[Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    1/49

    SENAI-PE

    2

    Tecnologia de Rolamentos

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    2/49

    SENAI-PE

    3

    Federao das Indstrias do Estado de PernambucoPresidenteJorge Wicks Crte Real

    Departamento Regional do SENAI de PernambucoDiretor Regional

    Antnio Carlos Maranho de Aguiar

    Diretor TcnicoUaci Edvaldo Matias

    Diretor Administrativo e FinanceiroHeinz Dieter Loges

    Ficha Catalogrfica

    531 SENAI.DR.PE. Tecnologia de Rolamentos.S474t Recife, SENAI.PE/DITEC/DET, 1999

    1. TECNOLOGIA DE ROLAMENTOS2. ROLAMENTOSI. Ttulo

    Direitos autorais de propriedade exclusiva do SENAI. Proibida a reproduo parcial ou total, fora

    do Sistema, sem a expressa autorizao do Departamento Regional de Pernambuco.

    SENAI Departamento Regional de PernambucoRua Frei Cassimiro, 88 Santo Amaro50100-260 - Recife PETel.: (81) 3416-9300Fax: (81) 3222-3837

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    3/49

    SENAI-PE

    4

    SUMRIO

    Introduo 05

    Estocagem de Rolamentos de Reposio 06

    O que verificar durante a Operao 07

    Inspeo com a Mquina Parada 10

    Desmontagem de Rolamentos 13

    Danificaes de Rolamentos 20

    Montagem de Rolamentos 25

    Instrues de Lubrificao 39

    Ferramentas de Montagem e Desmontagem 43

    Designaes de Rolamentos 45

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    4/49

    SENAI-PE

    5

    INTRODUO

    Os rolamentos so componentes mecnicos robustos que tero uma longavida em servio, especialmente se forem montados corretamente e tiveremuma boa manuteno. A execuo de uma montagem e desmontagem corretano deve apresentar nenhuma dificuldade: limpeza, preciso e cuidado sonecessrios, porm so requisitos normais ao lidar com mquinas. Amanuteno dos mancais de rolamento significa simplesmente que estesdevero ser lubrificados corretamente e muito bem protegidos contra umidadee sujeira. A eficincia desta proteo depender do desenho da aplicao, dascondies dos vedadores e tambm do lubrificante. A lubrificao ideal implicano uso do lubrificante certo, usado corretamente.

    As mquinas so projetadas geralmente com base em fatores conhecidos ealgumas vezes em fatores assumidos, referentes s condies ambientais erequisitos de operao. As instrues de manuteno tambm devem serbaseadas em condies de operao tpicas similares. Entretanto, o usuriopossui informaes adicionais das condies prticas de operao e de localde trabalho. Aplicando estes conhecimentos juntamente com asrecomendaes prticas dadas neste guia, no que se refere a estoque dereposio, observaes durante a operao, inspees com a mquinaparada, desmontagem e montagem: poderemos assegurar que a manuteno

    dos rolamentos aplicados no apresentaro problemas.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    5/49

    SENAI-PE

    6

    ESTOCAGEM DE ROLAMENTOS DE REPOSIO

    Para evitar paradas longas na produo, devidas a falhas de rolamentos, necessrio assegurar que alguns destes, estejam prontamente disponveispara reposio. Para isto aconselhvel saber, com antecedncia, quaisrolamentos so usados nas mquinas e se so necessrias ferramentasespeciais para desmontagem e montagem dos mesmos.

    Os rolamentos so banhados em um protetor contra ferrugem, antes de seremembalados, e podem ser armazenados em suas embalagens originais pormuitos anos. De preferncia devem ser armazenados em locais onde aumidade relativa no ultrapasse a 60% e a temperatura ambiente sejaconstante. Rolamentos com placas de proteo sufixo -2Z, no devero serarmazenados por mais de 2 anos, e os rolamentos com placas de vedaosufixo -2RS, por no mais de 3 anos. Estes rolamentos so lubrificados para avida, mas a graxa envelhece e se torna muito consistente se forem estocadospor muito tempo.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    6/49

    SENAI-PE

    7

    Assegure-se de que os rolamentos que no esto em sua embalagem originalestejam limpos, bem protegidos, com leo ou graxa e envolvidos em papelparafinado de boa qualidade.

    O QUE VERIFICAR DURANTE A OPERAO

    Rolamentos montados em mquinas onde sua paralisao ocasionar sriasconseqncias devero ser verificados regularmente. Rolamentos emaplicaes menos crticas, ou operando sob condies no muito solicitadas,podem normalmente ficar sem ateno especial, (observando apenas) seesto bem lubrificados. Esta seo trata de rotinas de verificao e estdividida em quatro subsees com os seguintes ttulos:

    Oua Sinta Observe Lubrifique

    Oua

    Coloque um basto de madeira ou uma chave de fenda ou objetos similarescontra o alojamento o mais perto possvel do rolamento. Ponha o ouvido naoutra extremidade e oua. Se tudo est bem, dever ser ouvido um rudosuave. O som de um rolamento danificado bem diferente, podendoapresentar caractersticas irregulares. Um rudo uniforme, porm metlico,indica falta de lubrificao.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    7/49

    SENAI-PE

    8

    Sinta

    Verifique a temperatura da aplicao usando um termmetro, giz sensitivo aocalor ou simplesmente colocando a mo no alojamento do rolamento. Se atemperatura parece mais alta que a normal, ou com variaes bruscas, isto

    ento uma indicao de que algo est errado. Isto pode ser tambm por poucalubrificao ou por excesso, por sujeira que tenha penetrado no rolamento,pelo rolamento estar sobrecarregado, porque o rolamento est comeando ase danificar, por folga interna muito pequena, porque o rolamento est presoaxialmente, porque os retentores esto com muita presso ou porque o calorprovm de uma fonte externa. Lembre-se entretanto, que, imediatamente apsa relubrificao, um aumento de temperatura ser natural e pode durar um oudois dias.

    Observe

    Assegure-se de que o lubrificante no escape atravs de vedadoresdefeituosos ou bujes insuficientemente apertados. Geralmente as impurezasmudam a cor do lubrificante, enegrecendo-o. Verifique as condies dosvedadores prximos aos rolamentos, assegurando-se de que os mesmos nopermitam por exemplo que lquidos quentes ou corrosivos e gases penetremno conjunto. Quando existe um sistema de lubrificao automtico este deverser verificado periodicamente quanto ao seu funcionamento.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    8/49

    SENAI-PE

    9

    Lubrifique

    Lubrificao com graxa

    A relubrificao deve obedecer s instrues do fabricante da mquina, ou srecomendaes dadas no item Instruo de Lubrificao. Limpe aengraxadeira antes de injetar graxa nova. Quando a caixa do rolamento no

    possuir engraxadeira, a relubrificao dever ser efetuada na paradaprogramada da mquina. As tampas devero ser removidas para retirar toda agraxa usada antes de colocar a graxa nova: ver Aplicao de lubrificante.Mesmo que as caixas possuam engraxadeiras, a graxa usada deve serremovida e substituda por nova, de tempos em tempos, aps abrir as mesmase lavar todos os componentes.

    Lubrificao com leo

    Verifique sempre o nvel de leo e complete-o, se necessrio. Certifique-se deque o respiro do indicador de nvel esteja desobstrudo. Quando se efetua atroca de leo, o mesmo dever ser drenado completamente, e o conjuntolavado com leo limpo, de preferncia o mesmo que ser utilizado para areposio. Na lubrificao em banho de leo, geralmente suficiente efetuar atroca uma vez ao ano, desde que a temperatura de trabalho no ultrapasse500C, e no haja contaminao. Quando a temperatura for maior que 50 0C oleo dever ser trocado com maior freqncia ou seja: acima de 1000C, 4vezes ao ano: acima de 1200C, 1 vez por ms, e acima de 1300C, 1 vez porsemana.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    9/49

    SENAI-PE

    10

    INSPEO COM A MQUINA PARADA

    Da mesma forma que outros componentes de mquinas, os rolamentos devemtambm ser inspecionados e limpos, a intervalos regulares de tempo. Estainspeo de manuteno dever ser feita preferencialmente durante asparadas programadas da mquina, ou quando a mquina for desmontada poralguma razo, tanto para inspeo como para reparos.

    Inicie a operao de inspeo, cuidando primeiro da rea de trabalho, a qualdever ser a mais limpa e seca possvel. Verifique quais os rolamentos

    disponveis em estoque, caso seja necessrio trocar algum. Caso os desenhosestejam disponveis, os mesmos devero ser estudados antes do incio dotrabalho de manuteno.

    Limpe as superfcies externas e anote a seqncia de remoo doscomponentes da mquina, como tambm suas posies relativas. Deve-setomar cuidado para no estragar os vedadores de labirinto no momento de suaremoo: nunca use muita fora para remover os vedadores. Inspecione osvedadores e os outros componentes do conjunto.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    10/49

    SENAI-PE

    11

    Verifique o lubrificante. Vrios tipos de impurezas podem ser sentidosesfregando o lubrificante entre os dedos: uma fina camada poder serespalhada nas costas da mo para inspeo visual.

    Assegure-se de que a sujeira e a umidade no possam penetrar na mquina,aps a remoo das tampas e vedadores. Proteja a mquina, rolamentos eassentos com papel parafinado, plstico ou material similar, caso o trabalhoseja interrompido. Evite o uso de estopa, que poder contaminar o rolamentocom fiapos.

    Lave o rolamento exposto, onde possvel fazer uma inspeo sem desmont-lo. Use um pincel molhado em aguarrs ou querosene e seque-o com um panolimpo e isento de fiapos ou ar comprimido (assegure que nenhum componentedo rolamento entre em rotao). Nunca lave rolamentos blindados (com duasplacas de proteo ou de vedao).

    Um pequeno espelho com haste semelhante ao dos dentistas pode ser til nainspeo das pistas, gaiola e corpos rolantes do rolamento.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    11/49

    SENAI-PE

    12

    Se os rolamentos esto perfeitos, estes devero ser relubrificados de acordocom as instrues dadas pelo fabricante da mquina ou pelas recomendaesdadas no item Instruo de Lubrificao. Recoloque cuidadosamente osvedadores e as tampas.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    12/49

    SENAI-PE

    13

    DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS

    Esta seo contm sugestes e instrues sobre a melhor maneira dedesmontar rolamentos. Est dividida em subsees, com os seguintes ttulos:

    Ajuste com interferncia no eixo Ajuste com interferncia na caixa Rolamentos montados sobre buchas Inspeo de rolamentos desmontados

    Nunca desmonte os rolamentos que esto em boas condies a no ser que

    seja absolutamente necessrio!

    Caso o rolamento deva ser desmontado, aconselhvel marcar a posiorelativa de montagem, por exemplo qual a seo do rolamento que est paracima, qual o lado que est de frente, etc. O rolamento dever ser montadonovamente na mesma posio.

    Inicie a desmontagem pela seleo correta das ferramentas a serem utilizadas.

    Lembre-se de manusear os rolamentos com cuidado. Garanta um bom apoioou escora para o eixo, caso contrrio os rolamentos podero ser danificadospelas altas foras normalmente originadas na desmontagem.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    13/49

    SENAI-PE

    14

    Ajuste com interferncia no eixo

    Se o rolamento montado com interferncia no eixo, dever ser usado umextrator (ou saca-polia). As garras devero apoiar diretamente na face do anelinterno. Os rolamentos grandes podem ser desmontados facilmente comauxlio das ferramentas hidrulicas.

    Quando no possvel alcanar a face do anel interno, o saca-polia poder seraplicado na face do anel externo. Entretanto, muito importante que o anelexterno seja girado durante a desmontagem, distribuindo os esforos pelas

    pistas e evitando que os corpos rolantes marquem as mesmas em pontoslocalizados. Nesse caso o parafuso dever ser travado, ou segurado com umachave, e as garras que devero ser giradas com a mo ou com umaalavanca.

    Se no se dispe de saca-polia, poder ser usado um puno de ferro oumetal mole com ponta arredondada, ou outra ferramenta similar. Este deverser aplicado na face do anel interno. muito importante que o rolamento noreceba golpes de martelo diretamente. Contudo deve-se tomar muito cuidadocom este mtodo, pois muito fcil danificar o eixo e rolamento.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    14/49

    SENAI-PE

    15

    Ajuste com interferncia na caixa

    Quando o rolamento possui ajuste com interferncia na caixa, por exemplo emuma roda, este pode ser desmontado usando-se uma caneca ou um pedaode tubo, na qual se aplicam golpes uniformes ao redor de sua extremidade. Asfaces do tubo devero ser planas e livres de rebarbas.

    Use um puno de ferro ou metal mole com ponta arredondada ou ferramentasimilar, caso haja um ressalto entre os rolamentos. Os esforos devem seraplicados sempre no anel externo.

    O conjunto do anel interno de um rolamento autocompensador de rolos ou deesferas pode ser desalinhado, permitindo assim o uso de um saca-polia noanel externo.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    15/49

    SENAI-PE

    16

    Rolamentos montados sobre buchas

    Os rolamentos autocompensadores de rolos ou esferas so geralmentemontados com bucha de fixao ou de desmontagem. A vantagem do usodestas buchas que o assento do eixo no necessita de uma usinagemprecisa, alm de facilitar muito a montagem e a desmontagem dos rolamentos.

    A figura mostra, da esquerda para a direita, a porca de fixao, a arruela detrava, o rolamento e a bucha de fixao.

    Bucha de fixao

    A desmontagem s deve ser iniciada aps marcar a posio da bucha sobre oeixo. Em seguida endireite a orelha da arruela de trava dobrada no rasgo daporca de fixao, e solte de algumas voltas a porca.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    16/49

    SENAI-PE

    17

    Coloque uma caneca ou um pedao de tubo contra a porca de fixao eaplique fortes golpes distribudos uniformemente at que o rolamento se solteda bucha.

    Quando a face da porca inacessvel, ou quando no existe um espaadorentre o anel interno e o encosto do eixo, a ferramenta deve ser aplicada naface do anel interno do rolamento.

    Bucha de desmontagem

    Para rolamentos de tamanho pequeno ou mdio, a bucha pode ser removidausando uma porca de fixao similar usada em buchas de fixao. Lembre-se de lubrificar os fios da rosca e a face adjacente ao rolamento com pasta debissulfeto de molibdnio.

    Aperte a porca usando a chave de gancho ou de batidas, at que o rolamentoseja liberado. Se a bucha se sobressai no final do eixo, um suporte adequadodever ser utilizado. Os rolamentos grandes podem facilmente serdesmontados com o auxlio da porca hidrulica.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    17/49

    SENAI-PE

    18

    Se a bucha pequena, um puno de metal mole poder ser usado no lugarde uma chave de gancho.

    Inspeo de rolamentos desmontados

    Quando o rolamento for desmontado, este dever ser inspecionado. Primeiro,lave-o com querosene ou aguarrs e seque-o cuidadosamente com um panolimpo, isento de fiapos ou ar comprimido (assegure que nenhum componentedo rolamento entre em rotao). As pistas e os corpos rolantes devem serinspecionados para se verificar se existem sinais de danificao.

    Entretanto os rolamentos blindados com duas placas de proteo ou devedao no podero ser lavados e, conseqentemente, no podero serinspecionados.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    18/49

    SENAI-PE

    19

    Gire o anel externo e verifique se o rudo do rolamento normal.

    Um rolamento que no est danificado, isto , que no possui marcas ououtros defeitos nas pistas dos anis, corpos rolantes ou gaiolas, e girauniformemente sem ter folga interna radial anormalmente grande, pode ser

    ento montado novamente sem risco algum. Recomenda-se seguir asinstrues de lubrificao dos rolamentos. Caso a designao deste rolamentono conste do catlogo da mquina, recomenda-se registr-la, para futurasreferncias. Esta designao poder ser encontrada usualmente em uma dasfaces laterais do anel externo ou interno do rolamento.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    19/49

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    20/49

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    21/49

    SENAI-PE

    22

    Um rolamento que foi lubrificado inadequadamente ter um alto polimento naspistas, e poder apresentar microtrincas superficiais do material. De qualquermodo, a gaiola dever ser normalmente o primeiro componente a falhar e asesferas ou rolos podero travar, resultando em um completo travamento dorolamento. O rolamento poder esquentar muito, quando a lubrificao

    disponvel for insuficiente, falhando devido conseqente reduo naresistncia do material.

    Caso materiais estranhos, em forma de partculas slidas, entrem no

    rolamento, danificaes do tipo mostrado podero ocorrer facilmente. Aspartculas causam endentaes nas pistas e corpos rolantes, e eventualmentese segue o descascamento. Materiais estranhos podem penetrar no rolamentodurante a montagem, mas geralmente a causa desta penetrao sovedadores inadequados.

    Os componentes dos rolamentos so normalmente metlicos, portantosensveis ao ataque de gua, particularmente gua salgada. A condensaoque resulta das mudanas sbitas de temperatura pode ser suficiente paracausar a corroso. Lubrificantes inadequados podem tambm gerar corroso.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    22/49

    SENAI-PE

    23

    A ovalizao do assento da caixa ou do eixo pode resultar em danificaes, asquais freqentemente aparecem em pontos diametralmente opostos no anel dorolamento. Outros erros de forma podem tambm gerar danificaes. Umcavaco metlico deixado entre a caixa e o anel externo pode causar umavariao de forma suficiente para danificar a pista deste anel.

    Em equipamentos sujeitos vibrao, pode ocorrer danificao nosrolamentos quando estes esto estacionrios, devido a pequenosdeslizamentos dos corpos rolantes em torno do mesmo ponto, que tero amesma freqncia das vibraes. Para evitar este tipo de danificao, o eixo

    dever ser apoiado e travado para no atuar sobre o rolamento, ou ento sergirado lentamente. Geralmente, entretanto, reduzindo-se o perodoestacionrio dos equipamentos j suficiente para prevenir este tipo dedanificao.

    Mesmo sob uma diferena de potencial eltrico muito pequena entre o eixo e acaixa (0,4 volts), uma corrente eltrica poder saltar pelo delgado filme delubrificante existente entre as pistas e corpos rolantes, resultando assim eminmeras crateras queimadas ou estrias. Esta danificao pode ser causadapor exemplo, por erro na colocao do terra na soldagem de algumcomponente da mquina, fazendo que a corrente passe pelo rolamento.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    23/49

    SENAI-PE

    24

    A razo pela qual a fadiga ocorre , s vezes, simplesmente porque orolamento atingiu sua durao normal. Esta , geralmente, bem maior que avida nominal calculada para aquela aplicao.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    24/49

    SENAI-PE

    25

    MONTAGEM DE ROLAMENTOS

    Esta seo trata de mtodos adequados para montagem de rolamentos. Est

    dividida em subsees com os seguintes ttulos:

    Ajuste com interferncia no eixo Ajuste com interferncia na caixa Rolamentos de rolos cilndricos Rolamentos de rolos cnicos Rolamentos sobre buchas Aplicao do lubrificante Teste de funcionamento e relatrios

    necessrio usar o mtodo correto na montagem e observar as regras delimpeza para que o rolamento funcione satisfatoriamente e alcance a vidacalculada. A montagem deve ser feita preferivelmente em local seco e limpo.Mquinas que produzam partculas metlicas, limalhas de ferro ou serragemno devero estar nas proximidades.

    Inicie a montagem selecionando as ferramentas corretas para a tarefa.

    Inspecione cuidadosamente os componentes que posicionaro os rolamentos.Remova as rebarbas e limpe o eixo e os encostos. Verifique a preciso deforma e dimenses dos assentos do eixo e da caixa, pois podem ter sidodanificados durante a desmontagem. Verifique os vedadores (retentores) etroque os que esto gastos ou danificados.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    25/49

    SENAI-PE

    26

    Caso o rolamento necessite ser substitudo, no tire o rolamento novo de suaembalagem original antes do momento de sua montagem. No retire o protetoranti-ferruginoso do rolamento, exceto sobre as superfcies do dimetro externoe do furo do rolamento. Limpe essas superfcies com querosene ou aguarrs eseque-as com um pano limpo e isento de fiapos.

    Antes da montagem, deve-se proteger ligeiramente os assentos do rolamento

    com uma camada de leo fino. Isto feito a fim de impedir avarias no eixodurante a montagem.

    Nunca aplique golpes diretos nos rolamentos - sempre use um pedao de tubo

    ou uma ferramenta similar. Caso contrrio, os anis podero trincar, a gaiolase danificar, ou partculas de metal podero destacar-se e causar avarias norolamento quando colocado em operao.

    Os rolamentos pequenos podem ser montados com ajuda de uma caneca ouum pedao de tubo. O tubo deve ser bem limpo e ter extremidades planas,paralelas e sem rebarbas.

    Coloque a ferramenta contra o anel interno e aplique golpes, sempredistribudos ao redor da face na extremidade do tubo, com um martelo comum

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    26/49

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    27/49

    SENAI-PE

    28

    Os rolamentos grandes so montados com maior facilidade se forem

    primeiramente aquecidos a uma temperatura de 80 a 900C. acima da

    temperatura ambiente. Contudo, os rolamentos nunca devero atingir uma

    temperatura acima de 1200C. Um mtodo adequado para aquecer o banho

    de leo. O leo deve estar limpo e ter um ponto de fulgor acima de 250 0C.

    Limpe um recipiente adequado e despeje uma quantidade de leo suficiente

    para cobrir completamente o rolamento. O rolamento no deve estar em

    contato direto com a base do recipiente, devendo ser colocado numa

    plataforma ou calo adequando para evitar um aquecimento direto. Aquea o

    banho numa chapa eltrica, bico de gs ou com um equipamento similar.

    Um rolamento nunca dever ser aquecido usando uma chama direta!

    Use luvas de proteo limpas ou panos limpos para segurar o rolamentoaquecido. Escorra o excesso de leo do anel externo e enxugue o furo dorolamento. Empurre o rolamento rapidamente para sua posio.

    Pressione o rolamento com fora contra o ressalto at que ele tenha esfriado osuficiente para que o anel interno fique bem encostado.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    28/49

    SENAI-PE

    29

    Proteja o assento com uma leve camada de leo. Use uma caneca ou umpedao de tubo limpo, mas coloque-o contra a face do anel externo. Certifique-se de que o rolamento no entra enviesado na caixa. Uma prensa mecnica ouhidrulica poder ser usada tambm, para facilitar. As mesmas regras paramontagem de rolamentos com ajuste com interferncia no eixo so vlidasquando se deve ter um ajuste com interferncia na caixa.

    Poder, s vezes, ser necessrio aquecer a caixa para montar o rolamento.Normalmente uma pequena elevao de temperatura ser suficiente, poisraramente se emprega uma grande interferncia na caixa. Uma lmpadaeltrica, uma ferramenta de aquecimento, leo quente ou uma chama direta,

    podem ser usados para aquecer a caixa. Se for usada uma chama direta, deveser tomado um grande cuidado, caso contrrio a caixa poder trincar-se oudeformar-se.

    Verifique as dimenses do assento aps aquec-lo e no se esquea de limparo mesmo antes de montar o rolamento. Pressione fortemente o rolamentocontra a face do encosto, at que a caixa se resfrie suficientemente para que orolamento tenha ajuste interferente.

    Rolamentos de rolos cilndricos

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    29/49

    SENAI-PE

    30

    As partes separveis dos rolamentos de rolos cilndricos so geralmentemontadas independentemente. Monte primeiramente o anel separvel elubrifique ligeiramente sua pista. Depois de lubrificar os rolos, monte o outroanel que possui o conjunto de rolos e gaiola. Introduza ento este anel no anelseparvel, girando o eixo ou a caixa durante esta operao. Certifique-se de

    que o conjunto de rolos no se desalinhe na montagem: uma bucha de guiapode ser usada para evitar que isto acontea.

    Se o conjunto de rolos entrar enviesado, sem ter sido lubrificado ou giradodurante sua entrada, um anel ou alguns rolos podero facilmente serdanificados.

    A montagem dos rolamentos de rolos cnicos um pouco mais complicada.

    Geralmente estes so ajustados para um certo valor de folga interna ou parauma dada precarga, usando molas ou calos (peas distanciadorascalibradas).

    Os conjuntos de rolamentos de cubos de rodas usuais podem, porm, sermontados com relativa facilidade. Comea-se montando os anis externos nocubo, usando uma caneca ou um pedao de tubo limpo. Verifique se os anisrealmente atingem o encosto.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    30/49

    SENAI-PE

    31

    O cone (anel interno com rolos e gaiola) do rolamento de dentro deve entoser montado. Preencha os espaos existentes entre os rolos com uma graxaadequada. Coloque a roda em sua posio e finalmente monte o cone dorolamento de fora.

    Rosqueie a porca e aperte-a, girando a roda ao mesmo tempo. Quando a rodano puder mais girar com facilidade, solte a porca apenas o suficiente parapermitir que a roda gire livre novamente. Trave a porca e coloque a tampa docubo imediatamente.

    Verifique, se possvel, a folga do conjunto de rolamentos, por exemplo:balanando a roda, a caixa ou o eixo. Se os rolamentos forem montados muitoapertados, poder ocorrer rapidamente uma danificao.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    31/49

    SENAI-PE

    32

    Se uma alta preciso for desejada, poder ser usado um instrumento paramedir a folga interna axial dos rolamentos. importante que durante aajustagem e antes da medio, o eixo ou a caixa sejam girados de algumasvoltas, de forma que as extremidades dos rolos ocupem suas posiescorretas contra o flange de guia.

    O anel interno dos rolamentos com furo cnico sempre montado com umajuste interferente, geralmente em uma bucha de fixao ou de desmontagem.O grau de interferncia depende da distncia que o rolamento deslocadosobre a superfcie cnica. A folga interna radial original do rolamento gradualmente reduzida, medida que o rolamento deslocado. Esta reduode folga , portanto, uma medida do grau de interferncia.

    Bucha de fixao

    Coloque a bucha no eixo, no local marcado antes da desmontagem; isto podeser feito com facilidade, se o rasgo da bucha for aberto levemente, usandouma chave de fenda, por exemplo. Se, por algum motivo, a posio da buchano eixo no foi marcada, ento a posio correta do rolamento deve serestabelecida, para ento colocar a bucha em relao a este. Em certos casos,uma montagem simulada dos rolamentos pode ser necessria, para certificar-se de que a bucha est posicionada corretamente.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    32/49

    SENAI-PE

    33

    Remova o protetor anti-ferruginoso do furo do rolamento antes da montagem.Coloque o rolamento na bucha e rosqueie a porca de fixao. Desloque orolamento na bucha apertando a porca.

    Ao montar um rolamento autocompensador de esferas sobre a bucha defixao, a reduo da folga interna radial deve ser verificada, girando orolamento e desalinhando o anel externo. Quando a porca tiver atingido oaperto correto, ser possvel girar o anel externo com facilidade, mascomear a haver certa resistncia ao tentar desalinhar o mesmo.

    Antes de montar os rolamentos autocompensadores de rolos em buchas defixao, a folga interna radial deve ser medida com um calibrador de lminas.Coloque o rolamento de p na bancada, gire o anel interno algumas vezespara que os rolos assumam suas posies corretas, e ento introduza a lminado calibrador entre o rolo superior e a pista do anel externo. Use uma lminafina para comear e aumente gradualmente a espessura, at que a lminaentre bem justa. A folga medida dever ser a mesma para ambas as carreirasde rolos.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    33/49

    SENAI-PE

    34

    Verifique a reduo de folga vrias vezes durante a montagem. Mea a folgaentre o rolo da posio mais inferior e a pista do anel externo. A tabela a seguircontm valores recomendveis para a reduo de folga interna radial e odeslocamento axial para os rolamentos autocompensadores de rolos.

    Cargas pesadas, altas rotaes e grandes diferenas de temperaturas entre osanis interno e externo (anel interno mais quente que o externo) indicam queuma grande folga interna residual necessria. Em tais casos, um rolamento

    tendo uma folga interna radial maior que a normal, por exemplo C3 ou C4, geralmente usado, sendo montado com a mxima reduo de folga indicadana tabela. Se o anel externo aquecer mais que o anel interno, um rolamentocom uma folga interna inicial menor que a normal ser geralmente usado.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    34/49

    SENAI-PE

    35

    Montar tabela

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    35/49

    SENAI-PE

    36

    Retire a porca de fixao aps ter deslocado o rolamento e coloque a arruelade trava. Aperte novamente a porca. Dobre a orelha da arruela de trava de talforma que encaixe em um dos rasgos da porca. Mea novamente a folgaresidual e veja se no foi alterada.

    Bucha de desmontagem

    Coloque a bucha de desmontagem no furo do rolamento usando uma canecaou um pedao de tubo limpo. Verifique o deslocamento da bucha dedesmontagem, medindo a reduo da folga interna radial do rolamento.

    Lubrificao com graxa

    Preencha o espao entre as esferas ou rolos com uma graxa adequada paraas condies de operao. O espao livre ao redor do rolamento dever serpreenchido entre um tero e a metade com a mesma graxa. Caso o rolamentooperar em altas rotaes, a quantidade de graxa no espao livre deve ser umpouco menor que um tero desse espao. E quando o rolamento operar emrotaes muito baixas, o espao livre poder ser inteiramente completado comgraxa.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    36/49

    SENAI-PE

    37

    Lubrificao com leo

    Use leo do tipo recomendado pelo fabricante da mquina e complete at onvel especificado. Se houver tambm um nvel de leo em operao, verifiquese este est correto.

    Testes de giro e relatrios

    So feitos no primeiro perodo de trabalho aps a partida da mquina, a fim deque algum erro possa ser eliminado. Observe o comportamento do rolamentoimediatamente aps o comeo da operao. Se houver uma ligeira dvidaquanto ao bom desempenho dos rolamentos, deve-se parar a mquina eexamin-los cuidadosamente.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    37/49

    SENAI-PE

    38

    Os dados de montagem, como a data, a designao completa do rolamento,resultados das verificaes das dimenses de eixos e caixas, folga internaradial antes e depois da montagem, o lubrificante usado, etc. devem seranotados em forma de relatrio. Um cronograma de manuteno deve seranexado ao relatrio, dando detalhes de relubrificaes, rotinas de inspeo,

    temperatura de trabalho, etc. Se isto for feito, um bom registro do rolamentoser obtido, e qualquer reposio futura poder ser planejada com boaantecedncia.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    38/49

    SENAI-PE

    39

    INSTRUES DE LUBRIFICAO

    Um rolamento corretamente lubrificado no se desgasta. Uma vez que o

    lubrificante evita o contato metlico entre os seus vrios componentes. Quandoo fabricante de uma mquina indicar o tipo de lubrificante e o perodo derelubrificao, estas instrues devero ser sempre seguidas. Se, contudo,essas instrues no forem disponveis, as seguintes recomendaes podemser teis.

    Todos os rolamentos, de um modo geral, podem ser lubrificados com graxa ouleo. Os rolamentos axiais autocompensadores de rolos precisam serlubrificados normalmente com leo, sendo permitida a lubrificao com graxa

    somente quando as rotaes de trabalho forem muito baixas. Os rolamentosblindados so lubrificados para vida, isto , so lubrificados com graxa antesde deixar a fbrica e no requerem relubrificao.

    A escolha do lubrificante determinada principalmente pela temperatura erotao de trabalho do rolamento. Sob condies normais de operao, pode-se empregar normalmente graxa. Esta mais fcil de ser retida no rolamentodo que o leo, e tambm serve para proteger o rolamento contra a umidade eimpurezas. A lubrificao com leo geralmente recomendada onde asrotaes ou temperaturas so altas, quando se deve dissipar calor do

    rolamento, ou quando os componentes vizinhos da mquina j so lubrificadoscom leo. Os limites de rotao para lubrificao com graxa ou leo para cadarolamento so dados nas tabelas de rolamentos.

    Guarde sempre os lubrificantes em recipientes limpos e vedados e em lugarseco.

    Lubrificao com graxa

    Tipos de graxa

    As graxas lubrificantes so leos que contm engrossantes geralmente naforma de sabo metlico. Quando se seleciona uma graxa adequada, necessrio considerar a consistncia, a faixa de temperatura e as propriedadesanti-corrosivas. A consistncia classificada de acordo com a escala NLGI(National Lubricasting Grease Institute). De uma forma geral, graxas base desabo metlico de consistncia 1, 2 ou 3 so usadas para rolamentos.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    39/49

    SENAI-PE

    40

    O limite de temperatura mximo para as graxas base de clcio aproximadamente 600C. As graxas base de clcio contendo aditivos desabo de chumbo so particularmente indicadas para rolamentos molhados,como por exemplo, em mquinas de papel na parte mida. Certas graxas

    base de clcio/chumbo, oferecem proteo contra gua salgada.

    As graxas base de sdio so aplicadas em intervalos de temperatura de -30a +800C e oferecem proteo contra corroso porque absorvem a umidade eformam uma emulso com esta. Contudo, se a quantidade de umidadeabsorvida torna-se excessiva, as propriedades lubrificantes diminuiro ehaver um risco da graxa escorrer para fora do rolamento.

    As graxas base de ltio podem ser usadas geralmente a temperaturas de -30

    a -110

    0

    C e resistem gua. Se a umidade puder entrar no rolamento, asgraxas devero conter um aditivo antiferruginoso. As graxas base de ltioaditivadas com sabo de chumbo oferecem boa lubrificao, mesmo onde agua pode penetrar livremente.

    Inmeros tipos diferentes de graxa para altas temperaturas so disponveispara temperaturas que excedem a 1200C.

    Intervalos de relubrificao

    Se nenhuma instruo existe, o diagrama a seguir pode ser usado como guia.Este est baseado em lubrificao usando uma graxa com caractersticasnormais de envelhecimento, e d o intervalo de relubrificao expresso emhoras de trabalho. O diagrama vlido para mquinas estacionrias, cargasnormais nos rolamentos e temperaturas de trabalho de at +700C, medidas noanel externo. Para cada aumento de temperatura de 150C acima de +700C, ointervalo de relubrificao obtido do diagrama deve ser dividido por dois,porm o limite mximo de temperatura para a graxa no dever ser excedido.Nos arranjos de rolamentos onde a graxa certamente pode se contaminar comrapidez, ou protege contra gua, a relubrificao deve ser em intervalos maisfreqentes daqueles do diagrama.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    40/49

    SENAI-PE

    41

    Quantidade de graxa requerida

    Quando nenhuma recomendao dada, a quantidade de graxa a ser usadapode ser calculada pela equao:

    G = 0,005 D B

    ondeG = quantidade de graxa em gramasD = dimetro externo do rolamento em mmB = largura de rolamento em mm

    Lubrificao com leo

    Os leos minerais, refinados com solvente, podem ser usados na lubrificaodos rolamentos. A temperaturas acima de 1250C, recomendado o uso deleos sintticos, por exemplo, do tipo poliglicol. Os aditivos para melhorarcertas propriedades geralmente so necessrios somente em condiesexcepcionais. So usados normalmente leos com ndice de viscosidademdio ou alto. Contudo, em altas rotaes, leos de baixa viscosidade podemser usados para manter a temperatura do rolamento baixa; em baixasrotaes, leos com alta viscosidade devem ser usados para permitir que sejaformado um filme suficientemente espesso de lubrificante.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    41/49

    SENAI-PE

    42

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    42/49

    SENAI-PE

    43

    FERRAMENTAS DE MONTAGEM E DESMONTAGEM

    Ferramentas Hidrulicas

    Quando montamos ou desmontamos os rolamentos maiores, o uso da porcahidrulica ou do mtodo de injeo de leo de grande utilidade.

    A figura da esquerda mostra como o mtodo de injeo de leo pode serusado, em combinao como uma porca hidrulica, para montar um rolamentoautocompensador de rolos num assento cnico.

    O mtodo de injeo de leo consiste em introduzir leo sob alta presso entreo assento e o furo do rolamento, formando um filme que separa as superfcies.O leo injetado nas superfcies de contato por meio de um canal (a) no eixo,

    e distribudo atravs de ranhuras (b). Os eixos que no tiverem canais eranhuras podero facilmente ser modificados, por exemplo, no perodo demanuteno.

    A porca hidrulica rosqueada no eixo ou na bucha: o leo injetado na porca(c) de forma que seu pisto (d) pressione o anel interno do rolamento contrauma porca ou placa parafusada no topo do eixo. O leo pressionado pormeio de uma bomba ou de um injetor de leo.

    A figura da direita ilustra a desmontagem do mesmo rolamento. A porca foisolta de algumas voltas. Quando o leo injetado entre o rolamento e seuassento, o rolamento desliza para fora e detido pela porca.

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    43/49

    SENAI-PE

    44

    Ferramentas mecnicas

    Ferramenta de montagem Extrator de rolamentos de esferas

    Chave de batida Extrator auto-centrante (saca-polia)

    Chave de Gancho

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    44/49

    SENAI-PE

    45

    DESIGNAES DE ROLAMENTOS

    Cada rolamento mtrico padronizado tem uma designao bsica especficaque indica o tipo de rolamento e a correlao entre suas dimenses principais.Estas designaes bsicas compreendem 3, 4 ou 5 algarismos, ou umacombinao de letras e algarismos, que indicam o tipo de rolamento. As sriesde dimenses e o dimetro do furo, nesta ordem. Os smbolos para o tipo derolamento e as sries de dimenses, junto com possveis sufixos indicandouma alterao na construo interna, designam uma srie de rolamentos.

    O esquema a seguir mostra como o sistema de designao constitudo.

    Acima dos desenhos dos rolamentos, so dadas as sries mais comuns paracada tipo de rolamento, e o smbolo que indica o tipo de rolamento dadoabaixo de cada desenho. Os algarismos entre parntesis, mostrados nailustrao, indicam que embora eles possam ser includos na designaobsica, so omitidos por razes prticas, como pode ser visto nas notasabaixo:

    0 Rolamentos de duas carreiras de esferas de contato angularO smbolo para o tipo (0) omitido.

    1. Rolamentos autocompensadores de esferasO smbolo para o tipo (1) ou o primeiro algarismo da srie de dimenses (0ou 1) pode ser omitido. Os rolamentos com d < 10 mm possuem somentetrs algarismos para sua designao, onde o ltimo e o dimetro do furoexpresso em mm.

    2. Rolamentos autocompensadores de rolos e rolamentos axiaisautocompensadores de rolos.

    3. Rolamentos de rolos cnicos

    4. Rolamentos rgidos de duas carreiras de esferasO primeiro algarismo (2) da srie de dimenses omitido.

    5. Rolamentos axiais de esferas

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    45/49

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    46/49

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    47/49

    SENAI-PE

    48

    Tratamento trmico

    Os anis interno e externo (ou os anis de eixo e de caixa) dos rolamentosestabilizados, para temperaturas mais elevadas do que as normais, so

    designados com os seguintes sufixo:

    S0 At 1500CS1 At 2000CS2 At 2500CS3 At 3000CS4 At 3500C

    Caractersticas de lubrificao

    W33 Ranhura perifrica e trs furos de lubrificao no anel externo

    Lubrificantes

    Estes sufixos compreendem letras que indicam o campo de temperaturas,seguidas de um cdigo de dois algarismos que designam a graxa usada emrolamentos blindados, ex.: HT20. So utilizadas as seguintes letras:

    MT Graxa para temperaturas mdias (-30 a + 1100C)

    LT Graxa para baixa temperatura (-50 a + 800C)HT Graxa para alta temperatura (-20 a + 1300C)-LHT Graxa para baixa e alta temperatura (-40 a - 1400C)

    Um sufixo MT utilizado somente quando a graxa no a padronizada para orolamento em questo.

    Esferas de contato angular, com as faces dos anis ajustados de forma quedois rolamentos quaisquer possam ser montados em pares, seja emdisposio em O (back to back), em X (face to face) ou em srie(tandem).Gaiolas

    J Gaiola prensada de ao, no temperadaY Gaiola prensada de latoM Gaiola usinada de latoF Gaiola usinada de ao ou de ferro fundido

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    48/49

  • 7/31/2019 [Apostila] Tecnologia de Rolamentos - SENAI

    49/49