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SOEBRAS – ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASIL COTEC – COLÉGIO TÉCNICO DA FACIC CURSO TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE - prof. Eli Cezar – 02/03/2007. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas Objeto Reabilitar as áreas degradadas ou alteradas pelas atividades de instalação/construção das unidades do SIPAM/SIVAM, assim como de sua operação, distribuídas pela Amazônia Legal Brasileira. A implantação desse programa tem como objetivo minimizar ou eliminar os efeitos adversos decorrentes das intervenções e alterações ambientais inerentes ao processo construtivo e à operação do empreendimento, as quais são potencialmente geradoras de fenômenos indutores de impactos ambientais que manifestar-se-ão nas áreas de influência das respectivas unidades, promovendo assim, a viabilização ambiental do Projeto. Componentes a. Análise da(s) região(ões) fitogeográfica(s) em que estão localizadas as áreas a recuperar. b. Seleção, mensuração e definição do tipo de uso futuro das áreas a recuperar. c. Análise da vegetação ocorrente na região de localização das áreas a reabilitar. d. Análise da topografia das áreas a reabilitar. e. Análises físico-químicas do solo das áreas a reabilitar. f. Atividades de reconformação de terrenos. g. Atividades de preparo e correção do solo para plantio. h. Seleção de espécies vegetais a serem introduzidas. i. Aquisição/produção de mudas. j. Atividades de plantio. k. Atividades de manutenção dos plantios. Procedimento: 1 - Seleção de áreas Selecionar as áreas específicas onde serão desenvolvidos os trabalhos de reabilitação, através de reintrodução da cobertura vegetal, da utilização de técnicas de engenharia ou da aplicação conjunta das mesmas. Nesse processo, dar ênfase as áreas terraplenadas em geral: jazidas de empréstimo; estradas e caminhos de serviço; canteiros de obras a serem desativados. dentre outras; 1

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SOEBRAS – ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASILCOTEC – COLÉGIO TÉCNICO DA FACIC

CURSO TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE - prof. Eli Cezar – 02/03/2007.

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

ObjetoReabilitar as áreas degradadas ou alteradas pelas atividades de instalação/construção das unidades do SIPAM/SIVAM, assim como de sua operação, distribuídas pela Amazônia Legal Brasileira. A implantação desse programa tem como objetivo minimizar ou eliminar os efeitos adversos decorrentes das intervenções e alterações ambientais inerentes ao processo construtivo e à operação do empreendimento, as quais são potencialmente geradoras de fenômenos indutores de impactos ambientais que manifestar-se-ão nas áreas de influência das respectivas unidades, promovendo assim, a viabilização ambiental do Projeto.

Componentesa. Análise da(s) região(ões) fitogeográfica(s) em que estão localizadas as áreas a recuperar. b. Seleção, mensuração e definição do tipo de uso futuro das áreas a recuperar. c. Análise da vegetação ocorrente na região de localização das áreas a reabilitar. d. Análise da topografia das áreas a reabilitar. e. Análises físico-químicas do solo das áreas a reabilitar. f. Atividades de reconformação de terrenos. g. Atividades de preparo e correção do solo para plantio. h. Seleção de espécies vegetais a serem introduzidas. i. Aquisição/produção de mudas. j. Atividades de plantio. k. Atividades de manutenção dos plantios.

Procedimento:

1 - Seleção de áreasSelecionar as áreas específicas onde serão desenvolvidos os trabalhos de reabilitação, através de reintrodução da cobertura vegetal, da utilização de técnicas de engenharia ou da aplicação conjunta das mesmas.Nesse processo, dar ênfase as áreas terraplenadas em geral:

jazidas de empréstimo; estradas e caminhos de serviço; canteiros de obras a serem desativados. dentre outras; taludes de corte e aterro.

Tais áreas serão reintegradas à paisagem local.2 - Seleção e armazenamento prévios da camada superficial do solo das áreas a serem alteradas

Remover a camada superficial de solo (mistura solo/matéria orgânica) ocorrente nas áreas terraplenadas ou quaisquer outras áreas submetidas a intervenções que justifiquem a implantação do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.Armazenar o solo removido em áreas planas, em leiras ou pilhas individuais de, no máximo 5 m de altura, protegidas contra processos erosivos e sem sofrer compactação, para posterior utilização, quando das atividades de reabilitação das áreas das quais eles foram removidos, bem como de outras áreas alteradas pelo processo construtivo.

3 - Recomposição da camada de solo na superfície de áreas alteradas

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Recobrir das superfícies dos terrenos a serem revegetados com a camada superficial de solo ("mistura solo/matéria orgânica") previamente removida e armazenada. Esta camada de solo constitui fator preponderante ao pleno desenvolvimento da cobertura vegetal a ser introduzida nas áreas alteradas. Estas áreas são representadas, basicamente, pelos terrenos terraplenados (empréstimos, canteiros), além das áreas de botafora e taludes de corte e aterro que receberão cobertura vegetal através do plantio de grama em placas ou mudas.

4 - Preparo do terrenoO preparo do terreno consiste nas atividades de:

1. reconformar os terrenos alterados;2. recobrir áreas a reabilitar (botaforas, jazidas de empréstimo, taludes e áreas terraplenadas em geral), com

a camada superficial de solo previamente armazenada e com substrato isento de resíduos (solo proveniente de desaterros);

3. instalar dispositivos de drenagem.

5 - Instalação de dispositivos de drenagem nas áreas alteradas a reabilitar

Verificar o grau de alteração da drenagem local promovido pelo processo construtivo e, se for o caso, na instalação de dispositivos de drenagem para contenção de processos erosivos, considerando as características de cada área a reabilitar.

6 - Análises físicas e químicas do solo das áreas alteradasColetar amostras do solo das áreas a reabilitar e realizar análises físicas e químicas em laboratório especializado, fornecendo os parâmetros para as devidas correções de pH e de concentração de nutrientes do solo, bem como garantindo o pleno desenvolvimento da cobertura vegetal introduzida.

7 - Preparo do solo

Efetuar as atividades de:1. aração, gradagem e descompactação do solo, quando necessário;2. de coveamento para plantio e de aplicação de corretivos no solo (calcário e adubos

orgânicos/inorgânicos), segundo os resultados das análises laboratoriais efetuadas.

Em solos muito compactados a descompactação deverá ser executada através da utilização de sub-solador, formando sulcos de, no mínimo, 50 cm de profundidade.

8 - Seleção de espécies

Selecionar, preferencialmente, espécies típicas da região do empreendimento.

No entanto, segundo as características das áreas a reabilitar, poderão ser selecionadas espécies exóticas à região, que apresentem bons resultados em trabalhos similares já realizados e que mostram adaptabilidade à área em questão.

As espécies são selecionadas em função de sua adaptabilidade às diversas condições ambientais das áreas a reabilitar, bem como por sua funcionalidade em relação às atividades de reabilitação ambiental e recomposição paisagística.

A seleção de espécies deverá ser realizada segundo as características de cada sítio em análise.9 - Produção/aquisição de mudas

Produzir/adquirir mudas de espécies selecionadas, em horto próprio ou adquiridas em hortos existentes na região do empreendimento.

10 - Conformação de taludes

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Realizar os acertos de acabamento na superfície e inclinação de taludes, de maneira a que estejam aptos a receber a cobertura vegetal a ser introduzida.

11 - Plantio

Adubar e realizar o plantio definitivo das espécies selecionadas.

No caso de revestimento com gramíneas, o plantio é efetuado através de hidrosemeadura, da semeadura direta ou através do plantio de mudas, quando em áreas planas ou em taludes de corte e aterro.

O plantio das mudas de espécies arbustivas ou arbóreas nas áreas terraplenadas é efetuado diretamente nas covas previamente abertas, nas quais é realizada a adubação, segundo os resultados das análises físico-químicas do solo.

As covas para plantio de mudas de espécies arbóreas têm dimensões de 0,50x0,50x0,50m, orientadas segundo o espaçamento de 2,5 x 2,5m, em quincôncio.

Durante a abertura das covas, o material escavado deve ser depositado ao lado de cada uma, para posterior utilização no plantio da muda.

A muda é colocada na cova sem o recipiente que a contém (saco plástico ou outro qualquer), observando o nivelamento do colo da planta com a superfície do solo e escorando-a com tutor.

11.1 - Hidrosemeadura em taludes

Aplicar nos taludes já conformados, através de bombeamento e aspersão, solução contendo nutrientes, adesivo e mistura de sementes de gramíneas.

Essa solução deve conter, no mínimo, 3 (três) espécies dentre aquelas selecionadas para uma determinada região de implantação de unidade do empreendimento.

11.2 - Plantio direto/plantio de grama em mudas

Efetuar o plantio direto de grama, através da semeadura direta (a lanço), ou em mudas, nos taludes previamente preparados, utilizando as espécies selecionadas segundo os critérios apresentados.

12 - Irrigação

Irrigar as áreas plantadas, por meio de carro-pipa ou outro equipamento adequado, na época de seca, durante o primeiro ano do plantio.

13 - Manutenções dos plantios

Realizar a capina (coroamento) das áreas plantadas;1. o combate a pragas e doenças (formigas, fungos e outros);2. a adubação em cobertura ao final do primeiro ano do plantio e no replantio de falhas que vierem a ser

observadas durante o desenvolvimento da vegetação introduzida.

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