A população do continente africano é de cerca de 1 bilhão de pessoas.

Fatores históricos e econômicos e também naturais interferem nadistribuição da população no território (áreas de desertos, montanhas eflorestas limitam a ocupação).

O país mais populoso da África é a Nigéria.

As maiores densidades demográficas ocorrem em áreas mais úmidas comsolos favoráveis à agricultura.

A maior parte da população vive ainda no meio rural, pois a economia ébaseada predominantemente em atividades primárias.

A população urbana é maioria na África do Norte.

Na África Subsaariana a população se concentra no campo.

Nos últimos anos houve um rápido crescimento urbano em algumas cidadesdevido a fatores como - secas prolongadas, empobrecimento dos solos,plantations, violência dos conflitos étnicos entre outros.

As mais importantes cidades africanas são, geralmente, capitais de paísesafricanos, cidades que detém o poder político e econômico.

O crescimento urbano foi acelerado na África nos últimos anos.

Em 1960 apenas uma cidade do continente possuía mais de 1 milhão dehabitantes.

Em 1970 já eram quatro cidades com mais de 1 milhão de habitantes.

Em 2010 já eram mais de 33 cidades nestas condições com previsão de 44cidades ultrapassando essa marca em 2025.

Como em outros lugares do mundo, o rápido crescimento urbano vemacompanhado de problemas:

Insuficiência de moradias, favelização, déficit de transporte coletivo, energia,saneamento básico etc.

Há também o problema da segregação espacial, que consiste no acesso aosespaços mais valorizados por uma elite dominante, ou seja, os mais ricosmoram onde há mais infraestrutura, os mais pobres em favelas.

Cerca de 70 %da população africana vive em favelas.

A população africana apresenta grande diversidade étnica e cultural.

Há também grande diversidade de línguas faladas.

Muitos países, porém, adotaram como língua oficial a do colonizador.

Inglês e francês foram as línguas mais adotadas.

O português foi adotado por cinco países – Angola, Cabo Verde, GuinéBissau, Moçambique e São Tomé e Princípe.

Quanto às etnias, predominam na África do Norte os árabes, os berberes(brancos) e os tuaregues (negros nômades), estes últimos são minoria.

Na África Subsaariana predominam os povos negros com destaque aospigmeus, bosquímanos, hotentores, zulus e massais.

A religião é diversificada, mas as duas principais são o Cristianismo,predominante na África Subsaariana, e o Islamismos, predominante naÁfrica do Norte.

O segundo maior contingente de islâmicos do mundo está na África doNorte.

São também praticadas religiões tradicionais baseadas no culto a elementose fenômenos da natureza (animismo).

Quanto aos aspectos sociais, há grande desigualdade na África.

A segregação espacial não se restringe às cidades africanas, estando presentetambém em praticamente todo o continente, principalmente na ÁfricaSubsaariana.

A maior parte da população não tem hospitais, saneamento básico, educaçãoe alimentação adequada.

Por causa desses e de outros fatores, há elevadas taxas de mortalidadeinfantil na África.

A média de mortalidade infantil na África é de 79 por mil , enquanto nomundo é de 45 por mil e nos países desenvolvidos 6 por mil.

O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano da África está entre os maisbaixos do mundo

A África Subsaariana é a região mais pobre do mundo onde estão osmenores IDH.

28% da população dessa parte do continente vive em pobreza extrema.

Isso corresponde a 230 milhões de pessoas vivendo com menos de 1,25dólar por dia.

O Níger é o país africano com a pior situação. 93 % da população é muitopobre.

Sendo assim, a fome é um dos principais problemas desse continente.

Milhões de pessoas não ingerem 2.500 calorias diárias, considerado onúmero ideal pela OMS.

A AIDS é outro grave problema presente neste continente.

De cada três infectados com Aids no mundo , dois vivem na África .

Isso se deve à falta de informação, tabus na discussão de assuntos comosexo, homossexualidade e camisinha.

Embora em muitos países do mundo políticas públicas de saúde tenhamcontido o avanço da Aids, na África isso não tem acontecido.