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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINADISCIPLINA: PROGRAMAO ECONMICA E FINANCEIRA EPS 5211SEM 2004.2
COMENTRIOS INICIAIS
No estudo da evoluo do pensamento contbil, percebe-se que o
desenvolvimento da Contabilidade esteve sempre associada ao desenvolvimento das
relaes comerciais de cada poca. Pode-se observar em diversos relatos histricos a
influncia direta da evoluo cultural e econmica do homem, adaptando-se s novas
situaes para atingir seus objetivos.
Na medida em que as transaes comerciais tornaram-se mais complexas,
devido a fatores como a sofisticao dos processos produtivos, a integrao e ampliao
dos mercados, tornaram-se igualmente complexas as tcnicas administrativas, exigindo,
consequentemente, sistemas de informaes mais avanados e eficazes.
Hoje, a contabilidade continua ganhando cada vez mais espao, os usurios
desta cincia esto procura de controles eficazes, relatrios condizentes com a
realidade da economia mundial, informaes que demonstrem a responsabilidade social
da empresa e dados que venham a combater a concorrncia. Assim, o maior diferencial
do contabilista saber transformar os dados contbeis em informaes e estas em aes
que ajudem maximizar os resultados da organizao.
Neste contexto, a contabilidade responsvel pela gerao de informaes
necessrias ao gerenciamento do negcio, difcil encontrar um nico setor, empresaou organizao de qualquer espcie, que no tenha passado a fazer uso intenso das
informaes, se tornando dependente do conhecimento e da tecnologia da informao
aliada s informaes contbeis como instrumento para melhor gesto dos
empreendimentos.
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1 CONCEITOS DE CONTABILIDADE
A contabilidade uma cincia que estuda e controla o patrimnio das entidades,
mediante o registro, a demonstrao expositiva e a interpretao dos fatos ocorridos,
com o fim de oferecer informaes sobre a sua composio e suas variaes, bem como
sobre o resultado econmico da gesto da riqueza patrimonial.
Durante todo o processo evolutivo da contabilidade os autores conceituaram a
contabilidade de acordo com a utilidade que esta lhes tinha na ocasio.
Para Hermann Jr., a contabilidade a cincia contbil que estuda os fatos que
produzem variaes patrimoniais, classificando-os de modo a fornecer elementos de
orientao ao governo, da riqueza.
Segundo Hilrio Franco a cincia que estuda e controla as variaes no patrimnio das entidades econmico-administrativas, atravs de um conjunto
sistematizado de preceitos e normas prprias.
J Fayol, define a contabilidade como sendo (..) o rgo visual das empresas.
Deve permitir que se saiba a todo instante onde estamos e onde vamos. Deve fornecer
sobre a situao econmica da empresa ensinamentos exatos, claros e preciosos. Uma
boa contabilidade, simples e clara, fornecendo uma idia exata das condies da
empresa, um poderoso meio de deciso.
2 OBJETO E OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
Antes de iniciar qualquer trabalho ou empreendimento, importante deixar claro
quais os objetivos que se pretende atingir com tal iniciativa.
O objetivo da Contabilidade a gerao de informaes para que os diversos
usurios possam tomar conhecimento da situao da organizao em dado momento,
para fins de tomada de decises.
Desta forma o objeto da Contabilidade, ento, o patrimnio. Onde o
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Entidades
Capital Pessoas Produtos Mercado
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patrimnio formado pelo conjunto de bens, direitos e obrigaes vinculados entidade
econmico-administrativa, e este constitui o objeto indispensvel para que esta realize
seus objetivos. Em torno do patrimnio a Contabilidade desenvolve suas funes como
um meio de atingir suas finalidades, que a de informar e orientar a administrao
sobre o estado desse patrimnio e suas variaes.
Para a contabilidade conhecer a situao do patrimnio de uma empresa em um
determinado momento, bem como suas variaes e os efeitos da ao administrativa
sobre a riqueza patrimonial, esta registra, interpreta e analisa os fenmenos que ocorrem
no patrimnio das pessoas fsicas e jurdicas, objetivando demonstrar a seus usurios,
por meio de relatrios prprios, informaes sobre o comportamento dos negcios,
buscando fornecer aos administradores, dados precisos para a tomada de decises.
Aparentemente esse processo muito simples, a contabilidade obtm os dados
atravs de documentos (notas fiscais, requisies, mapas de custos etc), sintetiza-os e
apresenta aos usurios em forma de relatrios.
Processo: dados processamento informao
eventos contabilizao relatrios
No entanto, existem dois pontos fundamentais a serem considerados, que complicamo processo de gerao de informaes:
quem so os usurios da informao contbil?
como gerar informaes para esses usurios?
3 USURIOS DA CONTABILIDADE
Os usurios da contabilidade tanto podem ser internos como externos, ambos
possuem interesses diversificados, razo pela qual as informaes contbeis devem seramplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliao da situao patrimonial
da entidade e das mutaes sofridas por este patrimnio, permitindo a realizao de
inferncias sobre o seu futuro.
Nos usurios internos incluem-se os administradores, gerentes, encarregados,
diretores, chefes de departamento, enfim, os administradores de todos os nveis.
Os usurios externos podem ser considerados os bancos, fornecedores,
sindicatos, acionistas, governo, etc. evidente que cada tipo de usurio necessita de informaes diferenciadas,
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neste sentido, entre os principais usurios das informaes contbeis podemos citar:
INFORMAES DIFERENCIADAS
De maneira geral, os usurios da informao contbil esto preocupados com a
compacidade de gerao de caixa e rentabilidade da empresa, isto significa que as
informaes contbeis somente sero importantes, se servirem como instrumentos de predies futuras. Assim, o processo decisrio acaba sendo influenciado pelas
informaes contbeis disponveis, o que requer do contador sensibilidade para entender
que seria injusto oferecer as mesmas informaes padronizadas para os usurios
externos e internos. O papel do contabilista suprir, com informaes, todos os usurios
na medida de suas necessidades, sem buscar privilgios e benefcios de qualquer um em
particular.
4 - CAMPO DE APLICAO
A Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para todas as empresas) ou
em particular (aplicada em certo ramo de atividade ou setor da economia).
Esta cincia tem como campo de aplicao as entidades econmico-
administrativas, constitudas para um objetivo econmico ou social, que se utilizando
bens patrimoniais necessitam de um rgo administrativo que pratique atos de natureza
econmica. Exemplos:
Pessoa fsica;
Usurios Informao contbil mais importanteBancos e Financiadores em geral Capacidade de pagamento da empresa;
(ao emprestar dinheiro sua preocupao
maior que a empresa possua capacidade
de gerar fluxo e caixa futuro para saldar a
dvida).Entidades Governamentais O lucro tributvel;
Produtividade;
Valor adicionado;
Acionistas ou cotistas minoritrios Retorno sobre o capital investido.Empregados Fluxo de caixa capaz de assegurar a
empresa condies de uma boa
remunerao.Administrao Rentabilidade e Capacidade de Pagamento.
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de um determinado perodo, recebe o nome de DEMONSTRAO DO
RESULTADO DO EXERCCIO (DRE).
Alm do Balano Patrimonial e da Demonstrao do Resultado do Exerccio, a
Lei 6.404/76 instituiu outras demonstraes que tambm devem ser publicadas pela
maioria das grandes empresas. So as seguintes:
Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados: Evidenciao clara do
lucro do perodo, sua distribuio e a movimentao ocorrida no saldo da conta lucros e
perdas.
Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido: Fornece a
movimentao ocorrida durante o exerccio nas diversas contas componentes do
Patrimnio Lquido.
Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos: Tem por objetivo
apresentar de forma ordenada e sumariada, principalmente as informaes relativas s
operaes de financiamentos e investimentos da empresa durante o exerccio, bem como
evidenciar as alteraes na posio financeira da empresa.
Notas Explicativas: So informaes complementares s demonstraes
contbeis, representando parte integrante das mesmas. Podem ser apresentadas sob a
forma descritiva, em forma de quadros complementares, ou at mesmo em forma de
outras demonstraes contbeis julgadas necessrias para o esclarecimento das
demonstraes anteriores.
C) AUDITORIA: Consiste no exame aleatrio dos documentos, livros e registros,
obedecendo as normas especiais de procedimentos, com o objetivo de verificar se as
demonstraes contbeis representam adequadamente a posio econmica e
financeira do patrimnio e os resultados do perodo administrativo, de acordo com
os princpios de contabilidade e legislao em vigor.
D) ANLISE DE BALANOS: a tcnica especializada que permite decompor,
comparar e interpretar as demonstraes contbeis, oferecendo aos interessados na
situao econmica e financeira da entidade, dados analticos e interpretao sobre
os componentes do patrimnio, bem como sobre os resultados da atividade
econmica desenvolvida.
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6 - O PATRIMNIO
O Patrimnio pode ser conceituado como uma grandeza constituda por bens,
direitos e obrigaes de uma pessoa ou entidade. Pode ser considerado simplesmente
como um conjunto de bens econmicos, ou um conjunto de bens com um fim
especfico.
um complexo de valores pertencentes a algum, pessoa fsica ou jurdica, que
o explora ou o utiliza com um fim determinado. O patrimnio se forma pela acumulao
de bens e se apresenta conforme o objetivo especfico da entidade (industrial, comercial,
agrcola, financeira ou de prestao de servios), adquirindo caractersticas diferentes de
grandeza e complexidade.
BENS: tudo que a empresa possui, seja para uso, troca ou consumo. Podem
ser:
Materiais so os bens corpreos mveis, imveis, veculos etc;
Imateriais so os bens incorpreos - Gastos com a Organizao, Marcas e
Patentes, Investimentos em Pesquisas etc.
DIREITOS: so os valores que uma empresa tem a receber.
OBRIGAES: so os valores que a empresa tem a pagar.
Assim, o patrimnio de uma organizao composto por uma parte positiva,
denominada de ATIVO, que engloba os bens e os direitos; e uma parte negativa
denominada de PASSIVO, que contempla todas as obrigaes da organizao para com
terceiros. O excesso de ATIVO sobre o PASSIVO, representa o capital, tambm
chamado de PATRIMNIO LIQUIDO, parcela que aparece no Passivo para completar
a igualdade entre o total do Ativo e do Passivo.
A contabilidade estuda os componente patrimoniais em seus aspectos
qualitativos e quantitativos.
No aspecto qualitativo, eles so classificados de acordo com a natureza de cada
um dos bens, direitos e obrigaes que formam esse patrimnio, e so representados por
contas, como: Caixa, Bancos, Mercadorias, Contas a Receber, Veculos, Ordenados e
Salrios a Pagar etc.
J o aspecto quantitativo, est relacionado aos valores monetrios que cada um
dos bens, direitos e obrigaes representam.
A composio do patrimnio varia de acordo com o objetivo, natureza e afinalidade de cada entidade. Desta forma, no podemos estabelecer uma classificao
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uniforme para todos os tipos de entidades, mas podemos criar grupos gerais de contas,
comuns a todos os tipos de entidades.
REPRESENTAO GRFICA DE UM PATRIMNIO
ATIVO PASSIVO
BENS + DIREITOS OBRIGAES
- Dinheiro - Emprstimos- Duplicatas a Receber - Financiamentos
- Contas a Receber - Fornecedores
- Valores recuperar - Contas a Pagar
- Aplicaes Financeiras - Impostos a Pagar
- Estoques
- Investimentos (aes) PATRIMNIO LQUIDO
- Prdios - Capital Social
- Terrenos - Reservas
- Veculos
- Mquinas
A parte positiva desse complexo representado pelos bens e direitos da entidade(ATIVO). A parte negativa pelas obrigaes (PASSIVO). A diferena entre o que a
entidade possui e o que deve, que genericamente pode ser chamada desituao lquida,
representa o PATRIMNIO LQUIDO. O Patrimnio Lquido, aparece no Passivo para
completar a igualdade entre o total do Ativo e do Passivo, o que denominamos equao
patrimonial.
ATIVO = BENS + DIREITOS (parte positiva)
PASSIVO = OBRIGAES (parte negativa)PATRIMNIO LQUIDO = BENS + DIREITOS OBRIGAES
A) Ativo:
So todos os bens e direitos de propriedade da empresa, expressos em moeda, e
que representam benefcios presentes e futuros a empresa, isto , que tenham
potencialidade de gerao de caixa.
Para ser considerado Ativo, necessrio preencher quatro caractersticas
simultaneamente:
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- Bens ou Direitos: Bens so todos os materiais mveis e imveis, com os quais
a empresa executa suas atividades. Direitos so os valores que a empresa poder
dispor em prazo imediato ou futuro. Ex.: Duplicatas receber, marcas e
patentes.
- Propriedade: o legitimo poder de decidir sobre o destino do objeto em
questo. Nem sempre para ser o proprietrio preciso ter a posse. Ex.
mercadorias adquiridas que ainda se encontram em poder da transportadora;
mquinas encaminhadas para outras empresas.
- Mensurveis em dinheiro: os bens devem ter a possibilidade de serem
avaliados em dinheiro. Ex. um carro usado, que no tenha mais capacidade de
gerar fluxo de caixa e nem tenha mais valor comercial, no mensurvel.
- Benefcios Presentes e Futuros: Os bens ou direitos devem trazer benefcios no
presente ou no futuro. Ex. mquinas em perfeito estado de uso, duplicatas a
receber com perspectivas de recebimento.
B) Passivo:
composto pelas obrigaes (passivos, exigibilidades), as quais formam os
elementos negativos da empresa. So os recursos de terceiros, ou seja recursos
provenientes de outras fontes que contribuem para o desenvolvimento das atividades da
empresa, como por exemplo os financiamentos e emprstimos bancrios, ou mesmo, os
originados de compras prazo e contas pagar.
A existncia do passivo pode ser justificada por:
- Necessidade de Capital de Giro: Na insuficincia de recursos prprios, a
empresa recorre a terceiros, na forma de emprstimos, etc.
- Oportunidade de Negcio: Oportunidades oferecidas pelos fornecedores que
incorporam taxas de juros inferiores receita obtidas na aplicao do capital em
outra oportunidade.C) Patrimnio Liquido:
Esse grupo corresponde a diferena entre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo
(obrigaes), e ser colocado no lado do passivo para assegurar a igualdade ente os dois
lados. De forma geral, todas as vezes que incorrer uma movimentao desigual de
valores entre o Ativo e o Passivo, o Patrimnio Lquido sofrer uma variao. Assim, o
Patrimnio Lquido o resultado final de todo esforo da entidade em alocar os seus
ativos e passivos da forma mais eficiente possvel.
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As fontes de recursos ou origens de recursos do Patrimnio Lquido so os
investimentos realizados pelos scios, os lucros, doaes.
A representao grfica que demonstra o Patrimnio (bens, direitos e
obrigaes) denominado de BALANO PATRIMONIAL, que assim composto:
BALANO PATRIMONIAL
ATIVO
Bens e Direitos
PASSIVO
Capital de Terceiros
PATRIMNIO LQUIDO
Capital Prprio
6.1 - ORIGENS E APLICAES DE RECURSOS
No lado do Passivo, temos os Capitais de Terceiros representado pelas
obrigaes e os Capitais Prprios - representados pelo Patrimnio Liquido. O Passivo
representa todas as origens ou fontes de Recursos toda a origem do capital. Nenhumrecurso entra na empresa se no for via Passivo ou Patrimnio Liquido.
No lado do Ativo temos caracterizado as Aplicaes de Recursos originadas
no Passivo e Patrimnio Liquido. Assim fica muito fcil de entender porque o Ativo
ser sempre igual ao Passivo + Patrimnio Liquido.
ATIVO = PASSIVO + PATRIMNIO LQUIDO
ORIGEM = APLICAO
ATIVO APLICAES PASSIVO E PL ORIGENS Bens + Direitos Passivo Capitais de Terceiros
Patrimnio Liquido Capitais
Prprios
Genericamente, a diferena entre o Ativo e o Passivo, pode ser chamada desituao lquida, podendo o patrimnio representar trs situaes lquidas:
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Situao Patrimonial Positiva: ATIVO > PASSIVO teremos o PL > 0
Revela que a empresa possui bens e direitos maiores que as obrigaes.
Portanto a empresa possui riqueza prpria.
ATIVO PASSIVOCaixa 100
Bancos 100
Fornecedores 50
Situao Liquida Positiva 150TOTAL 200 TOTAL 200
Situao Patrimonial Negativa: PASSIVO > ATIVO teremos PL < 0
Revela que a empresa encontra-se em m situao, apresentando o Passivo a
descoberto, isto , mais obrigaes do que bens e direitos.
ATIVO PASSIVOCaixa 100
Bancos 100
Fornecedores
250
Situao Liquida Negativa (50)
TOTAL 200 TOTAL 200
Situao Patrimonial Nula ou Equilibrada: ATIVO = PASSIVO teremos o PL = 0
Revela que a empresa no possui riqueza prpria. Todo o seu ativo est
comprometido com as dvidas.
ATIVO PASSIVOCaixa 100
Bancos 100
Fornecedores
200
Situao Liquida NulaTOTAL 200 TOTAL 200
6.2 - AGRUPAMENTO DO ATIVO E DO PASSIVO
O Ativo pode ser classificado em trs grandes grupos de contas, os quais so
apresentados em ordem decrescente de grau de liquidez.
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ATIVO CIRCULANTE: No Ativo Circulante temos todas contas de liquidez
imediata, ou que se convertem em dinheiro em curto prazo.Ex. Contas a Receber,
Estoques, Investimentos Temporrios.
ATIVO REALIZVEL A LONGO PRAZO: Neste grupo temos todos os direitos da
empresa, realizveis aps o trmino do exerccio seguinte ao encerramento do
Balano. Ex. Emprstimos concedidos a diretores, acionistas, coligadas ou
controladas.
ATIVO PERMANENTE:No Ativo permanente temos os itens que representam menor
grau de liquidez que no podem ser vendidos, pois esses itens so usados na operao
normal da empresa. Ex. Investimentos em outras empresas, Imobilizado, Diferido (mais
de um exerccio)
O Passivo agrupar contas de acordo com o seu vencimento, isto , aquelas contas
que sero liquidadas mais rapidamente integraro o primeiro grupo. Aquelas
que sero pagas num prazo mais longo formaro um outro grupo. Assim,
pode-se concluir que as contas do passivo so agrupadas por ordem de
exigibilidade.
PASSIVO CIRCULANTE: No Passivo Circulante esto todas as obrigaes a curto
prazo da empresa, isto , aquelas cujos vencimentos ocorrero at o final do exerccio
social seguinte ao do encerramento do balano. Ex. Contas a pagar, Fornecedores,
Emprstimos Bancrios, Impostos a Recolher, Salrios a Pagar etc.
PASSIVO EXIGVEL A LONGO PRAZO No Passivo Exigvel a Longo Prazo
classificam todas as obrigaes da empresa cujo vencimento ocorre aps o
trmino do exerccio seguinte ao encerramento do Balano. Ex. Emprstimos
a longo prazo.
RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS:Neste grupo relacionam-se as receitasrecebidas pela empresa e que devem ser reconhecidas nos resultados, pelo regime de
competncia, em exerccios futuros. Ex. vendas de terrenos, imobilizado no recebidos,
aluguel recebido antecipadamente.
PATRIMNIO LIQUIDO: Representa a identidade contbil, medida pela diferena
entre o Ativo e o Passivo Exigvel. Indica o volume de recursos prprios da empresa,
pertencentes a seus acionistas ou scios. Ex. Capital Social, Reservas de Capital,
Reservas de Lucros, Lucros ou Prejuzos Acumulados .
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VISO SINTTICA DO BALANO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante
So as contas que esto constantemente emgiro em movimento sendo que a converso
em dinheiro ser no mximo, no prximo
exerccio social.
Circulante
So obrigaes exigveis que sero liquidadasno prximo exerccio social: nos prximos 360
dias aps o levantamento do Balano.
Realizvel a Longo Prazo
So os bens e Direitos que se transformaro em
dinheiro um ano aps o levantamento do
Balano.
Exigvel a Longo Prazo
So as obrigaes exigveis que sero
liquidadas com prazo superior a um ano
dvidas a longo prazo.Permanente
So Bens e Direitos que no se destinam a
venda, e no caso do bens que tm vida til.
- Investimentos
So as inverses financeiras de carter
permanente que geram rendimentos que
so necessrios manuteno da atividade
fundamental da empresa.
- Imobilizado
So os itens de natureza permanente que
sero utilizados para a manuteno da
atividade bsica da empresa.
- Diferido
So aplicaes que beneficiaro resultados
de exerccios futuros.
Patrimnio Liquido
So os recursos dos proprietrios aplicados na
empresa. Os recursos significam o Capital mais
o seu rendimento - Lucros e Reservas.
7 - ESCRITURAO CONTBIL
o ato de registrar nos livros da empresa as movimentaes ocorridas em seu
patrimnio. A escriturao pode ser definida como um conjunto de lanamentos das
operaes da empresa em ordem cronolgica.
Quando a Contabilidade organizada, os procedimentos se tornam rotineiros e
podem at ser realizados por auxiliares, ficando o contador disponvel para solucionar
os casos de maior complexidade.
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Todas as empresas esto obrigadas a manter uma srie de livros de escriturao.
Os livros so classificados como obrigatrios e facultativos.
Obrigatrios pela legislao comercial: Livro Dirio e Livro Razo.
Obrigatrios para as S/A: Livro de Registro das aes nominativas, Livro de
transferncia de aes nominativas, Livro das atas das assemblias gerais e Livro de
presena dos acionistas.
Livros Facultativos: Caixa, Controle de Estoque, Controle de Duplicatas.
Livros Fiscais mais importantes: Livro de Apurao do Lucro Real, Livro de
Apurao do IPI, Livro de entrada de mercadorias, Livro de sada de mercadorias, Livro
de apurao do ICMS, Livro de inventrio, Livro de Registro de empregados.
7.1 MTODOS DAS PARTIDAS DOBRADAS
uma forma de se registrar os fatos contbeis, difundido na Itlia por volta do
sculo XIV e exposto por Frei Luca Pacioli. universalmente aceito e adotado de 1494.
A essncia do mtodo pelas partidas dobradas que no registro de qualquer operao ou
fato, haver sempre para cada dbito um crdito correspondente, de forma que a soma
dos valores debitados sejam sempre igual soma dos valores creditados.
ATIVO = PASSIVO
SALDO DEVEDOR = SALDO CREDOR
NO H DBITO (S) SEM CRDITO (S) E CORRESPONDENTE (S).
7.2 - LANAMENTOS
o registro de um fato contbil atravs do mtodo das partidas dobradas. feito
em ordem cronolgica e deve possuir: data da ocorrncia do fato, conta a ser debitada,conta a ser creditada, histrico e valor.
8 CONTAS
Para simplificar e agilizar o servio de escriturao e elaborao das
demonstraes contbeis, todos os fatos da mesma natureza que representam a
movimentao de um mesmo elemento patrimonial so registrados em um controle
(livro, ficha, arquivo do computador) sob uma mesma denominao.
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A conta registra os dbitos e crditos da mesma natureza, identificados por um
titulo que qualifica um componente do patrimnio ou uma variao patrimonial. Ex.
Caixa, bancos, Moveis e Utenslios, Fornecedores, Ttulos a Pagar etc.
As contas apresentam caractersticas qualitativa e quantitativa . A caracterstica
qualitativa deve-se a necessidade das operaes da entidade serem identificadas,
intituladas, isto , necessitam de uma denominao especfica. Ex. Caixa, Bancos
(denominao). J os valores atribudos s contas garantem a caracterstica de
quantitativa (valorao. Ex. 20000 - 5.000,00 etc).
As contas podem ser classificadas em Integrais ou Patrimoniais e Diferenciais ou
de Resultado.
As contas Integrais ou Patrimoniais so aquelas representativas de todos os
valores que formam o patrimnio (bens, direitos, obrigaes e situao liquida) Ex.
Caixa, Bancos conta Movimento, Capital Social. As contas Diferenciais ou de
Resultado so as contas oriundas das operaes da entidade em determinado tempo e
que sero utilizadas na confrontao para apurao do resultado do perodo, so,
portanto, representativas das variaes aumentativas ou diminutivas da situao liquida
do patrimnio (receitas e despesas) Ex. Vendas a vista, Despesas Administrativas etc.
As contas de despesas so sempre debitadas e acarretam a diminuio na
situao liquida positiva do patrimnio. J as receitas so sempre creditadas e acarretam
o aumento da situao liquida positiva do patrimnio.
9 - RAZO
Antigamente as contas eram registradas em um livro denominado Livro Razo.
Atualmente este livro foi substitudo por fichas soltas, nos sistemas mecanizados ou
pela memria do computador, nos sistemas computadorizados de contabilidade. Cada
ficha destina-se aos registros dos fatos referentes a uma s conta. Nesta ficha registrado a data em que ocorreu o fato, histrico descritivo do fato e o valor
movimentado, bem como o saldo atualizado da conta.
Para simplificao de ilustraes, explicaes e resolues de exerccios,
utilizaremos uma representao grfica de conta bastante simples, que denominaremos
de razonete T ou simplesmente razonete. Para todas os razonetes em T colocaremos o
nome da conta sobre o trao superior do T. No lado esquerdo sero lanados os valores
que estaro debitando a conta, e do lado direito os valores que estaro creditando aconta. Vejamos um exemplo:
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Nome da Conta
Dbito Crdito
9.1 CONTAS DO ATIVO
Os elementos que compe o ATIVO (bens e direitos), por conveno, figuram
do lado esquerdo do balano patrimonial. Em coerncia, as contas do ativo devem
apresentar saldo no lado esquerdo, isto , saldos devedores. Em conseqncia, sempre
que quisermos registrar um aumento no saldo da conta do ativo faremos um dbito nesta
conta.
Nome da Conta
do Ativo
Dbito Crdito
(aumenta) (diminui)
9.2 CONTAS DO PASSIVO
As contas do passivo sempre aparecem no lado direito do balano, por isso
acontece com estas contas o inverso das contas do ativo. Devem apresentar saldos
credores. Aumentos e diminuies no saldo devem ser registrados da seguinte forma:
Nome da Conta
do Passivo
Dbito Crdito
(diminui) (aumenta)
As contas do Patrimnio Lquido tem funcionamento semelhante s contas do
Passivo. Como no existem obrigaes positivas, todas as contas do Passivo e do
Patrimnio Lquido tero saldo credor (negativo).
10 - PLANO DE CONTAS
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A contabilizao das transaes de uma empresa feita pelo departamento,
seo ou setor de contabilidade. As transaes das empresas nem sempre so da mesma
natureza, variando o tipo de conta utilizada para o registro das operaes. Por exemplo,
uma empresa que somente presta servios nunca ter uma conta de venda de
mercadorias, mais sim uma conta de venda (ou receita) de servios. Da mesma
maneira, a nomenclatura das contas varia de acordo com a preferncia do responsvel
pela contabilidade. Enquanto um contador prefere chamar venda de servios, outro
pode preferir usar uma conta receita de servios, que na realidade so a mesma conta
com nomenclaturas diferentes. Assim, para assegurar a uniformidade na utilizao de
contas para o registro das transaes, as empresas se utilizam de umplano de contas.
Um plano de contas representa a organizao das contas usadas pela empresa
para o registro das transaes, com o objetivo de assegurar a uniformidade na sua
utilizao.
11 ESTRUTURAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS
Toda empresa possui um objetivo operacional, ou seja, uma atividade principal.
As empresas industriais objetivam a transformao das matrias-primas em produtos
acabados, as empresas comerciais objetivam a comercializao de mercadorias no
processo de revenda e as Empresas prestadoras de servios objetivam o fornecimento de
servios especializados aos diversos usurios.
Para que os usurios da informao contbil possam conhecer cada empresa, os
mesmos se utilizam as Demonstraes Contbeis, que representa o principal meio
informativo da situao patrimonial e dos resultados obtidos.
O objetivo da contabilidade prestar informaes aos usurios, portanto faz-se
necessrio que alm da aplicao dos princpios fundamentais da contabilidade
necessrio cuidados especiais quanto a forma, o contedo e o nvel de detalhes das
demonstraes contbeis. Para que os mesmos sejam considerados relevantes,
confiveis, comparveis, e teis no auxlio na tomada de decises.
Normalmente as informaes geradas para os usurios externos so
padronizadas e atendem aos requisitos da Lei n 6.404/76.
De acordo com esta Lei as demonstraes contbeis so:
Balano Patrimonial - B.P.;
Demonstrao de Resultado do Exerccio - D.R.E.;
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Demonstrao de Origem e Aplicao de Recursos - D.O.A.R.;
Demonstrao da Mutao do Patrimnio Lquido - D.M.P.L.
Mas preciso que o profissional de contabilidade saiba dentre as diversasconcepes de elaborao e apresentao dos relatrios contbeis. aquele que melhor se
adapta aos usurios, levando em considerao as necessidades de cada usurio.
Para atendermos o contedo programtico da disciplina iremos estudar
somente o Balano Patrimonial e Demonstrao de Resultado do Exerccio.
A Demonstrao do Resultado do Exerccio uma demonstrao da dinmica
patrimonial. Na dinmica patrimonial, estuda-se as variaes da situao lquida, que
podem ser provocadas pelas operaes com os scios, como tambm, pelas operaes
da empresa. O objetivo demonstrar como os fatos ocorridos em determinado perodo
de tempo provocaram tais alteraes.
Alm da Demonstrao do Resultado do Exerccio, as demonstraes que
representam a dinmica patrimonial so:
Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados;
Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido; e
Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos.
11.1 BALANO PATRIMONIAL
O balano Patrimonial uma demonstrao esttica, pois apresenta a situao
da empresa em um dado momento. Portanto, o B.P. a demonstrao utilizada para
refletir a posio financeira e patrimonial da empresa em dado momento.
a demonstrao de maior utilizao pelas empresas e tem por finalidade
demonstrar a posio dos bens e direitos (ativo), as obrigaes com terceiros (passivo) e
as obrigaes com os scios (patrimnio lquido) evidenciando a situao lquida.
O B.P. caracteriza-se como importante instrumento para anlise da estrutura de
capital e da capacidade de pagamento.
Conforme o artigo 178 da Lei n 6.404/76, as contas sero classificadas segundo
os elementos do patrimnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a anlise da situao financeira da empresa, pois no Balano
Patrimonial est representada as Fontes de onde provieram os Recursos utilizados para a
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empresa operar (Passivo e Patrimnio Lquido) e os Bens e Direitos (Ativo) em que
esses recursos se acham investidos.
No Ativo da empresa, as contas devem ser classificadas em ordem decrescente
de grau de liquidez, ou seja, inicialmente so apresentados os bens e direitos que mais
rapidamente se convertam em dinheiro e no Passivo, as contas devem ser classificadas
em ordem decrescente de prioridade de pagamento das obrigaes.
BALANO PATRIMONIAL
EM / /ATIVO PASSIVO
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Ativo Circulante
Disponibilidades
Caixa
Bancos c/ Movimento
Crditos
Duplicatas a Receber
Outros Crditos
Antecipaes a Recuperar
Investimentos Temporrios
Aplicaes Financeiras
Estoques
Mercadorias
Despesas do Exerccio Seguinte
Prmios de Seguro a Apropriar
Ativo Realizvel a Longo Prazo
Emprstimos Concedidos
Ativo Permanente
Investimentos
Aes
Imobilizado
Terrenos
Diferido
Despesas Pr-operacionais
Passivo Circulante
Obrigaes Operacionais
Fornecedores
Obrigaes Financeiras
Emprstimos
Obrigaes Trabalhistas
Obrigaes sociais e fiscais
Outras Obrigaes
Obrigaes Provisionadas
Passivo Exigvel a Longo Prazo
Financiamentos
Resultado de Exerccios Futuros
Receitas Diferida
PATRIMNIO LQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Reserva de Reavaliao
Reserva de Lucros
Lucros ou Prejuzos Acumulados
11.1.1 - Agrupamento do Ativo
11.1.1.1 - Ativo Circulante
De forma geral, a Lei 6.404/76 define as caractersticas dos elementos que
devem compor o ativo Circulante, so elas:
Valores disponveis para utilizao imediata ou conversveis em moeda corrente
a qualquer tempo; normalmente so reunidos sob o ttulo de Disponibilidades.
Direitos conversveis em valores disponveis durante o curso do exerccio
seguinte quele do balano ou realizveis durante o ciclo operacional da
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empresa se esse exceder a um ano; correspondem a Direitos realizveis a Curto
Prazo.
Valores relativos a despesas j pagas que beneficiaro o exerccio seguinte
quele da data do balano; so denominados Aplicaes de Recursos em
Despesas.
Disponibilidades
Representa o dinheiro em mos da empresa, os depsitos bancrios a vista e as
aplicaes de imediata conversibilidade em dinheiro. Diversas contas integram as
disponibilidades. s vezes aparecem englobadas sob o ttulo Disponvel ou
Disponibilidades, enquanto outras vezes aparecem subdivididas em vrias contas.
Enquadram-se tambm como disponibilidades as chamadas Aplicaes de
Liquidez Imediata que so investimentos feitos pela empresa a curtssimo prazo - uma
quinzena, uma semana ou um dia-; em virtude de existncia de um mercado altamente
dinmico, podem ser consideradas com dinheiro em mos.
Clientes (Crditos)
Compreende os valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela
empresa. Eventualmente, no caso de empresas prestadoras de servios, podem ser
inclusos os servios j prestados e ainda no faturados.
As duplicatas descontadas indicam desconto antecipado das duplicatas a receber
em estabelecimentos bancrios. O banco compra vista as duplicatas, descontando no
ato as despesas bancrias e os juros a que tem direito pelo perodo que transcorrer
entre a data do desconto e a data do vencimento das duplicatas. Do ponto de vista de
direitos sobre o ttulo, indubitvel que aps a negociao, passa a pertencer ao banco
e, assim, no mais ao ativo da empresa. Por essa razo nos balanos publicados,Duplicatas Descontadas aparecem como conta subtrativa de Duplicatas a Receber (s
no aparece o saldo lquido de Duplicatas a Receber porque, sendo a empresa
descontante do ttulo e avalista do mesmo, poder ter de arcar com a sua liquidao se o
cliente no pagar). Entretanto, do ponto de vista de investimentos e financiamentos, a
interpretao outra. A empresa, atravs de suas vendas com prazo de pagamento
concedido ao cliente, gera um investimento para o qual no dispe de recursos.
Recorre, ento, ao banco que lhe fornece esses recursos sob a modalidade denegociao de duplicatas, ou seja, o banco entrega certa quantia empresa calculada
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sobre o valor bruto da duplicata menos juros, comisses etc. e torna-se dono da
duplicata. Acontece que o investimento da empresa decorrente das vendas a prazo de
carter contnuo, pois, quando recebe de uma empresa, j est financiando outro cliente.
Assim, requer financiamento constante para cobrir esse investimento. No tendo capital
prprio, recorre a capital de terceiros; no caso, desconto de duplicatas. Portanto, para
efeito de Anlise de Balanos, as duplicatas descontadas devem figurar no Passivo
Circulante, pois o Passivo representa financiamentos de terceiros obtidos pela empresa.
A empresa passa a depender dos bancos para poder efetuar o investimento em
duplicatas a receber. Se amanh os bancos no quiserem mais descontar duplicatas da
empresa, seja qual for o motivo, ela ser obrigada a deixar de investir em duplicatas a
receber (vendendo somente vista se for possvel) ou obter outra fonte de
financiamento.
Estoques
Os estoques compreendem produtos e materiais de propriedade da empresa.
Compem os estoques as seguintes contas:
Produtos Acabados: representa os produtos cujo processo de fabricao foi
concludo e j se encontram em condies de venda.
Mercadorias para Revenda: compreende as mercadorias adquiridas para
comercializao.
Produtos em Elaborao: representa o valor do inventrio de produtos que se
acham em processo de fabricao na data de levantamento do balano;
compreende todos os custos aplicados nesses produtos.
Materiais: compreende todo tipo de material existente na empresa, tanto aquele
que se incorpora ao produto como aquele auxiliar da produo, administrao e
entregas;
Mercadorias em Trnsito: compreende os bens comprados pela empresa que
na data do balano se acham em transporte, a caminho da empresa.
Aplicaes Financeiras
Freqentemente, por excesso de recursos monetrios, por obter boas taxas
remuneratrias, por obrigaes contratuais ou por falta de opes de negcios, as
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empresas efetuam aplicaes financeiras por prazos que variam desde um dia at alguns
anos, embora raramente ultrapasse um ano. As aplicaes de curtssimo prazo devem
ser englobadas s disponibilidades; entretanto, as de maior prazo devem constituir um
item parte do Ativo Circulante (ou Realizvel a Longo Prazo, se for o caso).
Outras Contas do Ativo Circulante
Existem uma infinidade de direitos, normal e individualmente de pequena
monta, que podem surgir no Ativo Circulante de uma empresa, como decorrncia de
inumerveis operaes possveis, como adiantamentos a fornecedores, verbas de
propaganda a recuperar, valores a receber por vendas no operacionais, venda de
imveis, maquinismo, despesas antecipadas de seguros, assinaturas, aluguis etc.
O analista deve observar a relevncia de cada uma dessas contas
individualmente e decidir se vale a pena consider-las como um item isolado ou, ento,
agrup-las em outras contas.
Na prtica, geralmente, as demais contas do Ativo Circulante, alm das
Disponibilidades, Duplicatas a Receber e Estoques, costumam ser agrupadas para efeito
de anlise. A no ser em casos especiais, nenhum item com menos de 5% do Ativo
Circulante precisa ser destacado. Acima de 10% convm refletir sobre a necessidade ou
no de destac-lo. Com mais de 20% certamente dever ser destacado. Essa no ,
contudo, uma regra fixa; apenas uma sugesto geral que precisa ser analisada em cada
caso.
As chamadas Outras Contas do Ativo Circulante podem ser assim apresentadas:
Diversas Contas a Receber: representativas de direitos a receber da sociedade
provenientes de emprstimos a outras empresas, incentivos fiscais, vendas no
relacionadas s operaes da empresa, tais como venda de imveis,
maquinismos, investimentos ou outros bens.
Adiantamentos: englobam o numerrio entregue pela sociedade a funcionrios
ou terceiros: neste caso, visa aquisio de matrias-primas, produtos, servios.
Contas Correntes: so direitos a receber da sociedade, provenientes de
emprstimos de numerrio a acionistas, scios, diretores, coligadas e controladas
ou a terceiros, cuja recuperao ocorre com a devoluo do dinheiro emprestado.
Importao em Andamento: compreende os desembolsos por conta de
produtos ou matrias em processo de importao.
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Impostos a Recuperar: referem-se aos valores a recuperar do ICMS e IPI,
decorrentes de isenes fiscais ou da atividade de compra e venda da empresa.
Pela prpria sistemtica fiscal desses impostos, mensalmente os dbitos pelas
vendas so compensados pelos crditos das compras, remanescendo um saldo a
recolher ou a recuperar, de acordo com o volume de compras e vendas.
Cheques em Cobrana: compreende os cheques devolvidos por insuficincia
de fundos, bem como aqueles no disponveis imediatamente por se referirem a
praas distantes.
Despesas Antecipadas: representam aplicaes de recursos as sociedades em
despesas que sero futuramente apropriadas, como aluguis, seguros, comisses,
assinaturas etc. Caso apaream Despesas Financeiras a Vencer sobre
emprstimos com instituies financeiras, devem-se adotar os seguintes
procedimentos:
- A parcela das despesas financeiras a vencer classificada no Ativo Circulante
deve ser deduzida dos dbitos com instituies financeiras classificadas no
Passivo Circulante e a parcela de despesas financeiras classificadas no
Realizvel a Longo Prazo deve ser deduzida dos dbitos com instituies
financeiras classificados no Exigvel a Longo Prazo.
- Se as despesas financeiras a vencer estiverem totalmente no Ativo
Circulante devero ser deduzidas das dvidas com instituies financeiras,
proporcionalmente, a curto e a longo prazo. As despesas financeiras a vencer
podem figurar no balanos das empresas com as seguintes denominaes:
- Juros a Vencer;
- Encargos Financeiros a Vencer;
Outros Crditos: este item destina-se a agrupar as contas do Ativo Circulante,
cujos valores so irrelevantes, comparativamente s outras evidenciadas.
11.1.1.2 - Ativo Realizvel a Longo Prazo
O Realizvel a Longo Prazo compreende teoricamente as mesmas contas do
Ativo Circulante (com exceo das Disponibilidades) cujo prazo de realizao seja
superior a um ano ou ao ciclo operacional se este for superior a um ano.
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Uma empresa tem, normalmente, em conseqncia de suas operaes, dos tipos
de investimentos. Um necessrio para atingir a produo, vendas e administrao
representado pelo Imobilizado; outro decorrente exatamente de suas atividades
comerciais, representado pelo Ativo Circulante.
Em vista disso, contas do Realizvel a Longo Prazo surgem em carter
excepcional.
Em algumas empresas, o ciclo operacional - prazo decorrido entre a compra e o
recebimento da quantia faturada na venda - pode ser superior a um ano. Nesses casos,
contas cujo prazo de realizao ultrapasse a um ano deveriam ser abrangidas pelo Ativo
Circulante, pois conforme prev a Lei das S. A. , Ativo Circulante compreende os
valores realizveis no curso do exerccio seguinte ou no prazo do ciclo operacional
quando este for superior a um ano.
Pode ocorrer que o ciclo operacional normal da empresa seja inferior a um ano,
mas que existam certos itens de estoque ou de recebimentos que ultrapassem a um ano.
Estes iro, pois, para o Realizvel a Longo Prazo, na hora da padronizao. A no ser
nesses casos, o Realizvel a Longo Prazo fica realmente apenas com as excees.
Vejam-se os componentes do Realizvel a Longo Prazo.
Duplicatas a Receber (Ttulos a Receber).
Estoques.
Aplicaes Financeiras.
Depsitos Compulsrios.
Impostos a Recuperar.
Reflorestamento.
Outros Crditos.
As contas correntes com empresas ligadas a acionistas e diretores, provenientes
de crditos no decorrentes de transaes comerciais, devem figurar no Realizvel a
Longo Prazo, mesmo que se preveja recebimento com prazo inferior a 360 dias, porque,
sendo crditos junto a pessoas ligadas, nada garante que a empresa credora faa esforo
para receb-los como faria se fosse contra terceiros.
Por isso a Lei das S. A ., numa autntica posio de quem analisa balanos,
determinou que fossem os referidos crditos lanados no realizvel a Longo Prazo.
Se alguma crtica pode ser feita a essa determinao pelos auditores, para os
analistas de balanos perfeita.
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11.1.1.3 - Ativo Permanente
No Ativo permanente temos os itens que representam menor grau de liquidez
que no podem ser vendidos, pois esses itens so usados na operao normal daempresa. So Bens e Direitos que no se destinam a venda, e no caso do bens que tm vida
til. Ex. Investimentos (So as inverses financeiras de carter permanente que geram
rendimentos que so necessrios manuteno da atividade fundamental da empresa.),
Imobilizado (So os itens de natureza permanente que sero utilizados para a manuteno
da atividade bsica da empresa), Diferido (So aplicaes que beneficiaro mais de um
exerccio e no devem, portanto, ser apropriadas ao exerccio em que foram gastas).
Investimentos
A Lei das S. A . estabelece que devem ser classificadas em Investimentos as
participaes permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza que
no se destinem manuteno da atividade da empresa e no se classifiquem no Ativo
Circulante ou Realizvel a Longo Prazo.
Participaes Permanentes em Outras Sociedades: este item engloba as
participaes de capital em outras empresas na forma de aes ou de quotas com
caractersticas de investimentos permanentes. As aplicaes de capital em outras
empresas, normalmente, so de natureza voluntria e representam uma extenso ou
diversificao da atividade econmica da prpria empresa. Acima de 10% de
participao (sem deter o controle de capital), a outra empresa ser uma coligada da
investidora. Se houver o controle - definido como preponderncia nas deliberaes
sociais e poder de eleger a maioria dos administradores -, a outra empresa ser
controlada.
Outros Investimentos Permanentes: so representados por diversos tipos de
investimentos, sempre desvinculados da atividade principal da empresa. Exemplos:
Obras de Arte.
Imveis no destinados ao uso.
Bens locados a terceiros.
Imobilizado
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O imobilizado compreende os bens e direitos destinados manuteno da
atividade da empresa.
As principais contas componentes do imobilizado so:
Terrenos
Construes.
Instalaes.
Mquinas e Equipamentos.
Mveis e Utenslios.
Veculos.
Marcas e Patentes.
Benfeitorias em Imveis de Terceiros. Obras em andamento.
Adiantamento para Imobilizao.
O custo dos bens levados para o Imobilizado compreende todos os gastos
necessrios para ter os bens em funcionamento na empresa. Por exemplo, o custo de
uma prensa ser, alm daquele constante da nota fiscal, o custo de transporte e
instalao no local, at o seu funcionamento. No se integram nesses custos, porm, os
custos financeiros. Veja-se a seguir o que compreende cada um dos mencionados itens do
imobilizado.
Terrenos - esta rubrica compreende os investimentos efetuados pela
empresa na aquisio de terrenos, incluindo os gastos legais com escritura,
registros e cisa. Apenas os terrenos utilizados nas operaes da empresa devem
estar aqui compreendidos. Os terrenos relativos a construes em andamento
devem estar classificados em Obras em Andamento, enquanto eventuaisterrenos adquiridos para especulao, para aluguel ou expanso remota devem
ser classificados em investimentos.
Construes: Incluem-se aqui todos os custos incorridos pela empresa
na construo de edifcios utilizados nas operaes da empresa, tanto industriais
como de administrao e vendas. No caso de imveis adquiridos, esta rubrica
poder ser substituda pela intitulada Imveis ou Edificaes.
Instalaes: devem ser registrados como instalaes todos os gastosnecessrios ao funcionamento da empresa despendidos na instalao de
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divisrias, estantes, prateleiras, bem como as instalaes especiais eltricas e
hidrulicas requeridas para melhor funcionamento ou por condies especiais
das operaes da empresa. Quando os gastos de instalaes se confundirem com
o prprio equipamento instalado, devero fazer parte do custo de equipamento;
porm, quando for possvel identificar a prpria instalao em si, com vida til
autnoma, os custos integraro a rubrica instalaes.
Mquinas e Equipamentos: so aqui includos os custos havidos na
aquisio e instalao de mquinas e equipamentos, ou seja, todos os custos
alm do preo pagos a fornecedores, como impostos, transportes, preparao
para instalao etc. No caso, por exemplo, da instalao de um equipamento de
pintura, poder ser necessria uma instalao eltrica especial devido
voltagem requerida pelo equipamento de pintura. O custo dessa instalao ser
incorporado ao do equipamento. A empresa poder ter ainda efetuado
instalaes antipoluente e contra incndio, as quais constituiro um item parte
dentro da rubrica instalaes.
Mveis e Utenslios: esta conta registra todos os bens representados por
mesas e cadeiras, mquinas de escrever e calcular, arquivos, armrios etc.
Veculos: registra-se aqui o custo de aquisio de veculos de transporte
externos empresa, tanto utilizados pela administrao, como por vendas e pela
produo. Empilhadeiras, vages, carrinhos etc. utilizados internamente fazem
parte de Equipamentos.
Marcas e Patentes: so os custos da empresa na aquisio de marcas
e/ou de patente de terceiros, bem como aqueles decorrentes de desenvolvimento
interno atravs de pesquisas e que tenham sido efetivamente registrados nos
rgos competentes, a fim de que fiquem devidamente incorporados ao ativo da
empresa.
Benfeitorias em Imveis de Terceiros: as melhorias, reformas, pinturas,
construes e adaptaes efetuadas em imveis de terceiros constituiro os
custos que faro parte deste item.
Obras em Andamento: so compreendidos por este item os custos
incorridos pela empresa na construo de unidades fabris, comerciais e
administrativas, incluindo custo de construo, importao em andamento,
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adiantamentos a fornecedores e prestao de servios, bem como almoxarifado
de materiais a serem utilizados.
Diferido
Este grupo compreende gastos que no foram apropriados a Resultados e que
iro beneficiar exerccios futuros. So gastos de uma atividade que se espera venha
gerar receitas nos prximos exerccios. Existe um princpio contbil segundo o qual as
receitas devem ser confrontadas com custos ou despesas necessrios para produzi-las.
As despesas que no geraram receita ou so perdas irrecuperveis e nesse caso devem
ser apropriadas a resultado no operacional - ou produziro receita futuramente, quando
ento devero ser lanadas no Ativo Diferido. Normalmente, esse tipo de despesa (que a
rigor no despesa, mas gasto, pois ser despesa somente quando apropriada a
Resultado) ocorre na fase pr-operacional ou da empresa como um todo ou de
determinadas filiais ou ainda de projetos. Caracterizam-se ainda como Ativo Diferido os
gastos em pesquisas e desenvolvimento de produtos ou de processos.
A definio do que e quanto deve ser ativado como Diferido, bem como sua
amortizao, inteiramente arbitrria. Os principais componentes do Ativo Diferido
so:
Gastos de Implantao e Pr-Operacionais: este item agrupa todos os gastos
incorridos pela empresa, antes do incio de suas operaes, que sero apropriados a
Resultados quando do incio de suas operaes.
Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos: referem-se aos gastos
incorridos na pesquisa e no desenvolvimento de novos produtos, que sero
amortizados durante o perodo em que tais produtos desenvolvidos produzirem
resultados para a empresa.
Amortizao Acumulada (conta redutora do Permanente Diferido): tem por
finalidade registrar quanto das Despesas Diferidas j foi apropriado a Resultados.
11.1.2 - Agrupamento do Passivo
O Passivo agrupar contas de acordo com o seu vencimento, isto , aquelas
contas que sero liquidadas mais rapidamente integraro o primeiro grupo. Aquelas que
sero pagas num prazo mais longo formaro um outro grupo. Assim, pode-se concluir
que as contas do passivo so agrupadas por ordem de exigibilidade.
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usada para os recursos destinados especificamente a financiar determinados bens,
como mquinas, equipamentos, construes, que serviro de garantia para a
instituio financeira. comum neste caso os recursos serem creditados
diretamente ao fornecedor dos bens.
Outras Contas de Passivo Circulante: a regra com relao ao Passivo
Circulante semelhante do Ativo Circulante, no que se refere a outras contas:
pequenos valores podem ser agrupados, enquanto as contas mais significativas
devem ser individualizadas. Valem para o Passivo Circulante os mesmos
percentuais e observaes feitas para as Outras Contas do Ativo Circulante. As
contas mais encontradas, sob esse grupo, no Passivo Circulante so:
Adiantamentos: representam os valores recebidos pela empresa por conta de futura
entrega de bens ou servios.
Contas a Pagar: representativas das obrigaes da empresa surgidas em funo de
aquisio de utilidades e servios, como energia eltrica, gua, telefone, propaganda,
honorrios profissionais de terceiros, aluguis etc.
Dividendos Gratificaes e Participaes: referem-se s participaes nos lucros
destinados a empregados, administradores e partes beneficirias previstas no estatuto
social.
Emprstimo em Moeda Estrangeira: referem-se s obrigaes da empresa junto a
instituies financeiras do exterior, cujos recursos obtidos foram destinados ao
financiamento das imobilizaes ou do capital de giro.
Emprstimo Exterior Coligados/Matriz: conta representativa das obrigaes da
sociedade junto a coligada situada no exterior, proveniente de emprstimos de
numerrio.
Imveis a Pagar: referem-se s obrigaes da empresa, provenientes de aquisio de
bens imveis, financiados pelos prprios vendedores de tais bens. Ttulos a Pagar: so obrigaes resultantes de financiamentos obtidos junto a
pessoas fsicas ou outras empresas que no sejam instituies financeiras.
Empresas Coligadas/Controladas: representativas das obrigaes da sociedade
junto a empresas coligadas, sediadas no pas, provenientes de emprstimos de
numerrio, cujo resgate da dvida ocorre com a devoluo do dinheiro emprestado.
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Outros Dbitos: esse item destina-se a agrupar as contas do Passivo Circulante cujos
valores so irrelevantes, comparativamente com as demais evidenciadas, bem como
as contas que no precisam ser evidenciadas com ttulos especficos.
11.1.2.2 -Passivo Exigvel a Longo Prazo
O Exigvel a Longo Prazo compreende as obrigaes da empresa vencveis a
prazo superior a um ano ou superior ao ciclo operacional da empresa. Normalmente, os
crditos superiores a um ano ocorrem por contratos firmados pela empresa com
instituies financeiras, como Bancos de Investimentos ou de Desenvolvimento.
Excepcionalmente, podem surgir crditos de longo prazo decorrentes de negociaes
com fornecedores ou de parcelamentos de dvidas junto ao Governo e ao INSS.
Integram o Exigvel a Longo Prazo as seguintes contas:
Financiamentos de Instituies de Crdito (sob diversas modalidades).
Adiantamentos (idem Passivo Circulante).
Contas a Pagar.
Contas Correntes.
Empresas Coligadas/Controladas.
Imveis a Pagar. Ttulos a Pagar.
11.1.2.3 - Resultado de Exerccios Futuros
Compreende as receitas de exerccios futuros deduzidas as despesas incorridas
ou a incorrer. Essas receitas so aquelas faturadas antecipadamente, em relao ao
momento de sua efetiva realizao. Entretanto, preciso cuidado: a essas receitas no
deve corresponder eventual devoluo ou execuo de obras ou produtos, pois, nesse
caso, no se configuraria como receita, mas como adiantamento de cliente e se
enquadraria no Passivo Exigvel (Circulante ou Longo Prazo).
As principais contas desse grupo so:
Resultado Diferido de Incorporao de Imveis: compreende a receita
diferida, deduzida dos custos efetivamente incorridos, e os custos previstos a
incorrer, relativos s unidades imobilirias vendidas, pertencentes a
exerccios futuros.
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Resultado Diferido de Venda de Terrenos: refere-se a receita no
recebida deduzida dos custos efetivamente incorridos e dos custos a incorrer
relativos a terrenos vendidos, urbanizados ou no, pertencentes a exerccios
futuros.
Resultado na Venda de Imobilizado: compreende a receita a receber
proveniente da venda de imobilizado que ser baixada demonstrao do
resultado quando do seu recebimento, independente do seu ramo de atividade.
Aluguel Recebido Antecipadamente: refere-se a receita recebida
antecipadamente e ainda no realizada. Tal conta considerada resultado de
exerccios futuros somente quando houver contrato que estabelea o no-
reembolso, mesmo que o locatrio devolva antes o imvel ou bem.
11.1.2.4 - Patrimnio Lquido
O Patrimnio Lquido representa os recursos dos acionistas formados por Capital
- Dinheiro ou Bens - entregues pelos acionistas empresa ou por lucros gerados pela
empresa e retidos em diversas contas de reservas ou de lucros acumulados.
Eventualmente, podem existir entradas do tipo doaes ou subvenes recebidas de
terceiros.
interessante observar que certos procedimentos contbeis previstos na Lei das
S. A ., que so uma herana negativa da lei anterior, criam confuses e desinformaes,
principalmente entre leigos e, no raro, mesmo entre tcnicos.
As reservas de lucros, por exemplo, nada mais so do que lucros acumulados.
Reserva Legal, por exemplo, o lucro acumulado por determinao da Lei das S.A .
Reserva Estatutria o lucro acumulado por determinao dos estatutos.
A criao dessas reservas acarreta vrios tipos de problemas. O primeiro decorre
do uso do termo Reserva que sugere existir um fundo, uma aplicao especfica, e d
impresso para o leigo da existncia de um Ativo vinculado a cada reserva. O segundo
a disseminao do lucro acumulado em vrias contas dentro do Patrimnio Lquido; tal
fato provoca o uso de vrios ttulos para uma nica origem de Patrimnio Lquido e
sugere falsamente que alguma providncia est sendo tomada no Ativo. Por exemplo,
quando se transfere um valor de Lucros Acumulados para Reserva Estatutria d-se a
impresso para o leitor de que a empresa est destinando recursos para uma aplicao
especfica, quando, na realidade, nada disso acontece.
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Outro problema srio de desinformao a prtica de se aumentar o Capital
Social com Reservas de Lucros e/ou Prejuzos Acumulados; perdem-se com isso duas
informaes:
1-Qual o Capital que os acionistas entregaram empresa?
2-Qual o lucro que a empresa vem acumulando? O ideal seria que o Capital
refletisse exclusivamente os aportes de recursos conferidos pelos acionistas e
que os lucros no distribudos como dividendos ficassem sempre numa nica
conta de Lucros Acumulados.
De acordo com a Lei n 6.404/76, so integrantes do grupo Patrimnio Lquido
os seguintes elementos:
Capital Social: compreende os recursos iniciais conferidos pelos acionistas/scios
empresa; os aportes posteriores de capital efetuados, ambos sob a forma de dinheiro
ou bens; os aumentos por transferncias das contas de Reservas e Lucros
Acumulados. O valor do Capital que deve constar no Patrimnio Lquido o
Realizado, ou seja, o total efetivamente integralizado pelos proprietrios. Dessa
forma, se existir parcela de Capital Social Subscrito e a conta devedora de Capital a
integralizar, sendo que o lquido entre ambas representa o capital realizado.
Reservas de Capital: referem-se a acrscimos patrimoniais que no transitaram pelo
resultado como receitas. So classificadas como reservas de capital as seguintes
contas:
Correo Monetria do Capital: item que registra o resultado da
correo monetria (at 31.12.1995) do capital realizado enquanto no
capitalizado. A partir de 1996, esta prtica foi extinta, tornando-se dispensvel
enquanto a inflao permanecer baixa.
gio na Emisso de Aes: refere-se ao valor excedente do preo pago
pelos acionistas sociedade, quando da subscrio de aes, em relao ao
valor nominal. Caso a companhia adote o critrio de ao sem valor nominal, a
contribuio do subscritor que ultrapassar o preo de emisso ser considerada,
tambm, reserva de capital.
Alienao de Partes Beneficirias: refere-se ao valor ganho pela
sociedade na venda de partes beneficirias no mercado de valores mobilirios.
As partes beneficirias so ttulos estranhos ao capital social que conferem aseus titulares apenas o direito de participao no lucro da sociedade; so
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emitidas para distribuio gratuita a fundadores, empregados, acionistas e
terceiros como remunerao a servios prestados (situao em que no so
contabilizadas) ou para distribuio remunerada a terceiros atravs de sua
colocao no mercado de capitais. As partes beneficirias no tm valor
nominal e no podem ultrapassar a 10% do Patrimnio Lquido.
Alienao de Bnus de Subscrio: compreende o valor ganho pela
sociedade; provm da venda de direito de subscrio. Esses ttulos conferem
aos adquirentes o direito de subscrever aes no prximo aumento de capital,
sendo uma espcie de gio pago antecipadamente.
Prmio na Emisso de Debntures: compreende o valor ganho pela
sociedade; provm da venda de debntures no mercado mobilirio, acima do
seu valor nominal.
Doao de Bens: refere-se aos valores do bens imveis ou direitos
recebidos pela companhia. Esses ativos doados devem ser contabilizados pelo
valor de mercado. Assim, se a empresa receber um terreno, dever avali-lo
para saber quanto lhe custaria caso tivesse comprado. Esse dever ser ento o
valor da contabilizao do imvel e o da reserva de capital.
Subveno para Investimentos: refere-se aos valores concedidos s
empresas pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal como incentivo ou
ajuda a setores econmicos, em cujo incremento tenha interesse. As subvenes
consideradas reservas de capital so somente aquelas concedidas tendo em vista
a aplicao em imobilizaes para expanso.
Reservas de Incentivos Fiscais: oriundas da opo da prpria empresa em aplicar
parte do imposto de renda devida em incentivos fiscais feita a cada exerccio
mediante indicao na declarao de rendimentos.
Reserva de Reavaliao: refere-se contrapartida de aumento de valor atribudo a
componente do ativo, em virtude de nova avaliao, baseada em laudo de avaliao,
firmado por peritos ou empresa especializada. medida que a empresa realizar o
valor reavaliado, dever ser transferido para RESULTADO. Considera-se realizado
o bem reavaliado vendido ou a parte depreciada do mesmo.
Reserva de Lucros: so as contas de reservas constitudas por transferncias de
lucros da empresa. As principais contas aqui compreendidas so:
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Reserva Legal: constituda na base de 5% do Lucro lquido do exerccio, por
disposio de Lei das S. A . . Aplica-se somente s Sociedades Annimas.
Reservas Estatutrias: so constitudas por determinao estatutria e absorvem,
normalmente, uma parcela dos lucros do exerccio. H vrias modalidades de
reservas estatutrias, entre as quais:
1. Reserva para Resgate ou Amortizao de Aes;
2. Reserva para Resgate de Partes Beneficirias;
3. Reserva para Expanso.
Reservas para Contingncias: constitudas com a finalidade de compensar, em
exerccios futuros, a diminuio do lucro decorrente de perda julgada provvel.
Com a sua constituio est-se fortalecendo a posio da sociedade e evita a
distribuio de dividendos quando se prevem significativas quedas no lucro
lquido.
Reservas de Lucros a Realizar: constitudas com o objetivo de reter na empresa
a parcela de lucros ainda no realizada financeiramente e, assim, evitar a
distribuio de dividendos relativos a lucros existentes economicamente, mas
financeiramente no realizados. Os lucros a realizar so provenientes de:
1. Saldo Credor da conta de correo monetria.
2. Aumento do valor de investimento em coligadas e controladas.
3. Lucro em vendas a prazo realizvel aps o trmino do exerccio seguinte.
Lucros ou Prejuzos Acumulados: conta representativa do saldo restante dos
lucros ou prejuzos aps as destinaes para reservas de lucros e dividendos
distribudos. Essa conta interliga o balano demonstrao do resultado do
exerccio.
Contas Retificadoras do Patrimnio Lquido: podem figurar no Patrimnio Lquido
contas retificadoras. As principais so:
Capital a realizar (a Integralizar): refere-se parcela de capital social subscrita
pelos scios, mas no paga empresa. Por isso, deve ser deduzido do Capital Social.
Aes em Tesouraria/Quotas Liberadas: so aquelas adquiridas pela prpria
empresa, tendo em vista:
- operaes de resgate, reembolso ou amortizao de aes/quotas.- diminuio do capital.
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A operao de compra de aes/quotas pela prpria companhia equivale a uma
devoluo de patrimnio lquido, motivo pelo qual a conta que a registra (aes em
tesouraria/quotas liberadas) deve ser deduzida da conta do patrimnio que registra a
origem dos recursos aplicados na sua aquisio.
11.2 DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO
A Demonstrao de resultado do Exerccio visa fornecer de maneira
esquematizada o resultado (lucro ou prejuzo) apurado em determinado exerccio social,
os quais so transferidos para as contas do patrimnio lquido.
O lucro ou prejuzo do exerccio resultado do confronto das receitas com os
custos e despesas ocorridas no exerccio, segundo o princpio da realizao da receita
em confrontao com as despesas. Desta forma, as receitas e as despesas deveram ser
reconhecidas segundo o regime de competncia, ou seja, as receitas e as despesas
deveram ser registradas independentemente de que estes valores tenham sido recebidos
ou pagos.
Portanto uma demonstrao que evidencia os aumentos e as redues causadas
no patrimnio lquido pelas operaes da empresa.
A DRE caracteriza-se, portanto, como sendo uma apresentao em forma
resumida das operaes da empresa, durante um exerccio social, onde mostra a situao
econmica da empresa
uma demonstrao estruturada pelo raciocnio dedutivo, isto , parte do geral
para o especfico, tomando como ponto de partida a receita operacional bruta (venda) e
a partir da as dedues de todos os sacrifcios para obter as receita, consequentemente
chega-se ao resultado do exerccio. Dentro da DRE iremos trabalhar com contas de
resultado, contas que teremos que encerrar para apurao do resultado.
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MODELO DA DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCICIO
DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO
PERODO....
Receita bruta(-) Dedues da receita bruta
Devolues e abatimentos
Impostos s/ vendas
= RECEITA OPERACIONAL LQUIDA
(-) Custo das mercadorias vendidas
= LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
Despesas financeiras + receitas financeiras
(+/-) OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS
= RESULTADO OPERACIONAL LQUIDO
(+/-) RECEITAS/DESPESAS NO OPERACIONAIS
(+) Receitas no operacionais(-) Despesas no operacionais
= RESULTADO DO EXERCCIO ANTES DA C.S. E I.R.
(-) Proviso para Contribuio Social
(-) Proviso para Imposto de Renda
= RESULTADO DO EX. ANTES DAS PARTICIPAES
(-) Participaes
= RESULTADO LQUIDO DO EXERCCIO
Para a apurao do resultado fundamental o CMV Custo das Mercadorias
Vendidas (empresas comerciais), para apur-lo existem dois mtodos de controle de
estoque: Inventrio Peridico e Inventrio Permanente.
No peridico no h um controle a cada venda e a cada compra, assim para se
conhecer o CMV, deve-se efetuar um levantamento fsico (inventrio) das mercadorias
e valorar o estoque final, e a seguir, utilizar-se da seguinte formula: CMV= EI + C -
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EF. J no permanente, h um controle a cada compra e a cada venda, permitindo o
usurio conhecer a qualquer momento o valor e a quantidade de seu estoque.
Aps apurao do resultado (confrontao da receita x despesa) demonstrado na
DRE, este ser transferido o Balano Patrimonial, aumentando ou diminuindo o
Patrimnio Lquido, isto , receita > despesa = lucro, receita < despesa = prejuzo.
11.2.1 Principais Contas da Demonstrao do Resultado do Exerccio
A) RECEITA OPERACIONAL BRUTA
A Receita Operacional Bruta da empresa constituda pelo valor bruto faturado.
O faturamento representa o ingresso bruto de recursos externos provenientes das
operaes normais de venda a prazo ou a vista, no mercado nacional e exterior, de
produtos, mercadorias ou servios. Outras receitas de carter operacional secundrio
devem figurar aps o Lucro Bruto, reservando-se para este, portanto, o papel de mostrar
o resultado bruto da atividade operacional da empresa.
Da Receita Operacional Bruta devem ser deduzidos os impostos incidentes sobre
vendas, as vendas canceladas e os abatimentos concedidos para se chegar Receita
Operacional Lquida.
interessante notar que a legislao tributria define a Receita Bruta como
vendas faturadas menos impostos diretos no cumulativos, como o IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados), que, portanto, no se inclui entre os impostos incidentes
sobre vendas. Assim, a Receita Bruta dada pelas vendas faturadas menos esses
impostos, enquanto a Receita Lquida dada pela Receita Bruta menos as dedues de
abatimentos e devoluo, menos os impostos incidentes sobre vendas, como ICMS, ISS,
e menos encargos proporcionais s vendas, como PIS e COFINS.
Isso no exatamente o que prev a Lei das S.A . que no faz nenhuma distinoentre as citadas categorias de impostos, bem como no se refere a encargos
proporcionais s vendas.
Na prtica, a maioria das empresas segue as determinaes tributrias,
entretanto, algumas incluem o IPI entre os impostos incidentes sobre vendas e
apresentam as Vendas Brutas sem a excluso do IPI.
DEDUO DAS VENDAS
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Vendas Canceladas: a conta devedora que registra o montante das vendas
devolvidas pelos clientes, tendo em vista defeitos apresentados ou no-atendimento
das especificaes do pedido.
Abatimentos sobre Vendas: compreendem os descontos concedidos a clientes, apsa entrega de produtos/mercadorias, por defeitos de qualidade, danos de entrega, no-
atendimento completo de especificaes etc.
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): um imposto cobrado pela Unio
sobre os produtos que sofrem industrializao definida como operao que lhe
modifique a natureza, o funcionamento ou o seu acabamento. A empresa atua como
agente arrecadador do IPI; nas suas vendas cobra dos clientes o IPI correspondente;
desse valor deduz a parcela j paga nas compras; a diferena entre o imposto cobrado
nas vendas e pago nas compras recolhida ao governo federal. Para fins de
apresentao a empresa mostra o valor das vendas brutas j deduzido do IPI
incidente sobre as vendas. Entretanto, algumas empresas incluem o IPI entre os
impostos incidentes sobre vendas.
Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS): um imposto
incidente sobre o valor agregado em cada circulao de mercadoria. O valor pago
pela empresa refere-se diferena entre o imposto contido nas vendas e aquele pago
nas compras, apurado atravs de escriturao fiscal especfica.
Imposto sobre Servios (ISS): m imposto cobrado pelos municpios, incidente
sobre servios prestados.
B) CUSTO DE PRODUTOS E SERVIOS VENDIDOS (CPV)
Custo dos Produtos Vendidos (empresas industriais): as empresas industriais,
caracterizadas pela transformao de bens e sua comercializao apresentam os
seguintes componentes do custo dos produtos vendidos:
CPV = EI + CPP - EF
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CPP = MC + MOD + CIF
onde:
EI = Estoques Iniciais
CPP = Custo de Produo do Perodo
EF = Estoques Finais
MC = Materiais Consumidos
MOD = Mo de Obra Direta
CIF = Custos Indiretos de Fabricao
O custo de produo do perodo CPP dado pela soma de materiais consumidos,
mo de obra direta e custos indiretos de fabricao.
MATERIAIS CONSUMIDOS: corresponde ao custo dos materiais utilizados
na produo durante o perodo compreendido pela demonstrao do resultado.
Seu valor obtido da seguinte forma:
MC = EIM + CL - EFM
onde:
EIM = Estoque inicial do Material existente na empresa no incio do perodo.
CL = Compras Lquidas: compras brutas de matrias-primas realizadas no
perodo deduzidas das devolues de compras, abatimentos, impostos faturados
(IPI, ICMS), e adicionadas das despesas de transportes de compras, seguros de
compras etc.
EFM = Estoque Final de Material existente na empresa no final do perodo, ou
seja, o material adquirido e no consumido.
MO-DE-OBRA DIRETA: compreende a remunerao paga aos empregados
da fbrica cujo trabalho diretamente proporcional produo fsica. Incluem-
se, tambm, os adicionais de salrios como horas extras e prmios de produo,bem como os encargos sociais.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAO: representam todos os custos
necessrios produo, mas que no so diretamente vinculados ao produto
nem variam proporcionalmente produo.
Custos dos Servios Prestados: O Custo dos Servios Prestados no caso das
empresas prestadoras de servios, corresponde aos custos incorridos para a prestaode servios. Os itens componentes do Custo dos Servios Prestados variam de
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empresa para empresa, em funo do seu prprio ramo de atividade. H, porm,
casos de empresas prestadoras de servios que no evidenciam na demonstrao do
resultado o custo dos servios prestados, contabilizando-o com as despesas
operacionais, o que um erro bastante prejudicial para a Anlise de Balanos.
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (empresas comerciais): o custo das
mercadorias vendidas revendidas no mercado. (critrio de apurao j visto
anteriormente).
C)DESPESAS OPERACIONAIS
As Despesas Operacionais, segundo a Lei das S.A ., compreendem as despesas
necessrias para a empresa funcionar, isto , vender, administrar e financiar suas
atividades. No se confundem com as despesas de produo, ou seja, aquelas
necessrias para transformar a matria-prima em produto acabado. Do ponto de vista da
Anlise de Balanos, seria interessante que as despesas financeiras no estivessem entre
as despesas operacionais. Assim, poder-se-ia apurar o lucro das empresas
independentemente de sua estrutura de capital, porque as despesas financeiras
dependem do volume de emprstimos tomados. Caso a empresa no tome emprstimos,
no ter despesas financeiras. Assim, essas despesas no dependem da capacidade
operacional, mas de sua estrutura de capital.
Despesas de Vendas: representam as despesas necessrias para as vendas, bem
como as de promoo e distribuio dos produtos da empresa no mercado, e ainda os
riscos assumidos pela venda, como garantias.
Despesas Administrativas: compreendem as despesas incorridas para a direo e
execuo das tarefas administrativas, bem como as despesas gerais que beneficiam os
negcios da empresa.
Despesas Financeiras: representa a remunerao paga a terceiros que financiaram a
empresa. As despesas financeiras englobam:
Comisses e despesas bancrias: so despesas cobradas pelas instituies
financeiras nas operaes de desconto, repasses, emprstimos etc.
Descontos concedidos: so descontos dados a clientes por pagamentos
antecipados de duplicatas.
Juros: so os juros pagos em emprstimos, financiamentos, desconto de ttulosetc.
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Variao Cambial: registra os acrscimos de dvidas devidos atualizao
peridica dos emprstimos e financiamentos pagveis em moeda estrangeira.
Receitas Financeiras: representam os ganhos de capitais aplicados em
investimentos temporrios, bem como outros ganhos de natureza financeira como:
Descontos Obtidos: decorrem de pagamentos antecipados de duplicatas a
fornecedores.
Juros Ativos: referem-se ao juros cobrados de clientes por atraso de pagamento,
postergao de vencimento de ttulos etc.
Receita de Investimentos Temporrios: aqui so registradas as receitas totais
provenientes de aplicaes temporrias de caixa.
Outras Receitas e Despesas Operacionais: compreendem as receitas e despesas
oriundas das atividades acessrias do objeto social da empresa, tais como:
D) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Participao nos resultados de coligadas e controladas pelo mtodo de
equivalncia patrimonial: compreende os acrscimos ou diminuies de
investimentos avaliados pela equivalncia patrimonial, em funo de lucros ou
prejuzos nas coligadas ou controladas.
Dividendos e rendimentos de outros investimentos: compreende os ganhos ou
perdas decorrentes de amortizao de gio ou desgio havido na aquisio de aes e
quotas avaliadas pela equivalncia patrimonial.
Receitas diversas: compreendem receitas provenientes de transaes eventuais ou
secundrias.
E) DEMAIS CONTAS DA DEMONSTRAO DO RESULTADO
Aps a apurao do Lucro Operacional, surgem diversos itens na Demonstrao
do Resultado. Primeiramente, so os resultados no operacionais que representam
receitas e despesas, ganhos e perdas no previsveis, cuja ocorrncia constitui um fato
espordico ou de eventual, no ligado s atividades normais de obteno de lucro ou de
despesas. Aps o resultado no operacional, temos a proviso do imposto de renda, as
participaes no lucro (representadas por gratificaes aos empregados, participaes de
administradores, debenturistas etc.).
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Chega-se ento ao lucro lquido que representa o resultado final alcanado pela
empresa aps remunerar todos os fatores de produo, exceto o capital prprio, cuja
remunerao o prprio lucro lquido.
Veja-se, agora, em detalhe, sob que ttulos aparecem as demais contas de
resultados nas demonstraes divulgadas pelas empresas.
Resultado no Operacional: compreende o resultado das operaes no vinculadas
ao objeto social da empresa como lucros ou prejuzos na venda do Ativo Permanente,
baixa de Ativo Permanente, sinistros e suas indenizaes etc.
Proviso para o Imposto de renda: apurando o lucro, uma parte ser destacada para
pagamento do imposto de renda.
Gratificaes e Participaes Estatutrias: representam para a empresa despesas
proporcionais ao lucro, em virtude de participaes de empregados, diretores,
debenturistas, portadores de partes beneficirias, bem como contribuies para
instituies ou fundos de assistncia ou previdncia de empregados. Essas
participaes e contribuies, sempre que previstas estatutariamente, so
contabilizadas na prpria data do balano mediante dbito na Demonstrao do
Resultado e crdito de provises no Passivo Circulante. Os principais componentes
desse item so:
As participaes no lucro de empregados ou administradores: que representam
uma espcie de parcela complementar de salrios cujo valor, contudo, apurado
com base no lucro, mas no deixa de ser uma despesa adicional da prestao de
servio recebida.
As participaes dos debenturistas: que representam uma espcie de despesa
financeira adicional, pois a parte varivel da remunerao recebida aos
adquirentes das debntures emitidas.
As contribuies para instituies ou fundos de assistncia ou previdncia de
empregados: que representam as contribuies apuradas em funo do lucro do
exerccio.
REFERNCIAS:
EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. Contabilidade introdutria. 9. ed. So
Paulo: Atlas, 1998
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