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Seminário de Ética Profissional do Sistema
Confea/Crea - 2014
FLUXOGRAMA IDEAL DO
ENCAMINHAMENTO DO PROCESSO
ÉTICO
Márcia Azeredo Coutinho
Procuradora Jurídica do Crea/SC
OAB/SC 5719 – Mat. 104
Quem regulamenta a tramitação de um
processo administrativo ético-disciplinar?
A Resolução n.1004 do Confea – é o real manual de
condução do processo ético-disciplinar,
instrumento regulamentar
Acrescente-se que a Decisão PL-1089 de 01 de
agosto de 2012 aprovou a Decisão Normativa n.
094 de 31 de julho de 2012 a qual aprova o
manual orientativo daquela Resolução e foi
publicada no DOU, ocorrida em 06/08/2012
(Seção 1, pág. 170).
INÍCIO DO PROCESSO
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS
A representação/denúncia é um dos documentos mais
importantes do processo administrativo disciplinar.
A Resolução 1004 do Confea em seu art. 7° esclarece
quando ela pode ser recebida no Setor de
Atendimento (Inspetorias, Postos de Atendimento
e Sede) em face de sua importância.
INÍCIO DO PROCESSO
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS
- Antes do juízo de admissibilidade ou juízo preliminar ou análise preliminar da Câmara Especializada
a) Protocolo da representação/denúncia;
b) Autuação (colocar o número do processo e data do protocolo na capa, os nomes das partes);
c) Analisar se a representação atende ao disposto no art. 7° da Resolução n° 1004;
d) Pelo Manual explicativo pode-se levar ao conhecimento do profissional representado/denunciado a cópia da representação/denúncia para que ele se manifeste no prazo de 10 (dez) dias.
A Citação do Profissional Representado
Levar ao conhecimento do profissional
representado/denunciado a cópia da
representação/denúncia para que ele se manifeste
no prazo de 10 (dez) dias.
- Situação não abordada na Resolução n. 1004 mas
elencada no Manual.
Procedimentos a serem adotados – analisar se a denúncia/representação atende ao disposto no art.
7º da Resolução 1004
Art. 7º - O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor competente do Crea em cuja jurisdição ocorreu a infração,
decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada por:
I – instituições de ensino que ministrem cursos nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;
II – qualquer cidadão, individual ou coletivamente, mediante requerimento
fundamentado;
III – associações ou entidades de classe, representativas da sociedade ou de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; ou
Procedimentos a serem adotados – analisar se a denúncia/representação atende ao disposto
no art. 7º da Resolução 1004
Art. 7º - O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor competente do Crea em cuja jurisdição ocorreu a infração, decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada por:
Procedimentos a serem adotados – analisar se a denúncia/representação atende ao disposto no art.
7º da Resolução 1004
§ 1º - O processo poderá iniciar-se a partir de relatório apresentado pelo setor de fiscalização do Crea, após a análise da câmara especializada da modalidade do profissional, desde que seja verificado indício da veracidade dos fatos.
§ 2º - A denúncia somente será recebida quando contiver o nome, assinatura e endereço do denunciante, número do CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, se pessoa jurídica, CPF – Cadastro de Pessoas Físicas, número do RG – Registro Geral, se pessoa física, e estiver acompanhada de elementos ou indícios comprobatórios do fato alegado. (o original não de encontra grifado)
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS
-Instruir o processo com ou sem a manifestação
do profissional denunciado/representado;
- Encaminhar à Câmara Especializada para
que seja analisada a denúncia/representação, o
que chamamos de juízo de
admissibilidade/análise prévia;
DECISÃO DA CÂMARA ESPECIALIZADA – art. 8º
- 1) Pelo arquivamento – caso não encontre indícios
de falta ética por parte do profissional
denunciado/representado;
- 2) Pela realização de diligências – caso considere
insuficentes as disposições constantes na
denúncia/representação e nas manifestações
iniciais do profissional;
- 3) Pelo envio à Comissão de Ética Profissional –
caso encontre indícios de que tenha havido falta
ética do profissional envolvido.
Quem pode se manifestar expressamente sobre a denúncia/representação?
Curiosidade - Em uma reunião da Coordenadoria
Nacional das Comissões de Ética havia uma sugestão
de que as denúncias/representações, poderiam ser
rejeitadas já quando protocoladas.
Questiona-se se os funcionários teriam competência
regulamentar para efetuar a análise frente ao
disposto no art. 8 da Resolução 1004.
Alerta sobre o art. 8º
Art. 8º - Caberá à câmara especializada da
modalidade do denunciado proceder a análise
preliminar da denúncia, no prazo máximo de
trinta dias, encaminhando cópia ao denunciado,
para conhecimento e informando-lhe da remessa do
processo à Comissão de Ética Profissional. (os
destaques são nossos)
Exemplo de denúncia/representação que pode ser objeto de rejeição por parte do órgão julgador?
1) Devolução de valores pagos;
2) Pedido de anulação de termos dispostos em perícia
realizada, considerado pelo denunciante como
improcedente ou sem fundamento;
3) Requerimento para rescisão de contrato;
4) Venda de imóvel sem a devida regularização;
5) Denúncia/representação contra empresas e que não
envolvem a atividade de seus profissionais
responsáveis técnicos ou membros do quadro técnico;
Exemplo de denúncia/representação que podem ser objeto de rejeição?
6) Representação anônima que não diz respeito à
atividade de qualquer profissional sob a égide de
fiscalização do Sistema Confea/Crea, ou seja, que
não envolva a atividade de engenharia e agronomia.
E se envolver a atividade de arquitetura?
INSTRUÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA
PROFISSIONAL
Análise e elaboração dos quesitos por parte do Conselheiro Relator;
Coleta de depoimento das partes (denunciante/representante e denunciado/representado);
Realização de diligências se assim entender o Relator;
Elaboração de relatório e parecer.
DEVOLUÇÃO DO PROCESSO À CÂMARA
ESPECIALIZADA
1) Análise da instrução da Comissão de Ética:
1.1) Emite decisão pelo acatamento da conclusão do relatório e parecer;
1.2) Não acata e elabora parecer fundamentado rejeitando a conclusão;
1.3) Considera a instrução inconclusa e solicita a realização de diligências para posteriormente exarar sua decisão.
DEVOLUÇÃO DO PROCESSO À CÂMARA
ESPECIALIZADA
- Atualmente o processo retorna à Câmara para analise do relatório emitindo decisão. Após dá-se notícia dos dois procedimentos administrativos às partes envolvidas.
No manual – Item 4.1 – Na Câmara Especializada – 4.1.1. Da intimação para manifestação das partes e conhecimento do relatório e parecer da CEP.
- Depois de recebido o processo a Câmara Especializada encaminhará (para conhecimento) às partes (denunciante e denunciado) o relatório da CEP, visando a visando à apresentação de manifestação no prazo de 10 (dez) dias. Na realidade quem encaminha é o Setor competente antes da análise da Câmara.
- Esse prazo poderá ser prorrogado por igual período a juízo do coordenador da câmara especializada, mediante justificativa.
DEVOLUÇÃO DO PROCESSO À CÂMARA
ESPECIALIZADA
3) Da última decisão exarada pela Câmara cabe recurso ao Plenário do Crea e desta para o Confea.
Importante - Os recursos podem ser interpostos, até mesmo contra a decisão de arquivamento emitida pela Câmara no juízo de admissibilidade da denúncia/representação até a última instância. (atualmente não há menção deste procedimento na Resolução 1004 mas o procedimento está sendo adotado em face do amplo direito de defesa)
PONTOS IMPORTANTES A SEREM ABORDADOS
1) Prescrição punitiva;
2) Cuidado com a citação pessoal do denunciado/representado;
3) Contagem dos prazos sempre a partir da juntada do AR;
4) Suspeição ou impedimento do Conselheiro Relator;
5) Relatório e voto da CEP e decisões de Câmaras e Plenário sempre fundamentados (art. 50 da Lei 9.874/99);
6) Lavratura do termo de revelia;
7) Prazo mínimo para a entrega da intimação da audiência de tomada de depoimento;
PONTOS IMPORTANTES A SEREM ABORDADOS
8) Intimação por edital divulgado em publicação do Crea, ou em jornal de circulação na jurisdição, ou no diário oficila do Estado, ou outro meio que amplie as possibilidades de conhecimento por parte do denunciado/representado em linguagem que não fira os preceitos de inviolabilidade da sua intimidade, da honra, da vida privada e da imagem;
9) Atenção e rapidez com a execução das cartas precatórias para evitar a incursão na prescrição dos processos;
10) Agilidade na realização de diligências para evitar prescrição (diligências ou entrega de correspondências).
Minha bibliografia
- A Lei n. 5.194/66 (Lei que regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo) a primeira bíblia que fica embaixo do travesseiro;
- Resolução n. 1004 do Confea (regulamento para a condução de processo ético-disciplinar, a segunda bíblia que fica embaixo do travesseiro);
- Lei n. 9.874/99 (Lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração fedeal);
- Lei n. 9,873/99 (Lei que estabelece o prazo de prescrição para o exercício da ação punitiva pela administração pública federal, direta e indireta);
Minha bibliografia
- Lei n. 6.838/80 (Lei que dispõe sobre o prazo
prescricional para a punibilidade de profissional liberal,
por falta sujeita a processo ético-disciplinar a ser
aplicada por órgão competente);
UMA MENSAGEM IMPORTANTE
As poderosas ferramentas
Deus sabiamente nos presenteou com duas
poderosas ferramentas: a imaginação e a
vontade. A imaginação nos dá a luz
necessária para iluminar o caminho, e a
vontade fornece o combustível
indispensável para prosseguir na
caminhada.
Que esta última seja embasada por uma
prática ética constante em qualquer
circunstância.
UMA MENSAGEM IMPORTANTE
Desejo a todos um exercício
profissional com ética..
Marcia Azeredo Coutinho
Contato
ou pelo telefone (48) 3331-2021.