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DIREITO PROCESSUAL PENAL PROF. LUIZ FLÁVIO GOMES Princípios Gerais: 1. Não há pena sem processo No Brasil ninguém vai preso sem o devido processo legal. O devido processo penal é duplo: a) Devido processo legal clássico - contém todas as fases do processo; b) O novo devido processo legal - Lei 9.099/95 - dispõe outras formas de fases do processo. 2. Não há pena sem ação O juiz não pode agir de ofício. Fundamento - se deve ao processo tipo acusatório vigorante que distingue as funções de investigação, denúncia e julgamento. 3. Princípio do Juiz Natural Há duas regras básicas: a) Há um juiz competente para a causa; b) Está proibido pela Constituição Federal a criação de Tribunal de Exceção. 4. Princípio do Contraditório É a possibilidade de contrariar argumentos, provas. Existem provas que são colhidas sem o contraditório, são as chamadas Provas Cautelares. Exemplo de prova cautelar: perícias. As provas cautelares tem o contraditório diferido ou seja, adiado, o contraditório é postergado para o processo. 5. Princípio da Ampla Defesa Contém duas regras básicas: a) Possibilidade de produzir provas; b) Possibilidade de recursos. 1

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DIREITO PROCESSUAL PENALPROF. LUIZ FLVIO GOMESPrincpios Gerais!. N"o #$ pena se% processoNo Brasil ningum vai preso sem o devido processo legal.O devido processo penal duplo: a) Devido processo legal clssico - contm todas as fases do processo;b) O novo devido processo legal - Lei .!"# - disp$e outras formas de fasesdo processo.&. N"o #$ pena se% a'"oO %ui& n'o podeagirde of(cio. )undamento -se deve aoprocessotipo acusat*riovigorante +ue distingue as fun,$es de investiga,'o- den.ncia e %ulgamento.(. Princpio )o *+i, Na-+ra. / duas regras bsicas:a) / um %ui& competente para a causa;b) 0st proibido pela 1onstitui,'o )ederal a cria,'o de 2ribunal de 03ce,'o./. Princpio )o Con-ra)i-0rio4 a possibilidade de contrariar argumentos- provas.03istemprovas+ues'ocol5idassemocontradit*rio- s'oasc5amadas Pro1asCa+-e.ares. 03emplo de prova cautelar: per(cias.As provas cautelares tem o contraditrio diferido ou seja, adiado, ocontraditrio postergado para o processo.2. Princpio )a A%p.a De3esa1ontm duas regras bsicas:a) 6ossibilidade de produ&ir provas;b) 6ossibilidade de recursos.Obs.: n'o e3iste fase de defesa no 7n+urito 6olicial- pois pe,a administrativa.4. Princpio )a Pres+n'"o )e Inoc5ncia0ste princ(pio est conceituado na 1onven,'o 8mericana sobre direitos 5umanos.1onsisteem+uetodoacusadopresumidoinocenteat+uesecomproveasuaculpabilidade.Duas regras:a) 1abe a +uem acusa o 9nus de provar a culpabilidade;b) :egra de tratamento no sentido do acusado n'o poder ser tratado comocondenado.1 O acusado pode ser preso durante o processo ; ?# do 166 - di& respeito =s provas nos @ulgamentos pelo 2ribunaldo @.ri.Deve-se %untar as provas ao processo com trAs dias de antecedAncia ao @.ri.7. Princpio )a O8ri9a-orie)a)eO Binistrio 6.blico na a,'o penal p.blica obrigado a agir. Deve ele denunciar.03ce,'o: encontra-se na a,'o penal privada- onde a+ui vigora o 6rinc(pio daOportunidade.Outra e3ce,'o: 2ransa,'o 6enal - 8rt. ?C da Lei .!"# - onde o Binistrio 6.blicofa& um acordo com o ru- ao invs de denunci-lo.:. Princpio )a In)isponi8i.i)a)e )o Processo8rt. >D do 166 - iniciado o processo o Binistrio 6.blico n'o poder dispor dele- ouse%a- abrir m'o na acusa,'o.03ce,'o: 5oras. 8 falta da nota de culpa torna a pris'o ilegal e o %ui& deve rela3-la. 6ode a autoridade policial prender e presidir o auto de pris'o em flagrante ; :esp.: . A+-en-ica'"o- na autentica,'o consiste em lugar- dia- mAs- ano e assinatura do%ui&.