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Apresentação do PowerPoint · aumentando no Brasil”,afirmou De acordo com o relatório, 89% da população prisional estão em unidades superlotadas. São 78% dos estabelecimentos

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Com 726 mil presos, Brasil tem terceira maior população carcerária do mundo

O total de pessoas encarceradas no Brasil chegou a726.712 em junho de 2016. Em dezembro de 2014, erade 622.202. Houve um crescimento de mais de 104 milpessoas. Cerca de 40% são presos provisórios, ou seja,ainda não possuem condenação judicial. Mais da metadedessa população é de jovens de 18 a 29 anos e 64% sãonegros.Os dados são do Levantamento Nacional de InformaçõesPenitenciárias (Infopen) divulgado hoje (8), em Brasília,pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), doMinistério da Justiça.O sistema prisional brasileiro tem 368.049 vagas,segundo dados de junho de 2016, número estabilizadonos últimos anos. “Temos dois presos para cada vaga nosistema prisional”, disse o diretor-geral do Depen,Jefferson de Almeida. “Houve um pequeno acréscimonas unidades prisionais, muito embora não sejasuficiente para abrigar a massa carcerária que vem

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aumentando no Brasil”, afirmouDe acordo com o relatório, 89% da população prisional estão em unidades superlotadas. São 78% dos estabelecimentospenais com mais presos que o número de vagas. Comparando-se os dados de dezembro de 2014 com os de junho de 2016, odéficit de vagas passou de 250.318 para 358.663.A taxa de ocupação nacional é de 197,4%. Já a maior taxa de ocupação é registrada no Amazonas: 484%.A meta do governo federal era diminuir a população carcerária em 15%. Com a oferta de alternativas penais emonitoramento eletrônico, segundo Almeida, foi possível evitar que 140 mil pessoas ingressassem no sistema prisional.“E quase todos os estados estão com um trabalho forte junto aos tribunais de Justiça para implementar as audiências decustódia, para que as pessoas não sejam recolhidas como presos provisórios”, explicou o diretor do Depen. Além disso, há aprevisão da criação de 65 mil novas vagas para o no próximo ano.O Brasil é o terceiro país com maior número de pessoas presas, atrás de Estados Unidos e China. O quarto país é a Rússia. Ataxa de presos para cada 100 mil habitantes subiu para 352,6 indivíduos em junho de 2016. Em 2014, era de 306,22 pessoaspresas para cada 100 mil habitantes.Tipificação dos crimesOs crimes relacionados ao tráfico de drogas são os que mais levam pessoas às prisões, com 28% da população carceráriatotal. Somados, roubos e furtos chegam a 37%. Homicídios representam 11% dos crimes que causaram a prisão.O Infopen indica que 4.804 pessoas estão presas por violência doméstica e outras 1.556 por sequestro e cárcere privado.Crimes contra a dignidade sexual levaram 25.821 pessoas às prisões. Desse total, 11.539 respondem por estupro e outras6.062 por estupro de vulnerável.Perfil dos presosDo universo total de presos no Brasil, 55% têm entre 18 e 29 anos. “São jovens que estão encarcerados”, disse o diretor-geraldo Depen. Observando-se o critério por estado, as maiores taxas de presos jovens, com menos de 25 anos, são registradas

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no Acre (45%), Amazonas (40%) e Tocantins (39%).Levando em conta a cor da pele, o levantamento mostra que 64% da população prisional são compostos por pessoasnegras. O maior percentual de negros entre a população presa é verificado no Acre (95%), Amapá (91%) e Bahia (89%).Quanto à escolaridade, 75% da população prisional brasileira não chegaram ao ensino médio. Menos de 1% dos presos temgraduação.No total, há 45.989 mulheres presas no Brasil, cerca de 5%, de acordo com o Infopen. Dessas prisões, 62% estãorelacionadas ao tráfico de drogas. Quando levados em consideração somente os homens presos, o percentual é de 26%.Mais investimentosDe acordo com Almeida, os resultados do Infopen ajudam a direcionar as políticas públicas para o sistema prisional e nacorreta aplicação dos recursos financeiros, tanto da União quanto dos estados. O levantamento, em breve, será substituídopelo Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (SisDepen) [1], que vai coletar informaçõespadronizadas e mais eficazes sobre a situação dos presídios.Segundo o diretor-geral, o Depen está investindo em políticas públicas que qualifiquem a porta de entrada, de saída e asvagas do sistema, de forma a propiciar um “ambiente prisional mais humano”.Almeida disse que o Depen aplicará mais recursos em políticas de monitoramento eletrônico (tornozeleiras) e dealternativas penais, para penas diferentes da privação de liberdade, além de intensificar a implementação das audiênciasde custódia junto ao Poder Judiciário. Além disso, as políticas com os egressos do sistema prisional serão expandidas paraque eles voltem a trabalhar.O governo federal também continuará investindo na reforma, ampliação e construção de unidades prisionais para que maisvagas sejam ofertadas. Serão investidos recursos para módulos de saúde, educação e outros tipos de ambientes “para queas pessoas possam cumprir as penas com maior respeito à sua dignidade”.Em dezembro de 2016, o Ministério da Justiça liberou R$ 1,2 bilhão aos estados [2], do Fundo Penitenciário Nacional(Funpen), para construção de presídios e modernizar o sistema penal. A medida veio após a edição da Medida Provisória

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(MP) 755, permitindo a transferência direta de recursos do Funpen aos fundos estaduais e do Distrito Federal.Em agosto de 2015, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as verbas do fundo não podem ficar com saldo acumulado [3].A decisão obrigou o Executivo a liberar o saldo acumulado do Funpen.Segundo Almeida, com a aprovação da MP que alterou a Lei Complementar 79/94 [4], esse ano o Depen vai repassar até75% do Funpen; 10% desse total aos municípios (para políticas de reintegração social) e 90% aos estados, além dastransferências voluntárias. O diretor-geral do Depen não soube precisar os recursos que serão distribuídos até 31 dedezembro.

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Seis medidas para solucionar o caos carcerárioO Brasil precisa reduzir número de presos e evitar que condenados de baixa periculosidade entrem em contato com facções criminosas

A crise no sistema carcerário, que explodiu nesteano de 2017, deixou, em 15 dias, mais de 130mortos. Em dez episódios diferentes ocorridos emoito estados (Alagoas, Amazonas, Paraíba, Paraná,Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Norte eRoraima), muitos deles ligados à guerra de facçõesque ocorre nos presídios, 133 pessoas morreram.Os casos escancaram o problema doencarceramento em massa, que faz o Brasil,segundo país que mais prendeu em 15 anos, tera quarta maior população carcerária do mundo. Nareportagem a seguir, Jean-Philip Struck, da agênciade notícias Deutsche Welle, elenca seis medidasindispensáveis para reverter esse cenário, naavaliação de diferentes especialistas. Confira:1) Diminuir o número de presos provisóriosCerca de 40% dos mais de 600 mil presos noBrasil ainda não foram julgados. Segundo a ONG

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Conectas, muitos desses presos têm acesso restrito à Justiça e cometeram crimes sem gravidade e poderiam aguardar ojulgamento fora da prisão. Em milhares de casos, quando a pena finalmente saí, ela é inferior ao tempo em que o presoesperou pelo julgamento. Milhares de outros acabam sendo absolvidos.Hoje o sistema prisional tem um deficit de cerca de 250 mil vagas. A saída de uma quantidade significativa de presosprovisórios poderia diminuir a superlotação nos presídios, um fator que favorece conflitos. A Justiça já realizou mutirões nosúltimos anos para promover audiências de custódia e tentar liberar pessoas, mas a iniciativa tem sido inconstante.O governo Temer propôs a sua retomada. Só que especialistas afirmam que os mutirões teriam um efeito apenas paliativo."Apesar de útil, é também uma admissão do fracasso do sistema penal. Eles não seriam necessários se não ocorressem tantasdistorções", afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem da OAB em São Paulo, Martim Sampaio.Segundo analistas ouvidos pela DW, é necessário reformar o sistema de Justiça para combater a lentidão da Justiça e permitirque os presos tenham acesso a formas adequadas de defesa, como a defensoria pública – nem todos os Estados contam comessa estrutura, que é ainda mais rara em presídios. Segundo um levantamento da Anadep (Associação Nacional de DefensoresPúblicos), faltam defensores públicos em 72% das comarcas do país.2) Aplicar mais penas alternativasOutro fator para diminuir a superlotação seria aumentar a aplicação de penas alternativas ao encarceramento. Hoje elas sãoapenas previstas para penas de até quatro anos e raramente são aplicadas para casos envolvendo tráfico de drogas. Oaumento da aplicação teria o efeito de evitar que muitos criminosos de baixa periculosidade entrassem em contatocom facções criminosas nos presídios."Veja o caso da Alemanha, onde 80% das sentenças não implicam em perda de liberdade. Isso já evita jogar uma quantidadeimensa de pessoas num ambiente com uma subcultura criminosa própria", afirma o especialista alemão em assuntoscarcerários Jörg Stippel.Segundo a ONG Conectas, se as penas alternativas pudessem ser aplicadas para substituir penas de prisão de até oito anos

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por medidas alternativas, seria possível reduzir a população carcerária brasileira em 53%. "Uma parte dos juízes ainda remonta a entender que a prisão é como se fosse uma obrigação, quando, na verdade, deveria ser a última alternativa", afirma o advogado Daniel Bialski.3) Promover ajustes na Lei de Drogas de 2006A Lei de Drogas de 2006 (11.343) é uma das principais responsáveis pelo inchaço dos presídios no país. Desde que começou a ser aplicada, o número de pessoas presas por tráfico de drogas cresceu 348%. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Justiça em 2014, 64% das mulheres e 25% dos homens presos no Brasil respondem a crimes relacionados às drogas. Antes da lei, os índices eram, respectivamente, de 24,7% e 10,3%.Especialistas afirmam que, do jeito que está, a lei endurece as penas para pequenos traficantes (muitas vezes dependentes químicos que comercializam drogas) que nem sempre representam perigo para a sociedade. Para reduzir essas distorções, os especialistas pedem ajustes na lei.

Alguns deles vão além e defendem a descriminalização das drogas como umasolução para frear a avalanche de prisões que provoca a superlotação dosistema. "Simplesmente descriminalizando o uso e o consumo você tira 30%das pessoas das cadeias do país", afirma o assessor jurídico da PastoralCarcerária, Paulo Cesar Malvezzi Filho.4) Aumentar as opções de trabalho e estudo nos presídiosEspecialistas apontam que políticas eficientes de acesso ao trabalho eeducação nos presídios são uma forma eficaz de combater a reincidência nocrime. Mas faltam investimentos nessa área. No Brasil, a percentagem depresos que atendem atividades educacionais é de apenas 11%. E só 25% dospresos brasileiros realizam algum tipo de trabalho interno ou externo.

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Para o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB do Amazonas, Epitácio Almeida, sem a criação de espaços para oficinas técnicas e cursos profissionalizantes nos presídios, que ofereçam perspectivas de um futuro fora da criminalidade, a possibilidade de ressocialização é zero.Um dos modelos elogiados é o da Apac (Associação de Proteção e Amparo aos Condenados), que funciona em três dezenas de unidades prisionais de Minas Gerais e no Espírito Santo. Na Apac, os presos ficam em contato constante com suas famílias e comunidade e aprendem novas profissões.5) Reformar os presídiosApesar de encararem a construção de novos presídios como uma solução enganosa, especialistas afirmam que as atuais unidades precisam passar por reformas e ter seu gigantismo reduzido para que um controle mais efetivo seja exercido. As Nações Unidas recomendam que um presídio deve ter no máximo 500 vagas. Mas muitos presídios do Brasil extrapolam esse número. O Complexo do Curado, No Recife, por exemplo, abriga mais de 7 mil presos.Para especialistas, a atual configuração dos presídios brasileiros escancara a ausência do Estado no interior das unidades. Como o Estado falha em prover os presos com proteção e produtos básicos, as facções acabam assumindo esse papel. "A União Europeia, por exemplo, impõe uma série de princípios para as prisões dos seus estados-membros. Os presos têm seu próprio espaço e chuveiro. Têm privacidade. As condições são muito similares às que se têm na vida exterior. Isso é importante para ressocializar e combater a subcultura criminosa nas cadeias", afirma Stippel.6) Separação de presosA separação dos presos provisórios dos condenados, e, entre os condenados, a separação por periculosidade ou gravidade do crime cometido está prevista na lei de execuções penais. Na prática, não é o que acontece por causa do sucateamento dos presídios e a superlotação. Segundo especialistas, tais medidas evitariam que réus primários convivessem com criminosos veteranos, diminuindo a entrada de novos membros nas "escolas internas do crime".

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O desastroso sistema carcerário brasileiro

Uma análise dos índices de violência e de mortalidade no Brasil ratifica o fato de que a criminalidade vem crescendo e, com ela, o número de presos - ou, pelo menos, assim deveria estar. As vagas e as condições das penitenciárias, no entanto, estão na contramão: a cada ano, tornam-se mais insuficientes e precárias.

Na conjuntura atual, procede dizer que a gestão do sistema carcerário é barata para o Estado brasileiro, uma vez que se verificam o descaso e a negligência deste com aquele em uma simples visita a qualquer presídio: as condições em que vivem os detentos são desumanas .Somam-se, ainda, à superlotação o total desleixo com as acomodações e a falta de higiene e de comida. A desordem que impera nas prisões, por sua vez, derivada da omissão do governo, resulta na reversão da "hierarquia original". Ou seja, são os presos que controlam o local, através dos braços do crime organizado. Dessa forma, mesmo aqueles que desejam opções que lhes permitam mostrar boa conduta - como trabalhar - ficam sem alternativas além de aderir a uma das facções que brigam pelo comando da penitenciária.

A partir disso, ficam evidentes as implicações negativas que a reclusão nos padrões brasileiros acarreta à sociedade. Primeiramente, pode-se afirmar que ela é ineficaz, pois os índices de reincidência na criminalidade superam 70%. Além disso, a prisão de delinquentes por atos menores e sua consequente convivência com grandes bandidos dão ao crime organizado oportunidade de aliciar mais "adeptos", seja por meio de ameaças, seja por meio de ofertas de proteção e de benefícios - com subsequente cobrança de favores - durante o cárcere. Justamente devido a esses "pagamentos" posteriores, ocorrem os inúmeros atos violentos que assolam a sociedade cada vez mais.

Claramente, a solução para o caótico sistema prisional brasileiro consiste em "cortar as raízes" da criminalidade no país, ou seja, garantir melhores condições de vida a todos, Além do mais, a fim de reduzir a gigantesca população carcerária,e de evitar tantas reincidências, faz-se urgente buscar uma forma de possibilitar que o preso, após cumprir sua pena, possa tornar a ser aceito na sociedade.