que os gestores das empresas incorporarem a cultura da segurana do trabalho passaro a exigir a realizao de um PPRA real e no um programa fracionado, que envolva somente itens de higiene do trabalho. Exigindo a construo do programa de forma integrada, envolvendo as ferramentas que propiciem um fator a mais ao processo (qualidade), alm dos aspectos de segurana propostos.

Sistema de gesto em segurana e sade do trabalhoNa dcada de 70, com a criao da Fundacentro, rgo ligado ao MTE Ministrio do Trabalho e Emprego, as primeiras pesquisas sobre sade e segurana ocupacional foram desenvolvidas. Com a publicao da Lei Federal n 6514/77, que alterou o Cap. V do Tt. II da CLT Consolidao das Leis Trabalhistas e da Portaria 3214/78, que aprovou as Normas Regulamentadoras (NR), relativas SST Sade e Segurana do Trabalho, houve um grande salto rumo a melhores condies de trabalho. Contudo, a realidade era demonstrada por uma tmida atitude prevencionista, iniciada pelos primeiros profissionais de sade e segurana ocupacional e um comportamento punitivo e policialesco por parte dos rgos fiscalizadores governamentais. Sensvel evoluo ocorreu nas dcadas de 80 e 90, com as alteraes das normas referentes s prticas de SST, principalmente com o PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais (NR n 9) e o PCMSO Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (NR n 7). O PPRA visa a preservao da sade e da integridade fsica dos trabalhadores atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos reais ou potenciais do ambiente de trabalho. O PCMSO, que deve estar em sintonia com o PPRA, tem como objetivo a promoo e preservao da sade do conjunto dos trabalhadores. Outra evoluo ocorreu com a criao da CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes (NR n 5), cuja finalidade , atravs da ao dos prprios trabalhadores, promover a melhoria das condies dos ambientes de trabalho. Normas e especificaes existentes a nvel internacional No final da dcada de 90 havia uma carncia e demanda muito forte por parte das empresas ao redor do mundo por uma norma internacional para o sistema de gesto de sade e segurana que pudesse servir como base para a avaliao e certificao de seus prprios sistemas de gesto nessa rea. Por iniciativa de diversos organismos certificadores e de entidades nacionais de normalizao foi publicado, pela BSI British Standards Institution, em 1999, a especificao OHSAS 18001, cuja sigla significa Occupational Health and Safety Assessment Series. Um dos documentos que serviu de base para a elaborao da OHSAS 18001 foi a BS 8800:1996 Guide to Occupational Health and Safety Management Systems, que no uma especificao, mas um guia de diretrizes. Conforme De Cicco, 2002c, importante frisar que esse novo documento no uma norma nacional nem uma norma internacional, visto que no seguiu a "liturgia" de normalizao vigente. Por isso, a certificao em conformidade com a OHSAS 18001 somente poder ser concedida pelos Organismos Certificadores (OCs) de forma "no-acreditada", ou seja, sem credenciamento para esse tema por entidade oficial que, no caso brasileiro, o Inmetro. A tabela abaixo apresenta, a nvel internacional, um breve histrico dos modelos para o gerenciamento da SGSST.Breve Histrico dos Modelos para o Gerenciamento da SGSST DataFato ocorrido

Maio / 1996 publicada a BS 8800, que um guia de orientao para a implantao de um SGSST, pelo BSI British Standard Institution, organismo de certificao ingls.

Setembro / 1996ISO no aprova a criao de um grupo de trabalho para uma norma de gerenciamento de SGSST.

Novembro / 1998BSI Standards constitui um comit, composto pelos maiores organismos de certificao e por alguns organismos nacionais de normatizao, para esboar uma norma unificada para SGSST.

Incio de 1999ISO ratifica sua deciso de setembro / 96

Fevereiro / 1999Publicado draft OHSAS 18001

Abril / 1999Publicada a OHSAS 18001. Publicado draft OHSAS 18002

A Especificao OHSAS 18001 foi desenvolvida para ser compatvel com as normas para Sistema de Gesto de Qualidade ISO 9001 e Sistema de Gesto Ambiental ISO 14001 para facilitar a integrao dos sistemas, no caso da organizao assim o desejar. Assim, seus elementos so dispostos conforme a figura 1De acordo com a norma OHSAS 18001, Sistema de Gesto de Sade e Segurana do Trabalho SGSST, aquela parte do sistema de gesto global que facilita o gerenciamento dos riscos de SST associados aos negcios da organizao. Isto inclui a estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades, prticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a poltica de SST da organizao.

Elementos bsicos do sistema OHSAS 18001

Conceito de Sistema de Gesto Integrada (SGI) Com a crescente presso para que as organizaes racionalizem seus processos de gesto, vrias delas vem na integrao dos Sistemas de Gesto uma excelente oportunidade para reduzir custos relacionados, por exemplo: a manuteno de diferentes estruturas de controle de documentos, auditorias, registros. Tais custos e aes, em sua maioria, se sobrepem e, portanto, acarretam gastos desnecessrios. O Sistema de Gesto Integrada pode ser definido como a combinao de processos, procedimentos e prticas utilizados em uma organizao para implementar suas polticas de gesto e que pode ser mais eficiente na consecuo dos objetivos oriundos delas do que quando h diversos sistemas individuais se sobrepondo. A integrao dos sistemas de gesto pode abranger diversos temas, tais como: qualidade, meio ambiente, segurana e sade ocupacional, recursos humanos, controle financeiro, responsabilidade social, dentre outros, conforme esquematizado na figura abaixo. No h uma certificao especfica para SGI. So trs certificaes diferentes (Qualidade, Meio Ambiente e Sade e Segurana do Trabalho). Porm, estes sistemas de gesto implementados segundo normas distintas podem ser integrados

Tipos de implantao de SGIConforme as caractersticas da empresa que est implementado o SGI, diferentes caminhos podem ser percorridos durante as etapas de implementao. Diversos fatores influenciam na deciso de como a mesma ser conduzida, como a existncia ou no de sistemas de gesto j implantados, sejam quais forem, a cultura de gesto em vigor na empresa, o planejamento da direo, considerando objetivos, prazos e motivaes. Os recursos financeiros e humanos tambm tm grande influncia neste processo. Existem duas formas de integrao verificadas em empresas europias: a) Implementao seqencial de sistemas individuais qualidade, meio ambiente e sade e segurana so combinados, formando o SGI; b) Implementao do SGI, sendo que apenas um sistema engloba todas as trs reas. Para essa forma de implementao, a metodologia escolhida est baseada nas teorias da anlise de risco, cujo significado pode ser usado como um fator integrador risco para o meio ambiente, para a sade e dos empregados e populao ao redor e risco de perdas econmicas decorrentes a problemas no produto Existem diversas formas de implantao de SGI. Tais formatos dependem de caractersticas prprias da Organizao que ir implant-los. Desta forma, antes da implementao, deve-se definir a forma de desenvolvimento do SGI mais adequada e eficiente, que atenda s necessidades da Organizao. Ressalta-se que o atendimento a tais necessidades no implica necessariamente em um processo formal de certificao, podendo estar restrito apenas a melhorias nos processos e produtos da Organizao. Sistemas Paralelos: Os sistemas so separados e, para suas diferentes especificidades (sade e segurana do trabalho e meio ambiente), apenas os formatos quanto numerao, terminologia e organizao so semelhantes. Nessa proposta, a organizao ter dois ou trs: Representantes da administrao; Programas de treinamento; Conjuntos de documentos; Programas de controle de documentos e dados; Instrues de trabalho; Sistemas de gesto de registros; Sistemas de calibrao; Programas de auditoria interna; Controles de procedimentos para no-conformidades; Programas de aes corretivas e preventivas; Reunies para anlise crtica pela administrao.

Sistemas Fundidos: Neste caso, h o compartilhamento de algumas partes dos sistemas de gesto relacionadas com procedimentos e processos, porm continuam sendo sistemas separados em vrias outras reas. O grau de integrao, em geral, depender da prpria organizao. Alguns processos podem ser comuns aos sistemas, como: a) Sistema de registros de programas de treinamento;b) Programa de controle de documentos e dados; c) Sistemas de calibrao;d) Sistema de gesto de registros. Dentre outros itens, a organizao continuar tendo dois: a) representantes da administrao; b) Programas de treinamento; c) Conjuntos de documentos; d) Programas de auditoria interna; e) Controles de procedimentos para no-conformidades; f) Programas de aes corretivas e preventivas; g) Reunies para anlise crtica pela administrao. Nesse nvel de integrao, a organizao j se encontra caminhando em direo a uma proposta mais eficiente e menos redundante. Porm, continua gastando muita energia com a manuteno dos dois sistemas, tendo que determinar onde um termina e onde o outro comea. Enquanto, por um lado, temos a proposta de integrao parcial dos sistemas fundidos, por outro, temos a proposta de integrao total a proposta do SGI.

Sistemas Totalmente Integrados: A proposta do SGI envolve um sistema de gesto homogneo, adequado tanto aos requisitos da ISO 14001 e aos da BS 8800 / OHSAS 18001. Todos os elementos dos sistemas de gesto so comuns, ou seja, h apenas um: a) Conjunto de documentos; b) Poltica abrangendo os diferentes requisitos; c) Representante da administrao; d) Sistema de gesto de registros e de treinamentos; e) Sistema de controle de documentos e dados; f) Conjunto de instrues de trabalho; g) Sistema de calibrao de equipamentos; h) Programa de auditoria interna (incluindo uma nica equipe de auditores qualificados); i) Plano de reao s no-conformidades especficas; j) Programa de aes corretivas e preventivas; k) Sistema de gesto de registros; l) Reunio para anlise crtica pela administrao. Os elementos relativos aos requisitos de cada uma das normas que no forem comuns tornam-se procedimentos independentes. O principal argumento que tem compelido as empresas a integrar os processos de qualidade, meio ambiente e de segurana e sade no trabalho o efeito positivo que um SGI pode ter sobre os funcionrios. A sinergia gerada pelo SGI tem levado as organizaes a atingir melhores nveis de desempenho, a um custo global muito menor. Visto que ainda no h uma norma ou guia especfico para implementao de SGI, a mesma deve estar baseada no atendimento aos requisitos especficos das normas ISO 14001 e pelos guias (ou diretrizes) BS 8800 e OHSAS 18001. Alm disso, importante salientar que no existe organismo credenciador que tenha estabelecido procedimentos permitindo a emisso de certificados baseados em SGI. Os requisitos devem, portanto, contemplar os seguintes elementos: a) Anlise crtica inicial; b) Poltica integrada de meio ambiente e segurana e sade no trabalho; c) Planejamento, implementao e operaod) Verificao e aes corretivas; e) Anlise crtica pela administrao.