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APOSTILHA DESCRITIVA
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Acionamentos Eltricos Prof.: Gensio G. Diniz
1
1.1- CONJUGADO EM MQUINAS DE ROTOR CILNDRICO
Neste trabalho as equaes sero deduzidas a partir do ponto de vista de campo
magntico, no qual considera a mquina como dois grupos de enrolamento, um no
rotor e outro no estator, produzindo campos magnticos no entreferro como mostrado
na Figura 1.
Com hipteses apropriadas, o conjugado e a tenso gerada podem ser calculados
em funo de fluxos concatenados e da energia do campo magntico no entreferro em
termos de grandeza de campo. O conjugado expresso como a tendncia para dois
campos magnticos se alinhar, e a tenso gerada expressa como o resultado do
movimento relativo entre o campo e o enrolamento.
Na Figura 1 temos um diagrama vetorial das FMM do estator (Fs) e do rotor (Fr),
ambas so ondas espaciais senoidais sendo o angulo de fase em relao ao seus eixos
magnticos. A FMM resultante a soma vetorial de Fs e Fr, das relaes
trigonomtricas, obtemos a expresso:
srrsrssr FFFFF dcos222222 ++= (1.3)
Figura 1- Mquina de 2 Plos Simplificada (a) Modelo elementar (b)
Diagrama Vetorial da Onda de Fluxo (FITZGERALD et al., 1978)
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2
O campo radial resultante H uma onda espacial cuja o valor de Hpico obtido como:
g
FHHlFMM srpico 2
== (1.4)
onde Hpico a fora magnetomotriz no entreferro sobre duas vezes o comprimento do
entreferro (gap).
Sabe-se que a energia armazenado no entreferro tambm conhecida como Co-
energia:
2
0 21
'' HWHdlWH
mm == (1.5)
Substituindo a Eq-1.3 e Eq1.4 na Eq-1.5 temos:
)cos2(8
' 22222
dm
rsrso FFFF
gW ++=
(1.6)
Sabe-se que conjugado v/PT = ento:
)sen2(8
'2 srrs
o
srsr
FFg
W
dt
ddt
dW
T dmdd
-=== (1.7)
portanto : srrso FF
gT d
msen
4 2-= (1.8)
1.2- CAMPO MAGNTICO GIRANTE
Devido a forma fsica das mquinas rotativas, a disposio geomtrica das
bobinas na armadura faz com que se tenha a formao de um campo magntico
girante. O campo magntico girante pode ser definido, como uma distribuio
espacial da densidade de fluxo magntico cujo vetor, representativo dessa onda, tem
um mdulo constante e gira a uma velocidade angular constante determinada pela
freqncia das correntes que o produzem.(FITZGERALD et al., 1978).
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3
Para maior compreenso do referido efeito, ser analisado a natureza do campo
magntico produzido por enrolamento polifsico em uma mquina trifsica de dois
plos, onde os enrolamentos das fases individuais esto dispostos ao longo da
circunferncia do entreferro deslocados uns dos outros de 120 graus eltricos,
como mostrado pelas bobinas a, - a ; b, -b e c, -c na Figura 1.2 .
Cada enrolamento est alimentado por uma corrente alternada variando senoidalmente
com tempo. Para um sistema balanceado, as correntes instantneas so:
)240cos(
)120cos(
)cos(
-v=
-v=v=
tIi
tIi
tIi
Mc
Mb
Ma
(1.1)
Onde IM e o valor mximo de corrente e a seqncia de fases tomada como
sendo abc. Como conseqncia, tem-se trs componentes de FMM, sendo a onda de
FMM resultante representada por um vetor espacial oscilante que gira na periferia do
entreferro a uma velocidade v t, com comprimento proporcional s correntes de fases
instantneas, esta FMM resultante a soma vetorial das componentes de todas as trs
fases dada por :
)cos(2/3),( tt vqq -= (1.2)
Para uma melhor visualizao deste efeito, considere a Figura 1.1 no momento
em que t= 0, t=p /3 e t=2p /3.
Ia Ib Ic
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4
0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4
- 1
- 0 . 8
- 0 . 6
- 0 . 4
- 0 . 2
0
0 . 2
0 . 4
0 . 6
0 . 8
1
Para t = 0, a fase a est em seu valor mximo IM, portanto, a FMM que
proporcional a corrente, tem seu valor mximo, Fa = FMAX. Observando o sentido das
correntes na bobina a podemos determinar o sentido do vetor Fa, mostrado na Figura
1.2a. Neste mesmo instante as correntes ib e ic so ambas de mdulo IM/ 2 na direo
negativa. Observando os sentidos das correntes instantneas, representados com
pontos e cruzes, as FMM correspondentes a fase b e c, so mostradas pelos vetores Fb
e Fc, ambos de mdulo igual a FMAX/ 2, desenhados na direo negativa ao longo dos
eixos magnticos das fases b e c respectivamente. A resultante, obtida pela soma
vetorial das contribuies individuais das trs fases, um vetor de modulo F=3/2 FMAX
alinhado no eixo da fase a.
Para o instante t=p /3, as correntes instantneas na fase a e b so de IM /2 positivas e a
corrente na fase c de IM negativo. As componentes individuais de FMM e sua
resultante so mostradas na Figura 1.2b. A resultante possui a mesma amplitude que no
instante anterior, 3/2FMAX , porem deslocada de 60 graus em sentido anti-horrio.
Figura 1.1 - Correntes Trifsicas Instantneas
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5
No instante t= 2/3, note que o mesmo acontece, a corrente na fase b esta no seu
mximo negativo e nas fases a e c metade de seu valor mximo negativo, a
resultante novamente de modulo igual a 3/2FMAX , mas ela girou mais 60 graus
eltricos no sentido anti-horrio, alinhando-se com o eixo magntico da fase b, como
mostra a Figura 1.2c.
Como visto, conforme o tempo passa, a onda de FMM resultante desloca-se ao longo
do entreferro com mdulo constante, caracterizando, este comportamento, como
campo magntico girante.
CAPTULO II - MODELAGEM DA MQUINA DE INDUO
Figura 1.2- Campo Magntico Resultante no Entreferro de uma Mquina de Induo Trifsica
(FITZGERALD et al., 1978)
(a) (b) (c)
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6
O objetivo deste captulo obter um modelo matemtico da mquina de induo
que permitir o controle da mesma pela orientao de campo. So vrios os modelos
existentes que permitem uma anlise transitria do motor de induo. Cabe ao
pesquisador analisar qual o modelo mais adequado soluo de seu problema
especfico.
Um modelo considerado adequadamente suficiente, quando se tratando de analisar
a mquina de induo controlada vetorialmente, consiste em referenciar os
parmetros da mquina em um sistema de eixos girando a uma velocidade arbitrria.
A modelagem em variveis naturais (ABC), so diferencias, no-lineares e
com parmetros variantes com o tempo, sendo inadequadas para simulaes, pois
demanda tempo de processamento. Utilizando a transformao ABC / dq0 , que
consiste em transformar a mquina trifsica (real), em uma mquina fictcia bifsica
com as mesmas foras magnetomotrizes produzidas, possvel eliminar a dependncia
temporal dos parmetros. Esta transformao pode ser feita diretamente o
indiretamente, sendo a ltima computacionalmente mais vantajosa devido ao menor
nmero de operaes com senos e cosenos. Estes processos de transformaes
sero visto nas sesses posteriores.
2.1- VETORES ESPACIAIS COMPLEXOS
Um mtodo bastante comum de representao de sistemas polifsicos foi
proposto por Fortescue (STEVENSON, 1974). De acordo com Fortescue, o sistema
trifsico pode ser representado por um conjunto de trs componentes simtricas.
Sendo estas: componentes de seqncia zero (Ia0 ); componentes de seqncia
positiva (Ia1 ); componentes de seqncia negativa (I a2 ), mostradas na Equao 2.1.
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7
)(31
)(31
)(3
1
22
21
0
cbaa
cbaa
cbaa
aIIaIV
IaaIIV
IIIV
++=
++=
++=
(2.1)
Onde: a = e j2p/3 e a2 = e j4p/3 .
Para um sistema alimentado equilibrado, as correntes e tenses so apenas de
sequncia positiva.
Um motor de induo de dois plos, pode ser convenientemente analisado em
termos dos vetores espaciais complexos ou fasores espaciais como na Figura 2.1.
Ento, se iae, ibe e ice so as correntes instantneas de estator nas fases ae, be e ce, o
vetor complexo de corrente estatrica, ie, definido por:
cebeaee iaaiii2
_
++= (2.2)
Onde: a = e j2p/3 =1/2 + j e a2 = e j4p/3 .
O eixo real do plano complexo coincide com o eixo da fase ae, o qual tambm
o eixo de referncia do estator. Observa-se que a representao obedece seqncia
positiva das componentes simtricas de fase.
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O vetor de corrente estatrica complexa pode ser interpretada como sendo a
corrente estatrica resultante ou a onda de FMM fundamental devido s trs fases,
como visto no item 1.1. Ou seja, sendo:
tii Mae w= sen (2.3)
ento:
)90sen(23 -w= tii Me (2.4)
Para correntes trifsicas senoidais balanceadas, o vetor _
ei tem amplitude
constante e se movimenta com velocidade constante w. Entretanto, vetores espaciais
no so restritos variaes senoidais no tempo, nem sequncias constantes. Logo a
equao de _
ei uma equao geral que vlida para qualquer instante da corrente
estatrica, desde que:
0=++ cebeae iii (2.5)
Figura 2.1- Representao das componentes simtricas (KAZMIERKOWSKI, 1994)
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2.2 - REPRESENTAES NO PLANO COMPLEXO dq
2.2.1- Plano Referencial Estacionrio ( aa bb ou deqe) ww=0
Aps feita a representao da mquina trifsica em termos de vetor resultante
podemos facilmente representar este vetor em um plano complexo ab, no qual a o
eixo real em fase com o eixo da fase a e b eixo imaginrio (Figura 2).
Sendo o vetor resultante discriminado conforme a Eq.2.2 , onde :
2
3
21
)3/4sen()3/4cos(
2
3
21
)3/2sen()3/2cos(
3/42
3/2
jjea
jjea
j
j
--=p+p==
+-=p+p==
p
p
Ento pode-se obter a matriz transformao ABC / ab como sendo:
-
--=
ce
be
ae
e
e
i
i
i
i
i
2
3
2
30
21
21
1
b
a (2.5)
Figura 2 - Vetor Resultante Representado no Plano Complexo aa bb
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Em diversas literaturas o eixo a tambm chamado de eixo direto do estator (de), e b
chamado de eixo em quadratura (qe).
2.2.2. PLANO REFERENCIAL ROTRICO (drqr) ww= wwR
Outra opo de referencial o plano rotrico, onde o vetor direto (qr) est
alinhado com o fasor fase Ar.
2.2.3. PLANO REFERENCIAL SNCRONO (DQ) ww=wwexcitao
Vetores qd girando velocidade da frequncia de excitao.
Relao dos vetores no plano estacionrio e rotativo(sncrono):
ae
qe
de de
q
qe
d
w
q
Figura 2.3- Plano Referencial (a) Estator como Referencial (b) Referencial Sncrono
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Pela anlise da figura 2.3, podemos afirmar que:
q--=
q-q-=q-q-q-q=-j
deqe
deqedeqedeqedq
eii
jiiiijiijii
)(
)sen)(cos()cossen(sencos
Logo a matriz transformao ab / dq dada como:
-=
de
qe
d
q
i
i
i
i
qqqq
cossen
sencos (2.6)
Pode-se obter a matriz transformao ABC / dq atravs das equaes 2.5 e 2.6,
o que resulta em:
p+qp-qqp+qp-qq
=
c
b
a
d
q
i
i
i
i
i
i
2/12/12/1
)3/2sen()3/2sen(cos
)3/2cos()3/2cos(cos
0
(2.7)
Note que a matriz ABC/dq possui muitas operaes com seno e coseno. Em
sistemas de tempo real os atrasos, ocasionados por estas operaes, podem afetar o
seu comportamento. conveniente, ao implementar computacionalmente esta
converso, utilizar o modo indireto, utilizando primeiramente a matriz ABC /ab e
depois a matriz ab /dq, desta forma reduziremos o nmero de operaes com
senos e cosenos.
2.3. O MODELO DA MQUINA: EQUAES DAS TENSES NO ESTATOR
Na modelagem de mquinas de induo trifsicas algumas consideraes devem
ser feitas sem afetar a validade das analises (CAMINHAS, 1989):
- A mquina possui entreferro uniforme;
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- Os enrolamentos do estator so idnticos e distribudos de maneira a produzirem
ondas espaciais senoidais de fora magnetomotriz;
- As barras do rotor so rearranjadas de forma que a FMM seja senoidal, sendo
representada por enrolamentos trifsicos;
- so desprezadas os efeitos de saturao e histerese, portanto, o circuito magntico
linear;
- o motor alimentado por correntes equilibradas, ou seja, componente de
seqncia zero so desprezadas.
2.3.1 - CIRCUITO ELTRICO DA MQUINA DE INDUO
As equaes das tenses no circuito estatrico trifsico so definidos da seguinte
forma:
Vdt
cedrceiceV
Vdtbed
erbei
beV
Vdtaed
eraeiaeV
e
l+=
l+=
l+=
Onde lae, lbe e lce so os fluxos concatenados com os enrolamentos das fases a, b e c
do estatos, respectivamente.
E, as equaes das tenses no circuito rotrico so:
Vdt
crdrrcricrV
Vdt
brd
rrbribrV
Vdt
ardrrariarV
l
l
l
+=
+=
+=
Onde lar, lbr e lcr so os fluxos concatenados com os enrolamentos das fases a,
b e c do rotor, respectivamente.
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Equaes do fluxo concatenado (fluxo mtuo):
espiraWbabcr
i
abcei
abcrr
Labcre
L
abcerL
abceeL
abcr
abce .
=
l
l
Onde Lee e Lre, so as auto-indutncias de estator para estator e indutncia mtua
de rotor para estator, respectivamente. Estas indutncias representam a densidade de
fluxo concatenado entre os enrolamentos estatricos e rotricos.
( )tcebeaeabce llll ,,= ( )tcrbrarabcre llll ,,= ( )tceibeiaeiabcei ,,= ( )tcribriariabcri ,,=
As submatrizes das indutncias de enrolamento estator-estator e rotor-rotor
podem ser representadas da seguinte forma:
H
rrLlrLrmLrmLrmLrrLlrLrmL
rmLrmLrrLlrLabcrrL
H
eeLleLemLemL
emLeeLleLemLemLemLeeLleL
abceeL
+
+
+
=
+
+
+
=
As indutncias mtuas de estator para rotor dependem do ngulo rotrico, ou seja,
da posio do rotor em relao ao campo magntico girante:
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re
mm LjX w=
jwLle ( )mrlr LLjLj -w=w
s
rr Ve
Ie
Er Em
Ir
[ ]
-
+
+
-
-
+
==
rrr
rrr
rrr
er
tabcre
abcer
CosCosCos
CosCosCos
CosCosCos
LLL
qpqpq
pqqpq
pqpqq
32
32
32
32
32
32
Os campos magnticos do rotor e estator so representados pelas foras
magnetomotrizes geradoras, as quais tem efeito no entreferro da mquina e suas
relaes so descritas no diagrama fasorial:
2.3.2. Determinao do Fluxo e Conjugado a partir do Modelo Eltrico
O circuito equivalente
Figura 2.5 - Diagrama fasorial das tenses de rotor e estator
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convencional do MI com a impedncia rotrica refletida ao estator mostrado a
seguir:
Figura 2.1. Modelo eltrico convencional do MI
O torque (conjugado) representado no circuito equivalente como sendo proporcional potncia no entreferro da mquina e entregue a rr/s:
s
rI
2
P3T r
2r
w= 2.3.1
Esta equao pode ser reescrita em termos da tenso Er sobre o resistor rr/s para
se obter:
rrIE2
P3T
w= 2.3.2
2.3.2.1. Circuito equivalente modificado
Para se obter uma similaridade entre o torque produzido pelo motor cc e o MI, o circuito equivalente convencional deve ser ligeiramente modificado. H vrias formas de representao em estado estacionrio. O mais utilizado, porm, aquele que utiliza a taxa de transformao, como em transformadores.
r
e
N
Na =
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Fig. 2.2. Representao do MI com referncia relao de transformao a
Uma forma especialmente usual para anlise do controle de torque obtido pela escolha da taxa a referencial, fazendo a indutncia de dispero do rotor igual a zero. Assim, pode-se verificar a partir da figura 2.2, que:
r
m
L
La =
Com esta escolha, o circuito geral se reduz figura 2.3. Nota-se que a nova
corrente no circuito rotrico m
r
L
L vezes a corrente no circuito convencional. Nota-
se tambm que a nova reatncia de magnetizao tem a mesma tenso da resistncia rotrica em seus terminais.
Fig. 2.3. Representao do MI com disperso rotrica desprezvel O novo circuito representa o comportamento em termos do fluxo rotrico,
enquanto que no circuito convencional enfatiza o fluxo de entreferro (mtuo). Isto importante para o controle do torque, porque coloca em evidncia a componente da corrente estatrica responsvel pelo fluxo rotrico. A corrente estatrica ento dividida em duas componentes: A nova componente de fluxo If e aquela que circula pela resistncia rotrica IT . Estas componentes so responsveis pelo controle do fluxo rotrico e pelo torque respectivamente.
re jw(Le-aLm) ( )mr2 aLLaj -w
s
ra r2 Ve
Ie
Er
Ir/a
maLjw
re
s
r
L
L r2r
2m Ve
Ie
r
2m
L
Ljw
rm
r IL
L
rr
m EL
L
-w
r
2m
s L
LLj
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2.3.2.2. Controle do Conjugado atravs de Iff e IT A tenso Er identificada como a queda de tenso sobre rr/s que igual tenso
induzida pelo fluxo rotrico:
rr jE wl= 2.3.3
f=ll= ILeILL
2P
3T mrTrr
m 2.3.4
m
r
m
r
mr
m
rr
m
Lj
E
jX
E
XL
Lj
EL
L
2
P3I
w===f 2.3.5
Combinando as equaes:
f=l ILmr A componente de torque da corrente estatrica imediatamente identificada como:
'r
m
rT IL
LI =
E o torque desenvolvido pode ser expresso usando as equaes 2.3.4 e 2.3.5:
( ) Tr
2m
Tr
mmrr IIL
L
2P
3IL
LIL
2P
3IE2P
3T ff =
w
w=
w= 2.3.6
Verifica-se ento a similaridade entre o controle de conjugado da MI com o
controle da mquina cc, onde fI representa a corrente de campo e TI a corrente de
armadura.
re
s
r
L
L r2r
2m Ve
Ie
mr
m XL
Lj
rm
rT IL
LI -=
rr
m EL
L
'ejX
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Fig. 2.5. Diagrama vetorial com as componentes de fluxo e conjugado
Outra relao importante pode ser obtida a partir da equao do torque e da tenso
rE .
r
r
m
r
r2r
2m
rr
m
Tr
sE
L
L
s
r
L
Lj
EL
L
I == 2.3.7
Combinando as equaes 2.5 e 2.7:
fw= IsrL
jIr
rT 2.3.8
f
=wI
I
L
rs T
r
r 2.3.9
TIT
r
mr IL
LI -=
fI
f=l ILmr
eI
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2.4. MODELO DA MQUINA NUM SISTEMA DE REFERNCIA
ARBITRRIO
Relembrando, a matriz de transformao de trifsico para qdo :
+-+-
=2/12/12/1
)3/2sen()3/2sen(cos
)3/2cos()3/2cos(cos
32
pqpqqpqpqq
qdT
e, sua inversa:
[ ]
-+--=-
1)3/2sen()3/2cos(
1)3/2sen()3/2cos(
1coscos1
pqpqpqpq
qdT
2.4.1. EQUAES DE TENSO EM qd:
Em notao matricial, as tenses nos enrolamentos estatricos ser:
abce
abce
abce
abce irdt
dV += l
Aplicando a matriz de transformada Tqd0 para as tenses, fluxos concatenados e
corrente na equao acima, teremos:
][][][][][][ 1-1- qdoeqdoabc
eqdoqdoeqdoqdo
qdoe iTrTTdt
dTV += l
O termo derivativo ][][ 1 qdoeqdoTdt
d l pode ser expresso como:
[ ] [ ] [ ] [ ]010010)3/2cos()3/2sen(
0)3/2cos)3/2sen(
0cossenqdeqd
qdeqd Tdt
dxT ll
q
pqpqpqpq
qq-- +
-+----
-=
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Substituindo na Equao principal, obtemos a equao das tenses de estator,
referenciadas aos vetores dq:
Veqdo = w qdoe
qdoe
qdoe
qdoe ir+dt
d+ ll
Onde:
100
010
001
r=redt
d= e
qdoe
qw
De forma anloga s tenses do estator, pode-se obter a equao das tenses de
rotor, referenciadas aos vetores dq:
Vrqd0 = (w - wr) 0qdr
0qdr
0qdr
0qdr irdt
d+l+l
Atravs da equao 7, pode-se derivar as expresses das tenses Vq e Vd de
estator e rotor separadamente.
Os fluxos concatenados no referencial qd0, so definidos a partir das auto e mtua
indutncias, assim como do ngulo q:
=qq+qq=l
+q=l
-- 0qdr
10qd
abcer0qd
0qde
10qd
abcee0qd
0qde
abcr
abcer
abce
abcee0qd
0qde
i)](T[L)](T[i)](T[L)](T[
)iLiL)]((T[
0 -1 0 -1 0 0 0 0 0
0 -1 0 -1 0 0 0 0 0
(6)
(7)
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21
0qdrer
er
0qde
le
eele
eele
i
000
0L2
30
00L2
3
i
L00
0L2
3L0
00L2
3L
+
+
+
=
0qdr
lr
rrlr
rrlr
0qdeer
er
0qdr
1r0qd
abcrrr0qd
0qde
10qd
abcrer0qd
0qdr
i
L00
0L2
3L0
00L2
3L
i
000
0L2
30
00L2
3
i)](T[L)](T[i)](T[L)](T[
+
+
+
=
=q-qq-q+qq-q=l --
Ento as relaes de fluxo concatenado podem ser expressas como:
.estatoraoreferidasestorotricassquantidadeAs:.Obs
i
i
i
i
i
i
L00L00
0LL00L0
00LL00L
000L00
0L00LL0
00L00LL
r0
dr
qr
e0
de
qe
lrm
mlrm
mlrm
le
mmle
mmle
r0
dr
qr
e0
de
qe
++
++
=
l
ll
ll
l
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2.4.3. Determinao do Conjugado a partir de Vqd e Iqd (Forma alternativa)
Na transformao de referencial, as variveis como tenso, corrente e fluxo
podem ser tomados como vetores acoplados num plano sncrono, de forma que so
contnuos, quando referenciados a este plano para um sistema trifsico no
equilibrado, alm dos vetores dq sncronos, h ainda os componentes de sequncias
zero, que em sistemas de potncia so aquelas que circulam para a terra, a partir do
neutro em sistemas conectados em estrela e desequilibrados ou em situaes de
curto-circuito. Pode-se dizer que esta componente normal ao plano dq. Em
mquinas de induo, conectadas em tringulo ou em estrela sem neutro, no haver
circulao destas correntes.
Para determinao das variveis dq a partir das variveis trifsicas, deve-se
lembrar que a transformao trifsica para referencial estacionrio definida pela
resultante vetorial dos vetores da sequncia positiva das fases abc.
E, a transformao do referencial estacionrio para rotrico(sncrono), definido
pela matriz:
q-q=
de
qe
d
q
i
i
cossen
sencos
i
i
A representao da matriz acima para a exponencial de Euler (forma polar) pode
ser verificada como a seguir, a partir da matriz de transformao .
2.4.3.1. Desenvolvimento da forma polar de representao:
A representao vetorial determina que:
q-q-q-q=q-q-q-q=-
cosdjsenqjsendcosq
)cosdsen(qjsendcosqjdq
eeee
eeee
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23
q-q- -=q-q-q-q=
q+q-q-q=
je
jeee
ee
ejdeq)senj(cosdj)senj(cosq
)senj
1(cosdj)senj(cosq
( ) q--=- jee ejdqdjq
Concluindo,
)polarforma(ecossen
sencosT jse
q- =
q-q=
Desta forma, as variveis complexas dq podem ser expressas como:
[ ]abce
j
ce2
beaej
qd
fe
fafafe3
2f
q-
q-
=
++=
Onde f pode significar qualquer varivel estatrica ou rotrica, como tenso,
corrente ou fluxos.
3.2. Determinao de q e d diretamente do trifsico (forma alternativa)
Outra forma de determinao dos vetores girantes(sncronos), diretamente das
variveis trifsicas comea pela anlise do diagrama vetorial mostrado a seguir:
Figura 2.6. Vetores trifsicos das variveis rotricas e estatricas em dq.
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24
Desta anlise podemos definir as componentes de abc sobre d e q:
p+q+
p-q+q=3
2cosf
3
2cosfcosf
3
2f cebeaeqe
p+q+
p-q+q=3
2senf
3
2senfsenf
3
2f cebeaede
Desta forma pode-se determinar o vetor resultante rotativo, multiplicando todos os
termos por e -jq:
[ ])3/2(jce)3/2(jbejaedeqeqd efefef3
2jfff p+q-p-q-q- ++=-=
Onde: a = 32
j
ep
e a2 = 34j
ep
;
Da mesma forma, as variveis rotricas podem ser transformadas para o plano
rotativo(sncrono) atravs da exponencial complexa:
[ ]abcr
)(j
cr2
brar)(j
qdr
fe
fafafe3
2f
r
r
q-q-
q-q-
=
++=
Pode-se agora utilizar as equaes acima para transformar as equaes vetoriais
complexas da mquina para o plano referencial sncrono (rotativo);
)ei(peLipe)LL(ierveV rjabcrj
mabcej
mleabcej
eabcej
qdeqq-q-q-q- +++=
Entretanto pela regra da cadeia para a diferenciao:
ydt
dx)xy(
dt
d
dt
dyx -=
Desta forma podemos reescrever a equao 2.8-7,
]eiL)ie)LL[(j
]ei[dtd
L)ie(dtd
)LL(ierve
)(jabcrmabce
jmle
)(jabcrmabce
jmleabce
jeabce
j
r
r
q-q-q-
q-q-q-q-q-
++w+
+++=
Utilizando-se das equaes 2.8-5 e 2.8-6, pode-se determinar:
]idt
dLi)LL[(ji
dt
dLi
dt
d)LL(irV qdrmqdemle
qdrmqdemleqdeeqde ++w++++=
De forma similar, pode-se determinar as equaes do circuito rotrico em
coordenadas do plano rotativo:
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25
]idt
dLi)LL)[((ji
dt
dLi
dt
d)LL(irv qdem
qdrm
lrrqdem
qdrm
lr
qdr
r
qdr ++w-w++++=
+-+-++-=-= )jII(dtd
L)jII(dtd
)LL()jII(rjVVV drqrmdqmlsdqsdqqd
)]jII(L)jII(L)jII(L[j drqrmdqmdqls -+-+-w+
+-++-++-=dt
dIjL
dt
dIL
dt
dI)LL(j
dt
dI)LL(IjrIrV drm
qrm
dmls
qmlsdsqsqd
drmqrmdmqmdlsqls ILILjILILjILILj w+w+w+w+w+w+
d
q
qsdrmdmls
q
qs
drmdmdls
qr
m
q
mlsqs
dt
dIr]ILI)LL[(
dt
dIr
ILILILdt
dIL
dt
dI)LL(Ir:alReParte
wl+l
+=++w+l
+=
=w+w+w++++
qd
dsddqd
ds
qrmqmqlsdr
md
mlsds
dt
dIrVjVj
dt
djIjr
]ILILIL[jdt
dIjL
dt
dI)LL(jIjr:aginriaImParte
wl-l
+=-=wl+l
--=
=++w+-+--
Logo,
drqe
qesqedt
dIrV wl+
l+=
qrqe
desdedt
dIrV wl-
l+=
2.4.3 . O conjugado no MI:
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26
O conjugado pode ser expresso a partir das potncias de estator e rotor:
WceiceVbei
beVaeiaeVin
P ++=
WcricrVbribrVariarVinP ++=
Wr0
ir0
V2dr
idr
Vqr
iqr
Ve0
ie0
V2de
ide
Vqe
iqe
V23
inP
+++++w=
Usando as equaes 6 e 7, na equao acima, substituindo as tenses, obtm-se
os seguintes tipos de termos: (Ver Fitzgerald cap. 2)
=wl
=l
=
.mecnico
trabalhoemconvertida)coenergia(energiadetaxaatasenreprei
;osenrolamententreenergiadeciatransferndetaxaatasenrepredt
di
;joulicasperdastasenrepreri2
Logo, o conjugado eletromecnico desenvolvido pela mquina ser a soma dos
termos wli, divididos pela velocidade mecnica:
( ) ( )( )[ ] m.Niiii2
P
2
3T drqr
qrdr
rdeqeqede
rem l-lw-w+l-lww
=
Sabendo-se que,
qrmqelemqedrmdelemde ILI)LL(eILI)LL( ++=l++=l
qemqrlsmqr'
dsmdrlsmdr' ILI)LL(eILI)LL( ++=l++=l
rotoreestatordetotaissindutnciaassoque,LLLeLLLseFazendo rlrmelem =+=+-
( ) ( ) ( ) deqrmqeeqedrmdeedeqeqede IILILIILILII +-+=l-l ( )deqrqedrmdeqrmdeqeeqedrmqedee IIIILIILIILIILIIL -=--+
dredr'
demqreqr'
qem ILILeILIL:Como -l=-l=
( )( )qrdr'drqr'qrdr'drqr'
qrdreqrdr'
drqredrqr'
deqrqedrm
IIII
IILIIILIIIIIL
l-l-=l-l=
+l--l=-
Logo,
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27
( ) ( )qrdr'drqr'deqeqede IIII l-l-=l-l Ento:
( ) ( )( )[ ]drqr'qrdr'rdeqeqeder
IIIIP
2
3T l-lw-w+l-lw
w=
( ) ( )( )[ ]drqr'qrdr'rdrqr'qrdr'r
IIIIP
2
3 l-lw-w+l-lw-w
=
( )( )[ ]rdrqr'qrdr'r
IIP
2
3 w-w+w-l-lw-w
=
( )drqr'qrdr' IIP2
3 l-l-=
( )qrdr'drqr' IIP2
3 l-l=
Com a orientao de campo:
qrdrr
qs
r
mqrqrrqsmqr
IP
;IL
LI0ILIL:Como
lw-=
-==+=l
( ) ).orientadocampo(0IdosenIIL
LIILI
L
LILILP
ILIL
drqede
r
2
mdrqemrqe
r
mdemdrrr
demdrrdr
=
+w=+w=
+=l
;IIL
LP qede
r
2
mrw= ;IL
LP:ou qedr
r
mr lw=
Para determinao do conjugado: .IIL
LPT qede
r
2
m
r
=w
=
Relembrando a equao 2.3.6 da seo 2.3.2, pode-se verificar que o conjugado
funo do produto entre as variveis de fluxo (Id) e armadura (Iq), como num motor de
corrente contnua.
2.5. Circuito equivalente modificado no plano dq Sncrono
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28
O objetivo desta seo apresentar uma forma mais simples, porm aproximada,
do modelo da MI em regime permanente, como verificado na seo 2.3.2, onde o
circuito equivalente foi modificado tendo como referncia a taxa de transformao
baseada no nmero de espiras do estator e rotor.
Esta modificao no modelo, permite uma interpretao mais fcil e slida, pois,
permite uma visualizao das componentes de fluxo e carga(armadura), assim como
visto pelo modelo das impedncias na disciplina Mquinas Eltricas II.
Figura 2.7. Diagrama vetorial de seqncia positiva em um referencial sncrono.
Pela figura 2.8 pode-se deduzir que, para este referencial:
( ) 0IIL qrqemqm =+=l (no existe, neste referencial, fluxo em q) qrqe II -= 2.4.1
A corrente de magnetizao, neste referencial, a soma vetorial das corrente rotrica
e estatrica de eixo d.
mdrde III =+ 2.4.2
As componentes do vetor fluxo concatenado estatrico so:
( ) ( )remrs IILj +w-w-
rI
eImI
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29
qemeqrmqeeqe I)LL(ILIL -=+=l
2.4.3
)II(LI)LL(ILIL drdemdemedrmdeede ++-=+=l 2.4.4
Fig. 2.8. Diagrama fasorial para seqncia positiva, plano referencial sncrono,
referenciado ao fluxo de entreferro ( lm acoplado ao eixo d).
E, a partir dessas equaes, o vetor fluxo concatenado estatrico pode ser ser
reescrito como:
mmemee IjLI)LL( -+=l 2.4.5
Similarmente, o fluxo rotrico ser:
mmrmrr IjLI)LL( --=l 2.4.6
As equaes em estado estacionrio so definidas a seguir:
eSeee jIrV lw-= 2.4.7
rSrr jI
S
r0 lw+= 2.4.8
Usando as equaes 2.4.5 e 2.4.6, as equaes das tenses tornar-se-o:
)jI(LjI)]LL(jr[V mmSemeSee -w+-w+= 2.4.9
rmrSr
mmS I)LL(jS
r)jI(Lj0
-w++-w= 2.4.10
ie
lem
lrm=Lmir llr=Llr i
lm
ir
Er
Ea q
d
lr i
im
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30
As equaes anteriores mostram claramente que descrevem um circuito de
seqncia positiva. Porm, se considerarmos o plano dq deslocado, de tal forma que
que o eixo d coincida (oriente-se) com o fluxo rotrico lm (princpio da orientao
de campo), como ilustrado pela figura 2.9, ter-se-:
0Idr = 2.4.11
0ILIL qrrqemqr =+=l 2.4.12
Fig. 2.9. Diagrama fasorial para seqncia positiva, plano referencial sncrono,
referenciado ao fluxo total rotrico ( lr acoplado ao eixo d).
Ou seja, no haver, neste referencial, componente do fluxo rotrico no eixo q, e,
as componentes de fluxo estatrico sero:
qeeqe
r
2m
eqrmqeeqe ILIL
LLILIL =
-=+=l 2.4.13
der
2m
der
2m
edrmdeede IL
LI
L
LLILIL +
-=+=l 2.4.14
O que resulta no vetor fluxo estatrico:
)jI(IL deeee -+=l
r
2m
LL
2.4.15
O vetor fluxo rotrico ser simplesmente,
ie
lem
lrm=Lmir llr=Llr ir
lm
ir
Er
Ea
q
d
lr i
im
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31
)jI(Lj demdrr -=l-=l 2.4.16
E as tenses sero representadas pelas seguintes equaes:
)jI(L
LjI)Ljr(V de
r
2m
SeeSee -w+w+= 2.4.17
)jI(LjIS
r0 demSqr
r -w+= 2.4.18
Multiplicando-se a equao da tenso rotrica por Lm/Lr e usando a equao 2.4.12
para eliminar o termo Iqr, resulta que:
)jI(L
LjI
S
r
L
L0 de
r
2m
Sqer
2
r
m -
w+
-= 2.4.19
As equaes 2.4.17 e 2.4.19 descrevem o circuito equivalente mostrado na figura
2.10, usando o fator de transformao Lm/Lr.
Fig. 2.10 Diagrama fasorial para seqncia positiva, plano referencial sncrono,
referenciado ao fluxo de entreferro ( lm acoplado ao eixo d).
O circuito resultante coloca todas as disperses no lado do estator, e chamado
muitas vezes de circuito baseado no fluxo rotrico, pois evidencia toda a corrente de
magnetizao que produz o fluxo rotrico lr.
3. CONTROLE DE VELOCIDADE
re
s
r
L
L r2r
2m Ve
Ie
r
2m
e L
Ljw
qsI
rr
m EL
L
esLjw
dsjI-
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32
3.1. Ajuste da Tenso Aplicada
Uma justificativa simples que explica a estreita faixa de controle de velocidade
abaixo da velocidade nominal do motor, , em alguns casos, a necessidade da reduo
da tenso aplicada abaixo de seu valor nominal. A faixa deste controle de velocidade
dependente no s das curvas de torque / velocidade que variam de acordo com a
tenso aplicada, mas tambm da curva torque / velocidade de carga. Desde que o
torque (conjugado) desenvolvido proporcional ao quadrado da tenso e a corrente
rotrica proporcional tenso aplicada. Se a carga trmica afetada principalmente
pela corrente do rotor, o conjugado para um dado nvel de carga trmica reduzir com
a queda da tenso aplicada. Neste caso, a operao em baixa velocidade sem
sobreaqueciemento ser possvel somente se o conjugado de carga cair com a
velocidade. Alm disso, desde que eem PsP )1( -= , a eficincia decrescer com o
aumento do escorregamento.
Figura 3.1. Conjugado em funo da tenso estatrica e velocidade
3.2. Ajuste da Resistncia Rotrica (Rotor Bobinado)
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33
Nas mquinas de rotor bobinado, resistncias externas podem ser introduzidas
para limitar a corrente de partida. A figura 3.2 mostra que a curva torque / velocidade
pode ser ajustada atravs da variao da resistncia rotrica. Neste mtodo, ao
contrrio da variao da tenso aplicada, pode-se obter operao com torque
constante elevado para corrente nominal.
3.3. Ajuste da Tenso e Frequncia Estatricas
Com o inversor de frequncia, a amplitude, a frequncia e a fase da tenso aplicada
ao motor podem ser variadas eletronicamente. Se o inversor pode conduzir fluxo de
potncia bidimensional, o motor poder operar nos quatro quadrantes. Porem-se o
inversor permite o fluxo de corrente em apenas um sentido, a operao ser limitada a
um ou dois quadrantes.
Quando a frequncia de excitao, we, zero , o valor do escorregamento, s, dado
por srs www /)( - , torna-se indefinido. Isto pode ser um problema com a forma
convencional das equaes de regime permanente dada por:
Figura 3.2. Conjugado como funo da resistncia
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34
( )rsmsrlrsrr IILjILjs
rV ++
+= ww ''' (3.1)
Para operao com frequncia varivel que inclui excitao em CC, a equao 3.2
, tambm de regime permanente, mais usual:
( ) ( )rsmeslrsrs IILjILjrV '+++= ww (3.2)
( )[ ] ( ) ( )rsmrerrsrr IILjIjrV +-+-+= wwww ' (3.3)
A expresso correspondente ao valor mdio, para o conjugado desenvolvido por
uma mquina de P plos :
( ) rrrmsnrmsn
rrem rI
PrIT ''.
23''3 2
2
wwww -=
-= N.m. (3.4)
3.4. Operao com Fluxo de Entreferro Constante
A curva de conjugado / velocidade de uma mquina de induo que opera com
fluxo mtuo constante, tem caractersticas que no se altera com as variaes de
frequncia de excitao.
s
Mrsmm
EIIL
wl =+= ' (3.5)
ento, mantendo o fluxo mtuo constante equivalente manter a taxa Em/ws constante
b
alnomiMsM
EE
ww ln= (3.6)
onde Em nominal o valor de Em frequncia base nominal. O mximo valor continuo
de Em no deveria ser maior que seu valor frequncia nominal se a excessiva
saturao do ncleo deve ser evitada.
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35
lrb
sr
rs
b
Mr
XjR
EI
'''
ww
www +-
-= (3.7)
( )22
2min
22
22
''
''
'
lrrs
rb
alnoM
lrb
s
rs
rb
Mr
Xr
E
Xr
EI
+
-
=
+
-
=
www
ww
www
(3.8)
substituindo o quadrado da corrente rotrica na equao 3.4, com a equao 3.8, a
expresso para o conjugado desenvolvido com fluxo constante torna-se:
( )r
lrrs
rb
alnoM
rmsnem r
XR
EPT '
'')(2
3
2
2
2min
+
-
-=
wwwww
(3.9)
examinado a equao anterior, para o conjugado desenvolvido, com o fluxo constante,
verifica-se que o valor de velocidade de deslizamento, ws-wr, para qualquer valor de ws.
graficamente isto equivalente transformao vertical da curva velocidade /
conjugado para condies nominais, ao longo do eixo das velocidades, medida que a
Figura 3.3. Conjugado x Velocidade com fluxo constante e freqncias de 60,
45, 30, 15, 0 e 15 Hz.
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36
frequncia varia. Isto indica que obter-se- o mesmo valor de conjugado mesma
velocidade de escorregamento ws-wr.
Com Em mantido constante, a mxima potncia para uma dada potncia de
excitao, ser desenvolvida no entreferro quando:
lrb
s
mxs
rb Xr
''
ww
www
=-
(3.10)
e a mxima velocidade e escorregamento ser:
r
lr
bmxs r
X'
'www =- (3.11)
Os valores positivos do segundo membro da equao 3.11, indica escorregamento
na motorizao, e, negativo para regenerao. O valor mximo conjugado
desenvolvido, obtido pela substituio da equao 3.11 em 3.9 :
lr
alnoM
b
mxem
X
EPT
'43 2 minw
= (3.12)
o valor mximo de conjugado independente da frequncia ws, que o mesmo obtido
velocidade nominal wb.
Pode-se verificar ainda que a partir da equao 3.9, que o conjugado pode ser
controlado pelo ajuste do fluxo estatrico, velocidade de escorregamento ou ambos,
atravs do controle da amplitude e frequncia da tenso aplicada ao motor. Com o
inversor controlado a tenso, a velocidade de escorregamento normalmente mantida
dentro do mximo valor de deslizamento elevado, e a corrente de estator e perdas
baixas.
Dentro dos valores nominais de tenso do inversor, a amplitude da tenso do
estator pode ser ajustada para manter o fluxo estatrico constante. Entretanto,
mantendo fluxo estatrico e velocidade de escorregamento constante resultar em
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37
altos valores de escorregamento e altas perdas rotricas nas baixas frequncias de
operao.
O fluxo de excitao do rotor pode ser considerado como o fluxo estatrico vezes
o deslizamento. Ento na regio grfica de torque constante, mantm-se o fluxo um
nvel capaz de prover mximo conjugado. Aps a velocidade base, na faixa de potncia
constante, a velocidade de escorregamento mantida constante, pela possibilidade de
o deslizamento crescer com a velocidade at o mximo valor. Com o valor nominal de
s, normalmente metade do valor de Smax, o valor mximo da faixa de potncia
constante em trono de duas vezes o valor da velocidade base.
3.5. Operao Tenso / Frequncia Constante
Embora a regulao fluxo constante de entreferro ser possvel com o uso de
realimentao direta do fluxo medido na prtica, o uso da tenso terminal medida
prefervel, pois a medio do fluxo com sensores de efeito Hall ou atravs de bobinas,
mesmo havendo filtros, pode trazer problemas, seja de rudos, seja para sua
substituio quando necessrio. O controle indireto da tenso de entreferro atravs da
tenso terminal bem mais simples.
Entretanto, como mostrado na figura 3.4 a curva torque / velocidade do mesmo
motor operando com controle V/F constante no a mesma da figura 3.3, obtida com
fluxo constante, para todas as condies de operao.
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38
Para frequncias de excitao no nulas, a distoro que se verifica que se verifica
na figura 3.4, pode ser atribuda mudana do fluxo mtuo causado pela queda de
tenso sobre a impedncia estatrica, lsbss Xjr )/( ww+ , especialmente nas baixas
frequncias, onde a queda de tenso na resistncia rs torna-se dominante.
Figura 3.4. Curvas Conjugado x Velocidade com V/f constante e freqncias de
60, 45, 30, 15, 0 e 15 Hz.
Figura 3.5. Curvas V/f constante para trs caractersticas de carga: Corrente
nominal em motorizao(linha cheia), sem carga (linha pontilhada) e regenerao.
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39
A figura 3.5 mostra as curvas V/F para o mesmo motor da figura 3.3, para 3
valores de corrente estatrica. Cada curva obtida mantendo-se a amplitude da
corrente estatrica e do fluxo constante em seus respectivos valores nominais, com
frequncia varivel. As curvas indicam que a amplitude da tenso requerida ser
funo da frequncia e da carga. Em geral, o valor da tenso necessria para a
motorizao maior que a necessria para condio sem carga, que por sua vez
maior que a situao de regenerao (gerador). Em motorizao, a queda de tenso na
impedncia reduz a tenso de entreferro, mas na regenerao, o fluxo de potncia,
assim como a queda estatrica invertem. Com exceo para a curva ws=0, o impacto da
queda na impedncia para baixas frequncias pode ser compensada pela adio de uma
pequena tenso boost para caractersticas V/F constante.
A figura 3.5b mostra as curvas de torque / velocidade obtidas com as
caractersticas V/F apresentadas a baixos valores de conjugados mximos. Examinado
as correntes, pode-se explicar tal fato. Neste caso as correntes estatricas e rotricas,
especialmente prximo ao conjugado mximo so menos que aquelas apresentadas
pela figura 3.3.
A figura 3.6a mostra as curvas V/F para o mesmo motor. Quando o fluxo
mantido no valor nominal e a corrente rotrica que resulta o mesmo valor mximo
conjugado dado pela equao 3.12. As curvas de torque / velocidade utilizando tenso
de alimentao segundo a figura 3.6 so apresentadas na figura 3.6b. Neste caso,
comparando com a figura 3.3, este tipo de controle mais favorvel, com exceo
para ws=0. A curva ws=0 no tem somente um maior valor de torque mximo, mas
tambm uma caracterstica de variao (aps o conjugado mximo) muito mais
acentuada. Com ws=0, a tenso de magnetizao, Em, e sempre zero e a corrente
estatrica ser determinada pela tenso aplicada e pela resistncia do enrolamento.
Quando a tenso terminal fixa, a corrente estatrica permanece inalterada para
qualquer velocidade de deslizamento. Consequentemente, as bruscas variaes da
curva conjugado / velocidade da figura 3.6b funo da corrente constante e no do
fluxo constante.
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40
O elevado valor do conjugado mximo (Pull Out Torque) para ws=0 pode ser
reduzido, reduzindo-se a tenso aplicada. A figura 3.7a mostra as tenses modificadas
para caractersticas V/F para que o conjugado mximo para ws=0, seja o mesmo que
das outras frequncias de excitao.
O caso de excitao em corrente continua (ws=0), ocorre no somente com
conversores de frequncia, mas tambm com acionamentos que injetam corrente
continua para obteno de conjugado de frenagem. Quando as equaes de tenso so
desenvolvidas como na equao 3.1, a soluo torna-se manipulvel numericamente
para qualquer ws, incluindo zero. Se ws zero, a equao 3.1 torna-se
( ) ( )rsmrrlrsrrsss
IILjILjrV
IRV
''''' +-+==
ww (3.13)
com somente a excitao estatrica, pois Vr zero (ws=0), o fasor corrente rotrica
dado por:
s
lrsr
mrr I
Ljr
LjI '''
ww
+=
(3.14)
onde lrmr 'LL'L +=
os valores negativos da resistncia rotrica agem como uma fonte de potncia
regenerativa atravs do estator. O conjugado de motorizao ser:
2222
2
''
23
s
rrr
rmrem I
Lr
rLPT
ww
+= N.m. (3.15)
Acionamentos Eltricos Prof.: Gensio G. Diniz
41
3.6. Acionamentos de Mquinas de Induo
A disponibilidade de eficientes chaveamentos de potncia e rpidos processadores
tem facilitado o desenvolvimento e o uso cada vez mais frequente dos acionamentos
(Drivers) para motores de induo. Num acionamento tpico de motores de induo, o
conversor de potncia usa para converter a energia da fonte de alimentao na forma
necessria para operao do motor.
As caractersticas de sada podem ser controladas de forma que a tenso e/ou
frequncia estejam em nveis compatveis para o motor. Estas caractersticas podem
associar ondas de harmnicos inerentes ao uso dos inversores.
Os tipos de inversores podem ser diferenciados em suas categorias relativas ao
barramento CC: inversores VSI a fonte para a etapa de inverso o LINK DC
(barramento de CC), constitudo por um retificador e um banco de capacitor. Para os
inversores CSI, a fonte para a etapa de inverso so retificadores controlados com um
banco de inversores no barramento CC. Atualmente os acionamentos de baixa
potncia, so constitudos de inversores VSI com tenso moduladas em largura de
Figura 3.6. V/F constante e corrente rotrica para produzir conjugado mximo.
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42
pulso (PWM), que permitem que a tenso e frequncia sejam controlados
eletronicamente.
A funo do modulador PWM transferir as ondas de modulao de amplitude e
frequncia variveis em trem de pulsos chaveados pelo inversor. Nos moduladores
PWM clssicos, as intersees entre a onda senoidal de modulao e a onda triangular
determinam os pontos de comutao para a gerao do trem de pulsos. A figura 3.7
mostra as formas de onda da tenso de sada de um inversor trifsico. Nos inversores
PWM senoidais, a taxa de modulao definida como quociente da amplitude da onda
de modulao e da amplitude da onda triangular. A amplitude da componente
fundamental de sada do PWM proporcional ao ndice de modulao, quando a taxa
de modulao menor que a unidade. Com a taxa de modulao unitria, a amplitude
da componente fundamental cerca de 79% de uma onda quadrada de mesma
amplitude. Com a taxa de modulao aproxima-se de uma unidade a largura de pulsos
torna-se to estreita que no haver tempo suficiente para que os chaveadores se
desliguem e retornem a sua capacidade de bloqueio em tenso reversa.
3.6.1. Estratgia de Operao
Figura 3.7. Curvas Conjugado x Velocidade com V/f constante e freqncias de
60, 45, 30, 15, 0 e 15 Hz, na motorizao(linha cheia) e regenerao.
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A figura 9 mostra as estratgias de operao mais comumente usadas para a
motorizao possibilitando uma larga faixa de velocidade. Pode-se identificar trs
modos distintos:
Modo 1: mantm-se a velocidade constante e regula-se a corrente estatrica para
obter torque constante.
Modo 2 : mantm-se tenso estatrica em seu valor nominal e regula a corrente
estatrica para obter a potncia constante.
Modo 3 : mantm-se a tenso estatrica constante regula-se a velocidade de
deslizamento logo abaixo do valor de conjugado mximo.
No modo 1, a taxa da amplitude da tenso de sada para frequncia ajustado de
forma a se obter fluxo aproximadamente constante. O mximo valor de conjugado
disponvel na regio de torque constante usualmente definido pela limitao da
corrente do inversor para valores abaixo daqueles correspondentes ao conjugado
mximo. A transio do modo 1 para o modo 2 acontece quando o valor da tenso
mxima alcanado. No modo 2 o motor opera com a mxima tenso e sua forma de
onda e quase quadrada. Como a frequncia continua a crescer neste modo a maquina
operar com fluxo de entreferro reduzido. Neste modo o deslizamento aumenta para
manter a corrente estatrica no seu limite. A transio do modo 2 para o modo 3
ocorre quando o deslizamento aproxima-se de seu limite (mximo conjugado). Ento,
o deslizamento se manter neste valor e o limite mximo de velocidade pode ser
determinado por algumas consideraes como baixo conjugado mximo, excessivas
perdas no ncleo e no enrolamento, perdas mecnicas, etc.
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Em muitas aplicaes velocidade varivel onde pequenas variaes na velocidade
do motor com carga tolervel um simples sistema de malha aberta usando controle
V/F com compensao em baixas frequncias como a figura 3.9 pode ser satisfatrio.
Pode-se verificar duas formas simples desta compensao. Outras formas de
compensao dependentes da carga podem ser utilizadas.
Figura 3.8. Modos de operao em ampla faixa de velocidade
Figura 3.9. Controle V/F com compensao (booster) de tenso em baixas
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Como se pode verificar, a referencia de velocidade de deslizamento adicionada
velocidade rotrica para produzir a frequncia desejada. Referncia da velocidade de
escorregamento pode ser negativa, neste caso a mquina ira regenerar; entretanto, este
valor deve ser limitador com certa margem de segurana abaixo da velocidade de
escorregamento para a qual acontece o conjugado critico (torque mximo). Desde que
a velocidade de escorregamento seja normalmente menor em relao velocidade
rotrica. Operaes com velocidade de escorregamento negativas causam
regenerao (frenagem), e consequentemente fluxo de potncia para o barramento
DC. A potncia regenerativa deve ser dissipada nos resistores de frenagem ou retornar
a rede prevenido excessivos crescimentos na tenso DC devido sobrecarregamento
dos capacitores do link DC. A estratgia de controle pelo deslizamento largamente
usada porque o fator de potncia de entrada e o conjugado devido a corrente estatrica
podem ser elevados, resultado em melhor utilizao da corrente disponibilizada pelo
inversor. Quando o fluxo de entreferro e a velocidade de escorregamento so
mantidos constantes, o conjugado desenvolvido ser o mesmo, mas a eficincia no
ser to boa como a obtida para fluxo e deslizamento constantes. Quando o
deslizamento mantido constante, a velocidade de deslizamento variar linearmente
com a frequncia de excitao e a suavidade da curva torque / velocidade no lado da
velocidade sncrona cara com a frequncia, as figura 3.10 e 3.11 mostram o controle
de velocidade em malha fechada com a regulao V/F e escorregamento.
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Figura 3.10. Controle de velocidade em malha fechada com V/F e regulao de
deslizamento.
Figura 3.11. Controle V/F com compensao (booster) de tenso em baixas
frequncias em inversor SIEMENS.
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3.7. CONTROLE VETORIAL DO MOTOR DE INDUO
As mquinas de corrente contnua so a bastante tempo conhecidas pela sua
facilidade de controle. Isso deve-se ao fato de que o fluxo de campo e o fluxo da
armadura, devido a ao dos comutadores, estarem sempre perpendiculares um do
outro, esta ortogonalidade permite um controle independente dos mesmos.
Na mquina c.c. o valor do fluxo de campo mantido constante (at a velocidade
base), e, atravs do controle da corrente de armadura, proporciona indiretamente, o
controle do conjugado. Desta forma obtm-se respostas rpidas de velocidade, pois o
conjugado pode ser alterado rapidamente.
O controle vetorial ou controle com campo orientado tem como objetivo a
obteno de um controle desacoplado entre o fluxo e o conjugado eletromagntico na
mquina de corrente alternada, de forma a tornarem anlogas as mquinas de corrente
contnua, melhorando assim, suas caractersticas dinmicas, quando comparada com a
resposta dos acionamentos convencionais.
No motor de induo, o ngulo espacial d varia com a carga, o que compromete
a resposta dinmica. d pode ser controlado desde que a corrente do estator seja
decomposta em componentes de fluxo e de conjugado. Atravs da orientao de
campo garante-se um ngulo espacial de 90 eltricos entre estas componentes,
obtendo assim um controle independente das mesmas.
3.1. Princpio da Orientao do Campo
O princpio da orientao de campo se originou no oeste da Alemanha, em um
trabalho de Hasse e Blaschke, na Universidade de Darmstadt e Brauunschweig, em um
laboratrio da Siemens. Vrios mtodos de implementao tm sido desenvolvidos,
mas estas tcnicas podem ser classificadas em dois grupos: Controle Direto e
Controle Indireto. A classificao baseada no mtodo usado para determinar o vetor
de fluxo rotrico.
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O controle de Orientao de Campo Indireto foi proposto por Hasse, e requer uma
alta resoluo de sensores de posio do rotor, como encoder ou resolver, para
determinar a posio do fluxo rotrico.
O controle por Orientao Direta de Campo, originalmente sugerido por
Blaschke, determina a magnitude e a posio do vetor de fluxo do rotor, por meio de
medio de fluxo direto ou por uma estimao baseada em condies terminais. O
desenvolvimento do mtodo de controle direto da Universidade de Brauchweig tem
sido descrito pelo professor Leonhard . O controle campo-orientado tem sido
caracterizado por uma complicada aproximao de processadores de sinais
sofisticados e transformao em coordenadas complexas, pois no passado a
implementao era feita usando controles eletrnicos analgicos. De qualquer forma,
o controle digital com microprocessador esta tornando isso irrelevante e permitindo
espetaculares avanos.
3.2 - Orientao de Campo Referencial Sncrono qd
A orientao de Campo consiste em colocar o eixo d em fase com fluxo rotrico lr.
Determinao da posio do fluxo rotrico em relao corrente rotrica:
lr = lr + llr
ie
lem
lrm=Lmir llr=Llr ir lm
ir
Er
Ea
q
d
lr
ir
im
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lr = Lm(ie + ir) + Llrir
Onde: llr = Fluxo de disperso rotrico;
Llr = Indutncia de disperso rotrica.
Baseado na equao de tenso no rotor:
Vr = rrir + slr = 0; s = jw
slr = -rrir ==> lr = -(rrir)/jw e, multiplicando numerador e denominador por j:
lr = j (rrir)/ w Logo, lr est avanado em relao ir de 90.
Relembrando, o conjugado pode ser expresso, com o campo orientado, como:
qr
drem iPT l-= 2
3 (1)
Determinao da velocidade de escorregamento:
Determinando qri :
)2(0
).(0:)(
dr
dr
dr
qr
dr
dr
dr
dr
qrr
dr
irdt
d
sncronorefeVOndeirdt
dV
+l=
=l+l+lw-w-=
)3(L
iLi
LLLOndeiLiLComo
r
dem
drd
r
lrmrdrr
dem
dr
-l=
+=+=l
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50
qrlrm
qem
dr iLLiL )( ++=l
No referencial sncrono (campo orientado) 0=lqr
qrr
qem iLiL +=0
r
qemq
r L
iLi
-= (5)
substituindo (5) em (1)
qe
dr
r
mem iL
LPT l=
23
Definio da velocidade de escorregamento :
0' =+=l qrrqem
dr iLiL
''lrmr LLL +=
lr
qemq
r L
iLi
-= (1)
Da equao drrqr
qrr
qr dt
dirV lw-w+l+= )(
0=qrV
)4(totalrotricoFluxoi1s
L
:LaplacedesoperadorpormembrososambosndoMultiplica)iL(L
r
dt
d0
)2(em)3(equaoadoSubstituin
de
mdr
dem
dr
r
drd
r
+t
=l
-l+l=
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0=lqrdtd
, ento:
dr
qr
qr
r
ir
l-
=w-w (2)
substituindo (1) em (2) :
drr
qemq
er
mdr
rslipr
iLi
L
Lr
lt=
l=w=w-w
'
'
Velocidade de escorregamento
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Figura 3.11. Aplicaes prticas: Malha de regulao de velocidade com controle
vetorial em inversor SIEMENS.
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3.7. Simulao
3.12. Modelo para simulao em Matlab/Simulink de um acionamento Vetorial com MI com Orientao de Campo
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ABC
qd
1+ts
Lm
p23 s
1
m
r
L
t
r
m
L
L-
s1
cm jj +1
qei
dei
qri
qrl emT
slipw
rw
rw
w q
q
cT
+-
+
+
w
Ai
Ci
Bi
b
ab a b a
qdSncronosEixos
orientadoCampo
Modelo do Motor de Induo na anlise vetorial
MI
L LINK
L LINK
+
+
Av
Bv
cv
Ai
Bi
Ci
Inversor de Frequncia